O comércio na Falagueira antiga
Imagem do mês julho de 2012
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imagem de destaque do mês de julho, foi-nos cedida por Maria Tomásia Pais Barroca Lobo e seu marido, António Freixo Lobo. A D. Tomásia nasceu em 1945, na Falagueira e é oriunda de uma família de pequenos proprietários agrícolas - os Barrocas. Seu marido nasceu em 1941, em Mação, e aos 12 anos veio trabalhar para Lisboa, como marçano. Foi ainda como empregado de mercearia que se fixou na Falagueira, em 1959, vindo a casar com Maria Tomásia. De marçano a caixeiro, António Lobo, ascendeu profissionalmente até se tornar sócio do estabelecimento onde ainda trabalhava, conjuntamente com sua mulher, na Estrada da Falagueira n.ºs 62B e 64 A.
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ntónio Freixo Lobo, fotografado à porta da mercearia onde começou a trabalhar na Amadora, mais precisamente na Estrada da Falagueira, n.º 71, próximo do atual limite Sul do Parque Aventura. Em meados da década de 50, na zona da Falagueira, apenas existia esta mercearia e a padaria Vitória, de António Domingos Gouveia, de alcunha “O Sempre a Andar”, figura muito popular e querida pois, na altura da 2ª Grande Guerra, quando foram impostos racionamentos, havia apoiado muitas famílias da Falagueira, guardando sempre pão para as mais necessitadas. Há data desta fotografia (início dos anos 60), António Lobo trabalhava já atrás do balcão, tendo deixado o duro trabalho dos pequenos marçanos que, diariamente, visitavam os clientes pela manhã para registar os seus pedidos e posteriormente ir entregar os produtos solicitados, todos vendidos avulso e pesados nas quantidades, ou valores, requisitados pelos clientes. Juntamente com estes empregados das mercearias, os vendedores ambulantes, de leite, queijos, peixe ou outros artigos, acabavam por fornecer porta a porta, quase todos os géneros alimentares que as famílias com maior poder económico poderiam necessitar. Foto cedida por Maria Tomásia Pais Barroca Lobo e António Freixo Lobo.