#108 Música & Mercado - Maio/Junho 2020

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EXEMPLAR COM ENTREGA SIMPLES

A REVISTA DO SITE: MUSICAEMERCADO.ORG • MAIO E JUNHO DE 2020 | Nº 108 | ANO 18

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ÁUDIO PRO & ILUMINAÇÃO | INSTRUMENTOS MUSICAIS | ENTERTAINMENT BUSINESS

AKG

Marca do grupo Harman foca o segmento prosumer. Veja qual é a estratégia implementada no Brasil. PÁG. 30

C. BORGES AMPLIA TRABALHO NOS EUA

A empresa comercializa produtos no Brasil, nos EUA ou direto da fábrica para dar apoio ao mercado local. PÁG. 38

João dos Santos e Alexandre Barros, da importadora Templo dos Instrumentos

TAKAMINE E SONOTEC

A força artística elevou a Takamine ao patamar de objeto de desejo. Leia a entrevista completa com Northon Vannali, gerente de marketing da empresa. PÁG. 34

MERCADO: CORONAVÍRUS

Pandemia deixa equipes de roadies e eventos devastadas. Saiba mais sobre a realidade do segmento. PÁG. 28

TEMPLO DOS INSTRUMENTOS

Empresa carioca, fundada pelo empresário Nildo Santos e em processo sucessório para seu filho, João dos Santos, se torna uma das importadoras com maior crescimento no mercado de áudio e instrumentos musicais do País. PÁG. 42

E AINDA: Giannini, PRS, Alberto Teclados, Guarani Musical, luthier Adriano Guerra e muito mais!



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SUMÁRIO

Templo dos Instrumentos SEÇÕES 16 EDITORIAL 18 ÚLTIMAS 22 SETUP Sherryl Crow 78 DESIGN & INOVAÇÃO Silent Bass SLB300 da Yamaha 80 PRODUTOS Os mais recentes lançamentos do mercado

A empresa vem desenvolvendo um ótimo trabalho no País, com variedade de produtos de áudio e instrumentos por meio de suas marcas próprias e de um ótimo trabalho com os mais de 800 lojistas com que trabalha. Desde o ano passado, a direção mudou e agora a Templo é liderada por João Amorim, o diretor mais novo do nosso segmento, com seus 19 anos, mas experiência suficiente para levar a empresa ao próximo patamar. Conheça mais nesta entrevista.

84 5 PERGUNTAS Coronavírus: como os pequenos negócios podem enfrentar essa crise

MATÉRIAS

86 CONTATOS Os nossos anunciantes você encontra aqui

24 MUNDO DIGITAL O WhatsApp nos negócios 26 CORPORATIVO Giannini faz convenção de representantes e lança novo logo

COLUNAS

70 Minha última coluna na M&M

28 MERCADO Coronavírus deixa equipes de roadies e eventos devastadas:

“É a primeira indústria a parar”

por Joey Gross Brown

71 Coronavírus, ou covid-19, e a música!

30 ESTRATÉGIA Segmento prosumer vira foco na AKG

72 Mercado musical: fidelidade não tem preço e ingratidão cobra juros

38 EXPANSÃO C. Borges comercializa produtos no Brasil,

por Luiz Carlos Rigo Uhlik

34 DISTRIBUIÇÃO Takamine e Sonotec trazem novos modelos

nos EUA ou direto da fábrica

40 LANÇAMENTO Palhetas Schultz disponíveis

por Nelson Junior

pela metade do preço das importadas

48 ANIVERSÁRIO Os 35 anos da PRS 52 FÁBRICA Alcons Audio traz sua tecnologia pro-ribbon 56 INTERNACIONAL Schertler procura distribuidor no Brasil

30

58 EDUCAÇÃO Alberto Teclados promove um mundo com música 60 ILUMINAÇÃO MA Lighting anuncia mudanças administrativas 62 LOJA Guarani Musical mostra seu lado humano 66 ANÁLISE DE MERCADO Mudanças no setor de instrumentos

musicais e áudio profissional em um cenário pós-crise

74 VENDAS Como contratar o profissional certo para sua empresa

38 14 www.musicaemercado.org

76 FEIRA Coronavírus: feiras canceladas e adiadas no mundo todo

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EDITORIAL DANIEL A. NEVES

CEO & PUBLISHER

“Quando está suficientemente escuro, você consegue ver as estrelas.” — Charles Beard*

STAFF CEO & Publisher

Daniel A. Neves

O QUE VEM, O QUE VAI

Diretora de Redação

Paola Abregú Diretor de Arte

Dawis Roos Departamento Comercial (Brasil)

Denise Azevedo comercial@musicaemercado.org Tel.: (11) 3567-3022

Escrevo este editorial no meio da situação mais louca que jamais vivemos na

época que nos tocou passar por este mundo. Algo que nunca imaginamos que pudesse acontecer. Pois é, a vida não deixa de nos surpreender e de trazer fortes emoções.

Thiago Henrique Ferreira trade@musicaemercado.org

Emoções de tristeza, ansiedade, incerteza e uma mistura de outros sentimentos e preocupações inevitáveis. Assim estamos nos sentindo como seres humanos, como profissionais, como empresários, como pai, como mãe, como tudo.

Administração e Finanças

O que vai acontecer? Como? O que vamos fazer? A empresa? O dinheiro? A

Trade Marketing e Novos Negócios

Rosângela Ferreira

saúde? Sim, a saúde à frente de tudo, mas e o resto da vida? E a economia? E o entretenimento?

Revisão de Texto

Hebe Ester Lucas

Tudo mudou, amigos. Tudo está mudando e vai continuar mudando. Empresas

assinaturas@musicaemercado.org

que fecharam, pessoal demitido, profissionais sem trabalho. Difícil encontrar palavras de ânimo nesta época, né?

Colaboradores

Mas precisamos achá-las e ser positivos. Precisamos manter o foco, sim.

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Precisamos não parar, precisamos continuar em movimento, criar. CRIAR é a palavra mágica. Criar oportunidades, criar novas estratégias e nos preparar para a reativação do mercado.

É o momento certo. Queiramos ou não, a mudança está acontecendo e

precisamos estar prontos. Estudemos, analisemos, projetemos, pois não há mal que dure para sempre. A vida está nos colocando à prova e temos as ferramentas para superá-la.

Autorizada a reprodução com a citação da

Não fiquem de braços cruzados, nem se desesperem. Adaptem-se, renovem-se,

Música & Mercado, edição e autor. Música & Mercado não é responsável pelo conteúdo e serviços prestados nos anúncios publicados.

Desta vez não vou mandar um abraço para vocês, precisamos de distanciamento

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Associados

pensem bem em cada passo, mas que seja rápido.

social. Mas envio minha maior energia positiva, meus desejos de que isso passe logo. Só resta dizer que estamos aqui para ajudar vocês no que precisarem. Contem com a gente, lavem as mãos e fiquem em casa! DANIEL NEVES CEO & PUBLISHER DE MÚSICA & MERCADO TWITTER/DANIEL_NEVES BAIXE NOSSO APP EM: WWW.MUSICAYMERCADO.ORG/IPAD-IOS-ANDROID/

*Charles Beard (1874-1948), professor e historiador norte-americano

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ÚLTIMAS

As mais recentes notícias do mercado de áudio, iluminação e instrumentos musicais

ÁUDIO

School of Rock promove aulas a distância A School of Rock lançou um programa de ensino a distância em todo o mundo para aproveitar e se adaptar à quarentena. Como muitos setores, as instituições educativas também foram afetadas pela pandemia do coronavírus e o pedido de isolamento social faz com que as pessoas, logicamente, não assistam à aulas presenciais para estudar. Um método que as escolas encontraram para solucionar a situação é a adoção de aulas a distância. Falando sobre o mercado da música, a School of Rock também está seguindo esse caminho. A maior rede de escolas de música do mundo lançou o programa School of Rock a Distância. Trata-se de um sistema de aulas on-line, desenvolvido em parceria com a Zoom, em países afetados pela Covid-19, como Brasil e Estados Unidos.

Celestion apresenta G10 Creamback Guitar Speaker Impulse Response A Celestion anunciou a adição do alto-falante de guitarra G10 Creamback Impulse Response à sua coleção para download digital no site CelestionPlus. O alto-falante de guitarra Creamback G10 oferece o tom clássico de Creamback em um formato menor de 10”. Com um ímã de cerâmica, uma bobina de voz de 1,75” e 45 W de potência, o G10 Creamback é construído usando os mesmos métodos de produção e materiais desenvolvidos para o Creamback de 12”. Agora, o G10 Creamback foi capturado como IR, oferecendo uma representação digital precisa. A coleção Impulse Responses do alto-falante G10 Creamback inclui cinco configurações diferentes de caixa: 1×10 (parte traseira aberta), 1×10 (parte traseira fechada), 2×10 (parte traseira aberta), 2×10 (parte traseira fechada) e 4×10 (parte traseira fechada).

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App Pioneer DJ estende período de teste gratuito A Pioneer DJ estendeu o período de teste gratuito do seu aplicativo DJM-REC de 30 para 90 dias. Mesmo que você tenha usado a versão de teste gratuito no passado, ainda poderá usá-la novamente, desta vez por 90 dias. A Pioneer DJ anunciou essa iniciativa para tentar ajudar os usuários na produção e transmissão ao vivo de mixagens de DJ durante o período de isolamento social. O aplicativo permite gravar e salvar mixagens via iPhone ou iPad, com controle de limitador de pico no mixer de DJ para minimizar o corte e a distorção, em vez de fazer manualmente no equipamento de gravação.

K-array comemora 15 anos Este ano é de comemoração para a K-array, pois faz 15 anos desde a sua criação, enquanto a HP Sound Equipment comemora o 30º aniversário desde a sua fundação. A história se inicia em 1990, quando o fabricante italiano começou a projetar e instalar estúdios, especificamente para rádio e televisão, operando como a empresa-mãe HP Sound. Seus três parceiros fundadores, Massimo Ferrati, Alessandro Tatini e Carlo Tatini, procuraram desenvolver sua própria linha de equipamentos baseados em MI e, em 2005, concentraram-se no reforço de som ao vivo e formaram a K-array. Atuando principalmente como uma empresa de locação, a K-array foi acionada a encontrar uma alternativa ao design tradicional de um sistema de PA, pois o grande volume e peso dessas caixas de madeira tornavam o preço do transporte muito caro, o que levou o sistema a ser muito ineficiente. Após anos de pesquisa e testes, foi lançada a principal série para shows da K-array, ajudando a estabelecê-la como fabricante de soluções inovadoras de áudio profissional. Os dois aniversários serão comemorados ao longo do ano durante vários eventos para clientes e funcionários da K-array e da HP Sound Equipment.

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EM TEMPO DE CORONAVÍRUS

Izzo cria estratégias para apoiar clientes e usuários A Izzo projetou uma série de ações para promover a música e movimentar o mercado. Exemplo disso é o 40tena Music Festival, que, como o nome indica, é um festival dos músicos que fazem parte do time de artistas da Izzo, transmitido ao vivo, com música, histórias, sessão de perguntas e respostas e indicação de lojas parceiras da Izzo. Outra novidade é a ação chamada Izzo Onde comprar — trata-se de uma iniciativa que destacará as lojas, por meio de uma live que a Izzo fará com cada uma delas, transmitindo uma conversa informal para contar a história da loja, o que está fazendo durante esse período, promoções vigentes e melhores produtos. As lives acontecem nas contas da empresa no Instagram. Finalmente, a Izzo Consultoria disponibiliza seu departamento de marketing para atender o lojista e desenvolver, em conjunto, ações digitais para divulgar, direcionar tráfego aos sites, captar potenciais clientes, criar lives no Instagram, anúncios no Facebook, trabalhar a marca da loja e qualquer outra ação necessária.

FEIRAS E EVENTOS Feira Infocomm em LAS VEGAS é cancelada Preocupada com a saúde e a segurança de seus expositores, visitantes, parceiros e funcionários, a administração da InfoComm e a equipe de administração da Avixa, organizadora do evento, decidiram cancelar o InfoComm 2020, previsto para junho próximo, na cidade americana de Las Vegas. A próxima edição física da feira de tecnologia para a indústria audiovisual será a InfoComm 2021, de 12 a 18 de junho, que desta vez ocorrerá em Orlando, na Flórida. Os organizadores anunciaram também sua estratégia digital, pois nesse ano haverá o Infocomm Connected, evento on-line de 16 a 18 de junho. Veja mais no site do evento.

InfoComm BRASIL 2020 passa para outubro Para proteger os participantes e expositores do evento, e após cuidadosa consideração por meio de conselhos de diferentes funcionários da saúde pública, como os da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do governo do Brasil, os organizadores da TecnoMultimedia InfoComm Brasil 2020 decidiram adiar a feira — cuja data original era de 14 a 16 de abril de 2020 — para outubro deste ano. “Embora entendamos que isso possa causar transtornos, a saúde e a segurança de nossos expositores e participantes são a principal preocupação”, disse Max Jaramillo, diretor administrativo da TecnoMultimedia InfoComm Latinoamérica. A feira foi remarcada para 20 a 22 de outubro de 2020 (terça a quinta-feira) no Transamerica Expo, na cidade de São Paulo, Brasil.

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Peles de bateria Evans se transformam em protetores contra coronavírus A equipe de engenharia da D’Addario encontrou uma maneira de transformar as peles de bateria Evans G2 em protetores de rosto para equipes médicas que lutam contra a pandemia de coronavírus. Mesmo antes de a D’Addario ser forçada a fechar suas fábricas de cordas D’Addario e das peles de bateria Evans, em Nova York, a empresa imediatamente passou a trabalhar em uma forma de usar seus conhecimentos de engenharia e fabricação para ajudar a aliviar a terrível falta de equipamentos de proteção nos Estados Unidos. Liderada pelo diretor de inovação, Jim D’Addario, a equipe de engenharia descobriu que poderia fabricar protetores faciais usando o filme transparente de suas populares peles Evans G2. Três dias depois, a equipe teve seu primeiro protótipo. Como a empresa já produz itens de fisioterapia por meio de sua marca Dynatomy, conseguiu trabalhar rapidamente em soluções de fabricação e distribuição. O plano é produzir em massa o Dynatomy Face Shield (protetor/escudo de rosto) na fábrica de peles de bateria Evans, na cidade de Farmingdale, perto de Nova York, utilizando materiais fabricados nos Estados Unidos.

Izzo lança protetor facial A Izzo desenvolveu um protetor facial para ser usado por profissionais de saúde e clínicas, mas também por profissionais de atendimento das áreas de comércio e indústria. O produto dificulta que as pessoas levem sua mão ao rosto, bem como impede gotículas e secreções expelidas pelo ar. Além disso, ele é de fácil desmontagem para limpeza e higienização, e possui a grande vantagem de ser reutilizável, ajustável, leve, confortável e seguro, pois utiliza na sua produção um material lavável e fácil de limpar. A limpeza pode ser feita com água e sabão, com água sanitária, com radiação gama, em autoclaves de laboratório, com álcool líquido ou gel, com vapor d’água e outros produtos de limpeza. O protetor tem duas partes: a viseira, confeccionada em polipropileno transparente clearpack com boa visibilidade, e o suporte, confeccionado em polipropileno preto, opaco, com boa resistência.

