Edição 21

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MEU NO PEQUEE PÔN IDO UN TODO M M E SONHA TER UM

GUIA DE FILHOTES Siamês, o bichano falante Ensine seu mascote a trazer a bolinha de volta

O segredo está no treino certo dentro de casa

ELE PODE DORMIR COMIGO? Saiba como driblar as disputas por espaço

PULGAS E CARRAPATOS

Hábitos que previnem e os melhores produtos na hora de tratar

DIETA ESPECIAL PARA OS DOENTES

O que o pet deve comer quando tem queda de pelo, diarreia, vômito...

o ã c u e Faça sde fugir parar -chave s o d n a m o c Oito ro r o h c a c o e u para evitar pqelo portão escape

CAPAS DIFERENTES COM CONTEÚDO IDÊNTICO

GATO PRECISA PASSEAR


LOLA

Andressa Silva

NINA

Caroline Faria

TOBBY

Katia Takao

SERENA

Denise Fernandes

CUCHI

Tania Castro

DAYANA

Luciane Valeria

linguarudos meupet@escala.com.br

JOHNNY

Natalia Aith

4

BABI

Vivian Stasiak

MEG

Miriane Nakashima

TECO

Elis Gomes

Na próxima edição... O tema da seção do próximo mês será: Hora do Rango. Mande pra gente fotografias do seu animal de estimação se deliciando com ração, comida ou petiscos.

Este espaço é para o seu pet, participe! Mande as fotos para:

AYME

SCOOB

Rafael A. Consorti

Fred

Helena França

Aproveite este espaço! Mande as fotografias de seu mascote e deixe ele brilhar em nossas páginas. Nesta edição, os leitores tiveram de clilcar os peludos com língua de fora. Escolhemos os peta com mais cara de sapeca!

Os pets mais

Ellen Nardes

LALA

Fran Santos

OZZY

Arlan de Lemos

CHIQUINHO

Fran Yamamoto

NINA

Vanessa Almeida

JOLIE

Milene

VIDA

Gabriela Dutra

TED

Juliana Lorande


o i r á m u S

07 Fofurices

22 Bicho natural

08 Fala, leitor

24 Faça seu cão parar de fugir

Decore a casa com almofadas de bichos Espaço para sugestões, críticas e elogios

09 Nossa rede

Confira o que está rolando em nosso site e também no Facebook, Twitter e Instagram

10 Horoscopet

Previsões para o seu peludo de estimação

11 Faça você mesmo

Aprenda a fazer um tapete impermeável para apoiar os comedouros dos animais

12 Mundo pet

Conheça as novidades do universo pet

14

Guia de fi lhotes: Gato Siamês

Os felinos que são conhecidos pela elegância

18 Hora do rango

Dicas de alimentação e uma receita bacana de pupcake para a hora do petisco

21 Pergunte ao vet

Leitores têm suas dúvidas respondidas

Crie seu mascote de forma mais sustentável Oito comandos-chave para o cachorro não tentar escapar pelo portão

30 Negócio Animal: Pet Memorial

O local realiza cerimônias de cremação para um final digno aos pets

33 Pôsteres

Peludos adoráveis para pendurar na parede

37 Mito ou verdade

Descubra se felinos fazem mesmo mal para quem tem doenças respiratórias como asma

38 Dieta especial do cão doente

O que o pet deve comer quando tem queda de pelo, diarreia, vômito...

42 Gato também precisa passear

O segredo está no treinamento certeiro dentro de casa antes de ir para a rua

46 O mascote pode dormir comigo? Saiba se essa prática é saudável e como driblar as disputas por espaço

42 14

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Bastidores Confira alguns momentos exclusivos de nossas produções fotográficas!

Sumário

51 Pet Socorro

Aprenda a lidar com choques elétricos

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Meu terapeuta, o cão

Terapia que utiliza cães como forma de interação tem trazido bons frutos

55 Adotar faz bem

Iniciativas em prol do bem-estar dos bichos

56 Pet Celebridade: Lola Melnick

A dedicação da apresentadora à causa animal

58 Livre seu cão das pulgas e carrapatos Hábitos que previnem e os melhores produtos na hora de eliminar os parasitas

61 Sinal de alerta

É preciso ficar atento quando o pet regurgita

No alto, a cadelinha Mel, personagem da matéria Livre seu cão das pulgas e carrapatos, posa já livre dos parasitas. Ao centro, a equipe da Meu Pet ao lado de Lola Melnick, do Pet Celebridade. Por fim, Beatriz Onofre e sua cachorra Pipoca da reportagem Dieta especial do cão doente

6

62 Animais exóticos: Pônei

Os pequenos equinos são muito amorosos

64 Você treinador: Pega a bolinha

Ensine o mascote a trazer o objeto de volta

65 Onde encontrar

Contatos de fornecedores e colaboradores

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Isso é luxo!

Um hotel cinco estrelas só para os gatos


AS, S DIVERTRID A D A F O M A L A A COM ESASSAAS FICA COM A SUA C AC a esta Difícil resistir porcode da almofada lin anho m ta no , ho in -esp ima ót , cm 30 x 20x 20 ma. ca na ar ix de para de Vitorio. N’O Segredo Por R$ 49,90

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Texto: Camila Rodrigues/ Fotos: Reprodução/ Divulgação

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Fala, leitor Resultado da enquete O que você faz para evitar que o seu cachorro fuja?

Envie seu e-mail para

64,1%

meupet@escala.com.br

“Tenho todas as edições da Meu Pet,, e observei que não foram feitas matérias sobre o Lhasa Apso. Eu como fã, e dona de dois Lhasas, gostaria de ver essa raça maravilhosa em evidência. Mando também a foto da minha Giselle, de 6 anos.” Karla Siqueira Branco, via e-mail

A cadela Giselle convive com o “irmão” peludo Nicolas

18,6% 5,8%

Briga quando ele tenta fugir

Prende na coleira

Distrai ele com brinquedos

Corre para impedir

6,4% 5,1%

Saiba mais sobre esse assunto na reportagem da página 24

“Acabo de ver a matéria, na edição de número 19, sobre cães da raça Pastor Alemão com a minha participação e as fotos das minhas peludas. Adorei. Agradeço muito. Ficou ótima. Um grande abraço a todos.” Carla Cicarino, via Facebook

“Eu sempre compro a revista, mas me surpreendi com uma matéria da edição 19 que condena a farinha de trigo para cães da raça Lhasa Apso. Isso porque, em outras ocasiões, vocês publicaram receitas com o ingrediente.

NAS BANCAS!

Nunca deixa portas abertas

Afinal, eu posso dar o nutriente para o meu cachorro ou não?” Clóvis S. Vesco, via Facebook Olá, Clóvis! Consultamos a zootecnista Ana Paula Pereira para melhor esclarecer a sua dúvida. Segundo ela, a farinha de trigo só faz mal para os cães que possuem alergia ao glúten e para os diabéticos. Algumas raças como Lhasa Apso, Cocker Spaniel e Poodle têm maior predisposição a desenvolver essas alergias alimentares. Por isso, nesse caso, é necessário sempre consultar o veterinário antes de oferecer os petiscos.


nossa rede

Fan Pncaargeam Osãofdaevbicorhinithooss qudae finzeosrasa m rir e arra

Uma seleç cebook revista Meu Pet no Fa suspiros na página da

Você já viu as imagens que foram postadas no Facebook da Meu Pet? Com esses lindos olhos azuis, a família de Huskys Siberianos foi uma das fotos mais curtidas do último mês (facebook.com/revistameupet). Os peludos com cara de urso-panda e o sorridente Pit Bull também conquistaram muitos fãs, claro! O álbum Meu Pet é dedicado aos bichos de estimação de nossos leitores. Para ver o seu mascote no álbum, envie fotos fofas dele para o e-mail da redação: meupet@escala.com.br

REDES SOCIAIS

Curta, tuíte e compartilhe nossos conteúdos para saber o que há de novo no mundo pet e aprenda os segredos para cuidar melhor do seu cão ou gato.

Nosso site Gostou do que leu na Meu Pet? Então acesse o endereço de nosso site www.revistameupet.com.br, e encontre conteúdos exclusivos, fotos e muito mais!

@revistameupet Nossos seguidores têm a oportunidade de interagir, tirar dúvidas e comentar sobre a revista Meu Pet. Envie você também seu comentário.

A nova gata da internet

A Pudge é uma gata da raça Exótico, de 3 anos, que está conquistando milhares de fãs em todas as redes sociais. A peluda, que possui longos bigodes e a cara de duas cores – metade caramelo e a outra preta –, adora posar para fotos nas mais diferentes situações, como de fotógrafa! A divertida felina já possui mais de 157 mil seguidores na sua página.

iPad Revista Meu Pet @meupet Pudge @pudgethecat

Você pode ler e assinar a Meu Pet também no seu iPad. É só visitar a App Store, digitar Meu Pet e baixar sua revista.

www.escala.com.br


Horoscopet

Os astros e seu cão! AS INFLUÊNCIAS DO SOL, DA LUA E DOS PLANETAS NA VIDA DOS PETS

Libra

23 de setembro a 22 de outubro Durante esta época, seu peludo vai preferir ficar longe da agitação e da bagunça. Para ajudar nessa nova fase zen, ofereça massagens relaxantes, sessões de acupuntura e óleos perfumados. Ele vai ficar muito mais tranquilo e relaxado, e adorar a surpresa.

Depois de passar por um momento de turbulência, o mascote desse signo merece aproveitar – com tudo a que tem direito – a celebração de mais um ano de vida. Enfeite a casa com balões e muitos petiscos, e não se esqueça de chamar os peludos do bairro para comemorar essa data tão especial!

Gêmeos 21 de maio a 20 de junho Os astros mostram grandes mudanças para os

pets geminianos. Aproveite esta época e mude também os hábitos alimentares do seu amigão peludo. Ofereça opções mais saudáveis, que vão proporcionar mais energia no seu dia a dia.

Câncer 21 de junho a 20 de julho Não importa o que aconteça, o pet do signo

de Câncer sempre é fiel ao seu tutor. Que tal estreitar esse laço? Leve-o para uma grande aventura. Ele certamente vai adorar passar mais tempo ao seu lado!

Leão

21 de julho a 21 de agosto Neste mês os leoninos devem ficar atentos em relação à saúde. Você já pensou em marcar uma consulta para o seu animal? Exames preventivos e muito carinho são ótimos remédios para qualquer problema.

Virgem 22 de agosto a 22 de setembro O seu bichinho de estimação pode apresentar

alguns sinais de rebeldia, cuidado! Xixi no lugar errado e destruição de objetos podem ser recorrentes neste período. Aproveite para ensinar alguns comandos e treinos para ele não destruir mais a sua casa.

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Sagitário 23 de novembro a 20 de dezembro Se prepare, o seu cão ficará bastante carente! Os pedidos de carinho serão cada vez mais frequentes na sua rotina. A dica é dar uma dose extra de mimos e atenção para o seu bicho de estimação. Afinal, vocês dois vão sair ganhando com todo esse chamego.

Capricórnio 21 de dezembro a 19 de janeiro Os capricornianos estão radiantes neste mês! Este é um ótimo momento para presentear o seu pet com novos brinquedos e acessórios. Além dos agrados, leve-o para um dia no pet shop. Ele ficará mais feliz com os mimos e retribuirá com muito carinho.

Aquário

20 de janeiro a 18 de fevereiro Chegou a hora de organizar melhor a rotina do pet! Estabeleça horários e atividades de acordo com seu temperamento. Dedique mais horas do seu dia para ele e leve-o para passear de duas a três vezes por dia em lugares abertos e arejados.

Peixes 19 de fevereiro a 20 de março Os astros revelam que este é o momento perfeito para aumentar a família do seu pet. Que tal apresentar a alma gêmea do seu companheiro? Para que isso aconteça, proporcione encontros com outros mascotes.

Áries 21 de março a 20 de abril Não adianta escapar, depois de um tempo

de calmaria, os ânimos do seu pet mudarão por completo. Aproveite esse tempo para deixá-lo tranquilo e sem preocupações, proporcionando um ambiente agradável, com música e atenção especial.

Texto: Camila Rodrigues/ Ilustrações: Leonardo Conceição

Touro

21 de abril a 20 de maio

Escorpião

23 de outubro a 22 de novembro Neste mês os pets de Escorpião se sentirão mais sozinhos. Você já pensou em adotar outro peludo? Além de proporcionar companhia para o seu amigão, os dois vão deixar a casa muito mais alegre. Pense nessa hipótese!


faça você mesmo

Tapete de

alimentação POR SER IMPERMEÁVEL, O ACESSÓRIO É SUPERÚTIL PARA APOIAR COMEDOUROS DE CÃES E GATOS

Montagem

1º Passo

Dobre o tecido Acquablock ao meio e desenhe um peixe.

Materiais

Execução: Revista Mãos que Criam/Texto: Samantha Melo/ Fotos: Fabrizio Pepe/Shutterstock

Tecido impermeável Acquablock para a base Tecido Viés de outra cor para a borda Tesoura Máquina de costura Caneta para marcação

2º Passo

Recorte de forma a criar dois peixes simétricos.

3º Passo

Junte os dois peixes e costure o tecido Viés nas bordas para o acabamento.

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mundo pet Pet-fera

CASTRAÇÃO ITINERANTE Os protetores de Salvador (BA) já podem contar com uma valiosa ajuda: o Castramóvel, um ônibus adaptado que fornece castração gratuita para animais de rua ou cujos donos não tenham condições de pagar pelo procedimento. O transporte, que é equipado com cinco mesas de cirurgia e equipe com 12 pessoas, é fruto do projeto da vereadora Ana Rita Tavares. O ônibus, que iniciou suas operações no final de 2013, fica estacionado por um período de 30 a 60 dias em cada bairro.

Direito Animal Animais no transporte público O transporte de animais domésticos no serviço público, ou seja, em ônibus, metrô ou trem, ainda é um assunto controverso. Diferentemente de outros países, estamos engatinhando na referida regulamentação. Embora muitas cidades já possuam suas próprias normas e outras lutem com projetos de lei, os únicos pets a terem, de fato,

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passagem livre nacionalmente são os animais-guia. Um bom exemplo vem da cidade paulistana de Santos, que já regulamentou essa questão. Os animais podem ser transportados em ônibus, desde que acondicionados em caixas especiais, com carteira de vacinação atualizada e com peso de até 10 kg. Não é permitido levar água ou comida e o máximo por passageiro é de dois animais, não ultrapassando os 10 kg no total. O animal não paga a passagem, mas, se o proprietário

Direitos trabalhistas Cães exercerem trabalhos de resgate, vigilância e até de detecção de drogas e explosivos é algo comum, principalmente na Colômbia. Por isso, em 1994, o governo criou a Superintendência de Vigilância e Segurança Privada para controlar o serviço canino. Foi estabelecido que o tempo de trabalho dos animais não pode superar seis horas diárias com revezamentos a cada 120 minutos. Além disso, foi estipulado que o pagamento deve ser feito com brinquedos ou petiscos e a idade para aposentadoria dos mascotes é de 7 anos de idade.

desejar, pode pagar por um acento extra. E se a empresa não cumprir a lei, multas podem ser aplicadas. Da mesma forma, se um animal for flagrado no transporte público nas localidades em que ainda não existe regulamentação favorável, quem leva a multa é a empresa de transporte, não o proprietário do animal. Rita de Cássia Furlan de Faria Pereira é advogada especializada em causas envolvendo animais de estimação. Mande sua dúvida para: meupet@escala.com.br

Texto: Samantha Melo e Camila Rodrigues/ Fotos: Divulgação/ Reprodução/ Shutterstock

A nova moda entre os pet lovers britânicos e americanos é “transformar” seus dóceis cães e gatos em animais perigosos. Como? Por meio de tosas diferentes. Chamada de The Cat in the Hat (o gato no chapéu, a onda faz com que donos deixem seus mascotes parecendo leões, tigres e até dinossauros. Embora a brincadeira seja divertida, há defensores da causa animal apontando que isso pode causar embaraço a eles.


