#107 Música & Mercado - Março/Abril 2020

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A REVISTA DO SITE: MUSICAEMERCADO.ORG • MARÇO E ABRIL DE 2020 | Nº 107 | ANO 18

EXEMPLAR COM ENTREGA SIMPLES

ÁUDIO PRO & ILUMINAÇÃO | INSTRUMENTOS MUSICAIS | ENTERTAINMENT BUSINESS

Lançamento: Moani

Uma nova marca de ukuleles chegou ao mercado brasileiro, criada pela Musical Express para oferecer opções premium. PÁG. 28

Foto: Beto Fernandes @phbeto / @bf3images

Assine e receba antes!

Maurício Cunha, CEO da Odery Drums

PZ Proaudio

Além de novidades na linha atual, a empresa está trabalhando no lançamento de uma segunda linha. Confira a entrevista com Flávio Hubner, diretor comercial. PÁG. 34

Harmonics by Hayamax

A marca tem uma série de produtos pensados para quem deseja adquirir seu primeiro instrumento e este ano lançará uma linha de microfones. PÁG. 32

ProShows e Music Tribe

O trabalho de ambos os grupos vem se intensificando. Conheça as diferentes ações realizadas para dar apoio ao mercado local. PÁG. 50

Mais HyperPRO

A marca de cordas está focando sua estratégia no relacionamento com os usuários e planeja expansão para mais estados do País. PÁG. 36

ODERY, O NOME DO SUCESSO

As baterias Odery ultrapassaram as fronteiras do Brasil para ser reconhecidas mundialmente. A história começou com a fabricação artesanal na casa de Mr. Odery. Com vontade de crescer e força familiar, o negócio tornou-se cada vez mais profissionalizado, resultando em novas parcerias e desenvolvimento internacional. O CEO da empresa, Maurício “Odery” Cunha, tem uma visão muito particular do mercado e dos negócios. Conheça-a nesta entrevista. PÁG. 40

E AINDA: Dantas, Focusrite, Frahm, Gope, Klingen, Leac’s e muito mais!



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40 CAPA

SUMÁRIO

Odery, o nome do sucesso SEÇÕES 16 EDITORIAL 18 OPINIÃO Elton Borges do Nascimento 20 ÚLTIMAS 84 PRODUTOS Os mais recentes lançamentos do mercado 88 5 PERGUNTAS Dicas para melhorar e economizar com a logística do seu negócio 90 CONTATOS Os nossos anunciantes você encontra aqui

A Odery fez história. É uma das marcas brasileiras que conseguiu ultrapassar as divisas do País e ser reconhecida no mundo inteiro. Muita coisa interessante tem acontecido na empresa, com seus fundadores, o time e a evolução dos produtos. “O mundo nunca foi grande em minha visão. Sempre me fascinou o fato de conquistar além das fronteiras locais”, disse Maurício “Odery” Cunha, CEO. Veja mais nesta entrevista. MATÉRIAS 24 EVENTO Gabisom usa mesa Rivage PM no Rock in Rio 26 CORPORATIVO Grupo Focusrite adquire Martin Audio 28 LANÇAMENTO Musical Express lança ukuleles Moani 30 FABRICANTE Frahm lançará produtos para novos nichos de mercado 32 DISTRIBUIÇÃO Harmonics, uma alternativa para seu primeiro instrumento

COLUNAS

34 ENTREVISTA PZ Proaudio se prepara para lançar

72 Gratidão no mundo dos negócios

36 MERCADO HyperPRO terá mais linhas em 2020

sua segunda linha em 2020

por Luiz Carlos Rigo Uhlik

74 Os 7 maiores riscos que advêm da não formação de mercado futuro na música por Nelson Junior

38 ANIVERSÁRIO Leac’s celebra 30 anos 50 ESTRATÉGIA ProShows e Music Tribe reforçam presença no Brasil 52 EMPRESA Gope investe em pessoas, produtos e processos para

crescer no Brasil e no exterior

56 LOJA Backstage Music visa o bom atendimento 58 EDUCAÇÃO Alberto Teclados promove um mundo com música 60 HANDMADE – INSTRUMENTOS Klingen Guitars planeja expandir

seu estoque e distribuição

62 ILUMINAÇÃO High End Systems tem planos de expansão

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66 LOJA OpenStage fornece espaço para incentivo à música 68 HANDMADE - ACESSÓRIOS Cases e pedalboards artesanais

da Dantas Handmade

70 LOJA Shop Music propõe análise de preços para as vendas físicas e on-line 76 FEIRA Music Show Exp convoca empreendedores do mercado da música 78 FEIRA Musikmesse 2020: Acoustic Village receberá marcas de guitarras

62 14 www.musicaemercado.org

80 FEIRA NAMM Show 2020

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EDITORIAL DANIEL A. NEVES

CEO & PUBLISHER

“Na economia de mercado não há outro meio de adquirir e preservar a riqueza a não ser fornecendo às massas o que elas querem, da maneira melhor e mais barata possível.” — Ludwig von Mises*

STAFF CEO & Publisher

Daniel A. Neves Diretora de Redação

Paola Abregú

O MERCADO DA MÚSICA NÃO MORREU

Diretor de Arte

Dawis Roos Departamento Comercial (Brasil)

Denise Azevedo comercial@musicaemercado.org Tel.: (11) 3567-3022 Trade Marketing e Novos Negócios

Thiago Henrique Ferreira trade@musicaemercado.org Administração e Finanças

Rosângela Ferreira

O mercado da música não morreu, seja de áudio, seja de iluminação, seja de ins-

trumentos musicais, mas ele se transformou. Ele vem se transformando dia após dia com a famosa economia compartilhada — ou o que nós chamamos de nanossegmentação, por meio de nanolíderes, nanoempresas e nanonichos.

Basicamente o mercado se fragmentou em milhões de pequenos pedaços em

que todo mundo produz e vende ou aluga. Isso não só transforma o mercado da música, mas muitos outros de uma maneira que é impossível voltar. O varejo de hoje, ou a empresa que aluga ou revende, ou importa ou fabrica,

Revisão de Texto

Hebe Ester Lucas Assinaturas

assinaturas@musicaemercado.org Colaboradores

Ann Lévizon, Joey Gross Brown, Luiz Carlos Rigo Uhlik e Nelson Jr. Impressão e Acabamento

Nywgraf Editora Gráfica Música & Mercado®

Caixa Postal: 2162 - CEP: 04602-970 São Paulo / SP / Brasil Tel.: +55 (11) 3567-3022 Autorizada a reprodução com a citação da

terá de levar em consideração a formação de novos consumidores, adaptados a esse novo sistema. O mercado não vai agir como agia antes, e muitas das lideranças vêm sendo destruídas dia após dia por conta dessa fragmentação e da possibilidade de poder comprar em qualquer lugar, da comodidade e da comparação de preços. Ninguém é mais rei, ou pior, o rei está nu.

É possível agora que um consumidor compre um abafador de cordas de gui-

tarra pelo Instagram de uma pessoa que mora no interior do Acre e no mesmo momento decida comprar uma guitarra no Rio Grande do Sul, sendo que esse consumidor mora no Rio de Janeiro.

As lojas, o varejo da região passa a não receber esse dinheiro, a não ser alimentado por ele. Somente será recompensado o lojista que souber criar, cultivar, prover de fato uma experiência e preço condizente com a realidade do mercado digital. Isso é um desafio? Com certeza, é um grande desafio! E cabe aos fornecedores,

Música & Mercado, edição e autor. Música & Mercado não é responsável pelo conteúdo e serviços prestados nos anúncios publicados.

em parceria com o varejo, desenvolver a melhor aritmética para essa questão. Isso é que vai pautar o comércio nos próximos anos.

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Desejamos a todos sorte e muita visão de futuro, porque a mera verdade é que

Anuncie na Música & Mercado comercial@musicaemercado.org Parcerias

Associados

esse futuro já começou.

DANIEL NEVES CEO & PUBLISHER DE MÚSICA & MERCADO TWITTER/DANIEL_NEVES BAIXE NOSSO APP EM: WWW.MUSICAYMERCADO.ORG/IPAD-IOS-ANDROID/ *Ludwig von Mises, economista teórico (1881-1973)

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FAÇA COMO O CRIADOR, USE LUEN

Ubirany - Fundo de Quintal

criador do repique de mão


OPINIÃO

EXPECTATIVAS E OTIMISMO PARA 2020

POR ELTON BORGES DO NASCIMENTO

Especialista em comércio exterior, diretor na ONE Electronics, empresa baseada nos Estados Unidos voltada para a distribuição de áudio profissional e instrumentos musicais para o Brasil e a América Latina

Após anos turbulentos de incerteza política e no mercado, começamos 2020 com indícios que trazem otimismo para os brasileiros

M

ais um ano se passou. O ano de 2019 foi de muitas incertezas e alguns acontecimentos marcaram o rumo que o País pretende tomar daqui pra frente. A eleição do presidente Jair Bolsonaro trouxe boas expectativas para o mercado, porém, para alguns, gerou incerteza e o País seguiu dividido nas opiniões. A reforma da previdência foi finalmente aprovada, e com ela se espera reduzir inicialmente R$ 1 trilhão em gastos públicos. A taxa Selic encerrou o ano com uma baixa histórica de 4,5% ao ano. Há mudanças na legislação que facilitam as regras trabalhistas. Também a queda do risco país para o nível mais baixo desde 2010, entre outros bons acontecimentos do ano passado, irá refletir boas expectativas para este ano. Mas nem só de boas notícias vivemos em 2019. Acompanhamos de perto fatos como as tensões entre Estados Unidos e China — as negociações entre as duas maiores economias do mundo podem fazer com que o Brasil perca

terreno nas exportações agrícolas para a China, o que também alterou as projeções de crescimento da economia global. Contudo, temos motivos de sobra para acreditar que os reflexos de 2019 para este ano serão bons. Com menor incerteza política e a histórica baixa da taxa Selic, começamos o ano esperando o aumento do consumo das famílias. Com a expectativa de aumento no consumo, a venda dos varejistas será maior em 2020. Quando a economia depende de uma série de sanções burocráticas, diversos entraves acabam ocorrendo e impedem a criação de novos negócios. Esperamos que o governo continue trabalhando nos pontos da liberdade econômica e que uma possível reforma tributária aconteça em breve para que os lojistas continuem otimistas e alavanquem as vendas. Voltando ao lado político, 2019 foi um ano em que o Brasil passou por um contexto mais agudo de incerteza política, em que ainda se viu muito da polarizada disputa eleitoral de 2018. Isso gerou atrasos em algumas reformas sugeridas pelo governo e sujeitou a erro muitas das expectativas econômicas para o ano. O governo, de modo geral, modifica o ambiente em que as empresas operam. Nesse sentido, as decisões do governo relacionadas a políticas econômicas influenciam

Acredito que o pior já passou, agora é focar o que está dando certo e procurar se adaptar sempre às novas exigências do consumidor 18 www.musicaemercado.org

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o mercado. Diante dessa tese, os impactos da incerteza política nacional refletem diretamente no mercado. Já para 2020, observo certa diminuição na incerteza política, o que me faz enxergar um ano menos conturbado e favorecido pelo aumento do consumo da população caso a taxa de desemprego permaneça em queda e a inflação, controlada. Isso gera grande impacto no crescimento econômico, uma vez que o consumo das famílias representa cerca de 65% do PIB brasileiro, segundo o IBGE. Levando isso para o mercado de instrumentos musicais e áudio profissional, vejo uma melhora no segmento como um todo. Acredito que o pior já passou, agora é focar o que está dando certo e procurar se adaptar sempre às novas exigências do consumidor. As perspectivas para este ano aparentemente estão mais aderentes à realidade apreendida ao longo de 2019, e é com esse espírito otimista e motivado que recebo 2020. n



ÚLTIMAS

As mais recentes notícias do mercado de áudio, iluminação e instrumentos musicais

ÁUDIO

O driver DCX414 da B&C ganha prêmio A B&C Speakers rePrescott e Ron Tizzard cebeu o prêmio SW/ Bennett recebem o prêmio LSI Reader’s Choice Awards pelo seu driver de compressão coaxial DCX464. O prêmio foi entregue na feira NAMM e o produto da B&C teve mais de 40 mil votos. O diafragma de campo médio do DCX464 cobre 300 Hz a 5,5 kHz com sensibilidade de 110 dB e sua bobina de voz de 100 mm lida com 220 W. O diafragma de alta frequência com bobina de 64 mm cobre de 3 a 18 kHz com uma sensibilidade de 112,5 dB e dirige 160 W. Um integrador de campo médio com patente em trâmite permite que ambos os diafragmas operem em uma largura de banda larga para maior saída combinada e flexibilidade de cruzamento. Toda essa energia chega até uma garganta de 1,4”, com o tamanho mais compacto que pode ser criado hoje.

Fones Aonic e sistema BLX288, da Shure O que tem de novo da Shure para os primeiros meses do ano? Sua linha de fones de ouvido premium, com os modelos Aonic 50 e Aonic 215, e o sistema dual vocal BLX288 com SM58. O fone Aonic 50 Wireless Noise-Cancelling foi desenhado para o conforto do usuário, que os utiliza o dia todo em seu trabalho, com 20 horas de bateria. O Aonic 215 True Wireless Sound Isolating Earphones conta com o mesmo design dos fones que músicos utilizam para monitoramento in-ear durante apresentações ao vivo, com até oito horas de bateria e mais três cargas. Já o sistema dual vocal BLX288 com SM58 consiste em um microfone vocal dinâmico cardioide, feito sob medida, que combina configuração simples e uma interface intuitiva.

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Workshop da Attack em São Paulo Em janeiro foi realizado o workshop “1 Dia de Subwoofers e Monitores Participantes do workshop de Palco”, ministrado por Rafael Lins, na empresa Ideal Mix Eventos, em São Paulo (SP). Para as lições foram utilizadas as caixas da Ideal Mix, entre elas os subwoofers S118D e S112D, o line array L208D e os monitores da linha Versa Red VSM115A, tudo da Attack. Para gerenciar os sistemas foi utilizado o processador LM408E da linha Vertcon. Junto com Rafael Lins, o consultor técnico Amauri Sousa, da Attack, foi responsável pela organização.

Harman muda de CEO A partir de 1º de abril, Michael Mauser será o novo presidente e CEO da Harman, sucedendo a Dinesh Paliwal. A Harman, subsidiária da Samsung Dinesh e Michael Electronics Co., Ltd., anunciou que seu conselho administrativo escolheu por unanimidade Michael Mauser — que ocupou vários cargos executivos e de gerência geral em seus 22 anos como parte da Harman — como novo presidente e CEO. Mauser ingressará no conselho administrativo em 1º de abril deste ano. Por outro lado, Paliwal, para facilitar a transição, concordou em continuar na Harman como consultor sênior do conselho administrativo e exercendo as funções de CEO até dezembro deste ano.

Verity Audio e seus novos produtos A Verity Audio começou o ano participando de diferentes feiras, nas quais mostrou o IWAC220P (um line array duplo de 10” que possui um sistema de transporte vertical, um módulo de amplificação removível com voltagem universal de 110V-240V), o AC12.3P (coluna ativa com um design de alto nível de SPL, construída com um amplificador digital multicanal e um módulo DSP para ajuste de som e controle vertical da propagação sonora) e o Ambience (alto-falantes de coluna para diferentes soluções de aplicações fixas e móveis. A série inclui as colunas COL4.3, COL8.3, COL16.3 e COL24.3 e os subwoofers SUB208S e SUB408S).

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Lavoce tem novo gerente para as Américas Tom James é o novo gerente de Desenvolvimento de Negócios nas Américas da Lavoce Italiana. Tom se preparou para essa nova posição ao longo de seus mais de 30 anos como engenheiro de transdutor/aplicações e gerente de projetos, tendo assim uma rede de contatos existentes e possíveis clientes para a Lavoce na região. Sua experiência no fornecimento de soluções de engenharia para seus clientes desempenhará um papel fundamental no desenvolvimento da presença da Lavoce entre seus parceiros de distribuição e OEM nas Américas do Norte e do Sul.

AlphaTheta Corporation é o novo nome da Pioneer DJ Corp. A Pioneer DJ Corporation iniciou o ano com um novo nome, alterando a denominação da empresa para AlphaTheta Corporation. A empresa esclareceu que suas marcas e nomes, incluindo Pioneer DJ, não serão afetados. Também explicou que a mudança não está relacionada a nenhuma fusão, venda ou reorganização. O nome da empresa foi atualizado para refletir melhor seus valores e visão. Eles também expressaram orgulho em seu compromisso com a indústria da música, escolhendo o novo nome da empresa, AlphaTheta Corporation, com base em sua visão de inovar, inspirar e entreter.

Equipes no NAMM Show

Série K da QSC no NAMM TECnology Hall of Fame O TECnology Hall of Fame homenageia e reconhece produtos de áudio que contribuíram significativamente para os avanços na gravação, no som ao vivo e na tecnologia de áudio. A Série K, lançada em 2009, oferece amplificação de 1.000 W em uma caixa em ABC que combina um tweeter de compressão de 1,75” e um woofer de 8”, 10” ou 12”. “Foi a Série K que não apenas nos colocou no mapa como fabricante de alto-falantes, mas também realmente estabeleceu a QSC. O fato de a NAMM e o TECnology Hall of Fame estarem validando esse legado é incrivelmente gratificante para as muitas pessoas e equipes talentosas da QSC que trouxeram esse produto ao mercado”, disse Ray Van Straten, diretor sênior de Marketing Global, Live Sound da QSC.

Os 25 anos da DAS Audio América A DAS Audio América comemorou seu 25º aniversário com uma festa no primeiro dia da feira NAMM Show, ocasião em que aproveitou para lançar os novos modelos line array Event-26A — um line array autoamplificado de duas vias, em uma configuração simétrica dupla de 6,5” em forma de “v” que oferece uma cobertura horizontal de 100º — e o subgrave Event-115A — sistema autoamplificado, bass-reflex, que utiliza um único transdutor de 15” para baixas frequências. Outro lançamento é a série E11Even Sound, sistemas projetados especificamente para instalações em salas de diversão noturna, com o objetivo de colocar o som na vanguarda da experiência sensorial de clubes e discotecas. www.musicaemercado.org 21


INSTRUMENTOS MUSICAIS John D’Addario III é o novo CEO da D’Addario Este novo ano começou com John D’Addario III, filho de John D’Addario Jr. e sobrinho do John e Jim D’Addario CEO anterior, Jim D’Addario, como CEO e presidente da empresa. John D’Addario III ocupou vários cargos durante seus 23 anos na organização, desde o trabalho no departamento de expedição, quando adolescente, passando por colocações em operações e vendas, até a posição atual como presidente. “Não há dúvida de que meu avô, meu pai e meu tio tinham uma visão única para nossa empresa”, disse John D’Addario III. “Meu objetivo é desenvolver essa visão e garantir um crescimento sustentável, sem perder de vista nossos valores essenciais e a integridade de nossas marcas.” John foi essencial para ajudar na expansão da D’Addario, de uma empresa americana de cordas de guitarra até o que ela atualmente representa no mundo de acessórios musicais. Jim D’Addario continuará sendo responsável por impulsionar a inovação em toda a empresa, principalmente no desenvolvimento de produtos e na engenharia por trás do extenso portfólio de acessórios da D’Addario. Como diretor do conselho, Jim também ajudará a liderar os acionistas e o conselho de administração para moldar a visão e a missão da marca.

Lojas no Espírito Santo atingidas pela chuva Várias lojas em diferentes estaAntes e depois: loja Carneiro dos brasileiros sofreram prejuízos devido às fortes chuvas no primeiro mês do ano. Uma delas foi a Carneiro Instrumentos Musicais, localizada em Cachoeiro de Itapemirim (ES), que ficou alagada e perdeu grande parte do mix de produtos que estava em exposição. A força da enxurrada foi tanta que as portas de metal cederam e a água entrou no local, alagando não só a superfície, mas também arrastando instrumentos e outros equipamentos para o exterior da loja. “Nosso foco agora é, sem dúvida, trabalhar para a reabertura da operação, ainda sem prazo definido”, agregou Fabrício C. Dias, diretor comercial da Carneiro Instrumentos Musicais, que preferiu não falar sobre o valor em dinheiro das perdas. Outras lojas na região foram atingidas, como a Citron Instrumentos Musicais e outras menores em cidades distintas. Bruno, funcionário da loja da Citron em Cachoeiro de Itapemirim, disse: “A enchente foi realmente muito forte e assustadora. A maior da cidade. Muitos perderam tudo. Uma de nossas lojas foi atingida — temos duas na cidade. Água até o teto, porém havíamos tirado todos os produtos da loja e colocado no estoque, que fica no andar superior”.

Convenção de vendas 2020 da Izzo A Izzo Musical realizou sua terceira convenção de vendas e lançou sua campanha #GiroRapido para esse ano. “O conceito de Giro Rápido foi baseado em feedbacks e pesquisas junto aos clientes Izzo que afirmam que o mix de produtos da empresa é assertivo e tem “giro” no varejo com uma velocidade que proporciona lucratividade ao cliente e estoques renovados,” explicou Edgard Ribeiro, gerente de marketing da Izzo. Com a presença da presidente, Priscila Storino, Kátia Storino, diretora responsável pela fábrica, e Simone Storino, diretora de marketing e comercial, a força de vendas presenciou um pocket show surpresa de Fernanda Salgado (artista Crafter), a revisão e análise dos números do ano anterior, os conceitos e planejamento a serem trabalhados, e o anúncio de uma mudança comercial no atendimento Izzo: agora a empresa conta com representantes dedicados as marcas internacionais e outros representan-

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Convenção de vendas 2020 da Izzo

tes focados nas marcas de fabricação nacional. Também houve outras atividades e palestras voltadas a novas ferramentas com o objetivo de auxiliar a força de vendas a ser mais produtiva e eficaz em seu trabalho, e uma palestra de Daniel Neves, presidente da Anafima, falando sobre a necessidade de se reinventar, de ser um profissional atualizado e estar pronto para o futuro do mercado.