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ILUMINAÇÃO

Chinesa PR Lighting volta a operar sua fábrica

LumenRadio e Wireless Solution se unem A LumenRadio AB anunciou a aquisição da Wireless Solution Sweden AB, unindo-se para fortalecer sua posição no mercado de controle de iluminação sem fio. A fusão de ambas as empresas de tecnologia suecas contribuirá para a transformação da indústria de iluminação com o desenvolvimento do controle de iluminação sem fio, um requisito atual nas indústrias de iluminação para cinema, broadcast, palcos e arquitetura. Essa combinação de negócios terá um faturamento anual de mais de 10 milhões de euros e mais de 50 funcionários, com produtos e soluções complementares, visando uma base de clientes muito maior, geograficamente diversa e sem sobreposição. A LumenRadio e a Wireless Solution operarão separadamente, mantendo sua própria identidade de mercado, beneficiando clientes e fornecedores com a maior força dessa nova entidade.

Robe cria sistema de lentes para obter campo de feixe plano Atendendo às necessidades de um de seus clientes, a Robe Lighting patenteou um sistema de lentes Hot Spot 6:1 para seu novo profile LED Esprite. John Featherstone, sócio e diretor da Lightswitch, procurou a fabricante Robe para falar sobre sua necessidade de um aparelho com o campo mais plano possível. “Se você está iluminando um cenário, fazendo projeções de gobo ou quer um feixe grosso rico no ar, um campo de feixe plano é o melhor. Por outro lado, também existem muitas aplicações em que você realmente deseja um campo de relação de aspecto 2:1 diferente.” No momento de comunicar essa preocupação para a Robe, a empresa da República Tcheca apresentava sua mais recente luz LED automatizada e a equipe da Lightswitch aproveitou a oportunidade para ver se conseguia criar uma solução para suas necessidades. Assim nasceu o Hot-Spot Lens System para os equipamentos Esprite e T1 Series de profiles de LED, um acessório que pode criar um campo plano com um mero pressionar de botão. O sistema também foi testado nos profiles de LED de séries anteriores da empresa e continuará a ser implementado em versões futuras, quando possível.

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Após a crise da Covid-19, a indústria chinesa está de volta aos negócios e a PR Lighting, com sede em Guangzhou, começou abril com a notícia de que reiniciou sua produção. A PR Lighting aproveitou o primeiro trimestre do ano para aprimorar os novos produtos que estão em desenvolvimento, bem como fazer algumas mudanças estratégicas em sua infraestrutura global. “A PR Lighting funciona 100% normalmente mais uma vez”, confirmou o presidente da empresa, Dave Liang. “Nossos departamentos técnicos e de marketing estão totalmente operacionais e a produção e o envio estão de volta ao cronograma. Gostaríamos de agradecer a todos pela paciência e compreensão durante esses tempos sem precedentes.” A PR Lighting possui um grande estoque de todos os itens populares, além do lançamento do seu novo moving Aqua LED 1700.

DIVERSOS Kadú Menezes é o novo endorsee da Power click Kadú Menezes, baterista do Kid Abelha, é mais um grande músico a fazer parte do corpo de endorsees da Power Click. Músico com muita experiência e técnica, Kadú sempre foi requisitado e participou de shows e gravações de grandes nomes da música brasileira. Kadú usa Power Click modelo MX 4x1 XL, modelo com quatro inputs XLR, estéreo e equalização completa. Na foto, Eduardo Lott, da Power Click e Kadú Menezes (à direita).

Webinários e lives são a onda do momento Com o isolamento social em plena execução, as empresas, fabricantes e lojas do nosso setor foram impulsionadas a dar o pulo para o digital. Não é novidade que esta é uma transformação que começou há anos, mas quem não estava muito ativo no movimento digital agora foi forçado a entrar de vez. Há muito material disponível para aprender, para se atualizar, para treinar, para se preparar para a reativação do mercado. Então, a nossa recomendação é: visite os sites de todas as empresas que você conhece, das quais você gosta e fique antenado no nosso site e em nossas redes sociais, pois encontrará tudo lá! Se for usuário, aproveite! Se for fabricante, fornecedor ou distribuidor, não fique de fora e comece suas ações digitais assim que possível! A Música & Mercado está realizando lives todas as semanas com empresas e profissionais locais. Confira nossas redes sociais e participe.

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FEIRAS E EVENTOS Aniversário do SM58 da Shure

Prolight + Sound Guangzhou será em agosto

Um dos microfones mais populares do mundo, o SM58, está comemorando 54 anos de sucesso neste ano. O dia mundial do SM58 foi comemorado na sexta-feira 8 de maio e a Shure do Brasil fez uma live para contar a história do microfone. Ele é descendente direto do 565, que foi o primeiro microfone a apresentar a grade Unisphere ball, que se tornou formato padrão para microfones vocais ao vivo. Na época de Woodstock, em 1969, o 565 era usado para shows ao vivo como microfone vocal portátil, principalmente pela liberdade para se movimentar pelo palco. O SM58 é um microfone dinâmico durável e resistente. Alguns atingem os 40 anos de uso. Apesar de a designação original do SM58 ser para microfone de estúdio, o produto acabou virando um ícone para apresentações ao vivo. Atualmente, artistas como Skrillex, John Mayer, Paul McCartney e Maroon 5 usam o SM58. “O SM58 tornou-se o símbolo da empresa por ser o produto mais aceito no meio artístico e musical na história. São 54 anos de sucesso, e na linha de microfones profissionais é o mais usado no mundo”, afirma Fernando Fortes, especialista de desenvolvimento de mercado da Shure no Brasil.

Em meio a tanta incerteza, chegam boas notícias do outro lado do mundo. A Prolight + Sound Guangzhou, organizada pela Messe Frankfurt e pela Guangdong International Science and Technology Exhibition Company (STE), decidiu realizar sua edição de 2020. Acontece que, nos últimos meses, a China tomou uma série de medidas para conter com sucesso o surto de COVID-19. Em vista da melhoria da situação interna, o Governo Popular Municipal de Guangzhou, cidade onde a feira é realizada todos os anos, está incentivando a retomada gradual dos negócios. Consequentemente, os organizadores da Prolight + Sound Guangzhou anunciaram novas datas de apresentação: 21 a 24 de agosto de 2020 nas áreas A e B do China Import & Export Fair Complex. Para salvaguardar a saúde e a segurança de todos os participantes e da própria equipe, os organizadores se comunicaram estreitamente com o complexo onde a exposição será realizada e com os departamentos governamentais de saúde relevantes para implementar medidas adicionais, incluindo desinfecção freqüente das instalações, prestação adequada de serviços de desinfecção e teste periódico da temperatura.

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SETUP: SHERYL CROW

OS MODELOS SIGNATURE DE SHERYL CROW

Vamos conhecer um pouco sobre os instrumentos que acompanham a cantora, multi-instrumentista, compositora e atriz Sheryl Crow

C

om seu novo álbum, Threads, lançado no dia 30 de agosto, chegou a hora de explorar o equipamento musical de Sheryl Crow, conhecida por passear por gêneros como rock, pop, country, folk, blues e soul. Criada em uma família de músicos — sua mãe era professora de piano e seu pai, além de advogado, tocava trompete em bandas de swing —, não surpreende que Sheryl tenha começado suas aulas de piano aos 5 anos de idade e composto sua primeira música aos 13. Crow concluiu um bacharelado em composição musical pela Universidade do Missouri e, após a graduação, trabalhou como professora de música em uma escola enquanto cantava em bandas nos fins de semana.

22 www.musicaymercado.org

Guitarra Crow conta com seu modelo “Sheryl Crow”, pertencente à Gibson Signature Artist Series, que é essencialmente uma recriação do modelo Country Western de 1962 de ombro quadrado que ela usou no início de sua carreira. Em 2013, a Gibson também apresentou uma edição limitada “Sheryl Crow Southern Jumbo”, uma reedição da predecessora dos ombros caídos do Country Western de 1962. Da Gibson também possui uma SJ 200, uma Hummingbird eletroacústica e uma Les Paul Special. Da Fender tem as guitarras elétricas Fender Custom Shop Limited Edition Sheryl Crow 1959 Telecaster, outras Telecaster em cores diferentes e uma American Deluxe Telecaster em vintage burst. Também possui uma Sil-

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ver Jet de 1957 com bigsby da Gretsch Guitars, além de um baixo da Guild.

Amplificadores Sheryl possui um amplificador de guitarra 65Amps London e um Match less DC-30.

Microfones, cordas e outros Ao vivo, ela usa um microfone Shure UR-4D Wireless Series com cápsula SM58. Também usa eletrônica Fishman Matrix Infinity, pré-amplificadores/equalizadores Chandler Limited LTD-1 e o amplificador de limitação Purple Audio MC77. As cordas usadas para o baixo são as ECB81, enquanto para o violão são as EJ16-3D e EJ17-B, todas da D’Addario. n


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POR RITA D’ANDREA

Diretora da Mundo Livre Digital

MUNDO DIGITAL

O WHATSAPP NOS NEGÓCIOS

WhatsApp e empatia personalizam o relacionamento entre o cliente e a empresa

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om 1,5 bilhão de usuários no mundo — e 120 milhões no Brasil —, o WhatsApp é uma febre. Cada usuário examina suas mensagens, em média, 23 vezes ao dia. O aspecto “pessoal” do WhatsApp e de outras plataformas similares faz desses canais um espaço privilegiado para o relacionamento das empresas com seus clientes. Pesquisa realizada pela Nielsen e pelo instituto Facebook IQ em 2018 mostra que 53% dos consumidores estão mais propensos a realizar negócios com empresas com que se conectam via WhatsApp. Isso já está acontecendo: 63% afirmam trocar mais mensagens com empresas do que faziam em 2016. Os desafios trazidos por esse serviço de mensagens, no entanto, são altos. Levantamento realizado em 2018 pelo portal Website Builder com mil consumidores do Reino Unido mostra que 72% aceitam esperar 30 minutos por uma solução ao problema apresentado. Outros 11% esperam uma resposta imediata.

Além da velocidade de resposta, o que o consumidor demanda é empatia

A frustração do cliente é o que aparece no estudo feito no Reino Unido pela Eptica. Esse levantamento entrevistou consumidores e atendentes de contact centers que utilizam chat e social media. Trinta e um por cento dos consumidores atendidos por esses canais disseram que seu aborrecimento ou raiva não era percebido pelos agentes. Diante de situações como essa, 82% dos consumidores revelaram que mudam de fornecedor se a equipe de

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avaliados utilizavam emoticons nas trocas com o cliente e digitavam com grande rapidez e acerto, quase que reproduzindo a velocidade da fala.

O cliente quer conversar com uma marca como se conversasse com um amigo atendimento ao cliente não corrigir os problemas. O mesmo estudo mostra os desafios vividos pelos atendentes: 31% dos entrevistados têm dificuldade em reconhecer raiva ou aborrecimento em comunicações escritas como chat, WhatsApp ou e-mails. Uma resposta a esse dilema aparece no estudo realizado em 2016 pelo Penn State’s Media Effects Research Laboratory. Um grupo de cem estudantes foi filmado interagindo com o SAC por meio de chats na web e WhatsApp. Os atendentes mais bem

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Para promover a melhor CX (Customer Experience), reações rápidas e habilidades conversacionais são essenciais. A meta é a empatia, usando-se meios digitais para massificar a personalização do atendimento. Economiza-se o tempo do cliente e evitam-se as cansativas repetições de informações pessoais. Vale a regra: o que é impessoal para a empresa é pessoal para o cliente que busca o atendimento. O sucesso depende, ainda, de soluções de retaguarda para o atendimento ao cliente. Usando a nuvem como infraestrutura, é possível desenvolver e implementar com velocidade um


ambiente inteligente de relacionamento com o cliente. Sofisticadas soluções de BI (Business Intelligence) exploram de forma analítica o mar de dados gerado pelas interações propiciadas pela visão omnichannel. Aplicando-se uma abordagem consultiva a esse universo, é possível desenvolver de forma customizada um dashboard sob medida para cada empresa, cada área de negócio, cada campanha de lançamento de produto. Cada dashboard gera KPIs (Key Performance Indicators) que mostram, de forma cristalina, o resultado da operação. O objetivo é transformar as informações coletadas em novas estratégias de venda e de inovação (novas ofertas ou produtos). Atuando intensamente tanto na CX como no ambiente de BI, entram em cena tecnologias de IA (Inteligência Artificial) e Aprendizagem de Máquina (Machine Learning). Essas ferramen-

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tas “leem” o que se passa em cada interação, transcrevem ou traduzem para outras línguas o que foi dito, interpretam o grau de satisfação e engajamento do consumidor, propõem respostas, emitem alertas nos casos de conflito. A comunicação das empresas com seus clientes evoluiu da chamada telefônica para o chat na página de internet deste fornecedor B2C e, em seguida, para a oferta de apps para dispositivos móveis. A próxima onda da CX está se dando por meio de trocas de mensagens que capacitem as empresas a criar conexões pessoais e duradouras com seus clientes nos canais que estes preferirem.

Só há uma maneira de se fazer isso: mesclando pessoas (atendentes) com o que há de mais avançado em tecnologia

No Brasil, o WhatsApp está cres-

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cendo como espaço de engajamento cliente/empresa. De agendamentos com médicos ao acompanhamento de processos jurídicos, passando pela monitoração da entrega física de um produto, tudo está acontecendo aqui e agora. Já há estudos, também, para que os usuários brasileiros de WhatsApp consigam fazer compras por meio desse canal. Uma única meta norteia essa evolução: reviver, em um ambiente profundamente digitalizado, o relacionamento que nossos avós mantinham com o comércio ao lado de suas casas. Ao entrar no mercadinho, o cliente era chamado pelo nome, era avisado que seu produto favorito havia chegado, tinha a oportunidade de saborear uma nova oferta. Uma experiência de pertença, fidelidade e confiança que dura, traz ganhos para todos e agora acontece na nuvem. n


CORPORATIVO GIANNINI

GIANNINI FAZ CONVENÇÃO DE REPRESENTANTES E LANÇA NOVO LOGO

A reconhecida Giannini está comemorando 120 anos na indústria. Em março, realizou uma convenção para seus representantes e apresentou seus novos logo e slogan

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Equipe de representantes da Giannini

convenção da Giannini foi realizada nos dias 7 e 8 de março, reunindo todos os representantes da marca no Brasil em Salto, no interior do estado de São Paulo. Durante o evento os representantes puderam conferir os novos produtos que farão parte da sua linha, como os violões folk, stage e craviolas, além de fazer um balanço sobre o desempenho recente da empresa. Outro ponto de destaque foram as ações que serão realizadas para comemorar os 120 anos da Giannini, que se iniciaram na convenção com o lançamento da nova logomarca, o selo comemorativo dos 120 anos e o slogan da campanha: “Escrevendo uma nova história”.

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O início da Giannini A “Grande Fábrica de Instrumentos de Cordas de Tranquillo Giannini” foi fundada em novembro de 1900 pelo luthier Tranquillo Giannini, trazendo aos músicos brasileiros instrumentos de qualidade, cuidadosamente feitos à mão. Aliás, a Giannini foi uma das primeiras empresas handmade do Brasil. Com o sucesso dos instrumentos, no início de 1930 começa a fabricação de encordoamentos. A empresa foi crescendo e obtendo cada vez mais reconhecimento no mercado. Após a morte de Tranquillo Giannini, a presidência foi assumida por Giorgio Coen Giannini, levando a companhia a um novo patamar: presente nos principais festivais e movimentos, como a bossa nova, a Jovem Guarda e a Tropicália, se consolida entre os artis-

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tas nacionais e internacionais. Após o falecimento de Giorgio Giannini, em outubro de 2018, e com mais de um século de existência, a empresa passa a ser liderada pela terceira geração familiar, com Roberto Coen Giannini à frente, na presidência, e Flavio Coen Giannini na vice-presidência. Com Roberto e Flavio tem início uma nova fase, com várias mudanças que começam com a modernização de sua logomarca, que agora apresenta uma leitura mais fluida e clean, acompanhada do selo de 120 anos e do slogan “Escrevendo uma nova história”. n Mais informações giannini.com.br GianniniInstrumentos



MERCADO: CORONAVÍRUS

CORONAVÍRUS DEIXA EQUIPES DE ROADIES E EVENTOS DEVASTADAS: “É A PRIMEIRA INDÚSTRIA A PARAR”

Roadies, engenheiros de áudio, iluminação cênica e toda a equipe técnica de shows e eventos entram em choque após verem as empresas encerrando temporariamente as atividades: será o fim dos trabalhos neste ano?