Eu quero! CULPA DE CÃO Na próxima vez em que seu cão roer seus sapatos favoritos, se você pretende brigar com ele, não pense que se sentirá arrependido ou culpado. Isso porque, de acordo com pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade do Texas, os cachorros não são capazes de sentir remorso. Aquele ar de culpa que apresentam, com a cabeça encolhida, orelhas para trás e olhos caídos, é uma reação ao ataque de ira que os donos costumam. Ou seja, eles não relacionam a bronca ao que aprontaram há algum tempo atrás.

Há uma forte ligação genética entre cães nervosos e seus filhotes e isso costuma ser responsável pela natureza ansiosa e sensível do seu animal

CADA CÃO EM SEU LUGAR A Stop Cerca Virtual delimita lugares em que o cão deve permanecer, por meio de um receptor/transmissor na coleira, além de fios que demarcam a área escolhida. Quando o cachorro se aproxima, o receptor emite um som de alerta. Da Amicus. Por R$ 599,90

SEM DESTRUIÇÃO O arranhador Cat Scratcher, da Jambo, é feito com produtos ecológicos e acompanha um sachê de catnip, a erva do gato, para deixar o seu felino muito mais interessado no objeto. Na Petnanet.com.br Por R$ 30

Fonte: Claire Arrowsmith, especialista em comportamento animal do Pet Behaviour Centre, da Inglaterra

TEM QUE LER O livro A gata do Dalai Lama (editora Lúcida Letra), do autor David Michie, é um relato de uma felina que, salva da morte pelo líder espiritual tibetano, passa a usufruir seus ensinamentos e sabedoria. A proximidade com Dalai Lama lhe rende também uma notabilidade social. Nas livrarias. Por R$ 36

CAMA DE REI Para o pet que é o verdadeiro dono da casa, a dica são as camas The Boss Donut. O produto foi desenvolvido com enchimento especial para proporcionar o maior conforto para o animal. Da Zee.Dog. Por R$ 259

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guia de filhotes

Gato Siamês

O VERDADEIRO REI DA ELEGÂNCIA A popularidade desses bichanos é justificada pela sua incrível personalidade

Os Siameses têm origem asiática, mais precisamente de Sião, que hoje é território da Tailândia. Por lá, os animais eram de propriedade exclusiva da família real, vivendo com privilégios no Palácio ou em templos com sultões, reis, rainhas e duques. De fato, até hoje, os mascotes são considerados a raça oficial do país. Depois, os lindos felinos foram levados para a Inglaterra,

no final do século XIX, onde se reproduziram e ganharam fama mundial. Isso porque os ingleses ficaram encantados com o contraste das cores do gato, embora inicialmente a aparência dos bichanos fosse mais maciça e arredondada, a cauda tivesse nó e os olhos fossem verdes. Com o tempo, a aparência afinou-se, deixando o gato com a cabeça triangular e a cauda sem nó.

a

nic c é T a h c i F

cm O: Até 20 ultos TAMANH a 6 kg quando ad de toque suave e 3 s e o D rt : uriosa os, cu PESO : Pelos fin m personalidade c as M E G A L e ,m PE T : o n O o T d N ME o ao TEMPERA , com grande apeg sa marfim e carinho ça de estranhos creme ou s , o c n n a ra fi b n e de tado desco ou acinzen om uniform CORES: T s de cor castanhos preto, cinza com pontozuis e oblíquos ores rosa, A c : s S a O e H tr L n e O ode variar anho NARIZ: P ranjado la l tem tam a : O anima larga -pérola e L A R E G IA eça APARÊNC rpo esbelto e cab co mediano,

Vencedor da batalha

Siamês x Angorá A partir desta edição, você escolhe os assuntos que quer ler na revista. A próxima enquete será Husky X Fila Brasileiro. Vote em nosso site (revistameupet.com.br) e Facebook (revistameupet). vistameupet). 14

O Siamês como é conhecido hoje surgiu no fim da década de 1940 e chegou ao Brasil nos anos 1970. Além da descendência real, o Siamês é conhecido como “príncipe dos gatos” por conta da sua elegância de corpo e graça de movimentos. Isso lhe rende uma enorme popularidade, sendo considerada a segunda raça com maior número de nascimentos ao ano, só tendo a sua frente o Persa.

Fotos: Shutterstock/Arquivo pessoal

Texto: Samantha Melo


r idosa Apesar de se , a ta ie qu s ai m e Ana gata Kya, de uito m Victorazzi, é ima óx curiosa e pr aos donos

Lady Siamesa A exuberante Kya, de 14 anos, é a chefe da casa da coordenadora de projetos sociais Ana Carolina Victorazzi e seu namorado Rudy Rizzo, onde vivem mais dois gatos vira-latas filhotes. “Os pequenos fazem bagunça e é engraçado vê-la seguindo-os só de olho no que estão fazendo”, conta Ana, que emenda explicando que a escolha da raça foi por conta da beleza e fofura. Outra peculiaridade da Siamesa é o miado: “Ela é muito desafinada, embora não mie com frequência!”. Apesar disso, a mascote é uma verdadeira lady. “Ela nunca derruba coisas, não faz sujeira, não se enfia em cantos ou brinca com terra, então os cuidados com ela são mínimos”, garante. Kya é desconfiada na presença de estranhos, mas é muito ligada à família. “Ela fica muito no colo, além de adorar ganhar carinho enquanto arranha sua cadeira. Apesar de livre e não ser manhosa, é uma gata bastante presente”, completa Ana Carolina.

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guia de filhotes

Nos divertimos com tudo, mas nosso brinquedo favorito são varinhas

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Prós A lealdade é uma uma das características fortes dessa raça de gato. Além disso, os bichanos possuem uma incrível inteligência e incansável energia.

Contras Estes felinos costumam ser possessivos e com difícil temperamento, o que pode gerar grandes problemas se os donos não imporem limites desde cedo.


VIDA SOCIAL O Siamês é sociável com as pessoas conhecidas, mas pode reagir de modo desconfiado com estranhos. Porém, por ser muito curioso, não se mantém distante por muito tempo. A mesma regra vale apara outros animais, da mesma espécie ou não: apesar de territorialistas, eles aceitam novos mascotes, desde que apresentados aos poucos. ALIMENTAÇÃO Fábio alerta para um hábito ruim que eles podem desenvolver: “Alguns Siameses têm tendência a comer muito rápido. Então, devemos controlar a oferta de ração e petiscos, e observar o modo como eles comem”, explica. Eles também não precisam de alimentação especial, apenas uma ração seca de qualidade para pelagem curta.

CUIDADOS Como bom felino, o Siamês é limpo, não exigindo grandes cuidados. Como a pelagem é curta, uma escovação semanal já é o suficiente, e não são exigidos mais do que dois banhos anuais. Quanto aos olhos, em geral o próprio gato mantém a área limpa, mas para aqueles que produzem um pouco mais de lágrima, ocasionalmente, pode-se limpar a região com algodão ou gaze embebida em soro fisiológico. SAÚDE Há algumas doenças que os peludos dessa raça podem desenvolver, como hipersensibilidade alimentar, que é uma intolerância a certos componentes da alimentação. “Além disso, os Siameses estão sujeitos a bronquite crônica, asma felina e entrópio, que é a má formação palpebral”, completa Mariane Brunner, médica veterinária do Hospital Veterinário Santa Inês, de São Paulo (SP). ENERGIA PARA BRINCAR Para possuir um bichano dessa raça, o dono deve ter energia para brincadeiras, já que o mascote certamente as exigirá. “Por isso, é fácil entender por que eles se dão tão bem com crianças”, complementa Mariane. Não espere chegar em casa sem o peludo correr para os seus pés. Apenas cuidado para não exagerar: quando ele parecer cansado, dê um tempo na diversão.

Você sabia? Uma das características mais famosas dos Siameses é a vocalização. Isso porque eles possuem cordas vocais complexas e assim são capazes de produzir uma gama de entonações para uso em diferentes ocasiões. Por isso, são considerados os felinos mais “faladores”. De fato, muitos donos afirmam que conseguem identificar diferentes vocalizações referentes a sentimentos como fome ou tristeza. Em contrapartida, apesar de sua incrível voz possante, eles detestam ruídos altos e gritos produzidos por outros.

Foto: Reprodução

COMPORTAMENTO Dificilmente você achará um gato mais brincalhão que os Siameses. Ativos, esses peludos aprontam bastante, por isso a importância de criar um ambiente rico em estímulos. Além disso, são muito apegados aos donos, chegando a ser considerados “grudentos”. Outra característica é a sua incrível inteligência: “Eles são muito sedutores, gostam de testar os humanos, logo um dono permissivo vai ter um gato cheio de vontades”, ensina Fábio Lôbo, que, junto com o sócio Rodrigo, Araújo cuida do Gatil Aruak, de Salvador (BA).

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hora do rango SEDE DO CÃO Há algumas formas de evitar a desidratação dos peludos, que costuma ocorrer nos meses de calor ou em crises de vômito e diarreia. Uma dica é fornecer água limpa sempre, trocando-a com frequência para garantir o frescor. Outro ponto importante é comprar um pote de água pesado, para que seja mais difícil o animal virá-lo, além de lavá-lo todos os dias para minimizar a formação de bactérias. Levar água extra em viagens ou passeios também garante uma hidratação mais efetiva. Porém, se ainda assim você verificar que o mascote está bebendo menos água do que o habitual, cheque a boca dele buscando por feridas ou corpos estranhos e procure orientação de um médico veterinário.

Ração merecida Em 2013, foi lançado um protótipo da primeira vending machine – máquina de venda automática – especialmente para cães. O lançamento aconteceu em Clapham Common, em Londres. O mecanismo, em forma de casinha de cachorro, desafia os animais a puxarem um osso pendurado, fazendo com que uma bola seja lançada. Os cães que retornam com o objeto e o depositam num local específico ganham comida. Além disso, quando não está em uso, o aparelho emite ruídos numa frequência que só os cães ouvem. A invenção foi apresentada pela marca de ração Bakers Complete.

300 milhões é o número de receptores olfativos que os cachorros possuem, e por isso a nossa comida é tão tentadora para eles, já que é muito mais aromática que as rações

NÃO SÓ SEMENTES O alimento dos roedores, como o dos outros animais, deve atender às suas necessidades em proteína, gordura, fibras, minerais e vitaminas, de acordo com Alexandre Pessoa, veterinário especislista em animais silvestres. A maioria das pessoas investe em misturas de sementes, o que nem sempre é a melhor opção. Isso porque os roedores escolhem aquelas que mais lhes agradam, comprometendo o balanceamento. Além disso, de 30 a 40% das sementes são cascas e precisam ser sopradas. Outro problema é a possibilidade de os grãos conterem agrotóxicos e aflatoxinas, que podem gerar doenças pulmonares e esterilização. Por isso, a melhor alternativa são as rações balanceadas feitas especialmente para esse tipo de mascote. 18


Um sinal claro de que o seu gato está com sobrepeso é quando se torna difícil sentir suas costelas, identificar sua cintura, seu abdome se mostra distendido e há uma bolsa de gordura abdominal Fonte: dogdicas.com.br

TEMPEROS DO BEM

Eu preciso! BRINQUEDO APETITOSO foi feito para O Twist ’n Treat, da Busy Buddy, anto enqu pet seu o ssar stre distrair e dese material ele estiver sozinho. O produto, de poucos, durável, libera ração ou petisco aos cício. estimulando a brincadeira e o exer Na BitCão. Por R$ 34,70

Para tornar a comida dos pets mais cheirosa e saborosa, além de atrativa pela novidade, é possível acrescentar algumas ervas aromáticas e especiarias. Porém, a quantidade deve ser mínima e a tática, usada esporadicamente. Confira algumas sugestões de temperos que não fazem mal aos mascotes, mas lembre-se de sempre consultar um veterinário de confiança: Azeite de oliva bom para a saúde cardiovascular e fonte de vitamina E Orégano ajuda a combater fungos e leveduras Salsinha age nos rins e fígado Manjericão melhora o funcionamento do fígado e da vesícula biliar Hortelã auxilia a digestão Canela em pó reduz a glicemia e suaviza gases Gengibre fresco ralado contra má digestão e náusea

DIETA ESPECIAL A ração formulada para raças grandes de felinos da PremieR pet oferece todos os nutrientes necessários para manter a saúde e o bem-estar de bichanos até os 14 meses de vida. Na Cobasi. Por R$ 59,90

PELOS INTACTOS evita O Water Cat é um bebedouro que do gato, em boca da xo manchas nos pelos abai durante har mol se de fato pelo adas caus geral Isso is. depo logo er com a ingestão de água e a para a ocad desl ca fi água da e part a ue porq ntidade no frente do produto, em pequena qua 0 44,9 R$ Por ove. PetL No lo. círcu

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Receitas do mê

Pupcake de abóbora FAÇA UMA RECEITA RICA EM NUTRIENTES PARA SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO E DÊ COMO PETISCO Receita de Kristi Lynn, do site Instructables

Ingredientes 4 xícaras (chá) de ração seca 1 xícara (chá) de purê de abóbora 1 xícara de ração molhada 1 xícara (chá) de manteiga de amendoim 1/3 de xícara (chá) de mel 1/3 de xícara (chá) de azeite extra virgem Farelo de cenoura ou maçã

Modo de preparo

NÍVEL NUTRICIONAL

A abóbora é um legume rico em líquidos e fibras que ajudam na regulação do intestino do seu pet. Já a cenoura possui betacaroteno, responsável pela manutenção da pele e das mucosas, além de prevenir as doenças cancerígenas. 20

Foto: Shutterstock

Preaqueça o forno a 180º C. Primeiramente, misture os ingredientes secos e, depois, acrescente os pastosos (com exceção do purê de abóbora). Bata num mixer ou liquidificador. Coloque a mistura em forminhas de cupcake, de forma que fiquem pela metade. Asse por 35 minutos. Faça a cobertura com o purê e, se quiser, corte pequenos pedaços de petiscos e jogue por cima.


Pergunte ao vet

AI QUE CALOR!

