Mixmag Online Cover #38 Deborah de Luca 2020

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WO RL D’S B I G G EST DA N C E M US I C M AGA Z I N E

DEBORAH DE LUCA ITALIAN TECHNO QUEEN

#38 2020


INDICE • CONTENTS

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4. Deborah de Luca 14. Mike Williams 20. Anna Tur 26. Aiwaska 32. Nhoah 38. Simina Grigoriu 42.. Laroc Club

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COVER STORY / DEBORAH DE LUCA • 2020

Hello, I’m DEBORAH MIXMAG.COM.BR


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Deborah de Luca é uma artista única na Música Eletrônica. Nome quente nos festivais mais importantes da Dance Music internacional e presença forte na internet, a artista vem conquistando milhões de fãs pelo mundo com seu carisma e talento. Capaz de levar multidões ao delírio com seu techno gostoso e bem trabalhado, Deborah tambem é o nome por trás da Sola_mente Records MIXMAG.COM.BR

e de uma marca fashion. Trocamos uma idéia bem legal com ela, direto da Italia, onde mora e trabalha, enquanto a quarentena segue ao redor do planeta. Conte sua história para os brasileiros que talvez ainda não conheça você. Como começou a trabalhar com Dance Music? Antes de trabalhar com música

eletrônica, eu era dançarina na Europa. E antes mesmo de me tornar dançarina, eu era garçonete, tanto em restaurantes para caminhoneiros, durante o dia, quanto em boates à noite. Sempre adorei música, e sempre trabalhei com música, só que antes de 2008 eram as outras pessoas que tocavam e eu ouvia. Comecei minha carreira como DJ


em 2008. Fui à casa de um amigo que tinha paixão por colecionar discos e ele me ensinou os passos básicos. Mas onde eu realmente aprendi foi na frente do público, com meus medos, tremendo, estava suando frio ... e me enganei! Como foi crescer na difícil periferia de Vele di Scampia de NápoMIXMAG.COM.BR

les? Que valores isso agregou à sua vida hoje como Superstar da Dance Music? Quando você é jovem, não sente a diferença entre onde você mora e onde os outros vivem, porque a sua realidade é a única que você conhece. E talvez seja sorte até que você decida ir embora. Pude perceber a diferença graças

aos meus pais que me levaram embora, no final da adolescência. Compreendi como é forte ficar e partir. No entanto, uma grande força permanece dentro de você, a de quem viveu duas vidas. No ano passado, quando conversamos, você tinha quase 4 milhões de fãs no Facebook e Instagram. Como anda essa evolução? Quantas pessoas traba-


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lham com você em seus canais de mídia social? Você também está investindo em outras plataformas como Twitch e Tik Tok? Não presto muita atenção a essas coisas, na verdade. Às vezes posso fazer algumas comparações com outras pessoas em minha área e meu nível, mas não sou aquele que persegue objeti-

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vos numéricos em termos de seguidores. E na verdade, ninguém trabalha comigo em minhas redes sociais. Uma amiga minha tem uma Fanpage no TikTok que é dela, mas eu não controlo nada. Também acredito que esta última rede social é muito degradante para o ser humano, e espero que

não se torne realidade até para quem faz um trabalho como o meu… Deveria ser proibida a maiores de 13 anos! Seu set em Vele Di Scampia na Mixmag TV no YouTube (e também no Facebook) foi um ENORME sucesso, bateu milhões de visualizações apenas no YouTube até agora. Quem teve a ideia de


gravar o vídeo naquele local? Algum outro vídeo como este em breve? Na verdade passou de 4,3 milhões no Facebook, e aí a plataforma bloqueou o áudio, e agora estamos com 1,7 milhões de views no YouTube. São 6 milhões em dois meses! Eu gosto de ser precisa, esses são os únicos nú-

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meros que eu “persigo”, digamos! A ideia me ocorreu há algum tempo, mas com tantas turnês, não tive tempo de parar e armar isso, na verdade. Sobre outro desses no futuro, algo está se formando, mas não vai rolar tão cedo. Aquilo foi um acontecimento e deve permanecer assim por um tempo.

Você acaba de lançar o novo álbum ‘SHE SLEEPS’. Qual foi a inspiração e a história por trás da criação do álbum? O que você pode compartilhar sobre o desenvolvimento do projeto? Meu álbum ‘SHE SLEEPS’ nasceu antes de mais nada do desejo de compartilhar música. Eu estava nas Maldivas, de férias, e uma


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tarde nasceu a primeira faixa do álbum (“As Wild as you Wanna Be”). Depois que fiz essa primeira parte, pensei que era hora de criar um novo álbum. O outro, o primeiro, foi dois anos antes. O título SHE SLEEPS’ (Ela dorme) vem dos meus distúrbios do sono, que eu tinha desde criança ... resolvidos recentemente! Como estão as coisas na sua gravadora, a Sola_mente Records? Parece que o label anda bombando muitos lançamentos ultimamente. Quais são os planos futuros para a gravadora?

