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Educação e esperança

Educação e esperança N a situação atual de nosso país, ninguém nega a importância da educação. Ela é mesmo proposta como prioridade diante dos atrasos históricos da cidadania plena e democrática, diante do clamor dos desempregados e da marginalização da infância e da juventude. A educação é um caminho urgente de esperança. Nem todos, porém, têm a mesma compreensão do processo educativo. Alguns o vêem como instrumento de controle social ou condicionamento regulado para manter a organização social desigual e exdudente.

Outros pensam que a educação é uma influência coletiva dos meios de comunicação social sobre as pessoas. Seria dm conjunto de estímulos, de solicitações e de influências dirigidas, que determina o pensamento e a conduta dos indivíduos na sociedade.

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O saudoso Paulo Freire, entretanto, percebeu que a educação é exercido da liberdade e processo de libertação dos oprimidos. Ato de conhecimento criativo, em um aproximar-se da realidade social e política de maneira critica.

Educar é suscitar a consdentização que liberta e refaz a vida de um povo oprimido e excluído. A conscienfização penetra no meio ambiente, para desvendara realidade e chegará essência dos fenômenos e dos fatos sociais que nos desafiam e para assegurar a vida de um povo livre.(...)

Pessoas livres devem refletir sobre o sentido das coisas e do passado do povo para construir, desde já, um futuro de felicidade e de paz. E a educação não é completa se não oferece uma síntese total e se não garante a vida de um povo, da qual todos participam ativamente, vivendo sua plena liberdade.

Jesus de Nazaré, mestre e profeta da Gahléia, vivia no meio do povo. Tinha uma pedagogia de esperança. Anunciava a vinda de um mundo novo, de solidariedade e de justiça para os pobres, os aflitos e os famintos.

Ele era um sinal. Sua vida e sua presença comunicativa questionavam. Reunia os excluídos, numa esperança de transformação da sociedade. Ensinava em parábolas ou com histórias populares, que faziam pensar e chegar a conclusões novas e diferentes daquelas da ordem estabelecida pelos doutores e pelos chefes religiosos. Em 1972, numa palestra em Roma, Paulo Freire fez um apelo à Igreja como educadora. Ele pedia que ela fosse como os movimentos proféticos no antigo povo de Israel. Os profetas ensinavam pela ação que liberta e que refaz a solidariedade no direito e na justiça.

Dizia ainda que não pode haver educação fora dos desafios da história e que a consdentização exige uma Páscoa. Exige que morramos para nascermos de novo. Cada pessoa deve viver sua Páscoa e sua utopia.

Desse modo, a educação nunca é uma imposição. Convidamos os outros para partilhar, dialogar e compreender o testemunho de cada um.

A consdentização é, assim, o fundamento e a força propulsora da esperança de um povo em marcha. Ela é a busca persistente da prática da justiça, da fraternidade e da paz. Essa é a pedagogia que garante a liberdade e leva a respirar na comunhão do próprio Deus da vida presente na história humana.

D. Paulo Evaristo Ams, Cardeal-Arcebispo de São Paulo e Grão-Chanceler da Pontificia Universidade Católica de São Paulo (Folha de São Paulo,12/04/98)

Durante o mês de abril de 1998 foi realizada uma pesquisa que revela um pouco o perfil plural do cooperativado. De um universo de 583 associados trabalhando até abril de 1998, foram aplicados 183 formulários em nove cooperativas, o que representa 32% deste universo.

Perfil dos cooperativados . De um total de 155 entrevistados, a maioria (38%) está na faixa de 26 a 35 anos de idade. É importante observar que: 1,6% têm mais de 55 anos. . As mulheres são maioria nasCooperativas. Elas representam 65% do total de cooperativados.

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