D

e roadies e técnicos de som a fornecedores de toda a estrutura de eventos: tudo foi encerrado. Não há nada. O coronavírus dizimou temporariamente o entretenimento ao vivo no Brasil. A grande pergunta é: até quando vai isso? Para Ricardo Vidal, reconhecido técnico de PA e produtor em estúdio, “a situação é muito ruim. Diminuindo eventos e shows, penso que haverá uma quebradeira geral. Prevejo uma pequena retomada em dezembro, com muita fé”, desabafa. Vidal teve 15 eventos cancelados entre estrada e estúdio, além de uma turnê pela América. A situação de Vidal é o espelho da paralisação que está ocorrendo com

Jhony Nilsen

as empresas produtoras de eventos de todo o País. “A maior parte das locadoras vive do dia a dia, dos eventos que pintam, sem um planejamento maior. Imagine agora, com uma catástrofe dessa”, explica Fernando Ferretti, da

Shows e eventos: é a primeira indústria a parar

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Marcos Pavan

Stagetec, fornecedora de equipamentos de áudio profissional. Marcos Pavan, experiente técnico de som, compartilha outra história comum neste momento de pandemia: “Tive quatro shows na semana passa-


da e na segunda-feira cancelaram os 28 shows que já estavam fechados”.

Desligamento temporário do show business Milhares de técnicos freelancers ou contratados tiveram seus trabalhos cancelados da noite para o dia. O problema neste momento é a incerteza para toda a classe da produção de shows e eventos. Por motivo de saúde pública, esta tormenta tem previsão de durar pelo menos cinco meses, sem perspectiva de emprego. O que fazer até lá? Quem remunerará os freelancers? Como sustentar as famílias? Essa situação não é exclusiva do Brasil, está ocorrendo no mundo inteiro. De acordo com o jornal The Guardian, Tony Moran, diretor da empresa australiana CrewCare, todas as principais empresas de produção de eventos com música ao vivo e de cruzeiros da Austrália estão desistindo — ou já desistiram — de sua equipe de meio período e período integral — e isso é apenas cerca de 10% da indústria, sendo o restante casual ou contratado. “É o primeiro setor a morrer”, diz Moran. De acordo com os números mais recentes da Live Performance Australia, foram comprados 26,3 milhões de ingressos para apresentações ao vivo em 2018, em uma indústria no valor de US$ 2,2 bilhões — um aumento de 14,8% em relação ao ano anterior. No Brasil, a Associação Brasileira de Empresas de Venda de Ingressos (Abrevin) não publicou nenhum dado oficial, porém, executivos de mercado confirmam o cancelamento ou adiamento de todos os eventos e trabalham para tentar reagendá-los para o segundo semestre.

“Este é um momento delicado e as decisões ainda não foram tomadas. Estamos analisando para em breve seguirmos por um caminho”, explica Renan Coutinho, CEO da Feeling, uma das empresas líderes no mercado de shows e eventos corporativos. A feira Music Show EXP, que está agendada para 24 a 27 de setembro, focada no mercado de serviços e produtos para showbiz, manteve a data. Para Daniel Neves, diretor da feira, “vamos manter até segunda ordem. A economia não poderá parar o ano todo, temos fé de que no início de agosto teremos um cenário equilibrado”.

Vida de roadie A vida como roadie é um coquetel brutal quando se trata de saúde mental. As horas nos eventos são longas e muitas vezes à noite, o que significa que seus colegas de trabalho são a “sua vida social”. Quando você está em turnê, não há casa para onde ir no final do show. Quando sai da turnê, fica quieto — e muitas vezes você está sozinho. Como a renda é movida pelo trabalho como prestadores de serviços, não há licença, férias ou auxílio-doença remunerados e muitos estão no sistema de Microempreendedor Individual. O cheque de pagamento desta semana paga as contas da próxima semana e não há o suficiente para depositar no banco e poupar para o futuro. Todas essas empresas de eventos que sustentavam esses profissionais agora têm horários vazios pela frente e tiveram que demitir funcionários. Por enquanto, todo o trabalho deles se foi — as poucas reservas financeiras (quando há) secarão em breve e não há sinal de quando o setor voltará.

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Esperança é a última que morre O técnico de som Marcos Pavan comenta que “estamos todos muitos preocupados, mas neste momento temos que nos unir para passar por esta pandemia da melhor maneira”. Jhony Nilsen, da Showtime, empresa de produção de eventos com uma média de 160 eventos por ano, diz: “Temos que segurar ao máximo a equipe, até porque vamos precisar deles; não pensar apenas em como nós iremos sobreviver, mas pensar também nos técnicos e demais membros da equipe”. Já a tecnologia de streaming pode trazer um pouco de dinheiro de volta aos músicos e intérpretes, mas não ajudará a espinha dorsal de sua indústria: os roadies, equipes de tecnologia, gerentes de turnês e montadores, que montam os shows que sustentam suas carreiras. Vaquinhas coletivas estão circulando em alguns grupos de WhatsApp, sem esquecer que grandes empresas também estão se articulando, dentro do possível, para manter suas equipes de colaboradores da “graxa”. No domingo, 22 de março, Gustavo Montezano, presidente do BNDES, fez uma live no YouTube comentando sobre o investimento do banco público neste período de crise. A entidade anunciou que irá injetar R$ 55 bilhões na economia, o equivalente a quase todo o desembolso feito em 2019. Serão R$ 5 bilhões para micro, pequenas e médias empresas. Mas a maior esperança ainda é a descoberta da cura para o coronavírus. n Mais informações musicaemercado.org MusicaeMercado

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ESTRATÉGIA AKG

SEGMENTO PROSUMER VIRA FOCO NA AKG

A AKG — parte do grupo Harman — sempre foi conhecida por seus produtos para o mercado profissional, mas os tempos mudam e os consumidores, também. O novo foco é o segmento prosumer

A

AKG e outras marcas do grupo Harman globalmente vem se reestruturando para se adaptar às mudanças do mercado nos últimos anos, e na América do Sul não é diferente. O perfil do consumidor mudou, e o perfil das marcas, também. “A AKG sempre foi muito conhecida por seus headphones e microfones profissionais para gravação, estúdios e performances ao vivo. Continuamos fabricando e desenvolvendo produtos 100% profissionais de áudio, mas agora a marca também desenvolveu diversos itens para o público prosumer, que é um consumidor que busca produtos com qualidade profissional, mas trabalha em casa e não somente com áudio. Esse novo consumidor hoje é um youtuber,

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podcaster, produtor de conteúdo, streamer, gamer etc.”, comenta Eduardo Bizzi Moraes, líder de marketing para a América do Sul da Harman. Que produtos a empresa criou para se adaptar a essas mudanças de consumo? Eduardo: Hoje o foco da marca são

esses novos consumidores, e é para eles que a AKG desenvolveu uma linha completamente diferente dos seus demais produtos. Lançamos no período de um ano diversos produtos, como as linhas K175, K245 e K275, que são fones de estúdio semiabertos e fechados dobráveis para facilitar o transporte deles do trabalho para casa, mantendo a característica de um produto profissional de áudio. Além disso, há os pri-

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meiros headphones profissionais Bluetooth da marca, o K361 e o K371, para quem busca mobilidade, facilidade e qualidade de um produto pro. Também foi lançado o microfone Lyra, que é USB, possui qualidade de captação ultra HD 4K e também serve como um DAC para otimizar o áudio e expandir a qualidade de transmissão pelo headphone. Todos esses produtos têm foco total na nova geração de profissionais do mercado digital de conteúdo. A marca está tendo sucesso com esse passo para o nicho consumer? Eduardo: Sim, é uma nova estratégia

de marca. Entendemos que essa nova geração de produtos prosumer possui um potencial gigante de compra e


consumo, e esse consumidor entende que um produto profissional de áudio custa muito caro, o que não é verdade. Existem produtos de alto custo, mas também linhas com excelente preço e qualidade, e é aí que a marca se posiciona. Mantemos nossos produtos high-end, mas também queremos atingir outras frentes. Não foi necessário mudar o perfil da marca, mas, sim, criar uma linha de comunicação diferente para esses novos produtos, e o resultado está acima do esperado. Quais são as tecnologias destacadas dos produtos da AKG? Eduardo: A AKG sempre foi conheci-

da por sua qualidade na transmissão e captação de áudio com o máximo de clareza e detalhes possível. Com isso, o foco da marca está em oferecer produtos que possuam uma fidelidade inigualável ao conteúdo original

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que foi gravado. Em alguns produtos da marca foi aplicado um estudo exclusivo da AKG, chamado de curva de resposta de referência. Essa tecnologia garante uma experiência auditiva

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ideal e estabelece uma qualidade insuperável em diversos aspectos. A marca também mantém o legado de oferecer qualidade de áudio profissional em seus novos produtos com uma solu-


ção plug and play. As novas gerações buscam produtos rápidos e intuitivos. É importante destacar ainda que nossos produtos são desenvolvidos com um design diferenciado e moderno, e essa característica vem se aprimorando nos últimos lançamentos da AKG, como no microfone USB Lyra, que combina um design moderno com aspecto vintage. A preocupação com o design é reflexo da busca desse novo público, que quer esse diferencial, já que trabalha diante das câmeras com YouTube, podcasts, streaming e precisa agregar valor ao seu conteúdo.

Para que tipo de aplicações os usuários profissionais brasileiros escolhem a AKG? Eduardo: A AKG é muito utilizada na

gravação em estúdios, em concertos ao vivo para captação de áudio com microfones para instrumentos, headphones de retorno, mixagem de áudio em estúdio e ao vivo também. Possuímos produtos renomados e muito conhecidos no mercado brasileiro, como os headphones K414, K92, K240 MKII ou microfones D112 MKII, P3S, C1000, entre outros. Quais são as novidades mais recentes da marca? Eduardo: Podemos destacar nosso kit

Podcasters Essencials, que é a combinação de dois produtos: as linhas K361 e K371, de headphones dobráveis over ear com qualidade de estúdio e visual inovador, e o microfone USB Ultra HD 4K Lyra, que inova o mercado de capta-

ção de áudio para conteúdo digital porque possui qualidade, excelente preço e diversas funções de captação, como a Front e Back, que consegue gravar o áudio nas partes traseira e frontal do microfone em canais separados, o que é ideal para uma entrevista de YouTube. A empresa está vendendo diretamente pelo site akg.com. Qual é a situação no Brasil? Eduardo: Possuímos nossos canais tra-

dicionais de venda para o consumidor que gosta de ir até a loja e precisa tirar dúvidas ou experimentar o produto antes da compra. Mas também lançamos nossos e-commerces para atender consumidores da nova era e para facilitar o processo de compra e aproximação com nossos clientes. A Harman e a AKG querem disponibilizar o maior número de canais de venda para os consumidores, e ambos os canais trabalham em harmonia para que isso aconteça.

Há algum usuário da AKG que gostaria de destacar? Eduardo: Temos grandes parceiros,

como o DJ Cleston, do Detonautas, o baterista profissional Aquiles Priester, o renomado gaiteiro Renato Borguetti, o violinista Daniel Sá, estúdios internacionais e artistas que são endorsers da marca, youtubers como Lu Zogbi, First to Eleven e vários outros.

Expectativas e planos para o resto do ano? Eduardo: A marca quer se estabelecer

no mercado de conteúdo digital. Os lançamentos anteriores de produtos e os que serão lançados em 2020 vão reforçar ainda mais esse posicionamento. A expectativa é fortalecer nosso relacionamento, criar novas parcerias e aumentar ainda mais nosso share de mercado. n Mais informações br.harmanaudio.com HarmanProBrasil

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DISTRIBUIÇÃO: SONOTEC

TAKAMINE E SONOTEC TRAZEM NOVOS MODELOS Os violões da Takamine ganharam os artistas e a opinião pública brasileira. Com 30 anos de distribuição no País pela Sonotec, a empresa agora mostra seus novos modelos de 2020

Q

uando se fala em violões é impossível não citar a Takamine. Criada na cidade de Sakashita, no Japão, aos pés do Monte Takamine, há quase 60 anos, a companhia é um marco na história dos instrumentos musicais devido às inovações tecnológicas e ao design de seus produtos. O que começou como uma empresa familiar hoje é uma das principais marcas do mundo, distribuída em mais de 60 países. Os negócios internacionais da Takamine ganharam força comercial em 1975. A produção de violões elétricos e seus modelos de captadores definiram um padrão de qualidade e sofisticação para a indústria, além de a empresa ser pioneira no controle deslizante para o pré-amplificador estilo acústico. A fábrica da Takamine e o escritório estão em Gifu, no Japão, e também existem companhias irmãs na Coreia do Sul e na China. A empresa negocia seus produtos diretamente com os distribuidores de cada país onde atua.

Para garantir um posicionamento positivo das vendas, a Takamine tem como estratégia trabalhar em forma de triângulo: do topo (marcas high-end) ao mais baixo (menos expressivas). Além disso, a indústria tem de estar atenta às matérias-primas dos violões. Como são feitos de madeira, antes de exportar seus produtos, sempre consideram as mudanças no meio ambiente. A Takamine iniciou negócios com a América Latina há mais de 30 anos e este ainda é um mercado sedutor para a empresa, pois nesses países se utilizam instrumentos com cordas

Northon Vanalli, gerente de marketing da Sonotec 34 www.musicaemercado.org

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de náilon, como na música folclórica, flamenca e no samba, sendo que cerca de 10% da produção da empresa é de produtos com esse perfil. Quando se fala em crescimento, a Takamine não cruza os braços. Investe constantemente em novas ações para adequar-se ao mercado em que atua.

No Brasil A Sonotec assumiu a distribuição dos produtos da Takamine em 1991, quando houve a abertura dos portos para importações por parte do governo Collor. Desde então, a marca pôde chegar às lojas brasileiras com mais facilidade e seus violões ocu-

pam uma posição privilegiada no ranking, colocando-se como alguns dos melhores no País. É um produto de qualidade, com uma variedade de modelos que permite ao consumidor escolher aquele que melhor atenda à sua necessidade, além do suporte que recebe da Sonotec, é claro.


Linhas de montagem na fábrica da Takamine

Northon Vanalli, gerente de marketing da Sonotec (parte do Grupo Renaer), conta mais a seguir. Como foi a evolução da Takamine no Brasil desde que a Sonotec virou distribuidora da marca? Northon: A chegada foi em 1991

e, como qualquer marca que aporta em um novo mercado, era relativamente desconhecida. A construção da marca foi feita de forma gradual, porém com constância, seriedade, solidez e investimento, o que, ao longo do tempo, trouxe credibilidade tanto para o produto quanto para a empresa, ambos sólidos até os dias de hoje.

Como é hoje o trabalho que a Sonotec faz com a Takamine? Northon: O trabalho é feito com mui-

to esmero e profissionalismo, quali-

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dades que se estendem também para as outras marcas que distribuímos. Em 2021, celebraremos 30 anos como distribuidores da marca Takamine no Brasil. Durante esse tempo, tivemos oportunidade de aprender com o mercado, lojistas, músicos e artistas a melhor maneira de conduzir o trabalho com a marca. E, assim, fomos nos adequando conforme a necessidade. O mercado brasileiro é um pouco diferente do dos outros países da América Latina, pois temos um território enorme, idioma diferente, música distinta — características que nos levaram à criatividade e à inovação. Tendo ciência disso, desde o início, a Sonotec procurou uma maneira peculiar de construção de mercado, pois sabíamos que somente assim a marca subsistiria, como realmente tem acontecido.