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Eu amo muito minha gravadora e ela me reflete. É um depósito de vários sons, ninguém se parece com ninguém. Nasceu principalmente da minha falta de vontade de mandar minha música para outra pessoa aprovar, então se tornou uma realidade, outros artistas surgiram e muitos outros vão surgir, principalmente os emergentes. Durante a pandemia de COVID-19 eu produzi muito e além do meu álbum, também muitas faixas individuais. Uma das minhas favoritas é ‘Acqua Gelida’

um remix de uma música pop do grupo italiano ‘Brugnano’. Vimos também a Solamente Shop online, apresentando uma coleção de roupas descoladas. Era algo que você vinha planejando há muito tempo ou um projeto mais recente para reforçar e divulgar a marca? Durante o COVID, fui parada pela primeira vez. Foi a primeira vez que tive mais de 10 dias de folga consecutivos, em mais de 12 anos. De fato, passados ​​20 anos, porque mesmo antes de me tor-


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nar DJ, ainda trabalhava todas as noites na nightlife. Como eu estava dizendo, durante o lockdown tive muito tempo para produzir e muito tempo livre para fazer outras coisas. A coleção de roupas nasceu da minha vontade de fazer outra coisa, algo que estivesse ligado tanto à música quanto ao meu primeiro amor, a moda, que também foi uma das primeiras coisas que estudei na escola. São poucas peças, simples, mas que servem para todos. Ligado ao conceito da minha música. Quais foram as 5 tracks mais tocadas da Sola_mente até hoje? Deborah De Luca - Acqua Gelida Deborah De Luca - I Go Out Deborah De Luca - Oh Ohh Deborah De Luca - Dori Me Deborah De Luca - Transition Qual é o próximo lançamento mais importante da Solamente Records? Eu tenho um novo EP de quatro faixas saindo em 9 de novembro, chamado ‘Good Morning Clorophilla’, que vocês podem conferir aqui no Soundcloud: Soundcloud.com/deborahdeluca/ sets/goodmorning-clorophilla-ep

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A última! Agora que o lockdown e a quarentena estão finalmente começando a chegar ao fim, todos nós esperamos o retorno dos shows ao vivo. Como você acha que o mercado vai se adaptar aos shows ao vivo pós-Covid? Acho que todos nós temos que aprender a conviver com a COVID e fazer isso rapidamente. Acho que é errado esperar que passe. Temos que mudar nossos hábitos, mas não desistir de fazer o que amamos, como dançar!! Follow Deborah de Luca on: Instagram.com/deborahdeluca Facebook.com/deborahdelucadj

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HIG HLIG HT / MIKE WILLIAMS

MIKE WILLIAMS Mike Williams é um prodígio. Aos 4 anos já tocava suas primeiras notas musicais no piano. Aos 12 comprou o primeiro equipo de DJ com grana das próprias economias. Ficou claro que o garoto tinha futuro no mundo da música.

Mylo, lançado recentemente pela Universal Music.

mal podia esperar para tocar um set de DJ sozinho!

Tudo bem Mike? Conte pra gente, em suas próprias palavras, sua história para o público brasileiro que talvez ainda não o conheça. Como foi que tudo começou?

Acho que o primeiro DJ que vi tocando ao vivo, naquela época, foi o DJ Chuckie. E foi em algum evento ao vivo em Amsterdã.

O primeiro break de Williams aconteceu em 2017 com o sucesso de ‘Feel Good’, uma colaboração com ninguém menos que Felix Jaehn.

Nasci e cresci em Hilversum, a 25 minutos de Amsterdã. Terminei o colegial, mas já produzia música desde os meus 12 anos!

Depois ele lançou ‘Lullaby’ com R3HAB, ‘The Beat’ e ‘Wait Another Day’ com Mesto, e também entrando nos ‘Top 100’ da DJ Mag em duas ocasiões.

Após o colegial, eu me concentrei mais na música eletrônica e assinei meu primeiro contrato com uma gravadora na Spinnin Records!

Nos shows, ele é presença regular em festivais de renome internacional como ULTRA, Tomorrowland, Parookaville e Mysteryland. Fizemos um Q+A com ele, em meio a um de seus lançamentos mais recentes... e importantes: ‘Face Up To The Sun’ feat. Sara Sangfelt, nova collab com Justin MIXMAG.COM.BR

Ouvimos dizer que você comprou o primeiro equipamento de DJ aos 12 anos de idade. O que o influenciou tanto que te fez comprar esse equipo? Sim! Eu andava assistindo a muitos videos online de outros DJs praticando em casa. Eu estava tão empolgado que

Seu break rolou em 2017 com o hit ‘Feel Good’ com Felix Jaehn, que explodiu em rádios, playlists e streams, seguido por ‘Lullaby’ com R3hab, ‘The Beat’ e ‘Wait Another Day’ com Mesto. Como conseguiu collabs tão incríveis? Aquele ano foi uma loucura!! Eu encontrei Felix Jaehn algumas vezes em festivais e R3hab tambem. Fiz um remix para ele primeiro, antes de lançarmos Lullaby. Já conheço o Mesto há muito tempo, desde quando tocávamos juntos em festas de crianças. Fazer colaborações é muito divertido e fiquei super feliz com o resultado.


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HIG HLIG HT / MIKE WILLIAMS

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Você também trabalhou com Tiesto e Spinnin. Que insights você poderia compartilhar, a partir dessas experiências, com aspirantes a DJs e produtores? Tiesto me ensinou como funciona essa indústria. Ele me levou em turnê por alguns meses e foi louco, mas muito divertido! Ele tem um olho incrível para descobrir talento e boa música, e ele é super legal e se envolve muito também. Junto com Spinnin, foi um ótimo começo para mim! Estamos vivendo uma época louca de pandemia, com eventos paralizados ao redor do mundo. Como anda, em seu caso, a produção, criação, etc? Tenho passado muito tempo em estúdio, fiz muitas faixas e também algumas coisas divertidas. Felizmente, estamos de volta em turnê agora em Taiwan! MIXMAG.COM.BR

Estou super feliz!! E tambem estou lançando todas essas músicas novas muito em breve. Logo logo teremos novidades... Se você ganhasse na loteria hoje, o que faria com a grana?

