Destaque agosto 2012

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O casal de São Brás

Imagem do mês agosto de 2012

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ma das poucas fotografias onde podemos ver o Casal de São Brás foinos cedida por Maria Teresa da Silveira Ramos, nascida em 1936, numa casa junto á ribeira da Falagueira. Filha de um marceneiro especializado e de uma modista, Maria Teresa Ramos estudou na Amadora e em Lisboa e, depois de concluir o curso comercial, começou a trabalhar numa empresa fabril da Venda Nova. Nos seus tempos livres de criança, juntamente com as amigas, fazia burricadas na Serra da Mira, ou andava em cima do feno dos carros de bois que passavam por perto. Também davam longos passeios a pé, até Benfica ou Alfragide, aproveitando para visitar familiares. As suas recordações de infância dão-nos um retrato muito pitoresco da vida na Falagueira e arredores, onde toda a gente se conhecia e entreajudava. Na fotografia de destaque do mês de agosto, Maria Teresa Ramos, surge em primeiro plano, agarrando um pequeno vitelo, provavelmente do curral do Casal de São Brás.

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egundo alguns autores existiria, já no século XIII, um casal denominado de São Brás, situado acima do lugar da Falagueira. Esta propriedade dispunha de casas, pomar, vinhas, terras e fontes. Documentação posterior, e os marcos de delimitação de propriedade encontrados no local, comprovam que a Ordem Militar de Malta era proprietária de terrenos na zona da Falagueira. Com base nesta informação, há quem defenda que o termo de Casal de São Brás tem origem no facto desta propriedade poder estar na dependência da Comenda de São Brás de Lisboa, que pertencia à Ordem Militar de Malta. É escassa a documentação referente ao Casal de São Brás que surge a miúde na cartografia do século XVIII, produzida aquando da construção do Aqueduto Geral das Águas Livres. Nesta data, seria a maior propriedade desta zona, uma vez que deu o seu nome ao Aqueduto de São Brás, subsidiário do aqueduto geral. No princípio do século XX, o casal de São Brás dispunha de uma eira e de um moinho de vento, ambos em funcionamento, que foram tema de uma aguarela de Roque Gameiro. Por volta de 1950 já não existiam moinhos em actividade nesta zona mas, no Casal de São Brás, mantinha-se a exploração pecuária. 35 Anos mais tarde, no lugar onde se situava o casal agrícola, começaram a ser erigidos os prédios da vasta urbanização que assumiu o seu nome, e que veio a dar origem á Freguesia de São Brás. Foto cedida por Maria Teresa Silveira Ramos.


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