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A Sonotec tem uma equipe especial que se encarrega só dessa marca? Northon: Sim e não. Explico: temos uma

equipe de revisão interna que verifica individualmente todos os nossos instrumentos/produtos antes de enviá-los para o mercado. No entanto, uma parte dessa equipe é técnica especializada em Takamine. Isso proporciona uma grande segurança para nós e para os lojistas, diminuindo enormemente o retorno dos instrumentos para algum tipo de reparo. Todo o restante da equipe, como vendedores internos, marketing, representantes comerciais, logística, financeiro e administrativo, é o mesmo que trabalha para todas as nossas marcas conjuntamente e sem distinção. Temos uma assistência técnica e luthieria que são reconhecidas pelo mercado por sua eficácia e agilidade, conferindo credibilidade e fortalecimento à marca.


Conte sobre os artistas que usam Takamine no Brasil. Northon: Hoje a Takamine tem um

casting grande e relevante de artistas que estão posicionados entre os mais variados estilos musicais, tais como sertanejo, pop, rock, samba/pagode, gospel e reggae, entre outros. Esse trabalho, que se iniciou logo que a marca chegou ao Brasil, foi, de certa forma, inovador e inédito. Acredito ter sido um divisor de águas para que a marca alcançasse prestígio no mercado. Atualmente, devido à grande quantidade de artistas renomados usando a marca Takamine, ela é vista com muita frequência em DVDs, programas de TV, redes sociais como YouTube, Instagram e Facebook, e shows ao vivo. Fica até difícil para nós, da Sonotec, quantificar a importância de toda essa mídia realizada por meio dos nossos patrocinados, mas com certeza foi e continua sendo fundamental. Posso

me arriscar a dizer que essa força artística elevou a Takamine ao patamar de objeto de desejo.

O que significa para a Sonotec ter a Takamine entre suas marcas representadas? Northon: Para nós, hoje, a marca Taka-

mine tem uma enorme relevância, pois abre portas comerciais. Inclusive para os lojistas parceiros, tornou-se importante tê-la em seu mix de produtos. Um segundo significado a ser ressaltado é o orgulho que temos por — durante esses quase 30 anos — termos conseguido edificar uma marca tão importante no âmbito comercial e extremamente desejada pelo universo artístico. Quais os produtos mais recentes da marca? Northon: Destacamos os modelos

da G Series, como GY93E (New Yorker eletroacústico com faixa em quilted maple no fundo), GD90CE

ZC (Dreadnough eletroacústico com fundo e laterais em ziricote), GN75CE TBK (Nex eletroacústico na cor Trans Black), GN75CE WR (Nex eletroacústico na cor Wine Red), GN77KCE Nat (Nex eletroacústico com corpo em koa) e ainda o modelo GC6CE, um clássico náilon com boca oval. Dentre os modelos Made in Japan, ressaltamos os flats TSP138C TBS e TSP148NC NS, da série Thinline, já disponíveis no Brasil, além do LTD2020 “Peace”, a série limitada da Takamine que chegará ao nosso país ainda no primeiro semestre. Como você pode notar, a Takamine tem um carinho especial pelo Brasil e renova sua linha com a frequência que o mercado brasileiro exige. n Mais informações sonotec.com.br SonotecBrasil


EXPANSÃO C.BORGES

C.BORGES COMERCIALIZA PRODUTOS NO BRASIL, NOS EUA OU DIRETO DA FÁBRICA

A C. Borges e a ONE Electronics, filial americana, apresentam um interessante plano de trabalho para que os clientes comprem pela empresa ou diretamente da fábrica. Conheça

C

onhecida no território brasileiro, a C. Borges é uma empresa familiar que nasceu em meados de 1987 com a visão de importar produtos eletrônicos e atender o consumidor final. Alguns anos depois, Eduardo Borges e Edivaldo Nascimento, filhos dos fundadores, assumiram a direção da empresa e a direcionaram a dois mercados específicos: instrumentos musicais e radiocomunicação. Assim que a empresa começou a trabalhar com instrumentos musicais e radiocomunicação, passou também a vender no atacado para parceiros comerciais, buscando, desde então, trabalhar com marcas de renome internacional e que combinem com o Elton Borges do Nascimento, diretor da ONE Electronics mercado brasileiro. No Brasil, na parte de instrumentos Presença nos EUA musicais e áudio pro, a empresa con- Mas o trabalho da empresa não se ta com nomes como DW Drums, PDP limita às fronteiras do Brasil, pois Drums, RCF Audio, Marshall Ampli- contam também com uma filial nos fiers, Schecter Guitars, Suhr Guitars, Estados Unidos sob o nome ONE Lewitt Microphones, Audix Micropho- Electronics, com warehouse próprio, nes, MJ Audio, Akai, Numark, Hea- amplo showroom e um bom estoque drush e Denon DJ. Mais recentemente, das marcas distribuídas. “Começamos com a distribuição agregaram a PreSonus.

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no exterior em 2014, com o intuito de atender lojistas que estejam aptos a importar diretamente”, comentou Elton Borges do Nascimento, diretor da ONE Electronics. “Nesse sentido, consolidamos todas as marcas em um só pedido do cliente. Dessa forma, o lojista consegue montar um pedido com um mix de produtos bem variado para a sua loja; economiza no frete até o Brasil, pois consegue agregar muitos produtos, e rateia os custos, além de não precisar estocar grande quantidade de uma só marca. O ware­ house fica bem localizado, próximo ao aeroporto internacional de Miami e ao Dolphin Mall. O lojista pode vir pessoalmente e montar seu pedido de acordo com o que há em estoque enquanto a esposa e filhos ficam no shopping outlet!” Além disso, a empresa atua como distribuidora de marcas como Zildjian Cymbals, D’Addario, Laney Amplification, DW e PDP Drums para a República Dominicana e o Panamá. “Despachamos de Miami ou, dependendo do tamanho da compra e caso o cliente as-


Depósito e showroom nos Estados Unidos

sim prefira, pode importar diretamente da fábrica na origem”, disse Elton.

Seguindo as regras A ONE Electronics possui uma equipe estruturada para atender os clientes brasileiros na compra e envio dos produtos e até de partes e peças. “Preparamos toda a documentação de acordo com a regulamentação da Receita Federal do Brasil para evitar multas e atrasos na liberação”, enfatiza o diretor. A empresa conta com estoque no Brasil e nos EUA, e oferece embarques consolidados com as marcas que trabalha, ficando a critério do cliente comprar de onde lhe convenha. A companhia também organiza workshops e treinamentos para as marcas.

“O mercado de áudio pro é bem diferente do de instrumentos musicais. Com as marcas de áudio pro, por exemplo, procuramos realizar treinamentos sobre os produtos e sempre manter um bom estoque de partes e peças para assistência técnica. Já com instrumentos musicais, procuramos trabalhar com artistas locais e mídia nas revistas e redes sociais”, destaca Elton, adicionando que “a maior dificuldade é a oscilação do dólar, que torna o planejamento um verdadeiro desafio, além da adaptação às leis e regras tributárias”. “Estamos sempre nos adaptando ao mercado. São muitas marcas e clientes cada vez mais engajados e exigentes, por isso estamos focados em oferecer mais opções para nossos revendedores, @musicaemercado

que podem comprar do nosso estoque no Brasil ou importar diretamente no exterior e assim adquirir um bom mix de produtos, de marcas renomadas, com o melhor custo possível.” “Gostaria de agradecer a todos os nossos parceiros comerciais que ao longo dos anos confiaram no nosso trabalho e nas marcas que oferecemos. Estou bastante animado com nossa nova parceria com a PreSonus, que esperamos ter disponível em estoque no Brasil e nos Estados Unidos este ano”, concluiu. n Mais informações cborges.com.br CBorgesImport

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LANÇAMENTO PALHETAS SCHULTZ

PALHETAS SCHULTZ: EMPRESÁRIO DO RAMO TERMOPLÁSTICO ENTRA PARA O MERCADO DA MÚSICA

Santiago Schultz, diretor das Palhetas Schultz, quer ganhar mercado no varejo e o coração dos guitarristas

Palhetas feitas com mistura especial de polímeros

S

antiago Schultz, proprietário da Plásticos Schultz, é guitarrista desde a adolescência e até estudou na Universidade Livre de Música Tom Jobim, em São Paulo. Apesar disso, a vida o levou para o ramo industrial — ele é proprietário de uma empresa de injeção de termoplásticos há 15 anos, com ferramentaria de precisão, onde são feitos moldes de injeção de plástico. Mas ele nunca se esqueceu da música e de como era complicado achar palhetas que se encaixassem no seu estilo de tocar, além do alto valor que devia ser pago, o que acontece até hoje. “Desde que comecei no ramo de transformação do plástico, mantive a ideia de fazer algumas palhetas. Fui

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Santiago Schultz

construindo os moldes aos poucos e com calma. Desenvolvendo algo com design inovador e sempre pensando em chegar ao ponto ‘ideal’”, conta Santiago. “Tive um insight com relação ao produto. Desenvolvi esse material por satisfação totalmente pessoal e quero colocá-lo na mão de quem precisa a preço acessível.”

A fábrica A linha de fabricação está situada em São Paulo, no bairro do Jabaquara. Trata-se de uma planta de 800 metros quadrados, distribuída em três setores: injeção de termoplásticos (sete máquinas injetoras, que transformam os polímeros em produtos), onde são fabricados vários produtos,

1.

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de peças técnicas para a indústria automobilística até outras de utilidade doméstica, como copos, bandejas, prateleiras de geladeira e mais; estamparia de chapas;

2. ferramentaria: onde são constru3.ídos os moldes de injeção e as fer-

ramentas de estamparia. “Temos uma estrutura verticalizada completa, em que não dependemos de serviços terceirizados para realizar nosso trabalho”, explica o proprietário.

Modelos diferenciados O material utilizado para a fabricação das palhetas é uma mistura de polímeros, fruto de pesquisa intensa. Santiago conta: “Consegui um resultado


muito interessante, pois desenvolvi um material super-resistente que provê um timbre único, além de promover ótimo acabamento. São polímeros que possuem moléculas mais próximas umas das outras, ou seja, é um material mais denso, de difícil desgaste — ou alta durabilidade. Pesquisei muito para atingir esse ponto”. Com o polímero definido e os moldes prontos, chegou o momento de fabricar as palhetas. O resultado? Vamos lá! O modelo Fast tem um design mais agressivo, com a ponta mais aguda, “já que eu lixava as que eu comprava para que ficassem dessa forma”, explicou. “Gosto de palhetas mais pontiagudas. Elas me permitem atacar as cordas sem ter de aproximar demais a palheta. A ponta mais pontiaguda diminui o atrito com as cordas. Menos atrito e mais precisão.” Outro modelo disponível é o Matra, com design ergonômico, algumas curvas tênues e ponta um pouco menos acentuada do que a da Fast, e tamanho levemente menor, promovendo mais conforto para quem gosta desse estilo de palheta. Ambos os modelos possuem tamanho aproximado de 3 cm de altura x 2,5 cm de largura. A Matra vem em espessuras de 3,0 mm, 2,0 mm e 1,5 mm e a Fast, em 2,3 mm, 1,6 mm, 1,25 mm e 0,80 mm. Santiago adiciona: “Também tive a ideia de produzir um recipiente para guardar as palhetas. Tivemos o cuidado de fazer uma caixinha muito legal, com um design atrativo, muito bonito, em um tamanho interessante, onde se podem guardar aproximadamente 15 palhetas ou mais”.

Disponíveis no mercado Com máquinas de altíssima produção,

A fábrica fica em Jabaquara, SP

a empresa tem palhetas em pronta entrega, podendo fazer aproximadamente 10 mil peças em apenas um dia. “Queremos bater de frente com as importadas, democratizar esse material e colocá-lo em todas as lojas do Brasil”, disse. “Vale ressaltar que fazemos palhetas para quem realmente toca. Não são palhetas com qualidade promocional, mas, sim, de alta performance e altíssima qualidade, e estamos preparados para atender o mercado de forma imediata.” Com o site pronto no ar, os clientes não só estão fazendo pedidos por aí, mas também pelas redes socias e WhatsApp, com envio disponível para todo o Brasil. “No site, também teremos uma aba para lojistas interessados em revender nossas palhetas.” As novas palhetas começaram a aparecer nas redes sociais em setembro de 2019 e tiveram boa recepção entre os usuários, estando já nas mãos de Lulu Santos, Lobão, Ricardo Marins (Preta Gil), Cacau Santos, Pedro Cas-

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sini (Jota Quest), Camilo Macedo (Os Mutantes), Marcelo Barbosa (Angra) e muitos outros músicos reconhecidos. “Nosso futuro é muito promissor e já estamos projetando mais alguns modelos de palhetas para lançar. Nossas palhetas se destacam pelo fato de terem surgido da vontade de um músico guitarrista (eu) de fazer algo direcionado e alinhado para guitarristas, baixistas, violonistas e afins, que estão sempre em busca de produtos de qualidade para desempenhar seu trabalho, como músicos profissionais ou não. O que quero dizer é que criei um produto para músicos sendo músico. Portanto, a sensibilidade ao longo do processo foi muito maior, aliada à experiência de 15 anos na indústria de transformação do plástico. Assim, o conceito por trás desse material é muito mais coeso e direcionado”, finalizou Santiago. n Mais informações schultzstore.com

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CAPA: TEMPLO DOS INSTRUMENTOS

TEMPLO DOS INSTRUMENTOS DE CARA NOVA

Criada por Nildo dos Santos, a empresa entra em período de sucessão para João dos Santos, que tem como objetivo perpetuar os negócios das marcas Kadosh, Gonzales, Karpius e Keypower

A

importadora Templo dos Instrumentos foi fundada em 2009, com o nascimento da Kadosh, marca reconhecida no mercado brasileiro e presente em uma grande quantidade de lojas em todo o País. “Tudo começou quando o meu pai, Givanildo Dias dos Santos, que na época tinha uma loja de áudio e instrumentos musicais, decidiu ir para a China em busca de um novo desafio. Mesmo sem saber falar inglês e em condições um tanto precárias, ele foi mesmo assim, na cara e na coragem”, conta João Amorim, atual diretor da Templo dos Instrumentos. “Depois de muito sufoco e muita mímica para conseguir se comunicar com os fornecedores de lá, ele conseguiu trazer o seu primeiro contêiner para o Brasil. Quando esse contêiner chegou, não tínhamos nem lugar para estocar a mercadoria. As primeiras fotos dos microfones da Kadosh foram tiradas na cozinha da casa de um ex-representante que faz parte da família Kadosh até hoje. Depois de virar uma noite tirando fotos com a câmera do vizinho para montar o primeiro ca-

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tálogo da marca, no dia seguinte eles foram para a rua vender os nossos microfones. A partir daí a marca Kadosh foi introduzida no mercado e, após vários anos de muita luta, conseguiu chegar aonde está hoje, sendo hoje uma das marcas nacionais de micro-

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fone mais reconhecidas no segmento de áudio brasileiro por sua qualidade e custo-benefício.” Assim começou a história, com determinação, foco e vontade de fazer as coisas bem para oferecer linhas de produtos diferenciadas ao mercado local.