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Yamaha mostra mais de 75 produtos no NAMM Show Sim, mais de 75 novidades foram apresentadas no estande da Yamaha, junto com equipamentos de outras linhas já existentes no mercado. Alguns lançamentos? Pelo lado da Yamaha Keyboards há um novo teclado portátil para ser usado por toda a família, com ferramentas de aprendizado especiais e diferentes vozes. Pelo lado das guitarras, foi lançada uma série atualizada de guitarras acústicas, com o sistema de pré-amplificador e captador Atmosfeel, junto com novos acabamentos para diferentes linhas de guitarras elétricas. Para áudio pro também há novidades, com novos alto-falantes das marcas Yamaha e Nexo. O setor Winds & Strings (sopro e cordas) fez o debute de uma ampla variedade de instrumentos para bandas e orquestras, incluindo uma edição à linha Silent.

Ovation Custom Shop abre suas portas O novo Ovation Custom Shop, localizado em New Hartford, Connecticut, Estados Unidos, contará com uma O novo custom shop equipe de luthiers e técnicos dedicados, focados na fabricação de guitarras. Os artesãos têm uma experiência combinada de mais de 100 anos especificamente na Ovation, portanto, usarão seus conhecimentos, tecnologias mais recentes e técnicas de construção para oferecer guitarras Ovation e Adamas. Os primeiros produtos a sair do Ovation Custom Shop são uma série muito limitada dos modelos Adamas 1687GT e Adamas 2087GT. Em breve, a loja poderá atender pedidos de uma variedade de guitarras personalizadas. O novo Ovation Workbench também faz parte da loja, para que os clientes com guitarras Ovation e Adamas que precisam de reparos, configurações ou atualizações possam obter trabalhos de assistência totalmente autorizados pelos luthiers e técnicos.

Fabricantes e luthiers precisam de licença

Jacarandá brasileiro para instrumentos somente com licença da Cites A Cites (Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens) emitiu uma notificação oficial informando que o jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra) tem seu uso controlado, somente liberado para as peças provenientes de plano de manejo regular perante o Ibama — essa origem deverá ser comprovada no momento da emissão da licença Cites. Já para as madeiras comercializadas no Brasil, todo fornecedor deverá emitir o DOF (Documento de Origem Florestal), além de, obviamente, a nota fiscal. A Anafima (Associação Nacional da Indústria da Música) fez parte do grupo internacional que liderou as tratativas das madeiras para instrumentos musicais. Madeiras dentro da lei: como prática recomendada, as empresas e luthieria de instrumentos musicais e acessórios, componentes da montagem de um instrumento, devem continuar trabalhando em conformidade com as autoridades brasileiras para evitar penalização.

ILUMINAÇÃO DTS comemora 40 anos com novo logo Na atualização do logotipo da DTS, a equipe de design se concentrou em uma versão mais contemporânea e moderna, que refletisse as demandas em rápida mudança dos segmentos de entretenimento e arquitetura. A cor da empresa também mudou para um laranja vibrante, uma cor que não é tão fácil de criar com a tecnologia LED. Fundada em 1980, a DTS deixou de ser uma empresa familiar e hoje conta com três plantas de produção e clientes em mais de 80 países. Além disso, sua evolução continuará com uma série de novas estratégias de negócios e algumas mudanças em sua gestão. Prova disso é a contratação de um novo gerente regional de vendas para a América do Sul, Lorenzo Campana.

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EVENTO: GABISOM

GABISOM USA MESA RIVAGE PM NO ROCK IN RIO

A locadora Gabisom usou o sistema Rivage PM da Yamaha para mixar o áudio no festival Rock in Rio no Parque Olímpico, Rio de Janeiro. Tambem adquiriu processadores Newton da Outline e hoje tem o maior estoque no mundo

P

or mais um ano a Gabisom foi a encarregada de fornecer os equipamentos de áudio para todos os palcos do festival. Diversas mesas da Yamaha foram usadas em cinco palcos do Rock in Rio, marcando a estreia do sistema Rivage PM no festival. Dois sistemas Rivage PM10 foram utilizados no PA e no monitor do palco Mundo, dois Rivage PM7 no monitor do palco Sunset e um terceiro sistema Rivage PM10 no PA do palco New Dance Order. A Gabisom também forneceu a mesa CL5 utilizada no palco Espaço Favela. Os sistemas foram configurados pela equipe da Gabisom, enquanto a equipe da Yamaha Musical do Brasil ofereceu suporte técnico e treinamento local para operadores que ainda não estavam familiarizados com o sistema. Alguns artistas que usaram os sistemas Rivage durante o festival foram Foo Fighters, Black Eyed Peas, Nickelback, Sepultura, a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) e outros. Importante destacar que o sistema Rivage PM10, por exemplo, é a escolha de mesa de mixagem do técnico de monitor dos Foo Fighters, Ian Beveridge. “O Rock in Rio é reconhecido como o evento que lidera as tendências de mercado na indústria de entretenimento da América Latina. Foi uma ótima oportunidade para apresentar o sistema Rivage PM a um grande número de profissionais do áudio”, disse Caio Lenzi, gerente de áudio profissional da Yamaha do Brasil. “Estamos muito gratos pela Gabisom

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Eder Moura, engenheiro de som da Gabisom

Renato Venom, técnico de monitor do Emicida no Rivage PM7

Ian Beveridge, técnico de monitor do Foo Fighters no Rivage PM10

Achim Schulze, técnico de PA do Scorpions no CL5

Lounge VIP da Globoplay

ter especificado o sistema no festival desse ano. Vemos um futuro brilhante para o Rivage PM na nossa região.” Em parceria com a Rede Globo de Te-

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levisão e a Dolby, a Yamaha Musical do Brasil também forneceu equipamentos para um sistema de som imersivo Dolby Atmos 4.1.4 na área VIP da Globoplay,


situada próximo ao palco Mundo. Um feed 5.1.4 ao vivo era mixado nos estúdios da Globosat e enviado ao console QL5 da Yamaha no local do evento. Os sinais eram então roteados Macarrão, técnico de ao processador Atmos Joe Kaiser, técnico de PA do Nickelback no Rivage PM10 PA dos Raimundos no Rivage PM10 da Dolby e reproduzidos pelo sistema com quatro caixas ativas dio dos principais fabricantes. sincronização. Além disso, é incrível ter O investimento mais recente da 16 saídas com toneladas de potência de DZR10-D, dois subwoofers DXS15XLF-D Gabisom neste equipamento da Outli- processamento e, por último, mas não e quatro arandelas VXC8. ne completa uma compra inicial feita menos importante, a integração com Mais investimento em meados de 2019 e significa que a Smaart é incrível também”. em equipamento empresa agora tem o maior inventário O investimento da Gabisom foi reaAlém disso, a Gabisom adquiriu recen- Newton no planeta. lizado logo após a Outline nomear um temente processadores Newton FPGA O técnico de sistema chefe da Gabi- novo distribuidor para o Brasil: a Audio da italiana Outline e agora conta com som, Eder Moura, comentou: “Gosto de Systems, de São Paulo. n o maior estoque do mundo. usar o Newton porque não dá problema. O processador Newton foi lançado Agora podemos ter as mesas de matriz Mais informações em 2017 e, graças às suas característi- do festival junto com a mesa com vídeos, br.yamaha.com cas, é usado por uma ampla variedade DI e MCs sem dificuldades, não precisaaudiosystems.com.br de empresas junto com sistemas de áu- mos nos preocupar com problemas de


CORPORATIVO GRUPO FOCUSRITE

GRUPO FOCUSRITE ADQUIRE MARTIN AUDIO

O Grupo Focusrite anunciou que desde dezembro o renomado fabricante de sistemas de áudio Martin Audio Ltd. faz parte de seu catálogo de marcas

O

ano terminou com uma grande notícia para o segmento de áudio. O Grupo Focusrite, detentor das marcas Focusrite, Focusrite Pro, Adam Audio, Novation e Ampify Music, anunciou a aquisição da Martin Audio Ltd. e empresas associadas. Como muitos sabem, a Martin Audio é uma empresa inglesa que projeta e fabrica sistemas de áudio para os mercados de touring e instalação. Essa aquisição segue a da Adam Audio, que Na foto (da esq. para a dir.), Philip Dudderidge, fundador e chairman da Focusrite, também foi anunciaDominic Harter, diretor-geral da Martin Audio, e Tim Carroll, CEO da Focusrite da em 2019. Phil Dudderidge, fundador e presi- rir o negócio de sua estrutura de admi- focada em enriquecer vidas por meio da música, eliminando as barreiras da dente da Focusrite, afirmou que isso era nistração e capital privados”. Tim Carroll, CEO da Focusrite, fa- criatividade, desde o início do processo algo em que pensava há anos: “Conheço a Martin Audio desde o seu início, em lou mais sobre os critérios da aquisi- até oferecer uma performance comple1971. Seu fundador, Dave Martin, e eu ção: “Esta é uma forte demonstração ta no palco. A Martin Audio completa nos tornamos amigos em 1989, quando de nossa estratégia de expansão para essa ideia para oferecer ao público a fui assessor e presidente não executivo novos mercados. A Martin Audio tam- melhor experiência de som ao vivo”. A Martin Audio continuará opepor um ano, na época em que a empre- bém é uma marca estabelecida, com sa se preparava para ser vendida à Tan- finanças sólidas que agregam valor ins- rando de sua sede e fábrica em High noy Goodman International plc (TGI) tantaneamente. O mais importante é Wycombe, Inglaterra, sob a liderança em 1990. A Martin Audio é vizinha da que eles estão culturalmente alinhados do diretor Dominic Harter. n Focusrite Audio Engineering na cidade com um papel claro a desempenhar em de High Wycombe e seus atuais geren- nosso desenvolvimento. O Grupo FoMais informações tes reconheceram que a Focusrite era o cusrite é, acima de tudo, uma empresa focusrite.com candidato comercial óbvio para adqui- profissional de tecnologia de música, 26 www.musicaemercado.org

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LANÇAMENTO MOANI

MUSICAL EXPRESS LANÇA UKULELES MOANI

Moani é uma nova marca de ukuleles que a Musical Express desenvolveu especialmente para oferecer opções diferenciadas ao mercado brasileiro. Conheça mais aqui

P

roduzida na China, a Moani é uma marca 100% desenvolvida pela Musical Express, fabricada com materiais nobres e “atendendo ao mais alto padrão na confecção de instrumentos musicais”. “Durante o desenvolvimento da marca, fizemos uma análise de mercado considerando todas as oportunidades e o posicionamento que gostaríamos de alcançar. A ideia foi investir em um padrão de qualidade com o objetivo de atingir o consumidor que quer comprar um ukulele com características acima dos modelos de entrada”, contou Marcelo Jesuino, coordenador de Marketing da Musical Express. A Moani está disponível para venda desde janeiro e possui três modelos de ukulele soprano, três modelos

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concerto e três modelos tenor. Eles variam entre si em diversos detalhes, desde o tipo de madeira até a captação presente na linha Waikiki. “Todos acompanham bag e prezam pelo aca-

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bamento impecável, acima da média dos concorrentes. A Moani disponibiliza peças de reposição da própria marca, evitando assim a descaracterização de um instrumento que necessite de manutenção”, agregou. Os modelos diferenciam-se essencialmente na madeira do bojo, na presença ou não de eletrônica e em outros ornamentos estéticos, como desenho a laser ou roseta decorada. Há três linhas disponíveis: Linha Waikiki: Construída em koa e com roseta decorada. É equipada com equalizador de três bandas, afinador cromático (com indicador de LED), botões para controle de grave, médio, agudo, volume, liga e desliga; acompanha bag luxo (UKBG12). Linha Honolua: Construída em maho-


gany, com roseta decorada e acompanha bag luxo (UKBG12). Linha Waimea: Construída em sapele; possui ornamentação a laser no tampo e acompanha bag standard (UKBG03). “A Moani se destaca pelo acabamento primoroso e matéria-prima criteriosamente selecionada. Os ukuleles apresentam características diferenciadas do mercado, como a sua sonoridade, um dos principais destaques da marca. Devido à sua construção, com duplo reforço interno e combinação perfeita das madeiras e suas partes, os instrumentos apresentam um som definido, harmônicos ricos e ótima projeção sonora”, detalhou Marcelo.

Estratégia e expectativas Logo que chegaram ao mercado, os ukuleles Moani foram testados por es-

pecialistas de produtos da Musical Express e diferentes músicos. “Dentre as considerações e críticas, a opinião unânime é que a Moani oferece um produto de acabamento primoroso, equipado com acessórios de alta qualidade e ótimo custo-benefício”, disse. Após uma análise de mercado, os ukuleles Moani foram posicionados em uma faixa de preço intermediária entre instrumentos de entrada e premium. “Com o preço sugerido, será um excelente negócio para o lojista e para o consumidor final, já que a matéria-prima e o acabamento Moani se destacam dos demais ukuleles do mercado.” A Musical Express teve uma condição de preço diferenciada para o lançamento desses instrumentos. Os clientes, em sintonia com a proposta e o posicionamento da marca, tiveram

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um desconto de incentivo. “Utilizaremos o know-how da Musical Express em marketing, mídias digitais, eventos, divulgação junto a artistas e outras ações que possam impulsionar a marca e estimular o desejo dos consumidores”, adiantou Marcelo. Com a Moani, a Musical Express pretende oferecer “a melhor opção em ukuleles para o músico que busca uma ótima sonoridade pelo melhor custo-benefício do mercado. Desejamos que a Moani seja a marca mais lembrada pelos consumidores como a primeira opção de instrumento de qualidade”, concluiu. n Mais informações musical-express.com.br MusicalExpressOficial

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FABRICANTE FRAHM

FRAHM LANÇARÁ PRODUTOS PARA NOVOS NICHOS DE MERCADO

A Frahm está trabalhando para expandir sua presença não só nos mercados tradicionais, mas também em novos ambientes nos quais não tinha trabalhado até agora

A

empresa lançou, no segundo semestre de 2019, duas novas linhas para som ambiente tanto em interiores como em exteriores. O objetivo é oferecer novas opções para designers e instaladores, além de facilidade de montagem e uma estética que se adapte — e resista — ao ambiente em que sejam usadas. “A Frahm tem como estratégia principal envolver no processo de concepção dos produtos aqueles que de alguma maneira fazem parte da cadeia, como instaladores e consumidores. Atendendo os desejos e anseios desses stakeholders, tornamos as nossas soluções em sonorização de ambientes muito mais assertivas”, explica André T. Frahm, coordenador de marketing. A grande aposta que a Frahm está fazendo em 2020 é a produção de itens de sonorização que atenderão novos nichos de mercado nos quais a empresa ainda não atua. “Assim como o mercado está em constante mudança, as empresas precisam se adaptar também. Buscando dar o foco necessário a cada um dos setores em que atuamos, passamos a ter equipes dedicadas a cada área específica, dando ainda mais peso a cada um dos departamentos”, disse. Seguindo essa pauta, em 2020 a empresa dedicará um tempo ainda maior ao segmento de som profissional, visando aumentar sua atuação também nesse nicho de mercado. “Estamos animados com os sinais de melhora da economia, com a redução do desemprego, entre outros resultados positivos. Isso, somado aos novos

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Caixa CS 6” 100 W Branca

projetos (de produto e de mercado) que estamos desenvolvendo, nos leva a acreditar em um cenário bastante atrativo para o ano de 2020”, concluiu.

Linhas CS e HS

A Frahm desenvolveu as duas linhas com o objetivo de oferecer uma solução para sonorização de ambientes externos, mas também podem ser usadas em interiores. Ambas vêm com design discreto e estão disponíveis nas cores preta e branca, para poder combinar com o ambiente desejado. A caixa foi desenvolvida com poliestireno virgem e o telar utilizado é em alumínio, para evitar que o material sofra interferências climáticas. Um dos maiores benefícios de ambas as linhas é a facilidade de instalação, com o conector de engate rápido. A caixa foi desenvolvida com um espa-

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Caixa HS 5” Telar Chanfrada Outdoor 120 W Preta

ço para instalação do transformador no lado externo. Isso reduz o tempo consumido na instalação, em que é preciso desmontar a caixa para colocar os transformadores. O suporte articulado permite que a caixa seja instalada na vertical e possa ser manuseada ou ajustada conforme a necessidade. A caixa pode ser direcionada para um local específico ou ainda colocada em uma posição mais adequada para a transmissão do som. A linha CS conta com as caixas CS 6” 100 W e CS 5” Outdoor 80 W. A linha HS tem os modelos HS 6” Telar Liso 140 W, HS 6” Telar Chanfrada 140 W e HS 5” Telar Chanfrada Outdoor 120 W. n Mais informações frahm.com.br FrahmOficial



DISTRIBUIÇÃO: HARMONICS

HARMONICS, UMA ALTERNATIVA PARA SEU PRIMEIRO INSTRUMENTO

A Harmonics, marca da Hayamax, tem uma série de produtos pensados para quem deseja adquirir seu primeiro instrumento. A novidade? Este ano lançará uma linha de microfones

A

Harmonics chegou ao mercado brasileiro, por meio da distribuidora Hayamax, no final de 2013 com o intuito de atender a necessidade daqueles que estão iniciando os conhecimentos na área musical. “O foco da marca sempre foi oferecer aos clientes a possibilidade de ter instrumentos com preços acessíveis e ótima qualidade em seu estabelecimento”, comentou Marcos Sousa, gerente de vendas da Hayamax. Atualmente os instrumentos são importados da China, após uma rigorosa inspeção na qualidade do processo de fabricação. A Hayamax possui escritório no país e isso torna possível um acompanhamento mais próximo junto às fábricas, que enviam avaliações constantemente. “Estamos em constante evolução no sentido de ser a marca que torna possível o sonho do primeiro instrumento. Com esse objetivo em mente, nossas ações são voltadas para que se cumpra essa diretriz. Este ano, em especial, estamos trabalhando para que a marca Harmonics tenha maior reconhecimento nacional, para isso nos empenhamos no desenvolvimento de novos produtos sem deixar o controle de qualidade de lado, e no fortalecimento do nosso relacionamento com os lojistas, pois entendemos que sem eles fica difícil ter nosso objetivo alcançado”, adicionou.

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“Instrumentos com preços acessíveis e ótima qualidade”

Cordas, sopro e acessórios A Harmonics conta com linhas de cordas, sopro e acessórios. Na linha de cordas há 12 produtos, entre eles violões de náilon, aço, elétrico, acústico, ukuleles e violinos. “Gostaria de destacar, dentre esses, alguns instrumentos, como o GNA111, que é o violão ideal para quem está começando,

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por ter cordas em náilon e um ótimo custo-benefício. Ele está disponível nas cores preto, natural e sunburst. Outro destaque é para o modelo GE30, nosso violão folk que conta com uma


qualidade de construção impecável, uma excelente projeção sonora e ótimos captadores”, explicou Marcos. Acompanhando a tendência do mercado, no ano passado a marca também lançou uma linha de ukuleles que “tem sido nosso sucesso de vendas”. Na linha de sopro existem hoje 14 instrumentos, todos pensados cuidadosamente em termos de desenvolvimento do produto — um diferencial dessa linha é que todos contam com um case resistente e elegante. “O destaque vai para o sax alto, que possui vedações perfeitas, proporcionando ao músico uma ótima resposta sonora.” Por fim, na linha de acessórios, contam com capas, palhetas e correias, entre outros. “A qualidade que conseguimos obter na linha dos instrumentos de sopro se destaca muito pela confiabilidade na afinação e na construção dos próprios instrumentos. Outro ponto que podemos destacar é o custo-bene-

fício em toda a linha. Conseguimos entregar maior qualidade com um preço mais acessível”, agregou. “Hoje temos um percentual mínimo de retorno de produto, que é o que mais focamos além das vendas, pois cliente satisfeito é a principal estratégia para o posicionamento de uma marca.” A Harmonics terminou 2019 com mais de 3 mil clientes atendidos. Marcos declarou: “Estamos presentes nas melhores lojas do País e trabalhando forte para aumentar cada vez mais esse número de pontos de venda com produtos Harmonics. Sabemos que a concorrência é muito grande, inclusive com marcas mundialmente conhecidas, mas nossos produtos têm boa aceitação pelos usuários. Algo que nos chama a atenção é a acolhida de nossos produtos em especial pelo público gospel. Relacionamos isso à nossa diretriz principal, que é ser o primeiro instrumento do nosso cliente”.

