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ISSN 2179785
Publicação da SPMarine - representante Intermarine em todo o País Ano I - # 2 - fevereiro 2011
ENGENHARIA DE PONTA Responsável pelo projeto e desenvolvimento da nova linha de embarcações, o departamento de engenharia da Intermarine exibe competência na busca de soluções que revolucionarão o mercado náutico mundial
Nova Intermarine 75. A integração perfeita entre requinte, desempenho e design.
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Índice
10 10
Do sonho à realidade: confira as soluções do competente trabalho do departamento de engenharia da Intermarine
20 6 - MONDBLU
O estande da Intermarine foi o centro das atenções do mundo náutico durante a realização do São Paulo Boat Show edição 2010
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Luiz de Basto revela os detalhes dos projetos desenvolvidos para a Intermarine e exalta o nível do mercado náutico nacional
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Responsável pelas vendas recordes da Rolls Royce Motors em 2010, o novo Ghost honra à Spirit of Ecstasy, tradicional estatueta dos capôs dos carros de Goodwood
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Sérgio Abranches mostra como negócios e preservação ambiental têm tudo a ver
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Parceria entre Intermarine e Garmin proporciona conforto e segurança para a navegação
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Ser velejador e filho de Torben Grael é uma responsabilidade. Mas, também é muito bom. Palavras dos filhos!
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A Marina Offshore, em Caraguatatuba, é o mais novo endereço da SPMarine/Mondblu
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Sempre limpa: acompanhe as dicas para manter a sua Intermarine nova e bonita
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Tudo para sua Intermarine: as dicas da decoradora Karol de Paula
60 68 60
As novidades do mercado de luxo na seção Luxuriance
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Mergulhe na complexidade prazerosa dos sabores e aromas do mundo das cervejas
68
Confira as cenas do estande da Intermarine no São Paulo Boat Show
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SPMarine/Mondblu participou de evento organizado pelo Rotary para arrecadar fundos para obras assistenciais
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Campeonato de pesca organizado pelo Joinville Iate Clube teve apoio da SPMarine/Mondblu
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Confira as dicas da dermatologista Lygia Kogos para cuidar da pele e do cabelo
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Aprecie o astral chic urbano com espírito glamoroso da nova coleção da Gucci
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No meio da ostentação de Dubai, a suavidade e o charme do Hotel Armani
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O fotógrafo Paulo Schlick reproduz beleza e graça em formato bidimensional
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Carta ao leitor
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ma Intermarine não é feita apenas com os melhores materiais e os mais modernos processos de fabricação. O desenvolvimento do barco apoia-se na expertise de quem lidera o mercado de produtos destinados a um público exigente e refinado. Nossa reportagem de capa mostra como o departamento de engenharia da Intermarine utilizou tecnologia e conhecimento para viabilizar as soluções de uma das mais modernas linhas de embarcação de luxo do mundo. Os quatro lançamentos da nova linha Intermarine durante o São Paulo Boat Show chamaram a atenção do mercado náutico e da imprensa em geral. Os conceitos envolvidos no desenvolvimento dos barcos e os detalhes de sua boa repercussão você pode conferir na cobertura da coletiva de imprensa realizada em outubro último. O que não faltou ao estande da Intermarine no São Paulo Boat Show foi prestígio. Muito nos honrou a presença de nossos queridos amigos, parceiros e clientes no evento. Momentos que você pode ver ou rever nesta edição. Falando em amigos, que tal surpreendê-los nos passeios de barco com uma agradável novidade gastronômica: a curiosa harmonização entre cerveja e queijo. Estranho? Não. Confira as dicas do beer enthusiast Rodrigo Ferreira para apreciar as melhores cervejas combinadas com os queijos mais apropriados. A edição ainda traz uma entrevista polêmica e imperdível com Sérgio Abranches, comentarista de eco-política da Rádio CBN. Segundo nosso entrevistado, negócios e preservação ambiental têm que andar juntos. Caso contrário, ambos podem enfrentar sérios problemas para sobreviver. Boa leitura! Gilberto Pini, diretor da SPMarine
Expediente
MONDBLU (ISSN 2179-7854) é uma publicação da SP Marine Representação Comercial Ltda., representante Intermarine em todo o Brasil, destinada aos clientes e admiradores da marca Intermarine. A SP Marine não se responsabiliza por informações, conceitos ou opiniões emitidos em artigos assinados, bem como pelo teor dos anúncios publicitários. Al. Araguaia, 2044, salas 303/304, Torre I, Alphaville, Barueri, SP, CEP 06455-000. Tel.: (11) 3581-4646 Fale com a redação: marketing@spmarine.com.br Publicidade: Letra Midia. Tel.: (11) 3062-5405 CTP e impressão: Nova Página Gráfica e Editora Ltda. Tel.: (11) 3531-7000 Tiragem: 10 mil exemplares Colaboraram com essa edição: Estela Craveiro, Lycia Ribeiro e Sérgio Domingues Conselho editorial: Ivan César Batagini, Luiz Antonio Batagini e Gilberto Pini Editor-chefe: Rodney Domingues Projeto gráfico e editorial: Factum Design Gráfico. Tel.: (11) 2694-1170
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Capa
Engenharia de ponta 11 - MONDBLU
Responsável pelo projeto e desenvolvimento da nova linha de embarcações, o departamento de engenharia da Intermarine exibe competência na busca de soluções que revolucionarão o mercado náutico mundial
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Capa
Soluções de ponta: o acoplamento do casco ao convés são imperceptíveis
Q
uando olhamos para uma Intermarine é comum pensar em luxo, performance e qualidade na construção. Esses atributos têm raízes na engenharia da empresa. O projeto da nova linha Intermarine, que foi apresentada no São Paulo Boat Show em outubro de 2010, passou pelo estudo atento de 11 profissionais do departa-
mento. Eles são os responsáveis pelas soluções encontradas para que componentes mecânicos, elétricos, hidráulicos, entre outros, funcionem em perfeita harmonia. “Utilizamos conceitos considerados avançados no mundo inteiro. Na Nova Intermarine 55, por exemplo, o casco está acoplado ao convés sem linha de união aparente”, conta o engenheiro naval Sergio
Rossi. “O novo método construtivo possibilitou os vincos no costado concebidos no design da BMW Group Design worksUSA.” Outra inovação desenvolvida em conjunto com uma renomada empresa de engenharia naval norte americana foi o método utilizado na construção do casco da Nova Intermarine 55, elogiada pela equipe de profissionais da
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“A estrutura do casco é parecida com a utilizada na indústria aeronáutica, empregando mais cavernas e longarinas internas, reduzindo assim, a espessura e o peso do conjunto significativamente, com resistência ainda maior.”
BMW Group Design worksUSA. “A estrutura do casco é parecida com a utilizada na indústria aeronáutica, empregando mais cavernas e longarinas internas, reduzindo assim, a espessura e o peso do conjunto significativamente, com resistência ainda maior”, explica Sergio Rossi.
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Capa
Toda a nova linha foi desenhada em computador, em sistema CAD/ CAM (computer-aided design and computer-aided manufacturing). “Os barcos foram modelados e montados virtualmente com os componentes elétricos, mecânicos... uma verdadeira maquete eletrônica”, revela Sergio Rossi. A riqueza de detalhes envolve o conforto ambiental do usuário. O CAD permitiu a adoção de novidades, como o sistema de exaustão dos gases do motor comprometido com a redução do índice de emissão de ruídos para o interior do barco, assim como o emprego de um silencioso para o gerador.
Rodney Domingues
Tecnologia
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Desafios impostos pelo design As grandes áreas envidraçadas definidas pelo design da nova linha foram um desafio para os cálculos estruturais. Os reforços atenderam à leveza e à resistência torcional. “Nenhum barco nacional tem uma área envidraçada tão grande quanto os da nova linha”, conta Sergio Rossi. A adoção de tecnologias refletiu diretamente na maior qualidade da montagem e confecção das peças. Os plugs (peças que dão origem aos moldes) foram usinados em CNC (computer numerical
controlled), em um processo bastante detalhado. O método permite qualidade apurada na superfície dos plugs, com precisão de detalhes e uma perfeita simetria, evitando o retrabalho. Outro destaque foi o método de laminação por RTM (resin transform moulding). “O sistema proporciona peças em fibra com um acabamento superior em todos os lados, além de otimizar a produção”, detalha o gerente de produção Rogerio Braga. A engenharia também dedica atenção à ergonomia dos usuários, preocupando-se com
detalhes, como o tamanho dos degraus, acesso aos comandos, materiais amigáveis e até com a saúde da mão de obra que montará o barco. O lift hidráulico, a plataforma submergível que foi desenvolvida pelo departamento, foi testado à exaustão. A meta é garantir a segurança do usuário, de acordo com Abílio Azevedo, gerente de planejamento da Intermarine. “Para acionar o sistema, o operador fica necessariamente voltado para a plataforma e, durante a movimentação, há um alerta sonoro para evitar acidentes, além de um temporizador.”
Capa
Piscina utilizada para os testes finais
Os exigentes testes de resistência garantem segurança
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O laboratório de testes tem rigoroso controle de qualidade
Fotos: Rodney Domingues
As provas simulam as mais severas condições possíveis de uso
“Todos os relatórios gerados resultam em diagnósticos que possibilitam a geração de novas tecnologias, mais avançadas e seguras.”
Abílio Azevedo, Sergio Rossi e Wagner Rogerio Braga, da equipe do departamento de engenharia da Intermarine
Durabilidade O laboratório de testes da Intermarine faz simulações de durabilidade para todas as peças projetadas. São provas de carga hidráulica, resistência à corrosão em ambiente marinho (salt spray), resistência e tração de materiais, estudo de luminosidade, entre outros. São inúmeras aferições com o objetivo de assegurar a qualidade da embarcação. “Todos os relatórios gerados resultam em diagnósticos que possibilitam a adoção de novas tecnologias, mais avançadas e seguras”, explica Abílio Azevedo. Os novos materiais estudados e o know-how adquirido colaboram para o crescimento e qualificação da indústria nacional e agregam valor aos produtos Intermarine.
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Engenharia da Intermarine: inovações que marcarão a história da moderna indústria náutica de lazer
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Nova Intermarine 55: atendendo aos padrões ISO e ABYC
O laboratório de análises químicas é extremamente rigoroso com a padronização dos materiais. “Estamos na vanguarda do mercado”, conta Sergio Rossi. A Nova Intermarine 55 foi concebida para atender todas
as normas e padrões europeus e americanos parametrizados pela ISO (International Organization for Standardization) ou ABYC (American Boat and Yacht Council).
O objetivo do departamento de engenharia da Intermarine é a busca incansável da superação dos já elevados níveis de conforto, segurança, qualidade e inovação característicos da marca e amplamente conhecidos por seus proprietários.
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Evento
O palco da Nova Era
Fotos: Rodney Domingues
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O estande da Intermarine foi o centro das atenções do mundo náutico durante a realização do São Paulo Boat Show edição 2010
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Nova linha de embarcações atraiu todas as atenções para o estande da Intermarine
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m grande investimento em uma nova linha de embarcações, sem paralelo no mercado náutico brasileiro. Esta foi a estratégia de negócios apresentada pela Intermarine durante o São Paulo Boat Show, ocorrido de 14 a 19 de outubro de 2010, no Transamerica Expo Center, na capital paulista. Quatro novos modelos foram anunciados ao público, confirmando o conhecido espírito vanguardista da marca: a Nova Intermarine 55, desenhada pela BMW Group DesignworksUSA, a Nova Intermarine 60, projetada pela Intermarine em colaboração com
o estúdio Fernando de Almeida Yacht Design, a Nova Intermarine 75 e a Nova Intermarine 85, desenhados pelo estúdio Luiz de Basto Designs. “O mercado náutico nacional está amadurecido, criou uma identidade. O cliente quer um barco pensado desde o início para suas necessidades”, explica Ivan César Batagini, diretor da SPMarine/ Mondblu. Pudera. Dono de uma das maiores áreas litorâneas tropicais, cheias de sol e calor, o Brasil demanda produtos com soluções específicas, não encontradas em outros produtos do exterior.
A contratação de um dos mais conceituados escritórios de design do mundo, o estúdio BMW Group DesignworksUSA é apenas um sinal do comprometimento da Intermarine com a construção de embarcações que surpreenderão o consumidor. ”O expertise da BMW Group DesignworksUSA é responsável por premiados produtos de grandes marcas pelo mundo, como BMW, Rolls Royce e Embraer. Demonstra o esforço da Intermarine em superar as exigências de um público diferenciado”, opina o diretor da SPMarine/Mondblu, Gilberto Pini.