Cabe destacar que João assumiu a direção da empresa no ano passado e é o diretor mais novo do nosso segmento, com apenas 19 anos, mas preparação suficiente e ideias renovadas para levar a companhia ao próximo patamar. João e Alexandre Barros, gerente de Vendas da Templo dos Instrumentos, contam mais sobre o passado, presente e futuro da empresa. João, como você se preparou para se tornar hoje o diretor da Templo dos Instrumentos? João: Minha preparação

começou muito cedo. Desde os meus 12 anos, meu pai me levava para a loja depois da aula. Minhas férias na escola foram sempre dentro da loja, ajudando nas vendas e aprendendo como tudo funcionava. Meu pai sempre foi um mentor para mim, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Eu o acompanhava para cima e para baixo, enquanto ele me ensinava tudo o que eu precisava saber para poder um dia ser tão bom profissional quanto ele foi. Quando eu estava com 16 anos, meu pai me colocou em contato com a importadora: comecei na assistência técnica e, depois de alguns meses, consegui dar uma cara nova para a assistência e melhorar a logística e o

João dos Santos (diretor) e Alexandre Barros (gerente de vendas), da importadora Templo dos Instrumentos www.musicaymercado.org 43


desempenho da equipe de técnicos, junto da nossa gerente do setor técnico. O próximo passo foi o estoque. Lá aprendi como funcionavam todos os processos da equipe de expedição, organização e logística. Após mais alguns meses, meu pai me direcionou para o comercial. Comecei indo para as feiras comerciais do nosso ramo, atendendo os clientes por telefone. Essa foi uma das partes mais difíceis nessa caminhada, já que sou a pessoa mais nova do ramo — poucos me levavam a sério, mas com o tempo fui conquistando o meu espaço e mostrando que tinha capacidade para estar onde eu estava. Depois de um ano no comercial, passei a acompanhar o nosso gerente comercial nas viagens, rodando o Brasil, atendendo os clientes espalhados pelo País. Nesse momento comecei a me preparar para assumir a maior responsabilidade que me ia ser dada. Depois de um ano aprendendo tudo que podia sobre como a empresa funcionava, meu pai me deu algumas marcas para eu poder desenvolvê-las e introduzi-las com mais força no mercado — é o que estou fazendo hoje com a Karpius, a Konect e a Keypower. Hoje tenho 19 anos e sou o gerente comercial e diretor mais jovem do nosso ramo. Como você definiria a Templo dos Instrumentos hoje? João: A Templo dos Instrumentos nos

dias atuais está muito bem estabelecida no mercado brasileiro e tem ficado cada vez mais forte no segmento de áudio e instrumentos musicais com o passar dos anos. Hoje fornecemos para mais de 800 lojistas do ramo no Brasil, sendo muitos desses parceiros da empresa e que têm cada vez mais acreditado em nosso trabalho e em nossos produtos. Conte sobre as marcas. João: Temos sete marcas: Kadosh (áu-

dio: microfones e acessórios para seu complemento e melhor desempenho), Karpius (instrumentos musicais: pratos

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Nova marca: Keypower

Composta por teclados arranjadores ideais para quem está iniciando no mundo das teclas. Possuem diversas funções e são fáceis de tocar. Leves e portáteis, podem ser utilizados tanto com fonte quanto com pilhas (seis AA não inclusas).

KP300 USB Teclado eletrônico de 61 teclas com estilo de piano; com USB Music Player/USB Music Volume Control; 61 percussões de teclado/visor LCD/dois modos de ensino; dez músicas demo/demo one/demo all/Sustain/Metrônomo Vibrato/teclado duplo; configuração do volume principal/configuração do volume de acompanhamento de oito níveis; configuração de metrônomo/configuração de transposição; Sincronização/Iniciar/Parar/Inserção/Gravação/ Reprodução/Programar; Acorde com um dedo/Acorde com vários dedos/Acorde baixo/Acorde desligado; Tomada de força/tomada de alto-falante externo/ tomada de microfone externo/Saída de áudio.

KP100 61 teclas estilo piano/visor de LED; 350 timbres bem selecionados/350 ritmos populares; música para percussão com 61 teclados/Música para percussão com oito painéis. trinta músicas demo/três modos de ensino; controle de volume principal/controle de volume de acompanhamento; controle de volume de acordes/controle de transposição/controle de tempo; Gravação/Reprodução/Programa/Demo Um/Demo Todos; Sustain/Vibrato/Metrônomo/Teclado Duplo; Iniciar/Parar/Preencher/Sincronizar/Prelúdio/Adiar; Acorde com um dedo/Acorde multiúnico/Acorde baixo/Acorde desativado; alimentação externa (fonte inclusa); entrada para fone de ouvido externo/microfone externo/ entrada de áudio.

KP500 61 teclas com resposta ao toque com estilo de piano/LCD; com USB Music Player/ USB Music Volume Control; suporte USB Receptor Bluethooth/entrada de áudio; 300 timbres/300ritmos/61 músicas de percussão de teclado; 30 músicas demo/3 modos de ensino; controle de volume principal/controle de tempo/controle de transposição; controle de volume de acordes/controle de volume de acompanhamento/controle de centavo; função de 4 memórias/MIDI Out/Metronome/Split/Double Timbres; Sustain/Vibrato/Record/ Program/Playback; Sincornizar/Iniciar/Parar/Preencher/Prelúdio/Adiar; Acorde com um dedo/Acorde com vários dedos/Acorde desativado; Modo de reprodução/ modo EQ/ releitura AB; alimentação externa/microfone externo/fone de ouvido externo; pedal de sustentação externa/saída de linha.

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para bateria), Konect (ferragens para áudio e instrumentos musicais, cabos para sonorização profissional e de entrada), Gonzales (instrumentos musicais: violões profissionais e de alta qualidade), K-audio (áudio: caixas de som ativas e mesas de som), Khroma (encordoamentos) e Keypower (instrumentos musicais: teclados iniciais para estudantes). Até hoje todas essas marcas vêm crescendo cada vez mais em nosso mercado. Algumas são muito recentes e o desenvolvimento de uma marca é demorado e complicado, principalmente pela situação atual do País. Porém, o aumento da aceitação dos nossos produtos, tanto pelos lojistas quanto pelo consumidor final, tem sido notório. Só não iremos dar continuidade à nossa marca de encordoamentos (Khroma).

Meu pai sempre foi um mentor para mim, tanto na vida pessoal quanto na profissional Na sua visão, o que você acha que diferencia a Templo dos Instrumentos de outras importadoras? João: Cada empresa tem sua política

de trabalho e não acho que exista nenhuma melhor que a outra. Cada uma trabalha da forma como acha mais produtiva e mais vantajosa para si, a fim de atender a sua necessidade, e hoje a Templo dos Instrumentos se destaca por atender a necessidade do mercado com os seus produtos, e pela aproximação no atendimento aos clientes. Nem falo que temos clientes, mas sim parceiros que têm acreditado em nosso trabalho e em nosso produto.

Linha de pratos da Karpius Cymbals

Karpius ride

Pro Guitar Series & RB Guitar Series - P10/P10

Gonzalez Elegant

Ukuleles Gonzalez

Nova linha pensada para iniciantes

Kit K-8 para bateria

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João, o que mudou desde que você assumiu a direção da importadora? João: Com a minha entrada, a logísti-

ca de muitos processos foi aprimorada, a organização em geral foi melhorada para poder diminuir o nosso número de falhas, o trabalho de marketing ficou mais agressivo e mudamos a estratégia. Também conseguimos melhorar alguns produtos e vimos a necessidade de tirar alguns outros do nosso catálogo. É o caso dos encordoamentos da Khroma, pois hoje nosso foco está voltado para as outras marcas e precisamos dar 100% de atenção a elas. Além disso, foi preciso eliminar alguns itens que estavam muito defasados e precisavam de atualização.

Você acredita que sua visão de negócios é diferente daquela usada no passado?

João: Minha visão de negócios é, sim,

diferente, porém nosso mercado está muito acomodado aos métodos antigos de negociação, então não vai ser fácil introduzir uma forma mais atual, mesmo sendo mais prática e eficiente. Acredito que a minha geração conseguirá mudar isso. Pensaram alguma vez em levar as marcas da Templo dos Instrumentos para outros países da América do Sul? João: Não só pensamos e desejamos

isso, como já estamos nos organizando para poder levar nossos produtos a outros países.

Falando sobre o setor no geral, como você vê o atual mercado de música no Brasil?

João: Hoje o mercado musical brasi-

leiro não tem nem 40% do seu real potencial explorado. Isso se deve também à falta de investimento do governo no ramo musical, levando em consideração o valor da música tanto para a educação quanto para ajudar pessoas com problemas psicológicos. Se o governo brasileiro entendesse o valor da música e investisse em mais projetos para a formação de músicos, nosso mercado estaria muito melhor e mais valorizado, além de que as pessoas estariam sendo educadas e resolvendo alguns de seus problemas por meio da música.

Para onde a empresa irá no futuro? João: O futuro é muito incerto, po-

rém tenho sonhos e o objetivo de

Alguns destaques Kadosh - 412M

Sistema duplo sem fio UHF (recarregável) para uso em locais e eventos de pequeno porte. Possui cápsula dinâmica Kadosh. Padrão polar cardioide. Frequência: 624.900 MHz – 650.000 MHz; duas saídas balanceadas XLR (A e B) e 1/4” TRS (mix out); Canal A/Canal B, cada canal tem 50 frequências para seleção no bastão (handheld); duplo microfone de mão (handheld) recarregável; distância entre TX e RX: 30 metros; antenas omnidirecionais fixas.

Kadosh - Kit K-8

Microfones para bateria: K-31 Slim e K-33 Slim (bumbo e tom) – dinâmico, unidirecional; K-51 (pratos) – condensador, direcional para over/coral, cardioide; K-57 (caixa e voz) – dinâmico para alto SPL, unidirecional, hipercardioide.

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Gonzalez Ukuleles

Q24EL, 24Y, Q24A e 26B: Braço: mogno; Escala: rosewood; Tarraxas: fundidas; Acabamento: fosco; Cordas: Áquila.

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Gonzalez Violões

Modelo Talisman: Braço: mogno; Escala: rosewood; Cor superior: madeira; tarraxas: Preto fosco/dourado; Acabamento: brilhante; Cordas: D’Addario.


fazer a diferença no nosso mercado. Quero um dia poder fazer com que algumas de nossas principais marcas sejam reconhecidas em toda a América Latina e também dar minha contribuição para o desenvolvimento do nosso ramo comercial.

As vendas da Templo Alexandre Barros é gerente de vendas da Templo dos Instrumentos há quatro anos. Ele começou nossa entrevista dizendo: “Acredito que as dificuldades de trabalhar em uma empresa grande como a Templo sejam as mesmas para todo o mundo. Quem não tem a mesma quantidade de marcas tem outras, o que importa é quanto você está disposto a enfrentar essas dificuldades”.

O que mudou nesses anos desde que você é gerente da empresa? Alexandre: Entrei na empresa e nesse

mercado em 2016, e a primeira grande mudança foi em mim, já que não venho do ramo de áudio, nem do de instrumentos. Depois, entendendo melhor o mercado, começamos a mudar o conceito e a linha de produtos da Kadosh para conseguir atender à necessidade e expectativa desse consumidor.

Como é o trabalho que a empresa faz com as lojas? Alexandre: Tentamos esclarecer as

dúvidas sobre nossos produtos e dar todo o apoio no pós-venda. Todos os lojistas têm meu contato e os contatos de nossos especialistas para sanar dúvidas, inclusive nos fins de se-

mana. Os clientes sabem que podem nos acionar e que terão apoio. E como é a relação com os fabricantes do exterior? Alexandre: Hoje temos uma relação

bem estreita e de confiança com os fornecedores, que, com o tempo, passaram a ser parte da nossa família, já que falamos com eles todos os dias.

Pensam lançar mais alguma marca? Alexandre: Este ano lançamos uma

marca de teclados para estudantes: a Keypower, que agrega a ideia de qualidade e custo-benefício e que está surpreendendo a todos os lojistas que têm abraçado a ideia. Que tendências está percebendo no segmento? Alexandre: Entendo que a tendência

é a mesma em todos os mercados: capacitação técnica em todos os níveis da cadeia, do atendimento ao suporte. Hoje todos têm acesso à informação de maneira muito rápida e fácil. Quem não se especializar está fora.

O que podemos esperar da Templo dos Instrumentos? Alexandre: Certamente podem es-

perar o mesmo empenho em trazer novidades e zelar sempre por oferecer o melhor possível para o consumidor. Temos um compromisso assumido por mim e a direção desde o primeiro dia e vamos mantê-lo. n

Gonzalez Violões

Modelo Elegant: Braço: mogno; Escala: rosewood; Parte superior: spruce sólido; Lado e costas: walnut; Tarraxas: cromadas; Acabamento: brilhante; Captador: Gonzalez EQ; Cordas: D’Addario.

Karpius Cymbals

Novo Ride 24’ EXD: sonoridade com visual rústico.

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Mais informações templodosinstrumentos.com.br KadoshAltaPerformance GonzalezVioloes KarpiusCymbals KonectOficial Kadosh.Music KarpiusCymbals GonzalezVioloes

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ANIVERSÁRIO: PRS GUITARS

OS 35 ANOS DA PRS

Muito mais do que guitarras elétricas, a PRS expandiu seu alcance para violões, amplificadores e cordas mais recentemente — uma rica história de aniversário

O

início da PRS não ocorreu com a abertura oficial da empresa, em 1985, mas alguns anos antes, quando, em 1981, Paul Reed Smith inventou uma porca equilibrada para melhorar a entonação em todo o diapasão, obtendo a patente do “diapasão compensado”. Três anos depois, o famoso Carlos Santana solicitou uma guitarra com um vibrato que pudesse ficar afinado, e Paul Reed Smith criou o sistema de tremolo PRS, atualmente patenteado com a ajuda de John Mann. Nesse mesmo ano, Paul pegou dois protótipos e começou a percorrer lojas de guitarras na costa leste dos Estados Unidos para mostrar seus produtos, obtendo o primeiro pedido de 30 guitarras da renomada rede Sam Ash. Em 1985, a ação começou oficialmente, com a primeira participação no NAMM Show, a mudança da fábrica da PRS para a Virginia Avenue e uma equipe de menos de 15 pessoas para iniciar a construção de 20 guitarras não nu-

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meradas. No mesmo ano, para obter total autonomia no tom dos instrumentos que estava construindo, Paul Reed Smith desenvolveu os captadores padrão para agudos e graves PRS Standard Treble e Bass Pickups. Um ano depois, a empresa já comemorava a produção de suas primeiras mil guitarras. Em 1993 e 1994, a empresa entra no mercado vintage com os modelos Custom 22 e McCarty, respectivamente, com um braço mais curto para um tom mais vintage. O modelo McCarty foi feito em homenagem ao professor de Paul, Ted McCarty, um personagem destacado nesse segmento. O ano de 1995 marca a entrada na fábrica da primeira máquina CNC (ou controle numérico por computador), fresadoras acionadas por computador que ajudam a garantir um nível mais alto de qualidade, fornecendo operações mais precisas e repetíveis. Enquanto as guitarras PRS ainda eram lixadas manualmente, montadas à mão


Paul Reed Smith e as duas guitarras com as quais visitou revendedores para receber seu primeiro pedido

