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BRIGANTIUM BOLETIN DO MUSEU ARQ1JEOLOXICO E HISTORICO DE A CORUÑA

VOLUME 8 . ANOS 1993/94

Museu Arqueolóxico e Histórico Castelo de San Antón


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Ayuntamiento de La Coruña

BRIGANTIUM Boletín do Museu Arqueolóxico e Histórico de A Coruña

Volume: 8 Anos: 1993/94 Edicións do Museu Arqueolóxico e Histórico de A Coruña Concello de A Coruña

Dirección: Felipe-Senén López Secretaría: Begoña Bas López Correspondencia, orixinais e intercambios: Secretaría Boletin Brigantium Museu Arqueolóxico e Histórico, Castelo de San Antón, E-15DDl A Coruña Cubertas e maquetación: P. A. Estévez

ISSN: 0211-318X ISBN: 84-600-20037-1 Dep. Legal: C - 308 - 1980 Imprime: Gráficas do Castro/Moret O Castro. Sada. A Coruña. 1995

Edición patrocinada por

(9 FUNDACION CAIXAG~lICIA

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INDICc

• ARQUEOLOXIA - PREHISTORIA

7

• Contexto ambiental e implica<;ons socioculturais do megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo. Antom Fernandez Malde.

9

• Función y significado de la escultura megalítica de Calicia. J. M. Vázquez Varela.

49

• Un campaniforme cordado procedente de A Limia (Ourense). José M. Eguileta Franco¡ Carmelo Fernández Ibañez/ Alfredo Seara Carbal/o.

57

• Estudio estilístico de los petroglifos del valle del Lérez y la ría de Pontevedra. Roberto Vázquez Rozas.

69

• ANTROPOLOXIA - ETNOGRAFIA

85

• A coca da Coruña. Clodio González Perez

87

• Os lugares sacros da parroquia de Bamiro (Vimianzo, A Coruña). e o "Cruceiro dos Santos" un conxunto escultórico gótico inédito Xosé Ma. Lema Suarez.

99

• Religión y medicina antigua y su pervivencia en la Calicia de hoy. Milagros Cavada Nieto.

113

• HISTORIA - ARTE

129

• Historia da bebida e identidade femenina. Xavier Castro Pérez/ Magaly Costas Costas.

131

• La vida cotidiana en los pueblos del Barbanza en los siglos XVI, XVII y XVIII. Daniel M. Bravo Cores.

141

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• Acercamiento al estudio de la nobleza gallega como promotora de obras artísticas. Los Andrade en el señorío de Pontedeume (ss. XIV - XVI). Paz Varela Campos.

151

• O arquitecto Faustino Dominguez Coumes-Gay. A sua biografía, e obras fora dos contextos das vivendas e obras rel ixiosas. }. Luis Alonso Torreiro.

165

• VARIA

179

• Escavacións de mámoas na área de expansión mineira de Endesa (As Pontes - A Coruña) 1988. Xosé A. Pamba Mosquera.

181

• La espada corta de la colección de Angel del Castillo: un nuevo ejemplar pistiliforme de reducidas dimensiones. José Ma. Bello Oieguez.

193

• Un complexo de gravados rupestres en Rianxo, A Coruña. Xoán Andrés Fernández Castro, Pedro Piñeiro Hermida, Ramón Ces Castaño.

199

• Los grabados rupestres de armas de pedra ancha (Dumbria, A Coruña). Fernando Javier Costas Goberna, Pablo Novoa Alvarez, José Ma. Morán.

245

• Los grabados rupestres de Pena de Chaos e Pena da Moura en San Fiz de Amarante (Antas de Ulla, Lugo). Fernando Javier Costas Goberna,Pablo Novoa Alvarez, José Ma . Albo Morán.

263

• O complexo mineiro romano de Samos (Lugo). Tomás Rodríguez Fernández

285

• Tres marcas de alfareiro en Terra Sigillata atopadas na Coruña. Xoan Luis Vázquez GÓmez.

293

• O puñal medieval do Castelo de Moeche (A Coruña). Emilio Ramil González.

301

• Os cruceiros de capeliña na terra do Barbanza: Os "Loretos". Carlos García Permuy.

307

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ARQUEOLOXIA PREHISTORIA t

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 9-47

CONTEXTO AMBIENTAL E IMPLlCAc;ONS SOCIOCULTURAIS DO MECALlTISMO DAS BACIAS DO MENDO E MANDEO (COMARCA DE BETANc;OS, CALIZA) Antom FERNANDEZ MALDE Rua Betanc,;:os 1, 3º esq. A Corunha E - 15004 Caliza

RESUMO: No presente trabalho pretendemos o estudo da rela~om do emprazamento túmular na regiom central da comarca de Betan~os (A Corunha, Galiza) com o seu entorno ambiental; para esse fim caracterizamos e concretamos as áreas ambientais ocupadas. A rela~om da distribui~om espacial dos túmulos com c1asses agrológicas e aproveitamento agrícola denota a elei~om maioritária de solos pouco fundos, de texturaareosa, com fortes limita~ons que condicionam um entorno vegetal de monte baixo. Tendo em conta o sistema agrário e tecnológico descrito para estas comunidades eremos ver umha forte rela~om entre o tipo de solos elegido e a possível prática dumha agricultura de tala e queima. ABSTRAeT: Environmental context and socio-cultural implications of megaliths in the basin of Mendo and Mandeo Rivers (Area of Betanzos, Galicia). This paper studies the relationship between the grave sites in the central area of the Betanzos region (A Coruña, Galicia) and their environment, by characterizing and specifying the environmental areas occupied. The association of the spatial distribution of the mounds with agrological c1asses and agricultural exploitation denotes the preferential selection of shallow scils having a sandy texture with strong limitations that determine the low brush type of vegetation. Taking into account the agricultural and technological system described in these communities, we detect a c10se link between the type of soils selectec and the possible practice of slash and burn agriculture.

1. INTRODUCc;OM Neste trabalho apresentam-se os resultados do estudo da relac,;:om entre o emprazamento tumular e o meio ambiente na regiom central da Comarca de Betanc,;:os (A Corunha, Caliza), comprendida entre as bacias dos rios Mendo e Mandeo e a estrada que vai desde Irixoa a Monte-Salgueiro, e de MonteSalgueiro a Curtis (Fig. 1).

~=-iOiI!!!!!!!!50Km.

Fig. 1- Localiza<;om da Comarca de Betan<;os

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

A zona em estudo, ao igual que toda a comarca de Betanc;os em geral nom é mui conhecida arqueológicamente; agá s os trabal hos sobre as mámoas de Aranga e Cambás efectuadas por LUENGO em 1952, ou a prospecc;om da hipotética IIPer loca marítima ll desde Betanc;os a Guitiriz por MONTEAGUDO (1955) nos anos cinquenta. Mas a comarca tem sido esquecida como objeto de investigac;om. Esta febre investigac;om é chamativa se temos em conta que a comarca é colindante com áreas "c1ássicas" do megalitismo, como a de Sobrado/Curtis, ou a da Serra da Loba/Cordal de Montouto (VAQUERO LASTRES, 1990). No ano 81 conhecem-se os resultados parciais do trabalho de prospecc;om de CRIADO BOADO (1981) centrado na zona de Sobrado/Curtis, a qual tem a sua prolongac;om natural nas superfícies de chaira que aqui se estudam. Criado Boado marcara como limite da sua zona de estudo a estrada N-6 e a estrada de Monte-Salgueiro a Curtis, limite de partida deste trabalho, o qual ocasiona coincidencias enquanto a resultados da prospecc;om encol do emprazamento das mámoas. O que se pretende é concretrizar e caracterizar as áreas elegidas para o emprazamento, relacionando a distribui<;om espacial com tipos de solos, c1asses agrológicas e aproveitamentos agrícolas, para indagar a sua possível explotac;om e utiliza<;om polas comunidades que erguerom essas tumbas. Somos conscientes dos problemas de investigac;om do mundo dos vivos através do registo dos mortos: o mundo da morte pode estar regulado por pautas distintas dos vivos [1], a própria falta dos hábitats dificulta o contraste das hipóteses formuladas desde o mundo ds mortos. Da mesma maneira, fai-se problemático o estudo sincrónico dum fenómeno dumha grande durac;om no tempo. Também devemos ser cautos perante a tentac;om do presentismo, pensando que a paisagem agrária destas comunidades seria como a actual, quando no presente século na nossa zona de estudo a paisagem sofreu cambios importantes tres ou quatro vezes.

a

Por outra parte há que considerar o facto do empramento actual puder estar alterado por mor das destruic;ons sistemáticas nas áreas dumha maior actividade agrícola. Tentamos avaliar a incidencia destas destruic;ons por meio da recolha de micro-toponímia e notícias dos paisanos que nos advertiram da ausencia por desmantelamento de túmulos e, a consulta de documentac;om antiga na que houvera referencias a mámoas na área em estudo e que na actualidade estiveram desaparecidas. Também temo-nos ajudado dos estudos realizados noutras áreas como Serra Faladoira, As Pontes onde a importancia de destrui<;ons semelha ser mui pequena, ou a zona de Sobrado-Curtis onde o emprazamento tumular é predominantemente sobre terrenos de laboreo sistemático (BELLO, CRIADO e VAZQUEZ, 1987: 47,77). Assim temos detectado algumha destruic;om pontual mas nom altera o sentido do emporazamento maioritário actual. É dizer, nas zonas de menor densidade tumular nom temos indícios para pensar que se devera a destruic;ons. Ora bem, também devemos considerar todos aqueles argumentos que falam a prol dumha relac;om entre o emprazamento das tumbas e as actividades dos vivos; estamos a referir a rela<;om das mámoas com vias de transito, a documentac;om de hábitats nas áreas de emprazamento tumular na Cornisa Cantábrica, ou mesmo a reutilizac;om de pec;as líticas domésticas como moínhos para a construcc;om dos moimentos. Mas, no nosso caso particular, o que chama a atenc;om é a associac;om do emprazamento maioritário em lugares cumha série de características comuns. Intuíamos que pudera ser intencional [ 1 l A cultura material no mundo da morte pode estar regida por pautas culturais que no sexam as dos vivos nom permitindo umha traduq:om lineal dos depósitos ou, que estas pautas se traduzam num registro que nom denote a estrutura social; neste mesmo sentido devemos considerar o carácter votivo de tumbas e materiais, a auséncia de restos ósseos individuales aos que se podam associar materiais, contextos habitualmente remegidos etc. ..

10


Contexto ambiental e implica<;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betan<;:os, Galiza).

e polo tanto decidimos investiga-lo. Por este motivo, interessou-nos valorar dous aspetos: a) as características do solo que limitan a implantac;om das espécies vegetais independentemente do facto da paisagem tivera cambiado, já que esta tem que adaptar-se as condic;ons edáficas de partida. E b) valorar a relac;om dos emprazamentos com estas características por si houvesse algumha relac;om ou simplesmente nengumha.

2. METODOLOGIA Para a valorac;om agrológica seguimos os critérios de DIAZ FIERROS e GIL SOTRES (1984). Precisa-se a recolha de vários dados básicos da terra. Estes estám presentes em 5 grupos: dados do sítio referidos ao sustrato geológico, entorno, pendentes, afloramentos; os de relevo som a altitude e a fisiografía; em quanto a qualidades do solo interessava-nos a sua textura, pedregosidade, drenagem, profundidade e erosom. Finalmente incluimos um apartado sobre vegetac;om com a intenc;om de saber que tipo de vegetac;om estava associada com os dados de solo, para isto simplificamos a vegetac;om entre monte baixo, monte alto, prados, policultivos. Com estes dados básicos tentamos medir as qualidades da terra e as suas possibilidades agrológicas dos solos onde se atopam os moimentos, como a facilidade de laboreo, espac;o para o enraizamento, resistencia erosom, disponibilidade de água e nutrintes dos solos.

a

Por último a interpretac;om arqueológica tenta interpretar e avaliar o significado da relac;om do emprazamento dos moimentos sobre terras cumhas determinadas qualidades, tendo em conta o elenco tecnológico destas populac;ons e experiencias noutras áreas tumulares da Galiza. Como suporte documental na caracterizac;om geológica utilizarom-se os mapas do IGNE (Instituto Geológico y Minero de España,do Ministério de Indústria), escala 1:50.000, da zona de Guitiriz número 46/6-5, e Betanc;os número 45/5-5. Na avaliac;om agroclimática tem-se utilizado os mapas climáticos propostos por ARRIBA BALENClAGA, LEON LLAMAZARES e de LA PLAZA (1988) números 4, 4 bis, S, 11, 18, 19, 21, 22. Por último para a caracterizac;om edáfica seguirom-se: o mapa de solos naturais proposto por UÑA ALVAREZ (1988) adaptado de GUITIAN OJEA (1966), e o mapa proposto por DIAZ FIERROS e GIL SOTRES (1984) sobre a Capacidade productiva dos solos de Galiza a escala 1:200.000.

3. SITUAC;OM GEOGRAFICA A Comarca de Betamc;os pode-se dividir em tres sectores definidos polos ríos Mendo e Mandeo. O nosso trabalho vai tratar do sector central, comprendido entre ambos rios e a estrada que vai de Irixoa a Monte-Salgueiro, e de Monte-Salgueiro a Curtis. Este tramo central da comarca está artelhado por umha via natural de tránsito aproveitada pola estada N-VI. Esta via está a junguir duas paisagens vegetais e agrícolas diferentes: a Marinha e a Montanha ou Chairas Altas, diferenciáveis a nível físico, climático e humano.

3.1. O meio físico As Marinhas situam-se arredor dos O e 350 m. de altitude, e a Montanha entre os 350 e 700 m. Mas para comprender porqué o relevo da comarca tem o actual aspeto, devemos ter en conta a história da sua formac;om: Este provém do Herciniano, no Secundário por mor do clima e a vegetac;om as velhas montanhas 11


ANTOM FERNANDEZ MALDE

500

325 CORÓS/A

LAPELA

150 BETAN<;OS m.

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577 514 450 380 324 260 197 134 71

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COIRÓS/A

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Fig. 4 - Mapa Geológico

Fig.3


Contexto ambiental e implicac;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanc;:os, Galizal.

ficam reduzidas a grandes chairas. A partir do Neógeno os movimentos que erguerom as Pirineus ou as montan has da Cornisa Cantábrica fam escachar em blocos essas chairas de granito que nom forom quem de se plegarem como noutras zonas. Assim, esses blocos fórom-se erguendo ou afundindo dando lugar a actual relevo. Eis por isto que a comarca apresenta um aspeto escalonado (fig. 2) por mor do basculamento dos diversos blocos. Por outra parte, por duas linhas de falhas escorrentam o Mendo e Mandeo. Dentro das unidades de relevo montanhosas temos que distinguir tres:

a) O Monte do Cato é um bloco orientado e basculado em diree<;om NO: é um espolom, a modo de. prolongac;om das chairas de Monte-Salgueiro e Curtis que comec;am a partir da Serra da Cova da Serpeo Este monte comunica o bloco inferior de Parada-Ois- O Fontelo com Queimada. b) As Chairas ou penichairas, som as antigas chairas graníticas que nom chegarom a escachar, estám a certa altura. Comec;am nas estribac;ons da Serra da Cova da Serpe e som delimitadas polas linhas de fractura dos blocos baixos. Nestas chairas, a estrada que vai desde MOnte-Salgueiro a Curtis ajuda a organizar o transito nessas extensons de terreno. c) Os blocos baixos estám organizados escalonadamente em altitude (Fig. 3): 1º plano.- O Fontelo-Ois, entre os 400-300 m. com o pequeno anexo do Monte das Moas/PedraPartida. 2º plano.- Coirós/A Lapela, entre os 300-200 m. 3º plano.- Colantres/querís, entre os 200-100 m. 4º o último plano é o de Betanc;os, entre os 100 m. e os O m. da linha de beira-mar.

a

Enquanto geologia, a comarca de Betanc;os é dominada pola presenc;a de dous grandes tipos de materiais geológicos: dumha parte ao Oeste, há umha grande franxa de gistos e gravaucas do Complexo da série Ordes; ao Este outra grande franxa pertencente ao complexo da série alcalina, com granitos de duas micas, que variam em idade e estrutura (Fig. 4). Isto vai ser mui importante, já que esta dupla composic;om geológica vai condicionar fortemente e estrutura dos solos. Dela vam depender propriedades físicas como a composic;om granulométrica ou a trextura, que repercutirá na capacidade de retenc;om de auga dos solos, e a disponibilidade de nutrintes en concreto moderada para os solos desenvioltos sobre o complexo Ordes, e má para os desenvoltos sobre a série alcalina.

3.2. Climatologia a) Ciadas e o calendário Marinhas/Montanha. Na comarca de Betanc;os as giadas comec;an antes e duram mais tempo a medida que se vai acrescentando a altitude. Há tres meses de diferenc;a quando comec;am em Novembro as primeiras giadas na Montanha e quando comec;am en Janeiro nas Marinhas (Fig. 5). Para as últimas giadas acontece o mesmo femómeno; nas zonas de menor altura o período de últimas giadas termina dous meses antes que na de maior altitude. Nas Marinhas comec;am a rematar a partir de Fevereiro e na Montanha em Maio. As giadas som fundamentais para saber qué, e quando se pode cultivar (quer dizer, o período útil para o cultivo é a época livre de giadas). As giadas determinam na comarca o calendário de

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

sementeiras; na Montanha sementa-se mais tarde que na Marinha, já que a época das giadas dura mais tempo. Senom os cultivos seriam queimados polas giadas. A dura<;om do período frio (Fig. 6) segue as pautas anteriores, assim: na zona compredida entre os 100 a 400 m. (Marinha) é de tres meses; e na zona situada entre os 400 a 700 m. (Montan ha) acrescenta-se cinco meses. Tudo isto reflecte-se no calendário agrícola da seguinte maneira: CULTIVOS

MARINHAS

Pataca

Incluso a finais de Janeiro

MONTANHA Semana Santa

Horta

Primavera

Milho

Mar<;o

Centeio/cebada

b) Regimem de

Dezembro

Dezembro/Janeiro

precipita~ons.

As diferen<;as de altitude e o fenómeno da continentalidade som factores determinantes no regimem de precipita<;ons. Temos que ter em conta que o Golfo comprendido polas rias de Betan<;os, Ares-Ferrol e A Corunha, ao estar orientado para o NO., fica abrigado, ou é numha posi<;om excéntrica arrespeito dos ventos húmidos do O .. Isto provoca que, paradoxalmente, chova mais nos lugares altos que estam situados no interior, que na própria beira-mar por onde entram esses ventos húmidos. Nas terras altas que polo geral som amplíssimas chairas, chove tanto como em regions costeiras da Galiza, enquanto que na nossa beira-mar há um indice de chuvas equiparável aos lugares de menor pluviosodade do país galego (Fig. 7). Na Montanha abondam as chuvas (1600 mm.) sobre terreos de escassas pendentes -penicahaira- e com bacias pouco elaboradas pola erosom; isto ocasiona a forma<;om de zonas hidroturbosas ou branhas. Ainda que nom se poda falar dum período de seca, há umha grande reduc<;om de precipita<;ons que come<;a no mes de Maio, e tem o máximo em Julho e Agosto. A recupera<;om inícia-se a partir de Setembro. Polo tanto, existe um choque entre o período de chuvas nas chairas, que ficam encharcadas (ao serem chás), e o período da seca. Isto atinge a notáveis extensons de terreno, afectando as comunidades vegetais dependentes dos meios húmidos ou encharcados boa parte do ano.

e) Tipos de Inverno. Na Marinha temos definido um inverno de tipo Citrus. Com este tipo de inverno obtém-se os frutos de maior qualidade, ainda que as giadas podem dana-Ios sensívelmente, e um inverno o bastante frio para o trigo de inverno; enquanto que para as zonas altas defíne-se um tipo Avena.

3.3. Geografia Humana. A diferencia<;om física e climática entre as Marinhas e Montanha também tem o seu correlato no aspeto humano. Assim pode-se documentar duas estrategias de ocupa<;om do território: na Marinha observamos como se desenvolvem paráquias de menos de 10 km 2 , e na Montanha som todas maiores dos 10 km 2 • Também surprende ver como nas Matrinhas há maior densidade de popula<;om frente a Montanha (Fig. 8). 14


Contexto ambiental e implicar;ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanr;os, Caliza).

PAROQUIAS GRANDES CONCELHO

PAROOUIA Vicente de Ferven<;:as S. Cristovo de Muniferral S. Lourenzo de Vila Raso Sta. Maria de Ois COIROS OC;A DOS RIOS Sta. Maria de Rodeiro

ARANGA.

Estensom 11 8 162 20,6 16,2 21,3

Habitantes 310 440 602 417 422

Densidade 26 272 22,2 25,7 19,9

PAROQUIAS PEQUENAS CONCELHO

ARANGA BETANC;OS

COIROS.

Estensom 6,2 4,4 2 5,6 1,2 5,8 4,3 1,5 1,8 6,2 1,2 3,1 4,3

PAROOUIA S. Pedro de Feás Betan<;os Capital S. Martinho de Bravio S. Estevo de Piadela Sta. Maria de Pontelhas Santiago de Requiám S. Matinho de Tiobre S. Pedro de Vinhas S. Vicente de Armea S. Giao de Coirós S. Salvador de Colantres Sta. Marinha de Lesa Santiago de Ois

Habitantes 124 9011 188 686 197 783 671 209 77 451 215 261 206

Densidde 20 2047,6 94 122,5 164,2 135 156 139,9 42,8 72,7 179,2 84,2 47,9

Eis por isto que na Montanha ao haver menos gente as paróquias tenham que ser mais grandes, para recolher mais vizinhos, evitando a prolifera<;om de muitas paróquias com mui pouquinha gente. Este esquema é velho, já que se atendemos ao Plano da Província de Betan<;os do século XVIII, vemos que já de.aquela estava a acontecer o mesmo (RIO BARJA, 1990).

4. INVENTARIO DE MAMOAS (Fig. 9) Grupo: Monte-Salgueiro Concelho: Aranga S.ustrato geológico: granito de duas micas deformado. textura: areias grossas ao 80% e areias finas e limos ao 70%. Pedregosidade: caracterizada por níveis meio de pedra e cascalho. Drenagem: regular, nom pequenas zonas semiencharcadas. Profundidade: escassa entre O e 30 cm. Fisiografia: chaira. Acessos estrada de Monte-Salgueiro a Curtis

a altura do kilómetro 34.

Mámoa nº 1 Lugar Monte-Salgueiro Eixos aproximados: NS: 11.60 m. EO: 11.20 m. Altura: 0,4 m. Mámoa nº 2 Lugar Monte-Salgueiro Eixos aproximados: NS: 16.90 m. EO: 18.50 m. Altura: 0,8 m.

15


ANTOM FERNANDEZ MALDE

ATA DA PRIMEIRA GIADA.

Fig.5

DURA<;OM MElA DO PERIODO FRIa

Fig. 6 - Durac;om meia do período frio

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Contexto ambiental e implica\=ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betan\=os, Caliza).

ISOIETA ANUAL

Fig.7

DMSOM ADMINISTRATIVA DA COMARCA DE BETANC;:OS.

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>10 Km2 <10 Km2

Fig.8

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Contexto ambiental e implica<;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betan<;:os, Caliza).

Grupo: As Carreiras Concelho: Aranga Sustrato geológico: granito de duas micas deformado. Textura: areias grossas ao 80% e finas ao 20%. Pedregosidade: composta por pedras e cascalho em níveis meios. Drenagem: regular, presenc;:a de pequenas zonas semiencharcadas. Profundidade: entre os O e 30 cm. Fisiografia: chaira. Acessos: estrada Monte-Salgueiro a Curtis na zona do kilómetro 35.

Mámoa nº3 Eixos aproximados: NS: 19.50 m. EO: 20.50 m. Altura: 1.50 m. Violac;:om: NS: 12.00 m. EO: 7.0 m. Altura: 1 m. Orientac;:om: SES. Grupo: Branha de Pena Moura Concelho de Aranga Sustrato geológico: granito de duas micas deformado. Textura: areias grossas ao 80% e finas com limos ao 20%. Pedregosidade: pedras e cascalho em níveis meios. Drenagem: má, amplas zonas encharcadas. Profundidade: de O a 30 cm. Fisiografia: chaira. Acesso: estrada de Monte-Salgueiro a Curtis na zona do kilómetro 38.

Mámoa nº4 Eixos aproximados: NS: 12.50 m. EO: 12.70 m. Altura: 0.50 m. Violac;:om: NS: 3.46 m. EO: 2.00 m. Altura: 0.25 m. Courac;:a: si; a modo de casca, cubrindo todo o túmulo, em bom estado de conservac;:om. Mámoa nº5 Eixos aproximados: NS: 15.30 m. EO: 14.00 m. Altura: 1.00 m. Mámoa nº6 Eixos aproximados: NS: 14.30 m. EO: 13.00 m. Altura: 1.00 m. Violac;:om: NS: 1.40 m. EO: 1.00 m. Altura: 0.30 m. Mámoa nº 7 Eixos aproximados: NS: 25.50 m. EO: 21.70 m. Altura: 2.50 m. Violac;:om: NS: 5.00 m. EO: 4.00 m. Altura: 0.30 m. Mámoa nº8 Eixos aproximados: NS: 21.70 m. EO: 20.10 m. Altura: 2.00 m. Violac;:om: NS: 5.80 m. EO: 5.00 m. Altura: 0.30 m. Mámoa nº 9 Eixos aproximados: NS: 17.30 m. EO: 13.20 m. Altura: 1.00 m. Courac;:a: nº 4.

Mámoa nº 10 Eixos aproximados: NS: 20.30 m. EO: 21.50 m. Altura: 2.50 m. Estrutura pétrea: si

19


ANTOM FERNANDEZ MALDE

Mámoa nº 11 Eíxos aproximados: NS: 15.40 m. EO: 15.60 m. Altura: 1.50 m. Viola<;:om: NS: 2.60 m. EO: 4.00 m. Altura: 0.35 m. Grupo: de Branha do Porto Moeíro Concelho: Aranga Sustrato geológico: rochas metabásicas e ultrabásicas da série de Vilalba de borde biotitíco. Textura: areias grossas ao 70% e areias finas, limos e arxilas ao 30%. Pedregosidade: Pedras e cascalho em níveís meios. Drenagem: má, amplas zonas encharcadas. Profundidade: de O a 40 cm. Acessos: estrada Monte-Salgueíro a Curtís na zona do kilómetro 39.

Mámoa nº 12 Eixos aproximados: NS: 14.00 m. EO: 12.90 m. Altura: 0.80 m. Mámoa nº 13 Eixos aproximados: NS: 24.80 m. EO: 25.50 m. Altura: 3.00 m. Viola<;:om: NS: 4.80 m. EO: 5.00 m. Altura: 0.80 m. Mámoa nº 14 Eixos aproximados: NS: 9.80 m. EO: 13.10 m. Altura: 0.50 m. Viola<;:om: NS: 2.10 m. EO: 2.70 m. Altura: 0.35 m. Mámoa nº 15 Eixos aproximados: NS:13.10 m. EO: 13.20 m. Altura: 0.70 m. Mámoa nº 16 Eixos aproximados: NS: 18.00 m. EO: 19.20 m. Altura: 1.50 m. Grupo: Branha de Brueíro Concelho: O<;:a dos Rios Sustrato geológico: Série Ordes. Textura: areias grossas ao 70% e areias finas, limos e arxilas ao 30%. Pedregosidade: grande presen<;:a de pedras e em menor medida blocos. Drenagem: má, amplas zonas encharcadas. Profundidade: de O a 30 cm. com tres horizontes bem diferenciados. Fisiografia: chaira. Acessos: estrada de Monte-Salgueiro a Curtis na zona do kilómetro 41.

Mámoa nº 17 Lugar As medonhas Eixos aproximados: NS: 14.10 m. EO: 12.40 m. Altura: 0.60 m. Estrutu ra pétrea: si. Mámoa nº 18 Lugar As medonhas Eixos aproximados: NS: 18.10 m. EO: 18.80 m. Altura: 2.00 m. Viola<;:om: NS: 3.80 m. EO: 1.50 m. Altura: 0.30 m. Oríenta<;:om: S. Mámoa nº 19 Lugar As medonhas

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Contexto ambiental e implica<;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betan<;:os, Galiza).

Eixos aproximados: NS" 24,40 m. EO: 28.70 m. Altura: 3.00m. Violac;:om: NS: 5.20 m. EO: 4.50 m. Altura: 0.75 m. Orientac;:om: NO. Mámoa nº2D Lugar As Bidueiras Eixos aproximados: NS: 18.60 m. EO: 19.60 m. Altura: 1.00 m. Mámoa nº 21 Lugar As medonhas Eixos aproximados: NS: 15.90 m. EO: 17.10 m. Altura: 0.60 m. Mámoa nº22 Lugar As medonhas Eixos aproximados: NS: 9.00 m. EO: 13.00 m. Altura: 0.25 m. Mámoa nº23 Lugar As medonhas Eixos aproximados: NS: 11.90 m. EO: 14.80 m. Altura: 0.30 m. Mámoa nº24 Lugar As medonhas Eixos aproximados: NS: 20.80 m. EO: 18.10 m. Altura: 1.00 m. Mámoa nº25 Lugas As medonhas Eixos aproximados: NS: 11.20 m. EO: 11.80 m. Altura: 0.60 m. Mámoa nº26 Lugar P. Brueiro-segelhe Eixos aproximados: NS: 17.80 m. EO: 18,20 m. Altura 1.00 m. Mámoa nº27 Eixos aproximados: NS: 18.10 m. EO: 15,70 m.Altura: 1.00 m. Mámoa nº28 Lugar P. Brueiro-Segelhe Eixos aproximados; NS: 16.90 m. EO: 17.60 m. Altura: 1.00 m.

Grupo: Branha de Queimada. Concelho: Oc;:a dos Rios. Sustrato Geológico: Série Ordes. Textura: Areias grossas ao 70% e areias finas, limos e arxilas ao 30%. Pedregosidade: pedras e cascalho em níveis meios. Drenagem: regular, zonas encharcadas ou semiencharcadas. Profundidade: de 70 cm. horizonte Al de 40 cm. e Al c de 30 cm. Acessos: estrada de Monte-Salgueiro a Curtis na zona do kilómetro 39. Mámoa nº29 Eixos aproximados: NS: 20.30 m. EO: 21.00 m. Altura: 1.00 m. Violac;:om: NS: 9.50 m. EO: 3.50 m. Altura: 0.50 m. Orientac;:om: SE.

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

Mámoa nº30 Eixos aproximados: NS: 13.50 m. Ea: 9.40 m. Altura: 0.50 m. Mámoa nº31 Eixos aproximados: NS: 21.00 m. Ea: 20.00 m. Altura: 1.70 m. Violac;om: NS: 6.00 m. Ea: 6.00 m. Altura: 0.50 m. Mámoa nº32 Eixos aproximados: NS: 11.00 m. Ea: 12.00 m. Altura: 0.30 m. Grupo: Chousa de Soutelo. Concelho: Coirós. Sustrato geológico: granito de duas micas de formado. Textura: areias grossas ao 80% e areias finas e limos ao 20%. Pedregosidade: presenc;a de blocos, pedras e cascalho em níveis meios. Drenagem: regular, pequenas zonas encharcadas. Profundidade: entre O e 30 cm.

Observam-se fortes processos erosivos em zonas chás pola incidencia negativa das queimas. Acessos: estrada N-6, zona de exposic;om do escultor Fea!.

Mámoa nº33 Eixos aproximados: NS: 16.00 m. Ea: 16.40 m. Altura: 1.75 m. Violac;om: NS: 3.70 m. Ea: 0.00 m. Altura: 0.00 m. Orientac;om: SEE. Mámoa nº34 Lugar Chousa de Soutelo Eixos aproximados: NS: 17.60 m. Ea: 15.90 m. Altura: 1.70 m. Mámoa nº35 Lugar Chousa de Soutelo Eixos aproximados: NS: 12.90 m. Ea: 12.80 m. Altura: 0.50 m. Violac;om: NS: 3.20 m. Ea: 2.70 m. Altura: 0.75 m. Mámoa nº 36 Lugar Chousa de Soutelo Eixos aproximados: NS: 21.40 m. Ea: 20.60 m. Altura: 2.00 m. Violac;om: NS: 6.60 m. Ea: 6.00 m. Altura: 0.75 m. Orientac;om: NS. Mámoa nº37 Lugar Chousa de Soutelo Eixos aproximados: NS: 10.20 m. Ea: 10.30 m. Altura: 0.50 m. Violac;om: NS: 3.80 m. Ea: 3.00 m. Altura: 0.25 m. Mámoa nº38 Lugar Chousa de Soutelo Eixos aproximados: NS: 8.30 m. Ea: 10.00 m. Altura: 0.25 m. Mámoa nº 39 Lugar Chousa de Soutelo Eixos aproximados: NS: 20.50 m. Ea: 20.40 m. Altura: 2.00 m.

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Contexto ambiental e implicac;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanc;:os, Caliza).

Violac;om: NS: 7.20 m. EO: 4.50 m. Altura: 0.75 m. Orientac;om: SES. Mámoa nº40 Lugar Chousa de Soutelo Eixos aproximados: NS: 14.90 m. EO: 14.10 m. Altura: 0.75 m. Mámoa nº41 Lugar Chousa de Soutelo Eixos aproximados: NS: 12.80 m. EO: 16.50 m. Altura: 0.25 m. Mámoa nº42 Eixos aproximados: NS: 10.30 m. EO: 15.60 m. Altura: 1.50 m. Mámoa nº43 Eixos aproximados: NS: 16.50 m. EO: 14.70 m. Altura: 1.30 m. Violac;om: NS: 3.00 m. EO: 2.00 m. Orientac;om: S. Mámoa nº44 Lugar Costa do Sal Eixos aproximados: NS: 12.00 m. EO: 15.00 m. Altura: 0.75 m. Violac;om: NS: 3.00 m. EO: 3.00 m. Altura: 0.25 m. Courac;a: nº 4. Grupo: Marco do Azibro Concelho de Coirós Sustrato geológico: granito de duas micas deformado. Textura: areias grossas ao 80%, areias finas e limos ao 30% Pedregosidade: presenc;a de blocos, pedras e cascalho en níveis meios. Drenagem: boa. Profundidade: entre O e 30 cm. Fisiografia: meia ladeira. Acessos: corta-fogos na zona do Marco do Azibro.

Mámoa nº45 Lugar Revoltas Longas Eixos aproximados: NS: 11.00 m. EO: 10.00 m. Altura: 0.35 m. Mámoa nº46 Lugar Revoltas Longas Eixos aproximados: NS: 10.00 m. EO: 11.00 m. Altura: 0.35 m. Courac;a: nº 4. Mámoa nº47 Lugar Revoltas Longas Eixos aproximados: NS: 10.00 m. EO: 11.00 m. Altura: 0.35 m. Violac;om: NS: 2.00 m. Courac;a: nº 4. Grupo: Monte das Moas. Concelho de Coirós. Sustrato geológico: granito de duas micas deformado.

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

Textura: areias grossas ao 80%, areias finas e limos ao 30%. Pedregosidade: abondam blocos e pedras. Drenagem: regular. Profundidade: de O a 50 cm. Fisiografia: chaira. Acessos: estrada N-6.

Mámoa nº48 Eixos aproximados: NS: 13.20 m. EO: 19.50 m. Altura: 1.00 m.

Mámoa nº49 Eixos aproximados: NS: 17.00 m. EO: 15.00 m. Altura: 1.30 m. Viola<;om: NS: 4.50 m. EO: 2.30 m. Altura: 0.50 m.

Mámoa nº 50 Eixos aproximados: NS: 15.00 m. EO: 14.00 m. Altura: 1 m.

Mámoa nº 51 Eixos aproximados: NS: 16.00 m. EO: 14.00 m. Altura: 1 m.

Mámoa nº52 Lugar Figueiras Eixos aproximados: NS: 13.00 m. EO: 13.70 m. Altura: 0.75 m. Viola<;om: NS: 4.00 m. EO: 3.00 m. Altura: 0.50 m.

Mámoa nº 53 Lugar Figueiras Eixos aproximados: NS: 10.00 m. EO: 8.00 m. Altura: 0.30 m.

Mámoa nº 54 Lugar Figueiras Eixos aproximados: NS: 18.00 m. EO: 11.90 m. Altura: 1.00 m.

Mámoa nº 55 Lugar Figueiras Eixos aproximados: NS: 11.30 m. EO: 12.10 m. Altura: 0.75 m.

Mámoa nº 56 Lugar Figueiras Eixos aproximados: NS: 13.00 m. EO: 12.20 m. Altura: 0.75 m.

Mámoa nº57 Lugar Figueiras Eixos aproximados: NS: 13.10 m. EO: 12.30 m. Altura: 0.75 m.

Mámoa nº 58 Lugar Figueiras Eixos aproximados: NS: 20.00 m. EO: 18.40 m. Altura: 1.30 m. Viola<;om: NS: 5.60 m. EO: 4.20 m. Altura: 0.50 m.

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Contexto ambiental e implicac;ons socioculturais do Megalitismo das Sacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Setanc;os, Caliza).

Mámoa nº 59 Lugar Figueiras Eixos aproximados: NS: 13.50 m. EO: 12.30 m. Altura: 0.25 m. Grupo: Lapela-Coirós. Concelho de Coirós. Sustrato geológico: complexo da série de Ordes. Textura: areias grossas ao 50%, areias finas, limos e arxilas ao 50%. Pedregosidade: pedras e níveis meios. Drenagem: boa. Profundidade: de O a 100 cm. Fisiografia: chaira.

Acessos: pista forestal desde a Lapela a Coirós. Mámoa nº60 Lugar Lapela Eixos aproximados: NS: 10.30 m. EO: 12.40 m. Altura: 0.80 m. Mámoa nº 61 Lugar Coirós Eixos aproximados: NS: 18.00 m. EO: 14.15 m. Altura: 0.85 m. Grupo: Figueiras. Concelho de Coirós. Sustrato geológico: granito de duas micas deformado. Textura: areioas grossas ao 80%, areias finas ao 20%. Pedregosidade: pedras a níveis meios. Drenagem: boa. Profundidade: de O a 50 cm. Fisiografia: chaira.

Acessos: pista forestal de Figueiras a Ois. Mámoa nº62 Lugar Figueiras Eixos aproximados: NS: 12.20 m. EO: 12.00 m. Altura: 0.40 m. Mámoa nº63 Lugar Figueiras Eixos aproximados: NS: 10.70 m. EO: 12.30 m. Altura: 0.75 m. Grupo de Pena Moura. Concelho de O<;a dos Rios. Sustrato geológico: granito de duas micas deformado. Textura: areias grossas ao 80%, areias finas ao 20%. Pedregosidade: pedras e morilho a níveis meios. Drenagem: regular, com zonas parcialmente inundadas. Profundidade: de O a 30 cm. Fisiografia: chaira num espolom.

Acessos: pista de Pena Moura ao Fontelo. Mámoa nº64 Lugar Pena Moura Eixos aproximados: NS: 9.35 m. EO: 11.30 m. Altura: 0.80 m. Coura<;a: nº 4.

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

Mámoa nQ 65 Lugar Pena Maura Eixos aproximados: NS: 17.40 m. EO: 18.40 m. Altura: 1.25 m. Viola<;:om: NS: 5.30 m. EO: 5.00 m. Altura: 0.50 m. Coura<;:a: nº 4. Mámoa nQ 66 Lugar Pena Maura Eixos aproximados: NS: 18.00 m. EO: 19.60 m. Altura: 0.80 m. Viola<;:om: NS: 3.90 m. EO: 5.00 m. Orienta<;:om:SE,Coura<;:a: nº 4.

Mámoa n Q 67 Lugar Pena Moura Eixos aproximados: NS: 17.60 m. EO: 19.70 m. Altura: 1.75 m. Viola<;:om: NS: 5.00 m. EO: 5.00 m. Altura: 0.40 m. Coura<;:a: nº 4, Estrutura pétrea: si.

Mámoa n Q 68 Lugar Pena Moura Eixos aproximados: NS: 19.30 m. EO: 12.40 m. Altura: 2.30 m. Viola<;:om: NS: 5.00 m. EO: 3.00 m. Altura: 0.35 m. Coura<;:a: nº 4. Mámoa n Q 69 Lugar Pena Moura Eixos aproximados: NS: 15.50 m. EO: 15.60 m. Altura: 1.50 m. Viola<;:om: NS: 5.00 m. EO: 4.00 m. Orienta<;:om:SES, Coura<;:a:nº4 Mámoa n Q 70 Lugar Pena Moura Eixos aproximados: NS: 10.70 m. EO: 10.20 m. Altura: 0.30 m. Coura<;:a: nº 4. Mámoa n Q 77 Lugar Pena Moura Eixos aproximados: NS: 17.20 m. EO: 16.40 m. Altura: 1.00 m. Viola<;:om: NS: 6.00 m. EO: 1.50 m. Altura: 0.25 m. Orienta<;:om: NEE, Coura<;:a: nº 4. Mámoa n Q 72 Lugar Pena Moura Eixos aproximados: NS: 12.00 m. EO: 11.20 m. Altura: 1.00 m. Coura<;:a: nº 4.

Mámoa n Q 73 Lugar Pena Moura Eixos aproximados: NS: 23.00 m. EO: 24.00 m. Altura: 2.50 m. Viola<;:om: NS: 5.80 m. EO: 2.90 m. Altura: 0.50 m. Orienta<;:om: E, Coura<;:a: nº 4. Mámoa n Q 74 Lugar Pena Maura

26


Contexto ambiental e implicar;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanr;:os, Galiza).

Eixos aproximados: NS: 19.60 m. EO: 21.00 m. Altura: 1.50 m. Viola<;om: NS: 4.90 m. EO: 5.10 m. Altura: 0.00 m. Orienta<;om: E, Coura<;a: nº 4.

Mámoa nº 75 Lugar A Fraga Eixos aproximados: NS: 13.70 m. EO: 12.00 m. Altura: 0.35 m. Mámoa nº 76 Lugar A Fraga Eixos aproximados: NS: 17.80 m. EO: 16.40 m. Altura: 1.50 m. Viola<;om: NS: 5.40 m. EO: 4.85 m. Altura: 0.40 m. Orienta<;om: SOS, Coura<;a: nº 4, Estrutura pétrea: si.

Mámoa nº 77 Lugar A Fraga Eixos aproximados: NS: 13.60 m. EO: 13.60 m. Altura: 1.00 m. Viola<;om: NS: 4.00 m. EO: 3.30 m. Altura: 0.25 m. Orienta<;om: SE, Coura<;a: nº 4. Mámoa nº 78 Lugar A Fraga Eixos aproximados: NS: 13.70 m. EO: 13.60 m. Altura: 1.00 m. Coura<;a: nº 4.

Mámoa nº 79 Lugar A Fraga Eixos aproximados: NS: 13.10 m. EO: 10.90 m. Altura: 0.50 m. Viola<;om: NS: 5.60 m. EO: 2.40 m. Altura: 0.30 m. Orienta<;om: NS, Coura<;a: nº 4, Estrutura pétrea: si. Grupo: Monte do Felga. Concelho de O<;a dos Rios. Sustrato geológico: granito de duas micas deformado. Textura: areias grossas ao 80%, areias finas ao 20%. Pedregosidade: presen<;a de blocas e perdas a níveis meios Drenagem: boa. Profundidade: polo geral de O a 30 cm. mas há sítios que acumulam terras e chegam desenvolver

tres horizontes, facto aproveitado para a reforesta<;om de amplas zonas neste sector do monte. Fisiografia: meia ladeira. Acessos: pista de Pena Maura ao Fontelo.

Mámoa nº80 Eixos aproximados: NS: 11.80 m. EO: 10.30 m. Altura: 0.85 m. Coura<;a: nº 4, Estrutura pétrea: si.

Mámoa nº 81 Eixos aproximados: NS: 10.60 m. EO: 12.00 m. Altura: 0.80 m. Coura<;a: nº 4, Estrutura pétrea: si.

Mámoa nº82

Eixos aproximados: NS: 7.80 m. EO: 6.40 m. Altura: 0.25 m. 27


ANTOM FERNANDEZ MALDE

Mámoa nºS3 Eixos aproximados: NS: 17.40 m. EO: 8.60 m. Altura: 1.00 m. Violayom: NS: 4.70 m. Altura: 0.50 m. Coura<;a: nº4.

Grupo: Cruz de Campo Janeiro. Concelho de O<;a dos Rios. Sustrato geológico: granito de duas micas deformado. Textura: areias grossas ao 80%, areias finas e limos ao 20%. Pedregosidade: pedras e morilho a níveis meios. Drenagem: boa. Profundidade: polo geral de O a 30 cm., ainda que há zonas de acumula<;om de terra com tres horizontes, que permite a reforesta<;om de amplas zonas neste sector.

Fisiografia: meia ladeira. Acessos: pista de Pena Moura ao Fontelo. Mámoa nºS4 Eixos aproximados: NS: 12.00 m. EO: 9.70 m. Altura: 0.50 m. Coura<;a: nº 4. Mámoa nºS5 Eixos aproximados: NS: 14.10 m. EO: 12.60 m. Altura: 0.80 m. Viola<;om: NS: 0.80 m.

5. ANAlISE DOS DADOS AMBIENTAIS EARQUEOlOGICOS

o que se pretende com este apartado é, após de termos descrito a paisagem natural e a distribui<.;:om espacial dos túmulos, concretar e caracterizar as áreas ocupadas, relacionando a distribui<.;:om espacial com tipos de solos, c1asses agrológicas e aproveitamento agrícola, cara indagar aspetos superestructurais, na possível explota<.;:om e utiliza<.;:om do meio por estas comunidades; e aspetos infraestructurais, que estam a determinar o emprazamento prioritariamente ao longo vias de comunica<.;:om naturais como a estrutura das necrópoles. 5.1. A rela~om das mámoas com a geología De forma geral venhem-se fazendo este tipo de estudos para avaliar a quantidade de pessoas ou for<.;:a de trabalho que é necessária junguir para poder transportar as lousas de várias toneladas de peso, utilizadas na cámara megalítica (AIRA RODRIGUEZ et al., 1986: 167). Na zona de estudo dado o reduzido número de antas -agás algum chanto-, nom se pode desenvolver esta metodologia. Mas sim destacar que o material dos chantos ai-no em afloramentos a distancias entre 100 e 250 m., semelhando obedecer ao fato destacado por outros investigadores (CRIADO BOADO e RODRIGUEZ CASAL, 1983, e AIRA RODRIGUEZ et al., 1986) que as distancias as materias primas nom som um factor limitador determinante.

5.2. A rela~om das mámoas com os solos Para a caracteriza<.;:om dos solos sobre os que se asentam as mámoas, seguiram-se os dados obtidos por GIL SOTRES e DIAZ FIERROS (1984) para a zona em estudo (Fig. 10), que permite definir as terras com muita mais precisom que o mapa dos solos naturais, fornecido com os dados recolhidos nas nossas fichas a pe de mámoa. Num princípio, é chamativo o facto que o 60% das mámoas (51 das 85 do catálogo) estejam ubicadas sobre solos de c1asse G. Esta c1asse de solo é derivada de rocha graníticas e esquistos nom 28


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(Segundo Gil Sotres e Díaz Fierros, 1984)

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TIPOS DE SOLOS

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

pertencentes ao complexo de ardes. A pedregosidade varia entre um nível meio de pedras e cascalho nas terras dos grupos de Monte-Salgueiro, As Carreiras e na Branha de Pena Moura, Pena Moura e Cruz de Campo Janeiro, até um nível meio de de blocos, pedras e cascalho dos grupos da Chousa de Soutelo, Marco do Azibro e Monte do Felga. Na textura dos solos prima a presenc;a das areias grossas (80%) frente as areias finas e limos (20%). A profundidade está comprendida entre 05,0 e 25-30 cm. o qual impossibilita a implantac;om de cultivos e árbores de enraizamento profundo,e qualquer tipo de mecanizac;om segundo GIL SOTRES e DIAZ FIERROS (1984: 18). A respeito da drenagem um 16,12% das mámoas nesta c1asse agrológica estám em solos bem drenanos em meias ladeiras, um 69,35% estám em solos parcialmente inundados em chairas e meias ladeiras suaves, e um 12,90% (as mámoas da Branha de Pena Moura) sobre solos encharcados. Em geral, esta c1asse possúe solos bem drenados e com déficits de precipitac;om de 60 a 90 días. A sua disponibilidade de nutrintes e má, cumha saturac;om do 15 ao 7% e pH de 4,5 a 5,0. Em principio, o espalhamento desta c1asse agrológica desde a chaira aos blocos baixos polo Monte do Gato, ajuda a entender a similitude de paisagens naturais onde se sitúam as mámoas ainda qu'e estejam em unidades de relevo diferentes. Ao SE espalha-se o solo de c1asse A, desenvolto sobre o complexo da série de ardes, num entorno no que abondam as quartzitas e seixos juntos. A pregosidade varia entre umha presenc;a pequena de blocos junto a um nível alto de pedras na Branha do Porto Moeiro até um nível meio de pedras e morrillo na Branha de Brueiro e mais diminuido na Branha de Queimada. Na composic;om granulométrica da textura nota-se a influencia o cambio de sustrato geológico ao acrescentar-se o índice de areias finas (30%) frente as grossas (70%). Nesta c1asse de solos registamos profundidades que vam desde os 30 cm. da Branha de Porto Moeiro até os 70 cm. da Branha de Brueiro. Um 64% das mámoas localizadas nesta c1asse agrológica estam situadas em terras parcialmente inundadas, desenvoltas sobre chairas, e um 36% em solos hinundados (Branha do Porto Moeiro). Gil Sotres e Díaz Fierros definem estes solos como bem drenados e com menos de 30 dias de déficit de precipitac;om. Estas terras apresentam carencias de nutrintes, como no caso anterior, dado que junto a profundidade do solo define umha Terra Parda Oligotrófica. As mámoas dos grupos do Monte das Moas e Figueiras acham-se sobre terras de c1asse E, desenvolto sobre granitos de duas micas. O nível de pedregosidade é alto, composto por blocos e pedras e directamente relacionado com a grande intensidade de extracc;ons canteiras. A textura é em func;om do sustrato geológico granítico; assim primam as areias grosas (80%) frente as areias finas, limos e arxilas (20%). Estes solos contam polo geral cumha profundidade entre os 25 e 50 cm., [2] o qual permite desenvolver pastons e árvores de enraizamento pouco fundo, ahinda que com restricc;ons para cultivos de enraizamento intermeio, e inviável para cultivos de enraizamento profundo. Porem permite a utilizac;om de maquinária manual ou de tracc;om animal, limitado pola pouca profundidade, pendentes e afloramentos. Os solos estam bem drenados e cum déficit de precipitac;ons de entre 60 a 90 dias. A fertilidade acusa a escassa disponibilidade de nutrintes, cumha saturac;om do 15 ao 7% e pH de 4,5 aS. Frente a este panorama, as terras de cultivo ocupam terrenos de c1asse C, entre 50 e 100 cm. de profundidade, desenvolvem-se nas veigas dos vales onde vam depósitos provintes da erosom das terras altas, obtendo auga constante dos rios; as vezes gozam dum microclima polo efeito nicho como. caso do Val de Fervenc;as inclinado ao NO. Dito val, situado na cabeceira dos ríos Paranos e Vexo, as hortas, pastons e boscos nada tem que ver com o que há além estrada Monte-Salgueiro/Curtis, que marca de algumha maneira o limite. Neste tipo de solo só conhecemos as duas mámoas do grupo Lapela-Coirós, em terras sobre um sustrato geológico do complexo de ardes, cumha pedregosidade caracterizada pola presenc;a meia de pedra miuda e umha textura cumha grande influencia de areias finas, limos e arxilas (50%) frente ao predomínio das areias grossas nos outros tipos de solos.

[ 2 ] Ainda que nós temas documentado 10 cm. no caso das mámoas nº 48 e 49 em func;om da intensa erosom.

30


Contexto ambiental e implicac;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanc;:os, Galiza).

Mas, que tipo de vegeta~om suportam estes solos? As nossas enquisas sobre os entornos vegetais das mámoas e a sua distancia aproximada em metros fornecem os seguintes resultados: Solo de Classe G Grupo Monte Salgueiro (2) As Carreiras (1) Branha Pena Moura (8) Chousa de Soutelo (12) Marco do Azibro (3) Pena Moura (16) Monte Felga (4) Cruz de Campo Janeiro (1)

Politvos

M.Alto

Prados

400 700 1000 400 500 1000 si si

200 700 1000 2000 2000 700 600 600

M.Alto

Prados

Politvos

200 700 si

100 700 100

400 700 200

M.Alto

Prados

Politvos

300 si

300 200

400 200

M. Baixo

M.Alto

Prados

1000

si

100

M. Baixo si si si si si si si 100

400 <2000 700 2000 2000 <2000 <2000 <2000

Solo de Classe A Grupo Branha de Porto Moeiro (6) Branha de Brueiro (12) Branha de Queimada (8)

M. Baixo si si si

Solo de Classe E Grupo Monte das Moas (12) Figueiras (2)

M. Baixo si si

Solo Classe C

Para a c1asse G a paisagem pré-dominante é o monte baixo cumhas distancias as zonas de monte alto mais próximas que rondam os 700-1000 m. e 400-500 m., porém dous grupos compartilham a mistura entre monte baixo com amplas zonas de monte alto fruto da reforesta<;om com espécies como o pinheiro e eucalipto aproveitando zonas de acumula<;om de terra cumha profundidade que permite o em raizamento destas árvores. As distancias aos prados acham-se agrupadas em torno a dous valores um entre os 200-600/700 m. e um segundo entre os 1000-2000 m. Os policultivos som na meirande parte pequenas hartas das casas, estes agrupam-se a redor dos 400-700 m. e 2000. Na c1asse A a paisagem pré-dominante é o monte baixo mas mui próximo ao bosque alto (200700 m.) e as vezes compartilham o mesmo espa<;o. Os prados ficam entre os 100 m. e 700 m., mui perto das casas da zona e as suas hortas a umha distancia entre 200-400 m. e os 700 m. Para a c1asse E o ambiente pré-dominante é o monte alto misturado com pequenos núcleos de monte baixo, onde as distancias a prados e policultivos, já nom de carácter marginal como os anteriores, nom ultrapassam os 400 m. 31


ANTOM FERNANDEZ MALDE

o

solo de c1asse C é o tipo característico do monte alto e poi icultivos desenvoltos, onde h distancias de 1000 m. aos pequenos núcleos de monte baixo descrito para a c1asse anterior. Os dados correspondem-se com as características do solos sobre os que se desenvolvem. Há umha

correla~om evidente entre os factores limitadores dos cultivos e a coberta vegetal suportada, d~ maneira que: a medida que diminue a pedregosidade e drenagem, junto a umha maior d~ profundidade e unha textura mais fina, acrescentam-se os níveis de monte alto, prados ~ policultivos. Assim podemos definir os solos de c1asse G e A como próprios de ambientes de monte baixo, sem desestimar o facto de haver pequenos focos de monte alto reforestado. Na c1asse e aind? que prima o monte alto altrernam os claros de monte baixo conferido-Ihe um carácter intermeiQ entre as c1asses G e A com a c1asse e que caracteriza os ambientes da marinha onde prima o monte alto e poi icultivos. Estes dados ajudarom-nos a definir o que aperceviamos que de comum tinham os lugares onde se acham as mámoas, cuja caracterizac;om se fazia difícil pola variedade de entornos que ás vezes eram desconcertantes, quer dizer, como caracterizar esse ambiente montanhoso. A teor dos números, 82 mámoas das 85 catalogadas som emprazadas em paisagens de monte baixo. Como antes digemos a cobertura vegetal depende sobremaneira das características do solo, estas características podemo-Ias definir para o caso do monte baixo pola escassa profundidade do solo, umha pedregosidade meia a base de pedra e cascalho, umha textura onde primam as areias grossas (83 casos), em geral som solos cumha drenagem nom mui boa (25 boa, 39 regular, 21 má) junto a graves processos erosivos tanto nas chairas como nas ladeiras por onde escorrentam augas. Em princípio esta caracterizac;om corresponde-se com os dados fornecidos polas análises palinológicas em paleosolos de mámoas, onde se define umha vegetac;om típica do monte baixo, com predomínio das espécies herváceas frente as arvóreas que acusam a limitac;om da profundidade do solo (LOPEZ, 1986). Por outra parte, tanto a a estrutura dos solos descritos nos paleosolos do Barbanc;a como na Parxubeira (CALVO, CRIADO e VAZQU EZ, 1982), como a paisagem de bosque aberto definido nas análises palinológicas de túmulos, como comentaremos no apartado 5.3, semelha corresponder-se com o actual panorama edafológico e paisagístico actual na zona em estudo; polo menos na zona de Montanha ou Chairas Altas. Os solos pouco fundos estam a limitar a implantac;om de vegetac;om pola pouca capacidade de" enraizamento que oferecem. Estas restricc;ons -junto aos efeitos do c1ima-, acúsam-se sobre as: populac;ons vegetais que colonizam este tipo de solos, como pinheiros e eucaliptos de repovoac;om' ou mesmo os tojos, ao constatar-se um crecimento diferencial destas mesmas espécies em solos que: acrescentam a sua profundidade o qual favorece um maior crecimento destas espécies. ' Outra circunstancia a pór de relevo é a influencia da textura na facilidade de laboreo da terra, e na . disponibilidade d'auga segundo as directrizes de GIL SOTRES e DIAZ FIERROS (1984: fig. 3) .. Achamo-nos ante solos de texturas areosas, fázeis de laboreo com aixada. A origem destas texturas há que situala primeiramente na influencia do material geológico de partida na granulac;om do solo: Tipo de solo

Rocha

Ranker Ranker Terra Parda Terra Parda Veiga Parda Veiga Parda

Granito Básica Granito Básica Gneis Básica

Areia Fina

Areia Crossa

14.43 26,50 17,16 19,89 8,68 23,80

70,60 38,08 54,33 18,29 80,65 34,63

32

Limo 5,65 23,93 15,08 37,83 4,78 20,75

Arxila 9,32 11,44 13,23 23,99 5,89 20,82


Contexto ambiental e implicayons socioculturais do Megalitismo das Bacías do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanyos, Caliza).

Os solos de tipo Ranker e Terra parda na zona de estudo, desenvólvem-se sobre granitos, a presenc;a maioritária, em proporc;om, de areias grossas caracteriza-os como solos ligeiros. Porém convem sinalar a reducc;om do 26% da presenc;a de areia grossa e o acrescentamento da porcentagem de limos e arxilas na Terra Parda, acrescenta o seu valor para o actual sistema agrário, sobre o que desenvolve hortas, pastons, boscos e aldeias. Os grupos desenvoltos sobre um sustrato do complexo da série Ordes espalham-se polo concelho de Oc;a, a sua granulac;om inflúe na configurac;om como os melhores solos da comarca. A actual estrutura granulométrica também vem dada polos intensos processos de lavado que sofrem estes solos, que já de partida oferecem umhas boas condic;ons de drenagem pola sua estructura. Isto vai influir na seca edáfica que actúa directamente no rendimento dos cultivos. Nos resultados da caracterizac;om do regime hídrico feito por GIL SOTRES e DIAl FIERROS (1984:27), pode-se observar esta relac;om, resultado de avaliar o balanc;o das precipitac;ons e a evotranspirac;om potencial, relacionando-no com a capacidade de retenc;om da auga que confire características do solo como profundidade, textura e pedregosidade. Estes autores no seu trabalho o relacionavam-o com o acesso de maquinária (GIL SOTRES e DIAl FIERROS, 1984:23), mas também para avaliar o facto limitador dos encharcamentos nos cultivos.

Dias de encharcamento 5 - 15 30 15 15 15

Período Inverno-comec;os da Primavera Inverno-comec;os da Primavera Meados da Primavera Comec;os do Verao Verao

% reduq:om da colheita 26 93 95 67 100

( Segundo GIL SOTRES E DIAl FIERROS, 1984:27 )

5.3 A paleopaisagem desde umha síntese paleoclimática Este apartado obedece a necessidade definirmo-nos umha hipótese de trabalho paleoclimática no período Atlantico que nos permita indagar nas suas repercusons agronómicas, ja que nom se pode extrapolar ao passado um modelo descrito para a actualidade que tam só serve como orientac;om. Pese a trabalhar numha zona onde nom contamos com nengumha mostra nem análise palinológica, sim dispomos de numerosos trabalhos sobre o paleoambiente no NO. peninsular como os de DIAl FIERROS, TORRAS e VAlQUEl VARELA 1979; AIRA e VAZQUEl 1985; CRIADO, AIRA e DIAl FIERROS 1986; SAA e DIAl FIERROS 1982 e 1986; TORRAS, GIL e DIAl FIERROS 1982; MENENDEl AMOR 1969 e 1971; MENDEl AMOR e FLORSCHUTZ 1961 ou já recentemente RAMIL 1993 e RAMIL et al. 1990. Estes oferecem um bom ponto de partida para abordar a reconstrucc;om paleoambiental. Caracterizac;om feita com estes dados paleoambientais do NO. vai-se complementar cumha aproximac;om climática segundo o esquema global do clima que apresenta M. MAGNY (1982), cuja aplicac;om no estudo da pré-história tem posto de relevo investigadores como M. de BLAS (1986) e CRIADO BOADO (1988: 155, 1989: 118). Do cotejo destes dous tipos de evidencias tentara-se caracterizar agroclimáticamente a zona de estudo, practicando umha valorac;om agronómica que ajude a medir a potencialidade agrícola, o influjo sobre determinadas áreas e a adicac;om potencial nelas, como parámetros que possibilitam a ocupac;om e explotac;om do espac;o como antes se tem posto de relevo. Umha primeira aproximac;om ao clima do período Atlantico é a que nos oferece a palinología. Como hípotese de trabalho seguira-se o modelo paleoclimático proposto por AIRA, CRIADO e DIAl 33


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FIERROS (1986:160), definido para a Serra do Barbanc;a. Segundo estes autores o clima no período Atlantico tería sido mais cálido e húmido que o actual, condic;ons que determinaríam o c1imax ecológico da sera nesse período. As repercusons mais importantes no meio natural seríam as seguintes: bosco mais desenvolvido com predomínio do Quercus; um maior desenvolvimento de praderas de gramíneas; e solos mais profundos que os actuais. Destes dados e outros pode-se deduzir o predomínio de bosco aberto com amplas pradeiras ou como já apontavamos antes umha vegetac;om típica do monte baixo (AIRA 1986, LOPEZ 1986, SAA 1985, e TORRAS 1984). A nivel geral nos pólenes arvóreos refléxa-se a incidéncia dum clima mais cálido e mais húmido no retraimento do Corylus (o qual espalhara-se no Boreal, num momento de suavidade climática e mais humidade, ainda que Galiza limitara com áreas frias), cum desenvolvimento do Quercetum, e espécies termófilas como a Tilia e Ulmus Especial interesse tem a proposta climática de M. Magny (1982), oferecendo um esquema global do clima desde o 7000 BP na Europa Occidental e Nórdica, dentro do contexto da Circulac;om Geral Atmosférica. O autor sostem que desde o período Atlantico acontece um desprazamento de Norte a Sul do M.C.G.A., cujo eixo central teria ocupado no 7000-6000 BP. umha posic;om mais septentrional que na actualidade. Este esquema explicaría o domínio de rasgos específicos em Escandinávia e a Europa do Norte (diminuc;om de temperatura e acusada humidade) (MAGNY, 1982:148). A climatología para Galiza viría da sua posic;om na zona de prodomínio das massas de ar tropical atlantico, cum clima mais cálido que na actualidade. Da distancia a zona de perturbac;ons situada no eixo Escócia, Mar do Norte, Escadinávia Sul, e a Europa do Norte, pode deduzir-se um descenso no regime de precipitac;ons que na actualidade, devido ao desprazamento do cinto de pertubac;ons, que hojendia atingem mais intensamente. Pese ao genérico destes dados, e nom contar polo de agora com anál ises na comarca, só podemos aventurar a teor da síntese anterior que o caracter cálido do clima pudo ter repercutido no descenso do período de giadas, cum acrescentamento da potencialidade agrícola, sobretudo nas zonas da Montanha, como tem sinalado CRIADO BOADO (1988:155). Por outra parte a entrada dos ventos húmidos do NE. provintes do cinto de perturbac;ons, afectaría em maior medida as terras altas, ao serem as primeiras unidades de relevo em entrar em contacto com estes ventos, por mor da orientac;om NO. do relevo da comarca no seu conjunto. Segundo disto, podemos considerar que a diferenciac;om climática entre as marinhas e a montan ha funcionaria no período Atlantico na zona em estudo.

5.4 A rela~om com as vias naturais Na distribuic;iom espacial das mánoas destaca a vinculac;om, tanto na distribuic;om geral como em casos concretos, a vias naturais de comunicac;om e a caminhos, circuntancia posta de relevo por autores como MAClÑEIRA (1935 e 1944) e LOPEZ CUEVILLAS (1973), e descrita para diversas zonas (BELLO DIEGUEZ, CRIADO BOADO e VAZQUEZ VARELA, 1982, 1987). No caso concreto da zona em estudo podem-se diferenciar neste sentido duas zonas diferenciadas, mas interrelacionadas. Umha primeira via, é a que comunica as chairas altas com os blocos baixos como o de Coirós-A Lapela através do Monte do Gato. Esta via comec;a no grupo de mámoas de Pena Moura, situadas as beiras do caminho do Monte do Gato (que comunica estas terras altas com os blocos inferiores neste tramo central da comarca). Seguiria o grupo da Pena dos Bulhos, Cruz de Campo Janeiro no meio do monte. As mámoas seguem as beiras do caminho que vai do Fontelo a Queimada polo Monte do Gato, assim comunicam-se com as mámoas num plano inferior, e estas comunicam com as do grupo Coirós-A Lapela no seguite bloco mais abaixo. Esta via natural de transito está a pór em relac;om a Montanha com a Marinha, dous hábitats diferentes, que permite aceder a distintos recursos. 34


Contexto ambiental e implicac;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanc;:os, Caliza),

Nas chairas altas da Montanha atopamos a segunda via. Neste caso as mámoas situam-se as beiras da estrada que vai de Monte-Salgueiro a Curtis; o que permitiria artelhar o transito nessas inmensas chairas. Esta via já viria da zona de Sobrado e Curtis, para enlazar com o grupo de Murugeses, seguindo com as branhas de Queimada, Brueiro, Porto Moeiro e a Pena Moura, mais adiante as de As Carreiras até chagar as de Monte-Salgueiro. Porém, na bibliografia consultada sobre vias e caminhos velhos só achamos a hipótese do possível passo por este sector, da via romana Per Loca Maritima formulada por L. MONTEAGUDO (1955: 300). Mas só é coincidente com as mámoas dos planos de Coirós/A Lapela e Pedrapartida, nos que a rela<;om directa com os caminhos nom é tam evidente como tal vez se pudera deducir umha análise em conjunto com os outros grupos. Para época medival na cartografia fornecida por FERREIRA PRIEGUE (1988) nom aparece nengum caminho neste sector, si aparece curiosamente a beira do rio Mandeo, um caminho que chega até o Buriz. Esse era o caminho que ia de Betan<;os as Pontes de Garda Rodríguez, Ribadeu e Viveiro, umha das rotas jacobeas do norte galaico, com mámoas as beiras, mas a espera de as fazerem um estudo.

6. PROPOSTA DE ARQUEOLOCICOS.

INTERPRETA~OM

DA

RELA~OM

DOS DADOS AMBIENTAIS E

Que significa<;om tem o emprazamento predominante das mámoas em zonas de monte baixo com solos pouco fundos e medianamente bem drenados? Cremos que teriamo-Io que por em rela<;om com o sistema agrário de tala e queima descrito para estas comunidades através do registo palinológico (DIAZ FIERROS, TORRAS e VAZQUEZ VARELA, 1975: 51; BELLO, CRIADO, VAZQUEZ VARELA, 1982a, 1982b, 1985, 1987; LOPEZ 1986; RAMIL REGO, 1993) e os complexos materiais em pedra talhada (CRIADO BOADO, 1981) e pedra polida (F AB REGAS VALCARCE, 1988: 61 ;) A repercusom sobre as comunidades vegetais da pouca profundidade dos solos, como já temos comentado, manifesta-se no menor crecimento e entidade das mesmas, facto que fazilita umha tarefa deforestad ora para comunidades que possúem como elenco tecnológico a pedra polida; pola contra os grandes exemplares vegetais desenvoltos em terras profundas som um importante elemento limitador nas tarefas de deforesta<;om como tem posto de manifesto as práticas experimentais de Le Roux na Bretanha. Outra circunstancia a por de relevo é a influencia da textura na facilidade de laboreo da terra, onde texturas com porcentagens do 80% e 70% de areias grosas e o 20% e 30% de areias finas, limos e arxilas som asequíveis a um laboreo com aixadas de pedra polida, frente aterras mais compactas com níveis do 50% em areias grossas e 50% em areias finas, limos e arxilas. Enquanto a adaptabilidade edafológica e climática dos cereais que supostamente poderiam ser cultivados, o trigo é mais apropriado para os solos mais pesados e húmidos (de maior profundidade) em condi<;:ons cálidas, e a cebada e o centeio toleram melhor os solos mais ligeiros, secos e ácidos, ademais de serem cultiváveis em latitudes relativamente elevadas (CHAMPION, GAMBLE, SHENNAN, WHITTLE, 1988: 165). Estas considera<;ons de caracter geral, para nos tem o interesse de plantejar a prática do sistema de ro<;as num território onde até há poucos anos aínda se praticava. As chousas eram as fincas elegidas para este fim, que depois de cavadas e queimadas se aravam, nom é raro ver as pegadas dos sulcos aínda hoje perto dos túmulos. Botavam como semente trigo, cebada, centeio e as vezes avea. Nas terras de montanha desta regiom central da comarca nom se bota trigo por que nom se dá, facto relacionável com a pouca profundidade destes solos frente a capacidade de enraizamento que oferecem as terras trigueiras da comarca. As terras ro<;adas rendiam adequadamente polo geral dous anos; no primeiro 35


ANTOM FERNANDEZ MALDE

nom se podia botar centeio, já que "o solo tinha muita for<;:a, e cando a espiga saía, dobrava-se", polo que se botava nesse ano cebada ou avea; no segundo ano já se botava o centeio. Posteriormente a finca sementava-se a tojo para a regenera<;:om do solo e a opten<;:om de estrume para o leito das cortes. Por outra parte as consequencias degradantes nos solos da montanha por mor do desmantelamento arvóreo com a tala e queima, se registam hoje en dia na incidencia que a queima tem na potencia<;:om dos processos erosivos, situa<;:om agravada pola composi<;:om granulométrica destes solos, cuja fazilidade de laboreo propícia enormemente. Dito processo é descrito na Serra do Barbanza para o período Atlantico e a primeira parte do sub-boreal, nas análises palinológicas, através do descenso do polem do Quercetum mixtum junto a umha notável presen<;:a de Cal luna, indicadora da degrada<;:om do solo, fenómeno associado segundo AIRA, CRIADO e DIAZ FIERROS (1986: 160 ss), ao vencelho deforesta<;:om/erosom. Estas consequencias negativas derivadas da tala e queima, assim como a considera<;:om de que a chousa cultivada a ro<;:as rende dous anos puderam estar relacionados com o carácter disperso da meirande parte destas necrópoles O vencelho entre a distribui<;:om espacial dos túmulos e as vías naturais de passo, podería reflectir a prática dumha agricultura itinerante motivada pola necessidade de colonizar novas terras a teor das consequencias negativas derivadas da tala e a queima assim como o esgotamento da terra, circunstancia posta de relevo por autores como BELLO, CRIADO e VAZQUEZ VARELA (1982) para o caso galego em geral, ou RODRIGUEZ CASAL (1989) para a zona de Jalhas. Para outras zonas há documentada a prese<;:a de habitats de comunidades neolíticas, como no caso dos povoados da área de Sines pertencentes a um Horizonte Vale Pincel I (segunda metade do V milénio a princípios do IV) (SOARES e TAVARES DA SILVA, 1979 e 1981), asentados em zonas chás e sobre terreos areosos em princípio pouco aptos para umha agricultura intensiva, onde a produc<;:om estava orientada cara a explota<;:om dos recursos marinhos e umha trasumancia estacional (ARNAUD, 1982). No nosso caso esta hipotética agricultura itinerante pensamos que estaria complementada pola gaderia. Se bem é certo que a ganderia é um processo lento e que a importancia dos produtos derivados da mesma estám descritos já para um momento calcolítico (HARRISON e MORENO, 1985), estamos a pensar numha complementaridade do tipo que cumpre o gado semi-selvagem que é criado nestas terras [3]. Ainda que as bestas andarem soltas tem proprietário que as conhece e cuida, já que teem um indudável valor económico. As bestas pastam libremente em montes comunais ou fincas privadas, controladas polo seu propritário que sabe se as ausencias som debidas ao roubo, aos lobos ou ao estrabio das mesmas, é como se for umha liberdade vigiada. O valor económico destas bestas depende fundamentalmente da sua carne, os cavalos que também som valiosos porque podem ser vendidos como animais de monta, as carnes destas vacas estám como reserva, quando se precissa de carne vai-se ao monte e se mata umha vaca. Esta prática está já quase desaparecida. Por outra parte, a presen<;:a do vaso tetralobulado do Buriz (na comarca de Guitiriz, colindante com a zona em estudo), cumha decora<;:om relacionada com o centro e sul da Península Ibérica (CARRO OTERO, GARCIA MARTINEZ e GONZALEZ REBOREDO, citado em RODRIGUEZ CASAL, 1990:118), suscita o plantejamento dos contactos intercomunitários, junto a sua rela<;:om com o énfase no asinalamento das vías de passo para fazerem-se.

4.6 Perspectivas da

investiga~om

As novas perspectivas na investiga<;:om do femómeno megalítico na comarca de Betan<;:os tencionan contrastar as hipóteses exprimidas no capítulo de interpreta<;:ons. A contrasta<;:om da [ 3 ] Recentenmente CRIADO, INFANTE e VAQUERO (1992) tém chamado a atemc;on sobre a relac;om entre jazigos arqueológicos (entre eles túmulos) e gado "semi-doméstico" na zona da Serra do Bocelo.

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Contexto ambiental e implicar;ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanr;os, Caliza).

hipótese climática que aqui temos utilizado como o suposto caracter agrário destas comunidades megalíticas pode verificar-se accedendo ao registo palinológico da zona. A tal efeito, em colaborac;:om com o professor Vidal Romaní e a sua equipa da Universidade da Corunha, pretendemos efectuar umha série de análises palinológicas através das sondagens em branhas perto dos conjuntos megalíticos aqui estudados, como na própria ria de Betanc;:os. Das branhas tencionamos por umha parte, reconstruir o clima para a zona da montanha e a sua vegetac;:om e ver como vai evoluindo desde o nível mais antigo até actualidade; e por outra, detectar polem de cerais ou espécies que estám associadas ao sistema de tala e queima para verificar o caracter agrícola destas comunidades. A ria de Betanc;:os apresenta um importantísimo valor documental já que nom só fornece umha reconstrucc;:om cI imática através das anál ises pal inológicas ou dos foraminígenos, senom que o estudo dos depósitos sedimentares ademáis de informar-nos de aspetos climáticos e biológicos pode indicar-nos ciclos de intensificac;:om agrícola como tambén poder situalos no tempo através quer da cronologia absoluta quer da cronologia relativa.