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Evento
As coletivas de imprensa para apresentação da nova linha atraíram diversos jornalistas
Coletiva de imprensa A atenção da mídia era notória pela presença de diversos jornalistas de veículos tão importantes quanto variados. Editorias de economia, automobilismo, tecnologia, entre outros, prestigiaram a coletiva organizada pela Intermarine para que os estúdios de design contratados juntamente com a direção da Intermarine expusessem a audaciosa estratégia. “A Intermarine está vivendo uma Nova Era”, sentenciou a diretora da Intermarine, Suzana Costa, durante a abertura dos trabalhos. Allysson Yamamoto, gerente de marketing da Intermarine definiu o que o público pôde conferir nas gran-
des maquetes expostas. “Nos quatro novos barcos tudo o que existe em tendência de design de barcos no mundo foi elevado ao próximo nível. Não nos inspiramos em nada do que já existe. Não estamos vendo design atual. Estamos vendo o futuro.”
Aula de design “A ideia foi fazer um barco para o brasileiro, que tem necessidades diferentes do cliente do exterior. Esse foi o ponto de partida do projeto: que fosse totalmente inovador”, de acordo com Klaus Tritschler, diretor criativo de design de meios de transporte da BMW Group DesignworksUSA, na apresentação da Nova Intermarine 55,
juntamente com Stephen Chadwick, diretor de parcerias estratégicas. “Nós não criamos esse projeto isoladamente. Viemos até aqui, conhecemos os clientes da Intermarine em profundidade, vimos como é o uso de um barco no Brasil e o que esses clientes desejam.” Tanto Klaus Tritschler quanto Luiz de Basto, autor dos projetos da Intermarine 75 e da Intermarine 85, ressaltaram como foi encarada com determinação a missão de construir barcos com conforto, performance, requinte, segurança e, principalmente, diferenciação. Os resultados mostraram um total empenho para fugir da mesmice e buscar novas solu-
Fotos: Rodney Domingues
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As palestras de Klaus Tritschler e Luiz de Basto (acima à direita) se tornaram aulas de design Ao lado, a equipe do escritório de Fernando de Almeida (que está no centro)
ções de design, com total liberdade de criação, durante meses de intenso contato com o estaleiro. O formato das janelas, elemento muito forte na composição do desenho de uma embarcação, e amplamente explorado em formas e estilos, ganhou interpretações inéditas nos novos modelos da Intermarine. Para Allysson Yamamoto, a Intermarine ousou. “Fomos além.”
Grandes marcas Klaus Tritschler fez explanações detalhadas das soluções arquitetônicas encontradas no projeto do novo barco. “O trabalho não foi copiar um carro,
mas usar toda a abrangência do nosso expertise em mercado de luxo e criar um barco novo, diferente, para pessoas que compram produtos de luxo, consomem o que há de melhor, dirigem um BMW, voam em jatos Embraer e navegam em barcos Intermarine”, comentou, fazendo referência a outros clientes do estúdio de design do grupo BMW. O estilo dos automóveis BMW inspirou vários dos aspectos inovadores da Nova Intermarine 55, como o ângulo diferenciado da proa e os vincos do costado, abaixo e acima das janelas, imprimindo ar esportivo e dinâmico ao barco. O friso de metal com o nome
do barco e a logomarca da Intermarine no espelho de popa, consonante com o que se vê na traseira de uma BMW série 7 é outra referência, assim como a entrada de ar em aço inox bastante pronunciada, parecida com as do esportivo BMW Z4.
Exclusividade Luiz de Basto descreveu detalhes importantes de suas criações, as Novas Intermarine 75 e 85. Destacou o generoso uso de vidro em faixas extensas, especialmente à meia nau na Intermarine 85. Também utilizou grandes janelas, gaiutas e vigias, além do enorme para-brisa, que se estende pelo topo do deck principal.
Fotos: Rodney Domingues
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Evento
Os detalhes de design que tornaram inconfundível a nova linha de barcos da Intermarine
As novas embarcações da Intermarine apresentam soluções estéticas sem precedentes. “As pessoas gostam do conforto do interior do barco, mas também querem entrar em contato com a natureza, ver o sol, o céu, o mar. Há 15 anos a tecnologia do vidro não permitiria o que fizemos em termos de janelas e para-brisa nesses barcos. Mas hoje permite”, explicou Luiz de Basto.
qualquer outro barco”, revela Allysson Yamamoto. Isso fica claro no design da Nova Intermarine 60, desenhada pela própria equipe da Intermarine e com arquitetura interna desenvolvida pelo estúdio
Fernando de Almeida Yacht Design, baseado em São Paulo e com atuação internacional. Os mesmos conceitos foram aplicados, como as grandes áreas envidraçadas, as linhas retas e as janelas trapezoidais.
Nova identidade Em se tratando de design, o objetivo do estaleiro é claro. “A nova linha representa o nascimento de uma nova identidade dos barcos Intermarine. Todo o trabalho foi desenvolvido para que esse estilo torne-se inconfundível e distinga uma Intermarine de
Suzana Costa e Allysson Yamamoto (no centro) comemorando entre os responsáveis pelo design da nova linha Intermarine
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Design
Rodney Domingues
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O criador de sonhos
“O futuro é sempre novo, não vai pra onde você prevê.”
L
uiz de Basto, o criador das Novas Intermarine 75 e 85, deu uma aula de design em sua exposição na coletiva de imprensa organizada pela Intermarine no São Paulo Boat Show 2010. Após o evento, ele
concedeu uma entrevista à Mondblu, em que revela outros detalhes dos projetos desenvolvidos para a Intermarine, como foi seu processo criativo e exalta o nível de profissionalização do mercado náutico nacional
É difícil criar alguma coisa nova? Eu não me preocupo com tendências. Não vejo o que os outros estão fazendo. O futuro é sempre novo, não vai pra onde você prevê. Como foi o processo criativo? Para você chegar perto da perfeição, o objetivo tem que ser atingir os 110%. É uma questão de acreditar em você, ter segurança e saber que a ideia vai chegar. Durante o processo criativo, se eu tenho uma ideia eu não posso me preocupar como será feita ou quem fará. Isso vem depois, durante o processo analítico, o que deu muito certo na Intermarine, pois todos estavam envolvidos em fazer coisas novas. Quais foram suas influências? Existem vários tipos de influências nas quais você pode se
inspirar. A primeira coisa que você precisa levar em consideração é ter conhecimento da história da náutica, dominá-la. Pode-se também se inspirar em carros, por ter atributos parecidos como a potência. A aeronáutica pode influenciar por expressar velocidade nos formatos de flecha. A arquitetura é outro fator de influência em mastros e colunas. Mas a maior inspiração é a natureza. O biodesign é uma fonte inesgotável de inspiração. Qualquer animal ou vegetal pode ser inspirador. O segredo é a função? Sim, por isso os barcos são diferentes. A Intermarine está passando por uma virada porque o Brasil está numa situação que pode acabar com o colonialismo cultural náutico brasileiro. É uma empresa madura, um cliente bem informado e nós somos especialistas em Brasil e barcos. Quais as características identificadas para atender ao cliente brasileiro? O brasileiro gosta mais do contato com a natureza, de estar perto da água, da plataforma de popa maior, olhar o céu, a paisagem e o horizonte.
Quais os desafios construtivos encontrados no projeto? O barco foi bem resolvido porque não propomos coisas absurdas. Em todos os projetos que tenho feito, eu uso muita disciplina. Sou criterioso. Não dá para desenvolver um arranjo fantástico sem usar a ergonomia correta e depois convencer o estaleiro a ir pra frente. Teve que abrir mão de alguma inovação? Não, de forma alguma. Houve mudanças, por exemplo, quando mudamos o sistema de longarinas estruturais do casco o que resultou em mais espaço interno e numa melhora da performance do barco. Como avalia a nova linha Intermarine em relação à concorrência mundial? Eu acho que a Intermarine tem toda a condição de levar a nova linha para fora do País. O futuro será escrito por quem tiver vontade de fazer. O Brasil tem tudo para ter mais presença no mercado internacional. Como é trabalhar com a Intermarine? Eles são um cliente perfeito, que tomaram as decisões certas na hora certa. Minha participação é pequena, somente o design externo e interno. O sucesso depende também do estaleiro, do fornecedor, do cliente, do mercado. Tem muita gente boa que trabalha na Intermarine e essa energia ajuda muito.
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Quais foram as maiores preocupações na pesquisa que norteou os projetos das Novas Intermarine 75 e 85? A minha preocupação era realmente superar o lugar comum. Tentar achar uma solução que fosse inovadora e adequada, funcional. Fazer um barco de nível internacional. Temos visto designs com conceitos totalmente inaplicáveis: não se pode caminhar até a proa, não tem como amarrar um cabo ou como colocar uma defensa. Ideias futuristas que não têm sentido algum. Fizemos um barco factível e realmente novo, com aquele fresh-look, como quando você vê uma nova linha de automóvel.
“O brasileiro gosta mais do contato com a natureza, de estar perto da água, da plataforma de popa maior, olhar o céu, a paisagem e o horizonte.”
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God save the Ghost
Fotos: Rolls Royce Motors Cars/Divulgação
Responsável pelas vendas recordes da Rolls Royce Motors em 2010, o novo Ghost honra à Spirit of Ecstasy, tradicional estatueta dos capôs dos carros de Goodwood
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O design do Ghost é a versão definitiva do carro conceito 200EX, desenhado pela BMW Group DesignworksUSA
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Rolls Royce Ghost é o novo modelo da fábrica que produz os carros oficiais da Rainha Elizabeth. Lançado em 2010, o Ghost foi desenhado pela BMW Group DesignworksUSA, responsável pelo projeto da Nova Intermarine 55. O luxuoso automóvel foi responsável por três quartos das vendas da marca no mundo, sendo que 80% dos compradores não eram proprietários da marca. O nome Ghost foi utilizado pelo clássico modelo Silver Ghost, produzido entre as décadas de 40 e 50. “Ghost é um dos nomes mais reverenciados
na indústria automobilística”, declarou o CEO da Rolls Royce, Tom Purves. “Os primeiros carros a levar o nome Ghost eram conhecidos não só pelo refinamento e confiabilidade impressionante, mas também pela elegância e estilo.”
Iate sobre rodas O design do Ghost é o mesmo do carro conceito 200EX apresentado no Salão de Genebra, realizado em março de 2009. Denominadas de “Yacht Line”, as linhas do Ghost são majestosas como o seu porte. O comprimento chega a 5,4 metros e o peso é de 2.470 kg.
O DNA Rolls Royce se faz presente na “proa” elevada, no capô longo, e no balanço dianteiro curto. Já a “popa” contém linhas elegantes que terminam nas modernas lanternas que emolduram a traseira afilada. As portas com abertura para lados contrários (chamadas de portas suicidas) são típicas, assim como os guarda-chuvas embutidos nas portas dianteiras. Os faróis direcionais bixenônios se adaptam às condições da estrada, sob chuva ou neblina, ou simplesmente quando o carro está fazendo uma curva. No centro, a inconfundível grade cromada leva o logotipo “RR”.
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Os revestimentos são costurados à mão, utilizando técnicas tradicionais de estofamento, com oito opções de tons
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Automóveis
A pintura do Ghost leva 60 demãos, envolvendo mais de 2 mil operações individuais em um trabalho artesanal que leva pelo menos 20 dias para ser concluído
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Automóveis
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Luxo exclusivo O luxo é onipresente em um Rolls. Os bancos podem ser revestidos por oito tons de couro proveniente de gado criado em pastos sem arame farpado. Todos os assentos e painéis interiores são costurados à mão, utilizando técnicas tradicionais de estofamento. Massageadores e ventilação nos bancos são itens de série. Como opcional, o carro pode ser equipado com tapetes de lã de cordeiro. Opcionalmente, os ocupantes de trás podem contar com um compartimento refrigerado, criado para armazenar garrafas de champanhe. Outro item que pode ser pedido à parte é o teto solar panorâmico.
Refinamento O Rolls-Royce Ghost é fabricado em sua própria linha de montagem, mas compartilha os setores de pintura, madeira e couro com os carros da série Phantom.
O refinamento na construção está cheio de números impressionantes, herdados da reputação de quem produz carros que transcendem o mero conceito de automóvel. Existe uma magia associada ao nome, resultado da requintada atenção aos detalhes e aos materiais finos utilizados por toda parte. As 12 opções de cores para a carroceria são compostas por 60 demãos, envolvendo mais de 2 mil operações individuais em um trabalho artesanal que leva pelo menos 20 dias para ser concluído. Um Ghost passa sete dias sendo pintado e polido à perfeição.