Posso colocar gelo na água dos pets, especialmente dos gatos, durante as altas temperaturas? Sandra Assis, de São Paulo-SP

Não há nenhuma contraindicação em colocar gelo na água dos peludos. Em certas épocas do ano, os pets acabam sofrendo com as altas temperaturas, e essa é uma alternativa interessante para garantir uma boa hidratação para o animal, principalmente para os gatos. O ato de acrescentar gelo no recipiente da água, além de aumentar o interesse na ingestão de líquidos, devido ao fator “novidade”, pode proporcionar uma atividade lúdica, distraindo o peludo.

BRIGA DE GATO

Acabei de resgatar uma gata de rua, mas eu já tinha outra felina em casa. Como posso fazer com que as duas se aproximem sem que haja confusão? Gabriela Souza, Pirituba-SP

Texto: Camila Rodrigues/ Fotos: Shutterstock/ Arquivo pessoal

CUIDADO COM AS UNHAS

Cortei a unha do meu cachorro e sangrou. O que devo fazer? E como posso prevenir esse tipo de acidente? Márcia Cunha, Salvador-BA

Assim como a nossa unha, a dos pets possui uma porção queratinizada, não irrigada por vasos sanguíneos, e outra porção compondo o leito ungueal (parte inferior), que é irrigada. Em animais de unhas claras, é possível observar essa divisão claramente (parte mais branca), facilitando o corte, diferentemente dos animais que possuem garras pigmentadas. Neste caso, recomenda-se o desgaste natural da unha (como atividades físicas em piso rústico) ou o corte realizado por uma pessoa treinada. Caso haja sangramento no local após o corte, o proprietário pode realizar uma compressão na região com auxílio de uma toalha.

Existem algumas técnicas que ajudam a minimizar o impacto da chegada de um animal novo em casa e que devem ser utilizadas para um bom convívio. Em primeiro lugar, não coloque as duas gatas em plena contato logo de imediato, pois, além de estranhar a situação, a gatinha nova pode apresentar doenças transmissíveis. O ideal seria, nesse período de ajustamento, realizar uma avaliação completa e até mesmo alguns exames, inclusive sorológicos. No começo, a dica é manter as duas gatas em cômodos diferentes e trocar objetos entre os ambientes para que o cheiro de uma se torne comum para a outra. O primeiro contato visual pode ser feito por meio de duas caixinhas de transporte afastadas e colocadas frente a frente. Com o tempo, diminua distância.

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Bicho natural BOM PRA PELE O óleo da semente de linhaça pode ajudar a turbinar a dieta do pet. Isso porque o composto possui uma grande quantidade de ácidos graxos e ômega 3, que auxiliam no tratamento de problemas cutâneos, como coceira, alergias e queda de pelos. Para aproveitar o poder desse suplemento, você pode acrescentar duas colheres de sopa da substância na ração dele.

Eu preciso! BANHEIRO ORGÂNICO A areia sanitária Bio, da marca Dbest, é fabricada com 100% de farinha de mandioca e isenta de atrativos químicos, perfumes e conservantes. O produto não deixa odores desagradáveis. Na Gatolândia. Por R$ 35

Benefícios do Mediterrâneo Que tal oferecer um mimo de beleza para o peludo? O tratamento consiste na aplicação de lama do Mar Morto junto com extratos de alga marinha e um feixe de luz infravermelha que irá potencializar os efeitos dessa inusitada mistura. Existe ainda uma massagem que deixará seu cão mais relaxado e com a pelagem supersedosa. Vale a pena!

SEM QUÍMICA A Colônia Malbec, da marca Perigot, foi inspirada no requinte e na sofisticação do mundo dos vinhos, com uma delicada fragrância de ameixa, carvalho, âmbar e benjoim, tudo para deixar o seu amigão mais cheiroso. Na Perigot. Por R$ 65,80

CALMANTE NATURAL Alguns pets sofrem quando seus donos não estão presentes. Uivos e lambedura excessiva são alguns dos sintomas que o mascote pode apresentar na sua ausência. Para diminuir esse problema, você pode preparar um chá com 5 de folhas de maracujá e 250 ml de água quente. Quando a infusão esfriar, coe e oferece para o seu companheiro. 22

BEM REL AXADO Os cristais de banho Spa Relax, da marca Pet Society, vão deixar o seu companheiro de quatro patas muito mais descansado e tranquilo durante o dia todo, além de possuir um delicioso e calmante cheiro de tangerina e cipreste. Na Meu Amigo Cão. Por R$ 36,75


XAMPU VERDE Fazer um xampu caseiro para o seu companheiro de quatro patas não é tão complicado quanto parece! De quebra, você cria um produto sem agentes industrializados – que podem causar danos ao meio ambiente e ao seu companheiro peludo. Anote o passo a passo: Dilua em uma tigela uma xícara de sabão 100% biodegradável na mesma quantidade de água. Misture bem os ingredientes, tomando o cuidado de não fazer muita espuma. Acrescente uma xícara de vinagre de maçã, que irá dar brilho e maciez ao pelo. Por fim, junte essa fusão com um 1/3 de xícara de glicerina pura. Depois de realizar todo o processo, o produto pode ser guardado em um pote de bem vedado, pelos próximos 30 dias, servindo para outros banhos.

Todas as aves podem ser tratadas com acupuntura, mas o profissional veterinário deve ter bom senso na escolha da técnica Fonte: Camila Marques da Silva, médica veterinária especializada em aves

Texto: Camila Rodrigues / Fotos: Shutterstock e divulgação/ Fonte Xampu Verde: http://www.ehow.com.br/xampu-caseiro-caes-como_54400

Vet Zen

dê férias para o patinho de borracha!

CHEGARAM OS

LIVROS dE BANHO

Dá para acalmar o macho quando há uma fêmea no cio por perto? A libido (desejo sexual) faz parte do instinto de todas as espécies animais. Há cães com muita vontade sexual, independentemente de serem machos ou fêmeas. Os cães machos são atraídos pelas fêmeas por meio do odor (cio), pois as cadelas liberam feromônios (substâncias químicas que permitem o reconhecimento mútuo e sexual dos indivíduos). Esses odores são facilmente percebidos pelos cachorros machos que possuem uma sensibilidade olfativa cerca de 20 vezes mais potente que a espécie humana, podendo ser sentidos a longas distâncias. Infelizmente, não há nenhum tipo de medicamento que iniba de forma satisfatória esse desejo, que faz parte da fisiologia dos animais. A única coisa que podemos fazer é manter o macho o mais calmo possível com terapias e florais. Marcos Eduardo Fernandes, veterinário homeopata, mestre em Saúde Pública pela USP, psicanalista, comunicador da Rádio Mundial e apresentador do Programa Open Pet. Mande sua dúvida para: meupet@escala.com.br

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comportamento

Faça seu cachorro

PARAR DE FUGIR Ensinamos oito comandos-chave para evitar que o cachorro escape toda vez que você abrir o portão

TEXTO: CAMILA RODRIGUES • FOTOS: LUIZ GUSTAVO GONÇALVES

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C

achorros adoram se aventurar em lugares desconhecidos e cheios de novidades. E muitas vezes esses atrativos estão fora de casa. Na rua. Basta apenas um minuto de descuido para o seu companheiro de quatro patas sair correndo pela porta, atrás de carros, barulhos ou outros animais. Esse comportamento, interpretado como uma tentativa de abandono por muitos donos, está presente no desenvolvimento dos pets desde cedo. “Quando filhotes, os cães costumam ser mais fujões, pois têm, naturalmente, mais energia que os cachorros que estão em outras etapas da vida, além de estarem em uma fase exploratória”, esclarece Marcel Perez Pereira, médico veterinário especialista em comportamento canino, de São Paulo (SP). MOTIVOS DA FUGA O peludo repete essa ação por falta de atividades que tornem o seu dia a dia mais estimulante. “Se a vida do cão dentro de um quintal for entediante e sem graça, a chance de ele querer dar uma voltinha na rua é alta. E se, ao escapar, ele encontrar uma série de estímulos bacanas, a chance de ele querer repetir a fuga é muito grande”, complementa Renato Zanetti, zootecnista e proprietário da Dog Solution, também de São Paulo (SP). Para os especialistas, essa atitude é inerente e, antes de reprimí-la, o certo é saber o que faz o peludo querer escapar. “O que colabora para a fuga é o nível de interesse do cão em sair de casa versus o nível de interesse em ficar”, enfatiza Zanetti. Um dos maiores problemas das fugas é que os cães foram domesticados pelos homens e, por isso, hoje, não estão mais aptos a conviver em seu habitat ou longe dos cuidadores. “O animal que fugir

Faça o ambiente do portão para dentro ser muito mais legal do que o espaço da porta para fora e tenha bons momentos com seu cachorro pode enfrentar diversos perigos, como ser atropelado, não saber voltar para casa, contrair alguma doença infecciosa ou arranjar briga com outros bichos”, enumera Denise Falck, consultora de comportamento de cães e gatos, de São Paulo (SP). Porém, antes que você ache que o seu pet enjoou de você e resolveu escapar de casa, saiba que essa atitude pode ser amenizada com a mudança de alguns hábitos, além de treino adequado.

ANSIEDADE PERIGOSA Sendo uma atitude natural dos cachorros, os tutores devem prestar atenção em sinais. “O animal que apresenta sintomas atrelados a ansiedade dificilmente consegue ficar longe do tutor e vai segui-lo pelo portão para ficar mais próximo”, exemplifica Denise. Por isso, fique atento aos sinais e converse com o médico veterinário para iniciar um tratamento tópico para o problema, se for o caso.

1.Ensine disciplina

Comece a educar seu cão a não fugir quando você sair ou entrar em casa ensinando-o a ficar parado. Para isso, escolha uma área específica como um tapete, diga “fica” e recompense-o quando ele estiver em cima dela.

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comportamento

AUSÊNCIA DE ATRATIVOS A falta de estímulos durante a fase de socialização, que deve começar assim que o animal chega à casa, pode ser determinante para o seu companheiro querer escapar ou não pelo portão. Mas, além dos fatores psicológicos envolvidos já citados, elementos externos também aguçam esse comportamento inadequado. “O animal que nunca fugiu talvez passe a querer debandar por vários motivos como oportunidade, estímulos externos, além de ambientes novos ou estranhos e pessoas diferentes”, lista Denise.

2.Estabeleça o limite

Para que o cachorro aprenda o conceito de limite, estabeleça uma linha que ele não poderá atravessar. Use uma corda para delimitar o espaço no chão e permaneça do outro lado da marcação. Não deixe o cão passar para o outro lado, reforçando o “fica”.

CONDUTA INADEQUADA Por mais que os tutores amem seus animais – e sabemos que amam muito! –, algumas atitudes podem causar sérios danos à sua formação e bem-estar. Segundo Denise, um erro bastante comum é o uso indiscriminado das punições, como as broncas. “O dono briga sem saber quais os motivos que levaram o cão a ter determinado comportamento. Muitas vezes, chega a bater como forma de educá-lo, acreditando que está fazendo algo positivo”, salienta. Contrariamente ao que pensamos, isso pode agravar

o problema das fugas ou, pior: causar traumas em cachorros que sofrem de algum distúrbio ligado diretamente à ansiedade, como no caso da Síndrome da Ansiedade da Separação. Já para Pereira, as pessoas tendem a culpar os cachorros pelas fugas, mas geralmente se esquecem de avaliar a própria conduta inadequada. “O que acontece é que os tutores não se preocupam se estão proporcionando um ambiente enriquecedor e estimulante para o animal, ou seja, promovendo atividades físicas e mentais para diminuir o estresse e o acúmulo de energia. Eles apenas cobram, mas não sanam as necessidades básicas do cão”, observa o especialista. OUTRAS INFLUÊNCIAS Alguns fatores também influenciam no problema, como a idade avançada, uma vez que cães idosos costumam ficar desorientados com o passar do tempo, além de maustratos sofridos pelo animais, que têm o poder de deixá-los arisco. Dessa forma, é crucial identificar junto com o veterinário o que desencadeou esse comportamento de fuga para cortar o mal pela raiz.

M GATOS TAMBÉM FOGE Assim como os cachorros, os gatos adoram dar suas escapadinhas. “Os felinos são seres extremamente curiosos e ativos que têm preferência por explorar ambientes desconhecidos”, caracteriza Naila Fukimoto, adestradora da Cão Cidadão, de São Paulo (SP). Para que o bigodudo não fuja, o dono deve tomar algumas precauções dentro de casa. “Os pets que moram em apartamento só fogem quando as saídas da

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residência não são teladas ou protegidas de alguma forma”, comenta a especialista. Além dos cuidados dentro de casa, vale lembrar que bichanos castrados não possuem o hábito de fugir – eles costumam ficar mais reclusos naturalmente. “Isso ocorre porque o comportamento do gato não dependerá mais de seu instinto de disputar fêmeas (que por isso já fogem menos) e marcar seu território”, explica.


3.Treino seguro

Em um local que não haja possibilidade de fuga, como o seu quintal, comece a introduzir alguns estímulos do outro lado da linha, como um brinquedo querido pelo animal. Mais uma vez, não deixe que ele atravesse o limite.

4. Maior estímulo Para representar os atrativos da rua, escolha mais um encorajamento para o cão, como outro brinquedo ou objeto com sonoridade.

5. Local desejado

Vá para o lugar pelo qual você sai de casa, como garagem ou portão. Prenda o peludo na guia e comece os treinamentos exatamente como antes, introduzindo a princípio poucos estímulos.

6. Aumento dos atrativos Continue a sessão de adestramento mais uma vez usando vários brinquedos. Apenas não esqueça de manter o animal seguro na guia. Se preferir, mantenha o portão fechado também.

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comportamento 7. Solte a guia

Para garantir a segurança do animal, apenas realize essa etapa quando tiver plena confiança de que ele não escapará. Repita com voz firme o comando “fica”, e solte a guia (e abra o portão) aos poucos.

EDUCAÇÃO PRECOCE Para Renato Zanetti, a educação é essencial para evitar esse tipo de aborrecimento, que pode se tornar um problema sério. “É importante deixar claro ao cão que ele será recompensado caso não saia pelo portão – mesmo que esteja aberto”, diz. Assim, oferecer um ambiente desafiador dentro de casa manterá o animal equilibrado. “Ele precisa entender os seus limites. E, principalmente, compreender que não sair pelo portão produzirá mais recompensas do que se ele escapar. Esse é o começo do treinamento para que o dono evite as indesejáveis fugas”, esclarece o especialista.

Para ajudar na prevenção e acalmar os tutores aflitos, Denise explica que proporcionar uma educação adequada no período certo pode trazer benefícios futuros para o pet e para a família que o acolhe. “A fase da socialização primária (que dura até as 12 semanas de vida) é a mais importante da vivência de um animal. Essa é a melhor época para ensinar a ele como o mundo funciona, apresentar pessoas e lugares, além de proporcionar o máximo de estímulos que ele possa absorver, e transformar em experiências positivas que vão ajudá-lo a se comportar”, complementa a especialista.

RECEU?