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a

Um segundo grupo de actuac;:ons tendentes verificac;:om das nossas hipóteses a escavac;:om das mámoas de maneira selectiva, segundo as suas características, a relac;:om com o meio ambiente e vias de transito e a sua posic;:om a respeito de outras mámoas. Nom só interessaria confirmar hipóteses, senom afundar no conhecimento dos dous tipos de necrópoles que cremos ver nesta zona: as necróples de tipo aberto e diseminado, como o grupo de Pena Moura, e pola contra necrópoles cum grande sentido de espac;:o funerário tanto pola proximidade dos moimentos como polos lugares buscados para empraza-Ias, tal como o caso da Chousa de Soutelo, onde num pequeno sainte encontramos sete mámoas. Segundo a localizac;:om dos grupos de mámoas pode-se ir intuindo zonas de possível habitac;:om que planteja a necessidade de delimita-las e poder quando menos praticar algumha cata de sondagem para sabermos se umha hipótese acertada. Por outra parte a proximidade da ria de Betanc;:os e um ambiente marinho planteja a necessidade dumha propecc;:om intesiva nessa zona cara mais adiante tentar ver as relac;:ons, se as houver, entre um zona de recursos marinhos com núcleos de montanha distantes uns 15 ou 20 Km. Ao mesmo tempo, e agora que temos definidos os grupos com precisom é interessante tomar mostras para análise palinológica, tanto de paleosolos dos túmulos, como das abondantes branhas da zona, para caracterizar ambientalmente as distintas unidades de relevo onde se acham os moimentos e ver se confirmam as nossas hipóteses.

a

Os plantejamentos do trabalho tencionam apresentar umha comarca interessante pola sua riquec;:a de jazigos e contraste físico mas excasamente estudada e se situam no marco de estudos ja c1ássicos que plantejaram e centraram o problema do modo de producc;:om destas comunidades neolíticas DIAZ FIERROS, TORRAS e VAZQUEZ VARELA (1980b), ou CRIADO BOADO e RODRIGUEZ CASAL (1983), ou por último BELLO DIEGUEZ, CRIADO BOADO e VAZQUEZ VARELA (1982b, 1982c). Mas desde aqui quigera chamar a atenc;:om sobre a necessidade de realizar trabalhos sobre áreas pequenas como a nossa que permitam umha quantificac;:om senom exacta sim clara da relac;:om dos túmulos com o seu meio, já que as vezes os macro-estudos perdem o detalhe da variedade de condicionantes dos ambientes onde se emprazam os moimentos e basean a sua explicac;:om em aspetos excessivamente genéricos. Por outra parte, ainda que para a nossa zona a prática dumha agricultura de tala e roc;:a é possível, a hipótese do papel complementar da gaderia te-lo que confirmar as futuras excavac;:ons, ou de nom ser possível pola acidez dos solos observar que fauna aparece em regions vinhas do Cantábrico, assim como o papel da cac;:a e a relac;:om que no Cantábrico tem co microlitismo geométrico.

37


ANTOM FERNANDEZ MALDE

APENDICE 1. OS RESTOS DE ARQUITECTURAS PETREAS Embora as camaras ou restos das mesmas conhecidas nom disponham de todas as medidas necesárias sobretudo as alturas- para o calculo da fore;a de trabalho e a relae;om desta com o número de populae;om requerida, neste apendice plantejaremos a sua descripe;om e análise. Das 85 mámoas catalogadas 11 apresentam algum resto pétreo relacionável com os esteios das possíveis estruturas arquitectónicas internas. Entre este conjunto há cinco casos chamativos, trata-se por umha parte das camaras das mámoas nº 26, 33, e 46, por outra parte os restos do que pudo ter sido umha anta com corredor na mámoa nº 3, e por último um conjunto de oito posíveis chantos na mámoa nº 79 de difícil interpretae;om tanto pola disposie;om dos chantos que semelham indicar umha anta com coirredor, e o facto da mámoa estar parcialmente arrasada. Em conjunto, tal como chegarom a nós estas cámaras, estám compostas por 4 ou 5 esteios, que nunca ultrapassam em anchura do metro, as antas tendem a formas quadrangulares. Em tamanho as mais significativas em orde de importancia som a nº 26, composta por cinco esteios cumha altura visível duns 70 cm mais umha grande tapa rota por mor da violae;om, de 1,60 m. de largo por 1,40 de ancho e 25 cm. de grosso; a nº 33 composta por quatro esteios cumha altura visível que varia entre os 50 e 70 cm. Nos restantantes seis casos documentamos a presene;a da parte superior de possíveis chantos que deixam ao descuberto os furados de violae;om. Relacionado com o problema das camaras, chamou-nos El atene;om a violae;om da mámoa nº 16, já que o grande e profundo furado de violae;om apresentava um contorno de aspeto poligonal, cujos oito segmentos eram rectilíneos, dando a sensae;om como se for onde apoiaram os esteios da possível anta. Um caso semelhante tivemos a oportunidade de ve-lo recentemente na necrópole de Santa Marinha (Samos) onde dumha anta poligonal na violae;om levarom dous esteios que deixarom na massa tumular a sua impronta. Se bem estes casos som anedóticos, temos documentado grandes violae;ons tanto no seu diámetro como pola profundidade, que cremos em relae;om com o processo de desmonte das antas acobilhadas nas mámoas. Outros grandes furados de violae;ons timhamo-Ios amplamente documentados e nos plantejamos comprovar a semelhane;a em dimensons com os antes citados, mas nom os podiamos escolher atendendo só a umha variável já que se esta só fossem os eixos mais da metade dos que dispomos as medidas das violae;ons ultrapassavam os 5 metros, se porém seguiamos as profundidades algo mais da metade também passava-se dos 0,5 m. e isto nom se correspondia com a realidade já que nom eramos conscientes que houver umha propore;om tam grande de túmulos com essas violae;ons (Fig. 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19,20,21,22).

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Fig. 11

Fig. 12 38


Contexto ambiental e implicar,:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanr,:os, Galiza).

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5

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5 m.

Fig. 13

Fig.14

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Fig.16

Fig.15

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Fig.17

Fig.18

39


ANTOM FERNANDEZ MALDE

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5

5 M

m.

Fig.19

Fig.20

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o

5

- -m. -5

O

m.

Fig.21

NUMERO GRUPO

3 13 16 19 29 31 36 39 49 52 58 65 73 83

AS CARREIRAS BRANHA DO PORTO MOEIRO BRANHA DO PORTO MOEIRO BRANHA DE BRUEIRO BRANHA DE QUEIMADA BRANHA DE QUEIMADA CHOUSA DE SOUTELO CHOUSA DE SOUTELO MONTE DAS MOAS MONTE DAS MOAS MONTE DAS MOAS PENA MOURA PENA MOURA MONTE DO FELGA

Fig.22

T-NS

T-EO

T-H

V-NS

V-NS

V-P

19,5 24,8 18 24,4 20,3 21 21,4 20,5 17 13 20 17,4 23 17,4

20,5 25,5 19,2 28,7 21 20 20,6 20,4 15 13,7 18,4 18,4 24 8,6

1,5 3 1,5 3 1 1,7 2 2 1,3 1 1,3 1,25 2,5 1

12 4,8 5 5,2 9,5 6 6,6 7,2 4,5 4 5,6 5,3 5,8 4,7

7 5 3,7 4,5 3,5 6 6 4,5 2,3 3 4,2 5 2,9 4

1 0,8 1 0,75 0,5 0,5 0,75 0,75 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5

40

V-ORT COURA<::A SES

NO SE NS SES

E O

nยบ 4 nยบ 4 nยบ 4


Contexto ambiental e implica\=ons socioculturais do Megalitismo das Sacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Setan\=os, Caliza).

Finalmente estabelecimos umhas medidas padrom atendendo as dimensons dos eixos e profundidades das violayons das mámoas nº 16, 36 e 39, que claramente reflexam o anteriormente dito, para conhecer que outros túmulos cumpriam estes critérios que um dos eixos fosse igual ou maior que tres metros, e que possuira umha profundidade igual ou maior que 0,5 m. os resultadosa forom os seguintes: Polo geral coincidem as mámoas mais grandes com as violayons de maior tamanho, estas violayons podem indicar o ainco e ansia dos violadores ante estes grandes túmulos sem conter esteios necessáriamente [4], mas também podem ser indicadores de processos de desmonte de esteios como acontece no caso das mámoas nº 36 e 39 de Chousa de Soutelo, a nº 3 e 16, (Fig. 23, 24, 25). Anteriormente temos plantejado a possibilidade de que os esteios da mámoa nº 3 corresponder a umha possível anta de corredor, o sentido da grande violayom semelha assim indica-lo. Este achado lembrou-nos umhas quantas violayons que polo seu sentido longitudinal tinham-nos chamado a atenyom, onde o caso da mámoa nº 3 seria o mais grande [5]. Do catálogo de túmulos com este tipo de violayom os mais claros som os que cumprem os requisito que antes estabelecimos enquanto a relayom eixos e profundidade, este serie o caso das mámoas nº 3, 29, 73 e 49; aproximam-se a este grupo as mámoas nº 67 e 76 que cumprem a eisigencia dos eixos mas só possúem umha profundidade que ronda os 40 cm. As mámoas nºll, 69 e 77 temo-las incluido já que a forma da violayom lembram o tipo mencionado. Com isto estamos aplantejar a possibilidade que se houver umha anta de corredor na mámoa nº 3 quiyá também a houver nas mámoas nº 29, 49 e 73 a teor da violayom (Fig. 13, 26, 27, 28, 29, 30).

APENDICE 2. TIPOS DE MAMOAS SEGUNDO SEUS EIXOS. Se para a populayom considerada, composta por 85 mámoas, onde o eixo maior é de 25,5 m., calculamos um número de 9 intervalos cumha amplitude de 2,212 obtemos a seguinte distrinuiyom: Intervalos Eixos N-S Eixos E-O (0-7,8) 1 1 (7,8-10) 7 6 (10-12,2) 17 17 (12,2-14,4) 18 22 (14,4-16,7) 10 13 (16,7-18,9) 17 9 (18,9- 21,1) 9 12 (21,1-23,3) 2 3 (23,3-25,5) 3 2 (28,7) 1

a

Se antedendos representayom gráfica desta distribu iyom (Fig. 31 e 32) observamos umha correlayom entre os dous eixos, mas quigeramos chamar a atenyom na represenayom dos eixos N-S, na que eremos ver dous grupos de mámoas segundo os eixos que estarianm a definir dous grupos en definitiva polo seu tamanho. seria um primeiro grupo de mámoas pequenas cujos eixos som comprendido entre os intervalos 7,8 e 16,7, e outro grupo de mámoas grandes siutuadas entre os intervalos de 16,8 m. a 25,5. [ 4 1 Tal pode ser o caso asturiano dumha grande mámoa do Altula Mayá de algo mais de 30 m. de diámetro e quase os dous metros de altitude, que contava cumha grande viola<;om mas a excavac;om de M. A. de Bias nom reveluo esteios nem as suas pegadas (BLAS CORTINA, 1981). [ 5 1 Somos conscientes que este tipo de violacións podem ser devidas ao desmantelamento parcial do túmulo para fazilitar o acceso de carros no interior do túmulo para carregar os esteios. Em qualquer caso parece-nos interessante plantejar esta hipótese para futuros traba/hos.

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

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o Fig.13

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5

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10 11

12

Eixos em metros

Fig.23

12 (2,9 % ) - - _ 10(2,9%) 8(2,9%) 7(2,9%) 6 (25,7%)

5 (22,9%)

4(22,9%) 3(11,4%) 2(5,7%)

Fig.25

Fig.24

---

o o

5

5

m.

- m.-

Fig.27

Fig.26 42


Contexto ambiental e implicac;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanc;:os, Galiza).

o

o 5 •••

5

- m.-

m.

Fig.29

Fig.28

Eixos N-S das mámoas. 18 16 14 co o 12 E 'co E 10 al -o 8 ~ lI)

al

E

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6

Z

4 2

o

Mm.M5

o

7,8

10,0 12,2 14,4 16,7 18,9 21,1 23,3 25,5 Intervalos dos eixos em metros

Fig.31

Fig.30 Eixos N-S e E-O das mámoas 25

20 lI)

co E 'co 15 E o

al

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10

E

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12,2 14,4 16,7 18,9 21,1 Intervalos dos eixos em metros

1----

Eixos N-S - - Eixos E-O

Fig.32

43

23,3

25,5


ANTOM FERNANDEZ MALDE

Estamos claramente ante unmha distribui<;om bimodal que pensamos claramente relevante da presen<;a destes dous grupos. Para medir a verisimilitude destes grupos e ver se iam além da pura coincidencia investigamos o grau de rela<;om ou o concentrado dos mesmos através do coeficiente de carrela<;om lineal de Pearson. Os resultados forom de 0,000519 para o grupo cujos eixos som maiares de 16,8 m. e de 0,00386 para as mámoas com eixos inferiores a 16,8 m. A sua interpreta<;om lineal daria umha independencia aleatória, mas para nós está a indicar que som em si grupos concentrados, tal e como os temos definidos.

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Contexto ambiental e implica<;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betan<;:os, Galiza).

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 49-56

FUNCION y SIGNIFICADO DE LA ESCULTURA MEGALlTICA DE GALlCIA

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M. VAZQUEZ VARELA

Opto. Historia 1 F. Xeografía e Historia Universidade de Santiago - 15703 Santiago RESUMEN: Se estudia la función y el significado de la escultura megalítica de Galicia. El análisis de las diferentes hipótesis interpretativas permite considerar que posiblemente son representaciones de antepasados con implicaciones religiosas.

ABSTRAeT: The funetion and meaning of Calician megalithie seu/pture. The function and the meaning of Galician megalithic sculpture is studied here. The revision of differents hypothesis permit us consider that possibbly they are representations of ancestors with religious implications.

La aparición de conjuntos de esculturas antropomorfas es uno de los hallazgos recientes más importantes del megalitismo gallego. Su función y significado, hasta ahora poco estudiados, son el objeto de este trabajo. En las excavaciones de los dólmenes de corredor de A Cava de Maura, Parxubeira y Oombate, en el occidente de la provincia de La Coruña, han aparecido conjuntos de esculturas humanas en fila, entre el anillo peristalítico en el borde del túmulo y la entrada del corredor. Se trata de piezas de variadas tipología que van desde simples cantos rodados de pequeño tamaño, muchos de ellos sin decoración, o con unas incisiones mínimas, hasta piezas de alrededor de cuarenta centímetros de dimensión máxima y en las que se aprecia un trabajo escultórico más intenso que permite apreciar con menos dificultad su carácter antropomorfo. Los conjuntos son de cronología calcolítica muy posiblemente de cerca de la mitad del tercer milenio usando las fechas sin calibrar. Estos descubrimientos ayudan a valorar otros anteriores que por su carácter único, dolmen de A Abelleira, o por su descontextualización, Paredes, ambos en la provincia de Lugo, no permitían una interpretación unívoca. También contribuyen a la mejor comprensión de hallazgos modernos sin contexto como la pieza de Axeitos, A Coruña, o con un poco definido, As Forcas, Pontevedra (FABREGAS VALCARCE, 1992), (VAZQUEZ VARELA, 1991, 1992, 1993). El conjunto de las esculturas ha sido objeto de varios estudios desde el punto de vista arqueológico en los que se dedican algún espacio a su aspecto simbólico. Aquí se presenta una revisión de las interpretaciones y un análisis más detallado de la función y significado de la primera escultura de

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Galicia en el que se usan los datos de su contexto arqueológico y las analogías arqueológicas, etnográficas e históricas (VAZQUEZ VARELA, 1993, 1994). En los primeros trabajos sobre el tema se ha partido de la base de que, de acuerdo con los datos de las excavaciones, las figuras no estaban a la vista, sino en el interior del túmulo (VAZQUEZ VARELA, 1991). De acuerdo con esto se habian interpretado como un ejemplo del arte hecho para no ser visto (ALClNA FRANCH, 1992), de indudable simbolismo, desarrollando la interpretación que las consideraba imágenes de antepasados divinizados. De acuerdo con los datos procedentes de Dombate y Argalo y la revisión de Parxubeira parece muy probable que las esculturas estaban a la vista en la época de uso del monumento. A partir de esta premisa se desarrolla el análisis de las siguientes lecturas posibles:

IDOlOS La teoría más antigua en la investigación gallega, que ha gozado y goza de cierta popularidad, considera que son representaciones de algún dios sin especificar que recibiría culto en esta imagen. Algunos investigadores detallan más considerándolas representaciones de la Diosa Madre (RODRIGUEZ CASAL, 1990), o de un panteón religioso variado que seria una reinterpretación provinciana de un culto venido del sur de la Península Ibérica (FABREGAS, 1992). En ocasiones, aunque se suele considerar que puedan ser imágenes de los muertos que en ellas reciben culto, se las separa del grupo de los ídolos para considerarlas iconos de los antepasados que se tratan de un modo independiente. La palabra ídolo tiene pocas características descriptivas y está llena de demasiadas significaciones simbólicas para resultar útil, pues en ella subyace la idea de imágenes que reciben culto por ser la representación o el asiento de una divinidad. Si se acepta la propuesta de reemplazar el antiguo y confuso término por el de imagen cultual, más genérico y neutro, conviene tener en cuenta que el culto puede ser a las imágenes en sí mismas o ante ellas como símbolos, pero esta cuestión, que no es fácil de apreciar en ocasiones en el trabajo de campo etnográfico, resulta más difícil de precisar en el dominio de la arqueología. Admitiendo que puedan ser iconos relacionados con el culto, queda el problema, a menudo difícil de resolver cuando el contexto resulta pobre, de cuál ha sido su función en éste, pues con frecuencia los argumentos para diferenciarlos de otras imágenes tales como exvotos, apotropaicas, honoríficas, de espíritus auxiliares como los presentes en la práctica de algún tipo chamanismo, o apoyos de alguna potencia anímica del muerto, entre otras, no resultan demasiado esclarecedores. El estudio de C. RENFREW (1985), de las figuras humanas del santuario de Phylakopi, en la isla de Melas, del grupo de las Cícladas en el Egeo, resulta esclarecedor en este sentido por cuanto, después de un detallado análisis contextual apoyado en un modelo teórico, llega a la conclusión de que es probable que las divinidades que reciben exvotos de animales tengan forma o naturaleza animal lo que se contradice con los datos de la etnografía, respecto a las prácticas religiosas en los santuarios de la Galicia rural, que son un ejemplo representativo de la religiosidad popular de los países católicos de Europa, pues en ellos un santo puede recibir exvotos de varios tipos de animales sin que su naturaleza tenga ninguna relación ellos. Si se apl ica la argumentación del citado investigador a los exvotos de las romerías gallegas, llegaríamos a reconstruir un panteón religioso que no tendría nada que ver con la realidad, ya que hay muy poca relación desde el punto de vista conceptual entre aquellos y los santos a los que van dedicadas. 50


Función y significado de la escultura megalitica ele Galicia

A falta de un contexto claro, sobre todo de tipo espacial, resulta difícil considerar cultuales los iconos y de hecho el método que se emplea para apoyar esta interpretación es la analogía basada en el paralelo con áreas distantes, el sur de la Península, donde tampoco el contexto permite esta interpretación de un modo unívoco. Esta a su vez puede estar viciada, pues la atribución de significados a las figuras se hizo cuando estaba en vigor el modelo difusionista, y se extrapola al Mediterráneo Occidental el que tenían en algún punto del Próximo Oriente, donde éste se podría documentar, como es el caso del Antiguo Egipto. De aquí han derivado las ideas no aplicadas al Noroeste de que pueden ser semejantes al Ka del muerto, sirvientes, apotropaicas, o para satisfacer las necesidades sexuales del difunto.

LA DIOSA MADRE La idea de la existencia de una Diosa Madre ha tenido gran predicamento y aún disfruta de cierta vitalidad en la literatura arqueológica. A esta figura que hunde sus raíces en el Neolítico se la considera dadora de vida y fecundidad animal, humana y vegetal y protectora de los muertos. A partir de su invención en el Mediterráneo Oriental se habría extendido hacia occidente hasta llegar al Atlántico europeo y a las Islas Canarias. La Diosa Madre en el esquema tradicional se identifica con una imagen femenina con los atributos sexuales exagerados en escultura, relieves y grabados hechos en distintos m'ateriales, cerámicos, líticos y óseos. A veces se la relaciona con una figura de grandes ojos, de los que salen radios cortos semejantes a los de las iconografías más sencillas del sol. Para algunos autores de la Diosa Madre es más una invención de los arqueólogos, a base de mezclar datos arqueológicos, etnográficos e históricos procedentes de culturas y fechas distintas, que una verdadera creación de las primeras comunidades productoras de alimentos. Esta postura crítica es una reacción de tipo pendular contra el abuso de la citada figura religiosa. Si bien es cierto que no resulta correcta la postura tradicional basada en el paradigma difusionista tampoco lo es el extremo opuesto, su negación terminante, pues es innegable que en determinadas culturas muy concretas en el tiempo y en el espacio han existido figuras femeninas con una dimensión religiosa vinculadas con la muerte y la fecundidad. En determinadas culturas prehistóricas de productores de alimentos en lugares distantes, Europa, América y Asia Oriental, por ejemplo, han existido figuras de este tipo. Se puede afirmar que en algunas comunidades neolíticas y calcolíticas de Europa meridional han existido representaciones femeninas vinculadas con la muerte y la fecundidad. Pero de esto a decir que cualquier imagen prehistórica de mujer sea una Diosa Madre, hay una gran diferencia, pues de hecho existen distintas hipótesis interpretativas que no las vinculan con la dimensión religiosa (VAZQUEZ ROZAS, 1993). En el caso del material gallego las semejanzas con las figuras de otras zonas de la Península Ibérica, que han sido identificadas, quizás con demasiada intuición, con la diosa Madre, son demasiado genéricas para tener un valor probatorio.

IMAGENES DE ANTEPASADOS La fila de iconos puede interpretarse, de acuerdo con paralelos etnográficos e históricos, como un conjunto de representaciones de antepasados que puede tener desde un valor puramente profano, recordatorio de su papel en el linaje al que pertenecieron, a otros con mayores o menores implicaciones en la esfera de lo religioso. Pueden ser antepasados divinizados ante los cuales se realizan ceremonias sagradas, en fechas cíclicas, en las que se les ruega mediante la plegaria y el

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sacrificio, para que accedan a las peticiones de los vivos, -que básicamente tiene que ver con la producción y reproducción de la sociedad- mediante la concesión de la fertilidad animal y humana y el mantenimiento del orden social, a través del castigo a sus transgresores (DITTMER, 1975). Hay algunos paralelos claros en Oceanía en las cabezas de piedra de los jefes del linaje divinizados, colocadas en una de las paredes de un monumento funerario megalítico, que de este modo se muestran al mundo de los vivos. En las culturas africanas algunas máscaras representan a los antepasados quienes a través de ellas se hacen presentes en la vida cotidiana y en ceremonias especiales como las iniciaciones. De este modo son testigos de los vivos de quienes reciben el tratamiento ritual adecuado (DITTMER, 1975). Si se conociese la relación entre el número de imágenes colocadas ante la tumba y el número de muertos depositados en su interior, sería posible hacer algún tipo de hipótesis interpretativa, con cierto fundamento. Hasta ahora en Galicia no se ha encontrado con seguridad ningún resto humano en los monumentos megalíticos, por lo que su interpretación como tumbas no deja de ser una hipótesis, pues incluso pudieran ser cenotafios. Pero se puede extrapolar, admitiendo su carácter de lugar de colocación de cadáveres, que se depositase en ellos el mismo número que en los túmulos de dimensiones semejantes de la misma época de otras regiones, como por ejemplo de la Lora de Burgos (DELlBES CASTRO et alii, 1993), y del País Vasco (GALILEA, 1985). Los datos del número de figuras de A Cava da Maura y de Dombate, coinciden aproximadamente dentro del rango del conjunto de difuntos depositados en los monumentos megalíticos de las zonas citadas, por lo que se puede establecer una cierta relación hipotética entre muertos y las esculturas. Estos datos refuerzan la hipótesis de la relación entre los conjuntos citados, muertos e imágenes, pero no prueban de un modo satisfactorio que éstas sean la representación de aquellos, pues si fuesen exvotos, representaciones apotropaicas, imagen de alguna figura religiosa, como la problemática Diosa Madre u otra, apoyos de alguna potencia anímica del muerto, podría existir el mismo tipo de proporción si a cada cadáver le acompañase la escultura correspondiente. La colocación de las imágenes a la entrada del monumento, dispuestas para ser vistas, destaca su vinculación con la muerte y su intención de ser apreciadas por quienes pasan por allí. Un criterio que serviría en principio para diferenciar estas figuras de los exvotos, pero que no las distinguiría de los iconos apotropaicos que protegían a la tumba del mal, sería que estuviesen de cara al exterior por su parte frontal, de modo que diesen de frente a los posibles espectadores. La información disponible sobre el tema, no permiten distinguir con seguridad si las imágenes estaban de frente o de espaldas, aunque algunos datos apuntan hacia la primera posibilidad. En el caso de que estuvieran de frente, podría ser la comunidad de muertos que se manifiesta ante los vivos, pero esto no elimina las otras posibilidades citadas de que fuesen iconos protectores de la tumba o exvotos pues se aprecia en trabajos de campo de antropología, en varias comunidades de la Península Ibérica, que las figuras humanas votivas de cera, ofrecidas en agradecimiento por haber recibido una curación de enfermedad corporal humana, a menudo en vez de ponerse de cara al santo que está en el altar orientan el rostro al público. Si las megalíticas estuviesen de espaldas al exterior podrían ser exvotos o la representación de la comunidad de vivos que se hace presente en homenaje a los muertos. Los datos históricos y etnográficos señalan que a veces los muertos tras la celebración de rituales funerarios se conviertan en antepasados genéricos, más o menos divinizados, que por si mismos o por

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Función y significado de la escultura megalitica de Galicia

su intercesión a los dioses pueden conceder las peticiones de los humanos y mantener el orden natural y social. Esta hipótesis resulta atractiva y acorde con el contexto del mundo megalítico, donde la muerte jugó un papel importante, pero no se pueden desechar otras por falta de medios de contraste. El conjunto de muertos, simbolizado por las esculturas delante del lugar más importante de la tumba colectiva, que se muestra ante los vivos, de acuerdo con la hipótesis apuntada, recuerda rasgos fundamentales de la Santa Compaña. Esta según el imaginario de la cultura popular gallega es un cortejo de almas de muertos que sale durante la noche del cementerio parroquial y vaga por los caminos de la feligresía a fin de avisar a los vivos de su presencia y de que algún vecino morirá pronto (LUNARES CARClA, 1990). Lo común entre esta creencia y el significado del testimonio arqueológico, si se considera la hipótesis de que las esculturas son los muertos, es la de una comunidad de éstos de una sociedad concreta ante la cual se manifiestan. No se pretende demostrar que el origen de la creencia actual sea una pervivencia de un pasado tan remoto pues aparte de que no hay pruebas claras, existen paralelos a ella más tardíos en los ámbitos clásico y germánico, pero tampoco cabe desecharla sin más por cuanto en el registro histórico y etnográfico hay creencias de ese tipo en comunidades de horticultores. Estas analogías apoyan la posibilidad de que las esculturas sean un cortejo de difuntos.

APOYOS DE ALGUNA POTENCIA ANIMICA DEL MUERTO En numerosas culturas la persona está compuesta por diferentes potencias que se gestan de un modo distinto y que finalmente también tienen un destino diferente. En el momento de la muerte aquellas se separan y unas permanecen cerca de los vivos, otras vagan por parajes lejanos peligrosos y algunas tienen un destino ultramundano. Hay potencias que desaparecen en el momento de la muerte o bien se destruyen con el paso del tiempo (HARRIS, 1990). En varias culturas alguno de los múltiples componentes no corpóreos de la persona se instala de un modo permanente o episódico en alguna talla de piedra o de madera, donde recibe cuidados y/o culto por parte de los miembros de la comunidad a la que perteneció en vida (DITTMER, 1975). En caso de aplicar esta hipótesis a muestras materiales, nos encontraríamos con que serían los soportes de las almas de los antepasados cuyos restos corporales están en la tumba, y que periódicamente reciben algún tipo de cuidado o veneración por parte de sus descendientes, sin que esto implique la divinización de sus figuras.

FIGURAS DE GUARDIANES Otra posibilidad es que se traten de representaciones de seres míticos, cuya función es proteger el espacio funerario en su punto más vital, el acceso a la cámara de la tumba, de los peligros del exterior. Paralelos etnográficos e históricos aportan datos en este sentido. Si bien al hablar de la posible correspondencia entre el número de muertos y el de imágenes apoyaba el que éstas los representasen, también el dato numérico apoya la idea de que pudiese tratarse de un conjunto de imágenes apotropaicas, una por cada unos de los difuntos. La misma relación hipotética sugiere también que pudiera tratarse de servidores de los difuntos, uno por cada uno, o bien el conjunto de servidores de todos los muertos de la tumba.

IMAGENES DE LA COMUNIDAD DE VIVOS Podría tratarse de acuerdo con algún paralelo de una representación de la comunidad de vivos ante la tumba de sus muertos en actitud de acompañamiento y de respeto o súplica. La primera posibilidad podría ser de tipo profano: los vivos que mediante el testimonio permanente de su efigie

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no olvidan a sus muertos y de este modo simbólicamente no se separan de ellos. También es posible su interpretación como comunidad de vivos orantes por los muertos a alguna divinidad o ante ellos como seres más o menos divinizados.

AFIRMACION DE LO HUMANO Independientemente de cuales sean las funciones y significados concretos de las esculturas su carácter antropomorfo y su presencia en un monumento religiosos a la vista del público representan una nueva forma de consideración de lo humano. La huella del hombre se hace cada vez más presente en el paisaje con el uso más intenso de los recursos y con las tumbas, y en mundo de lo imaginario con la consideración de los antepasados como entes religiosos. Esta nueva valoración del papel de los hombres y de las mujeres, distinta a la de las etapas anteriores de la Prehistoria, en especial con las de los cazadores-recolectores, es una especie de humanismo que podría resumirse en la fórmula: "El hombre se hace presente en todas las cosas" (VAZQUEZ VARELA,1993 b).

OTRAS POSIBILIDADES Los paralelos etnográficos proporcionan otras interpretaciones para la figura humana, desde juguetes hasta depósitos de los espíritus auxiliares de los chamanes, pasando por el de objetos usados en rituales curativos (VAZQUEZ ROZAS, 1993). Algunas pueden rechazarse por los atributos de forma, tamaño y emplazamiento de las figuras en un punto muy preciso y concreto de un monumento funerario, pero quedan varias, fundamentalmente las que hemos citado con más desarrollo, que no dejan de tener un mismo grado de probabilidad, o que aún en el caso de que unas sean más probables que las otras, nunca llegaremos a conocer a ciencia cierta sus significado y función precisos. Se debe señalar que pueden existir otras posibles interpretaciones que no se conocen hasta ahora, pues es seguro que en los datos disponibles en el registro etnográfico e histórico, no se agotan todos los modos de ser humano.

BALANCE FI NAL A la hora de la valoración de las diferentes hipótesis no está de más recordar que, aunque el contexto arqueológico parece rechazar algunas y que les da a las restantes un aparente distinto grado de posibilidad, no hay nada totalmente seguro, al menos en los aspectos más concretos. Sí existe cierta seguridad en los más genéricos, pero éstos a fuerza de tales llegan en algún extremo a un grado de vaguedad que recuerdan las verdades de Perogrullo. Por ejemplo, como se trata de esculturas se podría escribir un largo discurso sobre la escultura en general, aplicable a ésta en cuanto tal, independientemente de su contexto cultural e histórico, pero en este caso no habríamos aportado nada al tema de la función y significado de las imágenes de las que aquí se trata. Conscientes de las limitaciones que imponen los datos a este balance, se empieza por lo más genérico, sin remontarse a la trampa de la generalización excesiva, que es lo más seguro para paulatinamente ir descendiendo hacia lo más concreto, que se vuelve cada vez más incierto. Se puede dar por verdadero, casi a nivel de hecho más que de teoría, que los iconos estudiados son un colectivo de figuraciones humanas representadas de un modo abstracto, colocadas en un

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Función y significado de la escultura megalítica de Galicia

lugar funerario de gran densidad simbólica, de tipo religioso. Por tanto se puede estimar que son figuras vinculadas con el aspecto religioso de la muerte. Dentro del orden de lo menos seguro pero más probable, se puede afirmar, de acuerdo con los datos del contexto arqueológico y los paralelos arqueológicos, etnográficos e históricos, que se pueden tratar de figuraciones de los antepasados que se manifiestan ante los vivos, los cuales posiblemente realizaban ante ellos algún tipo de ceremonial, quizás entre ellos los rituales de paso, importantes en la vida de la comunidad en épocas determinadas. Esta interpretación que no es definitiva se puede emplear como hipótesis de trabajo para contrastar, para lo cual se hace necesario proseguir la investigación diseñando excavaciones detalladas, que se centren en el análisis de datos concretos y elaborando métodos interpretativos más refinados.

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J. M. VAZQUEZ VARELA BIBLlOGRAFlA

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 57-67

UN CAMPANIFORME CORDADO PROCEDENTE DE A lIMIA (OURENSE) José María EGUILETA FRANCO Carmelo FERNANDEZ IBAÑEZ Alfredo SEARA CARBALLO Avda. Marcelo Macías, 3 - 1º A 32002 OURENSE RESUMEN: damos a conocer unos fragmentos cerámicos campaniformes con decoración cordada, descubiertos en superficie, en el abrigo rocoso de Arca dos Penedos en la Sierra de Larouco. Supone el hallazgo una modesta aportación a la problemática que por el momento acompaña al campaniforme cordado en el Noroeste Peninsular, dentro del contexto general de la Península Ibérica. ABSTRAeT: we present sorne AOC Bell Beaker fragments from the surface of a rock shelter (Arca dos

Penedos), in Serra de Larouco (South Galicia). This finding is a humble contribution to the problems related, at present, to the AOC in north-west of Iberian Peninsula.

1.- LOCALlZACION y DESCRIPCION DEL ABRIGO. Los materiales cerámicos proceden de la superficie del abrigo conocido como Arca dos Penedos, localizado en la ladera septentrional de las estribaciones de la fronteriza Serra do Larouco (Fig. 1B), ya en territorio gallego y en la comarca orensana de A Limia Alta. La sierra actúa como divisoria de aguas entre dos grandes cuencas hidrográficas independientes del Noroeste, la del Limia y la del río Támega, este último tributario del Duero. Administrativamente el lugar pertenece al ayuntamiento de Baltar, parroquia de San Bartolomé de Baltar, provincia de Orense y sus coordenadas topográficas, tomadas sobre la hoja nº 302-1 del Mapa Topográfico Nacional de España, escala 1:25.000 y correspondiente a Baltar, son las siguientes: 41 º 55' 50" Lat. N. 07º 42' 20" Long. W El lugar donde se emplaza al abrigo se encuentra en el límite entre zonas de cultivo y de monte bajo, predominando los pastizales entre la explotación del entorno. En lo que a recursos hídricos se refiere, el lugar está situado entre el arroyo de Corgo de Mina (Oeste) y el Regato de As Forcadas (Este). El abrigo, un angosto refugio natural, aprovecha una grieta existente entre grandes afloraciones graníticas (Lam. 1), con una peña redondeada que hace las funciones de cubierta. El único acceso 57


j. M. EGUILETA FRANCO - C. FERNANDEZ IBAÑEZ - A. 5EARA CARBALLO

existente se abre hacia el Sur, quedando en el sector Norte pequeñas aberturas entre las rocas que posiblemente serían tapadas con piedras menudas, tal y corno puede observarse en la actualidad, ya que sigue utilizándose ocasionalmente por los pastores de la zona. El espacio interior habitable es ciertamente reducido, con una anchura media de 180 cm. y una altura máxima de 130 cm. El piso actual donde se ha encontrado el material cerámico, está constituido por tierras orgánicas menudas y sufre una gran remoción de su nivel superficial, además de restos de carbones producto, con toda certeza, de las hogueras encendidas por los pastores. El entorno del yacimiento se encuentra relativamente alterado por haber sido sometido a viejas explotaciones de canteras que, por suerte, no llegaron a afectar directamente a este abrigo natural.

2.- LOS MATERIALES El conjunto lo integran diversos fragmentos cerámicos de pequeño tamaño, por lo que es difícil reconocer y reconstruir formas concretas, y elaborados manualmente. Los cinco fragmentos campaniformes (fig. 2, Lam. 11), con toda seguridad pertenecientes a un mismo vaso, aparecieron acompañados por otros restos cerám icos, cuyos tamaños no perm iten reconstru i r formas determinadas, con facturas muy groseras y desgrasantes medios y gruesos, en su total idad con cocción oxidante. AP: 1. Fragmento de borde y cuello. -Dimensiones: 24 mm x 31 mm; sección: 7.5 mm; diámetro aproximado, tomado en el exterior del borde: 10.7 mm. -Características: color: marrón rojizo. Superficie: alisada, posiblemente con posterior aplicación de engobe rojizo. Pasta: homogénea y compacta. Desgrasantes: tamaños medio y fino, de cuarzo y mica. Cocción: oxidante. -Decoración: conserva dos líneas horizontales, irregulares y paralelas bajo el borde e impresas, posiblemente con cuerda. AP: 2. Fragmento de panza (Lam. 111). -Dimensiones: 30 mm x 21 mm; sección: 6.5 mm; diámetro aproximado, tomado en la cara exterior: 9.8 mm. -Características: color: marrón rojizo. Superficie: alisada, posiblemente con posterior aplicación de engobe rojizo. Pasta: homogénea y compacta. Desgrasantes: tamaños medio y fino, de cuarzo y mica. Cocción: oxidante. -Decoración: conserva cuatro líneas impresas horizontales, irregulares y paralelas, posiblemente con cuerda. AP: 3. Fragmento de panza. -Dimensiones: 23.5 mm x 19.5 mm; sección: 7.5 mm; -Características: color: marrón rojizo. Superficie: alisada, posiblemente con posterior aplicación de engobe rojizo. Pasta: homogénea y compacta. Desgrasantes: tamaños medio y fino, de cuarzo y mica. Cocción: oxidante. -Decoración: conserva dos líneas impresas, horizontales, irregulares yparalelas, posiblemente con cuerda. AP: 4. Dos fragmentos de base. -Dimensiones: 52 mm x 42 mm; sección: 9 mm; diámetro aproximado de la base: 6 mm.

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Un Campaniforme cardado procedente de A Limia (Ourense)

-Características: color: marrón rojizo. Superficie: alisada. Pasta: homogénea y compacta. Desgrasantes: tamaños medio y fino, de cuarzo y mica. Cocción: oxidante. A partir de estos cinco fragmentos hemos realizado una reconstrucción hipotética del vaso (fig. 3), basándonos en los diámetros proporcionados por los fragmentos AP:1, AP:2. y AP:4 yen la inflexión del fragmento AP:3. No queremos dejar de aprovechar esta breve noticia para mostrar nuestro agradecimiento a Sergio Paredes Fortes, por su participación de forma totalmente desinteresada en el dibujo de las cerámicas y en el montaje de las figuras que acompañan al texto, así como al fotógrafo Fernando del Río Martínez.

3. BREVE PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA SOBRE LOS CORDA DOS EN EL NOROESTE PENINSULAR. Los hallazgos de cordados en el Noroeste no dejan de ser, por el momento, someros aportes de nuevos datos a la distribución general de la Peninsula Ibérica, donde alcanzan una mínima representación porcentual entre la totalidad de la cerámica campaniforme, con aplastante predominio de estilos ornamentales relacionados con el Internacional, Variedad Lineal, Inciso y Puntillado Geométrico (Criado Boado y Vázquez Varela, 1982). A ello se suma la ausencia de publicaciones, como Fontenla (Costa Iglesias, 1979; Criado Boado y Vázquez Varela, 1982:38; Garcia-Lastra Merino, 1985: 218), o el carácter superficial de los propios hallazgos, siendo el caso de Lamela (Fernández Ibañez y Eguileta Franco, 1986; Fernández Ibañez y Río Martínez, 1992: 305) o el que ahora presentamos. La amplia distribución geográfica alcanzada por el Fenómeno Campaniforme, con difusión por toda Europa Central y Meridional, así como el Norte de Africa, no ofrece una uniformidad de patrones decorativos ni de contextos arqueológicos delimitados [1]. Sin embargo R.J. Harrison propone una regionalización estilística para la Europa Occidental, con recipientes Marítimos y Cordados, para la Europa Oriental con recipientes incisos metopados y para la Europa Meridional y Norte de Africa, con campaniformes Marítimos y sus estilos evolucionados tardíos (Harrison, 1974a). La unificación del campaniforme bajo las ideas de cultura (o incluso etnia) uniforme, con un origen geográfico único o simplemente la búsqueda de interpretaciones bajo esquemas hiperdifusionistas, o las "interferencias" estilísticas entre las grandes áreas de distribución, llevaron a E. Sangmeister a suponer su origen ibérico en los vasos Marítimos del Estuario del Tajo, con un Flujo hacia la Europa Atlántica (originando el grupo cordado de los Países Bajos) y Central (Vucedol) y un posterior Reflujo desde estos lugares hacia el Mediterráneo Occidental, con la aportación de técnicas ornamentales como, entre otras, la aplicación de cuerdas (Sangmeister, 1961). Bien es cierto que la teoría de Flujo-Reflujo de Sangmeister (rückverkher) resulta hoy en día difícilmente sostenible por el creciente número de dataciones absolutas de C14, que además de mostrar algunas de ellas la mayor antigüedad de los cordados de la Europa Central y Occidental (cfr. Butler y Van der Waals, 1966; Harrison, 1974b; Lanting y Van der Waals, 1976), si bién puesta en duda por H.N. Savory (Savory, 1973 y 1974), sostienen una cierta unificación de la cronología general del Campaniforme entre el 2200/2150 a.e. y el 1700 a.e. (Delibes de Castro y Fernández Miranda, 1993:151) e incluso llevando a investigadores como E. Neustupny a proponer el origen del [ 1 ] Interpretación realizada con acierto por G. Delibes y M. Fernández Miranda apoyándose en los atributos contextuales de los hallazgos, que ponen de manifiesto la relación entre la cerámica campaniforme y diferentes yacimientos representativos de manifestaciones culturales diversas (Delibes de Castro y Fernández Miranda, 1993: 149 e ss.).

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campaniforme en la Europa Central (Neustupny, 1976) [2]. Sin embargo, las explicaciones de carácter difusionista, si bien reinterpretados, siguen centrando la discusión en torno a la amplia distribución del fenómeno, ya sea bajo un "fluj o" unidireccional a través del pasillo Rhin-Ródano en dirección Norte-Sur (Lanting y Van der Waals, 1976) basado en un comercio de artefactos de prestigio de los que formaba parte el Campaniforme (C1arke, 1976; Delibes de Castro y Fernández Miranda, 1993). Por el momento debemos valorar los fragmentos de Arca dos Penedos dentro de este estado de la cuestión y, a nuestro entender, bajo dos puntos de vista complementarios: 1º) La escasa representación de cerámica campaniforme decorada con la técnica cordada en el Noroeste Peninsular, por el momento limitada a hallazgos muy localizados en asentamientos como Fontenla o, quizá, Lamela. 2º) La relativa similitud de estos motivos decorativos localizados en Galicia con la ornamentación típica de la cerámica AOC dentro de la también relativa escasez de campaniformes cordados en el conjunto de la Península Ibérica, que abordaremos a continuación.

4. LOS CAMPANIFORMES CaRDADOS EN LA PENINSULA IBERICA. La representación cordada entre los campaniformes de la Península Hispánica, tanto como técnica decorativa única (AOC), bien combinada con la ornamentación Marítima (Cord-zone maritime o CZM), sigue siendo muy escasa si la comparamos con los Marítimos, Puntillados Geométricos e Incisos. Dentro del primer grupo, AOC, contamos con hallazgos en Torrejón (Harrison, 1977), en el monumento megalítico de Camón de las Fitas (Moreno, 1971-72), en la sepultura tumular de fosa de Villa Filomena (Esteve, 1956), en la cueva Amalda II (Armendariz, 1988) o en yacimientos al aire libre como Masada de Ram (Vallespí, 1959) (Fig. 4). Existen, sin embargo, dudosas referencias sobre hallazgos de cordados en las cuevas de Santimamiñe [3] (Apellániz, 1973) y Lumentxa [4] (Aranzadi y Barandiarán), 1935). El segundo grupo, CZM, está representado en los yacimientos de Entretérminos (Loriana, 1942; Losada, 1976), La Veguilla y Salvatierra del Tormes (Delibes y Santonja, 1986), Pagobakoitza (Aranzadi, Barandiarán y Eguren, 1919), Trikuaitzi 1, Larralde (Armendariz, 1988), La Atalayuela (Barandiarán, 1971 y 1978), Augues Vives y Corderoure (Serra i Vilaró, 1923), Turó de les Fosses (Maluquer, Gird y Masachs, 1963), Santa Cristina d'Aró (Castillo, 1928), Puig Roig (Pericót, 1943), La Atalaya (Pericót, 1950) o Barranc d'en Rabert (panyella y Tarradell, 1943). No contamos con dataciones absolutas para los campaniformes AOC y CZM de la Península Ibérica y las circunstancias de los hallazgos en los yacimientos recién citados parecen arrojar poca luz sobre la cuestión cronológica. Sin embargo en los Pirineos Franceses, geográficamente próximos [ 2 ] Esta postura es parecida por su radicalidad a la entonces sustentada por Bosch Gimpera (1971) e 1. Barandiarán (1975) con respecto al estilo Ciempozuelos y basada en las dataciones de C14 de la Cueva de Somaén (2780 a. C y 2670 a. C), si bién éstas pudieron haber sido contaminadas por carbonato cálcico debido a la proximidad de una capa estalagmítica (Chapmann, 1973: 133; Cajal Santos, 1981: 215). [ 3 ] Harrison incluye -no sin dificultades- un fragmento procedente del Nivel 1I de esta cueva como AOC (Harrison,1977: fragm. nº 2065). Pero su decoración no resulta demasiado fpica, si como tal consideramos los hallazgos ya clásicos de Centroeuropa, o mismamente España. El perfil resultante de su reconstrucción es totalmente anómalo, si bién en la obra antes citada, se han visto ejemplos parecidos (cfr. Ramírez Díez y Ruiz Idarraga, 1985-86). [ 4 ] Nada se conoce del cardado que cita R. J. Harrison (1977) como procedente de la cueva de Lumentxa (Vizcaya), y que él mismo no llegó a ver, como tampoco otros investigadores (Ramírez Díez y Ruiz Idarraga, 1985-86).

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a los yacimientos del País Vasco, contamos con dataciones de C14 (2240 ± 90 a.e. y 2210 ± 90 a.e.) para niveles campaniformes I/pyrénéensl/ que incluyen cardados en el abrigo de Font-Juvenal (Guilaine, 1974). En los Países Bajos los AOC también ofrecen dataciones de C14 entre los 2200 a.e. y 2000 a.e. (Lanting y Van Der Waals, 1976). R.J. Harrison propone una secuencia para el Levante español entre finales del 111 milenio y principios del 1I milenio en la que los campaniformes AOC preceden a los CZM y a los Marítimos (Harrison, 1974b: 66). Si examinamos las dataciones del Campaniforme Antiguo típico, Internacional o Marítimo, de la Península Ibérica, observamos una cierta coetaneidad temporal entre éstos y los AOC según demuestran, entre otras, las fechas de Zambujal para los primeros Internacionales (2045 ± 35 a.e. o 2105 ± 40 a.C; Schubart, 1977) o el conjunto de Cerro de La Virgen para su regresión y el inicio de la ¿producción? de los campaniformes incisos (1850 a.e., 1880 a.e., 1940 a.e., 1970 a.e., 1970 a.e.; Almagro Gorbea, 1972). Tal periodización, que abarca los dos últimos siglos del 111 milenio, sería bastante similar a la de los cardados, cuando menos en el mediodía francés y otras zonas septentrionales.

5. VALORACION FINAL. El hecho de proponer una hipotética cronología para los fragmentos de Arca dos Penedos, plantea sin duda un problema derivado de varias cuestiones y posibilidades. La primera de ellas está relacionada con las circunstancias del hallazgo, como vimos, en superficie. La segunda está motivada tanto por la ausencia de expl icaciones hasta ahora claras para la presencia de los cardados peninsulares, como por la distribución predominante y actualmente conocida de los diversos estilos Campaniformes por Europa. Aunque las dataciones de radiocarbono hayan puesto en serios aprietos aquella hipótesis de I/Flujo-Reflujol/ de E. Sangmeister, es cierto que la distribución general de las cerámicas AOC o incluso CZM continúa centrándose en la Europa Central y Atlántica, frente a los ocasionales hallazgos en La Península Ibérica (Fig. 4). A este respecto podríamos pensar que en este último lugar se está incrementando el número de cardados, tanto como fruto de prospecciones sistemáticas como de descubrimientos casuales, sin embargo la proporción de nuevas aportaciones de yacimientos campaniformes Marítimos, de la Variedad Lineal, Incisos o Puntillados Geométricos, de la Variedad Lineal, Incisos o Puntillados Geométricos sigue siendo aplastante sobre los cordados en estas últimas décadas, razón por la que debemos seguir considerando al campaniforme AOC mínimamente representativo, cuando menos en el Noroeste. Estas circunstancias nos llevan a considerar la ornamentación AOC no como ausente del registro arqueológico gallego, sino muy ocasional, dispersa y acaso como importada de las regiones ultrapirenaicas a través, siguiendo la opinión de G. Delibes de Castro, de caminos terrestres 11• • •

pues ello nos permite elucubrar con la llegada a Calicia de estas especies a través de un camino interior continental que pudo canalizar igualmente la aparición de las hachas perforadas de Balenkaleku en Cuipuzcoa y de Teverga en Asturias" (Delibes de Castro, 1989: 58). l

Si consideramos una cronología antigua para los fragmentos de Arca dos Penedos, de finales del III milenio según opiniones que recogíamos en apartados anteriores, nos encontraríamos ante una área geográfica de transición (A Limia) donde llegarían muy debilitadas las influencias del campaniforme AOC posiblemente a través de la Meseta o del Valle del Duero y donde cuajaron con más fuerza los campaniformes Internacionales y de la Variedad Lineal, con filiación meridional, según parece desprenderse de los hallazgos de Portela da Moada (Ferro Couselo, 1972), Mugueimes (Criado Boado y Vázquez Varela, 1994). De todas formas, las circunstancias del descubrimiento de los campaniformes de Arca dos Penedos aconsejan, por el momento, no pronunciarnos a este respecto. Ourense, mayo de 1994 61


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Fig.l-Local ización del abrigo rocoso de Arca dos Penedos.

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Fig. 2-Fragmentos del vaso campaniforme.

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Fig. 3-Reconstrucción hipotética del vaso.

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300km

Fig. 4-Distribución de los campaniformes cardados (AOC yCZM) en el Occidente Europeo (mapa base: Harrison, 1977)

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Un Campaniforme cardado procedente de A Limia (Ourense)

Lam.I-Vista general del abrigo de Arca dos Penedos

Lam. II-Fragmentos del vaso campaniforme

Lam. III-Detalle de la tĂŠcnica decorativa.

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 69-83

ESTUDIO ESTILlSTICO DE LOS PETROGLlFOS DEL VALLE DELLEREZ y LA RIA DE PONTEVEDRA Roberto VAZQUEZ ROZAS Departamento de Historia I - Facultade de Xeografia e Historia Universidade de Santiago de Compostela Santiago de Compostela

RESUMEN: Este estudio pretende analizar la variedad formal con que se representan las figuras animales y humanas grabadas en las rocas del valle del lerez y los márgenes de la ría de Pontevedra. El detallado estudio de las diferentes formas de figurar la anatomía concluye con la identificación de dos áreas estilísticas. De la misma manera se plantea el método de determinación de autor/escuela como vía para profundizar en la diversidad formal. Finalmente se somete a discusión el método de los estadios figurativos de leroi-Gourhan. ABSTRAeT: Stylistic study of the open air engravings froro l/Valle del Lerezl/ and the Ría de Pontevedra. This study tries to carry out a shape of analizing the animal and human figures engraved on rocks located in the border of the lerez river and Pontevedra estuary. The detailled study of the anatomic sections of the figures led us to difference two stylistic areas. It also propose the autor/school determination method as a way to study in depth the shape variety. The leroi-Gourhan method about the figurative ranks is applied.

INTRODUCClON El objeto de este estudio es analizar la variedad de formas con que se figuran los cuadrúpedos y los hombres en el valle del Lerez y las márgenes de la ría de Pontevedra. Cuadrúpedos y antropomorfos serán, sucesivamente, despiezados para su análisis, agrupados por similitudes y, adscritos a uno de los estadios figurativos. El interés por éste tema surge de la importancia que, como forma artística, poseen los grabados rupestres. La extensión cronológica y geográfica de los motivos grabados aporta otro argumento a favor de la importancia de éste fenómeno. La bibliografía sobre petroglifos posee un carácter eminentemente descriptivo, propio de la primera fase de estudio del tema. El acopio de material ha sido grande, pero ha motivado cierto descuido de los aspectos artísticos de éste tesoro patrimonial. Un lenguaje artístico con mil años de vigencia, tal vez más, necesita infinidad de esfuerzos para su comprensión. Nuestros datos sobre los petroglifos se reducen a la obra en si y a breves datos sobre la cultura material de sus grabadores. Nuestro método sigue, pues, las directrices propuestas por investigadores de arte prehistórico: un detenido análisis comparativo de las formas de grabado con el fin de establecer de forma clara la diversidad estilística. El método de determinación de autor/escuela, propio de la historia del arte y propuesto por Apellániz para el estudio del arte paleolítico (Apellániz

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ROBERTO VAZQUEZ ROZAS

1980 Y 1987). Y, finalmente, aplicamos la categorización en estudios figurativos ideada por LeroiCourhan (Leroi-Courhan 1983 y 1984).

1. LOS CUADRUPEDOS En la bibliografía sobre petrog/ifos se distingue un tipo de motivos con la denominación de zoomorfos (Peña Santos y Vázquez Varela, 1979; Carcía Alén y Peña Santos, 1980). Este grupo de motivos se divide a su vez en cérvidos, équidos, serpentiformes y representaciones de pezuñas. Cérvidos y équidos son considerados aquí como integrantes del grupo cuadrúpedos que constituyen el objeto central de este estudio. La denominación cuadrúpedos permite incluir en un grupo coherente a los équidos y cérvidos, al tiempo, no excluye la posibilidad de que se hallen representadas otras especies animales. Este extremo será discutido más abajo; adelantemos el hecho manifiesto de que una gran proporción de cuadrúpedos no pueden ser claramente adscritos a una de estas dos especies: équidos y cérvidos. Los cuadrúpedos se figuran con una línea de grabado. Esta línea presenta dos variantes: contorno cerrado y contorno abierto (Peña Santos y Vázquez Varela, 1979). Entendemos por contorno cerrado el definido por una línea que da la vuelta completa a la figura sin dejar fragmentos del perfil sin señalar. El contorno abierto es el que presenta partes del perfil sin figurar, frecuentemente en los extremos terminales de las patas y en el frente de la cabeza. Los estadios figurativos geométricos y esquemático incluyen todas las figuras de cuadrúpedos. Las partes de estos animales se reconocen más por su posición relativa que por su parecido con la realidad natural. Las figuras no presentan nunca rasgos individualizadores, de manera que parecen responder a la idea general de la especie. Cotejar las figuras de los cuadrúpedos, comparando las diversas partes que los componen y sus cánones, es el primer paso para poder agruparlos estilísticamente, diferenciar especies y adscribir los cuadrúpedos a un estadio figurativo.

1.1. La curva cérvico-dorsal El trazo que figura la parte superior del lomo y del cuello de un animal, desde el arranque del rabo hasta la cabeza, se denomina curva cérvico-dorsal. Los cuadrúpedos de los grabados rupestres del valle del Lerez y la ría de Pontevedra presentan dos tipos principales de curva cérvico-dorsal. a) Curva cérvico-dorsal grabada con aspecto ondulante. Comienza con una curva amplia sobre los cuartos traseros, baja hacia la inflexión suave de la base del cuello, para prolongarse en arco abierto hasta la cabeza. Este tipo de curva cérvico-dorsal es mayoritario en el valle del Lérez medio (ayuntamientos de Campo Lameiro y Cotobade); su presencia en otras zonas es puntual.

En algunas ocasiones (Pedra Boullosa, Campo Lameiro; Outeiro do Lomba da Costa, grupo XXVIII, Cotobade) la curva cérvico-dorsal se une a la cabeza inmediatamente después de su inflexión en el cuello. b) El otro tipo de curva cérvico-dorsal está dominado por las líneas rectas y las inflexiones en ángulo, normalmente de 90 grados. Una línea recta dibuja el lomo desde los cuartos traseros hasta la base del cuello, aquí, tras un ángulo de 90 grados, otra línea recta une lomo y cabeza. Estas formas dominan las figuras de la desembocadura del Lerez y los márgenes de la ría (Laxe das Lebres, Poio).

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Estudio estilístico de los petroglifos del valle del Lerez y la Ria de Pontevedra

1.2. La cornamenta La cornamenta, representa de frente [1], posee un tamaño exagerado en relación al cuerpo. Este carácter desproporcionado se acusa especialmente en los cérvidos machos. La cornamenta ramificada llamaba tan poderosamente la atención de los grabadores que, en frecuentes ocasiones, su tamaño es superior a la altura del cérvido desde los pies a la cabeza. El aspecto esquemático es otro de los caracteres de las cornamentas, de forma que sólo podemos distinguir detalles en las grandes cornamentas ramificadas. Estas cuernas se figuran normalmente con las ramificaciones hacia dentro a largo de cada asta, en el extremo superior suelen tener una o dos ramificaciones hacia fuera. La variabilidad de torsión en las astas no parece mostrar pautas geográficas, ahora bien, los cérvidos de factura más natural ista no poseen nunca astas de torsión desigualo hacia fuera. Otro detalle formal parece estar en relación con el mayor o menor parecido a la real idad visual por parte de los cérvidos: la mayoría de astas ramificadas se graban con raíz independiente; cada asta de una cornamenta surge de la cabeza del animal a unos centímetros de su pareja. En algunos casos, coincidentes con las facturas más naturalistas, las astas tienen raíz común, se unen en su base y, luego, a la cabeza. Las cornamentas no ramificadas pueden ser encuadradas en cuatro tipos: a) Dos cortas líneas rectas de grabado, separadas por unos centímetros. Deben ser interpretadas como cuernos, si bien en algunos casos representan, con toda seguridad, orejas de caballo. b) Dos líneas en aspa como prolongación de las líneas de grabado de la cabeza. Este tipo aparece en algunas estaciones del Lérez medio, como Pedra Boullosa, en Campo Lameiro y Outeiro do Lomba da Costa, en Cotobade. c) Dos cuernos curvos de mediana longitud y separados en su arranque. Los únicos ejemplares parecen encontrarse en Monte Ardegán, Moraña. d) Una sola línea prolongada hacia arriba se tuerce para atrás y en seguida toma dirección descendente. En Champás, Marín, se encuentra el único ejemplar con este tipo de cornamenta, que resulta excepcional por su tamaño, estilización y perspectiva en perfil.

1.3. Las extremidades Las extremidades manifiestan, de manera especial, el problema de conservación de las formas grabadas sobre granito. Nos es imposible definir, en muchas ocasiones, si los extremos inferiores de las patas han perdido la línea de grabado o si ésta nunca fue trazada. A pasar de este inconveniente, distinguimos dos modalidades para la figuración de las extremidades. a) Una línea de contorno baja desde el cuello, traza una curva en el extremo inferior de los cuartos delanteros y sube hasta el pecho, donde tuerce en horizontal para delimitar el vientre. Los cuartos traseros se figuran también en contorno continuo. Esta modalidad define una pata por par. La convención formal de un contorno sin interrupciones evoca la realidad visual de forma esquemática pero con gran fuerza. El contorno continuo consigue un efecto vibrante, al tiempo que aporta un recurso para la coherencia formal de la figura: el aspecto sinuoso. En este sentido debemos apuntar dos nuevos elementos: [ 1 1 Existe una sola excepción en Champás, Marín.

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Primero, el tipo de unión entre las extremidades y el tronco se encuentra dominado por curvas suaves. Los cuartos delanteros se unen a la cabeza por medio de una curva que señala la parte inferior del cuello. Los cuartos traseros se inclinan por su extremo inferior hacia adelante, al mismo tiempo, su parte superior, en contacto con el lomo, está tremendamente abultada. Segundo, los cuadrúpedos con extremidades figuradas en contorno continuo, dominados por un ritmo curvo de grabado, se corresponden siempre con curvas cérvico-dorsales sinuosas, propias del Lérez medio. b) Otra modalidad de figuración de las extremidades consiste en la interrupción de la línea de perfil en la parte inferior de las patas. Quedan así diferenciadas cuatro líneas verticales que debemos entender como las cuatro extremidades. Esta convención formal resulta poco convincente para nuestros ojos, pero define, de forma mucho más clara, la individualidad de cada una de las patas.

La extremidades de perfil interrumpido muestran, en su gran mayoría, una forma peculiar de unirse al tronco. Consiste en la prolongación vertical de la línea frontal de los cuartos delanteros, de forma que el cuello es la prolongación recta de la pata más adelantada. Esta modalidad de figuración de las extremidades está en relación con la curva cérvico-dorsal recta y en ángulo, propia de la desembocadura del Lerez y las costas de la ría. Esta coincidencia llega al punto de que todos los cuadrúpedos de dorso recto tienen las extremidades figuradas en perfil interrumpido, si bien, este tipo de extremidades aparece también en el Lérez medio.

1.4. Otras partes figuradas Este parágrafo se refiere a las líneas de grabado que completan las figuras de los cuadrúpedos en algunas ocasiones. Estas líneas señalan unos pocos detalles propios de la anatomía de los animales: la boca, el rabo, el falo y los ojos.

la boca se representa mediante la interrupción de la línea de grabado en la parte frontal de la cabeza. Este recurso formal es relativamente frecuente en el estilo del Lérez medio y aparece siempre en los cuadrúpedos de formas rectas. Resolver de esta manera la forma de la boca debe ponerse en relación con la solución adoptada para figurar dos patas por par. Así, la línea de grabado se utiliza instintivamente para señalar

contorno o apéndice. Contorno cuando el espacio figurado es amplio: cuello, cabeza, tronco. Apéndice cuando el espacio figurado es delgado: patas, mandíbulas, cuernos, rabo. El rabo se representa, generalmente, con una línea de grabado que surge desde el final del lomo de la parte alta de los cuartos traseros. En algunos ejemplares del Lérez medio (Outeiro do Lomba da Costa, Cotobade; Outeiro do Cogoludo, Campo Lameiro; etc.) el rabo se representa en contorno cerrado, en forma de un pequeño pico de loro en el caso de los cérvidos. En las escenas demonta de Outeiro do Cogoludo, la cola se consigue con una línea de grabado en contorno cerrado que delimita un arco alargado. El falo, representando en algunos ejemplares, se figura con una línea que surge desde la zona de la ingle. Estos falos muestran cierta tendencia a la desproporción ya que, en numerosas ocasiones, su tamaño resulta exagerado en relación al cuerpo del animal. Nos parece por ello, un componente significativo en estas representaciones. los ojos se figuran en muy raras ocasiones. Una cazoleta situada en la zona central-posterior de la cabeza del zoomorfo basta para señalarnos un ojo. 72

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1.5. El canon El análisis del canon refuerza la identificación de dos grandes grupos estilísticos claramente diferenciados: uno extendido desde la desembocadura del Lerez hasta el fin de la ría, y otro concentrado en el valle medio del Lérez. Esta diversidad estilística se pone otra vez de manifiesto si relacionamos la anchura del tronco con el tamaño de la figura: En los cuadrúpedos característicos del Lérez medio el tronco es ancho y los cuartos traseros están exagerados. Las proporciones de tronco, cuello y extremidades, guardan correspondencia con la realidad natural; el tronco es siempre más ancho que el cuello o las extremidades, al mismo tiempo, los cuartos traseros son más abultados que los delanteros. El otro gran grupo tiene su modelo en los zoomorfos de Laxe das Lebres, Poio. El canon de estos cuadrúpedos se aleja de la realidad visual; el ancho del tronco es el mismo que el del cuello o el de las patas. 1.6. Las variabilidades zoológicas Este apartado pretende anal izar las pequeñas diferencias de representación que no parecen apoyarse en la diversidad estilística sino en la variada morfología de los animales en relación con la especie y la edad. La cornamenta puede mostrar, con sus diversas tipologías, variedades de sexo, edad y especie. Resulta evidente que la representación de una cornamenta ramificada, unida en la misma figura a una falo, significa una distinción de sexo entre los cérvidos. Sin embargo, los cuernos breves y ligeramente torcidos no bastan para diferenciar entre ciervos, corzos, y cápridos, o incluso équidos, si estas líneas breves representan orejas. La cornamenta de un ciervo macho puede distinguir las diferencias de edad. Así parece ocurrir en el grupo IX de Outeiro do Cogoludo, Campo Lameiro, o en Laxe das Lebres, Poio. En ambos casos, cornamentas con menor número de ramificaciones se corresponden con animales de menor corpulencia. Resulta más comprometido distinguir especies a través de la forma de la cornamenta. Los cuernos breves, en forma de aspa, de algunos cuadrúpedos como los de Pedra Boullosa, Campo Lameiro, o del grupo XXVIII de Outeiro do Lomba da Costa, Cotobade, pueden estar figurando algún tipo de bóvido, ya que además muestran significativas diferencias en la forma. El cuello no se alza en suave curva a partir del lomo, sino que continúa muy brevemente en horizontal para dar paso a la cabeza. El rabo se presenta corto o alargado. El rabo alargado debe significar cola de équido, no sólo por su aspecto diferenciado, sino también porque se asocia a escenas de monta: Outeiro do Lomba da Costa, Campo Lameiro; Pedra do Pinal do Rei, Cangas de Morrazo. Esta asociación cola-monta nos hace pensar en la posibilidad de que la cola larga sea un atributo diferenciador de los équidos, lo que nos permitiría asignar especie a algunos zoomorfos, como por ejemplo, en Laxe das Rodas. 1.7. Consecuencias Resulta evidente la diferenciaciación de los cuadrúpedos grabados en dos grandes grupos [2]. El grupo sinuoso está caracterizado por las figuras dominadas por la línea curva, con tendencia a los arcos abiertos y a los vértices curvos. El ritmo del grabado es sinuoso. El canon imita a la [ 2 ] Estos grupos coinciden con las tipologías del cuadro de motivos de Peña Santos y Vázquez Varela, 1979: 5.1.1.= grupo rectilíneo; 5.1.2.= grupo sinuoso; y 5.1.3.= sin encuadrar.

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realidad visual a través de las diversas anchuras del tronco, cuello, cabeza y patas; si bien este carácter naturalista está supeditado a la antedicha convención formal basada en la curva. Son frecuentes los casos de figuras gravadas en contorno sin interrupciones. Este grupo muestra una clara concentración geográfica en torno al curso medio del río Lérez (Campo Lameiro y Cotobade), con tendencia a extenderse hacia el norte, llegando a la cuenca hidrográfica del Umia (Monte Ardegán, Maraña). A pesar de esta clara concentración, algunos ejemplares de este estilo aparecen alejados de su zona central, así es el caso de Cachada Grande en Marín. El otro gran grupo se define por el predominio de las líneas rectas que se encuentran en ángulo recto. Manifiesta escasa preocupación por el canon naturalista, despreciando la proporción entre las partes. En general, podemos afirmar que la distancia que separa las líneas de grabado es siempre similar dentro de una figura: el ancho del cuello es igual al ancho del tronco, yes igual de ancho de los cuartos. Posee cierta tendencia a alargar el tronco de los animales. El cuello suele ir marcado por una línea recta desde la cabeza al extremo de la pata delantera. Y, generalmente, la línea de contorno se interrumpe en la parte frontal de la cabeza y al final de las extremidades. Este grupo rectilíneo, así lo denominamos, se distribuye de forma más rala y amplia que el sinuoso. Lo encontramos en el bajo Lérez (Poio), en las laderas de ambas riberas de la ría de Pontevedra, y en la margen norte de la ría de Vigo.

2. LA FIGURA HUMANA Los hombres aparecen con poca frecuencia grabados en las rocas. En este apartado pretendemos hacer un análisis formal a partir de los que son adscritos a la Edad del Bronce [3]. 2.1. Tipos de representación Las publicaciones de síntesis y catálogo sobre los petroglifos señalan dos formas de figuración para los hombres: grabado simple esquemático y grabado de doble contorno [4].

El tipo esquemático se figura con una sola línea: las piernas abiertas, el tronco corto, los brazos en horizontal cortando el tronco y una cazoleta por cabeza. El tipo de doble contorno consiste en una línea de grabado a modo de torpe silueta: los brazos no se contornean, son una simple línea. El aspecto de estas figuras humanas es más corpóreo. Esta división parece relacionarse con la que realizamos para los cuadrúpedos. Existe una acusada tendencia a la asociación: antropomorfo de doble contorno - cuadrúpedo de estilo sinuoso. Por otra parte, los antropomorfos de grabado esquemático se asocian indistintamente con los cuadrúpedos de los dos grupos.

2.2 Partes figuradas La forma de la cabeza se muestra diferente según el antropomorfo esté representado en grabado simple o en doble contorno. En los antropomorfos de simple grabado esquemático, la cabeza se figura con una cazoleta o incluso, no se figura: la línea del tronco se prolonga en este caso un poco más arriba del cruce con la línea de los brazos. [3 [4

1 Seguimos para ello el criterio expuesto por Peña Santos y Vázquez Varela, 1979. 1 Peña Santos y Vázquez Varela, 1979, y Carda Alén y Peña Santos, 1980, señalan 74

esta división.


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De modo paralelo, en los antropomorfos de doble contorno la cabeza se figura con un abombamiento en forma de bombilla, o como una prolongación del tronco ameboide más arriba del arranque de los brazos. El tronco no presenta más variantes que las señaladas para los dos tipos de antropomorfos. En las figuras de simple grabado esquemático es una línea recta que va de la zona de arranque de los brazos al punto de separación de las piernas. El tronco de las figuras grabadas en doble contorno consiste en dos líneas paralelas que terminan, en las escenas de monta, al encontrarse con la línea del lomo del zoomorfo. En la figura de Laxe do Outeiro do río Loureiro, Cangas de Morrazo, el tronco parece cubierto con una larga túnica que llega a los pies. Las extremidades se representan siempre con trazos simples de grabado. Los brazos son perpendiculares al eje del cuerpo, colocados a modo de cruz. Las piernas sólo se figuran en los antropomorfos de grabado simple, lo hacen como dos líneas que se separan paulatinamente a partir del final del tronco. Las observaciones de este parágrafo son difícilmente aplicables a algunas figuras humanas. Así ocurre con los dos antropomorfos del grupo I de Outeiro do Cogoludo, Campo Lameiro; a nuestro parecer sólo el antropomorfo de la escena de monta puede ser interpretado como tal. En el antropomorfo de Laxe do Outeiro do río Loureiro, Cangas de Morrazo, el cuerpo y las piernas parecen ir cubiertas con una larga túnica que cae hasta los pies, figurados estos con dos pequeñas prolongaciones de las líneas de contorno. Las piernas parecen querer marcarse, dentro del vestido, con una línea vertical que representaría el pliegue central, y con dos pequeños vértices de las líneas de contorno al altura de las rodillas. 2.3 Accesorios e instrumentos. Los antropomorfos considerados del Bronce llevan, casI Sin excepClon, algún instrumento que suponemos agarrado con la mano, dada su colocación en el extremo del brazo. Consideramos estos accesorios divididos en cuatro tipos:

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Líneas de grabado rectas que parecen asidas con la mano. Líneas de grabado de aspecto sinuoso, tangentes a la mano. Escutiformes, que por su forma se han considerado tradicionalmente escudos. Puñal, representado, en un único caso, tangente a un antropomorfo.

A estos accesorios hay que añadir el posible casco del atípico antropomorfo de río Loureiro, Cangas de Morrazo. Las líneas de grabado rectas asidas con la mano son muy frecuentes y aparecen en los dos tipos de figuras humanas. Presentan dos variantes; una larga, que se prolonga arriba y abajo del extremo del brazo, y otra corta, que surge del extremo del brazo y se desarrolla sólo hacia arriba. Las largas deben ser imágenes esquemáticas de varas o lanzas, las cortas de espadas, cuchillos o pequeñas varas. Otra hipótesis de interpretación es entenderlas como arcos y flechas, en Pedra das Ferraduras, Cotobade, los animales parecen heridos por flechas. Las líneas sinuosas de grabado que unen el extremo del brazo de un antropomorfo con la cabeza o incluso el morro de un animal, aparecen exclusivamente en escenas de monta. Debemos interpretarlas como algún tipo de brida que facilite la equitación. Los escutiformes poseen la misma colocación que los demás accesorios, el extremo del brazo. En Laxe das Ferraduras, Cotobade, aparece un ejemplar escutiforme en perspectiva frontal. Se le 75


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representa con un pequeño circulo de grabado, asociado a un antropomorfo de línea simple. Este mismo antropomorfo lleva al extremo del otro brazo un puñal o espada corta que parece ser un ejemplar" de espigo o lengüeta¡ vinculado al horizonte campaniforme o epicampaniforme" (Carda Alén y Peña Santos, 1980, pág. 141). En Laxe do Outeiro do río Loureiro, Cangas de Morrazo, aparece un escutiforme en forma de media luna, de interpretación muy discutible, y un caso con cuernos en el mismo antropomorfo. Ambos accesorios nos señalan, otra vez, el carácter excepcional de esta estación. 3. LA VARIEDAD ESTILlSTICA. EL CRITERIO DE AUTOR

Este apartado pretende profundizar en la diversidad formal de los cuadrúpedos. Su fin es discernir los parentescos de factura entre las figuras y agruparlas por escuelas, salvando la distancia que se impone a este último término. Preferimos denominar escuela a un parentesco formal, entre un grupo de figura, tan próximo que parecen salidas del mismo grabador o grupo de grabadores. Este parentesco se aprecia en la forma peculiar que tiene cada artífice de entender las convenciones de su época. De esta manera las obras de una misma escuela poseen ciertos detalles que las emparentan (Apellániz, 1980). Las posibilidades de aplicación de este método a los petrogrifos están condicionadas por la homogeneidad de los grabados del Bronce y, sobre todo, por los problemas que plantea la identificación de especies. Este problema puede llevarnos a confusión, pues una pretendida diversidad de escuela, puede estar solapando una diferencia de especie, o viceversa. Una detenida observación de los cuadrúpedos de una misma estación nos muestra semejanzas y divergencias más profundas que las expresadas por una categorización en estilos. Hemos analizado de este modo varias estaciones rupestres. Los resultados son variados: desde la inclusión de todas las figuras en una misma escuela, hasta una gran diversidad de facturas en las misma roca. Veamos dos casos a modo de ejemplo.