As novidades? Para o primeiro semestre do ano, a Harmonics lançará uma nova linha de microfones. Serão quatro modelos, incluindo microfones sem fio. Já no segundo semestre, a marca está planejando mais um grande lançamento que ainda é segredo, “mas adianto que tem coisa boa vindo por aí. Este ano continuaremos com nosso objetivo de difundir a marca no mercado brasileiro. Queremos estar nas principais feiras de música do País para que quem ainda não teve a oportunidade de conhecer um produto Harmonics desfrute essa chance. Também iremos fortalecer os laços com os lojistas e novas parcerias”, finalizou. n Mais informações hayamax.com.br HayamaxDistribuidora Hayamax.Oficial

SISTEMA
DE
LINE
ARRAY
DUPLO
DE
2
VIAS
E
10" ・
Insira
cada
ângulo
do
array
no
chão
e
levante-o
diretamente ・
Transporte
vertical
inovador
projetado
para
atender 



às
demandas
de
montagem
rápida ・
Design
de
caixa
compacta,
da
mesma
dimensão
que
caixas
duplas
de
8", 




mas
com
melhor
desempenho
em
SPL
e
graves

16-19th
Jan
2020 B o o t h
 N o .18116

Case
para
o
 sistema
IWAC220

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ENTREVISTA PZ AUDIO

PZ PROAUDIO SE PREPARA PARA LANÇAR SUA SEGUNDA LINHA EM 2020

A PZ Proaudio está trabalhando no lançamento de novos produtos para sua série atual, junto com uma nova linha que promete movimentar as vendas no Brasil

Marcos Zheng e o consul do Brasil na China

A

Jane, Sean e Flávio na Prolight+Sound Shanghai 2019

P&Z é uma empresa chinesa com sede em Xangai que nasceu em 2007 pelas mãos de seus fundadores Zheng Xiao Yun e Jane Shi. Na época, a empresa prestava assessoria a empresários brasileiros que tinham interesse em importar diversos produtos da China e também, em contrapartida, a empresas brasileiras que queriam exportar commodities e outras matérias-primas para os chineses. A ideia de explorar o mercado de equipamentos de som no Brasil nasceu depois que um amigo pessoal do sr. Zheng, exatamente um fabricante de equipamentos de som, visitou o País. Assim foi fundada a PZ Proaudio que, com fabricação na China, traz “preços mais agressivos, boa qualidade e fabricação em massa com muita velocidade”, comenta Flávio Hubner, atual diretor comercial. Flávio começou sua carreira na linha de produção da Leacs há 19 anos,

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passando a ser vendedor e depois supervisor de vendas. “Depois disso tive a oportunidade de trabalhar por dois anos como representante comercial de diferentes marcas, e foi quando conheci a PZ Proaudio, logo no começo de sua jornada, tendo a honra de ser o seu primeiro representante no Brasil e introduzir a marca no coração de São Paulo em quase todas as lojas”, contou. Após um ano, Flávio recebeu o convite para ingressar na PZ como diretor comercial e ser responsável também pelas importações. “Passar de representante a diretor comercial da PZ Proaudio foi edificante e, olhando para toda a minha carreira, me parece que tudo que passei antes foi uma preparação para isso. Graças ao tempo na Leacs pude dominar tudo sobre vendas; depois, como representante, pude sentir na pele as dificuldades da vida desses profissionais, e isso me faz ter um ótimo relacionamento com toda a minha equipe de ven-

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Flávio Hubner, diretor comercial da PZ

das hoje, pois eles sabem que eu entendo as suas dificuldades.” Flávio conta mais sobre a PZ nesta entrevista. Como fazem para controlar a qualidade dos produtos da PZ e para que a marca não represente apenas “mais um equipamento chinês”? Flávio: A sede em Xangai conta com

pessoal qualificado que, antes do embarque, faz a conferência dos equipamentos e teste de amostragem, assim temos a segurança de que as mercadorias são devidamente despachadas sempre com um elevado padrão. Qual é a estratégia da PZ no Brasil? Flávio: Buscamos ter sempre o melhor

preço alinhado a um bom padrão de qualidade com auxílio de bons representantes comerciais que vistam a camisa da empresa, criando também bons elos de parceria com as principais lojas. Atualmente temos um time de 15


representantes comerciais cobrindo todo o Brasil e atuando nas principais lojas das regiões, a fim de manter um crescimento excelente. Como você analisaria o mercado local? Flávio: Temos diversos ti-

pos de demandas, desde o cliente que “compra preço” àquele que busca qualidade, e tentamos atender a todos. Neste 2020 estamos nos preparando para lançar a nossa segunda linha, em que o foco será o preço. Fazendo um balanço geral, o ano passado começou estranho, com poucas vendas e uma procura grande por menor preço, mas do meio do ano para o final, o mercado reagiu muito melhor, nos ajudando a superar o ano anterior com um excelente crescimento. Na segunda parte do ano, notamos um aumento assombroso de busca também por qualidade, com preço muito maior, e essa tendência está se mantendo.

Estande na Music Show Experience

Presença também na área de negócios na Music Show Experience 2019

Linha PZ

Qual é a diferença entre os produtos da PZ e outros disponíveis no mercado? Flávio: Nosso principal diferencial é ter

a China como uma extensão direta da empresa, com um de nossos CEOs — e um time de apoio — cuidando de tudo diretamente na China, agilizando e facilitando muito todo o processo, conseguindo assim melhores negociações, que nos ajudam a ter um ótimo custo-benefício para nossos produtos aqui.

Conte sobre os equipamentos disponíveis. Flávio: Temos nove linhas e cerca de 50

produtos na PZ — com novidades para este 2020 —, e mais seis linhas que esta-

Linha YAC

rão na segunda marca que lançaremos também este ano. Nossos modelos mais recentes, lançados na Music Show no ano passado, são os PZ 1244 e PZ 1584, dois sistemas combo 1.1. O PZ 1244 de 700 W é composto por uma coluna com quatro alto-falantes de 4” de neodímio com potência de 200 W RMS, resposta de frequência de 95 a 20 KHz, sensibilidade (1 W/1 M) 96 dB, um subwoofer de 12”, potência 500 W RMS e amplificador digital com DSP com o total de 700 W. O PZ 1584 de 900 W conta com uma coluna com oito alto-falantes de 4” de neodímio com potência de 400 W RMS, resposta de frequência de 80 a 19 KHz, sensibilidade (1 W/1 M) 96 dB, um

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subwoofer de 15” com potência de 500 W RMS e um amplificador digital com DSP com potência total de 900 W. Atualmente o foco é conseguir fazer um bom estoque em meio ao crescimento da empresa, o que permitirá estar muito bem localizados em 2020 com material para pronta entrega. Estamos realizando também testes de diversos novos produtos para a PZ e a segunda linha, que promete ser um estouro em vendas! n Mais informações pzproaudio.com.br PZProAudio

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MERCADO: HYPERPRO

HYPERPRO TERÁ MAIS LINHAS EM 2020

A marca de cordas HyperPRO prepara várias novidades para os próximos meses, além de focar o relacionamento com os usuários e se expandir para outras regiões do Brasil

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FOTOS: THADEU LENZA

V

ocê já ouviu falar da HyperPRO, certo? Nova marca de cordas que foi lançada no Brasil em 2019. A HyperPRO surgiu em decorrência do relacionamento da Mazzaferro Monofilamentos (atual MZF4) com Tony Acosta (fundador e presidente da Luthier Music, em Nova York, uma das maiores referências no violão artesanal na cena internacional, falecido em fevereiro de 2019). Tony era grande amigo dos violonistas Jorge Morel e Paco de Lucia, e tinha como clientes artistas como Andy Summers (da banda The Police) e George Benson, sobre os quais Tony gostava de contar histórias com o violão clássico em seus trabalhos. A Mazzaferro já produzia cordas musicais para outras marcas reconhecidas no mercado. “Tony conheceu nossas cordas anos antes e classificou nosso produto como de alta qualidade, apto a entrar no mercado com marca própria, com foco em ótima sonoridade e alta durabilidade. Com esse objetivo, Fabricio Saad, diretor de marketing da MZF4, criou o projeto HyperPRO, visando o mercado premium de cordas musicais para violão clássico no Brasil”, conta Júnior Parollo, especialista de produto e relacionamento com artistas da Hyper (HyperPRO e HyperClass, by MZF4 Strings). Mas havia uma questão: a Mazzaferro produz apenas o monofilamento de náilon que, no caso das cordas para violão, são somente as três cordas agudas. As outras três cordas, graves, são formadas por um feixe de multifila-

Júnior Parollo, especialista de produto e relacionamento com artistas da Hyper

Cordas embaladas separadamente

Encordoamento para ukulele soprano e concert/tenor

mentos de náilon finíssimos, revestidos com uma espiral de liga metálica, às vezes banhada em metais como níquel e prata. Tais cordas com elementos metálicos não são produzidas pela Mazzaferro. Para suprir essa demanda, Tony Acosta indicou a empresa La Bella, dos EUA, já que a produção da Luthier era muito pequena e supria apenas sua própria necessidade. Daí surgiu a parceria que segue até hoje, com a Mazzaferro (agora MZF4) produzindo as cordas agudas de náilon e agregando cordas metálicas importadas da La Bella na linha HyperPRO para violão (em quatro tensões: leve,

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Encordoamentos para violão

média, pesada e extra). “No caso das cordas para violão de aço, lançamos, em meados de 2019, a HyperPRO fósforo bronze, com jogos completos importados também da La Bella, embalados e distribuídos pela MZF4, nas versões 010, 011 e 012”, agrega Júnior. Na mesma época, visando expandir o mix de produtos, foram lançadas duas novas linhas. Primeiro, a linha HyperPRO para ukulele em duas versões: uma para ukulele concert/tenor e outra para ukulele soprano, atendendo ao rápido crescimento do mercado de ukulele como fenômeno mundial. “Nesse caso,


por ser um produto sem elementos metálicos, é totalmente produzido pela MZF4, seguindo os melhores padrões internacionais para cordas de náilon para este instrumento”, comentou. Na sequência, foi lançada a linha HyperClass, inicialmente com cordas de náilon com tensão média, para um público amador/estudante, com preços menores e importando as cordas graves de outros fornecedores, selecionando-os após os mesmos rigorosos testes com os músicos realizados na linha HyperPRO. No segundo semestre, foi adicionada à HyperPRO a versão com a sétima corda para violão náilon (tensão média e pesada), seguindo uma tendência de crescimento desse tipo de instrumento no mercado brasileiro, sobretudo no samba e no choro. Júnior detalha: “Os produtos são lançados após intensa pesquisa e, desde o lançamento, não houve modificação nesses itens. Adicionamos ou modificamos alguns detalhes nas embalagens, adequando-as às exigências do varejo e trazendo mais informações para facilitar a identificação e o entendimento das características dos produtos na loja”. “Como a marca é frequentemente chamada apenas de Hyper, sobretudo após o lançamento da linha Class, cada vez mais vai se formando o nome/marca Hyper, tendo a linha HyperPRO como premium e a HyperClass como intermediária. Não visamos atingir nem associar a marca ao segmento popular com nenhuma linha, pois este já é atendido por uma ampla gama de fabricantes.”

A marca e seu conceito A HyperPRO é uma marca com postura moderna, que entrou em um mercado basicamente conservador e tradicional, trazendo novas formas de comunicar e vender. No ato do lança-

mento, a intenção era fazer a venda essencialmente on-line, pela loja virtual própria, além de algumas parcerias com instituições de ensino musical ou plataformas especializadas. Mas nos primeiros meses decidiu-se por focar mais o varejo, tornando a marca presente e conhecida nos pontos de venda tradicionais. E com a HyperClass foi possível atingir um público de fato maior que o premium (altamente qualificado, seletivo, mas menor em volume de mercado). “A HyperPRO veio como uma marca desconhecida, que aos poucos foi se firmando com base na qualidade e com ótima relação custo-benefício. Tem preço competitivo em relação aos similares, que em geral são importados via internet ou encontrados no varejo por preços mais altos: marcas como Thomastik, Savarez, Hannabach, além da própria La Bella (no violão) e Áquila (no ukulele)”, explica Júnior. “Entre os músicos, todos que têm contato com a HyperPRO reconhecem e evidenciam sua qualidade, da produção ao atendimento. Para eles, temos um produto de qualidade internacional, mas disponível em nosso varejo, que vem suprir uma antiga lacuna atendida antes por opções mais caras e menos convenientes, sujeitas à demora na entrega ou variações de preço pelo câmbio.” Desse modo, a reputação da marca tem crescido bastante em vários locais do País, recomendada por uma gama crescente de profissionais da música e revendas. Atualmente está presente em cerca de 200 lojas no Brasil, basicamente nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul. “Estamos agora buscando a expansão para o Norte e o Centro-Oeste. A HyperPRO segue posicionada no segmento premium, e a HyperClass, no intermediário”, esclarece. @musicaemercado

Novidades para este ano Para 2020, a marca prepara o lançamento da HyperClass para as demais tensões de violão náilon (leve, pesada e extra), além de novas linhas para violão aço, guitarra e baixo nos próximos meses. Além disso, “continuamos apostando na relação mais direta com o consumidor, ouvindo o que o mercado realmente espera ter, mostrando as opiniões de nossos clientes em nossos canais, pois seu depoimento sobre quão satisfeitos estão com nossos produtos tem sido uma grande propaganda, além dos testemunhais dos próprios profissionais da MZF4 sobre o trabalho com a Hyper”, conta o especialista de produto. A Hyper espera cobrir todo o território nacional e desenvolver com isso ações regionais, adaptadas à realidade de cada estado, para cada estilo de música presente no País, visando aproximar artistas, representantes e lojistas em favor de um objetivo comum, que é “ver a Hyper mais presente, mais disponível e engajada em divulgar a riqueza de nossa cultura musical. Tudo isso tende a fortalecer a imagem da marca e sua presença no mercado”, enfatizou. “Queremos dar sempre espaço ao músico que utiliza nossos produtos, divulgando seus trabalhos que são realizados com nossas cordas. Eles gostam de se sentir parte de algo que cresce baseado na qualidade, na seriedade e na atenção ao próprio músico. Sem eles, sem sua confiança, não teríamos chegado aonde chegamos. E queremos crescer muito mais, fortalecendo ainda mais essa relação”, concluiu Júnior. n Mais informações hyperprostrings.com.br mzf4.com.br HyperProStrings

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ANIVERSÁRIO: LEAC’S

LEAC’S CELEBRA 30 ANOS

A empresa está comemorando três décadas na indústria do áudio este ano, com evento especial e várias novidades em produtos

Parte da equipe da Leac’s na comemoração

A

fábrica da Leac’s começou a funcionar em 1988, fundada por Roberto Ribeiro, mas foi dois anos depois que a empresa iniciou formalmente a comercialização de sistemas de áudio para lojistas de todo o Brasil. Desde então, a Leac’s cresceu e evolui constantemente, sempre com o objetivo de criar produtos para satisfazer as demandas do mercado local. Hoje a Leac’s é administrada pelo filho e a esposa de Roberto, respectivamente Fábio e Raquel Ribeiro, contando com mais de 600 itens, comercializados por uma rede de distribuidores em todo o País.

O aniversário Para comemorar um fato tão importante na história da empresa, a Leac’s realizou um evento especial que começou no dia 21 e terminou no dia 24 de

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Aproximadamente 200 pessoas participaram do evento especial

janeiro, com a participação aproximada de 200 pessoas, sendo em média 100 lojistas de todos os estados do Brasil. Durante esses quatro dias os participantes puderam desfrutar os diversos shows de bandas, apresentações de stand-up comedy, duplas sertanejas, e até um workshop de contrabaixo realizado por um representante comercial

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da Leac’s, endorsee também de diferentes marcas. O momento de destaque foi a homenagem à Dona Vanda, também fundadora da Leac’s, além da entrega de premiações: a loja Musical Presentes, de Ipatinga (MG), ganhou o primeiro prêmio, uma viagem a Miami. Além disso, a empresa anunciou o lançamento de diversos produtos,


como uma categoria premium de caixas. “Trata-se de caixas que pouquíssimas marcas no mundo têm lançado. A Leac’s é a pioneira no Brasil em trazer essa categoria premium de caixa de sonorização”, contou Leonardo Nóbrega, do departamento de marketing.

Os novos Três novidades foram apresentadas durante o evento: as linhas de caixas LCR Titânio e DSP Biampli em ABS, e a linha de microfones Leac’s. A linha LCR é fabricada em madeira naval. Com driver titânio JBL, possui

excelente definição de timbres e alta pressão sonora, podendo ser utilizada como monitor, em Fly e PA frontal. Linha projetada para atender ambientes que exigem alta qualidade sonora, competindo com as melhores do mundo. Disponível nos modelos LCR 815 (15 + TI) ativa e passiva e LCR 712 (12 + TI) ativa e passiva. Linha de exportação com 700 W RMS. Os participantes ainda puderam ver o DSP 15 Abs Titânio Biampli, da nova linha DSP Biampli em ABS, com rodízios para transporte e driver de titânio JBL. A linha é fabricada em ABS de alta qualidade e tam-

bém em madeira, e foi projetada para “atender os mais exigentes públicos do mercado, competindo com as melhores do mundo.” Este lançamento também faz parte da linha de exportação. Os novos microfones de alta performance foram projetados para diferentes tipos de aplicações, desde microfones profissionais para bateria até microfones para coral. n Mais informações leacs.com.br LeacsOficial

Evite falhas em seus microfones sem fio US-5 Distribuidor de sinal e energia para microfones sem fio UHF true divesity, este equipamento foi desenvolvido para trabalhar com múltiplas marcas simultâneas e permite a conexão de até 5 microfones. Antena A-1

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FOTOS: BETO FERNANDES @PHBETO / @BF3IMAGES

O NOME DO SUCESSO

A Odery fez história. É uma das marcas brasileiras que conseguiu ultrapassar as fronteiras do País e ser reconhecida no mundo inteiro. Como? Veja tudo nesta entrevista com Mauricio “Odery” Cunha, CEO

O

dery! Todo mundo conhece o nome, os produtos, a qualidade. Mas, e a história? As estratégias? Os começos? Muita coisa interessante tem acontecido na empresa e com a empresa, com seus fundadores, o time e a evolução dos produtos. “Tudo nasceu por culpa do meu irmão baterista, Alexandre Cunha. Ele descobriu um pessoal em São Paulo que fabricava baterias que na época eram bem simples e, como ele tinha muitos alunos em Campinas, começou a comprar com esse pessoal e a revender na cidade”, lembra Mauricio “Odery” Cunha, CEO da empresa. Alexandre começou a vender mais e mais baterias, e a visitar aquele fabricante junto com seu pai, o reconhecido Mr. Odery, que estava passando por dificuldades financeiras. Sempre atento às oportunidades e com mãos hábeis para a fabricação, percebeu que poderia fazer essas baterias ainda melhor. “Eu vi os caras fazendo. Já sei como é que se faz. Vou fazer melhor.” Com essas palavras, Mr. Odery se aprofundou na manufatura. Mauricio conta: “Apesar de ter me envolvido 100% na empresa um ano depois, também o ajudei no início indo comprar máquinas usadas em São Paulo, chapas de ferro que ele transformou em fôrmas para fazer os tambores — usava chapas de Duratex pintadas no rolinho com tinta de pintar parede,

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cortava-as no serrote. Ele construiu uma solda com água e sal e eletrodos ligados na energia da casa — solda na fazenda lá em Mato Grosso do Sul, onde meu pai nasceu, era assim — e, quando a ligava, a energia da casa caía. Assim se passaram dez anos no fundo da casa dele. Minha mãe não pôde abrir as janelas dos quartos por esses dez anos devido à poeira! Temos um colaborador que até hoje está na empresa — Alexandre Alves — que entrou pra valer mesmo antes de mim!” A Odery é uma marca brasileira que conseguiu ultrapassar fronteiras e chegar à Ásia e aos Estados Unidos, uma série de lugares para onde antes o produto “bateria brasileira” não ia. Alguma vez pensou que a empresa chegaria tão longe? Mauricio: O mundo nunca foi grande

em minha visão. Sempre me fascinou o fato de conquistar além das fronteiras locais. Minha vida profissional sempre foi feita e construída de desafios. E isso sempre foi natural. Nunca foi uma coisa planejada ou desenhada de maneira formal. As coisas foram acontecendo naturalmente, mas sempre querendo mais. Então, respondendo à sua pergunta de forma mais direta: sim! Sempre almejei chegar longe. Sempre sonhei em ir longe, mais longe, e sem dar bola para o que os outros falavam. Já falaram tanto.

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Mr. Odery

Nunca liguei para isso. O negócio sempre foi acreditar em nós mesmos. Acreditar que podíamos e que só dependia da gente e de mais ninguém. Acredito demais que o que se planta e se rega, se colhe. Em tudo na vida. A vida sempre nos devolve o que damos a ela. Você é considerado um inovador de muita qualidade na nossa indústria. Na parceria que tem com o seu pai, vocês iniciaram a empresa praticamente juntos, você cuidando mais da parte administrativa e seu pai, da parte de fabricação. Como foi se dando a distribuição de tarefas?


Mauricio: Na verdade ajudei meu pai

ali no comecinho. Sempre apoiei e de alguma forma estava sempre envolvido — diferente do meu irmão baterista, que queria só tocar mesmo. Então, cerca de um ano depois eu me envolvi de vez. Eu tinha apenas 21 anos, mas vi que aquilo tinha futuro e que meu pai precisava de mim. Ele ficava lá fabricando as baterias e criando máquinas e não tinha tempo para atender a galera, para fazer aquilo crescer. Eu vi algo de especial ali e isso me moveu a me envolver. Já cheguei e assumi as vendas, o marketing, o administrativo, e mesmo na produção eu ajudava também. Montei tantas baterias… você não tem ideia. Ficava lá sentado no chão da garagem montando baterias o dia todo. Mas obviamente o mestre era meu pai. Era ele quem fabricava mesmo. Eu, o Alexandre e mesmo o meu irmão baterista (também Alexandre) dávamos ideias. Meu irmão tinha uma bateria importada, olhávamos para ela e víamos o que devíamos melhorar. Isso na produção. Já no administrativo e financeiro fui criando padrões de trabalho, tabelas de encomendas (tudo em cadernos), controlando fluxo de caixa (em agendas) e tendo ideias para fazer a propaganda para que mais pessoas soubessem que tínhamos uma fábrica de baterias, criando anúncios etc. Com o passar do tempo fomos deixando a coisa mais profissional. Fotos bacanas, catálogos, anúncios em revistas e por aí vai. Quando começou a internet na época do BBS (DOS), eu já estava lá respondendo a e-mails. A Odery foi a primeira empresa do ramo de instrumentos musicais a ter um site. Fomos muito inovadores e marqueteiros. Isso está meio que em mim. Já meu pai sempre quis ficar na produção. Números, computadores, essas coisas nunca foram a área dele. Ele é o cara de botar a mão na massa. De pensar como resolver problemas na produção, como construir uma máquina para facilitar determinado trabalho. Ele é o nosso Professor Pardal. Essa se-

Maurício “Odery” Cunha, CEO www.musicaymercado.org 41


paração de tarefas aconteceu de forma natural e uma sempre somou à outra. E o relacionamento entre vocês, como funciona? É ou tem sido difícil trabalhar com o pai, duas gerações diferentes talvez com pensamentos diferentes? Mauricio: Boa pergunta! Foi mais di-

fícil no começo. Tínhamos altas brigas e discussões, cada um com sua razão, mas sempre chegávamos a um acordo. Mas também sempre foi em busca de um bem maior, que era se expandir e ser o sonho dos bateristas, ser reconhecida como uma bateria de qualidade. Naquela época produtos brasileiros eram extremamente desvalorizados e sabíamos que poderíamos provar ser diferente, que no Brasil podíamos fazer algo de extrema qualidade e competir de igual para igual com as marcas de fora. Hoje a coisa se inverteu. Acho que sou mais pai do meu pai do que filho dele. Eu cuido de tudo para ele. Aí você vai ter que perguntar para ele como é trabalhar comigo!