O SEU ANIMAL DESAPA

O site português Encontra-me, mantido pela Associação Pelos Animais, listou algumas dicas importantes para encontrar o companheiro quando ele fugir de casa: - Percorra as proximidades do local onde o mascote desapareceu. As primeiras 12 horas são fundamentais na busca para encontrar o seu companheiro peludo.

No site

- Mobilize vizinhos, familiares e amigos para ajudar nas buscas. - Leve um brinquedo que faça barulho para que ele possa escutar um som familiar e uma lanterna com luz forte, pois ele pode estar escondido. - Procure em clínicas, hospitais veterinários e canis municipais. - Faça panfletos com uma foto atualizada e coloque o contato e endereço da sua casa.

Saiba mais sobre as medidas a tomar quando o cão (ou gato) foge, como evitar e como publicar anúncios de procura-se em www.revistameupet.com.br

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8. Treinamento final

Nessa fase do treinamento, o animal já deve saber que não pode levantar quando você sair de casa, a pé ou de carro. Dessa forma, mesmo ele estando sem guia e sem a sua supervisão atenta, ele não tentará fugir. Para isso, não deixe de repetir os outros procedimentos na ordem, quantas vezes for necessário.

INIBIR É CASTRAR Denise diz que a castração pode ajudar a coibir essa atitude no peludo fujão. A testosterona, hormônio produzido pelos testículos, pode influenciar condutas que despertem o interesse do pet em fugir. “A busca por fêmeas no período do cio ou comportamentos mais territoriais são fatores que facilitam as escapadas”, enfatiza.


mudança é um fator fundamental, assim como envolvê-lo em experiências positivas e treinos no espaço. Mas lembre-se: no início, deixe-o sozinho apenas por momentos curtos e, só depois aumente esse período gradativamente, para que o animal não desenvolva traumas.

Proteção

Outra maneira de prevenir esse comportamento é tornar a sua casa à prova de fugas. “Portões altos e grades estreitas ajudam a restringir o cão em casa, impedindo possíveis escapadas”, explica Pereira. Mas não adianta cercar a residência se o pet não receber um treino que o ensine a ter autocontrole. Segundo Márcio Esteves, veterinário especialista em comportamento canino, do Rio de Janeiro (RJ), os donos também devem proporcionar exercícios físicos, brincadeiras, carinho e disciplina.

Passeio

Treino certeiro Há algumas medidas que você pode tomar para garantir que seu cão não queira mais fugir pelo portão, lembrando que o segredo é a persistência no treinamento!

Fonte: Tractive - http://tractive.com/es/products

Adaptação

Muitas vezes, o problema não está relacionado com o cachorro, mas com a nova casa. “O ideal é que o cão se acostume com o lugar aos poucos”, alerta Denise. Apresentá-lo ao local antes da

Os tutores devem levar em conta a maneira como esses pets são conduzidos durante os passeios. De acordo com Denise, o animal deve ser guiado com segurança e portar uma guia que suporte a sua força. Isso pode trazer benefícios como fazer com que o cão fique mais confiante e não queira fugir. Já para Pereira, são poucos os donos que levam seus companheiros para passear em velocidade intensa e com regularidade – assim, os bichos acumulam energia e ficam estressados. “Os cachorros são ativos por natureza, e passar muito tempo dentro de casa pode deixá-los estressados”, finaliza.

Bela, a fujona

A curiosa Bela é uma Labrador Retriever, de 1 ano, que chegou “ligada na tomada” à casa da gerente de risco Elaine Koda. “De repente, ela dormia como se alguém a tivesse desligado, mas quando acordava parecia que estava no modo on turbo”, relembra. Por conta da hiperatividade, Elaine sempre se preocupou com a possibilidade de a peluda sair correndo pela porta. “Mantemos uma conduta bem rigorosa de vigília do portão para que ela não fuja”, fala. Com uma mascote tão agitada, momentos engraçados não faltam no dia a dia da família. “Ela tinha uns 5 meses quando fomos a um pet shop pela primeira vez. Quando eu estava passando as compras no caixa, ela se soltou e simplesmente saiu correndo para a rua. Larguei tudo e corri atrás dela igual uma maluca! Quanto mais eu corria, mais ela continuava correndo”, conta Elaine, que depois desse episódio resolveu adestrar Bela.

O sistema GPS Tractive, para smartphone, permite que os tutores vigiem seus mascotes em qualquer lugar e hora, proporcionando segurança e alívio para os donos mais aflitos 29


Negócio animal

Um fim digno

aos pets

Crematório animal se destaca pela beleza do local que, em meio à natureza, garante a sensibilidade necessária ao momento delicado de luto TEXTO: SAMANTHA MELO

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Então mais do que experiência no segmento, o amor aos pets também impulsionou o negócio? Sim, os animais sempre estiveram presentes em minha vida. Hoje, além dos meus cães, no Memorial Necrópole Ecumênica mantemos um viveiro com aves silvestres apreendidas pelo IBAMA.

Como surgiu a ideia de criar o Pet Memorial? O motivo foi principalmente emocional, mais precisamente a Puppy, uma Poodle, na época (1998) com 10 anos. Começamos a pensar em qual destino dar ao corpo quando ela falecesse. Então surgiu a ideia de criar o primeiro crematório de animais como uma opção para quem quer garantir um destino respeitoso aos adorados peludos

A evolução da empresa corresponde às expectativas? A preocupação com a destinação final do pet vem crescendo, pois, além da consciência ecológica, existe a questão principal que é a do amor, pois quem nos deu

Como foi a criação da empresa? Durou cerca de dois anos entre a ideia, a opção pela cremação, a escolha do local, do nome e o início do funcionamento, que aconteceu em junho de 2000. A escolha de São Bernardo do Campo aconteceu porque é uma região estratégica, pois está dentro do Grande ABC, próxima à capital paulista e ao litoral. Além disso, o Pet Memorial está situado em meio à natureza, algo que valorizamos muito.

carinho a vida inteira merece um final digno e respeitoso. O negócio está em plena ascensão. Somos os únicos no país com uma média de 600 cremações ao mês. O local oferece a cremação, e não o enterro. Por quê? É a melhor opção do ponto de vista ambiental, já que o enterro resulta na contaminação do solo devido à liberação de chorume e suas substâncias altamente tóxicas. A fumaça resultante da nossa cremação, liberada no ar, passa por um rigoroso processo de filtragem, que é monitorado pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. As cinzas não têm nenhum resíduo tóxico. Sendo assim, o impacto ambiental pode ser considerado nulo. Outra vantagem de se cremar o pet é que as possibilidades de realizar homenagens com as cinzas são inúmeras: depositando na praça ou jardim preferidos do animal, guardando em uma urna personalizada ou produzindo um diamante com o carbono das cinzas, guardando consigo uma lembrança eterna, etc.

Cremar o pet permite várias homenagens com as cinzas, como depositá-las na praça ou jardim preferidos do animal

Fotos: Divulgação/ Arquivo pessoal

Q

uem passa na frente do Pet Memorial, em São Bernardo (SP), dificilmente imagina que o local é um crematório animal. Pertencente ao Grupo Altstut, que também administra o Memorial Necrópole Ecumênica – cemitério vertical mais alto do mundo –, a empresa, pioneira na América do Sul, criou um espaço belo e arborizado, proporcionando um momento de luto menos soturno. Contando com a experiência do negócio já existente, o fundador Pepe Altstut introduziu uma infraestrutura de ponta no projeto, investindo em fornos de alta tecnologia e não poluidores. “Dessa forma, as homenagens finais aos queridos peludos, além de sensíveis, são totalmente sustentáveis”, explica Altstut. Confira a entrevista completa:


“Nesse negócio delicado, é essencial conseguir se colocar no lugar dos clientes, entender o luto deles para que seja possível prestar o melhor serviço possível”, ressalta o fundador Pepe Altstut

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Negócio animal Como é trabalhar com um segmento tão delicado? Trabalhamos com uma equipe treinada que tem todo o cuidado desde a remoção até a cerimônia de cremação, visando amenizar o impacto da perda. Hoje o Pet Memorial conta com cerca de 50 colaboradores. Além dos atributos profissionais, selecionamos pessoas que gostem de bichos e, de preferência, que já tenham passado pela experiência do luto.

A empresa oferece todo o serviço funerário? O Pet Memorial atua com a cremação de animais de pequeno, médio e grande porte acompanhado de um atestado informações do pet, bem como os dados do proprietário. Também oferece o serviço de remoção 24h, sem qualquer custo adicional na Grande São Paulo, Baixada Santista e Campinas (nas demais localidades, existe um custo).

Quem procura o serviço? O Pet Memorial atende clientes de vários perfis sociais, mas todos são bastante apegados aos seus pets, verdadeiros membros da família. Entre os mascotes cremados estão cachorros, gatos, cavalos, aves, roedores e animais exóticos.

Quais são os pontos fortes do Pet Memorial? A empresa disponibiliza planos de cremação preventivos que são feitos quando o animal está vivo, e os emergenciais, quando o pet já faleceu. Um dos planos, por exemplo, permite que o dono opte por cremar individualmente o mascote. Outro diferencial é o Clube Pet Memorial, uma área de lazer de 12 mil m² para realização de eventos e uma pista de agility, que pode ser usada por donos adquiriram o plano preventivo. Também está disponível o Brilho Infinito, que é um diamante produzido em laboratório a partir dos pelos ou penas dos animais, que pode ser guardado eternamente pelos donos como uma sensível lembrança.

Qual é a sua avaliação do atual mercado pet no Brasil? Hoje os peludos são vistos como extensão das famílias, cabendo a eles todo tipo de atenção, variadas dietas, tratamentos estéticos, centros de lazer, tecnologia de ponta em hospitais e clínicas veterinárias... O mercado precisa acompanhar a demanda e, quanto mais novidades surgem no segmento, mais os donos procuram agradar seus pets.

Serviço

O Pet Memorial fica na Avenida Sadae Takagi, 860 - São Bernardo do Campo - Rodovia dos Imigrantes - Saída Km 20 (SP). Os preços variam de R$ 768 a R$ 3.000, de acordo com o plano e tipo de urna. Site: www.petmemorial.com.br Telefone: 0800 772 8885

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Para a cremação

O local conta com uma capela de São Francisco de Assis para oração e velório dos animais

As lápides e urnas disponíveis s podem ser customizadas com foto ais anim dos ou réplicas

Feita em papel biodegradável e bambu, a Urna Eco-Pet vem com sementes que podem ser plantadas junto às cinzas


Foto: Shutterstock

Sabia que embrulhar presentes ĂŠ o que fazemos de melhor?


PÔSTER


Foto: Shutterstock

Fica tranquilo que a gente vigia o peixe enquanto você não volta


Foto: Shutterstock

PÔSTER


Mito oeu ? Verdad

Não posso ter gatos em casa porque tenho problemas respiratórios

Texto: Camila Rodrigues/Ilustração: Débora Lopes Serralheiro

MITO

Algumas pessoas espirram, coçam o nariz ou ficam com os olhos inchados quando estão na presença de pets, principalmente dos felinos. Com isso, criou-se o mito de que quem tem alergia não pode ter esses animais dentro de casa. Para Fábio F. Morato, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), essa afirmação é um exagero e não necessariamente correta. Estudos apresentados pela Faculdade de Medicina da Geórgia (EUA) comprovaram que o contato com pets nos primeiros anos de vida da criança reduz o risco de complicações respiratórias. “O convívio com gatos pode estimular o organismo a se defender e ser usado como fator de proteção”, enfatiza.

Além do incômodo que pode ser causado pela pelagem do animal, há pessoas que possuem uma sensibilidade ao próprio felino devido a uma proteína chamada FEL D-1, que é encontrada na saliva e nas glândulas sebáceas desse bicho. Para evitar que isso afete o seu organismo, o especialista medidas simples como adquirir o hábito de dar banhos frequentes nos animais e, além disso, eles sejam castrados o mais cedo possível. Isso porque os pets férteis produzem mais dessa substância.

CUIDADOS EM CASA

O ideal é tomar algumas precauções para não tornar a convivência com o peludo algo terrível. “Não é aconselhável manter muito contato com o animal, pois isso pode agravar o quadro de alergia”, indica Morato. Outras dicas devem ser levadas em conta, como não deixar o pet dormir na mesma cama e procurar um médico e realizar um tratamento. “A imunoterapia com alérgenos do gato é uma das possibilidades para acabar com o problema.”

Uma boa escolha – O gato Siberiano é a raça mais indicada para as pessoas que sofrem de alergia. Isso porque sua saliva contém níveis baixos da proteína FEL D-1

Prefira as gatas – As fêmeas são mais “antialérgicas” que os machos, uma vez que estes produzem o FEL- D1 em maior quantidade do que as suas companheiras bigodudas.

Os mais procurados – Sphynx, Cornish Rex, Devon Rex e British Shorthair. Esses gatos apresentam uma característica em comum: todos possuem pouco ou nada de pelagem.

Sem sintomas – Os cachorros das raças Poodle, Maltês, Cão d’Água Português e Bichon Frisé lideram o ranking dos animais antialergênicos, ideais para lugares pequenos.

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alimentação

o d l a i c e p s e a t Die TE

CÃO DOEN A alimentação correta pode ser uma forte aliada no tratamento do seu pet TEXTO: PRISCILA ROQUE

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uando nós ficamos doentes, seja uma simples gripe ou uma das chamadas “viroses”, há vários tipos de comida especiais a que podemos recorrer, como sopas e chás. E de fato a condição debilitada pede uma alimentação diferenciada. Mas e quando os cachorros ficam doentes? Sim, as refeições também 38

devem ter atenção especial! “A alimentação adequada é parte fundamental da recuperação”, reforça o veterinário Leandro Zaine, doutor em nutrição de cães e gatos pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP (SP). Isso porque, assim como para os humanos, a sensação de conforto ajuda na reabilitação do seu amado peludo.

Vale salientar que vômitos, diarreia ou febre podem ser sintomas de doenças que exigem tratamento com medicamentos que devem ser receitados pelo veterinário. Porém, algumas medidas podem estimular a recuperação de um cão adoecido, como alterações na dieta que indicamos a seguir e, claro, uma boa dose extra de carinho!


E SINAL DE FEBR 1. SINAL DE FEBRE

Esse estado incômodo intensifica o gasto de calorias e aumenta as necessidades nutricionais. Por isso, estimular que o cachorro se alimente é indispensável. Assim, ele poderá reagir contra a infecção. “A febre é um sintoma inespecífico que, infelizmetne, pode indicar diversas doenças. E várias delas levarão a uma provável perda de apetite. Junto com a busca pela causa da febre e seu tratamento, a dieta deve ser ingerida em quantidade adequada para otimizar as respostas do organismo”, alerta o especialista Zaine.

O que fazer Sonali Rebelo, especialista em nutrição clínica e medicina veterinária preventiva do Rio de Janeiro (RJ), indica fornecer alimentos ricos em proteínas magras de alta qualidade, vitaminas B6, B12, selênio e zinco, que atuam no sistema imunológico. “Legumes e frutas nas quantidades certas contêm nutrientes com ação anti-inflamatória e antioxidante”, acrescenta.