Você já trabalhou com algum produtor brasileiro? Ainda não!! Mas já estou planejando fazer isso! Existem tantas pessoas talentosas aí! E os projetos para 2021? O que vai rolar?

Provavelmente compraria um escritório bacana com alguns estúdios dentro e uma área para dar um relax! Talvez curtiria um bom feriado com a família também! :)

Pretendo produzir muita música como sempre!!

Recentemente, você lançou um trabalho importante pela Universal... ‘Face Up To The Sun’, o que você pode conta sobre este novo trabalho?

Tomara que as coisas não sejam tão difíceis haha!

Sim, conheço o Emilio, ou Justin Mylo, há muito tempo, grande cara. Ele chegou até mim com o vocal e juntos terminamos a produção. Funciona muito bem nos meus sets! Espero que seja um sucesso!

Mas espero tambem fazer mais shows do que este ano haha!

Instagram: mikewilliams Facebook: mikewilliamsofficial


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HIG HLIG HT / ANNA TUR

ANNA TUR Interview by Tracy Arijón

Anna Tur vem de uma família onde radio está no DNA. Seu pai fundou diversos projetos de mídia ao longo do tempo, entre eles a Ibiza Global Radio. Um verdadeiro visionário que, junto com sua esposa (e mãe de Anna), jornalista e apresentadora de radio, criaram Anna em meio às Radio Stations, que acabaram se transforando em seu lifestyle, sua paixão. Após 16 anos como CEO da Ibiza Global Radio, Anna decidiu seguir seu próprio caminho, suas próprias crenças e filosofia de vida, levando junto toda sua experiência e know how do radio business e da música. Você vai conhecer um pouco de Anna Tur, artista e empreendedora completa, que tem muita história e uma interessante trajetória pela frente.

realidade durante o tempo todo, mas para ser honesta, meu estado atual é de desamparo. Depois de passarmos por um lockdown muito duro, ter feito de tudo no quesito responsabilidade social para salvar o maior número de vidas possível, sacrificando empregos, empresas, indústrias ... então o Governo e seus regulamentos não são aplicados para nos salvar desta grande crise. Me sinto mal por ter respeitado tudo, mas vejo que isso continua cada vez mais e sinto a necessidade de voltar àquela vida de antes, de contato com a atividade humana. Você é natural de Ibiza, qual é a realidade da vida noturna hoje?

Em 2020, enfrentamos uma das temporadas mais complexas dos últimos anos, como você vem lidando com essa situação?

O meu estado de indignação vem do fato de que precisamente nas Ilhas Baleares, onde fica Ibiza, fomos a única comunidade a cortar o lazer. Sem a possibilidade de adequar medidas de segurança e saúde como outras comunidades.

Eu consegui lidar bem com essa

A vida noturna, a música e o

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entretenimento foram proibidos dia 15 de março, data em que entramos em Estado de Alerta. Curiosamente, nas Ilhas Baleares hoje, somos uma das comunidades com mais casos registrados [de Covid-19]. Vivemos um momento complicado, aviões comerciais, jatos particulares, barcos, iates ... festas clandestinas em vilas, em grandes barcos, garrafas de champagne por toda parte. As boates fecham, mas na rua não existe nenhum controle. Mas a culpa é sempre da vida noturna. Você acha que a atenção da mídia anda especialmente focada na vida noturna? Se falarmos sobre mídia generalista, digamos que eles nos prestam um péssimo serviço. Dão visibilidade aos comportamentos um tanto quanto antivirais. Coisas que acontecem ao ar livre, no supermercado, nos centros comerciais não são notícia, mas são notícia quando acontecem na vida noturna.


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O bom trabalho de muitas empresas da nightlife, que têm conseguido funcionar em muitas comunidades, cumprindo medidas de saúde e segurança, não vira notícia.

mado antes desta nova lei que surgiu da noite para o dia.

Como tem sido para você essa nova realidade? Do que você mais sente falta?

Nenhum apoio! Na verdade, o “DJ” neste país não é nem reconhecido como músico, então se você não é autônomo (às vezes artistas com poucos shows não podem assumir esse custo), não têm a opção do auxílio mínimo.

Eu realmente sinto falta da conexão com o público. Tive a sorte de fazer quatro boas apresentações no verão ([summer 2020], fora de Ibiza. Experiências maravilhosas! Posso dizer que na minha última faixa do meu último set que toquei, terminei minha apresentação com lágrimas nos olhos... À meia-noite, uma nova lei entrou em vigor proibindo a música após 1h. Aí mandaram encerrar e o meu companheiro Gonçalo não pôde nem tocar. Ele fechou às 4h, horário de fechamento progra-

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Na sua opinião, as instituições estão dando suficiente apoio ao setor?

Por que você acha que a vida noturna na Espanha nunca foi considerada cultura? Você tem esperança de que isso mude no futuro? Sim. Nasce nesta altura a AEDYP, Associação Espanhola de DJs e Produtores que, entre outras coisas, lutará pelo referido bem como pelos direitos e deveres dos profissionais da música electrônica.


