BIKE Magazine 201

Page 1

BIKE l i s a Br Ride

Vê aqui

O VÍDEO DO TESTE

ida! v a n a p uma eta

MYROON MASTER 27,5

O DIA A DIA DE

MAARIS MEIER

Oferta

catálogo

5 601753 001303

magazine

Acompanha-nos no

00201

Dezembro 2013 l Mensal l PVP continente 3,95€

ISBN 5601753001303

n.º 201

TESTES

+

Breezer Repack Team TLD Orbea Occam 29er S10 KTM Myroon Master 27,5 2DP Strada 6 PRODUTOS

2 TEMAS ike Escola B

TREINO COM POTENCIÓMETRO TREINO PARA PROVAS ÉPICAS

REPORTAGEM Se não foste ao Festival Bike, vê aqui o que de mais importante se passou na maior feira nacional

BIKE Team

Lisboa Bike Magazine e o tradicional BTTascaduXico fecharam o calendário de eventos Bike Team deste ano


4 www.bikemagazine.pt


Edição 201

dezembro 2013

Actualidade

4 Impacto 6 Noticiário

Zona de testes 14 Teste Breezer Repack Team 20 Teste KTM Myroon Master 27.5 26 Teste de longa duração Orbea Occam 29er 30 Teste Xpress 2DP Strada 32 TNT – calções e jersey Scott Mind 33 TNT – lubrificante Triflow Superior 34 TNT – transmissão Shimano Saint 35 TNT – capacete Bell Delirium 36 TNT – camisola Mavic Notch 37 TNT – sapatos Specialized

Reportagem

38 Festival Bike

Guia de lojas

46 Lojas nacionais

Zona Evasão

50 Notícias e Agenda 51 BIKE Team – parceiros e eventos

Evasão Bike Team

54 Passeio Lisboa Antiga Bike Magazine 58 BTTascadoXico

Exclusivo

62 Brasil Ride Sónia Lopes conta na primeira pessoa a sua experiência naquela que é considerada uma das provas por etapas mais duras e mais apaixonantes. Um relato emotivo e sensível acompanhado de imagens de rara beleza.

Editorial

Carlos Almeida Pinto Diretor

Importações sobem, mas vendas descem

Segundo o Eurostat e estimativas da Bike Europe, as vendas de bicicletas em Portugal em 2012 decresceram, acompanhando a maioria dos países da zona Euro. Das 320 mil unidades vendidas em 2011, o número decresceu para 250 mil. A produção nacional (muito enraizada na zona norte do país) também sofreu uma queda, se bem que menos abrupta. Portugal produziu 700 mil bicicletas contra as 782 mil fabricadas no ano anterior. Aliás, o nosso país voltou a ter a mesma fasquia que teve em 2010, considerado já um ano mau para a economia nacional. Ao nível das importações, segundo dados do Eurostat, em 2012 foram importadas 62.052 bicicletas, contudo este valor apenas reflete o número de bicicletas extracomunitárias (isto é, fora da Europa dos 27). Comparando com 2011 a diferença é mínima (menos 1572 bicicletas), contudo o que mais impressiona aqui é a diferença da média do preço unitário das bicicletas. Se em 2011 cada bicicleta importada custava em média 66.35 euros, em 2012 esse valor quase duplicou passando para os 102,70 euros. Isto significa duas coisas: primeiro, que o nosso mercado amadureceu e que uma grande fatia dos atuais compradores de bicicletas são ciclistas de segunda ou terceira geração (ou seja, compram bicicletas melhores, como upgrade); segundo, que o grau de intenção de compra (a chamada compra subjetiva) aumentou, muito devido à oferta de crédito associado ao negócio. Há muitas mais reflexões que podemos tirar destes dados, e mais poderiam aparecer, contudo a crise veio abrandar o ritmo de crescimento deste mercado que parece não passar de moda. É certo que de certa forma estamos em contraciclo com o resto da Europa – onde as bicicletas elétricas e o Enduro são o motor desta economia – mas não deixa de ser verdade que temos excelentes condições naturais para o apogeu de todas as formas de ciclismo. Basta um pouco de vontade e de imaginação.