QUADRO DE DIARREIA Segundo Zaine, a perda de nutrientes, nesse caso, é grande. Por isso, é preciso cuidado com o que o pet come. “Se não ocorrer uma reposição pela dieta, o animal esgotará suas reservas, fazendo com que faltem nutrientes para as funções básicas do metabolismo”, explica.

O que fazer Os alimentos ricos em gordura e em fibras, como laticínios e grãos, devem ser evitados, pois tornarão a digestão mais difícil. Esteja atento também à falta de apetite. “Esse quadro não é algo que temos de aceitar. É errado pensar: ‘Quando ele estiver melhor, vai querer comer’, pois quanto mais tempo o paciente ficar sem se alimentar, menores serão suas chances de recuperação. Deve ser feita a busca por um alimento que seja mais gostoso para ele, mas o que pode ser ingerido vai variar conforme cada doença”, ressalta Zaine. Por isso, um acompanhamento direcionado ao perfil do seu mascote é a melhor forma de encontrar o “prato” ideal. “A dica é combinar uma dieta especial e individual com o tratamento, pois pode levar a uma recuperação bem mais rápida”, salienta Sonali.

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alimentação OS ERROS MAIS COMUNS Buscar ajuda pela internet em fontes não confiáveis; Oferecer alimentos que fazem bem para as pessoas, pois nem sempre eles podem ajudar os cães; Na falta de apetite, aguardar que o pet volte a comer sozinho, sem procurar um especialista; Dar petiscos ao animal sem o conhecimento de sua composição nutricional; Permanecer com uma alimentação prescrita a um cão doente após o período determinado.

CONSTIPAÇÃO INTESTINAL A ausência de fezes, fezes secas ou esforço intenso para defecar pode revelar um acúmulo no intestino do animal. Para ajudar a reverter esse estado, é preciso auxiliar o trânsito do organismo. O que fazer “O uso de dietas contendo fibras solúveis ou suplementação pode trazer benefícios, pois elas ‘atraem’ água para as fezes, facilitando a eliminação”, diz Zaine. A causa da constipação também pode ser uma desidratação. Por isso, é preciso aumentar a hidratação oferecendo água fresca e limpa. Além disso, caldos caseiros, uma dieta caseira balanceada ou uma ração úmida de qualidade também ajudam. Porém, uma nova dieta pode fazer com que ele não queira a alimentação de antes. “O animal fará de tudo para ficar com os alimentos que o agradem”, previne Fabrício Lorenzini, professor veterinário da Universidade Anhembi Morumbi (SP).

QUEDA ANORMAL DE PELOS A ingestão de alimentos com baixa qualidade pode ser uma das causas da queda de pelo. “Se algum nutriente essencial estiver faltando na alimentação do animal, pode haver, além da natural queda de pelo, uma aparência sem brilho, caspas e até a alteração na coloração”, alerta o especialista Zaine. O que fazer Para a saúde da pelagem, é importantíssimo um adequado equilíbrio de proteínas, ácidos graxos, vitaminas e minerais. Contudo, embora as mudanças na rotina possam ajudar a reverter quadros tópicos de doença, é preciso ter prudência. “Os alimentos não devem ser acrescentados à ração sem nenhum critério, eles devem fazer parte de uma dieta balanceada”, ressalta Sonali Rebelo.

O retorno à dieta original deve ser imposto pelo dono, não cedendo às pressões caninas COLO DE MÃE O carinho pode ser um eficaz aliado no tratamento. “O animal doente precisa se sentir acolhido e seguro. O estresse psicológico pode agravar o quadro”, diz Sonali Rebelo. Para a “mãe” da Pipoca, Beatriz Onofre, mimo é essencial: “Quando ela está doente, nós damos comida na boca e, se for preciso, fazemos massagem”, conta. Ser observador também pode aju-

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dar. “Evitamos as caminhadas com o Lennon e procuramos entender o que ele pode ter comido para apresentar essa reação. Nessas horas, a gente fica ainda mais coruja. Assim como o Lennon faz quando um de nós dois está mal, nós também não desgrudamos quando ele está doente”, contam Raphael Mesquita e Juliana Sichieri, tutores do Lennon, um SRD de 5 anos.

Raphael e Juliana com o seu Lennon


CRISE DE VÔMITOS 5. CRISE DE VÔMITOS

Fotos: Shutterstock/ Arquivo pessoal/ Divulgação

Poupar o mascote debilitado de atividades que gastem muita energia facilita a recuperação. “A Pipoca tem o estômago sensível. Quando ela não está bem, o nosso tempo passa a ser de cuidados de saúde, e não de brincadeiras.

Respeitamos os horários das refeições e dos remédios de maneira sagrada e evitamos os passeios, além dos banhos”, comenta a dona Beatriz Onofre. O que fazer Quando o cão vomita, o ideal é diminuir a quantidade de alimentos por refeição. Em alguns casos, até suspendê-los por algumas horas. “Um grande problema desses animais é que nada para no estômago”, observa Zaine. “O intestino, além de atuar na absorção de nutrientes, é um importante componente do sistema imunológico. A nutrição desse órgão vem diretamente da dieta, sendo que períodos prolongados sem a presença de alimento no intestino podem levar à atrofia das células desse órgão, permitindo que as bactérias do intestino atinjam o sangue, acarretando um quadro de infecção generalizada”, esclarece. Água de coco pode auxiliar esse tratamento. “O líquido contém muitos minerais que, além de reidratar, servem para repor eletrólitos perdidos”, explica Sonali.

Lembre-se de que uma alimentação adequada é parte fundamental da recuperação do animal

? s o s a c s e s s e n E PARA AS ALERGIAS A ração Premiatta Cordeiro tem menor impacto alergênico, o que reduz o risco de alergia alimentar, além de ser fonte de aminoácidos essenciais. No PetLove. Por R$ 21,90 (2 kg)

PARA O DIABETES A Guabi Natural Cães Diabéticos é balanceada para garantir a ingestão adequada dos nutrientes e promover uma menor oscilação da glicemia. Não contém conservantes químicos e corantes. Na Cobasi. Por R$ 33,90 (1 kg)

PARA AS DOENÇAS CARDÍACAS Para auxiliar no tratamento de doenças e insuficiências cardíacas, o PremieR Nutrição Clínica Cães Cardio tem pouco sódio para melhorar a circulação e o controle do inchaço. Na DogUrbano. Por R$ 223,72 (10,1 kg) PARA OS PROBLEMAS RENAIS A Royal Canin Veterinary Diet Renal é para animais que possuem insuficiência renal, por isso, tem nível baixo de fósforo para controlar o sistema digestivo. Na Meu Amigo Pet. Por R$ 73,10 (2 kg)

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cuidados e higiene

Gato também

precisa passear!

O SEGREDO ESTÁ NO TREINAMENTO CERTO DENTRO DE CASA ANTES DE VOCÊS SE AVENTURAREM NA RUA Texto: Fátima Chuecco

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Fotos: Shutterstock/ Arquivo pessoal/ Divulgação/ Reprodução

C

om o boom imobiliário cresce também a tendência de se ter gatos em apartamentos – cada vez menores. Isso porque os cuidados que os bichanos exigem são mais simples. Eles fazem suas necessidades básicas em caixas de areia desde pequenos sem nenhuma necessidade de treino. Basta encher o potinho de comida pela manhã que eles vão comendo devagar pelo resto do dia. E dormem muito: em torno de 16 horas por dia. Mas todo mundo sabe que gato adora passear, e a vida em apartamento ou residência telada limita essa natureza felina de explorar ambientes ao ar livre, caçar insetos, subir em árvores e telhados. Por conta disso, estamos vendo uma nova geração de gatos obesos que muitas vezes não conseguem nem sequer subir nos móveis da casa. Alguns podem até se tornar apáticos pela falta de estímulo visual quando não há sacadas, varandas e janelas teladas que lhes permitam assistir aos movimentos na rua. Porém, na contramão dessa tendência, alguns gateiros têm adotado a prática de passear com os felinos na coleira.

A ORIGEM DOS PASSEIOS Estudos apontam que a domesticação do gato ocorreu há cerca de cinco mil anos com os egípcios. Do Egito os felinos foram levados clandestinamente para Roma, e de lá se espalharam por países da Europa. Aliás, nesses países o gato tornou-se mais popular que o cachorro e atualmente habita um número maior de residências que nos outros continentes do mundo. Por isso, Paris e Londres sempre foram cidades com muitos gatos, e não à toa sediaram os primeiros registros de passeios felinos pelas ruas no início do século XX. Foi inclusive uma cena em Paris que inspirou a enfermeira Joana Dark Barbosa Costa, de São Paulo (SP), a dar mais qualidade de vida às suas três gatas, Miúcha, Memphis e Mickely: “Vi uma moça passeando com seu gato no jardim do Palácio

de Versalhes. Ela disse que o peitoral era o único jeito de ela passear com seu bichano sem correr riscos, então achei a ideia legal e comecei a usar nas minhas mascotes logo que cheguei de Paris”, conta. SAÚDE FELINA? O sedentarismo e a grande disponibilidade de alimentos são as principais causas de obesidade no gato, e isso pode acarretar problemas como diabetes, doenças articulares e da coluna, além de complicações hepáticas. “Infelizmente, esse é o preço que nossos felinos estão pagando pela domesticação”, comenta Carlos Alberto Geraldo Jr., da VetMasters, de São Paulo (SP). Por isso, o passeio pode ser uma solução. O veterinário explica que se a caminhada será realmente benéfica ou não depende muito do comportamento do animal e de como ele reage à atividade.

É essencial que gatos que passeiam estejam vacinados, vermifugados e portando coleira elástica com identificação e contato dos donos

Ícone nas ruas Moleke é um gatinho peludo que mora com sua dona no centro de São Paulo (SP), a artesã e ativista da causa animal Fátima Pessoa. Resgatado, Moleke acabou conquistando o coração de sua salvadora e logo passou a acompanhá-la até em eventos movimentados. Os dois passeiam na Praça da República e outros locais públicos, como as escadarias do Teatro Municipal.

Moleke é clicado prestes a atravessar a rua

Moleke vai num carrinho de bebê e só desce quando Fátima percebe que o ambiente está seguro para ele. Carismático, posa para fotos, distribui carinho e já virou ícone felino fashion nas redes com as camisetas que usa.

À esquerda, uma imagem clássica da Londres de 931. À direita, a capa do livro Gato de Paris, de 1950

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cuidados e higiene

Academia felina

Ainda que você passeie com o seu mascote, há outras medidas que pode tomar para que ele mantenha seus exercícios em dia. Para isso, tente deixar o ambiente o mais interativo possível para o gato, colocando prateleiras ou objetos em que ele possa subir, se esconder e brincar. Gatos adoram ficar em locais altos e em esconderijos. Reserve um tempo do dia para brincar com o bichano e não exagere na comida para não deixá-lo obeso. Invista também em brinquedos específicos que façam com que o animal se exercite, como alguns que simulam o voo de um pássaro e réplicas de insetos que se movimentam.

“Alguns gatos se adaptam bem quando estimulados com frequência e, para esses animais, o passeio é vantajoso tanto do ponto de vista emocional como da saúde. Porém, para outros felinos, o passeio pode ser motivo de grande estresse, pois pode fazer com que se sintam ameaçados e desprotegidos”, completa. A MELHOR COLEIRA O peitoral é o mais indicado para o passeio felino pela segurança e pelo conforto, já que cobre uma área maior do corpo. Além disso, esse modelo impede que os gatos 44

tentem tirar a coleira e fiquem presos. No Brasil há poucas marcas de peitorais específicos para gatos, mas aqueles vendidos para cães pequenos servem. “É bom que o peitoral esteja bem ajustado e, claro, antes de sair, o bichano deve estar acostumado a usá-lo, senão pode conseguir se desvencilhar. Recomendo o modelo mais simples que se coloca pela cabeça e prende na lateral do corpo”, diz Naila Fukimoto, adestradora da Cão Cidadão, em São Paulo (SP). Ela indica as guias mais leves e que tenham entre 1 m e 1,5 m. “Na rua, é melhor que a guia tenha um comprimento fixo, para não ocorrer um acidente caso o gato decida correr atrás de alguma coisa. As elásticas são boas somente se for um lugar tranquilo”, complementa. O TREINO SEM ARRANHÕES Joana tomou a decisão de treinar suas gatas por conta própria e garante que elas logo se acostumaram aos passeios, mesmo sendo adultas. Na época, ela colocava o peitoral com guia nas gatas por cerca de duas horas diariamente sem sair de casa. Só depois de acostumadas ao acessório é que começou a ir para a rua. Geraldo Jr. diz que o passeio é um hábito que pode ser criado nos gatos adultos se houver bastante paciência, mas a adaptação costuma ser mais fácil em filhotes. Naila explica que um gato adulto pode ter um pouco mais de medo dos barulhos da rua e estranhar o uso da coleira. “Nesse caso, fazemos um treino de dessensibilização que consiste em apresentar um estímulo ao gato, associando o objeto a algo prazeroso ”, afirma a treinadora. Para o bichano se habituar desde cedo, a dica de Naila é colocar a guia quando for alimentar o filhote. “Outra forma é vestir o peitoral e deixar o gato solto pela casa ou brincar com ele utilizando algum

Para colocar o peitoral, ofereça um petisco através dele, de forma que o gato enfie a cabeça na coleira para pegar o snack

brinquedo de que goste muito. Isso deverá ser feito todos os dia, até o felino estar acostumado e adaptado. Dessa forma criam-se associações positivas”, comenta. A adestradora acredita que não existam raças mais ou menos adaptáveis ao uso de peitoral e que depende de costume, treino e, claro, da personalidade do bichano: “Se o gato é mais ativo, brincalhão e curioso, provavelmente gostará mais de passear”, diz. LOCAIS INDICADOS Ao perceber que suas gatas já estavam familiarizadas com o peitoral, Joana passou a levá-las a parques paulistanos, como Ibirapuera e Villa-Lobos, e também a shoppings, como o Frei Caneca, que permite a presença de animais. Quando está no Rio, leva o trio à praia de Copacabana. “Nunca tive problema. São calmas, mas estou sempre antenada. Quando avisto um cão na rua, imediatamente pego todas no colo e afasto-me.” Geraldo Jr., porém, não acha seguro levar gatos para lugares movimentados e com presença de cães: “Além disso, inicie com caminhadas curtas e aumente o


Leve o animal para o ambiente externo na caixa de transporte e solte-o aos poucos

Diariamente, “passeie” com o felino dentro de casa, para ele acostumar

trajeto à medida que o gato for se adaptando. Leve-o para o mesmo local para que ele sinta segurança.” Naila sugere que o bichano seja conduzido a um lugar público dentro da caixa de transporte e só então liberado para o passeio. TEMPO E RITMO Segundo o livro Gato - Manual do proprietário, do médico veterinário americano David Brunner em parceria com Sam Stall, é fundamental deixar o bichano “dirigir o passeio”. Eles ressaltam: “Nunca o puxe.” Isso porque, diferentemente dos cães,

os gatos gostam de ir explorando detalhes do caminho, cheirando tudo e apreciando o passeio lentamente. Alguns gostam apenas de deitar na grama e ficar horas observando o cenário – uma espécie de “meditação ao ar livre”.Ou seja, eles definitivamente não são animais que servem de companhia para corridas como algumas raças de cães. Para Naila, um passeio tranquilo de apenas dez minutos, por exemplo, pode ter informação e estímulo suficientes para um felino iniciante no exercício. “Conforme o tutor perceba que o gato está

mais tranquilo,querendo explorar mais lugares, pode ir aumentando esse tempo aos poucos. É importante respeitar o ritmo dos bichanos porque eles costumam andar devagar, vão cheirando e explorando o ambiente.” Além disso, não há necessidade de levar água nem comida porque os sistemáticos felinos gostam de comer e beber em sua própria casa e no seu próprio comedouro (ou na torneira!) – salvo exceções em dias muito quentes, em que a especialista aconselha que o dono carregue água e um potinho conhecido, com o cheiro do gato.