A Associação Espanhola de Empresários de Lazer também trabalha, mas recebe visibilidade nos meios de comunicação convencionais, já sabemos como funciona o assunto. Bom, vamos deixar de lado essa parte e focar no presente. Você está passando por mudanças importantes na carreira. Como você se sente física, pessoal e espiritualmente? Melhor do que nunca. Me sinto plena, forte, determinada, seletiva com as coisas e pessoas que têm que fazer parte da minha vida. Eu só quero boas pessoas ao meu redor. Sinto que andaram absorvendo minha energia por muitos anos! Você recentemente decidiu deixar a Ibiza Global Radio depois de 16 anos como CEO,

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uma decisão nada fácil, ainda mais se levarmos em conta que seu pai fundou a Radio. O que motivou essa decisão? Existem cordas que não podem ser mais apertadas. Você tem que deixar as coisas fluírem naturalmente. Sou muito fiel às minhas crenças e pensamentos. Nesse caso, me refiro ao funcionamento de uma equipe. Durante anos senti que dei todo o meu tempo e alma, mas não andava me sentindo confortável com o atual dono da estação (vendi a minha participação há pouco mais de 3 anos), ele não tinha “o mesmo feeling” comigo, talvez porque nossos ideais sejam diferentes. Tenho respeito por ele como empresário, também como amigo e sócio do meu pai, mas quando meu pai partiu, tudo mudou. Foi uma mudança, que considero

uma evolução natural, não sei ... Não sei explicar muito bem. Metaforicamente, poderia dizer que perdi a custódia de um filho, mas filho se ama até a morte. Posso garantir que ganhei qualidade de vida. Sei que meu pai no céu está orgulhoso de mim. A real é que não lhe faltam projetos. Você acaba de apresentar “On Air With Anna Tur”, seu novo formato de programa de rádio. Como surgiu a ideia? Simplesmente porque “tenho uma coisa pelo rádio”... que está sempre lá! Em que exatamente consiste o programa? O que você diria que é o seu motor filosófico e quais objetivos ou metas você deseja alcançar com ele? Quero ficar em contato com meus ouvintes e fãs. Eles se co-

ANNA TUR BY MARIO PINTA LASAVINA


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municaram muito comigo desde que saí da Ibiza Global Radio e eu, tudo o que tenho, devo a eles. Faço esse trabalho por eles.

Agora denominada IMA - Ibiza Music Agency - o projeto oferece serviço completo para artistas e marcas.

Os tempos difíceis são bons para empreender e se aventurar? Você acha que talvez haja muita estagnação no setor?

A competição é bem ampla, por que não podemos deixar de assistir o seu programa?

Atualmente a competitividade é tanta e o setor está tão profissionalizado, que é preciso ter as ferramentas necessárias para uma boa divulgação e evolução do artista.

Acho que para um empresário a crise é oportunidade. Você tem que ser corajoso, inteligente e trabalhar muito. É um desafio, você tem que arriscar, senão corre o risco de ficar na estrada.

Desde a atualização de filmagens a um bom logotipo, campanhas promocionais, imprensa, realização de programas de rádio e/ou podcasts, produção de música, distribuição, entre outros.

Que lições você acha que podemos tirar da situação atual?

No programa procuro expressar meu interior. Gravo no meu estúdio, quase sempre descalça, adoro tocar como DJ com os pés em contato com o chão, contar histórias através da session, mesclando sons que as vezes recebo naquele mesmo dia, de amigos produtores, músicas que me levam de volta no tempo. No programa, sempre falo espanhol e inglês, pois é veiculado em diversos países do mundo. Não posso fazer isso apenas em inglês, sou hispânica. Sabemos que você terá como convidados diversos artistas internacionais. Você pode nos dar algum nome com antecedência? Todos aqueles que de uma forma ou de outra estão ligados a mim. Vou convidar muitos nomes legais, hehe! Espero ter sorte! ;) Você também faz parte do IMA (Ibiza Music Artists), plataforma que busca valorizar artistas da ilha. Por que é tão difícil apostar no talento nacional? MIXMAG.COM.BR

Cuidamos de tudo junto com aqueles que consideramos os melhores que conhecemos no segmento. Que medidas ou ações você acha que a indústria deveria tomar para melhorar isso? Os artistas da ilha são puro talento e referência do som Balear. Eles devem se unir e lutar pelo lugar que merecem. Cada vez mais, e graças aos hotéis-conceito e beach clubs, os artistas da ilha melhoram. Nos clubs, normalmente são os promoters que programam a noite do início ao fim, portanto as possibilidades são menores.

Essa é uma oportunidade de nos tornarmos pessoas melhores. Realmente, estou preocupada em ver muita gente em tom agressivo nas redes sociais, na rua, lojas. Não gosto de ver que alguns estão mostrando seu pior. Para finalizar: algum outro projeto em vista? Sim. Estou trabalhando no projeto em que vou me dedicar até eu me aposentar, e junto com meus colegas que estão atualmente juntos nesta nova aventura. Não estou com pressa, todos os passos serão sólidos e bem pensados. É um romance, uma nova história de amor. Facebook.com/annaturdj Instagram.com/annaturdj