Outeiro do Cogoludo, Santa María de Moimenta, Campo Lameiro (Carda Alén y Peña Santos, 1980, pág. 24-27; fig. 10-15). Los cuadrúpedos de Cogoludo muestran una gran homogeneidad formal. Los équidos y cérvidos de este estación poseen una cabeza muy pequeña, el lomo abultado y las patas inclinadas hacia adelante, exceptuando un zoomorfo de tosca factura, superpuesta a otro en el grupo XI. Las diferencias de tamaño, de postura y de especie no ocultan el parentesco formal entre los distintos cuadrúpedos. Los cérvidos de los grupos VI y IX poseen evidentes relaciones; sin embargo, existen diferencias para la figuración del rabo: bien lineal, bien en forma de pico de loro. También la cabeza es menos geometrizante en el cérvido del grupo VI. Relacionado por su aspecto con éste, tenemos un zoomorfo en el grupo XI al que se le superpone otro de factura menos estilizada. La escuela de Cogoludo se incluye dentro del tipo sinuoso. Muestra pequeñas divergencias formales que no se pueden entenderse como alejadas en el tiempo. La homogeneidad formal induce a pensar que los grabados fueron realizados con cierta sincronía, y tal vez distribuidos según un programa significativo. Un ejemplo opuesto lo tenemos en Laxe da Rotea de Mendo, San Miguel de Campo, Campo Lameiro (Carda Alén y Peña Santos¡ 1980, pág. 20-22, fig. 7 Y 8). En esta estación se acumularon zoomorfos de diversas escuelas sobre una misma roca.

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Por una parte forman un grupo dos cérvidos de factura más naturalista y mayor escala que los otros, ambos asociados con círculos de cuatro radios. Los dos zoomorfos, colocados entre los cuernos del gran macho, presentan una serie de coincidencias que indican su pertenencia a una misma escuela. Es difícil extender estas consideraciones a otros cuadrúpedos de la roca, dado su mal estado de conservación, si bien el zoomorfo del extremo oriental de la roca pertenece a una mano más torpe que trabajó en esa posición excéntrica. Probablemente debamos inferir que, a mayor divergencia de facturas, mayor distancia temporal entre ellas. Esta afirmación es verosímil, pero no puede ser rotunda. Análisis del tipo de los ejemplos anteriores han sido aplicados a otras estaciones con resultados paralelos [5]: Chan da Lagoa, Campo Lameiro; Outeiro do Cogoludo, Cotobade, muestran gran variedad de facturas. Laxe dos Cebros, Laxe das Ferraduras, Cotobade, tienen respectivamente sus figuras dentro de una misma escuela. 4. LOS ESTADIOS FIGURATIVOS

En este apartado pretendemos adscribir las figuras analizadas hasta ahora a alguno de los estadios figurativos definidos por Leroi-Gourhan (Leroi-Gourhan, 1983, pág. 15 Y siguientes; 1984, pág. 96 Y ss.). Los cuadrúpedos y antropomorfos grabados durante la Edad del Bronce en la provincia de Pontevedra deben incluirse en los estadios figurativos geométrico y sintético. El mismo LeroiGourhan había notado que "el postglaciar europeo no aporta figuras que puedan atribuirse al figurativo analítico! con excepción de Noruega del norte y el Levante español ll (Leroi-Gourhan! 1984, pág. 103). 4.1 '. El estado figurativo geométrico El estadio figurativo geométrico incluye "líneas y superficies geométricas! cuyo conjunto asegura una identificación! al menos relativa! del sujeto" (ibidem, pág. 100). Pedra Boullosa, Outeiro do Cogoludo, Campo de Matabios y otras estaciones de Campo Lameiro; Outeiro do Lomba da Costa, Laxe dos Cebras, Laxe do Cuco, en Cotobade: la inmensa mayoría de las figuras de hombre y animales del tipo sinuoso se incluirían en el estadio figurativo geométrico.

Los zoomorfos del aspecto rectilíneo son, también, relativamente identificables, y están definidos por "líneas y superficies geométricas" (ibidem, pág. 100). Quedan, pues dentro del mismo nivel figurativo: el figurativo geométrico. Otro de los caracteres que Leroi-Gourhan define como propio del figurativo geométrico, es el hecho de que este estadio "se expresa normalmente en elementos yuxtapuestos y la simplicidad de contornos determina numerosas convergencias morfológicas!! (ibidem, pág. 99). Los elementos yuxtapuestos abundan en la conformación de nuestros cuadrúpedos y antropomorfos. Las figuras se construyen por yuxtaposición de líneas, ya sean rectas o curvas, según el área estilística a que pertenecen. Las convergencias se manifiestan en la dificultad para identificar especies (véase 1.6). El similar tratamiento de tronco, cuello y extremidades en el grupo de zoomorfos de trazos rectilíneos, muestra la misma convergencia formal propia del estadio figurativo geométrico.

"Estos niveles [figurativos] pueden ser modificados según la medida de la cohesión que ofrecen los diferentes elementos: 1. cohesión elemental; 2. en elementos yuxtapuestos; 3. en elementos encadenados." (ibidem, pág. 97). [ 5 J Estos análisis forman parte de la tesis de licenciatura presentada por Vázquez Rozas en la Facultad de Geografía e Historia, trabajo inédito.

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Esta escala dentro de cada estadio figurativo no nos permite establecer una gradación clara entre los zoomorfos que nos ocupan. Los an imales del esti lo dom i nado por trazos rectos parecen yuxtaponer sus elementos bruscamente en la mayoría de las ocasiones: Laxe das Lebres, Poio. En otros casos, menos frecuentes. parecen encadenar las diversas partes, por ejemplo, en Outeiro do Cribo, Meis. Si bien, estas categorizaciones, a nuestro juicio, resultan subjetivas en gran medida. ¿Nos acercamos al figurativo analítico cuando los elementos están encadenados, aunque no sean identificables por separado? Los cuadrúpedos que cal ificamos en el apartado 1 dentro del grupo sinuoso presentan sus elementos encadenados gracias a un dibujo de tremenda economía de líneas: 1. Un trazo continuo desde la cabeza hasta la parte posterior de los cuartos traseros dibuja también el lomo y el cuello. 2. Un trazo, baja desde la cabeza hasta el extremo inferior de los cuartos delanteros. 3. Un tercer trazo dibuja el vientre y la cara de las extremidades. 4. Con frecuencia, otra línea corta completa la cabeza. Cabeza, cuello, tronco y extremidades continúan sin ser reconocibles aisladamente. A pesar de ello, los elementos se encadenan mediante trabazón que surge de la línea curva. 4.2. El figurativo geométrico sintético o esquemático [6] En el figurativo sintético "las líneas expresan lo esencial de las formas del sujeto figurado sin traducir las finas modulaciones de los contornos ópticamente reales" (Leroi-Gourhan, 1984). Esta definición no resulta lo suficientemente específica para determinar la inclusión de una figura en este estadio figurativo: ¿qué es lo esencial de una figura?

"Es frecuente observar que los detalles de identificación, como cornamenta, orejas, papada, cola corresponden a un estadio diferente al de otras partes del cuerpo, especialmente las extremidades". (Leroi-Gourhan, 1983). Según estas observaciones existen entre los cuadrúpedos grabados en el Lerez, dos cérvidos pertenecientes a este estadio. Nos referimos al gran macho de Ratea de Menda, Campo Lameiro, ya otro cérvido de menor tamaño y semejante factura, situado en la misma roca. La cornamenta del gran ciervo posee un aspecto geométrico, el mismo carácter lo encontramos en las extremidades, ~I rabo y el falo. Ahora bien, las proporciones, la cabeza con papada y boca, el pecho saliente, le dan a la figura un aspecto que supera el estadio geométrico de elementos encadenados. Entre los zoomorfos grabados en los petroglifos existen también ejemplares que poseen algún detalle figurado en estadio sintético, como por ejemplo, las colas de los grupo IV y IX de Outeiro do Cogoludo, Campo Lameiro. En resumen, los dos cérvidos de Laxe de Ratea de Menda, Campo Lameiro, son los dos únicos ejemplos del figurativo esquemático que podemos encontrar entre los grabados rupestres del área del Lerez datables en la época del Bronce. Esta adscripción es problemática, pues la definición del

[ 6 ] Leroi-Gourhan da estos dos nombres al mismo estadio, 1983. pago 17, 1984, pago 101.

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estadio figurativo esquemático y las características formales de estos cérvidos, no se corresponden con claridad.

4.3. Problemas planteados por el método de los estadios figurativos Hemos visto cómo las figuras de cuadrúpedos objeto de este trabajo se pueden incluir en los estadios definidos por Leroi-Gourhan como figurativo geométrico y figurativo esquemático, esta categorización coincide con las afirmaciones del autor francés (Leroi-Gourhan, 1984. pág. 96 Y ss) sobre los estadios propios del arte post-glaciar. Sin embargo, su método plantea una serie de problemas al ser aplicado al objeto de este trabajo. a) La clasificación resulta un tanto burda. Las figuras quedan mayoritariamente encuadradas en un solo estadio. La variedad de formas queda obviada por este método. Este nos sirve, en teoría para diferenciar; en nuestro caso, su utilidad es muy escasa. b) El segundo problema surge de la gran dificultad que encontramos para definir en cada caso las gradaciones dentro de un estadio: "1. cohesión elemental. 2. elementos yuxtapuestos. 3. elementos encadenados" (ibidem, pág. 98). c) El método de los estadios figurativos pretende huir de la subjetividad (Leroi-Gourhan, 1983, pág. 34) "propia del lenguaje de sociólogos e historiadores del arte". Sin embargo, los estadios figurativos no superan este carácter subjetivo. El ojo del observador tiene gran peso a la hora de adscribir una figura a uno u otro estadio, y más cuando intenta decidir a qué nivel intraestadial pertenece. Ningún observador puede confundir formas en estadio figurativo geométrico con otras en figurativo analítico; ésta es la distancia que separa Laxe das Ferraduras, Campo Lameiro, del gran techo de Altamira. Sin embargo, los límites entre figurativo geométrico y figurativo analítico son muy sutiles. La enorme variedad de formas desde la figuración intelectual hasta la visual es una suave curva nacida de la relación entre imagen y referente. Definir estadios es señalar segmentos rectos en esta curva, con los consiguientes desajustes entre teo'ría y práctica. Categorización poco sutil, gran peso del componente subjetivo y escasa claridad para subdividir los estadios, son los problemas más notorios con los que hemos chocado en este apartado. Un ¡nuevo conflicto surge al contrastar el apartado 1., sobre los estilos de cuadrúpedos, con el presente, sobre los estadios figurativos: Ambas categorizaciones nos aportan divisiones diferentes. El concepto "estadio figurativo" no puede sustituir al de "estilo". El primero nos habla de la mayor o menor cercanía entre la realidad visual e imagen. El segundo observa los distintos tipos de trazos, las convenciones del dibujo. Esto los vuelve complementarios.

Agradecimientos: el autor agradece al dtr. José Manuel Vázquez Varela, de la Universidad de Santiago de Compostela, la supervisión de este trabajo y sus continuos ánimos.

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Fig.l.- Detalle del grupo VI de Outeiro do Cogoludo, Campolameiro.

Fig.2.- Detalle de la zona oeste del grupo IX de Outeiro do Cogoludo, Campolameiro.

Fig.3.- Detalle del cĂŠrvido central del grupo IX de Outeiro do Cogoludo, Campolameiro.

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FigA.- Detalle del grupo X de Outeiro do Cogoludo, Campolameiro.

Fig.5.- Detalle de Laxe das Lebres, Poio.

Fig.6.- Detalle de Laxe das Lebres, Poio.

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Fig.7.- Detalle del grupo XXVIII de Outeiro do Lombo da Costa, Cotobade

Fig.8.- Detalle de Laxe das Rodas, Outeiro do Lombo da Costa, Cotobade.

Fig.9.- Detalle de Pedra Boullosa, Campolameiro.

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Cmuña. 1993/94. vol. 8 pp. 87-97

A COCA DA CORUÑA Clodio GONZALEZ PEREZ Museo do Pobo Galego - San Domingos de Bonaval Santiago de Compostela

RESUME: A coca da Coruña, o mesmo que outras moitas españolas e de Europa en xeral, é de supoñer que surxise coa institución da festa do Corpus Christi ou Corpo de Deus. De tódalas galegas, só unha chegou ata os nosos días: a de Redondela. A coca é o secular símbolo do mal, do demo. O encargado de custodiala, coidala e saír con ela era un gremio artesanal; na Coruña primeiro foi o dos zapateiros e logo o de "maestros de obra prima". Unha real cédula de Carlos 111, do 20 de febreiro de 1777, deu pé a súa desaparición, anque a negativa de varios concellos obrigou a dictar posteriores disposicións, polas que se prohibían nos actos relixiosos semejantes ridículos figurones. A BSTRACT: A "Coca" da Coruña. Like many other "Cocas" (Big mouthed monsters), in Spain and Europe in general, the coca of A Coruña is supposed to have appeared with the institution of the feast of Corpus Christ, or Body of Christ. The only "coca" in Galicia that has survived to the present time is the one from Redondela. The "coca" is the age-old symbol of evil, of the devil. It was he craftsmen's guild that was in charge of guarding it and showing it. In A Coruña, it was first in the custody of the shoemaker's guild, and later in the care of the Master builders. A royal warrant issued by Carlos 111 on February 20, 1977 led to it's disappearance, although the resistance of several City Councils made later decrees necessary whereby the presence of such "ridiculous figureheads" were forbidden in religious ceremonies.

A crenza na existencia mítica de dragóns vén de moi antigo. Se nos paramos a rebuscar, podemos chegar ata as culturas máis antigas, das que faron poucas as que nos seus pateóns non contasen con algún ser sobrenatural (divindade ou héroe deificado), que non teña vencido en dura loita a un descomunal e fero dragón ou serpe, símbolo do mal. Pero isto non é xeral para todos, pois para os chineses e xaponeses, en particular dende a dinastía Manchú (século XVII), simbolizan o poder real, de aí que digan "o trono do dragón ll, a l/cama da dragón l', etc. G. Elliot Smith (s.d., p. 104), fixo unha interesante árbore xenealóxica de tódolos dragóns: os chineses, xaponeses, americanos e indonesios poderían te-la súa orixe na India. En troques, os mediterráneos virían da Mesopotamia; os europeos da India e tamén da Mesopotamia, pero neste caso despois de ter pasado por Exipto, ou mesmo directamente dende a India. Hai centos de dragóns, salientando entre os máis sonados Tiamat, que foi vencido polo deus Marduk, como se conta nunhas taborelas de barro da época de Hammurabi. Os hititas festexaban o triunfo do deus Inar sobre IlIuyankash, serpe de varias cabezas. Na India contan como a deusa do arco, Indra, venceu a Vitral o dragón ou serpe de noventa e nove anelos. En Exipto era Horus, filio de Ra, o que dominaba a Seth. Xa no mundo clásico grego, está Zeus que matou á serpe Tifón; e entre os hérois deificados, sobrancean Perseo, que acabo u a lanzadas e frechazos con Cadmo, e Hércules que deu marte á terrible Hidra. En particular para as nosas cocas, o máis importante son as crenzas xudaicas. No Xénesis xa ollamos como o demo se transfarmou en serpe para tentar a Eva (3, 14-15). No libro de Xob noméase varias veces e descríbese polo miúdo o terrible Leviatán (41, 1-26) que, para o noso P.

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Sarmiento, a coca vén a se-la súa representación simbólica, como di ó falar da vila do Lérez: A cabeza da coca de Pontevedra non tanto é de serpe como de "cocatrix", o crocodilo e, por conseguinte, o Leviatán que Cristo venceu (SANCHEZ CANTON, 1959). Isaías profetiza que chegará o día en que o Señor castigará coa súa espada dura, grande e poderosa / a Leviatán, a serpe fuxidía, a / Leviatán, a serpe retorcida, / matará ó dragón que hai no mar (27, 1). Por outra banda, o profeta Daniel deulle morte a un que tiña o rei de Babilonia (14, 23-27).

OS DRAGONS CRISTIANS No Novo Testamento xa temos ó dragón ou xigante serpe plenamente identificado co demo. No Apocalipse de San Xoán lese: Logo vin que outro anxo baixaba do ceo, coa chave do abismo e unha cadea grande na mano Con ela amarrou forte ó dragón, serpe antiga, que é Satán e Satanás, e encadeouno para mil anos (20,1-2). Tamén se describe a loita do arcanxo San Miguel: Miguel e os seus anxos combateron contra o dragón. O dragón combatía cos seus anxos, pero non lIes puido; e para eles xa non houbo lugar no ceo. Deus botou do ceo ó gran dragón, serpe antiga, chamado Satán e Satanás, o que fai descarriar a tódolos homes; botouno á terra; e ós seus anxos con el (12, 1-9). Da mesma Virxe María e de varias ducias de santas e santos, os haxiógrafos ou as tradicións piadosas refiren como loitaron e venceron a dragóns ou serpes, sempre símbolos do mal ou da idolatría. Sen ir máis lonxe: abondou a presencia das cinzas do apóstolo lago para que estourase o ingens draco que habitaba nas covas do Pico Sagro (Boqueixón), como se conta no Líber Sancti Jacobi (1944, p. 293). Entre os benaventurados que chegaron á gloria dos altares, e dos que se di que acabaron con algún destes feros animais, sal ientan: Cremenzo, bispo de Metz (Francia), vencedor de la Grouielle que, simbolicamente e lembrado aquel feito, percorreu a cidade deica o século XVIII. Hilario, bispo de Poitiers, que por un milagre seu durante séculos saiu anualmente a Grand-Goule. Lupo, terceiro bispo de Bayeux, que matou a un dragón que devoraba ó día a varios veciños; la béte Saint-Loup tamén andivo varios séculos pola poboación, ata que a prohibiu obispo o 25 de abril de 1728, por tratarse dunha figura indecente e para deter no futuro desordes tan contrarios á santidade da nosa relixión (LALORE, 1877, p. 150). O bispo parisino Marcelo venceu un que tiña aterrorizados ós veciños; o miragre áchase representado iconograficamente na fachada occidental da catedral de Notre-Dame; o seu dragón deixou de percorre-Ias rúas de París no século XVIII, cara ó ano 1730 (LE GOFF, 1983, p. 261). Marta, a irmá de Lázaro, matou á Tarasca, fero animal que vivía no río Ródano; a tarasque ou o tarasco -segundo se diga en francés ou en provenzal-, percorreu dúas veces ó ano a vila durante séculos, primeiro como terrorífico monstro e logo como manso añiño. Actualmentesó sae o día da festa da santa (GONZALEZ PEREZ, 1993, p. 159). E para rematar, porque a lista é moi ampla, San Xurxo que agora é un dos máis sonados, que se representa sempre dacabalo e espetándolle a lanza a un dragón. Polo que atinxe ás nosas cocas e tamén ás portuguesas, era este último o que as vencía tódolos anos agás á de Pontevedra, como aínda se pode comprobar indo á vila miñota de Mon<;áo o día da festa do Corpo de Deus. Anque están documentados dragóns procesionais anteriores ÓS da celebración do Corpus Christi, coma os das rogativas, que segundo conta Jacques de Vitry (c. 1170-1240), nestas procesións ía diante unha figura draconiforme primeiro co rabo ergueito e logo baixo, indicando que fora vencido. Non hai dúbida que cando se estendeu por toda a cristiandade o costume de representar plasticamente o mal por un dragón, foi dende que o papa Xoán XXII Ile engadiu a procesión á celebración do Corpus, en 1317, quizais nun principio como parte de algún auto de carácter eucarístico. Axiña se converteu na festa gremial por excelencia, na que non podían falta-los artesáns con diferentes danzas e representacións, entre as que estaba a obriga de levar unha simbólica figura do 88


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demo que, ano tras ano, era vencida por un santo -como Xurxo-, ou por outro personaxe. Non deixa de ser curioso o feito de que en Pontevedra os protagonistas fosen varios mariñeiros que Ile disparaban canonazos dende unha pequena nao. Foi xeral, para toda a cristiandade, sendo os primeiros dragóns procesionais documentados os belgas e os franceses, non lonxe de onde empezou a celebración do Corpus, Luik (Liexa): Douai -1361-, Amberes -1394-, Chartres -1399-, Lovaina -1411-, Alost -1418-, Furnes -1429-, Malinas -1436-, ...

AS NaSAS COCAS A primeira documentada polo de agora é a de Ourense, que xa existía o 27 de maio de 1437: Iten, que ande logo a ter~eira confraría depús la de San Migeel, a confraría de Santa Oufémea, que he dos ~apateiros, con seus ofi~ios et COQUETRIZ, segundo que ha acostumado (FERRO COUSELO,

1967, 1, pp. 117 ss.); Aínda se denomina COQUETRIZ, que vén a se-la crocodila, verba común tamén á área castelánfalante, como se comproba lendo El Conde lucanor do infante D. Juan Manuel; pero poucos anos despois, o 20 de xuño de 1441, xa temos a denominación que se xeralizaría para o galego e o portugués: Iten, que a confraría de Santa Oufémea, por quanto era antigoamente feita e hordenada,

ela e a dita confraría de Santa María a Madre ante que as outras confrarías nehuas e o corpo da Virgen Santa Oufémea estaba sopultado ena dita sua ygllesia e por seu onor e do seu corpo, que ende esta sopultado, que ordenaba e mandaba que andase logo a dita confraría de Santa Oufémea depúus a confraría de Santa María a Madre con sua danza de espadas e ~irios e outros jogos algúus, se os tebesen, saluo que o jogo da QOQA que andase aalende das confrarías de San Sebastián e de San Miguel, junto con a confraría dos carni~eyros, por que a dita COQA he escandallosa (FERRO COUSELO, 1967, 1, pp. 144 ss.). Da mesma raíz etimolóxica coidamos que sexa a catalá coca e cuca, entre as que salienta a cuca

fera de Tortosa, que xa existía en 1457 (MASSIP, 1963). A principios do século XVIII -non sabemos agora- tal denominación era corrente tamén na Mancha, anque para o castelán a única recoñecida oficialmente é a de tarasca. Pouco se pode dicir sobre a figura, pois aínda que seguían certos parámetros (te-lo corpo serpentiforme, áas membranosas de morcego, rabo rematado en afiado dardo, grandes fauces dentadas, etc.), a de cada poboación contaba con algo de seu, que a diferenciaba das demáis. Neste aspecto as mencións documentais teñen un valor moi relativo, xa que carecen de descripcións, ou son moi parcas. Por se-la única que chegou deica os nosos días, coidamos que as antigas semellasen á de Redondela. A figura actual da de Betanzos é moderna, polo que carece de importancia (lIust. 1). Varias foran as poboacións que contaron con coca, nas que estaba obrigado a andar con ela un gremio pola celebración do Corpo de Deus ou nas festas máis sobranceiras, como en Santiago e Betanzos o día de San Roque, no mes de agosto. Estas son varias das que temos documentadas: Baiona, Betanzos, A Coruña, Ourense, Pontevedra, Redondela, Ribadavia, Santiago de Compostela e Tui. Non acadamos mencións, polo de agora, sobre as de Lugo e Mondoñedo, pero temos fundadas sospeitas de que tamén as houbo. Como queda dito, as únicas que saen actualmente son a de Redondela (o día do Corpo de Deus), e a de Betanzos (na festa de San Roque) (lIust. 11). Fóra dos nosos lindeiras tamén está rexistrada a súa existencia en varias cidades e mesmo vilas pequenas, das que seguen vivas as de Granada, Jaén, Berga (Barcelona), Tortosa, etc. Pero hóuboas en Madrid, Sevilla, Toledo, Cádiz, Segovia, Tudela, Donostia, Astorga, L1eida, Cervera, Solsona, León, etc. En Portugal queda unha soa, a de Mon<;áo, que é a única que conservou a loita con San Xurxo.

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Sabemos das do Porto, Lisboa, Coimbra, Braga, Évora, Guimaráes, Setúbal, Penafiel, etc. Das de outros países xa quedan nomeadas algunhas belgas e francesas, sendo a máis internacional de todas a de Tarascón, que saía dúas veces ó ano, o segundo domingo despois do de Pascua, e o día de Santa Marta (o 29 de xullo). Agora só este último. (DUMONT, 1951). As do Estado Español en xeral desapareceron a finais do século XVIII, con gallo da real cédula de Carlos 111, do 20 de febreiro de 1777, pola que non se permitían Disciplinantes, Empalados, ni otros

espectáculos semejantes, que no sirven de edificación, y pueden servir a la indevoción, y al desorden en las Procesiones de Semana Santa, Cruz de Mayo, Rogativas, ni en otras algunas, debiendo los que tuvieren verdadero espíritu de compunción, y penitencia, elegir otras más racionales, y secretas, y menos expuestas, con consejo, y dirección de sus Confesores.... Aínda que foi ben acollida esta prohibición polos gremios, pois eles eran os máis afectados xa que Iles ocasionaba gastos, non ocorreu o mesmo coas autoridades municipais, que varias alegaron que a real cédula non afectaba á coca, e obrigaron a seguir con ela, como na Coruña, Ribadavia, Santiago de Comp~stela, Pontevedra e Tui. Houbo que dictar novas disposicións para que se suprimise dunha vez por todas. Pero, aínda así e todo, varias non desapareceron (como a nosa de Redondela) ou volveron a ser instauradas anos despois, chegando algunhas deica os nosos días, como as xa nomeadas de Granada, Jaén, Tortosa, Berga, etc.

A COCA DA CORUÑA a) Historia

Igual que noutras poboacións, pouca ou ningunha importancia se lIe ten dado a esta secular tradición, perdida definitivamente hai máis de douscentos anos. Os únicos que lIes podía interesar era ós eruditos locais, pero por tratarse de algo tan insignificante como é unha figura procesional, non Ile deron valor, limitándose a mencionala ocasionalmente,pero sen deterse a conta-Ia súa historia. ¿Cando comezaría a percorre-Ias rúas herculinas? Non hai dúbida que tivo que ser despois de que se empezase a celebrar na cidade a conmemoración do Corpo de Deus. Máis adiante, e co gallo das pestes que asolaron Galicia ó longo do século XVI, o mesmo que ocorreu noutras vilas como Santiago de Compostela e Betanzos-, tamén pasou ó día de San Roque, o 16 de agosto. Queda ollado como da de Ourense xa se teñen novas dende o ano 1437; da de Santiago, dende 1570; Pontevedra, 1552; Betanzos, 1596, ... Pero isto non deixa de ser máis que a data do primeiro documento que achamos, pois, unha comparanza, sábese que en Pontevedra o Corpus xa se festexaba en 1437, supoñendo que a houbese daquela (Livro do concello..., 1989, p. 90). Polo de agora a data máis antiga que posuímos sobre a coca coruñesa é do ano 1683: o día 21 de novembro instaláronse na cidade as primeiras seis monxas capuchinas. Na comitiva que se organizou, ademáis das autoridades e do clero, tamén participaron os gremios, pois o concello acordou se hiciese una procesión solemne como se hacia el dia de Corpus (...) y todas las

cofradias de la Ciudad saliesen con sus imagenes y pendones a dicha procesion, y que la cofradia de los herreros sacase su danza como lo hacia en el dia de Corpus y la cofradia de los Zapateros sacase LA TAREA.... (COLECClON DE DOCUMENTOS.... ,1931,11, p. 293). Textualmente figura TAREA, nin a denominación galega, nin tampouco a castelá. De estar ben transcrito o documento e non haber erro de imprenta, teriamos un novo nome non recolleito por ningún dos diccionarios que consultamos. O que non hai dúbida, é que se refire á coca, pois por estes anos os encargados de andar con ela eran os zapateiros.

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lIustr. I - O aspecto de todas é feroz, con grandes fauces provistas de dentes que, por medio dun sinxelo mecanismo, un home ou un neno fai bater dende dentro. Da coca antiga de Redondela só queda a cabeza, xa documentada graficamente en 1897.

Ilustr. 11 - A coca de 8etanzos foi recuperada non hai moitos anos. A súa feitura non semella en nada á do tradicional" camelo".

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A que lIe segue só é posterior cinco anos. Trátase dun preito moi curioso, tanto é así que o amanuense da Real Audiencia de Galicia escribiu na capa do mazo Coca, pleito burlesco, e na contracapa a chocante nota: La ssa -santísima- Coca fundadora de la / Cassa de las Tinajas, pide / justi~ia contra los Sastres / de ~apatos q. la han capi / tu lado, pro averse Vm -Vuestra merced- / (a)lIado devajo de Un judío / en la octava de nro -nuestro- / pe. -padre- san Freo. Francisco- # bobos= / Pleito burlesco=. Non hai dúbida que xa de aquela era cousa pouco seria (IIust. 111).

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suceso tivo lugar no mes de xuño de 1688: o maordomo da confraría da Virxe do Portal, Pedro de Barveito, do gremio dos zapateiros, levou ós tribunais ó correxidor da cidade e ós confrares porque acordaran imporlle unha sanción de certa cantidade de cera, por ter prestado a tarasca para un auto del que se siguió mucha yrición al Gremio. Na capa aclárase máis: Cavildo del Gremio de los ~apateros p. aver llevado la Coca o Tarasca a la portería de Sn. Francisco desarmada de su manto y puesta encima della Un judío o Fariceo con una bucina en la boca y un letrero en las espaldas decía: A re bobo, tratando a los onbres de Vien de tales... Non temos ben claro como rematou o asunto, pero gracias a este curioso preito sábese como era a coca coruñesa (Pedro de Barueito.. .). b) A figura

A única testemuña que permite facer unha aproximada reconstrucción hipotética é o documento anterior, do preito de Pedro de Barveito. Como queda visto, na mesma capa do mazo consta que a levaron desarmada de su manto y puesta encima della Un judío o Fariceo con una bucina en la boca y un letrero en las espaldas. Por estas verbas, dedúcese que a coca coruñesa viña a ser semellante á que aínda sae tódolos anos na procesión do Corpo de Deus de Granada. Neste caso, leva sobre as súas costas un personaxe que destacase por algo ó longo do ano. Así, a de 1983 era un ha figura feminina que representaba a unha das compoñentes do grupo musical "Las Vulpes", das que fora moi criticada por certos sectores conservadores a actuación na TVE, polo contido das cancións. Pero antano era a Virxe a que ía pisando las cervices de la Sierpe Pythonisa (GARRIDO ATIENZA, 1889,p. 80) (IIustr. IV).

°

que fose unha figura sobre o fero animal era relativamente corrente. Na de Sevilla, por exempo, que xa existía en 1530, ía bailando sobre ela o Tarasquillo; e a de Toledo levaba a Ana Bolena, que representaba a herexía anglicana. Moi distinto é o caso particular da de Madrid, que se facía de novo anualmente, saíndo a súa construcción a concurso. único tradicional que conservaba era o de que sempre se representaba unha figura monstruosa, pero polo demáis sobre ela tódolos anos ían esceas diferentes e grotescas, constituídas por varios personaxes. Anque non sempre foi así, pois antano levaba sobre as costas unha madama que viña a ser la meretriz de Babilonia. A Tarasca madrileña desapareceu nos últimos anos do século XVIII (BERNALDEZ MONTALVO, 1983).

°

A da Coruña conservou, non sabemos se deica a fin, o tradicional antisemitismo da sociedade daquela época, tanto galega como española en xeral, poñendo sobre ela un monigote que representaba en plan burlesco a un xudeu ou fariseo, cunha buguina ou trompeta na boca e un letreiro nas costas. Cos xudeus tamén se metía a de Betanzos: particularmente el día de Corpus, seguida de numeroso gentío, se dirigía a las casas de las personas tildadas de practicar el culto judaico, y hacía signos y actos despreciativos, que constituía para la gente de aquel tiempo una diversión muy agradable. Esta práctica fue abolida, con otras muchas análogas, en el siglo pasado (MARTINEZ SANTISO, 1892, p. 318). Non sabemos se remataba loitando con San Xurxo ou con outro personaxe, como aínda o fai a portuguesa de Monc;áo, e antes a de Redondela e a de Betanzos. Sobre esta última escribía no seculo XVII o P. Pedro de Santa María: En medio de la procesión del víspera iba uno vestido de 92


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Ilustr. 111 - Na contracapa do mazo do "pleito burlesco", entre o maordomo do gremio coruñés dos zapateiros e o correxidor da cidade e os confrades, por ter levado a coca ata o convento de San Francisco sen o manto e cunha figura encima representando a un xudeu, un anónimo amanuense deixou esta chocante nota, que amasa a pouca estima en que xa se tiña. (Arquivo do Reino de Calicia, 17.768, núm. 33).

Ilustr. IV - A feitura da "tarasca" granadina é moderna, pero segue conservando o de levar sobre ela unha figura que representa a un personaxe que salientou ó langa do ano por algún feito negativo. O de 1983 era unha das compoñentes do conxunto músico-vocal "Las Vulpes" (Foto Moreno, Diario de Granada).

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cota, y morrión a caballo, y con lanza en mano; en cierto paraje aguardaba uno, que llevaba la figura de una serpiente (Ilámase tarasca) y al pasar, hería con la lanza esta figura: lo que representaba a San Jorge, cuando mató la serpiente que hacía estragos en la gente... (SANTA MARIA, 1886-7, p. 129). Para que fose máis liviá e, polo mesmo, mellor de manexar, a armazón de madeira cubríase cunha tea pintada, polo xeral, de verde, a semellanza da pel dos lagartos e das serpes. A da Coruña tiña este feitío, pois no preito de 1688 consta que a levaron deica o convento de San Francisco desarmada de su manto. Da antiga de Redondela o único que se conserva é precisamente a cabeza, pois a armazón do corpo foi variando, cubríndose aínda con manto en 1897. Coa de Tui gastou o concello 88 reás en 1748, para merca-la tea e logo pintala (F.- VALDES COSTA, 1953). c) A fin A coca coruñesa segueu a mesma sorte que as demáis irmás, galegas ou non. A real cédula de Carlos 111, do 20 de febreiro de 1777, axiña produciu o efecto desexado, anque non tanto como era de esperar, pois como non se nomea en particular, varios concellos alegaron para seguir con ela que non entraba nas manifestacións prohibidas. Un deles foi o da Coruña. Pero ó ano seguinte, 1778, o maordomo dirixíuse ás autoridades locais con estas verbas, que abondaron para convencelas de acorda-Ia súa supresión: M.N. Y M.L. Ciudad de la Corª. Ylario Gonzales Mayordomo del Gremio de Maestros de Obra prima de esta Ciudad. Con la mas atenta veneraon. Representa a V.S. Que con noticia qe. ha tenido dho. Gremio de las Rs. Ordenes expedidas por el Supremo Consejo de Castilla, a ynstancia del mismo Gremio de la ciudad de Santiago, exsonorándoles de la carga qe. tenían de Concurrir en las Funciones del Smo. Corpus Cristi, y Sn. Roque, con la Figura de Serpiente, alias Coca, o tarasca; y qe. en una de las citadas Rs. Ordenes, se previene, se haga observar en los casos de ygual naturaleza. Hizo el Supce. en nombre de su Gremio, recurso al RI. Acuerdo, en veinte y uno del corrie. mes de Maio, Y se sirvió mandar Acudiese a V.S. (Actas, 1778, p. 453) (lIust. V). Os composteláns, como di Hilario González, o mesmo que es pontevedreses e ribadavienses, achábanse co atranco de que eles querían cumpri-Ia real cédula, pero os respectivos concellos non estaban de acordo, e seguían obrigándoos a tomar parte nas procesións do mesmo xeito que viña sendo tradicional. Dicíalle o gremio santiagués dos zapateiros ás autoridades locais, que por corruptela o introducción antigua está encargado de concurrir con la ridícula figura de la serpiente o Tarasca a las procesiones del Santísimo Corpus Christi y glorioso San Roque, haciéndole conducir por las calles e iglesias de donde salen y entran bailando y danzando, con ella; de manera que solo sirve este espectáculo de un atraimiento de la xente menos culta y vulgar a la irrisión y gritería con tal indevoción e irreverencia a la Divina magestad y Sagradas inmágenes de María Santísima y más santos que van en ellas, sino de una concurrencia grande de muchachos, que acuden al propio fin con piedras y palos que tiran y dan a las personas que la conducen y acompañan, vituperándolas con dicterios y palabras indignas, de que resulta y tiene resultado varias veces graves daños de roturas de cabezas, dislocaciones de brazos y otras considerables heridas, y de que algunas de ellas estuvieran en gravísimo riesgo de la vida.... Por todo o exposto -que non é pouco- Suplican se dignen providencialmente eximir al gremio y sus individuos, de tan feo cargo, mandando extinguir y suprimir tan ridícula figura.... (PEREZ COSTANTI, 1926, 11, pp. 97 ss.). Pero o concello non quedou satisfeito e segueu na teima de obrigalos. Entón os zapateiros apelaron ó Real Consejo para que se incluya, comprenda y entienda, la de dichas Farsas o Danzas, y la referida Coca o Tarasca y mas redículas figuras, y que el Gremio de los suplicantes quede 94


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lIustr. V - Escrito do maordomo do gremio de "Maestros de Obra prima" da Coruña, solicitando ó concello que os libre da carga que tenían de concurrir en las Funciones del Smo. Corpus Cristi¡ y Sn. Roque¡ con la Figura de Serpiente¡ alias Coca¡ o Tarasca ... (Arquivo municipal da Coruña,

Actas, 1778).

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perpetuamente libre y exento de tal constitución y cargo, y la RI. Cédula se ponga inmediatamente en su debido efecto y execución. . . . En xuño de 1778, o mencionado Real Consejo dispoñía a supresión nas procesións de semejantes ridículos figurones (COUSELO BOUZAS, 1926, p. 45; PEREZ COSTANTI, 1926, 11, pp. 111 ss.).

o once de xuño do devandito ano de 1778, o concello coruñés tendo en conta o sucedido en Santiago de Compostela, libraba para sempre de tan pesada carga ós membros do gremio de obra prima: bistto un memorial del Mayordomo del Gremio de obra prima de esta Ciud. aconpañado de testimonio de una RI. Resolución del Supremo Consejo de Castilla relatiba a estinguir todo género de Danzas y figuras en las prozesiones que se hagan, pretendiendo dho. Mayordomo se exima a su Gremio de concurrir el dia del santísimo Corpus christti a su prozesión con la figura de serpiente que está en costumbre, acordan que se cumpla lo resuelto por el supremo Consejo, y en su consequencia, se yndegniza al Gremio de dha. concurrencia.... (Actas, 1778). d) Epílogo

Así morreu a coca da Coruña, de semellante xeito que as de Pontevedra, Ribadavia, Santiago de Compostela, Betanzos, Baiona, Tui, . .. Da súa existencia de varios séculos, non quedarían para a posteridade máis que uns poucos datos de escaso interese, pero curiosos, pois son as testemuñas de que a cidade herculina non foi allea a esta manifestación relixiosa e, o mesmo que outras, durante séculos polas festas do Corpo de Deus e San Roque percorreuas súas rúas un dragón xigante, do que a orixe se perde na escura noite dos tempos pasados da humanidade.

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BIBLlOGRAFlA

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OS LUGARES SACROS DA PARROQUIA DE RAMIRO (VIMIANZO-A CORUÑA). E O "CRUCEIRO DOS SANTOS", UN CONXUNTO ESCULTORICO GOTICO INEDITO. Xosé M". LEMA SUAREZ Instituto de Bacharelato A Estrada (Pontevedra)

RESUMO: No presente artigo analízanse os lugares da parroquia de San Amedio de Ramiro onde se rexistrou ou rexistra algún sinal de culto, en base á presencia de certos elementos que nos poden dar proba diso (un cruceiro, unha ermida, unha fonte santa, etc.). Case todos estes lugares concéntranse no entorno dun outeiro, o Momtetorán. Na segunda parte analizo pormenorizadamente un magnífico cruceiro do gótico final, coñecido localmente como Cruceiro dos Santos (ou de Pazos ou de Cheis), obra ata agora totalmente descoñecida para os investigadores destas manifestacións artísticas. O meu xuízo, este cruceiro da Terra de Soneira merece estar por méritos propios entre os tres ou catro mellores de Galicia. ABSTRACT: Sacred places in the parish of Bamiro (Vimianzo-Coruña) and the wayside cross of the saints "cruceiro dos santosl~ an undocumented group of gothic sculptures. This article analyzes the places in the parish of San Amedio de Ramiro where signs of worship have been recorded, based on the presence of certain elements that offer proof of this (a wayside cross, a hermitage, a holy fountain, etc.). Almost all of these sites are found in the environs of a hillock, the Montetoran. The second half of the article carries out a detailed analysis of a magnificent late gothic wayside cross, known locally as the Cruceiro dos Santos, or de Pazos or de Cheis). Up until now, this piece was completely unknown to researchers who study this type of arto In my opinion, the wayside cross of Terra de Soneira, due to its great merit, should be included among the three or best examples in Galicia.

MONTETORAN: ¿UNHA MONTAÑA SAGRADA? Na zona norte do territorio parroquial, mesmo fronte á vila de Baio -da que só se ve separada polo río Grande do Porto, e unida pola chamada ponte de Baio- érguese un pequeno monte de tan só 222 m. de altitude. Trátase do Montetorán, que no seu cume ten unha ermida en advocación á Virxe: a súa romaxe celébrase o martes anterior á Ascensión, polo mes de maio, e neste día soben ó monte moitos devotos da bisbarra e de fóra del a (da cercana Bergantiños, sobre todo), que acoden na procura de alivio para as doenzas da cabeza, de aí o dito popular "A Montetorán, tódolos tolos van", aínda que hoxe xa non se ve poseso ningún, e si algún que outro ofrecido por simples dores de cabeza que, unha vez escoitada unha misa, baixan á fonte da ermida lavaren a cara, a testa ou calquera outra parte dorida do corpo, e despois deixaren os panos e trapos utilizados polas silveiras do entorno. ¿Unha montaña sagrada? Cómpre facer notar que neste monte se concentran practicamente tódolos lugares sacros da parroquia bamiresa. O santuario dedicado á Nosa Señora de Montetorán, en principio, non deixa de ser un máis dos innumerables santuarios que en Galicia se sitLlan no alto dun monte ou dun outeiro: os montes, nas crenzas tradicionais, teñen de ser lugares satánicos por se semellaren a Satán en ser estériles e sen vida; considéranse estériles porque neles 110 no hay tierral sino peña, en la cumbre o, si la hay, es tierra flaca y el lugar muy frío en razón de su alteza'l (MARIÑO FERRO; 1986: 77), e como lugares malditos que son deben ser vencidos por Deus, de aí o emprazamento de santuarios nestes lugares. A ermida de Montetorán, un austero edificio construído a principios do séc. XVIII -aínda que xa se documenta neste sitio a existencia dunha ermida en 99


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......

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Mapa 7.-localización dos lugares sacros da parroquia de Bamiro: 1: Ermida de Nosa Señora de Montetorán. 2: Igrexa parroquial de S. Amedio de Bamiro. 3: Cruceiro das Rogativas. 4: Fonte de Montetorán. 5: Cruceiro da Devesa. 6: Situación da desaparecida ermida de S. Roque (no Campo da feira de Baio). 7: Costa do Cairo (o gran pelouro granítico). 8 e 9: Cruceiro da agra de Cheis. 10: Cruceiro de Pazos ou dos Santos. (Elaboración propia a partir do Mapa Topográfico Nacional de España 7:25.000, "ZAS 68-11" (MOPU, Dirección General del Instituto Geográfico Nacional).

séculas anteriores [1] - , está no campiña que dá cume ó monte, ó abeiro duns carbal los. Sobre unhas laxas máis abaixo construíuse a finais do século pasado un pequeno templete ou oratorio. Como diciamos, neste monte de escasa elevación localízanse os lugares sacros da freguesía: o primeiro e principal, a ermida mariana (foto 1), no cume (cun cruceiro na súa parte sur, coa representación dunha Piedade); os restantes lugares, ó seu pé e estratexicamente dispostos nos catro puntos cardinais: na parte sur, mesmo no remate do camiño que a volta descende do monte, a propia igrexa parroquial de S. Amedio, ca camposanto e un cruceiro con mesa de altar no propio adro; por esta mesma banda, o cruceiro das rogativas, nunha solitaria encrucillada -a ande, [ 1 ] Xa fora citada, na súa visita de 1607, por J. del HOYO (1952: 356) 100


Os lugares sacros da parroquia de Bamiro (Vimianzo-A Coruña) e o "Cruceiro dos Santos", un conxunto escultórico gótico inédito

noutrora, se acudía en procesión para pedi-Ia chuvia en épocas de longa secura-o Pola banda oeste queda a fonte santa, onde os romeiros van lavar en calquera época do ano os membros do corpo que teñen doridos. Pola banda oposta, no leste, o cruceiro da Devesa (foto 3), nunha escura volta do hoxe abandonado camiño real da ponte de Baio á Ponte Olveira. Finalmente, polo nordés, esténdese o ancestral Campo da Feira de Baio -bordeado polas casas do lugar da Piroga-, que na súa parte máis céntrica tivo unha ermida dedicada a san Roque (hoxe desaparecida). Os restantes lugares sacros da freguesía son soamente tres cruceiros localizados á beira do vello camiño real anteriormente citado.

MONTETORAN: PUNTO DE REFERENCIA NAS CRENZAS POPULARES As referencias á Virxe de Montetorán son constantes na vida cotiá dos bamireses: adoitan encomendarse a ela con motivo de calquera doenza ou nas dificultades da vida (ofrecemento de esmolas, misas, novenas, exvotos de cera, oracións, etc.). A mitoloxía parroquial tamén se ve centrada neste monte sacro: o monte máis oriental da freguesía chámase localmente a Costa do Cairo (243 m. de altitude), e no seu cume aparece, tal como se o pousaran suavemente no chan, un gran bloque granítico de varias toneladas, de forma cúbica, xunto cun bo anaco partido a fío ó seu carón (foto 2). Segundo unha antiga lenda popular, foi a Virxe de Montetorán quen transportaba ese descomunal pedra sobre a súa cabeza, voando polo aire, ó tempo que ía fiando no liño cunha roca; en chegando á parte mais alta deste outeiro, pousou a rocha no chan e partiulle en dous anacos, e así quedou. De certo, semella que alguén levase a propósito ata alí este gran croio, pois está separado do chan, como se non formase parte deste medio xeolóxico. Algúns estudiosos da nosa toponimia teñen dito que o topónimo Cairo talvez proceda de cario 'pena, rocha', voz posiblemente de orixe prerromana emparentada coa irlandesa a cairn 'morea de pedras'. A dicir verdade, impresiona a voluminosidade deste gran pedrolo, hipotético escenario de antigos cultos litográficos. O cruceiro da Devesa (fotos 3, 4).

Situado ó pé do Montetorán, na súa zona leste, nunha volta do desaparecido camiño real da ponte de Baio á Ponte Oveira. Hoxe confúndese entre os piñeiros e o mato, estando en constante perigo de roubo por calquera traficante de obxectos artísticos. O nome que recibe débese a estar situado preto da casa da Devesa, unha vivenda labrega noutrora solitaria. A plataforma é cuadrangular, pero atópase enterrada case por completo e cuberta de mato e silvas. No pedestal esculpíronse os instrumentos da Paixón (as tenaces, a escada, etc.). O varal ou fuste é de planta octogonal, o capitel é moi voluminoso e presenta cabezas de querubíns coas ás despregadas en cada un dos catro lados. A cruz, de brazos desiguais, presenta no lado que mira ó camiño (leste), unha Piedade (foto 3); María sentada co corpo sen vida de Xesús nos brazos; viste a Virxe unha longa túnica, sobre a que leva un amplo manto que lIe cobre a cabeza enmarcándolle o rostro, extremadamente esquemático e lineal. O corpo de Cristo presenta unhas formas moi pesadas, coa cabeza totalmente caída, do mesmo xeito cás robustas extremidades. Rematando o conxunto, dous anxos vestidos con túnicas colocan unha coroa na cabeza de María. No outro lado da cruz, o oeste (foto 4), represéntase a Cristo crucificado con tres cravos nunha cruz de sección cilíndrica; parece estar sen vida -cos ollos xa pechos-, cos brazos bastante abertos e o corpo moi colgado da cruz; apréciase sensiblemente a súa anatomía, maiormente as costelas; dobra os xeonllos; o pano de pureza é cumprido e átase cun nó feito co mesmo pano na súa cadeira esquerda; á dereita do crucificado, un frade franciscano tenta recoller cun vaso o sangue redentor; á esquerda, un personaxe masculino de pé coa súa cabeza cuberta cunha especie de mitra ou gorro frixio.

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Foto 1 - Santuario de Montetor谩n (Bamiro), no eume do monte do mesmo nome.

Foto 2 - O xiganteseo eroio do eume da Costa do Cairo (Or贸ns).

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o estado de conservación das figuras é un tanto deficiente, posto que están abondo desgastadas pola erosión e cubertas de herbas e carrizas; non se aprecian restos de pintura. Este conxunto escultórico corre serio perigo de roubo. Carecemos de fontes documentais relacionadas coa realización deste cruceiro. Coidamos que pertence ó estilo barroco, e puido ser esculpido en calquera momento de séc. XVIII: Xesús xa está morto, e no seu corpo aprécianse a crueza de todo o sufrido na súa paixón (ollos pechados; tórax descarnado, no que se debuxa o arco das costelas, etc.); as pernas dobran sensiblemente os seus xeonllos, deixando o conxunto do corpo un tanto distorsionado; hai, así mesmo, unha ruptura do espacio circundante, manifesta ó botarse o corpo do crucificado cara á diante, coma pendurado da cruz unicamente polos brazos estarricados; o frade franciscano tamén rompe co espacio en torno ó torce-la súa cabeza cara a atrás. No tocante á Piedade, aquí tamén se observa unha composición aberta, cunha ruptura evidente co espacio circundante (o corpo de Cristo está morto e case diriamos que partido en múltiples direccións); por outra banda, a pesar do desgaste -e deficiente talla- das figuras, hai certos intentos de xogos lumínicos no tratamento dos panos das vestiduras da Virxe e don anxos. Finalmente, como costumes que antes se apreciaban -agora xa non- ó pasar por este cruceiro, unicamente cómpre dicir que esta escura volta do camiño -moi fonda- considerábase un lugar de mala pasaxe, con certo medo a bater co demo ou coa rolda; a xente persignábase ou rezaba unha xaculatoria diante del. Os enterros tamén facían parada aquí. Fóra xa do entorno de Montetorán quedan dous cruceiros sen figuras, que ata 1966 estiveron situados á beira do antigo camiño de Baio a Ponte Olveira, no tramo comprendido entre os lugares bamireses de O Ceán e Cheis. Cando se abriu a pista da concentración parcelaria, este camiño quedou inutilizado, e os cruceiros seguíronos conservando os veciños nos lindes das súas leiras.

o CRUCEIRO DE PAZOS OU IICRUCEIRO DOS SANTOS II . Situado no extremo sur da parroquia, nunha encrucillada do vello camiño real da ponte de Baio á Ponte Olveira (fotos 5 e 6), á saída do lugar bamirés de Cheis e antes de chegar ó de Pazos (aldea compartida polas freguesías de Tines e Vilar), de aí que para os de fóra sexa coñecido co nome desta aldea (localmente é coñecido coma "cruceiro dos santos", pola cantidade de figuras que rexistra). De feito, case establece os lindeiros entre as freguesías de Bamiro, Vilar e Tines. De plataforma cuadrangular, de tan só tres chanzos. Carece de pedestal, de tal xeito que o varal ou fuste -de sección octogonal- se introduce directamente no chanzo superior da plataforma. O capitel é moi esquemático e parece querer imita-las volutas doutro de estilo xónico. Non se observan inscricións en ningunha das súas partes. A cruz nodosa -que imita o tronco dunha árbore coas pólas serradas- é moi voluminosa, posto que o brazo vertical mide uns 80 cm. (o horizontal, uns 60 cm.), medidas desproporcionadas para un varal demasiado curto (1,60 m. de altura). Nesta cruz esculpíronse un total de nove figuras. No seu lado oeste, o que mira ó camiño, representouse unha Trindade antropozoomórfica, un tema totalmente inédito nos cruceiros de Galicia (fotos 7 e 8). Baixo un dosel de arquiños apuntados, unha figura sedente que representa a un home ancián nunha actitude certamente maxestosa (o Padre Eterno), barbado e de longa cabeleira que lIe cae sobre os ombros; viste túnica e manto, vestiduras onde se forman dobras pesadas e ampulosas; entrelaza os dedos das súas mans por diante do seu ventre protexendo con elas a diminuta figura dun neno Xesús vestido cunha cumprida túnica, ergueito de pé sobre os seus xeonllos, cos brazos abertos en cruz. A imaxe de Deus Pai, hierática e serena, leva sobre a cabeza unha coroa e unha pomba enriba dela (o Espírito 103


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Foto 3 - Cruceiro da Devesa (Bamiro), lado leste.

Foto 4 - Cruceiro da Devesa, lado oeste.

Foto 5 - O cruceiro de Pazos estรก situado nunha encrucillada.

Foto 6 - Cruceiro de Pazos ou "dos santos" (Bamiro).

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santo). O pé da tríada, unha figura masculina de pé, barbada e de recortada cabeleira, coa cabeza cuberta cun gorro (¿frixio?), vestida con túnica e manto, que parece levar na man un caxato ou bastón e na outra sostén un obxecto. Non identificamos con certeza esta figura; pode ser Xosé de Arimatea (ou un Santiago peregrino, co seu bordón e o libro); as outras son doadamente identificables: o Padre Eterno coa respectuosa barba patriarcal, o Filio coma un meniño de colo, o Espírito como unha pomba. No lado sur (fotos 9 e 10), de costas ó camiño, aparece Cristo crucificado con tres cravos sobre a cruz nodosa; parece representarse xa morto (os ollos están xa pechos), coa cabeza lixeiramente deitada cara ó seu ombreiro dereito e cos brazos bastante abertos; cinguíndolle a cabeza, unha coroa de espiños tallada na mesma pedra; as palmas das mans abertas, cos cravos á vista; o pé dereito montado encol do esquerdo e cravados os dous no suppedaneum cun único cravo. O torso é bastante ancho, e nel non apreciamos que se transparenten as forma anatómicas; os brazos e as pernas semellan robustos. O pano de pureza é amplo dabondo, cubríndolle o corpo das cadeiras ós xeonllos (parece estar atado cun nó feito co propio pano, á altura da súa cadeira dereita). Na parte superior da cruz, no canto do títulus, un anxo semella baixar en caída vertical cunha coroa nas manso Na parte inferior, baixo os pés do crucificado, unha diminuta figura orante dun frade axeonllado e coas mans xuntas en actitude orante. Completan o conxunto escultórico dúas figuras postas en pé a cada un dos laterais da cruz, que identificamos coas testemuñas da execución no monte Gólgota: a Virxe María (lado sur) [foto 11] e san Xoán (lado norte) [foto 12]. Tanto unha coma outra están de costas á cruz e teñen de característica común unha vertical idade moi marcada, cunha lembranza lonxana das estatuascolumna, polo seu canon esvelto. María xunta as mans sobre o peito en resignada actitude orante; o seu rostro ovalado vese enmarcado por unha longa e ondulada cabeleira; a súa túnica anímase con pregas verticais e zigzagueantes. A figura de Xoán observa un maior dramatismo, que se manifesta nos brazos cruzados e desdeixados; o seu rostro transcribe unha serena e resignada sensación de dor e impotencia; viste unha túnica longa animada con dobras ampulosas e tubulares. Como única fonte documental dispoñemos do testamento de1671 de D. Juan de Pazos, crego da veciña parroquia de Serramo. Nel recóllese o seguinte parágrafo:

1/•

••

y por quanto dho. Ant[oni}o Rodriguez de Pazos mi Padre en su vida hizo un crucero que

esta puesto junto y en el camino que ba de Tines para el lugar de Cheis y es de mucha consideracion y venera[ci]on y necesita de mejores escalones y fortificaciones por tener la cruz mucho peso e ymagenes y los temporales le podran derrocar quiero y es mi voluntad que los Patrones de dicha Capilla [estase a referir á capela de San Antón, que el manda edificar na igrexa parroquial de Serramo ós seus herdeiros] y fundacion y aniversario por mucho tengan obligacion por

quenta de los vienes y rentas a ella agregada arrepararle atado tiempo y por una vez digo y luego de seis meses de mi fallecimiento y dhos. Patronos lo reparen de lo necesario y aello sean compelidos por la Justicia que deellos pueda conocer y en dha. fundación y aniversario de Missas Capilla y vienes aqui declarados y Renta que dejo agregada desde luego nombro y elijo por primeros Patronos y sucesores mios a Felipe Rodriguez de Pazos mi hijo natural que hube antes de ser clérigo de orden sacro y de mujer libre y soltera (. .. Y'.

([estamento de D. Juan de Pazos Alonso, 1671 1 fol. 13 ag. e rº.). 105


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Foto 7 - Crucei ro de Pazos ou "dos santos": a Trindade (lado oeste), un tema in茅dito nos cruceiros galegos.

Foto 8 - A Trinidade antropom贸rfica do cruceiro de Pazos ou "dos santos".

Foto 9 - Lado leste do cruceiro de Pazos.

Foto 10 - Detalle do Cristo do cruceiro de Pazos (Bamiro).

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A localización e a breve descrición cadran perfectamente con este cruceiro que nos ocupa: está situado á beira deste mesmo camiño e a cruz ten certamente moito peso e moitas imaxes (nove en total, contando como tales o pequeno anxo do dosel e a pomba do Espírito Santo: de aí que hoxe se Ile chame popularmente "o cruceiro dos santos"). O suposto doador do cruceiro, D. Antonio Rodríguez de Pazos, fora o fidalgo que mandara construí-la casa brasonada do Ceán, nesta mesma parroquia de Bamiro, que habitou; era o filio maior de D. Juan de Pazos Buela, escribán de número e meiriño do castelo de Vimianzo, ó servicio dos condes de Altamira. A orixe da familia fidalga dos Pazos, netamente soneirana, hai que buscala precisamente no lugar desta nome repartido entre as parroquias de Vilar e Tines: o primeiro dos ascendentes cofíecido chamábase Pedro Crespo o Vello (que vivía nesta aldea de 'Paacios' contra 1450); por 1480 moraba neste mesmo lugar o seu filio Xii de Pazos Crespo, casado con Inés de Pazos, pero é o filio deste matrimonio -Pedro Crespo de Pazos, casado con Leonor Buela- o que cambia de morada, marchando xa por volta do 1510 á vila mariñeira de Laxe: foi este Pedro Crespo de Pazos o Mozo quen obtivo sentencia de fidalguía en Valladolid en 1532. Tamén quedou a vivir en Laxe o seu filio D. Cristóbal de Pazos, pai do citado Juan de Pazos Buela e avó, polo tanto, do constructor da casa brasonada do Ceán de Bamiro e suposto constructor do cruceiro dos santos [2]. De facemos caso á letra do testamento do crego D. Juan de Pazos Alonso, teriamos entón que admitir que esta magnífico cruceiro foi esculpido, como data máis antiga, no primeiro tercio do séc. XVII, época moi serodia para esta obra de características góticas tan claras. Seguramente o que fixo o ilustre antecesor do crego de Serramo foi colocarlle a esta vella cruz un novo varal ou fuste, axustándoo na plataforma. Por estes séculos era bastante habitual que moitos fidalgos principalmente os de novo cuño, pero tamén os de da 'vella garda'- tratasen de se apropiar de dereitos que moitas veces non Iles correspondían (atribuíndo a algún devanceiro a construcción de capelas maiores das igrexas para recabaren eles o dereito a se enterraren nelas, por exemplo). Convén non esquecer que a un dos devanceiros desta familia, Pedro Crespo de Pazos, Ile custou ferro e fariña ser declarado fidalgo en Valladolid en 1532, pois había quen afirmaba que soamente era un simple criado do conde de Altamira (CREPO POZO, ;1962:t./I, 354/ MARTINEZ-BARBEITO; 1978: 126). Consideramos, ntón, que Antonio Rodríguez de Pazos non puido ser quen mandou contruí-Io cruceiro de Pazos ou dos Santos, tal como pretende facemos crer o seu filio; a súa intervención foi máis modesta, pero tamén moi valiosa: limitouse a colocar esta fermosa cruz gótica nun varal ou fuste pétreo -que si se corresponde cos do séc. XVII- e seguramente a coloca-lo conxunto monumental (cruz, varal e plataforma) na encrucillada onde hoxe segue santificando este lugar de "mala pasaxe". Esta acción exemplar do fidalgo do Ceán xa foi de seu bastante importante, pois gracias a el conservouse para a posteridade esta cruz gótica que convén que comparemos coas que se viñan considerando as máis antigas de Calicia: a de Melide, a do Home Santo de S. Domingos de Bonaval en Santiago, a do cemiterio de Noia e a da Ponte Nafonso, tamén en Noia (CASTELAO; 1950: 115-118 e láminas IV, V, VI e VII e fig. 54; J.c. V[ALLE] P[EREZ], voz "Cruceiro" in Gran Enciclopedia Gallega). O propio Castelao consideraba que había que distinguir entre "cruces góticas" e "cruceiros góticos": é dicir, que os exemplares desta época eran simples cruces trasladadas do seu primitivo soporte ó monumento que nace despois, o cruceiro propiamente dito (CASTELAO; 1950: ibidem). Quen si puideron mandar face-Io cruceiro foron os primeiros ascendentes da familia Pazos: Pedro Crespo o Vello ou Xii de Pazos Crespo, que aínda vivían na aldea de 'Paacios " no séc. XV. [ 2 ] Notas tomadas de documentos inéditos copiados a man por O. Manuel CANOSA MOUZO (párroco de Coucieiro-Muxia): Testamento de Juan de Pazos Buela, 1662, e outros. Así mesmo, véxase CRESPO POZO (1962: t. 11, 354) e MARTINEZ BARBEITO (1978: 126). A casa construida no séc. XVII por Antonio Rodríguez de Pazos, no Ceán-Bamiro, ainda subsiste actualmente, aínda que xa non coma vivenda, senón como simple construcción adxectiva (utilízase hoxe como cabanote ou alpendre); conserva a súa pedra armeira na fachada e tomou o nome propio ou o alcume de patrucios que a habitaron nos últimos tempos; "casa de Baltasar".

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Foto 12 - Cruceiro de Pazos: figura do lado norte,posiblemente san Xoán.

Foto 11 - Cruceiro de Pazos: figura do lado sur, talvez a Virxe María.

Foto 13 - Tímpano oeste de Sta. María do Azougue (Betanzos): obsérvese a semellanza entre a figura sedente da Virxe e o Deus Pai da Trinidade do cruceiro de Pazos (Barimo).

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Os lugares sacros da parroquia de Bamiro (Vimianzo-A Coruña) e o "Cruceiro dos Santos", un conxunto escultól-ico gótico inédito

Análise estilística do cruceiro de Pazos. Como xa se dixo, no lado oeste deste vello cruceiro represéntase a Trindade, cun cuarto personaxe ó pé. As figuras pertencen ó último período do gótico (finais do séc. XIV-principios do XV): o dosel con arquiños apuntados denuncia a filiación a este estilo, así coma a imaxe sedente do Padre Eterno, en maxestade, que nun principio nos trae ó acordo o Cristo do cruceiro de Melide que, tamén sentado en maxestade no trono, amosa as chagas das manso Pero tamén nos lembra a disposición das Virxes das Epifanías dos tímpanos galegos desta época: pola caída dos panos a partir dos xeonllos, vemos certa semellanza coa Virxe da portada da igrexa de Sta. María do Azougue, de Betanzos, que pertence a esta época (foto 13) [3]. En xeral, os panos das vestiduras do Deus Pai e das outras figuras do cruceiro bamirés caen de forma moi natural; os rostros tenden á individualización; o FilIo eleva con certa espontaneidade os brazos, coma querendo establecer co Pai unha relación afectiva (que, pola súa parte, tamén tenta envolver coas súas mans o corpo do meniño con afán proteccionista). Unha obra claramente gótica, encadrable dentro do período comprendido entre 1350 e 1500, procedente do cicel dun bo mestre coñecedor das correntes escultóricas da época: neste anónimo mestre aprécianse trazos de estilo, de rece itas da pura arte culta; non estamos ante un canteiro popular calquera que copia sen máis modelos establecidos. CASTELAO (1950: 117) afirmaba que a maior parte dos constructores dos cruceiros góticos galegos eran forasteiros, "disciplinados da escola

dos gremios, de oficio ríxido coma unha penitencia, ben alleos, por certo, ao xenio vital de Galiza, sempre en tremor e imitación'!; este Deus Pai semella talmente un Pantocrátor herdado do románico, e podería estar situado moi ben na parte central dun tímpano de calquera igrexa da época. Os artífices do de Sta. María do Azougue de Betanzos -co que apreciabamos certos paralelismos técnicos, en especial no tocante á disposición dos panos entre os xeonllos- eran flamengos, e seica o conxunto pétreo fora adquirido nas feiras de Medina del Campo (J. C. V[ALLE] P[EREZ], "Escultura gótica" in Gran Enciclopedia Gallega). Salientemos, finalmente, que o tema da Trindade -neste caso antropozoomórfica: combínanse formas humanas (pai e filio) e animais (pomba do Espírito Santo)- é verdadeiramente inédito nos cruceiros de Calicia; non temos noticia de que se repita en ningún outro exemplar. Polo que respecta á outra cara do cruceiro, tamén o Cristo é claramente gótico; en primeiro lugar, polo tipo de cruz nodosa (que imita o tronco dunha árbore coas súas pólas podadas, por CASTELAO chamada "espiñosa") no que está cravado. Xesús aparece crucificado con tres cravos, cos brazos arqueados e bastante abertos, e co pé dereito montado sobre o esquerdo; os ollos pechados (dando a entender que xa está morto); longa cabeleira sobre os ombros; pano de pureza moi cumprido que Ile tapa totalmente as coxas. A disposición de Xesús no madeiro describe un movemento helicoidal (orixinado pola inclinación da cabeza cara á súa dereita, o torso e as cadeiras cara á esquerda e, novamente, os xeonllos ladeados cara á dereita) moi semellante ós dos outros cruceiros galegos máis antigos, todos eles datados nos séculos XIV e XV: o da Rúa de Francos de Calo-Teo, o da Ponte Nafonso de Noia, etc. Coma todos estes vellos cruceiros citados -agás o de Francos- este de Bamiro tamén rexistra a presencia das testemuñas da paixón, María e Xoán, así coma a do franciscano axeonllado que aparece adoito noutros exemplares, aínda que non precisamente nestes. Unicamente me resta chama-Ia atención dos organismos e persoas encargadas de velar polo patrimonio artístico, para que se poñan os medios necesarios para garanti-Ia protección desta

[ 3 ] Como remarcando este certo paralelismo técnico entre o Padre Eterno do cruceiro bamirés e a Virxe do tímpano oeste do templo do Azougue, compre salientar que no tímpano lateral norte desta igrexa betanceira hai unha figura axeonllada (foto 14) moi semellante ó diminuto frade do pé da cruz do naso cruceiro.

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XOSE M'. LEMA SUAREZ

senlleira obra de arte perdida nunha escura encrucillada dun monte de Bamiro: este cruceiro pode ser roubado facilmente en ca/quera momento ou pode ser derribado por algún dos piñeiros do seu entorno. Habería que declaralo, xa de inmediato, ben de interese cultural [4].

Foto 14 - Tímpano norte de Sta. María do Azougue (Betanzos): figura de xeonllos semellante ó frade do cruceiro de Pazos.

[ 4 ] Debo agradece-las valiosas indicacións que, para a análise estilítica, amablemente me fixo chegar S. MORALEJü - un dos máximos especialistas en escultura medieval - por medio de J. M. VAZQUEZ VARELA. O mesmo recoñecemento para a familia VAZQUEZ PENA por facilitarme no seu día a referencia ó cruceiro no Testamento de O. Juan de Pazos (7677), documento do seu arquivo familiar.

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Os lugares sacros da parroquia de Bamiro (Vimianzo-A Coruña) e o "Cruceiro dos Santos", un conxunto escultórico gótico inédito

BIBLlOGRAFlA

CASTELAO, A.R., 1950. As cruces de pedra na Calicia, Buenos Aires, (edición facsimilar de Akal Editor, Madrid, 1975). CRESPO POZO, J.S., 1962. Blasones y linajes del Reino de Calicia, 1. 11. HOYO, J. del, 1952. Memorias del Arzobispado de Santiago (7607); edición a cargo de A. Rodríguez e B. Varela Jácome; Porto Editores, Santiago de Compostela. LEMA SUAREZ, X. Mª., 1993. A Arte Relixiosa na Terra de Soneira (3 tomos); Fundación Universitaria de Cultura; Santiago (tomo 11, páx. 176-182). MARIÑO FERRO, X. R., 1986. Las romerias / peregrinaciones y sus símbolos; Edicións Xerais, Vigo. MARTINEZ-BARBEITO, C, 1978. Torres/ pazos y linajes de la Provincia de La Coruila, Publicaciones de la Diputación Provincial de La Coruña. MORALEJO ALVAREZ, S., 1975. Escultura gótica en Calicia (7200-7350), resume de tese de doutoramento, Santiago. Testamento de o. Juan de Pazos Alonso, 1671 (copia de 1792 propiedade de Ricardo VázquezPena). Testamento de o. Juan de Pazos Buela/ 1662 e outros (copia manuscrita de M. Canosa Mouzo). V[ALLE] P[EREZ]. J. C Voces "Cruceird' e "Escultura gótica" in Gran Enciclopedia Callega, 1.8.

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 113-127

RELlGION y MEDICINA ANTIGUA Y SU PERVIVENCIA EN LA GALlCIA DE HOY Milagros CAVADA NIETO Universidade de Vigo Campus de Ourense - As Lagoas 320040urense

RESUMEN: Estudio sobre algunos aspectos concretos relativos a la medicina y a las carencias vigentes en la actualidad y que tienen sus antecedentes en el mundo antiguo. Se hace una revisión a temas como el culto a las piedras, los montes, las encrucijadas, el agua y otros elementos extraidos tanto de los animales como del hombre: orina, grasas, saliva, excrementos, etc. Se toman como referencia las fuentes clásicas. ABSTRAeT: The survival of ancient medicine and religion in Galicia. This article studies come of the specific aspects dealing with medicine and present day beliefs which have their roots in the ancient world. A review is presented of topics such as the worship of stones, woods, crossroads, water and other elements taken both from animals humans, such as urine, jat, saliva, excrement, etc. Classical sources are used a reference.

Religión y Medicina, Superstición y Magia son elementos que forman parte de un todo, desde las épocas más remotas hasta la actualidad: el hombre, por ello es prácticamente imposible separar la una de la otra. Galicia vivió, y en parte aún vive, inmersa en un sistema de sociedad tradicional que únicamente tiende a desaparecer en las grandes ciudades y sus hinterlands lo cual, de una u otra manera, está dejándose sentir en el medio rural a través de una serie de agentes conductores debidos al progreso (mejores medios de comunicación, elevación del nivel de vida, progreso cultural, etc.) que, aún siendo positivo, está provocando la desaparición de nuestra cultura más auténtica. Una cultura en la que la Fe y la Superstición no tienen separación, en la que la Medicina y la Magia están unidas por la fe. Es, por tanto, una cultura distinta de la CULTURA, Ilamemosla, URBANA, con unas pautas y elementos de conducta propios, pero no por ello menos importantes, aunque se les tache de bárbaros, salvajes, incultos, ignorantes, o como aglutinante de todo ello, utilizando la terminología de hoy: PALETOS. De alguna manera estos calificativos tampoco son de hoy pues ya Roma trataba de "Bárbaros e incultos" a todos los pueblos que desconocían su lengua y forma de vida. Entre ellos, lógicamente, nos encontrabamos los Galaicos y demás pueblos del Norte. Roma, preocupada más del potencial económico de los territorios que conqu istaba que de modificar sus modos de vida y sus costumbres, consiguió que en Vizcaya, Asturias y Galicia se conservaran supersticiones y ritos gentilicios, que todavía hoy podemos rastrear en nuestro pueblo (CARO BARüJA, J.: 1985). 113


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El Cristianismo o mejor la Iglesia Oficial tampoco se preocupa de una manera especial hasta finales del s. V y especialmente desde el s. VI. A finales del s. V comienzan a implantarse toda una red de parroquias rurales, muchas de ellas situadas en puntos donde las prácticas paganas tenían una mayor impronta y que hoy se manifiestan como lugares de especial devoción religiosa (CEBRIAN FRANCO, J. J.: 1982). Es también, en ese momento, cuando comienzan a implantarse los cenobios. El Segundo Concilio de Braga del 572, obliga a todos los Obispos a dar 20 días antes de Pascua, instrucciones sobre la fe y el significado de la Cruz a los Catecúmenos de todas las Iglesias de sus diócesis, así como a denunciar las prácticas paganas (MESLlN, M.: 1969). El obispo Martín de Dumio en 110e correctione Rusticorum ll apunta directamente a la denuncia de las prácticas paganas realizadas por los campesinos y como hay que corregirlas. Su primera condena va dirigida al culto que se le practica a las divinidades paganas asociadas a elementos naturales: sol, luna, agua, fuego, etc. que reinan sobre el mar, los ríos, las fuentes, los bosques, árboles, etc. tales como Júpiter, Minerva, Neptuno, Diana, Ninfas pero que Ilen realidad no son más que espíritus malignos que atormentan y maltratan a los hombres sin fe, que no saben protegerse con la señal de la Cruz ll (MESUN, M.: 1969, 514). Sigue Martín condenando otra serie de prácticas tales como Ilencender velas junto a las piedrasl a los árbolesl a las fuentes y en las encrucijadas, así como poner ramas de laurel rodeando las casas. . . 11 (LUNARES, M.: 1990,43). Veamos ahora, tomando como base las acusaciones condenatorias de Martín Dumiense, algunos ejemplos proporcionados por el Libro XXVIII de la "Historia Natural" de PUNIO EL VIEJO en los que hace alusión a formulaciones mágicas utilizadas por los Romanos pero que para él son, en muchos casos, recogidas de los pueblos bárbaros aunque las utilicen magistrados como el propio Cesar. En IV-18, menciona que: en las ciudades o casas nuevas, antes de nada, se hace evocarl por los sacerdotes romanosl a la divinidad protectora de la mismal ofreciéndole un culto similar en la propia Roma. ¿No se bendicen hoy las casas, coches, o cualquier otro enser antes de inaugurarse o estrenarse? En V-22 nos dice: Por qué, por ejemplo, el primer día del Ano nuevo cambiamos alegres deseos de felicidadl de buena suerte? ¿No se hace hoy lo mismo tanto con los amigos como con los que no lo son tanto? La razón para hacerlo a los segundos no es, como la Iglesia quiere contemplar, por "espíritu de perdón de las ofensas" sino por temor a que pueda volverse contra nosotros a través de un "Mal de Ojo" o de cualquier otro daño. V-23: ¿Por qué cuando se habla de los muertos protestamos que nos ataquen su memoria?". También hoy se protesta y no solo por amor o lo sagrado de su recuerdo sino, muchas veces, por temor a sus manifestaciones.

IIPor qué creemos en el poder predominante de los números impares? En nuestras prácticas "curatorias" los números impares, especialmente el 3 y 9, son sucesivamente invocados. V-24: liLas ausentes son advertidos que se habla de ellos por un resonar de los oídos 11. ¿No ocurre hoy lo mismo? V-25: liCuando solicitamos algo <a los dioses> para nuestro favor, a los proverbios añadimos apretar el pulgar'l. ¿No se sigue practicando hoy algo similar cuando, por ejemplo, decimos "coa axuda de Dios" y ponemos al mismo tiempo la "figa"? 114


Religión y medicina antígua y su pervivencia en la galicia de hoy

En VI, (3), 30-31 habla Plinio de "la mirada maléfica que tienen algunas personas, que consiguen incluso hacer abortar al ganado, y de las propiedades curadoras que tienen otras." ¿Que es esto sino el "Mal de Ojo", una de las "enfermedades" más comunes en nuestro medio rural? y, ¿quienes son las curanderas, las "sabias" sino seres "benéficos" que curan enfermedades, tanto de personas como de animales, en ocasiones solo con tocarnos con las manos e incluso a distancia? VII, 38:"Es un preservativo contra los sortilegios escupir sobre el zapato del pie derecho", Hoy no se escupe pero si se tiene la precaución de salir de casa con el pie derecho delante y cuando un día nos sale todo al revés no decimos "hoy me levanté con el pie izquierdo". Podríamos seguir haciendo reflexiones al respecto pero el tema que nos interesa resaltar es, como decíamos al comienzo, el de la "Religión y la Medicina". Volviendo a S. Martín Dumiense, recordemos que atacaba las prácticas paganas de culto a elementos como las piedras, los montes, las aguas, las encrucijadas, el fuego, etc. e inevitablemente, al hacer el estudio de estos elementos, tenemos que hacer mención de la significación mágicocurativa, impregnada de fe religiosa, que los envuelve.