OLEIRA

CHARME EM C AVENTURA FELINA Em vermelho, azul ou estampada, a coleira importada tem guia com extensão de 1,2m. Da PawisePet. Preço sob consulta

PENÉLOPE CHARMOSA Para sua felina desfi lar exuberância, a pedida é ste peitoral com colete e guia rosa de poás, da marca Futon Dog. No PetLove Por R$ 60,21

GATO SALVA-VIDAS O peitoral divertido da Art Injet pesa apenas 150 g e se ajusta ao corpo dos gatos. Na Pet Center Marginal. Por R$ 31,90

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Hist贸rias reais

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Meu mascote pode

DORMIR COMIGO? Os pets ganharam o direito de usufruir a cama dos donos. Descubra se a prática é saudável e como tutores driblam a folga dos animais TEXTO: FÁTIMA CHUECCO

Fotos: Arquivo pessoal/ Shutterstock

S

e antigamente os cães e gatos ficavam limitados ao quintal, quando muito, com rápidas escapadas à cozinha e à sala, hoje podemos dizer que onde eles mais são vistos é justamente dentro das casas. É comum vê-los, inclusive, dormindo no quarto e até na cama dos donos, muitas vezes abraçados a eles ou de “conchinha”. Mas será que isso é saudável? A veterinária Gabriela Toledo, do Centro Veterinário ProBicho, de São Paulo (SP), não vê nenhum impedimento desde que o animal esteja vacinado e saudável. “É claro que, se a pessoa pega um animal na rua, precisa primeiro levá-lo ao veterinário antes de ir colocando o pet na cama. É um cuidado básico. Esse animal não pode nem mesmo dormir com outros já instalados na residência enquanto sua saúde não for checada”, diz. Ela mesma continuou dormindo com seus sete gatos enquanto estava grávida, e seu filho dorme com os bichanos. O veterinário Vinícius Toledo Rossi, também da capital paulista, concorda que, em geral, não há restrição em dormir com cães e gatos. “Caso o animal esteja com gripe ou se os donos estiverem gripados, não há risco de transmissão para ambos os lados. Desaconse-

lho dormir junto apenas em duas situações: durante tratamento do verme giárdia, porque pode ser transmitido para o ser humano, e na ocorrência de problema de pele, para evitar infestação por bactéria.” A educadora infantil Juliana Lacerda Rodrigues mora em Queensland, na Austrália, com seu marido e o cão Jack. “Nós o adotamos há quatro meses de um grupo de protetores. Foi resgatado de uma fazenda de filhotes junto com outros 150 cães em estado deplorável. Estava imundo, faminto e cheio de parasitas”, conta. Jack adora brin-

car com bolas e bichos de pelúcia, mas seu brinquedo favorito é um galho seco achado no quintal. Apesar das três camas de cachorro espalhadas pela casa, o mascote gosta mesmo é de dormir na cama de Juliana e seu marido: “Ele deita entre nós e ainda traz alguns brinquedos.” E o pequeno Jack faz questão de acordar o casal todos os dias. “Ele acorda a gente às 5h30 junto com o sol. De fim de semana ele acorda cedo também, mas desce, faz xixi e volta a dormir. Acordamos todos os dias com maravilhosos lambeijos”, ri a dona.

Juliana Lacerda e o marido Vitor Miana Reis brincam com o lindo Jack. O cachor ro resgatado agora divide um a cama enorme com os don os

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Histórias reais Protegendo a família Um estudo divulgado recentemente na revista americana Pediatrics sugere que conviver com cachorros durante o primeiro ano de vida fortalece o sistema imunológico da criança. Os bebês que convivem com cães têm menos chances de apresentar alguns tipos de infecção nos ouvidos ou problemas respiratórios do que aqueles que não têm bichos de estimação, diz o estudo, que incluiu 397 crianças com idade entre dois meses e um ano, na Finlândia. Em outra pesquisa, cientistas de Munique (Alemanha) avaliaram os efeitos da exposição a gatos em 8.219 crianças. A propensão a ter doenças alérgicas e asma foi 67% menor entre as que compartilham o ambiente com felinos. A proteção também mostrou ser maior naquelas que tiveram contato com os animais desde o primeiro ano de vida.

À direita, Cristianne Tenerelli se aconchega em Thor. Abaixo, se prepara para dormir com toda a sua turma de mascotes

PRECISA-SE DE: CAMA MAIOR A designer gráfica Cristianne Tenerelli, de São Paulo (SP), dorme com seus quatro cães: a Poodle Susy, o Pastor Alemão Thor, o Labrador Todynho e a filha dele, Brenda. A cama de 1,60 m ficou pequena para tanta gente, por isso Cristianne planeja comprar um modelo king size para acomodar a família. “Também estou reformando meu quarto para ficarmos mais confortáveis”, diz. A dinâmica é a seguinte: Brenda se enrola na cabeça da dona, Suzy fica aos pés, Thor encostado nas costas e Todynho no espaço que sobrar.

“Eles são meus filhos. Tomamos café da manhã juntos, eu na mesa e cada um deles com seu potinho no chão da cozinha, todos ao mesmo tempo. Na hora do meu banho, todos ficam comigo no banheiro, claro. Também jantamos juntos. A casa é toda deles”, conta. E o mais inusitado é que o quarteto canino recebe até “pensão” do ex-marido de Cristianne: “Ele também os considera como filhos e vem vê-los pelo menos duas vezes por semana. Até comprou um carro bem espaçoso para passear com todos!”, conta.

Animais que frequentam praças e a rua devem ter as patinhas higienizadas antes de dormir na cama dos donos 48


dade”, diz a gerente de RH. Já as gatinhas Isabella, Ágatha e Mel, além de companheiras de cama, são ótimas despertadoras: “Elas sempre me acordam entre 5h30 e 6h30. A Ágatha sai de debaixo do lençol pisando no que tiver pela frente e fica miando e cutucando a porta do quarto para abrir. Já a Isabella fica dando tapa no meu rosto e a Mel adora afofar com suas unhas afiadas em qualquer parte descoberta do meu corpo. Como continuar dormindo?” A jornalista Tathiana Rodrigues Saqueto, de Bauru (SP), também tem um filho de quatro patas. Panqueca, é claro, adora dormir com os pais. “Ele se mexe muito, sonha, ronca e solta pum, mas nós o amamos. Tem pesadelos e daí late dormindo e chuta a gente. E para avisar que acordou, chacoalha as longas orelhas, gerando um barulho que funciona como despertador. Poderíamos dormir até 7h, mas temos que levantar às 5h40 e abrir a lavanderia para ele fazer xixi”, conta.

bella, de Acima, a gata Isa se espreguiça a, nd ira Kauana M , Kauana ro na cama. Ao cent ha. Abaixo, at Ág a lin fe abraça a , a gata Ludy seus outros pets y m e o cão Jim

Andreia Regina Soares, professora universitária em São Paulo (SP), tem uma cadela de porte grande, uma linda mestiça de Perdigueiro, chamada Ninah e ainda está cuidando de uma gatinha para uma amiga. “Confesso que minha cama anda bem movimentada, pois nela dormem eu, meu marido, a cadela, a gata e, às vezes, meu filho de três anos. Nossa cama virou uma comunidade”, revela aos risos a adoradora de pets. Ninah gosta de dormir sempre enrolada nas pernas da dona, exceto em noites frias, quando fica encostada na barriga de alguém. “Ela e a gatinha adoram dormir também na cama do meu filho. Elas fazem um sanduíche com ele, é muito divertido”, conta. Segundo o veterinário Vinícius não há restrição para crianças dormirem com ani-

mais se os mascotes estiverem com saúde e vacinação em dia, como já citado. Inclusive, ele afirma que gato não transmite asma: “É totalmente lenda”, garante.

Tathiana Rodrigues DIta vellibeus, Saqueto o marido que culparum Roberto Pallu dividindo quis voluptaque o espaço com o cachorro que sequaa,m,que abaixo Panquec brinca com uma bolinha

DESPERTADOR INFALÍVEL A gerente de RH Kauana Miranda, de São Paulo (SP), possui cinco gatos e um casal de cães. Todos têm acesso à cama que ela divide com o marido, mas são os gatos que mais desfrutam a mordomia. “Já fiquei toda dolorida por permanecer imóvel só para não acordá-los. Quando está muito quente, geralmente preferem ficar nos pés da cama, ou então nos trocam pelo piso frio da casa”, relata. Murad é o gato mais excêntrico da turma. Escolhe com cuidado um canto da cama e não gosta que ninguém encoste nele: “Se encostarem, ele morde sem pie49


Histórias reais Dormindo com outros bichos Aves, coelhos, hamsters e tartarugas precisam dormir em seu terrário, gaiola ou compartimento apropriado. Algumas aves, como os psitacídeos – grupo dos papagaios, periquitos e araras –, podem transmitir para humanos a psitacose, uma infecção conhecida como “febre do papagaio”. Já o hamster, caso fuja de sua gaiola, pode entrar em contato e se contaminar com outro ratode vida livre e, por meio da urina, transmitir leptospirose.“O ideal é que cada um desses animais sempre passe pelo veterinário para garantir a sua saúde e manter uma convivência saudável com seus proprietários”, explica o médico veterinário Vinícius Toledo Rossi. Rita de Cássia Nascimento dorme com dois de seus seis bichanos: em cima,Toulouse Tom Tom e abaixo, Sophia Mel

É perigoso dormir com gatos filhotes porque eles podem ser acidentalmente esmagados ou sufocados por adultos e crianças ELES DEITAM E ROLAM A psicóloga Fernanda Beier, de Guaíba (RS), há seis anos divide a cama com o cachorro Mimo, resgatado de um canil fechado por maus-tratos a animais. “Ele apanhava, dormia no relento e passava fome. Devido à sua triste história, desde que o adotei passei a fazer todas as suas vontades. Queria que ele esquecesse seu passado difícil e fosse muito feliz ao meu lado. Por isso ele dorme na cama comigo, com a cabeça no travesseiro”, revela. Mimo e Fernanda também tomam banho juntos: “Primeiro dou banho nele com água bem quente e depois tomo o meu banho. Isso acontece uma vez por semana, mais ou menos”, explica. Outra peculiaridade do felino é que ele só faz as refeições em cima da cama da dona. “Preparo o prato na cozinha e levo até o quarto, onde ele já fica esperando, pode acreditar! Então tenho de dar a comida na boca, pedaço por pedaço, senão ele não come nada”, relata a dona superprotetora, sem reclamar! CONTORCIONISMO NA CAMA A analista de sistemas Rita de Cássia Nascimento, de São José dos Campos (SP), dorme com seis gatos: Pelúcio, Suri Lady, Toulouse, Lupa Lupa, Penélope Maria e Sophia Mel. “Com o Toulouse, durmo de conchinha segurando na pata dele. Mas ele é espaçoso, assim como a mãe, Suri, e às vezes coloca o pé na minha cara, dorme em cima da minha cabeça, deita nas minhas costas... É, com certeza, uma loucura. A Mel gosta de dormir abraçada também”, descreve a dona carinhosa.

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Já a estudante Maria Lucyana Strapasson Hoffmann, de Porto Alegre (RS), tem duas gatas, Aysla e Nina, e dois cachorros, Adolfo e Heloísa.“Além de passarem a noite na minha cama, também dormem comigo quando tiro uma soneca à tarde. Quando chega a hora de dormir, a Aysla sobe na escada efica miando como que nos chamando para dormir”, relata a dona orgulhosa. Neusa Savani, professora de inglês de Santo André (SP), tem dez gatos, sendo que quatro dormem com ela e um com seu filho. “Tarja adormece no meu travesseiro, acima da minha cabeça, Donatelle do meu lado, Aini nas minhas pernas. Já o Quasímodo, quando está frio, entra debaixo das cobertas e apoia a cabeça em meu braço”, diz. Apesar de gostoso, o hávito deve ser evitado com gatos filhotes porque eles podem ser acidental esmagados ou ainda sufocados. Fernanda Beier mostra o adorável Mimo, que, como diz o nome, é coberto de carinho

A gata Brenda e a cadela Cherry dividem espaço com a dona Maria Hoffmann


Meu pet tomou um choque elétrico

ESSE TIPO DE ACIDENTE PODE SER MUITO PERIGOSO E DEVE SER EVITADO, APRENDA COMO

Pet Socorro Este espaço é para você, participe! Mande suas dúvidas para:

meupet@escala.com.br

Texto: Mário Marcondes Um dos acidentes domésticos mais comum com cães e gatos é o choque elétrico. Em geral, o animal acaba sofrendo uma descarga ao brincar e/ou roer um fio de eletricidade. Dependendo da intensidade da corrente, o animal pode sofrer graves queimaduras na boca e até arritmia cardíaca. Outro sintoma que podemos observar é a falta de ar decorrente de um edema pulmonar (acúmulo de líquido no pulmão) desencadeado pelo trauma.

Fotos: Shutterstock/ Divulgação

E o que fazer?

Quando observar um animal com os sintomas citados, verifique na casa se existe algum local com fios expostos e roídos. Esse é um dado importante para o veterinário que vai atender o animal, pois muitas vezes o dono não presencia o choque na hora. Se o bicho apresentar lesões na boca, lave a região com água corrente fria, sem friccionar, apenas utilizando a corrente de água no local afetado. Isso fará com que a temperatura da região diminua e o tecido sofra menos dano, além de evitar infecções. Feito isso, leve o animal ao pronto-socorro mais próximo. Já se o pet estiver parecendo que está com falta de ar, mantenha a cabeça e o pescoço esticados durante o transporte para facilitar a respiração até chegar ao hospital veterinário. No local, será necessária uma suplementação de oxigênio. Além disso, garante que o especialista aplique algumas medicações para estabilizar a falta de ar, diminuir a dor, a inflamação e, obviamente, evitar infecção.

