#104 Música & Mercado - Setembro/Outubro 2019

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A REVISTA DO SITE: MUSICAEMERCADO.ORG | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2019 | Nº 104 | ANO 18

EXEMPLAR COM ENTREGA SIMPLES Assine e receba antes!

Enrique Carlessi, presidente da Luen

Mais Fuhrmann!

Mudanças na sua estrutura, construção de um prédio próprio e novos modelos que estarão na Music Show Exp. Confira! PÁG. 40

Benson renovada

A marca lança nova linha Madero, feita na Argentina, e reforça presença em todo o Brasil. Conheça os detalhes na PÁG. 62

As luzes da Martin

Veja o que aconteceu com a Martin Professional desde que a Harman International adquiriu a marca em 2013. PÁG. 68

Wambooka na Izzo

A fabricante italiana de acessórios começou a ser distribuída pela Izzo. A novidade? O Dolphin Damper Performer Pad, criado especialmente para o mercado brasileiro. PÁG. 72

LUEN E O MUNDO

DA PERCUSSÃO

Nos últimos anos, a Luen virou um nome de referência no segmento de instrumentos de percussão brasileira. Valores comerciais, parcerias com lojistas, saber ouvir os consumidores, focar a qualidade dos produtos fabricados no País fazem parte do sucesso. “A percussão deve e merece ser respeitada com profissionalismo”, diz Enrique Carlessi, presidente da Luen. Quer saber mais? Veja todos os detalhes nesta entrevista. PÁG. 42

E AINDA: Audio Dream, Auratec, GB Musical, RCKR Straps, Spectrus Brasil e muito mais!



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EDITORIAL

42 CAPA

A percussão da Luen SEÇÕES 20 EDITORIAL 22 OPINIÃO Por Rui Machado, da CSR 24 ÚLTIMAS

Há pouco mais de uma década, a Luen ostentava um baixo percentual no market share de instrumentos de percussão brasileira e peles para bateria. Hoje a empresa é uma das mais fortes protagonistas do setor. O futuro da Luen? Enrique Carlessi, presidente da empresa, conta tudo aqui.

82 PRODUTOS Os lançamentos e destaques das melhores marcas do mercado

MATÉRIAS 30 MUNDO DIGITAL Conheça três ferramentas

88 5 PERGUNTAS

para turbinar as vendas do seu e-commerce

Dicas para uma boa integração após fusão ou aquisição

32 LANÇAMENTO Spectrus Brasil apresenta

linha de conectores e ferragens

90 CONTATOS Os nossos anunciantes você encontra aqui

34 DISTRIBUIÇÃO GB Musical foca as necessidades do mercado brasileiro 36 EVENTO Estruturas da Auratec na gravação de DVD da Banda Eva

COLUNAS

38 GESTÃO Focusrite Group compra a Adam Audio

76 Diferencie-se

40 EMPRESA Fuhrmann aprimora sua estrutura física e comercial

por Joey Gross Brown

78 Como é bom participar da

50 EDUCAÇÃO Lemu - Liga das Escolas de Música

Music Show EXP!

54 CORPORATIVO Gibson processa Dean Guitars

por Luis Carlos Rigoh Uhlik

56 ENTREVISTA O som do saxofone 60 HANDMADE – ÁUDIO Fones de ouvido

profissionais feitos pela Audio Dream 62 MERCADO A nova fase da Benson

38

64 HANDMADE – ACESSÓRIOS RCKR Straps apresenta

novas opções de correias feitas à mão 68 ILUMINAÇÃO Martin Professional na América do Sul 72 INTERNACIONAL Criações da Wambooka agora disponíveis na Izzo 80 PÓS-FEIRA Summer NAMM 2019 em Nashville

62 18 www.musicaemercado.org

82 PRÉ-FEIRA Music Show EXP: contagem regressiva!

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EDITORIAL DANIEL A. NEVES

CEO & PUBLISHER

“Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.”

STAFF

— Albert Einstein*

CEO & Publisher

Daniel A. Neves

CHEGOU O MOMENTO ESPERADO

Diretora de Redação

Paola Abregú Diretor de Arte

Dawis Roos

Era muito óbvio que eu iria dedicar este editorial à Music Show EXP? Pois é,

impossível não falar do evento!

Departamento Comercial (Brasil)

Denise Azevedo comercial@musicaemercado.org Tel.: (11) 3567-3022 Trade Marketing e Novos Negócios

Thiago Henrique Ferreira trade@musicaemercado.org Administração e Finanças

Rosângela Ferreira Revisão de Texto

Assinaturas

assinaturas@musicaemercado.org Colaboradores

Ann Lévizon, Joey Gross Brown e Luiz Carlos Rigo Uhlik Impressão e Acabamento

Nywgraf Editora Gráfica

Com uma nova distribuição de espaços, a entrega do Prêmio Top Retailer, um

rico programa de palestras — incluindo a presença do lojista americano Mark Herbert, graças ao apoio da NAMM —, equipamentos e instrumentos de todo tipo, a feira continua crescendo e se aprimorando para oferecer a melhor experiência tanto para visitantes quanto para expositores. sas vão melhorar. Com muito trabalho pela frente, mas juntos podemos tornar tudo possível. Porque não importa o governo que esteja no comando, não importa como esteja

a economia — embora influa muito —, não importa se faz frio ou calor, quem faz o movimento somos nós. O importante é não ficar de braços cruzados, esperando. Esperando o quê? Quem é que vai fazer alguma coisa por nós, pelo nosso mercado? Você já sabe a resposta: só nós! Como disse Henry Wadsworth Longfellow: “Todos são arquitetos do destino,

Música & Mercado®

Caixa Postal: 2162 - CEP: 04602-970 São Paulo / SP / Brasil Tel.: +55 (11) 3567-3022 Autorizada a reprodução com a citação da

Música & Mercado, edição e autor. Música & Mercado não é responsável pelo conteúdo e serviços prestados nos anúncios publicados.

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Associados

19 e 22 no São Paulo Expo. Expectativas? Muitas! Novidades? Muitas, mais ainda!

O mercado não passou por momentos fáceis, todos sabemos disso, mas as coi-

Hebe Ester Lucas

Parcerias

Finalmente chegou setembro, mês no qual será realizada a feira, entre os dias

vivendo nessas paredes de tempo, então não se lamente pelo passado. Ele não voltará de novo”. Então, vamos olhar para o futuro? Venha se juntar à gente, conhecer as novidades, ver a situação do mercado, tocar

instrumentos, bater um papo legal com os profissionais que estarão presentes no evento, obter conhecimento e ideias renovadas, simplesmente curtir a nova feira da música do Brasil! Estaremos te esperando! DANIEL NEVES CEO & PUBLISHER DE MÚSICA & MERCADO TWITTER/DANIEL_NEVES BAIXE NOSSO APP EM: WWW.MUSICAYMERCADO.ORG/IPAD-IOS-ANDROID/ *Albert Einstein: precisamos explicar quem é? ;)

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OPINIÃO

MERCADO DA MÚSICA ESTÁ À DERIVA

POR RUI MACHADO

da CSR (Centro Sul Representações)

Queima de preço, concorrência, lojas estufadas e pouca ação para o consumidor. Estaria o mercado da música praticando suicídio?

O

mercado da música está praticando um suicídio. Quando falo de mercado, falo sobretudo de fabricantes, distribuidores e importadores. Empresas promovem feiras ou reuniões de negócios, o que é absolutamente normal. Porém, o concorrente, para esvaziar o evento do primeiro, dias antes chama os principais clientes para outro encontro, organizado apressadamente. O objetivo é dividir a verba. Nada demais, se não fosse a queima de preços que isso ocasiona. Além da queima de preços, muitos lojistas acabam sendo induzidos com ofertas que saturam a loja com produtos de baixo giro, diminuindo sua capacidade de investimento em produtos rentáveis e que atraem o consumidor final. Em alguns meses são realizados dois e até três eventos, e alguns lojistas participam de todos eles. Considero natural, porque se não participarem acham que ‘perdem as promoções’ para os concorrentes. Mas o resultado disso é que nessa correria todos ficam longe da loja e, consequentemente, do consumidor. A loja fica

Virou um imenso camelódromo, mesclado de suborno disfarçado, com propinas para todo o lado 22 www.musicaemercado.org

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acéfala durante muito tempo. É aí que os picaretas de plantão, seja no Mercado Livre, seja em outros mercados, fazem a festa com o consumidor. Surgem as marcas que não são marcas e os negócios para lá de suspeitos.

Movimento de curto prazo, comércio estufado O mercado não se sustenta com esse modelo que estão impondo. Uma guerra que agora não é só de preços. A proliferação de feiras regionais, que pouco têm de regional, feitas com lojistas de todo o País, está deixando o comércio à deriva. Na grande maioria desses eventos, estão presentes sempre as mesmas empresas expositoras e as mesmas empresas compradoras. Da mesma forma, estão presentes sempre os mesmos produtos. Inovação, lançamento de novos itens é algo raro. Enquanto isso, no ponto de venda ficam apenas os balconistas, que não têm autonomia para tomar algumas decisões, o que invariavelmente leva à perda de negócios.

O mercado não se sustenta assim Virou um imenso camelódromo, mesclado de suborno disfarçado, com propinas para todo o lado. É propina para os balconistas, é suborno para os lojistas e nada de inovação. Nenhum lançamento, nada de novo. Diversas empresas, fabricantes, importadores atualmente

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pagam guelta para os balconistas. A visita às feiras, que deveria ser de total interesse dos lojistas, passou a ser condicionada ao pagamento de passagem e hospedagem. Se assim não for, não participam. Perderam todo o interesse comercial. Dessa forma, fica difícil vislumbrar o papel do lojista, como sujeito inovador que é, além de porta-voz das necessidades do mercado.

Efeito colateral Não se encontram mais representantes viajando. Ficam em casa, aguardando os próximos eventos e, ocasionalmente, telefonando aos clientes. O resultado? Perde-se totalmente o contato com o lojista, com o consumidor e com as necessidades do mercado. Se antes você tinha de filtrar as informações que vinham do representante, agora nem informações para filtrar nós temos. Algumas empresas já pensam em dispensar os representantes, optando por ficar apenas com as feiras regionais de negócios. O mercado da música precisa voltar a ser apenas um mercado, com oferta, procura, lançamentos, inovação, criatividade e atendimento. Hoje não temos um mercado. Enfim, se você vai dirigir com os olhos fechados, o resultado pode ser catastrófico. n



ÚLTIMAS

As mais recentes notícias do mercado de áudio, iluminação e instrumentos musicais

ÁUDIO

Landscape Audio atualiza sua identidade visual Pioneira no Brasil no segmento de pedais de efeitos, fontes de alimentação e pedalboards, a Landscape Audio completou em agosto 17 anos de atuação no mercado. Com o objetivo de manter-se atualizada, a marca está passando — pela primeira vez — por um processo de rebranding, com o objetivo de modernizar e melhorar pontos funcionais da identidade visual, como legibilidade e aplicação, utilizando traços mais simples e contemporâneos. Além disso, a reformulação sinaliza importantes novidades no portfólio de produtos. Algumas serão anunciadas ainda neste segundo semestre de 2019 e outras estão previstas para o próximo ano. O processo de transição da logomarca na apresentação dos produtos, embalagens e impressos já foi iniciado e ocorrerá de forma gradual. A previsão é que a atualização seja concluída no prazo de aproximadamente dois anos.

Biamp compra Community Loudspeakers e Apart Audio A Biamp Systems, fornecedora de áudio e vídeo profissional, anunciou a aquisição da Audioprof Group International, empresa detentora da Community Loudspeakers (caixas de áudio) e da Apart Audio (soluções de áudio funcional e comercial, além de lazer). Rashid Skaf, presidente e CEO da Biamp, comentou: “Estou muito empolgado para concluir essa transação. A construção de uma linha completa de caixas tem sido uma das minhas prioridades à medida que avançamos para posicionar a Biamp como uma fornecedora de linhas completas de soluções audiovisuais profissionais. A aquisição da Apart Audio e da Community Loudspeakers foi o meu caminho preferido para conseguir isso rapidamente. Com isso, a Biamp se estabeleceu claramente como líder no mercado audiovisual profissional”. A Community Loudspeakers e a Apart Audio se unirão à Biamp como famílias de produtos dentro do portfólio da empresa, e as funções de negócios serão fundidas gradualmente para formar um único negócio dentro da Biamp.

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Fane busca gerente para a América Latina A empresa fabricante de componentes para sistemas de áudio está contratando profissional para a posição de gerente de desenvolvimento de negócios e vendas para a América Latina. O que é preciso para se candidatar? Visite fane-international.com e veja!

Frahm faz treinamento e lança loja virtual Parceiros da Frahm receberam treinamento especializado da equipe da empresa. Além de conhecer as novidades, eles foram orientados sobre as principais técnicas e particularidades dos equipamentos. Outra ação recente da empresa foi o lançamento da Loja Virtual Frahm, por meio da qual os consumidores poderão adquirir caixas acústicas e amplificadores direto de fábrica: loja.frahm.com.br

Plugin de controle da Audix A empresa lançou um novo plugin de controle que permite aos usuários integrar as interfaces de microfone Audix DN4 e DN43 Dante | AES67 no ecossistema Q-SYS da QSC. Este plugin permite que os usuários escolham entre oito pré-ajustes de ganho de microfone, adicionem filtros low-pass ou high-pass, programem funções de LED e monitorem o status de conexão desde uma interface de controle de usuário Q-SYS. Cada um dos quatro canais das interfaces da Audix pode ser controlado de forma independente. Além disso, o áudio dessas interfaces de microfone entrará no ecossistema Q-SYS de forma nativa (via licença AES67 ou Dante com base no software Q-SYS, disponível no início de 2020).

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INSTRUMENTOS

14 de setembro: Dia do #PitStopSG Luen lança linha licenciada do Mundo Bita O maior fenômeno musical entre as crianças, com mais de 2 bilhões de visualizações, agora ganha uma linha oficial da Luen. A linha é composta por um pandeiro e um tamborim e já está disponível a venda. “Maior sinergia entre produto e marca é impossível, pois é um desenho totalmente musical. Quem conhece a potência desse personagem não vai deixar esse item faltar em sua vitrine,” disse Tiago Daniel, gerente de marketing, comercial e produtos da Luen.

A segunda edição do #PitStopSG está perto. No dia 14 de setembro a SG Strings, marca de encordoamentos da Izzo, e lojistas parceiros em todo o Brasil e em países como Chile, Bolívia, Argentina, Japão e China farão do #PitStopSG uma celebração global a serviço de seu consumidor. Por quê? Simples: os lojistas terão condições comerciais especiais na compra de um pack #PitStopSG para poder oferecer o evento em sua loja, enquanto o consumidor, ao comprar um encordoamento SG, receberá outro instalado em seu instrumento musical diretamente no ponto de venda. Além das trocas de cordas, os clientes participantes que comprarem nas lojas terão a oportunidade de concorrer a um sorteio, ao final do evento, de um Gift Kit SG que contém uma camiseta, chaveiro, adesivos e um peg winder, além de concorrer a um violão Crafter no final do ano. Para participar, o consumidor precisa postar uma foto nas mídias sociais fazendo check-in na loja de eleição, marcando a SG Strings com a hashtag #PitStopSG. Marque o dia na sua agenda e participe!


INSTRUMENTOS Guitarras Ovation de David Gilmour quebram recorde de leilão A venda recorde em um leilão com mais de 120 instrumentos que pertencem à estrela do Pink Floyd, David Gilmour, foi alcançada por 20 milhões de dóGilmour com uma das guitarras lares. No leilão, cujos fundos foram doados por Gilmour para a Client Earth, foram incluídas seis guitarras da marca Ovation: a guitarra eletroacústica Custom Legend 1619-4 de Gilmour, fabricada pela Ovation em 1976, foi vendida por quase US$ 400.000; uma Custom Legend eletroacústica, 1619-4, com o logotipo da Ovation embutido na cabeça, rendeu US$ 150.000; a eletroacústica com cordas de náilon do artista, Classic 16134, com seu estojo rígido original rotulado ‘Ovation 1613-4 Nylon # 068180’ foi leiloada por US$ 118.750 e a eletroacústica de 12 cordas Pacemaker, 1615-4, com estojo rígido com a etiqueta ‘Ovation 12 String 1615 -4, ‘75 # 061224 e número de série DG1095’ foi vendida por US$ 93.750. Duas guitarras elétricas de corpo sólido Preacher, uma 1283-5 e uma 1285-5, acompanhadas por seus estojos rígidos originais, rotulados, cartas, cópias dos documentos de envio e fatura de venda, mais folhetos promocionais de venda originais, foram vendidas por U$S 56.250 e U$S 43.750, respectivamente.

O 7º Encontro Bianual da Madeira, organizado pela Frank Untermyer, da Martin Guitar (à esquerda), Farr, da Natural Resources Canada (centro) CF Martin & Co. (Martin Ken e Cindy Squires, da Associação Internacional de Produtos de Madeira (à direita) plantaram uma Guitar), foi realizado reárvore na sede da Martin Guitar em Nazareth, PA centemente para discutir a sustentabilidade no fornecimento de matérias-primas. O evento incluiu representantes da National Resources Canada, do World Resource Institute, do Departamento de Agricultura e da Agência de Pesquisa Ambiental dos Estados Unidos. O objetivo do encontro foi fornecer uma visão completa do estado atual de fornecimento responsável e sustentável de matérias-primas, especificamente as madeiras exóticas com as quais a Martin Guitar faz suas guitarras acústicas. O tema de abertura revisou o estado da Martin Guitar como uma Corporação com Certificado B, processo de certificação que inclui uma revisão de 170 pontos das práticas comerciais, inclusive seu impacto ambiental. Além disso, outros temas foram conversados, como cuidado de plantas e animais em perigo de extinção, importação/exportação e envio de instrumentos por mar, além das estratégias ambientais da Martin Guitar na América do Sul. A Martin também anunciou planos para construir um novo depósito de 60.000 m2 para armazenar tanto matérias-primas quanto o produto acabado. O próximo Martin Guitar Wood Summit foi agendado para 2021.

Gon Bops lança Bucket Shekere

GHS Strings e a marca Innovation se unem As cordas para baixo da Innovation, que até recentemente eram feitas no Reino Unido, agora têm uma nova casa na GHS Strings, nos Estados Unidos. Para reproduzir as cordas tradicionais para baixo da Innovation, máquinas especializadas, núcleos não metálicos e materiais de enrolamento originais foram utilizados, os quais foram combinados com a experiência e a força de trabalho da GHS Strings, usando as especificações originais de fabricação de cordas feitas à mão. Isso porque agora a GHS adicionará as cordas da Innovation à sua linha de produtos como fabricante e distribuidor mundial da marca. Enquanto a GHS Strings começa o processo de fabricação completo em Battle Creek, Michigan, os produtos da Innovation estarão disponíveis pela GHS e sua base de distribuição e varejistas.

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Martin Guitar e ambientalistas globais discutem sobre matéria-prima

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Baseado no instrumento brasileiro Xequebalde, o novo Gon Bops Bucket Shekere é o primeiro desse tipo da empresa fabricado fora do Brasil. Híbrido de balde de metal e shekere, o Bucket Shekere pode ser tocado na mão como um shekere tradicional ou ser colocado em um suporte (um suporte de snare funciona corretamente) e tocado com escovas. Este também é o primeiro instrumento assinado por Will Phillips para a Gon Bops. Will, cativado pela música brasileira, passou um tempo estudando e se apresentando no Brasil, inspirando-se na herança musical que encontrou no País. O Xequebalde, um instrumento cujo estilo variava de acordo com o modo como era tocado, chamou sua atenção. O design de Phillips reflete sua própria interpretação desse instrumento exclusivamente brasileiro. O Gon Bops Bucket Shekere foi criado principalmente para ser leve, feito de alumínio; sua carcaça mede 8” de altura com uma abertura de 12,5”.