LAS PIEDRAS tuvieron en todo el mundo antiguo una significación sagrada y salutíféra muy importante. En Galicia muchos de nuestros Santuarios encuentran su origen en torno a piedras monumentales (CEBRIAN FRANCO, J.J.: 1982, 14), tal es el caso del Santuario de Nosa Señora da Barca (Muxia), donde tenemos "A Pedra Abaladoira" y "A pedra dos Cadrís", cuya virtud es la de curar las enfermedades del riñón, reuma y lumbago, siempre y cuando se pase 9 veces por debajo de ella y que, muy posiblemente, tuviese poderes fecundatorios. La piedra situada al pie de la ermita de S. Gui lIermo de Finisterre, la "Cama do Home" en Taboadelo (Pontevedra) y muchas más tienen estas y otras propiedades. Casi todas las piedras que conocemos con poderes curativos contienen un elemento importante: son piedras insculturadas cuyo significado se desconoce y que, por consiguiente, hay que Sacralizar y nada mejor para ello que atribuir las marcas que presentan a las "pisadas de la Virgen", del "caballo del Apóstol Santiago", de la "borriquilla que llevó a la Virgen a Belén", "pisadas de Nuestro Señor", etc. etc [1]. Plinio en el libro ya mencionado (XXVIII) XI, 47 nos dice "según los Magos una piedra de afilar colocada sobre la almohada de una persona envenenada, provoca que el enfermo pueda revelar lo que se le ha administrado, aunque no pueda revelar el nombre del crimina!"; en XI, 42 "una piedra pequeña expulsada por un calculoso y atada más abajo del pubis, cura los otros cálculos, alivia los dolores del hígado y acelera el parto". En nuestro hoy, un fragmento de piedra de la Puerta Santa, de Ara de Altar, de piedra Bezoar (peróxido de Carbono= se encuentra en el estómago o en las vías urinarias de algunos animales) protegen contra el "Mal de Ojo", "Aire de Sapo", "Aire de Píntiga" (Salamandra) etc., siempre que se lleve dentro de una bolsita y atada a la prenda que esta en contacto con el cuerpo (camisa, camiseta) [2].

LOS MONTES.- Estrabón en el Libro 111, 3, 7 de su Geografía, hablando de los montañeses del Norte (Galaicos, Astures, Cántabros hasta el País de los Vascones y el Monte Pirineo) dice: [ 1 ] Sobre el culto y las propiedades curativas de las piedras véase: TABOADA CHIVITE, X.: 1982. "0 Culto das Pedras no Noroeste Peninsular" en Ritos y Creencias Gallegas. La Coruña, p. 145-186. [ 2 ] Para mas información vid.: LIS QUIBEN, V.: 1980. La Medicina Popular en Galicia. Madrid. y BECOÑA IGLESIAS, E.: 1981, _2' Edic. -. La actual medicina popular gallega. La Coruña.

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"Despeñan a los condenados a muerte y se lapida a los parricidas, pero lejos de las montañas y de los cursos de agua". Para F.J. LOMAS SALMONTE (1975, 64), la importancia de este fragmento está en que realizan estos actos "fuera del territorio familiar o gentilicio"; para J.c. BERMEJO BARRERA (1978, 25) este acto posee un sentido social y jurídico. Para nosotros, además de los dos anteriores, tiene un carácter mágico-religioso; es decir, la sacralidad y el carácter curativo de montes yaguas, impediría despeñar o lapidar al culpable dentro del propio territorio. El monte cultual más importante de Galicia es, para J. RODRIGUEZ LOPEZ (1974, 153) el Pico Sacro, puesto que estuvo, en opinión del autor, dedicado al Sol y a Júpiter, estribando su importancia en que, "con ocasión de una epidemia que hubo en Calicia conocida con el nombre de

FUECO DE SAN ANTON, enfermedad causada por el cornezuelo del centeno, se produjo una intoxicación debida a la "ergotina", que produce un gran ardor en la piel debido a las dificultades en la circulación capilar y hasta puede producir gangrena en la extremidades". Lo cierto es que todavía hoy los enfermos acuden allí en busca de salud por medio de la intercesión de S. Sebastian que es el titular de la ermita. Algo similar ocurre con Finisterre, donde se supone se erigieron las Aras Sestianas practicándose, antes y ahora, ritos de fecundidad (CEBRIAN FRANCO, J.J.: 1982, 52). Lo mismo sucede en relación con el Monte Farelo (Camariñas), cuya ermita está dedicada a la Virgen y su culto en relación con la protección de las cosechas (CEBRIAN FRANCO, J.J.: 1982, 184). Así podríamos seguir señalando la mayoría de los montes de Galicia relacionados con diferentes cultos que, aunque cristianizados, su origen procede, cuando menos, de época romana.

ENCRUCIjADAS.- En relación directa con las piedras y los montes están las "encrucijadas", aunque sus propiedades curativas o protectoras tengan ligeras diferencias respecto a las anteriores pues, si las piedras surten efecto sobre enfermedades concretas tales como: articulaciones, lumbago, enfermedades reumáticas en general, fecundidad etc., las encrucijadas las tienen sobre enfermedades anímicas o psíquicas tales como los "Aires" de variada gama: de difunto, de gata, de mujer, etc., o el "Mal de Ojo". Las I'encrucijadas" son lugares donde '1Ias brujas se reúnen con el demonio" o donde se puede encontrar la IICompaña" o 'ISanta Compaña" (LUNARES, M.: 1990, 95). Estrabón, 111, 3, 7 nos dice: I'Los enfermos, como hacían antiguamente los Egipcios, son expuestos en la vía pública para recibir consejos por parte de los que han tenido la experiencia de las mismas afecciones". Para LOMAS SALMONTE (1975, 65) este fragmento de Estrabón tiene un carácter puramente religioso dado que su función era la de preservar tanto el ámbito territorial como al grupo social que lo habitaba y, al mismo tiempo, transferir la enfermedad fuera del territorio: a los caminos o cualquier otro objeto inanimado pero también a animales y personas. BERMEJO BARRERA (1978, 79-80) considera que ello es la muestra clara de la supervivencia del sentido religioso de la encrucijada en el NW al final de la antigüedad [3]. Martín de Dumio indica, igualmente, la pagana costumbre de arrojar piedras en determinados puntos de los caminos como ofrenda a un dios que designa con el nombre latino de Mercurio [4]. [3] Sobre las Encrucijadas puede verse, entre otros.: TABOADA CHIVITE, X.: 1982. La Encrucijada en el Folklore de Calicia en Ritos y ceencias Ca llegas. p. 287-298. [4] Sobre las diferencias entre el Mercurio Galo y el Romano vease el estudio realizado por BERMEJO BARRERA, J. c., 1978. La sociedad en la Calicia Castreña en especial el capítulo dedicado a los "Dioses de los caminos". p. 77 ss.

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Este hecho que condena el Dumiense pervivió en Calicia durante mucho tiempo y todavía hoy se mantiene en algunas zonas. La toponimia nos habla igualmente de ello, son los Milladoiros o Humilladeros, de fuerte implantación en la Edad Media y Moderna, debido fundamentalmente a las peregrinaciones a la Tumba del Apóstol Santiago. El culto a los caminos y encrucijadas debió ser propio de las comunidades indígenas galaicas que, con la implantación romana en nuestro solar, sufriría importantes transformaciones hasta asimilarse con los LARES VIALES, divinidades protectoras de los caminos y de los caminantes, al mismo tiempo que del territorio que circunda la casa y cuyo lugar de culto se sitúa en el "Compitum", esto es, en el cruce de varios caminos: las encrucijadas. En Galicia tenemos una abundantísima manifestación epigráfica de la veneraclon a estas divinidades que no tiene parangón con la del resto de Hispania. La mayoría de estas inscripciones han aparecido en cruces de camino, a orilla de los mismos o en sus cercanías y ello aún teniendo en cuenta que es muy difícil encontrar estas inscripciones en su primitivo emplazamiento. BERMEJO BARRERA (1978, 96) encuentra paralelismo entre el culto a estos dioses indígenoromanos con el que se ofrece a divinidades griegas tales como Hermes o Hécate. Hermes estaría asimilado, cultualmente, al Mercurio galo y romano mientras que Hécate lo sería por su relación con las almas de los muertos y con la magia [5]. En su intento de arrancar del pueblo sus costumbres paganas la Iglesia trató de hacerlo, primeramente, de manera impositiva, pero sin éxito [6]. Después de esa primera fase "impositiva" ya la vista de los escasos resultados obtenidos, la Iglesia cambia su estrategia y se dedica a convertir en lugares de culto cristiano lo que era pagano. De ahí surgieron la mayoría de las ermitas y santuarios localizados en nuestros montes, siendo la mayoría de ellos, por no decir la totalidad, antiguos castros: San Andrés de Teixido, el Pico Sacro, Finisterre, Nuestra Sra. de los Milagros de Cayón (donde también existe un "humilladero"), los Milagros de Amil, etc. De esta misma suerte no se escaparon nuestras encrucijadas o nuestros caminos con sus "milladoiros". En ellos se colocaron los Cruceiros que todavía son hoy una de ¡as imágenes inherentes al paisaje gallego y cuyo carácter funerario se pone de manifiesto en el "pousadoiro", piedra similar a un altar, donde se paraba el cortejo fúnebre, colocaban el féretro, y el sacerdote rezaba unos responsos. También los "Petos de Animas", relieves en los que la imagen más comúnmente representada es la de las Almas del Purgatorio ardiendo entre llamas y alzando sus brazos hacia el Cielo. Cuando estas imágenes se sitúan en los Cruceiros tienen una relación directa tanto con la Santa Compaña (almas en pena) como con la curación de determinadas enfermedades anímicas como es el caso de los "Aires" y entre ellos, de manera muy especial, el de los Difuntos. , [5

l Sobre las características y poderes de Hermes y Hécate vease: CALVO, J. L., SANCHEZ, M'. D.: 1987. Textos

de Magia en Papiros Griegos. Introducción, traducción y notas. Madrid. [ 6 l No olvidemos que lo que el Segundo Concilio de Braga de 572 propuso para "evangelizar" al pueblo, todavia en los años 50 era una realidad en Galicia, manifestada a través de las "Santa Misión" que se realizaban periódicamente en las Parroquias rurales y tambien en algunas urbanas. Estas "Misiones" tenían, a nuestro juicio, un doble significado:- por una parte se trataba de eliminar las prácticas supersticiosas o, cuando menos, de hacer una separación clara entre la ortodoxia católica y la magia supersticiosa ya que, entre la población rural una y otra no estaban en oposición antes al contrario, formaban un todo. El pueblo no tenía "sentimiento de pecado" cuando realizaba estas prácticas, igual que no lo sigue teniendo hoy gracias al apoyo que, inconscientemente quizás, la propia Iglesia le da.- En segundo lugar, porque al pueblo había que hacerle comprender, para que la aceptase, lo que significaba la "Santa Cruzada" de la Guerra Civil y el "profundo espiritu religioso" que tenía y que habia sido el motor de la misma.

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Es pues en las Encrucijadas donde se curan una serie de enfermedades producidas por los distintos "aires" que, en palabras de V. LIS QUIBEN (1980, 33): No es ninguna enfermedad infecciosa sino una serie de dolencias que se cree debidas al I/airel/ que emana un animal/ una persona (viva o

muerta)/ sitios o lugares determinados/ que la mayoría de las veces, produce debilidad general y otras afecciones a la piel. Normalmente el "aire" afecta a los niños aunque también puede presentarse en las personas mayores [7]. Los elementos utilizados más frecuentemente para realizar la curación son entre otros: a) Objetos: rosarios, estolas, cuchillos de acero, tijeras, piedras "bezoares", cuerdas, sepulturas, cruces de caminos, cruceiros, etc. b) Plantas: Hinojo, Perejil, Laurel, Romero, Ruda, Menta, Cilidonia, Ajos, Hierbas de la Noche de S. Juan, Zarzas, Robles "cerquiños", etc. c) Elementos extraídos de los animales: Manteca, unto de Cerdo, Grasa de Gallina (enjundia=ensunlla), Sebo de Carnero, Plumas de Gallina, etc. d) Líquidos: Agua de fuente que nunca seque, leche, aceite común y de la lámpara del Santísimo, vinagre, vino del Ribeiro o de casa, infusión de manzanilla, etc. e) Lugares: Además de los caminos y encrucijadas: puentes, ríos, fuentes, cuadras de animales y el propio hogar, aunque en este último caso, preferentemente la "Iareira" y el "forno", utilizando la ceniza de la primera y la "pá" o pala de introducir el pan, en el segundo. Las prácticas curativas, para que surtan efecto, tienen que ser real izadas en unos determinados momentos e ir acompañadas de oraciones y ensalmos que se repiten con unas frecuencias especiales. Los momentos: al amanecer, antes de Misa, o a las 12 de la noche, aunque si la necesidad es muy imperiosa, puede realizarse a cualquier hora. Condición indispensable es ir y volver (si se realiza fuera de la casa) sin hablar con nadie o también ir por un camino y volver por otro. Los ensalmos y oraciones se repiten: 3 veces una sola vez al día; 1 o 3 veces al día y durante 9 días seguidos; 3 al día y 3 seguidos; 3 veces a la mañana y 3 a la tarde durante 3 días seguidos; 9 veces al día; 9 veces al día y 3 seguidos y 9 veces al día y 9 días seguidos. Al mismo tiempo que se recitan los ensalmos se hacen cruces o círculos sobre la parte enferma, bien con la mano, bien con cualquiera de los elementos mencionados anteriormente, terminando siempre con la expresión: "Con el poder de Dios y de la Virgen María..." .(L1S QUIBEN, 1980, 44). Además de las características religiosas-salutíferas las encrucijadas son igualmente lugares dañinos ya que en ellas es donde las "brujas" se reúnen con el diablo o sus acólitos, los demonios, de manera especial la Noche de S. Juan, de ahí que, para ahuyentar el peligro, el mal, se enciendan esa noche las hogueras, puesto que el fuego es el elemento a la vez purificador y protector del hábitat. Su relación con la festividad de los "Compitalia", que Martín Dumiense condena enérgicamente, parece clara.

AGUA.- El agua tiene unas concomitancias distintas a las de los elementos mencionados anteriormente ya que, aunque gocen con ellos de esa magia simpático-religiosa-curativa, no hay duda de que tiene, por si misma, propiedades salutíferas. Plinio en el Libro XXXI de su Historia Natural nos dice: XXXII, 59: //Me extraña que Homero no haya hecho mención de las fuentes termales, cuando hace presente continuamente/ lo baños de agua caliente: es evidente que la medicina no utilizaba por entonces el recurso de las aguas. El agua sulfurosa es buena para los nervios/ la aluminosa para las parálisis y astenias/ la bituminosa o nitrosa bebida/ para purgarse//.

XXXII, 61: "Se emplea también útilmente el barro de las fuentes termales/ pero hace falta/ después de haber sido untado dejarlo secar al sol. No debe creerse/ sin embargo/ que toda agua caliente es medicinar. [ 7 ] Para el análisis de los diferentes "Aires" veanse las obras ya citadas de LIS QUIBEN, V. y BECOÑA IGLESIAS, E.

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XXXIII, 62: l/Las mismas terapéuticas se aplican en el caso del agua del mar: se hace calentar para las neuralgiasl para soldar huesos después de la fractura l para las contusiones y para poner el cuerpo más durol tratamiento para el cual se utilizal igualmentel el agua de mar fría. Tiene todavía otros múltiples usoSI el principal es la navegación para los Tísicos 11.

Celso en 3,22, 8-9 insiste en lo mismo y añade que lIla navegación es igualmente buena para las úlceras de estómago (4 12 5) Y para el cólera (4 19 3) o en las hemotisis ll. 1

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Plinio en XXXIII, 63: l/En cuanto al agua de mar, los médicos la juzgan más eficaz utilizándola sola para resolver los tumoresl pero haciéndola hervir con harina de cebadal para las parótidas. Se incorpora también a los ungüentos. especialmente a los ungüentos blancos y a las cataplasmas. Es igualmente benéfica en duchas repetidas 11.

XXXIII, 64: IISe la bebe también- no sin inconvenientes para el estómago- a fin de purgar el cuerpo y de evacuar bilis negra o coágulos de sangrel por arriba o por abajo. Algunos la dan a beber para las fiebres Cuartas (paludismo), para el Tenesmo (Pujo o sensación dolorosa producida por las frecuentes ganas de evacuar) y para las afecciones articularesl (...) otros la hacen hervir; (...) Cuando se desea provocar el vómitol entonces se le mezcla vinagre o vino. Los que la han prescrito pura ordenan comer por encima rábanos con vinagre mielado para provocar también los vómitos. Se hacen también lavativas con aguas de mar tibia. 11

XXXVIII. 72: ITI musgo que puede encontrarse en el agua es bueno en untura para la gota l y tambiénl mezclado con aceitel para los dolores y las inflamaciones de los tobillos ll. (...). A pesar de todas estas propiedades Plinio, en los inicios de este libro (2,4), las atribuye no al agua en si misma sino a las divinidades que moraban en ellas. Las aguas termales, tanto en su forma natural como en Balnearios, fueron hasta mediados del presente siglo elemento indispensable en el recetario médico gallego; a partir de los años 50-60 su uso decayó y en la actualidad, gracias al auge que está teniendo la medicina natural, están siendo potenciadas tanto desde las instituciones oficiales como de los distintos organismos Médicos. Para conocer la expansión y utilización de los Balnearios en la Calicia Antigua nos faltan muchos datos que solo la Arqueología puede proporcionarnos. El número de balnearios de época romana localizados en Calicia superan la veintena (DIEZ DE VELASCO, 1985). En la curación termal intervenía el mecanismo de la fe: era el dios de la fuente termal el que proporcionaba la mejoría (DIEZ DE VELASCO, 1985, 69-98), como también señala Plinio. Curación y fe se encontraban pues íntimamente unidas al igual que lo están hoy en muchos de nuestros santuarios que presentan la "Fonte Santa". CEBRIAN FRANCO (1982, 248) recoge en su libro: "mire estas aguas no curan si Vd. no tiene fe" y "lo que es imprescindible, mocita, (se refiere a una periodista) es la fe. El agua solo cura a los que creen y rezan". De todas las divinidades indígenas aparecidas en Galicia BORMANICO, COVENTINA y EDOVIO son "las tres divinidades termales" (DIEZ DE VE LASCO, 1985, 71). Las NINFAS son igualmente divinidades de las aguas termales que posiblemente muestren un sincretismo indígena-romano, al menos si tenemos en cuenta el nombre del! de la /de los dedicantes. BORMANICO: su nombre está relacionado con "hervir, burbujear". Inscripciones suyas aparecen no solo en Galicia sino también en Francia (Bourbonne les Bains) (DIEZ DE VELASCO, 1985, 72) al igual que ocurre con COVENTINA cuyos testimonios en Galicia se sitúan preferentemente en la Provincia de Lugo: Guitiriz, Parga, Lugo Capital, etc. así como Bretaña. (DIEZ DE VE LASCO, 1985, 73). 119


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El carácter termal de EDOVIO "el que calienta" es aceptado de modo general. En Galicia apareció un ara dedicada a esta divinidad en Caldas de Reyes (pontevedra). (DIEZ DE VE LASCO, 1985, 73). Las NINFAS son, sin duda, las que tuvieron un culto más generalizado como nos lo demuestran los epígrafes a ellas dedicadas aparecidos generalmente en zonas de aguas termales salutíferas tales como: Las Burgas (Ciudad de Orense), Baños de Bande, Baños de Molgas, (Orense). Las Burgas (Caldas de Reyes. Pontevedra), entre otros. Desde el s. XVIII hay noticias del funcionamiento del Balneario de las Burgas de Orense, cuyas aguas eran recomendadas para el tratamiento de las enfermedades reumáticas, tal y como sucede hoy en día. En las proximidades de la misma ciudad las aguas de la Fuente del Tintero y del Balneario de las Caldas son recomendadas para las enfermedades de la piel, en especial heridas y abscesos; tomadas.en bebida son beneficiosas para las enfermedades del hígado y riñón [8]. Las aguas salutíferas sufrieron en Galicia el mismo proceso de cristianización que los demás elementos ya descritos de tal manera que la mayoría de nuestras ermitas y Santuarios tienen su propia "fuente colocada bajo la advocación de la Virgen o de algún Santo. Estas fuentes están situadas bien en el abside de la Iglesia (de manera que el agua procede de "debajo del altar" y por ello con un "mayor poder curativo"), en un lateral de la misma, en el interior (normalmente situada la fuente en la sacristía), o en las proximidades de las mismas. Generalmente el agua de estas fuentes no seca nunca. En relación con las fuentes, aunque a margen de las "Fontes Santas" como se denominan las situadas en los santuarios, existe una tradición curativa relacionada con las fuentes que no secan como pone de manifiesto TABOADA CHIVITE (1972, 73): "en la noche de S. Juan bebiendo agua de 5, 7 o 9 fuentes que no sequen nunca, se cura el bocio y con agua de 13, el reuma". En cuanto al Agua del Mar lo que Plinio nos transmite es lo que muchos médicos recomiendan hoy para las fracturas, varices, problemas circulatorios en general y, por supuesto, para el endurecimiento del cuerpo. Ahora bien, además de este aspecto puramente clínico o científico, nuestras gentes le otorgan otro tipo de propiedades. La creencia popular es que el mar es sagrado y por tanto su agua también lo es. Con el agua de mar, caliente, curan en Outeiro (Marín. Pontevedra) los callos (BECOÑA, 1981, 267); las Hemorroides (BECOÑA, 1981, 299) Las mujeres infecundas deben tomar 9 olas en la playa de la Lanzada a las 12 de la noche del día de San Juan, contándolas de atrás para delante, con ello desaparece la infecundidad. El "Bautismo anticipado" (BECOÑA, 1981, 211 ss.) se realiza para prevenir que el feto muera antes de nacer, o muera nada más haber nacido. Este bautismo se practica preferentemente en un puente por debajo del cual pase el mar (Puente de Marín-Placeres; puente del Burgo-Pontevedra; puente de Noalla-Sanxenxo, etc.). La hora: a las 12 de la noche del día de San juan, aunque también puede realizarse cualquier otra noche. RODRIGUEZ LOPEZ (1974, 59) señala que el "baño de las 9 olas purificaba de enfermedades al que las realizaba y era especialmente eficaz contra la rabia". Como último apartado a tratar hemos dejado el de la utilización de diversos elementos extraídos tanto de los animales como del hombre y que además de ser mencionados por Plinio se mantienen, aunque con variantes, en la práctica actual de nuestra medicina popular. Nuestra intención, en principio, era la de tratar el uso de las plantas en medicina, tanto en el mundo antiguo como en el de hoy y ello por su actual vigencia; sin embargo nos hemos decidido por otros elementos que, por ser menos conocidos -que no eficaces- despertaron nuestra curiosidad. A pesar de ello, dada la amplia gama de elementos hemos seleccionado algunos de ellos: SALIVA, ORINA, EXCREMENTOS

[8

1 Información

facilitada por Dña. Victoria Tuñón (79 años).

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y GRASAS/SEBOS/ACEITES. El libro XXVIII de la Historia Natural de Plinio es el que nos proporciona la información.

5ALlVA.- Característica común de su uso en la medicina antigua y la popular gallega actual es su aplicación en ayunas. En Plinio encontramos la saliva como curativa para: -Las picaduras de serpiente; -Los furúnculos, mojándolos 3 veces; -los sarpullidos de la cara y las costras, friccionándolos; -la inflamación de los ojos, conjuntivitis y lacrimeo (la mejor es la saliva de mujer); -para los dolores de nuca, mojando detrás de la rodilla derecha/izquierda, según el lado del dolor; -para protegernos de sortilegios escupiendo sobre la orina que se acaba de expeler o en el calzado del pie derecho. En nuestra Medicina Popular: -Picaduras de insecto; -infecciones de las orejas, especialmente si hay heridas o costras; -Anginas, friccionando la garganta; -calambres, haciendo cruces sobre la rodilla correspondiente; -conjuntivitis; sola, mojando el párpado o con miel y vinagre; -Erisipela: mezclada con unto y sal (todo derretido) haciendo cruces con la mezcla sobre la parte enferma; sarpullidos, herpes y otras afecciones de la cara, añadiéndole cilidonia, diciendo ensalmos y haciendo cruces; -para protegernos del "mal de ojo", "aire de araña, alacrán, etc.".

ORINA .- Estrabón en su Geografía, Libro 111, 4, 16, nos dice: (. ..) "Los Cántabros y sus vecinos, tanto los hombres como las mujeres, se bañan y lavan los dientes con la orina que han dejado envejecer en las cisternas". Estrabón nos especifica si la orina pertenece a hombres (es lo probable) o animales. Plinio es más explícito de manera que nos indica que tipo de orina, animal y humana hay que emplear para cada afección.

Orina animal: -de jabalí, bebida, para el dolor de vejiga y los cálculos; bebida en pequeñas dosis, para los hidrópicos; bebida, en vinagre con miel, para la epilepsia; conservada en un recipiente de cristal, instilada, para el dolor y las afecciones de los oídos.- de Cabra, instilada en los oídos hace desaparecer el dolor producido por la rigidez convulsiva de los músculos (OPISTHOTONOS); mezclada con la planta "neguilla" en untura, para las úlceras y demás afecciones purulentas; bebida y aplicando sobre el vientre su excremento, cuando las perdidas de sangre son muy abundantes. - de Macho Cabrío, mezclada con nardo para que no repugne, produce en la mujer aversión al amor.- de Burro, mezclada con "neguilla", en untura para las úlceras y demás afecciones purulentas; aplicada con el barro que forma al caer, para las desolladuras debidas a los zapatos; para hacer desaparecer las verrugas y para curar la sarna; mezclada con agua ferruginosa de las forjas, es buena para los epilépticos y los locos; de Borriquillo: mezclada con nardo y utilizada en untura es buena para los apopléjicos; de Toro: bebida, cuando viene de correr, estimula las funciones sexuales; en barro, aplicada sobre el pubis, lo endurece; de Cerdo: mezclada con "neguilla" y aplicada con lana, en untura, alivia o cura las úlceras y demás afecciones purulentas. Orina Humana: -Orinar acostado sobre el vientre, contra el fondo del baño, calma los dolores de riñones, espalda y vejiga; -en fomentos para fortalecer la vista (falta el elemento utilizado para mezclar con ella); -mezclada con la clara de huevo y, para que sea más eficaz, el huevo debe de ser de avestruz, colocado durante dos horas sobre la cabeza, es eficaz para la insolación; -la del hombre cura la gota (no menciona como debe utilizarse); -la orina vieja es buena, mezclada con conchas de ostra, para las erupciones del cuerpo de los niños y para todas las úlceras que supuran; las comadronas de más renombre han declarado que ningún otro liquido cura más completamente la comezón y, añadiéndole nitro, las úlceras de la cabeza, la tiña, las úlceras corrosivas, especialmente las de los órganos genitales; -amasada con ceniza es buena contra la mordedura de 121


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los perros rabiosos y las serpientes; -la de los niños impúberes es eficaz contra el veneno que las áspices llamadas PTYAS escupen a los ojos de los hombres; -es buena también para las siguientes enfermedades de los ojos: -manchas blancas; -debilidad; -úlceras; -úlceras del iris; -afecciones de los párpados. Para otros tratamientos: -mezclada con harina de yero, es buena para las quemaduras; hervida con un puerro es buena para la cabeza; -hervida en un vaso de barro nuevo, hasta que se reduzca a la mitad, es buena para las supuraciones y los pequeños gusanos de los oídos; -en vaporización hace venir también la menstruación. En nuestra medicina popular no hemos encontrado la utilización de la orina animal, pero si la humana, aunque no tomada en infusión sino en aplicación externa. La ICTERICIA se cura orinando el enfermo sobre el "Manrubio o Melrubio" (Marrubio), siempre antes de salir el sol, durante 9 mañanas seguidas y rezando diversos ensalmos o bien sobre la hierba llamada "mexacans" (Amargón, diente de león) igualmente durante 9 días seguidos, al amanecer y rezando ensalmos. A ello se añade la toma de una infusión en ayunas a base de: hojas de naranjo, raíces de caña india, una ramita de ruda y un puñado de ortigas. Para las HERIDAS se aplica orina (no se especifica si de animal o humana). Para las picaduras de FANECAS en la playa: se abre la herida y se orina en ella, puede ser de uno mismo o de otra persona. Las CATARATAS se curan lavando el ojo enfermo con orina de recién nacido. La HEMOPTISIS bebiendo la orina de recién nacido inmediatamente de ser expelida. (Este es el único caso que hemos podido constatar de ingestión de orina). Contra el REUMATISMO: se hierve la orina con sal, una vez bien disuelta se le añaden: árnica, aguardiente y ceniza, luego se aplica esta mezcla sobre las articulaciones.

EXCREMENTO.- En Plinio: - de cabra: hervido en vinagre para picaduras de serpiente y escorpión; hecho ceniza y dado a beber en vino, para las picaduras de serpientes; con vino, en untura, para las mordeduras de perro rabioso; mezclado con miel, en untura, para recubrir la alopecia; ingerido, envuelto en cera, durante la luna nueva, para la vista; solo, en untura, sobre los ojos que supuran y duelen; con manteca de cerdo reduce los orejones; con cebolla, en uso tópico, para la rigidez convulsiva de los músculos; cocido con miel y aplicado sobre el vientre, para el mal celíaco; con vino viejo, en untura, para la fractura de las costillas; cocido en vinagre, con miel, para los dolores de los nervios, mismo cuando el nervio tiende a gangrenarse. De ternero: -que aún no haya comido hierba, mezclado con su propia hiel y con la piel de que se despojan las serpientes, para la sordera; amasado con aceite y goma y aplicado en untura, para las pecas. De becerro: -hervido en vino y bebido, disipa el meteorismo; hecho ceniza y mezclado con vinagre, hace desaparecer las verrugas. De buey: -caliente en vinagre, aplicado en untura, reduce las escrófulas. De cerdo: -hecho ceniza y hervido en vino, para los tísicos desesperados. De borriquillo: -en fumigaciones para las picaduras de escorpión; -dado en vino, como el tamaño de un haba, cura la ictiricia en 3 días.

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De Liebre: -hecho ceniza, tomado por la tarde en vino, calma la tos nocturna; -hervido con miel y bebido, reduce las hernias. De lobo: -en untura, para las cataratas; en ceniza mezclado con mielo con hiel de oso, para la debilidad de los ojos. De tejón, golondrina y cuco: -hervidos y tomados en bebida, para las mordeduras de perro rabioso. En nuestra Medicina Popular se utilizan, de manera fundamental, los excrementos de vaca y gallina.

De vaca: -parida, caliente, colocada sobre las costras de Herpes durante siete días seguidos, los curan o alivian; también fresco es bueno para las heridas; mejor caliente, colocado sobre el cuello, para la tortícolis. De gallina: -cocido y tamizado por un paño, se coloca sobre la pierna o piernas enfermas, para la parálisis infantil. Tiene que estar 24 horas y ser de gallina negra; -seco, hervido en agua y colado, mezclado con te y una copa de vino, todo ello bebido, es bueno para los cólicos ya que el enfermo vomita, defeca y le pasa el dolor; -disuelto en leche es bueno para los cólicos. De culebra: -fresco, es bueno para las heridas. El excremento humano tiene que ser de niño. Para el dolor de muelas se pone a secar al sol, se hacen bolitas y se introducen en el agujero de la muela picada.

GRASAS/SEBOS/ACEITES: Hemos incluido el aceite porque en nuestra medicina de hoy este producto ha sustituido, en buen número de casos, las grasas o los sebos, hecho lógico en función de las transformaciones socio-económicas producidas. En Plinio: -La Grasa de cerdo: con ceniza de cabello de mujer, cura la erisipela, los derrames de sangre y los hormigueos; -pura, cura las quemaduras incluidas las que produce la nieve; -con ceniza de cebada y nuez de agalla (=fruto del roble) en cantidades iguales, es buena para los sabañones, las desolladuras de los miembros, las agujetas y la fatiga debida a las caminatas; -para la tos crónica y la tisis, se cuece fresca en vino y miel; -vieja, conservada sin sal, cura la tisis; -salada para las ulceraciones; -pura, aplicada en untura sobre el vientre, mantiene con vida los fetos amenazados de aborto; -para devolver a las cicatrices su color normal, mezclada con cerusa y litargirio; -con azufre para las rugosidades de las uñas; -sola, para la caída del cabello; -con nuez de agalla para las úlceras de la cabeza de las mujeres; -con cal se aplica sobre tumores, furúnculos e induraciones de los senos; -para las roturas, espasmos, luxaciones, etc.

La grasa de cerda, que no ha parido, para el cuidado de la piel de la mujer. Grasa de jabalí mezclada con grasa de ganso, sebo de toro y mugre de vellón, para la gota, y en caso de que el dolor persistiera, se añadiría, cera, mirto, resina y pez; -mezclado con aceite de rosas, se frotan las fístulas de los ojos. Grasa de zorro, en linimento, con igual cantidad de mostaza, para las úlceras. Grasa de OSOI mezclada a pesos iguales, con cera y sebo de toro, reduce los orejones y la gota; sola, en fricciones, para el dolor de la nuca, para cicatrizar los sabañones y las grietas de los pies; -la 123


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grasa de los riñones, par la viruela; -con raíces de azucena para las quemaduras.

La grasa de lobo, ablanda el útero. Grasa en general, contra la sarna, mezclada con 1/3 de sebo de caballo y pez, todo caliente; -sola o con miel es buena para la dentición de los niños, para las encías y ulceraciones de la boca. Sebo de ternero, estrujado con sal, para las úlceras de la cabeza; -mezclado con ruda, para las inflamaciones del ano y la ingle. Sebo de ternera, mezclado con nitro o excremento cocido en vinagre, calma la inflamación de los testículos.

De becerro o buey, junto con grasa de ganso y jugo de albahaca, para tratar las ulceraciones y las grietas de los labios. De buey, mezclado con aceite, contra las rigideces y las escrófulas; -con salo con aceite y sin sal, para los furúnculos; -cocido en aceite, contra el lacrimeo. De buey o de burro, con aceite rosado, para las insolaciones. De burro, con grasa de ganso, dado en untura, estimula las funciones sexuales. De cabra, en papilla con flor de harina de trigo, cura la tisis y la tos; -fresco, disuelto en vino mielado y mezclado con una rama de ruda, para la tisis y la tos. Uso actual de las Grasas, sebos y aceites.

GRASAS: Aunque "unto y grasa" se tienen como sinónimos en la lengua castellana, entre nuestras gentes ambos elementos están perfectamente diferenciados, ya que, el "unto" es una capa delimitada que recubre el vientre, es independiente del "tocino" que constituye la gordura o parte grasa del animal. La grasa se extrae y derrite, por cocción, tanto del tocino como de las vísceras de los animales, especialmente del cerdo, ya que este animal fue y sigue siendo elemento básico en la al imentación rural. El "unto" se conserva con sal. La grasa se cuece bien sola, bien con unas arenas de sal, dejándose enfriar hasta coagularse. En uso medicinal la grasa se utiliza sin sal [9]. El "unto" cuanto más viejo mejor, mientras que la grasa, después de uno o dos años puede volverse rancia e inservible. Grasa sin sal, derretida, cura la Erisipela, aplicándose con una pluma de gallina que no esté clueca, pasándola por la parte enferma, haciendo cruces, nueve días seguidos, durante los cuales no se puede beber vino; -en untura, para las heridas. Grasa de cerdo, con vino caliente, para el catarro y para el dolor de muelas. Grasa (Enjundia) de gallina, para las paperas. Grasa de distintas clases, cuantas más mejor, se derrite en un puchero de barro virgen, una vez tibia la mezcla, lavan al enfermo a contrapelo empezando por los pies y acabando por la cabeza, al mismo tiempo se van rezando ensalmos. Se realiza la operación tres veces al día durante 9 días

[ 9 ] Información facilitada por Dña. Delfina Nieto Vázquez (76 años).

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consecutivos. Las grasas sobrantes las meten un una bolsa o trapo y las cuelgan al humo hasta que se derritan, cuando esto ocurra, el enfermo estará curado de MAL de OJO.

Crasa o manteca, mezclada con salamandra y ranúnculos asados, lubrificando la parte enferma con esta manteca asada, se cura el AIRE da PITINGA (Salamandra). Unto: de Cerdo Lechónl sal, saliva y mojando un dedo en esa mezcla se pasa durante 9 días, haciendo cruces y diciendo ensalmos, se cura la Erisipela. De Cerdo Negro: troceado en 9 partes y con 9 arenas de sal, puestas en un cacharro de barro; cogen un trozo y una arena de sal, hacen cruces sobre la parte enferma diciendo ensalmos; hacen la misma operación con los restantes trozos durante 3 días seguidos, una vez al día, antes de salir el sol. Con ello se cura el Herpes; -el mismo remedio, pero añadiéndole agua (también con ensalmos), para la misma enfermedad. De cerdo, mojado en agua de fuente que nunca seque, lo aplican haciendo 9 cruces sobre la parte enferma, 3 veces al día, 3 días seguidos, rezando ensalmos cada vez, para curar la Erisipela; -unto, con 3 dientes de ajo, 3 arenas de sal y un poco de agua bendita, mezclado todo en un cacharro de barro, lo aplican 3 veces al día durante 3 días seguidos, rezando ensalmos. Así se curan las úlceras; unto con 9 arenas de sal yagua, se dejan a serenar toda la noche, luego se embadurnan las heridas rezando ensalmos: para curar los Herpes; -unto envuelto en harina, hacen una cruz en la planta de los pies y otra sobre la boca, rezando ensalmos: se curan las lombrices; -mojado en agua y rezando ensalmos, se aplica sobre la piel, curando así el "Fogo Ardente" (Erupción cutánea); -para la misma enfermedad, envolviéndolo en tierra recogida de 9 toperas, se aplica sobre la cara del enfermo rezando, al mismo tiempo, ensalmos; -con vino y miel caliente, para curar el catarro; -hervido se da a beber para el histerismo; -derretido en la sartén acompañado de 1/2 litro de vino, se bebe templado, para curar el reumatismo; -añadiéndole grasa de cerdo, sal, 1/4 litro de aceite, yema de huevo cocido, jabón virgen y flor de azufre, se hace todo ello una untura y se aplica a las junturas del cuerpo, curándose el reumatismo; -puesto a desalar, al día siguiente se tira el agua y se corta el unto en 3 trozos, se rebozan con ceniza, se rezan ensalmos mientras se aplica sobre los Herpes; -sin sal con harina de almidón, semilla de "selva brava" y un pie de malva cogido en una sepultura y cocida en poca agua, se hace con todo ello una pasta, se coloca sobre la parte enferma haciendo cruces y rezando ensalmos. Se hace una vez al día durante 3 días seguidos. Con ello se cura la Erisipela. SEBOS: -de Carnero, mojado en manzanilla con leche, lo colocan durante 3 días sobre el vientre del enfermo, cuando se lo sacan, embadurnan el vientre empezando de los costados hacia el centro, con un "rustrido" hecho a base de aceite, ruda, artemisa y flor de romero, diciendo al mismo tiempo ensalmos. Todo ello cura la caída de la "Paletilla" (boca del estómago), "Calleiro" (estómago) y "Asaduras" (hígado). De Cabrito lechón macho, mezclado con unto de cerdo, aceite y pólvora, colocado sobre el vientre, es bueno para la caída de la "Paletilla", "Calleiro" y "Asaduras". De Cabrito: templado, para las grietas de los labios. De lIpa reo Teixo ll (Tejón), derretido, para el dolor de oídos y el reumatismo. ACEITE: -Para curar la Erisipela se utiliza: Aceite, lana de oveja sin lavar, olivo, todo mezclado, en untura, haciendo, cruces y diciendo ensalmos sobre la parte enferma, 3 veces al día durante 9 días seguidos; -aplicando con cuerda de esparto, haciendo cruces y con ensalmos; -con agua, sal marina, puesto todo en una taza de barro, se hace un hisopo con carrasco (ramas de escoba de acebo) que, 125


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mojado en dicha mezcla, se unta y bendice la parte enferma; -igual pero el hisopo es de palma de escoba; -agua, sal marina, "fiuncho" (hinojo común), hacen un hisopo con lana de oveja viva, lo mojan y hacen cruces, rezando ensalmos, sobre la parte enferma; -con raspaduras de jabón virgen, granos de anís y unto, hacen un hisopo, bendicen la parte enferma 9 veces haciendo cruces y diciendo ensalmos.

Para curar la caída de la Paletilla! Calleiro y Asaduras: aceite templado, se fricciona con él pecho y espalda, luego le ponen al enfermo una cataplasma de aceite, vinagre y mostaza, que tiene que llevar colocada durante 3 días. Para el Herpes: aceite, ceniza de ajos y esparto, extendiendo este ungüento con una pluma de ave viva sobre la zona afectada, una vez al día durante 9 días seguidos, rezando ensalmos. Para el l/Aire de la Envidia!!: aceite de la lámpara del Santísimo, incienso, agua bendita, 3 dientes de ajo, 9 hojas de laurel, hierbas de la noche de S. Juan, se quema todo y se pasa al niño por el humo, al tiempo que rezan ensalmos; -aceite y ceniza mezclada, mojan una moneda antigua y hacen cruces sobre la frente del enfermo, rezando ensalmos [10]. Como conclusión decir que a pesar de los Veinte siglos que nos separan de la Obra de Plinio y de que las referencias que proporciona no se refieren explícitamente a Callaecia su, lIamemosle, "Recetario Médico" está vivo en la actual Medicina Popular Gallega, a pesar de que hemos escogido aquella parcela es la más desconocida y, con mucho, la menos uti Iizada en relación a otras sustancias tan importantes como la leche, la sangre, la hielo las vísceras en general, curativas de enfermedades como la Tos ferina, Sarna, Escrófulas, Panadizos, Bocio, etc. etc. Queremos resaltar el valor predominante de los números impares en la aplicación tanto de ensalmos como de infusiones, unturas, emplastos, etc. al igual que sucedía en todas las culturas del Mundo Antiguo Mediterráneo, de manera especial la presencia de los números 3 y 9, como principales, y 1-7 como complementarios algo que, como ya hemos visto, se mantiene en nuestros días. De otra parte, aunque las sustancias utilizadas por Plinio correspondan a una fauna distinta de la nuestra, lo importante, a nuestro entender, es comprobar como su utilización es similar pero ya no, desde el punto de vista de magia-curativa, sino del médico-farmacéutico como puede verse en diversos trabajos realizados por A. CHARRO ARIAS y, en concreto, el que realizó en colaboración con E. BARREIRO TRONCOSO (1955), donde recogen diversas recetas y fórmulas, en las que se utilizan: inmundicias de gallina, estiércol de lagarto, excrementos de animales en general, así como ungüentos, emplastos,etc. al igual que la piedra "BEZAR" que, suponemos, sea nuestra BEZOAR de hoy. No pretendemos, en absoluto, decir que nuestro mundo rural y, en muchos casos, también ciudadano, se encuentre anclado y no acuda a la Medicina Científica, simplemente mostrar que hay una realidad que se esconde tras el progreso médico y la masificación de centros hospitalarios y ambulatorios, una realidad que nos lleva a la práctica de una medicina en la que, la fe y los elementos que la naturaleza nos proporciona, son la base de una curación, en muchos casos efectiva, real, que corre el riesgo de desaparecer, al menos en su pureza originaria y que tenemos el deber de recuperar. Una práctica médica que se va heredando de padres a hijos y que, guardada celosamente, es aplicada por los Sabios y Sabias de cualquier lugar de Calicia aunque cada día su número sea menor.

[ la ] Estas y otras muchas fórmulas más pueden verse en las obras ya citadas de V. LIS QUIBEN y E. BECOÑA IGLESIAS.

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 131-139

HISTORIA DA BEBIDA E IDENTIDADE FEMENINA * Xavier CASTRO PEREZ Magaly COSTAS COSTAS Departamento de Historia 11 - Facultade de Xeografía e Historia - Universidade de Santiago de Compostela Pla. Universidade, 1- 15700 Santiago RESUMO: Na sociedade galega, á hora de falar da bebida, o factor de xénero é relevante, do mesmo xeito que o son tamén os de clase, grupo de idade, etc... Deste xeito, constatamos que as mulleres podían tomar alcohol pero en menor cantidade e con maior discreción que os homes. As mulleres debían aterse a unha pauta social de consumo distinta á dos homes. Para elas eran sensiblemente menos abondosas as ocasións axeitadas -senón estipuladas (festas, actos sociais concretos)- para beber e dende logo tamén os lugares acaídos para tal consumo. Deste xeito, tiñan practicamente vedado o recinto primordial no que se efectuaban as libacións: a taberna e o café, ambos os dous escenarios privilexiados da sociabilidade masculina. Polo demais, as peculiares esixencias da condición feminina, tiñan tamén uns requirimentos que se trasladaban ó eido do consumo alcohólico.

ABSTRAeT: History of drink and feminine identity. In Galician society, when talking about drinking, gender is important, as are c1ass, age, etc... Thus one could say that women were allowed to drink alcohol, but in smaller quantities and with more discretion than meno Women had to abide by social norms of alcohol consumption that were different from those of meno For the former there were fewer appropriate occasions when, or places where they could drink. The main places where people drank -the tevern or the coffe bar, privileged places of masculine sociabilitywere practically forbidden them. The peculiar demands of the female condition, brought with it its own particular demands, which were also reflected in the sphere of alcohol consumption. A hora de examina-la práctica da bebida na historia contemporánea da sociedade galega, o factor de xénero amósase como relevante, do mesmo xeito que o son os factores de clase, grupo de idade, etc. .. No que respecta á variable que ven marcada polo sexo constatamos que era socialmente aceptable que as mulleres puidesen tomar alcohol, pero estimábase que o conveniente era que o inxerisen en menor cantidade e o seu consumo se realizase con maior discreción que a que acostumaban a practica-los homes. En efecto, as mulleres debían aterse a unha pauta social de consumo distinta á dos homes. Segundo atopou Jean-Paul Aron no seu estudo sobre o consumo alimentario francés no século pasado (ARON, 1967 e 1989), a pesares do efecto de imitación que causa o modelo difundido polas élites, existen diferentes modos de realiza-lo rito social da bebida e distintas prácticas sociais en consonancia. Cada grupo socioprofesional, cada clase de idade e mesmo tamén cada sexo, posúe o seu propio xeito de consumo e as súas peculiares formas de sociabilidade, cos seus lugares, momentos, ritmos e ritos particulares. Dun modo xeral, varios estudios amosan que o consumo alcohólico das mulleres é moi inferior ó dos homes. Unha enquisa francesa revelaba que a inxestión alcohólica das donas situábase entre a terceira parte e a metade da dos homes. En Normandía, por exemplo, concretábase esta supremacía masculina nun promedio de consumo cifrado entre 0,10 e 0,15 litros de augardente por día; o da muller situábase en 0,05 (NOURRISON, 1990, 151-152). á investigación concedida pola Conselleria de Educación e Ordenación Universitaria da Xunta de Galicia ó proxecto HISTORIA DA ALlMENTAClON EN GALlClA (HISTALGA). * A realización deste trabal lo foi posible gracias a unha axuda

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Como tamén sucedía coas bebidas fermentadas, a inxestión de alcoholes destilados por parte da muller é menor que a do home. Pero nunha proporción que neste caso acusa en maior medida tal desfase, pois semella que a censura social aplicada á muller bebedora de augardente era máis severa que co viño. Na Galicia decimonónica achacar a unha muller (xove, en especial)) familiaridades co augardente era un xeito eficaz de desprestixiala. En ocasións, a descalificación era cantada polas mu lIeres dunha local idade enfrentadas coas doutra. Así o recolleu Pérez Ballesteros no seu Cancioneiro Popular (T.l, 1979,43), publicado por primeira vez na década de 1880: "Para cantar e beilar as nenas d'a Pelengrina para beber a perrita, [augardente] as borrachonas d'Elviña". Polo demais, un home, nado nunha parroquia de Guitiriz no ano 1929, declaraba que as mulleres, por regra xeral, non tomaban licores "pero bueno si cadra tamén gaseosa con viño ou, ou cousa parecida así" (F.O. 1). Agora ben, convén facer unha precisión que xa realizamos noutro traballo cando nos referimos o viño (CASTRO, 1993): distintas testemuñas apuntan que no medio mariñeiro a permisividade era maior que no ámbito labrego. Oeste xeito Eugenio Martínez, nado en Ares en 1895 declaraba que alá as mulleres podían beber: "si querían podían hacerlo, había algunas que bebían de miedo" (F.O. 18). A restricción do consumo de bebidas destiladas ou de alta graduación alcohólica para as mulleres non era unicamente un feito que, efectivamente, se producía, senón probablemente tamén, a expresión simbólica da valoración que do ser feminino realizaban os homes. Os varóns, en efecto, consideraban que era este nivel de consumo inferior, o que resultaba pertinente e axeitado para as mulleres. Como tamén opinaban, nun discurso concordante, que o salario da muller debía ser a metade, todo o máis, que o dos homes (CFEO, 1985, 76). Ambas estimacións se achegaban, curiosa e significativamente, se é que non coincidían de cheo. Desde que, nas últimas décadas do século pasado, a mediciña categoriza o concepto de alcoholismo, se considera que se trata exclusivamente un fenómeno masculino, na medida en que as mulleres non podían de ningún xeito confesar que bebían en exceso; dificultade que era tanto maior canto máis alta fose a súa posición social. En efecto, a práctica social da inxestión de alcohol por parte das mulleres estaba condicionada pola estricta obriga da discreción, a simulación e o ocultamento. Por outra banda, para as mulleres, eran sensiblemente menos abondosas as ocasións axeitadas senón estipuladas (festas, actos sociais concretos)- para beber e dende logo tamén os lugares acaídos para tal consumo. Oeste xeito, tiñan practicamente vedado o recinto primordial no que se efectuaban as libacións: a taberna e o café, ámbolos dous escenarios privilexiados da sociabilidade masculina, xunto coa barbería nas vilas e cidades. En Francia, como en España, a mediados do pasado século, as mulleres do medio rural tiñan como primordial espacio de sociabilidade o lavadeiro, mentras que o dos homes adoitaba se-la forxa, ademais do cabaret (CHALE, 1991, 95). As damas de posición non se adentraban en tales locais de ocio a no ser con ocasión dunha velada cultural ou caritativa (NOURRISSON, 1990, 154). Na Galicia do XIX era insólita a presencia de mulleres en tales locais. Só era imaxinable que se deixasen ver excepcionalmente e acompañadas por homes. Mesmo as mulleres que rexentaban tabernas, ou axudaban ó seu esposo ou pai a atende-Ia clientela, -cousa moi habitual dada a non disociación nesta época entre ó ámbito laboral e o privado da familia, polo que tantas tabernas tiñan unha certa atmosfera familiar que 132


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dalgunha maneira envolvía tamén a clientela nun segundo círculo de familiaridade- era fácil que non gozasen de boa prensa (ningún refrán fala ben de tales mulleres: "Machada de carpinteiro, /calzón de ferreiro/e filia de taberneiro, non as queiras por ningún diñeiro") (REFRANEIRO, 1968, 39). E ademais, segundo entrevistas real izadas a taberneiras compostelanas, nos anos 1930-1950 (F .0. 3), atopámonos con que resultaba totalmente inconvenente que rexentasen tales negocios elas soaso Nun dos casos citados, cando o marido dunha destas mulleres decide emigrar a América, a súa esposa ten que recurrir a outro home da familia para que lIe aporte o creto moral que a sociedade esixía. Polo que respecta ós cafés un informante de Foz comentaba que era moi raro que as mulleres acudisen a teles locais nos anos trinta e coarenta deste século. Na década seguinte algunha empezaba a ir pero era aínda algo moi raro, sendo neste sentido franco o contraste que atopou este home co que acontecía nas cidades de Rosario e Bos Aires, cando emigrou en 1953, posto que alí era moi habitual (F.0.12). Nin que dicir ten que tampouco resultaba imaxinable que as mulleres poidesen entregarse á bebida no ámbito da rúa, cousa que os homes podían facer en certos tempos apropiados para iso. Por exemplo, con ocasión de farras nocturnas, tal e como no lo amosa paradigmaticamente Blanco Amor, na súa obra A Esmorga [1 J. Agora ben, quizais futuras investigacións nos leven a matiza-lo que vimos de dicir. Móvenos a ser cautelosos o que se coñece que acontecía en Francia a este respecto. En efecto, as prácticas de inxestión alcohólica das mulleres, pertencentes en especial ás clases populares rurais, podían producirse na rúa sen que experimentasen vergoña ou sentimento de culpabilidade, ata aproximadamente a metade ou último tercio do século precedente. Tal sucedía, por exemplo, en Bretaña e así o evoca Flaubert, de paso a Pont-L'Abbé, referindo unha áspera" rifa entre dúas mulleres bébedas. Este tipo de exhibicións públicas de consumo de bebidas destiladas, como o augardente, tende a desaparecer a finais do século, conforme a moral social se torna máis severa dun modo xeral, pero en especial coas mulleres adictas a un sobreconsumo de licores. Para os moralistas a ebriedade e o vicio da bebida parecerá especialmente repulsivo nas mulleres e entenden que ademais perden o pudor e o recato caendo doadamente nos desordes das paixóns e da lascivia. Ante tal estado de cousas, o xeito de beber das mulleres se tornará no futuro máis discreto, pero tamén pode que máis frecuente. Por non ter un locus para beber, as mulleres deben agocha-la súa intemperancia e apelar a unha serie de estratexias de simulación para conseguir alcohol: mercar na tenda as provisións e aparentar que se lembraban no último momento, como quen non quere a cousa, de pedir tamén aguardente, ou tratar de facer crer que non estaba destinado ó seu consumo senón para dar fregas, etc. Tamén a muller na sociedade francesa vese obrigada a practicar unha cultura da bebida bastante semellante á nosa: é ben significativo que tivesen reparo en ir mercar elas mesmas o augardente á tenda. Por ¡so adoitaban enviar a algún filio a buscala chez I'épicier. Por certo que tal falla de atrevimento constituía unha incitación para que ós nenos bebesen un pouco polo camiño. As nenas tamén gozaban de tal oportunidade, como está documentado nun informe médico na zona do [ 1 ] Reproduciremos un fragmento da feroz peripecia alcohólica dos protagonistas, que reflexa ben este aspecto: "Ao chegar á outra banda da Ponte, o Milhomes trouxo da taberna do Sacristán, que xa estaba a porparar para a feirado día sete, que é alí pertiño, que xa axiña escomenzarían de chegar os feirantes, dúas botellas de augardente, que boa falla nos facían para non esmorecer. Unha despachámola decontado sen deixar de camiñar, tal coma se fose auga da fonte; porque haille casos nos que un bebe non pola bebida senón que engole unha meiciña, para non se esmoilar pala falla das forzas (oo.) E deste modo iamos troupeleando por aquel carreiro que somellaba no ter finoo.Parábanse cada pouco e zorregábanlle á botella, que non sei como agoantaban daqueles carpos. O Maricallas, que somellaba ser o máis froxo, era o que máis aturaba dos tres. O Bocas, despois de cada grolo, resquexaba forte, coma se tivese lume na gorxa, e voltaba a ceibar o seu laio de porcallán" (BLANCO AMOR, 1989, 125-132).

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Seine-Maritime (NOURRISON, 1990, 153-157, 165). En distintas localidades rurais da provincia de Pontevedra, nas que residiu Antonio Viudez, na segunda e terceira décadas do século actual, puido constatar (F.O.13) que os nenos podían ir mercar bebidas alcohólicas as tendas, sen problema ningún, sempre que os seus pais Iles desen diñeiro para pagalas. En Ames, Josefa Domínguez, nada en 1918, recordaba que: "por aí ós des anos ou onse anos mandábanse á taberna (. ..) xa se tomaba se cadra dous litros de viño, se cadra un domingo, e íbanos a buscar á Moniña, e tiñan des anos. Iban todos contentos cando lIe daba os cartos pa ir buscar o viño así un domingo (...) o así unha chilindrada; despois a cousa de comida (. ..) non lIe mandaba, unicamente podía ser un kilo de asucar (. ..), que a cousa de comida traíaa eu" (F.O.5). PREFERENCIA POLOS ALCOHOLES DOCES

Polo demais, as bebidas doces, do mesmo xeito que as de menor graduación alcohólica, parecían máis propias do sexo feminino. E esta distinción dictaminábana tódolos días de xeito emblemático es camareiros, auténticos xuíces que por imperativo do oficio estaban obrigados a aplicar con estricto rigor o código da moral social. E, deste xeito, é facil que por fidelidade a tal código traicionasen os gustos dos seus cI ientes, e lIe servisen a copa de augardente ó señor e a de an ís a súa acompañante, aínda que se dese o suposto caso de que a súa petición fose exactamente ó revés. Por outra banda, semella que as mulleres galegas bebían augardente tamén. Luis Domínguez apunta que, na comarca de Ribadavia no século pasado, tamén as mulleres acompañaban polas mañás o seu almorzo de bica con augardente (DOMINGUEZ, 1991, 232). Tamén unha muller nada en 1911, nunha aldea de A Estrada, sinalaba que as mulleres tomaban tamén algunha copa de augardente (F.O.9). Polo demais, temos constancia de que en 1963 unha muller de cincuenta anos de idade, veciña da vila de Laxe, resultou afectada pola sonada adulteración do metílico, como tamén o seu home. O que motivou o percance dramático foi que ámbolos dous tiñan o costume de tomar un pouco de augardente no almorzo (FERNANDEZ, 1992, 185). E aínda tamén, na parroquia de Portas, unha informante nada en 1914, declaraba que había "mulleres que tomaban, veña caña tamén. As mulleres á mañá unha copiña de caña e un cachiño de pan e moitas delas xa iban pa traballar, xa non querían o caldo, nin leite, nin nada. Querían mellor unha copiña de caña. (F.O.7)" Isto era percibido así por unha muller, pero pode resultar significativo que un home, nado coetaneamente, cunha diferencia mínima de dous anos, na mesma localidade rural, repostase dunha maneira moito menos clara. En efecto, ó ser interrogado sobre o consumo de augardente polas mulleres, dicía o seguinte. "As mulleres non recordo si a tomaban ou non, pero seguramente, algunha que se lIe antoxaba..."(F.O.8). A resposta pode indicar unha certa actitude de discreción no consumo do augardente polas mulleres e, dende logo, unha menor frecuencia. Neste orde de cousas, unha muller entrevistada, que nacera tamén no concello de A Estrada, en 1932, pero nunha aldea distinta á que citamos anteriormente, precisaba que o augardente non o tomaba a diario (F.O.l0). Cando se empeza a difundi-Ia queimada por Galicia, está claro que as mulleres a tomaban tamén. Asimesmo sucedía na emigración, segundo relata unha emigrante en Venezuela nos anos setenta, onde, a augardente doce e queimada, operaba como bebida de lembranza da identidade de partida (F.O.2). Pero todo parece indicar que, fora do traballo polo menos, era máis habitual o seu consumo entre mulleres vellas que mozas. Deste xeito, o personaxe que aparece singularizado no obradoiro de desvenado de tabaco, na novela La Tribunal de Emilia Pardo Bazán a señora Porcona, contestaba con "una voz temblorosa como el balido de una cabra, y aguardentosa además" (PARDO BAZAN. 1978, 165). Debía ser relativamente común que xustificasen o consumo desta bebida esgrimindo un argumento que gardaba relación coa temperatura do corpo e as maiores calóricas das anciáns. De tal maneira o expresaba a obreira da fábrica de tabaco coruñesa, na citada obra de Emilia Pardo 134


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Bazán, parolando cunhas compañeiras máis novas: "Yeso que a mis añitos, hiiijas, ya os gustará calentar el estómago, que se pone como la pura nieve" (pARDO BAZAN, 1978, 164). Esta mesma idea recóllea o hixienista Monlau, quen referíndose á muller afirmaba: "Su sangre es más aguanosa, ménos fibrinosa. Las secreciones son ménos abundantes, ménos animalizadas. Su calor vital tiene ménos grados: la mujer es más friolenta que el hombre." (MONLAU, 1870, 500-501) En certos momentos especialmente difíciles, está documentada la inxestión de augardente por mulleres. Tal acontecía nalgunhas partes de Galicia, aínda hai ben poucos anos, cando morría alguén. Daquela tapaban tódolos buratos do finado con liño (mais tarde con algodón) mollado en augardente, para impedir que entrasen no seu corpo malos espíritus que Ile impedisen descansar, pois o augardente é unha bebida purificadora. E despois de prepararen e vestiren o cadavre os homes e mulleres que colaboraban na tarefa levaban as mans e tomaban todos unha copa de augardente (MANDIANES CASTRO, 1984,144). Agora ben, era máis infrecuente que tomasen caña no momento de face-Ia matanza do po reo, como facían os homes da casa, o matachín e os que viñan axudar a ter conta del. Deste xeito, en Ames "As mulleres xa non viñan (. ..) pa ter conta nunca se buscaron, e as da casa como tábamos na casa, esas xa nada, xa non se bebía nada". (F.O.S) En termos xerais, as mulleres que tomaban caña facíano nunha cantidade inferior. Así o lembraba explicitamente Josefa Domínguez Beade, nada en Ames no anos 1918. Cando andaba a sacha-lo millo a xornal, vía como ós homes xornaleiros Iles levaban á leira un cuartillo de caña cun cacho de broa, ás once, pois soían estar traballando dende as seis da mañá e o traballo era duro, "E as mulleres no, nada; a que quería beber un chopo se non quería beber unha copa, bebía un chopo, dábanlle un chopiño. Ti comías un cacho daquela broa, como tiñas fame, tiñas que volver sachar o millo, porque eran moitos horas e, entonses, se cadra, desíaslle: "bótame aqui un chopiño", pero unha pingota no fondo, porque pelaba moito, picaba moito" (F.O.S). E tampouco lIe daban neste caso anís. Por outra banda, o máis común entre as mulleres galegas, dunha certa idade era tomar anís. Un informante que viviu no medio rural da provincia de Pontevedra, declaraba que na súa casa, que se atopaba nun nivel de modesta medianía, só entraban os licores con ocasión da celebración da Noiteboa; daquela mercábase" (. ..) una botellita de jerez del más barato, o una botellita de anís, que tenía que durar si cuadra la otra Nochebuena" (F.O. 13, 14). E, en relación con isto, a súa esposa, nada nunha localidade de Gondomar, no ano 1913, sinalaba que as mulleres preferían tomar anís. Este testemuño aparece confirmado polo doutra muller da mesma zona quen consideraba que o anís "era la bebida de mujeres". E ofrecía unha explicación do por qué de tal preferencia: Las mujeres tomaban mucho anís, porque es suave, ¿viste?, es más suave, más agradable" (F.0.17). Sen embargo, a esta muller en particular non lIe agradaba o anís porque dicía que "me cae mal", polo que recurría a outras bebidas tamén moi femininas: ó viño Sansón e outro que non se lembraba do nome, pero que "es paresido", e o poche, que lIe agradaba enormemente. (F.0.17) Así o recolle tamén, por exemplo, Valle Inclán en Cara de plata. Nunha pasaxe desta obra, unha vella de baixa extracción social "apura el pichel, morosa y deleitada (. ..) Es anís doble" (PORRUA, 1983, 202-203). Tamén Blanco Amor testemuña nunha das súas farsas a predilección feminina polo anís: cando dúas mulleres que facían un pranto din que se Iles figurara que falaba o difunto, outro personaxe lIes espeta que: "O que fala por vos é o cuartillo de anís que tendes no bandullo... " (BLANCO AMOR, Vol. 2, 1992, 235). Entre a Xente de aquí e de acolá, que recreou Alvaro Cunqueiro, se encontra a taberneira de Castro, "que era unha muller mui leda, mui branca, carnal, risoña. amiga do anís, mui louzá nos seus corenta cumpridos" (CUNQUEIRO, 1971, 49). Polo demais, en Corcubión, o usual nos veloiros era que as mulleres tomasen anís (F.O.4). 135


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Entre as mulleres de condición popular beber anís era algo relativamente usual. "As mulleres sólo tomaban o seu viño dulce e o anís, e ponche. Era a bebida delas", declaraba un home nado en Foz en 1925 (F.O.12). Claro que a adquisición de botellas de anís requerían polo menos unha certa disponibilidade económica e os sectores máis modestos "no se lo podían permitir" como dicía unha muller entrevistada (F.O.11). Polo menos non tanto como as restantes. Agora ben, se a mentalidade popular considera esta bebida case como un artigo de primeira necesidade, daquela podémonos atopar con mulleres labregas, pertencentes a familias francamente humildes que, non obstante, a mercan. E o caso dunha muller nada en San Martiño de Broño, concello de Negreira, no ano 1907, que declaraba: "Si a xente iba así a sachar, que antes sachábase muito así á legoña. Entonces había quen levaba un cacho de brona e unha botella de anís. E na agra sentábase a xente, comía un cacho de brona e máis bebía unha copa de anís. Non se andaba así co café como agora, agora levas café" (F.O. 6). Pero isto distaba de ser igualmente predicable para todas partes. Na zona de Ames, por exemplo, as mulleres labradoras non soían tomar anís mentres traballaban nas leiras. Así o contaba Josefa Domínguez Beade, os recordos do cal se remontan ós anos vinte: "e se cadra dábanche, tomadas así por riba de comer, cando tomábalo café,se cadra dábanche unha copiña de anís, ás mulleres; pero os día de festa, despois alá polos días de traballo nada" (F.O.5) As mulleres labregas de modesta condición, das que Josefina Domínguez é un expoñente claro, non podían consumir anises de marca se non os que se vendían a granel, de inferior calidade pero moito máis asequibles. Así, en Ames, os días de festa, "se cadra traían un litro de anís, pero dese corriente, que non era embotellado, era si anís que había suelto" (F.O.5). Polo demais, o anís soíase facer tamén nas casas, do mesmo xeito que o augardente e o licor café, como acontecía na de Virginia Ruibal, nada en Berres (A Estrada) no ano 1911. A maior abundamento, Manuel María Puga y Parga, máis coñecido como Picadillo, alude no seu célebre libro de cociña publicado en 1905, ó costume das mulleres das clases populares urbanas, expoñente das cales eran as criadas-cociñeiras de "zapatillas de estambre a cuadros verdes y negros, falda corta, vientre saliente y pañuelo de flores encarnado atado atrás"-, que tiñan que tomar "la matinal coma de anís" (pUGA Y PARGA, 1972, 171). O cabo, quizais non sexa desatinado pensar que a partida de anís que aparece inventariada no hospital compostelán a media-lo século XVIII (GARClA GUERRA, 1983, 448), fose para confortar ás mulleres doentes tratadas alí. Pola zona de Lousame, na segunda década do século actual, as mulleres que estaban de parto tomaban anís, que consideraban que era bo para a matriz, ou ben viño Sansón ou xerez (F.O. 16). Tamén en Francia as mulleres confesaban en público que non IIes agradaba o augardente puro, senón todo o máis licores doces como o cassis , kirsch, etc. (NOURRISON, 1990, 155). Moito máis insólito no medio popular campesiño era que as mulleres poidesen tomar coñac. Na consulta que fixemos dun bo feixe de obras literarias non apareceu ningún caso, o cal pode valer, aínda provisoriamente, como unha demostración a contrario. Polo demais, o imperativo sexista semellaba estar moi claro a este respecto. Unha cantiga proclamaba (CANTIGAS, 1974, 44), en efecto: "Si o río de Te fora de coñá, máis de catro mozos, irían alá". E a historia oral o ven confirmar. Unha muller que recorda a Galicia dos anos vinte, ó preguntárselle sobre as bebidas de mulleres dicía que: 136


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"No, as mulleres coñac non, (...) máis ben unha copa de anís, ou de Sansón o así e os homes tamén coñac, daquela tampouco non viña moito, se cadra máis ben (. ..) traíase unha botella de caña e botábanlle caña ó café, como se toma ahora tódolos días, eso era día de festas antes" (F.0.5).

CONSUMO ALCOHOllCO E FISIOLOXIA FEMININA Debemos si nal ar que as pecu liares esixenc ias da cond ición fem in i na, ti ñan tamén u ns requerimentos que se trasladaban ó eido do consumo alcohól ico. Tales condicionamentos da fisioloxía feménina facían, deste xeito, recomendable a inxesta alcohólica en determinadas ocasións, compensando así, en parte, a inferior dose que se Ile asignaba en consonancia coa súa pretendida condición de sexo débil. Con motivo, por exemplo, das dificultades ou desarreglos menstruais, algúns médicos do século pasado recomendaban distintos viños de certa graduación. Por outra banda, hai múltiples evidencias que amosan que o momento do parto era unha das ocasións nas que as mulleres podían beber, co gallo de sobreleva-Ias dores. Algúns médicos facíanse eco no século XIX do costume de tomar viño en tal trance. Felipe Monlau desaconsellaba o emprego de elixires alcohólicos, tanto na súa vertente de ingredentes nutritivos axeitados para tal intre como na de calmantes ou mesmo anestésicos. Esto último había quen 110 aconsellaba daquela ás mulleres, pero o hixienista barcelonés consideraba enteiramente preferible o cloroformo para tal cometido (MONLAU, 1865,417-419). Recurrir ó viño como recurso anestésico e confortador debía ser algo que acontecía con relativa frecuencia nos partos das mulleres aldeás na centuria pasada. Temos un exemplo deste costume na obra Los pazos de UI/oa. Cando o médico que atende no parto á delicada fidalga compostelana, esposa de don Pedro de Ulloa, expón as dificultades desta, derivadas do seu temperamento linfáticonervioso, o marqués apoiando con desalento o puño pecho na cabeza exclama: "-Estoy convencido -dijo enfáticamente- de que semejantes cosas sólo les pasan a las señoritas educadas en el pueblo y con ciertas impertinencias y repulgos ... Que les vengan a las mozas de por aquí con síncopes y despayos... Se atizan al cuerpo media olla de vino y despachan esta faena cantando" (pARDO BAZAN, T. 11, 1984, 286). Polo demáis, non era algo insólito que se lIes dese ás mulleres que viñan de parir viños de graduación; por exemplo, xerez. Así, en Foz, polos anos 1930-1953, tomaban viño doce Quinito (F.O. 12). Na xona de San Martiño de Braño (Negreira), aínda recientemente, era tradicional levar ás mulleres inmediatamente despois do parto viño Sansón (F.O. 6), como tamén na zona de Guitiriz nos coarenta e cincuenta (F .0. 1). Pola contra, non era considerado axeitado que tomasen augardente en tal circunstancia (F.O. 15).

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Historia da bebida e identidade femenina

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 141-149

LA VIDA COTIDIANA EN LOS PUEBLOS DEL BARBANZA EN LOS SIGLOS XVI, XVII Y XVIII Daniel M. BRAVO CORES Instituto de Bachillerato de Pobra do Caramiñal 15940 Pobra do Caramiñal RESUMEN: En base a diferentes fuentes de información (archivos parroquiales, escrituras, etc.) se

intenta reconstruir la vida cotidiana en el conjunto de pequeñas villas, puertos y aldeas de la zona del Barbanza (A Coruña), estudiando tanto instituciones civiles como eclesiásticas, así como temas más cotidianos del tipo de la vivienda y ajuar doméstico y relaciones de pareja. ABSTRAeT: Everyday life in the towns of the Barbanza in the XVI, XVII and XVIII centuries. Based on

difierent sources of information (parish records, deeds, etc.), everyday life in a group of small towns, villages and ports in the Barbanza (A Coruña) area is reconstructed. Institutions such as the church as well as more domestic topics related to housing and household furnishings and the relationship between married couples and household furnishings are studied.

Con demasiada frecuencia los historiadores han centrado su atención preferentemente en los episodios históricos más llamativos del pasado de los pueblos, quedando al margen las realidades del día a día, realidades a menudo rutinarias pero no por ello menos importantes, puesto que constituyeron los verdaderos latidos vitales de nuestros ancestros. En este artículo pretendo de algún modo cubrir esta pequeña laguna histórica, poniendo de relieve los cuadros más sencillos de la vida cotidiana de los pueblos y villas del Barbanza. Esta tarea presenta una primera dificultad relativa a las fuentes de información, ya que no existe ningún tipo de testimonio documental que trate específicamente estos asuntos. Por ello hemos de acudir a una serie de noticias de la más variada procedencia -archivos parroquiales, y escrituras varias del Archivo Notarial de Noia· que permiten esbozar unas breves pinceladas históricas que configuran los perfiles del cuadro que pasamos a exponer.

1- LA ORCANIZACION JURISDICIONAL y POLlTICA. El conjunto de pequeñas villas, puertos y aldeas del Barbanza constituía la Edad Moderna un verdadero mosaico de señoríos laicos, eclesiásticos, territoriales, jurisdiccionales ... , que se entremezclan al azar por toda la geografía de la comarca. Desde el Arzobispado de Santiago, hasta los señores de Xunqueiras, Priorato de San Xusto de Toxosoutos, Monasterio de S. Martín Pinario, Convento de S. Antonio del Xobre-Caramiñal, Deanes de la Catedral de Santiago, y multitud de pequeños señoríos laicos de menor entidad, poseían territorios y facultades jurisdiccionales que se concretaban en los derechos de percepción de rentas, participación en el cobro de diezmos 141


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("sincuras"), nombramiento de autoridades locales (regidores, jueces, escribanos, procuradores ...), administración de justicia, etc. Esto configuraba la estructura administrativa, política e institucional de la comarca, cuyos territorios estaban sometidos a leyes y obligaciones distintas, según el señorío al que pertenecían. Sin embargo, para el labriego, el marinero, o el "tratante" de a pie de aquella época, aquí como en el resto de Galicia, "el cerco parroquial no era sólo el centro de la vida religiosa, sino simplemente de la vida" [1], Y la parroquia constituía el marco de identidad y de referencia, y el eje organizativo de las más variadas actividades humanas. 2- LA VIVIENDA Y EL AJUAR DOMESTICO. Comenzaremos este acercamiento a la vida diaria de nuestro pasado por las moradas y los pertrechos domésticos. Los domicilios que alojan a los habitantes de los pueblos del Barbanza solían ser por lo general de una sola planta, o como rezan los documentos de época, "casa terreñas", de cubrición a dos aguas, siempre de pequeñas dimensiones (aunque en relación con las disponibilidades económicas de sus ocupantes). Los muros eran muy gruesos, generalmente de mampostería, y con refuerzos de sillar en ángulos y vanos, como se puede apreciar aún hoy las viviendas que se conservan. Conocemos el mobiliario a través de escrituras notariales de dos tipos: inventarios post-morten y contratos de dote [2]. Estos documentos muestran grandes diferencias en función de los caudales de cada familia. El mobiliario más común se reduce a varias camas, una o dos mesas con sus sillas y bancos de madera de pino, un número siempre considerable de "uchas" o arcas y arcones para las prendas de vestir, la ropa de casa, objetos de valor ... , y sobre todo los alimentos: cereales, carnes y pescados salados, etc. En viviendas de clases más pudientes (sacerdotes, tratantes, escribanos ...) era frecuente la existencia de uno o varios bufetes. Entre las piezas que componían el ajuar doméstico, las más usuales eran: sábanas de "lienzo de aldea", mantas"de burel", toallas, cobertores (con cierta frecuencia castellanos), manteles, servilletas, almohadas..., piezas generalmente confeccionadas con lino del país. En cuanto a los útiles de cocina, nunca faltan calderas de cobre "de sobre fuego", "picheles" de estaño, bacías para amasar el pan, "gramalleiras" de hierro, platos, fuentes, cuncas, escudillas ..., y aún en las casas más humildes era corriente encontrar loza de Talavera de la Reina. Es obvio decir que en las casas de las familias más acomodadas el ajuar se completaba con objetos votivos (crucifijos, imágenes sagradas, etc) u ornamentales de oro y plata como fuentes, jarrillas, platos, etc. .., cuadros, y excepcionalmente alguna biblioteca. 3- LA IGLESIA Y LA DEVOCION RELIGIOSA. La vida religiosa era la piedra angular de nuestra sociedad durante la época moderna, y estaba articulada en torno al templo parroquial. La práctica totalidad de las iglesias del Barbanza conocieron sustanciales ampliaciones (e incluso nuevas edificaciones) en el siglo XVI y en el XVIII, etapas de gran dinamismo demográfico en las que sus reducidas dimensiones fueron insuficientes [ 1 ] GOUBERT, P.: El antiguo Régimen. Buenos Aires. 1969, pago 109. [ 2 ] Los inventarios post-mortem son de una gran utilidad para el investigador por su notable precisión. Solían practicarse cuando, tras el fallecimiento del 2º conyuge, quedaban hijos huérfanos de corta edad, y tenían por objeto conocer el valor de los bienes heredados para adjudicar su administración a un tutor. Nosotros hemos estudiado un total de 167 inventarios del Archivo Notarial de Noia (ANN) relativos a los siglos XVI, XVII Y XVIII, Y los bienes que exponemos en el texto son los más citados en este tipo de protocolos.