Tecnologia com tradição Contrastando com diversas montagens artesanais, o Ghost esbanja tecnologia como nenhum outro Rolls-Royce. Todos os recursos, como navegação por satélite, telefone, comunicação e funções de entretenimento são exibidos e geridos com um configurador semelhante ao
iDrive, da BMW, marca que controla a Rolls-Royce. O novo sistema de suspensão a ar do Ghost é tão sensível que pode detectar a menor das mudanças. Se os sensores identificarem o movimento lateral de um único passageiro traseiro, múltiplas leituras a partir de sensores ao redor do carro corrigem a carga individual dos amortecedores a cada 2,5 milissegundos. Isso garante não só um conforto perfeito, mas também uma direção precisa para o condutor. Uma câmera com visão noturna detecta pedestres e objetos a até 300 metros de distância e as exibe na tela central do painel. O sistema de controle do carro recebe imagens infravermelhas de calor da câmara e, tendo em conta a velocidade do carro e a direção, avalia se o perigo é iminente. Em seguida, ele determina que tipo de conduta deve ser adotada e mostra, caso seja necessário, uma advertência para o motorista.
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O Spirit of Ecstasy (foto abaixo), foi projetado por Charles Sykes e traz a história sobre uma paixão secreta entre Lord Montagu de Beaulieu e sua secretária Eleanor Velasco Thornton. Montagu pediu a Sykes que usasse Eleanor como modelo para o enfeite do capô de seu Royce Rolls Silver Ghost. A estatueta, com túnicas esvoaçantes, pressionava um dedo contra os lábios para simbolizar o segredo de seu amor. A estatueta passou a ser chamada de The Whisper, o sussurro. Em 1910, Claude Johnson, então diretor da Rolls Royce, encomendou o Spirit of Ecstasy a Sykes. Inspirada no The Wisper, porém com os braços voltados para trás, a peça tornou-se “o espírito da Rolls-Royce, ou seja, a velocidade com o silêncio, a ausência de vibração, o aproveitamento da energia misteriosa e um grande organismo vivo de graça e soberba”.
O motor de 6,6 litros com 12 cilindros em V leva o Ghost da imobilidade aos 100 km/h em 5 segundos
Para evitar qualquer dano à preciosidade, três câmeras controlam as balizas em estacionamentos.
Potência O desempenho é tão glamoroso quanto o carro. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em menos de 5 segundos. O Ghost é empurrado por um motor de 6,6 litros, com 12 cilindros dis-
postos em V e injeção direta de combustível, com 563 cv e 79,5 mkgf de torque a apenas 1.500 rpm. A transmissão automática tem oito marchas e a velocidade é limitada eletronicamente para uma máxima de 250 km/h.
Pechincha para poucos O preço na Europa está entre
200 mil e 250 mil euros, dependendo da carga tributária, que varia de país para país. Uma pechincha se comparado com o outro modelo da marca, o Phantom, que não sai por menos de 320 mil euros. O carro não é vendido aqui pela BMW e o comprador interessado tem que trazê-lo por importadoras independentes.
Economia
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Uma revolução a caminho
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Sérgio Abranches mostra como negócios e preservação ambiental têm tudo a ver
érgio Abranches é jornalista, mestre em Sociologia pela UnB, PhD em Ciência Política pela Universidade de Cornell e comentarista e colunista da rádio CBN sobre eco-política. Suas principais preocupações referem-se ao desenvolvimento econômico e socioambiental. Seu mais recente livro, “Copenhague: antes e depois” (Civilização Brasileira), contém relatos e análises sobre a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
(COP 15), realizada em Copenhague, no final de 2009. Nesta entrevista, ele alerta para os riscos causados por desequilíbrios ambientais e ocupação desordenada do solo. Práticas que podem levar a catástrofes como a que aconteceu na região serrana do Rio de Janeiro no início do ano. Mas, também mostra como descuido com a natureza pode afetar o mundo dos negócios. Quem não investir de forma sustentável pode ficar para trás, avisa Abranches.
Crescimento econômico e preservação ambiental são compatíveis? Crescimento econômico e preservação ambiental não são antagônicos. Primeiro, porque todo o programa para reduzir emissões de gases estufa, o uso de água e recursos naturais não renováveis, implica aumentar a eficiência da empresa, reduzir custos, economia de matéria-prima etc. Assim, um projeto de baixo carbono é um projeto de aumento de produtividade e de
O que é e qual a origem do conceito de sustentabilidade ambiental? Sustentabilidade é um conceito antigo. Na verdade, ninguém sabe muito bem o que é. Na versão mais simples, você não tira do planeta na velocidade maior do que ele pode repor e não retira aquilo que não pode ser reposto. Isso para poder deixar para as próximas gerações o aproveitamento dos recursos naturais. Hoje, basicamente, sustentabilidade significa reduzir dramaticamente o nível dos gases estufa para que a vida não se torne inviável no planeta.
Além disso, é preciso parar de considerar renováveis os recursos da natureza. Eles se renovam a uma taxa muito menor do que o nosso consumo. Por exemplo, o ar é um elemento renovável, mas se poluirmos como a China, ou como São Paulo, o ar se torna irrespirável. A China e a Índia hoje praticamente não têm água. Por quê? Porque poluíram todos os seus rios e lagos. Então, um recurso que era renovável deixou de ser. Ser sustentável hoje em dia significa usar com toda cautela todos os recursos para não esgotar os limites físicos do planeta. Significa ofertar recursos sem comprometer as condições de clima, de chuva, de temperatura que permitem ao ser humano se adaptar às variações climáticas mais intensas. Na verdade, sustentabilidade significa mudar completamente o padrão de comportamento que tivemos no século XX. Em termos de uso de energia, de água, de recursos naturais vegetais. Não pode desmatar para construir e tem que reflorestar. Precisamos dar espaço para a cobertura vegetal, manter algum espaço para a agricultura e espaço para vivermos no planeta. É preciso reorganizar a maneira pela qual
ocupamos o planeta para que ele possa nos acomodar. E não estou falando do crescimento populacional. Isso me preocupa menos, pois é uma das curvas que está em queda. É por isso que definir sustentabilidade está cada vez mais complexo. Tornou-se uma coisa que envolve tudo. E a cada desafio que aparece temos que ajustar nossa noção de sustentabilidade. Crises econômicas, como a que ocorreu em 2008, prejudicam investimentos em tecnologias sustentáveis? A crise de 2008 teve o efeito de reduzir a velocidade dos programas de sustentabilidade das empresas, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. Mas, os investimentos em setores de energia e de tecnologia limpas estão crescendo mais que os investimentos tradicionais. Houve um efeito negativo, mas não foi total. Por outro lado, todos os planos de recuperação econômica dos principais países procuraram direcionar parte dos novos investimentos para setores de tecnologia limpa e energia alternativa. Minha impressão é que, quando a crise ceder e a economia começar a se recuperar, esse salto vai ser maior.
“Tem setores que vão desaparecer. Uma empresa siderúrgica, por exemplo, está com seus anos contados. O aço vai ser substituído.”
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competitividade. Em segundo lugar, as empresas que não entrarem nesse processo serão expulsas do mercado pelas concorrentes que fizerem isso. À medida que ficam mais claras as ameaças das mudanças climáticas, cresce o número de consumidores que rejeitam produtos de alto impacto ambiental. Esses consumidores já representam algo em torno de 30%, mas essa proporção deve crescer. Então, na verdade, a mudança climática muito antes de ameaçar a vida no planeta, ameaça a sobrevivência da empresa que não é sustentável.
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Economia
O mercado de carbono foi pensado como mecanismo eficiente para a redução dos gases estufa. É uma alternativa viável? Existem outras soluções? Do jeito que ele é hoje, acho que não é solução nenhuma. Ele não está calibrado para efetivamente reduzir emissões. A empresa não investe na redução das suas emissões e compra créditos de carbono para poder continuar emitindo. O resultado líquido é uma estabilização das emissões. Não sua redução. Para o mercado de carbono funcionar, seriam necessárias duas condições fundamentais. Hoje, a empresa poluente só paga pela emissão de carbono adicional, acima da cota. Se toda emissão de carbono tivesse custo, as empresas seriam levadas a reduzir efetivamente suas emissões. Além disso, é preciso haver uma regulação oficial do Estado, como já acontece nos Estados Unidos e na Europa. Por exemplo, os carros nos próximos cinco anos têm que chegar a um consumo de combustível de tantos quilômetros por litro. As empresas vão ser obrigadas a se ajustar. A partir de um determinado momento passa a valer mais a pena investir num carro elétrico. Em
resumo, é preciso uma precificação completa do carbono e mais regulação. Aí, sim, o mercado pode funcionar. Como avalia os resultados da COP-16? Acho que foram bastante positivos, embora muito aquém do necessário. Acho que a COP-15, em Copenhague, foi o divisor de águas. Embora o acordo tenha sido mais frouxo do que se desejava e não tenha tido força legal, ele mudou completamente o comportamento dos países com emissões elevadas de gases-estufa: Estados Unidos, China, Índia e Brasil. Estes países vinham se recusando a assumir compromissos quantitativos. Mas, em Copenhague, aceitaram assumir compromissos e os registraram no acordo final da Conferência. Não foi fácil conseguir isso. Eu conto isso no meu livro “Copenhague: antes e depois”. Em Cancun, na COP-16, a gente teve dois avanços importantes. Primeiro, o acordo de Copenhague foi formalizado num documento oficial da ONU. Segundo, o Protocolo de Kyoto acabou. Isso deixou claro que há um caminho muito mais eficien-
te, que inclui mais países, e detalha alguns aspectos. Por exemplo, na área de florestas, na área de financiamentos, etc. Ou seja, começa a se criar uma visão não apenas conceitual ou regulatória, mas também operacional em relação a uma futura governança global do clima. Podemos ter esperanças em conversações e negociações bilaterais entre governos em relação à pauta ambiental? Acho fundamental. O fórum multilateral tem um grande defeito. As decisões têm que agradar todo mundo. Tudo que agrada todo mundo é fraco. São consultas e acordos bilaterais que vão consolidando uma série de concordâncias com relação à área climática, a pesquisas e desenvolvimento de energias alternativas, trocas de experiências tecnológicas, etc. Ou seja, esse mosaico de acordos bilaterais, ainda que sejam díspares e necessitem ser consolidados, vai produzindo mais segurança para avançar. Então, depois de vários acordos desse tipo, daqui a dois, três anos, estaremos muito mais próximos de um avanço efetivo num fórum multilateral do que estávamos antes.
“À medida que ficam mais claras as ameaças das mudanças climáticas, cresce o número de consumidores que rejeitam produtos de alto impacto ambiental. Eles passam a buscar alternativas.”
O Brasil precisa e pretende crescer nos próximos anos. Como você avalia a política energética do Brasil? Elas são compatíveis com as metas de sustentabilidade? O Brasil está fazendo tudo errado. E não é nem apenas do ponto de vista climático, mas do ponto de vista da competitividade. Primeiro, porque insiste em manter a nossa matriz energética baseada em hidroeletricidade e termelétricas. Isso além de sujar a matriz com as termelétricas, nos leva para um padrão de energia que é muito caro e prejudicial do ponto de vista climático-ambiental. É o caso da geração de eletricidade nos rios amazônicos. É um impacto ambiental muito forte. Por outro lado, o regime de cheias e vazantes daqueles rios é muito diferente do que acontece nos rios do restante do País. Além disso, são rios muito sedimentares, causando dois defeitos. O primeiro é um custo de manutenção muito elevado para as turbinas. E, segundo, sedimento parado no reservatório significa emissão de metano. O resultado é que essas usinas não serão limpas. Outro problema é que o potencial energético está longe demais dos consumidores. E quanto maior a linha de transmissão, mais burro é o sistema. A rede inteligente é uma rede descentralizada, em que você aproveita a energia mais
próxima do centro de consumo e vai agregando vários insumos energéticos a essa rede. Uma rede muito grande tem uma taxa de perda muito grande. Tudo indica que nosso potencial hídrico já é razoavelmente explorado, com uma taxa de aproveitamento em torno de 70%. Temos que investir em áreas nas quais a gente tem muitas vantagens. É o caso da energia solar fotovoltaica, eólica e a partir de biomassa, que nos permitiriam um consumo de energia que ficasse mais próximo de suas fontes. Por outro lado, estamos investindo demais em indústrias muito velhas. É o caso da siderurgia, mineração, petróleo. Deveríamos estar participando da corrida pela indústria do século XXI. Novos materiais, novas tecnologias, biotecnologia, carro elétrico. Uma coisa é você querer fazer um carro inteiramente brasileiro, com um alto custo porque trata-se de uma tecnologia dominada pelos outros. Outra coisa é entrar num mercado novo, em que todo mundo ainda está buscando caminhos diferentes. Aí, sim, você entra com competitividade. E os primeiros a entrar vão dominar o mercado. O Brasil também deveria investir mais em desenvolvimento de biocombustível de segunda e terceira gerações, a partir de celulose, de algas. Podemos desenvolver isso com a mesma eficiência que temos no biocombustível de cana,
sem precisar ocupar tanto espaço com monoculturas etc. Nossa estratégia de desenvolvimento pretende reproduzir o que já fizeram outros países. Ninguém vai ser igual aos Estados Unidos e Europa no século XXI. Os países que se desenvolverem vão trilhar caminhois diferentes porque vão apostar na economia de baixo carbono. As recentes enchentes no Rio de Janeiro são um aviso de que é preciso rever nossos padrões de relação com a natureza? Esta é uma outra área em que a gente não está fazendo o dever de casa. A maior parte dos países já começou a repensar suas cidades, sua forma de ocupação do solo, em função da elevação do nível do mar, do aumento das chuvas concentradas, dos períodos de seca. Em relação aos desastres da região serrana do Rio, por exemplo, a média de chuva verificada indica um enorme volume de precipitação concentrado. Então, é preciso pensar nesses padrões para fazer uma ocupação do solo que tenha sido planejada para enfrentar esse tipo de evento. Além disso, tivemos aqui uma pequena amostra do que se chama tecnicamente de acidente disruptivo. Quer dizer, um evento que rompe uma cadeia de produção e deixa uma sociedade sem serviços e mercadorias. A região serrana, aqui do Rio, é fornecedora de 80% dos hortifrutis da capital. Uma boa parte dos produtores perdeu tudo com as chuvas. E quem não perdeu, ficou sem condições de transportar sua produção. Aí, o mercado ficou desabastecido.