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Music Show: Novità mostrará produtos de seis marcas diferentes A Novità Music estará participando da Music Show EXP com todas as marcas que distribui no Brasil. Quer conhecer os produtos que estarão em exposição? Da marca de amplificação Aguilar poderemos ver o Tone Hammer 700 e a caixa para graves SL115. Da Aquarian Drumheads estarão as peles Reflector Ice White e os famosos modelos Super Kick I e Super Kick II em medidas especiais 14” e 16”. Pelo lado das cordas DR Strings estará o set Ukulele Multi-Color formado por cordas de nylon cada uma com uma cor diferente. Da Gruv Gear veremos o famoso FretWraps World Flags em novos acabamentos, um controlador de harmônicos indesejáveis para instrumentos de corda. As baquetas Black Widows (Red Hickory) serão o lançamento da Los Cabos Drumsticks, com os modelos 5A (16” .575”) e 5B (16”, .598”). Por último, da Seymour Duncan veremos o Fooz, um pedal sintetizador fuzz analógico, e o Silver Lake, pedal de reverb dinâmico.

Nova embalagem individual das palhetas Royal, da D’Addario Woodwinds Novidade nas embalagens das palhetas de sopro Royal, da D’Addario Woodwinds: agora as palhetas Royal para clarineta, sax alto e sax tenor também estão disponíveis em embalagem individual. As palhetas Royal proporcionam projeção e clareza de som, além de resposta rápida e consistente. Ideal para estudantes e profissionais. Distribuição no Brasil: Musical Express.


Gibson destrói centenas de guitarras Firebird X

Nova linha Netron da Obsidian

Devido ao seu sistema de comutação arcano, sintonizadores robóticos, acessórios Bluetooth e software complicado, a Gibson Firebird X é uma guitarra elétrica que se mostrou difícil de ser amada. No entanto, para muitos fãs de guitarra, o vídeo postado no YouTube mostrando centenas desses instrumentos sendo destruídos por um veículo de construção pesada teve um impacto devastador. O vídeo foi publicado por um ex-funcionário da Gibson, B.J. Wilkes, que explicou ao youtuber The Guitologist que as guitarras não eram compatíveis e é por isso que a empresa precisou retirá-las dos livros, já que os novos donos procuravam mudar a sorte da empresa, após seu problema financeiro divulgado na mídia e a expulsão do ex-CEO Henry Juszkiewicz. Abordando as preocupações daqueles que perguntaram por que as guitarras não foram doadas ou suas partes foram reutilizadas, a Gibson disse em um comunicado oficial que o vídeo era de “um lote isolado de modelos Firebird X construídos entre 2009-2011 que era irreparável e danificado, com componentes inseguros. Este grupo isolado de modelos Firebird X não pode ser doado para propósito nenhum e por isso foi destruído”.

A Obsidian Control Systems mostrou sua nova linha de produtos de distribuição de dados Netron, que abrange soluções de gateway Ethernet para DMX, splitter DMX e soluções de splitter DMX/RDM, suportando aplicações desde produção ao vivo e instalações até espaços arquitetônicos. A linha oferece três gateways Ethernet para DMX: o EN12 de 12 portas para montagem em rack, o EN4 e o EP4 alimentado por POE. Todos os aparelhos são compatíveis com sACN, Art-NET, RDM e oferecem configuração remota via web, enquanto pré-ajustes internos para os usos mais comuns oferecem implementações “plug and play”. Três variantes do splitter RDM completam a série: dois splitters compactos com seis conexões XLR (RDM 6XL) ou RJ45 (RDM645), além do RDM 10, um splitter avançado de dez portas duplas combinado com um gateway EtherDMX de dois universos.

*Fonte: Jonathan Horsley para www.musicradar.com

MA Lighting continua sua luta contra os falsificadores Durante os últimos anos, a MA Lighting tem seguido sua estratégia contra produtos falsificados, procurando que a Justiça reaja contra as empresas falsificadoras. A luta da MA Lighting resultou em múltiplas ações em várias feiras reconhecidas, como as Prolight + Sound Guangzhou, GET Show, Sound. check Expo e Palm Expo India, onde mesas para controle de iluminação falsas foram removidas dos estandes e os respectivos catálogos foram destruídos pelos oficiais. Na Prolight + Sound em Guangzhou, China, a empresa de iluminação também pôde contar com o grande apoio dos organizadores interessados em eliminar as mesas falsas e catálogos publicitários. No GET Show, a MA assegurou que não serão mais toleradas cópias na feira, nem mesmo para o controle de iluminação dos próprios estandes. Além disso, a Sound.check Expo no México e a Palm Mumbai na Índia foram um grande sucesso este ano em comparação ao ano passado, pois quase não havia cópias ou catálogos para denunciar. Da mesma forma, a MA também esteve ocupada na internet. Centenas de anúncios de mesas falsas em sites de mídia social foram removidos até agora.

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ETC e GDS fazem parceria O relacionamento entre a ETC e a GDS — que começou em 2015 — será ampliado ainda mais por meio de uma nova parceria, com a ETC fabricando e vendendo produtos criados pela GDS nas Américas do Norte e do Sul. Agora, a ETC adquiriu as linhas de produtos ArcSystem, BluesSystem e CueSystem da GDS, assumindo a fabricação e distribuição a partir do mês de agosto de 2019. O objetivo da ETC é expandir seu trabalho em iluminação arquitetônica em nível mundial graças aos equipamentos GDS e ajudar clientes no mundo todo em sua migração para a iluminação LED arquitetônica.

Music Show: Takto lançará instrumentos de percussão Com um forte trabalho Percussão Takto na de entrada no mercado de banda de Léo Santana percussão baiana, Marcos Lopes Pereira, presidente da Takto, dedica a este público seu próximo lançamento na linha de percussão. A nova linha trará cores vivas, aros especiais e peles personalizadas. Guardando a surpresa para a feira, e feliz com a recente parceria com a banda do rei do pagode baiano Léo Santana, Marcos adianta que “será um estouro!” e pede para o público visitar o estande da empresa na Music Show para conferir os lançamentos, testá-los pessoalmente e concorrer aos sorteios de brindes da marca.

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MUNDO DIGITAL

CONHEÇA TRÊS FERRAMENTAS PARA TURBINAR AS VENDAS DO SEU E-COMMERCE

Para fidelizar clientes e driblar a concorrência, empreendedores devem montar infraestruturas matadoras. Veja aqui algumas dicas para a evolução da sua loja virtual

A

s lojas virtuais se destacaram nos últimos anos e hoje são opções para pessoas que buscam investir em um novo negócio ou completar renda. O comércio virtual não para de crescer, mostrando um bom momento para o segmento. Mas para atender a demanda de clientes e driblar a concorrência, os empreendedores digitais devem montar infraestruturas matadoras. Para isso, algumas ferramentas prometem turbinar ao máximo a sua loja virtual, garantindo mais vendas e um bom relacionamento com seus clientes. “Ao abrir um e-commerce, o lojista deve apostar em ferramentas e extensões que irão ajudá-lo com a gestão e rotina da loja. Existem inúmeras tecnologias que podem ajudar e o tempo todo são lançadas novas opções no mercado”, explica Alfredo Soares, head da Loja Integrada, plataforma de criação de lojas virtuais mais popular do País, com mais de 600 mil lojas criadas. O especialista listou três ferramentas recentes no mercado para turbinar as vendas do seu e-commerce.

1.

Instagram Shopping: vitrines virtuais para vender mais

O Instagram possui 15 milhões de perfis comerciais e 80% dos usuários seguem algum negócio espontaneamente, sendo uma ferramenta estratégica para milhares de empresas que trabalham diretamente com vendas pela internet — forte

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É importante investir em novas ferramentas

canal de divulgação e até mesmo de relacionamento com o público-alvo. No último ano o Instagram liberou um recurso de compras on-line que acontece diretamente no aplicativo. A funcionalidade permite que os varejistas divulguem fotos dos produtos com direito a preço e mais informações, além de outros itens relacionados. Os links levam o usuário direto às lojas oficiais, onde o cadastro pode ser feito e a transação de venda, finalizada. “Esse recurso é uma forma de impulsionar as vendas da loja

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virtual, já que é possível criar divulgações e ações promocionais e direcionar o consumidor para o site”, explica.

2.

Chats e chatbots: atendimento personalizado é sinônimo de fidelização

O uso de chats ou chatbots — programa de computador que tenta simular um ser humano na conversação com as pessoas — em plataformas e nas lojas virtuais cresce a cada dia, tornando-se


uma das ferramentas de customer experience (CX) mais atraentes e deixando o atendimento mais ágil para os consumidores imediatistas, além de colaborar com a experiência e credibilidade do negócio para os usuários. A ferramenta consegue automatizar e otimizar tarefas rotineiras como: informações sobre o status de um pedido, dar detalhes e tirar dúvidas de um produto, fornecer informações sobre descontos da loja e prazos de entrega, além de realizar outras tarefas que não dependem tanto da interação humana, permitindo que a empresa atenda seu cliente 24 horas por dia. “Já existem no mercado empresas que criam e fazem a integração de chatbots com as principais plataformas de e-commerce do País, de forma rápida e com ótimo custo-benefício.”

3.

Ferramentas para avaliações: cultive boas recomendações

e você sempre terá clientes Aproximadamente 90% dos usuários pesquisam sobre produtos ou serviços em sites ou comparam preços em lojas virtuais e 75% procuram informações dos produtos em fóruns ou blogs da internet. “Cada vez mais as pessoas querem opiniões sobre os produtos, por isso as avaliações influenciam diretamente a decisão de compra e são tão importantes para quem vende na internet. Todo lojista virtual deve investir em uma ferramenta para que possa mensurar como está a experiência do consumidor na sua loja”, pontua o especialista. As ferramentas de avaliações e feedback não são tão novas no mercado, mas suas funções se atualizam o tempo todo e por isso é importante estar antenado. Elas ajudam a coletar informações de clientes e a fazer a gestão dos comentários realizados pelos consumidores e usuários. “Nos e-commerces, esses recursos são de extrema importância, já

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Alfredo Soares, head da Loja Integrada

que no processo de decisão de compra, a busca por avaliações sobre o produto são unanimidade. Ao usar ferramentas de avaliações, é possível, por exemplo, dar estrelas como satisfação ao site, enviar o comentário para amigos das redes sociais e incentivar a compra, entre outras ações. No mercado existem várias opções para integrar ao seu e-commerce. As mais conhecidas são a Trustvox e a YourViews”, finaliza. n Mais informações: lojaintegrada.com.br

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LANÇAMENTO SPECTRUS BRASIL

SPECTRUS BRASIL APRESENTA LINHA DE CONECTORES E FERRAGENS

Além de representar várias marcas no Brasil, a Spectrus apresenta sua própria linha de conectores e ferragens: a Smart Products

Walter Inácio Silva

A

empresa foi fundada em fevereiro de 1995 como Spectrus Importação e Exportação em uma casa na Rua Guararapes, no bairro do Brooklin, em São Paulo. Em 2004 associou-se à Penn Elcom da Inglaterra e abriu mais quatro unidades: Santiago do Chile, Lima, no Peru, Bogotá, na Colômbia e Buenos Aires, na Argentina. “Em 2018 fizemos uma mudança, passando as unidades da América do Sul para os ingleses, e ficamos só com o Brasil. Voltamos a usar o nome Spectrus, acrescentando o Brasil à razão social: Spectrus Brasil Comercial e Importadora Ltda.”, conta Walter Inácio Silva, diretor comercial da empresa. A Spectrus Brasil continua sendo a distribuidora exclusiva da Penn Elcom, Amphenol Audio Connectors e agora está lançando uma marca pró-

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pria: a Smart Products. A Smart Products já está comercializando uma linha nova de conectores de áudio que se chama Smart Pro Line e, na Music Show, vai lançar uma linha de ferragens cromadas para cases. Além disso, a Spectrus disponibilizou um e-commerce que já está atuante por meio do próprio site da empresa.

Smart Pro Line

É uma linha para áudio profissional de alto padrão, com especificações de segurança e proteção de alto nível. É composta por: Conectores de energia: a linha Power Con foi cuidadosamente desenvolvida pensando principalmente em quem trabalha em ambientes externos. Os conectores são robustos, seguros e contam com tratamento à prova d’água e de poeira.

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Conectores RCA: a linha RCA está dis-

ponível nas cores vermelho e preto.

Conectores para caixa de áudio: “A li-

nha Speaker é indicada para quem procura inovação e qualidade, também com tratamento à prova d’água e de poeira”, explica Walter. Conectores XLR: “A linha de conectores XLR é a primeira no mundo com a tecnologia Waterproof e Dustproof (à prova d’água e de poeira). Nossos conectores foram testados e aprovados, obtendo as certificações IP67 e IP54”, adiciona. Quer ver os conectores e as novas ferragens pessoalmente? Visite a Spectrus Brasil na Music Show Exp, de 19 a 22 de setembro, no São Paulo Expo. n Mais informações spectrusbrasil.com.br smartproducts.com.br



DISTRIBUIÇÃO: GB MUSICAL

GB MUSICAL FOCA AS NECESSIDADES DO MERCADO BRASILEIRO

A GB Musical, distribuidora e importadora de Minas Gerais, apresenta suas marcas próprias que prometem atender o mercado local com qualidade e preço justo

A

distribuidora nasceu em 2010, mas seus diretores atuam no mercado da música desde 1980. Desde o começo a ideia sempre foi ouvir o mercado e desenvolver produtos que pudessem satisfazer as necessidades dos usuários brasileiros com as características demandadas, qualidade e preço justo. Conta atualmente com quatro marcas — Soundvoice, Spring, Smart e Spectrum —, que são projetadas e desenvolvidas pelo departamento de engenharia da empresa no Brasil, tendo em vista as aplicações e características mais usadas pelos profissionais locais, e fabricadas com as vantagens da mão de obra asiática. Quer conhecer mais? Bruno Bionde, um dos diretores da GB Musical, explica a seguir. Qual é o objetivo principal da empresa? Bruno: A GB Musical foi constituída

com o objetivo de suprir as necessidades dos clientes do segmento. Procuramos atuar com foco totalmente voltado para o mercado, oferecendo produtos com inovações e respeitando o conceito de valor justo. Inicialmente voltamos o foco para o mercado de iluminação, mas com o passar dos anos e a queda da representatividade do setor, passamos a atuar fortemente com a linha de áudio e acessórios, que nos trouxe a um novo patamar como distribuidores.

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Como foi a entrada no mercado de distribuição de produtos? Bruno: Era o ano de 2010. Tivemos um

insight após ver que muitas empresas não conseguiam manter fluidez em seus estoques para atender toda a demanda do mercado. Passamos então a estudar para desenvolver um mix de produtos que nos proporcionasse entrada em todos os clientes. Nos preocupamos também com a recorrência de compras e por isso desenvolvemos a linha de acessórios. Era fundamental que os clientes tivessem contato mensal com a nossa empresa.

Quais são as marcas trabalhadas pela GB? Bruno: Atualmente trabalhamos com

quatro marcas: a Soundvoice é conhe-

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cida pela linha completa de mesas de som e microfones; agora lançamos uma linha de som ambiente que tem sido um sucesso de vendas. A Spring é nossa linha de instrumentos musicais, que tem crescido também. Recentemente agregamos teclados, ukuleles e violinos. A Smart é a linha de ferragens e acessórios que ganhou mercado pela excelente apresentação, preço justo e qualidade, além da vasta diversidade de produtos. E a Spectrum é a linha de iluminação que atualmente foca produtos estratégicos com maior giro no mercado. Em um mercado com tantos produtos comuns, como a GB Musical busca diferenciar os seus? Bruno: Nossa estratégia de diferencia-


ção se baseia na velocidade para trazer as inovações. Hoje podemos afirmar que somos a empresa que mais rapidamente traz as novidades ao mercado. Outro ponto de muita sensibilidade para a GB Musical é gerar uma experiência única para o cliente, e isso fica muito explícito na forma como tratamos os parceiros comerciais e os usuários. Escutamos sempre elogios e críticas com muita abertura e tentamos seguir aprimorando nossos produtos. Algumas atualizações vieram justamente após a troca de experiências com o mercado. Como está o mercado para a GB Musical? Bruno: Estamos muito satisfeitos com

a aceitação dos nossos produtos. Podemos dizer que nosso trabalho está sendo reconhecido, pois em um mo-

Soundvoice MC4-BT

Um destaque da marca de áudio da empresa, a Soundvoice, recentemente lançada, é a mesa de som compacta MC4-BT. Veja aqui algumas características: • Ajuste de ganho por canal • Efeito: atraso + repetir • Phantom power +48v • Interface para PC • Formato de áudio: MP3, WMA, WAV • Equalizador 2 bandas por canal (agudo e grave) • 04 canais (02 combos mono / 02 estéreo P-10) • Bluetooth • Gravação direta via USB

mento em que o mercado oscila bastante, temos resultados positivos e bastante concretos. Nosso horizonte é ainda mais promissor, pois aguardamos mais alguns lançamentos para este ano. Fiquem ligados! n

Mais informações gbmusical.com.br


EVENTO: ESTRUTURAS AURATEC

ESTRUTURAS DA AURATEC NA GRAVAÇÃO DO DVD DA BANDA EVA

A gravação do DVD Eva 40 Carnavais foi realizada em Minas Gerais com iluminação e estruturas montadas pela empresa LED Show, usando peças da Auratec

O

grupo baiano Banda Eva está fazendo 40 anos na indústria musical e, como parte da comemoração, realizou um show especial com convidados como Léo Santana, Wesley Safadão e Tomate, entre outros, que foi gravado para o lançamento do DVD Eva 40 Carnavais. O local escolhido foi o Mirante Beagá, na capital mineira, e toda a montagem de estruturas e iluminação do espetáculo foi feita pela empresa LED Show, de Belém (PA). A Auratec foi convocada pela LED Show para auxiliar a empresa na escolha do material a ser utilizado, acompanhar a montagem e fornecer alguns produtos para complementar o plantel já existente no estoque da locadora. Petrônio Junior, diretor comercial e fundador da Auratec, conta: “Em termos de projeto, pelo que acompanhamos, a produção do DVD enviou toda a ideia de layout pronta, cabendo ao nosso cliente ajustar a parte técnica, ou seja, garantir que aquele layout fosse executado dentro dos melhores padrões de segurança. Eram sete balizas independentes, com mais de 12 metros de altura, e um palco montado em várias camadas, todas em formatos não convencionais. Tudo isso no mirante de um dos pontos mais altos de Belo Horizonte!” Seguindo esse projeto, a decisão foi usar todas as peças da montagem da Auratec, desde os sistemas de piso até os trusses de áudio, cenografia, iluminação e painéis de LED. Para o piso, foi utilizada a linha Stage, um sistema exclusivo da Auratec que proporciona alta capacidade de carga com versatilidade

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Montagem e show no Mirante Beagá

e facilidade na montagem. Na parte de trusses, foram utilizadas as linhas ALP30, AL-P38 e AL-P50, todas em alumínio, garantindo “uma perfeita composição do cenário em total segurança”. “O resultado obtido pode ser percebido nas fotografias e certamente será incrível em vídeo, pois houve ali uma harmonia entre estruturas, iluminação, música e público, com uma vista fantástica da cidade!”, disse Petrônio. “Considero que a Auratec é a parceira ideal para qualquer tipo de projeto, uma vez que a gente tem o maior portfólio em estruturas no País, ou seja, sempre teremos a solução mais adequada e bem dimensionada. Nesse caso, especificamente, houve duas variáveis que foram ainda

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mais importantes: a linha Stage, sistema de piso que é instalado em um ritmo de 1 m²/min e cuja agilidade na montagem foi fundamental para reduzir custos do cliente, que estava a quase 3 mil km de sua sede, com uma equipe de dezenas de pessoas e uma grande frota de veículos à disposição; e a qualidade do atendimento da nossa equipe, que acompanhou todo o projeto e a montagem, e ainda garantiu que todas as peças especiais fossem entregues absolutamente dentro do prazo”, concluiu. n Mais informações auratec.com.br Auratec



GESTÃO: FOCUSRITE GROUP

FOCUSRITE GROUP COMPRA A ADAM AUDIO

Composto pelas marcas Focusrite, Focusrite Pro, Novation e Ampify Music, anuncia a aquisição da empresa de monitores de estúdio Adam Audio GmbH

Tim Carroll (Focusrite) e Christian Hellinger (Adam Audio)