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para acoger en su interior a una grey CrIstiana que se incrementaba por momentos. Estas ampliaciones son fácilmente detectadas en los muros de la mayor parte de estos edificios. El atrio de las Iglesias era el lugar donde se celebraban las reuniones para tratar asuntos, eclesiásticos o no, que afectaban a la comunidad: obras a realizar colectivamente, reparto de impuestos, lectura pública de disposiciones del Arzobispado o de las autoridades civiles, elección de cargos (alcaldes pedáneos, procuradores ...), etc. En las pequeñas villas barbanzanas era también el lugar donde se elegía a los alcaldes, procuradores y demás autoridades y cargos de la administración local. El máximo responsable eclesiástico de la parroquia era el cura párroco, o como se decía más corrientemente, "cura propio" o "rector". Sus funciones eran muy variadas: organ izar el culto, presidir los actos litúrgicos, velar por la enseñanza ortodoxa de la doctrina, organizar las diversas cofradías existentes en cada feligresía, supervisar las cuentas de los "Libros de Fábrica" (en los que se registraban los ingresos y gastos de cada parroquia), responsabilizarse del correcto asentamiento de actas en los libros sacramentales, imponer medidas disciplinarias a quienes hacían caso omiso a sus directrices ... Para ello contaba con la colaboración de varios sacerdotes subordinados a su mandato: coadjutores, capellanes, patrimonialistas, clérigos de órdenes menores, etc. A los religiosos les correspondía también la administración de los hospitales de la comarca: a principios del s. XVII el Cardenal Jerónimo del Hoyo menciona dos hospitales en Noia -uno dentro del recinto urbano y otro extramuros de la villa- y otros dos en las villas de A Pobra y O Caramiñal respectivamente. Naturalmente el número de clérigos era muy superior al de nuestros días. Sin tener en cuenta a los que profesaban en órdenes regulares, instituciones bien representadas en nuestra comarca (franciscanos de Noia, Pto. del Son, y O Xobre-Caramiñal, bernardos de S. Xusto de Toxosoutos ...), hemos calculado estadísticamente a través de 4 censos de población (Catastro de Ensenada de 1753, Comprobaciones del Catastro de 1761, Censo de Aranda de 1768, y Censo de Florindablanca de 1787) la relación 1 c1érigo/ 147 fieles, que no debe causar extrañeza si tenemos en cuenta que una feligresía de reducidas dimensiones, como Carreira, estaba atendida espiritualmente por 10 sacerdotes en 1787, y Olveira en 1768 por otros tantos [4]. La procedencia social del clero rural se situaba en las capas medias y bajas de la sociedad. Con mucha frecuencia su familia de origen era campesina, marinera, o procedía del artesanado de las pequeñas villas barbanzanas como A Pobra, Noia o Rianxo. En ocasiones, sin embargo, sus raíces eran mucho más lejanas: Portugal, de donde era originario D. Lorenc;o Domínguez, natural de Valenc;a do Minho y residente en la villa de Noia, quien allá por 1601 se afanaba en mover Roma

[ 3 ] HOYO, Jerónimo del: "Memorias .. " . 1608. Edición a cargo de Varela Jácome y Rodríguez González. Edit. Lib. Porto. Santiago 1968. Abundando en lo que acabamos de decir, D. Segundo Hombre, notario de Noia testimoniaba lo siguiente: ".. ante D. Julián Malvar, alcalde primero, presidente de la Corporación en la Sala Capitular del Ayuntamiento de Noya y de mí escribano, D. Salvador Manuel Rodríguez, presbítero vecino de Noya dijo que quedó vacante la administración de las rentas de los hospitales de adentro y fuera de la villa, y dispuso la corporación, en quien reside el patronato de ellos, convocar a los pretendientes y se eligió al presbítero dicho ... ". ANN Escrib. Segundo Hombre. Protocolos de 1839. Escrit. de fecha 3-VIII-1839. [ 4 ] Hemos tomado como muestra un grupo de cinco parroquias, y el nº de clérigos existentes en cada una de ellas es:

AÑO 1753 1761 1768 1787

Palmeira 5 4 7 7

Artes 2 3 4 3

Olveira 2 2 10 8

Corrubedo 2 1 1 6 143

Carreira 3 3 7 10

Total 14

13 29 34

Población 3834 2480 3466 3476


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con Santiago para obtener de la Corte madrileña una cédula de ciudadanía que le permitiese desempeñar cargos eclesiásticos en nuestra tierra [5]; Bilbao, de donde era natural D. Melchor Uriarte párroco de Palmeira en 1823, o Sto. Domingo de la Calzada, de donde procedían D. Jorge y D. Modesto Sanmartín sacerdotes adscritos a la parroquia del Caramiñal en 1822. Esporádicamente encontramos en las rectorales de la comarca a clérigos de alcurnia que deciden pasar sus últimos años lejos del mundanal ruido, como D. Manuel Acuña y Malvar en Carreira. El nivel de vida del clero se asemejaba al de los campesinos acomodados. Su sustento estaba asegurado por una variada gama de ingresos: donaciones de su propia familia (muy frecuente) l/para que viva con dignidad conforme a su estado ... I/, percepción de Primicias, Oblatas, Voto de Santiago, la producción de las propias fincas de la rectoraL., y sobre todo el cobro de los Diezmos, lo que aseguraba un status económico francamente desahogado, hasta el extremo de que los párrocos de Oleiros, Palmeira, Artes, o Carreira, por poner sólo algunos ejemplos, eran los mayores propietarios de sus respectivas feligresías [6]. A través de las disposiciones y mandatos de las Visitas Pastorales que periódicamente realizaban los enviados del Arzobispo, registradas en los Libros de Fábrica de los Archivos Parroquiales, podemos conocer multitud de escenas que conforman los cuadros más sencillos de la vida cotidiana de aquellas gentes, tanto en lo que se refiere a asuntos exclusivamente religiosos como de otra índole. Con estos mandatos se pretendía corregir el comportamiento de los feligreses, ajustarlo a los preceptos de la doctrina católica, y eliminar todo tipo de actos considerados indecorosos. Sin embargo la constante repetición de estas disposiciones es una prueba de su incumplimiento, y del arraigo de ciertas costumbres y pautas sociales. Algunas de estas ordenanzas afectan a la conducta y urbanidad que los fieles debían respetar en el transcurso de los actos litúrgicos: I/ .. que el rector recuerde a los fieles la obligación de asistencia a misa en días de oyrla, y que dentro de ella estén muy asosegados y no hablen alto, ni traten de negocios, y a los que fueran negligentes les multe y condene conforme a las constituciones del Arzobispado .. 1/ [7]; I/ .. que los fieles se dispongan separados los hombres de las mujeres: los hombres hacia la capilla mayor, y las mujeres desde el medio de la Iglesia hacia abajo.. // [8]; o cuadros tan actuales como 1/ .. que el cura no permita que los hombres oigan misa de las puertas afuera de la Iglesia .. //; o imágenes de una enorme frescura: I/ .. que no se permita la entrada al templo con gorro, redecilla, pañuelo en la cabeza, ni otra cosa de que resulte indecencia.. //, I/ .. que no permita tocar la gaita después del Sanctus.. //,[9] I/ . . . que no consienta que de aquí adelante se ensierre ni meta lino y lana de los diezmos ni otro ninguno dentro de la Iglesia como asta agora se a acostumbrado ..., por la indec;;:ensia y poco respeto que se tiene así a la Iglesia .. //, que los fieles (de Queiruga, 1680) I/ . . al cen el muro del atrio y pongan cancelas de suerte que no entren en él los animales inmundos .. //[l O]. En otras ocasiones se hace hincapié en las obligaciones de los sacerdotes, como sucede en 1651 cuando D. Gregorio de Velasco ordena al párroco la citada localidad I/ .. que enseñe [ 5] ANN. Escrib. Juan Núñez, prot. 1601. Escrit. de fecha 6-IV. [ 6 ] Archivo General de Simancas. Libros de Mayores Hacendados: Oleiros Libro 9º Fol. 5572 Artes Libro 1º Fa!. Palmeira Libro 9º Fol. 5752 Carreira Libro 4º Fa!. 2160 [ 7 ] Con cierta frecuencia este tipo de mandatos se vuelven rutinarios repitiéndose una y otra vez en casi todas las parroquias.Puesto que con frecuencia estos libros tienen la paginación ilegible, nos parece más oportuno mencionar el libro al que corresponde y el año de la visita pastoral para una mejor localización de las citas. Cuando se repita en varias parroquias sólo citaré un caso. La presente cita corresponde al Archivo Parroquial (AP) de Artes. Libro 1º de Fábrica. Visita de 1621. [ 8 ] AP Artes. Libro 1º fábrica. Visita 1676. [ 9 ] AP Palmeira. Libro 2º Fábrica. Visita 1738, y AP Artes Libro 3º Fábrica. Visita 1807 [ 10] AP Queiruga. Libro 1º Fábrica, Visita 1680.

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con todo cuidado la doctrina a sus feligreses .., y que publique estos mandatos en el primer día de fiesta .. " [11]. Tampoco escapaban alojo avizor de los vicarios arzobispales las situaciones de conflictividad matrimonial: " .. nos hallamos noticiosos de que algunos casados no hacen vida matrimonial con sus mujeres en grave ofensa de Dios .. , y para que se obvien semejantes escándalos manda que el cura los amoneste.." [12]. Otras veces las resoluciones atañen a la imagen pública de los clérigos. Así en 1740 el Visitador ordena " .. que el cura no pregunte la doctrina cristiana con pretexto alguno en su casa, especialmente a mujeres, y lo haga en la Iglesia y su atrio... No se permita a los clérigos decir sus funciones sin sotana, pelliz y bonete, y no vengan ni aún los de órdenes menores a romerías, ferias ... sin hábito honesto y con insignia, para que sean tratados con el respeto debido..." [13]. También normas a observar en desplazamientos a ciudades, donde lógicamente eran menos conocidos:" ..que todo cura, párroco o otro cualquiera que goce de fuero eclesiástico, cuando tuviera urgencia de pasar a la capital, lo ejecute con Abito Clerical, corona abierta, sombrero de teja o canal, y no redondo de copa alta, cuyo caso se le prohíbe en atención al demasiado abuso que se nota, y con el objeto de que se distinga de los legos. Evitando unos y otros las romerías, ferias, y otras juntas impropias al estado clerical, y si alguna vez lo hicieren sea con alzacuello y ropa decente, pero no de montera, chaqueta, chaleco de color, ni sombrero de copa alta, lo mismo que observarán en los lugares de sus domicilios .. "[14]. En otros casos los mandatos ponen en evidencia que superstición y antiguas prácticas paganas perviven en una siempre difícil simbiosis con el catolicismo. Así reiteradamente se prohíbe que " ..a título de devoción se ponga a las imágenes de los santos cintas, escapularios, pendientes y cruces atadas al cuello y a los brazos .., de manera que se destierre el demasiado abuso que se advierte en este punto.. ", o que " .. ningún cura exorcise en público o en privado .. "[15]. También fiestas y romerías fueron objeto de atención e inspección. Como muestra citaré uno de los mandatos de la Visita de 1724 a Artes, que se repite asiduamente en otras localidades: " ..que ninguna persona tenga de noche en su casa hiladas, pandeiradas, ni otro motivo de concurrir hombres y mujeres, ni los molineros los consientan de noche en los molinos, sino que unos y otros los despidan al anochecer con pena de un ducado por la 1ª vez, y de dos ducados por la 2ª, y a la 3ª de el cura aviso para enviar ministro y tomar más severo castigo .. "; " ..que ningún hombre ni mujer trabajen en los días de fiesta, ni hagan juramentos, ni echen maldiciones .."[16], o cuando en 1619 se ordena al cura párroco de Carreira " ..que no se case persona alguna que no conozca la doctrina cristiana, y examinará el rector de quando en quando a las muchachas para ver como van aprovechando en aprenderla .. " [17]. Los mandatos de las Visitas Pastorales recordaban así constantemente la obligación de cumplir los preceptos de la Iglesia Católica, al tiempo que la capacidad de imponer disciplina se veía materializada con medidas pecunarias y de otra índole. Así lo advierte el Visitador D. Gregorio de Velasco a los vecinos de Queiruga en 1651: "Los que debieren a la dicha iglesia qualesquier maravedises u otras cosas los paguen dentro de quince días, y si pasados no lo cumplieren, el cura

[ [ [ [ [ [ [

11 ] 12 ] 13] 14 ] 15 ] 16] 17]

Ibidem. visita 1651. AP Artes. Libro 2º Fábrica, Visita 1733. AP Palmeira. Libro 2º Fábrica, Visita 1740. AP Artes. Libro 3º Fábrica, visita 1807. AP Artes. Libro 2º Fábrica, Visita 1766. AP lb. visita 1724. AP Carreira. Libro 1º Fábrica. Visitas de 1619.

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los ebite de los oficios divinos .."; en la misma localidad repiten la orden D. Fernando de Ozores en 1655, y D. Pedro Valdés en 1664 [18]. En 1740 se previene a los vecinos de Palmeira: " .. a los que cogieren argazo en domingo o cualquier otro día de fiesta se les multe con dos reales de vellón si es la vez primeira .. "[19] . Estas multas menores suponían un acicate para los fieles, y sus cuantías solían destinarse a la compra del aceite para la lámpara del Santísimo Sacramento. La disciplina era mucho más severa en caso de usurpación de bienes, derechos o propiedades eclesiásticas. En este caso la Iglesia esgrime un arma contundente: la excomunión. Es lo que sucedió en el puerto de Sta. Uxía en 1552, cuando varios vecinos intentan apropiarse de fincas pertenecientes a los canónigos de la Colegial de La Coruña, lo que provoca una carta de excomunión paulina redactada en términos ciertamente estremecedores. Después de insistir en la obligación de restituir los bienes, el texto reza: " .. si permanecieran en rebelión y excomunión, mandamos a los clérigos y personas eclesiásticas que los domingos, fiestas y días solemnes, a altas voces y con campanas y esquilones repicados a modo de alboroto, los denuncien por públicos excomulgados, y teniendo en vuestras manos candelas de cera las monteis en agua bendita para echar los demonios que los han endurecido .. ; y si muriesen en tal estado, lo que Dios no quiera, no los sepultedes en lugar sagrado, agades oficio ni beneficio de Sta. Madre Iglesia .. , y todos los vecinos ycomarcanos participedes, ni les deis fuego ni agua, saludo ni palabra, antes los esquivedes y apartedes. ¡Malditos sean ellos y las mujeres que con ellos se acostaren, y el fruto que de ellos saliere, amen!. ¡Malditos sean ellos, y las calzas, <;apatos, pantuflos y borceguíes que calzaren, Amen! [20]. La rutina de la vida cotidiana aparecía ocasionalmente alterada por acontecimientos que despertaban un inusitado interés en aquellas sencillas gentes. Uno de los más celebrados tuvo lugar en la villa de Noia, coincidiendo con la festividad de Nuestra Señora de 1581. Aquel día reunidos en el atrio de la Iglesia de S. Martín " .. Ios señores Vázquez da Ponte e Fernando Núñez da Ponte, alcalde e vecinos desta villa, hermanos del ilustre señor D. Pedro de Paz capitán de Caballos Ligeros en los exércitos del Rey D. Phelipe Nuestro Señor, y estando ajuntados la mayor parte de los vecinos, los frailes de S. Francisco, y los muy reverendos señores Fray Francisco Blanco, Guardia de dicho Monasterio, y el Bachiller Juan Gonzalez rector de la villa, dixeron que el señor capitán D. Pedro de Paz residiendo en los Estados de Flandes, e Bolonia, e Nápoles, y otras partes le fueron dadas muchas santas reliquias, y entre ellas dos cabezas de las honze myll virgenes, las quales el señor capitán como buen amigo de su patria las abía mandado con sus bulas y cartas para que una de las dichas cabezas la diesen al dicho Monasterio de S. Francisco de la villa de Noya en donde estuviese perpetuamente, la cual venía engastada en un medio cuerpo de madera dorado y gravado con un beril, y por la parte de atrás tenía una puertesita con un candado y llave. El Padre Guardián recibió la imagen, se dijo misa cantada y sermón, y acabada la misa el Padre Juan Bautista abrió el candado, sacó de dentro la cabeza de la virgen, dióla a besar a muchas personas, y la tornó a meter en dicho cuerpo, y se puso en el altar mayor.. " [21]. Fue necesario desplazarse a Madrid para recoger las reliquias, donde el capitán Paz las había dejado antes de trasladarse a Nápoles. Las relaciones personales entre miembros del clero no siempre se ajustaban a los preceptos de amor y hermandad que ellos mismos predicaban, y en alguna ocasión la cosa quedó en algo más que simples palabras. Así en 31 de Agosto de 1581 D. Pedro Horduña párroco de S. Martín de Lesende compareció ante el notario D. Benito López para " .. requerir al Bachiller Gonzalez, clérigo y rector de la villa de Noya por quanto podrá haber un año poco más o menos que el dicho rector, en la Iglesia de Sta. Mª la Nueva, delante de Nuestro Señor, del pueblo, y de ciertos clérigos, me [ 18 ] [ 19] [ 20] [ 21 ]

AP Quei ruga. Libro 1º Fábrica. Visitas de 1651, 1655 Y 1664. AP Palmeira. Libro 2º Fábrica. Visita 1740. Archivo Histórico Nacional. Sección Clero. Libro 3073. Archivo Notarial de Noya (ANN). Escrib. Benito López. Protocolos de 1581, Fol. 420.

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afrontó públicamente y me llamó desbergonzado, y puso manos en mí Ilebandome a rastro y a empujones, asiéndome por el collar de la sotana, y diciendo que me diese preso ..., y no contento con esto, ayer 30 de Agosto deste presente año, en el mismo lugar me afrontó acabando de dezir misa, y biniendo del altar se fué tras mi por el atrio insultandome por muchas veces... y deciendo cosas tan feas, que los testigos que al presente estaban se fueron espantados y se salieron santiguando por las puertas de la Iglesia... , y siendo como es hombre mal empalabrado, y que riñe con todos dondequiera se halla, como sucedió con Juan Saborido, clérigo de S. Martín, le requiere.. "[22]. 3- RELACIONES DE PAREJA Y MATRIMONIO. De la lectura literal de los documentos se desprende que las relaciones de pareja estaban bajo constante vigilancia social y eclesiástica. Al menos esto es cierto en teoría, y de hecho hemos visto en el capítulo anterior algunas disposiciones que apuntan hacia una cierta actitud intolerante en estas cuestiones. Sin embargo existen variados indicios que nos llevan a pensar que aquella sociedad era bastante más permisiva en estos asuntos de lo que parecen testimoniar los documentos, lo que por otra parte estaría en consonancia con las costumbres sociales de los demás reinos de la Corona, probablemente las más "Iiberales" de Europa en lo que estos aspectos atañe. Las posibilidades de relación, escasas en días laborales por las diferentes ocupaciones de mozos y mozas, eran mayores en los días de asueto -domingos y celebraciones ecclesiásticas-, y singularmente en romerías y fiestas de los molinos ("muiñeiras"> muñeiras), en las que jóvenes de ambos sexos danzaban al son de pandeiradas interpretadas por grupos de gaiteros, desbordando alegría, y creándose las circunstancias adecuadas para transgredir las fronteras de la promiscuidad. Esto induce a la Iglesia a intentar poner coto a este tipo de festejos, con diferentes normativas de las que ya hemos mencionado algún ejemplo. En una sociedad en la que apenas se practican métodos anticonceptivos, las relaciones íntimas extramatrimoniales quedan perfectamente reflejadas en el registro de niños ilegítimos. El estudio de los archivos de Carreira, Olveira, Palmeira, Queiruga y Pta. del Son, permite constatar que la ilegitimidad tiene valores relativamente reducidos en el siglo XVII: los hijos "naturales" representan menos de 1% del total de los nacidos. Sin embargo los valores se incrementan en la siguiente centuria alcanzando las cotas más altas en las últimas décadas del siglo XVIII y sobre todo en el XIX: valores que superan el 3%, y que en algún caso como Palmeira se acercan al 7% en el período 1800-1850 [23]. Parece evidente una estrecha relación entre ilegitimidad y emigración, ya que es ahora cuando la comarca registra importantes movimientos migratorios de componente casi exclusivamente masculino, lo que implica la existencia de un fuerte celibato femenino, o lo que es lo mismo, de un número creciente de mujeres que nunca contraerán matrimonio. En consecuencia no es de extrañar que algunas apuesten voluntariamente por la procreación aún fuera del cauce matrimonial y a pesar de las consecuencias sociales de tal proceder, con el fin de tener alguien que las cuide en la vejez. No es casual que Palmeira, la localidad barbanzana de mayor vocación migratoria, sea quien presente los valores de ilegitimidad más altos. Pero sea esa la causa -la necesidad-, o bien la permisividad sexual, lo cierto es que las relaciones íntimas fuera de la institución matrimonial eran un hecho. En la sociedad barbanzana de la Edad Moderna el enlace matrimonial se interpreta más como un contrato, en el que los tutores (padres, hermanos, tíos ...) de los novios desempeñan un cometido [ 22 ] ANN. Escrb. Benito López, Prot. 1581, Fol. 429. [ 23 ] Según los datos obtenidos en los libros sacramentales, en Palmeira se registran en el período 1800-1856 un total de 2551 nacimientos, de los que 176 son ilegítimos.

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singularmente importante, que como resultado de unas relaciones "normales" de noviazgo en régimen de libre elección de pareja. Prueba de esta conciencia contractual son las numerosas escrituras notariales de compromiso matrimonial y de dote, en las que se explicita que los padres de los contrayentes -o bien sus hermanos, amos, o sus tíos, cosa frecuente si eran sacerdotes-, han llegado a un compromiso por el cual los tutores de la futura esposa ofrecen determinados bienes materiales o una cantidad en metálico, en concepto de dote " ..porque las cargas del matrimonio son buenas de resibir y malas de sustentar... " Una vez alcanzado el acuerdo, sellado bajo fe notarial como acabo de reseñar, se procedía a la lectura pública de las amonestaciones de rigor en las misas dominicales de mayor concurrencia, conforme a los preceptos de la normativa católica. Si no existían impugnaciones al proyecto matrimonial, se procedía a su ejecución. Un aspecto de gran interés en la distribución de los matrimonios a lo largo del año. El estudio de una docena de archivos parroquiales demuestra que las ceremonias matrimoniales presentan cifras mínimas en dos períodos: los meses de Marzo y Abril, coincidentes con el ascetismo, penitencia y austeridad religiosa propias de la Cuaresma, y la época estival, de Junio a Octubre, cuando las tareas de la cosecha, el incremento de las actividades pesqueras merced a la bonanza climatológica, y las migraciones a las siegas de Castilla, exigen una mayor dedicación, y dejan poco tiempo libre a otros menesteres. Por el contrario los meses invernales -Diciembre, Enero y Febrero-, y el mes de Mayo, a caballo entre la Cuaresma y la cosecha, parecen más propicios para la celebración de las ceremonias nupciales. En conclusión el ritmo de la distribución de los matrimonios estaba sujeto a factores de orden rel igioso y de orden laboral. Las nuevas metodologías y la estadística permiten conocer comportamientos íntimos, hasta hace poco tiempo vedados al investigador. El estudio de los intervalos temporales entre el nacimiento de cada hijo - que los demógrafos denominan "intervalos intergenésicos"- dejan constancia de la existencia de prácticas anticonceptivas muy rudimentarias, pero que imprimen sus secuelas al menos a nivel estadístico, como la prolongación del período de lactancia. La distribución de los nacimientos en los meses de año, y el cálculo del ritmo de las concepciones (la concepción, como bien es sabido, tiene lugar nueve meses antes del parto), revelan aspectos tan reservados como el ritmo de las relaciones íntimas de la pareja. Las concepciones presentan unos mínimos muy acusados durante los meses de Marzo, Abril, e incluso Mayo, coincidentes una vez más con la Cuaresma, lo que demuestra que la austeridad religiosa se vive de un modo tan profundo que afecta al comportamiento de los matrimonios, inhibiendo las relaciones sexuales hasta su práctica desaparición. La sexualidad se reduce también durante el verano, debido una vez más a cuestiones laborales. Por el contrario los máximos tienen lugar durante los meses de Enero-Febrero, Junio y Octubre, momentos de ralentización de las actividades laborales. En resumen, y como ya habíamos visto en los matrimonios, concepciones y relaciones sexuales estaban también reguladas por factores rel igiosos y laborales. Dado el primitivismo de los métodos anticonceptivos de la época, con frecuencia las relaciones extramatrimoniales concluían en situaciones harto embarazosas, sobre todo si el protagonista tenía la condición de casado o clérigo. En estos casos era casi obligado un arreglo entre las partes al objeto de evitar engorrosos procesos judiciales y males mayores. A tenor de las cifras que se barajan más frecuentemente en las escrituras notariales, dicho "arreglo" ascendía a mediados del s. XVII a la suma de 25-27 ducados, equivalentes a 275-297 reales de vellón, aunque excepcionalmente podía llegar a los 48 ducados. Las siguientes escrituras ilustran lo que acabamos de explicar. "En la villa de Noya, a 21 de Octubre de 1668, ..Alberto Gonzalez y su hija María, vezinos del Obre y la hija mayor de los 25 años, dijeron que Domingo Ribeiro, estudiante, vezino de Abanqueiro, bajo promesa de matrimonio abía tenido con María excessos y cópula carnal, y del estaba al presente 148


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preñada de siete meses más o menos, y aora por ber que Domingo Ribeiro hes tal estudiante, y quiere pasar con sus estudios adelante para ser sacerdote de misa, y Mª por no impedirle su buen propósito e intención, por esta escritura se aparta de cualquier acción y de palabras que le hayan dado, y también su padre, y le dejan libre con la condición de que el niño o niña que naciere... Ie ha de recibir por suio propio, y darlo a criar por su cuenta y riesgo para siempre jamás. presente Juan Ribeiro, hermano de Domingo, dijo que acepta la escritura, y por razón de lo necesario para el parto pagó a padre e hija 27 ducados en un doblón de oro .. "[24]. "En la villa del Caramiñal a dos de Febrero de 1661,...Jácome de Vilachán, labrador de Boiro, y Dominga do Río su hija soltera de una parte, y de la otra Juan González el mozo, labrador vezino de Rianjo.. , dijeron que por cuanto Dominga había hestado sirviendo a Juan Gonzalez, abía cosa de seis años más o menos, le persuadió por diversas vezes a que con él tuviese excesso y cópula carnal, y debaxo de prometimientos y halagos, .. y por la fraxilidad de la carne, con ella tuvo exceso y cópula, y del parida preñada desde abía como quatro o zinco meses; por lo cual la Justicia de la Villa de Rianxo debaxo de denunciación o de oficio prosseden contra los dos, y atendiendo que Dominga estaba en su flor y birxinidad, i abía comido su pan serviéndole con todo cuidado en las labores de labrador... , Domingo Gonzalez se obliga a pagar a Dominga do Río veinte y cinco ducados de vellón, la mytad dellos para la Navidad primera que viene, y la otra mitad para Pascua de Flores de 1662 ... , y con condición que al tiempo que Ntro. Señor fuese servido dar fruto de bendición a la Dominga do Río, sea niño o niña, lo ha de ressebir Juan Gonzalez por suio y criarle y alimentarle como tal, y le a de levantar del paridero con todo lo necesario conforme a su calidad so pena que no lo haziendo sea aprem iado por rigor de Justicia..." [25]. Las escrituras de dote son documentos notariales muy abundantes en la Edad Moderna. En ellas se establecen las condiciones económicas en que ha de celebrarse el matrimonio, condiciones y cláusulas que se comprometen a cumplir los tutores de los contrayentes, es decir la dote correspondiente a la novia, y los bienes que el novio aporta por la "vía de arras". El que la escritura sea rubricada por un notario, y los términos jurídicos empleados en estos documentos, convierten a las escrituras de dote en contratos con plena validez jurídica, e indirectamente imprimen al matrimonio ese carácter contractual al que nos hemos referido en el texto. Veamos algún ejemplo. El 20 de Diciembre de 1711, se reúnen en Cespón un matrimonio perteneciente a la pequeña nobleza rural, D. Juan de Caamaño Figueroa y Soutomayor, dueño de la Casa de Ribademar, y su mujer Dña. María Romero de Caamaño, y acuerdan con un acomodado labrador de nombre Francisco de Cespón, el matrimonio de sus hijos en los siguientes términos "tenían tratado y ajustado el que se hayan de casar y thomar estado de lexítimo matrimon io entre Francisco y Antonio, hijos lexítimos de Francisco de Cespón, que le han quedado del matrimonio que tubo con Josepha Pereira su muger, con Dña. Isabel y Dña. Dominga Romero de Caamaño, hijas de D, Juan y Dña. María, y que con todos dichos sus hijos lo tenían hablado, consultado y comunicado, quienes estaban prestos a obvedecer a sus padres... , y para que las cargas del matrimonio sean más bien sustentadas...Ios dichos D. Juan y Dña. María ofrecen en dote: dos vestidos a cada una, uno de festío y otro de cotío, dos uchas (arcones) de castaño, un bufete, diversos pertrechos domésticos menores, cuatro cargas de millo maíz, un carro ferrado, un territorio de 26 ferrados distribuídos en doce leiras, una casa. Francisco de Cespón dijo que no se halla con más hijos ni herederos, y que era su voluntad que sus hijos partiesen sus bienes y herencia entre los dos, y el se compromete a que en adelante no hará ninguna donación más a uno que a otro, y lo ofrece todo por vía de arras.. , y si cualquiera de las partes rompiere el compromiso y no se quisiere casar, pague a la otra 5 ducados .. " [26].

[ 24 ] ANN. Escrib. Domingo Antonio Figueraa Hespaña. Prot. 1668. [ 25] ANN. Escrib. Alvarez de Romay, Prot. 1661. [ 26 ] ANN. Escrib. J. Benito de Torres, Prat. 1711.

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 151-164

ACERCAMIENTO AL ESTUDIO DE LA NOBLEZA GALLEGA COMO PROMOTORA DE OBRAS ARTISTICAS. LOS ANDRADE EN EL SEÑORIO DE PONTEDEUME (SS. XIV - XVI) Paz VARELA CAMPOS

CI Vizcaya,

37 - 2º 15007 La Coruña

RESUMEN: Centrándonos en el contexto de la Baja Edad Media gallega y tomando como ejemplo al linaje de los Andrade y las obras por ellos encargadas en Pontedeume, pretendemos estudiar el papel de la nobleza como promotora de obras arquitectónicas y escultóricas y el sentido que tienen las mismas como distintivos sociales, así como las actitudes ante la muerte y el más allá. ABSTRAeT: Approach to study of the galician nobility as promoter of art works. The Andrade in Pontedeume (ss. XIV-XVI). Centering us about the context of the Galician down midle age and taking

as example the Iinage of the Andrade and the works entrust by them in Pontedeume, we have atempt to study the role of the nobility as promoter of arquitectonics and sculturals works and the sense that they have as socials distintives, as well as her attitudes before the death and the further away.

El estudio de la nobleza Bajomedieval como promotora de diversos tipos de construcciones así como de aquello que nosotros llamamos obras de arte, podría hacernos pensar que existe en ella un papel de mecenazgo, pero a poco que observamos detenidamente este fenómeno podremos darnos cuenta de lo equivocado que resulta aplicar dicho término en el contexto en el que nos movemos. Ello resulta evidente cuando intentamos acercarnos a lo que podríamos denominar "código de pensamiento" de este grupo, y buscar el sentido que podría tener dentro de este código el impulso constructor de estos nobles. Así pues, más que demostrar lo limitado del término "mecenazgo" aplicado a la nobleza gallega de los siglos XIV y XV, intentamos adentrarnos en un estudio que nos lleva a observar su pensamiento y comportamiento sin desvincularnos de la sociedad del momento. Para llevar a cabo este análisis hemos de tener en cuenta varios tipos de construcciones las que los nobles gallegos son los principales promotores. Estas son: torres y castillos, puentes y hospitales, iglesias y monasterios, y finalmente sus propios sepulcros [1]. En todas ellas podemos observar una serie de "implicaciones directas", es decir su función, su papel social; e "implicaciones indirectas", su significación como algo promovido por un grupo concreto, en otras palabras su sentido como una manifestación que responde a un comportamiento que, en última instancia tiene su razón de ser en un código de pensamiento como es el de la nobleza. [ 1 ] Este trabajo constituye una síntesis mi tesis de licenciatura, La imagen del noble en el Arte a través del ejemplo de los Andrade (ss. XIV, Xv, XV!), dirigida por el Doctor D. Manuel Nuñez Rodríguez y presentada en la Universidad de Santiago de Compostela en Septiembre de 1989.

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TORRES Y CASTILLOS Conviene comenzar haciendo mención a las características que definen las torres y castillos aquí estudiados que se incluyen en la etapa cronológica que abarca desde la llegada de Enrique de Trastámara hasta la subida al poder de los Reyes Católicos, es decir, desde fines del siglo XIV hasta los comienzos del siglo XVI. Las fortificaciones de este momento adquieren un carácter más privado, su poderío es mayor debido en cierto modo al poder que los Trastámara concedieron a sus nobles, y que posteriormente sería recortado por los Reyes Catól icos. Además de ello podemos observar una diferenciación entre dos tipos de construcciones asociadas a dos tipos de ámbito. Por un lado, un tipo de edificaciones asociado a un mundo "urbano" que lleva consigo un carácter palacial unido al carácter defensivo, y por otro lado una arquitectura asodada al ambiente rural a la que responden las torres raqueras. En este sentido, es importante tener en cuenta el auge que empieza a tomar en estos últimos siglos de la Baja Edad Media el modo de vida urbano el cual también tendrá su reflejo en las construcciones de tipo monástico vincul{das en mayor medida a este ambiente así como el auge de las órdenes mendicantes que llevan consigo un mayor acercamiento entre el mundo laico y el clero. Todo ello parece ser muestra de ciertos aires de renovación que de hecho, podrían suponer los primeros pasos del fin de una época y el comienzo de otra, es decir el paso de la Edad Media a la Edad Moderna. Este tipo de construcciones más que ser elementos de defensa, son puntos a defender y así lo dice Salazar y Mendoza en su obra El Cronicón del Cardenal Oon Juan de Tavera (COOPER 1980: 738): " ... los hombres habían de defender a las fortalezas y no las fortalezas a los hombres ... ". Por ello podría ser más acertado contemplar y analizar esta arquitectura como algo pensado para un modo de vida concreto y concebida Como un símbolo más que una edificación especializada y destinada únicamente para funciones de ataque y defensa. Sin embargo, y pese a lo que acabamos de afirmar conviene comenzar por destacar los elementos defensivos de este tipo de arquitectura dado que esta es una de las funciones que caracteriza a la nobleza del momento. En primer lugar, hay que hacer referencia a determinados factores (espacios, elementos y disposición de los mismos), que revelan la función castrense de tales edificios y tratarlos individualmente, aunque en la práctica forman un conjunto. La creación de espacios determinados hace pensar en el desarrollo de unas actividades concretas para las cuales son necesarias dependencias con unas características apropiadas. Con respecto al caso concreto de las actividades militares, se han creado en los castillos lugares como el paseo de ronda, la plaza de armas, el recinto de dependencias destinadas a la gente de armas, o la propia torre del homenaje que si bien en este momento es un recinto eminentemente señorial, tenía en su origen una función militar importante dentro del conjunto del castillo. Cooper hace derivar la torre de homenaje del "KEEP" inglés, una unidad que concentraba toda la defensa del castillo, lo cual, lejos de ser beneficioso, perjudicaba puesto que facilitaba la invasión, y el castillo quedaba defendido únicamente por la torre (COOPER 1980: 625-626). La solución era el abandono del Keep y distribuir los elementos defensivos en las murallas del recinto. En Castilla no se abandonó la torre y, a pesar de no ser el único punto estratégico del conjunto, era la parte más protegida al disponer de muros más gruesos, accesos complicados, disposición de saeteras en los muros; la torre era, en definitiva, el recinto señorial por excelencia. Por otra parte la existencia de elementos defensivos está presente en todas las zonas del castillo. Es el caso de la creación de un foso que no falta en este tipo de construcciones, o de un muro que lo rodea haciendo de parapeto. En lo que a los muros se refiere, hay que apuntar características como 152


Acercamiento al estudio de la nobleza gallega como promotora de obras artisticas. Los Andrade en el señorio de Pontedeume (ss. XIV - XVI)

el grosor (mayor en los muros exteriores que en los tabiques internos) y el mínimo desarrollo de vanos. Las saeteras situadas en los muros estratégicamente y en relación con ventanas, accesos, o puntos fácilmente atacables, cumplen una función defensiva y de vigilancia. Por último en la disposición de cada una de las dependencias y de los elementos se busca la complicación de los accesos; así, por ejemplo, la creación de salidas secretas o la disposición de las entradas en niveles distintos y no alineados, responden a una búsqueda de invulnerabilidad. Recordemos también que la torre del homenaje presenta la entrada a un piso elevado y nunca alineada con la correspondiente del castillo. Es más, en algún caso el acceso a la habitación del señor sólo es posible a través del paseo de ronda, por ejemplo en Moeche. Con relación a la variedad tipológica de los castillos, podríamos establecer una diferenciación entre ellos teniendo en cuenta la situación que se ha elegido para su emplazamiento. Un carácter eminentemente defensivo posee la Torre de Noguerosa, no sólo por su ubicación sino también por sus dimensiones y por el mínimo desarrollo de las dependencias domésticas. En ella se concentran los elementos propios de una construcción defensiva y la capacidad para albergar gente no es demasiada. Si nos atenemos a la clasificación de Lampérez y Romea, podríamos incluirla en ese tipo de fortificaciones que son un desarrollo de las antiguas torres defensivas definidas prioritariamente por el carácter militar. El mismo aire defensivo se puede ver en la torre de Narahío aunque esta tiene mayores dimensiones y posee todavía restos de una división espacial en su interior. Ahora bien, en ambos ejemplos se observan características afines:

a.- En cuanto a su emplazamiento, las dos se sitúan sobre un espacio rocoso de tal forma que incluso medio natural y edificio parecen ser una unidad por lo que son llamados castillos "roqueros". La roca sobre la que se asientan es una defensa natural que dificulta al acceso y que en algunos puntos del edificio hace innecesario el foso.

b.- Ambas torres están situadas en relación a puntos concretos de vías de acceso; en el caso de Narahío se domina, además del valle, un punto determinado, el meandro de un río; el de Noguerosa defiende el valle desde lo alto controlando la desembocadura del Eume en el mar. c.- Por último puede apreciarse una semejanza en sus torres cuyos vanos se reducen a puerta de acceso, ventana en la dependencia señorial, y saeteras que existen en los cuatro muros de la torre. Un aspecto más señorial se puede apreciar en los castillos de Pontedeume y de Moeche, principalmente en el primero. Junto a esto, Narahío y Noguerosa tienen sus torres a mayor altura que las restantes dependencias del edificio frente a lo que ocurre en Moeche, donde la torre está al mismo nivel aunque sea el recinto que alcanza mayor altura en todo el castillo. Un mayor equilibrio entre ambos aspectos, defensivos y civiles, presenta el castillo de Moeche. Su situación parece responder, principalmente, a la de un castillo señorial, aunque también adquieren gran importancia en él los elementos defensivos. Aquí, las dimensiones son mucho mayores, permitiendo su amplitud una mayor división interior. Este aspecto es reforzado por su emplazamiento que parece pensado en función del papel que desempeña en el dominio señorial, visualizando desde la cabecera del valle los dominios del señorío. Hasta aquí, los castillos que se sitúan en el medio rural, con funciones civiles y funciones defensivas desarrolladas en mayor o menor medida y cuya planta presenta formas totalmente irregulares. Es justamente en este aspecto en lo que hemos de fijarnos a la hora de equiparar estos edificios con el de Pontedeume. La Torre de Pontedeume es lo que queda de un conjunto que constaba de dos partes bien diferenciadas, la fortaleza o construcción defensiva, y el palacio. Ambas estaban unidas y formaban parte del mismo edificio, sin embargo, en planta eran muy diferentes;

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respondía al plano de la parte palacial a un esquema regular no sólo en la forma de los muros exteriores, sino en las dependencias interiores dispuestas alrededor de un patio porticada, mientras que la parte acastillada, en el centro de la cual estaba la torre del homenaje, presenta en planta una gran irregularidad que no se limita a los muros exteriores sino también a los interiores. Sería fácil pensar que esta irregularidad responde a una adaptación al medio topográfico, sin embargo es una respuesta que se queda a medio camino, pues la topografía podía ser transformada y de hecho así ha sido en muchas construcciones. El hecho de que un edificio como el de Pontedeume presentara una diferenciación de planta en el mismo conjunto, y que las demás construcciones (como los castillos estudiados, en los que lo defensivo y lo civil se incluyen en el mismo recinto) no presenten dicha diferenciación, hace pensar, en el recurso a la irregularidad como medio de crear una complejidad espacial para la parte defensiva. Todo parece indicar que se aprovecha la topografía para construir plantas irregulares en este tipo de construcciones, lo cual descartaría la presencia de plantas irregulares como exigencia ineludible de un medio físico accidentado. Las muestras evidentes de que el desarrollo de actividades guerreras o relacionadas con las armas se llevaban a cabo en este tipo de edificios, revelan una de las características de estas construcciones, hasta el punto de que dichas muestras han servido para definir los castillos como construcciones militares. Sin embargo, es necesario aclarar que las características de las que hablamos se incluyen en edificios propios para el desarrollo de la vida cotidiana, lo cual lleva a pensar hasta qué punto el ejercicio de las armas y la necesidad de defenderse y proteger los dominios en es algo intrínseco al grupo social que estamos tratando, la nobleza y a su propia vida. Es cierto que hablamos de una época en la que existen multitud de disputas entre las diferentes familias nobles y que el ataque al castillo suponía el ataque al señorío, y por tanto un duro golpe para el linaje si este era derrotado; pero este fenómeno más que definir un época, define a una nobleza de caballeros, es decir, hombres de armas que en este momento poseen un poder prácticamente ilimitado sobre sus vasallos; y hombres que destinan sus energías a la práctica frecuente de la guerra. En líneas generales, el estado ruinoso en que se encuentran la mayoría de estos edificios hace difícil una valoración precisa de su distribución espacial, resultando lícito pensar que se persigue, en la mayoría de los casos crear ámbitos destinados al desarrollo de actividades que podríamos definir como cotidianas pero desde dimensiones mínimas por su función estratégica y circunstancial, atendiendo prioritariamente a crear estructuras inexpugnables. El hecho de que las divisiones interiores se realizaran en madera, si bien se conservan en las cortinas las huellas de los diferentes pisos, dificulta el conocimiento de la posible distribución de las dependencias en sentido horizontal. Así pues; es necesario destacar que todas las hipótesis que plantearemos a continuación se basan en los diferentes tipos de elementos arquitectónicos que se han quedado en los muros, los cuales funcionan como verdaderos testigos, aunque en algunos casos, como en Narahío, ni siquiera los muros son muy indicativos. Por todo ello, se realizará el análisis de la distribución de las dependencias domésticas en base a una disposición vertical, puesto que, como se ha dicho más arriba, no disponemos de pruebas que avalen un estudio horizontal. En líneas generales podría hacerse la siguiente distribución: en la planta baja, estaría el "área de servicio"; por otro lado, estancias como comedores se situarían en la segunda planta; es aquí donde los dos ejemplos que nos han dejado prueba de ello, el castillo de Moeche y la torre de Pontedeume, sitúan sus chimeneas. En todos los edificios estudiados, existen restos de un elemento funcional pero su uso parece restringido al grupo de la nobleza, nos referimos a las letrinas, situadas en todos los casos tratados, al nivel del segundo piso, y orientados hacia los fosos (como es el caso de Moeche y Pontedeume, o hacia la zona de roca, así es en Noguerosa y Nahío), siempre, por supuesto alejados de las zonas de acceso.

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Acercamiento al estudio de la nobleza gallega como promotora de obras artisticas. Los Andrade en el señorio de Pontedeume (ss. XIV - XVI)

En este nivel segundo, y en el último piso, es donde se concentran las ventanas geminadas o con arco de medio punto, que parecen dedicadas a la visualización del entorno, puesto que en su orientación parece haberse tenido en cuenta el aspecto defensivo (siempre aparecen en lugares de difícil acceso), y el aspecto visual, (sirva como ejemplo cualquiera de los castillos aquí tratados). Posiblemente, este tipo de ventanas pertenecían a estancias destinadas a la nobleza, puesto que en ellas se ha dejado lugar a la búsqueda del efecto decorativo, así ocurre en la Torre de Pontedeume, con ventanas geminadas inscritas en un arco ojival que presenta una decoración grabada en piedra, con la Estrella de Salomón, elemento de origen judío que aparece en muchas otras obras mandadas construir por Fernán Pérez de Andrade (NUÑEZ RODRIGUEZ 1985: 25; YARZA LUACES 67: 67-91). Es evidente que la diferenciación social también se refleja en el interior de la casa señorial al crear estancias propias de la nobleza, y estancias de la servidumbre, siendo las primeras, las zonas más embellecidas. Sin embargo, existía un elementos más destacado, entorno al cual girarían todas las actividades del recinto, es la torre del homenaje. Como hemos visto, este es uno de los principales puntos de defensa, y por otra parte, es el cuerpo que mayor altura alcanza en todo el edificio, desde el cual se divisa todo el valle, u más aún, es visto desde cualquier punto del señorío. La torre es por tanto el lugar señorial por excelencia que acentúa su carácter por la presencia del escudo de armas que atestigua la presencia de un linaje, más que de un personaje concreto como poseedor del señorío. Las torres, a pesar de ser los elementos en los que la defensa se acentúa son sometidas a un cierto refinamiento estilístico. Raymond Ritter (1974: 127 y ss.) habla del progresivo embellecimiento de las zonas señoriales a lo cual se supedita el elemento militar que no adquiere tanto progreso, siendo la torre del homenaje uno de los elementos que participa de dicho embellecimiento llenándose de ventanas. Torres como Narahío y Noguerosa presentan un vano en la planta superior y en un sólo muro de la torre, aunque como ya hemos visto en estos castillos, de dimensiones muy reducidas, parece dominar lo defensivo sobre lo civil. Los últimos siglos de la Edad Media son testigos de un refinamiento en lo que se refiere a las costumbres de la vida cotidiana, lo cual, se traduce en una preocupación por determinados códigos en la vestimenta, en las comidas o en la decoración de sus estancias. Ya en el siglo XII, la literatura caballeresca refleja la utilización de este tipo de códigos que definen a los miembros de la nobleza contribuyendo a una distinción del grupo dentro de la sociedad (LE GOFF 1986: 65-84). En lo que se refiere a la arquitectura, este fenómeno tarda más en producirse; en un primer momento es el interior el centro de las preferencias complementadas por tapices. Conocemos la decoración de la estancia de Adela de Blois, hija de Guillermo el Conquistador, gracias a la descripción que nos ha dejado de ella Baudrí de Bourgueil (LE GOFF 1969: 483). En siglos posteriores y en mayor medida, existen referencias del interés que príncipes y nobles ponen en la decoración en el interior de sus castillos. Raymond Ritter comenta diversos casos que ejemplifican el interés, cada vez mayor de los nobles por el lujo y la comodidad; entre ellos podríamos citar el caso del Duque de Berry, Gastón Phebus, o el rey Denís de Portugal (RAYMOND RITTER 1974: 127). Sin embargo, la preocupación por el embellecimiento exterior de las casas nobles comenzaría a tomar importancia para los nobles únicamente a partir de los últimos años del siglo XIV. Este fenómeno hay que relacionarlo con el establecimiento de las familias nobles en el mundo urbano, que tiene su auge en esta época, aunque ya venía desarrollándose desde siglos anteriores. Por otro lado, se provoca una competitividad entre los nobles y los comerciantes que ya en siglo XV han tomado un protagonismo social y económico (CHUECA GOITIA 1965: 662). El palacete de Pontedeume es un ejemplo claro de la integración de la nobleza en el mundo urbano, en esta caso en una villa, y su estructura parece responder al interés por el desarrollo de una 155


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vida social más preocupada por la apariencia como símbolo de poder y riqueza, acentuado por el hecho de que esta sería la casa principal de las cabezas visibles del linaje. Ya hemos visto como en su interior ha tenido un importante lugar el aspecto ornamental, cuyo único testimonio existente actualmente lo forman algunos de los capiteles que formaron parte del patio porticada. Si bien es cierto que la profusión decorativa no ha llegado en este caso al exterior del palacio como en otros muchos ejemplos, el escudo de Fernando de Andrade, (último señor de Pontedeume a partir del cual, el apellido de los Andrade desaparece por su unión con la casa de Lemas), revela la importancia que ha tomado la fachada como área destinada a recoger el emblema heráldico, signo de poder y fama, que, así mismo, habrá de acompañar al noble en la muerte. El escudo es ahora de mayores dimensiones y se ha llenado de elementos decorativos como aquellos que cubren las fachadas de los edificios del siglo XVI. En conclusión, el momento de cambio ante el que nos encontramos se define por el paso de una arquitectura eminentemente guerrera a un arquitectura primordialmente señorial en la que existe una mayor adecuación a los hábitos y maneras del mundo urbano.

CONSTRUCCIONES AUXILIARES Quizás uno de los hechos que caracterizan a la nobleza como grupo social, sea el papel que han jugado como promotores de construcciones, no sólo religiosas sino también auxiliares, entendiendo por auxiliares aquellas que han de desempeñar una función práctica para una comunidad social, sea esta función de asistencia o beneficencia (hospitales y puentes). Evidentemente, estas construcciones tendrían, además de una finalidad práctica, una intención que no ha de desvincularse del prestigio del señorío y, por tanto de la gloria y la fama del propio señor y su linaje. Así, la promoción de este tipo de construcciones constituyen, una vez más, la materialización de la adopción de un gesto que contribuye a ensalzar la distinción de la nobleza como grupo y que tiene un lugar importante dentro del código de la moral caballeresca. Junto a esto ha de tenerse en cuenta otro factor que se vincula en mayor medida a la religiosidad y a una adopción de una postura determinada ante el más allá. Esto parece estar claramente expresado en la documentación testamentaria. Concretamente, las edificaciones auxil iares, consideradas como bienes sociales puesto que llevan consigo la asistencia a pobres y enfermos, en general a los grupos "marginales de la sociedad", se convierte en acciones virtuosas que suponen un paso más hacia la salvación del que las encarga. Posiblemente a ello responda el afán constructivo de Fernán Pérez de Andrade de quien se dice que fundó 7 iglesias, 7 monasterios, 7 puentes y 7 hospitales. En lo que se refiere a las edificaciones de beneficencia destacaremos aquí el conjunto que llevó a cabo en Pontedeume: puente, hospital y oratorio. Este puente que existía ya desde 1162, era de madera hasta que en el año 1382 Fernán Pérez lo reconstruyó en piedra. Existe un documento publicado por (VAAMONDE LORES 1909: 76) en el que Don Juan I confirma al dicho Fernán Pérez los privilegios que le había concedido el anterior rey Enrique" haciendo mención concretamente al dicho puente que albergó entre sus arcos veinte y veintiuno una capilla llamada del Espíritu Santo en la cual hizo una fundación por el alma de Enrique 11 de Trastámara. Además de ello este puente fue dotado con un Hospital de peregrinos con "cuatro camas y sus correspondientes ropas", cercano a la villa y orientado hacia la misma se construyo un oratorio dedicado a San Antonio de Padua; entre los arcos octavo y noveno mandó levantar una torre de cinco metros de alto que posiblemente fortaleciera la defensa de la villa junto con la torre de Pontedeume y la de Leboreio en Noguerosa. Posteriormente, hizo dos fundaciones de misas por su propia alma a cargo de los monjes de Montefaro quienes debían también encargarse tras su muerte del mantenimiento y mejora del Hospital. 156


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Si la presencia de hospitales y puentes en los puntos claves del Camino ha tenido como elemento impulsor el fenómeno de las peregrinaciones, su construcción en puertos gallegos puede estar vinculada a la llegada de peregrinos de Inglaterra por mar (NUÑEZ RODRIGUEZ 1985: 57-58). Sin embargo, estas construcciones tienen un sentido por sí mismas en el ámbito social de una población. Así RUCQUOI, A. (1987: 479-480) explica la presencia de hospitales en Valladolid en función de la pobreza. Los hospitales en este momento eran centros de beneficencia que cumplían varias funciones tales como asistencia a enfermos, a pobres y a peregrinos. Es comprensible, puesto que, la generosidad era una de las virtudes más importantes dentro del mundo de la caballería, aunque tampoco ha de olvidarse un interés de los nobles por perpetuarse a través de sus obras sociales. Así, pobres y extranjeros constituyen parte de aquello que se conoce como marginados¡ personas que no pertenecen a ninguna comunidad, que no se adscriben a ningún señorío pero, por otro lado, atendidos por la sociedad que, ofreciendo limosnas, o creando centros de beneficencia, lleva a cabo acciones piadosas que contribuyen a su propia salvación. En relación con este hecho queda claramente ejemplificada la importancia que adquieren estos centros de beneficencia como medio de ganar gracias espirituales, y así, las limosnas a los pobres y las donaciones a hospitales y puentes, constituyen las llamadas limosnas menudas para la beneficencia que no faltan en los testamentos de los nobles en esta época (GOMEZ BARCENA 1988: 50). Por otro lado, la asistencia a los necesitados se introduce de tal modo en la vida social y espiritual del momento, que las construcciones destinadas a tal fin toman un papel relevante. Así, los monasterios cuentas con centros hospitalarios en su interior, siendo la asistencia a pobres y enfermos una de las principales actividades de la vida religiosa; del mismo modo, tampoco es rara la asociación puente-hospital bajo el amparo de una capilla a cargo de una cofradía o de los frailes de un monasterio próximo, puesto que éstos suelen emplazarse en los caminos, o en las entradas de las ciudades o las villas (VILLAAMIL y CASTRO 1903: 289-309). En relación con esto, el puente realizado por Fernán Pérez de Andrade en la villa, constituye un ejemplo de riquísima conjunción de tan variados elementos como son el defensivo (la torre), el religioso (la capilla y el oratorio), la beneficencia (el hospital, y por último la comunicación constituida por el puente, que, como todos los demás del señorío, y en general, como todas las construcciones realizada:s por sus señores, portan las armas e inscripciones que aluden a los promotores, los Andrade.

CONSTRUCCIONES RELIGIOSAS La adopción de un gesto que conlleva cierta fama y prestigio social unida a ese sentir religioso íntimamente relacionado con la incertidumbre hacia el más allá y la preocupación por la salvación del alma es una vez más la razón de este afán constructivo que característica al grupo que pretendemos estudiar. En el caso de las construcciones auxiliares nos encontramos con una beneficencia como medio de conseguir gracias espirituales, en el de las construcciones religiosas (iglesias y monasterios) la edificación de recintos sagrados destinados al culto y la oración se convierten en un paso hacia la salvación del alma. En el linaje de los Andrade es una vez más Fernán Pérez el que ha dejado tras de si mayor número de edificaciones de este tipo. A el se atribuyen las fundaciones de iglesias y monasterios como los de Santa María de Azogue en Betanzos, el convento de San Francisco de Betanzos, Santiago de Betanzos, el Convento de Montefaro, la ermita de Chanteiro, etc. En la villa de Pontedeume se atribuye a Nuño Freire de Andrade, ya en el siglo XV la iglesia de las Virtudes, de la cual sólo ha llegado a nosotros un relieve con la imagen de la virgen y una inscripción en la que se alude a dicho personaje como fundador de la misma. Por último, en 1538 Fernando de Andrade, el último representante del linaje antes de la fusión de este con el de Lemos, fundó en Pontedeume la Iglesia de Santiago de Pontedeume. 157


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La Iglesia Parroquial de Santiago de Pontedeume fue construida en el año 1538 (COUCEIRO FREIjOMIL 1994: 85), y posteriormente se reconstruyó en el siglo XVIII por el Arzobispo Don Bartolomé Raxoy y Losada. La Capilla Mayor, lo único que se conserva de la construcción original, es de planta rectangular. Su acceso se realiza a través de un arco apuntado con baquetones, cuyas jambas se apoyan en mésulas con forma de un cuarto de esfera, mientras que las ménsulas de las nervaduras de la bóveda exhiben una decoración de motivos vegetales. Dichas nervaduras, de perfil triangular, conforman una bóveda estrellada de diecisiete claves, de las cuales, la principal estuvo decorada por el escudo de los Andrade (CAAMAÑO MARTINEZ, A. 1962). La sepultura del fundador estaba en su origen en el centro de la Capilla Mayor, (norma frecuente cuando se trata de inmortalizar el recuerdo del fundador en el punto más visible del recinto sagrado), pero en el siglo XVII fue traslada al lado del Evangelio conservándose sólo la lápida sepulcral. Mientras en el interior domina el gótico, al exterior aparece algún motivo de carácter renacentista, aunque sin adquirir especial relevancia, por limitarse su desarrollo a una decoración de ovas u flechas en la cornisa del edificio. Si la actividad promotora de estos nobles nos lleva a analizar su actitud como signo de pertenencia a un grupo determinado, es decir su preocupación por una pervivencia social y su interés por salvaguardar la salvación de su propia alma; la observación del estilo artístico de su arquitectura y de su escultura nos lleva a comprobar como la nobleza se ha introducido en el mundo de la Iglesia tomando parte activa en el. Es lo que Duby denomina la introducción del ritual caballeresco en el ritual litúrgico, adoptándose en la decoración del recinto sagrado, las formas "caprichosas del arabesco" (DUBY, G. 1966: 52-54). Del mismo modo, la presencia de las capillas funerarias en las iglesias son una muestra del poder de los nobles trasladado al recinto de lo sagrado, puesto que, se busca en ellas una ostentación que adquiere un sentido más de diferenciación social. Ello no se limita a la arquitectura, sino que se extiende a la decoración escultórica, en la cual tienen desarrollo temas relacionados con las prácticas de la nobleza; como queda claramente ejemplificado en las escenas de caza que se desarrollan en San Francisco de Betanzos y que parecen estar en relación con el sepulcro de Fernán Pérez en dicha Iglesia. Este tipo de escenas han de entenderse, sin embargo, como "lecciones de moral caballeresca", pudiendo verse en ellas una conexión con la representación de leyendas caballerescas en casos como la catedral de Verona (s. XII), o la catedral de Chartres, por ejemplo (KEEN, M. 1986). Las iglesias de este momento, caracterizan su estilo por las formas caprichosas de sus bóvedas, con las complicadas nervaduras cuya finalidad parece más decorativa que práctica. Los escudos de armas del noble fundador forman parte importante del conjunto, al igual que la presencia de su propio sepulcro, por medio del cual su personalidad queda vinculada para siempre al recinto, adoptando en él un papel destacado. Este ansia de personificación del poder laico formando parte de la decoración escultórica, no sería otro que el mismo que ha eternizado las imágenes de los monarcas en muchas catedrales góticas de Europa, por supuesto, salvando las distancias. Por otro lado, ello obliga a tener en cuenta un fenómeno que cada vez adquiere más relevancia, se trata de la mayor y más directa participación del poder laico en el mundo religioso, lo cual se traduce, no sólo en el protagonista de éste en el ritual sino también, en la introducción de la "cultura laica" en un ámbito antes reservado a la "cultura eclesiástica", reflejándose en aspectos artísticos como puede ser la distribución espacial en el interior de la iglesia, o el desarrollo de una decoración y de temas iconográficos nuevos. LA ESCULTURA FUNERARIA

La escultura funeraria es la manifestación que nos acerca en mayor medida a lo que pudo ser el


Acercamiento al estudio de la nobleza gallega como promotora de obras artisticas. Los Andrade en el señorio de Pontedeume (ss. XIV - XVI)

comportamiento y sentimiento de la nobleza Bajomedieval ante la muerte y el más allá. La presencia del sepulcro del caballero en el recinto eclesiástico es reflejo una vez más de un modo de muerte noble pero además de ello este fenómeno nos remite a lo dicho en el capítulo anterior de este artículo, la introducción del ritual caballeresco en el eclesiástico hasta el punto de modificar incluso la estructura del propio recinto [2]. Fernán Pérez de Andrade ha elegido como lugar de enterramiento la Iglesia de San Francisco de Betanzos fundada por el mismo. Su enterramiento ha tenido en este recinto un lugar privilegiado en el altar mayor extendiéndose su monumento funerario a los muros de la misma donde se encuentran unos relieves con escenas de caza. Por otro lado, sus sucesores, Nuño Freire de Andrade, Pedro Fernández de Andrade, Fernán Pérez de Andrade 1/ y Diego de Andrade tienen sus sepulcros en el Monasterio de Monfero; finalmente, Fernando de Andrade ha sido enterrado en el Altar Mayor de la Iglesia de Santiago de Pontedeume, fundada por el mismo. Todos ellos han elegido para su descanso final el interior de los recintos religiosos, pero hay algo que los diferencia y que es importante destacar. Fernán Pérez se ha vinculado a la Orden de los Franciscanos mientras los restantes, excepto Fernando de Andrade mantienen su vinculación al Cister. Así pues nos encontramos con una vinculación en mayor medida al clero regular que al clero secular, algo que se impone a lo largo de todo el siglo XIV como norma general. El auge del clero regular frente al secular podría venir dado según diversos autores (RUCQUOI, A. 1987: 282-284) por responder mejor el primero a las necesidades espirituales del momento ya que su vida se dedicaba a la oración y la intervención por los difuntos; por otro lado, no menor importancia tendría el interés por una diferenciación a nivel social unido a la memoria del linaje (MATTOSO, J. 1982: 307-321). Esta importancia del linaje sufrirá un cambio ya desde la segunda mitad del siglo XV, momento en que tiende a desaparecer la cohesión en el interior de los linajes y comienza la proliferación de capillas funerarias (RUCQUOI, A. 1987: 283). Quizás sea en este sentido en el que haya que interpretar la presencia del sepulcro de Fernando de Andrade en una Iglesia Parroquial dado que este personaje vive un momento en el que la propia nobleza ha perdido en cierto modo su cohesión como grupo o, en cualquier caso su poder debido en gran medida a la política de los Reyes Católicos. Retomando el auge del clero regular frente al secular, es necesario apuntar otro aspecto: la cada vez mayor importancia desde la segunda mitad del siglo XIV de las órdenes mendicantes. Estas órdenes traen consigo una popularización del ritual que como consecuencia se hace más accesible frente a un Cister con un ritual anclado en el pasado y más difícil de comprender para el laico. Junto a ello podemos añadir una mayor participación de los mendicantes en la vida social y una preocupación por la muerte que los convierte en lo que muchos autores llaman "especialistas de la muerte". Pero, si bien es cierto que existen numerosos ejemplos que demuestran una preferencia por las órdenes mendicantes, no podemos olvidar los no tan mayoritarios pero no por ello menos significativos casos que a lo largo del siglo XV han elegido los monasterios cistercienses como lugares de enterramiento. En el caso que nos ocupa la nueva línea agnática inaugurada tras la muerte de Fernán Pérez de Andrade I ha utilizado como panteón familiar la Iglesia de Santa María de Monfero. Ello supone una unión ya en vida a dicho monasterio lo cual podría hacernos pensar en cierta inaptación el nuevo tipo de vida urbana que se asocia a la renovación en el modo de vivir la religión protagonizado por las órdenes mendicantes (NUÑEZ RODRIGUEZ, M. 1985: 26-27). El monumento funerario es lo que más nos acerca a lo que pudo ser el sentimiento de la muerte y [ 2 ] Este apartado está desarrollado con mayor amplitud en un artículo que he titulado "El hombre ante el más allá: la muerte y la búsqueda de inmortalidad en la nobleza gallega", Anuario Brigantina, en prensa.

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en el se recogen en mayor medida las muestras de esa búsqueda de inmortalidad como una manera de vencer a la inevitable muerte corporal. En el se concentra la identificación del difunto, su condición de caballero y la identificación del linaje que avala su nobleza. El primer aspecto viene dado por la inscripción referida al difunto en el que no sólo se alude a su nombre sino a su condición de caballero; la indumentaria de la imagen yacente ataviado con su armadura, la espada, y en algunos casos el escudo y el puñal corroboran dicha condición; finalmente la presencia de la heráldica que, ya desde el siglo XIV pero principalmente a lo largo del XV, toma un mayor protagonismo en el sepulcro, hace referencia al linaje del difunto. En la escultura funeraria en Galicia no se ha plasmado lo que en esta época caracteriza a la escultura funeraria del resto de Europa e incluso de otras zonas de España, nos referimos a temas iconográficos como la "danza de la muerte", el "Encuentro de los tres vivos y los tres muertos", temas estos que plasman la igualdad de todos los hombres ante la muerte, y que se desarrollan principalmente en Italia y Francia entrando muy tardiamente en la península (TENENTI, A. 1983); igualmente faltan referencias a la muerte corporal o la referencia a la gloria terrenal contrastada con la descomposición del cuerpo que caracteriza a las "double decker tomb" inglesas (PANOFSKI, 1964: 64-65). La escultura funeraria gallega y concretamente los sepulcros de los Andrade a los que nos referimos en este trabajo, optan por representar al difunto yacente en lecho de muerte acompañado de las imágenes de los perros y los ángeles como único atributo funerario (aunque estos faltan en las lápidas sepulcrales de Fernán Pérez de Andrade 11 y Diego de Andrade), o la representación de un Calvario como es el caso del sepulcro de Nuño Freire de Andrade, tema que queda relegado a la cabecara del sepulcro. En contrapartida podemos ver un protagonismo de la representación heráldica que parece imponerse en el siglo XV ocupando completamente los laterales de los sepulcros como podemos observar en monumento funerario de Nuño Freire de Andrade y el atribuido a Pedro Fernández de Andrade (ARA GIL, 1977: 295-298).

EPILOGO En estos últimos siglos de la Baja Edad Media, la idea de nobleza se identifica con la idea de caballería adquiriendo ésta, un valor que incluye lo moral. Personajes de la Antigüedad, como Alejandro Magno o, figuras medievales como el Rey Arturo y los caballeros de la Tabla Redonda, al igual que obras literarias como La Crónica Troyana, la Alexandreia, el Amadís de Gaula, o las novelas de Caballería siguen constituyendo modelos válidos para los caballeros, aún en estos momentos finales de la Edad Media y, lo que es más, legitiman su papel social como grupo. Arturo Firpo (FIRPO, A. 1982: 9-21), vincula el culto a los héroes con la idea de la fama y la gloria caballeresca. Uno de los rasgos que manifiestan la importancia de las mismas se observa en cada una de las construcciones que estos caballeros promueven. En efecto, ¿qué otro valor podría tomar la imagen del escudo de armas en cada una de estas construcciones, sino el de la identificación del linaje que las ha encargado? No olvidemos que los escudos de armas tienen una función muy determinada en las batallas o, de igual modo, en los torneos: la diferenciación de cada una de las casas que en ellos participan, con lo cual, se facilitaba también la tarea de los denominados heraldos que eran los encargados, fundamentalmente, de la difusión de tales eventos. Sin embargo, en la fama individual, encuentra el noble una de sus máximas aspiraciones, intentando ampliar la propia de su linaje y en un afán de más gloria para su persona. El individualismo encuentra una de sus manifestaciones más claras en las inscripciones que aluden, en cada una de estas construcciones, al personaje patrocinador. Así, hemos visto, en las diversas obras sociales, inscripciones referidas al fundador sin olvidar, por supuesto, la importancia de éstas en el sepulcro. A la luz del papel que cumplen este tipo de epígrafes en los enterramientos y no perdiendo de vista el individualismo con el que el hombre se enfrenta a la muerte en la Baja Edad Media, podría comprenderse mejor que esta actitud se vincula, también, al planteamiento ante la vida terrenal, y al ansia de fama individual. 160


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Centremos ahora nuestra atención en un aspecto de gran importancia en el código moral de la caballería, la "Iarguesse", considerada una de las virtudes que ha de poseer el caballero. Las fundaciones o donaciones a iglesias y monasterios, la construcción de puentes y hospitales, son una materialización de dicha idea. Estas obras, de las que participan los nobles, no cesan tras la muerte como reflejan los testamentos, en los cuales las limosnas a los pobres adquieren un gran desarrollo.. La importancia que adquieren las obras misericordiosas está estrechamente conexionada con el auge que adquieren las órdenes mendicantes, auténticos profesionales de la muerte, y ha hecho de los pobres un grupo marginado, pero al mismo tiempo, asumido por la sociedad ya que su existencia es lo que permite a los demás estamentos hacer gala de su misericordia. Se ha mencionado el papel que tienen las mandas piadosas; pero si observamos el segundo paso en el ritual funerario, podríamos comprobar como también los pobres tienen un lugar representatativo en el cortejo funerario (GOMEZ BARCENA, 1988: 31-50). Es evidente, en este hecho, la presencia de una de las muchas manifestaciones externas que, en algunos casos, se convierten en gesto, como lo demuestran la adopción del hábito mendicante en el último momento de la vida, o la representación del yacente con la misma vestimenta y sus manos en disposición orante (NUÑEZ RODRIGUEZ, M. 1981: 9-21). Vemos por tanto como el código moral caballeresco se nutre de doctrinas cristianas que lo legitiman. Así, la guerra había adquirido un valor espitirual basado en la defensa del cristianismo y de la sociedad cristiana, al igual que la función del caballero como defensor le convertía en un modelo moral. Sin embargo, guerra y caballeros se han convertido en la Baja Edad Media, en una clara imagen de ansias de poder, no despreciando como medios los robos y abusos con los demás estamentos sociales, especialmente el de los la "gente común". De igual modo, la legitimización de la gloria terrenal y la fama se basa en la idea de que son dadas por Dios, como ocurrirá con el "status" social y las riquezas, adquiriendo así un valor de gracias divinas que no han de olvidarse en el momento de la muerte. Este es el sentido que adquieren muchas cláusulas testamentarias en las que el testador encarga ser enterrado como Ilconviene a su condición ll. Sin embargo, no hemos de restringir esto a la moral caballeresca. La ambigüedad de la fama o la gloria terrenal no diferenciada de la inmortalidad celestial, así como la transposición del orden social a la vida "post mortem", parece algo común a todas las mentalidades medievales, no sólo la caballeresca. El hecho de que todos estos comportamientos de la nobleza se revistan de una actitud cristiana no debe engañarnos. La "Iarguesse", el desempeño de la guerra, la gloria terrenal, etc. no dejan de tener un carácter interesado. De igual modo, este interés parece subyacer en la proliferación de encargos constructivos, obras de arte, edificios religiosos... 0, en fin, lo que P.H. Aries denomina "omnia temporalia" y conlleva la preparación del momento final desde el propio sepulcro hasta el ceremonial funerario (ARIES, PH. 1982: 69-84). En relación con este último aspecto, este autor, habla de la "avaritia" analizando el fenómeno que en la Edad Media se produce con respecto al destino de las riquezas. El hombre medieval ha tenido que tomar una postura que le permitiera conseguir la salvación de su alma, sin tener que desprenderse totalmente de las riquezas terrenales. Son varios los autores que apuntan, en muchos de los casos, el testador ha empobrecido a sus herederos empleando sus riquezas en fundaciones, construcciones y donaciones que, por ser consideradas buenas obras, garantizan una serie de gracias espirituales. En fin, estamos ante una nobleza que adopta una serie de gestos externos cuyo valor es meramente formal y de cara al exterior; gestos que, si bien han existido desde siempre como 161


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elementos de un grupo concreto, y respondían a una moral y a un modelo de pensamiento determinado, ahora se presentan como comportamientos descontextualizados de los que sólo queda la forma y si acaso un código de pensamiento distinto al que, en su origen, los había provocado. Hasta aquí, se han planteado una serie de pautas de conducta que parecen dominar en todo el Occidente europeo bajo medieval, criterios no muy discordantes con lo que Galicia ofrece. No hay duda de que la Edad Media se caracteriza por ser una época cultural en la que signos externos se convierten en auténticos gestos que adoptan el papel de estandartes diferenciadores de cara a la sociedad. En la misma medida, la observación de la nobleza gallega aporta información sobre diversidad de comportamientos y actitudes que encuentran su validez en la autenticidad de los héroes pasados. Sin embargo, aquello que el caballero justificaba recurriendo a un pasado mítico (su función y su comportamiento) no respondía realmente a la idea de modelo que los avalaba. Tras la guerra trastamarista, el ascenso de una nueva nobleza provoca una carrera desenfrenada por la obtención de riquezas, lo cual tendría como consecuencia la aparición de una serie de conflictos entre las diversas casas nobles. La guerra ha pasado de tener una justificación moral, a convertirse en uno de los muchos medios en la lucha por el poder por parte de cada una de las casas nobles. Igualmente, los castillos que ya habían dejado de asimilarse a un sentimiento de seguridad, se convertían ahora en elementos de agresión cuyas principales víctimas eran los campesinos. La reacción campesina a través de las revoluciones irmandiñas ha centrado sus estrategias de ataque en la destrucción de fortalezas que ya se habían convertido en la imagen física del mal. Los Andrade, uno de los más claros ejemplos de esta nobleza del siglo XV han dejado las muestras de su poder en Pontedeume, sus casti IIos son los más claros exponentes de sus actividades guerreras. Junto a ello, su palacio en la villa era el recuerdo de una nobleza integrada en el mundo urbano, cuya tendencia al refinamiento se refleja también en la búsqueda de la comodidad combinada con la preocupación por lo decorativo, como lo muestran el detallismo de sus ventanas o las pinturas murales que decoraban las paredes. En este sentido, hemos visto como la situación de este tipo de construcciones responde a una seri.e de factores que podrían ir más allá de los meramente funcionales. Interesa el dominio visual de las tierras del señorío desde el edificio, pero de igual modo, éste ha de estar constantemente presente en las vidas de los vasallos. Igualmente el castillo es un elemento de defensa pero en la misma medida es un elemento a defender. Es decir, es la materialización palpable del poder feudal. En él están presentes los valores de la nobleza, desde la propia guerra (representada por todos aquellos elementos que se pueden definir como "militares"), hasta la imagen del señor feudal asociada a la "Torre del Homenaje", yen última instancia la importancia del linaje representada por el escudo de armas. El estudio de los castillos ha tenido como finalidad principal a lo largo de este trabajo la búsqueda de una serie de factores que sirvieran de ayuda para la comprensión de las actitudes de los nobles dentro de lo que podríamos denominar el ámbito social. Es decir, este tipo de construcciones nos vinculan más al ámbito de la vida. No quiere ello decir que otro tipo de construcciones tales como las que hemos denominado "auxiliares", o las de carácter "religioso" no aporten datos sobre aspectos sociales, muy al contrario, éstas cumplen una serie de funciones muy determinadas en la sociedad del momento. Sin embargo, hay en ellas algo más vinculado, de modo indirecto, al más allá; quiere esto decir que entre las causas que hacen de los nobles promotores de este tipo de construcciones subyace una visión de futuro que domina sobre la propia función de las mismas. Nos referimos por un lado a un medio de salvaguardar la salvación del alma a través de obras piadosas, y 162


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por otro a garantizarse una gloria terrenal que no deja de ser una manifestación más de la lucha contra la "muerte social". Además de ello, el gusto de la nobleza ha tenido un lugar dentro de las iglesias y sobre todo en las capillas privadas, donde la lucha del hombre contra la muerte social tiene su última manifestación en el mausoleo: sus escudos, sus epígrafes, sus escenas de caza son una muestra de la introducción de la moral caballeresca en el ámbito de la iglesia, basada en el valor espiritual del linaje y su gloria, la imagen del caballero como defensor, como héroe incluso, y la práctica de la caza como búsqueda de la perfección. Por último, se hace necesario tener en cuenta una observación; todas las páginas de este trabajo tienen como fin primordial el análisis de una serie de gestos que han convertido al grupo de la nobleza en una promotora de una serie de obras. Gestos que se incluyen en lo que podía denominarse el código moral del grupo y que responden a una serie de planteamientos ya mencionados que, de igual modo se introducen en este código. Es esto lo que no nos permite la utilización del término "mecenazgo" puesto que esta palabra conlleva una significación que entraña la propia protección de las artes y un interés por lo que se denomina "cultura" en su acepción más común. En este sentido hay que apuntar que en la Baja Edad Media existen casos como el conocido y ya mencionado del Duque de Berry en Francia que se acercan a eso que en el Renacimiento y posteriormente se denomina "mecenas". Ello nos lleva a una diferenciación, ya apuntada en algún momento de este trabajo: el caso de Fernán Pérez de Andrade en el cual se dan juego además de aquellos aspectos que hacen del noble un promotor de diversas obras una serie de características que le podrían acercar a la definición de la palabra mecenas. Ello responde a una individualidad como en algún momento apuntan los profesores Núñez y posteriormente Yarza y quizá es en este sentido en el que hay que interpretar los múltiples encargos de este personaje entre los que podríamos mencionar como relevantes el da la traducción al Gallego de la Crónica Troyana o su propio sepulcro como excepcional dentro de la escultura funeraria gallega.

