2ª edição São Paulo, 2018
& como todas as outras coisas que você consome, cada um desses objetos, projetos, peças de arte... foram criadas por alguém (ou alguéns). Dependendo de para quem você entrega seu dinheiro, ele tem destinos diferentes. (ainda que, no final das contas, aqueles que saem ganhando sejam sempre os mesmos.)
Quando você prefere consumir de pessoas e não de empresas, mais artistas que não cabem nas editoras, nas gravadoras, tvs, artistas que não vendem os conceitos estéticos, teóricos ou seja lá o que for que sustente a nossa sociedade, têm a chance de sobreviver de arte, produzir e incomodar. Em troca, você consome arte não pasteurizada, não sequencial e as artistas fazem dinheiro - para comer, criar e propor mudanças no mundo.
O produto final artístico que chega até você precisou de estudos, pesquisa, cuidado. precisou de material, almoços, passagens de ônibus, equipamentos muitas vezes caros. & cada não-pagamento para artistas resulta em gasto de dinheiro, dívidas, outros empregos para sustentar a arte. Pedir produtos e serviços em troca de divulgação é desonesto e desvaloriza o trabalho das criadoras. legal é divulgar depois de ter comprado!
prefira, por exemplo, apoiar o trabalho de mulheres, pret_s, LGBTQIA+, pessoas com necessidades especiais.
texto: Luara Erremays colagens: Gim Macieira e Beatriz Eleonora criação: Móri Zines
Dicas para apreciadores de arte em tempos de capitalismo selvagem.
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