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HIG HLIG HT / AIWASKA

Aiwaska Daft Punk, Claptone, Deadmau5, Boris Brejcha, SNTS… do House ao Techno, não faltam exemplos de que existem vários projetos musicais mascarados que fazem sucesso pelo globo, seria Aiwaska mais um deles? É o que está se desenhando pela frente. Com mais de 20 anos de experiência na música, o artista decidiu dar vida no ano passado ao seu novo projeto batizado de Aiwaska, que faz uma fusão de sons espirituais hipnóticos dentro do Techno com elementos orgânicos e linhas de baixo atmosféricas. O produtor já soma lançamentos por Bar 25 Music, Crosstown Rebels de Damian Lazarus e Exploited Ghetto; a faixa ‘Medicine’, que recebeu remix de Eelke Kleijn, permaneceu por 3 meses no top 5 de Melodic Techno no Beatport. Antecipando seu novo lançamento, nós descobrimos algumas informações a mais sobre este mascarado que vem prometendo ser uma grande revelação. Mixmag Brasil: Aiwaska! Tudo bem? Estamos felizes por conhecer o som de Aiwaska, um DJ e MIXMAG.COM.BR

produtor misterioso que prefere esconder seu verdadeiro rosto... gostamos disso! Mas queremos saber: como surgiu a ideia de criar esse ‘personagem’? Aiwaska: Produzo música eletrônica desde 1996. Inicialmente eu tocava Techno e House clássico. Em 2000, comecei a produzir diferentes gêneros musicais e a trabalhar com grandes gravadoras. Tudo isso durou 18 anos. Desde 2018, decidi voltar às origens e criar um novo projeto musical, sob novo pseudônimo, nova imagem e com elementos sonoros do House clássico e Techno. Analisei por muito tempo o que as pessoas ouvem, gostam, que imagens e ideias as tocam e o que realmente se aproxima de mim. A ideia era criar um projeto não só para lançar música, mas que também trouxesse ajuda para o planeta e criasse um mundo ao seu redor. Assim nasceu Aiwaska. Música mística com elementos étnicos, uma imagem misteriosa que complementa tudo e chama atenção para fotos e vídeos,

além de movimentos especiais durante a apresentação. Faço isso por um motivo e é claro que a coisa mais importante é que todos conheçam a árvore Ayahuasca. Também refleti que é importante ajudar o planeta e as árvores através de doações. Não escondo meu rosto, meu lindo rosto não mostra a essência desse projeto e só vai distrair enquanto você pode entrar nessa viagem musical mágica. Vimos que a máscara em si possui uma ligação com rituais xamânicos do Peru. Você pode se aprofundar e contar um pouco mais sobre essa história? Sim, é claro! Tenho feito práticas energéticas há mais de 13 anos e entendo a essência com muita clareza. No meu caso, a máscara carrega um componente visual forte, ela também me permite entrar na imagem do projeto e estar com o público durante meus shows. Quando me apresento tenho uma energia que conduz as pessoas e a música nos faz mergulhar ainda mais nessa viagem.


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HIG HLIG HT / AIWASKA

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No texto de apresentação você cita ter mais de 20 anos de experiência na indústria musical… seus projetos no passado eram diferentes deste seu atual? No que se envolveu anteriormente? Sim, como disse anteriormente, faço música desde 1996. Como parte do meu outro projeto, escrevo e lanço House. Esses dois projetos são fundamentalmente diferentes e carregam diferentes ideias. Desde a infância, eu gosto de ouvir rock no estilo de Slipknot, clássicos como Wagner e, claro, música eletrônica de Aphex Twin para o mainstream.

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Eu sou uma pessoa criativa e se você é assim, muitas vezes não consegue criar música em apenas um estilo. Além de tudo isso, enquanto praticava meditação, comecei a me envolver mais detalhadamente com o que é o som e como ele afeta uma pessoa. Dessa forma, comecei a fazer minhas meditações, e há mais de 5 anos, escrevo minhas meditações, tais como: ondas binaurais, meditações hertz, etc. E o que te levou a idealizar Aiwaska? Foi algum desejo pessoal que estava adormecido?

Eu queria criar um projeto com um som musical mais clássico, que fosse direcionado para pessoas que amam música espiritual, lugares bonitos e que são personalidades próprias. Quero e vejo essas pessoas ao meu redor, estou muito feliz por isso, esse projeto foi criado para elas. Além da imagem, ideologia e música, tento escolher os lugares certos para os shows, assim consigo criar o máximo de imersão visual e auditiva. Pelo curto tempo de carreira, seus lançamentos já são, no mínimo, impressionantes. Primeiro


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Bar 25 Music, depois Crosstown Rebels de Damian Lazarus e, por último, Exploited Ghetto. Ao que você credita essas conquistas de forma tão rápida? Apenas tento fazer música moderna com abordagem clássica e as pessoas que estão nesse gênero há muito tempo claramente lembram de que eu não sou um novato e que estou profundamente envolvido com a música. Toquei faixas de Plastikman, Jeff Mills, Carl Cox em vinil, ainda em 1996. Eu conheço, respeito essa cultura e faço música com uma abordagem que mesmo depois de 10 anos poderia ser tocada, tento fazer por séculos e não pelo hype. Além disso, a ideia do projeto e a ideologia estão próximas das pessoas que me ajudaram e fui notado no início. Sou muito grato a todas essas pessoas por terem me ajudado, especialmente meu empresário Aleksandr Tsyrin. E, claro, a criatividade não pode ser limitada, mas é preciso dividi-la e intensificá-la adequadamente para não confundir o ouvinte. Então faço isso e separo claramente os projetos entre mim. No ano passado você também teve a oportunidade de tocar no Burning Man, um festival que tanto sonoramente quanto conMIXMAG.COM.BR