Roteiro

72 Oliveiras

Escola Bike

80 Treino com potência 86 Prepara-te para provas épicas – 3ª parte

Competição

90 Um dia com Maaris Meier 96 Notícias 98 Staff

Foto de capa: Brasil Ride

3


TESTE

Texto: Gonçalo Ramalho Fotografia: Rui Botas Rider: Gonçalo Ramalho

b KTM MYROON MASTER 27,5 Super ágil e com grande rigidez lateral

MYROON NA NOVA MEDIDA Rodas de tamanho intermédio, rigidez lateral a toda a prova e equipamento sem falhas são trunfos desta KTM. A marca austríaca aposta com determinação nas rodas 27,5.

N

um mundo cada vez mais dominado pelas rodas 27,5, relembramos que este tamanho não é a solução para todos os riders nem para todos os terrenos, mas será certamente a melhor opção em XC para a maioria dos riders na maioria dos terrenos, ainda mais quando se trata de riders tugas em que a estatura média (1,73m) anda longe dos 1,81m dos holandeses. E é assim que justificamos, salientando que não queremos impingir este tamanho por uma questão de modas, mais um teste a uma hardtail de XC montada com rodas deste diâmetro. MYROON E AERA Este ano, a nivel das hardtail na KTM os destaques vão para a Aera - disponível em dois tamanhos, 27,5 e 29 – que é uma espécie de Myroon simplificada e mais económica, e para a própria Myroon que passou a existir também na versão 27,5. Para além disso, ficou mais leve cerca de 200g na versão 29. Focámo-nos na Myroon e ficámos com vontade de rolar com a Aera para ver até que ponto aquela gama mais económica compensa. EQUIPAMENTO Desta vez não nos conseguimos evadir para trilhos exóticos no hemisfério 20

sul nem tão pouco dar um saltinho ao Utah como de costume e acabámos por nos divertir pelos trilhos perto de casa. Andámos pelas aldeias de Xisto e pelos singletracks de Sintra que mais ninguém conhece, à exceção de uns escassos milhares de ciclistas como nós. Subimos, descemos, rolámos, e caímos. Acima de tudo, repetimos trilhos que tínhamos feito pouco tempo antes com uma bike semelhante no conceito e no equipamento. Este tema do equipamento não é algo que se queira evitar quando temos uma KTM. Pelo contrário, queremos mostrar aos amigos que a nossa bike vem bem equipada como nem todas vêm. Neste caso, a transmissão Shimano XT, com desviador traseiro XTR, os discos também XT com tecnologia Ice Tech e umas rodas DT Swiss XR1501 Spline tubeless ready com 1460 gramas são tudo sinais positivos. A restante parafernália de acessórios ficou entregue à Ritchey, como de costume, dos quais destacamos as dimensões ideais dos periféricos do cockpit bem como a simples afinação da inclinação do selim no respetivo espigão. Haverá quem defenda, e bem, que estes pneus não servem para fazer longas distâncias em terrenos fáceis a um bom ritmo. Os pneus, ao contrário da maioria dos

componentes, facilmente se tornam desadequados quando mudamos de terreno. E enquanto aguardamos que inventem uns pneus que se adaptem ao terreno contentamo-nos com algo polivalente como estes Schwalbe Rocket Ron 2.1 que tão bem se deram nos jardins de pedra e nos singletracks enraizados. É aqui que queremos que a Rock Shox Sid RLT esteja bem sensível e suave, o que não é difícil depois de te assegurares de que a pressão é a correta e que a recuperação está controlada. O eixo passante de 15mm faz maravilhas e deixa-nos esquecer a falta de rigidez destas suspensões no passado. Temos direito a lockout no guiador e afinação da plataforma (Motion Control DNA). Em relação à transmissão, podes optar por uma cremalheira dupla 24/38 (o nosso caso) ou tripla 22/30/40, sendo que o tipo de terreno por onde andas vai ser decisivo na escolha. GENICA, ACIMA DE TUDO Acima de tudo, o que devemos saber é que se trata de uma hardtail de carbono com rodas 27,5. O que isto significa é que nunca vai digerir os jardins de pedra tão bem como uma 29er, mas as reações e acelerações são bem mais rápidas. Todos nós gostamos de uma bicicleta que consigamos colocar na