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“O Brasil está fazendo tudo errado. E não é nem apenas do ponto de vista climático, mas do ponto de vista da competitividade.”
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Economia
As cidades têm que começar a pensar em autoabastecimento. Nos Estados Unidos e na Europa edifícios abandonados são utilizados para implantar hortas verticais. Desse modo, as cidades podem ficar autossuficientes. Em Toronto, por exemplo, eu vi plantações nos telhados dos prédios. É o telhado verde, que além de promover a autossuficiência, reduz as emissões. É uma série de inovações na área de planejamento urbano que você não vê aqui. Por outro lado, houve uma tragédia em Angra, ano passado. Você vai lá agora e eles refizeram tudo do mesmo jeito. Aí, você está preparando mais uma tragédia para o futuro. Como avalia as políticas públicas ambientais no Brasil? O governo Lula deu a devida importância à questão ambiental? Na verdade, eu acho que a política ambiental brasileira está errada desde sempre. O fato é que nenhum governo pensou um modelo de desenvolvimento para a Amazônia que fosse diferente do modelo do Centro-Sul. Um modelo absolutamente inviável e insustentável na Amazônia. A Amazônia é um dos maiores reservatórios de água sob a forma líquida e gasosa do mundo. Acaba de ser descoberto um aquífero enorme lá. E essa água é fundamental aqui e no resto do mundo. Trata-se de um bem que começa a ficar escasso. E como nós vimos na seca de 2010, no Rio Negro, e de 2009, no Rio Amazonas, é um sistema que tem rios muito vulneráveis à redução de volume em suas ca-
“Houve uma tragédia em Angra, ano passado. Você vai lá agora e eles refizeram tudo do mesmo jeito.”
beceiras. Parou de vir água da cabeceira, os rios secam, com sérias consequências para toda a população local e para o clima no país inteiro. Em cima das copas das árvores, a gente tem os chamados “rios voadores”. É um sistema de umidade com mais água até do que nos rios. E esse sistema é fundamental para o regime de chuvas do Brasil. É só ver o que aconteceu agora, nas recentes chuvas na região serrana. A zona de convergência tropical canalizou a umidade da Amazônia e houve um diferencial de temperatura que provocou essa chuva toda. Por outro lado, se a umidade não vier, não chove e provoca secas. Portanto, a Amazônia é um sistema muito complexo que precisa ser mantido em equilíbrio. E para isso, precisamos de um modelo de desenvolvimento para a Amazônia que mantenha a floresta em pé.
“Não é que o petróleo vá acabar. É que ele vai perder valor de uso mais rápido do que as reservas.”
Quais setores da economia que mais podem se beneficiar adotando estratégias de sustentabilidade ambiental? A economia toda se beneficia de estratégias de sustentabilidade. Mas há empresas que têm um peso maior do que outras. Há empresas, por exemplo, que fazem parte de várias cadeias. Cadeias de suprimentos, de consumo final, de produção final. Essas empresas têm que assumir a liderança no processo de limpar, descarbonizar, todas as cadeias das quais elas participam. São empresas muito grandes. Portanto, têm capacidade de indução, de dissuasão, de pressão. Elas têm que usar tudo isso para produzir esse movimento. Agora, tem setores que, na verdade, vão desaparecer. Uma empresa siderúrgica, por exemplo, está com seus anos contados. O aço vai ser substituído por outros materiais, que exigem menos carbono. E muito provavelmente com uma grande contribuição da nanotecnologia. A indústria de petróleo, também. Não é que o petróleo vá acabar. É que ele vai perder valor de uso mais rápido do que as reservas. Várias empresas de petróleo já pensam seu futuro sem petróleo. Usam os recursos que elas obtêm hoje com o petróleo para investir em tecnologias de baixo carbono. Então, nós estamos caminhando para uma revolução. E esta revolução ameaça as empresas que não forem capazes de se reciclar. Elas correm o risco de desaparecer ou ficar economicamente inviável.
VeĂculos Volkswagen com a maior tecnologia de blindagem do mercado.
Navegação mais segura e tranquila
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Fotos: Garmin/Divulgação
Tecnologia
Parceria entre Intermarine e Garmin proporciona conforto e segurança para a navegação
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avegar fica muito mais prazeroso com segurança. E para isso é muito importante ter a certeza de que você não vai se perder. Isso ficou ainda mais fácil graças à parceria da Intermarine com a Garmin, líder em equipamentos com GPS no mundo. Os resultados da parceria foram exibidos nos modelos 435 Full e 545 durante a realização do São Paulo Boat Show, em outubro de 2010. Os
times de engenharia da Intermarine e da Garmin trabalharam juntos para desenvolver os projetos de instalação, que seguem normas internacionais e garantem a tranquilidade e a segurança dos usuários. “Trabalhar com a Intermarine foi um grande prazer, pois todos os envolvidos perceberam a importância de mantermos o projeto de acordo com as normas NMEA”, diz Eduardo Cortez, gerente geral da Garmin no Brasil.
Sem dúvida, trata-se de inovações que tornam a navegação nos barcos 435 Full e 545 ainda mais confortável, segura e sem surpresas desagradáveis. Afinal, se algo deve perder-se no mar, que seja nosso olhar, contemplando suas maravilhas.
A Intermarine 545 exibiu os equipamentos Garmin, desenvolvidos em parceria com a Intermarine
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Um exemplo do nível de automação e precisão é a atuação do equipamento em uma situação de homem ao mar. Caso isso ocorra, basta que o piloto acione a função MOB (Man Overboard) do piloto automático. O sistema Garmin entra em modo de emergência e as seguintes ações são tomadas automaticamente: 1) O piloto automático pergunta se o piloto deseja executar uma manobra de resgate (Manobra Williamsom), voltando 180 graus para o local indicado; 2) o rádio VHF automaticamente sintoniza para o canal DSC de emergência e fica pronto para fazer uma chamada; 3) o chartplotter marca o local indicado inicialmente, permitindo uma varredura mais precisa da área;
Rodney Domingues
A certificação NMEA, sigla para National Maritime Electronics Association, padroniza as técnicas de instalação de instrumentos marítimos elétricos e eletrônicos como radares, GPS, rádio VHF, piloto automático, entre outros, garantindo o funcionamento adequado. O resultado é um painel moderno, que utiliza os equipamentos top de linha da Garmin com funções exclusivas, como o auto roteamento. Com esta função, basta indicar o destino e o navegador é capaz de criar uma rota específica e compatível com as características e dimensões do barco em que está instalado, levando em consideração a profundidade e obstáculos como pontes. Dessa maneira, é possível calcular se o barco pode entrar em um canal estreito, por exemplo. “Fomos capazes de integrar toda a linha Garmin nos barcos da Intermarine, dos displays até o piloto automático e isso facilita a experiência do usuário”, explica Eduardo Cortez. Graças à rede de comunicação própria da Garmin, o piloto automático é capaz de seguir a rota planejada automaticamente. Mas caso o piloto deseje tomar controle, basta assumir o timão para que o piloto automático se desconecte temporariamente.
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Luciana Soffiati Rodriguez Comas
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Vela e vitórias no DNA
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er velejador e filho de Torben Grael é uma responsabilidade. Mas, também é muito bom. É o que podemos concluir da entrevista abaixo, com Marco e Martine, filhos de um de nossos maiores atletas da vela. Torben foi cinco vezes medalhista olímpico e seis vezes campeão mundial. Ele e seu irmão, Lars, são responsáveis por sete das 16 medalhas que a vela brasileira tem em Olimpíadas. Marco é o mais velho. Com 21 anos de idade, começou a velejar aos 12 na Classe Laser. Após três anos na categoria, o jovem passou pela Snipe e pela Tornado antes de chegar à 49er. Categoria em que conquistou o título sul-americano em 2010 e o Campeonato Brasileiro, em 2011. Estudante de administração, Marco trancou a matrícula na faculdade para fixar residência no Rio Grande do Sul. Sua prioridade
atual é vencer as seletivas para participar das Olimpíadas de 2012. Um ano mais nova que seu irmão, Martine começou a competir em 2001, com 9 anos de idade. Foi campeã do mundial da Juventude em 2009 e brasileira em 2008. Títulos que conquistou na classe 420. Já na classe Optimist, foi campeã nacional em 2004 e 2006. No final de 2010, Martine venceu a 32ª Regata Marcílio Dias, na Bahia, ao lado de sua nova parceira, Isabel Swan, medalhista de bronze nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. Martine faz engenharia ambiental na UFF, mas vem diminuindo o ritmo nos estudos. Como seu irmão, ela pretende disputar as Olimpíadas de 2012 e seus esforços e talento estão voltados para essa meta. Na entrevista a seguir, mais detalhes sobre a simpática dupla de jovens campeões.
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Martine ao lado da sua atual parceira Isabel Swan
“O papai só fazia questão de saber se a gente estava se divertindo e praticando atividades saudáveis.“ Martine cando atividades saudáveis. O espírito de competição veio naturalmente, através da participação em competições. Como está sendo lidar com a cobrança e responsabilidade de carregar o sobrenome? Marco: Normal. Isso sempre foi algo que me ajudou, não algo que me impõe resultados
e cobranças. Ninguém nasce sabendo, todos precisam treinar para conseguir obter bons resultados. A vantagem disso é ter um ícone do esporte que está sempre ao meu alcance, dentro de casa. Martine: Sempre tem uma certa pressão, mas o importante é saber esquecer isso nas horas certas. O sobrenome ajuda ou atrapalha? Marco: O sobrenome nos ajuda bastante. Infelizmente nosso esporte não é muito popular, mas graças aos bons resultados da família Grael somos sempre rapidamente reconhecidos nos vários lugares por onde passamos. Como a captação de recursos é bem complicada no Brasil, o sobrenome acaba sendo um fator positivo a mais nessa busca. Martine: Ajuda, pois as pessoas respeitam mais. Até na água, por você já ser conhecida, impõe certo respeito e isso é positivo. Como avaliam as suas trajetória até hoje? Martine: Acho que foi muito boa por não ter ficado parada em nenhum momento de minha vida. Todos os momentos por que passei foram de grande aprendizado, não só profissional como pessoal. Marco: Minha trajetória foi complicada, saí do Optimist, categoria de base, e não mantive foco em uma classe única, o que seria aconselhável. Por outro lado, sempre me mantive velejando em vários barcos,
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Como surgiu a ideia de competir profissionalmente na vela? Vocês sonhavam com isso ou tiveram influência de seus pais? Marco: A ideia inicial sempre foi de curtir o estilo de vida que esse esporte nos proporciona. Não exatamente ser um profissional da vela, mas talvez algo ligado ao ramo náutico. Meu sonho, quando pequeno, era ser engenheiro naval. O gosto pelas competições surgiu acompanhando nossos amigos de clube, que sempre corriam regatas, e acompanhando meu pai nas competições mundo afora. As oportunidades surgiram aos poucos e os resultados também. Martine: Quem me ensinou a velejar foi mamãe. O papai só fazia questão de saber se a gente estava se divertindo e prati-
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Perfil
Marco Grael treinando com seu parceiro atual, André Fonseca, o “Bochecha” principalmente o Laser e o Snipe, que são bem populares no Brasil, fora as regatas em barcos de oceano. Ultimamente, vinha me dedicando à classe Laser, por ser olímpica, mas recebi um convite do André ‘Bochecha’ para velejar de 49er, e desde então tenho treinado com um foco bem maior, com treinador e toda uma infraestrutura que me fizeram evoluir de uma maneira muito mais rápida.