Ambos continuam tão ativos na empresa, fazendo as mesmas coisas? Mauricio: A empresa vai crescendo, o

time aumentando e tendo a necessidade de braços e pernas direitos, né? Então isso mudou um pouco. Para meu pai não muito, pois o negócio dele é ficar na produção. Temos alguns produtos, como caixas de alumínio, aros de alumínio, caixas de madeira maciça, entre outros, por exemplo, em que só ele coloca a mão até chegar à montagem — dali para a frente outras pessoas cuidam. Ele está sempre dando manutenção em alguma coisa, tendo ideias de como melhorar uma máquina, correndo para resolver alguma coisa no dia a dia… enfim. E ele é aquele cara querido que todos querem conhecer, conversar, pedir um autógrafo, tirar fotos e tal. Então, sempre que o pessoal visita a Odery quer estar perto do Mr. Odery. Ele apresenta a empresa como ninguém! É a história de boa parte da vida dele...

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Corpos de araucária

Cabine de pintura

Caixa ACS na fábrica

Showroom

Bateria Odery Custom Shop

Caixa fabricada no Brasil

Já o meu trabalho foi mudando naturalmente. Eu era muito centralizador, sempre querendo tudo exatamente do meu jeito — não que tenha mudado muito essa última parte! Foi difícil confiar a outras pessoas parte daquilo que somente eu sempre fazia. Aos trancos e barrancos fui deixando as coisas acontecerem e as pessoas certas tomarem conta de determinadas áreas, como o comercial e o marketing. Afinal, para crescer é necessário profissionalizar a gestão. Natural, né? Hoje eu sou mais o “diretor”, mas obviamente ainda me envolvo em tudo, principalmente no marketing, que é a área de que mais gosto, além do desenvolvimento dos produtos, desde os desenhos de cada peça, as configurações das baterias, acabamentos, visual, layout. Cuido da área internacional também e, de uma forma global, discutindo com os distribuidores, endorsees internacionais, pedidos e suporte geral. Tenho muito

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apoio da fábrica na China, onde somos muito além de parceiros. Somos sócios na distribuição na própria China e eu os ajudo muito na melhoria da produção e da qualidade das baterias. Existe outro ponto interessante que é como você criou também a figura do seu pai, o Mr. Odery, uma figura lendária, de um carisma inigualável. Mr. Odery virou uma referência para o mercado. Como é que foi esse processo? Mauricio: Eu não criei nada não... (ri-

sos). Meu pai é assim. Ele é esta figura descontraída, brincalhona, carismática, alegre e que sempre se doou para fazer o melhor. Ele nunca imaginou que chegaria aonde chegou e aonde ainda vai chegar. Hoje com 80 anos, ele é a mesmíssima pessoa que começou a Odery aos 54 anos. Humildade à flor da pele, um cara que pensa no bem dos outros, bondoso, carinhoso com todos. Então, penso que isso apenas se refletiu


na imagem da Odery. A lenda que ele se tornou é totalmente mérito dele; sem ele, jamais teria feito absolutamente nada para que isso fosse assim. Ele apenas foi sempre ele mesmo. Eu apenas dei o impulso colocando o nome dele na bateria que fez com que ele se tornasse conhecido mundialmente. Como foi a sua preparação, sua evolução para se tornar hoje CEO da empresa e um businessman de sucesso? Mauricio: Foi com a vida mesmo. En-

fiando as caras, sendo cara de pau, acreditando, seguindo minhas sensações e crenças, seguindo principalmente meu feeling. Estudei economia, mas parei no meio porque primeiro eu não tinha grana para poder terminar a faculdade, e segundo porque eu acreditava em mim, sabia que tinha “mão“ para aquilo e tudo foi acontecendo naturalmente. Deixei a teoria e fui para o

play. Fui tendo mais envolvimento com o mundo do business e nunca foi problema para mim entender como as coisas funcionavam nesse mundo corporativo, assim como acompanhar as mudanças. Tem que estar conectado com o mundo atual sempre. Mas uma coisa chama a outra. As pessoas com quem você vai se envolvendo te dão bagagem para você crescer de forma orgânica, e eu também não paro quieto. Sou ligado no trifásico. Nunca estou satisfeito com como está. Sou focado em projetos e objetivos, e quando os alcanço, vamos para o próximo. Acho que isso tudo somado formou a pessoa que sou hoje… e vai formar a pessoa que serei amanhã. Vocês saíram do nada, de uma garagem e se transformaram numa marca respeitada, inclusive para os concorrentes fora do País. Poderia falar sobre sua visão a respeito da construção

Trabalho na fábrica brasileira

O carismático Mr. Odery

Serra

Martelando as bordas

Moldes

Modelo acabado

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de marca e de design de produto? Mauricio: Em primeiro lugar, nunca

ouvimos o que os outros — leia-se concorrentes — falavam a nosso respeito. Estávamos na nossa, fazendo o nosso trabalho e acreditando que seríamos os melhores. Não sei se você sabe, mas Odery é o primeiro nome do meu pai — as pessoas pensam que é nosso sobrenome. Engraçado que ele tem documentos registrados como “Oderi“ e também como “Odery”. Quando chegou a hora de ter uma marca de verdade, eu olhei para o nome do meu pai e pensei: “Cara, olha o nome dessa figura. Superdiferente, soa bem, nunca vi outra pessoa com este nome. Nada igual”. Aí não tive dúvida: ODERY! E isso só nos deu mais força para trabalhar mais forte, para melhorar e melhorar para que as pessoas pudessem ter orgulho de uma marca brasileira. Afinal, leva o nome do meu pai, né? Foi nessa época que criamos a logo também… e que segue intocável até hoje. Tem um slogan junto, foi criado um brasão, mas a logo central continua exatamente igual desde o início. Continua atual! Esta foi meio que a história da marca. Hoje a mantemos de maneira muito forte por meio dos produtos de ponta e do nosso contato com o cliente final. Como as baterias Custom-Shop são vendidas somente por encomenda e diretamente ao consumidor, nosso contato com os bateristas enquanto marca é muito forte. Ninguém tem um trabalho igual no Brasil. Temos uma conexão e envolvimento muito especial com os bateristas. Já sobre o design, no início não tínhamos nada nosso. Tudo era comprado. Ali na garagem do meu pai usávamos parafusos de afinação com cabeça sextavada. Tinha de afinar com chave de boca (risos). Era muito simples no começo. Era o que dava para fazer. Mas eu sempre via a necessidade de ter alguma coisa diferente. Tínhamos de ter

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uma identidade, uma coisa só nossa, que quando as pessoas olhassem já soubessem que se tratava de uma Odery. Mas isso custava muito. Custava caro poder desenvolver as peças, fabricar moldes e ter nosso próprio design. No início começamos fazendo peças torneadas em alumínio e latão, pois não havia a necessidade de fazer moldes, mas elas tinham um custo muito alto, pois eram fabricadas uma a uma, torneadas. Impraticável nos dias de hoje. Aí veio a evolução. Mais capitalizados, passamos a fazer moldes mesmo para ter uma coisa mais competitiva em custo, porém, sempre visando o visual, o design. Disso nunca abri mão. Sou eu mesmo que desenho as peças. Hoje faço um rascunho no papel à mão, mostro para o meu pai, que prontamente pega um pedaço de madeira, alumínio ou outro material, vai lá, já torneia, corta, solda e me mostra: “É isso aqui?”. Obviamente que é um esboço do que será a peça no futuro. E não só das peças, né? É muito importante a questão das configurações, da composição das madeiras (cascos), assim como os acabamentos. Isso tudo é parte do design de um produto.

Mundo afora O que uma empresa deve levar em consideração para ir ao exterior e ter sucesso no mercado internacional? Mauricio: As coisas mudaram muito de

quando começamos a nos internacionalizar para os dias de hoje. A globalização e a acessibilidade digital ao mundo todo facilitaram e alinharam demais as coisas. Por outro lado, também a deixaram mais competitiva e frágil. Hoje grandes empresas, de qualquer ramo, sofrem muito mais por qualquer passo errado. E empresas pequenas podem ganhar muito com passos assertivos, um pouco de sorte e fazendo as coisas certas. Ir para o exterior deixou de ser uma coisa só física, como era anteriormente. Mas, para encarar o mundo lá fora, é

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Os modelos de série são feitos especialmente na China

De lá são distribuídos para todo o mundo

necessário ter um produto bom, custo competitivo, coragem, persistência e resiliência. Também é necessário saber falar a língua do mundo corporativo. Nós, latinos, temos uma cultura mais aberta nos negócios. Lá fora o bicho pega. As pessoas não estão interessadas em papo furado. O papo existe, mas vem depois dos negócios. São diretos, querem as coisas corretas e não dá para errar duas vezes. As coisas têm que ser feitas com seriedade, os prazos cumpridos e a qualidade do produto ser a que você ofereceu e o cliente viu. Tem também de estar presente nas feiras internacionais, investir em se mostrar e apresentar seus produtos. A soma dessas coisas é que determina o caminho que seu produto vai trilhar. A Odery passou por diversas fases: era uma empresa que fabricava no Brasil e exportava apenas tambores custom, depois fez parceria com outras pessoas

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do mercado — que se transformaram em sócios. Como é essa sociedade? Mauricio: Isso veio também de uma

necessidade. Havíamos crescido muito como uma fábrica de baterias customizada e muita gente sonhava em ter uma Odery. Mas uma bateria feita à mão, sob encomenda e customizada não era para todo mundo. Quis então universalizar nossos produtos. Eu queria oferecer um produto que pudesse ser muito bom, mas que tivesse um custo acessível para aquele cara que está começando e que pesquisou e sonhava com uma Odery. Foi aí que iniciamos, em 2007, um projeto de baterias fabricadas em série. Mas fazer no Brasil não dava. Não tínhamos maquinário nem seríamos competitivos fabricando aqui. Então, o caminho era encontrar uma fábrica parceira fora do Brasil, mas também não tínhamos capital para isso. Tínhamos os desenhos e o projeto montado, e lá fui eu em busca de parceiros que acreditassem na gen-


te e pudessem entrar nessa conosco. Já tínhamos suporte com alguns itens importados, como peles e aros de um importador de São Paulo, e uma amizade formada também. Foi então que propus a eles esta sociedade, em que fabricaríamos as baterias na China sob nossa supervisão, design, qualidade e conceito e importaríamos para vender no Brasil. Depois isso se expandiu para o mundo, exportando diretamente de nossa fábrica da China para outros países, assim como fazemos do Brasil. Tenho aqui que mostrar meu apreço por essas pessoas que acreditaram na gente e no nosso projeto. São elas o sr. Saad, a Beth Romano e o sr. Luis Gaj. Sem eles não estaríamos no patamar que estamos hoje. Nossa sociedade consistia primeiro em uma empresa apenas para este projeto de fabricar as baterias de linha fora do Brasil. Chamava-se Privilege Percussion. Mas com o andar das coisas vimos a ne-

cessidade de fundir a Odery Drums com a Privilege, transformando-a num projeto único no qual poderíamos focar e nos desenvolver melhor enquanto empresa. Nossa sociedade é maravilhosa e muito profissional, e os consideramos como da família. São pessoas queridas, especiais e importantes em nossa trajetória não só profissional, mas também pessoal. Que parte dos produtos da Odery é feita no Brasil e quais são feitos fora? Mauricio: Hoje apenas as baterias

Custom são fabricadas aqui. Todas as outras linhas são fabricadas fora. Mas tudo é desenvolvido aqui. Fabricamos os moldes e produzimos lá, mas o conceito, o design e tudo que envolve o produto é 100% brasileiro.

Seria interessante falar sobre a maneira como você administra a empresa sob essa situação de parceria na China.

Mauricio: Muito tranquilo. É um re-

lacionamento de 12 anos já. Temos participação na empresa na China e trabalhamos juntos a todo momento. Ajudo-os em produtos que querem fabricar para o mercado chinês e nos falamos todos os dias, sem exceção. Temos juntos também lá a Odery China (50%/50%), que é dedicada a atender as demandas do mercado chinês para a Odery. Aliás, temos vendido muito lá. Hoje, em quantidade de baterias, é nosso maior mercado mundial, maior que o Brasil até. Também já tivemos um colaborador nosso morando lá por quase um ano para cuidar de assuntos relativos à qualidade, ajudar na melhora de processos fabris de acordo com nossas experiências e também para desenvolver o mercado chinês. Todos os anos mandamos os nossos endorsees para fazer tours e eles têm o suporte imediato do nosso pessoal chinês da fábrica. Então, a parceria é muito forte, profissional e somos o foco para eles.

A Odery tem buscado distribuição direta nas lojas de baterias de todo o planeta, e em alguns países isso tem sido muito bem-sucedido. Fale um pouco sobre a exportação: quais foram as principais dificuldades? Mauricio: Nossa estratégia internacio-

Trabalho manual também na fábrica chinesa

nal é cortar o distribuidor. Com isso, temos acesso direto a grandes lojas que têm poder de compra e que, sem a intermediação do distribuidor, conseguem ter muito mais margem em nossos produtos do que as grandes marcas que vendem no modelo tradicional via distribuição. Essa é uma forma que encontramos de ganhar espaço perante grandes marcas internacionais. Com uma margem melhor, o lojista (distribuidor) tem mais interesse em vender nossa marca do que outras. E isso tem dado certo. Mas funciona em alguns países/ regiões. Em outros, não. Aí seguimos com o modelo tradicional mesmo. As principais dificuldades foram,

Odery participa de várias feiras internacionais

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são e serão sempre as mesmas. A internacionalização é cara, é custosa, cada país tem sua peculiaridade, sua cultura, e muitas vezes necessita fazer adaptações, e isso também tem um custo. Tem de se investir em catálogos, mídias, site, promoção em inglês e em outras línguas. Tem de visitar, entender a cultura local. Entender que nem sempre é o que parece ser. Enfim, são muitas variáveis. É um novo mundo. Não basta ter um bom produto apenas. Atualmente em quantos países a Odery está presente? Mauricio: Temos distribuição mais

forte em países como China (mais de 200 pontos de venda), Tailândia, Vietnã, Coreia do Sul, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido (todos esses com importantes lojas ou rede de lojas), Espanha, Argentina e Estados Unidos (distribuição). Esses são os mais importantes, mas temos vendas esporádicas para vários outros países, como Alemanha, Itália, França, Bulgária, Malta, entre outros na Europa, assim como em países da América do Sul. Como é o trabalho que a empresa está fazendo nos Estados Unidos? Mauricio: Temos uma distribuidora

que vende para as lojas. Atualmente são cerca de 30 pontos de venda, mas tenho conversado também no modelo direto com uma grande rede. Temos uma mídia social forte lá e vários artistas. Lá existe um trabalho mais estruturado, mas é um mercado loucamente competitivo, de margens apertadas e muito profissional. É o que é, e pronto. Sem tempo para perder. São negócios. Foco total nisso.

Falando sobre o exterior, como o câmbio do dólar afeta os negócios da empresa? Mauricio: Nosso grande volume é dos

produtos que importamos, pois temos também a Odery Imports, onde vendemos as baterias Carlsbro, acessórios e agora os novos pratos Bronz,

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lançados na última Music Show, então o dólar nos afeta fortemente. Não tem muito que fazer. Temos de viver com a realidade que está aí. Já cansei de ficar desanimado ou de reclamar do Brasil. É nossa terra e é isso que temos, então vamos trabalhar com o que temos. Infelizmente sobra para quem compra na ponta, que paga mais caro. Mas o que mais atrapalha não é o dólar estar caro, e sim a grande flutuação da moeda. A variação deixa qualquer importador maluco, pois você não consegue compor o preço de venda e custo de maneira estável. Esse é o verdadeiro problema com relação ao câmbio. Se ficar caro, mas estável, a gente se ajeita e trabalha com o que tem. O mercado não vai acabar. O consumidor não vai deixar de comprar. Pode esperar mais um tempo, mas ele vai em busca do sonho dele. Outra coisa que atrapalha demais no Brasil é a guerra fiscal entre os estados. Isso tem criado um buraco enorme, com vantagens para determinadas empresas (revendedoras) e que as usam de forma errada. Em vez de abocanharem uma margem maior, elas acabam vendendo a preços baixos e criando um grande buraco no mercado. Momentaneamente elas estão se dando bem, mas não enxergam que no médio prazo isso prejudica todo o mercado do qual fazem parte. Então, correções nesse sentido também serão providenciadas do nosso lado. Temos que trabalhar para ter um mercado equilibrado e sustentável para o futuro de nossos produtos. Na exportação, o dólar alto é obviamente bom. Tornamo-nos mais competitivos, porém muitos insumos são hoje importados e isso também afeta os custos. Veja a madeira, que é nossa principal matéria-prima, por exemplo. Com este dólar, as madeireiras preferem exportar a vender no mercado interno, então, para vender no mercado interno, elas sobem o preço. O dólar reflete em tudo. O agronegócio talvez

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seja onde ele realmente é interessante, mas um dólar muito alto aumenta nossos custos. Prefiro um dólar equilibrado e estável, mas isso não sou que defino, né? Como disse, vamos trabalhar com o que temos e não reclamar. Pensar positivo e para a frente.

Mais Odery Você saía literalmente com a bateria nas costas, ia para a Alemanha vender caixas. Como foi esse começo? Estava preparado para isso? Mauricio: Totalmente sem preparo,

mas com muita vontade e acreditando sempre. Tinha um inglês básico de escola pública. Na verdade, em 2000 eu falei para o meu pai: “Pai, a gente tem que exportar nossas baterias. Temos uma superqualidade e temos que ir para fora. Vou para a feira da Alemanha”. Aí foi a vez de o meu pai dizer: “Você está louco? Você nem fala inglês!”. Era verdade… falava quase nada, mas estudei focado durante alguns meses e fui com a cara e a coragem. Levei comigo uma bag comprida com quatro caixas dentro e duas malas gigantes — hoje viajo com uma pequenina (risos). De lá ainda fui para a Áustria encontrar um baterista brasileiro que mora até hoje em Viena e que tocava com a Odery — e então, na data, parti para a feira. Passei um grande apuro quando cheguei lá, pois a pessoa que eu iria encontrar e que estava me ajudando simplesmente me deixou na mão, perdido lá. Foi uma grande aventura, mas que conto em outra oportunidade. Eu também havia enviado uma bateria para este baterista de Viena (Fernando Paiva) e no fim acabei expondo essa bateria (por muita sorte — eu disse anteriormente que precisava de um pouco, né?) no estande do distribuidor da Bauer (fica aqui meu agradecimento ao Ricardo, da Bauer) e saiu uma bela foto dela na revista Modern Drummer. Foi a primeira vez que aparecemos na MD americana — ícone das publicações na época. Duran-


te a feira eu estava caminhando com minha bag pesadíssima e entrei num estande de baqueta. Foi então que um senhor japonês me perguntou o que era aquilo. Eu disse que eram umas caixas que eu fabricava no Brasil e ele pediu para ver. Quando tirei as caixas, ele foi olhando e falou: “Me manda duas desta, duas desta, duas desta e três desta!”. Foi a coisa mais inesperada e louca que me aconteceu. E esta foi nossa primeira exportação: caixas customizadas para o Japão. Então, a partir de 2002 nos tornamos expositores na Musikmesse na Alemanha e em 2003 na NAMM nos Estados Unidos. Montávamos estande juntos com a Orion. Na verdade, comprávamos nosso espaço como vizinhos e montávamos um estande maior, o que trazia uma cara mais profissional. Quem cuidava das exportações da Orion era o Jean-Philippe Borra, que se tornou um grande amigo e que contribuiu muito com minhas experiências em comércio exterior. Até hoje ajuda! A partir de 2013 passamos também a expor na Music China e foi quando nossas vendas lá começaram a fluir. E como você está agora? Mauricio: Agora entendo mais de co-

mércio exterior do que um formando! A gente vive muitas situações na prática importando, exportando, visitando países, fazendo feiras, eventos, negociando, produzindo, enfrentando problemas e tendo sucessos também. Isso tudo contribui com uma formação muito forte. Te dá uma bagagem enorme para entender como todo esse universo corporativo internacional funciona. Agora podemos dizer que sou um cara sênior nisso. Tiro de letra!