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o ARQUITECTO FAUSTINO DOMINGUEZ COUMES-GAY. A SUA BIOGRAFIA, E OBRAS FORA DOS CONTEXTOS DAS VIVEN DAS E OBRAS RElIXIOSAS. * J.

Luis ALONSO TORREIRO

RESUMO: Trátase dun dos máis significativos arquitectos galegos do século XIX, que desenvolven a súa actividade en moi diversos campos e non só en Galicia. Faise un resumo da súa biografia e analízase a súa formación como arquitecto e plasmación dos seus principios e estilo na súa obra non referida a vivendas nin arquitectura relixiosa. Analízanse edificios tales como o instituto e escolas Eusebio da Guarda en A Coruña, a casa consistorial de A Estrada, etc. ABSTRACT: The architect Faustino Dominguez Coumes-Gay. A biography and study of his work outside of the context of housing and religious buildings. This article looks at one of the most important Galician architects of the XIX Century, who carried out his activity in side range of fields, not only in Galicia. There is a short biography and an analysis of his training as an architect ani the consolidation of his principIes and the style of his work not related to housing or religious buildings. Buildings such as institutes and the school Eusebio da Guarda in A Coruña, the Town Hall of A Estrada, etc. are analyzed.

BIOGRAFIA A figura de Faustino Domínguez Coumes-Gay, supón unha das persoalidades máis importantes do século XIX galego no campo da arquitectura.O longo da súa producción atopamos con obras dispares, dende proxectos como o pazo de Alsina en San Pedro de Nós, o Instituto e Escola da Guarda na Coruña, ata vivendas de aluguer do máis sinxelo. Durante a súa non moi dilatada vida -faleceu ós cincuenta e cinco anos- conseguiu varios premios, ocupou cargos como arquitecto municipal -en Ferrol, Santiago e, por pouco tempo na Coruña-, tamén foi arquitecto diocesán de Santiago e titular da Deputación Coruñesa. Por último, entre istes méritos, hai que sinalar o nomeamento como membro da Real Academia de San Fernando. A súa producción non só se centra en Galicia, donde traballou especialmente nas cidades de maior importancia senón que, durante a década dos anos setenta, fai traballos en Madrid, temos referencias de obras en Toledo e a realización dos proxectos de estacións de ferrocarril da liña Aranjuez-Cuenca. Sabemos que naceu na Coruña o 31 de agosto de 1845, filio do arquitecto Faustino Domínguez

* Nota aclaratoria: Iste traballo forma parte da tesis de licenciatura presentada no mes de marzo de 1988 .

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Domínguez, titular da Deputación Coruñesa nestes momentos, e de Mª Luisa Coumes-Gay, de orixe francesa [1]. A súa infancia na Coruña é descoñecida, os primeiros pasos dos que temos referencias son os estudos de bachiller en artes que realiza no instituto de Vergara, agregado á Universidade de Valladolid, acadando a calificación de sobresaínte no mes de xuño de 1860 [2].

o ano seguinte desplázase a Madrid para a súa formación na Escola Especial de Arquitectos, presentándose ó exame de reválida para a obtención do título, no mes de setembro de 1867, có exercicio: "Una fachada para catedral de Madrid", sendo aprobado por unanimidade. No mes de novembro tramita oficialmente o título de arquitecto [3]. Antes de rematar na Escola Especial presenta, en 1866, para a Exposición Nacional de Bellas Artes de Madrid, un proxecto de igrexa parroquial, a cal é galardonado có terceiro premio[4]. Regresa á Coruña en 1867 e, inmediatamente, quizá por influencia do seu pai, encárganselle os proxectos das obras interiores, decoración e fachada posterior do teatro Rosalía de Castro, entón chamado Principal, en detrimento do arquitecto municipal, Juan de Ciórraga [5], o que supón o primeiro encargo que lIe terá ocupado durante algún tempo ata que, de novo gracias ás influencias do seu pai, acada o nomeamento como arquitecto municipal de Ferrol no mes de maio de 1868, sustituindo ó axudante do provincial que falera. Na sesión do día 5, a corporación ferrolán confirmao no cargo [6]. A súa labor na cidade departamental estivo plagada de dificultades debido a unha enfermidade que IIe obligou a solicitar permiso por tres meses, durante os cais encargaríase o seu pai da supervisión das obras; como quera que a enfermidade continuaba, ó pouco tempo renuncia definitivamente ó cargo por imposibilidade de trasladarse persoalmente a Ferrol [7]. Posteriormente trasládase a Madrid donde residirá ata 1879, ano que sería nomeado arquitecto municipal de Santiago. Ista última década é a máis oscura da súa vida, da que só coñecemos referencias das obras que real iza e algunha atribuíble. En Madrid realiza encargos particulares, preséntase a diversos premios e participa, como axudante de arquitecto principal do Ministerio de Fomento, nas obras de ensanche do Museu do Prado (1870), e das que se levaron a cabo no Pazo de Xustiza, no ano 1874 [8]. Tamén temos noticias da [ 1 ] Archivo histórico doicesano. Santiago (AHD). Fondo parroquial: Coruña; parroquia: S. Nicolás; serie libros sacramentais 1842-1848 (bautismos), pago 249. [ 2 ] Archivo familiar de Eduardo Garda de Dios dominguez (AF). Expedente de solicitude de praza de arquitecto provincial, 1887: documento n. 1, acta notarial dando fe do escrito que lIe otorga tal título. [ 3 ] Archivo general de la Administración civil del Estado. Alcalá de Henares (AGA). Expediente del arquitecto Faustino Dominguez Coumes-Gay. [ 4 ] AF. Expediente de solicitude da praza ... 1887. Acta notarial dando fe do premio acadado. [ 5 ] Archivo municipal da Coruña (AMC). Carpeta: "Edificios Públicos. Teatro Rosalía de Castro", 1838 a 1868: "Expediente acerca de la construcción de la armadura y cubierta del teatro principal de esta ciudad, propio de la beneficencia municipal de la misma". No mesmo dícese que, en decembro, de 1867, o xove arquitecto Faustino Dominguez Coumes-Gay, presentou os planos para a armadura e embocadura, así como os da fachada posterior e interior. [ 6 ] Archivo municipal de Ferrol (AMF). "Libro de actas de la corporación, 1868", sesión do 5 de maio, folio 42. [ 7 ] AMF. "Libro de actas de la corporación: 1869", sesión do 7 de xuño, fol. 142; 1870: sesiones do 17 de febreiro, fols. 24-25 e sesións do lOe 17 de marzo, fols. 42 e 45. [ 8 ] AF. Idem. nota 2. Documento n. 7.

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participación, na cidade de Toledo, como director das obras interiores e decorados no teatro de Rojas, en 1879 [9]. Neste mesmo año regresa definitivamente a Galicia; en principio como arquitecto municipal de Santiago, praza que solicita dende Madrid como se desprende das actas de sesións da corporación santiaguesa, nas que alude al/fArquitecto vecino de Madrid, Faustino Domínguez Coumes-Gay.. ./f [10] A praza concedéuselle como único aspirante [11]. Unha vez instalado en Galicia, a súa labor non se centra unicamente en Santiago, se non que recibe encargos dende as cidades máis importantes. De feito tivo unha decisiva participación no novo ensanche coruñés dende 1880. A súa actividade veu a sumarse, en 1882, o nomeamento como arquitecto diocesán de Santiago, cargo que fora ocupado por Manuel de Prado y Vallo, anteriormente arquitecto municipal de Santiago [12]. Neste cargo permanecerá ata o ano 1884, en foi sustituido por Domingo Rodríguez Sesmero pasando a ocupar, de forma interina, o cargo provincial da Deputación. A súa actividade en Santiago foi enorme como correspondía ó cargo: dende o recoñecemento de obras, supervisión doutras e encargos particulares, ata propostas persoais como a fachada mudéxar que conmemora as festas do apóstol Santiago [13]. ó longo de oito anos deixou unha grande cantidade de obras, en especial vivendas particulares, algunhas xa desaparecidas. En recoñecemento a súa extensa labor, a Real Academia de San Fernando, "por virtud de sus conocimientos científicos y artísticos .. ./f, noméao académico correspondente da mesma, según fai constar, o mesmo Coumes-Gay, no expedente de solicitude da praza de arquitecto provincial da Coruña, en 1887 [15]; no documento non menciona o ano de nomeamento que debiu producirse entre os anos 1887 e 1888. No mesmo expediente, auténtico "curriculum vitae" do arquitecto ata ise ano, sinala que, dende 1884, ven realizando as tarefas de arquitecto provincial como interino [16]. Dende o cargo realiza obras na sala de Luis o Grande do hospital de Santiago, así coma a restauración da capela; por outra banda e baixo a súa dirección, érguese na zona de san Lázaro, perto de Santiago, o novo hospital de leprosos, no ano 1866.

o ano seguinte prodúcese a vacante definitiva no cargo de arquitecto provincial da Coruña, presentando a solicitude no mes de marzo [17]; o 14 de abril é nomeado titular [18] e, ó mes seguinte, renuncia ó cargo de Santiago instalándose de forma definitiva na Coruña. Como arquitecto [ 9 ] AF. Idem. nota 2. Documento n. 6. [ 10] Archivo municipal de Santiago (AMS), "Libros de actas de la corporación, 1879", sesión do 21 de xullo, pág, 170. [ 11]lbidem. [ 12 ] AF. "Expediente de solicitud ... 1887". Documento n. 10: acta notarial dando fe do comunicado do subsecretario da ministerio de Gracia e Xusticia ó cardenal arzobispo de Santiago có nomeamento. [ 13 ] EL CORREO GALLEGO: "Santiago: monumentalmente ciudad románica", artículo publicado con motivo do centenario da inauguración da fachada. Santiago, 25 de xullo de 1980. [ 14] AGA. Ferrocarril de Aranjuez a Cuenca. Carpeta 27378, legajo 8606. [ [ [ [

15] 16] 17] 18]

AF. Idem. nota 2. Documento n.ll. AF. Idem. nota 2. Documento n. 25. Af. Idem. nota 2 BIBLIOTECA PROVINCIAL DA CORUÑA. "Libros de actas de la Diputación provincial. 1887": sesión do 14

de abril, fols. 19 e 20.

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provincial sutitue ó seu pai, falecido tres anos máis tarde [19], víctima dunha "hepatización pulmonar" [20]. Na acta de defunción indícase que, do seu matrimonio con Sabina de la Cámara, deixa dous fillos, Faustino e Luis. Para rematar o que concerne á súa biografía, débese nomea-Ios premios acadados ó longo do seu percorrido: 1866: Premio de terceira clase na exposición Nacional de Bellas Artes, por un proxecto de igrexa parroquial [21]. 1871: Presenta, á mesma Exposición, un proxecto de monumento conmemorativo da batalla da Albuera [22], sendo proposto para a medalla de terceira clase e a recompensa de mil pesetas; mencións que reclamaría máis tarde nunha carta dirixida ó Ministerio de Facenda que, transcurridos istes anos, non os facera efectivos, explica tamén na carta, que o xurado non concedera o primeiro premio, polo que consignou se repartirse entre o segundo e o terceiro, do que Coumes-Gay era titular. 1875: Co mesmo proxecto da Albuera, foi premiado na Exposición rexional de Galicia, organizada pola sociedade "Amigos del país" de Santiago, ca medalla de bronce. No mesmo ano e, da mesma sociedade santiaguesa, recibe unha mención honorífica de la primeira clase polos planos da casa-palacio e outros edificios da posesión do marqués de Loureda en Buenavista . 1878: Consigue diploma de medalla de plata na Exposición local da Coruña.

fORMACION E INFLUENCIAS DA SUA OBRA: Iste arquitecto formouse na Escola Especial de arquitectos de Madrid; nestas escolas, de forma especial durante as primeiras xeneracións, os arquitectos que alí se formaban aprendían unha linguaxe arquitectónica baseada nos estilos históricos que copiaban e estudaban, o cal fala da formación puramente académica dos mesmos, mais eles sempre tomarían como bandeira a libertade que supón a elección de motivos arquitectónicos ou mesmo un estilo para compoñe-Ias súas obras. Todo iste quefacer iba conformando o seu futuro profesional. As escolas especiais de Arquitectura organízanse a partires de 1844, relevando ás reais academias da labor docente [23], nelas formáronse tódolos arquitectos que tiveron relevancia, no que se refire á expansión do eclecticismo e historicismo durante a segunda metade do século XIX, ó longo de toda España. As ideas destes arquitectos foi conquerir, cas súas teorías e obras, unha Arquitectura propia do século. Todo elo animou os debates dentro dos congresos de Arquitectura e, as solucións apuntadas xiraban en torno ó eclecticismo [24], admitíndose no dunha maneira peyorativa, senon como un aspecto de libertade dende a que, o arquitecto tería a capacidade de escoller do pasado, aqueles linguaxes que máis IIe conviñan en cada momento, ademáis, noutras obras, istas referencias ó pasado, lévanos a compoñer edificios con linguaxes diferentes superpostos e combinados. E o que Pedro Navascués chama verdadeiro eclecticismo, chamando historicismo á elección dun modelo

[ 19] REGISTRO CIVIL. Coruña. "Libros de defunciones", tomo 41 . [ 20 ] Idem. "Libros de defunciones", tomo 62, fol. 53. [21 ] AF. Idem. nota 4. [ 22 ] "batalla librada en 1811, cerca de dicha localidad (en la provincia de Badajoz), entre las tropas aliadas hispanoanglo-lusitanas, y los franceses" Enciclopedia Espasa-Calpe, voz "Al buera". Madrid, 1968. [ 23 ] Daniel Benito Goerlich. La Arquitectura del eclecticismo en Valencia. Vertientes de la arquitectura valenciana entre 1875 y 1925. Concello de Valencia, 1983, páx. 239. [ 24 ] Novas e textos sobre os congresos son recillidos por Daniel Benito Goerlich Op. cito

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para aplicar no presente [25]. Isto último sería a plena aceptación do pasado pero, o eclecticismo visto como libertade, sería a consecuencia desa nova arquitectura que intentaban como propia do século. Istes novas profesionais traballan, fundamentalmente, nos proxectos de ampliación das cidades a través da proxectación de novas ensanches, ou ben da terminación doutros proxectos anteriores entre os que pode citarse o caso do barrio da Magdalena en Ferrol que, proxectado no século XVIII, ten o seu colofón no XIX. Con istas directrices e, ó facer un balance do pasado, recóllense os valores do mesmo e reutilízanse no presente, estando obligados os arquitectos a coñecer de aquel, todo o que poida servir de ornato, xa que na cidade prevalece o edificio como peza artística na que é moi importante a presentación estética, e ista presentación son, nas cidades, as fachadas; como consecuencia, a preocupación espacial é o urbanismo [27]. Pero a utilización destas combinacións de estilos con leva, moitas veces, o uso dunha decoración fora de contexto así como a realización de edificios en estilos históricos que nada teñen que ver cos motivos, técnicas e ideas palas que foron concebidos os exemplos nos que se basean. A difusión destas ideas que conformaron a meirande parte destes arquitectos, coadyuvaron dous circunstancias de interés; por unha banda, as ensinanzas descritas das escalas especiais e, por derivación das mesmas, as influencias dos gravados e artigos das revistas especializadas que divulgaban a obra de Viollet-Le-Duc: l/La notable influencia de Viollet-Le-Duc y su escuela, y las tendencias arqueologistas de algunas publicaciones, llevaron al estudio de la Arquitectura clásica, renacentista y medieval, lo que propició el desarrollo del historicismo desde la década de los años cincuenta [28]. Neste contexto rnóvese Faustino Domínguez Coumes-Gay que, ademais, residiu en Madrid durante varios anos, donde traballou ás órdenes do arquitecto do Ministerio de Fomento, no Museu do Prado e no pazo de xusticia, polo que a súa aprendizaxe enriqueceríase xunto có coñecemento da obra dos primeiros arquitectos saídos da escala como Elías Rogent, Juan de Madraza, Francisco Jareño ou o marqués de Cubas, que foron os que abriron o camiño do eclecticismo en España [29].

o edificio da casa consistorial da Estrada, supón das obras máis representativas deste arquitecto no campo do eclecticismo; foi encargada pala corporación de dicha localidade no ano 1880 [30]. E un claro exemplo de eclecticismo no que se poden recoñecer influencias renacentistas na loggia central así como na cúpula que supón unha referencia á que realizara Brunelleschi para Sta. María del fiare, en Florencia. Por outra banda, na ala esquerda da fachada, recorda, có seu tellado triangular de pronunciadas pendentes, ás edificacións inglesas da época romántica e, a torre ca súa balconada soportada por enormes ménsulas xunto có saínte almofadillado, simulan construccións manieristas.

[ 25 ] Pedro Navascués Palacio. La Arquitectura gallega del siglo XIX, C. O. A. G., Santiago de Compostela, 1984, páx. 22. [ 26 ] Pedro Navascués Palacio. El problema del eclecticismo en la Arquitectura española del siglo XIX, revista de ideas estéticas, 1971, páx. 113. [ 27 ] Jean Rudel. El eclecticismo histórico. ¿Pastiche o invención?, en: El arte y el mundo moderno, tomo 1, Barcelona, 1971, páx. 66. [ 28 ] Daniel Benito Goer/ich. Op. cit., páx. 240. [ 29 ] Pedro Navascués Palacio. Del neoclasicismo al modernismo, en: Historia del arte hispánico, tomo V, Madrid,1979, páx. 57-61. [ 30 ] AF. Expediente... 1887. Relación de documentos presentados, n. 12.

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o edificio érguese sobre un zócalo que salva o desnivel do terreo; toda a obra realízase en sillería granítica e, a fachada se organiza de modo que o corpo central queda enmarcado por dúas saíntes alas cuio ímpetu vertical contrasta cas molduras que a percorren a media altura. A decoración segue a liña do arquitecto en canto á austeridade que IIe caracteriza; aquí o ornato ten como base os motivos xeométricos de gran volume, soio as ovas e frechas que percorren o arco central da loggia, a palmeta que encerra un animal fabuloso e lixeiros toques de decoración vexetal na torre, apártanse deste xeometrismo. Na vertente da arquitectura palacega, a súa producción non é moi prolixa, temos información sobre os planos do pazo e outras dependencias que real izou para o marqués de Loureda en Buenavista, polos que foi galardoado en 1875, pero descoñecemos istas obras. Non ocorre o mesmo có pazo que proxectou para o mesmo marqués de Loureda, Enrique F. de Alsina, en san Pedro de Nós, entre os anos 1882 e 1884. A información sobre a autoría ven dada polo mesmo arquitecto a través do expedente de sol icitude da praza de arqu itecto provi ncial [31]. Neste caso recolle a tradición dos grandes pazos franceses dos séculos XVII e XVIII, insertándoo nunha paisaxe natural de maneira que domina unha ampla extensión de terreo; as referencias a Francia están presentes de forma clara na utilización das mansardas, un dos elementos máis atraentes dos pazos barrocos no veciño país. Iste pazo desenrolase a partires dunha planta rectangular, con dúas fachadas de signo diferente. A principal, segue un esquema monumental, de maneira que accede a ela mediante unha ampla escadería situada no fronte, a modo de elemento escenográfico; na fachada posterior hai unha referencia á tradición galega na galería corrida, en madeira, que tanto se utilizaba na vivenda urbán dende a segunda metade do século XIX.

o fronte principal destaca sobre o resto dos paramentos; o seu corpo central adiántase lixeiramente e toda a fábrica é de sillería granítica; nel atopamos unha linguaxe compositiva que repetirá máis adiante dunha maneira máis desenvolvida: tripla oco formando galería -de medio punto no primeiro andar e de vans adintelados no segundo-, e un remate en crestería a base de palmetas. Tamén os elementos ornamentales son moi propios do seu repertorio: palmetas, roleos nos dinteis e guirnaldas, mais sempre dentro desa austeridade que IIe caracteriza.

o pazo é un grande exemplo de arquitectura neobarroca, moi lonxe das tradicións locais e máis en relación cos modelos foráneos, en concreto cos franceses. Dous edificacións destacan no apartado de Instituos e colexios, ambos debidos ó magnate coruñés Eusebio da Guarda quen realizaría a principal aportación económica. Ubicados na praza de Pontevedra da Coruña, sin duda o máis importante é o destinado a instituto. o edificio foi proxectado para albergar unha escola de belas artes, un instituto de segundo ensino e un observatorio meteorolóxico. Os terreos foron cedidos en venta polo Ministerio de Facenda no ano 1883 [32], o edificio levaría o nome do patrocinador que, naqueles momentos gastara a suma dun millón de pesetas [33]. O proxecto de Faustino Domínguez Coumes-Gay, debiu realizarse ó pouco tempo da compra dos [31 ] Ibídem. n. 14. [ 32 ] X. Lois Martínez Suárez e Xan Casabella López. Op. cit. páx. 30.

[ 33 ] Faginas Arcuaz. Guía-indicador de la ciudad de la Coruña para el año 1890-9, La Coruña, 1890, 155. l

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terreas pois, no ano 1887, estaba xa en construcción [34]. Para 05 traballos interiores contou con artistas italianos, quizá contratados polo propio Eusebio da Guarda, quen tiña a intención de dar unha grande solemnidade ó edificio. Faginas Arcuaz cita ó pintor León Bianchi como autor da pintura de paredes e teitos e, na localidade italiana de Carrara, executouse a escada principal por Pedro Nicoli, en mármore da citada cidade e seguindo o plan do arquitecto [35]. Faustino Domínguez Coumes-Gay adopta para a fachada un esquema que evoca os pazos italianos do século XVII; nesta ocasión remembrando, nos corpos da galería, a disposición do pazo Barberini de Roma, senda un desenrolo dos dous pisos de galería que utilizara no carpo central da fachada do pazo de Alsina; nos corpos laterais utiliza unha disposición similar á utilizada nas vivendas, con dous plantas de grandes vanos en arco de medio punto e un piso de vanos adintelados. Todo o énfasis céntrase no carpo central, construído con sillares graníticos, donde se disponen sete vanos por planta; a galería da planta baixa confórmase a base de arcos de medio punto sobre pilastras, senda semicirculares adosadas na planta noble. 05 motivos decorativos seguen unha liña clasicista: clípeos, trofeos e guirnaldas e, ó langa do perímetro como remate, volta ó motivo da palmeta na crestería, enlazadas con guirnaldas. No interior é de destacar a escada principal con tres tramos, un de ida e dous de volta, realizada en cantería para 05 peldaños e mérmore de Carrara para a balaustrada. Enmárcase nun espacio cuadrangular cuias paredes se organizan en tres partes, dous laterais con arcos de medio punto e unha central con arco rebaixado, todas elas separadas por pilastras corintias, nun ambente decorativo que recorda 05 interiores rococó aínda que máis suavizado; de todos modos hai un certo recargo ornamental que non se corresponde ca traxectoria do arquitecto.

o conxunto inscribíase nun amplo e aberto espacio urbán, de ahí o monumental da fachada que se integra na cidade, embelecéndoa, nunha das principais prazas proxectadas no novo ensanche coruñés. o modelo, según Pedro Navascués Palacio, utilizouse con frecuencia a modo de linguaxe común, para institutos e escalas durante o século XIX [36]. As escalas da Guarda é outro edificio que, có patrocinio do filántropo coruñés do que leva o nome, fixo o arquitecto na cidade da Coruña. E unha obra de finais do século XIX cando a fase máis clasicista vaise impondo na obra de Faustino Domínguez Coumes-Gay (Como exemplos temas o edificio de vivendas na praza de Pontevedra e o instituto da Guarda). Nas escalas, volta a utiliza-la galería, neste caso totalmente rectilínea, adintelada, aínda que, en realidade, isto é unha característica de todo o edificio que, no seu nu decorativo e as formas claras, recorda o neoclasicismo.

o seu emplazamento estaba no eixo da rúa Juana de Vega, unha das arterias principais do novo ensanche coruñés de finais do século, o que Ile confería maior monumentalidade pois buscábase o ornato da cidade como xa se comentou e, xunto cos edificios que realizou na mesma praza de Pontevedra, iste obxectivo conseguíase de modo satisfactorio. Outra obra importante, dentro da súa etapa clasicista é a casa-monte de piedad na praza das ánimas, en Santiago. Actualmente está dedicada a biblioteca pública, conservatorio, fonoteca e outros servicios. [34] AF: Expediente ... 1887. [ 35 ] Faginas Arcuaz. Op. cit., 155. [ 36 ] Pedro Navascués Palacio. La arquitectura gallega del siglo X/X, 20.

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Os proxectos foron encargados en principio ó maestro de obras Manuel Pereiro, pero en calidade case do que poderiamos chamar aparellador pois a dirección das obras sería de Coumes-Gay. Pronto hai dificultades debido a que, o arquitecto municipal chama a atención sobre que o citado maestro de obras non pode exerce-Io cargo toda vez que é exclusivo dun arquitecto ou un enxeñeiro; para resolve-Io problema, o propio Coumes-Gay farase cargo [37]. O novo plan será xa da factura deste arquitecto e, hoxe, atopámolo alterado con motivo dunha ampliación posterior. Escolle unha tipoloxía neoclásica para un edificio público. Son dous corpos de fachada con tres calles, lixeiramente retrasadas as laterais, destacando a central rematada cun frontón triangular no que dispón unha grande palmeta no coroamento. A cornisa jónica utilizaraa xa nas escalas e instituto da Guarda. No carpo baixo dispón un almofadillado que concede a ista parte un carácter de soporte do resto no que, pilastras caxeadas e columnas, separan o triple oca adintelado. Nas calles laterais, a disposición é a mesma para ámbalas: carpo baixo con arco de medio punto e primeiro piso adintelado. A escasa decoración segue os cánones clasicistas nas palmetas, guirnaldas e elementos xeométricos que animas a fachada.

[37] AMS. Libro de licencias de obra, 1894-1895, p. 143.

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o arquitecto Faustino Dominguez Coumes-Gay.

A sua biografia, e obras f贸ra dos contextos das vivendas e obras relixiosas

Faustino D. Coumes-Gay

A Estrada. Casa do Concello.

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j. LUIS ALONSO TORREIRO

Palacio de Alsina en San Pedro de N贸s.

Palacio de Alsina en San Pedro de N贸s.

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o arquitecto Faustino Dominguez Coumes-Gay.

A sua biografía, e obras fóra dos cóntextos das vivendas e obras relixiosas

Palacio de Alsina en San Pedro de Nós.

Instituto da Guarda. Coruña.

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). LUIS ALONSO TORREIRO

Instituto da Guarda. Coru単a.

Escalas da Guarda. Coru単a.

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o arquitecto Faustino Dominguez Coumes-Gay.

A sua biografia, e obras f贸ra dos contextos das vivendas e obras relixiosas

Casa-Monte de Piedad. Santiago. Proxecto de Coumes-Gay.

Casa-Monte de Piedad. Santiago. Estado actual despois da reforma.

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VARIA

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 181-192

ESCAVACIONS DE MAMOAS NA AREA DE EXPANSION MINEIRA DE ENDESA (AS PONTES - A CORUÑA) 1988. Xosé A. paMBa M05QUERA Instituto F. P. "A Piringalla" Lugo RESUMO: Preséntanse os resultados da escavación de tres túmulos megalíticos na cubeta das Pontes (A Coruña). Nun deles apareceu un solo empedrado con cantos rodados. A BSTRACT: Excavations of Mamoas in the mining area of ENDESA (As Pontes, A Coruña) 1988. This article presents the results of the excavation of three megalithic buriel mounds in the trough of As Pontes (A Coruña). One of them had a surface paved with boulders.

As escavacións arqueolóxicas de mámoas na "Area de expansión mineira de ENDE5A (As Pontes A Coruña)" correspondentes á campaña de 1988, centrándose en tres túmulos que corrían perigo de desaparición por mor das obras que se realizaban na explotación da mina de lignitos existente ó pé da vila de As Pontes. As escavacións foron financiadas na súa totalidade pola mencionada empresa.

1.- O MEDIO FISICO A zona na que se asentaban as medoñas escavadas sitúase na Cubeta de As Pontes (Mapa 1), nunha plataforma de inundación do río IlIade que un quilómetro máis. ó sur emboca no Almigonde, o cal á súa vez recollía as augas de tódolos regatos pequenos da Cuberta Terciaria para vertelas ó Eume a uns 200 ms. ó sur da actual Central Térmica. Esta plataforma de inundación, e todo o fondo da Cubeta Terciaria, presenta a niveis practicamente superficiais restos de terrazas cuaternarias con depósitos de cantos rolados que no caso que nos ocupa no lugar de "A Telleira" aparecen xusto baixo os terróns da vexetación superficial. As tres medoñas escavadas na campaña de 1988 formaban parte dun conxunto de cinco que Federico MAClÑEIRA (1944) situa onda o lugar de "Ponte da Pedra" (páx. 16): "La necrópolis que comprende los números 216, 217, 218, 223 Y 227 se encuentra en el P.A. defectuosamente expresada, por aparecer demasiado espaciados los puntos que representan las cinco medoñas, ya que estas forman realmente una agrupación, aún cuando no muy próximas entre sí, en la entonces 181


XOSE A. POMBO MOSQUERA

árida llanada de Veiga dos Mauros -toponimia harto significativa- junto al lugar de Ponte de Pedra ... //.

MEDOÑA 227

o monumento polo que deron comenzo as escavacións foi a medoña catalogada co nº 227 (ou da Telleira 1) da que MAClÑEIRA (1944) di: " ... y la 227, sólo llega a 1O metros de diámetro, la menor de todas y sumamente aplanada, no ofrecía signos de apertura". Nós atopámoslle por medidas, unha vez limpa de vexetación, 15,30 ms. de diámetro e 0,85 ms. de alto. Procedimos á súa división en catro sectores e cada sector foi dividido en cadrados. (Figura 1). Escaváronse os sectores N-E, S-E, e N-O, por esta orde. Dadas as características desta medoña, que se mencionarán de seguido, escavámo-Io cadrado S-E que ocupa a parte interna do sector suroeste para asegurar ó máximo os resultados que se dan a continuación. Dende un principio quedou clara a estructura tumular que se había de confirmar ó longo da escavación da mámoa: Baixo unha capa de terra negra vexetal de 22-27 cms. deu en aparecer outra capa de limos ocres que chegaban ata o chan base da medoña. Na terra negra vexetal había cantos rolados soltos, enteiros e fragmentados, estrados sen orde ningunha, removidos polos labores agrícolas que tradicionalmente se viñeron realizando nestas terras. Os limos ocres estaban perfectamente definidos e case limpos de cantos rolados, tan só existían anacos de seixo moi illados e de pequeno tamaño, e algúns cantos espallados polo túmulo sen formaren estructuras. O estrato de limos, que diminuía en potencia cara á periferia do túmulo, chegaba ata o chan base do mesmo. O chan base da medoña estaba formado por unha gran concentración de cantos rolados, escollidos, de regular tamaño, procedentes da terraza cuaternaria, e que nos formaban un chan perfectamente plano, senón que se adaptaban ás irregularidades propias dos cantos densamente concentrados (Figura 1). Así o túmulo resultaba "empedrado" e illado do solo. Fixéronse sondeos para ve-la estratigrafía dos solos que rodeaban as medoñas na inmediación das mesmas e comprobouse que os cantos das terrazas non se concentraban do mesmo xeito que aparecían no fondo do túmulo, polo que deducimos que estes foron concentrados "ad hoc" cando se ergueu o túmulo. Non se observaron restos de coiraza pétrea ou de circo de pedras que rodeasen o túmulo. Tampouco se observaron restos de cámara pétrea nin de chantos que fixesen pensar nalgún tipo de estructura interna. No chan non atopamos signos das pegadas que deixarían uns posibles ortostatos. Na parte central do túmulo algunhas liñas de terra moura de pouca potencia (entre 2 e 6 cm s.), de irregular colocación, de color grisácea-moura, fixeron pensar en signos de violación. No interior do túmulo, e sempre de forma illada, foron recollidos anacos de seixo tallados. As pezas foron feitas nun tipo de seixo moi semellante ó dos cantos da terraza cuaternaria, pero do 182


Excavacións de mámoas na área de expansión mineira de Endesa (As Pontes-A Coruña) 1988

material máis cristalino que ofrece mellores posibilidades para a talla. Tódolos anacos foron atopados no nivel de limos ocres ou no límite dos limos ocres cos cantos que formaban a base do túmulo, a unha fondura que oscila de entre 75-96 cms. As pezas atopadas son as seguintes (Figura 2): -Un Chopper, que aparece u xusto no "empedrado" base e formando parte del (227/F-3/12). -Un útil dobre: buril e perforador (227/0-9/1) -Unha punta bec (227/0-4/13) -Un disco de técnica levallois con nove extraccións (227/14) -Oúas láminas e dúas laminiñas. -Varias lascas. Resulta evidente que de tan escasa e tan heteroxénea mostra non resulta posible establecer ningún tipo de clasificación pola tipoloxía, e moito menos de achegamento a unha posible cronoloxía. O problema acentúase de pensarmos que estes restos de talla apareceron espallados polo túmulo. O que si resulta manifesto é a existencia deste tipo de útiles tallados en seixo no túmulo e non só dentro dunha cámara ou nun corredor. As pezas puideron chegar alí por varias razóns. Unha podería ser que se perdesen no momento de construcción do túmulo. Outra que se fabricasen alí cando se precisaron ou que fosen restos de talla doutras pezas. E unha terceira que chegasen alí cos limos e pedras de construcción do túmulo. Sen máis probas é imposible pronunciarse por calquera das posibilidades.

ME DOÑA 223. A medoña nº 223 (ou da Telleira-2) estaba situada a uns 150 ms. ó E-NE da anterior. Tanto na súa morfoloxía externa coma na conformación xeral da área onde se asentaba era en todo semellante a ela. As nosas medicións deron 16 metros de diámetro e 0,90 ms. de altura, se ben debemos ter en conta que os límites do túmulo son moi imprecisos e difíciles de marcar porque tenden a confundirse co terreo do contorno. (Figura 3) Unha vez limpo de vexetación o túmulo, procedimos a varia-la metodoloxía da escavación: -Fixemos unha gabia en dirección Norte-Sur, de dous metros de ancho, que cuadriculamos partindo do norte. A estructura tumular coa que nos atopamos foi a mesma cá mencionada para a M-227: -A primeira capa era de terra negra vexetal revolta polos labores de cultivo cunha potencia de 2025 cms. e que tiña algúns restos de cantos rolados de seixo, os máis deles partidos. -A segunda capa era de limos ocres, perfectamente limpos de pedras. Igual que no caso anterior mesmo semellaba que foran cribados antes de botalos para forma-lo túmulo. 183


XOSE A. POMBO MOSQUERA

-A base do túmulo tamén apareceu empedrada cunha capa de cantos rolados de seixo, os mesmos da terraza cuaternaria da zona, pero para tal fin escolléronse os meirandes e concentráronse. A superficie que estes forman é irregular, adecuándose ás posibilidades dos mencionados cantos. Nos cadrados 4-E e S-E, no que sería o centro xeométrico da medoña, puidemos observar que o chan aparecía lixeiramente afundido, como se existise funil de violación. Cando fomos afondando e despois da capa negra vexetal, comprobamos que tal impresión fora acertada. A capa de limos ocres presentábase moi remexida, con terras grises e mouras que aparecían e desaparecían sen formaren estrato regular ningún. Máis abaixo, a 80 cms. de fondo, comenzaron a aparecer anaquiños e anacos de lousa, moi fragmentados primeiro e máis grandes despois. A 1,20 ms. de fondo é dicir, máis abaixo que o nivel do chan do contorno, apareceu unha chanta inclinada cara ó N, e feita de lousa (xisto). A beira dela os limos aparecían misturados con terras grises e negras sen formaren estratos regulares. O tipo de pedra da chanta é o mesmo có existente nas louseiras de máis ó N, a 2/2,5 Kms. de distancia. Do exame detido deste ortostato puidemos concluír que achanta fora fragmentada con intencionalidade, pois presentaba tres sinais evidentes de fortes impactos. Ademais de rota, achanta estaba inclinada cara ó norte, probanlemente deixada así cando se rompeu. O ortostato afincábase no solo base, e estaba reforzado polo norte por un calzo do mesmo tipo de pedra. O solo estaba formado por gravas, gravas miúdas e limos ocres, onde foi feito un furado para asenta-Ia chanta ata un fondo de 1,60 ms. Non atopamos sinais de que houbese outra ou outras chantas nos cadrados escavadas, e non había ningún outro furado onde puidesen asentarse, como no caso anterior, mentres que o chan base permanecía inalterado. (

Pensamos que a actual posición do ortostato dé bese a unha ou varias violacións do monumento,xa que en toda a cuadrícula S-E e parte das próximas aparecían liñas de terra vexetal misturada con outras de limos sen formaren estructura recoñecible. A posición máis probable do chanta sería vertical. Sinalar tamén que o empedrado do fondo do túmulo estendíase por tódolos cadrados escavadas, e previsiblemente por toda a medoña, agás na zona central que foi a zona de violación onde se situaba a chanta (Figura 4).

MEDOÑA 217 Esta medoña estaba nun deplorable estado de conservación. Xa dela dixera MAClÑEIRA (1944): " . . . la 217, la mayor de todas ellas, de 23 metros, fuera muy escavada, sin ofrecernos características alguna especial;... " Nós averiguamos que se sacaran do túmulo "hai algo máis de 25 anos varios camións de terra" (sic). No recoñecemento visual do monumento observamos que no límite norte do túmulo había un pozo de sondeo da Mina, e outro maior a uns 150 ms. en dirección S-E. Para chegar a este último fíxose unha entrada e un camiño para vehículos que afectou á parte sur do túmulo. Polo oeste a terra que se sacou da gabiada pista que pasaba ó seu pé foi acumulada formando un valo que ocultaba parte do túmulo. De todo isto pódese deducir que se atopaba practicamente irrecoñecible, e máis aínda se pensamos que sobre os seus restos medraban abidueiras, ericáceas, toxos e xestas de gran tamaño. O procedermos á limpeza da vexetación que cubría o túmulo puidemos anota-la presencia dunha chanta feita de lousa (xisto), de 1,70 m. de alto, 40 cms. de ancho e 10 cms. de grosor. Esta chanta aínda conservaba a súa inicial forma, pero moi fragmentada e non foi posible conservala. Probablemente procedería da que debeu se-la zona central do túmulo, de onde se sacou a terra para o campo de futbol e abandonada alí cando se fixo tal labor. Non existían sinais doutras chantas tiradas, nin sobre o túmulo, nin nos arredores. 184


Excavacións de mámoas na área de expansión mineira de Endesa (As Pontes-A Coruña) 1988

Unha vez despexado de vexetación o que quedaba de túmulo puidemos observar que a parte máis elevada do mesmo con respecto ó chan do contorno conservaba unha altura de 0,70 m., e que o túmulo en si mesmo era moi difícil de reconstruír no seu perímetro pero calculamos que debía ter uns 30 m. de diámetro. Tamén observamos que afloraban o que poderían ser dúas chantas e alí onde concentrámo-Ios esforzos da escavación. Delimitamos un único cadrado de 4,50 m. en dirección N-S por 1,50 m. en dirección E-O. No medio do cadrado quedaban as dúas posibles chantas (Figura 5). Unha vez escavada esta zona, puidemos observar -As inicialmente consideradas como posibles chantas confirmáronse como tales. Aínda que separada a unha da outra estaban aliñadas en dirección N-S (en realidade a 355º). No medio das dúas, no lugar que hipoteticamente deberan ocupar outra ou outras chantas, estendíanse cantos rolados de regular tamaño que seguían a mesma orientación. -As chantas estaban afincadas no solo base. Para asentalas fíxose un furado onde se introduciron, e unha vez colocadas á altura que se prefixara, o furado volveuse encher con terra vexetal, limpa de pedras, para afirma-la verticalidade dos ortostatos. A chanta situada máis ó norte foi enterrada 0,80 m. e tan só sobresaía 0,45 m. A outra tiña 0,50 m. baixo o solo base e sobresaía outros 0,50 m. -Entre as dúas chantas aliñábanse os cantos rolados de seixo, pero estes non destacaban do chan máis de 0,30 m. -As chantas eran de lousa (xisto), material que esfolia con moita facilidade. Se a isto engadimos que o monumento foi deteriorado ó longo dos tempos, explicaremos que delas se desprendesen algúns anacos moi meteorizados. -Cremos que estas dúas chantas xunto cos cantos rolados formaban parte da estructura megalítica de medoña, con toda probabilidade do corredor. Agora ben, faltarían de aquí outros ortostatos que o completarían. -Non demos con sinais da cámara, probablemente porque foi destruída nalgunha das múltiples violacións que debeu sufrir.

A XEITO DE CONCLUSIONS -Escavamos tres medoñas que se sitúan en plan de val e que formaban parte dun conxunto máis amplo de cinco, conforme as precisas anotacións de D. Federico MAClÑEIRA (1944, páx. 16). Estas medoñas sufriron--as consecuencias de estaren emprazadas en terras de labor. Puidemos averiguar que alí aínda se cultivaban cereais na década dos 40 e dos 50. -As dúas primeiras, 227 e 223 ofrecían unha estructura tumular moi semellante que cómpre ter en conta: Os túmulos estaban asentados sobre unha gran concentración de cantos rolados de seixo procedentes da terraza cuaternaria. Esta concentración de cantos actuaría a xeito de separación entre o solo base e o túmulo, e illaría a este último do exceso de auga que se puidese acumular na zona ó ser esta baixa e chaira: A Cubeta de As Pontes. Os cantos procedían do contorno inmediato. 185


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Sobre esta concentración de cantos rolados depositouse un túmulo formado por limos ocres case limpos de cantos que, ou ben viñeron do río IlIade (a 200 ms. ó norte), ou ben houbo que sacalos dalgún furado practicado no contorno máis ou menos inmediato.

o túmulo de limos ocres recubriuse dunha capa de terra negra vexetal, que ou ben xa foi posta así, ou ben procede da transformación agrícola efectuada co paso do tempo. -A m-227 non tiña indicios de cámara, nin de coi raza, nin de circo de pedras que rodease o túmulo. Espallados polo este último apareceron algúns restos de pezas talladas en seixo pero o pequeno número de pezas impide facer precisións. -Na segunda das medoñas, nº 223, apareceu un ha única chanta colocada no centro e que tiña os sinais de estar partida por mor dunha violación. Sinalaremos que neste caso no demos con ningún resto de pezas talladas nin con calquera resto de enxova!. -A terceira das medoñas, nº 217, estaba moi violada conforme xa anotara D. Federico Maciñeira, conforme puidemos averiguar e conforme atopamos evidencias cando escavamos. A escavación da mesma puxo ó descuberto dous ortostatos aliñados en dirección N-S (355º máis exactamente), separadas entre si pero con solución de continuidade entre ambas por medio de cantos rolados que non alzaban tanto coma as propias chantas, Esta estructura debeu formar parte dun corredor. -Na M-223 e na M-217 as chantas estaban afincadas no solo base, sendo practicando un furado fiad hoc fl para súa instalación. -As tres medoñas, mailas outras dúas coas que formaban conxunto e que xa desapareceran, estaban nas proximidades do camiño real que saía de As Pontes e que se dirixía cara a Pontedeume e Ferro!. Isto xa é coñecido para outras medoñas do noroeste peninsular e comentado na bibliografía especializada polo que non incidiremos sobre o asunto. - Durante as escavacións recolléronse diferentes mostras de terra dos túmulos co fin de realizar análises polínicas e deste xeito poderíase reconstruí-la paleopaisaxe na época na que se ergueron os túmulos. Malia a vontade e os esforzos deste arqueólogo para levar a boa fin estas análises e de completa-las escavacións, os sucesivos atrancos que sufiu por parte dos responsables da Dirección Xeral do Patrimonio Histórico e Documental impediron tales labores.

NOTA: O texto corresponden te a este trabal/o está recol/ido en Arqueoloxía - Informes 2. Campaña 1988. Dirección Xeral do Patrimonio Histórico e Documental, Conselleria de Cultura e Xuventude, Xunta de Calicia. A información que agora se aporta sobre útiles e o interés da parte

gráfica aconsellan a súa publicación neste volume. 186


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BIBLlOGRAFlA

MAClÑEIRA Y PARDO DE LAMA, Federico.- 1944. "Túmulos Prehistóricos. Inventario descriptivo de los doscientos ochenta y seis túmulos prehistóricos hasta ahora descubiertos en la avanzada comarca del Cabo Ortegal" Boletín de la Real Academia Gallega.

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 193-197

LA ESPADA CORTA DE LA COLECCION DE ANGEL DEL CASTILLO: UN NUEVO EJEMPLAR PISTILlFORME DE REDUCIDAS DIMENSIONES. José Ma. BELLO DIEGUEZ Arqueólogo del Ayuntamiento de La Coruña. Museo Arqueológico e Histórico Castillo de San Antón. 15001 La Coruña

RESUMEN: Descripción y comentario de un ejemplar de espada corta o puñal largo pistiliforme, perteneciente a los fondos del Museo Arqueológico e Histórico de La Coruña. A BSTRACT: The short-sword from the Angel del Castillo collection: a new pistilform example small in size. Description and commentary of a pistilform example of a short-sword or long dagger from the collection of the Archaeological and Historical Museum of Corunna (Spain).

Inventariada como procedente de la colección de D. Angel del Castillo, a finales de marzo de 1992 ingresó en el Museo Arqueológico e Histórico de La Coruña, mediante donación de un particular, una espada corta o puñal largo [1] de bronce, partido en dos fragmentos (Fig. 1 ). Por la peculariedad de su pequeño tamaño, y aun a pesar de no poder precisar el contexto ni el lugar de su aparición [2], representa una novedad en la panoplia armamentística del Bronce Final 11, yen cuanto tal nos parece interesante darlo a conocer y ponerlo a las disposición de los investigadores, no siendo otro el objeto de esta breve nota. La unión de los dos fragmentos conservados, con 29 cm., de longitud total de los cuales 26 corresponden a la hoja, presenta una forma general pistiliforme no en exceso acusada [3], con nervadura central de sección angular. En la superficie, muy distorsionada*, no se observan restos de acanaladuras ni incisiones en la pátina ni fuera de ella. De la parte proximal ha desaparecido buena parte de la empuñadura, incluido el huso y las guardas, pero las características morfológicas y las líneas de fractura permiten aventurar la reconstrucción hipotética de una forma típicamente pistiliforme ibérica, con guardas en disposición cerrada. Los calados de las guardas parecen haber tenido una longitud de 25 mm., pero la permanencia de un reborde sugiere que dichos calados proceden de la fractura de la delgada lámina que debió haber existido entre los agujeros para pasar [ 1 ] Utilizamos la tradicional convención de 30 cm. de longitud para diferenciar entre puñales y espadas. [ 2 ] Ningún dato ni referencia acerca de esta pieza hemos podido encontrar en la amplia bibliografía de A. del Castillo ni en la parte de sus notas y manuscritos inéditos a la que hemos tenido acceso. [ 3 ] Tan sólo hay una diferencia de 4 mm. entre la parte más ancha en el tercio distal (24 mm.) y la más estrecha en el tercio pruximal (20 mm.). * Aparentemente la pieza ha sido tratada con ácido, lo que ha causado la desaparición de buena parte de la pátina.

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los remaches (MEIJIDE CAMESELLE 1988:9), en número difícil de precisar aunque el de cuatro no parece apartarse demasiado de la realidad. La fractura en el punto de unión de la guarda con la hoja tiene una longitud de 11 mm. en cada uno de los lados. En el extremo proximal la nervadura central se divide en dos al igual que ocurre en otras espadas pistiliformes conocidas [4], comenzando quizás a partir de ahí el calado del huso. La forma general en nada extraña a las de espada pistiliforme de los tipos propios del Bronce Final salvo por lo que se refiere a las dimensiones, que vienen a ser en longitud la mitad cuando menos de la de los ejemplares habituales, con medidas de entre 50 y 60 cm. en la hoja. Tal circunstancia confiere a la pieza que estudiamos características de notable peculariedad, al ser ejemplar único en el Noroeste, y fuera de él tan solo paralelizable en al península, a nuestro juicio, con el puñal o espada corta aparecida en Cabañas de Juarros (Burgos), estudiada por el Dr. Fernández Manzano quien la califica de "excepcionalmente rara" señalando que es "la única de estas características que tenemos noticias" (FERNANDEZ MANZANO 1986:14, 59-69). 1I

En un análisis tipológico debemos destacar la nervadura central en ángulo, el grado de inclinación de los calados de la guarda y la forma general pisti 1iforme poco acusada. Estos rasgos son parcialmente contradictorios entre sí pues, según los convencionalismos al uso (MEIJIDE CAMESELLE 1988:16, 21-23), las guardas cerradas -como parece ser nuestro caso, partiendo de la suposición de que los perfiles de la guarda sigan en paralelo a los de los calados- son indicativos de antigüedad, el desarrollo de la nervadura angular lo es de época media, y la forma de la hoja tendente a los bordes paralelos lo es de momentos recientes, moviéndose siempre dentro de los relativamente estrechos márgenes del Bronce Final 1I (1100-900 a.e. aprox.). La misma confluencia de rasgos cronológicamente contradictorios se da en el ya citado ejemplar de Cabañas de Juarros, si bien en este caso con los elementos en asociación diferente: hoja marcadamente pistiliforme -rasgo antiguo-, nervio angular -medio- y guarda muy abierta -reciente-o Volviendo a nuestro caso, creemos que la forma de la hoja debe ser subordinada a los otros rasgos, que en principio pueden ser considerados más definitorios en cuanto a su valor de indicador cronológico, y a los que habría que sumar la ya citada existencia en las guardas de agujeros individualizados en vez de calado corrido, lo que apuntaría a un momento relativamente antiguo; en consecuencia, proponemos para la daga un momento antiguo-medio del Bronce Final 11. Insistimos en que esta atribución cronológica se basa tan sólo en consideraciones tipológicas lo que conlleva un alto grado de incertidumbre, no sólo por el desconocimiento tanto del contexto como incluso del lugar preciso del hallazgo de esta pieza, sino también por la posible tendencia a la pervivencia de los tipos metálicos en el Noroeste [5], como parece poner en evidencia el difícil problema de la definición de los puñales de antenas gallegos (PEÑA SANTOS, A. de la: 1992:382)[6]. A pesar de ello, la incorporación a la pieza que consideramos de los rasgos típicos de las espadas pistiliformes clásicas sin más modificación que la de su escala parece sugerir que no estamos ante un caso de reinterpretación de los modelos originales, por lo que parece lícito suponer la proximidad cronológica con éstos. De ser así, la espada corta de Angel del Castillo puede estar en el origen de una posible tradición de puñales del Bronce Final, hasta ahora mal definida, en la que se encuentran primero modelos pistiliformes [7], luego de lengua de carpa[8], para terminar con los de antenas, posiblemente derivados de estos últimos (RUIZ-GALVEZ PRIEGO 1980). [ 4 ] Como la de Carboneras de Cuenca (MEIJIDE CAME5ELLE 1988, lám. VI. 1) o una de las dragadas en el río Ulla, entre las provincias de La Coruña y Pontevedra (MEIJIDE CA5EMELLE 1988, lám. IX. 2). [ 5 ] De donde probablemente provenga, teniendo en cuenta la composición de la colección de objetos arqueológicos de D. Angel del Castillo. [ 6 ] 5eñala este último autor la paradoja existente entre el análisis tipológico de los puñales de antenas gallegos (RUIZ-GALVEZ PRIEGO 1980) Y sus contextos arqueológicos de un momento castreño avanzado con presencia romana, en torno al cambio de era. [ 7 ] El que estudiamos y el ya citado de Cabañas de Juarros. [ 8 ] Como el de Palma del Río de Córdoba (MEIJIDE CA5EMELLE 1988: 115, lám. XIV. 3), el depositario en el Instituto Valencia de Don Juan procedente de algún lugar de la Meseta Norte (MEIJIDE CA5EMELLE 1988: 119, lám. XXII. 1), el de Elvas en el Alto Alentejo (MEIJIDE CA5EMELLE 1988: 120, lám. XXIII. 1) o el de Paredes de Nava en Palencia (MEIJIDE CA5EMELLE 1988: 120, lám. XXII. 2).

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La espada corta de la colección de Angel del Castillo: un nuevo ejemplar pistiliforme de reducidas dimensiones

Destacamos finalmente un hecho más cual es que, según se desprende del análisis de la línea de fractura entre los fragmentos en que la pieza está dividida, debió haber presentado en el momento de su hallazgo una zona de unión de unos 4 mm. de ancho en uno de los bordes del filo, situándose ambos fragmentos con un apreciable grado de torsión: la hoja estaba parcialmente rota y considerablemente doblada. La zona fracturada, que presenta en el espesor de la sección una pátina similar a la que cubre parcialmente el resto de la superficie de la hoja, parece haberlo sido a partir de una melladura producida por un fuerte golpe. Así pues, no podemos precisar si el estado de la hoja se debe a un daño recibido en pleno uso -la imagen más fácil sugiere una lucha con posterior abandono del arma inservible- o si se trata de una destrucción intencional del arma, a la que se "mata" por motivos rituales, como es frecuente en amplias zonas europeas (HUNDT 1955:101, EOGAN 1964:311-313, en ME/JIDE CAME5ELLE 1988:86-89). Los aspectos rituales en relación con los hallazgos de espadas han sido sugeridos repetidamente en la literatura arqueológica. Aquí no podemos más que señalar que el hallazgo de espadas inutilizadas mediante la torsión no es extraño tampoco en la Península, pero su significación, sobre todo en contraste con el frecuente hallazgo de espadas en los ríos, es interpretado de distinta forma por los investigadores que han tratado el tema con mayor o menor profundidad. Así, mientras Meijide (1988:79 s.) une ambos tipos de hallazgos en una misma tradición funeraria, para Briard, por el contrario, ambos fenómenos, que podrían haber sido contemporáneos, responderían a distintas motivaciones; indica este autor que los hallazgos en ríos suelen proporcionar ejemplares completos en buen estado de conservación (BRIARD 1987:103), mientras que las espadas dobladas parecen estar relacionadas con rituales funerarios de incineración vinculados a la expansión de los Campos de Urnas (BRIARD 1987:115). En este sentido, Ruíz-Gálvez señala que los hallazgos de espadas dobladas pueden ser manifestaciones que reflejan un cambio de rito funerario, con significaciones culturales y cronológicas (RUIZ-GALVEZ PRIEGO 1982:181) [9]. La Coruña, Abril de 1992.

[ 9 ] Propone esta autora los ejemplos de la espada Monte Sa Idda de Alcalá del Río, el de otra muy similar, inédita, probablemente procedente de una tumba de la provincia de Sevilla, y el de otra del mismo tipo pero fabricada en hierro y acompañada de un ajuar orientalizante (BLANCO FRIjEIRO 1963); todos ellos de un momento de transición del Bronce al Hierro.

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La espada corta de la colección de Angel del Castillo: un nuevo ejemplar pistiliforme de reducidas dimensiones

BIBLlOGRAFlA

BLANCO FREIjEIRO, A.: 1963 El ajuar de una tumba de Cástulo/ ALA. XXXVI BRIARD, J.: 1965 Les dép6ts Bretons de rAge du Bronze Atlantique. Rennes. 1987 Mithes et symboles de I/Europe preceltique. Les religions de lage du bronze (2500-800 av. j.c.). Collection del Hesperides. Ed. Errance. París. EOGAN/ G.:1964 The later Bronze Age in Ireland in the ligth of recent research, P.P.S .. FERNANDEZ MANZANO/ J.: 1986 Bronce Final en la Meseta Norte española: El utillaje metálico. Monografías. Investigaciones Arqueológicas en Castilla y León. Soria. HUNDT/ H.J.: 1955 Versuch zur Deutung der Depotfunde der nordischen jüngeren Bronzezeit,

jahrbuch der romisch-germanischen Zentralmuseums Mainz 11. MEIjIDE CAMESELLE, G.:1988 Las espadas del Bronce Final en la Península Ibérica, Arqueohistórica 1, Universidad, Santiago. PEÑA SANTOS, A. de la: 1992 El primer milenio a.d.C. en el área gallega:Génesis y desarrollo del mundo castreño a la luz de la arqueología. Actas de la reunión IIPaleoetnología de la Península Ibérica ll , Madrid 13-15 diciembre de 1989. COMPLUTUM 2-3, pp. 373-394. RUIZ-GALVEZ PRIEGO, M.: 1980 Acerca del origen de los puñales de antenas gallego-asturianos. Actas do I Seminario de Arqueología do Noroeste peninsular, Tomo 1. Guimaraes. 1982 Nueva espada dragada en el río Ulla. Armas arrojadas a las aguas. El Museo de Pontevedra, Tomo XXXVI. Pontevedra.

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UN COMPLEXO DE GRAVADOS RUPESTRES EN RIANXO - A CORUÑA Xoán Andrés FERNANOEZ CASTRO Pedro PIÑEIRO HERMIOA Ramón CES CASTAÑO Colexio Público "Castelao" Rianxo - A Coruña RESUMO: Dáse a coñecer un novo xacemento rupestre na ribeira da Ría da Arousa, particularmente interesante, tanto polo número de rochas gravadas, máis de corenta, como polo característico deseño dalgúns zoomorfos. A BSTRACT: A new group of engravings on stone in Rianxo, A Coruña. We are publishing a just discovered group of stones engravings in the hinterland of Ría da Arousa, particularly interesting, not only because of the number of engraved stones, but also because of the special desing in sorne of them, showing animals.

O descubrimento do complexo inscultórico rupestre de Rianxo, esparexido en más de corenta rochas graníticas nas parroquias de Leiro e Rianxo é froito da exploración realizada durante o ano 1989 dunha gran área de terreo, na meirande parte monte baixo, a partir do achado casual dunha pedra gravada, circunstancia que estimulou a nosa curiosidade. No momento de dar este trabal lo á imprenta contamos xa con novos descubrimentos que esperamos publicar no seu momento. Oeste xeito, a zona de Rianxo-Leiro constitúese coma unha área rupestre de primeiro orde en Galicia e merecente da oportuna protección institucional que dende aquí reclamamos.

o MEDIO FI51CO O complexo Rupestre de Rianxo distribúese pola zona occidental da Península Rianxeira, na Ría da Arousa. A meirande parte das laxes gravadas referidas neste trabal lo encóntranse nas altitudes medias, entre os 60 e os 100 m., que supoñen a transición entre as zonas altas do Monte da Pena (200 m.) e as chairas litorais onde se instalan os cultivos e que paseniñamente van sendo invadidos polos chalés. A vexetación arbórea está constituída case exclusivamente por pino e en menos cantidade, eucalipto; os toxos e fentos ocupan a totalidade da superficie do chan colonizado as enormes superficies arrasadas polo lume nos dous últimos anos. As mesmas rochas gravadas vense ás veces cubertas de liques, circunstancia que dificulta a observación do deseño e acelera o proceso erosivo da pedra. 199


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A temperatura media anual é de 14º C, e a precipitación total anual acada os 1.921 mm. Os datos proceden da Estación Meteorolóxica do Monte da Pena, moi próxima ó complexo rupestre (CARBALLEIRA et al., 1983).

o CONTEXTO ARQUEOlOXICO A zona meridional da península de Rianxo-Leiro constituíuse ó longo do tempo nunha área de atracción de diversas poboacións, de distintas culturas. Probablemente as condicións físicoclimáticas favorables e a conxunción de factores terrestre-marítimo-fluviais contribuíron a este feíto, estando demostrada a presencia humana a través do tempo. Da cultura megalítica consérvanse varios túmulos situados nas pequenas chairas do N. Moi perto do xacemento rupestre que nos ocupa FABREGAS e de la FUENTE escavaron unha mámoa. Así mesmo pódense ver varias mámoas máis no Monte da Pena, na confluencia das parroquias de Leiro, Asados e Rianxo. A recente publicacións dunha colección de espadas de bronce por MEIJIDE CAMESELLE, xunto co xa clásico casco-cunea de Leiro fálannos da presencia nestes lugares dun pobo que practicaba a metalurxia do bronce. Nun dos petroglifos de Rianxo aparece un puñal e igualmente na laxe da Foxa Vel/a (CALO LOURIDO e GONZALEZ REBOREDO, 1980) vense un puñal e unha alabarda. Con respecto á arte rupestre, o complexo vénse a engadir ós xa coñecidos de Catoira, Bamio e Vilanova de Arousa na provincia de Pontevedra e Lesende, Cubeliño, Loxo, Axeitos e Bealo, todos eles na ribeira coruñesa da Ría da Arousa. Neste sentido faremos fincapé nalgúns cuadrúpedes da ría que presentan unha evidente similitude facéndonos pensar nunha escola, taller ou estilo comúns. Así poderiamos definir este cuadrúpede "tipo arousano" como animal medio-grande, de corpo rectangular gravado nun so trazo e patas de tipo lineal engadidas ó corpo. No mesmo contexto arqueolóxico atopamos restos pertencentes á cultura castrexa como son os castros da Urela, moi próximo ó xacemento nº 10, Monteverde, Campo dos Frades e Castro das Cercas.

O METODO DE TRABAllO Unha vez delimitada a área a prospectar e localizada-las laxes con petroglifos, procedemos ó estudio particular de cada pedra con arreglo ó seguinte plan: a) Fotográfiado dos motivos rupestres sen pintar previa unha pefecta limpeza da rocha e, en moitos casos, do levantamento de capas de terra de ata 35 cm. Empregamos película Kodak B/N. TRI-X 400 ASA. b) Observación dos posibles contactos e superposicións. e) Obtención de moldes de xeso, tanto dos sulcos coma dalgunha figuración enteira. d) Marcado con tiza do interior dos sulcos rexeitando todas aquelas liñas que, a criterio das tres persoas que elaboramos este trabal/o, non estivesen claras, cuestión que asumimos como subxectiva. Elixímo-Ia técnica do sulco tizado -marcado con tiza húmida, repaso coa xema do dedo e "soplado" dos restos de tiza- polos bos resultados que nos ten dado noutras ocasións e estar acreditado como método perfectamente válido, despois de experimentar outros, por CARBALLO ARCEO e de la FUENTE nos petroglifos de Peneda do Encanto, Trasdeza 1982. e) Fotografiado total e parcial da laxe unha vez pintada. A partir dos negativos e coa técnica de proxecciónfotográfica fixéronse os debuxos, circunstancia que, no caso de laxes moi longas pode ocasionar unha lixeira distorsión dos motivos e pequenas variacións 200


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na escala, circunstancia que ó noso xuício non desvirtúa a apreciación de conxunto do xacemento. f) Investigación toponímico-folclórica. Como base cartográfica para a confección de mapas e traballo de campo partimos da folla 152-1, escala 1/25.000 do M.T.N. edición de 1985. A lonxitude vén dada polo Meridiano de Greenwich e a orientación polo N. magnético. Dada a dispersión e abondosidade de rochas con petroglifos, para unha máis fácil localización in situ optamos por agrupalas en áreas de xeito que partindo dunha rocha que se toma como referencia situamos-las demais do seu grupo consignando dirección e distancia.

GRUPO - I Topónimo "Os Mouchos", según D. Xosé Tubío que nos manifestou tamén que "Oeste monte antigamente sacaban a pedra para as lápidas dos cimenterios. Era pedra boa de labrar e que non se desfacía co tempol/. Tamén manifestou descoñece-Io petroglifos e calquera cousa relacionada con eles, circunstancia que se repetirá coa case totalidade dos petroglifos de Rianxo. O resultado da investigación folclórica foi ben cativo: unha soa persoa manifestou que l/eses debuxos fa cíanos os rapaces cando ían coas vacas 1/, o que á luz do trabal lo de BORGNA, 1982 tampouco parece tan descamiñado. Todo este grupo sitúase na parroquia de Leiro, no límite meridional do monte baixo e inmediatamente antes de franxa de hortas e prados que xa alindan co mar.

SUBGRUPO - I a Esta rocha que consideraremos centro de grupo posúe as seguintes coordenadas xeográficas:

42º 38' 35" N. 08º 47' 28" W. e pódese acceder a ela tomando en Brión a pista Brión-Praia das Cunchas. Uns 500 m., antes de chegar á praia, nunha curva de case 90º avanzar ata unha casa de pedra en construcción. As insculturas atoparanse a 12 m. desa casa cara ó W, nunha laxe inclinada cara ó L. Para a súa mellor descrición dividirémola en tres planos:

Plano Superior. Nel aprécianse algúns zoomorfos incompletos; separada por unha diaclasa aparece unha combinación de rectas e curvas con cazoletas no seu interior. Pero a figuración máis sobranceira constituer un gran cervo macho de fermosa cornamenta ... e que, en actitude estática mira cara ó Nacente. Despois dunha observación detida do remate das liñas lumbar e ventral chegamos ó convencemento de que este cervo foi gravado incompleto dunha forma deliberada. Plano inferior. A parte inferior deste plano encontrábase baixo uns 30 cm. de terra. Destaca como figura central un gran cervo de cornamenta adulta no que se observa unha liña a xeito de colar, circunstancia bastante rara que só temos observando no xigantesco cervo de Paredes estudiado por de la PEÑA SANTOS en 1981; inmediatamente detrás deste fermoso animal aprécianse as patas dianteiras e peito doutro cuadrúpede. O resto do animal encontrábase nun fragmento de rocha que afortunadamente puidemos atopar. Unha diaclasa da pedra que discorre en dirección S-N. delimita unha posible escena de equitación da que forma parte un gran équido, un antropomorfo e outros dous cuadrúpedes máis pequenos. No cabalo obsérvase unha prolongación sinuosa das patas, circunstancia que volverá a aparecer no subgrupo VI-a. Chama a atención, dende o punto de vista iconográfico, a confluencia no antropomorfo da "atención" dos animais que o arrodean.

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No extremo sur da laxe obsérvanse catro cuadrúpedes, un deles xunguido a un motivo circular.

Plano inferior dereito. Nesta laxe erguida uns 35 cm. do chan encóntranse tres motivos circulares: Unha circunferencia simple, catro circunferencias concéntricas imcompletas e un terceiro formado por catro circunferencias concentricas ... con cazoletas no seu interior e un cuadrúpede acoplado á máis exterior.

SUBGRUPO I-b Encóntrase a 18 m. de a, 45º SW. As representacións de animais, dous cérvidos machos e dúas posibles cervas atópanse nunha gran laxe granítica de grao groso, moi sobranceira do chan e que se vai inclinando cara ó L. ata case acada-Ia verticalidade; neste lugar gravouse un gran cervo lanzal que reúne as características do que demos en chamar "zoomorfo tipo Rianxo" que se concretaría nun tipo longuilíneo, de colo alongado e ergueito e extremidades delimitadas por tres liñas. Disentimos neste último punto de AGRAFOXO PEREZ, páx. 135, 1986 que considera unha pata cada unha das tres liñas dos zoomorfos da Laxe das Cabras, Santa Uxía de Ribeira. Este gran cervo estaba enterrado ata o comenzo do colo, polo que se fixo necesario un labor de limpeza. No ángulo superior dereito apréciase unha escena de claro contido sexual: un macho semella perseguir a unha cerva para aparearse con ela. Vese tamén un cuadrúpede incompleto. Nota: Unha fotografía deste subgrupo foi cedida polos autores ó Excmo. Concello de Rianxo para ser incluída nunha Guía do Concello.

SUBGRUPO I-c Situado nunha pequena laxe ó pé da anterior. Aprécianse dous zoomorfos en oposlclon polos cuartos traseiros; un deles está incompleto, o outro, posiblemente un équido, presenta as características do zoomorfo tipo Rianxo.

SUBGRUPO I-d Nunha rocha granítica próxima á anterior, ó ras do chan. Ten gravados dous cervos, un deles itifálico, en actitude dinámica. A análise do sulco e a tipoloxía dos animais fálanos de dous estilos, épocas ou talleres distintos.

SUBGRUPO I-e Está situado a 15 m. de a, dirección sur. Trátase dunha rocha alombada situada ó carón dunha casa en construcción e gravada na súa periferia pola cara orientada ó nacente. A esquerda observamos un grupo de cuadrúpedes sen caracterización especial. Os dous primeiros animais parecen observar un círculo incompleto con cazoletas no seu interior. O da parte inferior parece xunguido pola cola a dous pequenos círculos concéntricos. Case ó ras da terra amósase unha curiosa escena, moi ben resolta tecnicamente, de xeito que o colo dun animal e o zanco posterior do outro conforman unha soa liña. Unha imaxe semellante que PEÑA SANTOS e VAZQUEZ VARELA, 1979 califican como posible apareamento aparece no grupo VI de Montecelo, Poio. No caso de Rianxo non apreciamos motivo algún para califica-la escena do mesmo xeito, e incluímola nun grupo de escenas que chamaremos simétricas ou especulares. Na parte superior dereita da pedra aparece outro cuadrúpede en actitude de marcha e debaixo restos de dúas circunferencias concéntricas.

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SUBGRUPO I-f A 40 m. de a, 45º SW. Os m-otivos gravados encóntranse nunha gran laxe granítica, de estructura moi fina, horizontal e fortemente diaclasada. Nesta laxe, das poucas que carecen de zoomorfos, existen soamente motivos circulares: -Unha circunferencia aberta ou incompleta con cazoletas no seu interior. -Dúas circunferencias concéntricas que delimitan espacios circulares tamén con cazoletas. -Un círculo con coviños no seu interior parcialmente rodeado dunha circunferencia aberta; neste espacio aparece unha pequena liña radial e unha figuración a modo de semicircunferencia coa abertura cara ó interior. Na beira máis externa da peneda aprécianse sete coviños e un pequeno círculo caudado.

SUBGRUPO I-g Laxe igualmente granítica aínda que de gran máis groso. Está situada a uns 10m. cara ó N. da anterior e as súas diaclasas discorren igualmente en dirección N-S. Foi necesario Iimpar de terra a parte superior desta laxe para deixar ó descuberto un zoomorfo e parte dunha figura de difícil clasificación. Observamos que os sulcos que estaban soterrados posuían uns trazos máis irregulares e menos erosionados que aqueles que permaneceron ó aire. Os motivos representados son dous cuadrúpedes incompletos: a un deles fáltalle colo e cabeza e o outro carece de liña lumbar, colo e cabeza. Non encontramos motivos para pensar que eses sulcos desaparecesen por efecto da erosión, polo que pensamos que puideron ser gravados deste xeito deliberadamente e por algún motivo que descoñecemos. Obsérvanse tamén unha cazoletiña caudada e outra curiosa figura que polo de agora clasificaremos como antropomorfo. Tanto esta rocha coma a anterior encóntranse o camiño de acceso a unha casa.

SUBGRUPO I-h Esta pequena penela podémola atopar no Alto dos Mouchos, a 95 m. de a, en dirección N. O cuadrúpede, dotado de fendedura bucal e patas delimitadas por tres raias, características dos zoomorfos tipo Rianxo, constitúe a única figuración da pedra.

SUBGRUPO I-i A 50 m. de f, 25º dirección N-1. Obsérvanse dous zoomorfos bastante atípicos, ámbolos dous acéfalos. A súa feitura é moi tosca.

GRUPO 11 Neste grupo incluímos dúas áreas con petroglifos: Sobrelodeiro, nun outeiro con pinos e Fexó ou Frexó. Estes son os petroglifos de Rianxo máis próximos ó mar.

SUBGRUPO II-a Encóntrase no lugar de Sobrelodeiro, rodeado de hortas; as súas coordenadas xeográficas son: 42º 38' 28" N. 8ª 47' 35" W. A primeira rocha consta de dous planos inclinados cara ó S-L. No Plano superior obsérvanse 3 zoomorfos, un deles incompleto, e un motivo angular. 203


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Os zoomorfos próximos á beira inferior miran cara a un motivo circular co que posiblemente estean relacionados, feito xa constatado en Rianxo e abondosísimo no corpus galego de petroglifos; os sulcos son moi lenes e abertos. No plano inferior hai dous zoomorfos incompletos, un deles amosando o seu órgano sexual.