Carlos Santana e Paul Reed Smith

Os primeiros modelos saindo da produção

Equipe da PRS nos primeiros anos

Primeira participação na NAMM Show

As máquinas automatizadas se somam à linha de produção

e com controle de qualidade personalizado, a máquina CNC permitiu uma perfeita escultura do corpo e do braço, sem abrir espaço para erros humanos. Em 1996, a oficina da Virginia Avenue tornou-se pequena e a empresa mudou para Kent Island, em um espaço de 6.000 m². No mesmo ano, Paul Smith, Joe Knaggs e um pequeno grupo de luthiers talentosos começaram a criar guitarras personalizadas para músicos como parte do programa Private Stock. Elas eram exclusivas e caras! Um ano depois, a empresa tinha cem funcionários. Hoje possui aproximadamente 355, responsáveis por produção, P&D, vendas, marketing, relacionamento com artistas, atendimento ao cliente, cadeia de suprimentos e

muito mais. No mesmo ano, um modelo PRS McCarty de 20 metros de altura foi instalado acima do Hard Rock Cafe em Inner Harbor, Baltimore, Maryland. A primeira guitarra equipada com piezo foi introduzida pela PRS Guitars em 1998 e, após personalizar o sistema com a LR Baggs, a empresa obteve a patente americana para o sistema LR Baggs/PRS Piezo. A história da linha SE começa em 2001, com o objetivo de ter instrumentos acessíveis, mas de qualidade. Carlos Santana ajudou muito nesse projeto e o primeiro modelo apresentado foi o Santana SE. Em setembro de 2005, o Tribunal de Apelações do Sexto Circuito reverteu uma decisão do tribunal inferior e ordenou que o processo da Gibson contra @musicaemercado

a PRS fosse julgado improcedente. Após o apelo, a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos encerrou o esforço de vários anos da Gibson para frustrar a concorrência legítima sob o disfarce da lei de propriedade intelectual. A PRS retomou imediatamente a produção da PRS Singlecut. Em 2008, a fábrica em Stevensville foi inaugurada, adicionando mais de 27.000 m² para produção e escritórios. Em 2009, a PRS introduziu guitarras acústicas e amplificadores em seu catálogo, além de criar o centro de serviços e reparos PRS autorizado e a biblioteca de madeiras Artist Grade, para que os revendedores pudessem escolher as madeiras a serem usadas ao fabricar seus próprios pedidos. Para comemorar seu 30º aniversário,

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a PRS reabriu as portas de sua fábrica em 2015, algo que costumava fazer anos atrás, mostrando a produção de suas guitarras elétricas, acústicas e amplificadores. Em 2018, a empresa passou a usar a tecnologia TCI (Tuned Capacitance and Inductance), um processo que permite que os captadores sejam ajustados para soar exatamente como desejado. Como parte da comemoração do 35º aniversário (em 2020), essa tecnologia está sendo aplicada em todos os modelos. Mais recentemente, em 2019, a PRS abriu uma fábrica exclusivamente para

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a produção da linha SE em Surabaya, na Indonésia, e outro grande lançamento foi adicionado ao catálogo: sua própria linha de cordas fabricadas em Maryland. “Quando olho para 1985, lembro-me de um pequeno grupo de artesãos da PRS fazendo guitarras, ensinando um ao outro e aprendendo a cada dia. Sentimos cada sucesso e cada tropeço. Sabíamos que estávamos em uma viagem, descobrindo coisas novas todos os dias. Seja como fabricar as máquinas de que precisamos, como encontrar e selecionar as melhores madeiras, como

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secar a madeira, como controlar a umidade da fábrica ou quais tintas usar, foi o começo de uma coisa especial que já podíamos sentir na oficina”, disse Paul Reed Smith em declaração oficial. “E enquanto muita coisa mudou nos últimos 35 anos, esse processo de ouvir continuamente, aprender, adaptar e exigir de nós mesmos e do nosso ofício continua sendo a nossa maneira de operar. Estamos sempre tentando reter o que é bom e melhorar o que precisa ser melhor para a nossa profissão e nossos clientes”, acrescentou.


Paul Reed Smith hoje

Processo de pintura e acabamento

PRS usa trastes prateados de níquel para mais durabilidade e tom

As celebrações Este ano, a comemoração do 35º aniversário começou com a introdução de vários novos produtos. As novidades da série SE são: 35th Aniversary SE Custom 24, SE Custom 24 Burled Ash, SE Custom 24 Poplar Burl, SE Hollowbody II, SE Hollowbody Standard, SE Mark Holcomb SVN, SE Mira e SE Starla Stoptail. Também foram anunciadas atualizações na família McCarty e nas linhas de guitarras fabricadas em Maryland, incluindo os captadores afinados com TCI e o novo acabamento nitro, além dos três modelos Custom 35 do 35º aniversário. Mais novidades serão introduzidas ao longo do ano. A empresa tinha anunciado que realizaria nos Estados Unidos o evento Experience PRS

A empresa não dá atenção especial apenas ao escolher as madeiras, mas também ao cuidar delas

Produção de captadores próprios para alguns modelos PRS

Logo do 35º aniversário nas novas guitarras

2020, abrindo as portas da sua fábrica em Stevensville, Maryland, para todos os guitarristas e fãs de música, com a possibilidade de visitar a empresa, presenciar clínicas de instrumentos, áreas interativas para testar novos produtos, além de apresentações ao vivo de artistas da PRS e suas bandas. A data original seria no começo de maio, mas foi adiada devido à situação atual de isolamento social.

Os modelos 35th Anniversary Custom Essas guitarras são baseadas no modelo com o qual a história da empresa começou, o Custom 24, capturando seus elementos mais representativos, mas adicionando a funcionalidade musical do modelo Paul’s Guitar.

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Possui captadores agudos e graves 85/15 que combinam com dois interruptores mini-toggle, permitindo que os músicos coloquem um ou ambos os captadores no modo humbucking ou single-coil. O modelo Core apresenta captadores 85/15, um tremolo mecanizado patenteado e afinadores Phase III; o S2 possui captadores “S” 85/15, um tremolo moldado patenteado e afinadores Low Mass Blocking; e o modelo SE apresenta captadores “S” TCI, um tremolo moldado patenteado e uma produção limitada de 3.500 peças. n Mais informações prsguitars.com PRSGuitars

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ALCONS AUDIO TRAZ SUA TECNOLOGIA PRO-RIBBON

FABRICANTE ALCONS AUDIO

A fabricante de áudio Alcons busca se expandir na América Latina e traz para os usuários uma série de produtos com sua tecnologia pro-ribbon patenteada

Philip de Haan, Tom Back e Maurice Laarhoven

A

Alcons Audio é uma fabricante de áudio com sede nos Países Baixos, conhecida pelo uso da tecnologia de transdutores pro-ribbon em todos os seus sistemas de som. A companhia nasceu em 2002, como explica Tom Back, fundador: “Tive a ideia de iniciar a Alcons Audio com dois sócios, que conhecia do nosso trabalho anterior em outra empresa profissional de áudio: Philip “Dr. Phil” de Haan, chefe de pesquisa e desenvolvimento, e Maurice Laarhoven, chefe de finanças e contabilidade. Como resultado de uma falência naquela empresa, conseguimos trazer também nossos ex-colegas de pesquisa e desenvolvimento e pro-

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dução para começar com sete pessoas. Os três acionistas ainda atuam nas operações diárias. Como não se trata de capital de risco, somos livres para tomar decisões de curto e longo prazo, para construir uma forte posição e reputação no negócio de áudio profissional”. Todos os alto-falantes e amplificadores/processadores da empresa são desenvolvidos e fabricados internamente, combinando o artesanato tradicional com as mais recentes tecnologias, materiais e processos de produção. Os sistemas da Alcons estão sendo usados por The Elbphilharmonic em Hamburgo, Alemanha (no top 3 das principais salas acús-


ticas), Hamilton the Musical (Broadway e no mundo), Eikon, Levels Audio Studios e American Legion Hollywood, Walt Disney, Lucasfilm, salas de projeção da NBC Universal, bem como em shows do Iron Maiden, KISS, Iggy Pop, Def Leppard e até a turnê do Alan Parson Project, para citar alguns. Leia esta interessante entrevista com Tom e saiba mais! Quais foram os fatos mais importantes na história da empresa? Tom: Fazer crescer uma empresa glo-

balmente nesse ritmo, desenvolver uma marca de alto posicionamento no mercado, concorrer com marcas de 35 a 50 anos na condição de empresa “iniciante” e os muitos produtos em evolução, patentes e pedidos de patentes, tudo isso tem sido uma viagem, junto com outros destaques: novos parceiros em novos países, expansão da produção, abertura de escritórios de fábrica, novos desenvolvimentos etc. Mas acho que a conquista mais relevante é o desenvolvimento do line array de grande formato LR28. Esse é o nosso sistema de som grande para turnês, que usa nosso maior transdutor pro-ribbon para frequências médias e altas. É a primeira vez na história que uma reprodução de som com largura de banda de frequência completa tão clara e com distorção extremamente baixa é possível para desfrutar da experiência sonora mais realista em qualquer nível de pressão sonora. É também a primeira vez que exatamente a mesma tecnologia de transdutor pode ser usada para um monitor de estúdio de música clássica até um show de rock pesado em um estádio. Uma referência ideal que permite uma reprodução sem compressão 1:1 da fonte de som original, como o artista deseje que soe. Em qualquer aplicação, para audiências de qualquer tamanho.

Line array LR24 de tamanho médio Sistema de som de fonte linear, de três vias, de tamanho médio com tecnologia pro-ribbon patenteada pela Alcons para as frequências altas e médias. Apresenta resposta de impulso super-rápida com menor distorção de até 90%. Seu transdutor pro-ribbon RBN1202 de 12” foi especialmente criado, oferecendo manuseio de potência de 2.500 W e proporção RMS de pico de 1:15, de 1 kHz a 20 kHz.

Monitor VR5 Alto-falante mini versátil de duas vias, desenhado para aplicações nearfield. Conta com um driver pro-ribbon RBN202 para HF e um médio-grave de 5” com tecnologia Active Coil para reprodução LF de baixa distorção. A seção HF tem entrada de potência pico de 500 W, permitindo um alcance dinâmico de 1:16 com menor distorção de até 90% de 1 kHz até 20 kHz. Drivers de neodímio.

Sistema monitor de referência para cinema CRMS Sistema de três vias para reprodução sonora de áudio HD e cinema digital. Apresenta um driver pro-ribbon RBN401 patenteado, com médio de 8” e woofer de 15”, que estende a imagem estéreo a um maior número de assentos no auditório. Com seção MHF ajustável, é apropriado para salas de projeção, estudios de pós-produção e home theaters de alto nível.

Line array LR28 de formato grande Sistema de som de fonte linear de três vias que pode ser usado como array vertical em aplicações médias e grandes. Oferece comportamento de resposta linear previsível com inteligibilidade e equilíbrio tonal idêntico em qualquer SPL. A tecnologia pro-ribbon (14”) da Alcons é usada para as frequências altas e médias. A dispersão horizontal de 80º é mantida tão baixo como 190 Hz, manuseio de potência pico HF de 3.000 W e proporção RMS de pico de 1:15.

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A empresa é conhecida por usar a tecnologia pro-ribbon. Quais são as vantagens dessa tecnologia? Tom: Com desenvolvimentos tecnoló-

gicos como 5G móvel, taxas de transmissão de alta velocidade, transmissão por fibra óptica, capacidades de armazenamento cada vez maiores, taxas de amostragem de gravação de 192 kHz (ou até de 384 kHz!) e áudio HD não comprimido, podemos perceber claramente que a antiga tecnologia de transdutor de driver de compressão com 100 anos de idade, com largura de banda limitada, resposta não linear, faixa dinâmica fraca e distorção extremamente alta não é adequada para reforçar este material de última geração. Com mais de 35 anos de experiência em tecnologia de transdutores pro-ribbon, a equipe de pesquisa e desenvolvimento da Alcons Audio usa essa tecnologia de transdutor como base para todos os sistemas de som da Alcons. Embora o nome possa indicar algo diferente, a tecnologia de transdutor pro-ribbon da Alcons não tem nada a ver com a antiga tecnologia de fita “pura”, que ainda é considerada com baixa potência, baixa eficiência, baixa impedância e, principalmente, é frágil. Portanto, não é adequada para aplicações de áudio profissional. A tecnologia de transdutor pro-ribbon da Alcons possui uma resposta de frequência plana acima de 20.000 Hz, uma taxa de potência dinâmica de 1:15 RMS a pico (tecnologias tradicionais 1:2) e uma resposta de impulso super-rápida. E com alta sensibilidade e direção de potência de até 3.500 W, é a alternativa do mundo real — e, portanto, mais confiável — para todos os designs atuais de transdutores de média e alta frequência — (tweeters de fita e drivers de compressão de cúpula macia, cúpula de metal, Air Motion Transformer). Falando em confiabilidade, investi-

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Linha de montagem

Show do KISS em Trondheim Rocks 2019 com line arrays LR28

mos nosso dinheiro exatamente no que dizemos — nossos sistemas pro-ribbon são cobertos por uma garantia de seis anos sem complicações. Que tipo de produtos há em seu catálogo hoje? Tom: A Alcons oferece uma gama de

soluções categorizadas em sistemas de fonte pontual, matriz de fonte pontual, coluna de fonte de linha e line array. Essas soluções acústicas estão disponíveis para uma ampla variedade de aplicações, como teatros de artes cênicas, auditórios, casas de culto, cinema profissional, home theater residencial, estúdios, além de mercados de produção e turnês de grande escala.

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Quais são os sistemas mais vendidos? Tom: O padrão de radiação cilíndri-

ca natural da tecnologia pro-ribbon oferece um comportamento de acoplamento perfeito até as frequências mais altas, permitindo controle de diretividade sem lóbulos e alcance muito alto. Assim, nossas soluções de arrays — matrizes de fonte pontual da série R, matrizes de fonte linear da série L e matrizes de coluna de fonte de linha da série Q — são os sistemas que fazem a Alcons realmente se destacar. O micro line array LR7 é um dos nossos alto-falantes de maior sucesso, com milhares deles em operação diária em todo o mundo. A caixa mede apenas um CD de altura e dois de largura.


Os produtos sao fabricados nos Países Baixos? Tom: Todos os produtos são projeta-

dos e fabricados nos Países Baixos, na Europa. Atualmente, as instalações de produção são compostas por três locais diferentes, com departamentos separados para carpintaria, eletrônica e fabricação de transdutores.

Alcons no Brasil A Alcons já está trabalhando no Brasil ou em outros países da América Latina? Tom: A Alcons Audio está começando

a desenvolver esse território, após o estabelecimento bem-sucedido de escritórios de fábrica nos Estados Unidos. Temos revendedores e instaladores regionais que trabalham com nossos sistemas lá, mas na verdade estamos considerando nossa expansão nessa região. A Alcons possui diferentes estratégias de distribuição para suas soluções de áudio profissional, cinema e estúdio/residencial. Estamos constantemente à procura de novos distribuidores e revendedores no segmento high-end de cada mercado.