Para onde você e a empresa irão? Mauricio: O internacional vem sendo

trabalhado para conquistar novos mercados e nos solidificar onde já estamos presentes. Isso não depende só da gente,

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mas de todo um ecossistema que gira em torno disso. Depende de políticas cambiais, protetivas e econômicas de cada país ou grupos de países. Em alguns países sente-se uma redução de baterias acústicas diante de um aumento das eletrônicas, mas existem casos inversos também, então temos de estar atentos e procurar atender as demandas de cada país perante todas as incertezas que giram em torno desse ecossistema. Mercado tem em todo lugar e a estratégia correta com preço, produto e qualidade é o que determina se vamos conseguir entrar em determinado país ou não. Nosso objetivo é crescer organicamente. Passo a passo, para ser de maneira sólida. Já no Brasil a coisa tem sido bem complexa. Temos vindo de anos em crise política e econômica, e de um encolhimento do mercado em geral, mas a ideia não deixa de ser a mesma: desenvolver e lançar novos produtos (temos dois novos em fase final para 2020), aumentar o market share e seguir forte na liderança de mercado dentro da nossa faixa de preço-concorrentes. Para finalizar, quero agradecer a oportunidade pelo espaço. Também não poderia deixar de agradecer a todo o meu time, que chamamos carinhosamente de Odery Brazil Team, assim como minha família, que nos ajudou a construir essa história. Não só aqueles mais próximos e mais “braços direitos e esquerdos”, mas todos aqueles que passaram pela Odery e que um dia contribuíram mesmo com o mínimo. Agradecer em especial aos atuais colaboradores. São estes os verdadeiros responsáveis pelo que a Odery é hoje como empresa, marca e família. n Mais informações odery.com.br oderyimports.com.br bronz.com.br OderyDrumsOfficial

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ESTRATÉGIA PROSHOWS E MUSIC TRIBE

PROSHOWS E MUSIC TRIBE REFORÇAM PRESENÇA NO MERCADO BRASILEIRO

Dois nomes fortes no mercado, a ProShows e o grupo Music Tribe têm um relacionamento de longa data e continuam criando ações para fortalecer sua imagem e dar apoio ao mercado local

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esde 2010, a ProShows se encarrega de distribuir no Brasil com exclusividade todas as marcas do grupo Music Tribe. O Music Tribe, de propriedade de Uli Behringer, possui as marcas Behringer, Bugera, Klark Teknik, Lake, Lab.gruppen, Midas, Tannoy, TC Electronics, Turbosound e TC Helicon. Especificamente sobre a Behringer, Vladimir de Souza, presidente da ProShows, explicou que no Brasil vem mantendo um crescimento constante todos os anos, com picos de faturamento quando acontece o lançamento de produtos de grande sucesso. “O Music Tribe tornou-se o mais importante fabricante do ramo de áudio profissional e música do mundo e o mais inovador grupo do setor. Equipes de engenharia, design, pesquisa e desenvolvimento, locadas em nove diferentes países, trabalham 24 horas por dia. Ao longo dos últimos três anos, foram mais de 400 novos produtos lançados, e cerca de outros 400 são esperados para os próximos dois anos”, enfatizou Vladimir. “Em apenas cinco anos a Behringer tornou-se líder mundial em mixers digitais, tendo vendido nesse período mais de 1 milhão de unidades da linha X32. Na área de música, em pouco mais de dois anos a Behringer já conquistou a vice-liderança mundial na venda de sintetizadores e, nesse ritmo, deve ocupar o primeiro posto nos próximos dois ou três anos”, agregou. Veja mais a seguir. O que você poderia contar sobre o relacionamento que a ProShows tem com o Music Tribe? Vladimir: A ProShows também pertence a um grupo empre-

sarial, do qual fazem parte outras empresas do setor no Brasil e em cinco outros países. Na Argentina, por exemplo, a Tevelam também é distribuidora exclusiva de todas as empresas do

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Vladimir com Uli Behringer na fábrica localizada na China

Music Tribe. Juntos somos um dos principais distribuidores do grupo Music Tribe. Temos um relacionamento muito estreito e forte com a diretoria da holding. Mantenho, particularmente, uma excelente relação com o próprio Uli Behringer, com quem tenho o privilégio de conversar quase todas as semanas. Como definiria o trabalho que vocês fazem com o Music Tribe no Brasil? Vladimir: Atuamos em parceria com os principais vare-

jistas do País, levando, por meio deles, todo o portfólio de produtos do Music Tribe aos consumidores finais. Promovemos workshops, cursos e seminários com especialistas de produtos em todo o País e temos um time de técnicos colaboradores que ajudam a disseminar as tecnologias do grupo aos diversos segmentos de áudio e música em que o grupo atua. É um trabalho intenso e focado na propagação

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do conhecimento de áudio profissional por meio das tecnologias desenvolvidas pelas fábricas do grupo.

30 anos da Behringer Há 30 anos Uli Behringer começou seu sonho. Na época era músico, estudante de engenharia de som e até tinha seu próprio estúdio, mas percebia que ele, como muitas outras pessoas, tinha problemas para comprar os equipamentos de que precisava e desejava pelo alto custo. Assim, começou a fabricar alguns deles em seu estúdio. Seus amigos gostaram do som que forneciam e fizeram pedidos para eles também, recomendaram a outros e foi assim que surgiu uma grande possibilidade de negócio. O estúdio de Uli virou uma oficina de fabricação. Sempre seguindo a ideia de fornecer produtos de qualidade a preço acessível, Uli decidiu se dedicar seriamente à fabricação, criou a Behringer e, depois de produzir por anos na Alemanha, mudou a produção para a China. Pouco depois nasceu a Bugera para os músicos. Com o passar dos anos, ele adquiriu marcas de renome no mercado de áudio e música, como Midas Klark Teknik, Turbosound e TC Electronics, entre outras. Os produtos do grupo, além de ser fabricados na China, também são feitos na Inglaterra, Suécia, Escócia e Malásia. Parece uma história simples, mas muitos devem ter sido os desafios que Uli enfrentou para desenvolver o que hoje conhecemos como Music Tribe, um grupo que continua investindo para crescer, para oferecer novos equipamentos e tecnologias ao mercado mundial a um preço acessível. Parabéns!

A Behringer lançou recentemente a mesa Wing e vocês receberam um exemplar dela para testar. O que acharam? Vladimir: Na verdade, recebemos três

peças do novo console Wing a fim de iniciar o trabalho de divulgação, treinamento e pré-lançamento desse novo mixer, que já está revolucionando o áudio profissional em todo o mundo. Nossas expectativas com este novo console foram mais do que superadas. Estamos certos de que será um grande sucesso de vendas e que ajudará muito os usuários do mercado de áudio profissional.

Que características poderiam destacar como as melhores para serem usadas pelos usuários locais? Vladimir: São inúmeros os recursos

disponibilizados pela Behringer neste revolucionário equipamento. Vamos destacar alguns deles: Um dos grandes e principais destaques é a utilização de plug-ins nativos nas ferramentas, como gate, compressor e EQ, não sendo mais necessário utilizar os disponíveis nas máquinas de efeito. A Wing tem a capacidade de processar até 96 sinais, ou seja, até 48 canais estéreo. Sua tela tátil de 10” capacitiva de LCD tem a funcionalidade multitouch, permitindo que o usuário ative mais de uma tarefa ao mesmo tempo. Sua interface de controle é totalmente customizável, permitindo que cada usuário configure seu console de acordo com sua necessidade, colocando os controles e comandos na disposição que desejar e melhor lhe atender. Posição, cores dos botões, nomenclatura dos comandos e mais, tudo configurável. O console permite até 28 saídas estéreo, sendo elas 16 Bus, oito Matrix e quatro L/R. Há possibilidade de gravação e reprodução de 64 canais em SD Card. Vale a pena acessar o canal You-

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Tube da ProShows para acompanhar os vídeos que postaremos a partir de agora mostrando todas as funcionalidades da Wing. A ProShows e a Behringer vêm fazendo interessantes ações com as escolas, entre elas a doação de sintetizadores. Conte sobre isso. Vladimir: O mercado de sintetizado-

res no mundo cresce exponecialmente, e queremos que o Brasil também cresça. A ProShows sempre investiu na educação musical e incentiva, por vários meios, iniciativas que contribuam nesse sentido. Com os sintetizadores, decidimos subsidiar escolas de música e profissionais em todo o País, para que possam ampliar a cultura do sintetizador, que é muito forte no mundo, mas que ainda é fraca por aqui. A gama de recursos e tecnologias aplicadas aos sintetizadores, aliada à criatividade do brasileiro, pode revelar grandes talentos para o mundo e identificar novos, beneficiando o mercado da música como um todo.

O que podemos esperar das suas empresas no futuro? Vladimir: O Music Tribe iniciou a

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construção de uma nova fábrica, no conceito Smart (4.0), na Malásia. Com um investimento estimado em US$ 140 milhões de dólares, será a mais moderna e automatizada fábrica do setor no mundo. Ela deverá entrar em operação em 2021. No Brasil, a ProShows trabalha intensamente em diversas frentes. Deveremos lançar nos próximos 12 meses, nas 24 marcas distribuídas, cerca de 500 novos produtos. É um trabalho frenético em busca de inovações e produtos diferenciados. Concluiremos em fevereiro a implementação de dois novos projetos na área de automação de sistemas e vendas. Também estamos investindo constantemente na modernização, na atualização tecnológica e no treinamento das equipes. Além disso, temos um planejamento detalhado e bem definido para continuar ampliando a nossa atuação de forma a disponibilizar ao mercado aquilo que o Music Tribe tem de melhor. n Mais informações proshows.com.br ProShows ProShows1



EMPRESA GOPE

GOPE INVESTE EM PESSOAS, PRODUTOS E PROCESSOS PARA MELHORAR A EFICIÊNCIA E CONQUISTAR NOVOS MERCADOS NO BRASIL E NO EXTERIOR

A Gope está desenvolvendo novas estratégias comerciais e de marketing para continuar com seu desenvolvimento local e internacional, além de novos materiais para trazer mais opções de instrumentos com visual e sonoridade inovadores

T

udo começou na década de 1940, quando Oswaldo Rodella montou um pequeno negócio de fabricação de estojos para acordeão. Naquela época recebia ajuda de seu filho, Humberto, então com 13 anos de idade, e de seu pai, Umberto. Os produtos tinham excelente qualidade, o que fez a famosa Casa Manon tornar-se um de seus principais clientes. Por volta de 1957, Oswaldo, morador do bairro do Cambuci, em São Paulo, passou a ajudar a Escola de Samba Lavapés, doando tambores feitos com latas de condimento para que pudessem ensaiar. Foi assim que Humberto Rodella teve seu primeiro contato com o mundo da percussão. Nos anos 1960, Marcelo Benedetti, cunhado de Oswaldo, percebendo as habilidades dele no manuseio da madeira e de tambores de lata, pediu que ele fizesse uma bateria, e assim surgiu a primeira bateria Gope, produzida manualmente por Oswaldo Rodella com tambores de madeira e pele animal. Marcelo levou o instrumento para Poços de Caldas (MG) e a aceitação dos bateristas da região foi imediata! Já no primeiro mês, Oswaldo recebeu três encomendas de bateria. A

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Narjara Campos Rodella, CEO da Gope

Construção da primeira fábrica da Gope

partir daí, o espírito empreendedor do Humberto foi ainda mais estimulado, dando início ao que seria a futura Gope Instrumentos Musicais.

Foco na percussão Após o sucesso das baterias, Humberto percebeu uma excelente oportunidade

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Maria Carolina, mestra de bateria em blocos de São Paulo e professora de musicoterapia

Equipe da Gope em 2018 comemorando 56 anos da empresa

e passou a se dedicar aos instrumentos de percussão em geral. Em 9 de maio de 1962, dia em que completava 21 anos, Humberto Henrique Rodella fundou a empresa Gope Instrumentos Musicais, localizada na Rua Sinimbu, no bairro da Liberdade, em São Paulo. Com o crescimento exponencial na década


de 1980, foi inaugurada uma nova planta fabril em Embu Guaçu (SP). “A Gope construiu, ao longo de mais de 60 anos de existência, uma história de inovação e sucesso. Prova disso é a frequência com que nossos novos produtos e modelos são rapidamente absorvidos pela concorrência. Essa caraterística de criatividade e A variedade de instrumentos da Gope é extensa inovação, que é uma das marcas registradas do sr. Humberto, é das, engajadas e apaixonados pelo que um dos nossos principais diferenciais. fazem. A fábrica ocupa uma área com A Gope é uma empresa que busca estar mais de 6 mil m2 na cidade de Embu à frente do seu tempo da criação dos Guaçu, onde é produzida uma ampla produtos aos métodos de fabricação, linha de instrumentos de percussão de passando pelas inovações em marke- metal e madeira, como também corneting e vendas”, conta Narjara Campos tas e cornetões, pratos de fanfarra, acessórios e peles de percussão e bateria. Rodella, CEO da Gope. “Nossa filosofia é criar e fabricar Atualmente os instrumentos são fabricados por pessoas comprometi- instrumentos musicais de alta quali-

dade, acessíveis e que levam em cada componente alma, sentimento e emoção. Transmitimos alegria e felicidade em tudo que fazemos, respeitando em primeiro lugar os nossos clientes e colaboradores. Isso automaticamente se reflete na qualidade dos produtos. Somos um equipe unida e engajada que ama o que faz. Amamos a nossa marca”, agregou.

No Brasil e fora A marca Gope é muito forte e reconhecida tanto no Brasil quanto em diversas partes do mundo. A empresa produz e exporta exclusivamente sua marca por meio de distribuidores e lojas parceiras em vários países, e toda a sua linha de produtos está disponível para venda também no exterior.

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“A Gope tem a inovação no seu DNA. Isso vem desde a sua fundação. Eu sigo o legado do meu pai, buscando diariamente a inovação, a altíssima qualidade nos produtos, a eficiência e a modernização nos processos produtivos. Estamos sempre atentos às tendências de comportamento do público consumidor de percussão tanto no nosso país quanto fora”, enfatizou Narjara. Ela explicou que atualmente os percussionistas estão pedindo qualidade, durabilidade e leveza; e, graças às novas tecnologias, a empresa está desenvolvendo novos materiais que trarão mais sons e mais timbres para que a imaginação dos músicos não tenha limites. Além disso, a empresa está com novas parcerias em andamento, com o objetivo de modernizar a marca perante o público e reforçar toda a expertise que tem em percussão. “Queremos que nossa marca bata no compasso do coração de cada músico no Brasil.” Um ponto destacado entre as ações que a Gope realiza é o apoio aos programas de percussão feminina. Narjara contou: “Podemos falar horas sobre esse assunto. O apoio dado à Banda Didá tem uma dimensão muito especial. Inicialmente por conta do vínculo de amizade entre o grande mestre Neguinho do Samba e Humberto. Foi Neguinho do Samba que criou o samba-reggae e, mais tarde, por volta de 1993, a Banda Didá. Ela é um marco nas narrativas de empoderamento feminino. É a primeira banda de samba-reggae protagonizada só por mulheres negras e que tem um trabalho social fundamental no Pelourinho. As peles que elaboramos para a Didá atendem também ao projeto social que elas mantêm. Assim, a pele chega para mulheres de todas as idades, inclusive crianças. Em 2017, a Gope criou uma linha de instrumentos na cor mais significativa para a Banda Didá, o vermelho. Essa linha de instrumentos está sendo usada por elas em suas apresentações e vem causando um impacto nunca visto antes”. 56 www.musicaemercado.org

Humberto, fundador da Gope

Banda Didá

Pandeiro Super Leve

Vivian Caroline, da Didá

Para 2020 Mais recentemente a Gope realizou dois lançamentos importantes: a linha Stories e o pandeiro Super Leve. “O sucesso de ambos está sendo absoluto. Ousamos e inovamos nas cores dos nossos produtos, conquistando os corações dos músicos mais criativos e que buscam a excelente sonoridade dos instrumentos Gope aliados a visuais diferenciados”, disse. A linha Stories apresenta opções de cores atraentes e diferentes das encontradas no mercado, como neon verde, laranja e rosa. O pandeiro Super Leve tem uma estrutura inovadora e revestida com materiais diferenciados e produzidos nos tamanhos 10”, 11” e 12”. A versão de 12” pesa apenas 580 gramas. Toda a linha está disponível em diferentes cores.

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“Temos excelentes expectativas para 2020. Estamos trabalhando fortemente para expandir nossa participação de mercado no Brasil e fortalecer ainda mais nossa presença pelo mundo. A Gope tem passado por um intenso processo de transformação que tem como objetivo tornar a empresa ainda mais eficiente, investindo em inovação, tecnologia e novos processos produtivos. Estamos trabalhando de forma incansável para atingir os nossos objetivos”, finalizou Narjara. Aguardamos mais novidades em breve! n Mais informações gope.net GopeInstrumentos GopeOficial



LOJA BACKSTAGE MUSIC

BACKSTAGE MUSIC VISA O BOM ATENDIMENTO

A empresa é uma rede formada por quatro lojas em diferentes cidades do Espírito Santo, oferecendo um mix de produtos parecido, mas o mesmo atendimento destacado ao cliente

A

pessoa por trás dessa rede é Deybson Novelli, sócio-proprietário, que abriu sua primeira loja em 2008 na cidade de Santa Maria de Jetibá. “Comecei bem pequeno, em uma sala de 4 x 4 metros com meia dúzia de instrumentos e alguns acessórios. Minha primeira compra foi na Equipo, com meu grande amigo João Donizeti. Foi um pedido mínimo, metade era encomenda”, lembra. “Sempre fui muito bem recebido, Loja em Vitória apesar da simplicidade e do pequeno tamanho da minha empresa. Tive muita ajuda dos representantes do nosso estado! Fui criado em uma família simples, com poucos recursos, mas muito trabalhadora. Tenho como grande Loja em Domingos exemplo a minha mãe, que sempre nos mostrou a importância do Correndo atrás dos sonhos trabalho e da honestidade, e sou muito A loja matriz ainda fica em Santa Maria de Jetibá. Em 2011, foi inaugurada mais grato a Deus por todas as conquistas!” Assim começou a carreira do Deyb- uma loja em Santa Teresa, outra cidade son com sua própria loja por dois anos. pequena no interior do estado. Na época, “Era recém-casado e nossa renda vinha ambas as lojas se chamavam Tocarte. Em 2017 adquiriram a Backstage da minha atividade como professor de música e do trabalho da Jennyfer, mi- Music em Vitória, capital do estado. nha esposa. Trabalhava sozinho, almo- “Uma loja já tradicional, com um knowçava atrás do balcão, para não fechar a -how e um perfil que sempre sonhei em loja! Foquei o estoque, queria ter uma ter! Assumimos a loja e em seis meses loja completa. Com isso, em pouco tem- triplicamos o tamanho dela”, disse po conseguimos ir para um novo pon- Deybson. Em 2018 foi inaugurada a to, com aproximadamente 60 m2. Hoje, quarta loja, na cidade de Marechal Flo11 anos depois, somos quatro lojas em riano, que, após um ano, foi transferida quatro cidades no Espírito Santo e uma para a cidade de Domingos Martins. equipe de 15 pessoas”, destaca. Foi então que resolveram unificar e co-

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Jennyfer e Deybsom

locar o mesmo nome em todas as lojas: Backstage Music. “Essa disposição de ter mais lojas surgiu assim que meu irmão, Mayco Novelli, veio trabalhar comigo. Nos dividimos entre as lojas, conseguindo estar em todas elas semanalmente, e minha esposa assumiu o financeiro, me deixando mais livre e seguro para planejar. A família envolvida com certeza dá mais confiança para continuar”, enfatizou. O mix de produtos muda um pouco de uma loja para outra, mas todos os itens — importados e nacionais — estão à disposição dos vendedores por meio do sistema de gerenciamento de estoque que a empresa usa. A Backstage ainda não conta com loja virtual. “Gosto de balcão, mas sei da importância do mercado on-line hoje. Estou me preparando para isso, mas meu principal foco sempre será a loja física”, destacou Deybson. “Ouço de


Loja em Santa Teresa

Loja em Vitória

quase todos os fornecedores que não será possível sobreviver sem o canal on-line. Uma boa alternativa então seria o fornecedor, em vez de colocar lojas não especializadas para vender os seus produtos no e-commerce, treinar as pequenas lojas especializadas que estão com dificuldade de se manter para fazer isso! Manteriam os pontos físicos e ainda assim venderiam no canal on-line.”

Mais do que venda Além da venda de produtos, a Backstage Music sempre ofereceu manutenção de instrumentos, instalação e projetos de sistemas. O proprietário da loja conta: “Por muito tempo fiz esse trabalho, hoje tenho uma equipe que faz isso.

Loja em Jetibá

Mas também indicamos muitos profissionais parceiros. Loja física não dá mais para só vender produtos, temos de encontrar mais opções”. A equipe das lojas também é um ponto destacado, com vendedores capacitados, formando um ambiente de boa relação e confiança. “Isso me dá segurança. Sem minha equipe atual, e todos que já passaram por aqui, não teria chegado aonde cheguei. Muitas vezes pensamos em ser um diferencial apenas para nossos clientes, isso é extremamente importante! Mas também quero ser um ‘chefe’ com diferencial, um cliente para meus fornecedores com um diferencial, e assim poder ganhar força para ser querido pelos meus

Antiga Tocarte

clientes”, declarou Deybson. “Tenho muitos planos para crescer, e principalmente para me manter aonde cheguei, isso as vezes é esquecido por muitos. Não quero apenas crescer, quero não diminuir. Mas prefiro deixar esses planos só no meu criado-mudo nesse momento. Acho que quatro lojas está bom por enquanto! Ainda consigo deitar na minha rede aos sábados à tarde, curtir meus filhos e namorar com minha linda esposa. Não tem dinheiro nesse mundo que me faça abrir mão disso”, concluiu. n Mais informações backstagemusic.com.br BackStageMusic


HANDMADE INSTRUMENTOS: KLINGEN GUITARS

KLINGEN GUITARS PLANEJA EXPANDIR SEU ESTOQUE E DISTRIBUIÇÃO

A Klingen Guitars está trabalhando para ampliar seu estoque para entrega imediata no Brasil e fez parceria com lojista em Nova York para distribuir suas guitarras feitas à mão nos EUA

G

ustavo Konno, fundador da Klingen Guitars, começou a construir guitarras em 2001, quando fez o curso de luthieria da B&H em São Paulo. “Mantive a guitarra como hobby. Comprava muitas guitarras, vendia, restaurava e construía algumas, ainda sem marca. Acabei me interessando em fazer disso minha profissão. Foi então que decidi, em paralelo com meu trabalho ‘comum’, fundar a Klingen em 2015”, contou. Foram 12 meses desenvolvendo o projeto, construindo, dando errado, tentando de novo, refazendo, até chegar ao conceito utilizado atualmente. “Implementamos como itens de série alguns recursos como buchas de metal em todos os parafusos, barras de fibra de carbono para reforçar o braço, tensor em aço inox, entre outros”, detalhou.