SUBGRUPO II-b No alto dunha peneda alombada situada no alto do outeiro vese un zoomorfo e un círculo incompleto-seguramente por mor da erosión- con 13 coviños no seu interior.

SUBGRUPO II-e Laxe dividida en dous planos por unha fenda. Nun deles obsérvanse dous zoomorfos incompletos, coidamos que deliberadamente, cuns trazos sobre o lombo que xa temos constatado noutros zoomorfos de Rianxo. No plano contiguo hai gravada unha figura cuadrangular dividida en catro espacios iguais e un curvilíneo cun pequeno apéndice.

SUBGRUPO II-d Rocha cun só cuadrúpede gravado; parece albiscarse unha circunferencia arredor da súa cabeza pero non a consignamos nos debuxos por falta de absoluta seguridade.

SUBGRUPO II-e Situado no lugar de Fexó ou Frexó, na parroquia de Leiro, según testemuña de D. Xosé Tubío. Pódese localizar andando uns 200 m. cara ó W. de a, nunha peneda a ras do chan que contén combinacións circulares e cazoletas, Trátase dunha rocha moi erosionada polo que moitos gravados deberon de desaparecer.

GRUPO 111 Situado no lugar de Os Campos, parroquia de Leiro, según D. Manuel Suárez Miguéns, de 65 anos e veciño de Rianxiño. Nada nos soubo dicir sobre o folclore destes gravados. Das catro rochas insculturadas que conforman este grupo, tres delas conteñen motivos claramente modernos e relacionados con demarcacións parroquiais ou marcas de canteiros.

SUBGRUPO III-a Podemos acceder a este xacemento tomando o antigo camiño de carro que dende A Pedreira (na estrada Rianxo-Leiro) atravesa Os Campos en dirección N. Uns 60 m. Antes de atoparse coa encrucillada do camiño que vén de As Cortes, desviarse 5 m. cara ó L. Alí atopamos unha estreita laxe alongada na dirección N-S. cuias coordenadas son: 42º 39' 8" N.

8º 48' S" W. Os motivos representados consisten en catro circunferencias concéntricas con cazoletas no seu interior, e outros seis, máis anchos e fondos, cara o N. da laxe.

SUBGRUPO III-b Encóntrase a uns 130 m., 10º S-lo de a, nunha gran laxe rasante co chan e moi diaclasada. A súa descrición faise no apartado "Os gravados non prehistóricos" deste trabal lo.

GRUPO IV Encóntrase distribuído polo alto dun outeiro inzado de afloracións graníticas, moitas delas con 204


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sinais de ter sido aproveitadas como canteiras. A esta zona chámaselle Os Campos e pertence á parroquia de Leiro. Según o noso informador, D. Manuel Suárez non existe noticia algunha na zona da existencia dos petroglifos.

SUBGRUPO IV-a Podemos acceder a este xacemento polo antigo camiño de carro que dende As Cortes (Rianxo) atravesa Os Campos de W. a L. O chegar a un altiño, 275 m. despois de toma-lo desvío que dende este camiño leva á Pedreira colleremos cara ó S.; a uns 12 m. encontrarémo-Io pedra, inclinada cara ó W. As coordenadas xeográficas deste punto son: 42º 39' 10" N. 8º 47' 59" W. Observaremos nesta pedra unha escena que destaca pola súa beleza e pola súa orixinalidade dentro do repertorio rupestre galego. Trátase de dous animais erguidos sobre as patas traseiras e enfrontándose simetricamente xunguidos pola boca. Nunha primeira apreciación poderíase considerar esta imaxe coma unha escena de loita entre dous cabalos ou ben cervos xa que este animais, no período de caída da corna loitan do mesmo xeito cás femias, couceándose coas patas dianteiras.

SUBGRUPO IV-b Encóntrase a 50 m. de a, 45º S-L. O motivo gravado consiste nunha combinación de catro circunferencias concéntricas que semellan un labirinto.

GRUPO V As tres pedras gravadas pertencentes a este grupo encóntranse nun lugar de significativo nome: Outeiro Gordo. Pertence á parroquia de Rianxo e dende os 80 m. do seu cumio ofrécesenos unha magnífica panorámica da Ría de Arousa.

SUBGRUPO V-a Accédese ó lugar polo camiño As Cortes- Os Campos que cruza este outeiro en dirección W-L.; perto do cume, chegando a unha pequena meseta, desviarse 10m. W. As coordenadas deste lugar son: 42º 39' 13" N. 8º 48' la" W. Nunha rocha sombranceira do chan uns 45 cm. e con sinales de ter sido aproveitada como canteira, apreciase a figura dun cuadrúpede moi incompleta. Posiblemente outros gravados desaparecesen coa pedra extraída.

SUBGRUPO V-b A 85 m. de a, 65º S-lo detrás dun pequeno muro. Presenta tamén esta laxe unha única figura que consiste nun cuadrúpede que carece de colo e cabeza.

SUBGRUPO V-c Encóntrase a 50 m. de a en dirección N. Constitúe esta laxe unha fermosa mostra de animais en actitude de expectante mobilidade. A escena encóntrase dividida en tres partes polas diaclasas da parte superior da peneda. Na primeira viñeta observase un animal sobranceiro dos demais cunha especie de lanza sobre o 205


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lombo. Na cuadrícula central observamos un grupo de animais dos que salientariamos o cervo ou quizais corzo da dereita pola súa elegancia e pureza do debuxo; tamén a curiosa superposición do medio e o animal gravado de través.' Na viñeta da dereita vese un cervo.

S? animal; tamén se observan uns trazos semellantes a pegadas de

A uniformidade do estilo, a secuenciación dos espacios, a orientación dos animais na súa fuxida, o animal meirande ferido e retrasado, outros atravesados no camiño ¿mortos quizais? .. fannos pesar nunha escena de caza.

GRUPO VI Complexo situado no cume dun outeiro, antiga canteira (o que nos permite supo-la enorme cantidade de petroglifos que andarán por muros e paredes); situado ó W. do camiño de carro que leva a Rianxiño. Según don Manuel Suárez Miguens, a esta zona chámaselle Os Campos.

SUBGRUPO VI-a As súas coordenadas son:

42º 39' 16" N. 8º 48' 6" W. Consta dun plano vertical e outro horizontal moi próximos entre si. Nun dos extremos da parede vertical encóntrase un magnífico cervo en actitude estática gravado con trazo firme e regular. O seu naturalismo amósase no trazado da liña colo-cabeza, no detalle da pequena cola e no alombamento producido polos homóplatos ó xuntárense as patas dianteiras. A liña do ventre prolóngase na pata posterior nunha curiosa raia sinuosa. Presenta características comúns ós outros tres grandes cervos de Rianxo: a) cornamenta de macho adulto, b) orientado ó leste, c) gravado en plano vertical. O seu pé obsérvanse dous cuadrúpedes; un deles podería ser unha femia preñada pois apréciase un considerable engrosamento do seu ventre.

SUBGRUPO VI-b Pequena rocha que se encontra a 4 m. de a, 20º S-W. O motivo gravado consiste nun pequeno cuadrúpede inespecífico en actitude dinámica.

SUBGRUPO VI-c Encóntrase a 13 m. de b na mesma dirección. Un cuadrúpede e tres curvilíneos constitúen o repertorio desta pedra.

SUBGRUPO VI-d A 80 m. de a, 35º S-W. Obsérvanse tres zoomorfos, dos que dous deles están unidos compartindo unha das liñas do seu trazado. Na parte superior, nun contexto claramente marxinal, aparece outro animal de estilo e técnica de gravado totalmente distintos.

SUBGRUPO VI-e Encontrarémolo a 40 m. de a, 45º S-W. nunha laxe á beira do camiño que leva a Rianxiño. O único gravado consiste nun cuadrúpede tipo Arousa de mediano tamaño e en actitude de carreira. Obsérvase nel unha única corna sen ramificar.

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GRUPO VII Este grupo inscultórico está situado no Alto do Corniño, a uns 100 m. de altura e localízase partindo do camiño de carro que sobe ata aí dende Rianxiño. As penedas gravadas encóntranse ó carón dun longo muro que dende o Alto de Corniño baixa en dirección N-S.

SUBGRUPO VII-a Nunha laxe granítica de pequeno tamaño, a 10m. do muro cara ó L., obsérvanse dous cruciformes que temos incluído no apartado petroglifos non prehistóricos. As coordenadas desta estación son:

42º 39' 19" N. 8º 47' 54" W.

SUBGRUPO VII-b Pedra con dous zoomorfos que miran cara ó leste; un deles presenta corna e incipiente falo; o rabo é o característico dos cérvidos. No outro animal aprécianse sobre o lombo dous trazos curvilíneos.

SUBGRUPO VII-c Estación que contén así mesmo dous cuadrúpedes. O da parte superior, acéfalo e de longa cauda erecta en actitude de galopar, podería ser un cabalo. Debaixo deste vese outro cuadrúpede cun curioso deseño das patas posteriores.

GRUPO VIII Este conxunto de pedras con gravados está situado no monte O Corniño, na parroquia de Rianxo. Os motivos rupestres encóntranse en laxes graníticas que se distribúen a ambos lados do valado que cunha altura media de 1,5 m. percorre o monte ó que popularmente tamén se lIe chama A Abisinia; nalgúns casos dito muro atravesa os propios xacementos.

SUBGRUPO VIII-a Formado por dúas pedras próximas entre si. Na primeira delas unha diaclasa separa os motivos gravados: á esquerda un conglomerado de a lo menos tres cuadrúpedes in identificables sen que se observen contactos ou superposicións. Dous deles, os máis incompletos, miran cara abaixo; o outro, que presenta na súa grupa un arranque rectilíneo carece de liña ventral, patas dianteiras e cabeza. A dereita vense restos de dúas circunferencias concéntricas con 2 cazoletas no seu interior; obsérvanse tamén trazos que pode rían pertencer ás liñas ventral e lumbar de tres zoomorfos. Na segunda pedra graváronse dúas circunferencias concéntricas cunha cazoleta no medio. As coordenadas destas rochas son:

42º 39' 14" N. 8º 47' 50" W.

SUBGRUPO VIII-b Encóntrase a 22 m. ó S-L. de a e está constituído por tres afloracións do mesmo bloque granítico. Na primeira superficie encóntranse tres coviños, dous deles grandes, xunguidos por un sulco e outro máis pequeno ¡liado.

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Na terceira hai un cruciforme e unha cazoleta co típico sulco que se prolonga deica a beira da pedra. Este último motivo seméllase moito ós que profusamente se encontran no xacemento rupestre de Bealo-Boiro (FERNANDEZ CASTRO, 1987) nun contexto de evidente modernidade. É por ¡so que excluiriamos estes gravados do repertorio prehistórico. SUBGRUPO VIII-c Está situado a 40 m. de a, 20º en dirección NW., ó pé dunha boqueira do valado. Obsérvanse os riscos moi erosionados dun zoomorfo. SUBGRUPO VIII-d A 5 m. N-L. de c. A partir do muro que atravesa este xacemento encontramo-Ios seguintes motivos:

Cervo macho de corna non ramificada, en actitude de bradar. Sobre a súa grupa e debaixo aparecen algúns sulcos indefinidos. Na parte posterior do animal obsérvase o deseño do que podería ser unha espada ou puñal semellante á do tipo 1 de PEÑA SANTOS e VAZQUEZ VARELA, 1979. Estes deseños encontrábanse cubertos por unha capa de terra duns 20 cm. Inmediatamente debaixo sorprendeuno-Io gravado dunha bésta, motivo evidentemente anacrónico no ámbito desta pedra; máis adiante falaremos máis in extenso deste motivo. No ángulo inferior dereito vese o gravado dun cuadrúpede inespecífico coas extremidades posteriores esaxeradamente longas; á esquerda outro animal incompleto cun prominente apéndice caudal: debaixo obsérvanse unha serie de trazos anguliformes. (

SUBGRUPO VIII-e Encóntrase ó carón mesmo do longo valo que citamos, a 21 m. 35º S-W, de a. Nos extremos desta laxe granítica inclinada cara ó W. encóntranse varias figuras zoomorfas. No extremo superior hai un pequeno cuadrúpede de peculiar aspecto e detrás del outro animal en contacto cunha figura indeterminada. Na parte inferior obsérvase un animal moi semellante a un gato. SUBGRUPO VIlI-f Encóntrase a 32 m. de a, 10º S-lo Estamos ante a pedra gravada máis grande do Complexo Rupestre de Rianxo. A súa longura, a boa disposición da súa superficie para ser gravada e a calidade do grao foron quizais as circunstancias que estimularon ós prehistóricos artistas a encher esta rocha de deseños, entre os que destacan os zoomorfos. Do extremo sur da penela foi extraída pedra en gran cantidade, posiblemente empregada na construcción do muro que corre a rentes do xacemento. SUBGRUPO VIII-g Localízase a 62 m. 20º SW. de a, e a 6 m. do muro. Ten ó seu carón o poste do Servicio Forestal MP 1-445.

Nesta rocha apréciase con c1aridade a parte anterior dun zoomorfo deseñado con rexos trazos angulares. GRUPO IX

Tódalas laxes deste grupo pertencen á parroquia de Rianxo e encóntranse no lugar de A Espiñeira. SUBGRUPO IX-a Encontrámo-Io primeiro xacemento do Grupo IX a 18 m. ó W. do camiño que seguindo a dirección S-N. leva dende Brión á Ermida de San Pedro de Vilas.

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A súas coordenadas xeográficas son: 42º 39' 28" N. 8º 47' 41" W. Trátase dun dos xacementos máis interesantes de Rianxo, por desgracia foi parcialmente destruído por mor da extracción de pedra. especialmente polo nacente. Unha longa diaclasa que percorre a pedra en dirección N-L. S-W. divide este gran friso en dúas partes: Cara ó sur obsérvanse case exclusivamente animais; algúns deles amosan fermosas cornas a xeito de círculos solares. Vese tamén un animal que semella un gato. No extremo norte destaca unha gran circunferencia que, a modo de curro encerra os seguintes motivos: -Unha figura case idéntica á descrita no subgrupo I-g e que calificabamos como antropomorfo. -As cornas dun cervo. -Un cuadrúpede en contacto coa liña circular. Non puidemos comproba-Ia continuidade desta liña que penetra baixo unha gran pedra.

SUBGRUPO IX-b Está situado a 5 m. de a cara ó S-W. O único gravado desta pedra chan e pouco sobranceira consiste nun cervo macho que carece de liña ventral e de cabeza.

SUBGRUPO IX-c A 5 m. de a, 40º en dirección S-W. O animal representado nesta laxe semella que corre cara o nacente.

SUBGRUPO IX-d A 45º S-W da anterior rocha, no alto dun pequeno outeiro atópase o derradeiro xacemento deste grupo. Na parte superior vese unha figura rectangular cos lados maiores levemente curvados cara ó interior. Inmediatamente debaixo aprécianse un zoomorfo, cazoletas, restos dun círculo con trazos rectilíneos no seu interior e outro deseño indefinido.

GRUPO X A única rocha insculturada deste grupo encóntrase na Devesa de Rianxiño parroquia de Rianxo, próximo ó castro da Urela. As súas coordenadas xeográficas son: 42º 39' 26" N. 8º 48' 11" W. Os gravados encóntranse nunha rocha sobranceira do chan e fortemente diaclasada, circunstancia que aproveitaron o gravador para distribuí-los deseños. O repertorio iconográfico limítase case exclusivamente a liñas curvas combinadas e cazoletas. Tamén se observan dúas liñas radiais que parten de círculos con cazoletas no seu interior. Moi próximo a este xacemento consérvase un treito dun antiquísimo camiño que pagaría a pena conservar. Facemos nese sentido unha chamada ás autoridades municipais.

ALGUNHAS CONSIDERAClONS ESPECIAl S 1) OS ANTROPOMORFOS DOS SUBGRUPOS I-g e IX-a. O achado no subgrupo I-g dunha figuración que a primeira vista semella un antropomorfo cos brazos erguidos supuxo para nós un motivo de sorpresa polo insólito do deseño e a carencia de paralelismos no repertorio rupestre galego; foi uns meses máis tarde, ó atoparnos unha figuración 209


XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

case idéntica no subgrupo IX-a cando decidimos analiza-las dúas figuras máis de vagar. Dese xeito demos en ver nunha das figuracións unha especie de imaxe especular ou simétrica según se pode apreciar na figura 57. por outra parte a semellanza de ámbolos dous gravados cunha empuñadura de espada de antenas aparece sorprendentemente clara. Queda sen embargo por clarexar o por que se gravou a empuñadura e non a espada ou puñal completos. De confirmarse nun futuro a adscripción destas figuras á categoría de empuñaduras de armas, compriría amplia-la cronoloxía deste motivo da arte rupestre ata os estadios finais do Bronce 1I1 ou primeiras etapas castrexas. Como argumentos a prol do significado antropomórfico dos referidos deseños podemos expoñe-Ia súa evidente semellanza anatómica coa figura humana e a existencia de paralelismos no repertorio rupestre italiano concretamente nos xacementos de Fontanalba, Valli Meraviglie ou Valcamonica. Sen embargo será necesario esperar a que novos achados confirmen ou descarten as anteriores hipóteses.

2) OS GRAVADOS NON PREHISTORICOS No seu momento referímonos a un deseño que representaba unha bésta, arma de orixe medieval que pervivíu deica o S. XVI. Dita arma está orientada de xeito que sinala case con total exactitude a dirección N-S. e, por outra banda, o perfil do seu sulco-en forma de U lixeiramente aberto-non se diferencia sustancialmente daqueles outros pertencentes a motivos claramente prehistóricos. Non coñecemos paralelismo ningún no rupestre galego, sen embargo pódese atopar con relativa facilidade nos muros de moitos templos de Galicia e está considerado como unha sinal de canteiro. A presencia de tal deseño nunha área explotada como canteira ó longo de séculos abonda nese senso. O mesmo podemos dicir dos signos bitriangulares da figura 56 estudiados por ECHEVARRIA, 1986 e dos que en Rianxo encontramos dous exemplares gravados. Un caso aparte constitúeo a laxe representada na figura 56, totalmente cuberta de alfabetiformes e incluso nomes completos. Destacamos dela o topónimo RIANJO circunstancia que sumada á proximidade da rocha ás actuais lindes entre Rianxo e Leiro, nos inclina a adxudicar a esta pedra a función de antigo límite parroquial. Dámolas gracias pola súa colaboración a D. Andrés Fernández Sanmartín, D. Xosé Tubío, D. Manuel Suárez e Colexio Nuestra Señora de Lourdes de A Estrada.

210


Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coruña

1- Mapa 1.

2- Mapa 2.

3- Mapa 3. Xacementos rupestres da Ría da Arousa: 1/ Pontecesures. 2/ Catoira. 3¡'Vilagarcía. 4/ Vilanova. 5/ Leiro-Rianxo. 6/ Bealo-Boiro. 7/ Cubeliño-Boiro. 8/ Loxo-Boiro. 9/ Figueirido-Riveira. 10/ Axeitos-Riveira. 11/ Rianxo.

211


XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

4- Mapa 4. Contexto arqueolóxico. N Castro de Monteverde. BI Castro de Urela. CI Mámoas do Monte da Pena. DI Castro de Campo dos Frades. El Casco de Leiro. FI Castro das Cercas.

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Un comp Iexo de gra b ados rupestres en Rianxo- A Coru単a

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XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

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Un comp Iexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coru単a

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XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMO N CES CASTAÑO

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Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coru単a

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13- Subgrupo I-g.

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XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

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Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coru単a

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XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMO N CES CASTAÑO

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20- Subgrupo II-d.

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Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coru単a

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21- Subgrupo II-e.

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22- Subgrupo III-a.

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XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

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Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coru単a

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25- Subgrupo V-a.

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XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

28- Subgrupo VI-a.

29- Subgrupo VI-b.

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Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coru単a

30- Subgrupo VI-e.

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31- Subgrupo VI-d.

32- Subgrupo VI-e.

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33- Subgrupo VII-b.

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227

os rupestres en Rianxo - A Coru単a exo de grabad


XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

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38- Subgrupo VIII-e.

39- Subgrupo VIII-d.

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Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coru単a

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40- Subgrupo VIII-e.

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229


XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMO N CES CASTAÑO

42- Subgrupo VIII-g.

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230


Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coru単a

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44- Subgrupo IX-b.

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45- Subgrupo IX-c.

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XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMO N CES CASTAÑO

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46- Subgrupo IX-d.

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47- Subgrupo X.

232


Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coruña

48- Tipoloxía dos zoomorfos de Rianxo.

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233


XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

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(IJ-----...~ 50- O deseño da cabeza.

51- O deseño das cornas.

52- Actitudes dos zoomorfos: 1/ actitude estática; cervo parado. 2/ marcha. 3/ carreira. 4/ loita. 5/ cervo bradando (dunha fotografía do natural). 6/ cervos bradando; actitude sexual.

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234

53- Repertorio de especies animais de Rianxo; 1/ posible fé/ido. 2/ posible félido ou cánido. 3/ caballo. 4/ e 5/ cervos machos adultos. 6/ e 7/ cervos novos ou coa corna nova; corzos ou cabras. 8/ cornas . 9/ pegadas.


Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coruña

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54- Escenas. 1/ monta. 2/ significado descoñecido. 3/ caza. 4/ ciclo sexual. 5/loita.

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55- Armas. 1/ Bésta do subgrupo VIII-d. 2/ Bésta gravada na cabeceira da Igrexa gótica de Santo Domingo de Pontevedra. 3/ e 4/ Gravados nos muros da Igrexa de S. Xoán de Portomarín. 5/ Posible puñal do subgrupo VIIId. 6/ e 7/ Tipos 3 e 5 da tipoloxía de puñales según PEÑA SANTOS e VAZQUEZ VARELA, 1979. 8/ Posible lanza espetada nun zoomorfo do subgrupo V-e. 9/ Zoomorfo de Paredes según PEÑA SANTOS, 1981.

235


XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

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56- Grabados non prehistóricos. 11 e 21 Marcas de eanteiro ou delimitación de eanteiras de Rianxo. al, bl e el Signos lapidarios triangulariformes gravados en paredes de igrexas. 31 Cruciformes do subgrupo VII-a. 41 Gravados do subgrupo III-b.

57- Os antropomorfos. 11 Antropomorfo do subgrupo I-g. 21 Antropomorfo do subgrupo IX- a al Empuñadura da espada de antenas de Cariño-A Coruña, según MEIJIDE, 1985. bl e el, ¿ Zoomorfos ? di e el, ¿ Empuñaduras de espadas de antenas ? 31 Antropomorfo do subgrupo I-a. fl Escena de equitación según PEÑA SANTOS e V. VARELA, 1979.

236


Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coru単a

1- Rianxo. Subgrupo I-a.

2- Rianxo. Subgrupo I-a.

3- Rianxo. Subgrupo I-b.

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XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

4- Rianxo. Subgrupo I-b.

5- Rianxo. Subgrupo /-d.

6- Rianxo. Subgrupo I-e. Detalle.

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Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coru単a

7- Rianxo. Subgrupo I-e. Detalle.

8- Rianxo. Subgrupo I-g.

9- Rianxo. Subgrupo 11-(,

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XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

10- Rianxo. Subgrupo II-e.

11- Rianxo. Subgrupo III-b. Detalle.

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Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coru単a

12- Rianxo. Subgrupo V-e.

13- Rianxo. Subgrupo VI-a.

14- Rianxo. Subgrupo VIII-d.

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XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

15- Rianxo. 5ubgrupo IX-a.

16- Rianxo. 5ubgrupo IX-a. Detalle.

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Un complexo de grabados rupestres en Rianxo - A Coru単a

17- Rianxo. Subgrupo IX-a. Detalle.

18- Rianxo. Grupo X.

243


XOAN ANDRES FERNANDEZ CASTRO - PEDRO PIÑEIRO HERMIDA - RAMON CES CASTAÑO

BIBLlOGRAFlA AGRAFOJO PEREZ, X. 1986. Prehistoria e arqueoloxía da terra da Barbanza. Comisión de Cultura do Concello de Noia. Santiago. pp. 135. BORGNA, C. 1982. Pastori o pellegrini. Gli incisori di M. Bego. El Museo de Pontevedra XXXVI, pp. 255-269. CALO LOURIDO, F. e GONZALEZ REBOREDO, X. M. 1980. Estación de arte rupestre de Leiro (Rianxo-A Coruña). Gallaecia l 6. pp. 207-216. CARBALLEIRA, A. et al. 1983. Bioclimatología de Galicia. Fundación Pedro Barrié de la Maza. A Coruña. Folla 27. CARBAL LO ARCEO, X. e de la FUENTE ANDRES, F. 1982. Os petroglifos da "Peneda do Encanto" en Siador (Trasdeza). El Museo de Pontevedra XXXVI, pp. 221-240. ECHEVARRIA, E. 1986. Actas del V coloquio internacional de gliptología. Volume 1. pp. 425-439. FABREGAS VALCARCE, R. e de la FUENTE ANDRES, F. 1984. Materiales de un túmulo megalítico en Leiro (Rianxo). Gallaecia 7-8. pp. 233-244. FERNANDEZ CASTRO, X. A. 1987. Unha estación rupestre na parroquia de Bealo (Boiro). Gallaecia 9/10. pp. 235-257. MEIjIDE CAMESELLE, G. 1989. Un importante conjunto del Bronce Inicial en Galicia: El depósito de Leiro. (Rianxo, A Coruña). Gallaecia 11. pp. 151-164. PEÑA SANTOS, A. e VAZQUEZ VARELA, X. M. 1979. Los Petroglifos Gallegos. Ediciós do Castro. A Coruña. pp. 60. PEÑA SANTOS, A. 1982. Escavaciones arqueológicas de urgencia en la provincia de Pontevedra durante el año 1981. El Museo de Pontevedra XXXVI. pp. 78-79.

244


Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 245-262

LOS GRABADOS RUPESTRES DE ARMAS DE PEDRA ANCHA (DUMBRIA, A CORUÑA) Fernando Javier COSTAS GOBERNA Pablo NOVOA AL VAREZ José M". ALBO MORAN Urb. San Rafael, Camiño da Raposa, 31 - Chalet 7 36208 Vigo RESUMEN: Este petroglifo lo componen representaciones de armas. El total de las mismas es de 9: 2 puñales ó espadas cortas, 3 alabardas y 3 "escutiformes"; descripción de las figuras e interpretación de las mismas. Su especial interés radica en la localización geográfica en que se encuentran, que hasta ahora ofrecía muy escasas localizaciones de petroglifos. ABSTRACT: The rupestrian engravings depicting Weapons in "Pedra Ancha" (Dumbria, A Coruña).

These rupestrian engravings hold weapon figures. The total number of these engravings reaches the sum of 9: 2 daggers or short swords, 3 halberds, and 3 shfeld shaped figures, description of motifs and interpretation of some.They are of special interest due to their geographic location, which, until now, has been in area very scarce in petroglyph remains.

ANTECEDENTES: La localización de esta superficie la efectúa Don Modesto Carda Quintans, Director del Instituto Geográfico Nacional de La Coruña en 1991, apareciendo la noticia en el diario regional La Voz de Cal icia, el sábado 31 de agosto del mismo año. En septiembre de 1992, acompañados por su descubridor, Don Modesto Carda, y por Angel Castro, en esas fechas presidente y secretario de la sociedad de caza del coto de Dumbria respectivamente, efectuamos la visita de comprobación y análisis de los grabados, que presentamos a continuación. SITUACION: La estación se encuentra en el término municipal de Dumbria provincia de La Coruña en las inmediaciones del denominado "Alto do Fragoso", no lejos de la ribera del río del mismo nombre y al lado derecho del viejo camino real, que de Santiago se dirige a Finisterre, no lejos de una instalación industrial dedicada a la fabricación de carburos. Sus coordenadas geográficas son las siguientes: 09º 05' 45" Longitud O. y 42º 59' 09" Latitud Norte; sus coordenadas UTM son: x = 492200 e y = 4759305 estando situada a una altitud de 353 metros sobre el nivel del mar. DESCRIPClON: Los grabados se encuentran en la cara oriental de un gran batolito granítico, que representa en su parte superior un gran número de pilas naturales de distintos tamaños, y se distribuyen por la parte central del mismo, en una superficie de cuatro por seis metros aproximadamente, con nueve representaciones de armas: tres posibles escutiformes / idoliformes, dos puñales / espadas cortas, uno de ellos por sus características ofrece algunas dudas, para 245


FERNANDO JAVIER COSTAS COBERNA - PABLO NOVOA ALVAREZ - JaSE M'. ALBO MORAN

asimilarlo a figura de puñal como ya explicaremos más adelante y cuatro alabardas, aunque una de ellas pudiera tratarse de otra arma y varios cruciformes en la parte inferior de la superficie. Para facilitar su análisis dividimos la superficie insculturada en dos sectores según su ubicación en la roca. El sector A ubicado en una zona inclinada, en la que efectuadas las mediciones correspondientes en los puntos de ubicación de las figuras, la pendiente oscila entre los 18 y los 37º. El sector 8, se sitúa inmediatamente debajo del anterior y ya en una franja vertical hasta el nivel del suelo.

SECTOR A .- La superficie de este sector alcanza los 3 metros x 1,10 metros aprox., y la conforman tres figuras triangulares con el vértice en la parte inferior con una franja en al parte superior cuyo ancho oscila entre los 17 y 20 cm., con trazos verticales paralelos, ensanchamientos laterales aproximadamente en el centro y en algún caso líneas verticales en el cuerpo central de la figura, paralelas a sus lados, una de ellas presenta prolongación en la parte inferior de la figura. Completa el subconjunto una figura, representación de puñal/espada de hoja triangular, con indicación de nervadura central. SECTOR B .- También con una superficie de 3 x 1,10 metros, presenta varias figuras con representaciones de armas. Comenzando en la parte Sur tenemos una alabarda con nervio central, y surcos paralelos a la línea de filo a modo de biselado, a su lado una segunda alabarda con indicación de nervio central y junto a ellas una figura con surco a modo de mango y hoja pegada al mismo en su parte superior, cuyo estado de conservación no permite una identificación clara, ya que podría tratarse de una alabarda ó de otro tipo de arma. Junto a estas piezas tenemos una figura de hoja triangular con nervio central y final en la parte inferior muy ancha y redondeada, que lo mismo pudiera tratarse de un puñal, aunque la proporción en sus medidas, no sabemos si es tosquedad de la ejecución sí la comparamos con la pieza del sector A, ó se trata de otro tipo de representación. La última arma la encontramos en el extremo Nordeste y se trata de una alabarda que presenta surcos a los filos a modo de biselado. Completan el subconjunto una serie de figuras cruciformes correspondientes a períodos históricos, ocupando las zonas inferiores del panel, y en algún caso superponiendose a las figuras de armas, aprovechando el surco del mango de alabardas para su representación, estas figuras. Los surcos presentan perfil en U abierta y su anchura alcanza los 4 cm., y su estado de conservación es bastante irregular. En los cuadros que ofrecemos a continuación detallamos las medidas de las piezas. PEORA ANCHA

Long. de Mango

Alabarda nº 1 Alabarda nº 2 Alabarda nº 1

50 cm. 70 cm. 76 cm.

Long. de hoja

Anch. máx.hoja

34 cm. 39 cm. 35 cm.

19 cm. 20 cm. 20 cm.

PEORA ANCHA

Long. Total

Long. de Hoja

Long. de Empuñ.

Anch. max. hoja

Long. de Pomo

Anch. de Pomo

Esp. 1 Esp. 2

78 cm. 52 cm.

60 cm. 35 cm.

18 cm. 17 cm.

22 cm. 20 cm.

20 cm. 22 cm.

11 cm. 17 cm.

PEORA ANCHA

Longitud Maxima

Longitud Prolongación

Anchura Maxima

Escutiforme nº 1 Escutiforme nº 2 Escutiforme nº 3

70 cm. 62 cm. 60 cm.

-

40 cm. 40 cm. 40 cm.

17 cm.

246


Los grabados rupestres de armas de pedra ancha (Dumbria, A Coruña)

11 PARALELISMOS Y REFLEXIONES: Las figuras de la estación de "Pedra Ancha", tienen su paralelismo más cercano en las de la estación de "Castriño de Conxo" en Santiago de Compostela, "Auga da Laxe 1" en la sierra de Galiñeiro y en relación con la superficie soporte y la orientación al Naciente de la misma, nos recuerda al grupo 1 de "Auga da Laxe" en la sierra de Galiñeiro (Gondomar, Pontevedra) y "Mogüelos" en la península de Morrazo. Asimismo su posición en la superficie soporte orientada al Naciente es muy similar a las del grupo I de "Auga da Laxe". Para una mejor comprensión de esta estación, dentro del contexto de los grabados rupestres del NO., de la península Ibérica ofrecemos en el cuadro siguiente una distribución por superficie, y del número de figuras que se dan en cada una de ellas:

Municipio

Estación

C. Lameiro

p. Furada 11 p. Furada IV p. Furada V Ch. Lagoa XXI Ch. Lagoa XXIV Matabois I Matabois 11 Matabois 111 Matabois XII Ramallada Laxe do Chán Mogüelos 11 Mogüelos 111 p. Ferraduras A. da Laxe 1 A. da Laxe 1/ A. da Laxe 111 A. da Laxe IV Sta. Lucia Xán de Deus Poza Lagoa 1I Poza Lag. 111 Brión Mte. da Pena C. de Conxo Primadorno I Mte. da Laje Pedra Ancha

" " " " " "

" " " Cang. de M. 11

" Cotovade Gondomar

" " " " Moraña Redondela

" Rianxo

" Santiago Silleda Valen<;a Dumbría

Alabardas

Puñales

Escutifor.

-

-

-

4 1 1 1 1 2 1 1 2 12

-

-

-

-

-

4

-

-

-

2

-

-

-

-

2 11

2 2

8

-

-

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3

5 5 3 1 1 7 4 2 2

-

-

1 -

4 1 -

3

Observamos que el elemento más numeroso son las representaciones de puñales/espadas, que representan aproximadamente un 50 % del total de figuras de armas conocidas hasta la fecha, constatando su mayor presencia sin acompañamiento de otras armas, seguido de las alabardas y en menos número los ejemplares de las figuras que asimilamos a escutiformes. El mayor número de figuras por superficie, tanto considerándolas por apartado, como a nivel total se presentan en la estación de "Auga da Laxe 1" (Gondomar, Pontevedra), con un total de 25, "Castriño de Conxo"

247


FERNANDO JAVIER COSTAS COBERNA - PABLO NOVOA ALVAREZ - JaSE M'. ALBO MORAN

(Santiago de Compostela) con 16, "Poza da Lagoa 11" (Redondela, Pontevedra) con 11 y la de "Pedra Ancha" con 9. Del cuadro de distribuciones de desprenden algunos datos de interés. Destaca la ausencia de alabardas en el área de las márgenes del río Lérez, tierras de los municipios de Campo Lameiro y Cotovade la más emblemática del denominado Arte Rupestre Gallego, ya que hasta la fecha se ha detectado una de ellas en la zona próxima de Moraña en al estación de "Xán de Deus". Destaca también en este área hasta la fecha la ausencia de las figuras de tipo escutiforme triangular, presentando tipos circulares. Asimismo sobresale la homogeneidad de tres superficies en cuanto a las piezas representadas en ellas alabarda, puñal y escutiforme triangular; y la tipología de las mismas, a pesar de su distancia; nos referimos a las estaciones de "Auga da Laxe 1", "Castriño de Conxo" y "Pedra Ancha", en el Sur, Centro y Norte de nuestra región respectivamente.

ALABARDAS .- Las alabardas de los grabados rupestres de Galicia están definidas por un surco largo a modo de mango, que presenta en un extremo una hoja triangular, en algunos casos las hojas pueden presentarse aisladas, es decir sin mango; y tendiendo a las características de la hoja podemos identificar los siguientes tipos: 1) hoja lisa con ausencia de detalle; 2) hoja con surco indicador de nervio central; 3) hoja con surco paralelo a la línea de filo indicando biselado; 4) hoja con indicación de biselado y nervio central; 5) hoja lisa e indicación de sujeción para enmangado; 6) con biselado e indicación de placa de sujeción para enmangado. Las indicaciones de sujeción pueden presentarse con más o menos detalle. En "Pedra Ancha" tenemos representados los tipos 1, 2, 3 Y 4. Atendiendo a esta clasificación tendríamos el cuadro siguiente por superficies en la región gallega:

Estación

lisa

nervio central

bisel.

bisel. y nerv.

lisa y placa

bisel. y placa

A. da Laxe I A. da Laxe 1I A. da Laxe 111 A. da Laxe IV Sta. Lucía Cast. Conxo Poza da Lagoa Xán de Deus Primadorno I Laxe do Chán Mte. da Pena Pedra Ancha

-

2 1 2 2 3

3

1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1

-

-

-

4 5 1

-

-

-

-

-

-

-

1

-

-

-

-

2 1

12

13

Totales

-

-

2

-

-

-

-

1

-

-

-

4

-

-

1

1

-

-

5

3

4

2

-

1

Observamos que de las 36 figuras del cuadro, las de hoja lisa y las de nervio central son las más numerosas en las estaciones conocidas hasta la fecha, suponiendo un 33 % del total cada una de ellas. En cuanto a sus dimensiones, las de mayor tamaño son las figuras de "Auga da Laxe". También llamamos la atención sobre la presentación de piezas emparejadas de forma intencionada, dispuestas de mayor a menor en función de su tamaño, tal como sucede en las superficies de "Auga da Laxe I y 111" dos a dos y en "Pedra Ancha" en el sector B donde son dos las figuras así dispuestas. Finalmente decir que las alabardas del NO. de la Península se vienen asimilando a los modelos conocidos como Carrapatas o Nord-portugués datados a comienzos de la Edad de Bronce entre 1750 y 1650 b.C. No podemos dejar de mencionar que esta figura se halla ampliamente representada en los grabados de la zona alpina, tanto en "Vallée des Merveilles" como en 248


Los grabados rupestres de armas de pedra ancha (Dumbria, A Coruña)

"Fontanalbe" (Francia), encontramos piezas de similitud clara con algunos de nuestros ejemplares; también es numerosa su presencia en las superficies al aire libre de Val Camonica, así como en estelas también en Valtelina (Italia). Otras representaciones de alabardas en zonas geográficas próximas las tenemos en las estelas alentejanas (Portugal), y extremeñas, y más al sur en las estaciones de "Grand Atlas" (Marruecos).

PUÑALES .- Al acercarnos a este elemento, nos surge una duda razonable, ¿se trata de puñales ó de espadas?, ó estamos ante representaciones de ambas? estas preguntas surgen en base a las proporciones de las figuras, muy poco aclaratorias. En "Pedra Ancha" el ejemplar más claramente representado está en el sector A, mientras el del sector B opinamos que resulta más controvertido. En cualquier caso para la región gallega, estas figuras están definidas generalmente por una hoja triangular apuntada, aunque existen casos con lados paralelos hasta las proximidades de la punta; esta hoja puede presentar surco a modo de nervio central, y acanaladuras laterales paralelas a los filos. Por lo que respecta a la empuñadura se puede presentar de la forma siguiente: 1) con ausencia de la misma, es decir la figura representa solamente la hoja, 2) sin más detalle que un pequeño óvalo a modo de pomo, 3) empuñadura detallada entrando en al parte superior de la hoja, estrechamiento central y ensanchamiento en el remate; finalmente llaman la atención algunas piezas que finalizan en estrechamiento, como si de una representación de los conocidos puñales de espigo se tratase, como sucede con el ejemplar de "Poza da Lagoa" (Redondela, Pontevedra). Algunas figuras presentan una serie de trazos transversales y cazoletas en su interior, que no sabemos muy bien si estamos ante piezas enfundadas o habría que hacerse otro tipo de reflexión. Las estaciones más destacadas con este tipo de piezas, podemos considerar las de "Castriño de Conxo" (Santiago de Compostela, La Coruña) y la de "Auga de Laxe 1" (Gondomar, Pontevedra) entre otras, destacando esta última por su gran pieza de 240 cm., de longitud. Los paralelismos de estas figuras podríamos tenerlos para los de espigo, en los modelos metálicos del ajuar funerario de la cista de Atios (Porrifío, Pontevedra) datados en fechas tempranas de la Edad del Bronce, en otros casos podemos recurrir a tipos europeos como en "Castriño Conxo" algunos modelos se aproximan a piezas bretonas tipo Cressinghan caracterizadas por la hoja triangular, fuerte nervio central y una o más estrias paralelas al filo, aunque difieren con los grabados en que en estos no se han representado los clavos de sujeción de la empuñadura a la hoja; este tipo de puñal relacionado con la fase Bush Barrow de la cultura Wessex, data en torno al 1800 - 1550 b.C., incluso podemos hallar paralelos en otros lugares, como sucede con un tipo de puñal encontrado en (Languedoc, Francia) fechado entre 1800 - 1500 b.C., asemejándose a la gran pieza de "Auga da Laxe 1" en su forma triangular, y nervio central difiriendo algo en el tipo de empuñadura, más larga, pomo más pequeño y remache en la zona de unión por parte de este modelo francés.

ESCUTIFORMES .- Las figuras que denominamos escutiformes del sector A de "Pedra Ancha", tienen su paralelismo con las representadas en "Castriño de Conxo" (Santiago de Compostela, La Coruña), "Mogüelos" (Can gas de Morrazo, Pontevedra) y "Auga da Laxe 1" (Gondomar, Pontevedra). Hasta la fecha las únicas piezas, que identificamos claramente como cutiformes, son las que presentan dos personajes de "Pedra das Ferraduras" (Cotovade, Pontevedra) y se trata en ambos casos de un escudo circular; de escudo parece tratarse también una de las piezas que porta el personaje de la estación "Río Loureiro" (Cangas de Morrazo, Pontevedra), aunque esta figura por sus características resulta de difícil clasificación; a partir de ahí entramos en el terreno de la especulación; como escudo se ha venido dando una figura circular en "Primadorna" (Silleda, Pontevedra) basándose en su aparición junto a puñales. Pero el elemento más controvertido nos viene dado por las figuras de "Castriño Conxo" (Santiago de Compostela, La Coruña) 4; "Mogüelos 111" (Cangas de Morrazo, Pontevedra) 2 piezas; "Auga da Laxe 1" (Gondomar, Pontevedra) 8 piezas y "Pedra Ancha" (Dumbria, La Coruña); en los cuatro casos la figura es triangular, dispuesta con el vértice hacía abajo, presentan ensanchamientos laterales, a modo de asideras, y pueden tener una 249


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prolongación en I parte inferior de la figura. Algunos autores han querido ver en las piezas de "Castriño de Conxo", representaciones de hachas de doble anillo, opinión hoy descartada. Otra posibilidad barajada es que se trate de figuras idoliformes, tal como has apuntado otros investigadores, aunque en realidad no tenemos seguridad para poder afirmar que se trata de una u otra cosa; ahora bien el hecho de aparecer junto a otras armas, nos hace lógicamente pensar que se trata de piezas relacionadas con ellas, y que pertenecen al equipamiento ofensivo/defensivo de los autores de los grabados.

111 Aparte de los grandes grupos de alabardas, puñales/espadas y escutiformes, se dan otras piezas asimilables a hachas enmangadas o mazas, como sucede en los casos del grupo VI de "Matabois" (Campo Lameiro, Pontevedra), "Laxielas" (Vigo, Pontevedra) y en el grupo I de "Poza da Lagoa" (Redondel a, Pontevedra) donde además tenemos una figura definida por mango corto y una hoja de un lado recto y otro curvo; y una figura cuadrangular, quizás escutiforme? También tenemos alguna pieza confusa en "Pedra Ancha", donde tenemos una pieza que podemos asimilar a un puñal de hoja triangular y nervio central del sector S, pero cuyas proporciones pueden hacernos dudar de si se trata de otro tipo de representación. Finalmente otras armas identificadas en los grabados rupestres de Galicia las observamos en los siguientes casos: 1) las que portan figuras antropomorfas, preferentemente formando parte de escenas con cérvidos, en las que aparecen con ausencia total de detalle, definidas con un simple trazo, exceptuando la que porta un personaje en "Pedra das Ferraduras" (Cotovade, Pontevedra), casos de las superficies de "Coto Rapadoiro" y "Pedra da Seillosa" (Campo Lameiro, Pontevedra), "Outeiro do Pio" (Pontecaldelas, Pontevedra), "Pinal do Rei" (Cangas de Morrazo, Pontevedra) y "Cova da Sruxa" (Muros, La Coruña). 2) las que aparecen portando personajes a lomos de zoomorfos, de características similares a las anteriores, como sucede en "Chán da Lagoa", "Chán da Carbal leda" y "Os Cogoludos" (Campo Lameiro, Pontevedra) y "Outeiro Siribela" (Pontecaldelas, Pontevedra). 3) las que aparecen literalmente "clavadas" sobre el lomo de cérvidos, de características similares a las anteriores, detalle que se aprecia con claridad en "Pedra das Ferraduras" (Cotovade, Pontevedra) y también en la de "Os Carbal los" (Campo Lameiro, Pontevedra) entre otras.

IV Al acercarnos a la posible significación de las representaciones de armas, y dentro de la dificultad para ello, hay datos que debemos tener en cuenta, como en los casos de "Auga da Laxe 1" y "Pedra Ancha" ambas en superficie tendente a la verticalidad y con clara orientación al Naciente, así como la repetición de alabarda, escutiforme y puñal en las mencionadas y en "Castriño Conxo". Si observamos atentamente las piezas de las superficies conocidas vemos algunos casos realmente llamativos ya solo fijándonos en sus tamaños, en "Pedra das Ferraduras", tenemos una desproporción clara de tamaño entre el arma y el personaje que la porta, en "Auga da Laxe 1" el tamaño de la pieza que llega a los 2,40 metros, es claro, que no corresponde a dimensiones reales. Esto es observable también en zonas más alejadas de nuestra área como las albardas que enarbolan personajes representados en el "Vallée des Merveilles" (Francia), mucho mayores que sus portadores, también en figuras de la región de "Sohüsland" en Suecia, entre otros lugares. Esto creemos que es algo a tener en cuenta y que la representación del objeto, no es una copia del mismo sin más, sino que a éste se le asimilan otros valores más allá del puramente material de la propia pieza. Quizás estemos ante representaciones conmemorativas anteriores o posteriores a un hecho bélico?, incluso con carácter de definición de espacio territorial? En cualquier caso estamos aún lejos de poder aproximarnos a interpretaciones claras, mientras no conozcamos datos concretos, que nos aproximen a comprender, a que tipo de sociedad, pertenecían los grabadores de 250


Los grabados rupestres de armas de pedra ancha (Dumbria, A Coruña)

estas figuras, y acercarnos a ellos y a su medio, alejándonos de las perspectivas estéticas, siempre mediatizadas, por los valores culturales de nuestro entorno social. Para final izar queremos expresar nuestro agradecimiento a Don Modesto Carda, Don Angel Castro y Don José Ameixeira, que hicieron posible nuestra visita a "Pedra Ancha", Navia setiembre de 1992.

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Situaci贸n de "Pedra Ancha" y distribuci贸n de los grabados rupestres en Ca/icia.

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Los grabados rupestres de armas de pedra ancha (Dumbria, A Coru単a)

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Los grabados rupestres de armas de pedra ancha (Dumbria, A Coruña)

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Figuras de puñales/espadas en los grabados rupestres de Galicia: 1,3,4,8,16,13,18,21,22,23,30,32; "Auga da Laxe" (Gondomar, Pontevedra). 29; "Brión" (Rianxo,La Coruña). 31,33, 34, 38, 39, 40, 41; "Castriño de Conxo" (Santiago, La Coruña). 25, 28, 36, 42; "Matabois" (Campo Lameiro, Pontevedra). 9,35; "Mogüelos" (Cangas de Morrazo, Pontevedra). 11, 14; "Monte da Laje" (Valen~a, Portugal). 12; 'Monte da Pena"; (Rianxo, La Coruña). 6, 37; "Pedra das Ferraduras" (Cotovade, Pontevedra). 20, 24; "Poza da Lagoa" (Redondel a, Pontevedra). 43,44; "Pedra Ancha" (Dumbría, La Coruña). 45; "Ramallal" (c. Lameiro, Pontevedra.

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r 1, 2, 3, 4, hachas y/á mazas de "Caneda" (Campo Lameiro, Pontevedra). S, figura de "Laxielas-Navia" (Vigo, Pontevedra). 6, pieza de "Poza da Lagoa" (Redondela, Pontevedra). 7, posible escutiforme de "Poza da Lagoa" (Redondel a, Pontevedra). 8, figura de "Poza da Lagoa" (Redondela, Pontevedra). 9 y10, piezas de "Ramallal" (e. Lameiro, Pontevedra). 11, figura de "Auga da Laxe" (Gondomar, Pontevedra). 13, pieza de "Castriño de Conxo" (Santiago de Compostela, La Coruña).

256


Los grabados rupestres de armas de pedra ancha (Dumbria, A Coruña)

FIGURAS DE ARMAS POR SUPERFICIE EN LOS GRABADOS RUPESTRES DE GALICIA

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Escutiformes 3 228 1 4 1 Puñales 2 4 1 1 1 1 2 1 1 2 2 211 S S 3 1 1 74 2 112 Alabardas 4 4 6 1 2 5 315 2 5 2 _

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DISTRIBUCION DE ARMAS POR ZONAS EN LOS GRABADOS RUPESTRES DE GALICIA 30,-------------------------------,

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EITITI1 Escutiformes


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Reproducción de los grabados de la superficie de "Pedra Ancha" (Dumbría, La Coruña).

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Los grabados rupestres de armas de pedra ancha (Dumbria, A Coruña)

SECTOR B Fotografia del calco del sector B de "Pedra Ancha" (Dumbría, La Coruña).

SECTOR A Fototrafia del calco del sector A de "Pedra Ancha" (Dumbría, La Coruña).

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Detalle de las representaciones de armas en IIAuga da Laxe 111 (Gondomar, Pontevedra).

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Los grabados rupestres ele armas ele peelra ancha (Dumbria, A Coru単a)

Detalle de calco s/soporte de papel de "Ramallal" (Campo Lameiro, Pontevedra).

Detalle de calco s/soporte de papel de "Castri単o de Conxo" (Santiago de Compostela, La Coru単a).

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lOS GRABADOS RUPESTRES DE PENA DE CHAOS y PENA DA MaURA EN SAN FIZ DE AMARANTE (ANTAS DE UllA, lUGO) Fernando Javier COSTAS GOBERNA Pablo NOVOA AL VAREZ José Ma. ALBO MORAN Urb. San Rafael, Camiño da Raposa, 31 - Chalet 7 36208 Vigo RESUMEN: Este trabajo quiere dar a conocer la localización de los grabados al aire libre de la parroquia de San Fiz de Amarante (Antas de Ulla, Lugo). Las representaciones más comunes de Amarante son las espectaculares series de círculos concéntricos con surcos radiales.

ABSTRACT: Rupestrian engravings in San Fiz. The purpose of this paper is to reveal the discovery of oeveral outdor rupestrian engravings, in the parish of San Fiz (Antas de Ulla, Lugo). The most common type of Amarante rock carving are spectacular series of concentric circles with radial grooves.

..."E sí eu che digo que conozo unha flor única no mundo, que non hai en ningún outro sitio mais que no meu planeta e que calquer mañá pode ser aniquilada pra sempre por un año que nin sabería siquera o que facía, ¿Tampouco che parece importante?". De O Principiño de Antoine de Saint Exupéry. Traducción de Carlos Casares.

I ANTECEDENTES.- La primera noticia conocida sobre grabados rupestres en esta zona, se refiere al grupo I de "Monte de Chaos", y aparece en un reportaje sin ilustraciones en el diario, El Progreso de Lugo, el 15 de Diciembre de 1976, siendo su autor D. Carlos Méndez Vázquez vecino de la población de Monterroso (Lugo). El grupo 11 se localizó durante nuestras visitas a la zona. Los grupos de "A Pena da Moura", debemos su conocimiento a la información facilitada por un vecino de San Fiz de Amarante conocido con el apodo de "Cantadouro", quién nos ubicó estas superficies. SITUACION.- Se localizan en las estribaciones del "Monte Farelo", en tierras lucenses, pertenecientes al término municipal de Antas de Ulla, en la parroquia de San Fiz de Amarante. A los Grupos de "Monte de Chaos", se accede, tomando por la carretera que desde Antas de Ulla se dirige a San Fiz de Amarante, teniendo que desviarse a la derecha por la pista forestal, desde la parroquia 263


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al lugar que se encuentra en una zona llana, altamente encharcada en época de lluvias. Una referencia que ayuda a su local ización es la obra efectuada para la toma de aguas del arroyo Vilanova, ya que al lado de la construcción allí existente, se encuentra el que denominamos grupo 1I ya unos 100 m. al Sur el grupo 1 en un batolito granítico que destaca sobre el terreno. Los grabados del grupo 1 de "A Pena da Maura" se localizan en la ladera del "Alto de Penouzas", al que se accede fácilmente desde el lugar de Bellós. El grupo 11 y 111 se localizan a unos 300 metros al Oeste del grupo I en el lugar conocido como "Fonte do Gorgullo" a ras de suelo. Monte de Chaos, Grupo I.~ Los grabados se distribuyen en la superficie de un batolito granítico en un área de 13 * 5 metros aproximadamente, con cazoletas naturales y cubierta en gran parte de musgos. El repertorio de grabados se compone exclusivamente de combinaciones circulares, en torno a una veintena de figuras, entre las que destacan la nº S, de carácter laberintiforme, las figuras 1, 6 Y 16, por las particularidades que presentan en el surco de salida/entrada, sobre todo en la figura 1, en la que éste se complica asociandose a una figura triangular, muy definida. También destacaríamos la asociación de las figuras nº 11 al 15, que configuran una composición de cierta complejidad. En cuanto a sus tamaños, los diámetros de las figuras pueden alcanzar casi los 100 cm. de tamaño máximo en la figura nº 16. Para un más exacto conocimiento de los mismos reflejamos en el cuadro que se adjunta, los diámetros máximos y mínimos de las principales figuras de los grupos I y 1I de "Monte de Chaos". Los surcos en clásica U abierta y una anchura oscilando entre 4 y 8 cm. aproximadamente. Monte de Chaos, Grupo 11.- Los grabados de este grupo se distribuyen en una superficie de 2 * 2 metros aproximadamente, con un repertorio a base exclusivamente de combinaciones circulares en la que destaca una figura de 5 círculos concéntricos, con un diámetro máx. de aproximadamente los 100 cm. con surco de salida que se bifurca cerca del lugar de salida en el cuarto anillo.

Estación

nº de anillos

Diámetro máx.

Diámetro mín.

Chaos I fg. 1

5

76 cm

18cm

Chaos I fg. 2

3

28 cm

-

Chaos I fg. 3

5

88 cm

24 cm

Chaos I fg. 4

5

46 cm

10cm

Chaos I fg. 5

4

55 cm

16cm

Chaos I fg. 6

3

41 cm

14 cm

Chaos I fg. 7

3

35 cm

11 cm

Chaos I fg. 8

3

80 cm

32 cm

Chaos I fg. 9

3

30 cm

12 cm

Chaos I fg. 10

2

30 cm

16cm

Ch. I fg. 11-15

1-2-3

43 cm

12 cm

Chaos I fg. 16

6

95 cm

24 cm

Chaos 1I fg. 1

5

100 cm

27 cm

Chaos 11 fg. 2

3

55 cm

22 cm

Chaos 11 fg. 3

2

22 cm

12 cm

264


Los gravados rupestres de Pena de Chaos y Pena da Maura en San Fiz de Amarante (Antas de Ulla, Lugo)

A Pena da Moura, Grupo 1.- Se trata de una superficie a ras de suelo, de 9 * 6 metros aproximadamente en el que aprecian un total de diez figuras circulares entre las que destacan la figura de una espiral levógira de 70 cm. de diámetro máximo y varios diseños de círculos concéntricos de dos a cinco anillos con cazoleta central y surco de salida, que al igual que sucede en los grupos de "Monte de Chaos", presenta particularidades, que dan a las figuras un carácter especial, tal es el caso de las piezas fg. nº 2, 6 Y 7. Los surcos presentan sección en U abierta clásica y anchura de 2 a 4 cm. aproximadamente. A Pena da Moura, Grupo 11.- Este grupo situado a 300 metros al Oeste del anterior, lo componen dos figuras en una superficie a ras del suelo. Se trata de un diseño de dos círculos concéntricos con cazoleta central y surco de salida, con un tercer arco sin finalizar. La segunda figura es un diseño de tres círculos concéntricos. Surco en U abierta y anchura de 2 cm. aproximadamente. A Pena da Moura, Grupo 11I.- Este grupo se encuentra a unos cinco metros del anterior y en el se registra solamente a ras de suelo de una figura circular circular simple de 13 cm. de diámetro y cazoleta central. Estación

nº de anillos

Diámetro Máx.

Diámetro Mín.

P. Maura I fg.2

5

51 cm

16 cm

P. Maura I fg.3

2

28 cm

17 cm

P. Maura 1 fgA

3

57 cm

26 cm

P. Maura I fg.5

4

47 cm

18cm

P. Maura I fg.6

2

40 cm

28 cm

P. Maura I fg.7

2

40 cm

20 cm

P. Maura 1 fg.8

3

33 cm

13 cm

P. Maura 1 fg.9

3

33 cm

13 cm

P. Maura I fg.l O

3

48 cm

20 cm

P. Maura 11 fg.l

2

22 cm

13 cm

P. Mooura

3

25 cm

10 cm

1

13 cm

-

P. Maura

1I

111

fg.2 fg.l

11 APROXIMACION A LAS COMBINACIONES CIRCULARES EN LOS GRABADOS RUPESTRES DEL NOROESTE DE LA PENINSULA IBERICA Las combinaciones circulares vienen a ser dejando a un lado, las cazoletas, el motivo mas numeroso y característico del Arte Rupestre en el Noroeste de la península ibérica. Se documenta la presencia de figuras circulares, con un amplio abanico de posibilidades. Mayoritariamente la forma más numerosa de presentación, son composiciones a base de anillos concéntricos con cazoleta central y/o surco de salida/entrada; que oscila generalmente de 2 a 6 anillos concéntricos, si bien se conocen casos con mayor número, como sucede en los grupos del Monte Tetón de Tebra (Tomiño, Pontevedra) en donde llegan a tener hasta dieciocho concéntricos, también se presentan de forma simple, o rellenos de coviñas en su interior, o entre anillos radiados con trazos dividiendo su interior 265


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etc. En algunos casos estas figuras aprovechan las características de la roca soporte, aprovechando sus irregularidades, tales como abombamientos y protuberancias obteniendo mayor resalte de las mismas. Estas composiciones pueden erigirse en el único motivo representado sobre un panel, llenando ellas solas toda la superficie insculturada, pudiendo aparecer con trazos que las relacionan entre sí. Cuando aparecen junto a otros motivos, con el que más frecuente es su aparición aparte de con las cazoletas, es con las figqras de cérvidos. En este apartado de las combinaciones circulares, debemos mencionar también una serie de figuras que se distinguen de las comentadas, por su irregularidad manifiesta, que corresponden a diseños ovalados y de ejecución poco cuidada. Citar las estaciones de Arte Rupestre, con representación de combinaciones circulares, sería ocupar un espacio que no corresponde a este tipo de obra, ya que como apuntamos es fuera de las cazoletas, la figura más numerosa y característica de nuestros petroglifos. A modo de ejemplos representativos citaremos en la provincia de Pontevedra, las estaciones de "o. Lombo da Costa" en la parroquia de Sacos (San Xurxo), la de "Outeiro Cogoludo" en Campo Lameiro, las del "Monte Tetón" en la parroquia de Tebra (Tomiño) y las de Fragoselo en Coruxo (Vigo), sin olvidar, las del castro de Santa Tecla en A Guarda, de gran interés por presentarse en superficies que, sirven de base a los muros de las construcciones castreñas, lo que nos indica la anterioridad de las combinaciones circulares respecto a las mismas. Por lo que respecta a la provincia de La Coruña, las de "Serres", "Monte Naraio" y "Laxe das Rodas" en Muros y las de "Monte Pedroso" y "Correxins" en el municipio de Santiago de Compostela. En la provincia de Orense las de Xinzo de Limia y Allariz y en Lugo además de las de Antas de Ulla destacaríamos las de Sober. Las figuras de mayor número de anillos concéntricos y de mayor diámetro en el Noroeste de la península ibérica y de las áreas con petroglifos de Europa, se registran en los grupos I y IV del "Monte Tetón" (Tomiño, Pontevedra), con dieciocho círculos concéntricos y diámetro máximo de doscientos cincuenta y trescientos cincuenta centímetros respectivamente. Otras estaciones con grandes combinaciones circulares, aunque de menor entidad las tenemos en "Cavada do Rei", término municipal de Arbo (Pontevedra) con nueve anillos y ciento treinta centímetros de diámetro; la figura del grupo VI de Gargamala en Mondariz (Pontevedra) con nueve anillos y ciento treinta centímetros; la del gran petroglifo de Fragoselo en Coruxo (Vigo, Pontevedra) con ciento veinticuatro centímetros; las dos figuras del "Monte Faro" en Valenc;a (Portugal) con once y doce anillos y unos diámetros de ciento trece y ciento dieciocho centímetros respectivamente; y ya más alejadas de nuestro espacio geográfico, en la fachada atlántica europea, podemos citar las figuras del Norte de Alemania de Horsten con setenta y siete centímetros y diecisiete anillos, o la de Harpstedt con noventa centímetros y doce anillos. SOBRE CRONOLOGIAS E INTERPRETAClON Sin lugar a dudas las combinaciones circulares constituyen el elemento más característico de los petroglifos gallegos tal como apuntamos anteriormente, y exceptuando las cazoletas son el elemento más veces representado en ellos; como muestra y fijándonos en la zona Sur de la Provincia de Pontevedra, tierras comprendidas en los valles del Tea, Alvedosa, Fragoso, Miñor, bajo Miño y costa Sur, podemos decir que de doscientas treinta superficies con grabados revisadas por nosotros, ciento cincuenta y siete de ellas presentan combinaciones circulares en una cifra cercana a las ochocientas figuras aprox. Asimismo se trata de representaciones extendidas por todo el mundo, encontrándolas repartidas por el continente europeo, desde las Islas Canarias hasta Escandinavia, con fuerte representación en Portugal, Islas Británicas, también presentes en el norte de Alemania, arco alpino y Dinamarca. Hasta la fecha los investigadores que se han acercado al arte rupestre de Galicia incluyen las combinaciones circulares en la Edad del Bronce, desde épocas tempranas de la misma, y con un

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amplio desarrollo cronológico a lo largo del tiempo, ya que incluso se graban círculos en períodos ya históricos tal como aparecen en diversas estaciones conocidas. Ahora bien es cierto que sabemos, no está por el momento ni definitiva ni correctamente establecida, pudiéndose decir que lo único que podemos afirmar, son las referencias observadas en algunos castros como sucede por ejemplo en el castro de Santa Tecla (A Guarda, Pontevedra) donde son apreciables las combinaciones circulares en las superficies que sirven a la vez de soporte, tanto a los grabados como a los muros que en algunos casos cubren a éstos y que vienen a decirnos que los círculos fueron realizados con anterioridad a la fecha en que se levantaron las construcciones castreñas aunque sin poder precisar en que momento exacto. El mismo panorama confuso se presenta a la hora de intentar acercarnos a su significado ya que se le han atribuido las más diversas interpretaciones: trampas de caza, signos astronómicos, altares de sacrificios, planos etc. que si bien no se debe descartar ninguna de ellas, tampoco se pueden utilizar como en algunos casos se ha hecho de forma generalizante, ya que a pesar de ser símbolos tan comunes en diferentes grupos culturales, pueden tener significados diferentes en lugares distintos, y hay que tener en cuenta también la forma de relacionarse con otros motivos entre otros aspectos. Lo que si parece bastante creíble es su carácter simbólico-religioso, reflejo del mundo de creencias de unas sociedades a las que es difícil acercarse con nuestra mentalidad actual. El panorama no es mejor con las referencias a zonas vecinas geográficamente del continente del continente europeo. Para los grabados rupestres en Escocia se barajan fechas que arrancan en el 3200 antes de C. para las combinaciones circulares si bien el Sur de esta región (Argyll) se mueven algunos investigadores en las no anteriores a 2000, 1500 antes de C. basado en el conocimiento del nivel del mar existente en esas épocas que estaría de seis a ocho metros por encima del actual por lo que se argumenta este hecho como condicionante para la posibilidad de su ejecución con anterioridad a las fechas mencionadas en lo que concierne a los grabados en superficies soporte no elaboradas; asimismo se utiliza como referencia cronológica las cistas datadas también en las fechas citadas, en cuyas losas aparecen petroglifos y que aportan un punto de reflexión sumamente importante referido a la funcionalidad de los mismos, apuntado por diversos autores. Los grabados de las losas de las cistas están hechos claramente dentro de un marco de creencias en la vida después de la vida (el más allá después de la muerte). Esto nos lleva a preguntarnos si estarían hechos para ser vistos por todo el mundo, un tema que en las pinturas paleolíticas está suficiente claro que no, cuestión que se observa también en culturas aborígenes aún hoy día donde las pinturas están asociadas a prácticas de tipo chamanístico hecho que hemos podido constatar en los abrigos, cementerio de la Amazonia; en muchos de ellos en nuestras visitas de 1990 y 1991 hemos podido observar todavía los fardos mortuorios y las pinturas de sus paredes; comprobando como las pictografías no han sido hechas para la comprensión de la generalidad de la población, de hecho hemos estado en abrigos en los que entre el techo lleno de pictografías y el suelo había escasamente unos 50 cm. como el caso del cerro de la Maraca y el Pozón a orillas del río Parguaza afluente del Orinoco en el estado Bolívar de Venezuela. De hecho los fardos mortuorios son colocados en el abrigo por el chamán que con sus rituales ayuda al muerto en su paso a la otra vida y es él el que realiza las pinturas, que forman parte del mundo de sus creencias, ya que él es el que tiene el poder de comunicarse con este mundo sobrenatural y solicita a la familia las ofrendas que el muerto necesita y que él mismo deposita. J. J. Eiroa y Josefa Rey en su obra Guía de los petroglifos de Muros apuntan que toda la Europa de la Edad del Bronce, está llena de este símbolo solar tan magníficamente representado a veces y que pueden ser puestos en relación como símbolos espirituales, con la idea del mandala (el término quiere decir precisamente círculo o centro). Un manda la se representa con una serie de círculos concéntricos en los que se colocan por orden de importancia en el panteón las divinidades tántricas. De esa manera se representa una imagen del mundo o un simbólico panteón al que los iniciados penetran sobrepasando cíclicamente escalas de iniciación (círculos). El círculo como idea de perfección lo encontramos entre los indígenas Hiwi que habitan en las riberas del Orinoco, grabado

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en la maraca que el chamán usa en sus rituales como representación de la idea que el chamán tiene del bien. En esta línea de reflexión, podemos citar la interpretación dada por los indígenas que habitan en las inmediaciones de Cerro Pintado, a orillas del Orinoco en el territorio Federal Amazonas de Venezuela sobre el panel principal que viene a constituir sin lugar a dudas uno de los más espectaculares del mundo. Los grabados de su cara Norte, en una pared vertical, en los que destaca una figura serpentiforme de 25 metros, antropomorfos de 3 y 8 metros, zoomorfos y figuras geométricas, que representarían al río como fuente de toda vida, y se mostraría el camino del hombre hasta alcanzar la perfección, después de la superación de diversos obstáculos y cuyo ciclo completo estaría representado en una figura a base de dos combinaciones circulares definidas por círculos concéntricos. Según lo recogido por nosotros en 1990 las combinaciones circulares son imágenes que se asocian a las alucinaciones producidas tras el consumo de yopo por el chamán. Continuando en este mismo terreno tenemos noticias de un petroglifo con representación de combinaciones circulares, en Baranof Island en la costa Noroeste del Pacifico del continente americano del que Beth & Ray Hill nos cuentan que, venía a corresponder con la representación de la creación del mundo, según las tradiciones indígenas recogidas, por lo que ante ello apuntan coincidiendo con otros autores que los petroglifos puedan ser registros de mitos. Una de las ideas más interesantes y que algunos autores han trabajado sobre algunas estaciones, es el de la posible relación de algunas de estas representaciones con observaciones astronómicas. Tal es el caso de las espectaculares figuras circulares de la cueva número 1 en la Isla de la Juventud en Cuba, asociados por Antonio Núñez Jiménez con rituales relacionados con el cómputo del tiempo, a través de las observaciones relativas al recorrido estelar del Sol y de la Luna. Las anotaciones de Núñez Jiménez efectuadas en diversas épocas del año, le han permitido constatar, como la iluminación de la cueva y por tanto la visibilidad de las distintas figuras que la componen, debido a la penetración de la luz por las claraboyas de la misma, va cambiando a lo largo del año. Estas reflexiones del investigador citado vienen a incidir en la línea de lo apuntado para la misma estación por Fernando Ortiz, quien identifica la figura de 1,54 metros formada por 56 círculos concéntricos (veintiocho en ocre y veintiocho en negro) como la representación de un mes lunar, los círculos rojos representarían los días y los negros las noches. Regresando a nuestra región no podemos pasar por alto las observaciones efectuadas por Carlos Alonso Romero, tomando como base algunas ideas de L. Monteagudo sobre el conocido petroglifo de Laxe das Rodas, que vienen a constituir por el momento; el trabajo mas elaborado hasta fecha en intentar asociar un petroglifo con supuestos conocimientos astronómicos de los habitantes de la edad del bronce en nuestra región; así tras razonar la identificación de los arcos de las espirales con los meses lunares y justificando las coviñas como necesarias para el funcionamiento de las figuras como calendario concluye; en que las combinaciones circulares vendrían a ser un altar de ofrendas en el que se practicarían rituales al final de cada ciclo. Una de las ideas de mayor interés, que intentan explicar el porqué de la aparición de estas figuras, en puntos tan distantes de nuestro planeta, quizás sea la ofrecida por el investigador Reichel Dolmatoff en base a la sencillez de las imágenes y su alto grado de estilización es explicado, no por un largo transcurso de tiempo en el que imágenes realistas compartidas por un mismo grupo van adquiriendo características abstractas a medida que son conocidas y compartidas por todos los miembros de una comunidad, sino por el espectro de los fosfenos; que vienen a ser la fugaz percepción por la vista humana de manchas estrellas o formas irregulares experimentadas durante los procesos alucinatorios; las experimentaciones en este sentido han demostrado que se repiten las mismas imágenes geométricas, en individuos de diferente base cultural y pertenecientes a grupos culturales distintos; ello podría explicar el porqué en áreas geográficas aisladas y sin comunicación

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posible graban los mismos símbolos: círculos, laberintiformes, espiraliformes, y zig, zag, entre otros; trátese de una etnia que para comunicarse con sus dioses o antepasados durante las ceremonias de iniciación utilice drogas (Tukanos) o usen el ayuno (Guarekena). Hoy día a pesar ya del alto grado de aculturación, presente en los grupos indígenas de la Amazonia es posible encontrar en el área del río Negro, entre las etnias de la familia lingüística Arawaka, que sus miembros reconozcan algunos de los signos grabados¡ así se desprende de las informaciones recogidas¡ de tal modo que el petroglifo comporta una doble cualidad: implica territorialidad, estas señales eran respetadas y temidas conociéndose la costumbre indígena de echarse ají (sustancia picante que produce irritación) en los ojos al pasar frente a petroglifos para no verlos. A su vez el significado variable de los mismos comportaría su funcionalidad que en algunos casos conocidos está relacionada con la transmisión de preceptos religiosos vitales, como sucede con los Tukanos y Guarekema donde la espiral se considera instrucción del Dios Kuwai, para que las mujeres no se apareen con sus parientes¡ teniendo que destacar que los rituales de iniciación de los hombres se realizan al lado de petroglifos mientras las mujeres lo hacen en el interior del poblado. La interpretación de las manifestaciones en general de Arte Rupestre, y en particular de los grabados rupestres de Galicia resulta siempre tema muy controvertido. De entrada tenemos el gran acicate¡ de no poder responder con exactitud y certeza¡ a las preguntas sobre: ¿Quienes efectuaron los grabados? ¿Cuando? y ¿Porqué? La realidad es que actualmente¡ es muy difícil intentar responder a estas cuestiones y salvo en el grupo de grabados¡ que podemos aislar pertenecientes a fases ya históricas¡ en los que conocemos la existencia de tableros de juegos y señalizaciones de término¡ en el amplio grupo de estaciones que configuran el denominado Arte Rupestre Gallego prehistórico¡ nos encontramos con grandes contradicciones, debido al desconocimiento de los grupos humanos que realizaron estos grabados, cuales sus pautas de comportamiento y cual era el mundo de sus creencias. Por ello siempre cualquier intento de aproximación debe de hacerse con una muy necesaria prudencia y a sabiendas de que lo que se expone está sujeto continuamente a revisión. Nosotros seguimos opinando que un idéntico motivo puede tener diferente interpretación atendiendo a su forma de presentarse en el espacio del panel y a su forma de combinarse con las demás figuras de ese espacio¡ incluso en estaciones que pertenezcan a un mismo contexto cultural.