“Nossos pais nos ajudam muito a organizar nossa campanha, dando opiniões em decisões que tomamos pois a família tem uma boa experiência em campanhas olímpicas.” Martine
A família dá dicas de como lidar com o barco? Marco: Sim, velejar envolve infinitas variáveis e elas se aplicam a todos os competidores, aprender a dominá-las é uma coisa que exige experiência, e nisso eles nos ajudam muito. Fora todo o conhecimento de logística que precisamos ter para lidar com as situações do dia a dia e na preparação para os campeonatos internacionais, como transporte, viagens, patrocínios, hospedagens etc.
Martine: Nos ajudam muito a organizar nossa campanha, dando opiniões em decisões que tomamos pois a família tem uma boa experiência em campanhas olímpicas.
Martine, você já foi eleita como melhor velejadora do ano pela Feverj em 2009, por seu desempenho na classe 420, junto com seu pai, pela conquista na Volta ao Mundo. Qual foi a sensação de ter sido premiada junto com seu pai? Martine: Foi bem legal, pois foi um ano muito bom tanto para ele quanto para mim. Logo, satisfação dupla! E como é o entrosamento entre você e a Isabel Swan? Martine: A Bel é uma pessoal muito especial, muito forte e também muito fácil de conviver, isso é muito importante em barcos de dupla como o 470.
E pra você, Marco? Como é correr com o André Fonseca, o “Bochecha”, que já concorreu em três olimpíadas. Acha que isso pode te ajudar? Marco: O André é um atleta novo, porém com muita experiência, não só pelas três olimpíadas nas costas, como também tem duas regatas de volta ao mundo no currículo. É um velejador muito dedicado e também muito detalhista, buscando sempre a perfeição. Isso nos ajuda a manter o foco e estar sempre buscando melhorar mais, independente dos resultados.
treinador. Já para 2011 estarei com um conhecimento do barco muito mais completo, e tendo maiores chances de bons resultados no circuito mundial. Martine: Para ir para as Olimpíadas de 2012 é preciso classificar o País numa seletiva internacional. Será no final desse ano, em Perth, na Austrália. Mas também tem a seletiva nacional que chamamos de pré-olímpica. Para as Olimpíadas de 2012, quem disputará o feminino no Brasil serão as duplas Fernanda Oliveira e Ana Luisa Barbachan e eu e Isabel Swan. O local ainda será definido. Por enquanto, muitos treinos e preparação física. Fazer parcerias com velejadores de outros países também tem sido muito importante.
Como é correr no barco da 49er? Marco: O 49er é um barco diferente. Tem muitos conceitos parecidos com uma prancha, pois é muito leve, de fácil aceleração. É bem estreito para haver menos atrito com a água, e para compensar isso, tem asas que proporcionam uma alavanca de contrapeso muito maior. Por isso sua área vélica é incrivelmente grande, proporcional ao tamanho do barco. O resultado disso tudo é sua velocidade incrivelmente alta (o mais rápido das classes olímpicas). Também é um barco extremamente instável, o que o torna muito difícil de dominar.
Como andam as preparações para a seletiva olímpica de 2012? Marco: Em 2009, no começo da campanha tive uma lesão que me afastou por cinco meses do 49er. Só conseguimos dar continuidade em 2010. Fiz um primeiro ano de muito aprendizado, com minhas primeiras competições internacionais, e aprendendo a velejar o barco. Está sendo um trabalho difícil, pois o André já conhece muito bem o barco, mas eu muito pouco. Fizemos um primeiro semestre focado nas competições, aproveitando o período de regatas na Europa. O segundo semestre focamos nos treinos no Brasil, melhorando nossas manobras, e na parte técnica do barco com a ajuda do nosso
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E como é correr em um barco da classe 470? Martine: Como dizem alguns “esse barco é uma cachaça!!!” Eu adoro velejar nesse barco pois é um barco dinâmico e tático ao mesmo tempo. Então, me faz crescer como velejadora. E a classe é muito legal
Para Martine, o entrosamento com a parceira é muito importante em barcos de dupla como o 470
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“Infelizmente, nosso esporte por ser praticado no mar, é difícil de entender e dependente de clubes ou marinas. Isso faz com que não seja nem um pouco popular, o que dificulta muito sua divulgação.” Marco
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Qual o maior desafio para se conseguir uma boa campanha? Martine: Verba, Muita vontade, muita dedicação, e bons profissionais. Marco: Infelizmente, nosso esporte por ser praticado no mar, é difícil de entender e dependente de clubes ou marinas. Isso faz com que não seja nem um pouco popular, o que dificulta muito sua divulgação. Por conta disso, conseguir patrocínio e apoio para uma campanha olímpica se torna algo muito desgastante. Nos países europeus, as leis de incentivo para captação de recursos são muito mais eficientes, permitindo uma campanha olímpica que sempre busca inovações. Não é como a nossa, sempre copiando. É como já sair um passo atrás. Outra coisa que mostra o atraso de nosso país é a dificuldade para importar material olímpico. Estamos representando o País e somos obrigados a pagar impostos que quase tri-
Fotos: divulgação
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“Outra coisa que mostra o atraso de nosso país é a dificuldade para importar material olímpico. Estamos representando o País e somos obrigados a pagar impostos que quase triplicam o valor do material que compramos.” Marco
plicam o valor do material que compramos. Sem contar a demora por conta de toda a documentação que a burocracia do sistema exige. Quais são seus objetivos e planos para o futuro próximo? E a longo prazo? Marco: Meus planos para o momento estão voltados para a campanha olímpica. Queremos ter bons resultados este ano, para chegar no campeonato classificatório para a Olimpíada no final do ano bem preparados e, quem sabe, obter um bom resultado nos jogos. Pensando a longo prazo, gostaria de tentar fazer uma campanha olímpica sendo eu o timoneiro, e na qual eu possa estar também mais perto da minha família. É um desejo que gostaria de levar adiante para 2016, até porque, assim, estarei velejando mais na raia olímpica. Martine: Eu estou levando meu curso de engenharia ambiental na UFF com poucas matérias. Mas, tenho intenção de me formar o quanto antes. Quero muito ir para as Olimpíadas de 2012 e quero muito ir bem! Já a longo prazo a vela está passando por algumas mudanças e ainda não sei quais classes vão participar em 2016. Mas participar é o sonho de qualquer brasileiro! Para depois de 2016 ainda falta um bom tempo e muitas decisões pela frente!
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Mais um ponto de apoio
A Marina Offshore tem hangar coberto, equipamentos para movimentação dos barcos e muito espaço
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para todas as embarcações. Para assegurar o conforto e bem-estar do usuário, a marina oferece uma área de lazer completa com bar, piscina e salão de jogos. “Nosso objetivo é deixar o proprietário mais confortável enquanto preparamos a sua embarcação”, ex-
plica Armando Salles, diretor da Marina Offshore. “Estamos muito contentes em agregar mais esse parceiro de qualidade para prestar serviços aos nossos clientes”, conta Ivan Cesar Batagini. “Na Marina Offshore, o cliente encontrará o melhor aten-
dimento para realizar um ótimo negócio”, completa. O endereço da Marina Offshore é Av. José Herculano, 6903, Caraguatatuba, SP. O telefone é (12) 3887-1786. Quem preferir pode se comunicar pelos rádios Nextel 84*61841 ou 84*61840.
Infraestrutura completa voltada para o conforto e lazer do usuário
Assistência técnica
Limpou, tá nova 56 - MONDBLU
Acompanhe as dicas para manter a sua Intermarine sempre nova e bonita
C
uidar bem da sua Intermarine é a melhor maneira de garantir vida longa ao seu precioso bem. Tarcísio Munhoz, coordenador da Assistência Técnica da Intermarine, dá algumas dicas de como realizar a manutenção apropriada na tapeçaria do barco. “É muito importante que o profissional que limpa o barco tenha atenção para a variedade de materiais que equipam uma Intermarine, procurando usar o produto recomendado para cada parte”, explica Tarcísio.
“E nunca use cloro e alvejantes nesses materiais”, ressalta. Começando com a tapeçaria externa, encontra-se o Resinflex, um couro sintético com proteção contra raios ultra-violeta (UV) que reveste os estofamentos externos, paredes e tetos. É fácil de limpar. Basta, utilizar apenas um pano umedecido com água. Esqueça os alvejantes e fique atento para produtos que possuem cloro. Cuidado com marcas de caneta e cola de fita adesiva que são difíceis de tirar.
Ultraleather é um material sintético, utilizado nas partes internas do barco, resistente a manchas e a desbotamentos. Nesse caso, recomenda-se a utilização de aspirador de pó, duas vezes por semana. Em caso de manchas, use água com detergente neutro e depois seque com secador de cabelos na potência média. O sucesso dessa operação depende do tempo passado após a ocorrência, portanto, seja rápido e não deixe para limpar depois.
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O Night&Day Acrylic é usado na capota e fechamentos de fly e popa. Sua composição, 100% acrílica, garante grande resistência contra problemas causados por luz solar, fungos e mofos. O ideal é lavar a cada 15 dias com uma esponja macia, detergente neutro e água. Guardar sempre seco e enrolado, sem jamais dobrá-lo para evitar marcas. Fique atento com a operação de montagem e desmontagem, evitando movimentos bruscos que podem danificar as botoeiras de fixação.
O Courino Majilite é a forração das paredes internas. As manchas devem ser limpas imediatamente com água e detergente neutro, evitando a fixação da sujeira. Deixe secar naturalmente ou ajude utilizando um secador de cabelos na potência média. Para manter os carpetes sempre novos, limpe-os ao menos uma vez por semana com um aspirador de pó. Se manchar, use água e detergente neutro e seque naturalmente ou também use o secador de cabelos, sempre na potência média.
Finalmente, o couro natural náutico pode ser usado em estofamentos internos, como cabeceiras, pufes e eventuais detalhes em tetos e paredes. Não pode ser exposto ao sol para evitar o ressecamento. Limpe com pano úmido apenas e hidrate com vaselina líquida, evitando o uso até de duas horas após a aplicação. Com todos esses cuidados, sua Intermarine permanece nova por muito mais tempo, proporcionando um ambiente saudável e agradável para você e seus convidados.
Decoração
Tudo para sua Intermarine
A Altero é uma empresa brasileira que tem design inovador e produtos perfeitos para uso em barcos. Um deles é o puxador de embutir (código M897), que não possui saliências em relação ao móvel, e por isso evita trombadas, acidentes e objetos presos.
Fotos: Altero/Divulgação
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A Celina Dias sempre tem novidades na linha de tecidos para área externa. São super resistentes, não mofam, não emboloram, não pegam cheiro e não desbotam. E o melhor é que possui diversas estampas, texturas e cores para viabilizar todos os projetos. Na foto, o tecido é o LFY29578F, 100% acrílico. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 924, São Paulo, SP, tel.: 11 3062 0466, www.celinadias.com.br.
Já o misturador T2022 foi desenvolvido para uso em embarcações. Apesar do tamanho pequeno, ele é confortável de usar e a bica é giratória e dobrável, permitindo que seja recolhido quando não estiver sendo utilizado. Tel.: 51 3559-1000 / 2108-1000, www.alterodesign.com.br.
Celina Dias/Divulgação
Por Karol de Paula, decoradora da SPMarine/Intermarine
Rodney Domingues
Interbagno/Divulgação
A Vibo é a fornecedora exclusiva de carpetes para a Intermarine. Além do carpete padrão, há a possibilidade de desenvolver o carpete em buclê ou pelo cortado com o tamanho do fio até 20mm. São 25 opções de cores ou pode-se desenvolver cores exclusivas. R. João Luis da Silva, 191, Guarujá, SP, tel.: 13 3358-1860, www.vibo.com.br.
A Cristal de Rocha é a representante dos toldos da Stobag, empresa suíça especializada em proteção solar externa. O toldo vem equipado com uma caixa de proteção e o design não atrapalha o visual do barco. Pode ter acionamento manual, motorizado ou automatizado e integrado a outros sistemas do barco, o que é bárbaro. Av. Dom Pedro I, nº 1322, Guarujá, SP, tel.: 13 9716-9720 / 3355-7510 www.cristalderocha.com.br
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Rodney Domingues
Gosto dos produtos da Interbagno pela qualidade e design. Na foto, conjunto com porta sabonete líquido, saboneteira mesa, porta cotonete, porta algodão e porta escova da linha Loft. O material é resina e latão cromado. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 770, São Paulo, SP, tel.: 11 3081-2664, www.interbagno.com.br.