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Hoje, a Klingen conta com seis modelos de guitarras desenvolvidos, dois baseados em strato (STT e STM), dois baseados em tele (TLT e TLM), um baseado em Jazzmaster (JMM) e um autoral (Shredder). Mas Gustavo revelou que “o foco daqui para a frente será em modelos autorais. As releitu- Gustavo Konno, fundador da Klingen Guitars ras dos clássicos foram de extrema importância para o nosso co- e sala de fotografia. A produção é de meço e devemos mantê-las em produ- baixo volume. Uma guitarra de cada vez. Para ela, são utilizadas máquição, mas queremos ser mais que isso”. nas elétricas e computadorizadas Onde são feitas? para garantir que os instrumentos A empresa tem uma fábrica em São fiquem perfeitos em termos dimenPaulo com 450 m 2, incluindo show­ sionais. Já o acabamento é todo maroom, escritório, sala de montagem nual. Tudo feito só pelo Gustavo:

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“Nosso processo de fabricação é longo e pouco flexível. Cada modelo passa por um ciclo de desenvolvimento. Antes de ser produzido, fazemos o desenho técnico, a programação das máquinas, a fabricação de gabaritos, a construção de protótipos e aí, sim, disponibilizamos para venda”. Ele destacou que a Klingen atua em um nicho fechado às novidades e por isso foi preciso usar uma estratégia especial no início da empresa: “Para entrar no mercado, desenvolvemos releituras de modelos clássicos, com algumas melhorias técnicas, componentes de melhor qualidade, fabricação mais rigorosa e com preço menor que um equivalente importado. As pessoas demoram um pouco para entender o que está acontecendo, mas assim que entendem, nos tornamos uma opção muito forte. Não é à toa que a grande maioria dos nossos clientes compra o segundo instrumento Klingen em menos de 12 meses”.

As guitarras são comercializadas apenas por venda direta. “Apesar de o produto ter um valor de venda alto, a margem de lucro é ridiculamente baixa, não comporta um intermediário. Temos um showroom e revendedor em Nova York também.” Falando sobre isso, a empresa vem se preparando há algum tempo para exportar: abriram o pedido de registro de marca em outros países, foram selecionados pela Apex para o programa de incentivo à exportação do governo e tiraram toda a documentação para operar o Siscomex. “Recentemente participamos de uma exposição em Nova York (EUA), na qual fechamos com um revendedor para termos um showroom permanente da Klingen nessa cidade. Há muitas outras coisas acontecendo, mas nada concreto ainda”, enfatizou. O que virá? Gustavo disse que os usuários estão demonstrando diferentes demandas em relação aos instru-

mentos, que vão desde mais variedade de modelos até opções mais acessíveis em termos de preços. “Eu ainda trabalho sozinho e prezo por um crescimento sustentável. Muitos são os desafios, mas acredito que boa parte deles será completada”, comentou. “Acho que está havendo uma pulverização da produção de instrumentos. Grandes fabricantes estão perdendo volume de vendas para pequenos fabricantes. Parece ser um movimento mais amplo que se vê também em outras áreas, como cervejas, cutelaria, chocolates finos, supermercados, entre outros. Pelo meu lado, espero este ano conseguir encher o showroom com pelo menos cem instrumentos para pronta entrega no Brasil e dez em NY”, concluiu. n Mais informações klingen.com.br KlingenGuitars


ILUMINAÇÃO: HIGH END SYSTEMS

HIGH END SYSTEMS TEM PLANOS DE EXPANSÃO

A HES, empresa parte da ETC, mostra as tecnologias usadas em seus produtos de iluminação e controle com o objetivo de ampliar sua presença no País

A

High End Systems é uma fabricante de sistemas de iluminação e controle de entretenimento que atua desde 1972 e está sediada em Austin, Texas, Estados Unidos. A empresa foi adquirida em 2017 pela ETC, outra renomada empresa de iluminação que sempre esteve mais relacionada ao trabalho em teatro e estúdio. Agora, com a High End entre suas linhas, amplia seu alcance para o setor de eventos ao vivo. “A estabilidade inerente ao fato de ser uma empresa ETC garante a longevidade e o sucesso da High End na indústria de iluminação de entretenimento. O modelo de serviço da HES reflete o da ETC, para que os clientes saibam que estão comprando os sistemas de iluminação mais avançados e tendo o suporte de uma rede global. A HES também se beneficiou com a equipe da ETC e as capacidades de P&D”, disse Noel Garcia, gerente de Vendas na América Latina para a High End Systems.

As luzes O novo aparelho automatizado TurboRay, bem como a linha de mesas Hog 4, são fabricados nas principais instalações da empresa em Austin, onde planejam fabricar mais produtos da empresa. A HES conta com produtos que podem ser divididos em três categorias distintas. A primeira é composta pelos produtos de iluminação automatizada da série Sola, que incluem aparelhos com framing como

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Sede da empresa em Austin

os SolaFrame 750, SolaFrame 1000, SolaFrame 2000, SolaFrame 3000 e SolaFrame Theatre; aparelhos spot como SolaSpot 1000, SolaSpot 2000 e SolaSpot 3000; aparelhos híbridos como os modelos SolaHyBeam 1000, SolaHyBeam 2000 e SolaHyBeam 3000 (lançados na feira LDI de 2019) e os aparelhos wash SolaWash 1000, SolaWash 2000 e os modelos SolaPix 7 e SolaPix 19, lançados em dezembro. A segunda categoria diz respeito às luzes de efeitos, com as luzes automatizadas TurboRay e HEX, e a terceira é formada pelas mesas Hog 4, sendo elas Hog 4-18, RoadHog, Full Boar, HedgeHog e Hog 4PC, além de uma ampla linha de periféricos, por exemplo, os RackHogs. Noel diz: “A High End foi a primeira empresa a usar fontes de LED há mais de sete anos com os modelos SolaSpot

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Pro CMY e SolaSpot Pro 1500. Hoje, todos os principais fabricantes de iluminação automatizada produzem aparelhos LED. Talvez seja mais preciso dizer que a HES foi vanguardista ou pioneira nessa tecnologia”. Conversamos com Noel para descobrir os detalhes por trás da tecnologia usada. Confira as respostas a seguir. Vimos que alguns dos produtos mais recentes têm um visual retrô, mas com tecnologia moderna. É algo que a empresa continuará usando? Noel: É importante para os designers

de iluminação que os aparelhos modernos tenham todos os recursos disponíveis para diferenciar seus projetos e atender aos parâmetros do show de seus clientes. Trabalhando com a equipe de design industrial da ETC, nossa linha de aparelhos evoluiu para produzir


luzes mais elegantes, que não apenas produzem uma iluminação bonita, mas também se vejam fantásticas na montagem. No caso do TurboRay, ele tem uma aparência clássica, mas é uma luz muito diferente por dentro, que oferece aos designers o melhor dos dois mundos. Nossos SolaPix 7 e SolaPix 19, lançados recentemente, podem se assemelhar às luzes wash de estilo “máquina de panquecas”, que se tornaram populares com nossos aparelhos ShowPix há muitos anos, mas possuem várias tecnologias revolucionárias, como a Halographic Pixel Definition e o mecanismo de efeitos FleX Effects, que continuam a impulsionar a inovação no setor pela qual a HES sempre foi conhecida. Falando em tecnologia, em que a empresa está trabalhando? Noel: Na tecnologia de controle, ti-

vemos uma grande briga com os con-

Noel Garcia, gerente de Vendas para a América Latina da High End Systems

Linha de produção

Sala de controle de qualidade

Área de fabricação de mesas

correntes em relação à linha de mesas Hog 4. Acho razoável esperar que nossa equipe trabalhe na “próxima grande novidade” no controle de shows. Já com a tecnologia das luzes, a HES está trabalhando para oferecer aos nos-

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sos clientes mais opções no segmento “automatizado”, que agora está cheio de concorrentes, enquanto desenvolve novas tecnologias e tipos de aparelhos para dar aos designers uma vantagem criativa em seu trabalho.

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TurboRay

Quais tecnologias especiais estão usando atualmente? Noel: Há muitas a serem menciona-

Ostentando um estilo retrô clássico com seus difusores radiais, o TurboRay oferece um visual diferenciado para qualquer projeto de iluminação. É um aparelho versátil quando usado como luz wash de ângulo estreito ou como beam de borda dura para produzir vários efeitos aéreos. As bordas suaves do TurboRay, a cor homogeneizada e seu dimming suave ajudam a criar o efeito wash. No ar ou projetando sobre uma superfície, o disco de gobo animado e outros recursos produzem texturas diferentes das encontradas em outros aparelhos.

das na íntegra, mas algumas notáveis são o Patented Lens Defogger e a nova tecnologia HaloGraphic Pixel Definition encontrada nos SolaPix. Mas um dos maiores recursos da High End Systems é o nosso pessoal; nosso serviço ao cliente é incomparável. Outro ponto importante é o nosso extenso processo de controle de qualidade, que garante que o equipamento funcione sem problemas no campo.

SolaPix 7/SolaPix 19 A família SolaPix adota o conceito tradicional de um wash de pixels e o leva a um novo nível. Com uma ampla variedade de looks para ajudar a criar a atmosfera de vários tipos de shows, o SolaPix possui um LED aditivo, sistema de mistura de cores RGBW para cores saturadas e controle de branco ajustável, uma faixa de zoom versátil de 4,5° a 60°, motor de efeitos FleX e mapeamento de pixels em todos os modelos.

No Brasil O que nosso mercado significa para a empresa? Noel: O mercado latino, em geral,

tem sido importante para a High End desde nossos primeiros dias no setor de movings. Primeiras a adotar nossa tecnologia de iluminação, as empresas de produção latino-americanas reconheceram o valor dos produtos da HES. Os desafios da indústria moderna, como o aumento da concorrência e a proliferação de produtos de iluminação para boates com preços mais baixos, afetaram nossa penetração no mercado com nossos aparelhos, assim como as taxas impostas recentemente em diferentes países. Nossa empresa detentora, a ETC, possui uma ampla distribuição na América Latina; no entanto, a HES não possui distribuição em todos os países da região. Posso dizer que temos um novo distribuidor no Brasil, a Arte em Cena, de São Paulo, mas ainda estamos começando nesse país. Por que os produtos da HES são bons para o nosso mercado? Noel: Nossas mesas se adaptam

muito bem ao mercado local, já que temos uma grande variedade, desde as HedgeHogs de nível básico até a

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SolaWash 1000 Está disponível em duas versões: com um mecanismo Ultra-Bright que produz 20.000 lúmens de campo ou um mecanismo de alto CRI com reprodução de cores precisa. O aparelho inclui um sistema completo de framing shutter, sistema de mistura linear de cores CMY/CTO, um disco de cores substituível mais open em sete posições, sistemas de frost linear duplo e íris. O foco da borda nítida funciona em toda a faixa de zoom de 12° a 55°. Um filtro TM-30 aumenta o motor Ultra-Bright para mais de 85 CRI.

linha principal Hog 4-18. O software do nosso sistema operacional é muito intuitivo e fácil de aprender. Além disso, o mesmo software é usado em todas as mesas da série e em nossos produtos Hog 4PC. Nosso novo aparelho de efeitos TurboRay é outro produto perfeito para o mercado de televisão, pois fica ótimo na câmera e oferece aos designers de iluminação muitos efeitos exclusivos. Nossa série Sola, que inclui aparelhos Spot, Frame, Wash e HyBeam (híbrido) em quatro modelos de tamanhos diferentes, teve sucesso limitado

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no mercado latino-americano. Isso se deve ao preço de varejo relativamente alto sugerido pelo fabricante em comparação com outros movings. No entanto, nosso SolaFrame Theatre continua sendo a única luz móvel absolutamente silenciosa no mercado, um recurso importante para determinadas aplicações. n Mais informações highend.com HighEndSys High_End_Systems


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LOJA OPENSTAGE

OPENSTAGE FORNECE ESPAÇO PARA INCENTIVO À MÚSICA

A OpenStage vem fazendo um trabalho especial que vai além da venda de produtos. Há na loja um palco aberto para músicos e estudantes, levando entretenimento para a comunidade local

A

OpenStage abriu suas portas em julho de 2014, na zona sul de Porto Alegre, a partir de vários insights que Eduardo Barcellos, seu diretor, teve buscando um formato de negócio inovador, acessando outras lojas do segmento e apresentações de escolas de música. A estrutura da loja conta desde o início com um espaço para apresentações com capacidade para uma audiência de cem pessoas, bar e café profissional, setor de discos de vinil, CDs, DVDs, livros, moda e luthieria. Desde a abertura do espaço já receberam mais de 400 shows de música autoral, de iniciantes a bandas e músicos de sucesso internacional, sempre com entrada franca, em um ambiente apropriado para famílias. Também foram realizados mais de cem apresentações e recitais de escolas de música e mais de 80 workshops das mais diversas marcas e assuntos. “A loja nasceu com um DNA inovador e de vanguarda”, disse Eduardo. “Eu diria que a evolução que tivemos foi enquanto modelo de negócio, de marca, pois tornamo-nos referência nacional no segmento, mesmo estando longe dos grandes centros e sendo apenas uma loja.” A OpenStage estará iniciando em breve uma operação em um shopping center da cidade, e pretendem abrir mais uma loja na zona norte de Porto Alegre. Já a loja on-line nasceu junto com a física. “Ela nos auxilia como vitrine, apesar de ter estrutura de e-commerce de última geração. Nossa venda é praticamente toda na loja física.”

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Eduardo Barcellos

Tanto no ambiente on-line quanto no físico é possível encontrar marcas como Fender, Gibson, Tagima, PRS, Epiphone, Squier, Pearl, Xpro, Giannini, Rozini, Shure, Basso, D’Addario, Elixir, JBL, Oneal, Ibanez, Tecniforte e Santo Angelo, entre outras. Os itens mais vendidos são os acessórios em geral, violões, guitarras, ukuleles, contrabaixos, baterias, microfones e cajons. Além da moderna estrutura da loja, também é oferecido serviço de luthieria completo para instrumentos de corda.

Palco na loja O Palco de Todos foi um dos principais “pilares” da abertura da loja: “Tínhamos o entendimento de que não existia local adequado para as crianças e adolescentes das escolas tocarem e receberem seus familiares. Outra motivação para a existência do palco foi que, no momento da abertura da loja, inexistiam locais para se apresentar apenas com música autoral na cidade, além da dificuldade de músicos de elevado conteúdo cultural e artístico em obter espaço adequado para apresentar os seus trabalhos. Colocamos um palco completo, com trata-

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mento acústico, sistema de gravação avançado e ao vivo, backline de excelente qualidade, tudo à disposição de todos os músicos e estudantes que desejem utilizar o espaço”, contou Eduardo. De fato, a loja toda sempre foi pensada para oportunizar experiências, “logo, toda a área é apropriada para hands-on, eu diria que é uma loja hands-on music”, enfatizou. “Importante dizer que tivemos pouquíssimos problemas com acidentes e/ou quebras de equipamentos devido ao nosso conceito.” O diretor destacou que essa estratégia ajudou muito a atrair mais público para a loja, com a realização de eventos semanais, que muitas vezes recebem mais de 50 pessoas. “Já tivemos alguns eventos com público acima de 200 pessoas.” “Sem dúvida, todo o conceito, desde o Palco de Todos, passando pela arquitetura, bar, café, espaço de discos de vinil, moda, o convite para que as pessoas toquem os instrumentos sem pressa, pressão e/ou quaisquer inconvenientes, a sensibilidade em buscar soluções para os clientes, o relacionamento com os músicos e escolas, e principalmente a energia da nossa equipe, sempre dis-


posta a ouvir, tocar, pesquisar tudo sobre música e pessoas são diferenciais da nossa loja”, destacou Eduardo.

O trabalho não para Isso não é tudo. A loja está desenvolvendo vários projetos para adequar seu conceito à realidade do mercado: “Estamos lançando o OpenClub para aproximar mais o relacionamento com as pessoas que gostam da nossa proposta. Estamos à procura de investidores, parceiros, para começar a expansão a partir de uma lapidação nos modelos em que atuamos neste momento, pois esses cinco anos de existência já nos mostraram muitas coisas que funcionaram bem e que precisam ser amplificadas, e outras que não funcionaram como esperávamos e que precisam ser ajustadas e/ou encerradas”. “Acredito que os novos mercados serão pautados na colaboração, na troca, e não na concorrência. Os novos players de sucesso precisam ser disruptivos na sua essência, o conhecimento deve ser compartilhado. Me coloco à disposição do mercado em geral, distribuição, in-

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dústria ou varejo, para atuar como consultor, parceiro comercial, coach para empreendedores… Atualmente estamos em busca de investidores e/ou parceiros para expandir a nossa marca abrindo filiais ou novos negócios a partir do know-how da OpenStage”, comentou Eduardo. E finalizou dizendo: “Vejo nosso segmento com uma necessidade de adequação urgente, tanto no modelo de loja quanto na relação distribuidor-varejo. Acredito que a principal forma de incrementar as vendas passa pelo aquecimento da nossa economia, junto com uma mudança de mindset dos distribuidores e varejistas, passando a incentivar de maneira efetiva e sem exclusividades a cena musical local, a fomentar o ensino de música, a disponibilizar equipamentos e locais adequados cada vez mais para que as pessoas tenham acesso à música ao vivo”. n Mais informações lojaopenstage.com.br LojaOpenStage

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HANDMADE ACESSÓRIOS: DANTAS HANDMADE

CASES E PEDALBOARDS ARTESANAIS DA DANTAS HANDMADE

Sediada no Rio de Janeiro, a Dantas Handmade constrói cases e pedalboards totalmente feitos à mão pelo seu proprietário João Paulo Dantas

J

oão Paulo Dantas, fundador, proprietário e artesão da Dantas Handmade, sempre teve contato com o universo da marcenaria e trabalhos manuais por causa do seu pai e irmãos, que trabalhavam nesse segmento. Ele explica: “Apesar de ter estudado informática e outras áreas, sempre estava aprendendo algo desse ofício e trabalhando algumas vezes nele. Desde os 11 anos também tenho contato com a música e o universo da guitarra. Sou músico ‘de fim de semana’, por isso a ideia de juntar a música com o trabalho manual, que inicialmente era um hobby, mas acabou se tornando meu trabalho principal. A Dantas sou apenas eu e tenho colaboração de alguns grandes amigos”.

O início dos produtos João Paulo começou fazendo pedalboards para uso pessoal. “Os músicos que viam elogiavam, gostavam muito, e como meu espaço de trabalho era bem pequeno, era mais viável fazer produtos que não fossem muito grandes”, lembra. “A Dantas sempre está testando e fazendo algum produto novo. No início eram só projetos personalizados, mas depois comecei a criar linhas fixas e vender pela loja virtual.” O artesão explica que há um tempo a maioria dos clientes está preferindo os pedalboards inclinados e de tamanho compacto, por isso fez parceria com uma fábrica de bags especiais para oferecer bags seguindo o estilo Dantas.

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Onde são feitos O proprietário da Dantas tem uma pequena marcenaria em sua casa e fabrica tudo sozinho, utilizando ferramentas elétricas manuais e tradicionais de marcenaria. “O trabalho e o ambiente são handmade mesmo!”, disse. “Também faço a parte de acabamento um por um, à mão. Por enquanto não tenho funcionários.” Além de trabalhar nos produtos, ele faz fotos, edita e cuida do site, contando com a colaboração de amigos para levar os produtos para despachar e também para ajudar nos detalhes elétricos de alguns projetos. Entre esses, há guitarristas que fazem demonstrações dos produtos na internet. A matéria-prima principal, como madeira e revestimentos, é adquirida no

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Rio de Janeiro, onde fica a Dantas, mas há itens importantes, como ferragens e outros materiais, que é preciso comprar fora do estado e até fora do Brasil. “Tento pensar como é que o músico vai utilizar o produto, pois também sou músico. Após a ideia inicial, faço a maquete 3D no computador e depois construo o protótipo. Sempre testo e uso os produtos antes de lançá-los. Tenho muitas ideias de produto, variações, mas como o trabalho é handmade e tenho limitações de, às vezes, não achar o material que preciso, e também de investimento, procuro vender no site o que a maioria dos clientes gosta de usar. Porém, se o cliente precisar de algo sob medida, faço com o maior prazer, mas isso leva mais tempo de fabricação, custos etc.”


A comercialização João conta que costuma pesquisar muito sobre o que os guitarristas estão preferindo usar em relação a setups de efeitos e pedaleiras. “Gosto é bem pessoal, mas a gente acaba conseguindo ver algumas semelhanças e, como o trabalho é handmade, não é difícil modificar ou lançar algo novo, então vou sempre testando produtos e vendo qual agradou ou vendeu mais. Também tenho a mente aberta para fazer outros produtos desse universo, como gabinetes para alto-falantes, que já estou fabricando.” Para a comercialização dos produtos, no início a Dantas tentou fazer parcerias com lojas, mas não foi viável por causa dos custos. “Como o esquema é handmade, ou o preço final na loja acabava ficando muito alto ou a loja queria me pagar um valor muito baixo para

poder ter os produtos, então a venda direta foi a melhor opção.” No site, os compradores podem ver os produtos “de linha”, e por meio de outros canais de comunicação, a empresa atende os clientes que querem algo sob medida. “Atualmente os pedalboards compactos avulsos ou com bag compõem a maior parte das vendas. Os guitarristas têm dado preferência a setups de efeitos bem compactos”, comentou. “O que tem chamado a minha atenção é a procura por boards compactos. Também tenho atendido clientes interessados em gabinetes para alto-falan-

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tes ou para o próprio amplificador. Tenho um grande parceiro que é a Klingen Guitars — todas as suas guitarras saem da fábrica com o case feito por mim.” João finaliza: “O mercado ainda é bem difícil. Comecei isso tudo na cara e na coragem, errando, acertando, então a meta é estar vivo, funcionando, sempre com qualidade, fazendo o trabalho com amor e estar preparado para o crescimento”. n Mais informações casesdantas.com.br DantasHandmade

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LOJA SHOP MUSIC

SHOP MUSIC PROPÕE ANÁLISE DE PREÇOS PARA AS VENDAS FÍSICAS E ON-LINE

A Shop Music vende por ambos os canais, mas reconhece dificuldade quando alguns fornecedores precificam errado. Conheça a empresa e suas opiniões sobre o mercado

A

Shop Music atualmente conta com três lojas físicas e um canal on-line. As lojas estão localizadas em Ipatinga, Governador Valadares e Teófilo Otoni, todas no estado de Minas Gerais. A primeira loja foi criada em Ipatinga, em 1999. Ela nasceu como uma loja de eletrônicos que tinha um setor de instrumentos musicais, porém, depois de dois meses os fundadores perceberam uma carência maior no setor de instrumentos, fizeram uma liquidação das mercadorias dos segmentos de eletrônicos e automotivo e focaram exclusivamente áudio profissional, instrumentos musicais e seus respectivos acessórios. Entrando na tendência do comércio digital, a Shop Music começou a operar sua loja on-line em meados de 2012. “A loja virtual funciona como uma boa vitrine de pesquisa para os clientes que fazem uma consulta prévia dos produtos e acabam vindo à loja física. Em específico no estado de Minas Gerais,

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temos uma legislação tributária que tira a nossa competitividade diante de outros estados, por isso, o volume de vendas da loja on-line para outros mercados é pequeno”, conta Eduardo Costa, gestor comercial da Shop Music. “Estamos analisando o mercado e o posicionamento dos fornecedores perante a questão da internet.”