E

sta é a primeira aquisição do Focusrite Group desde que a empresa tornou-se pública, em 2014, o que mostra sua cuidadosa consideração sobre que marcas devem se unir à missão do grupo de “eliminar as barreiras à criatividade”. Como comenta o fundador e presidente da Focusrite, Phil Dudderidge: “Estou feliz de ter uma nova adição importante a nossa família de marcas. Para o Focusrite Group, a criação e gravação de música é tudo. Com a visão de criar a experiência criativa mais holística possível para profissionais de gravação e músicos por igual, escolher a marca mais apropriada de monitores de estúdio de alta precisão é a chave. Junto com a Adam Audio podemos lograr muito mais, eliminando as barreiras técnicas

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que frustram os artistas que buscam gravar e revelar seu verdadeiro som”. É importante ressaltar que o foco inicial do Focusrite Group está em garantir que a Adam Audio tenha a liberdade e a autonomia necessárias para continuar sua história de inovações tecnológicas para a vida toda. Sobre o trabalho entre ambas as empresas, Tim Carroll, CEO do Focusrite Group, comentou: “Precisamos ter certeza de que a Adam Audio receba todo o suporte necessário. O fato de nossas duas empresas estarem tão alinhadas sob uma mesma perspectiva cultural garante que, à medida que trabalhemos juntos, grandes coisas aconteçam. Com tanta experiência entre nós em acústica, reprodução de som, DSP e controle, as oportunidades são abundantes para

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refinar juntas os fluxos de trabalho de gravação e produção”. A Adam Audio continuará a operar de seus escritórios principais em Berlim, Alemanha, sob a liderança de Christian Hellinger, que disse: “Que ótimo começo para o próximo capítulo na história de nossa empresa. Tenho muito orgulho do que a equipe da Adam Audio tem conseguido nos últimos 20 anos, e mal posso esperar para ver o que conseguiremos com o Focusrite Group, em nossa terceira década de criação de monitoramento profissional orientado ao futuro”. n Mais informações focusrite.com adam-audio.com proshows.com.br



EMPRESA: FUHRMANN

FUHRMANN APRIMORA SUA ESTRUTURA FÍSICA E COMERCIAL

A Fuhrmann realizou várias mudanças na sua estrutura e está trabalhando na construção de um prédio próprio que permitirá expandir sua produção, inclusive para outro segmento

T

odos conhecem a Fuhrmann, fabricante brasileira de pedais para guitarra, violão e contrabaixo. Nos seus anos de história, a empresa nunca parou seu trabalho, dando apoio a lojistas, parceiros e clientes, e isso lhe trouxe destaque no mercado. “Apesar da crise, a empresa sempre teve o foco na excelência e, junto a isso, a constante busca por inovação. Foi justamente esse diferencial criativo e o frequente lançamento de novos produtos que sustentaram as nossas vendas, trazendo fôlego para nos manter no mercado e, consequentemente, a capacidade de continuar investindo em pesquisas, gerando o crescimento da marca”, conta o CEO Jorge Fuhrmann. Nos últimos anos a empresa vem passando por um processo de descentralização na parte administrativa, motivado pelo crescimento da companhia, com a introdução de um departamento comercial para supervisionar e intensificar as vendas ao lado dos representantes, por meio de ações comerciais e nos pontos de venda. Além disso, criou-se um departamento de marketing, “para que a Fuhrmann seja percebida cada vez mais com a nossa essência, de forma que possamos dialogar melhor com nosso público”. Internamente, foram otimizados os departamentos financeiro e de produção. “Até o momento não houve mudanças em nossos processos de fabricação, pois nosso espaço atual não permite. Para isso, estamos construindo um prédio próprio, com 500 m2, onde conseguiremos atualizar o processo

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A empresa terá prédio próprio, com 500 m2

produtivo, integrar novas tecnologias e otimizar inclusive o nosso setor de criação de novos produtos”, adicionou.

Um bom parceiro Para a empresa não basta focar só o cliente final ou só o lojista. O trabalho, para ter sucesso, tem de ser uma parceria entre todos. Jorge explica: “Por isso temos uma relação baseada em um tripé, uma relação de três pontas que parte da nossa atenção ao cliente final, atendendo aos seus anseios e expectativas, e se fortalece com os lojistas, com os quais precisamos ser bons parceiros comerciais, com produtos que vendam bem e com boa margem de lucro. Um dos nossos diferenciais é a capacidade que temos de sanar todo e qualquer problema técnico que a loja vier a ter com nossos produtos, ou mesmo alguma dificuldade na venda de determinado item, por exemplo. Procuramos

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manter uma relação próxima e amigável, fornecendo o máximo de informações sobre os produtos, buscando sempre ser o melhor parceiro possível”. Pelo lado dos consumidores, cabe destacar que a empresa sempre foi conhecida por seus pedais analógicos, mas desde 2016, quando foi lançado o Reverb, adotou a tecnologia da eletrônica digital. Desde então, tem inserido a tecnologia digital junto da analógica em seus produtos, e isso tem sido um grande diferencial. “Além disso, iniciamos este ano um novo processo de facelift, com atualizações em produtos que são nossos campeões de venda. Um exemplo é o recém-lançado Punch Box, um produto que já tínhamos em nosso mix, mas que precisava de uma atualização já esperada pelo mercado. Outros produtos clássicos da Fuhrmann seguirão a mesma tendência. É o caso dos relançamentos que serão feitos na feira Music Show, como o Cycle Chorus, o Compressor e o Bass Compressor. Logo após a feira, ainda em 2019, teremos novidades para mais lançamentos, também utilizando tecnologia digital”, adiantou.

Mercado demandante Falando sobre a empresa, o CEO disse que atualmente se apresentam duas demandas. A primeira é o desafio de atender todo o território nacional, pois ainda há lugares com certa dificuldade de o produto chegar e alguns consumidores têm cobrado isso. “Quando uma loja ainda não possui determinado produto nosso, então precisamos


otimizar, seja na logística, seja fortalecendo as vendas locais”, detalhou. A segunda demanda é que na empresa estão sempre antenados às sugestões dos músicos para novos produtos ou para a inclusão de novos recursos. “Nesse sentido, anotamos e consideramos todas as sugestões e, sendo válidas ou viáveis, nos baseamos nisso para desenvolver produtos que atendam a essas demandas.” Aprimorando esses pontos e depois da finalização do novo edifício, a Fuhrmann poderia estar pronta para levar seus produtos brasileiros para outros países. “Já tivemos alguns ensaios para exportação. Mas, como ainda não estamos com a nova estrutura pronta, optamos por manter essas operações em stand-by até a conclusão da nova fábrica. Só assim poderemos ter um melhor controle dos processos para então, definitivamente, entrar no mercado internacional. Já temos contatos e artistas tanto na Europa como nos Estados Unidos e na América Latina, onde estamos, aos poucos, ganhando corpo. Porém, isso se consolida com tempo e mais estrutura, e é para isso que estamos caminhando conforme o nosso planejamento”, analisa Jorge.

Na Music Show EXP A empresa participará também este ano da feira Music Show, onde terá um lugar sossegado para atender os clientes e outro para interação com o público que deseje conhecer a empresa e as novidades. “Dessa forma, para esta edição de 2019, serão montadas duas equipes de trabalho: uma focada no público usuário que visita o estande, e

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outra que estará no setor de negócios, focada nas vendas e nos clientes lojistas”, comentou Fuhrmann. Outro ponto importante será o fomento de conteúdos com palestras, inclusive com experiências que vêm de fora do Brasil. “Enxergamos que esse formato da Music Show aproxima os músicos da marca, e são eles que movimentam esse setor que é uma grande parcela cultural no País, seja por amor ou por profissão.” No evento, a Fuhrmann apresentará o novo Punch Box, que acabou de ser relançado, e algumas novidades especiais para a feira, que são os pedais Cycle Chorus, o Compressor para guitarra, e o Bass Compressor para baixo. “Também estamos analisando a possibilidade de apresentar alguns protótipos para avaliação pelos clientes finais.” Além disso, haverá um pequeno palco onde artistas que trabalham com a marca se apresentarão e interagirão com os visitantes. “Não abrimos mão disso, pois são nossos artistas que formam a família Fuhrmann e dão sentido aos nossos produtos perante o mercado.” “Estamos planejando, para o futuro próximo, a criação de novos produtos e, com isso, a entrada da marca em outro segmento, o qual iremos divulgar em momento oportuno”, adiantou. Visite o estande da Fuhrmann na Music Show EXP, faça um test drive e confira de perto seus produtos. “Será um prazer recebê-los!”, finalizou Jorge. n Mais informações fuhrmann.com.br FuhrmannPedais

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CAPA: LUEN

LUEN NO TOPO DA PERCUSSÃO

Há pouco mais de uma década, a Luen ostentava um baixo percentual no market share de instrumentos de percussão brasileira e peles para bateria. Hoje a empresa é uma das mais fortes protagonistas do setor. O futuro da Luen? Vamos conhecer agora

A

história da Luen mostra que nada acontece por acaso. Como várias empresas em nosso segmento, a companhia trabalhava em outro setor sem relação com o de instrumentos musicais, até que um dia um cliente pediu um produto especial e o caminho levou a empresa para a música. “Meu pai, David Carlessi, era relojoeiro, profissão que exige grande perícia com as mãos. Em um fim de semana, ao ajudar um amigo com problemas mecânicos no automóvel, ele sofreu um acidente e teve a sensibilidade das mãos bastante prejudicada para o exercício da profissão. Como tinha bastante conhecimento de mecânica industrial, teve de escolher um novo negócio para o qual estivesse apto a trabalhar, e a opção foi a fabricação de molas. Um cliente potencial para a empresa era a fabricante de baterias Pinguim”, começou contando Enrique Carlessi, presidente da Luen. “Em uma visita à Pinguim, o sr. Romeu, que tinha bastante consideração pelo meu pai, perguntou se ele seria capaz de fabricar uma peça, a qual ele estava tendo dificuldade de conseguir um fornecedor regular. Foi assim que, em meados de 1970, começamos a fabricar esteiras para caixas de repique.” O início foi como o de muitas empresas, com equipamentos rústicos e adaptados da melhor forma possível para a fabricação de esteiras. “Na época, até um liquidificador velho foi adaptado para ajudar na produção.” Em 1982 eles se mudaram para Cajamar (SP) e se instalaram como uma empresa especializada no ramo de instrumentos musicais, local onde funciona até hoje. Nascia, assim, a Luen, junção das iniciais dos nomes

dos filhos Lucia e Enrique. A seguir você confere a entrevista com Enrique Carlessi.

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Olhando para trás, como você analisa o crescimento da Luen no mercado nacional? Enrique: Essa é uma situação que pode ser

vista por duas óticas. Do ponto de vista do lojista, sempre tivemos respeito e consideração, já que nossos valores sempre foram a linha de frente do nosso negócio. Portanto, eles sempre souberam que podiam contar conosco em todos os aspectos. Entretanto, algumas vezes acabávamos não sendo a primeira opção, e quando o lojista não tinha sucesso, corria até nós, que prontamente resolvíamos a situação. Nesse período, nosso foco era exatamente este: atender o cliente da melhor maneira possível e direcionar todo recurso em investimentos, já que a nossa missão sempre foi muito audaciosa. Nessa fase trabalhamos fortemente com a produção OEM (sob encomenda) para as principais marcas, e quando sentimos que tínhamos a estrutura necessária para dar o próximo passo, decidimos dar uma grande virada em nosso posicionamento. Eis que surge o segundo ponto de vista, que é o do músico, artista, que acaba se misturando com o do lojista em alguns aspectos.

Foi aí que entrou a participação do baterista Dudu Portes, correto? Enrique: Sim. Com o Dudu Portes desenvolve-

mos uma linha de peles de bateria e conseguimos montar um time de artistas de respeito. Sem dúvida, isso ajudou muito na construção da credibilidade da empresa como um todo.


Enrique Carlessi, presidente da Luen

Passados alguns anos, sabíamos que tínhamos a maior estrutura fabril de percussão do Brasil, já que realizamos 99% dos processos internamente. Mas sentíamos que a marca Luen não fazia parte do circuito, nem comercial, nem de marketing, como gostaríamos. Qual foi o próximo passo para a Luen Percussion? Enrique: Direcionamos os nossos in-

vestimentos para construir uma nova identidade visual da marca e posicionamento de mercado, que refletisse todos os nossos objetivos. Montamos um planejamento estratégico detalhado e audacioso, e em pouco tempo conseguimos alcançar aquilo que tanto buscávamos: o respeito e a admiração dos artistas e a consciência do lojista de que a Luen não era uma marca de entrada, e que, sim, poderíamos ser a primeira opção deles. Nesse processo, reunimos os principais percussionistas do Brasil de cada segmento e desenvolvemos uma linha de produtos completamente diferente do que o mercado se propunha a fazer. Definimos como missão profissionalizar o mercado de percussão no Brasil.

Explique um pouco mais sobre o que quer dizer com ‘profissionalizar o mercado de percussão’. Enrique: Fomos para estúdios de grava-

ção, testamos madeiras, estruturas harmônicas e acústicas, e assim como acontece nos violões, construímos uma alma interna, definindo posicionamento de cada madeira, espessura, tipo etc. Dessa forma chegamos a um resultado sem igual e, devido à estrutura mencionada e ao know-how adquirido, conseguimos manter a essência do artesanal com a qualidade, o padrão e a produtividade de uma produção industrial em escala. Eis que um grande sonho se realiza... ligar a televisão e ver os nossos produtos nos principais programas, com os principais artistas. www.musicaemercado.org 43


Vista da linha de montagem e expedição

Dentre essas grandes conquistas, citamos uma muito especial que foi a parceria com o grupo Fundo de Quintal, referência máxima no segmento. Sabendo que o Ubirany foi o criador do repique de mão, o Sereno, criador do tantam e o Bira Presidente, um dos principais responsáveis pela inclusão do pandeiro no samba como conhecemos, hoje optam por usar nossos instrumentos. Temos um time de artistas incrível que participa efetivamente do desenvolvimento e evolução da empresa, mas sentíamos falta de um capítulo nessa história, que era a oportunidade de ser capa da Música & Mercado. Nesse momento cito o nosso estande na Expomusic 2017, que foi um divisor de águas para nós. Ali construímos uma réplica de um bar, levamos o Fundo de Quintal para um lançamento de uma linha comemorativa e mobilizamos todo o movimento, levando o samba para a “feira do rock”. Ao todo alcançamos mais de 30 milhões de visualizações com a campanha “Esse ano a Expomusic vai ter samba”. Os principais artistas do Brasil gravaram vídeos e postaram em suas redes convidando para o evento. Vale lembrar que tudo isso foi possível devido à nossa vontade de crescer mesmo na contramão da crise, quando investimos em profissionais especializados, os quais superaram nossas expectavas na condução dessas mudanças. Esse último capítulo mencionado foi escrito e executado em apenas quatro anos, mas os outros 33 anos de existência permitiram oferecer tudo aquilo que fosse necessário para que essa mudança acontecesse. 44 www.musicaemercado.org

Quais foram as maiores lições que você, como administrador, teve ao longo da sua carreira? Enrique: Lições nós aprendemos todos

os dias. Procuro ver o mundo com os olhos de uma criança, tentando entender tudo que acontece à nossa volta, e saber que a minha verdade não é necessariamente a verdade de todos, ou seja, as pessoas precisam ser respeitadas pelo que são. Um relacionamento aberto e sincero com colaboradores, clientes e amigos abre muitas portas.

O comércio atual Como está a Luen junto ao comércio de instrumentos musicais? Enrique: Lojas referência no segmento,

com vitrines e ilhas de produtos premium Luen, ocupando o espaço que tanto buscávamos. A percussão deve e merece ser respeitada com profissionalismo. Lutamos na contramão da informalidade, não vendemos diretamente ao consumidor, respeitamos nossos clientes, o que, sem dúvida alguma, barrou parte do nosso crescimento, mas nossa ética faz com que busquemos fazer as coisas da melhor maneira possível. Estamos longe de nos acomodar. Acordar e saber que existe muita coisa para conquistar é o que nos motiva. Esse é só o começo de uma história séria, duradoura e profissional que pretendemos escrever em nosso segmento. Adentrando um pensamento mais amplo, como você avalia a atual situação do varejo no Brasil? Enrique: O varejo passa por um mo-

mento difícil, em que os problemas econômicos se refletem bastante na

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ponta. Se o lojista tem dificuldades e sente insegurança, é claro que ele vai se retrair e procurar despender o menor capital possível com produtos de maior giro, visando diminuir os riscos. Isso acaba sendo uma bola de neve, porque se não tem mix, não tem interesse do consumidor, pois o iniciante pode se interessar por um produto de entrada, mas o músico precisa de algo especializado que às vezes acaba não encontrando. Como diz o ditado, é difícil conseguir um resultado diferente agindo da mesma forma. Vemos alguns lojistas caindo na armadilha da reclamação, se escondendo atrás de desculpas prontas, quando na realidade poderiam ser mais ousados e criativos, como alguns que estão despontando ao mudar seu modo de administrar e ver os negócios, até porque a estratégia de sucesso do passado pode ser a do fracasso do presente ou futuro. Como a diretoria da Luen enxerga o comércio virtual e o comércio físico? Enrique: Essa é uma questão para

longas horas de discussão (risos). Não vemos o comércio virtual como um substituto do físico, e sim como um complemento — juntos, levam a loja ao sucesso. Haja vista que grandes varejistas estão promovendo ações para que o consumidor compre em seu site e retire na loja, e, ao receber esse cliente, cabe à equipe da loja física encantá-lo com uma ótima exposição e atendimento; na maioria dos casos, o cliente acaba levando algum complemento ao seu pedido. Portanto, se o lojista ficar parado reclamando da internet sem fazer nada, cedo ou tarde tenderá ao fracasso. Aos


que têm apenas uma loja virtual, esses sofrem com a falta de credibilidade perante o consumidor, que teme algum golpe. Ou seja, usando ambas as estratégias em conjunto de maneira enxuta e inteligente, utilizando a equipe da loja para prestar atendimento direto, suporte, embalagem para as vendas on-line, é possível oferecer uma experiên- Equipe administrativa cia completa ao consumidor. Estar na internet hoje é quase uma obrigação, mesmo que não seja para vender, mas como fomento e divulgação. Aqueles que entenderam o equilíbrio dessa equação estão tendo um excelente resultado, enquanto outros insistem no erro de querer mudar o rumo natural dos negócios reclamando dos seus fornecedores Linha Guetto e concorrentes, querendo que o mercado digital seja suspenso, coisa a sua loja seja a nossa loja. Os esforços e investimentos que faríamos em uma que não vai acontecer. loja própria, podemos fazer para o nosO que vocês pensam sobre as so cliente. Portanto, visamos criar lojas empresas que vendem percussão parceiras que indicamos aos consumidiretamente? dores para irem até lá. Nosso papel é Enrique: Esse é um assunto muito deli- levar os clientes até a loja, e não os tirar! cado. No mercado de percussão, somos um dos poucos, senão o único espe- Qual é a política da Luen em relação cializado a não vender diretamente ao a essas três modalidades (comércio consumidor. Não temos lojas, não te- virtual, físico e venda direta)? mos sociedade com lojas, nem nada que Enrique: Hoje não trabalhamos com nos faça eticamente prejudicar o nosso políticas comerciais distintas para o cliente. É óbvio que tendo uma loja Luen comércio físico e o virtual. Para alguns e outra loja X, o cliente preferirá a loja produtos estratégicos, definimos um própria Luen, então vem a pergunta: o preço mínimo a ser praticado visando lojista monta uma estrutura, tem um tentar equilibrar, na medida do possível, alto custo operacional, investe em nossa a competitividade. Venda direta, conformarca e produtos, coloca o dinheiro na me já mencionado, não realizamos. Nesse momento é importante citar frente da venda e nós vamos lá e vendemos diretamente para o seu cliente mú- a forma como conduzimos os negócios: sico consumidor — não soa estranho? somos transparentes. Nossos desconCabe uma reflexão aos lojistas que acei- tos e prazos são abertos — quer ter a tam esse tipo de prática e dão espaço a condição da loja X, nosso progressivo é essas marcas. Temos como missão que esse, simples assim. Dessa forma, ofere-

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cemos a oportunidade de cada loja ter competitividade. Aí vem a pergunta: um lojista pequeno nunca terá a condição do grande? Por que não? Basta programar suas compras, assumir um compromisso que fará sua negociação ser maior e melhor. Não somos uma empresa de fim de mês, em que vendemos o mesmo produto ao mesmo cliente por preços absurdamente menores porque temos um objetivo financeiro a ser cumprido. Nós os respeitamos e isso, em algum momento, pode ser menos atraente perante os olhos do lojista, mas fica outra reflexão: se para você o fornecedor está abrindo tantos descontos além de sua política, imagine para o seu vizinho, que tem poder de compra muito maior? De que adianta ter uma condição ilusoriamente boa, sendo que não terá competitividade na ponta, pois ele pagou menos ainda que você? Trabalhamos de maneira aberta e transparente. Todos podem ter acesso ao máximo. Nossa política é esta: oferecer segurança e transparência ao lojista.