ceitualmente combina bastante com a essência de Aiwaska, certo? Como foi essa experiência? Para mim esse é um dos melhores festivais do planeta. É um mundo inteiro no qual você mergulha e se torna parte. Visitei o festival por 3 anos antes de me apresentar pela primeira vez. Não foi longo, mas foi um set memorável. Foi no “PlayAlchemist”. Todos os anos me apresento na abordagem do meu outro projeto, em todo o planeta, de eventos privados para 200 pessoas a raves de 50.000 pessoas. Mas lembro claramente desse set no Burning Man, foram emoções incríveis, o local e as pessoas criaram uma atmosfera incrível. Espero muito que em 2021 possamos estar lá! Imagino que essa mistura de sons orgânicos e melódicos dentro do Techno deva se basear em algumas referências… quais artistas influenciam no seu DNA sonoro? Nas minhas músicas combino os clássicos do som alemão com elementos do clássico detroit electro, no estilo do projeto “drexciya”, em geral, tudo o que foi publicado na época pela Underground Resistance. Dos artistas do nosso tempo, eu gosto muito de Adam Port, Damian Lazarus, Rufus Du Sol, WhoMadeWho.

Quanto aos elementos étnicos, sim, eu uso nas minhas faixas, mas com muito cuidado. Frequentemente faço os meus sets em 432Hz (informação para quem compreende) e uso elementos ASMR. É assim que eu descreveria as partes principais do meu som. Aproveitando: nos fale um pouco sobre seu próximo lançamento, Eclipse. O que você já pode adiantar? Ele será mais sombrio ou mais iluminado? Fiz a faixa original com uma linha de baixo profunda e um texto xamânico para criar a atmosfera de uma dança mágica, o que acho que aconteceu. Fizemos um vídeo clipe especial, onde eu e uma famosa dançarina criamos uma dança energética - ginástica - vitoriosa em várias competições mundiais. Haverá também dois remixes espaciais irrealistas: Fake Mood entregou um remix muito profundo e inteligente e Jenia Tarsol & Kino Todo entregaram um filme de ação da pista de dança no estilo de Indie Dance. O single será lançado pelo selo Parallel Lives, não poderia deixar de destacar a capa feita por um artista muito brilhante, Sami Galetto. Sobre os remixers que estão fazendo parte: você os escolheu


por algum motivo específico? Estou sempre muito atento às pessoas com quem trabalho em termos de música. Eu aprecio muito e agradeço as pessoas que aceitaram fazer esses remixes. Fake Mood são meus amigos próximos, eles são músicos e produtores muito talentosos, todas as suas faixas têm um clima mágico e misterioso, simplesmente perfeito para mim. Jenia Tarsol e Kino Todo são muito legais produzindo Indie Dance, eles sempre fazem o que fazem de maneira muito bem feita e bonita, esse remix prova isso. Esse MIXMAG.COM.BR

som é muito legal, tem muito groove e é inovador. Para o próximo lançamento na Exploited, em janeiro de 2021, terei um remix impressionante de Patrice Baumel. Fique de olho no que está por vir! E para finalizar: o que você conhece a respeito da cena musical brasileira? Deixe um recado para o público daqui. Gosto de ouvir diferentes tipos de música e ao longo dos anos, tenho escutado e me apresentado no mesmo palco que alguns artistas brasileiros muito legais. Mas foi Amon Tobin que deixou

um forte sentimento e música em mim, ele toca tudo perfeitamente, é o melhor. Quero que todos os amantes da música eletrônica escutem mais músicas legais e com o coração. Para mim, música é como o amor, e claro, em breve espero encontrar todos vocês no Brasil em um de meus shows. Instagram.com/aiwaska Facebook.com/aiwaska


HIG HLIG HT / NHOAH

NHOAH Photos by Wolfgang Bohusch

NHOAH é um DJ, produtor e compositor alemão de Tech House & Techno. O artista construiu seu nome, ao longo do tempo, como prolífico produtor, compositor, DJ, engenheiro de mixagem, dono de gravadora e artista. Dedicado à cultura criativa e a seus semelhantes, ele já conquistou reconhecimento das principais publicações de música como Resident Advisor, Quietus, TRAX Mag , Clash Magazine, PopMatters, Magnetic Magazine, Data Transmission, The Arts Desk, MTV London e Electronic Groove, alem de já ter sido destaque no Electric Ladyland da BBC 6, da DJ inglesa Nemone. Conversamos com ele durante o buzz de lançamento de seu mais novo EP ‘Our House’ feat. Ina Viola, que acaba de sair pela gravadora R.O.T Records (Respect or Tolerate). Confira abaixo! Conte sua história na Dance Music para o novo público brasileiro que ainda não o conhece Eu venho produzindo música intensamente desde que me MIXMAG.COM.BR

lembro. Tive um tempo extra de folga da escola, talvez essa tenha sido a primeira motivação, haha! Depois da escola, entrei rapidamente no cenário profissional em Berlim. Muitas bandas americanas e inglesas famosas produziam no Hansa-Studio e, loucas demais, muitas queriam me ter lá. Romy Haag que estava com David Bowie na época, Bronskie Beat, os produtores de Eurythmics e Gareth Jones produtor de Depeche Mode. Eu era muito jovem nessa época, ainda não tinha nem vinte anos. Sempre tive uma forte preferência por música eletrônica e dance e tambem por conteúdo político atual. Embora nem sempre vá bem junto. Mas é assim quando você pode comprar seu primeiro computador musical e crescer entre o funk e o punk. Como foi crescer em Berlim Ocidental? O que isso agregou à sua vida como artista e profissional da música eletrônica?

