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Entrevista a Ricardo Pereira
ENTREVISTA A PAIXÃO
DE RICARDO PEREIRA
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ESTIVEMOS À CONVERSA COM RICARDO PEREIRA, CONHECIDO ACTOR PORTUGUÊS, GRANDE ENTUSIASTA DAS DUAS RODAS E ACTUALMENTE EMBAIXADOR DA MARCA YAMAHA. DURANTE A ENTREVISTA QUE REALIZÁMOS AO RICARDO PERCEBEMOS CLARARAMENTE A PAIXÃO QUE NUTRE PELAS DUAS RODAS, REALIDADE QUE PRATICAMENTE O ACOMPANHOU TODA A SUA VIDA, DESDE A SUA INFÂNCIA.
TEXTO: PEDRO ROCHA DOS SANTOS / FOTOS: PEDRO MESSIAS
Motorcycle Sports : Ricardo quando foi que nasceu essa tua paixão pelas motos ?
Ricardo Pereira: A minha paixão pelas motos vem desde criança pois tinha primos que tinham motos e partilhavam comigo as experiências e o prazer que tinham de andar de moto, realidade que acabou por despertar em mim a vontade de também eu vir a ter essa experiência e viver essas emoções. Realidade essa que se veio a revelar maravilhosa, sem dúvida.
MS: Ricardo com que idade tiveste a tua primeira moto ?
RP: A primeira moto que eu tive foi aos 16 anos e lembro-me perfeitamente pois foi uma BWS. O meu pai também já tinha tido motos mas a minha primeira foi mesmo uma Yamaha BWS e com ela manifestaram-se os mesmos sentimentos que eu já conhecia pela partilha dos meus primos e amigos mais velhos. Com a moto veio também esta capacidade de poder andar de um lado para o outro e ganhar uma certa independência com responsabilidade porque andar de moto assim o exige. Mas foram momentos de um prazer inesquecível que marcaram uma época da minha vida. O poder ir para escola e fazer o meu horário e organizar o meu tempo para chegar sempre a horas aos meus compromissos ainda de estudante e também os meus primeiros trabalhos no mundo da moda, foi uma sensação especial. Depois também poder começar a visitar amigos e organizar passeios com os mesmos foi também uma experiência muito boa nessa idade e sem dúvida que me transformou e veio aumentar e acentuar essa paixão por motos que eu já nutria desde mais novo.
MS: O que representa para ti ser embaixador em Portugal de uma marca Mundial como a Yamaha ?
RP: Ser embaixador de uma marca tão importante e com tanta tradição no universo das motos é uma responsabilidade enorme mas também um prazer por ter a possibilidade de acompanhar sempre todas as evoluções, todos os novos modelos e também viver algumas experiências com modelos do passado que também temos a oportunidade de experimentar. Mas também o entrar ainda mais neste universo das motos, partilhar experiências, participar em passeios organizados pela própria Yamaha e termos a oportunidade de percebermos como as motos estão a evoluir, conhecer os diferentes tipos de motos que existem e poder viver a experiência de as conduzir, é sem dúvida maravilhoso. A nossa relação é antiga e tem sido muito bonita ao longo dos anos e tenho a certeza que no futuro ainda vamos ter experiências mais espectaculares.
MS: Qual o impacto que tem as motos na tua vida profissional e privada ?
RP: Eu utilizo a moto no meu dia a dia, quer nos meus compromissos pessoais quer nos profissionais. Gosto de andar de moto e sentir o vento na cara, gosto de circular pela cidade e passear de moto. Utilizo frequentemente a moto no meu trabalho, para chegar rapidamente aos vários compromissos profissionais que tenho durante o dia. É uma utilização recorrente e contínua que me dá um prazer tremendo.
MS: Devido à situação que vivemos consideras que a moto passou a fazer mais sentido do que nunca ?
RP: Temos vindo a notar que cada vez mais pessoas passaram a utilizar a moto para as suas deslocações do dia a dia e talvez sim que a situação de pandemia tenha vindo a despertar um olhar mais atento para o universo das m,otos como meio mais seguro de mobilidade, que por exemplo os transportes públicos. Vejo que há muitas pessoas que combinam e alternam a utilização do carro e da moto, sendo a moto para deslocações mais
próximas e rápidas no dia a dia e por serem mais práticas. O carro acaba por ficar reservado para as viagens ou deslocações em família e outros compromissos. Esta combinação de carro e moto para mim é fundamental.
MS: Sabemos que os teus filhos já tem moto, apesar de ter sido impulsionado por ti, tens algum receio e dás alguns conselhos ?
RP: A paixão pelas motos despertou neles um bocadinho por minha culpa pois cresceram a conviver com a paixão que o pai tem pelas duas rodas e o amor que eu tenho pelas motos e claro que eles também acabaram por querer ter a sua oportunidade de experimentar. Mas tudo tem o seu tempo. Devagar e em primeiro lugar tiveram a escola onde começaram a aprender e a ter as noções básicas sobre o que é andar de moto, a segurança que têm que ter, a cautela e a responsabilidade que é precisa. E por isso estão a dar os primeiros passos numa escola que eu conheci e adorei e onde têm podido evoluir, que é a Escola OffRoad Camp da Yamaha em Santiago do Cacém, onde eles aprenderam os valores correctos, sempre com um enorme sentido de responsabilidade, e onde têm a oportunidade de evoluir com todas as condições e regras.
MS: Se algum deles quisessem seguir a carreira desportiva em motos, irias apoiar essa decisão ou irias tentar dissuadi-los dessa intenção ?