Dentro da empresa Como está composta a gerência da empresa atualmente? Enrique: Administrativamente somos

uma empresa muito enxuta. Procuramos trabalhar da forma mais prática possível e contamos com pessoas capacitadas para realizar as atividades necessárias para o bom funcionamento da empresa. Foram feitos investimentos com a intenção de ter as melhores ferramentas possíveis à nossa disposição e um bom trabalho organizacional, onde tudo flui muito naturalmente. Claro que não podemos nos esque-

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No Brasil

cer de algumas pessoas que, com seu grande conhecimento e sua capacidade técnica, trouxeram um desenvolvimento enorme à qualidade dos nossos produtos, melhorando os existentes e, inclusive, desenvolvendo novos produtos e soluções. Resumidamente, temos a seguinte estrutura: Sebastião Rocha como gerente-geral industrial, Guilherme Rocha como engenheiro de produção, Jaqueline Ribeiro gerenciando a parte administrativa, Tiago Daniel gerenciando os departamentos de marketing, comercial e produtos, e Denis de Almeida como gerente de vendas. Tudo isso dividido em duas diretorias, comandadas por mim, Enrique Carlessi, e a Simone Santa Rosa.

Qual é o posicionamento da Luen no mercado brasileiro hoje? Enrique: Buscamos nos colo-

car cada vez mais no mercado premium especializado e estamos conseguindo graças às novas linhas de produtos Guetto e Tribo. Entretanto, temos um mix de produtos Poliéster importado diretamente do Japão para a fabricação das peles gigante que oferece a solução de que o lojista precisa em termos de percussão. Dessa forma, acaba sendo muito fácil trabalhar conosco e montar um mix. Temos linhas infantis fortíssimas, peles e acessórios de percussão, peles de bateria, instrumentos para bandas e fanfarras (mercado de licitação) e a percussão geral desde o nível de entrada Projeto de expansão: construção de mais um galpão até as linhas mais especiaA grande maioria da matéria-prima lizadas. Tendo sempre como conceito Conte sobre a fábrica da Luen. e dos serviços necessários para a pro- entregar o melhor a preços justos, honEnrique: A Luen nasceu na Freguesia do dução de instrumentos é feita de forma rando nossos prazos e compromissos. Ó, bairro da periferia de São Paulo, e em interna, pois assim conseguimos manRespeitamos nossos concorrentes 1982 veio para sua sede em Cajamar, mu- ter a produção de forma mais enxuta e e queremos que eles continuem vivos nicípio da grande São Paulo — um lugar ágil. O processo natural para conseguir e fortes. Nosso sucesso não depende que na época tinha bons preços em imó- esses resultados incluiu a mecanização do fracasso dos outros e, sim, da nosveis e era bastante acessível a tudo. Aqui, e a automação de processos, um cami- sa capacidade de entregar o melhor, o lenta e continuamente, fomos expandin- nho oneroso e de forma incerta, uma diferente, o exclusivo, a excelência. De do a fábrica. Contamos atualmente com vez que todos esses equipamentos são encantar nossos clientes oferecendo a 8.000 m² de área construída, uma vez fabricados sob demanda e, algumas eles soluções e caminhos para o sucesque trabalhar com percussão exige um vezes, por mais que tecnicamente fosse so. Não somos melhores que ninguém, espaço muito grande para desenvolver viável, a realidade mostrou-se inviável. procuramos sempre nos diferenciar. a contento as atividades, tornando-nos Sim, já demos algumas “barrigadas”. Para aqueles produtos que por ventura uma das maiores fábricas de percussão Somente no ano passado foram in- possam ser comercializados por um especializada da América Latina. vestidos aproximadamente R$ 450.000 preço mais alto do que a concorrência Hoje contamos com mais de cem em máquinas e equipamentos. Nossa (o que, na maioria dos casos, é difícil), colaboradores em nossa fábrica. Em capacidade total de produção está atu- saiba que tem um porquê, tem um 2014 chegamos a 167 funcionários, e almente por volta de 120 mil instru- diferencial que te permitirá também com investimentos contínuos em me- mentos por ano, considerando os ins- ganhar mais e ter uma rentabilidade lhorias nos meios de produção, conse- trumentos de alumínio, inox, madeira, ainda maior. Trabalhamos argumentos guimos manter o mesmo nível de fabri- fórmica, pandeiro, conga etc. Mas es- e não preço. Temos uma equipe técnica cação com aproximadamente 60% do peramos no próximo ano aumentar de produtos muito capacitada, que está pessoal, reduzindo o prazo de entrega, bastante esse número absoluto com trazendo para o mercado de percussão que era de 45 dias úteis na época, para algumas ações e investimentos que es- algo inovador. Para muitos, a percuscinco dias, como é hoje. são é mais um dos itens que faz parte tamos fazendo. Será uma surpresa! 46 www.musicaemercado.org

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do seu mix de distribuição ou fabricação. Para nós, é a essência, é o que nos mantém vivos. Por esse motivo temos orgulho em dizer que percussão é aqui. Levamos a sério essa missão e não temos como permitir margens para erros, pois esse é o nosso negócio! O que vocês podem contar sobre a parceria que têm com alguns músicos para criar instrumentos ou linhas especiais? Enrique: Esse é um capítulo muito es-

pecial da nossa história. Além de endorsers, criamos um time de consultores técnicos especializados. Então, contamos com a consultoria de músicos referência em cada segmento, o que nos faz atingir níveis até então não vistos. Testamos os produtos em diferentes situações, levamos para estúdio, gravamos, levamos para a estrada antes de lançar. Quando o produto chega à loja, já passou pelo crivo desses grandes profissionais. Até então, as marcas pouco ouviam o feedback. Segundo os músicos, existia uma postura de que eles e o mercado precisavam da marca, e nós inovamos trabalhando o oposto. Nós precisamos desse feedback, queremos aprender e nos comprometemos em um processo que destaca a melhoria contínua como um dos pontos mais fortes. Outro ponto fundamental é o compromisso em oferecer o mesmo produto de linha aos artistas. Ou seja, não comercializamos produtos inferiores ou diferentes aos utilizados por eles. Não temos contrato de exclusividade, pois agimos com o seguinte posicionamento: se o produto não está à altura do seu trabalho, não use. Não é um contrato com a marca que vai fazer o artista prejudicar a sua carreira e fazer uma divulgação “mentirosa” aos seus seguidores. Dessa forma, o consumidor ou o lojista tem a certeza de que, ao adquirir o nosso produto, receberá a mesma qualidade e padrão dos que te levaram à compra. É sinceridade e transparência com todos os envolvidos. Nossas re-

lações artísticas são de verdade, e não apenas um contrato de fachada para fazer vender mais itens inferiores. É difícil ser fabricante no Brasil hoje? Enrique: Muito! É tudo um tanto

quanto desfavorável a nós. Impostos, burocracia, custos, aumento, acesso à matéria-prima etc. Não temos proteção alguma. É facílimo trazer um produto concorrente de fora e entrar no merca-

do, e os lojistas, muitas vezes por necessidade, devido ao momento econômico que vivemos, aceitam. As associações e movimentos visam o tempo todo baixar os impostos de importação, mas poucos são os movimentos para alavancar e proteger a indústria nacional. O mercado de percussão parece ser mais “tradicional” em relação aos tipos de instrumentos disponíveis. Como

Distribuidor exclusivo das marcas

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vocês tentam inovar nesse segmento? Enrique: Temos como com-

promisso profissionalizar a percussão. Pergunte a um percussionista, vendedor ou até mesmo a um fabricante qual é a madeira daquele instrumento. Diferentemente de outros nichos de mercado, poucos saberão responder. Nós não... Estande da Luen na Expomusic Testamos madeira por madeira na busca da sonoridade ideal, testamos diferentes estruturas técnicas, inovamos em cada detalhe. Por exemplo, um surdo de samba, instrumento que possui um valor agregado maior, é vendido e o músico é obrigado a pegar uma espuma, fazer uma caixinha de madeira para colocar nos pés, visando ter amortecimento Esteira: onde tudo começou e suspensão para um melhor resultado dos graves. Nós identificamos Que estratégia vocês adotam isso e criamos um sistema de amorteci- para concorrer com os instrumentos que vêm da Ásia? mento e suspensão para os pés. A inovação está em resolver proble- Enrique: Não temos grandes problemas crônicos dos músicos com a tecno- mas com isso. Percussão não é o forte logia que temos, trazendo a verdadeira dos chineses. Agora, em peles de baessência dos instrumentos de volta, que teria acabamos sentindo um pouco foi se perdendo com tempo, aliado ao mais, mas mesmo assim é evidente a que há de mais moderno e rigoroso em diferença de qualidade desses produtermos de produção. Tarefas complexas tos. O mercado natural e rapidamente que levavam horas para ser produzidas, percebe e acaba optando pelas nossas, hoje fazemos em minutos, pois desenvol- já que conseguimos oferecer a quavemos máquinas e processos que permi- lidade e a diversidade das primeiras tem isso. Inclusive fomos a única empre- linhas americanas com o custo e a sa do segmento musical a ser convidada acessibilidade das chinesas. a participar da Nime – New Interfaces for Musical Expression, feira voltada à E como a empresa garante sua tecnologia e inovação no segmento mu- qualidade para se posicionar no sical. Nenhuma empresa que não traba- mercado e se destacar entre lhe com software tinha sido convidada as outras fabricantes locais? até então, e quando conheceram nossa Enrique: Temos 99% dos processos forma de inovar, ficaram maravilhados, internos. Até máquinas e ferramentas pois inovamos em máquinas e processos desenvolvemos aqui, temos um setor que nos permitem ter uma alta capaci- específico para isso. Essa estrutura nos dade produtiva, com a qualidade e o re- permite uma agilidade sem igual para nos adaptar a qualquer mudança. Faquinte de uma empresa handmade.

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zemos e seguimos fichas técnicas, gabaritos e processos por meio dos quais evitamos a possibilidade de erros, e dessa forma garantimos um padrão de qualidade. Além disso, fazemos testes frequentes com os nossos consultores técnicos para avaliar a qualidade e a continuação do padrão estabelecido. Portanto, temos a maior estrutura, dependemos pouco de terceiros, temos uma equipe capacitada que nos permite essa diferenciação. Visamos a formalidade e o profissionalismo, valores pouco encontrados no mercado percussivo como um todo.

No exterior Quando começaram a exportar e que dificuldades encontraram nesse processo? Enrique: Nossa primeira tentativa no

mercado internacional foi em 2005, quando participamos da feira NAMM. Foi uma experiência pessoal maravilhosa, mas não no aspecto comercial. A empresa não estava preparada para o mercado internacional, nem comercialmente, nem na parte industrial. Demoramos um pouco para perceber que não era o momento adequado para ir ao mercado externo com força, estávamos em um momento em que as vendas internas estavam bem e nossa capacidade de produção já estava no limite. Até agradeço por não ter conseguido muito sucesso naquele momento, pois provavelmente teríamos problemas para honrar nossos compromissos. Exportamos há alguns anos, mas nunca tivemos um trabalho focado, direcionado e profissional como agora. Fechamos neste ano uma parceria com uma empresa especializada em internacionalização de marcas e os resultados estão sendo bem satisfatórios. Este ano


participamos da NAMM, Musikmesse, além de algumas visitas a grandes distribuidores e clientes em países como Espanha, Alemanha, Holanda, Peru, Chile e outros. Estamos pensando globalmente e agindo de maneira local, entendendo as diferenças culturais e adaptando o necessário. Hoje estamos com alguns grandes distribuidores e o ano que vem reserva grandes evoluções. Estamos muito animados com o trabalho realizado. Podemos dizer que antes vendíamos para alguns países e hoje buscamos construir nossa marca de maneira sólida internacionalmente, em que a venda acaba sendo uma consequência. Em quais países a Luen está presente hoje? Enrique: Temos distribuidores expres-

sivos no Chile, na Espanha, na Holanda e no Peru. Vendemos diretamente para diversas regiões, como Israel, Bolívia, Alemanha e algumas outras. A estratégia é entender nossas possibilidades

e dificuldades para então focar aquilo que mais agregue valor ao negócio, criando uma base sólida. Estamos realizando visitas nesses clientes fechados e potenciais; isso muda muito a relação e a visão da marca, pois não estamos nos limitando a e-mails. Esse contato pessoal está fazendo a diferença. Que outros projetos podemos esperar da Luen? Enrique: Temos projetos audaciosos,

mas precisamos ter pé no chão, pois o mercado está muito instável. Se estivéssemos em um momento economicamente melhor, sem dúvida muita coisa poderia estar mais avançada. Mesmo assim, esperem por projetos inovadores e criativos. Soluções em grande parte na contramão do óbvio. Temos uma estrutura e mentalidade jovem, gostamos do novo sem perder o tradicionalismo. Com certeza muita coisa surpreendente vem por aí!

Gostaríamos de pedir aos clientes que por ventura ainda não trabalhem com percussão ou dediquem pouco espaço a este nicho, que abram os seus horizontes. Temos diversos cases de exemplo de lojas que não trabalhavam esse segmento de produto e hoje estão despontando. Ou seja, temos produto, condições, argumento e suporte para ajudá-lo nessa jornada. Conte conosco e vamos juntos encontrar soluções criativas para o sucesso. A percussão brasileira é amada e respeitada no mundo todo e nós aqui precisamos honrar esse produto que faz parte da nossa essência. Somos um país percussivo e temos de profissionalizar esse segmento. Façam parte do nosso projeto! n Mais informações luen.com.br Luen.com.br @luen_oficial

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POR SAULO VAN DER LEY

EDUCAÇÃO: LEMU, LIGA DAS ESCOLAS DE MÚSICA

LEMU: LIGA DAS ESCOLAS DE MÚSICA

Membro fundador do Núcleo Música Nova em 1973. Formado em Composição na Unicamp, 1980. Proprietário da microempresa Pauta Arte & Comunicação, aberta em 1989. Comissão Especial de Propriedade Intelectual OAB/RS em 2001, V Prêmio Sérgio Motta de Arte & Tecnologia 2005 com o grupo oTaoDoMinf, Troféu Clave 2009 pela OMB-SP. Foi redator, revisor técnico, tradutor, colaborador e editor das revistas Soundcheck , Música&Tecnologia, ON&OFF, SoundOnSound BR . Autor de dezenas de métodos de instrumentos pela Imprima Comunicação Editorial, atualmente Apple Developer. Professor e instrutor de Logic Pro, Studio One e Sibelius.

A crise econômica que atinge a cultura, as artes e a música faz com que escolas de música e músicos, ousadamente, ofereçam aulas gratuitas tentando captar alunos. Mas entregar em doação a única coisa que podem vender pode não ser a melhor ideia

A

ideia central é uma ampla reunião das escolas de música brasileiras, e procura atender músicos e empresários do segmento do ensino musical, descontentes com a atual condição do mercado e procurando alternativas para divulgar os resultados do esforço didático de alunos e professores, sem chegar ao equívoco das aulas gratuitas como forma de prospectar alunos. O aumento da captação de alunos e o incremento dos negócios relacionados ao cenário musical oferecem melhores condições do que algumas estratégias que, de certa forma, corroboram a falsa ideia de que a música e as artes em geral são supérfluas e passíveis de retração, ou até mesmo de eliminação em momentos de dificuldades de mercado. Visando valorizar os cantores, músicos e bandas ligados às escolas, a Lemu idealizou a oferta de incentivos, como premiações e cachês, aliados ao desenvolvimento da marca dos estabelecimentos de ensino como resposta à retração do mercado do ensino musical da seguinte forma: shows anuais com a participação dos alunos das escolas filiadas. No decorrer desse período, toda publicidade apresentará a marca das escolas e dos patrocinadores/apoiadores do projeto. Esses shows ocorrerão em forma de festivais, com um ranking anual para o superprêmio ao término da temporada. Tendo caráter amador, as participações serão exclusivas para alunos representando as escolas filiadas. Para

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Anderson Magoo e Maurício Correa, da Druide

fomentar a competitividade gerando condições para todos, abrangerá as categorias infantil e jovem/adulto. Esse projeto inovador já conquistou adeptos e hoje conta com o apoio do Bradesco e de diversos artistas. Segundo Maurício Correia, músico multi-instrumentista e dono de escola de música, que está à frente da Lemu, esse projeto é o ponto de virada de que o mercado precisa. “Temos de focar o aprendizado dos alunos e a qualidade de ensino, e isso só será possível com o conceito de união entre as escolas”, complementa. O evento proposto é uma interface entre música, educação e tecnologia para criar conexões e gerar conteúdo, inovação e negócios. “Nosso objetivo é desenhar uma trilha que possa mudar a forma como nos relacionamos quando o assunto é arte e, especialmente, músi-

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ca”, comenta Anderson Magoo, sócio de Maurício e um dos diretores do projeto. Diante desse cenário surge a ideia da filiação das escolas de música à Lemu, possibilitando sua atuação sem a necessidade de grandes investimentos. A iniciativa é da Druide, agência de marketing cultural que tem entre seus membros músicos e gestores de escolas de música preocupados com formas erradas de gratuidade que só pioram o aspecto econômico de seus empreendimentos. Não deixe que a riquíssima produção musical brasileira seja objeto de cessão gratuita — ela é uma commodity valiosa da indústria da música. n Mais informações

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Microfones

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CORPORATIVO: GIBSON VS. DEAN GUITARS

GIBSON PROCESSA DEAN GUITARS

*FONTE: ARTESONORA.PT

Gibson pede uma grande compensação da Armadillo Distribution Enterprises, empresa que controla a Dean Guitars e a Luna Guitars, assim como a ddrum

E

m meados de junho deste ano, Mark Agnesi — personagem do YouTube que foi contratado pela Gibson em março deste ano como diretor de experiência de marca — apareceu em um vídeo que ameaçava todo mundo, afirmando que a Gibson tomaria todas as medidas possíveis para proteger seu legado. O vídeo criou muita controvérsia e a marca acabou eliminando-o do YouTube e das redes sociais, sem avançar em nenhuma declaração oficial. Uma semana depois saiu a notícia de que a Gibson vai processar a Dean e a Luna Guitars (marcas interconectadas) por vários milhões de dólares. O motivo? A notícia foi promovida pela Guitar.com, que observa que a Gibson alega violação de marca registrada, concorrência desleal e diluição da marca pela Armadillo Distribution Enterprises. A Gibson destaca os abusos em relação a sete patentes, incluindo os formatos Flying V, Explorer, ES e SG, o design da cabeça ‘Dove Wing’, o nome ‘Hummingbird’ e a marca registrada ‘Moderne’. E ainda acusa, no processo, a Armadillo de sugerir que a Dean e a Luna Guitars estão ligadas de alguma forma à Gibson. O processo contra a Dean Guitars (empresa fundada em 1977, época em que surgiram os primeiros modelos da marca) teria sido acionado no final de maio, e foi revisado em 6 de junho, uma semana antes das ameaças de Agnesi. A Guitar.com observa ainda que a Gibson já tinha insinuado em uma carta à Dean Guitars para cessar suas atividades em outubro de 2017. Henry Juskiewi-

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Os formatos da polêmica

cz ainda era o CEO da empresa, mas não tinha tomado qualquer outra iniciativa, sob o comando de J. C. Curleigh. Os milhões de indenização exigidos pretendem penalizar os benefícios da Armadillo e compensar a Gibson por danos à reputação, além dos custos da ação legal. A Gibson também pode exigir uma compensação por cada uma das marcas registradas que foram infringidas, US$ 2 milhões por cada, totalizando US$ 14 milhões. Dean Guitars reage ao processo da Gibson A Armadillo Distribution Enterprises reagiu em um comunicado diante das notícias do processo legal ao qual foi submetida pela Gibson. A empresa, que detém o controle da Dean Guitars e da Luna Guitars, acusada de várias denúncias, como violação de marcas,

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patentes e concorrência desleal, emitiu a seguinte declaração: “Acreditamos que as alegações da Gibson não têm fundamento e nos defenderemos com firmeza. Como proprietários orgulhosos de algumas das marcas mais famosas da indústria da música, respeitamos e valorizamos os direitos de propriedade intelectual de terceiros. Mas também reconhecemos que algumas coisas são muito comuns e básicas para uma empresa reivindicar sua propriedade. A Dean Guitars vem oferecendo continuamente guitarras com os formatos V e Z, no processo, desde 1976, pelo menos — há mais de 40 anos. E a Dean Guitars não é a única que faz isso; outras marcas de guitarra usam há décadas os formatos de guitarra mais comuns, dos quais a Gibson pretende agora reclamar direitos de propriedade exclusiva”. n



ENTREVISTA: MARQUINHO SAX

O SOM DO SAXOFONE

Um segmento do qual não falamos com muita frequência: os instrumentos de sopro e metais. Para conhecer mais sobre a atualidade do setor, conversamos com Marquinho Sax. Confira!