Bem visto

Equipamento Confiança em zonas técnicas Rigidez lateral

Vê aqui o vídeo do teste:

A melhorar

Selim

KTM MYROON MASTER Suspensão: Rock Shox Sid RLT 100 mm Travagem: Shimano XT 180/160 mm Transmissão: Shimano XT/XTR 3.489 €

21


T LD

ORBEA OCCAM 29ER S10

BODAS DE PRATA Com a quantidade de bicicletas que nos passam pelas mãos, nunca ficamos muito tempo com a mesma. Mas há umas que convidam a relações mais duradouras, e para os nossos padrões, um ano com a mesma montada equivale quase a 25 anos de casamento. Texto: Pedro Pires Fotografia: João Carlos Oliveira Assistência mecânica: João Andrade – www.consilbike.pt

Q

uando a nova Occam foi apresentada o ano passado, senti-me em casa mal peguei na bicicleta, apesar de estar a 1000km de Lisboa. Sabia que não podia largar aquela beldade tão facilmente e a Orbea aceitou de boa vontade a proposta de teste de longa duração. 26

Tínhamos casamento! Se me pedissem para mudar algo na bicicleta não saberia o que fazer, talvez meter uma campainha, ou uns refletores de néon… Mais de um ano depois, continuo sem imaginar uma escolha de componentes que se adaptasse melhor

ao que gosto de fazer com uma 29er de 100 mm de curso. Com esta bicicleta fiz dezenas de voltas em Sintra, duas maratonas em Barcelos, a maratona do Festival Bike, o Transalgarve, o passeio BTT Terrugem, a maratona de Sobral de Monte Agraço e inúmeros roteiros


Com o apoio de:

Os rolamentos na foto apresentavam algum atrito mas não tinham folgas

Os copos Shimano não deixaram entrar água ou detritos Nota-se alguma oxidação nos rolamentos da direção

de Norte a Sul do país, passando inevitavelmente pela zona mais pedregosa: o Centro. Chegada a hora da despedida, recorremos aos serviços da loja Consilbike para desmontar a bicla e analisar o desgaste. Os componentes que nos deixaram rendidos foram sem dúvida os que compõem a transmissão XTR: o inverno foi chuvoso e lamacento, mas mesmo nas piores condições as mudanças funcionaram na perfeição sem nunca terem necessitado de ajustes. O desviador traseiro teve alguns encontros com pedras e estava bem riscado, mas nunca deixou de funcionar em pleno. Uma peça de referência! Já na travagem, os XTR Trail necessitaram de ser sangrados um par de vezes e claro que queimámos três pares de pastilhas, mas quando estão no ponto têm poucos rivais. Agradou-me bastante o sistema de regulação de ângulo do selim, porque foi muito fácil adaptar a posição deste componente em função das distâncias e tecnicidade das voltas. Quem gosta de ter a bicicleta num brinquinho ia decerto ficar indignado com o estado dos punhos, que apesar de a meu ver ainda servirem bem o seu propósito, já estavam bem desgastados. Com mais um inverno a chegar, o pneu traseiro já não tinha ponta por onde se pegasse e teria mesmo de ser trocado. Para além disso, uma peça do cubo traseiro partiu-se e só se conseguia desenrascar de emergência para voltas curtas. Nunca é demais gabar a resistência dos aros: não sou muito pesado, mas as Rise 60 saltaram e desceram degraus em demasia para o que se exige de componentes leves, sem nunca darem parte de fracas. 27


Reportagem

Texto: Pedro Pires Fotografia: Luis Duarte

LIVRO DE CARAS

O Festival Bike é uma boa oportunidade para ver de perto as novidades que foram apresentadas mais recentemente. Este ano pedimos a alguns expositores para nos mostrarem pessoalmente um produto em que apostem forte para 2014 e falarem das suas perspetivas para a próxima época.