Luxuriance Estela Craveiro
Intenso e elegante
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Sensação do momento, exalando notas florais pontuadas por bergamota, limão e cedro, a edição limitada da eau de parfum feminina Magnolia Nobile da italiana Acqua di Parma tem luxuosa embalagem revestida de ouro 22 quilates. Flor de magnólia, rosa, jasmim e tuberosa são as notas dominantes. Nas notas de fundo, patchouli, vetiver e base de baunilha. Apenas 50 unidades desembarcaram na Fragrance/Faurè, nos Shoppings Centers Iguatemi e Cidade Jardim, em São Paulo.
Boca colorida
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A novidade da M.A.C. é o Pro Longwear Lipcreme, batom cremoso de longa duração, em bastão, que resiste na boca por 12 horas, promete a marca canadense. Tão tentadora quanto a praticidade é a gama de 12 cores, de vários tons de rosa ao roxo, passando por laranja, vermelho, vinho, laranja, marrom e violeta. Acaba de desembarcar nas lojas da M.A.C. do Brasil.
A novidade da americana Clinique é o Redness Solutions Instant Relief Mineral Powder, um pó fácil para peles sensíveis e sujeitas a rosácea. A cafeína e extratos de casca de magnólia, poria cocos (cogumelos) e grapefruit acalmam a pele, enquanto cálcio, magnésio, sódio e potássio equilibram a oleosidade. Contém vitamina E. Nas versões com grãos soltos e compactados, ambas aplicadas com pincel. Sem fragrância, oil-free. Acaba de desembarcar nas lojas Clinique do Brasil.
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Pele relax
Escocês intrigante
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Base do Dry Martini, o gin faz a diferença no drink mais clássico do planeta e, tradicionalmente, é inglês. Mas esse antigo destilado de cereais e zimbro criado no século XVII ganhou novos ares no século XXI. Reconhecido por sua excelência, o gin Hendrick’s, que acaba de chegar ao Brasil, vem da Escócia. Produzido em Girvan, na costa sudoeste, pela William Grant & Sons, famosa por seus whiskies há 120 anos, é refrescante e de aroma floral. Leva uma infusão de pepinos da Holanda e pétalas de rosa Damascena da Bulgária, e, entre outros ingredientes, sementes de coentro europeias e marroquinas, bagas de zimbro italiano, raízes de angélica doce da França e da Bélgica, e raízes de lírio fiorentino. Tudo passa pelo alambique Carter-Head e pelo alambique Bennet, que surtem efeitos distintos sobre o mesmo conteúdo, gerando dois destilados diferentes, finalmente misturados em proporções secretas para gerar o que connaisseurs classificam como sabor intrigante. Como no passado, a garrafa é negra, para melhor proteger a fina bebida, produzida em pequenos lotes de 450 litros.
Para celebrar o verão, a Diletto oferece novos sabores de picolés: maracujá e iogurte com limão. O sorbet de maracujá é feito de pasta italiana do fruto della passione, precedido de flores espetaculares, e frutas frescas. O gelato de iogurte fresco surpreende com suave toque de limão siciliano. Ambos sem gorduras trans e levíssimos. O sorbet de maracujá tem 61 calorias e o gelato de iogurte com limão, 63. Fiel às receitas do avô Vittorio Scabin, que criou a Diletto em 1922, em Sappada, na região do Vêneto, e migrou para o Brasil após a 2ª Guerra Mundial, Leandro Scabin promete em 2011 colocar no varejo os sorvetes de massa da marca, hoje servidos em 180 restaurantes e hotéis. A linha de picolés também deve ganhar novas opções. Atualmente, essas delícias são encontradas em 12 tentadores sabores, em 600 pontos de venda de 11 estados e de Brasília. Tudo produzido com as mesmas técnicas artesanais do começo, bases italianas e ingredientes de vários cantos do mundo. Em São Paulo, disponíveis nas lojas Saint Marche, na Casa Santa Luzia e no Empório Santa Maria.
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Delícia gelada
Luxuriance
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Começam a chegar às lojas Tiffany & Co. do Brasil as jóias com diamantes amarelos recentemente lançadas pela grife que se notabilizou a partir da aquisição do maior diamante amarelo até então encontrado, na África do Sul, em 1877, por seu fundador, Charles Lewis Tiffany. Os diamantes amarelos da atualidade vêm da Gem Diamonds Ellendale, uma mina exclusiva da marca na Austrália. São mais valiosos, pois só um a cada dez mil é colorido. Podem ser aplicados em jóias do portfólio da grife, como pingentes, anéis e braceletes com pedras preciosas incrustadas, e emoldurados por diamantes brancos, em platina e ouro 18 quilates. São encontrados em coleções como a Bezet, lapidados em diversos formatos - pêra, coração, oval e cushion - e montados em ouro 18 quilates, e como a Diamond by the Yard, assinada pela designer Elsa Peretti, que acaba de ganhar um pingente de diamante amarelo em forma de pêra combinado com platina ou ouro amarelo 18 quilates.
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Mais raros
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Clássico moderno
Fundada em 1856 pelo jovem Thomas Burberry, criador do gabardine e do trenchcoat, a clássica marca inglesa Burberry, hoje também sinônimo de modernidade, ganhou uma segunda loja brasileira, no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Na nova unidade, a linha Prorsum, a mais sofisticada da grife, para ocasiões festivas, pela primeira vez é comercializada no Brasil. A bolsa rosa da coleção Spring Summer é um dos musts do verão da Burberry. A grife agora oferece trenchcoats customizados através de encomendas pela internet. O primeiro a ser produzido, o Burberry Bespoke, foi recentemente exibido em Nova York pela garota-propaganda da casa, a modelo e atriz Emma Watson, na pré-estreia de Harry Potter e as Relíquias da Morte, em que atua. O look incluiu a bolsa Burberry Winter.
Corais e medusas
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Enquanto sandálias, scarpins e peeps toes coloridíssimos da coleção de verão Art Déco se espalham pelos mais finos pisos, e agora estão também disponíveis na sua nova loja no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, a shoemaker Sarah Chofakian, em parceria com o produtor de moda Osvaldo Costa, lança a primeira coleção da linha Sarah Abstrato, uma edição limitada de 11 modelos. Inspirados nos trabalhos da arquiteta iraquiana Zaha Hadid, de Roger Vivier, criador do salto agulha, do artista pop canadense Jeff Koons, e do pintor e escultor Victor Vasarely, dividem-se entre sandálias, graciosos scarpins, de salto baixo e alto, confortáveis e recortados mocassins, inclusive de couro metalizado em tons inesperados. A surpresa fica por conta da sandália Fluid e do scarpin Jeff Koons, com incríveis saltos angulosos. Em contraponto ao clássico preto e ao imbatível nude, as cores da linha Sarah Abstrato remetem a corais e medusas. Para looks ousados.
Fotos: Rodrigo Ferreira
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Gastronomia
A Cerveja DeuS tem um toque mais delicado e floral e um bouquet mais aromático do que o champanhe. Pecado é não tomar.
Descubra a complexidade prazerosa dos sabores e aromas do mundo das cervejas
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ocê sabia que existem mais de 120 estilos de cerveja produzidos e consumidos no mundo? Se você nunca saiu do Brasil, não deve conhecer mesmo. Por aqui, 99% das cervejas vendidas são do tipo pilsen, criado no século 14 na cidade de Pilsen, na República Tcheca. São as velhas conhecidas “loiras geladas”, que invadem a mídia com propagandas cheias de malícia, praia e mulheres quase sem roupa. Enquanto a grande maioria dos brasileiros experimenta apenas uma variedade, o restante do mundo se rende à diversidade e se delicia com aromas e sabores dos mais
diferentes tipos. Os estilos são divididos de acordo com o método de produção, ingredientes usados, cor, sabor, aroma, receita, história, origem e assim por diante. A cerveja é uma bebida alcóolica produzida por meio da fermentação de materiais com amido, principalmente cereais maltados como a cevada e o trigo e é carbonatada com o adicionamento de dióxido de carbono. Além da água, algumas receitas levam lúpulo e fermento, assim como outros temperos, entre eles frutas, ervas e outras plantas. Vista no Brasil como bebida não nobre, no exterior, a cerveja é considerada um produto de muita qualidade, com preços
equiparados aos de alguns bons vinhos, garante o beer enthusiast Rodrigo Ferreira, um dos sócios do Restaurante L’Entrecôte de Paris, localizado no Itaim Bibi. “Há cervejas champanoises que custam tanto ou mais que uma Moët & Chandon. O mundo da cerveja não foi descoberto pelo brasileiro.” Rodrigo conta que a cerveja DeuS, por exemplo, que é uma Bière de Champagne, tem um toque mais delicado e floral e um bouquet mais aromático do que um champanhe. Perfeita para comemorações no barco. “Ela possui aroma complexo, desenvolvendo fragrâncias de peras e maçãs verdes frescas, pêssego, anis, e ervas de notas cítricas tipo capim-limão.”
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Esqueça tudo o o nã que vocêüsabia sobre cerveja
Gastronomia
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Harmonização A qualidade das cervejas produzidas pelo mundo fez aparecer uma discussão surpreendente: tradicionalmente harmonizados com vinho, os queijos podem ser apreciados com cervejas. Isso causou inúmeras discussões para decidir qual bebida é a melhor acompanhante do queijo. Tem até um vídeo no YouTube chamado “Cheese Wars”, em que a sommelier Geri Banks e o mestre-cervejeiro Garret Oliver disputam a melhor harmonização. Garrett Oliver é um dos maiores experts em cervejas do mundo, mestre-cervejeiro da Brooklyn Brewery e autor do livroThe Brewmaster’sTable (sem tradução para o português), uma bíblia para a harmonização de alimentos e cervejas.“Em uma combinação correta, a harmonização entre cerveja e queijo é tão perfeita que não se sabe onde a cerveja termina e o queijo começa. Tanto os queijos quanto as cervejas têm equilíbrio entre doçura, acidez e notas frutadas resultantes
Combinação leve: cerveja de trigo Weihenstephaner Hefe com o queijo Chabichou
da fermentação, dentre outras sutilezas aromáticas”, argumenta. Opinião compartilhada por Rodrigo Ferreira. Além da tradicional comida fran-
“Em uma combinação correta, a harmonização entre cerveja e queijo é tão perfeita que não se sabe onde a cerveja termina e o queijo começa. Tanto os queijos quanto as cervejas têm equilíbrio entre doçura, acidez e notas frutadas resultantes da fermentação, dentre outras sutilezas aromáticas.”
cesa, um entrecôte fatiado, servido com fritas e coberto com um molho secreto, o L’Entrecôte de Paris possui uma carta de cervejas com mais de 50 rótulos. “Temos uma linha de 12 queijos maturados, ou seja, devidamente envelhecidos para combinar com os tipos de cerveja que oferecemos”, revela. “Devido à diversidade de estilos e composição da cerveja, é muito mais fácil e prazeroso harmonizá-la com o alimento, inclusive com queijos.” Para iniciar a degustação, Rodrigo recomenda queijos suaves que acompanham cervejas mais leves. “Uma cerveja de trigo, como a Weihenstephaner Hefe, é uma ótima
combinação com o queijo Chabichou (feito com 100% de leite de cabra). O amargor mais forte de uma cerveja do estilo India Pale Ale, por exemplo, pode ser muito sa-
boroso combinado com um queijo mais aromático e semi-firme, como um bom emmental suíço.” Para a degustação recomenda-se beber primeiro a
Regrinhas básicas para combinar queijo e cerveja O mestre cervejeiro Garret Oliver tem quatro regrinhas para combinar cerveja e queijo de acordo com a força do sabor: > cervejas delicadas e leves com queijos frescos e suaves; > cervejas maltadas com queijos maturados e com notas amendoadas; > cervejas mais lupuladas, portanto mais amargas, com queijos mais salgados, acres, azedos; > cervejas fortes e com maior residual de açúcar com queijos azuis.
O Restaurante L´Entrecôte de Paris fica na Rua Pedroso de Alvarenga, 1135, Itaim Bibi, São Paulo, SP. O telefone é (11) 3078-6942.