M

arquinho Sax é saxofonista, professor de saxofone e palestrante. Atua na área há 26 anos e constantemente participa de atividades culturais relacionadas com o sax. Veja a seguir um bate-papo interessante para descobrir sobre o presente desse tipo de instrumento Nos seus anos tocando saxofone, o que mudou no mercado mundial de instrumentos de sopro e metais? Marquinho: O que mais me impressio-

nou ao longo desses 26 anos desde que iniciei com o saxofone foi a avalanche de novas marcas que surgiram. Poucas delas de fato têm boa qualidade ou oferecem alguma novidade. Em sua maioria são instrumentos com origem nas mesmas fábricas, porém com “nomes personalizados” (criados pelo importador), o que não foi ruim, pois na década de 1990 havia pouquíssimas opções disponíveis em nosso mercado. Em resumo, podemos contar nos dedos de uma das mãos os instrumentos com boa qualidade de empresas que surgiram ou já existiam e começaram a ser importados para o Brasil durante esse período.

Qual você destacaria no mercado local? Marquinho: Durante esse período,

uma fabricante brasileira evoluiu com os seus instrumentos de forma notória, porém, eu enxergo que mesmo com a evolução na qualidade, a fama e, consequentemente, o sucesso nas vendas, essa marca sucumbiu à entrada de tantos outros instrumentos provenientes

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Marquinho Sax

da China, com preços muito mais atraentes. Mesmo muitas das vezes não oferecendo a mesma qualidade, ainda assim conquistaram uma enorme fatia dos consumidores dessa categoria. Como você analisaria a fabricação local desse tipo de instrumento? Marquinho: A fabricação local evo-

luiu, e muito, falando não apenas de instrumentos musicais, mas também dos acessórios para esses instrumentos. Mas os fabricantes locais deparam com dois grandes entraves: o primeiro está relacionado com as importações da China e o segundo é o mais triste: trata-se de um “ranço” herdado por gerações

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de professores e antigos formadores de opinião que, em sua época, experimentaram tais instrumentos e/ou acessórios quando a qualidade talvez ainda não tivesse passado por um aprimoramento (que é natural em qualquer empresa em todo o globo) e, consequentemente, esses instrumentos e acessórios até hoje são estigmatizados. Olhando pelo lado positivo, conheço marcas brasileiras que têm um incrível reconhecimento internacional de seus produtos graças à busca pela excelência. Que marcas locais poderia destacar como referência nesse segmento? Marquinho: No Brasil temos marcas


que se destacam pela alta qualidade que oferecem em seus produtos. Elas se preocupam em disponibilizar ao mercado produtos com qualidade equivalente e muitas vezes superior à de famosas marcas internacionais que já estão em nosso mercado. Posso citar como exemplo Marcus Bonna Cases (MB Cases), Barkley Brazil (boquilhas, bocais e outros acessórios), Ebano Handicraft (saxofones) e Eagle (diversos instrumentos de sopro), sendo que as duas últimas têm seus instrumentos fabricados em outros países, mas concebidos no Brasil, e trata-se de marcas brasileiras. O que é importante levar em consideração no momento de escolher um saxofone? Marquinho: Excelente pergunta. Eu

recebo diariamente mensagens com pedidos de orientação a esse respeito e, ao contrário do que muitos pensam, não saio recomendando o mesmo instrumento que eu uso. Aliás, isso é muito

comum no mundo inteiro: professores indicam o instrumento que utilizam aos seus alunos, mas não consideram o grau de instrução, o poder aquisitivo ou o objetivo do aluno, pois nem sempre o instrumento ideal para o aluno é o mesmo do professor. Em minha opinião, o principal requisito no momento da compra de um instrumento (principalmente de sopro) é a sua durabilidade, pois o timbre é o músico que faz. A estética é baseada apenas no gosto pessoal e a afinação em um instrumento moderno (de 2010 em diante) é sempre muito boa, mesmo em instrumentos mais baratos, independentemente da categoria (estudante, intermediário, profissional, custom ou signature). A marca ainda é erroneamente levada em consideração como principal atributo. Vejo com frequência músicos buscando “grife” e até trocando instrumentos de categoria intermediária ou profissional de marca “menos famosa” por instrumentos de

categoria estudante de marcas famosas levando em conta apenas a grife e, em muitos casos, fazendo um mau negócio. Que tendências você está percebendo no mundo a respeito desse tipo de instrumento? Marquinho: Falando em tendência,

uma que cresceu bastante foi a busca pela “personalidade estética” — mostrar uma identidade visual hoje é mais comum do que no passado. Além dos instrumentos coloridos que já compunham as opções de acabamento há décadas, os instrumentos envelhecidos ou vintage e unlaquered (sem banho) caíram no gosto popular. Também há os músicos que enviam os instrumentos para ser “desplacados”, em um processo de remoção do laque; várias empresas, percebendo essa tendência, adicionaram ao catálogo instrumentos com essas características. A demanda segue em constante crescimento devido à fa-


cilidade do acesso aos instrumentos (preços). Em geral, não houve mudanças significativas em relação ao material, exceto por algumas empresas que vêm se destacando por oferecer instrumentos de categoria profissional fabricados em bronze, que conferem aos instrumentos um timbre muito rico, com a presença de muito mais harmônicos do que os fabricados em latão. Acessórios para instrumentos de sopro são criados constantemente, desde ferramentas que auxiliam o músico nos estudos até complementos que evitam a perda de harmônicos e/ou aumentam a projeção destes. Porém, o destaque está na constante evolução das boquilhas, palhetas e bocais, e se há algo em que a maioria dos músicos de sopro investe constantemente é nesses acessórios.

Foi quando percebi que eu tinha em mãos um ótimo instrumento, que me atendia muito bem em todas as situações e que definitivamente, mesmo já recapitalizado, comprar outro instrumento caro seria apenas por questão de status e não por necessidade. Faço questão de deixar registrado que, em minha opinião, existem instrumentos franceses, taiwaneses e japoneses que são excelentes e superam os nossos em alguns aspectos, como mecânica e acabamento. Mas, devido à altíssima carga tributária em nosso país, a diferença de preços ainda é muito grande e isso, somado à ótima qualidade, faz com que os saxofones Eagle continuem sendo os mais recomendados por regentes, maestros e professores sérios (que não possuem vínculos artísticos ou comerciais com outras empresas).

O saxofone, assim como outros instrumentos de sopro/metais, nunca foi um dos mais procurados pelas pessoas querendo aprender música. Isso ainda é assim? Marquinho: O saxofone realmente nun-

ca teve uma busca como o violão, por exemplo. Isso se deve à relação de preços. Mas exatamente pelo preço mais acessível desde que houve a abertura comercial para os produtos importados, a busca por saxofones cresceu notoriamente e continua crescendo até os dias atuais.

Que modelos de instrumentos e de acessórios você usa atualmente? Marquinho: Uso a linha de instrumen-

Você é endorsee da Eagle, certo? Marquinho: Sim, endosso os saxofones

Eagle e a nossa história é muito interessante, exatamente pela essência. Em uma época em que eu precisava de dinheiro para finalizar uma construção, vendi os dois saxofones franceses que possuía e comprei o meu primeiro Eagle (2004), com a intenção de me suprir até eu me recapitalizar e poder comprar novamente outros franceses. Porém, o tempo foi passando e eu o utilizava para fazer shows, gravar CDs, DVDs, e notei que ele resistiu bravamente à estrada, sem requerer manutenção, como eu imaginava que iria.

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tos Master Series (categoria profissional) sax soprano SPX-512, sax alto SAX-510s e o sax tenor. Estou usando há pouco mais de dois anos um EMS-10, um protótipo único de um modelo signature que fui convidado a customizar em parceria com a Eagle e que, após as customizações necessárias (já concluídas), será lançado em alguns meses. Em matéria de boquilhas, utilizo Barkley em todos os saxofones devido à incrível versatilidade, que me permite executar qualquer trabalho sem precisar de malabarismos. Uso palhetas Rigotti Gold (natural) e FiberReed (sintética); abraçadeiras Silverstein Works, que são atualmente reconhecidas como umas

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das melhores do planeta; correias Barkley (Fit e Convert) e também o Talabarte Magno, que me permite estudar e tocar por horas, aliviando a carga do instrumento. A razão de eu utilizar esses instrumentos e acessórios é basicamente uma só: conforto. Eu escolho o meu setup e oriento as pessoas que me procuram a escolher e definir o setup norteadas pelo conforto. Gostaria de deixar alguma recomendação para os músicos do segmento? Marquinho: Sim, aproveito a excelente

oportunidade para orientar os colegas no sentido de que tomem muito cuidado com as informações obtidas nas redes sociais, principalmente em grupos, pois infelizmente essas ferramentas deram voz a todas as pessoas, e muitas vezes a pessoa sequer chegou perto de um instrumento ou acessório, mas quando alguém pergunta: “Alguém aqui já tocou com o saxofone ‘X’?”, a pessoa, geralmente para se destacar no grupo, mesmo sem conhecer de fato o instrumento (ou acessório) citado, sai escrevendo ou gravando áudio elogiando ou criticando. Esses pseudoespecialistas estão espalhados por toda a internet e muitos não se interessam em pesquisar ou estudar sobre aquilo que se propõem a debater. É uma triste realidade. Então, se aceitam uma sugestão, procurem especialistas no assunto, busquem as empresas fabricantes para obter informações. Observando que uma coisa é informação, e outra é opinião. n Mais informações Marquinho.Sax



HANDMADE: AUDIO DREAM

FONES DE OUVIDO PROFISSIONAIS FEITOS PELA AUDIO DREAM

Com sede em São Paulo, a Audio Dream está produzindo fones personalizados à mão. Há vários modelos disponíveis, sempre adaptados ao formato do ouvido do cliente e com o acabamento desejado

A

Audio Dream nasceu em 2016. Foi a união de um audiófilo apaixonado por fones e de um fonoaudiólogo com vasta experiência nesses acessórios que se encontraram para produzir um fone de alta performance.Atualmente eles projetam e fabricam fones de ouvido profissionais para músicos e audiófilos, contando com cinco modelos, sendo dois iniciais (AD3 e AD3P). Os fones são produzidos pelos sócios no bairro do Ipiranga, em São Paulo, manualmente. É uma fábrica artesanal em que mesclam tecnologia com arte. “Todos os nossos fones são customizados, ou seja, produzidos a partir de um molde da orelha do cliente. Esse fone é de uso pessoal e pode, portanto, ser personalizado a partir da sua cor, logomarca a ser gravada, nome a ser gravado etc. No entanto, a sonoridade se mantém, respeitando a curva de referência do modelo a ser produzido”, explica René Martinez, um dos diretores e fundadores da empresa junto com Matheus Freitas.

Filosofia de trabalho Embora a empresa tenha poucos anos no mercado, o objetivo é claro: oferecer um atendimento diferenciado e a possibilidade de uso de materiais nobres, unindo “a qualidade de som com um alto controle de qualidade e muito desenvolvimento. O nosso fone de 12 drivers (chamado Somnium), por exemplo, é resultado de dois anos de desenvolvimento. Tivemos seis modelos diferentes até conseguir a sonoridade que desejávamos”, contou.

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Falando sobre os clientes, os diretores da empresa afirmaram compreender que a qualidade do áudio e da resposta sonora é essencial para uma boa monitoração, então a grande maioria dos fones produzidos é de seis e oito drivers, que propiciam uma qualidade bem superior a outras configurações com menos drivers e até mesmo outras tecnologias, como dinâmicos e planares. Outro plus que a empresa oferece é uma ampla gama de acabamentos premium: “Já fizemos fones com partes de relógio suíço, ouro, prata”. René detalha: “No mercado nacional geralmente existe uma busca por in-ears. No entanto, a maior procura é por modelos baratos e de baixo custo, em muitos casos sem pensar na qualidade do som, que é essencial para uma boa performance e proteção para os ouvidos. Com fones com melhor rendimento, você consegue uma resposta melhor sem ter de aumentar demais o volume do fone, o que, no longo prazo, protege a carreira do músico”.

Visite a empresa na Music Show A Audio Dream estará presente na feira Music Show Exp, no pavilhão Handma-

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de. “Gostamos bastante da primeira edição, e justamente por isso acreditamos no evento e agora vamos estar presentes, pois é um modelo que parece mais íntimo ao consumidor final, o que, para pequenas e médias empresas, muitas vezes é um diferencial, e até mesmo para o consumidor, que tem a possibilidade de negociar diretamente com o fabricante ou artesão”, comentou um dos diretores. A empresa estará apresentando um modelo novo que foi lançado em maio. O fone se chama Somnium (sonho, em latim) e tem uma característica muito própria, com dinâmicas muitas vezes similares com caixas, voltado para audiófilos e profissionais que gostam de uma assinatura neutra, mas sem ser excessivamente clínica. “Na feira, teremos um sistema audiófilo para quem quiser testar nossos fones e conseguir aproveitar ao máximo a qualidade sonora que podemos oferecer”, finalizaram. n Mais informações audiodream.com.br AudioDreamBrasil


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MERCADO: BENSON

A NOVA FASE DA BENSON Com o lançamento da linha Madero, a Benson apresenta uma série de guitarras feita na Argentina e visualiza mais crescimento no Brasil e no exterior

A

Benson Instrumentos Musicais surgiu em 2003 a partir da ideia de compartilhar o acesso a bons instrumentos com valor agregado justo ao preço que se paga por eles. “A Benson então foi criada para oferecer excelentes ins- Corpo de um dos modelos Madero trumentos e uma gama de acessórios para os músicos brasileiros que buscam sonoridade, tocabilidade e durabilidade a um preço coerente”, disse Roger dos Santos, gerente comercial da empresa. A marca disponibiliza atualmente diferentes linhas de guitarras, baixos, violões, ukuleles, acordeões e instrumentos de sopro. Também atua na parte de acessórios com uma completa linha de suportes para instrumentos e cabos. Por meio de seus especialistas de produtos e da diretoria comercial, a Benson seleciona fábricas de qualidade na China, Taiwan e Vietnã para a produção de seus instrumentos. Mas a empresa tem também uma nova linha de guitarras chamada Madero (ultrapremium) que é produzida na Argentina. Todo o processo é acompanhado, da concepção ao término da fabricação do instrumento, para garantir o mesmo padrão de qualidade aprovado desde a primeira amostra em toda a linha de produção. Além disso, todos os instrumentos passam por testes e análises criteriosos pelos luthiers e especialistas da marca para garantir que cada item chegue 100% à loja.

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Um momento novo Desde a criação da Benson, a marca tem experimentado um crescimento constante, apresentando um rápido desenvolvimento na linha de acordeões. A empresa ganhou mercado por Detalhe na cabeça meio de ações de marketing da linha Madero pontuais, mas, principalmente, pelo reconhecimento do consumidor brasileiro em relação à qualidade desses instrumentos musicais. Atualmente a Benson coloca-se como “uma marca para músicos profissionais que buscam um instrumento de boa sonoridade com bom valor (relação custo-benefício) e que dê a garantia de durabilidade. É a marca certa para quem tem autenticidade em suas composições e gosta de ter seu estilo único de se expressar”, comenta Roger. Agora a marca se prepara para uma nova fase na sua história. Essa fase está ligada diretamente ao lançamento de novas linhas, que será feito a partir deste ano, bem como de novas ações promocionais para o mercado brasileiro. O início dessa fase foi marcado pelo uso de um novo logo, concebido para transmitir modernidade e musicalidade por meio do novo design. Outro passo importante entre as ações da empresa será expor pela primeira vez em uma feira de música com estande único, pois a Benson estará presente na Music Show EXP 2019.

Presença nas lojas Ao abordar a comercialização dos


instrumentos, Roger explicou que a Benson chega ao consumidor brasileiro por meio de uma das mais atuantes distribuidoras de instrumentos musicais brasileiras, que vende os produtos nas principais lojas do País. “Isso permite uma ampla capilaridade de acesso aos mais importantes varejistas do Brasil e, por meio desses, a presença garantida nos principais e-commerces e marketplaces. Atualmente, a Benson está presente nas principais lojas de instrumentos em todas as regiões do Brasil.” Ele detalhou que estão percebendo uma grande demanda do mercado brasileiro por mais opções de instrumentos em alguns nichos (cordas, por exemplo), e a empresa já começou a ouvir e atender esses usuários com o recente lançamento da linha de guitarras Edição Madero, fabricadas na Argentina com madeira selecionada na região da Patagônia, no sul daquele país. “Um instrumento diferenciado, de encher os olhos e ouvidos e que já está disponível nas lojas do Brasil. Ou seja, estamos totalmente atentos para continuar nosso crescimento no País de forma a ampliar nossa participação de mercado”, enfatizou. Mas as ações da Benson não focam só o Brasil, pois a marca também está presente em alguns países da América Latina e em breve iniciará exportação das guitarras Edição Madero para a Europa e a África. “Temos tido uma excelente aceitação e as exportações devem aumentar a partir de 2020 com a introdução de novos itens no portfólio”, disse. Os violões estão sendo um importante item de vendas. “O grande destaque atual são as guitarras Edição Madero, todas feitas com carvalho branco a partir das plantações do sul da Patagônia, na Argentina, garantindo uma sonoridade única ao instrumento, traduzindo to do o valor da marca neste lançamento da Benson. Já os acordeões têm sido importantes pelo fato de o Brasil ser o segundo país de maior consumo desse instrumento na América Latina, e porque foi aceito como um instrumento mais robusto e com excelente tocabilidade por todos os acordeonistas que já o testaram. Temos recebido muitos elogios para os nossos acordeões”, explicou.

do mercado da música brasileira”. Com essa participação, a empresa espera consolidar ainda mais a marca Benson, “que já vem conquistando seu espaço no cenário musical brasileiro há muitos anos, por meio de um trabalho sério e de amplos investimentos no desenvolvimento de produtos de qualidade e em ações promocionais sérias e éticas”. Logicamente a grande atração do estande serão as guitarras Edição Madero, série especial que será mostrada com todas as suas cores e modelos na Music Show. Serão três modelos: Pristine (série Strato), Nêmesis (série Telecaster) e Ghost (série Strato com corpo vazado). Também haverá diferentes ações promocionais e se espera a participação de alguns endorsees da marca. “Temos uma grande lista de artistas que têm nos apoiado ao longo dos anos e pretendemos continuar ampliando essa base”, contou Roger. “A Benson orgulha-se de ser uma marca criada no Brasil e distribuída em vários países do mundo. Uma marca jovem, ousada e que traz sempre as mais recentes novidades em instrumentos, sempre conectada com tudo”, finalizou. n

Music Show EXP A Benson está planejando uma estratégia que permitirá estar cada vez mais presente nas mídias digitais e nos pontos de venda. Todo o planejamento foi elaborado com base no que a empresa ouviu dos seus consumidores, e “temos certeza de que eles vão gostar cada vez mais de ser as novas estrelas da música junto com a Benson”. Como adiantamos anteriormente, a marca estará presente com estande próprio na Music Show EXP, que será realizada de 19 a 22 de setembro em São Paulo. Sobre isso, Roger analisou: “Vivemos momentos de drásticas disrupturas, em que o novo chega para revigorar as energias e trazer outras formas de se viver e ouvir a música. Esperamos que a Music Show represente uma nova alternativa de desenvolvimento

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HANDMADE: ACESSÓRIOS RCKR STRAPS

RCKR STRAPS APRESENTA NOVAS OPÇÕES DE CORREIAS FEITAS À MÃO

Com pouco mais de um ano no mercado, a RCKR Straps tem um amplo catálogo tanto para guitarristas como para baixistas, usando como base fita 100% algodão feita no Brasil

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ohnny Santana, fundador e diretor de marketing da RCKR Straps, começou esse projeto no início de 2018, enquanto montava seu set e não encontrava uma correia com “mais estilo e melhor qualidade do que as tradicionais que vemos no mercado”. Foi aí que passou a pesquisar materiais como tecidos, couro, ferragens e a ideia foi tomando corpo. “Nisso pude contar com a ajuda de duas pessoas que foram fundamentais para que o negócio saísse do papel: a Marina, que comanda toda a parte operacional da confecção, e a Gabrielle, que é responsável pelo atendimento e logística. Da ideia ao lançamento da marca foram seis meses de muito trabalho e pesquisa”, lembra. Manter o foco só nas correias deu tempo para entender o consumidor e suas necessidades, e, assim, aprimorar o produto. Graças a isso, e com pouco tempo de atividade, a RCKR alcançou tal excelência na produção e na qualidade dos materiais que não teria conseguido se tivesse de lidar com várias linhas ao mesmo tempo desde o início. “Agora, com a experiência adquirida, queremos expandir a linha de produtos que a marca oferece, tendo o mesmo grau de qualidade, para atender novos clientes e novas demandas”, adiantou.