American Legion Hollywood (Taiyo Watanabe)

O que você acha do nosso mercado? Tom: Representa um território mui-

to interessante, com uma rica cultura musical e de culto, que a Alcons Audio pretende desenvolver ainda mais. A transmissão da mensagem e a transmissão de música conforme concebida pelo artista não são limitadas por territórios, regiões ou fronteiras. A missão da Alcons é contribuir para o prazer unificador da música com as qualidades únicas de nossos sistemas de som. O que torna seus produtos bons para o nosso mercado? Tom: Além de oferecer hi-fi em níveis

de pressão sonora de concerto, os sistemas de som da Alcons se destacam

Elbphilharmonic em Hamburgo, Alemanha

em ambientes acusticamente desafiadores, onde outros sistemas não podem oferecer mais do que inteligibilidade medíocre. Isso vale tanto para aplicações em interiores, com paredes e tetos refletivos, quanto para aplicações em exteriores, com vento, umidade e restrições de ruído. O que está no futuro da Alcons? Tom: Até agora, nos concentramos em

expandir o portfólio de soluções com

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produtos “evolutivos” relativamente conservadores: nova tecnologia em formatos de produtos comprovados/aceitos no mercado. No futuro, a Alcons introduzirá formatos de produtos mais progressivos, destacando ainda mais o seu lado “revolucionário”. n Mais informações alconsaudio.com AlconsAudio

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INTERNACIONAL

SCHERTLER

SCHERTLER PROCURA DISTRIBUIDOR NO BRASIL

O mundo dos instrumentos e do áudio profissional se une na história da Schertler, passando de captadores a caixas e amplificadores. Agora a empresa está procurando distribuidor no Brasil

A

Schertler S.A. surgiu na década de 1980, sob a liderança do baixista e fundador da empresa Stephan Schertler. O primeiro objetivo foi a pesquisa e desenvolvimento, com foco na produção de ferramentas de alta qualidade e tecnologia inovadora para substituir as impressões dos captadores piezo. Anos mais tarde, a empresa lançou uma série de amplificadores compactos e outros produtos que a levou ao cenário de áudio profissional.

lita as coisas. Por outro lado, na Suíça temos muitas empresas que estão no mais alto nível global na fabricação de componentes. Portanto, agora estamos nos beneficiando da mudança, trabalhando também com novos fornecedores de melhor qualidade para levar nosso produto ao próximo nível. Conte sobre as fábricas. Drago: Nossa fábrica está localizada

A empresa Há 33 anos a Schertler começou a produzir sistemas de captação para instrumentos acústicos e, desde então, a linha de microfones de contato e instalação fixa cresceu significativamente. Em 2001, passou a desenvolver a linha de alto-falantes e amplificadores, que se tornou um dos principais sistemas de amplificação de instrumentos acústicos na Europa. “O áudio profissional sempre teve uma conexão com a Schertler devido aos nossos microfones de contato DYN, usados em grandes palcos para a amplificação das mais famosas orquestras. No entanto, mais recentemente (a partir de 2015), desenvolvemos uma linha de mixers analógicos modulares chamada Arthur. Isso nos levou ao mundo do áudio profissional e nos tornou conhecidos por este produto inovador e de alta qualidade”, disse Drago Dujak, gerente de marketing da empresa. Atualmente, o catálogo da Schertler possui sensores e microfones de conta-

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Drago Dujak, gerente de marketing

to para instrumentos acústicos, alto-falantes e amplificadores acústicos, mixers, pré-amplificadores, máquinas de afinação e outros produtos interessantes, totalizando 220 itens em sua lista de preços. Veja mais detalhes nesta entrevista com Drago. Vocês têm um escritório na Suíça e outro na Itália, mas toda a fabricação foi recentemente transferida para a Suíça, certo? Por que tomaram essa decisão? Drago: “Feito na Suíça” não é apenas

um rótulo, mas é um passo muito importante para melhorar ainda mais a qualidade da nossa produção. Tendo duas fábricas, nem sempre foi fácil coordenar com eficiência a pesquisa e o desenvolvimento, a melhoria dos produtos e ainda manter o controle de tudo. Ter tudo em um só lugar faci-

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no sul da Suíça, em Mendrisio, perto da fronteira com a Itália. Somos uma empresa de 17 pessoas e falamos fluentemente sete idiomas, com funcionários de todo o mundo. A produção e a montagem são realizadas principalmente em nossa fábrica, com uma produção programada moderna e altamente precisa, que depende do fluxo do mercado, para que nunca tenhamos estoque excessivo nem percamos uma entrega. O atendimento ao cliente internacional também fica em Mendrisio.

Há um grande debate sobre fabricantes que vendem diretamente aos consumidores. Como isso funciona na Schertler? Drago: Os tempos estão mudando e o

mercado está se tornando mais desafiador para todos. Começamos a vender diretamente aos clientes em 2015 e estamos muito felizes com nossa decisão. Tornamos tudo muito claro para varejistas, distribuidores e usuários finais. Todo mundo sabia o que iria acontecer, no devido tempo. Na verdade, o efeito final foi que aumentamos nossa base


de revendedores e estabelecemos um relacionamento muito sólido com nossos clientes por meio da transparência. Uma empresa como a nossa possui centenas de produtos. Nem todos esses produtos são perfeitos para todas as lojas. Todo mundo tem sua própria clientela e acreditamos que apenas a loja sabe exatamente do que precisa. Como agora temos todo o catálogo on-line, não pressionamos mais nossos distribuidores e eles podem escolher os produtos de que realmente precisam. Todo mundo tem mais liberdade e não há concorrência real. Gostaria de sublinhar o seguinte: ao fazer algo assim, o mais importante são a transparência e a confiança. Os preços são iguais aos oferecidos pelos distribuidores ou dealers? Drago: É ilegal fazer cartazes ou impor

preços de PMA (preço mínimo anunciado) na Europa. No entanto, a pressão dos preços reduziu tanto os preços no varejo que as margens são extremamente estreitas para todos, inclusive para nós. Na verdade, esse efeito criou automaticamente uma situação de preços muito estável em nossos mercados. Nos Estados Unidos, temos, sim, uma política de PMA que aplicamos.

O mercado Em que a empresa está trabalhando atualmente? Drago: Estamos sempre focando mais

o high-end, porque esse segmento é o mais próximo de nossa filosofia. Somos uma marca fabricada na Suíça e não podemos competir com itens de produção de baixo custo. Percebemos que esse segmento sofre menos do que o segmento de consumidores de preço baixo e médio, no qual a concorrência é muito grande. Por outro lado, a Schertler está desenvolvendo vários novos produtos para áudio profissional que serão lançados em meados de 2020, sempre baseados em inovação e qualidade. Fiquem ligados, teremos muitas surpresas.

Três indicados para a América Latina

Amplificador JAM para instrumentos acústicos Equipado com um tweeter de domo de 1” e um woofer de 8” e com uma construção base reflex de duas vias otimizada, o JAM oferece 200 W (150 W + 50 W) de potência biamplificada. O amplificador inclui uma entrada de microfone balanceada (XLR), uma entrada de microfone/instrumento não balanceada e uma entrada que oferece opções de microfone balanceada e microfone/instrumento não balanceada. As duas entradas de instrumento possuem tecnologia Bootstrap, que permite que a entrada se adapte automaticamente a qualquer impedância.

Captador magnético AG6 O captador magnético AG6 da Schertler para guitarra acústica é o primeiro modelo de uma série de captadores para instrumentos com trastes especialmente desenvolvidos e de valor acessível que combina de forma exclusiva a eletrônica Schertler com a tecnologia de bobina múltipla ativa. Os benefícios incluem comportamento transitório rápido, resposta de frequência plana e som completo em toda a faixa do instrumento. O captador compacto cabe dentro da boca do violão.

Mixer profissional analógico Arthur Prime 5 O Prime 5 é o membro mais novo da família de mixers compactos da Schertler. Possui cinco canais e foi projetado para aplicações que exigem apenas poucas entradas, por exemplo, uma gravação de voz/guitarra, uma interpretação que envolve um instrumento ou voz e teclado, ou uma configuração de conferência com dois ou três microfones e reprodução estéreo. Suas dimensões facilitam o transporte e a montagem rápida.

Quais são os principais mercados para a empresa? Drago: A Schertler é principalmente

uma marca europeia. No entanto, Estados Unidos, Canadá, China, Japão e Austrália são mercados muito importantes para nós. E a América Latina? Drago: Infelizmente, nunca tivemos

a oportunidade de trabalhar com sucesso no mercado latino-americano. Sem dúvida, é um mercado interessante, e temos muitos músicos lati-

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no-americanos que usam a Schertler e compram os produtos na Europa ou nos Estados Unidos. É por isso que estamos buscando ativamente cooperação na região. Portanto, se alguém estiver interessado em trabalhar conosco, não hesite em entrar em contato pelo e-mail info@schertler.swiss n Mais informacões schertler.com Schertler.SA SchertlerGroup

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EDUCAÇÃO: ALBERTO TECLADOS

ALBERTO TECLADOS PROMOVE UM MUNDO COM MÚSICA

A Alberto Teclados é mais do que uma loja. A empresa realmente promove a música e ajuda a comunidade com interessantes projetos e ações culturais

A

Alberto Teclados tem sua base em Brasília, de onde desenvolvem o projeto Por um Mundo com Música, com foco em fornecer treinamentos, workshops, cultura e assistência à comunidade local por meio da música. Rissa Ramos Costa Venturini, diretora-geral da loja, conta: “Trabalhar com música é fascinante. As capacidades e qualidades que a música proporciona ao desenvolvimento humano são infinitas. E nós, da Alberto Teclados, sempre tivemos essa visão muito clara. Portanto, expandir a música em toda a sua dimensão sempre foi um dos nossos objetivos”. Alberto Costa, fundador da empresa, é fascinado por música, e sentiu na pele toda a experiência que a música pode oferecer. Viveu a música desde pequeno, tocando órgão nas missas junto com os franciscanos em sua infância e adolescência. Aos 30 anos, sofreu um acidente e ficou entre a vida e a morte. Foram 15 dias em coma, mais de 35 cirurgias no rosto, além de fraturas e lesões no corpo e no cérebro. Os médicos deram uma estimativa de seis meses de vida e a impossibilidade de ter filhos. Aposentado por invalidez, usou a música em seu benefício. Hoje, com 65 anos de idade, mais uma filha e com a empresa posicionada no mercado, ele afirma com total segurança que o que o salvou foi a música. O projeto Por um Mundo com Música sempre existiu ao longo da história da empresa, mas foi oficializado em 2012.

Ações do projeto Por meio do projeto, a Alberto Teclados organiza diferentes ações, sendo elas:

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Diversas atividades culturais na Alberto Teclados

Música nas escolas

• Música nos hospitais (com o Remédio Musical): “Uma das nossas ações é auxiliar um projeto paralelo ao nosso, que se chama Remédio Musical, criado pelo músico e terapeuta Alan Cruz, também conhecido como Dr. Melodia, e que tem como objetivo levar a música para pacientes internados em hospitais”, explica Rissa. “Assim, somos voluntários do projeto Remédio Musical. Doamos instrumentos para uso do projeto e para arrecadação de dinheiro por meio de rifas que são realizadas por eles. Além disso, oferecemos um desconto adicional para compras realizadas por deficientes visuais que são beneficiados pelo projeto com a musicoterapia.”

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• Workshops, workshows e treinamentos: A loja tem um andar dedicado só ao áudio profissional. Nesse andar há um palco com espaço para workshops e workshows gratuitos. Em 2019, foram oferecidos 14 workshops gratuitos e cursos de áudio profissional, sendo um deles com direito a certificado da Yamaha Musical do Brasil. • Dia cultural: A loja organizou um domingo de música e poesia na cidade, apoiando o evento Domingo Bom, que aconteceu em Taguatinga nos meses de junho a setembro de 2019. A primeira edição do evento contou com o palco Alberto Teclados, onde se apresentaram bandas, DJs, contadores de histórias infantis e poetas.


• Piano na cidade: Em parceria com a Casio, a loja adquiriu um piano digital que é oferecido para eventos que ocorrem na cidade. Em 2019, 15 eventos foram beneficiados com o piano. • Música nas escolas: Rissa comenta: “Temos uma parceria com o professor Renan Mariz, que criou o projeto SOM+EU visando oportunizar aulas gratuitas para crianças da Escola Municipal Ana Lúcia Oliveira. Nesse projeto, com muita alegria, recebemos doações da Tagima. O diretor da Tagima/Marutec e da Núcleo Musical, Marco Vignoli, ofereceu 30 estruturas de madeiras de violões que foram descartadas pela assistência técnica. Algumas das peças que compõem o violão, como tarraxas, rastilhos, pestanas e encordoamentos, foram doadas pela Alberto Teclados, e outras compradas a baixo custo pelo projeto SOM+EU, para restaurar e poder usar esses violões nas aulas. Renan Mariz, responsável pela iniciativa, contou com o apoio de dois luthiers, que fizeram a regulagem e o posicionamento das peças gratuitamente, auxiliando no projeto”.

Tudo é possível com bom planejamento Pois é, mesmo em épocas difíceis, não é impossível ajudar a comunidade. Como a Alberto Teclados faz? No plano de investimento em marketing da empresa, existe uma porcentagem do faturamento destinado a esse tipo de ações. A loja recebe diariamente pedidos de doações e participações em eventos. Assim, tem uma equipe (composta por cinco pessoas, do nível estratégico mais alto da empresa) que analisa os pedidos para a redistribuição da verba. São estudados os objetivos dos pedidos, público-alvo, tipo de evento, orçamento e, principalmente, como a marca Alberto Teclados pode se posicionar naqueles momentos. O projeto envolve muitas pessoas e parceiros, atraindo ao mesmo tempo muitos clientes para a loja. “Quando nos

Equipe e colaboradores

Alberto e Rissa

conectamos com o cliente, incentivamos compras recorrentes, aproximando assim a marca do consumidor. Além de atrair colaboradores que abraçam a causa, atividades como essas trazem reconhecimento e credibilidade para a marca, garantindo, consequentemente, posicionamento no mercado”, detalhou Rissa. “É extremamente gratificante trabalhar com música. Estamos intimamente conectados uns com os outros e com o todo. Precisamos aprender que somos um só, e que é nosso dever oferecer o melhor de nós para o melhor de todos. Com certeza, existem mais pessoas boas no mundo do que o contrário. Só não aprendemos ainda a nos conectar e a nos doarmos. O projeto Por um Mundo com Música nada seria sem os parceiros, que já possuem outros projetos, e a vontade de quem quer ajudar. Muitas vezes, apenas impulsionamos o que já existe. A Alberto Teclados tem uma responsabilidade social a cumprir. A música deve ser vista como requisito indispensável para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, sem preconceitos e com respeito ao próximo. Queremos ser uma empresa que inspire as pessoas a serem o melhor que puderem, desenvolvendo, por meio da música, a criatividade e a sensibilidade, estimulando a realização de sonhos e inspirando momentos de felicidade”, agregou. Um belo exemplo a seguir! E para 2020? A Alberto Teclados tem grandes planos, incluindo a expansão dos projetos já existentes e o lançamento de novos eventos, que já estão em @musicaemercado

programação. “Em 2020, temos como missão musicalizar o maior número de pessoas por meio da comercialização de instrumentos musicais e de áudio, a fim de proporcionar um melhor desenvolvimento da sociedade. Acreditamos na construção de um mundo melhor a partir da música, um mundo inspirador”, concluiu a diretora-geral. Alberto Costa, fundador da empresa, enfatizou: “É a música constante, ela faz parte da economia do universo, constituinte desse acontecer, irrevogável. Os átomos se reorganizam, as células se reagrupam, e essa abstração segue incólume. Nessa corrida existencial, fazer parte desse todo, desse rol único, dessa vibração sem par, é ter vida irreversível. Estar dentro dessa metafísica é ir sem titubear, é caminhar num terreno firme, é criar e recriar com essa matemática sem topo. A música, muito além de uma simples diversão, é harmonia literal e espacial. Os sons, em todo o sistema, estão impregnados. A alma deve ser educada pela música. Essa ciência abstrata interfere nos dois lados do cérebro, gera a dopamina, substância do bem-estar, promove o equilíbrio, sana doenças. Venha, o tempo não espera, faça parte dessa esfera seleta. Tocar um instrumento é estar em conexão direta com o universo”. Parabéns, Alberto Teclados! n Mais informações albertoteclados.com.br

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ILUMINAÇÃO: MA LIGHTING

MA LIGHTING ANUNCIA MUDANÇAS ADMINISTRATIVAS

A empresa de iluminação MA Lighting anunciou a criação da Lightpower Holding e nomeou uma nova equipe de diretores