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A cerveja do estilo India Pale Ale combina bem com um bom emmental suíço
cerveja, que prepara o paladar para o queijo, em um ciclo interrompido apenas pela saciedade. A carbonatação libera gás carbônico que corta gordura e proteína do queijo. Já o álcool, a acidez e o amargor equilibram a cremosidade e o toque amanteigados de diferentes queijos. Para poder apreciar outras combinações é bom limpar o paladar com água. Cervejas leves também podem ser apreciadas no barco, nas estações mais quentes, como a Baladin Wayan, no estilo Saison, e a Estrella Damm Inedit, no estilo Bière Blanche, que vai muito bem com queijos Sainte Maure e Tomme de Chevre. “São bem mais saborosas que um prosecco”, conta Rodrigo. Para os amantes do vinho que ainda não descobriram a cerveja, vale a pena se despir do preconceito e mergulhar no mundo de sensações e descobertas que uma boa cerveja pode proporcionar.
Evento
Fotos: Rodney Domingues
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Cheio de prestígio
O
estande da Intermarine surpreende a cada ano com suas soluções arquitetônicas. Dentro ou fora do estande, os visitantes puderam conferir as novidades presentes na Intermarine 545 e na Intermarine 435 Full, além das quatro maquetes gigantes da nova linha Intermarine. Milhares de pessoas prestigiaram o espaço durante os seis dias do São Paulo Boat Show. Entre as celebridades, estão os irmãos Wadinho e Bell Marques, da banda Chiclete com Banana, o apresentador Gugu Liberato, o Bola, humorista do Pânico, Amilcare Dallevo, presidente da RedeTV, e sua esposa e a apresentadora Daniela Albuquerque.
Também compareceram Henning Dornbusch, diretor presidente do BMW Group Brasil e o ex-piloto e empresário André Ribeiro junto com Bia Figueiredo, a pilota brasileira da Fórmula Indy.
Almoço e coquetel Para recepcionar os convidados nos dois primeiros dias, foi oferecido um almoço e para comemorar seus lançamentos, a Intermarine serviu um coquetel na primeira noite. No encerramento, a tradicional pizza de confraternização encerrou a participação da Intermarine no São Paulo Boat Show 2010, cujos lançamentos anunciaram uma Nova Era para o mais prestigiado estaleiro nacional.
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Evento
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Boat Xperience A Intermarine também fez a apresentação de seus novos modelos durante o 2º Boat Xperience, realizado na Marina Astúrias, no Guarujá, em São Paulo, durante os dias 20 a 24 de janeiro de 2011. “Foi uma iniciativa louvável dos organizadores”, conta Luiz Antonio Batagini, diretor da SPMarine/Mondblu. “O Guarujá é um dos maiores centros náuticos de esporte e recreio e merecia um evento grandioso como esse”, completa.
Organizado pela Revista Boat Shopping, o Boat Xperience tem como objetivo apresentar as melhores marcas do segmento, proporcionando bons negócios aos consumidores e empresários do ramo. “Queremos transformar esse tipo de atividade em referência de estilo, como acontece em outros países, contribuindo cada vez mais para crescimento do mercado náutico brasileiro”, diz Caio Ambrosio, empresário e organizador.
Evento
Fotos: Foto Hatiro
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Black Tie por uma boa causa
Evento organizado pelo Rotary arrecadou fundos para obras assistenciais
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SPMarine/Mondblu participou como patrocinadora da Segunda Festa do Black Tie, jantar de gala organizado pelo Rotary Club de São Paulo (RCSP) – Nordeste Vila Maria. O evento contou com a participação de 700 convidados em prol da arrecadação de fundos para a refor-
ma do auditório da Casa Dom Macário, obra que beneficiará cerca de seis mil pessoas, além de 1,2 mil crianças carentes e suas famílias. O evento foi realizado no dia 24 de setembro de 2010, no Buffet Torres, localizado em Moema. Várias personalidades de destaque de vários segmentos da so-
ciedade deram sua parcela de colaboração para os projetos sociais. “Estamos muito contentes em participar e poder dar nossa contribuição a um grandioso serviço prestado a centenas de crianças e famílias”, afirma Luiz Antonio Batagini, diretor da SPMarine/Mondblu.
Há 43 anos, o RCSP - Nordeste Vila Maria, trabalha pela comunidade, atendendo às mais variadas entidades e fazendo com que o trabalho do clube se desenvolva em favor da população mais carente. O Rotary é uma rede mundial de que participam voluntariamente líderes comunitários, profissionais e empresariais. Seu objetivo maior é a prestação de serviços humanitários para “a promoção da paz e da boa vontade no mundo”. Suas atividades envolvem projetos de prestação de serviços, local e internacionalmente, procurando priorizar causas como o combate à pobreza, eliminação da fome e do analfabetismo, promoção da saúde e defesa do meio-ambiente. O primeiro Rotary Club foi fundado em Chicago, Estados
Unidos, em 1905. Seus fundadores foram Paul Percy Harris, Sylvester Schiele, Hiram Shorey e Gustavus Loehr. Rotary em inglês significa “rodízio”, pois, no início, as reuniões eram realizadas no local de trabalho de um associado diferente a cada semana. O objetivo inicial era reunir comerciantes, profissionais liberais e outros empresários em um clube em que os relacionamentos profissionais pudessem ser transformados em amizades pessoais. Mas, logo evoluiu para uma atuação comunitária e social que atrai cada vez mais voluntários. Hoje, são mais de 32 mil Rotary Clubs em 200 países e regiões do planeta. No Brasil, já ultrapassam as 2 mil unidades. Todos os clubes são necessariamente filiados ao Rotary International, uma associação federativa com poder normatizador.
Casa Dom Macário A Casa Dom Macário, desenvolve um importante trabalho assistencial há muitos anos na Vila Maria. Desde 1959, vem atendendo a milhares de pessoas, especialmente crianças. A partir de 1973, começou a oferecer cursos de primeiro grau, marcenaria, tornearia e mecânica. Em 1978, um convênio com a prefeitura tornou possível criar o Centro de Juventude Casa Dom Macário. A partir dos anos 1990, várias parcerias com Senai e Sesi ampliaram ainda mais a atuação da entidade e o público atendido. Em 2002, figurou entre as 50 melhores entidades beneficentes. A estrutura física da instituição, no entanto, não acompanhou a ampliação de sua atuação. Por isso, a importância da iniciativa promovida pelo Rotary local e apoiada pela SPMarine/Mondblu.
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História e função do Rotary
Evento
A SPMarine/ Mondblu patrocinou o XXX TOPEMBAR, organizado pelo JIC em Joinville
Fotos: Osmar Silvio Krüger
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Pescaria e história de pescador
Ivo Grawe pesando os peixes capturados na Baía de Babitonga pelas equipes participantes do TOPEMBAR
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o dia 23 de outubro, o Joinville Iate Clube (JIC) promoveu o XXX TOPEMBAR, um torneio de pesca embarcada que tem por objetivo estimular a prática da pesca esportiva. A SPMarine/Mondblu apoiou o evento e ofereceu brindes aos participantes que não perderam o ânimo mesmo com o tempo nublado. Às 8 horas da manhã, as 16 equipes de competidores saíram pela baía de Babitonga.
No começo da tarde, as equipes retornaram até com atum, peixe que não é comum na região. O resultado final revelou como vencedora a equipe Cruzador, com um peso capturado de 2,293 quilos. O maior peixe foi uma corvina de 1,445 kg, pescada pela equipe Ilha Araújo de Fora Verde. O famoso prêmio Baiacu, que premia aqueles que nada capturaram ficou com a equipe Fetifa, que terá a honra de guardá-lo até o próximo torneio.
Após um saboroso risoto de frutos do mar e muito chopp, começou a competição no Torneio de Mentiras de Pescador, que rendeu muita diversão. O título de melhor “história de pescador” ficou com Vilela Veiga. O JIC já reforça o convite para o próximo torneio, que se realizará em 2011. Para participar, as equipes devem ter como líder um membro do Joinville Iate Clube, associado de outro iate-clube ou especialmente convidado por associado do Clube. Com informações da Revista Gaivota
Na Marinas Nacionais, foi servida uma deliciosa feijoada
Nelson Vilela Veiga (à esquerda) contou a melhor história de pescador
Momentos de descontração entre amigos
Muitos convidados com uma paixão em comum Uma saborosa paella foi servida na Marina Astúrias
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Orlando Volkmann levou o prêmio principal
Intermarine
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SaĂşde
Pele e cabelo ao sol
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ão real quanto a necessidade de usar filtro solar é o fato de que quem passeia e viaja de barco se expõe mais ainda ao astro rei, pois acaba passando muito tempo ao ar livre e no mar. “Andando de barco, há um desgaste maior tanto em ressecamento quanto em sensibilidade da pele, não só provocados pelo sol, mas também pela água, pelo vento e até mesmo pelo uso de filtros solares mais gordurosos, que podem ser um pouco irritantes”, explica a dermatologista Ligia Kogos, de São Paulo. Mas nada que não se possa administrar através de cuidados com a pele e o cabelo. É só fazer a coisa certa na hora certa. A regra número 1, para ela, é aplicar o filtro solar de forma correta, após o banho. Porque para proteger mesmo, esse produto precisa penetrar nos poros (limpos) pelo menos 15 minutos antes da exposição ao sol. No corpo, o ideal é aplicá-lo diretamente sobre a pele, e no rosto, no pescoço e no colo, sobre hidratante. A camada do filtro deve ser bastante
generosa. Feito isto, é só reaplicá-lo conforme o que você estiver fazendo. “Quem se mantém, por exemplo, exposto ao sol por seis horas em atividade média, pode reaplicar duas vezes, com reforço nos ombros e colo, onde o filtro mais desaparece. Quem fica mais quieto e sua menos, precisa se retocar menos, e quem mergulha toda hora, precisa reaplicar o filtro sempre que voltar do mar, mesmo que ele seja à prova d’água”, ensina Ligia Kogos. “No corpo, pode-se usar fator 20 ou 25, e um pouco maior no colo e nos ombros, que são
Ligia Kogos explica os cuidados para andar de barco
muito expostos. Ao navegar, o vento faz com que não se sinta o incômodo do calor. Então é melhor já se proteger com fatores maiores”, ela aconselha. “Ao menor indício de ardor ou tom avermelhado na pele, proteja-se imediatamente com camisetas, cangas e bermudas”, acrescenta. Para o rosto, pescoço e colo, a dermatologista indica sabonetes mais cremosos e cremes de limpeza para peles normais ou secas, e sabonetes e loções adstringentes para peles mistas e oleosas. “Quem tem vestígios de acne não deve ter medo de produtos adstringentes mais fortes”, observa. O filtro solar deve ser mais forte e à prova d’água. “Pelo menos com fator de proteção 30, ou 60, no meu gosto pessoal. E é importante usar alguma proteção mecânica e óculos escuros para proteger os olhos”, ela indica. Filtro solar nos lábios evita erupções de herpes, doença que ataca quando a imunidade local está baixa, o que ocorre quando os lábios começam a rachar por excesso de sol, criando condições para desenvolvimento do vírus.
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Estela Craveiro
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Intermarine
Saúde
“O próprio filtro usado no rosto tem ação também nos lábios. Ocorre que se come, se bebe e o filtro se desvanece. Tem que reaplicar sempre, seja o do corpo ou específico”, detalha Ligia. A cabeça deve estar sempre protegida com bonés, chapéus e viseiras. E cabelo precisa de filtro solar. O mesmo do corpo, com fatores menores, menos oleosos, ou específicos, inclusive com silicone, próprios para piscinas e úteis a bordo. Cabelo com luzes pede ainda mais proteção, pois tende a partir ao sol, assim como o tingido, que tende a ficar avermelhado. Cabelo longo deve ser preso, para não ficar muito elétrico com o vento, e escondido sob alguma proteção mecânica. Se ficar elétrico, é só passar um produto fechador de cutículas. Quem não tem cabelo também precisa caprichar na cabeça. Tanto usando sempre bonés e chapéus quanto usando o filtro solar certo, menos oleoso. “Atualmente há filtros
A cabeça deve estar sempre protegida com bonés, chapéus e viseiras. E cabelo precisa de filtro solar.
aquosos, bem leves, e até em spray, confortáveis para passar em zonas de cabelo e barba”, indica Ligia Kogos. Quem gosta de se maquiar e perfumar para navegar, pode, aplicando a base sobre o filtro solar, pois ajuda a fixá-lo e tira o brilho que muitos têm, e usando rímel à prova d’ água. “A única coisa proibida é estrear maquiagem e perfume a bordo, pois pode haver reação alérgica sob o sol”, ela adverte. Entre os cuidados a bordo, Ligia recomenda lavar as mãos e qualquer parte do corpo atin-
gida por gotas de limão, que mancha, e, para quem tem celulite, sugere evitar álcool, refrigerante, que contém sal, e frituras, porque retêm mais água no corpo, provocam inchaço e aumentam a visibilidade das lesões rapidamente. Se acontecer, é só não comer muito carboidrato à noite e no dia seguinte tudo estará de volta ao nível normal. Depois de um dia a bordo, basta hidratante pós-sol no rosto e no corpo e shampoo, hidratatante e condicionador no cabelo. Se a pele estiver sensível, Ligia Kogos recomenda hidratantes com óleos de avelã, macadâmia, aloe vera ou silicone, também conhecido como dimeticone, e hidratantes à base de vitamina C, que tem o poder de se incorporar à pele, acalmá-la e prepará-la para nova exposição ao sol no dia seguinte. É fácil e simples assim. Aproveite! Serviço: Clínica Ligia Kogos www.clinicaligiakogos.com.br
Factum Design Gráfico
Com a SPMarine Assistance, você vive o melhor do mar sem preocupações. A SPMarine Assistance é um serviço para quem tem o privilégio de ter uma Intermarine, assegurando tranqüilidade e assistência qualificada, pronta para atendê-lo nos imprevistos, onde você estiver. Os profissionais são treinados na própria Intermarine e utilizam peças com garantia de fábrica. Com a SPMarine é assim, você faz um bom negócio mesmo depois da compra.
