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Ponto Final - José Antonio Ribas Jr

Ponto Final

Uma breve prosa sobre nosso setor

“Somos o Brasil que dá certo. Mas também somos o Brasil que passa longe do olhar da maioria dos brasileiros”

José Antonio Ribas Jr. Presidente da Associação Catarinense de Avicultura - ACAV

Vamos falar de um novo olhar para todo o setor de

produção de proteína. Conquistarmos respeito e liderança em cada ambiente que que participarmos. Falarmos da honra e orgulho de fazer parte de uma cadeia de produção com propósitos e fundamentos inquestionavelmente, sustentáveis para toda a sociedade. Esta deve ser a busca incansável de todas as lideranças que neste ambiente atuam. É de nossa responsabilidade conquistar a confiança de toda a sociedade. Falo de uma confiança genuína. Falo de criar no coração de cada brasileiro o orgulho de falar do seu agronegócio, como um patrimônio nacional.

Afinal somos o Brasil que dá certo. Mas também somos o Brasil que passa longe do olhar da maioria dos brasileiros. Somos o Brasil que gera milhões de empregos, gera renda e qualidade de vida a muitos municípios. Alimenta famílias aqui e em mais de 150 países. Produzindo proteína de alta qualidade, acessível e includente a tantos. Temos lideranças e profissionais que são protagonistas e resilientes a ponto de em cada crise que passamos, e não foram poucas, saímos mais fortes e mais preparados para os dias que virão. Basta um olhar para o passado recente e veremos que superamos carne fraca, greve de caminhoneiros e agora esta pandemia que nos desafia. Mas criamos soluções e alternativas. Cuidamos de gente e produzimos alimentos com competência reconhecida pelo mercado mundial. Nos falta mostrar mais isso. Falarei adiante sobre isso. Mas cito que já há um movimento de muito canais de mídia aberta buscando espaço diferenciado ao Agronegócio. Boa noticia. Ótimas oportunidades.

O propósito de produzir alimentos é uma atividade essencial e inadiável. O privilégio de estar neste setor pode ser expressado de muitas maneiras, com muito argumentos. Cuidamos de gente, geramos empregos e renda mesmo no momento que economia desacelera, e, somos a alavanca que pode acelerar a retomada do crescimento do Brasil e do mundo.

Todos este seriam argumentos suficientes, mas não são. Queremos mais. Temos que jogar nosso olhar para o futuro. Subir o farol. Entender as mudanças na sociedade e o entender o novo consumidor. Ampliarmos nossa comunicação e não apenas falamos de nós para nós mesmos.

Cito aqui 3 pilares essenciais para buscarmos espaço, confiança e protagonismos dentro e fora do Brasil.

Nossa comunicação deve mudar de reativa para proativa. Mais do que isso, uma comunicação criativa. Atingir todos os públicos relevantes. Informação e conhecimento são insumos poderosos. Usados adequadamente podem abrir portas ao setor ou, no mínimo, evitar que fechem. Falar com formadores de opinião: professores, médicos, influenciadores,... buscar nas crianças o entendimento de nossa cadeia de produção e todos os seus atributos qualificadores. As novas gerações são exigentes quanto a propósito e sentido. Este olhar diferente é uma oportunidade, pois podemos com orgulho mostrar o que fazemos. E aqui reside um ponto relevante de nossa prosa: temos que falar o que fazemos e fazer o que falamos. Transparência e comunicação ativa. Mostrar o respeito que temos ao alimento que produzimos. Toda a ciência que suporta nossos processos produtivos. Atingir diferentes públicos, desde o menor ecossistema que participamos até as agendas mais estratégicas que devemos desenvolver.

Sobre estas agendas estratégicas poderíamos falar muitas coisas. Mas resumirei dizendo que nossa Coordenação deve buscar um planejamento estratégico para o setor. Amplo e enxuto. Isso mesmo. Enxugar a pauta mas ser amplo no que é relevante. Constituir comitês com pluralidade de ideias, com notáveis executivos que nosso setor dispõe e com metas definidas. Tratando desde temas específicos da cadeia de suprimentos, logística, comunicação, diplomacia e relações com mercados, enfim, foco em ser um Pais líder mundial e respeitado. Criar este caminhos que nos levem a liderança e protagonismo. Afinal somos a melhor alternativa de alimento seguro para o mundo.

Por último, temos líderes e gestores de indiscutível competência no Brasil. Não será difícil coordenar uma agenda setorial que possa orientar políticas, decisões econômicas, investimentos e gente para, ali a frente, nos tronarmos no presente o sonho do Brasil do futuro.

Concluindo, estamos frente a novos e antecipados desafios. Oportunidades se abrem frente a necessidade que o mundo vive de ter acesso ao alimento seguro. Cabe a nós, cada um de nós, fazer bem a sua parte. E organizados, desenvolver e executar uma agenda de construção e pavimentação dos caminhos que tornarão o Brasil a maior potência na produção de alimentos para o mundo. Contem comigo.

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A Revista do AviSite

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