As marcas Em todas as lojas é possível encontrar uma linha bem ampla de produtos, que inclui violões, guitarras, contrabaixos, baterias, violinos, saxofones, amplificadores, caixas acústicas, mesas de som, multicabos e mais das principais marcas de instrumentos e áudio, tais como Yamaha, Attack, Santo Angelo, Takamine, Roland, Strinberg, Odery, Shure, D’Addario, AKG, dbx, JBL, Eagle, Vandoren, Giannini, Premium, Vokal, Rozini, Tagima, Nagano, Mark Audio, Voxstorm, Wire Conex, Kalani, Solez, Groove, Meteoro e outras. Sendo

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várias delas de origem nacional, Eduardo destacou a excelente aceitação por parte dos usuários locais. “O mercado nacional produz equipamentos de muito boa qualidade. Comercialmente falando, o que vemos é um erro de estratégia de posicionamento das marcas nacionais, o que pode prejudicar a médio prazo o próprio mercado delas.” Os produtos mais vendidos na Shop Music? Em primeiro lugar vêm os violões, seguidos de microfones (com e sem fio), teclados, mesas de som e caixas acústicas.

Mais serviços Além da venda de instrumentos, áudio e acessórios, as lojas oferecem serviço de dimensionamento e instalação de sistemas de sonorização para templos, escolas, supermercados e outros; confecção de cabos e multicabos e ainda revisão e manutenção em sonorizações já montadas. “Desde a fundação da empresa, o


que mais nos diferencia é o atendimento ao cliente. Focamos sempre prestar um serviço de qualidade, procurando oferecer para o cliente o produto correto para atender a sua necessidade. Além disso, procuramos oferecer um mix de produtos variado”, contou.

Comércio brasileiro Uma pergunta que costumamos fazer a todos os lojistas do País é sobre como veem o comércio musical atual. Eduardo opinou: “Vejo um mercado que passa por um momento de transição. Temos um mercado pequeno e fragmentado, que hoje é composto por muitos empresários com estruturas de custos diferentes e que, em alguns casos, não conseguem fazer as contas para manter o negócio sadio, precificando erroneamente e prejudicando o mercado como um todo. Perdem os lojistas, com a erosão da margem, os fornecedores, com a alta da inadimplência, e os próprios clientes, com uma ruptura no nível de serviço, pois quando o fornecedor ou lojista que o atendeu com o produto encerra suas atividades, o cliente final fica sem uma devida assistência. Em nossa visão, o mercado de instrumentos precisa passar por um incentivo de criação de demanda, valorizando a música como um todo, por isso, precisamos unir os fornecedores, os lojistas, as escolas de música, os criadores de conteúdo, enfim, todos os elos da nossa cadeia, pois o que vemos a cada dia que passa é a preferência maior dos nossos jovens e crianças por gadgets e menos por instrumentos musicais. Muito se fala sobre redução de impostos — que seria @musicaemercado

muito bem-vinda —, porém, o maior problema do segmento está em nós mesmos, e não externamente”. Sobre os incentivos para realizar isso, ele disse: “Gostaria de registrar o excelente trabalho da Anafima na tentativa de ligar as pontas do mercado. É também imperativo ressaltar que, embora concorrentes, nossos colegas lojistas físicos têm desenvolvido um trabalho hercúleo para que esse nosso mercado não desapareça, sobrevivendo somente na internet. O que queremos é uma igualdade de condição de compra e de trabalho para oferecer aos nossos clientes uma experiência completa, de som e toque, de realidade, de timbre do instrumento que ele tanto deseja, o que o meio virtual ainda não pode proporcionar na maioria dos casos. Agora, o que percebemos é que hoje, em função de um posicionamento estratégico errado dos fornecedores, está ficando melhor e mais barato para o cliente comprar pela internet, porém, eles se esquecem de que, se hoje os clientes decidem a sua compra dessa forma, é porque construíram as suas marcas em cima de um trabalho feito pelas lojas físicas, uma vez que não vemos nenhuma marca patrocinando qualquer tipo de programa de música na mídia e o trabalho de criação de demanda também é muito tímido. Por isso, em nossa opinião, o mercado tem um grande potencial, mas precisamos escolher agora os caminhos corretos para trilhar”. n Mais informações shopmusiconline.com.br LojasShopMusic

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ARTIGO: LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

GRATIDÃO NO MUNDO DOS NEGÓCIOS

Pequenas atitudes podem ajudar a criar um clima de trabalho melhor em nossas empresas, sempre agradecendo a nossa equipe e suas ações

S

im! É exatamente isto que você leu: gratidão no mundo dos negócios! Venho incessantemente martelando na questão da espiritualidade na empresa. Parece uma contradição, mas não se esqueça de que passamos boa parte do nosso dia trabalhando, convivendo com os colegas e colaboradores, produzindo, gerando negócios e oportunidades, administrando, gerenciando, vendendo um sem-número de serviços e produtos. Aliar esta “matemática” à espiritualidade é perfeitamente natural e necessário, principalmente em nossos dias, quando o estresse, as doenças somáticas e comportamentais estão em alta.

Então, gratidão é a solução. Entretanto, preste atenção: não se trata daquela gratidão forçada, como um mantra decorado em sânscrito, sem que você entenda o sentido das palavras. Mas, sim, aquela gratidão que vivifica, que acarinha o coração, que tranquiliza, que nos faz produzir mais, sentir alegria de viver, mesmo em lugares estressantes como são os ambientes corporativos. Você pode me perguntar: como praticar gratidão no mundo dos negócios? — Bom dia, trabalho! — Que alegria estar aqui novamente... — Agradeço por este espaço e oportunidade! — Gratidão, colegas! Isso soa um tanto artificial, não é verdade? Então, vou sugerir cinco formas de expressar gratidão, mas gratidão mesmo, no seu ambiente de trabalho.

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LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

É um amante da música desde o dia de sua concepção, no ano de 1961 uhlik@mandic.com.br

Ajude, ofereça o seu help, Utilize a tática dos cartões o seu conhecimento, a sua de agradecimento 1. 4. competência aos colaboradores Ofereça a sua ajuda ao colega que não consegue terminar o seu trabalho. Ofereça carona para o colega que está com dificuldade de transporte. Leve o colega para almoçar. Seja um bom ouvinte para aquele colega que está com problemas nas suas atividades. Escreva uma recomendação para quem mereça.

2.

Dê presentes

Traga chocolates e guloseimas para os colegas. Ofereça um almoço como forma de agradecimento. Dê um livro sobre algo que um colega tenha comentado com você. Quando for pegar um café, convide um colega para acompanhá-lo.

em alto e bom 3. Proclame, som, palavras de elogio

As palavras de elogio e de afirmação são uma excelente forma de expressar gratidão. Dizer “obrigado”, “sou muito grato pelo seu empenho nessa tarefa” é, basicamente, uma oração para quem ouve. — Que ótima ideia. Ajudou muito no meu trabalho. Muito obrigado! — O que escutei de você na reunião da manhã foi extremamente importante para rever os meus pontos de vista. Fiz uma pesquisa e percebi que você tem razão nos seus argumentos. Muito obrigado! — O seu sorriso é sempre sinal de que o nosso trabalho está ótimo! Avante! — Sua dedicação está fazendo uma grande diferença em nossos resultados. Totalmente excelente!

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Sabe aquele bom e velho cartão com palavras de agradecimento? Pois é! Tem um poder espetacular. Apesar de toda a tecnologia, toda a revolução que a internet proporciona, o cartão escrito à mão ainda tem um poder avassalador; dura muito mais do que um “obrigado” rapidamente murmurado.

Compartilhe as 5. suas experiências e o seu conhecimento Não somente envolvendo a atividade interna da empresa, como, igualmente, as atividades de lazer e hobbies. Mostre aos seus colegas que você tem um hobby espetacular, organize um time de futebol com os colaboradores, avance nos desafios de atividades relaxantes como a yoga, a meditação, as terapias alternativas. Sugira passeios para museus, áreas de lazer, parques, resorts, chácaras quando as metas forem atingidas. Organize um grupo de colaboradores que vá promover ação social em asilos, escolas para crianças com deficiência, hospitais e um sem-número de instituições que precisam da presença de pessoas como as da sua equipe. Percebeu como é simples implantar a gratidão dentro da corporação? Hoje, estes dois elementos — gratidão/corporação — andam juntos, aliados ao sucesso e, principalmente, ao êxito pessoal de cada um dos colaboradores da sua empresa. Não é espetacular e gratificante? n



ARTIGO: NELSON JUNIOR

OS 7 MAIORES RISCOS QUE ADVÊM DA NÃO FORMAÇÃO DE MERCADO FUTURO NA MÚSICA

NELSON JUNIOR

Guitarrista, produtor, especialista de produtos, instrutor musical, sideman, atuante no mercado desde os 13 anos de idade, colaborador didático de publicações musicais e escritor.

As mazelas do mundo dos negócios começam na não observação do óbvio. Às vezes o excesso de teorização dos “especialistas” flerta com o desconhecimento

T

enho imensa aflição ao escrever ou falar sobre assuntos de negócios, de ser confundido com os tais coaches e afins (milagreiros modernos). Fujo de termos desnecessariamente pomposos, apenas narro a verdade. O básico em qualquer negócio é oferta e procura, e a troca de algo de valores entre as partes. Simples... Mas o que acontece se a procura diminuir? O óbvio... No mercado musical estamos tendo uma drástica diminuição de interessados em ser músicos, porque não existe incentivo. Por outro lado, trabalho tem realmente faltado aos músicos, o que tem criado uma situação de “remarginalização” dos profissionais, e a pergunta preconceituosa “Você é músico, mas trabalha com quê?” começa a fazer sentido. A falta de artistas de destaque inspiradores numa nova geração preocupa tanto quanto a ausência de uma cena musical significativa (não estou falando de youtubers tocando virtuosamente, e sim de shows, músicas autorais e a motivação por meio do exemplo).

Podemos estar em vias de um caminho sem volta

1.

Com a quantidade de e-commerce, sites de serviços e comércio presencial, o não incentivo à formação de novos músicos e entusiastas amadores inverte a pirâmide de oferta e procura, colapsando os setores de atuação diretamente.

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2.

Sem novos músicos profissionais, a virtualidade cria a ausência da necessidade de investimento, torna-se hobby e, com isso, ser bem-sucedido num comércio “hobista” se tornará uma coisa rara. Com a ausência de interesse e a falta de oportunidades, sem contar remuneração justa, músicos abandonam o autoral. E com a ausência do novo, em todos os nichos, e toda a ques-

3.

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tão de direitos sobre obra intelectual e artística estar banalizada, não há o sustentar comercial da música. Na ausência de mercado em expansão, remuneração e meritocracia, somem a mão de obra especializada, peritos e especialistas de produto, e também a venda de loja, já que a procura decai. No mercado musical, tecnologia sempre é aliada, virtualização sem-

4. 5.


Se as pessoas têm motivação, elas adquirem bens e, por isso, agora mesmo, sair a campo e preparar novos consumidores é necessário

pre é inimiga, pois não são a mesma coisa, e não observar isso gera uma ilusão, que os números de um simples balanço mensal desmascaram. Sem investimento na carreira de artistas por parte do mercado, os exemplos que inspiram desaparecem. Não estamos numa realidade de ficar parados esperando, ou dispensar a coletividade de esforços, políticos e sociais, de incentivo ao mercado.

6. 7.

A Anafima e a Fremúsica (enquanto associação e como ação no Brasil), e mesmo a Música & Mercado, são passos imprescindíveis para revitalizar o mercado, mas olhar o que dá certo e o que dá errado ao redor do mundo, e não praticar o mau exemplo no quintal, é bem importante. Via de regra, se você quer vender sapatos, não incentive ou permi-

ta o andar descalço, e na importância de vender instrumentos e acessórios, o objeto do desejo deve estar agregado ao sonho, com possibilidade de realização, ou a pessoa não “usa o calçado” da ideia em sua jornada de vida. Parem de teorizar e ouvir “gurus”, porque é simples. Se as pessoas têm motivação, elas adquirem bens e, por isso, agora mesmo, sair a campo e preparar novos consumidores é necessário. Independentemente da crise, algumas pessoas não tiram selfies com celulares caros em casas sem reboco? O que nos afunda não é só pouco

dinheiro, mas a frase “VOU SER MÚSICO PRA QUÊ?”. A única área isenta de formação de mercado futuro é comida, pois as pessoas precisam disso para viver. Quem quer a segurança e o conforto de no investimento só pensar em compra, venda e preço, pode ter êxito com uma rede de pontos de venda de churrasquinho grego com suco grátis (bem simples, com dependência apenas de ponto em via movimentada, boas margens, treinamento, mínimo de funcionários etc.), e, mesmo assim, a mínima atenção ao mercado é imprescindível. Mas quem lida com o mercado musical não pode se dar ao luxo de ignorar que o mercado da música existe porque a música existe, e a música existe porque o músico existe, e sem a garantia de carreira na profissão, o resto colapsa. n


PRÉ-FEIRA MUSIC SHOW EXPERIENCE

FEIRA MUSIC SHOW EXP CONVOCA EMPREENDEDORES DO MERCADO DA MÚSICA

Feira quer ampliar networking, informação, comércio e estimular o empreendedorismo no mercado da música

E

mpreendedorismo musical será o tema central da 3ª Music Show Exp, feira da música que se realizará no mês de setembro em São Paulo. Com as mudanças ocorridas nos últimos anos, baseadas na digitalização da música, seus serviços, novos conceitos de espetáculos e a tecnologia embarcada nos produtos de áudio, iluminação e instrumentos musicais, a 3ª Music Show Exp focará o empreendedorismo como pilar do desenvolvimento musical. A 3ª Music Show Exp será realizada entre 24 e 27 de setembro, nos pavilhões 7 e 8 do São Paulo Expo, e será dividida por áreas que abrangem networking, conhecimento, produtos e serviços. “Estamos trabalhando em todas as melhorias necessárias. Com a máxima certeza, o evento de 2020 será muito superior ao do ano passado em conteúdo, marcas e apresentação”, reforça Fábio Mascotto, cofundador da Music Show Exp.

Music Coworking — cauda longa no mercado da música “O mercado da música se descentralizou e está pulverizado; para alguns, o setor morreu. Mas na nossa visão ele está se tornando um processo compartilhado e digital. Creio ser um erro dizer que o setor está morrendo”, comenta Daniel Neves, também cofundador da Music Show Exp. “Estamos na era dos ‘nanonichos’ da

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Music Coworking: projeto similar ao da Comic Con Brasil

música, que vão da composição à venda de produtos e se multiplicam de forma incrível. Esta (a feira) é uma excelente oportunidade para expor e ampliar seu networking e os negócios”, completa. Um exemplo de como será planejado o Music Coworking são as áreas com projetos similares existentes nas feiras SXSW (Estados Unidos), Comic Con Brasil, com a Artists’ Alley, Websummit (Portugal) e NAMM Show (EUA). O preço das mesas de coworking na Music Show Exp começa em R$ 950, para pagamento à vista, e R$ 1.190, para pagamento parcelado. O Music Coworking da Music Show terá disponibilidade nas diversas áreas de negócios da música: produtos de áudio, instrumentos musicais, educação (music business, instrumentos, áudio, iluminação), acessórios, merchandising,

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escritórios para venda de shows/eventos, produtores artísticos, estúdios, canais de YouTube, assessoria de comunicação para o setor musical, entre outros.

Music Academy O número de debates, treinamentos, workshops e pitchs da 3ª edição da Music Show também terá atenção redobrada. “Levantamos a bandeira do empreendedorismo no setor. A troca de informação é parte fundamental para o crescimento de todos que trabalham com música”, explica Daniel. A feira em breve publicará a agenda de conteúdo em seu site. n Mais informações musicshowexp.com.br MusicShowExp



PRÉ-FEIRA MUSIKMESSE

MUSIKMESSE E PROLIGHT+SOUND ADIAM SUA EDIÇÃO DE 2020

Devido à rápida disseminação do Coronavírus, os organizadores da Messe Frankfurt decidiram adiar as feiras Musikmesse e Prolight + Sound este ano

C

omo todos sabemos, o Covid-19 está se espalhando por todo o mundo e, por isso, na Europa, a Messe Frankfurt decidiu adiar suas feiras Musikmesse e Prolight + Sound 2020. “A saúde de expositores, visitantes, contratados e funcionários tem a maior prioridade para a Messe Frankfurt. As novas datas serão anunciadas em breve”, afirma o comunicado oficial. Por outro lado, os eventos regionais “Musikmesse Plaza” (3 e 4 de abril) e o ‘Musikmesse Festival’ (31 de março a 4 de abril de 2020) serão realizados conforme o planejado, uma vez que visam principalmente o público regional da área metropolitana de Frankfurt. Devido à expansão contínua do Covid-19 na Europa, os organizadores reavaliaram a situação junto às autoridades de saúde pública de Frankfurt e decidiram tomar medidas para impedir que visitantes de regiões de alto risco que viajam para Frankfurt visitem a feira enquanto estiverem doentes. Outro fator que influenciou a decisão de adiar as feiras foi o crescente número de restrições de viagem, o que impedirá muitos visitantes e expositores em potencial de chegarem a Frankfurt. “A situação atual representa um grande desafio para a feira e as empresas expositoras de todo o mundo. Lamentamos que os aniversários de ambas as feiras não possam ser comemorados. No entanto, estamos aguardando ótimos shows para os fãs na região com o Musikmesse Festival, que será realizado em uma variedade de lugares por toda Frankfurt. Além 78 www.musicaemercado.org

disso, continuamos a estender nosso convite aos amantes da música para visitar a “Praça Musikmesse”, onde eles podem não apenas ver e comprar instrumentos, produtos de gravação e estilo de vida, mas também participar de inúmeros eventos”, disse Detlef Braun, membro do conselho executivo da Messe Frankfurt GmbH.

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As datas da Musikmesse ainda não foram anunciadas, mas sim as da Prolight + Sound. A feira será realizada de 26 a 29 de maio. n Mais informações musik.messefrankfurt.com pls.messefrankfurt.com


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PÓS-FEIRA NAMM SHOW 2020

NAMM SHOW 2020

A característica feira que se realiza a cada janeiro apresentou um ambiente cheio de energia para começar o ano, ver as novidades das marcas internacionais e projetar negócios para 2020

A

edição de 2020 foi realizada de 16 a 19 de janeiro na cidade de Anaheim, Califórnia, no centro de exposições que parece ter novidades a cada ano para oferecer uma experiência ainda melhor a visitantes e empresas participantes. “Foi incrível ver os membros da NAMM e os profissionais do setor de todo o mundo se unirem de maneira tão positiva para experimentar o lançamento de inúmeros novos produtos, participar da melhor educação do setor disponível no mundo e aproveitar o camaradagem e o networking que fazem nossa vida musical tão significativa”, comentou Joe Lamond, presidente e CEO da NAMM. “O campus do NAMM Show serviu como uma foto viva e inspiradora do atual mercado global e acredito realmente que os participantes que se comprometeram e investiram para estar no evento aumentaram sua vantagem competitiva para o sucesso no próximo ano.” Muitas pessoas — visitantes e expositores — afirmaram à Música & Mercado que essa foi a maior edição da feira, e isso não é a toa, pois este ano foi possível ver mais de 2 mil empresas expositoras, com 7 mil marcas e mais de 115 mil visitantes, apresentando 20% de crescimento de participantes do exterior dos EUA, se comparado com os últimos dois anos. Pode imaginar uma feira de mais de 75 mil m2? Imagine também que cinco dias não são suficientes para ver tudo, mas tem que tentar!