Representante Intermarine em todo o país
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Moda
Menos é mais
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eveza e energia dão o tom na Gucci Cruise Collection 2011, em que Frida Giannini, diretora de criação da grife, reinterpreta o guarda-roupa feminino pensando em viagens, focada no astral chic urbano e no espírito glamouroso. Os tecidos são leves, como linho, algodão, seda e até couro, em uma versão delicada e ultrafina. As texturas têm toque suave, fluido, tudo muito adequado para sobreposição, como é de se prever em uma coleção cruiser, que adianta peças do próximo verão europeu, e traz vários vestidos leves, mas tem muito de meia-estação, em uma concepção bem adequada às mulheres de São Paulo e da região Sul. A paleta de cores varia de tons claros e tons de terra ao verde militar. As estampas dão o ar da graça em vários looks da coleção. Mas ao estilo Gucci. Temas animais e de camuflagem aparecem revistos com soluções como transparências, tons metálicos, prateados, e lantejoulas facetadas.
Estela Craveiro O corte das peças é clean, com um certo quê de militar e de uniformes colegiais em contraposição a um certo quê de ar hippie-chic dos anos 1970. A estrutura é toda macia, mas as formas são precisas e puras, define a Gucci. As peças para a parte superior do corpo são curtas, as cinturas das calças são baixas e elas têm detalhes esportivos. Os trench coats são leves e finos, os blazers e cardigans têm inserções de malha. As jaquetas são recortadas, possuem ombreiras, lapelas e apliques nos bolsos. Blusas e vestidos têm corte anatômico, modelos mais soltos são usados com cintos, e os macacões exibem o caimento perfeito da seda. Fitas, micro botões, inserções de couro, cristais e bordados de paetês sobre fundos iridescentes dão às peças o toque de glamour característico da Gucci. É mesmo uma coleção para viagem, com todo tipo de traje de que se possa necessitar, em 42 looks completos. Tem de maiô e short a trench coat, passando por calças, blusas e agasalho, diversos vestidos leves e vestidos habillé, além de incluir bolsas, calçados e acessórios. Com a cara da mulher moderna, a Gucci Cruise Collection 2011 encanta pelo minimalismo e comprova que menos é mais.
Fotos: Divulgação
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Hotel no melhor estilo Armani
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Na mais alta torre do mundo Resultado de uma parceria com a Emmar Properties, o Hotel Armani fica na imponente Torre Dubai, localizada no emirado árabe que tem o mesmo nome. Trata-se da mais alta torre do mundo, com mais de 800 metros. O hotel ocupa dez andares do edifício e oferece 160 quartos e suítes numa área de 40 mil m2. Dispõe de oito restaurantes e lounges, um spa e lojas que oferecem produtos da grife. Há ainda oito andares de residências de luxo Armani. São 144 luxuosas unidades residenciais localizados entre o 9º e o 16º andares. Todos desenhados por Armani e mobiliados com peças de sua grife para decorações, a Armani Casa. À ostentação de Dubai, o empreendimento de Armani
responde com cores neutras. À ofuscante presença do sol, luz natural na dose certa. As elevadas temperaturas do Oriente Médio não são problema para a perfeita climatização do hotel. Tecidos finos e couro florentino forram paredes curvas que pousam sobre pisos cobertos com madeira zebrawood da África e tatames japoneses. Os quartos contam com sofisticado acabamento e são mobiliados com peças da Armani Casa. Pedra cinza polida na medida certa dá forma às peças dos banheiros e revestem o chão.
À ostentação de Dubai, o empreendimento de Armani responde com cores neutras. À ofuscante presença do sol, luz natural na dose certa.
A culinária colocada à disposição dos hóspedes promete experiências inesquecíveis. O hotel tem vários restaurantes e “lounges” de alto nível. Entre eles, o Armani/Mediterraneo que oferece pratos oriundos das cozinhas italiana, espanhola e grega. Outra escolha gastronômica obrigatória é o Armani/Ristorante, dedicado à cozinha da Toscana e outras regiões da Itália. Já o Armani/Amal traz as delícias da gastronomia indiana com uma bela carta de vinhos e chás imperdíveis. Claro que não poderia faltar a moderna culinária japonesa, bem representada pelo Armani/ Hashi. Já a especialidade do Armani/Peck são deliciosas e práticas refeições que você pode levar para fazer um piquenique num oásis ou a bordo de um iate, enquanto o sol se põe. Além da excelente culinária, o Armani Hotel Dubai dispõe do primeiro Armani Privé da região. Um night club cuja excelência faz a felicidade dos que sabem apreciar os prazeres da noite.
Conforto e lojas da grife
Negócios e eventos em alto estilo
O que não faltam são espaços que oferecem os confortos da vida moderna. É o caso do Armani/SPA, com seus mais de 3.650 m2 de bem-estar, com salas de tratamento, suítes termais, fitness center e uma piscina externa. As lojas da grife estão presentes em alto estilo. É possível comprar refinados chocolates na Armani/Dolci. Já a Armani/Fiori vende flores e a Armani/Galleria, acessórios para costura.
O empreendimento de Armani também atende às necessidades do mundo dos negócios e da governança mundial. Afinal, Dubai é um centro internacional de conferências e eventos. A especialidade do Armani Events é oferecer modernas salas para conferências e espaços para todo tipo de evento. Entre eles, elegantes pátios ao ar livre. O hotel também dispõe de salas de reuniões equipadas com tecnologia de última geração.
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iorgio Armani inaugurou seu primeiro hotel em abril de 2010. Seu estilo está todo lá. Na precisão viril sem exageros que seus cortes realçam nos homens. Na delicadeza ágil que suas criações destacam nas mulheres. Na escolha equilibrada de cores e tons. No conforto e na funcionalidade de materiais cujo luxo dispensa suntuosidades desnecessárias. Enfim, trata-se da qualidade e do bom gosto que distinguem o trabalho do mais bem sucedido estilista do mundo da moda. Sem dúvida, Armani deixou sua assinatura em cada detalhe do luxuoso empreendimento.
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O Armani/Spa tem 3.650 m2 de bem-estar, com salas de tratamento, suĂtes termais, fitness center e uma piscina externa
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Os ambientes contam com sofisticado acabamento e são mobiliados com peças da Armani Casa Um desses espaços é o Armani Ballromm, com disponibilidade para 450 pessoas. Sua decoração apresenta belos detalhes em mármore preto, paredes iluminadas feitas em resina e carpetes sóbrios, proporcionando um ambiente tranquilo e funcional. Outro ambiente deslumbrante é o Armani Pavilion, terraço externo com belos jardins e uma vista maravilhosa de Dubai.
Primeiro de uma coleção Mas, tanta perfeição não é o bastante para Armani. O empreendimento é o primeiro da coleção do estilista no ramo de hospedagem. Trata-se da cadeia Armani Hotels, Resorts & Residences, que o estilista pretende espalhar pelo mundo. Em breve, devem ser inaugu-
rados o Armani Hotel Milão, na Itália; o Armani Resort em Marrakech, no Marrocos; e o Armani Residences Villas, em Marassi, Egito.
Dubai é arrojo e tradição Dubai é um dos sete emirados que compõem os Emirados Árabes Unidos. Sua marca registrada são as edificações desenhadas com arrojo e viabilizadas pelas mais modernas técnicas de engenharia. São principalmente sofisticados hotéis e centros para convenções e negócios. Suas construções levantam-se sobre ilhas artificiais e praias de areias brancas e águas transparentes. A torre que hospeda o hotel de Armani destaca-se nessa paisagem futurista construída com o capricho que distingue a tradição árabe.
Como ir: A maioria das companhias aéreas europeias oferece voos para Dubai. Também há voos diretos de São Paulo, operados pela Emirates Airlines. O Armani Hotel Dubai está localizado a 11 km do aeroporto internacional de Dubai. Quando ir: melhor entre setembro e maio, época em que o clima é mais ameno. No verão, as temperaturas podem chegar a 45oC. A Revista Mondblu agradece a Silvio Bretas (presidente da Via Conexão), Ricardo Santos (consultor da Via Conexão) e à Sara Hakami (Marketing & Pr Coordinator Armani Hotel Dubai). Mais informações: Via Conexão Turismo e Passagens Ltda. Tel.: 11 3037-3434. www.viaconexao.com.br.
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As belezas da “Cidade Maravilhosa”: a baía de Botafogo, o Yacht Club do Rio de Janeiro e, ao fundo, o Pão de Açúcar, capturados pelas lentes de Paulo Schlick
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Reproduzir o belo com graça e elegância bidimensional é o talento do fotógrafo Paulo Schlick
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Um oásis de tranquilidade no Rio de Janeiro é a praia da Reserva, localizada entre as praias da Barra da Tijuca e do Recreio, que recebeu o nome por ficar situada em uma reserva ecológica
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aulo Schlick diz que suas principais influências artísticas são os fotógrafos Richard Avedon e Patrick Demarcheller e o pintor Edward Hopper. Com os dois primeiros, certamente Schlick aprendeu a capturar a beleza. Ao contrário do que parece, mostrar o belo não é tarefa simples e natural. Nem o mais sofisticado e moderno equipamento reproduz a reali-
dade tal como ela é. O fotógrafo precisa ser capaz de traduzir a beleza ou o carisma de seus modelos em graça e elegância bidimensionais. Um desafio em que a maestria no controle da luz, na busca da expressão, na escolha do ambiente, no equilíbrio das cores entre outros elementos, é fundamental. A influência de Hopper está presente em sua capacidade de retratar estados de espírito. No
caso do pintor norte-americano tratava-se de flagrar a atmosfera urbana e o ser humano em momentos de reflexão, melancolia e solidão. Mas, na obra de Schlick o domínio dessa técnica, tendo paisagens ensolaradas como objeto, leva a sentimentos de paz e comunhão com a natureza. A experiência profissional no trabalho com mestres da fotografia de cinema, em gran-
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des estúdios no Brasil e na Alemanha, certamente acabaram por aprofundar seu aprendizado e refinar o estilo. Paulo Schlick iniciou sua carreira em 1984 com a exposição “Dança na objetiva”, um ensaio sobre “O grande circo místico”, do balé Guaíra, dirigido por Naum Alves Souza. Cuidou da iconografia do livro “Fazendas paulistas da época do café”, de Candida Maria de Arruda
Botelho. Seu primeiro trabalho como diretor de fotografia foi em “Lua em Amsterdã”, de Roberto D´Ávilla, que recebeu o prêmio de melhor fotografia no Festival de Vídeo de Porto Alegre, em 1988. Há vinte e dois anos adotou a vela como hobby, passando a praticar o esporte a um nível quase profissional. A partir de 1992, para alegria dos amantes da navegação passou
a dedicar-se à fotografia náutica. Fez inúmeros trabalhos para as revistas Offshore e Náutica e, posteriormente para a Intermarine, registrando grande parte dos lançamentos do estaleiro. É essa trajetória que tornou possível ver nas imagens a seguir o feliz resultado de escolhas estéticas adequadas, sólida experiência profissional, talento artístico e amor pelo mar.
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O Farol da Barra em Salvador, na Bahia, em duas tomadas diferentes, porĂŠm igualmente lindas
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A Ilha da Gipoia, uma das 365 lindas ilhas de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro
Acima, a Ilha dos Frades, em Salvador, na Bahia. Abaixo, o entardecer na Ilha Botinas, em Angra dos Reis-RJ
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Ilha Botinas, em Angra dos Reis-RJ
Aprenda com os profissionais Atracar é uma tarefa fácil para quem tem um joystick Volvo Penta. Basta movimentá-lo em qualquer direção e a embarcação irá sempre na direção correta. O joystick está disponível para motores Volvo Penta IPS ou centro-rebeta (D3, D4 e D6).
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