Os produtos Atualmente a RCKR Straps tem uma grande variedade de estampas dispo-

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Marina, Gabrielle e Johnny Santana

níveis. Suas correias servem tanto para guitarra quanto para baixo, e até violino — “já que temos um violinista como cliente” —, graças ao material de algodão que a empresa desenvolve, que oferece resistência e um toque confortável. “Elas trazem aquele ar nostálgico dos anos 1960/1970 e podem ser combinadas com o instrumento ou com o estilo de música que a pessoa gosta de tocar. Alguns modelos são réplicas exatas, como a nossa Burning Floor, que emula a correia utilizada por Hendrix em Woodstock, ou a London Cream, que possui a mesma padronagem de uma das correias utilizadas por Jack Bruce no lendário power trio britânico Cream. Outras são inspiradas por períodos históricos ou músicas que marcaram a

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minha e tantas outras gerações. Cada correia tem a sua história e contamos todas com detalhes em nosso site, caso alguém fique curioso”, explica. Todas as correias são produzidas no Brasil, utilizando matéria-prima tanto do país quanto de outras partes do mundo. As padronagens, por exemplo, são importadas. “Nada é impresso ou digital, porque primamos por esse resgate da técnica e design do bordado. Já a fita 100% algodão que utilizamos como base é produzida no Brasil — um modelo exclusivo que desenvolvemos com um parceiro. Recebemos esse material e, daí em diante, toda a produção é feita à mão em nossa pequena oficina em São Paulo. Hoje somos três pessoas e cuidamos de tudo: da concepção do


produto à costura, montagem, gravação da marca, atendimento, logística, contabilidade, fotografia e divulgação.”

Criação e fabricação Johnny explica que o processo de fabricação é bem minucioso. Tudo começa no conceito e inspiração por trás de cada modelo. Então partem para a combinação de cores, seleção dos tecidos e linhas. Nas ponteiras é aplicada a técnica de upcycling, ressignificando o couro que seria descartado pela indústria de calçados para produzir novas peças com qualidade e sustentabilidade. Além disso, a ponteira de couro possui um corte que foi desenvolvido exclusivamente para a marca. Após a costura, cada correia é montada com as ferragens e a ponteira — que tem a marca estampada a ferro quente. Elas passam por uma inspeção de qualidade e são embaladas antes de dar en-

Correias coloridas e de qualidade feitas a mão

trada no estoque. “É um processo bem pessoal e manual. Tenho certeza de que o nosso cliente percebe o cuidado que colocamos em cada peça quando recebe a sua RCKR em casa”, disse. Os produtos são exclusivos e nu-

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merados e, apesar de já ter recebido algumas solicitações para fazer modelos personalizados, a empresa prefere focar produzir correias que possam estar na mão de qualquer músico. “A padronização nos permite oferecer um produto

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de qualidade impecável e acessível ao público brasileiro. Queremos mostrar o nível de qualidade que conseguimos alcançar com um produto feito à mão e com isso quebrar o preconceito existente de que algo fabricado industrialmente possa ser melhor, ou de que tudo que é produzido no Brasil tem qualidade inferior àquilo que vem de fora.”

Os produtos são exclusivos e numerados

A comercialização A RCKR atualmente vende seus produtos on-line, apostando no Instagram como principal veículo de divulgação. Johnny conta: “Temos feito um trabalho fotográfico bem minucioso, mostrando nosso produto em uso e buscando apresentar cores e detalhes com o maior grau de fidelidade possível. Se o cliente não confiar naquilo que está vendo, ele não compra. Também temos um trabalho de divulgação usando o conteúdo gerado pelos nossos próprios clientes. Isso foi bem importante para ajudar a dar mais credibilidade à nossa marca quando ninguém nos conhecia”. “No primeiro ano, queríamos cuidar de todos os aspectos da experiência de compra dos nossos clientes. De ponta a ponta. É um trabalho extra que talvez soe bobo para quem olha de fora. Afinal, poderíamos apenas produzir as correias e terceirizar esse trabalho de venda e atendimento. Mas achamos que isso faz parte da construção de marca. Dar o atendimento que nós mesmos gostaríamos de receber das grandes marcas. Além disso, esse contato mais próximo com os clientes foi muito rico para nos ajudar a encontrar os pontos em que precisávamos melhorar. Mas agora, para o segundo ano da marca, planejamos trabalhar com algumas lojas que tenham sinergia com a nossa forma de trabalho. Inclusive, esperamos fechar algumas parcerias durante a Music Show Exp”, declarou. Ah, e quer saber mais um diferencial das correias RCKR? Elas só saem

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da oficina com 1,70 metro de comprimento, isso sem alterar o valor original do produto. A empresa também lançou alguns modelos por conta de sugestões de clientes, como a Mamba Negra e a Burning Floor, por exemplo. “Realmente damos valor aos feedbacks que recebemos. Se for viável comercialmente e tiver demanda, não vamos deixar o comentário pegando poeira na gaveta.”

Presença na Music Show Exp Pois é, a Music Show Exp será uma grande chance para conhecer os produtos da empresa e conferir sua qualidade pessoalmente! “No ano passado participamos do evento como convidados apenas. O setor Handmade foi um dos pontos altos da primeira edição. Acho que muita gente compartilhou esse sentimento comigo. Ver o espaço que a feira deu para o pequeno criador e a seriedade dos organizadores em relação aos feedbacks recebidos no ano anterior foi decisivo na nossa tomada de decisão para estar lá este ano, mesmo possuindo uma empresa tão nova. Acreditamos na proposta e estamos mais empolgados do que nunca para ajudar a estabelecer o evento como uma das datas mais importantes do ano para o mercado”, comentou Johnny.

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A empresa está preparando um novo produto voltado para os baixistas, que será lançado com exclusividade na Music Show. Além disso, esperam-se mais alguns modelos novos para a linha vintage. “Estamos ansiosos para poder conversar cara a cara com o nosso público e, mais ainda, para conversar com um público que ainda não conhece a RCKR. As experiências que tivemos até agora foram bem positivas e tenho certeza de que lá será ainda melhor. Esperamos também fechar algumas parcerias com lojas de outras regiões do Brasil, principalmente do Norte, Nordeste e Sul, que queiram nos ajudar a espalhar a RCKR por todo o País”, destacou o diretor de marketing. Na expo a empresa realizará ainda alguns sorteios entre aqueles que visitarem o estande. “Além disso, separamos outras surpresinhas que vamos revelar mais para a frente. Para a galera saber como participar é só acompanhar nosso Instagram. Vamos soltar todos os detalhes por lá em breve”, adiantou. Vai perder? n Mais informações rckrstraps.com RCKRStraps


QUALIDADE ARTESANAL COM A CAPACIDADE PRODUTIVA E TECNOLOGIA DE UMA GRANDE INDÚSTRIA

ISSO É LUEN! percussão é a nossa essência

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1982 made in brazil


ILUMINAÇÃO: MARTIN PROFESSIONAL

MARTIN PROFESSIONAL NA AMÉRICA DO SUL

A marca de iluminação do grupo Harman se expande na região e trabalha junto com seus distribuidores para fornecer educação e mais tecnologias aos usuários locais

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Harman International adquiriu a Martin Professional em 2013, completando o portfólio de tecnologias do grupo para satisfazer cada segmento do mercado de entretenimento, como explica Miguel Polizel, líder nacional de vendas da Martin: “Um dos objetivos na aquisição da Martin pela Harman foi de poder completar o portfólio de áudio e vídeo com o de iluminação, servindo, assim, de maneira única nossos clientes. O portfólio da Harman já possuía marcas consagradas como JBL, AKG e Soundcraft, fazendo total sentido ter a Martin como mais uma marca que iria integrar esse portfólio renomado. Oferecer uma solução completa de produtos para qualquer ocasião, seja um evento pequeno, seja uma instalação corporativa, passando por festivais consagrados como Rock in Rio e Summerfest, é um grande diferencial”. A marca passou por várias mudanças e está realizando uma reestruturação global de comunicação que em breve chegará também à América do Sul, região a cargo da filial Harman do Brasil. Veja mais a seguir.

Onde são feitos os produtos atualmente? Miguel: Existem três grandes cen-

tros dedicados à Martin ao redor do mundo. O centro de desenvolvimento (R&D) fica alocado na Dinamarca, nas antigas instalações da Martin. Os produtos da linha Mac são fabricados no nosso complexo Harman na Hungria e outros produtos da Martin são feitos em nossa fábrica na China, como é o caso da linha Rush.

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Amândio Teixeira Costa (especialista de produto Martin), Miguel Polizel (líder nacional de vendas Martin), Eduardo Bizzi (líder de marketing América do Sul da Harman Professional) e Bruno Moura (diretor de vendas e marketing América do Sul da Harman Professional)

O que mudou na América Latina desde que o escritório no Brasil começou a se encarregar da região? Miguel: A Harman do Brasil assumiu

há um ano e meio a operação da América do Sul, e nesse período houve a implementação de um plano de reestruturação bem grande, focando o grande potencial da região. Temos proximidade e similaridade com os mercados que facilitam muito o entendimento de negócios e o relacionamento com nossos distribuidores e parceiros. Desenvolver estratégias customizadas e alinhadas com a realidade do nosso mercado é o principal benefício. E os resultados de crescimento bem maiores que os de outras regiões do mundo, oriundos da satisfação de clientes e parceiros, apontam que o caminho está correto.

Como está a Martin na América Latina hoje? Miguel: A Martin está muito bem con-

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solidada na região, continua em franco crescimento, batendo recordes de vendas ano após ano. Infelizmente não podemos compartilhar informações sobre faturamento, mas podemos informar que são resultados muito positivos e de relevância para a região. O Brasil continua sendo o principal influenciador nos números, mas outras regiões têm se desenvolvido e apresentado papel de bastante relevância. O Paraguai é uma surpresa bem positiva, por exemplo. Estivemos este ano pessoalmente com nossa equipe no país fazendo eventos de capacitação e geração de demanda, e o resultado foi realmente impressionante. Como consequência, tivemos papel relevante em eventos de peso no país, como o Asunciónico. Estamos seguindo essa receita para fomentar os negócios por toda a América do Sul. A Martin está presente em todos os países?


Miguel: Sim, em todos os países da

América do Sul e cada vez mais expandindo os negócios. Trabalhamos com distribuidores locais, com nosso apoio e suporte direto. Nossa estratégia de canal é confidencial, mas podemos assegurar que o foco é a satisfação de nossos clientes. E que, por conta disso, temos desenvolvido parceiros em todos os países para garantir esse objetivo.

Qual é o posicionamento da marca no mercado brasileiro pontualmente? Miguel: A Martin trabalha com uma

estratégia de canais. Dependemos do ecossistema para a entrega de nossa solução de iluminação. Ou seja, para atender qualquer tipo de evento ou produção, temos sempre parceiros nos ajudando. E as produções de destaque são as grandes, como Lollapalooza ou Rock in Rio. A Martin sempre tem um papel de protagonismo na iluminação desses shows. Mas realmente não estamos

restritos a esse tipo de evento. De teatros às soluções arquiteturais, temos soluções que podem atender qualquer tipo de necessidade. Que ações estão realizando para recuperar mercados ou países nos quais a marca ficou um pouco “sumida” nos últimos anos? Miguel: A Martin é uma empresa con-

solidada mundialmente e na América do Sul não é diferente. Nosso histórico sempre foi lançar produtos que marcam gerações e tenham qualidade superior. Apesar da história e da excelente reputação que possuímos, temos o desafio de respeitar o ciclo de vida de nossos produtos. Ao trabalhar adequadamente nesse ciclo, às vezes passamos a impressão de que estamos sumidos, mas com essa estratégia e forma de trabalho, nossos parceiros podem rentabilizar sua operação ao longo dos anos, tendo segurança e se aprofundando com conhecimento em

nosso portfólio, o que assegura a experiência entregue em nossos eventos. Estão realizando atividades educacionais na região? Miguel: A capacitação é fundamental

para a Harman e temos programas que cobrem todas as marcas do grupo. Existe uma agenda bem definida de workshops e webinars por toda a região da América do Sul. Esses eventos servem para gerar conhecimento não só das marcas da Harman, mas para capacitar o mercado de maneira geral e agregar valor aos profissionais. Temos também influencers digitais que nos ajudam com esse trabalho, além de contarmos com a ajuda de um especialista dedicado, que é uma das maiores autoridades globais em iluminação: o Amândio Costa. Os interessados podem acessar nosso site de agendamento para workshops — harmanproagenda.com.br — e também ficar de olho nas nossas redes sociais.

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de monitor sem fio UHF, reúne o sinal de até 4 transmissores em uma única antena sem perda de sinal.

US-5 Distribuidor de sinal e energia para microfones sem fio UHF true divesity, este equipamento foi desenvolvido para trabalhar com múltiplas marcas simultâneas e permite a conexão de até 5 microfones. RF-2000 series Cabos coaxiais 50 ohms de alto desempenho. Especialmente criado para uso profissional é o cabo mais flexível e resistente do mercado. Único com garantia de um ano para os conectores contra defeitos ou dano acidental.

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Mac Encore Rush MH11 Este moving beam foi criado pensando no mercado de locação e instalações de alto nível e é um substituto do já renomado Rush MH3. Ele conta com uma lâmpada de descarga Platinum 11R de 250 W com uma óptica beam refinada e ângulo de feixe de 2,6°, além de oito gobos rotatórios e indexáveis e prisma de oito faces. O aparelho tem 13 cores para selecionar, frost e foco motorizado.

Que tendências vocês percebem no mercado de iluminação atualmente? Miguel: O mercado tem buscado ino-

vações que gerem produtos melhores e mais eficientes. Notamos que a maioria dos produtos hoje tem trocado suas lâmpadas de descarga para lâmpadas de LED, uma vez que existe uma grande preocupação ecológica e com o consumo de energia. A sustentabilidade é um tópico que está em alta no mundo, mas que já é um tema consolidado na Harman. Temos uma preocupação e um cuidado com o desenvolvimento de soluções sustentáveis em todas as marcas, independentemente do segmento em que atuam. Vários produtos da Martin já estão em linha com esse objetivo, e estamos cada vez mais engajados com esses movimentos. De maneira geral, toda essa busca por inovação ajuda a Martin. A Martin faz parte da Harman, que faz parte do grupo Samsung. Nossos centros de desenvolvimento tecno-

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É uma família de movings LED de baixo peso que fornece altos níveis de luz para diferentes tipos de palcos, e especialmente para aplicações de broadcast. Foi criada para produzir luz branca de alta qualidade em duas variações de temperatura de cor, além de ter uma operação muito silenciosa e estrutura robusta para suportar a vida de turnês. A linha está composta pelos modelos MAC Encore Performance WRM e MAC Encore Wash WRM, ambos de luz cálida, e MAC Encore Performance CLD e MAC Encore Wash CLD, de luz fria.

lógico nos colocam como potências no desenvolvimento de tecnologia. Que demandas os usuários latinos apresentam com relação aos produtos da Martin? Miguel: Os usuários latinos seguem

a mesma tendência global. Eles procuram produtos cada vez mais leves, compactos e potentes, além da mesma preocupação com consumo de energia e sustentabilidade. Como os latinos entendem que o modelo de negócio de iluminação não tem um desenvolvimento rápido de produtos, e que possui um ciclo de vida longo, há um grande alinhamento com nossa estratégia. A Martin não lança produtos incompletos, sem qualidade, somente para ter lançamentos todo ano. Nosso objetivo é ter um portfólio robusto, de extrema qualidade, que atenda às necessidades do mercado e que ajude na rentabilização de nossos parceiros.

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Mac Allure Composta pelo spot MAC Allure Profile e o wash MAC Allure Wash PC, o motor de luz e cor desta linha é dividido em sete LEDs RGB independentes, além de poder ser controlada via P3 — série de controle visual da Martin —, permitindo que uma montagem de vários aparelhos possa combinar-se com conteúdo de vídeo em painéis ou outros produtos LED.

Podemos esperar alguma novidade até o final do ano? Miguel: Sim. Temos cinco novos produ-

tos como lançamento Martin para este ano e todos serão lançados até dezembro: os Mac Encore, Mac Allure, Mac Era 300, ELP CL e Rush MH11. Nosso roadmap de produtos é bem extenso para os próximos três anos, com soluções para atender às necessidades do mercado atual, assim como para necessidades futuras. Estamos ansiosos por nossos próximos anos. A Martin também tem realizado uma reestruturação global de comunicação visual, websites, redes sociais, e na maneira de se comunicar com seus consumidores. Em breve teremos essa mesma nova comunicação por toda a América do Sul. n Mais informações pro.harman.com HarmanProBrasil


LANÇAMENTO pedal micro cacau santos signature mcs - phaser & ring modulator CONTROLES: • SPEED: VELOCIDADE DO EFEITO • RANGE: AMPLITUDE DA FAIXA DE ATUAÇÃO DO EFEITO • BLEND: PARA MISTURAR EFEITO AO SOM LIMPO - MODO RING MODULATOR

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INTERNACIONAL

CRIAÇÕES DA WAMBOOKA AGORA DISPONÍVEIS NA IZZO

Instrumentos e acessórios para percussão e guitarra são o foco da Wambooka, empresa que reinventou o gel para tambores e agora está presente no Brasil por meio da Izzo Musical

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Wambooka é uma empresa italiana que cria instrumentos e acessórios para percussão e guitarra desde 2014. A companhia está abrindo caminho na América Latina, onde atualmente tem dois distribuidores. Um deles é a reconhecida Izzo, encarregada da distribuição da marca em todo o Brasil. O relacionamento entre ambas as empresas começou este ano, e como passo inicial, juntas criaram um produto específico para o mercado brasileiro: o Dolphin Damper Performer Pad. “Temos excelentes expectativas com essa parceria!”, comentou Edgard Ribeiro, gestor de marketing da Izzo. “O Dolphin Damper Performer Pad é um produto que tem um enorme potencial de mercado, pois resolve um grande problema que assola percussionistas há tempos de uma forma simples e acessível.” Vamos conhecer mais sobre a empresa italiana? Luciano Neegro, músico e CEO da Wambooka, conta mais a seguir.

Laura (irmã de Luciano e engenheira da empresa) com a primeira criação: o Wambooka Diamond transparente

A Wambooka também tem palhetas em diferentes materiais

Sistema Antifeedback para violão

Como nasceu a Wambooka? Luciano: Tente colocar um pouco de

água em um pequeno copo de metal. Se você bater no copo de metal, ouvirá um som de wah wah. Eu sempre fui fascinado por esse som, que parecia muito próximo do wah wah do Jimi Hendrix. Na época em que tudo começou, além

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Luciano (dir.) no NAMM Show mostrando o Performer Pad

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de ser advogado, eu costumava tocar darbuka, e achei que seria ótimo se eu tivesse aquele som de wah wah em um tambor profissional. Então tentamos fazer um tambor de mão orientado para a água, que fosse um objeto surpreendente. Assim nasceu o Wambooka

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Wambooka Diamond, soa melhor com água por dentro

Diamond transparente, que soa melhor quando tem água por dentro. É tão lindo que muitas pessoas ao redor do mundo o compraram principalmente por sua beleza, mas também soa bem e, com um volume alto, é ótimo. A maioria dos percussionistas o usa em boates.