Com medidas simples podemos evitar esse enorme risco para a saúde dos nossos amigos Prevenção essencial

Para evitar esse susto que pode causar problemas mais graves, é realmente importante agir na prevenção dos acidentes domésticos. Uma medida fácil é acondicionar a fiação em dutos embutidos na parede. Outra dica é utilizar protetores de fios, além de mantê-los em locais de difícil acesso aos animais. Os protetores infantis de tomadas também podem e devem ser usados e uma mudança na disposição dos móveis também é uma opção. Mário Marcondes é médico veterinário e diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira. m w.senamadureira.co ww

Fios engolidos Meu cão engoliu um pedaço de fio de eletricidade, o que devo fazer?

Mariane Araújo, de São Bernardo (SP)

Sempre que engolir um corpo estranho, o animal deve ser direcionado a um setor de emergência. Nesse caso, o médico veterinário irá verificar se existe a possibilidade de retirá--lo por endoscopia ou cirurgia. Deverá ainda observar se existe chance de ter recebido choque elétrico, procurando por lesões de queimadura na boca ou arritmia cardíaca, por exemplo. Portanto, correr a um hospital o quanto antes, nesse caso, pode ser crucial. Fernanda Fragata é médica veterinária do Hospital Veterinário Sena Madureira

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quem faz a diferença

Meu terapeuta,

o cachorro APESAR DE POUCA CONHECIDA NO BRASIL, A TERAPIA QUE UTILIZA CÃES TEM TRAZIDO BONS FRUTOS PARA TODOS OS ENVOLVIDOS Texto: Nivia de Souza Há cinco anos Iara vive em uma cama de hospital. Ela tem 17 anos e um quadro de patologias que inclui epilepsia crônica, insuficiência respiratória aguda e encefalopatia. A adolescente recebe diariamente remédios, tratamentos e visitas médicas. Além disso, uma vez por semana, ela recebe terapeutas especiais. Eles são cheios de pelos e, em vez de estetoscópio, carregam no pescoço coleira. “Quando é dia de os cachorros virem, minha filha fica olhando pra mim e, por meio da leitura de lábios, sei que está me perguntando se está na hora. Então, eles chegam e é só alegria”, conta Angélica Lopes Silva, mãe de Iara.

ONG promove a interação com animais para a melhora de certos pacientes A jovem é atendida pela ONG ATEAC (Instituto para Atividades, Terapias e Educação Assistida por Animais), que leva cães para hospitais para proporcionar bem-estar aos pacientes. Tudo começou no Hospital Ouro Verde, em Campinas (SP). Por conta da evolução de seu filho Daniel – que tem Síndrome de Asperger – relacionada à Labradora Luana, a bióloga Silvia Jansen teve a ideia de criar a organização. 52

A Golden Retriever Lindy e sua dona Joan Streightiff são voluntários na Clínica Mayo, dos EUA, desde 2012


Fotos: Arquivo pessoal/ Divulgação

À esquerda, os voluntários da ATEAC com seus peludos terapeutas. À direita, Iara interage com um dos cães voluntários

Daniel e Iara não são os únicos que contam com os cachorros para melhorar sua qualidade de vida. Porém, ainda fazem parte de um pequeno grupo. De acordo com Silvia, no Brasil, o uso de cães ainda é um “coadjuvante terapêutico novo”, e isso torna burocrática a introdução do método. Em geral, quem participa desse tipo de terapia são pessoas com deficiência intelectual ou física. A técnica também vem sendo aplicada entre idosos, crianças e adultos fragilizados psicologicamente ou vindos de núcleos familiares com problemas e usuários de drogas. Fernanda Lima é mãe do Matheus, de 18 anos, que também é atendido pela ONG. Matheus é autista e extremamente agitado. “Além do autismo, ele tem TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), o que prejudica – e muito – a vida dele”, conta Fernanda. Com o contato com os cães terapeutas, o adolescente pode vivenciar

momentos de maior tranquilidade e menos agressividade. “São grandes vitórias”, fala a mãe. Os avanços de Matheus podem ser sentidos principalmente por Aika, a cachorra da família, da raça Labrador. “Ele aprendeu a respeitar a mascote depois das terapias. Nunca mais a agrediu”, comenta e comemora Fernanda.

Matheus é um dos beneficiados pela ONG. A mãe conta que o filho autista está bem mais tranquilo

Equipe de “Cães Carinhosos” acalma e conforta pacientes em clínica americana Na unidade de Jacksonville (EUA) da Clínica Mayo, os cachorros terapeutas são considerados funcionários. Eles passeiam pelos corredores e têm seus próprios crachás de identificação, além de uma alcunha especial para designar sua função: “Cães Carinhosos”. Atualmente, 18 deles e seus donos são voluntários que atuam nas salas de espera da Oncologia de

A terapia costuma ser semanal, de acordo com a necessidade do paciente, e dura em média 45 minutos

Radiação, da Cirurgia e da Radiologia de Diagnóstico do espaço. Para serem admitidos no programa, os pets e os tutores passam por testes, treinamento e devem ser registrados por uma organização nacional. Ambos aprendem a lidar com situações estressantes de diversas naturezas, como ruídos estridentes ou o som intermitente de monitores, para se assegurar que o cão permaneça calmo em qualquer tipo de ambiente clínico. 53


quem faz a diferença CACHORROS IDENTIFICADOS

Além de escolher os cachorros, orientar os voluntários, acompanh ar os momentos que antecedem às sessões e toda a preparação dos animais para elas, os veterinário s estão sempre por perto para se ter certeza de que os movimentos e exercíc ios não estejam causando nenhum dano para os pets.

Na Clínica Mayo, os animais terapeutas têm seus próprios crachás de identificação, o que gera ainda maior empatia com os pacientes, que sorriem quando os veem passar nos corredores.

Sunday e sua dona Kristi Leonard fazem parte do programa. “Fazemos esse trabalho voluntário todas as quintas, há dois anos”, diz Kristi. Já Lindy é uma Golden Retriever que ama o passeio. “Ela conhece o local e fica toda excitada quando entramos no estacionamento”, conta sua dona, Joan Streightiff.

MEDICINA MAIS SENSÍVEL Na instituição americana, o princípio da medicina integrada e da cura do corpo e da alma faz parte da filosofia de trabalho. Por isso há programas que reforçam a terapia com a arte, a música, além dos animais.

Terapia também promove melhoras na sociabilidade e superação de limites Independentemente do quadro de saúde, a terapia com cães traz muitos benefícios na socialização dos pacientes, ajudando-os em suas limitações, seja na descoberta de uma nova habilidade ou em corresponder ao carinho vindos dos animais e, consequentemente, de outras pessoas. Antes de desempenhar essa função, em ambas as instituições citadas, todos os cães terapeutas passam por rigorosos testes clínicos e comportamentais, exames laboratoriais e as vacinas precisam estar atualizadas, assim como as vermifugações e o uso de produtos contra pulgas e carrapatos. Durante as sessões, estão presentes não apenas os psicólogos e os cães terapeutas, mas também os voluntários que emprestam seus cães para os pacientes. E o retorno emocional mais do que positivo também pode ser visto na vida de quem ajuda e dos profissionais de saúde. 54

TREINAMENTO SOLIDÁRIO

Sunday é um cão da raça Goldendoodle (resultado da mistura de um Golden Retriever com Poodle). Ele e sua dona Kristi Leonard fizeram oito semanas de treinamento antes de estarem aptos a serem voluntários.

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA CÃOTERAPIA Idosos: melhora na socialização, coordenação motora e memória Crianças com paralisia cerebral, autismo e hiperatividade: melhora da coordenação motora, contato visual e aumento da afetividade Crianças provenientes de famílias desestruturadas: resgate da afetividade e sociabilidade

Usuários de álcool/drogas: aumento da autoestima, da socialização e da aceitação Pessoas em sistema prisional: redução da agressividade, aceitação de regras e o aprendizado de um ofício Pessoas fragilizadas fisicamente: age na recuperação e autoestima.


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Pet e celebridad

Lola Melnick

e sua dedicação aos animais A APRESENTADORA RUSSA NÃO SE CANSA DE AJUDAR A CAUSA, ALÉM DE ENCHER OS SEUS PRÓPRIOS PELUDOS DE AMOR Texto: Samantha Melo

Ficha Técnica

land, Marquiz (gatos) NOMES: Murka, Vo e Arifa (cachorra) vira-latas e a cadela RAÇAS: Os gatos são é da raça Spitz Alemão os; Murka, 4 anos; IDADES: Voland, 5 an e Arifa, 1 ano Marquiz, 1 ano e meio; : Os gatos amam COMIDA FAVORITA tas, como maçã fru ora azeitona e Arifa ad A: Arifa adora latir MANIA ENGRAÇAD os gatos só tomam a, e alto quando incentivad ira ne tor da for se água : São animais livres, RITUAL DE BELEZA necessários os os cuidados são apenas ES PORQUE: Os EL R PO A UC SOU LO deira paixão da animais são minha ver R MIM PO OS ELES SÃO LOUC e eles sabem que , les de é a cas A PORQUE: do ora s são muito amados e ad

A adoração pelos animais é uma característica que praticamente acompanha a vida da apresentadora, modelo e dançarina Lola Melnick. Nascida na Rússia, desde pequena demonstra grande paixão por todos os peludos – que foi transmitida pela própria família. 56


Fotos: Luiz Gustavo Gonçalves

“Meu primeiro presente da vida foi um cachorro vira-lata, o Boniface, ou Boinka. Pagamos todos os pecados. Ele era um ‘tranqueira’, sabia que era amado e aprontava muito”, recorda. No espaço grande em que moravam, Dobermanns, Pit Bulls e outras raças grandes conviviam pacificamente e a ensinavam a lidar com cães. Paralelamente a esses mascotes, havia os bichos que ela encontrava na rua e levava para casa, entre cães, gatos e até gaivotas e pelicanos. “Um dia, vi uma gaivota machucada e levei para casa. Fizemos um ninho para ela na sala, em cima do piano, que depois fiquei inteiro sujo de cocô. Minha família não ficou muito feliz...”, ri. Depois de morar com os pais em outros países, hoje ela vive no Brasil e, adulta e independente, pode exercer ainda mais a sua compaixão resgatando animais abandonados. E alguns acabaram conquistando seu coração – e sua casa. A primeira foi Murka, uma gata preta e branca que achou num estacionamento.

A apresentadora derrete-se pela Spitz Alemão Arifa: “Ela é muito grudada comigo, uma verdadeira companheira”

“Ela cabia na minha mão, nem tinha dente, mas já mostrava uma personalidade forte. Quando a peguei, ela começou a gritar. Na hora pensei ‘Ela deve estar com dor’. Estava nada, era só frescura. No dia seguinte, tinha que trabalhar e não podia deixá-la sozinha. Levei a Murka comigo na gravação, que

Por amor a eles, não uso pele, produtos testados em animais e não como carne desde pequena “Por conta do hábito dos gatos de só tomar água da torneira, é um problema quando vou viajar, mas não me importo”, garante Lola

era a minha primeira no Brasil. Todos se lembram dela pelo escândalo.” Já o preto e amoroso Voland foi encontrado por Lola numa caçamba de lixo quando tinha 8 meses. “Trouxe ele para casa e a Murka não gostou muito. Mas Voland ficava a lambendo e a conquistou.” O último gato a chegar foi o branco Marquiz, filho de uma fêmea gestante que a apresentadora achou na rua. Já a cadela Arifa é o único animal de raça da casa, que Lola ganhou de um amigo. “Deve ser por isso que é quieta! Todos os meus animais costumam ser bagunceiros como eu.” Embora já tenha apresentado dois programas sobre animais – o Portal de Las Mascotas, na Argentina, e La Ley de La Selva, no Chile –, Lola só aceitaria o comando de outra atração no Brasil se fosse de responsabilidade social. “Minha intenção não é lucrar com a causa”, explica. Por isso, ela cuida dos animais e promove adoções por meio das redes sociais. “A maioria dos animais que eu resgatei, meus fãs que adotaram! Até agora foram seis cachorros e quatro gatos”, conta orgulhosa. Além de ser madrinha de várias ONGs, Lola também costuma ir até algumas periferias distribuir comida para os peludos de rua. 57


saúde

Livre seu cão das

pulgas e carrapatos SABER OS LOCAIS ONDE SÃO ENCONTRADOS E OS HÁBITOS QUE EVITAM A INFESTAÇÃO PODE AJUDAR A PROTEGER SEU MASCOTE Texto: Bárbara O. Roxo

M

el, a Maltês do engenheiro de produção Pérsio Oliveira Pastana, já enfrentou doenças causadas por dois parasitas bem conhecidos dos donos de cães: as pulgas e os carrapatos. A primeira foi a erliquiose canina, transmitida por carrapato. “Um dia, ela acordou abatida e com hematomas pelo corpo”, relata. O tratamento durou um ano e foi necessária até uma transfusão de sangue devido à anemia. 58

As pulgas também já preocuparam Pastana, que, no ano passado, teve de correr novamente com a cadela para o veterinário. Queda de pelos e coceira excessiva foram os sintomas que levaram ao diagnóstico de dermatite alérgica a picada de pulga (DAPP). Assim como Mel, muitos cães sofrem com a infestação. As doenças causadas por esses parasitas são motivo de dor de cabeça para

os donos dos cerca de 37 milhões de cães no Brasil, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), e razão de parte das visitas aos consultórios veterinários. Uma das explicações para o surgimento de tantos novos casos é que os ectoparasitas se adaptaram às cidades e, dentro de nossas casas, encontraram um ambiente propício para viver e se reproduzir.


Fotos: Shutterstock / Arquivo pessoal

DORMINDO COM O INIMIGO Os cães podem ser infestados em ruas, parques, praças, chácaras, fazendas e pet shops. Mas o principal ambiente onde o pet encontra pulgas e carrapatos é em sua própria casa. “O que pouca gente sabe é que 95% dos ectoparasitas se encontram no ambiente, e não no animal, e ainda estão em fase de desenvolvimento. Só 5% deles, já adultos, infestam os cães”, revela Felipe Krawczak, médico veterinário e doutorando em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses pela USP. As pulgas preferem se esconder entre frestas de pisos de madeira, em tapetes, carpetes e locais no chão onde não há muita luz. Os carrapatos dos cães, por sua vez, não ficam no solo e se escondem em lugares como o teto da casa do cachorro, atrás de quadros, dentro de portas ocas e outros locais no alto da residência – pois sobem facilmente pelas paredes. “Se um vizinho, por exemplo, tiver uma infestação de carrapatos, os parasitas podem chegar até outras casas próximas”, alerta o veterinário. Já Manrique Andrés, médico veterinário do Pet Center Marginal, observa que os cães são alvos fáceis de pulgas e carrapatos porque possuem uma temperatura corporal mais elevada que a dos humanos (média de 38,5º C) e são inteiramente cobertos por pelos, dessa forma tornando bastante propícia a proliferação desses tipos de parasita. CRESCIMENTO ACELERADO Para se ter uma ideia, se você encontrar uma pulga em seu animal e nada fizer para combatê-la – o que normalmente acontece – , daqui a apenas dois dias poderão ser vistos, em média, impressionantes 60 ovos, 42 larvas, 12 pupas e até seis novas pulgas adultas transitando no ambiente em que o peludo circula.