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Representantes de associações na International Coalition Meeting

Patrick Almond, Daniel Neves e Summer Xu (Studiomaster)

Lançamentos e comemorações Não precisamos dizer que a quantidade de novos produtos encontrados nesta feira sempre é incrível. Desde itens realmente inovadores, linhas atualizadas a equipamento clássicos. Várias empresas expositoras comemoraram seu aniversário na feira, como a DAS Audio América (25 anos), a PRS (35 anos), com uma ampla variedade de novas guitarras, a PreSonus (25 anos) e a Powersoft (25 anos) — esta fez uma grande festa algumas semanas depois na feira ISE, em Amsterdã. Pelo lado dos instrumentos, as ba-

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Tagima

terias, guitarras, outros instrumentos de corda, metais, pianos e teclados se destacaram no piso de exposição, mas também foi possível ver todo tipo de instrumentos, acessórios e coisas que vão além da imaginação. A NAMM está tentando abrir mais espaço para outros segmentos do mercado da música, como os eletrônicos e sintetizadores analógicos para iniciantes, entre outros. Nos últimos anos, um segmento que também entrou em destaque na feira foi o áudio profissional, especificamente o som ao vivo. Este ano pudemos ver ainda mais empresas


Someco

Audio-Technica

José Rivas, Shure

Gustavo, Korg

RME Audio

James Laney

Adam Hall

Marquinho Sax e Chico Oliveira

EMG Pickups

Medina Artigas / Magma Strings e JPM Guitarshop de São Paulo

Basso Straps

Sidney Carvalho, NIG/GNI

apresentando seus sistemas, periféricos, mesas, e acessórios, muitas com sua própria sala para demo. Foi fácil perceber, nos estandes, mais cuidado e preocupação com o jeito de mostrar os produtos, com os expositores dando mais vida e atenção aos espaços, atraindo ainda mais o público. Falando sobre expositores, o Brasil esteve presente mais um ano com empresas como Stay Music, Rozini, Tagima, Santo Angelo, Basso Straps, Liverpool, a Anafima e também o modesto estande da Música & Mercado. Cabe destacar que a Anafima não

só participou da International Coalition Meeting, reunião anual em que associações da música de todo o planeta se encontram para trabalhar estratégias, compartilhar conhecimento e ações em conjunto, mas também organizou um coquetel especial junto com o Consulado em Los Ángeles da Embaixada do Brasil, com o apoio da NAMM, para as empresas e parceiros brasileiros que participaram da expo. Helena Raso, CLO da Santo Ângelo, comentou: “A NAMM sempre nos surpreende, seja pela emoção de estar participando, seja pela energia de todos

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que passam pelo estande! Apresentamos, nesse ano, nossos cabos têxteis com tecnologia Twisted na trama, que os músicos brasileiros já conhecem: os modelos Rio, Tokyo e Paris.” A Stay Music lançou na feira o novo produto Volcano, que é um suporte para violão, guitarra e outros, totalmente fabricado em alumínio, garantindo baixo peso e qualidade na construção. “Sem contar o design, que ficou de matar,” adicionou Alan Cavalheiri, gerente comercial da empresa. “O produto foi apresentado pela primeira vez durante a NAMM e foi muito elogiado

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Flávio Giannini (ao centro) com Vicente e Juan Carlos (Casa Amarilla, Chile)

Torelli Musical e Tycoon Percussion

Equipe Shure e Edmar Hashioka (Pioneer DJ)

Powersoft e Universal Music

IK Multimedia

Everton Tosta

Musical Express

Pratos coloridos, Sabian

Peles Colortone, Remo

Stay Music

Gustavo, B&C Speakers

Denon DJ

por todos os músicos e clientes que visitaram a Stay. O Volcano começa a ser entregue em março de 2020 nas lojas do Brasil e do mundo. Além dele, a Stay apresentou também o Compact, lançado recentemente, focado para quem toca sentado e precisa de um suporte extremamente versátil e leve.” Sanny Rozini, diretora administradora da Rozini, comentou: “A NAMM é sempre surpreendente! Podemos notar claramente o crescimento da feira a cada ano e isso nos motiva muito a participar todos os anos. Para nós foi muito importante, tivemos a participação e interesse de muitos músicos em nossos instrumentos. A cultura e a música

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brasileira são muito atraentes para os estrangeiros e a Rozini como representante dessa cultura e tradicionalmente reconhecida pela sua brasilidade vem conquistando a cada ano mais público.” Esse ano, a empresa investiu fortemente em violões de nylon, que teve muita procura ano passado. “Como não é permitido a exportação de Jacarandá (madeira fortemente usada pela Rozini), criamos uma linha de violões de nylon exclusivamente para exportação usando Pau-Ferro, outra madeira nobre muito valorizada, que atendeu muito bem as expectativas do público que visitou nosso estande. Acreditando no potencial que temos, já reservamos nosso espaço

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para 2021. A Rozini estará presente pelo 6º ano consecutivo na NAMM com muito orgulho e brasilidade!”, concluiu.

Educação

Além de lojistas, representantes, funcionários de empresas, técnicos, designers, profissionais, imprensa e artistas, este ano teve muita participação de estudantes, professores e outras associações relacionadas com educação, graças às iniciativas da NAMM, como The NAMM Foundation GenNext (para estudantes de música de escolas e universidades), Music Education Days (para compradores e administradores de escolas de música) e o Nonprofit


Casiotone

Phonic

Kala Ukuleles

Cort Guitars & Basses

Elixir Strings

Château

Rozini

Carlsbro

Super palco, Yamaha

Zildjian e Vic Firth

Shure

Baquetas Liverpool

Institute (para afiliados de associações não lucrativas e pessoas com bolsas fornecidas pela NAMM). Para esse público, e todos os interessados, a feira ofereceu mais de 350 sessões educativas, como o Retail Innovation Summit, as sessões de café da manhã da NAMM U, os Dias de Educação Musical para estudantes e educadores, o Retail Financial Summit, o NAMM Idea Center — apresentando sessões a cada meia hora com todo tipo de dicas e ideias —, o programa GenNext para estudantes que desejam desenvolver sua carreira e os A3E, AES Academy at NAMM, Dante e TEC Tracks, que promoveram mais

de 200 sessões em áudio profissional. Pois é, NAMM Show é muito mais do que uma feira. Realmente apresenta um espaço idôneo para se inspirar, obter conhecimento, dicas, ouvir as experiências de outros profissionais e comerciantes, que podem colocar nossas mentes em hiperatividade e voltar aos nossos projetos com ideias renovadas para aplicar no dia a dia.

Demos em ambiente real Outro ponto destacado foi a amostra de tecnologias em line arrays e sistemas de som, realizada pelo segundo ano, com a participação das marcas Alcons Audio, BassBoss, Crest Audio, dbTechnologies,

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Electro-Voice, FBT, Martin Audio, Proel, RCF, Sound Barrier, T.W.T.W. Audio, Verity Audio e Void Acoustics, e diversos sistemas que os visitantes puderam ouvir ao vivo. A iluminação também esteve presente com educação interativa e testes de mesas das marcas Avolites, Chauvet e MA Lighting, incluindo a mais recente linha grandMA, apresentada pela ACT Lighting (distribuidora nos EUA). A edição de 2021 será de 21 a 24 de janeiro em Anaheim, Califórnia. n Mais informações namm.org NAMMShow

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d&b Audiotechnik KSL-SUB

Bose S1 Pro

A S1 Pro da Bose é uma caixa portátil multiposição, com bateria interna de íon lítio com 11 horas de autonomia, duas entradas combo P10/XLR com controles de equalização, reverb e volume indepen­ dentes e outra entrada para reprodutor de música via P2 ou Bluetoo­ th. É o primeiro modelo da linha Portable e permite uso em pedestal, mesa, como retorno ou amplificador e, para cada posição, a própria S1 Pro ajusta a equalização geral automaticamente. Usando o app Bose Connect é possível transmitir áudio sem fio para um segundo sistema S1 Pro e ainda realizar ajustes mais precisos. Contato: (11) 3158-3105 - musical-express.com.br

Celestion Midnight 60

A Celestion está lançando o Midnight 60 Guitar Speaker, popular no segmento OEM, que agora estará disponível nas lojas como upgrade. É um alto­falante de guitarra de estilo britânico que apresenta as partes móveis usadas no design V­Type, mas com uma montagem de ímã diferente, dando o efeito de divisão do balanço de tom. Está disponível em 8 ou 16 ohms, com armação de aço prensada, ímã cerâmico, gerenciamento de potência de 60 W e sensibilidade de saída de 96 dB. Contato: (51) 3034-8100 - proshows.com.br

dbTechnologies VIO C

A empresa lançou uma nova série de ele­ mentos para formar um array. É uma série de caixas de fonte de linha ativas de duas vias indicada para uma ampla variedade de espaços e aplicações, desde sistemas de PA instalados até reforço de som para turnês. São três modelos com componentes de neo­ dímio: VIO C12 (1x12”, bobina de voz 3,5” LF e 1x1,4” saída, bobina de voz 3” HF), VIO C15 (1x15”, bobina de voz 3,5” LF e 1x1,4” saída, bobina de voz 3” HF) e VIO C212 (2x12”, bobina de voz 3” LF e 1x 1,4” saída, bobina de voz 3” HF). Os três vêm equipados com módulo de amplificação classe D de 1.600 W RMS Digipro G4, dando potência à seção de DSP e permitindo valores de SPL de 139 dB para o VIO C12, 140 dB para o VIO C15 e 141 dB para o VIO C212. Contato: (11) 2795-4190 - someco.com.br

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O novo subwoofer KSL­SUB, disponível nas versões para montar em estrutura suspensa ou no chão, vem em um formato pequeno que aumenta a frequência de um sistema KSL até 36 Hz, oferecendo controle de dispersão e faixa dinâmica de baixas frequên­ cias. Ambas as versões deste subwoofer, a KSL­SUB e a KSL­GSUB, apresentam dois motores de 15” virados para a frente e mais um motor de 15” apontando para trás, proporcionando controle de diretividade cardioide graças à sua amplificação ativa de duas vias. O KSL­SUB oferece uma saída de 139 dB alimentada por amplificado­ res D80 da d&b, no tamanho de 100 x 90 x 45 cm. Por sua vez, o KSL­ ­GSUB tem uma altura de 45 cm, adequado para uso sob o palco. Contato: (11) 3333-3174 - decomac.com.br

DiGiCo Quantum338

A mesa Quan­ tum338 traz recur­ sos de uma mesa grande, mas em tamanho pequeno, com avan­ ços na conectividade e no poder de processamento, se comparado com outros modelos da linha. A mesa inclui 128 canais de entrada com 64 busses e uma matriz 24 x 24, todos com processamento de canal completo. Três telas de toque de 17” se encontram no centro do design e permitem que a ponte do medidor e os botões de seleção rápida sejam exibidos em cada uma. Apresenta 38 faders de 100 mm sensíveis ao toque em três bancos de 12 faders, além de dois faders atribuíveis pelo usuário, ambos com medição de alta resolução. O sistema também inclui 70 displays individuais de canal TFT e modo de nova aparência para trabalhar no escuro. No painel traseiro, traz seis conectores Madi simples (ou três redundantes), duas portas DMI e uma interface de gravação USB Madi incorpora­ da diretamente dentro da mesa. Contato: (11) 3228-8623 - audiosystems.com.br

Mackie Série EleMent

A série EleMent de microfones foi lan­ çada no NAMM Show, com os modelos EM­89D dinâmico vocal, ideal para atuações no palco, EM­91C de conden­ sador cardioide para estúdio e EM­USB USB de condensador para gravação, podcasting e live streaming, oferecendo uma solução “plug and play”. Mais uma novidade: a série SRM V­Class de alto­falantes amplificados — ou seja, a série SRM conta com um design novo — com tecnologia DSP e caixas to­ talmente em madeira. A série tem três modelos: SRM210 V­Class, SRM212 V­Class e SRM215 V­Class, com transdutores de baixa frequência de 10”, 12” e 15”, respectivamente. Contato: (11) 3018-3300 - habro.com.br

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SM7B

QUALIDADE PROFISSIONAL PARA TODAS AS VOZES .

Seja uma transmissão de rádio ou televisão, um podcast ou uma gravação de estúdio, todos os detalhes são importantes na hora de lidar com as vozes. A resposta de frequência ampla do SM7B preserva a beleza natural do som capturado, com qualidade e claridade intactas.

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Presonus StudioLive ARc

A série combina uma interface de áudio USB 2.0 de 24 bits multicanal, 96 kHz, compatível com USB­C, com a aparência de um mixer analógico, criando um design híbrido para gravação e mixagem. Esses mixers apresentam circuitos analógicos de alto headroom especialmente criados, juntamente com os pré­amplificadores de microfone XMAX Classe A da empresa, e foram projetados para criadores de conteúdo e músicos modernos. Existem três modelos: o Studio­ Live AR8c oferece quatro pré­amplificadores de microfone e seis entradas de linha balanceadas para gravação/reprodução 8x4. O StudioLive AR12c contém oito pré­amplificadores de microfone e 12 entradas de linha balanceadas para gravação/reprodução 14x4. O StudioLive AR16c possui 12 pré­amplificadores de microfone e 16 entradas de linha balanceadas para gravação/reprodução 18x4. Contato: (11) 2975-2711 - presonusbrasil.com.br

Zoom G11

Novo efeito múltiplo para guitarra com um conceito que o diferencia dos emula­ dores para fornecer o som real dos amplificadores de guitarra. A nova interface do usuário na tela de toque também foi renovada e oferece facilidade de uso. Este processador multiefeitos vem na forma de um pedal de piso com novo processamento de sinal para oferecer mais amplificadores e efeitos que não estavam disponíveis em outros modelos da linha G até agora. Ele também possui uma seção de amplificação que pode ser modificada a partir do próprio aparelho e controla ganho, volume, presença e equalizador de três bandas. Contato: (11) 5535-2003 - royalmusic.com.br

Sparflex Cabos de áudio

Os cabos de áudio da Sparflex são produzidos com as mais recentes tec­ nologias. Um dos pontos fortes é a injeção de nitrogênio, que faz com que o sinal de áudio se propague com mais rapidez. Além da injeção de nitrogênio, os cabos de áudio da Sparflex apresentam outras características importantes, tais como bitolas fiéis; produção 100% nacional, o que garante a qua­ lidade das matérias­primas e da montagem dos cabos; e testes em laboratório próprio, para que os cabos cheguem às lojas sem riscos de problemas. A Sparflex produz cabos de áudio para diversos usos, como guitarra, baixo, teclado, microfone, pedais, caixas e mesas de som, amplificadores e outros instrumentos e equipamentos. Contato: (11) 2535-8900 - sparflex.com.br

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Shure SE215-CL

Fones de ouvido Sound Isolating. Os fones de ouvido SE215 Sound Isolating trazem um único microdriver de alta definição. O design discreto e seguro inclui um cabo destacável para manter os fones de ouvido no lugar e os cabos afastados do músico. Sua tecnologia de isolamento bloqueia até 37 dB de ruído externo. Inclui uma bolsa de transporte com zíper e um kit de ajuste com diversos tipos de borracha para melhor ajuste aos ouvidos do usuário. Contato: (11) 3158-3105 - www.musical-express.com.br

Casio Celviano Grand Hybrid GP-310 e GP-510

Os membros mais novos da família têm um design luxu­ oso e, como seus antecessores, estão equipados com te­ clas de piano de madeira spruce austríaca de tamanho grande, que usam os mesmos materiais e processos que os pianos de cauda da C. Bechstein. Também oferecem um algoritmo de resposta tátil aprimorado. A linha Celviano se destaca por ofe­ recer a sensação de ter três dos pianos de cauda mais lendários do mundo, chamados Berlim, Hamburgo e Viena. Os novos modelos melhoram o som desses instrumentos cobiçados com um decay mais longo e natural. Além disso, trazem o sistema Grand Acoustic de seis alto­falantes, fazendo com que, quando o volume é ajustado, cada alto­falante seja automaticamente otimizado. Outras características: melhor tom de cravo, opções de equalização, modo aprimorado de Concert Play. Contato: (11) 5085-8090 - casio-intl.com/br/pt

D’Addario Woodwinds Embalagem individual de palhetas Royal

Novidade nas embalagens das palhetas de sopro Royal, da D’Addario Woowinds: agora as palhetas Royal para clari­ neta, sax alto e sax tenor também estão disponí­ veis em embalagem individual. Ideal para estudantes e profissionais. Contato: (11) 3158-3105 - musical-express.com.br

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Evans Drumheads Pele UV2

A Evans Drumheads apresenta seu novo modelo UV2. Uma expansão da tecno­ logia do patenteado revestimento a partir de UV, apresentado anteriormente no modelo com único filme UV1, que agora se torna disponível também em um novo modelo com duplo­filme. A UV2 é ainda o primeiro produto da linha Evans a apresentar as novas embalagens com o Sound Icon System, muito mais esclarecedor sobre a sonoridade que a pele proporciona, assim como especificações técnicas que ajudarão o músico na hora de escolher o modelo ideal. A nova UV2 é produzida com dois filmes de 7 mil cada. Contato: (11) 3158-3105 - www.musical-express.com.br

LP Latin Percussion Congas e bongôs Matador

O kit V­Drums Acoustic Design une o look de uma bateria acústica com o uso de tecnologia digital. A aparência e o formato artesanal de um kit de bateria acústica estão presentes neste instrumento, com carcaças em madeira e pratos em tamanho padrão, acaba­ mento colorido e hardware cromado, dando também a sensação de se estar tocando uma bateria acústica graças ao uso da tecno­ logia digital Prismatic Sound Engine da Roland. O modelo V­Drums Acoustic Design vem em três configurações: VAD506 — kit de cinco peças com carcaças em madeira em tamanho padrão, snare e ride digitais e módulo TD­27; VAD503 — kit de quatro peças com carca­ ças em madeira em tamanho padrão, snare e ride digitais e módulo TD­27; VAD306 — kit para economia de espaço com carcaças de profundidade rasa e módulo TD­17. Contato: (11) 3500-2600 - roland.com/br

Sheldon GT 1200

A Latin Percussion apresenta as congas e os bongôs Matador Whisky Barrell, feitos para combinar com o cajon da mesma linha. Tanto o novo Matador Bongo Set (M201­WB) quanto as Mata­ dor Congas (M750S­WB) são construídos com caixas de pinho da Nova Zelândia em três camadas, que, segundo a empresa, forne­ cem um som focado. Todos os novos tambores vêm com peles de couro cru e afinadores de 5/16” de diâmetro. O conjunto de bongôs é equipado com rodas tradicionais, placa de apoio em aço e fundo em alumínio fundido na cor prata. As congas são equipadas com Matador Soft Strike Rims e placas laterais corneadas. Contato: (18) 3941-2022 - sonotec.com.br

Orange Little Bass Thing

O Little Bass Thing é um amplificador para baixo leve, projeta­ do para o baixista moderno. Conta com amplificação de 500 W Classe D, combinada com um pré­amplificador de estado sólido, tudo em um pacote de 3 kg. Possui controle paramétrico para equalização simples. O circuito de compressão óptica classe A do amplificador pode ser controlado por um pedal (vendido separa­ damente) ou pelo painel frontal. Também possui FX Loop e saída D.I. balanceada com interruptor de aterramento. Contato: (11) 5535-2003 - royalmusic.com.br

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Roland V-Drums Acoustic Design

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Amplificador para guitarra de 15 RMS com efeito de overdri­ ve. Controles: ganho, graves, médios, agudos e master. Saída para fones de ouvido. Alto­falante de 6 polegadas. Disponível em nove cores (azul, bordô, jeans, laranja, marrom, pink, preto, roxo e vermelho). Dimensões: 265 mm (L), 256 mm (A), 143 mm (P). Peso: 3,5 kg. Contato: (11) 3971-3534 - sheldon.com.br

Zildjian I Family

A I Family leva a letra I por conta da palavra Ilham em turco, que significa inspiração. A linha chegou para subs­ tituir a série ZBT, que não é mais fabricada. Ela traz pesos modernos, perfis e sons de efeitos atualizados. Os modelos disponíveis são 16” e 18”, trash crash 17”, trash crash/hi­hat top 14”, mastersound hi­hat bottom 14”, mastersound hi­hat top 14”, mastersound hi­hat pair 14”, hi­hat bottom 13” e 14”, hi­hat top 13” e 14”, hi­hat pair 13” e 14”, ride 20” e 22”, crash ride 18” e 20”, crash 14”, 16”, 17”, 18” e 19” e splash 10”. Além disso, a Zildjian está disponibilizando seis packs diferen­ tes: I PRO GIG Pack, I Standard GIG Pack, I Essentials Plus Pack, I Essentials Pack, I Expression Pack e I Expression Pack 2. Contato: (11) 2975-2711- zildjian.com.br

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Amplificadores / Áudio Profissional

4 VIAS ...................................................... 11 3256-5665 4vias.com.br • 43 AKG ...................................... 51 3479 4000 br.harmanaudio.com/AKG • 91 B&C Speakers ..............................51 3103-1539 bcspeakers.com • 53 Behringer.......................................51 3034-8100 proshows.com.br • 92 C.Borges............................................ 92 3622-7151 cborges.com.br • 67 Eminence .................................... 47 3342-4886 (Bless Technology) • 10 Frahm .....................................................47 3531-8800 frahm.com.br • 25 LD Systems ........................................ 11 4368-8291 gobos.com.br • 39 JTS ..................................................... 11 3624-9148 turbomusic.com.br • 4 Power Click ................................ 21 2722 7908 powerclick.com.br • 19 PZ Pró Audio ............................. 11 3589-5831 pzproaudio.com.br • 75 Shure ........................................................ 11 3215 0186 br.shure.com • 77 SoundVoice ................................. 38 3224-3002 gbmusical.com.br • 27

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Acessórios

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A REVISTA DO SITE: MUSICAEMERCADO.ORG | JULHO E AGOSTO DE 2019 | Nº 103 | ANO 18

EXEMPLAR COM ENTREGA SIMPLES

SENNHEISER REFORÇA PRESENÇA NO MERCADO COM A HAYAMAX | JULHO E AGOSTO DE 2019 | Nº 103

MÚSICA & MERCADO

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Daniel Reis, da CMV.SeBr, Sennheiser no Brasil e Ricardo Akira, da Hayamax

Iluminação LED na SGM

Há anos a SGM vem se especializando na criação de aparelhos de iluminação baseados na tecnologia LED. Veja aqui as novidades no trabalho da empresa. PÁG. 34

Taylor e WMS com foco nas lojas

A marca de guitarras e a distribuidora local estão realizando um cuidadoso movimento para dar mais apoio às lojas e seus clientes com uma melhorada experiência de compra. Confira. PÁG. 50

Handmade: Instrumentos e áudio

Conheça as empresas Royalty Hybrid Drums e Explend Amplificadores Valvulados e seus produtos feitos à mão. PÁGS. 60 E 64

Music Show Exp 2019

A nova feira da música do Brasil vem com muitas novidades, como uma área VIP para lojistas, política de diminuição de ruído e a entrega do Top Retailer 2019, prêmio para as lojas destacadas do ano. PÁG. 74

SENNHEISER REFORÇA PRESENÇA NO MERCADO COM A HAYAMAX Após a nomeação da CMV.SeBr, que trabalha diretamente com e para a Sennheiser, no Brasil, a reconhecida marca internacional anuncia parceria estratégica com a distribuidora Hayamax, de Londrina, Paraná, responsável pela distribuição em massa da linha varejo no segmento de instrumentos musicais. Nesta entrevista Daniel Reis, da CMV.SeBr, e Ricardo Akira, presidente da Hayamax, explicam como será o trabalho no País nesta nova era. PÁG. 40

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