Como decidiu focar os pads para tambores? Luciano: O gel para tambor existe há

muito tempo e há muitas marcas que o fazem. A primeira foi a Moongel. Depois de alguns anos, três ou quatro marcas começaram a fazer o mesmo, sem qualquer inovação. Sempre ouvi muitos bateristas reclamando sobre o gel padrão disponível no mercado, então pensamos que esse era um segmento em que poderíamos fazer algo realmente inovador e ajudar as pessoas a terem um som melhor. Atualmente, o nosso Performer Pad é o gel para tambor favorito de muitos bateristas em todo o mundo. Com o mesmo material, fizemos o Kick Damper, o único gel específico para bumbo. Demos a licença à empresa Ahead para o mercado dos EUA. Qual é o principal objetivo da empresa? Luciano: Desde o início, nosso foco

Dolphin Damper Performer Pad

Feito junto com a Izzo, o Dolphin Damper Performer Pad chegou ao Brasil em junho e já está disponível para os bateristas e percussionistas brasileiros. “O Dolphin Damper é ao mesmo tempo simples e extremamente útil, daí sua genialidade”, comenta Edgard, da Izzo. A estratégia da empresa local será apresentar o produto destacando sua praticidade, versatilidade e durabilidade. “Ele substitui de forma prática e brilhante todas aquelas tentativas de reduzir harmônicos, como colocar cobertores dentro dos bumbos ou colar fitas adesivas nas peles das caixas. Com o Damper Dolphin em vez de eliminar os harmônicos, é perfeitamente possível controlá-los”. Sua principal característica é a aplicação para controle de harmônicos nos tambores e os grandes destaques são sua durabilidade e capacidade de aderir à superfície da pele do tambor. Com o uso frequente, o damper pode absorver alguma sujeira, mas basta lavar o acessório e ficará ótimo para continuar usando, pois ele manterá a sua aderência.

sempre foi a inovação. Gostamos de fazer coisas que não existiam antes que nós as criássemos. Nosso primeiro produto foi o Wambooka Diamond

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transparente para percussionistas e depois focamos diferentes segmentos: tambores (fizemos os géis Performer Pad e Kick Damper, e o Flat Pedal, um

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pedal realmente revolucionário para bateristas) e guitarras (criamos o Pickskeeper, um gel amigável com a madeira que permite segurar palhetas, e um novo sistema Antifeedback para qualquer tipo de guitarra que permite cancelar o feedback deixando a boca livre). Nossa equipe está desenvolvendo vários projetos que apresentaremos ainda este ano. Passo todo o meu tempo com a minha equipe criando coisas novas que melhorem a vida dos músicos e fazendo as novas ideias se tornarem um negócio concreto. Somos uma equipe forte e até mesmo alguns de nossos endossados agora fazem parte do departamento de P&D. Começaram a atuar no Brasil recentemente, certo? Luciano: Correto. Estamos orgulhosos

de que a Izzo seja nosso distribuidor exclusivo no Brasil. Com essa empresa temos desenvolvido uma linha personalizada de dampers projetados especificamente para o mercado brasileiro — para a marca Dolphin —, que se adapta não só a tambores padrão, mas também a um surdo grande.

Por que os pads da Wambooka são especiais? Luciano: Quando criamos o gel para

tambor, o desafio era fazer algo realmente novo. Foi assim que nasceu o Performer Pad. Por que era novo? Por ser superaderente, é o único gel ajustável sobre um tambor. Você pode aderi-lo à pele ressonante, e ele tem um formato peculiar para aderir ao aro quando você não o usa. Por essas características, ele oferece possibilidades exclusivas: você pode ajustar o efeito de damping, pode aderi-lo sobre a pele ressonante, sobre os pratos, pode aderir acessórios sobre o snare e o gel ainda pode ser lavado para restaurar totalmente sua aderência original. Quais são as ações da empresa para competir com outras marcas de

Lançamento: Furious Drummer Heads

A Wambooka acaba de lançar uma nova série de peles. São quatro modelos com tom controlado, feitos com mylar. Possuem um sistema de damping incorporado, com patente pendente. A pele California Sand tem uma camada única de 7 mm, revestimento branco e está disponível nos tamanhos de 10” a 24”. A Vintage Sand possui uma camada de 10 mm, revestimento branco e é voltada para performance ao vivo e em estúdio; vem nos tamanhos de 8” a 24”. A Tattoo Skin tem uma camada de 10 mm, com revestimento de fibra especial laminada, e está disponível nos tamanhos de 8” a 24”. A Hammer Tone, também de 10 mm, está disponível nos tamanhos de 10” a 24”.

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acessórios importantes? Luciano: A inovação atende à música,

essa é a única regra. Nós não fazemos coisas se você puder encontrar outras que sejam iguais. Você encontrará criatividade e paixão em todos os nossos produtos. Por exemplo, o Flat Pedal é um produto verdadeiramente revolucionário. Todos os bateristas que experimentaram não voltaram a utilizar um pedal comum novamente porque o nosso pedal permite que você tenha uma interpretação mais rápida e fácil, e toda a sua força se torna som. Conte mais sobre esse produto. Luciano: Este ano participamos da fei-

ra NAMM Show, onde apresentamos duas inovações importantes: o Flat Pedal, um pedal para bumbo que permite que você coloque o pé em uma posição reta, para não sentir dor nem fazer esforço desnecessário nos tornozelos e joelhos ao tocar, e ao mesmo tempo possibilita que você toque mais rápido; e o Antifeedback, um pad especial que resolve o problema de feedback no violão sem afetar o som, deixando a boca sem obstrução. Ele também funciona perfeitamente em um cajon. Temos ainda outro produto de destaque: a Controlled Overtones Head Series, uma série de peles com um sistema de damping incorporado patenteado. n Mais informações wambooka.com Wambooka



ARTIGO: JOEY GROSS BROWN

DIFERENCIE-SE

Por que alguns aplicativos tomaram o mundo de surpresa? Já parou para refletir?

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colombiana Rappi, os americanos da Uber e Lyft, ifood, Nubank, Neon e outras se concentraram apenas em um segmento de mercado e cada uma delas capitaliza mantendo uma interface estreita e focada. Não estou discutindo o aplicativo em si, nem como eles funcionam, se têm ou não estoque ou se oferecem este ou aquele benefício extra. Apenas o fato de que, em um universo de muita oferta e pouca demanda, o destaque está na polarização das atividades contando com a expansão natural. No nosso mercado ocorre exatamente o oposto: perante uma demanda reprimida, TODOS, sem exceção, correm para o que acreditam ser a curva A do mercado. Deixando de lado os negócios satélites que todos os mercados oferecem. Notem que os maiores crescimentos se deram nas empresas de acessórios e complementos. Para piorar, copiamos formatos em vez de buscar uma diferenciação.

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Estamos reféns de um ciclo obsoleto Lojas fechando em grandes centros significam uma retração comercial proveniente da maior crise econômica do País. O.k. Concordo. Mas o que foi, ou melhor, o que está sendo feito para mudar isso? Mais bagunça, excesso de oferta, briga canibal de preços, exposição ao risco e sobrevivência no limite do “compliance” fiscal. O excesso é tão ruim quanto a falta. Isso é natureza. Longe de qualquer comparativo com anos ou décadas anteriores, até porque não cabe mais neste mundo mais conectado, é possível afirmar que em termos organizacionais a coisa era mais “compreensível”, pois essa conectividade existente hoje não permitia uma pletora de escolhas.

Estamos em época de feira Talvez a mais organizada e maior deste ano. Muito além disso, a Music Show tenta (e esta é minha opinião particu-

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JOEY GROSS BROWN

Senior Associate da Forecast Capital Participações, especialista em vendas e marketing corporativo. Atua como Liason e Project Manager para back offices, projetos de captação de capital e aquisições & fusões (A&M), tendo 24 anos de experiência em gestão no mercado musical.

lar) consolidar um mercado que se fez carente de todo tipo de estrutura organizacional. Não estou dizendo que as empresas são desorganizadas, e, sim, que o mercado como um conjunto é. Com isso, reuniões regionais se mostram um gasto que vai muito além de investimento e todos correndo atrás do rabo para ver quem descobre o próximo “grande negócio”, trazendo ainda mais desorganização e confusão, já que

Onde ficou a oportunidade de mostrar os produtos e lançamentos aos principais interessados: os consumidores?


as ditas “promoções para você que é da casa” são as mesmas todos os meses. Costume meio que infantil de ter que ter promoções para participar de uma exposição, seja regional, estadual, nacional ou interplanetária. De onde veio isso? E se houver uma reunião todo mês? Todo mês teremos promoções, o que no fundo significa um ano inteiro de promoções… Um Black Year que certamente termina em um RED year. Mas culpemos a crise por isso. Mais fácil assim e mantemos alguns, ao menos, ocupados. Pior, ingênuo aquele que acredita que os custos dessas reuniões mensais não se encontram embutidos nos preços (e mais ingênuo ainda aquele que não contabiliza este GASTO na sua formação de preços). Resultado: produtos mais caros (a culpa é do dólar!!), mercado mais restrito e oportunidades perdidas em todas as frentes. Onde ficou a oportunidade de mostrar os produtos e lançamentos aos

principais interessados: os consumidores? Sim, esses importantes membros do mercado que as reuniões regionais esquecem de convidar. Claro que é muito mais fácil vender sempre o mesmo do mesmo. Não exige esforço e a única frase necessária é: “Teremos uma promoção imperdível do mesmo que promovemos mês passado, agora vai!” Reparem em outros mercados, e não precisam ir para a Europa ou os EUA, onde o conceito de buscar o consumidor é um fato consolidado e as feiras são propostas para a apresentação de produtos e planejamento comercial junto aos clientes, que por sua vez se encarregam de realmente levar ao mercado as novidades, gerando assim mais demanda e mais negócios. Aqui é o oposto… “Não me venha com lançamentos! Não vamos comprar! Vamos esperar o mercado procurar esse produto e aí vemos… queremos comprar apenas o que já

vende.” Creiam-me ou não, já ouvi isso de vários “empresários”. Tá aí. A diferenciação pode ser um caminho interessante a ser examinado quando todo um mercado sucumbe à mediocridade. Experimente se especializar em algum segmento. Seja o líder e espalhe conhecimento. Passe a falar com propriedade de cada produto de seu mix. Entenda os perigos comerciais de cada passo dado e flutue acima da volatilidade da generalização. Mais do que tudo, nesta edição da Music Show 2019, procure observar tendências e quem realmente veio para jogar sério. Mas, principalmente, observe o consumidor. Sim, pare e observe esse cara que nunca está no lobby ou no bar dos hotéis nas tais reuniões regionais, nem faz parte do seu grupo de amigos colegas de mercado. Esse cara é seu caminho para o sucesso. Ele se chama cliente final. Boa feira e faça negócios com sabedoria! n

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ARTIGO: LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

COMO É BOM PARTICIPAR DA MUSIC SHOW!

Nada mais eficaz, e por que não dizer, emocionante no mundo dos negócios do que fechar um bom contrato ao participar de uma feira

LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

É um amante da música desde o dia de sua concepção, no ano de 1961 uhlik@mandic.com.br

A

tuar numa feira significa levar toda a sua expertise para um ambiente neutro, fora do seu campo de batalha, fora da sua zona de conforto comercial. Particularmente, adoro feiras, principalmente aquelas em que a espontaneidade é a tônica da apresentação e demonstração de produtos. E não estou falando somente das feiras de instrumentos musicais! Tive a oportunidade de participar de feiras de alimentação, de máquinas e implementos agrícolas, de serviços, de maquinário pesado, da construção civil, de softwares, hardwares e computação, e assim por diante. Em todas, a espontaneidade sempre foi o formato de sucesso na apresentação de produtos e serviços de alto desempenho. Alto desempenho: esta é uma característica notável para o nosso setor. Não há, entre hobistas e profissionais, quem não se encante com o alto desempenho de profissionais perante seus instrumentos musicais!

Mas, então, por que é importante participar de feiras como a Music Show? Primeiro, porque pela primeira vez na

história do País temos uma feira administrada, integralmente, por gente comprometida com a música e com o nosso bem maior: os instrumentos musicais. O nosso bravo guerreiro, Daniel Neves, não mede esforços para tornar esta feira a mais importante da América Latina; no futuro, a mais im-

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portante do mundo! Segundo, porque é uma grande oportunidade para divulgar a marca e os produtos da sua empresa, como também aproveitar a oportunidade para firmar parcerias e prospectar novos clientes. Terceiro, porque amplia significativamente o seu networking. Quarto, porque é pedida certa para

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aqueles que desejam conhecer novas tendências e inovações tecnológicas do setor, além de promover o conhecimento e desenvolvimento de novos negócios, é claro! Quinto, porque é uma das mais formas mais eficazes de promoção comercial para fazer a sua empresa, o seu serviço, o seu instrumento musical conhecido no mercado.


Antes de participar da feira, alinhe e capacite a sua equipe produzindo material relevante para se destacar em meio à concorrência

Sexto, porque é uma excelente forma de descobrir as grandes tendências do mercado, principalmente porque a feira está recheada de palestras e workshops para você descobrir o que de melhor está vindo por aí. Sétimo, porque está na hora de colocarmos o setor pari passu com as startups, com as boas ferramentas do e-commerce e com o potencial de divulgação das mídias sociais, principalmente para os hobistas.

Preparação Mas, antes de participar da feira, alinhe e capacite a sua equipe produzindo material relevante para se destacar em meio à concorrência: Planejamento: defina objetivos claros e crie um cronograma de atuação para a feira.

1.

2. 3. 4.

Divulgação: atraia visitantes

para o seu estande, crie quórum, faça o seu espaço estar sempre em movimento. Treine sua equipe: o despreparo e a falta de informação correta dos seus colaboradores são os ingredientes que fazem o seu produto, o seu serviço, serem ignorados. Classifique produtos e serviços adequados às expectativas do comprador: não perca

tempo expondo itens e ideias que já não são mais relevantes ao mercado. Pós-feira: saiba aproveitar o networking e as oportunidades garimpadas durante o “espetáculo”.

5.

Gostaria de acrescentar uma sugestão: é importante combinar com os agentes financeiros e as empresas que facilitam a aquisição dos instrumentos musicais com alto valor agregado, como o consórcio, que tenham um espaço de destaque em feiras com esse padrão de exigência! Nosso recado final: é de suma importância, para qualquer empresa que deseja se expandir e crescer no mercado, participar da Music Show. Não deixe a sua empresa de fora, o mercado precisa de você! n


PÓS-FERIA: SUMMER NAMM 2019

SUMMER NAMM 2019 EM NASHVILLE

POR RICARDO GOEDERT

CEO e fundador do Batera Clube, a primeira drum shop on-line do Brasil desde 2003

A versão “de verão” da NAMM foi realizada em julho na cidade de Nashville, a Las Vegas da música

H

á muitos anos ouço falar de Nashville como sendo a “Meca” da música country e a capital mundial do country. Uma cidade que respirava e criava músicas pelas entranhas dos estúdios, se espalhando pelo rádio, grandes arenas, pequenos bares e até nas calçadas. Desta vez, anos depois, tive o privilégio de visitar essa histórica e linda cidade. Em apenas três dias respirei um pouco da realidade e rotina daquele lugar mágico e conferi pessoalmente as belas histórias que me contavam a respeito de lá. Para você ter uma ideia, o aeroporto, mesmo em reforma, tem exposições de guitarras Gibson. Sim, há guitarras em vitrines pelo aeroporto! A Summer NAMM é organizada pela NAMM — ou Associação Nacional dos Comerciantes de Música —, que também faz o NAMM Show em Los Angeles desde 1976 no mês de janeiro.

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Summer NAMM em Nashville? Melhor ou pior que a de L.A.? Com tantas coisas acontecendo paralelamente naquela cidade, a feira, mesmo assim, jamais passaria despercebida. A NAMM de Nashville acontece no Music City Center, no centro da cidade, que fica de cara com a Bridgestone Arena, local onde o time de hockey Nashville Predators manda os seus jogos em casa e também, para variar, mais um “santuário” de shows gigantescos. O evento é menor do que aquele no Anaheim Convention Center, na Califórnia, mas muito mais confortável e ainda mais belo. Resumindo o tamanho já de cara, só um pavilhão da NAMM em Los Angeles é a feira de Nashville inteira. É muito menor, contudo achei quase perfeita em tudo, mas só para um segmento: o de cordas. Ali é o paraíso para o mundo das cordas e ainda mais para

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os guitarristas. Praticamente tudo ali estava destinado ao mundo das cordas. Estandes maravilhosos da Fender, Yamaha e Gibson, outras marcas nem tão grandes com espaços muito significativos, degustação de instrumentos e uma acessibilidade muito grande dos músicos aos instrumentos. Tudo estava ali acessível às mãos de qualquer visitante. Vejo dezenas e até centenas de músicos brasileiros indo visitar a NAMM de Los Angeles e muitos não sabem ou ignoram a NAMM de Nashville. Está na hora de apontar o radar para outro lado, pessoal. Passei pelo “céu de cordas” de vocês, e vocês mesmos ainda não se ligaram. Falando do meu segmento dentro da Summer NAMM, não achei relevante para o universo da bateria. Pouquíssimos instrumentos, pouquíssimas marcas. Entre as grandes, somente a Sonor e a Mapex foram, com apenas uma batera


de cada marca. Nenhuma empresa grande de pratos estava presente. Resumindo, muito fraca e insignificante nesse nicho. Eu não exigiria jamais que houvesse uma grande epopeia de bateria por lá, mas o nosso segmento poderia de fato ser mais significativo. Vi alguns fabricantes pequenos de acessórios e ferragens com ideias legais e criativas, fabricantes

de baterias pitorescas — para não dizer bizarras —, instrumentos de percussão com total piração, enfim, nada além do que já vemos todos os anos na NAMM de Los Angeles, só que em versão muito reduzida. Mesmo com a insignificante presença do universo da bateria e percussão na Summer NAMM de Nashville, nada me frustrou. Afinal, já tinha visto antes

que pouquíssimos expositores do setor estariam lá. É uma pena que os fabricantes e importadores não se dediquem mais a terem um espaço naquele lindo e encantado céu de cordas! n Mais informações namm.org

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PRÉ-FEIRA: MUSIC SHOW EXP 2019

MUSIC SHOW EXP: CONTAGEM REGRESSIVA!

Está chegando a edição 2019 da Music Show EXP, a esperada feira que apresentará novidades na sua estrutura e organização, além de atrações imperdíveis

C

omo adiantamos na nossa última edição, a Music Show deste ano promete movimentar o mercado de instrumentos e áudio do Brasil. Várias serão as novidades, incluindo a presença garantida de uma variedade de lojas de todo o País; o prêmio Top Retailer 2019, que destacará diferentes varejistas que vêm se sobressaindo no mercado de áudio e instrumentos nas categorias de performance de compra, venda, manejo de estoque, atitude positiva no mercado, marketing e votação popular; espaço com melhor distribuição para expositores e visitantes, sem palco interno para evitar altos níveis sonoros e um rico programa de seminários e palestras.

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Dentro desse marco, os organizadores apresentam uma notícia inédita: a presença do comerciante americano Mark Herbert.

NAMM trará Mark Herbert Uma palestra imperdível para lojistas na feira Music Show EXP estará a cargo de Mark Herbert, da Cosmo Music. A Cosmo Music, de Toronto, no Canadá, incorpora várias formas de inovação no varejo: a experiência do cliente na loja, eventos de varejo e comércio eletrônico. Em uma operação única, a empresa conta com 5.202 m 2 de loja, mais de 2 mil alunos em seu programa de lições e 10 mil aluguéis de instrumentos.