Eu nasci e fui criado em Berlim Ocidental. Berlim Ocidental sempre foi um lugar de retiro para aqueles que pensam e se sentem de forma diferente. Objetivos de consciência, LGBT, pensadores políticos livres e afins. Os clubes ficavam abertos a noite toda, havia os dark rooms ... tudo isso era normal para mim. Só muito mais tarde é que percebi que esse não era o caso em outros lugares do mundo. Provavelmente é por isso que me tornei uma pessoa muito tolerante e que não tolera nada ao mesmo tempo. Você pode pensar que é uma contradição, mas não é. Quando o Muro de Berlim caiu, o techno surgiu e ocupou todo o centro da cidade. E foi até a Loveparade. Era uma subcultura própria e subcultura é o que me interessa. A centelha original que leva a uma nova safra de flores. Nenhuma gaveta existente pode, portanto, capturar bem minha música. De alguma forma, tudo é


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volumoso e, no entanto, apenas um espelho musical dos tempos. E como foi o processo de criação de ‘Our House’? Já houve outro momento em que existia tanta música disco e house com canto e alegria? Sim, houve, de meados dos anos 70 ao início dos anos 80. Mas esse também não foi um momento otimista. Mas o avivamento atual tem um tom triste, porque naquela época não havia proibição de dançar. Vou explicar já me desculpando: ninguém poderia ter previsto o Corona à frente. Mas os desenvolvimentos musicais vêm em uma onda mais longa do que a de meio ano. Para

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falar de uma maneira muito pessoal, há algum tempo a situação em Berlim já me parecia desagradável, como se uma era estivesse chegando ao fim. No entanto, a música eletrônica era mais popular do que nunca. Mas um clube após o outro teve que fechar. Além disso, percebi que a ideia inicial da música House & Techno, a abolição das fronteiras de classe, foi facilmente implementada em Berlim, mas que não é possível em muitos outros lugares do mundo. É por isso que eu comecei a trabalhar na faixa ‘Our House” antes do lockdown, combinando house, techno e vibrações positivas. E agora eu lanço o trabalho e não há pessoas nas pistas de dança para ouvir e curtir ... e ainda assim


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meu clamor pessoal tem que sair assim mesmo. Espero que todos nos reunamos novamente em breve, com saúde, para poder dançar até de manhã, porque essa é NOSSA CASA e ESTA CASA É AMOR. Como você tem lidado com a falta de shows ao vivo por causa da pandemia? Você acha que as coisas voltam ao normal ainda esse ano? Não me sinto muito confiante em relação a essa possibilidade de as coisas voltarem logo. Ao mesmo tempo, reclamar que não posso tocar e nem curtir um dancefloor enquanto em vários lugares pelo mundo as pessoas estejam passando fome, me faria sentir superficial. Mas sem experimentar música com muitas pessoas, sem dançar, sem esquecer de si mesmo e mergulhar de volta na vida quase renascido é algo substancialmente importante para mim e acredito que muitas pessoas sentem o mesmo. Espero que em breve consigamos superar tudo isso. De fato, o club

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‘Das Werk’, próximo ao meu estúdio em Viena, está desenvolvendo a primeira fase de testes para uma máquina que mantém os ambientes livres de vírus. Em combinação com esse tipo de testes, poderíamos voltar a lugares seguros. Esta é a estreia mundial de uma inovação e, novamente, uma daquelas coincidências na minha vida que estou no meio, haha ... Sinceramente, queridos donos de clubs, vale a pena dar uma examinada nessa novidade! Claro que ninguém sabe exatamente quando as pandemias terminarão. Mas, como todos temos que fazer planos, quais são seus para 2021? Música, música, música, música, música, música ... simples, haha! Instagram.com/nhoah_nhoah Facebook.com/nhoahhoena



HIG HLIG HT / SIMINA G RIGORIU

Simina Grigoriu Nascida na Romênia e criada em Toronto, Simina Grigoriu está na ativa há mais de uma década.

e foram plantadas em sua infância, quando ela estudou violino e teclado clássicos.

ne Records (Espanha), a italiana Intelectro Vibe, Urban Sound e Frequenza Records.

Começou como DJ, evoluiu para produtora musical e lançou a própria gravadora, a Kuukou, uma verdadeira casa para produções techno.

O legado musical de seus pais e a paixão pelo hip hop free style na adolescência, somados, formam parte de seu estilo de tocar música eletrônica.

Ela depois lançou seu debut album chamado ‘Exit City’, que acabou se tornando um dos maiores sucessos da Susumu Records.

Simina passa agora grande parte do tempo em Berlim, lugar que ela hoje chama de lar, a principal fonte de sua inspiração criativa, uma fonte tão diversa quanto suas influências.

Simina se desenvolveu no techno, ao som de nomes como Jeff Mills, Josh Wink e Juan Atkins.

E a evolução de Simina não parou por aí! Durante o periodo de maternidade, época em que ela ficava em casa a maior parte do tempo, Simina criou e lançou a Kuukou Records (2016) com seu EP inaugural, ‘Techno Monkey’.