“Uma pulga vive cerca de três meses. Porém, nesse período, é capaz de pôr 2 mil ovos”, aponta Alexandre Pasternak, médico veterinário da Clínica Alergoderma e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária. Já uma fêmea de carrapato pode depositar de uma vez até 5 mil ovos. “Enquanto as larvas vivem até seis meses sem alimento, os adultos podem sobreviver até um ano sem sugar sangue de hospedeiros”, afirma Krawczak. PERIGO, PELUDO INFESTADO! A coceira – leve ou excessiva – é o principal indício de que o cão está infestado por pulgas. De acordo com Pasternak, as fezes dos parasitas podem ser visualizadas em caso de infestação. “Uma dica é os proprietários buscarem por pequenos pontos pretos nos pelos dos cachorros”, diz. Falhas na pelagem, vermelhidão na pele e úlceras na base da cauda do animal também indicam presença dos bichos. Além de identificar o carrapato fixado no cão, os donos podem suspeitar de que o pet foi “vítima” da doença transmitida por esse parasita quando apresentar letargia, falta de apetite e apatia. Em casos em que a doença evolui para a chamada fase crônica, os sintomas são febre, vômito, pequenos pontos vermelhos pelo corpo (petéquias) e anemia.

Parasitas e o homem

, Segundo Felipe Krawczak a, rop Eu da em alguns países as, éric Am das e a Ási , África os já está comprovado que itir nsm tra dem po s ato carrap is aos doenças graves e até leta a, seres humanos. Na Améric ii etts rick tsia a bactéria Ricket , osa cul Ma re Feb da ora causad da. ndi difu está amplamente ssui No Brasil, a bactéria po s das ato rap car como vetores os me lptu scu ma om bly Am es espéci es Est m. atu Amblyomma aureol dem po s ato rap car de os dois tip res, parasitar pequenos roedo aves, , bás gam , ras iva cap cavalos, sa cau a enç do A cães e o homem. dor , po cor no res do , alta febre ânimo. de cabeça, letargia e des em rec apa e, ent rm rio Poste e. O pequenas manchas na pel ito mu é e coc pre o stic diagnó ao io iníc dar a importante par taxa de a is po o, ret cor o ent tratam é alta. mortalidade da doença

Ao contrário do que pensamos, O principal ambiente onde os peludos encontram pulgas e carrapatos é em sua própria casa

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saúde

Gráfico: Dados de pesquisa publicada pela Merial/ Frontline em 2012

GRANDES ESTRAGOS Na América do Sul, o gênero de pulga Ctenocephalides felis é o que mais acomete os cães. Segundo Pasternak, em infestações severas de pulgas, os cães podem ter dermatite alérgica a picada de pulga (a saliva da pulga causa reação alérgica, desencadeando coceira) e piodermite (doença bacteriana da pele). As três principais enfermidades causadas pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus em cães são a erliquiose canina, a babesiose canina e a hepatozoonose canina. As duas primeiras são decorrentes da transmissão de uma bactéria por meio da picada. Já na terceira o cão se infecta ao ingerir o carrapato quando se lambe. Tanto os carrapatos como as pulgas podem ainda acarretar quadros de anemia. Como explica Krawczak, os dois parasitas são hematófagos, ou seja, sugam o sangue para sobreviver. “Em grandes infestações, os cães podem perder uma grande quantidade de sangue diariamente”, afirma. Portanto, prevenir que os peludos entrem em contato com as pulgas e os carrapatos ainda é a melhor saída para evitar o problema.

Como orienta Andrés, com as diversas opções existentes no mercado para combater os parasitas, o ideal é que o proprietário do cão escolha apenas uma e siga à risca o tratamento. Felipe Krawczak afirma que o importante é usar um produto que tenha o chamado “período residual”, seja em spray, spot-on ou com a coleira. O MELHOR REMÉDIO Xampus e sabonetes não são indicados como únicos métodos preventivos, pois têm ação momentânea. Por isso, é imprescindível que o ambiente em que o animal vive também receba atenção. É interessante observar os lugares onde os cachorros ficam, como camas, sofás e casinhas. Se suspeitar da presença dos parasitas, vale a pena olhar as frestas no chão e paredes e fazer uma boa limpeza diária com produtos contra os intrusos, além de uma caprichada por mês. Já se houver, de fato, grandes infestações por estes ectoparasitas, uma dedetização pode ser a solução – lembrando que a medida deve ser feita sempre com a orientação do médico veterinário.

60

1 1 Série12 2 3

35% 37% 2

1 Dos cães que ficam 2a maior parte do tempo dentro de casa

3

REMÉDIO NO PESCOÇO A coleira Kiltix, da Bayer, é indicada para tratamento e controle das infestações por carrapatos, com ação prolongada por até 7 meses. Exclusiva para cães. No Pet Center Marginal. Por R$ 67,90 TRATAMENTO MASTIGÁVEL ete O Comfortis, da Elanco, é um tabl mastigável que começa a matar as para pulgas em 30 minutos. Há opções ão. tamanhos diferentes de cães. Na BitC 0 41,9 Por R$

62%

51%

1

COMBATE PRECOCE Da linha Combo Solutions, é ideal para quem quer prevenir que os peludos sejam acometidos por pulgas e/ou carrapatos. Da Frontline. Por R$ 152,71

Pulgas Carrapatos

ELES ESTÃO EM TODO LUGAR 70% 70% 70% 80% 60% 60% 60% 60% 50% 50% 50% 40% 40% 40% 40% 20% 30% 30% 30% 0% 20% 20% 20% 10% 10% 10% 0% 0%0%

Contra todos

Série1

4 3Dos cães que4saem

com frequência

PENTEANDO AS PULGAS O pente da Duki ajuda na remoção dos parasitas incômodos e age em conjunto com as substâncias antipulgas. No AnimalePet. Por R$ 10,20


sinal de alerta

Meu pet

está regurgitando Fique atento aos motivos que levam a esse incômodo e descubra como preveni-lo

Outrmosas sinto

Perda de peso Fome excessiva Escamação na pele Respiração ofegante

CAUSAS

De acordo com Fabrício Lorenzini, professor de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi (SP), a regurgitação ocorre devido a uma lesão no sistema neuromuscular que gera a diminuição dos movimentos involuntários que conduzem a comida até o esôfago. “O animal pode nascer com o problema, ou adquirir”, complementa. Existem outras doenças que também causam esse desconforto, como cinomose, complicações endócrinas e hipertireoidismo.

Texto: Camila Rodrigues / Foto: Shutterstock/ Fonte: Eduardo Lipparelli Fernandez, médico veterinário do Pet Care - Ibirapuera (SP)

TRATAMENTO

Se o seu companheiro apresentar esse sintoma, o melhor a fazer é consultar um médico veterinário para prescrever um tratamento adequado para o quadro. “A alteração na composição da dieta, que deve ser preferencialmente pastosa, e a mudança da posição do peludo durante a alimentação – colocando-o em posição bipedal, apoiado apenas nas patas traseiras – podem certamente ajudar a minimizar esse problema”, ensina o veterinário.

O QUE DIZ O ESPECIALISTA “Como método preventivo, podemos dar todas as vacinas recomendadas ao animal para evitar os quadros de regurgitação que são secundários às doenças virais. Os quadros congênitos e adquiridos, infelizmente, não temos como prevenir ou adivinhar quando se iniciarão. Nessa caso, a doença será diagnosticada somente quando os sintomas começarem a surgir no pet”, enfatiza Lorenzini.

Dicas Analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos podem agravar o quadro clínico. Nos gatos é mais raro esse tipo de manifestação. O que acontece é o estreitamento do esôfago por conta de medicamentos “empurrados” na garganta.

Existem cadeiras que mantêm o cachorro em pé para facilitar a digestão dos alimentos, as chamadas bailey chairs. O problema é mais comum em cachorros grandes das raças Pastor Alemão, Dogue Alemão e Setter Irlandês.

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animais exóticos

O N E U Q E MEU P

i e n pô IVIA DE TEXTO: N

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SOUZA

Fotos: Shutterstock/Arquivo pessoal

Eles os, são pequen e es porém fort esmo Ao m resistentes. exemplos tempo, são incrível de doçura e e amizad


Q

uem nunca quis um pônei que atire a primeira pedra. Dotados de uma fofura extrema, característica que acompanha seu tamanho diminuto, os pôneis pertencem à família dos equídeos e são parentes distantes das zebras e dos asnos. Por conta da seleção natural, apenas cavalos com menor estatura e maior força física sobreviveram às clima ruim e à alimentação deficiente que a região do norte da Europa e Ásia apresentava. Assim, surgiram as primeiras raças de pônei, que hoje somam mais de 100. Esses mascotes adorados vivem até os 30 anos, medem um metro e meio e podem chegar aos 200 quilos. Eles comem ração e volumosos, como alfafa e feno. E a partir dos 2 anos, já podem procriar. Segundo Tony Gusso, veterinário do Jockey Club de São Paulo (SP), a sua criação no Brasil é fiscalizada pelos mesmos órgãos regulatórios dos cavalos, no Ministério da Agricultura. ESPAÇO EQUINO Muitas crianças têm seu primeiro contato com a natureza em fazendas de pôneis. De acordo com Gusso, a relação entre os pôneis e os pequenos é saudável e segura, desde que supervisionada. “As crianças formam um

senso de responsabilidade pouco visto com outros animais.” Porém, se você está pensando em ter um pônei, é preciso estar ciente dos cuidados que o animal exige. Sítios e haras são os melhores locais para eles viverem, pois precisam dos mesmos cuidados que qualquer cavalo. É possível ter um em casa desde que o local seja grande, com um quintal com grama e um lugar coberto. Gusso compara a infraestrutura necessária para os pôneis com a dos cachorros de grande porte. “Não podemos esquecer ainda que existem leis municipais e estaduais de proteção dos animais e leis sanitárias federais”, salienta. OUTROS CUIDADOS Como todos os animais domésticos ou silvestres, esses pets precisam de uma série de cuidados para se manterem saudáveis, como o ferrageamento (inserção e manutenção da ferradura), vacinação, vermifugação e alimentação adequada, que evita problemas futuros como baixa do sistema imune e síndromes cólicas, comuns em equinos. Além disso, é preciso ficar de olho nos parasitas e processos infecciosos. O pônei não tem traços de agressividade que o tornem perigoso, mas para que ele crie um

laço com o dono é importante que se adicionem amor e carinho na lista de demandas. “A boa relação de cuidado e o contato com o ser humano trazem a docilidade pela qual o animal é conhecido”, esclarece o veterinário. Para que a amizade entre você e seu pônei seja duradoura, prefira uma raça que se adapte ao ambiente que será oferecido a ele e consulte um veterinário. “A escolha não deve ser feita apenas pela simpatia ou beleza dessa ou daquela raça, tudo tem de ser avaliado”, finaliza.

S

CRESCENDO JUNTO

Pégasus tem 22 anos. Carolina Ohata também. Pégasus é um pônei e Carolina, sua dona. O animal chegou ao sítio da família quando era ainda potro. Desde então, 22 anos se passaram e atualmente Carolina é domadora de pôneis e exibe pura paixão por esses equinos. Ela é procurada por donos de pôneis que estão com proble-

mas com seus mascotes relativos a comportamento. Carolina relata que na primeira vez em que ela montou em um pônei, não queria mais descer, até chorou. “Criar um pônei é muito gracioso e você com certeza sempre tem histórias para contar como essa”, diz a domadora. “E o amor é imensurável”, completa.

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você treinador

A Lhasa Apso Cindy junto com seu dono e adestrador Fábio Batista, da Cão Cidadão (SP), ensinam o amado truque de buscar a bolinha

1. Leve o cão a um espaço aberto. Escolha uma bolinh a pela qual o animal tenha preferência e mostre a ele de uma altura inalcançável.

2. Jogue o objeto a uma distância média e ao mesmo tempo diga “Pegue a bolinha”.

Texto: Camila Rodrigues e Samantha Melo/ Fotos: Luiz Gustavo Gonçalves/ Divulgação

Pega a bolinha

A brincadeira pode servir tanto para promover uma interação gostosa entre dono e mascote, como para incentivar o seu peludo a se exercitar frequentemente

a 3. Abaixe-se e diga “Traga ro bolinha”. Quando o cachor com e-o ens mp reco , chegar carinhos e elogios.

OS TREINOS

RN PARA AUXILIA

SEGURANÇA SEMPRE A guia Star Flex, da Amicus, possui alça anatômica com tecnologia em gel aliada a trava de segurança ao alcance do polegar do condutor. Na Petlive. Por R$ 69,90

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ONÇA NA COLEIRA A peitoral Honey, da marca Zee.Dog, tem capacidade de aguentar um peso próximo a uma tonelada e possui dois tamanhos: P e M. Por R$ 65

SEM LATIDOS O ultrassônico Antilatido Indoor é um dispositivo capaz de controlar o latido excessivo do seu pet em ambientes internos sem o uso de coleira. Também pode ser acionado manualmente como forma de adestramento. Na Cobasi. Por R$ 249,90


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Abinpet www.abinpet.org.br Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia www.sbai.org.br ATEAC www.ateac.org.br BitCão www.bitcao.com.br CachorroGato www.cachorrogato.com.br Cão Cidadão www.caocidadao.com.br Tel.: (11) 3571-8138 Centro de Zoonoses de São Paulo www.prefeitura.sp.gov.br Clínica Alegoderma www.alergoderma.com.br Cobasi www.cobasi.com.br Tel.: (11) 3681-6700

Jockey Clube de São Paulo www.jockeysp.com.br Tel.: (11) 2161-8300 Marcel Perez Pereira www.comportamentocanino.vet.br Márcio Esteves estevesmarcio@yahoo.com.br Tel.: (21) 7842-2794 Meet Xander www.meetxander.com Meu Amigo Pet www.meuamigopet.com.br

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EDITORA-CHEFE: Samantha Melo CHEFE DE ARTE: Bruno Miramontes REPÓRTER: Camila Rodrigues ESTAGIÁRIA DE ARTE: Thaiane Cristine ASSISTENTE DE REDAÇÃO: Patrícia Giehl COLABORADORES: Bárbara Roxo, Fátima Chuecco, Nivia de Souza e Priscila Roque (reportagem); Karina Cobo e Gustavo Ferreira (revisão) FOTOS: Luiz Gustavo Gonçalves e Fabrizio Pepe TRATAMENTO CAPA E IMAGENS: Edson Minoru IMAGENS DE CAPA: Shutterstock

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Isso é luxo! Hospedagem de rei e rainha

Texto: Camila Rodrigues/ Fotos: Divulgação

O Ings Luxury Cat Hotel, localizado em Dewsbury, na Inglaterra, é um hotel cinco estrelas destinado aos felinos mais mimados. Cada suíte possui almofadas de penas de ganso (no detalhe), projeções de aquários e gaiolas de pássaros, piso aquecido e um menu à la carte especial para o paladar mais apurado dos bichanos. Para os gatos exigentes, o estabelecimento oferece o quarto Woodland Wing, com 10 m² e uma linda varanda com vista para o jardim. A diária é de R$ 140

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