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Mark Herbert, líder de segunda geração da Cosmo Music, discutiu seu modelo omnichannel com o presidente e CEO da NAMM, Joe Lamond, durante o encontro “Breakfast of Champions” na NAMM Show de 2017 e agora virá à Music Show EXP para compartilhar sua experiência. Vai perder? n Mais informações Music Show Exp 2019 Quando: 19 a 22 de setembro Onde: São Paulo Expo Rod. dos Imigrantes, km 1,5 Faça sua credencial em:

bit.ly/credencial_music_show_2019

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Attack VSL208

PRODUTOS: ÁUDIO, INSTRUMENTOS E ILUMINAÇÃO Eros Alto-Falantes Linha HQ ‘‘High Quality’’

Desenvolvida para sistemas de médio e grande porte, obtendo-se elevados níveis de pressão sonora com fidelidade e clareza nas frequências médias e médias altas. Disponíveis nas versões: 8 polegadas, 420 W RMS e 10 polegadas, 520 W RMS, ambos em 8 ohms. Possuem carcaças quadradas para maior acoplamento acústico, ideais para sistemas line array. Contato: (18) 3902-5455 • eros.com.br

dbtechnologies VIO W

Caixa de piso ultrafina projetada para ser discretamente integrada em estúdios de broadcast, palcos de teatros, instalações para congressos e em qualquer lugar onde seja necessária uma caixa de piso discreta e versátil. O sistema de duas vias é equipado com quatro alto-falantes de neodímio de 4” de alta frequência e um woofer de 10”, com configuração exclusiva de acústica antifeedback. A caixa é alimentada por um amplificador Digipro G3 de 400 W RMS e um controle remoto completo habilitado através de RDNet e do software Aurora Net. Contato: (11) 2795-4190 • someco.com.br

Eminence KL3010CX-8

Woofer coaxial de 10” dentro da linha Kappalite, com bobina de voz de entrada/saída de fibra de vidro de 3” para menor distorção e compressão de potência. Adequado para satélite ventilado, monitor ou caixas para baixistas. Pode ser usado em conjunto com um driver HF de 1” de saída. Impedância nominal: 8 ohms. Potência de 400 W, programa de 800 W. Faixa de frequência utilizável: 50 Hz a 3,7 kHz. Sensibilidade: 92 dB. Ímã de neodimio. Contato: (47) 3342-4886 • blesstech.net.br

Focusrite 3ª geração de Scarlett

B&C Speakers DE36

Este driver, com uma impedância nominal de 8Ω, pertence à série de drivers HF-Ring Radiator da B&C. Possui um diafragma de polímero de cetona com um motor de ímã de ferrita. Sua modelagem FEA e os testes físicos realizados nos últimos anos resultaram no driver de anel helicoidal de 1,5 polegada (38 mm), com notável sensibilidade, extensão de alta frequência e compacidade. Um ponto de cruzamento prático recomendado de 1,8 kHz e uma sensibilidade de 108 dB no DE36 permitem uma ampla variedade de aplicações, incluindo caixas compactas de duas vias e line arrays. Seu programa de potência contínua é de 70 W. Contato: (51) 3103-1539 • bcspeakers.com

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A caixa VSL208 é ideal para a sonorização de pequenos e médios espaços com montagem em arrays. Compacta e com baixo perfil de visualização frontal, conta com cobertura horizontal de 100° e alto fator de headroom. O sistema autoamplificado de duas vias incorpora um sofisticado filtro de processamento de sinais e uma fonte chaveada capaz de fornecer potência constante de 100 a 240 VAC. VSL208 ainda tem como opcional a pintura poliéster na cor branca, sob encomenda. Contato: (43) 2102-0100 • attack.com.br

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A terceira geração da Scarlett é caracterizada pelo fato de seu pré-amplificador de microfone ter conversores de 24 bits/192 kHz, enquanto o modo Air adiciona detalhes às vozes. A interface fornece conectividade USB através do cabo USB-C para USB-A, que está incluído. Além disso, inclui configurações de E/S para se adaptar a praticamente qualquer situação. É possível escolher entre Solo, 2i2, 4i4 8i6, 18i8 ou 18i20. As novas 4i4 e 8i6 adicionam mais E/S. Os novos pacotes de estúdio Solo e 2i2 também estão disponíveis, com fones de ouvido Scarlett HP60 MkIII e microfone de condensador CM25 MkIII. Cada interface Scarlett vem com uma ampla variedade de ferramentas de software que inclui: Ableton Live Lite, Pro Tools | First Focusrite Creative Pack, assinatura gratuita de três meses para Splice Sounds, XLN Audio Addictive Keys, Focusrite Red Plug-in Suite e Softube Time & Tone Bundle. Também conta com uma garantia de dois anos e adesão ao Focusrite Plug-In Collective, que oferece downloads gratuitos de software e descontos generosos. Contato: (11) 4083-2720 • proshows.com.br

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DBR Nova linha de mixers

Conta com três modelos, com oito (DM8 USB), doze (DM12 USB) e dezesseis canais (DM16 USB), que foram especialmente projetados para atender a uma grande gama de utilizações.Sua interface USB/PC possibilita mixagem e gravação de qualidade profissional com total integração e controles específicos, utilizando um computador. Além disso, possui processador FX com 99 efeitos que podem ser ajustados para personalizar a mixagem, 4 auxiliares e conectores combo XLR/P10. A importadora Proshows é distribuidora exclusiva da marca. Contato: (51) 3034-8100 • proshows.com.br

Sheldon GT 600RV

O amplificador GT 600RV da Sheldon conta com entrada para guitarra com controle de ganho, 2 Canais: Clean / Overdrive com controles independentes, controles para Entrada Clean: ganho, graves, médios e agudos; controles para entrada Overdrive: ganho, graves, contour e agudos; controles master para reverb e volume; e reverb de 2 molas. Além disso, acompanha Foot Switch, tem conexões traseiras para rack multi-efeito, saída para fones de ouvido e dois alto-falantes de 8 polegadas. Potência: 60 WRMS. Contato: (11) 3971-3534 • sheldon.com.br

Studiomaster DigiLive 4C & 8C

Mixers digitais ultracompactos com preço acessível de quatro e oito canais, respectivamente. Apropriados para o mercado ao vivo, também podem ser usados no mundo da instalação, como em salas de conferência, por exemplo. O modelo DigiLive 4C possui duas entradas de microfone, duas entradas estéreo, duas saídas estéreo, além de uma saída auxiliar, e quatro buses de efeitos. Em sua superfície há três codificadores, desde os quais o usuário pode mixar, caso não queira usar um iPad, um computador ou um sistema baseado em Android. Contato: (11) 3624-9148 • turbomusic.com.br

TSI Super Voz BC

A TSI traz o seu mais novo lançamento para o mercado: o Super Voz BC, um novo auxiliar de voz com design moderno e compatível com todos os aparelhos Bluetooth, podendo ser uma caixa de som portátil. O modelo possui entrada auxiliar P2, conexão Blue-connect, microSD, 12 W de potência, além de uma bateria interna recarregável com dez horas de duração. Contato: (11) 2672-3440 • microfonetsi.com.br

Arwel Corneta curta niquelada em Si bemol (Bb)

Ela voltou! Depois de ficar um tempo fora das prateleiras, a corneta curta niquelada em SI bemol (Bb), instrumento de utilização tanto em escolas como para uso militar, está outra vez disponível no estoque da Arwel. Contato: (11) 3326-3809 • arwel.com.br

Fuhrmann Relançamento Punch Box

A Fuhrmann apresentou o relançamento do Punch Box, um pedal clássico da empresa que teve altas vendas e volta agora com algumas características diferentes. A ideia veio de muitos músicos que estavam pedindo a atualização de produtos que já fazem parte da linha da empresa. Entre as diferenças, encontramos: a cor branca, antes brilhante, agora é fosca, seguindo a mesma linha dos produtos mais recentes da empresa. Os knobs seguem a mesma tendência, modernos e mais eficientes nas regulagens. Além de que a disposição entre os botões gera fácil acesso de todos os recursos. O logo foi reestilizado, otimizando sua leitura. Mantendo sua sonoridade própria e marcante, a primeira grande mudança está nos controles de graves (Low) e agudos (High), que antes eram controlados apenas por um botão (Tone). Agora, a mudança mais significativa é o controle para os médios. Nesta nova versão do Punch Box, a Fuhrmann colocou uma minichave seletora com três níveis, na qual o instrumentista perceberá melhor a diferença em cada posição. Contato: (18) 3653-7020 • fuhrmann.com.br

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D’Addario Embalagens econômicas 3-Packs

Evans Pele Muda SoundOff

As peles mudas Evans SoundOff são ideais para quem está procurando por um set de peles com baixa projeção de volume para tocar no seu apartamento, para uma bateria silenciosa ou para usar com uma configuração eletrônica. São feitas usando uma única camada de malha preta, reduzindo o volume da bateria. Disponível para caixa, tons, surdos e bumbos. Contato: (11) 3158-3105 • musical-express.com.br

As embalagens econômicas 3-Packs D’Addario contêm três jogos completos em uma caixa. Cada jogo de cordas é embalado e selado individualmente em um pacote anticorrosão. Economize comprando 3 Packs. Melhor custo-benefício para você. Disponível nos modelos: EJ27N para violão náilon; EJ10, EJ13, EJ15 e EJ26 para violão aço e EXL110, EXL115 e EXL120 para guitarra. Contato: (11) 3158-3105 • musical-express.com.br

Dunlop System 65 Uni-Wrench

Chave inglesa criada para ajudar o músico a ajustar os parafusos na guitarra ou no baixo, sendo uma ferramenta que pode ser transportada e usada facilmente a qualquer hora. Parafusos soltos criam um som de rangido irritante, por isso é importante poder carregar a System 65 Uni-Wrench no bolso e mantê-los no lugar. A chave pode ajustar vários dos parafusos de uma guitarra ou baixo, incluindo os parafusos redondos, graças à aderência alcançada pelos dentes de precisão em um dos seus lados. A System 65 Uni-Wrench é fabricada em aço inoxidável nos Estados Unidos. Contato: (11) 3797-0100 • izzomusical.com.br

Solid Sound Capa e semi case para prato

Atendendo a demanda do mercado de baterias, a Solid Sound desenvolveu mais um tamanho de capa e semi case para prato. Agora disponível na linha da empresa o semi case para prato de 24 polegadas veio atender a pedidos de bateristas que necessitam transportar e proteger seus pratos com segurança. Mais uma novidade da Solid Sound! Consulte valores. Contato: (41) 3596-2521 • solidsound.com.br

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NIG Music Cordas de náilon branco para ukulele

Lançadas este ano pela NIG Music, as cordas de náilon branco para ukulele estão disponíveis nas medidas Soprano e Concert. Trazem bolinhas coloridas para facilitar a instalação. Soprano: .028”, .033”, .040”, .029”. Concert: .028”, .032”, .040”, .028”. Contato: (11) 4441-8366 • nigmusic.com.br

D’Addario Cordas revestidas XT

A mais nova corda da família D’Addario combina núcleo de aço de alto carbono com revestimento ultra fino, prolongando sua vida útil. As cordas D’Addario XT apresentam durabilidade 4 vezes maior que as cordas tradicionais, sem sacrificar o timbre e feeling natural de cordas sem revestimento que os músicos conhecem e adoram; revestimento ultra fino que protege todas as cordas do set, não apenas os bordões, dos efeitos corrosivos do suor e umidade; embalagem interna reutilizável com fechamento hermético, e estão disponíveis para guitarra, baixo, violão, violão nylon, baixolão, bandolin e banjo. Contato: (11) 3158-3105 • musical-express.com.br

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A Música Começa Aqui

a r b u c s e D

#NAMMShow

idades

s • Oportun ia e Id • s o t u Novos Prod

Exibindo os últimos instrumentos, acessórios e soluções das principais marcas mundiais, educação gratuita para fazer crescer seu negócio e a oportunidade de conectar-se com comunidades internacionais, uma viagem ao NAMM Show é uma janela única para levar seu negócio ao próximo nível. É uma grande exibição, muito produtiva e o ambiente é incrível. O contato cara a cara é inestimável. Podemos nos reunir com todos, estreitar e construir relações. Também é um lugar para interagir criativamente com novos produtos e tomar decisões comerciais estratégicas. Este é o lugar para fazer tudo isso.

16–19 de janeiro de 2020 Sudeste da Califórnia

Glenn Noyes • Diretor de Produto • Guitar Center

Registre-se e reserve seu hotel à partir de 21 de agosto. Apoie nosso círculo virtuoso

NAMM faz o necessário para fazer crescer a indústria.

namm.org/musica Para assistência com visto, envie um e-mail para letterofinvitation@namm.org.


POR VALMIR COLODRÃO

CEO da Praxio, empresa de tecnología especializada na cadeia de transporte e logística

5 PERGUNTAS

DICAS PARA UMA BOA INTEGRAÇÃO APÓS FUSÃO OU AQUISIÇÃO

Esse é um passo possível para uma empresa crescer, mas veja aqui alguns conselhos para evitar problemas

O

s negócios estão indo bem na sua empresa? Isso pode significar que é hora de dar um novo passo: fusão ou aquisição. Seja incorporando outra empresa ou vendendo uma participação da sua companhia, essa nova etapa pode fazer bem aos negócios. Ganhar escala, aumentar expertise por meio de talentos agregados e até “morder” uma nova fatia de mercado são as principais vantagens. Mas é preciso, também, tomar alguns cuidados para o tiro não sair pela culatra. Pequenas e médias empresas tradicionalmente familiares, ou que têm apenas um dono, precisam se preparar para a convivência com outros sócios. Além do aporte financeiro e de soluções para eventuais problemas de uma empresa em expansão, é preciso “abrir a cabeça” para lidar com outra cultura corporativa e diferentes perfis de liderança. Esse e outros fatores, inclusive, devem ser analisados antes mesmo da fusão ou aquisição, para evitar conflitos inconciliáveis. Qual seria o primeiro passo?

Entender cada companhia em profundidade. Quanto mais completa a análise da empresa, melhor. É preciso compreender estrutura, diferenciais competitivos, público-alvo, concorrentes e onde é possível ter sinergia. É preciso avaliar como a fusão impactará as operações e como

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a integração será feita, pois podem surgir temas delicados, como cortes.

sair quando houver duplicidade de cargos, e se é necessário enxugar a equipe.

O que significa avaliar os gaps de gestão?

O que podemos fazer sobre o choque cultural?

O melhor modelo de gestão é o que trará mais resultados de longo prazo e, em geral, é possível incorporar as melhores práticas de cada lado. Um dos fatores mais importantes a ser levado em conta é o objetivo da aquisição: a empresa é líder de vendas no segmento? Irá incorporar novas tecnologias? Eliminará concorrência? A partir daí, é possível estabelecer o planejamento de execução da fusão, com eventual troca ou redistribuição de talentos e recursos.

As transformações serão muitas: de cultura corporativa, às vezes de endereço, de chefia, de forma de trabalhar. Para que o processo seja o menos traumático possível, os gestores de cada departamento devem elaborar um plano de transição que identifique os pontos de conflito, insatisfação e como superá-los. Se o potencial de conflitos for muito grande, planeje mudanças por etapas, para que as pessoas tenham tempo de assimilar os novos colegas, metodologias diferentes, novas tecnologias e processos. Invista em treinamentos e crie oportunidades de integração entre áreas e a empresa como um todo.

E as pessoas que estão no nosso negócio?

Processos de fusão e incorporação geram medo e ansiedade, que, por sua vez, trazem resistência e um clima de pouca ou nenhuma colaboração. A melhor forma de abordar esse problema é envolver as pessoas quanto antes no processo, de forma transparente, minimizando a possibilidade de boatos e instabilidade emocional nos envolvidos. A liderança dos gestores é imprescindível: eles serão os responsáveis por receber e integrar novos talentos, transmitir mensagens claras sobre mudanças de paradigmas de gestão, neutralizar potenciais conflitos e trabalhar com a redução de danos em pontos mais delicados, como escolher quem deve

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É importante fortalecer a cultura corporativa?

Sim! Uma cultura corporativa sólida ajuda na fluidez das rotinas e funciona como uma “liga” que harmoniza os colaboradores ao redor de um objetivo único. Não é algo que se constrói da noite para o dia, e é preciso investir em comunicação para que os valores almejados sejam efetivamente estabelecidos. Fusões são complexas por natureza, por isso, cabe a nós, gestores, olhar para as pessoas e processos de modo a extrair o melhor deles, com o menor impacto e a maior satisfação de todos os envolvidos. Afinal, mais do que ter um “ganha-pão”, precisamos nos identificar com um propósito naquilo que fazemos dentro do horário comercial. n



CONTATOS

AS EMPRESAS LISTADAS ABAIXO SÃO OS ANUNCIANTES DESTA EDIÇÃO. USE ESTES CONTATOS PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE COMPRAS E PRODUTOS. MENCIONE MÚSICA & MERCADO COMO REFERÊNCIA.

Instrumentos

Arwel........................................................11 3326-3809 arwel.com.br • 51 CSR .......................................................... 11 2711-3244 csr.com.br • 52,53 Izzo .......................................................... 11 3797-1000 izzo.com.br • 15,39 Hal Leonard ................................................halleonard.com/latam • 14 Hering........................................................... 47 3327-0008 shg.art.br • 59 Vivace ...................................................18 3941-2022 sonotec.com.br • 11

Amplificadores / Áudio Profissional

Attack .....................................................43 2102-0100 attack.com.br • 23 Audix............................................................................... audixusa.com • 10 B&C Speakers ..............................51 3103-1539 bcspeakers.com • 63 Eminence ...................................... 47 3342-4886 (Bless Technology) • 4 Eros...............................................................18 3902-5455 eros.com.br • 9 Focusrite ........................................51 3034-8100 proshows.com.br • 91 Frahm .............................................. 47 3531-8800 frahm.com.br • 21,75 Hayonik .................................................43 3377-9800 hayonik.com.br • 7 JBL ...........................................51 3479 4000 harmandobrasil.com.br • 17 Lyco ..............................................................11 3675-2335 lyco.com.br • 25 Nenis ......................................................... 11 5061-2173 nenis.com.br • 81 Oversound Group ....................12 3637-3302 oversound.com.br • 13 Power Click ................................ 21 2722 7908 powerclick.com.br • 73 PZ Pro Audio .............................. 11 2308 3220 pzproaudio.com.br • 37 Quick Easy ..................................... 19 3902 4405 quickeasy.com.br • 92 Shure .......................................................... 11 3215 0186 br.shure.com • 2 Sheldon ...............................................11 3971 3534 sheldon.com.br • 79 SoundVoice ................................. 38 3224-3002 gbmusical.com.br • 27 TSI ..................................................................... 11 2672-3440 tsi.ind.br • 89 UV Audio Systems ................................................ 11 99529-8881 • 49 Vokal ................................................... 18 3941-2022 sonotec.com.br • 29

Acessórios

D’Addario........................... 11 3158-3105 musical-express.com.br • 3,5 Elixir .............................................................. 11 3797-1000 izzo.com.br • 6 Fuhrmann .................................... 18-3652-1667 fuhrmann.com.br • 31 Hyper Pró............................11 2351-3340 hyperprostrings.com.br • 33 Landscape ........................ 14 99193-3466 landscapeaudio.com.br • 55 Mancini Cabos .....................11 2070-2300 mancinicabos.com.br • 19 MGA Pro Áudio ..................... 11 4561-4533 mgaproaudio.com.br • 69 NIG ....................................................... 11 4441-8366 nigmusic.com.br • 71 Sparflex ............................................. 11 2535-8900 sparflex.com.br • 65 Solid Sound .................................. 41 3596-2521 solisound.com.br • 35 Spectrus Brasil..................11 5678-2000 spectrusbrasil.com.br • 47 Tiaflex .................................................... 11 2966-9095 tiaflex.com.br • 41 Vic Firth .................................................... 11 3797-1000 izzo.com.br • 57

Bateria e Percussão

Luen ............................................................ 11 4448-7171 luen.com.br • 67 Odery......................................................... 19 2512 7600 odery.com.br • 83 Takto .......................................................... 11 4661-5067 takto.com.br • 77

Outros

Big Box Media ........................................................... bigboxmedia.it • 8 Equipaudio Representações ........ 17 99778-6528 – 17 99775-6529 • 61 Music China ........................ music-china.hk.messefrankfurt.com • 16 The NAMM Show ............................................namm.org/musica • 12 Vip Soft ................................................. 11 3393-7100 vipsoft.com.br • 87

BR A SIL • E SPA NH A • A MÉRIC A L AT IN A w w w. mu sic aem erc a do.or g




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