11I

APROXIMAClON A LOS GRABADOS RUPESTRES SOBRE LA INTERPRETACION.- La interpretación de los grabados rupestres, tal como hemos ido viendo a lo largo de estas páginas, resulta controvertida y estamos muy lejos de responder a preguntas tan sencillas como: ¿quiénes los hicieron?¡ ¿cuando los hicieron? y ¿para que los hicieron? incluso a veces tenemos figuras que no sabemos que son. Nuestro desconocimiento de los grupos que humanos que habitaron en el Noroeste de la península en los tiempos de la Edad del Bronce¡ época en la que situamos el desarrollo de esta actividad grabadora, nos impide el interpretar con seguridad el significado de estas figuras. Observamos que estamos ante unas representaciones incluso cuando en ellas identificamos claramente los objetos, cuyo valoración transciende el valor intrínseco del mismo. Es decir que cuando identificamos una alabarda o un puñal¡ lo que se ha querido representar no es el puñal como tal sino que esa figura entraña otros valores y esconde todo un mundo de ideas y creencias al que es difícil acercarnos desde las perspectivas del entorno en el que nos movemos nosotros en la actualidad. Observamos que existe una iconografía de carácter general, que está presente en diversos puntos del planeta¡ así vemos que son comunes a un amplio abanico de culturas¡ elementos como las combinaciones circulares, espirales¡ reticulados¡ zizg - zags

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etc. el porqué de esta repetición en grupos tan alejados e imposibilitados de toda comunicación entre sí nos podría venir dado por las hipótesis de Reichel - Dolmatoff, referidas a las visiones originadas bajo los efectos de sustancias alucinógenas estimulantes, según detalla el mismo a través de las experimentaciones llevadas a cabo. La ingerencia de sustancias narcóticas para acceder a una situación de trance está ampliamente documentada por la presencia de este tipo de sustancias en sitios arqueológicos tales como el Noroeste de México y Texas en Estados Unidos de América donde se encuentra la "sophora" sola, y acompañada de artefactos o de pinturas rupestres; por ello entra dentro de lo posible que la "técnica arcaica del éxtasis" expresión de Mircea Eliade, contenga el potencial psiquidélico del medio ambiente. No podemos olvidar refiriendonos a Europa que el reno ha vivido relacionado con la "Amanita muscaria" hongo que es un potente alucinógeno y cuyo consumo está bien documentado. Es de interés constatar que este hongo se encuentra con frecuencia en nuestra región. Si aceptamos esta hipótesis, estaríamos planteándonos la existencia del chamanismo entre los grupos que habitaban nuestra área geográfica en la Edad del Bronce, lo que nos llevaría a considerar la posibilidad de que los grabados no fuesen diseñados y grabados por cualquiera, sino por el chamán del grupo, como guardián del equilibrio psíquico y ecológico del grupo y sus miembros, intermediario entre lo visible y lo invisible, cuestión bastante razonable si consideramos el carácter mágico-religioso de estas manifestaciones. Independientemente está aceptado, que un mismo motivo puede haber sido grabado con significado distinto en un lugar o en otro atendiendo a la valoraciones desiguales que pueden corresponder a grupos culturales distintos. Los ejemplo son numerosos, un círculo radiado puede ser una manta enrollada para un grupo de aborígenes norteamericanos, y ser una representación solar para otro grupo cultural; un círculo con puntos en su interior corresponde en Egipto a una era de trigo y en Hawai correspondería a un campamento reflejando el número de sus componentes. Además hay que pensar que las distintas formas de combinarse, pueden dar lugar a significados también cambiantes. No será lo mismo un grupo de combinaciones circulares aisladas, que asociadas a zoomorfos, figura humana, cuadrangu lares etc. ya que esta relación alteraría la significación de la figura aislada. Como hemos visto al ocuparnos de las combinaciones circulares, estas se hallan presentes muy abundantemente en las islas Británicas, con representaciones también en el Norte de Alemania, Escandinavia y arco alpino, por referirnos a nuestro entorno geográfico más cercano. Es interesante tener presente que nos movemos en un entorno, donde la importancia de todos los sucesos que ocurren en la naturaleza, adquirirían una significación trascendental, ya que los ciclos naturales de fases de la Luna, cambios de estación etc. lo mismo que la observación de la fauna y flora, serían asociados directamente a su actividad económica. Ello nos lleva a pensar que las representaciones de cérvidos, y escenas de tipo cinegético que se dan en nuestros grabados tienen mucho que ver con actividades rituales de magia simpática. Como ejemplo y aunque no se trate de figuras de venados, recurriendo a información antropológica, existe documentación sobre grabados del Pacifico Noroeste de América, concretamente de la superficie en Kullet Bay, con representaciones de salmónidos, en la que el chamán del grupo antes del inicio de la temporada de pesca, pintaba las figuras y quemaba cuatro sustancias delante de la piedra en un ritual destinado claramente a favorecer la pesca. Aparte de lo apuntado debemos tener en cuenta además del aspecto económico, la relación del cérvido con ideas relativas a la fertilidad, sugeridas por la presencia de figuras con falo pronunciado y escenas de cópula. Las representaciones de zoomorfos, nos ayudan como vemos a aproximarnos al mundo económico de los grabadores, si deducimos que el ciervo tenía gran importancia para estos grupos humanos, también la tenían los equidos, presentes en buen número de superficies, y no solo las representaciones zoomórficas nos hablan de su mundo material, también las representaciones de armas nos están indicando la existencia de actividad metalúrgica; aunque ya hemos mencionado que la representación del objeto, no es solo la del objeto en sí mismo, no hay más que recordar la dimensión desproporcionada en relación al posible tamaño real de alguna de las figuras representadas.

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Lo que si sorprende en los grabados de nuestra región es la ausencia, de representaciones de otras actividades, como por ejemplo agrícolas, o de transporte relacionadas con las mismas, que sin embargo están muy bien documentadas en otras áreas europeas, como Escandinavia o en la zona alpina. Estamos ante grupos de escasa actividad agrícola? Las respuestas a toda esta serie de incógnitas que rodean a los grabados rupestres de Galicia, como hemos venido repitiendo solo serán posibles, cuando el avance en otros terrenos de la investigación, nos permita un acercamiento más profundo a lo grupos humanos que originaron su ejecución, apartándonos de la situación actual en la que nuestro acercamiento está basado en aspectos estéticos desde nuestros valores culturales, más que del de la realidad del hombre prehistórico. SOBRE LA CRONOLOGIA, REFLEXION SOBRE LOS GRABADOS DE SANTA TECLA.- A lo largo de los distintos capítulos de esta obra nos hemos ido aproximando al estado actual según nuestros conocimientos, en este apartado; así hemos hablado de la referencia que nos facilitan los idoliformes del tipo ídolo cilíndrico, y sobre todo las representaciones de armas, no obstante consideramos de interés exponer aquí, las reflexiones que nos son sugeridas por algunas superficies muy concretas. Nos hemos referido al hablar de cazoletas y combinaciones circulares, al dato que nos facilitaba el castro de "Sta. Tecla" en A Guarda (Pontevedra). Dado que realizamos un detallado estudio de los grabados rupestres de este importante yacimiento arqueológico, estamos en condiciones de detallar la situación de los mismos. Un grupo de numerosas cazoletas, algunas de ellas unidas mediante surcos, se encuentra próximo al ángulo Nord-occidental de la muralla del recinto castreño, entre esta y un muro que transcurre paralelo a la misma, por una superficie granítica de 5,60 * 1,60 metros (Grupo 1). La atenta observación de este grupo permite afirmar que la superficie soporte, de los grabados lo es a su vez de la muralla y del muro que discurre paralela a la misma. Continuando por, el muro que transcurre paralelo a la muralla en dirección Este, encontramos una pequeña construcción de planta cuadrangular, y en la superficie granítica que le sirve de base (Grupo 11), tenemos dos espirales levógiras y una dextrógira de 12 a 15 cm. de diámetro y un pequeño círculo de 9 cm. además de algunos surcos pertenecientes a figuras circulares en mal estado de conservación. Siguiendo la denominada muralla Norte en dirección Naciente, en un estrecho pasillo delimitado por muralla y falso muro, en la superficie base que se extiende por debajo de la misma, con un área grabada de 1,90 * 1,20 metros aproximadamente (Grupo IV), observamos varias espirales cuyos diámetros máximos están en torno a los 20 cm. y a escasos metros al Este de este grupo, se localiza el petroglifo conocido como el mapa (Grupo IX), con una superficie de 10 * 5 metros aprox. delimitada al SO. por vivienda circular y vestíbulo; al Oeste el pasillo mencionado, al NO. la muralla Norte y al Este un muro construido en época reciente. Comenzando la lectura en la zona inmediata al muro de la construcción circular, destacan un numeroso grupo de cazoletas, y surcos curvos y una espiral dextrógira de 30 cm. de diámetro. En la zona central una serie de surcos que dan nombre al conjunto ("El mapa") por haber sido interpretados como una representación cartográfica de la desembocadura del río Miño, y finalmente en la zona Nordeste un grupo de combinaciones circulares y espirales (hay que decir que el mal estado de conservación dificulta la precisión de la lectura) que justo se encontraban debajo de la muralla. Finalmente a pocos metros del grupo anterior al SE. tenemos una superficie granítica, con un área insculturada de 4 * 2 metros 2 aprox. constituida por un grupo de cazoletas y un grupo de surcos similares a los del grupo IX, y que sirve de soporte a dos muros de construcciones castreñas. La importancia de estos grupos los más evidentes entre otros que podríamos haber citado de este yacimiento, resulta muy clara, ya que nos permiten afirmar su anterioridad a las construcciones castreñas allí existentes, lo que implica que para los constructores de las mismas, esas figuras habían perdido el valor asignado por sus grabadores. Otra pieza interesante del castro de Santa Tecla, es un bloque exento que presenta una figura cuadrangular ajedrezada, de claro uso como tablero de juego de la época de ocupación del castro, hallada en un grupo de viviendas de la zona oriental, de características similares al tipo de figuras cuadrangulares ajedrezadas grabadas en superficies al

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aire libre y que reafirma de la posible utilización para el mismo uso de las mismas, tal como desarrollamos en el capítulo dedicado a los posibles tableros de juego. Combinaciones circulares usando como soporte la superficie granítica, que lo es de construcciones castreñas, debemos citar las del castro de Assun~ao (Barbeita) en Mon~ao, en el Norte de Portugal, figura de tres anillos concéntricos, con cazoleta central y surco de salida/entrada, en una superficie que sirve de soporte a los muros de una construcción circular.

SOBRE LA ESTRATIGRAFIA HORIZONTAL.- Para la distribución cronológica de los grabados en una superficie, esta técnica de observación basada en la subdivisión de la misma, atendiendo a las características del soporte, y a la situación de los diferentes motivos en el mismo, puede resultar de una interesante ayuda. Es evidente que la parte de la superficie más cómoda para ejecución de grabados, estaría i nd icándonos los motivos más antiguos de u n panel. En su perficies de características uniformes de horizontalidad, distinguiremos lo central de lo periférico; en superficies irregulares, distinguiremos en base a las características de cada zona del soporte. Con este método podemos observar en el grupo XXIX de "Outeiro do Lombo da Costa" en San Xurxo de Sacos (Cotovade, Pontevedra) donde las combinaciones circulares a base de círculos concéntricos en su mayoría, ocupan la zona central de la superficie de forma masiva, mientras que pequeños zoomorfos (cérvido) aparecen claramente periféricos, en una superficie horizontal. Atendiendo al criterio de estratigrafía horizontal las combinaciones circulares serían más antiguas que las figuras de cérvidos, por lo que se refiere a esta estación. También podemos intentar aplicar este método en el grupo I del "Monte Tetón" en Tebra (Tomiño, Condomar), una de las superficies insculturadas más destacadas del Noroeste de la península Ibérica, tanto por su tamaño, el número de figuras de la misma y la variedad de motivos: combinaciones circulares, cuadrangulares, piletas, antropomorfos, etc. distribuidos en una superficie muy irregular, donde se aprecian distintos motivos en las distintas partes de la misma, y a su vez la zona predominante aparece ocupada por una figura de dieciocho círculos concéntricos, que llegan aproximadamente en su punto máximo a los 250 cm. de diámetro. En cualquier caso este criterio se debe aplicar con mucha prudencia, ya que no siempre las superficies y la distribución de los motivos sobre las mismas, aportan evidencias claras y definitivas.

SOBRE LAS SUPERPOSICIONES.- Otra posibilidad que también puede permitir, determinar la anterioridad y/o posterioridad de unos grabados sobre otros, la tenemos cuando se producen superposiciones de unas figuras sobre otras. Si bien la superposición no nos va a aclarar más que esto ya que la superposición se puede haber producido en cuestión de horas, días, etc. Los casos de superposiciones más analizados, son los de combinaciones circulares y las figuras de cérvidos. Uno de los casos más destacados los observamos en "Laxe dos Cebros" (Cotovade, Pontevedra), donde un cérvido presenta en sus cuartos traseros, una figura pseudo-laberíntica y entre ambos motivos, tres arcos concéntricos con cazoleta central, donde la apariencia indica superposición del ciervo sobre el círculo y del laberintiforme sobre los arcos concéntricos, sin embargo una observación "in situ" no permite apreciar diferencias en las características técnicas de los surcos. Otra estación donde podemos encontrar un buen ejemplo de este apartado, en "Lombo da Costa" (Cotovade, Pontevedra) con una figura de nueve círculos concéntricos y tres trazos radiales, que presenta en la parte superior una pequeña figura de dos anillos concéntricos con cazoleta central y un zoomorfo que penetra con su morro y la parte inferior de las patas, en el anillo exterior de la figura de nueve anillos. Las características técnicas del surco del cérvido difieren ligeramente de las de la figura circular, lo que ha dado lugar a opiniones contradictorias sobre la antigüedad de las figuras. OTROS ASPECTOS.- Mucho queda por trabajar y por clarificar sobre el tema de los grabados rupestres de Calicia, no obstante hay preguntas que surgen cuando se hacen afirmaciones referidas a la cronología de los petroglifos. Es cierto que aparecen figuras circulares con zoomorfos, ¿pero porqué en treintaiseis superficies de Rianxo con un número de cérvidos próximo al centenar solo en 272


Los gravados rupestres de Pena de Chaos y Pena da Maura en San Fiz de Amarante (Antas de Ulla, Lugo)

una superficie, aparecen tres pequeños animales rodeando a una figura de círculos concéntricos? ¿A que se debe esa ausencia? ¿A que obedecen que los grandes grupos de representaciones de armas, solo presenten figuras de armas y se constate la ausencia de otras figuras tradicionales en el repertorio de motivos? Estamos aun muy lejos de estar en condiciones de responder a estas cuestiones. Para finalizar queremos agradecer la ayuda prestada por Don Felipe Arias y Alejo Novoa, que facilitaron la elaboración de este trabajo. Navia, Vigo. Otoño de 1992

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Los gravados rupestres de Pena de Chaos y Pena da Maura en San Fiz de Amarante (Antas de Ulla, Lugo)

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Situaci贸n de los Petroglifos de San Fiz de Amarante (Antas de Ulla, Lugo) sobre cartografia militar de Espa帽a. Serie L 6-8 (Colada).

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Los gravados rupestres de Pena de (haos y Pena da Maura en San Fiz de Amarante (Antas de Ulla, Lugo)

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Combinaciones circulares y surcos de salida/entrada en las estaciones de San Fiz.

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Combinaciones circulares en Monte de Chaos; grupo 1.

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Combinaciones circulares en Monte de Chaos; grupo 1.

Combinaciones circulares en Monte de Chaos; grupo 1.

Combinaciones circulares en Pena da Maura.

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Combinaciones circulares en Pena da Maura.

Combinaciones circulares en Pena da Maura.

Combinaciones circulares en Pena da Maura.

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Los gravados rupestres de Pena de Chaos y Pena da Maura en San Fiz de Amarante (Antas de Ulla, Lugo)

BIBLlOGRAFlA

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284


Bi"igantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 285-291

o COMPLEXO MINEIRO ROMANO

DE SAMOS (LUCO)

Tomás RODRIGUEZ FERNANDEZ

RESUMO: Preséntase unha breve noticia do complexo mineiro romano do Concello de Samos (Lugo). Trátase tanto das propias explotacións mineiras como da vía de comunicación que discurre polo concello provinte do Caurel e dos hábitas fortificados relacionados co proceso de control e dominación por parte do Estado Romano. A BSTRAeT: The roman mining complex from Samos (Lugo): In this paper we present a fast information about the roman gold mining from Samos (central eastern Lugo, in Galicia, NW Spain). We write about the mining explorations, the road that comunicates the central area of mining from this region with the administrative centers ot Roman Gallaecia, and, finally, we treat about the fortified habitats linked with the process of control and domination by Roman State.

As presentes liñas foran concibidas a xeito de breve noticia para, fundamentalmente, dar a coñece-Io fenómeno da minería do ouro nos arredores do Caurel, e concretamente no concello de Samas, entre as bacías dos ríos Lóuzara (subsidiario do Lar) e Sarria (da bacía do Miño lugués). Esbózase tamén a súa contextualización dentro do proceso romanizador. O marco científico no que se insire este traballo é o Proxecto de Investigación [1] que dende o ano 1988 ven desenvolvéndose na súa verquente arqueolóxica e antropolóxica no concello de Samas e parte do de Sarria baixo o título de Prospección Arqueolóxica e Estudio Etno-Cultural no Concello de Samas e Trece Parroquias de Sarria [2]. Nesta zona de estudio a minería aparece concentrada nos arredores do Caurel, perto das veas auríferas da zona montañosa do oriente lugués e dos sedimentos de orixe terciaria que fornecen nalgún caso aura. É sabido que no veciño Caurel (Luzón & Sánchez-Palencia, 1980) existe a gran escala unha urdime de infraestructuras que conforman o complexo mineiro. Na zona que nos ocupa [ 1

1O

Proxecto foi subvencionado pala Dirección Xeral do Patrimonio Histórico e Documental da Xunta de

Galicia, e avaliado polo Departamento de Historia I da Universidade de Santiago de Compostela. O equipo de traballo estaba formado, asemade do que subscribe, por: Angel Acuña Piñeiro, Juan Carlos Castro Carrera, Ana Filgueiras Rey e Juan José Perles Fontao. Posteriormente, en 1991, levouse a cabo unha segunda fase da investigación a cargo de Ana Filgueiras e Tomás Rodríguez, baixo o título Mauros e Espacio Campesino na Montaña Oriental de Lugo na que se intensificou a verquente antropolóxica. Dito proxecto foi subvencionado e avaliado polos mesmos organismos que a fase anterior. [ 2 1 Unha primeira notícia sobre este estudio pódese ver en Rodríguez Fernández, T. (1991).

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TOMAS RODRIGUEZ FERNANDEZ

o contexto da explotación mineira inclúe, ademais das minas, o vial, que actúa como canle de transporte do mineral e como vía de comunicación coa zona Norte da Gallaecia; e finalmente un grupo de xacementos fortificados que pode ser dividido entre aqueles que posúen unha estructura arquitectónica máis semellante á indíxena de aqueloutros que contan cunha serie de características que indican que foron construídos pola administración romana. Este conxunto de construccións conforman unha parte de paisaxe dos primeiros séculos da nosa era, pois ó mesmo tempo que se explotaban as minas existían fortalezas indíxenas que continuaban a ser habitadas. Algúns destes xacementos fortificados castrexos desempeñan unha función evidente dentro deste tecido infraestructural; e se observa que dentro das necesidades que esixía o proceso mineiro, especialmente no que se refire á creación dunha rede de comunicación e transporte, foron aproveitados xacementos castrexos. Aló onde as circunstancias o fixeron necesario construíronse fortalezas de nova planta sobre solares deshabitados. Estes novos xacementos fortificados, de construcción romana, posúen todos unhas características comúns: A primeira particularidade xeral a todos eles é que foron edificados en terras de monte, algúns en zonas moi fragosas e sempre afastados das terras de labradío, ou terras que o posibilitarían. Tamén é un rasgo peculiar do grupo o constante e estreito vencellamento co camiño antigo que une O Caurel coa depresión de Sarria e Monforte, zona deprimidas por onde presuntamente discorreu o vial romano que xunguía Lucus e Oactonium. Esta relación pode ter diferente entidade. Pode ser un ha relación física directa, redundando neste senso no xa observado no Caurel, onde o camiño discorre inmediato á propia fortaleza, e incluso pasando ás veces polo seu mesmo foxo (Luzón & Sánchez-Palencia, 1980: 73). Un exemplo en Samos é a Roda do Castro de Parada. Esta relación pode concretarse tamén no control visual do camiño e do seu entorno, así estes xacementos exercen un control practicamente total non só da zona na que se ubican, senón tamén do camiño, sobre o que se pon especial énfase. Un caso paradigmático deste control visual é A Casa dos Mouros. Outras veces o vínculo co camiño xungue ámbolos dous rasgos, tal e como acaece no Castro de Formigueiros e na Cividade do Castro da Margarita. Redundando no aspecto visual se observa que esta serie de castros están conectados entre si ocularmente, de xeito que desde un xacemento é sempre observable algún outro, e o vial está constantemente vixiado por algún deles. Un terceiro atributo distintivo é que todos eles están "superdefendidos" si establecemos como referencia o resto dos xacementos, e que na súa construcción incorpora novidades na arquitecturación do complexo defensivo [3]. A maioría posúe pedras fincadas (Castro de Formigueirosl Cividade do Castro da Margarita e A Casa dos Mouros), que é un elemento totalmente ausente nos castros que non pertencen a este grupo. Hai fortalezas que incorporan tamén torreóns de diversa envergadura. Cando a súa posición fisiográfica non "es atribúe de seu unha certa inexpugnabilidade, entón os foxos parapetos e pedras fincadas multiplícanse espectacularmente, ata chegar no Castro de Formigueiros a unha serie de seis. Esta serie de particularidades, agás a visibilidade, son exclusivas, aínda os hábitats romanos adoptan na súa configuración xeral o procedemento do castro, conformándose como un núcleo (3

1A

concepción xeral deste sistema defensivo e a utilización de elementos concretos é idéntica a algúns casos

observados no inmediato Caurel (Luzón & Sánchez-Palencia, 1980: 77-85).

286


o complexo mineiro romano de Samas (Luga) habitacional isolado e separado do seu entorno inmediato por unha suceslon de elementos arquitectónicos de carácter defensivo, resultado unha ordenación da superficie construída que denota claramente a función primaria e pragmática de fortaleza. Hai unha clara filiación co castro convencional, que se toma como modelo e se optimiza multiplicando o espacio liminar e engadíndolle elementos foráneos como son as pedras fincadas ou os torreóns. Porén estas innovacións defensivas e coactivas que se incorporan á fortaleza non foron imitadas polos indíxenas nin empregadas nos seus hábitats. Un último atributo do grupo se observa na ubicación dos xacementos, onde os factores agrícolas parece que non se tiveron especialmente en conta, e así os achamos emprazados en lugares onde no é doado realizar unha agricultura intensiva, e nalgún caso onde é imposible incluso calisquer cultivo, como na turris da Casa dos Mauros. O único factor que parece totalmente determinante é o defensivo-coactivo, aínda que no só aplicado á defensa puntual do xacemento, senón tamén a esta rede de infraestructuras que ten o seu núcleo no Caurel. Deste xeito as características agrícolas das terras circundantes son unha especie de valor engadido aleatorio. Este feito pode te-la súa explicación por seres estes xacementos eminentemente militares, como parece suceder tamén no Caurel (Luzón e Sánchez Palencia: 1980: 104). Este carácter militar puido axudar a certa integración dos grupos de guerreiros castrexos nas unidades militares romanas (Carda Fernández-Albalat, 1990:22), porque ó mesmo tempo evita o conflicto sobre a explotación de terreos agrícolas e incluso gandeiros, que fican fóra da ocupación e explotación romana directa, aínda que evidentemente baixo o seu control e a súa administración. Tamén as minas observan esta regularidade, xa que se abren en cavorcos ou fallas, en zonas cunha pobre utilidade agrícola ou gandeira [4]. Esta diferenciación espacial é observable no Val do Lóuzara, que aparece dividido en dúas partes: a do norde está ocupada por asentamentos castrexos, aquí o val é máis aberto e utilizable desde o punto de vista agrícola e gandeiro; pola contra na zona sul, onde o val é moi encaixado, cun fondo estreito e delimitado por pinos cavorcos, están emprazados tres dos cinco asentamentos fortificados romanos existentes en toda a área considerada (Casa dos Mauros, Roda de Castrofeito e Catro Parada). Esta diferente aptitude agrícola ven confirmada pola desigual distribución das aldeas tradicionais no val, dúas no sul fronte a máis de quince no norde, tres castros romanos [5] no sul fronte a seis xacementos castrexos ó narde. Así estes tres xacementos conformarían un subgrupo. Os outros dous xacementos romanos da zona (Castro de Formigueiros e A Cividade do Castro da Margarita), forman outro subgrupo, tanto por aspectos espaciais como polas súas características arquitectónicas formais e funcionais, de emprazamento e visibilidade'. O estaren ubicados en zonas de monte fican isolados do resto dos xacementos, e a súa situación ó borde dun cavorco, provoca que observen entre ámbolos dous a total idade dos asentamentos castrexos do entorno a media distancia. Por todo o que se expuxo anteriormente é verosímil a hipótese de que esta serie de xacementos están en función do control das comunicacións e do transporte do ouro desde o seu lugar de [ 4

l O que non implica a intencionalidade do feíto, xa que o aura en xacementos primarios aparece en maior

porcentaxe nas zonas falladas ou moi pregadas. Estas características xeolóxicas provocan un relevo moi fragoso donde é máis dificil realizar actividades agropecuarias. [ 5 l De xeito estricto non se poden considera-los tres xacementos como castros no senso de hábitat. SÓ A Roda do Castro de Parada pode ser considerado como un lugar de habitación, os outros dous parecen ter diferentes funcións. Así A Roda de Castrofeita parece estar maís ben en relación con algún tipo de infraestructuras relacionadas coa vía que evacúa aura do Caurel cara a depresión de Sarria e Monforte; pala súa banda A Casa dos Mauros pode ser considerado como un posta de vixiancia a gran distancia, unha turris que exerce un gran control visual, e ande as características da habitación non permiten atribuirlle con propiedade o calificativo de habitat.

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extracción cara á depresión de Sarria. No control de diversos treitos estarían asociados outros xacementos de aparencia indíxena, como pode se-lo caso do Castro de EscanJar [6], por cuxo foxo discorre a vía á que fixemos mención. Esta vía provén da confluencia do Val do Lóuzara ca Val do Lar [7], adentrándose en Samas cara á vía que de Lucus se dirixía a Oactonium, segundo as Táboas

de Barro de Astorga. Este camiño ten xa un carácter marxinal dentro do complexo viario do Caurel, marxinalidade que ven confirmada pala reducida dimensión das explotacións auríferas do cancel lo de Samas en comparación ó aproveitamento a grade escala das veas do Caurel. Na zona que nos ocupa as minas documentadas son de escasa envergadura, e algunha cecais non pase de ser unha simple cata para calibra-la riqueza en ouro do mineral. Dos xacementos documentados son en total 4 as explotacións auríferas de certa significación, tres sobre xacemento primario (Castro de Parada l As Crelleiras e O RebaJado) e unha sobre xacemento secundario (CabaneJas), todas nas inmediacións de área fisiográfica de O Caurel.

CabaneJas é unha pequena explotación sobre xacemento secundario. O sedimento arxeloso ten unha potencia de 3 a 5 metros, con abundante pedregosidade de coi ros, dispostos en camadas alternantes de diferentes grosores. Entre elas aparece unha arxela que varía en cor en desde o castaño-rubio ó vermello amarelento, supostamente rica en metais pesados como o aura ou o ferro. Foi explotada mediante unha corta de arrastre duns 700 metros de ancho por 200 de alto, pero sen que chegase a afondar máis de 5 ou 10m., no solo. Pala parte alta da explotación discorre o Camiño de Mendreiras, que, polo seu trazado, puido ter sido unha canle de aporte de aLigas do Rego de CorgoJón e sobre todo do Río Cabo. Esta canle percorre uns 200 metros deica chegar á explotación. A partires da canle consérvanse catro cárcavas (a zona foi alterada pala Concentración Parcelaria, que finalmente houbo de desistir debido ás grandes acumulacións de coios que tropezou a pa escavadora). Estas cárcavas teñen forma de funil que desauga no Camiño de CabaneJas que permite a evacuación das augas e áridos. Este desaugue prolóngase nunha fendedura de 1,5 m., de ancho tallada na rocha no extremo SE do conxunto e que desemboca no río Cabo. Na explotación, a media ladeira, consérvase, alterado pala pa mecánica, o que poden se-los restos dun "deposito colgado". Aparte do conxunto principal existen outros puntos ó langa deste aba ande tamén se observan restos de actividade extractiva. As outras explotacións foron abertas sobre xacemento primario, e son tamén de reducidas dimensións. Dúas del as, As Crelleiras e O ReboJadol son explotacións en galería, ámbalas dúas seguen as veas de seixo que se intercalan no esquisto ferroso, e están as súas abertas nun salto de falla. Amasan marcas de picado e sinais de lume e fume. Das dúas a que é máis doadamente observable é a de O RebaJado, que consiste nun mínimo de 4 bocas de galería dunha altura media de 2 m., e anchura de 1,5; a partir das bocas as galerías únense entre sé. Seguen veíñas de seixo, que aparecen queimadas e se desprenden doadamente. Estas galerías tenden á horizontalidade, non así as das Crelleiras, que son trincheiras verticais, de 2 m., de ancho e entre 20 e 50 m., de langa, chegando a unha profundidade de 20 a 30 m. Polo que respecta á última das minas, a do Castro de Parada, está inmediata ó castro, do outro lado da vía á que se fixo mención máis arriba. Abrese nunha zona de contacto entre taros de calía e xisto ferroso que contén veas de seixo de ata 40 cm., nun substrato moi pregado, con ondas de 20 cm., de diámetro e que en puntos aparece fallado. Explotouse mediante unha corta aberta na que conflúen trincheiras diverxentes que, malia colmatación, chegan ter profundidades de 10m. Creemos que estas explotacións, polo menos as que se abren en galería, non pasan de seren meras [7] Sería a continuación dun dos camiños indicados por Luzón e Sanchez Palencia (1980: 72-fig. 31 - e 74).

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o complexo mineiro romano de Samas (Lugo) calicatas para avalia-Ia riqueza en ouro das veas de seixo, na percura dunha posible vea aurífera. Algo semellante puido acaecer en Cabanelas, onde o grosor do sedimento que potencialmente contén ou ro é excesivamente delgado. Un icamente a m i na do Castro de Parada pode ser considerada, ó noso xuízo, como tal. Desde este punto de vista esta zona limítrofe co Caurel tería unha maior significación como vía de transporte e comunicación que como zona de extracción de mineral. Na obra citada de Luzón e Sánchez-Palencia indican estes autores que a explotación a grande escala das minas do Caurel habería que levala, sobretodo ó século 11. Para a zona que nos ocupa aceptamos dita cronoloxía ó considerarmos que o entramado militar romano que observamos aquí forma parte desoutro maior que se centra no Caurel. É tamén lícito supoñer un abandono o decadencia total destas explotación ó longo do século 111. Oeste xeito, e en sentido amplo, pódese establecer un lapso de tempo que iría desde momentos" inmediatos" á conquista deica o século 111; neste período de tempo a coxuntura provocou unha presencia activa e constante romana na zona. Este modelo de ocupación do territorio pódese cal ificar de Estatal, na medida en que está organizado, xerado, financiado e executado polo Estado para satisfacer necesidades estatais. O seu obxectivo prioritario é o control e dominio estratéxico do territorio para, na medida do posible, asegurar e optimizar-lo beneficio que se deriva da conquista dunha zona rica en ouro. Así se edifican fortalezas que, coa colaboración de castros indíxenas, aseguren un control absoluto das vías de comu n icación e do territorio, ocupando lugares que dom i nan grandes panorám icas, visualizándose entre se, e observando tamén á práctica totalidade dos castros indíxenas. As fortalezas romanas, arquitecturas de nova planta, sitúanse en espacios anteriormente deshabitados. Un último rasgo que se pode indicar é que as minas se abren en terreos con poucas posibilidades de aproveitamento agropecuario. Este Modelo Estatal (altoimperial) de ocupación territorial establécese superpoñéndose ó indíxena e unha vez finalizada a coxuntura que lIe deu orixe semella desaparecer sen deixar outra pegada máis que os propios xacementos arqueolóxicos, é dicir, parece ser un modelo sen continuidade temporal, un modelo fosilizado con enormes cicatrices na paisaxe [8].

[8

1 Sobre

os poboados da Idade do Ferro e a incidencia estructural da conquista romana nesta zona ve-lo noso

artigo: El Fin del Mundo Fortificado y la aparición de las aldeas abiertas. La evidencia del Centro-Oriente de Lugo (Samos y Sarria). Espacio, Tiempo y Forma (no prelo). Madrid.

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TOMAS RODRIGUEZ FERNANDEZ

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 293-299

TRES MARCAS DE ALFAREIRO EN TERRA SIGILLATA ATOPADAS NA CORUÑA Xoan Luis VAZQUEZ COMEZ Servicio Municipal de Urbanismo Concello de A Coruña E-15001 A Coruña

RESUMO: Preséntase o estudo de tres selos de alfareiro, en TERRA SIGILLATA hispánica, aparecidos en distintas excavacións realizadas na cidade da Coruña ao langa de 1991 e 1992. A BSTRACT: Three sign of potter in "TERRA SilGILLATA" found in La Coruña. We present the study of three potter's sign in hispanic "terra sigiJIata" appeared in differents excavations carried· out in La Coruña city during 1991 and 1992.

Ao longo de 1991 e 1992, e seguindo coa súa política de realizar escavacións no solares de nova edificación, o Concello da Coruña efectuou, entre outras, dúas intervencións nas parcelas números 9-11 da rúa da Franxa e nº 60 do Rego de Auga. A primeira delas proporcionou abundante material cerámico de época romana, tanto alto como baixo imperial, ademais de outros restos móbiles e inmóbiles. Dentro dos achados cerámicos destaca a aparición de dous fragmentos de "terra sigillata" hispánica coas súas correspondentes marcas de alfareiro. Na escavación realizada no solar nº 60 do Rego de Auga, localizouse unha necrópolis tardorromana e altomedieval, emprazada sobre una edificación altoimperial. Neste estrato inferior apareceu un fondo de prato da forma Dragendorf 15/17 co selo do alfareiro. Estas tres marcas son as primeiras que aparecen na antiga Brigantium e veñen a sumarse ás poucas que sobre terra sigillata hispánica localizaronse dentro do territorio da actual Calicia. 1.- PATE oo. (Fig. 1,1. Fot. 1)

Aparecido no solar nº 9-11 da rúa da Franxa. Fondo de prato da forma Drag. 15/17, con cartucho incompleto de 20 mm. de longo por 4 mm. de 293


XOANLUIS VAZQUEZ GOMEZ

ancho, ca borde recto, inscrito nun círculo de 40 mm. de diámetro.

o pé do recipiente ten un diámetro interno de 60 mm. e un externo de 72 mm. A súa altura é de 5,5 mm. o fragmento está moi rodado; tendo perdido parte do seu verniz, de cor vermello amarronado. A pasta é de cor laranxa. o epígrafe atopase algo desconchado, polo que a súa lectura é dubidosa, si ben as catro primeiras letras identifícanse plenamente, podendo a quinta corresponder a un R. AS letras ocupan toda a altura do cartucho, con un flebe releve. O P ten unha panza grande, aproximandose a un D, o A non posúe barra horizontal. Trátase, sen dúbida, dun oleiro do grupo PATERNVS, dos talleres de Tricio. A imposibilidade de ler o cartucho completo impide saber de cal das oficinas que firman PATERNVS procede. Agora ben, a grande similitude cos selos de PATERNVS. ALE (. ..) inclínanos a pensar que se trata deste alfar, xa sexa un único "officinator", como suliña F. MAYET (1984, 195), xa unha asociación de oleiros, como pretende T. GARABITO (1978, 579). A difusión desta marca é notoria, sobre todo no sur da Península Ibérica, aparecendo en Itálica, Mérida, Vaiamonte e Conimbriga. En Galicia non aparecen, que sepamos, selos de PATERNVS, posta que a marca... LVI.PAR, atopada en Castro Dozón (Lalín), publicada polo profesor CAAMAÑO GESTO (1978, 81) e que GARABITO et al. (1985, 177) atribúen á asociación dos oleiros de Tricio LVClVS e PATERNVS, é, en realidade, unha asociación dos ceramistas da Graufesenque SILVIVS e PATRIClVS, segundo indica o citado profesor.

2....VA? (Fig. 1,2. Fot. 2, 3) Aparecida no solar nº 9-11 da rúa da Franxa. Fondo de prato da forma Drag 15/17. Ten un cartucho incompleto de 12 mm. de langa por 4,5 mm. de ancho. O extremo conservado é bífido, típico dos talleres do Norte de Hispania. O selo está inscrito nun círculo de 40 mm. de diámetro. O pé da vasilla ten un diámetro interno de 60 mm. e un externo de 74 mm., cunha altura de 4 mm. A pasta, de corte vítreo, de boa factura, ten cor laranxa e o verniz, vermello, de boa calidade, atópase ven adherido. As letras do epígrafe son de moi difícil lectura. A primeira parece tratarse de un V, coas dúas ramas sen chegar a xuntarse no vértice. A segunda puidera resultar un A moi pechado, que adquiriría a forma de punta de seta. Por tratarse dunha lectura tan problemática, non nos atrevemos a asegurar que sexa correcta a identificación VA. Na parte externa do fondo ten grabado un grafito: M, de 12 mm. de alto e 12 mm. de ancho na parte inferior e 6 mm. na superior. O trazo da esquerda prolóngase cara arriba 5 mm. e o da dereita 3 mm. O surco é profundo nos trazos do M e máis flebe na súa prolongación. 294


Tres marcas de alfareiro en TERRA SIGILLATA atopadas na Coruña

3.

X O VAL. .. (Fig. 2. Fot. 4)

Aparecido no solar nº 60 do Rego de Auga. Fondo de prato da forma Drag 15/17. Ten un cartucho incompleto de 30 mm. de longo por 5,5 mm. de ancho. O extremo conservado é redondeado. O selo está inscrito nun círculo de 40 mm. de diámetro. O pé do recipiente ten un diámetro interno de 70 mm. e un externo de 80 mm., cunha altura de 6 mm. A pasta, de corte vítreo e cor asalmoado, é de boa factura. O verniz, vermello amarronado, de boa calidade, está ven adherido. As letras, de relieve medio, ocupan toda a altura do cartucho, agás o O que é mais pequeno. O E é arcaico e le-se perfectamente o nexo VAL. Non existe interpunción. Na línea de fractura da vasilla apreciase un trazo vertical co inicio, na parte superior, dun semicírculo, que interpretamos como un P. Trataríase, pois, do alfareiro de Tricio VALERIVS PATERNVS, de grande difusión, sobre todo na Lusitania. Na actual Galicia é o primeiro que aparece, sen embargo documéntase no antigo convento bracarense (NAVEIRO LOPEZ, 1991), precisamente na súa capital Bracara Augusta.

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XOAN LUIS VAZQUEZ GOMEZ

4 cm

Figura 1 . Marcas de alfareiro da rĂşa da Franxa 9-11. (Debuxo de Anxo R. Paz).

o

4 cm

Figura 2 . Marcas de alfareiro do Rego de Auga 60. (Debuxo de Anxo R. Paz).

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TI"es marcas de alfareiro en TERRA SIGILLATA atopadas na Coru単a

Foto 1

Foto 2

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XOAN LUIS VAZQUEZ GOMEZ

Foto 3

Foto 4

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Tres marcas de alfareiro en TERRA SIGILLATA atopadas na Coruña

BIBLlOGRAFlA:

CAAMAÑO GESTO, J.M. 1979. Marcas de alfarero en cerámica romana, encontradas en Galicia. Gallaecia, 5 , pp. 63-99. GARABITO GOMEZ, T. 1978. Los alfareros romanos riojanos. Producción y comercialización. Biblioteca Praehistórica Hispania. vol. XVI. Madrid. GARABITO, T. , SOLOVERA, E., PRADALES, D., 1985. Los alfares romanos riojanos y la comercialización de sus productos en la región de Galicia. El Museo de Pontevedra XXXIX. MAYET, F., 1984. Les cerámiques sigillées hispaniques (2 vol.). Publications du Centre Pierre París. París. NAVEIRO LOPEZ, J.L., 1991. El comercio antiguo en el NW. peninsular. Monográfias, 5. Museo Arqueológico "Castelo de San Antón". A Coruña.

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 301-306

o PUÑAL MEDIEVAL DO CASTElO DE MOECHE (A CORUÑA) Emilio RAMIL GONZALEZ Rúa Río Xuvia, 219-3º 15404 Ferrol

RESUMO: O motivo destas liñas é dar a coñecer o puñal recuperado nas escavacións arqueolóxicas desenroladas no Castelo Medieval de Moeche (A Coruña). Interesante por atoparse nun contexto arqueolóxico ben definido, así polos escasos restos de armamento que ata agora ofrece a arqueoloxía medieval galega. ABSTRACT: The medieval dagger of Moeche Casile. These lines have been written for people to know about the dagger found in the archaeological excavations of the Medieval Castle in Moeche. The well-defined archaeological context as well as the scarce rests of arms in Galitzian archaeology, make it interesting.

o

feito de que nestes momentos podamos publicar esta interesante peza medieval débese a que no Concello de Moeche funcionóu durante tres anos unha Escola-Obradoiro que tiña como proxecto de actuación a restauración do Castelo Medieval, sendo paso obrigado previo a realización dun proxecto de intervención arqueolóxica.

LOCALlZACION E CONTEXTO ARQUEOLOXICO.

o

puñal recuperouse na escavación arqueolóxica do Castelo de Moeche, concretamente no fondo do pozo.

o Castelo de Moeche está situado no pé dunha ladeira de monte, dominando o val, na parroquia de San Xurxo. Ocupa unha superficie de 1350 metros cadrados, sendo poligonal, e atopándose defendido en todo-lo seu perímetro por un foxo, agás a entrada, defendida cun baluarte de planta irregular. Dende o baluarte pásase ó traverso da Torre de Homenaxe ao patio de armas, onde verten as catro habitacións da planta baixa. Nunha destas estancias, adosado a un muro (pola súa cara externa), que separa a devandita habitación do patio de armas, exhumouse o pozo do Castelo, durante a primeira intervención arqueolóxica, que se desenrolou dende o 20 de agosto ata o 20 de novembro de 1991. A realización da escavación estivo vencellada e xurdíu como consecuencia dos traballos de restauración desenrolados no Castelo; a presentación dos dous proxectos foi unha tarefa obrigada e

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EMILIO RAMIL GONZALEZ

oportuna para acadar unhas correctas directrices de intervención, e disminuir os riscos de destrucción que as restauracións conlevan. O proxecto arquitectónico revisaba plantas, alzados, (TOMAS BOTELLA et al., 1991, 27), contrastando ao tempo os datos aportados por investigadores anteriores, (COMERMA y BATALLA, 1903). Para a realización da escavación arqueolóxica utilizóuse a escavación en área, respetándo os nivéis habitacionáis, e a metodoloxía de sondaxes estratigráficas na teima de conseguir unha axeitada lectura estratigráfica, para global izar os coñecementos sobre edificación, tanto nos aspectos constructivos coma en posible fases de ocupación. Non é neste artigo ande se darán a coñecer os resultados detallados da intervención arqueolóxica. Imanas ceñir exclusivamente á escavación do pozo, por ser o lugar ande se recuperou o puñal. A escavación completa do pozo ata a rocha base realizouse en dúas intervencións distintas; a primeira ata unha profundidade de 2,40 metros, dentro da campaña de escavación do Castelo; a segunda, cun permiso especial da Consellería de Cultura, para realizar o vaciado total do pozo. O motivo foi que nas datas de escavación do Castelo non se contaban con adecuadas medidas de seguridade para traballar no pozo en profundidade. O pozo ten forma case circular pero moi irregular. O diámetro na parte superior mide 1,40 x 1,34 m. O diámetro no fondo mide 1,38 x 96 m. O alto é de 9,90 m., dos que 9 m. son de escavación na rocha, e os 90 cm. restantes foron construídos a base de mampostería de fiadas horizontáis. Sobre a derradeira fiada rematóuse con sillares de cantería, material có que se construíu o brocal. O resultado do vaciado foi o seguinte: 0-2 m.: derrube de terra e pedra de mediano tamaño, xunto a lousa e tella, mesturadas con material óseo e cerámico. 2-3,60 m.: derrube de terra e pedra sen ningún tipo de material. 3,60-6,60 m.: derrube de sillares graníticos moi ben conservados. 6,60-7,80 m.: derrube de terra e pedra de gran tamaño. 7,80-9,90 m.: derrube de pedra mesturada con terra moi enfangada. Sae material cerámico moi variado, osos, vidros, anacos de madeira, e froitos. Sobre a propia rocha que forma o remate do pozo feltrase auga e aparece mesturado coa cerámica e terra enfangada unha agulla e un puñal.

DESCRIPCION DO PUÑAL. O puñal de ferro recuperouse coa folla cuberta de concrecións de terra e pedra miúda; por zoas aparecían restos de óxido. A empuñadura fáltalle, conservando somentes o espigo, soporte da mesma, que é de ferro. A garda, moi ben conservada, ten insertado na inflexión que hai no extremo da folla, aposta á punta, un ovalo decorativo en bronce. Nos extremos do eixe maior ten soldados sendos botóns de sección semicircular, conformando á guarnición. A folla é de sección triangular, semellando atoparse bastante alterado o metal de ferro, aínda que posiblemente se conserve o núcleo, senda recuperable. 302


o puñal medieval do Castelo de Moeche (A Coruña) A súas dimensións son: - Lonxitude dende o espigo ata a punta: 291 mm. - Lonxitude da folla: 236 mm. - Anchura da folla na súa parte media: 13 x 8 mm.

CONSIDERAClONS.

o puñal atópase depositado no Instituto para a Conservación de Bens Culturais da Consellería de Cultura onde se solicitou que se realizaran os trabal los de restauración da peza, denantes a súa devolución ó autor deste artigo para face-Io estudio detallado e completo do mesmo coa axuda de bibliografía sobre o tema, e finalmente entregalo ao Museo Arqueolóxico Castelo de San Antón de A Coruña, xunto ao resto do material procedente da escavación arqueolóxica. Nembargantes adiantamos a nova do achádego así como a seguridade de estar diante dunha peza medieval, plenamente contextualizada con cerámica de cronoloxía entre os séculos XIII-XV, cerámicas grises, onde predominan os bordes exvasados, apestañados por unha moldura, ou rectos, con panzas globulares, fondos rectos, cóncavos ou de pé realzado, e asas de cinta con incisións; as decoracións son incisas, brunidas, impresas por dixitación, ou estriadas.

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EMILIO RAMIL GONZALEZ

---BOTONS

o

1 - Pu単al medieval de Moeche.

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DA GARDA

5


o puñal medieval doCastelo de Moeche (A Coruña)

2 - Puñal medieval de Moeche. Estado no que se atopóu.

3 - Puñal medieval de Moeche. Detalle da garda,e agulla.

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EMILIO RAMIL GONZALEZ

BIBLlOGRAFlA

COMERMA y BATALLA, A., 1903. Los Castillos Feudales de Moechel Narahío y Andrade. Ferro!. TOMAS, V., MARTINEZ, M., LORENZO, C, RAMIL, E., 1991. Oatos para un inventario do patrimonio de Moeche. Moeche, pp. 48.

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist. Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 307-321

OS CRUCEIROS DE CAPElIÑA NA TERRA DO BARBANZA: OS "LORETOS" Carlos CARClA PERMUY

RESUMO: Inventario de 14 cruceiros na Terra de Barbanza, que presentan unhas características peculiares ao aparecer sempre a imaxe da virxe no interior dunha hornacina a xeito de capeliña, sustituíndo ao capitel que é común nos cruceiros de Galicia.

ABSTRAeT: The chapel-Shaped wayside crosse in the Terra do Barbanza, /lOs Loretos/l. Inventory of 14 waysidecrosses found in the Terra do Barbanza, having peculiar characteristics in that the image of the Virgin always appears inside a nich in the shape of a chapel replacing the capital which is common among Galician wayside crosses.

Na zona da Barbanza, atópase un tipo de cruceiro único en Galicia pola súa orixinalidade: é o cruceiro de "capeliña" tamén chamado "Ioreto", no que sempre aparece a imaxe da "Nosa Señora". Dende o punto de vista artístico, o capitel é sustituido por unha pequena capela que cumpre as funcións de protexe-Ias imaxe da erosión, permitindo a colocación de cirios e flores no seu interior. Os mais antigos dos atopados son do século XV e, segundo Castelao na súa obra "As cruces de pedra na Caliza", este tipo de cruceiro xurde a partires de que o Papa Sixto V, no ano 1587, funda a arde do Loreto contra o bandidaxe e a piratería, é dicir, consagrase esta imaxe para defender ás xentes víctimas dos perigos da pillaxe. Neste sen so, perante os séculos XVI e XVII as costas galegas en xeral, e concretamente as costas das Rías de Noia e da Arousa, foron saqueadas pola piratería. Vexamos o que di Vicente Risco na súa Historia de Galicia ao respecto: "En 1585 el famoso corsario Francisco Drake, viniendo de América con sus barcos, se aproximo a nuestras costas ... Se apoderó de Bayona y desembarcó 2.000 hombres que se dedicaban al pillaje..." Este pirata atacaría Vigo en dúas ocasións, na derradeira saquearía a cidade, chegando incluso á lila de San Simón na que rapiñou todo o que puido aos frailes que alí moraban. O terror apoderouse dos arredores e en moitas igrexas de Calicia ocultaron as súas reliquias e xoias. Mais adiante, e con ocasión da devolución a Galicia do voto nas Cortes Españolas, sigue dicíndonos Risco: "El Rey (Felipe IV), dispuso en 1622 que, con los 100.000 ducados que se habían de dar por el Voto, hiciera el Reino de Galicia una escuadra de seis navíos para guarda de sus costas ... Estaban expuestas a frecuentes ataques de enemigos y piratas: turcos, argelinos, ingleses, franceses, holandeses, filibusteros ... robando, incendiando y llevando cautivos". Finisterre, Noia e Rianxo entre outras, sufrirían as invasións devanditas. Remata Risco dicíndonos ao respecto: "En 1617, la vila de Cangas fué quemada y 307


CARLOS CARClA PERMUY

arrasada por los turcos y casi su población llevada en cautiverio para ser vendidos como esclavos. Cundió el terror en los pueblos marítimos. En 1624 le toco a Oya". Así pois, os cruceiros de capela erguéronse xeograficamente no triángulo formado por RianxoRibeira-Noia, abranguendo ademais os concellos de Boiro, A Póvoa do Caramiñal e Porto do Son. Parafraseando a Castelao: " ...aínda hoxe...as xentes recurren a eles (cruceiros) en demanda de bens perdidos ou roubados".

CRUCEIROS ESTUDIADOS Escomenzando o percorrido polo Concello de Rianxo, e facendo unha selección dos cruceiros máis significativos, estudiaremos os seguintes: 1.- CRUCEIRO DE MEIQUIS (MEIQUIS-RIANXO). 2.DE OURIOLO (TARAGOÑA-RIANXO). RETABLO DE ANIMAS. 3.DE LAXE PEQUENA (TARAGOÑA-RIANXO). 4.DE LAXE PEQUENA Nº 2 (TARAGOÑA-RIANXO). DE ABUIN (ABUIN-RIANXO). 5.6.DE CUBELlNO (CUBELlNO-BOIRO). 7.DE AGRA DE ARRIBA (AGRA DE ARRIBA-BOIRO). 8.DE BALTEIRO (BALTEIRO-BOIRO). 9.DE SAN ISIDRO (pOBOA DO CARAMIÑAL). 10.DE MOLDES (POBOA DO CARAMIÑAL). 11 .DOS REMEDIOS (DEAN PEQUENO-RIBEIRA). 12.DE XUÑO (XUÑO-PORTO DO SON). 13.DE PEORA FURADA (CAAMAÑO-PORTO DO SON). 14.DE NOAL (NOAL-PORTO DO SON). 1º) CRUCEIRO DE MEIQUIS (RIANXO). Este monumento érguese na parroquia da Meiquís, no Concello de Rianxo. O ano de construcción está gravado na columna do mesmo: 1651. Atópase situado á veira do camiño real que leva de Catoira a Santiago, aínda que, segundo se nos dixo, foi desprazado varios metros do seu primitivo emprazamento. O cruceiro posúe unha plataforma cuadrangular con tres escalóns. Dela arranca un fuste, montado en dous partes. A capela, presenta un anxo alado no seu fronte, e tódalas demais caras son lisas, (as dous laxas verticais, rematan en aresta, característica común aos demais cruceiros deste tipo). A capela contén no seu interior tres imaxes: a Virxe de Loreto, como figura central, flanqueada por San Xosé e San Antonio (sempre segundo testemuñas orais). Destaca como sempre, a imaxe da Nosa Señora do Loreto, con coroa, manto e actitude orante. Chama poderosamente a atención a vestimenta dun dos santos, que aparece esculpido cunha túnica rematada en forma triangular; ademais ambalas dúas imaxes que acompañan á Virxe, portan sendos caxados. . O crucifixo, bastante ben proporcionado, presenta a Cristo coa cabeza lixeiramente inclinada (sempre sobre o ombro dereito), e cunha das súas extremidades inferiores, bastante arqueada. A cruz, remata en catro saíntes en cada brazo, gardando armonía con todo o conxunto.

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Os cruceiros de Capeliña na terra do Barbanza: Os "Loretos"

2º) CRUCEIRO DE OUROLO (RIANXO). RETABLO DE ANIMAS.

o cruceiro atópase situado nun cruce do camiño real que levaba de Rianxo a Santiago (mesmo á veira da carreteira comarcal). Descoñécese o ano de construcción. Presenta as seguintes características:

o

fuste, formado por catro bloques exagonais, arranca directamente da chan, xa que a plataforma que debía de ter, atópase tapada como consecuencia da cementación do camiño devandito. Nos bloques inferiores, aparecen gravadas varias cruces e un cáliz. A capela, leva no seu interior á Nosa Señora das Neves, portando ao Neno, (sempre recollendo versións dos veciños colindantes), preséntasenos esculpida con coroa e manto, portando ademais un rosario, colocado polos veciños da zona, e profusamente adornada con flores e cirios, derivados da grande devoción que pola imaxe teñen. Na parte inferior da capela, aparece -como en outras ocasións-, un anxo coas ás despregadas. A capela remata por fin, nun curioso crucifixo, presentando pola parte frontal a figura de Cristo, coa cabeza caída sobre o ombro, pernas arqueadas e aureola sobre a cabeza. Os extremos da cruz, están decorados con roelos o semi-esferas, e con catro saíntes en cada un dos brazos. Esta cruz, presenta, pola cara traseira, a imaxe da Virxe María que, esculpida nun tamaño meirande que o Cristo que sostén nos seus brazos, protexe ao seu Filio coa Túnica aberta, na que se integra a totalidade deste conxunto traseiro. As características do Cristo que porta, distínguense por aparecer coas pernas arqueadas, mans grandes, corpo pequeno, non habendo proporción entre Nai e Filio no trabal lo. As placas laterais da capela rematan en sendas arestas verticais. O cruceiro está en bastante bo estado, aínda que lixeiramente torto, debido a que durante as obras de acondicionamento do camiño real devandito, unha máquina impactou sobre del, quedando no estado inclinado actual.

RETABLO DE ANIMAS DE OUROLO (RIANXO). Podemos ollalo nun oco, practicado a media altura da parede dunha vivenda, fronte á que se atopa o cruceiro estudiando anteriormente, e tamén colindando co camiño real que por alí transcorría. A labra do retablo é a mesma ca dos canteiros. (As "almas do Purgatorio" son a meirande devoción galega, despois de Xesús e a Virxe). Contemplamos neste retablo de Ourolo, cinco "almiñas" de medio corpo, encoiradas, entre chamas, tres delas en actitude orante, e dúas, agarradas desesperadamente ao cordón do hábito que IIes ofrece o que asemella ser San Francisco (aínda que só percibimos o hábito e non a cara, xa que o retablo está fendido na súa banda superior). A esquerda do retablo, aparece un crucifixo simple, descansando dunha base, para darlle maior realce.

3º) CRUCEIRO DE LAXE PEQUENA (RIANXO). Atópase no lugar de "Laxe Pequena", parroquia de Taragoña, Concello de Rianxo. O ano de construcción é descoñecido. Erguese á beira do camiño real de Laxe Pequena a Rianxo, sendo un

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CARLOS GARClA PERMUY

dos cruceiros de capela mais fermosos e interesantes que poidemos atopar, especialmente polas características da capeliña en sí, que logo comentaremos.

o cruceiro, escomenzaron a construirlo a partires dunha plataforma escalonada (tres escalóns) de forma cuadrangular. Desta base sae unha forte e ancha columna enteira, de oito caras desiguais, rematada na súa parte superior por catro vieiras (as cunchas do peregrino). Sobre a columna aséntase a tradicional capela, extraordinariamente esculpida, que presenta no seu interior á Virxe de Guadalupe (como así o afirmaron os veciños colindantes ao cruceiro). A imaxe revestida con coroa e manto meticulosamente esculpido, aséntase sobre dunha plataforma curvada, moi orixinal. Na base da Imaxe, hai unha inscrición practicamente indescifrable, debido á erosión, e por mais que o intentamos acudindo a diversas técnicas (plastilina, tizas...) non fomos capaces de sacar mais que estas letras KA~GVA&IV absolutamente inintelixibles ao noso modo de ver. A capela presenta na súa base inferior catro anxiños coas ás despregadas. Por outra banda, ás súas caras laterais están cortadas -como é habitual en case todos estes monumentos-, en arestas verticais, (persíguese así o efecto de que entre mais luz no interior, dándolle ao mesmo tempo sensación de maior profundidade ao receptáculo). A superficie interior, presenta unha bóveda entrecruzada por dúas arestas. Péchase este conxunto, cun arco ao que chegan dous nervios ou arestas da bóveda devandita. Xa no seu exterior, vemos o epitafio sacro

I:tS

(Xesús, home salvador).

As tres paredes laterais exteriores da capeliña, ofrece-nos tres esculturas distintas: en primeiro lugar, a imaxe de "Santiago matamouros", montado nun cabalo, sobre un campo de cadáveres, portando unha espada desenfundada nunha man, e os seus símbolos característicos, na outra; aparecen ademais as cunhas de peregrino na escena. En segundo lugar, na parede traseira, represéntase a imaxe de Cristo cunha cruz, camiño do Calvario. Por último na parede lateral esquerda, contémplase a un franciscano co seu hábito característico, que sobresae dun vano curvado, lixeiramente esculpido. Na parte superior da capela que remata en forma curva, descansa a cruz, cun Cristo ben proporcionado, coa cabeza lixeiramente caída, todo elo formando un conxunto armonioso coa totalidade do monumento. 4º) CRUCEIRO DE LAXE PEQUENA Nº 2 (RIANXO). A peculiaridade deste cruceiro radica, por unha banda, na ausencia de plataforma, e, por outra, en aparecer incrustado nun valado de pedra granítica (cecais posterior á edificación do cruceiro). O monumento consta dun fuste que remata nunha base trapezoidal, é dunha soia peza, redondo, que soporta unha capela coas tradicionais arestas verticais nas dúas caras laterais; cunha imaxe tosca, moi gastada pola erosión. A cruz presenta os tres brazos lisos, eo Cristo preséntase coa tradicional postura (cabeza moi inclinada, aureola, INRI, sendo o mais destacable a posición forzada do pé dereito cravado sobre o esquerdo). Este cruceiro está situado a uns 500 do anterior, tamén na veira do camiño de "Laxe Pequena".

5º) CRUCEIRO DE ABUIN (RIANXO). Enclavado a escasos metros de Grupo Escolar de Abuín, atópase completamente abandonado, metido entre a maraña de silvas e toxos, sen imaxes na capela. Quizais a características mais importante sexa a ausencia das tradicionais arestas nas paredes laterais da capela, repetíndose, polo demais os resto do conxunto cos outros xa descritos anteriormente. 310


Os cruceiros de Capeliña na terra do Barbanza: Os "Loretos"

6 Q ) CRUCEIRO DE CUBELIÑO (BOIRO). No lugar no mesmo nome, situado no Concello de Boiro, atopamos este cruceiro mesmo nun cruce de antigos camiños (a uns 50 m., ao Sur do famoso petroglifo coñecido co nome de "Pedra da Cabra").

o monumento descansa sobre unha plataforma cuadrangular, de dous escalóns. Desta sobe unha columna composta de catro bloques, o inferior e o superior rematados en catro saíntes con arestas. Sobre a columna descansa a capeliña, idéntica á dos anteriores cruceiros. No seu interior acollese a figura pétrea da Virxe de Loreto, (tamén con características moi semellantes ás de outras imaxes desta Virxe: coroa, manto en torno ao corpo, túnica pregada, actitude orante). A cruz tampouco presenta características destacables. Polo demais, dicir que o vecindario cementou os bloques da columna recentemente, dado o estado de precariedade no que se atopaban, con ameaza de derrubamento.

7Q) CRUCEIRO DE AGRA DE ARRIBA (BOl RO). Está situado preto da ponte do Río Coroño, á marxe esquerda do camiño que dende Boiro leva a Loxo de Abaixo. Ven sendo un dos cruceiros mais estilizados dos que visitamos. Segundo os veciños da zona, foi cambiando de lugar, perdendo a plataforma; pero a pesares disto posúe un grande valor artístico. A columna directamente dun muro de formigón e, está composta de catro bloques exagonais. Nas extremas do bloque superior, están talladas dúas cabezas humanas. A capela, cunha base completamente lisa, alberga a dous santos, descoñecidos polos veciños colindantes, o que nos estrañou bastante, (ao noso xuício puideran ser a Virxe de Loreto, portando unha espada na man e protexendo a tres nenos contra o mal; e un franciscano co seu hábito característico, á esquerda.). As arestas laterais da capeliña, así como a superior, presentan catro roeles cada unha, o que Ile dá un aspecto moi chamativo. E canto a cruz, o primeiro que nos chama a atención é o acabado do Cristo, todo el moi ben proporcionado, coas pernas dobradas armoniosamente, descansando a dereita sobre a esquerda, cos dous pés caendo en vertical. Ademais, o Cristo aparece coa coroa de espiñas sobre a cabeza, dándolle un carácter realista ao crucifixo en si. Este, pola contra, é moi simple, destacando os extremos saíntes dos brazos horizontais o extremo superior da cruz, roto.

8Q ) CRUCEIRO DE BALTEIRO (BOl RO). Este cruceiro, situado na aldea do mesmo nome, nun cruce de camiños do alto da Serra do Barbanza, é unha verdadeira e orixinal obra de arte. Podemos dicir, primeiramente, que é o único cruceiro que precisamente non remata en cruz, senón no descendemento de Cristo, que aparece en brazos da Magdalena, tallado a unha escala mais reducida que a muller. Este grupo do "descendemento" atópase moi erosionado dadas as fortes inclemencias do tempo que o cumio da Serra soporta.

o cruceiro, érguese sobre unha plataforma de dous escalóns, asentada á súa vez nunha base natural de laxes graníticas. séguelle a columna, octogonal, de tres bloques de maior a menor altura, 311


CARLOS GARClA PERMUY

recentemente cementados polas xuntas e asegurados con grapas de ferro. A capeliña presenta orixinalmente: en primeiro lugar, a súa base inferior esta tallada en forma de escalinata invertida, con tres peldaños, sobre os que aparece a cara redondeada dun anxo coas ás despregadas; en segundo lugar, a capela cóbrese cunha lousa curvada, formando unha bóveda de nervios no seu interior. As imaxes que a capela cobixa son as de San Pedro e a Virxe do Loreto (o primeiro portando un cetro na man dereita, e a segunda na xa clásica actitude orante, con coroa, manto e vestido en pliegues, esculpido en tres capas superpostas).

9Q) CRUCEIRO DE SAN ISIDRO (POVOA DO CARAMIÑAL). Situado nun cruce de camiños practicamente intransitables, localizamos este novo monumento, que presenta as seguintes características: unha plataforma con dous escalóns; un fuste octogonal de cinco corpos que descansa sobre un ha forte e simple base granítica. Na columna hai unha inscrición indescifrable, moi gastada. A capela, non presenta particularidades interesantes, unicamente dicir que adoita unha forma rectangular, coas paredes laterais rematadas nas clásicas arestas. No seu interior acolle unha imaxe un tanto tosca dunha "santa" con coroa, manto e Neno no brazo esquerdo, pero non nos foi posible averiguar a súa identidade, por mais que o preguntamos.

o cruceiro no que remata este conxunto, é absolutamente liso, cun Cristo bastante ben proporcionado, aínda que bastante tosco. 10Q) CRUCEIRO DE MOLDES (POVOA DO CARAMIÑAL). Situado no cruce de viais que levan á Curota, Oleiros, Palmeira e Póvoa respectivamente, e debaixo dun grande e vello exemplar dun piñeiro manso, este cruceiro é, sen dúbida, o que mais devotos ten de toda a comarca, tendo lugar incluso unha romaría en honor á "Santa de Moldes". E moi frecuente contemplar á xente rezando, de xeonllos fronte a el. O cruceiro foi restaurado hai poucos anos, protexéndose cun enreixado todo darredor, instalándose tamén unha porta de ferro forxado con figuras curvadas, para protexer á imaxe. Por outra banda, introducéuse un peto no interior da columna, para recoller as esmolas dos devotos. A plataforma de forma cuadrangular, posúe dous escalóns cos bordes curvados. A columna, sen base, elévase da plataforma con seis bloque exagonais, sobre a que descansa a capeliña, de maior altura que a dos demais monumentos, xa que as cubertas laterais están formadas por dous bloques superpostos, descansando nunha base decorada nos seus extremos con dous roeles. As lousas laterais rematan en arestas, cunha cuberta curvada, formando bóveda con nervaduras. Sobre a capela érguese o crucifixo, colocado nunha base de oito caras. O cristo está fisicamente ben proporcionado, mentres que a cruz remata nos seus tres brazos formando roeles ou semicircunferencias. A imaxe, aparece portando unha grade coroa sobre a cabeza, e no seu brazo esquerdo ao Neno nunha postura ríxida.

11 Q ) CRUCEIRO DOS REMEDIOS (DEAN PEQUENO) RIBEIRA. Este é un dos chamados "Cruceiros policromados", dado o colorido con que se adornan as imaxes neles existentes. O cruceiro descansa sobre un chan cementado, sendo probable que esta función cubrira a plataforma grada que debía ter.

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Os cruceiros de Capeliña na terra do Barbanza: Os "Loretos"

A columna está formada por catro bloques exagonais, coas súas respectivas bases rematadas en sendos saíntes. A capela, moi sinxela, presenta -como xa ben sendo habitual-, unha base con anxiño alado; as paredes laterais aristadas, non ofrecendo ningunha outra peculiaridade a destacar. Nunha das súas paredes verticais podemos ollar a data de construcción: 1646, e tamén a seguinte inscrición:

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ffiPSfDO 1646 A imaxe que se venera no seu interior, sostén un Neno no brazo esquerdo. Toda ela está pintada, co manto de color azul-ceo mesturado co roxo do escote e o branco do vestido e da coroa. Pola súa banda, o crucifixo, rematado en roeles en tódolos seus brazos, presenta a Cristo con aureola e calzón pintado en negro, mentres que os cravos e parte das mans, xeonllos e pés, aparecen pintados en roxo. O INRI, tamén está pintado en negro. Do corpo do Nazareno, sobresae a grade inclinación da cabeza sempre sobre o ombro dereito. Da base da capela sobresae un farol de cristal, rematado en forma de cruz, que alumea con cirios á Virxe dos Remedios.

12º) CRUCEIRO DE XUÑO (PORTO DO SON). Está enclavado ao pé da Eirexa de Xurio, datando a súa construcción do ano 1646, segundo inscrición existente nel. Situado ao pé dun cruce dun camiño, presenta de abaixo arriba os seguintes elementos: a tradicional plataforma cuadrangular, formada por tres escalinatas; unha columna con base escalonada, formada por catro corpos, os dous superiores octogonais. A columna remata nun capitel -coincidente coa base da capeliña-, adornado con anchas follas por todo o seu perímetro. A capela contén no seu interior á Inmaculada, disposta en actitude orante e engalanada con vivos colores -azul para o manto cos seus bordes roxos, e o branco para o resto do vestiario. Sobre a capel iña descansa un crucifixo, composto de base e cruz, cun Cristo moi ben proporcionado (quizais o mellor de todos os vistos), con coroa de espiñas e INRI, cravado sobre os brazos dunha cruz rematada en arestas.

13º) CRUCEIRO DE PEDRAFURADA (CAAMAÑO-PORTO DO SON) Este cruceiro, foi construído probablemente, nun lugar no que houbo algún xacemento ou resto de tipo prehistórico, moi probablemente unha pedra de ofrendas pre-célticas, ou unha mámoa. Unha señora, veciña do lugar, comentounos que antigamente había un outeiro no lugar, que tiña unha grande pedra cun furado, dalí o nome actual do cruceiro. Por outra banda, a uns catro metros do cruceiro, hai un petroglifo cunha cruz gravada nunha laxa. Os brazos da cruz rematan en forma redonda. Esta cruz está á súa vez enmarcada nunha figura rectangular. O cruceiro foi desprazado varios metros do seu primitivo emprazamento (nunha marxe do camiño real), parece ser que cando construíron a capela situada nas proximidades. 313


CARLOS GARClA PERMUY

Así pois, o monumento componse dunha plataforma simple, sen escalóns, da que sae unha columna octogonal, formada por unha base tamén da mesma forma, cunha nervadura darredor, séguelle un fuste composto por cinco bloques rematando nun capitel decorado con anchas follas -ao igual que o anterior cruceiro-, que rodean todo o contorno. A capela, moi orixinal, presenta as dúas caras laterais con arestas rematadas en forma de columnas (das que se aprecian claramente as súas bases). Esta capela componse á súa vez de dous corpos, xa que as caras laterais da mesma, sosteñen unha orixinal bóveda nervada, rematada externamente nun arco. A imaxe -Nosa Señora da Anunciación segundo o vecindario-, aparece notablemente esculpida, saíndose da rudeza de moitas desta imaxes. Coa man esquerda caída sobre o cinturon da vestimenta, represéntase co rostro e corpo envolto polo manto, que á súa vez protexe o corpo de o Neno, que sostén no seu brazo dereito. Por último, no que respecta á Cruz, descansa sobre dunha base, cos seus tres brazos acabados en V (uve); o Cristo non ten aureola, pero si INRI, apreciándose co corpo en proporción e armonía con todo o conxunto.

14º) CRUCEIRO DE NOAL (PORTO DO SON). Parécenos, sen dúbida o cruceiro mais espectacular de todos, debido especialmente ao barroquismo que presenta a súa capela. Situado en Noal, á beira esquerda da carreteira Ribeira-Noia, xusto fronte á capela de mesmo nome, presenta as seguintes características: -unha base, adornada en todo o se contorno cun zig-zag; -un fuste, que remata cunha decoración de follas lanceoladas; -unha capela profusamente esculpida con formas cordadas, a saber: .a base da mesma, construída en forma de escalinata invertida, presenta un cordón pétreo recorrendo todo o seu perímetro. .Dúas columniñas, tamén en forma de corda, arrancan da base da capela, prolóngandose pola parte superior da mesma, formando un arco, e unha especie de frontón semicircular no que se insculpíu un anxo alado, franqueado por dúas rosetas . .A súa superficie interior, adoita a forma de bóveda entrecruzada. .No seu interior, aparece Nosa Señora de Loreto, na súa habitual actitude orante, coa particularidade de que descansa sobre unha superficie pétrea na que aparece outra nova figura coas ás despregadas, mesturadas co remate do manto da Virxe . .A laxa que sirve de cuberta posterior da capela, está esculpida cunha nova imaxe da Virxe, esta vez rezando o rosario, encadrada nun recinto rectangular. NOTAS. Algunha das curiosidades advertidas durante a realización deste traballo, amén da de depositar moedas no interior das capeliñas, como accións de gracias, ou petición de favores, relaciona ás imaxes cos estados do tempo atmosférico que desexan. Así cando existe moita seca e os paisanos desexan que chova, colocan a os "santos" orientados cara ao S., mentres que cando o que se busca é o efecto contrario, sitúannos cara ao N.E.

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Os cruceiros de Capeliña na terra do Barbanza: Os "Loretos"

Mapa de localización dos 14 cruceiros de capeliña ou "Loretos", na Península de Barbanza (A Coruña).

8.-

DE BALTEIRO (BOl RO).

2.-

DE OURIOLO (RIANXO).

9.-

DE SAN ISIDRO (POBOA DO CARAMIÑAL).

3.-

DE LAXE PEQUENA (RIANXO).

10.-

DE MOLDES (POBOA DO CARAMIÑAL).

4.-

DE LAXE PEQUENA Nº 2 (RIANXO).

11.-

DOS REMEDIOS (RIBEIRA).

1.- CRUCEIRO DE MEIQUIS (RIANXO).

5.-

DE ABUIN (RIANXO).

12.-

DE XUÑO (PORTO DO SON).

6.-

DE CUBELlNO (BOl RO).

13.-

DE PEDRA FURADA (PORTO DO SON).

7.-

DE AGRA DE ARRIBA (BOIRO).

14.-

DE NOAL (PORTO DO SON).

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CARLOS CARClA PERMUY

Cruceiro de Meiquís.

Cruceiro de Ourolo.

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Os cruceiros de Capeli単a na terra do Barbanza: Os "Loretos"

Retablo de Ourolo.

Cruceiro de Laxe Pequena.

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CARLOS GARClA PERMUY

Cruceiro de Cubeli単o.

Cruceiro de Agra de Arriba.

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Os cruceiros de Capeli単a na terra do Barbanza: Os "Loretos"

Cruceiro de Balteiro.

Cruceiro de S. Isidro.

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CARLOS GARCIA PERMUY

Cruceiro de Moldes.

Cruceiro de Moldes.

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Os cruceiros de Capelilla na terra do Barbanza: Os "Loretos"

Cruceiro de Pedra Furada.

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NORMAS PARA AREDACCION DE ORIXINAIS NORMAS XERAIS Os orixinais deberán ser inéditos. O(s) autor(es) indicará(n) o(s) enderezo(s) de cada un deles: centro de traballo ou, na sua falta domicilio, no encabezamento do trabal lo. Os orixinais deberán levar un resumo no idioma en que vaian escritos e outro en inglés, neste caso precedido do título en cursiva. O texto debe mecanografiarse a doble espacio e paxinando as follas. Entregarase un orixinal. As figuras, mapas e táboas irán en papel vexetal e tinta negra, e as fotografías serán en branco e negro, agás os casos excepcionais. Todas as figuras levarán no dorso e a lápiz o seu número correlativo. Os pés das figuras irán mecanografiados en folla aparte. Recoméndase indicar o(s) lugar(es) onde se estima se inclúan as figuras: isto faráse a lápiz na marxe dereita do orixinal.

CITAS. NOTAS A PE DE PAXINA As referencias bibliográficas nas que só aparece o autor e a obra, faranse polo apelido do autor e ano de edición e, se se estima conveniente, páxina(s) e figura(s); figurarán no interior do texto, V.gr. " "

xa fora estudado (ARIAS VILAS, 1979a) e chegouse... " polo que DIAS et al. (1961,94) afirman que... "

Se son notas longas con texto propio, irán a pé de páxina, cun número correlativo entre paréntesis tanto no texto como na nota, eco devandito sistema de citas, v.gr. " ... que non se observa [1] e podemos ... " "[1] Deste tipo fanse algunhas referencias (:JIAS et al., 1961; MARTINEZ establécese..."

RODRIGUEZ, 1975) e

BIBLlOGRAFlA Irá ao final do traballo e limitarase aos autores citados no texto. Disporase por orde alfabético de apelidos e, dentro de cada autor, por orde cronolóxico; se no mesmo ano coinciden varias obras dun mesmo autor, distinguiranse por a, b, c, etc., colocados xunto ao ano (e tamén se incluirán nas citas bibliográficas). A referencia debe dar os apelidos e inicial do nome propio, ano de publicación, título completo do traballo, nome da revista en abreviaturas usuais e cursiva, tomo e páxinas primeira e última. No caso de libros, o título dos mesmos irá en cursiva e a continuación porase a editorial, lugar de edición e número de páxinas, V.gr. ARIAS VILAS, F., 1979a. Noticia dun tesouriño de moedas romanas no Cad ramón (Valedouro, Lugo). Gallaecia, 5: 325-327. DIAS, J., VEIGA DE OLlVEIRA, e F. GALHANO, 1961. Sistemas primitivos de secagem e armacenagem de produtos agrícolas. Os espigueiros portugueses. Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, Porto, pp. 291.

CORRECIONS Os autores recibirán un xogo de probas de imprenta para a sua corrección. As modificacións que se fagan ao texto serán as de tipo gramatical ou de erros de impresión. As probas deberán ser devoltas no prazo de 15 días; transcurrido este sen as recibir, os editores decidirán entre aprazar a publicación do traballo ou facer a corrección do mesmo, declinando a responsabilidade sobre dos erros que se poideran cometer.

TIRADAS APARTE Os autores recibirán gratuitamente 50 exemplares do seu traballo e 1 exemplar do volume. Os autores que desexen un maior número de exemplares, terán que o indicar con antelación, e correrá ao seu cargo o exceso de precio.

Os orixinais que non se axusten ás normas devolveranse aos autores. Nota: Os autores deberán entregar en folla aparte os datos: nome e apelidos, enderezo que figurará no orixinal enviado para a súa publicación, e tamén o enderezo e teléfono particular de contacto.

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