RP: É ainda muito cedo para prever o que é que eles vão querer fazer no futuro. Mas qualquer decisão que eles tomem ou paixão que eles tenham eu estarei aqui para apoiar e deixá-los também seguir o que realmente gostam de fazer. A ver vamos mas, estão neste momento a desenvolver um gosto e estão a dar os primeiros passos neste universo que é o mundo das motos. A ver vamos, pois é uma escolha deles e são eles que a terão que fazer.
MS: Qual é o estilo de moto com que mais te identificas ?
RP: Depende do momento e também da altura do ano. Eu gosto de motos de estrada mas também gosto de motos de todo-o-terreno. Gosto também de motos de passeio, turísticas, mas depende muito, de facto, do que eu pretenda fazer. Todas têm formas e estilos diferentes de condução por isso eu gosto um bocadinho de todas, gosto precisamente dessa diversidade, uma realidade que tem tudo a ver com a marca Yamaha já que tem uma gama super completa o que permite ter experiências diferentes dependendo da moto que esteja a experimentar num momento determinado. Gosto também de numa viagem ter uma moto mais confortável, de passeio, que possa ir calmamente a apreciar a paisagem, acompanhado pela minha mulher e conhecer novos e diferentes lugares, e onde possa contar com a segurança e o conforto da moto. Depois também gosto de rodar em outros modelos.
MS: Para o dia a dia a scooter, nomeadamente a TMAX, seria a tua moto ideal ?
RP: Quem me conhece sabe que eu sou um “fãzasso” da Yamaha TMAX, moto que me preenche e que é a minha moto de hoje em dia. Tem um factor de segurança que para mim é bastante importante e um conforto brutal para além de ouras características que me seduzem bastante. A proteção aerodinâmica, o conforto de assento e a possibilidade de guardar a minha mochila permitem-me ter uma relação espectacular com aquela moto. Uma moto que proporciona um equilíbrio perfeito entre segurança e conforto e que proporciona também o viajar com passageiro. É sem dúvida uma moto que me seduz e com a qual tenho andado nos últimos tempos.
MS: Qual foi a primeira impressão que tiveste da Yamaha Ténéré 700 ?
RP: A Ténéré 700 é aquela moto que eu escolheria sem dúvida alguma para realizar viagens mais longas e pelas características da moto poder rodar em estrada e a qualquer momento poder rodar também for a de estrada com igual prazer de condução. É uma moto que dá para mais aventuras e para explorar ainda mais.É uma moto que com o equipamento que tem disponível e neste caso montado está preparada para realizar grandes viagens com o conforto de podermos levar tudo o que quisermos. Uma moto que pelo seu peso e configuração proporciona uma condução muito agradável e permite percorrer longas distâncias. Esta versão com que fotografámos é uma edição especial e está super bem conseguida. Adorei a moto.
MS: Se te dessem a opção de uma viagem longa de moto, só tu e a moto, qual o destino que escolherias e que moto levarias?
RP: Seria uma viagem pelo deserto… e também seria muito bom com a mesma moto percorrer o norte de África. Marrocos seria um destino um destino especial e que me atrai bastante. Mas também explorar a zona montanhosa entre Espanha e França, os Pirinéus, e escolheria a Ténéré, aquela que fotografámos, por razões óbvias.
MS: A Francisca também partilha desta paixão pelas motos ?
RP: Sim, a Francisca adora motos também e desde jovem que andou muito de moto e teve motos. Gostamos ambos muito e partilhamos esta paixão e gosto de viajar em moto e assim é bom pois podemos ir os dois e termos experiências incríveis. Sempre que podemos fazemos essas escapadinhas para que nos permite sentir maior liberdade e aproveitar para explorar mais o nosso país.
MS: Costumam fazer programas de moto a dois ?
RP: Sim fazemos. Ambos temos paixão por motos e sempre que podemos fazemos uma “escapadinha” a dois e vamos conhecer novos lugares que ainda não conhecemos e viajar de moto no nosso país que é espectacular
MS: Qual aquele momento de infância ou de adolescente que te marcou mais com uma moto ?
RP: O momento que me marcou mais talvez tenha sido o dia em que eu aprendi a andar de moto. Acho que tem muitas parecenças com a sensação que temos quando aprendemos a andar de bicicleta. O andarmos de moto pela primeira vez dá-nos uma segurança interior e um prazer especial, como se de repente nos sentíssemos mais adultos, mais responsáveis por estarmos a conduzir um veículo com motor, tem esse peso de facto. Mas também recordo a primeira viagem que fiz completamente sozinho, passa tudo pela nossa cabeça. A responsabilidade de o estarmos a fazer sozinhos e a responsabilidade que sentimos em relação ao trânsito e a todas as pessoas que circulam à nossa volta, transforma-se em prazer por o termos conseguido realizar sozinhos. Eu costumo dizer que a vida é feita de memórias e estas memórias todas são simplesmente brutais e inesquecíveis, memórias que guardamos para uma vida inteira.
MS: Achas importante a questão da mobilidade sustentável no mundo das motos ?
RP: Não só no mundo da motos mas no mundo de uma forma geral. Caminhamos todos para um mundo mais sustentável pelo que é inevitável que essa sustentabilidade chegue também à mobilidade, às motos e aos carros e a todos os restante veículos de locomoção, sem dúvida alguma.
MS: Que conselho deixas para todos os motociclistas em Portugal ?
RP: Quero mandar um abraço para todos os motociclistas de Portugal e partilhar com eles a minha paixão pelas motos. Que sejam sempre felizes, que façam as vossas viagens enriquecedoras sempre de forma tranquila e em segurança. Que continuem a perpetuar este bom espírito e esta paixão pelas motos, segundo e seguindo todas as regras, que eu acho serem fundamentais para terem e viverem da melhor forma possível esta paixão pelo mundo do motociclismo.