VIVER PELA ARTE Texto: Mauricio Muniz | Foto: Arquivo Pessoal
A Mulher Brazil conversa com a artista plástica Adriana Moah sobre sua vida, sua carreira nos Estados Unidos e sua arte Adriana Moah não para. Nasceu no Rio de Janeiro, se formou em Artes Plásticas em Minas Gerais, trabalhou em ambientes corporativos por anos e mudou para os Estados Unidos em 2015 com o marido e as filhas. Sua intenção era encontrar boas escolas para as crianças, mas foi aqui que desenvolveu sua carreira como artista plástica. Neste papo, ela fala de sua relação com a arte. Quando começou a pintar? O que a motivou a começar? Comecei a pintar na faculdade de Artes Plásticas em 1996. Sempre gostei das pinturas grandes. Aqui nos Estados Unidos minha relação com as artes se intensificou de forma muito natural. Após o falecimento da minha mãe, em 2017, senti uma vontade grande de me aproximar ainda mais das telas e tintas. Você fez curso ou é autodidata? Sou graduada em Artes Plásticas. Sempre gostei de desenhar, desde criança. A faculdade abre outros horizontes, traz conteúdo e técnicas. A história da arte ensina muita coisa para todos que querem trabalhar como artistas, é uma bagagem que considero importante. Mesmo aos que não tiveram a oportunidade de fazer um curso, vale a pena o estudo constante. Como é o mercado de trabalho nessa área? O mercado nessa área conta com um público seleto, não são todas as pessoas que podem adquirir uma peça original de arte e muitas que podem não valorizam ou desconhecem algumas linguagens artísticas. Por motivos culturais é muito comum nos depararmos com pessoas que cresceram com a ideia de que arte é supérflua. Isso faz com que o mercado seja mais restrito. Você consegue viver de arte? Tem outra profissão? Tenho duas empresas no setor de “Vacation Homes” e tenho negócios no Brasil. A arte representa uma paixão. Nunca tentei viver só de arte, então não posso dizer se consigo ou não, mas quem sabe no futuro pode vir a ser uma boa experiência! 26
Quais são as suas influências artísticas? A inspiração da pintura está muito ligada ao meu estado de espírito e também ao pouco tempo livre que tenho. Tenho recebido convites para projetos, mas nem sempre posso aceitar, pois concilio outras atividades. Não sou uma pessoa difícil de me inspirar, basta uma boa música e poucas horas livres. Quando pinto, me desligo de outras coisas, é realmente como entrar em outro mundo.