A2Z Adventures

Pedro Pedrosa 38

“Nesta feira mostramos uma nova geração de estação de serviços para bicicleta. Para além da lavagem e da manutenção, este painel tem um ecrã “touch screen” onde se pode fazer o download dos tracks GPS. Tem um carregador de 12v e uma coluna da Bose que se pode ligar por Bluetooth ao teu smartphone para estares a lavar a bike a ouvir a tua música preferida ao mesmo tempo. Este serviço já está disponível na Gardunha e Monfortinho e vai estar em Tábua. É um novo projeto em que estamos a trabalhar. Vouzela, Serpa e Sabugal são aqueles que estão na calha. ”


Berria Bikes A Bravo 29 é uma das cabeças de cartaz da Berria, uma marca espanhola recém-chegada ao nosso mercado.

Altis

Alfredo Batista

"De entre as nossas marcas, destaco a Casco. É uma marca alemã, um produto europeu. É fornecedora da polícia alemã e estamos a tentar que a polícia portuguesa nos oiça para que os polícias que patrulham as praias estejam verdadeiramente seguras. Na maior parte da europa, os bombeiros também utilizam esta marca. Está também contemplada a proteção das crianças, tanto na bicicleta como em outras atividades.”

Biciway

Rui Amador

“Estamos a apresentar uma máquina de "vending" direcionada para a bicicleta. Pretendemos que tenha no mínimo 70% de produtos ligados ao ciclismo. Podemos encontrar aquilo que a loja quiser vender: componentes, acessórios, luzes, câmaras-de-ar, bebidas energéticas ou água. Esta máquina é anti-vandalismo e só aceita cartões. “ Cristina Timmermans

Ricardo Figueiredo

Bicimax “O maior destaque para a nova época é sem dúvida o conceito Project One. Para além de essa plataforma permitir fazer costumização de bicicletas de gama alta, temos agora um leque mais alargado, que permitiu democratizar a oportunidade do Project One. Antes tínhamos apenas a Superfly 9.9, depois as Fuel EX de carbono e mais recentemente as de alumínio. “

Bike Center “Esta nova capa é uma oportunidade porque os smartphones estão na moda, e podem ser utilizados na bicicleta. Esta capa da BBB é estanque e permite visualizar no smartphone aplicações direcionadas aos treinos.” 39


m a e T e Bik No Lisboa Antiga pedalam aficionados de todas as idades

LISBOA ANTIGA BIKE MAGAZINE

Lisboa É NOSSA!

COM O APOIO DE

Texto: Pedro Pires Fotografia: Manuel Portugal

O dia 27 de outubro foi para nós uma data especial, pois assinalou o contacto próximo com os nossos leitores graças ao 15º Lisboa Antiga BIKE Magazine. Juntos, percorremos algumas das artérias mais emblemáticas da capital e ...divertimo-nos à brava!

54


D

epois de uma semana bem regada, eis que o domingo se apresenta risonho, com Lisboa lavadinha e pronta a receber a caravana da BIKE Magazine. Às 9h30, 250 adeptos do pedal, desde os betetistas bem treinados até àqueles que raramente pegam na bicicleta, partiam do topo do Parque Florestal de Monsanto para mais um passeio Lisboa Antiga BIKE Magazine. Este ano evitámos a zona ribeirinha, porque sabemos que muitos dos participantes nos nossos passeios já a co-

nhecem bem. Preferimos explorar uma Lisboa mais urbana, sem deixar de parte os bairros históricos e os panoramas que a tornam tão especial. Estando a nossa atenção virada quase exclusivamente para o BTT, o percurso tinha de contemplar um pouco de terra e sem grandes dificuldades e sobressaltos, o pelotão seguiu por alguns estradões acessíveis até se sair por Campolide, onde as vistas sobre o Aqueduto das Águas Livres se impuseram. As 500 pernas ainda estavam frescas e

a subida foi-se fazendo sem dar grandes preocupações aos polícias da Brigada de Trânsito que se asseguravam de que todos seguiam em segurança e de que todos os cruzamentos eram seguros. A maior parte dos automobilistas nem se importavam de ver a sua marcha brevemente interrompida pela comitiva e saudavam os ciclistas que viam passar às centenas. Mais um grande panorama nos esperava, mesmo no topo do Parque Eduardo VII: um céu azulinho e os horizontes desimpedidos deixavam ver a Baixa Pom55


Reportagem

62


BRASIL RIDE

"Mais do que uma corrida...