As raízes musicais dela vão longe MIXMAG.COM.BR

Suas primeiras produções apareceram na gravadora Sonat Records (Berlim), seguidas por lançamentos com a Phrase Insa-


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HIG HLIG HT / SIMINA G RIGORIU

E agora, após o lançamento do EP Rocket Fuel no fim de 2019, Simina está de volta à FORM Music com o Interpol 2020 EP. Já disponível, Interpol 2020 é o quarto EP de Simina no selo do POPOF, após Matching Numbers (2015), Slush Fund (2017) e Rocket Fuel (2019).

beats fortes, synths arpejeados e uma sonoridade cósmica inebriante. Simina Grigoriu – Interpol 2020 EP is out now via FORM Music. Simina Grigoriu Interpol 2020 EP Tracklist: 1. Simina Grigoriu – Interpol 2020

O novo EP dá o pontapé inicial com faixa-título Interpol 2020, indo de zero a 100 logo no começo, com um mix de sintetizadores e samples industriais viajantes. E completando o pacote vem Contraband, desetacando o talento criativo de Simina, como MIXMAG.COM.BR

2. Simina Grigoriu – Contraband Insta: siminagrigoriumusic FB: siminagrigoriumusic


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CLUBBING / LAROC CLUB

Laroc 5 Anos! Interview by Victor Flosi • Photos Gui Urban

Aos amantes da música eletrônica, não era novidade que esse ano seria celebrado os 5 anos do Laroc Club, mas a pandemia não permitiu ser assim. Fechado desde o carnaval, quando reuniu mais de 25 mil pessoas durante três dias de Ame Laroc Festival, o 18º melhor clube do mundo, segundo a DJ MAG, se reinventou e a comemoração tornou-se uma homenagem em forma de documentário e também álbum de músicas. Junto do Ame Club, as casas localizadas em Valinhos são consideradas um dos principais polos da música do Estado de São Paulo e, não é novidade que os fãs eletrônicos de todo o país, se encontram lá. MIXMAG.COM.BR

Entrevistamos Fauze Abdouch, sócio do Laroc Club, onde o mesmo nos contou um pouco mais sobre a casa que já recebeu mais de 300 DJs de 30 diferentes países - entre eles, Armin Van Buuren, Alesso, Axwell, KSHMR, Sam Feldt - e como ela foi afetada e reinventada durante a pandemia. Confira: Há 5 anos, vocês inauguravam o Laroc Club com o sonho de se tornarem uma referência brasileira e mundial. Hoje, olhando para trás, como avaliam a trajetória e o que ainda falta alcançar? Hoje, olhando para nossa trajetória, acredito que tivemos muitos aprendizados, muitos erros e vários acertos também.

No entanto, todas as iniciativas que tivemos sempre foram em busca das melhores soluções para o nosso objetivo central: construir um clube que contribua à sua maneira para a cena da música eletrônica! Na minha opinião, estamos no caminho certo. Já tivemos várias conquistas, mas ainda temos uma longa caminhada pela frente. Falando em história, vocês estão lançando um Documentário a respeito dos 5 anos. O que as pessoas encontrarão ao assistir? Nossa idéia com o projeto é trazer um lado mais humano, dos bastidores do nosso universo, de como é o trabalho daqueles que ajudam a construir a noite.


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Além disso, temos algumas curiosidades e alguns detalhes de nossa trajetória ao longo desses 5 anos!

que podemos esperar para seu futuro? Quais são os planos?

Ainda sobre celebrações, um álbum com 10 faixas de diferentes artistas nacionais também foi lançado. Como aconteceu essa ideia e a seleção artística?

A Laroc Records vem como mais um braço do nosso negócio e como uma grande oportunidade de divulgar o trabalho de artistas que passam pela casa ou que temos a intenção de um dia ter em nosso palco.

Nossa ideia foi trazer alguns dos artistas que tem uma conexão com o Laroc, que já participaram de grandes momentos em nossa história.

Poderemos conectar artistas internacionais com produções exclusivas antes de suas turnês, impulsionar e dar mais visibilidade para artistas parceiros.

É um projeto inovador e nele buscamos levar um pouquinho da vibe do clube para o nosso público que está a tanto tempo sem conseguir ir ao Laroc.

No entanto, com todos esses últimos acontecimentos, estamos evoluindo em um ritmo lento nessa iniciativa, mas esperamos em breve retomar com toda força!

E a gravadora Laroc Records, o

O Covid-19 massacrou o merca-

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do de entretenimento em inúmeros fatores. Como vocês se mantiveram engajados durante este período? Sim! Infelizmente o momento é bem delicado para todo o setor. Nós buscamos manter o contato com o nosso público através das redes sociais e de iniciativas como algumas lives que produzimos, mas nada é igual ao contato humano e a experiência em um evento real né?! Aprendemos muito com tudo o que está acontecendo! Qual o maior desafio em ter um clube de música eletrônica no Brasil? São vários! É muito difícil pontuar


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apenas um, mas acredito que o maior de todos seja vencer o preconceito. Apesar do crescente desenvolvimento da cena nos últimos anos, algumas pessoas não consumidoras da nossa cultura acabam fazendo um julgamento prévio do nosso produto e serviço, mas com o tempo isso vem diminuindo cada vez mais, ainda bem! Escolha e conte-nos apenas um momento especial que você viveu durante esses 5 anos. Aquele em que você teve a confirmação de que estava no caminho certo. Um momento muito marcante em minha opinião foi o nosso aniversário de 2 anos. Mesmo sendo início da nossa trajetória, fizemos um projeto de reformulaMIXMAG.COM.BR

ção do stage e de algumas áreas do club, foi um momento marcante e um ponto de virada em nossa jornada. Para finalizar, o que os fãs podem esperar para 2021? Pode adiantar algo? Estamos ansiosos para podermos voltar a trabalhar e não vemos a hora de conseguirmos retornar os eventos. O ponto é que o cenário ainda é muito incerto, mas o que podemos adiantar é que estamos prontos para voltar com energia total! Instagram.com/larocclub Facebook.com/larocclub


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