UMA ETAPA NA VIDA" Se estiveste atento ao nosso facebook, deves ter lido o relato de Sónia Lopes sobre o dia a dia desta mítica prova brasileira. Agora, a Sónia põe em pratos limpos tudo aquilo que ainda ficou por contar….

Fotografia: Fernando Monteiro / Brasil Ride

Texto: Sónia Lopes Fotografia: Alexandre Cappi, David Santos Junior, Fábio Piva, Fernando Monteiro, Marcelo Machado e Ivan Padovani

Simon Gegenheirmer

63


roteiro Proença-a-Nova

Media Partner

Bike Aldeia Oliveiras magazine

OLIVEIRAS

Entre a água e o xisto Apesar de ser um concelho pouco povoado, Proença-a-Nova abarca zonas de grande interesse paisagístico e com muito para fazer quando se está de férias. Em Oliveiras montámos o campo base para dois dias a explorar aldeias de xisto e praias fluviais. Texto: Pedro Pires Fotografia: Rui Botas

72 www.bikemagazine.pt


Percursos

Moderado

Distância: 20 km Acumulado (subidas): 472 m Este percurso passa pela aldeia de Figueira e por alguns moinhos de água abandonados. Apesar da distância curta, tem subidas com alguma exigência.

Difícil Distância: 55 km Acumulado (subidas): 1.388 m

Com passagem em diversas aldeias de xisto e praias fluviais, este percurso pode ser um bom programa para um dia inteiro. Feito de assentada tem alguma dureza, devido às longas subidas.

73


Escola Este é o terceiro capítulo de uma série de artigos que te ajudarão a preparar para a realização de uma prova épica, como o TransRockies, TransAlp, Cape Epic, Andalucia Bike Race ou o Titan Desert

Preparação para longas distâncias – terceira parte

Provas Épicas.

Tu também as podes fazer! No artigo deste mês o que propomos é uma curta viagem a alguns dos conceitos presentes nos treinos com o intuito de preparar uma jornada física e psicologicamente tão exigente como é a participação numa prova épica. Sabemos que cada treinador aplica a sua metodologia, mas também sabemos que o fim é sempre o mesmo: o de nos colocar o mais bem preparado possível para o dia do tiro de partida. E para que, dentro dos nossos limites de tempo e vida pessoal, não façamos do treino um momento penoso do nosso dia. Texto: Nuno Machado – Team Movefre Atleta COFIDES/SNV Fotografia: Arquivo

CELINA CARPINTEIRO Campeã nacional XCM

“Dou valor a treinar, se possível, com o parceiro de prova e seguindo um esquema de um treinador especializado” 86


I

ndependentemente do esquema de treinos que decidirmos seguir, existem alguns aspetos que acabam por ser transversais a todos os treinos e esquemas existentes e vamos começar por alguns desses conceitos. Aquecimento O início do treino deve consistir num aquecimento e este deve durar entre 15 a 20 minutos. Tal vai permitir aumentar a temperatura dos músculos, tornandoos menos propensos a lesões e melhorar o envio de sangue aos músculos, com o consequente envio de oxigénio necessário ao bom funcionamento dos mesmos. Variação da velocidade/intensidade durante os treinos Permite fazer com o que o corpo não se habitue a nenhum ritmo e esteja apto a adotar as várias velocidades necessárias ao longo da prova. Arrefecimento É importante também que o final do treino seja mais calmo entre os 10 a 15 minutos finais. Esta técnica ajuda a recuperação. Recuperação Também é uma fase do treino e isto implica dormir bem, ter dias de descanso entre dias de treino, e ter semanas de descanso durante os esquemas de várias semanas. As semanas de descanso não implicam uma paragem total mas sim uma diminuição no volume de treino. Devemos colocar uma semana de descanso a cada 4 semanas de treino efetivo.

“Temos de descansar antes de estarmos cansados” Fazer vários treinos por semana não é sinónimo de treinar bem. Se a finalidade do treino é sermos atletas melhores, o mais importante então é a qualidade do treino. Para tal é importante termos a ajuda 87


Atualidade

O DIA A DIA DE

MAARIS MEIER 90


91


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.