A

MA Lighting está fazendo mudanças na empresa, sentindo a necessidade de se renovar após 42 anos de sucesso no mercado, principalmente com seus produtos da linha grandMA. Com atividades comerciais nacionais — na Alemanha — e internacionais, e com o objetivo de ter um espaço único para cuidar delas, decidiu-se criar a Lightpower Holding, que atuará como centro de controle de todas as empresas que compõem o grupo e desenvolverá estratégias futuras em cooperação com cada um dos diretores. Outro anúncio foram as mudanças na administração da Lightpower Da esq. para a dir.: Michael Rickers, Herbert Marx, GmbH, já que Herbert Ralph-Jörg Wezorke, Philipp Wezorke e Stephan Saremba Marx e Michael Rickers “Com essa estrutura expandida, sucederão, respectivamente, Ralph- phan Saremba assumiu o cargo de -Jörg Wezorke, diretor da Lightpower, Glyn O’Donoghue, que no futuro se estamos prontos para enfrentar dee Franz-Josef Wewer, representante concentrará inteiramente em suas safios futuros. A paixão pela indúsfunções como diretor administrativo tria, um pacote de serviços de priautorizado da Lightpower. Como diretor-geral conjunto, Her- da Ambersphere Solutions, distribui- meira classe e cuidado permanente dos contatos pessoais continuarão bert Marx é responsável por vendas, dora da MA no Reino Unido. A empresa Lightpower Holding sendo nossos maiores ativos”, afirma marketing e compras. Michael Rickers também se torna diretor-geral conjun- será administrada por Ralph-Jörg o comunicado oficial. n to e se concentra nas áreas de finanças, Wezorke e seu filho Philipp Wezorke. O caminho para o futuro foi derecursos humanos e organização. Mais informações Além disso, o gerenciamento da finido. Philipp Wezorke assumirá a malighting.com MA Lighting International GmbH gestão da holding passo a passo, enMALightingInt também promoveu alterações em quanto Ralph-Jörg Wezorke fornecema_lighting_international 1º de abril de 2020. Nessa data, Ste- rá suporte como consultor e gerente. 60 www.musicaemercado.org

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LOJA GUARANI MUSICAL

GUARANI MUSICAL MOSTRA SEU LADO HUMANO

A loja Guarani Musical tem mais de 40 anos de trabalho no Paraná, onde se destaca não só pelo seu mix de produtos, mas pelo relacionamento humano com colaboradores e a comunidade

Loja em Medianeira, Paraná

A

Guarani Musical foi fundada pelos pais do atual sócio e administrador Arnulfo Meaurio, Roque Jacinto Samaniego Meaurio e Nair Paulina Meaurio (ambos in memoriam) há mais de 40 anos. “No início, trabalhávamos com discos de vinil e fitas cassete. Aos poucos foram inseridos instrumentos musicais e acessórios no mix”, lembra Arnulfo. “Começamos com poucas

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marcas, mas com margens maiores. Hoje a variedade de produtos é muito grande. Temos muitos parceiros comerciais que nos ajudam a oferecer um mix maior, com mais qualidade e preços justos, tendo sempre como prioridade o bom atendimento ao cliente e suas necesidades.” A loja fica no centro de Medianeira, no Paraná, e foca sua atenção no mercado on-line como


Áudio, instrumentos, acessórios e muito mais

plano para o futuro. “O volume de informação que nós e o cliente temos hoje em dia é infinitamente maior. A variedade de marcas e fornecedores, também. A internet deixou de ser um meio de informação e está sempre aumentando sua participação na comercialização.”

Com o passar de 40 anos Nas quatro décadas de vida da Guarani Musical, o mix de produtos aumentou muito, com mais marcas, mais modelos, mais fornecedores, sempre buscando combinar qualidade e preço justo. “Uma grande e fundamental ajuda que nos possibilitou melhorar muito é a participação na Rede da Música, uma associação de lojistas de instrumentos musicais e áudio criada no Paraná e em Santa Catarina. Estamos sempre nos ajudando, trocando experiências, boas práticas, dificuldades, soluções. Tornamo-nos uma gran-

de família”, contou Arnulfo. “Também é fundamental a atuação de alguns fabricantes, importadores e representantes que, além da venda, trabalham para fomentar o amadurecimento, a profissionalização do setor.” Com todo esse mix à disposição, a loja estará trabalhando as vendas on-line por meio de marketplace. “Cada vez mais um completa o outro. As informações da internet, das redes sociais completam a venda na loja física. Às vezes ajudam e às vezes atrapalham, mas a presença vem aumentando.” Na Guarani Musical é possível encontrar instrumentos de corda, percussão, teclas, sopro e acessórios. No setor de áudio, caixas de som, potências, mesas, processadores, periféricos, plugues, microfones... “Quase tudo que o mercado oferece conseguimos para nossos clientes.” As marcas? Takamine, D’Addario, Promark, Shure, Tagima, Evans, On Stage, Spirit, Yamaha,

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C

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Amplo mix de produtos

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Fender, Washburn, Roland, Memphis, JBL, Groove, Dunlop, Remo e muitas outras. “Nosso relacionamento com os distribuidores e importadores é de muito respeito e profissionalismo”, disse. Também conta com marcas nacionais, como Giannini, Tagima, Izzo, Luen, Contemporânea, Liverpool, SG Strings, Strinberg, Rozini, Oneal, Attack, Frahm, Di Giorgio, Hayoni, entre outras. Arnulfo destaca: “Todas as marcas têm o seu mercado, têm o seu público. Antes, somente as importadas eram associadas à alta qualidade. Hoje temos produtos nacionais com excelente qualidade, assim como produtos voltados para a concorrência com base em preços baixos”. Além dos produtos, a loja oferece serviços de luthieria, serviços profissionais de instalação e manutenção em sistemas de som e de videoprojeção para igrejas, bares, auditórios, escolas, home theaters e outros.

O lado humano Arnulfo enfatizou que o destaque da sua loja vem pelo lado humano, pela equipe de colaboradores,

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dos fornecedores e da vontade de atender à necessidade musical dos clientes de uma forma sincera e honesta. “É importante aprender, se profissionalizar, melhorar a capacidade de atender nossos clientes a um preço justo”, disse. Outro ponto que vem sendo destacado pela loja é a educação musical. “Como exemplo, tínhamos em nossa região um projeto chamado Viola Lindeira, que por meio do ensino de viola, da música raiz, estimulava um comportamento mais correto, mais humano, mais família. Foram mais de 20 cidades atendidas, e por volta de mil alunos, ou seja, mil famílias transformadas pela música!”, contou. “Ninguém faz nada sozinho, nem vive sozinho. Precisamos uns dos outros, precisamos estar sempre agradecendo e sempre empenhados em nos profissionalizar, em melhorar a nós e aos processos. A cada colaborador, a cada fornecedor, a cada cliente: gracias, gracias, gracias.” n Mais informações GuaraniMusical

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POR LEANDRO CAMPOS

Gerente comercial da Izzo Instrumentos Musicais

ANÁLISE DE MERCADO

MUDANÇAS NO SETOR DE INSTRUMENTOS MUSICAIS E ÁUDIO PROFISSIONAL EM UM CENÁRIO PÓS-CRISE

Reflexões sobre possíveis mudanças do setor de instrumentos musicais e áudio profissional pós-Covid

O

objetivo desta análise é sair um pouco do presente, lançar um olhar ao futuro e identificar novos padrões de consumo e comportamento social, encaixando nesse contexto as empresas e tendo assim uma perspectiva do mercado de instrumentos musicais para os próximos anos.

Tempo para restabilização do mercado de instrumentos e áudio O que enfrentamos é uma crise na economia de alta escala e inédita; não é um cenário de incerteza, e sim de desinformação. A incerteza está diretamente associada à dúvida e se há dúvidas é porque

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existe no mínimo mais de uma opção de escolha. A desinformação está associada ao novo, ao desconhecido. Não se podem ter no histórico de nenhuma empresa do planeta medidas tomadas quando tal cenário se formou em outros tempos. Não tenham dúvidas, a desinformação é bem pior do que a incerteza. Estima-se que a produção de uma vacina demore entre 12 e 18 meses. Entretanto, independentemente das soluções, os problemas estão criados. Haverá uma heterogeneidade nos prazos para estabilização entre os mercados e o impacto pode ser de anos. Alguns setores se beneficiarão, outros terão impactos severos e alguns nunca se recuperarão. Com a recessão do mercado, gastos

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supérfluos serão os mais afetados e projeta-se uma diminuição de consumo global entre 40% e 50%. Há neste momento um novo comportamento de consumo sendo criado e há também uma demanda reprimida que atingirá o seu ápice tão logo a economia retome suas atividades. No entanto, os novos hábitos adquiridos não permitirão, para a maioria dos mercados, volumes de negócios na mesma proporção do período pré-crise. Economias que já estavam abaladas antes da crise demorarão mais para se estabilizar (Venezuela, Nigéria, Brasil).

Nosso mercado da música O mercado de áudio e instrumentos musicais se consolidará, com grande


número de empresas não sobrevivendo à crise. É possível que empresas mais fortes invistam em aquisição de concorrentes ou empresas ao longo da cadeia de produção. Outras oportunidades estão na aquisição de talentos. Empresas precisarão inovar drasticamente seus modelos de negócio para sobreviver e inovações implementadas durante a crise terão potencial para virar a nova norma. É fato que os mercados se acostumarão mais rápido com novas tecnologias, acelerando seu desenvolvimento e adoção. Um foco em inovação será na criação de flexibilidade ao longo da cadeia de produção, para trazer produtos ao mercado de forma mais rápida. Modalidades de venda como dropshipping e estruturas omnichannel se consolidarão como formas de distribuição contemporâneas e mais baratas. Menos atividade econômica e mercado com menos poder de compra podem proporcionar modelos de negócios alternativos com foco em produtos usados.

Mudanças no comportamento do consumidor de áudio e instrumentos A pandemia trará temas como sustentabilidade à tona, intensificando discussões sobre materialismo, consumo excessivo e práticas irresponsáveis. O foco na sustentabilidade será especialmente importante entre as gerações dos Millenials e a Z. Empresas precisarão reorientar suas práticas para apelar a essa população. Com a atual necessidade de mudar repentinamente para mídias digitais, consumidores começarão a se familizar melhor com esses canais e empresas precisarão acompanhar esse novo crescimento digital. Essas transformações digitais afetarão também a gestão e o processo decisório das empresas em geral.

Mas quem ficará vivo no pós-pandemia? Sendo bem realista, em primeiro lugar, o mais importante é ter caixa. O isolamento social impôs ao fluxo de caixa

Inovações implementadas durante a crise terão potencial para virar a nova norma de todas as empresas do mundo um teste de resistência sem precedentes. As receitas desapareceram e as despesas não somem na mesma proporção.

Mas, em termos de gestão, o que pode ser feito? Você já ouviu falar no termo Vuca? Vuca é uma sigla em inglês que, traduzindo para o português, significa volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. O termo foi criado pelo Exército americano no final dos anos 1990 para caracterizar ambientes desconhecidos, muito agressivos e desafiadores. O planejamento militar nesse cenário está baseado em reavaliações frequentes e medidas de curtíssimo prazo. Fazendo uma analogia simples, é como se o general dissesse para a sua tropa: “Eu não sei o que vocês encontrarão pela frente, mas sei o que vocês precisam fazer. Deem dez passos, reavaliem a situação e tomem decisões para mais dez passos”. Penso que neste momento este seja o melhor método de planejamento para os negócios — decisões tomadas a curto prazo com base nos indicadores de momento, tendo como objetivos cortar gastos, ajustar a oferta de produtos e o mais importante: buscar no-

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vas oportunidades, pois se não há previsibilidade, deve haver ação. À medida que se tenha mais conhecimento sobre a situação e a atividade econômica comece a dar sinais de reação, altera-se gradativamente a periodicidade das reavaliações para 15 dias, 30 dias, 45 dias e assim por diante. Além disso, flexibilização e adequação serão as palavras de ordem para os próximos anos. As empresas que entenderem as alternativas digitais como complemento às práticas e modelos já estabelecidos serão as de maior sucesso, e a transformação digital, que já era uma realidade, será acelerada com a Covid-19. Repensar investimentos em profissionais de qualidade e estimular a produção de capital intelectual serão outros pontos importantes, assim como manter um nível de governança adequado ao seu padrão será fundamental. Veja, capital intelectual não está associado somente ao ambiente acadêmico — um colaborador criativo, proativo e engajado nos objetivos da empresa certamente terá consigo um bom capital intelectual —, assim como governança não quer dizer que sua

É tempo de cuidar das relações, unir forças e seguir rumo à inovação, e isso não está associado exclusivamente à tecnologia

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empresa precisa ter um conselho gestor profissional. Estou me referindo a processos bem definidos, métricas de avaliação bem construídas e acompanhamento frequente. Destaco ainda a importância de zelar pela manutenção das parcerias, clientes, fornecedores. Momentos de perturbação requerem atenção às relações com toda a cadeia.

universo bem maior de pessoas sem acesso a esses canais ou sem histórico de compras na internet. Ainda que todos se movessem para o digital, não haveria oferta de lojas, produtos e serviços capazes de atender toda a demanda. Dessa forma, a retomada das atividades trará oportunidades para as empresas que estiverem preparadas para atender a demanda reprimida ocasionada pelo isolamento. Os mercados de cosméticos e de moda acreditam que experimentarão ainda uma demanda ocasionada pela vaidade reprimida, algo diretamente ligado à necessidade humana de boa aparência e bem-estar, uma forma de compensação por tempos tão duros. De certa forma, instrumentos musicais e alguns produtos de áudio estão ligados à sensação de bem-estar e, por esse motivo, o mercado da música se beneficiará desse movimento. Na China, a francesa Hermès bateu todos os recordes de faturamento no dia da reabertura pós-isolamento.

Nova distribuição de mercado A combinação de baixos markups e gestão pouco qualificada trará severos danos ao mercado e isso afetará todos os níveis, passando por lojas de varejo, fabricantes, importadores e suas relações com as marcas distribuídas no Brasil. Muitos deixarão de existir e a tendência é que este número seja superior a 30%. “Enxugar” o mix e focar produtos de maior conhecimento será uma realidade. Esse movimento criará um cenário ideal para as empresas consolidadas investirem em novas marcas, ampliarem instalações ou fazerem novas aquisições. Talentos estarão disponíveis.

Empresas que entenderem as alternativas digitais como complemento às práticas e modelos já estabelecidos serão as de maior sucesso

Resiliência e sustentabilidade A pandemia intensificará na sociedade princípios de ecossustentabilidade. As discussões acerca dos benefícios que o isolamento trouxe ao meio ambiente por conta da redução de CO2 ganharão força e, consequentemente, haverá mais pessoas engajadas em questões ambientais. Surgirão mais espaços para produtos dessa natureza. O isolamento social proporcionará à sociedade brasileira uma oportunidade única de amadurecimento e reposicionamento de valores. Sob o aspecto social, algo parecido com o

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que aconteceu em sociedades como a americana em 1929, a japonesa e a alemã no pós-Segunda Guerra. A valorização da família e sua concepção de núcleo essencial para o desenvolvimento e a ordem social será um ponto importante. Nesse sentido, terão sucesso produtos e serviços que promovam o bem-estar, a socialização e o desenvolvimento individual.

Vaidade e demanda reprimida Há neste momento uma massa de consumidores que se moveram para a compra digital. Entretanto, existe um

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Enfim…

Se diante da imprevisibilidade é preciso haver ação, então é hora de agir. O momento de discutir a viabilidade da internet e o comportamento do consumidor nesse contexto já passou, já não é mais uma tendência, e, sim, uma realidade. É tempo de cuidar das relações, unir forças e seguir rumo à inovação, e isso não está associado exclusivamente à tecnologia. A inovação em gestão é um passo fundamental e o primeiro grande desafio consiste em readequar seu negócio tanto em estrutura quanto em operação, antes mesmo de qualquer investimento em tecnologia. A inovação começa por aí. n



ARTIGO: JOEY GROSS BROWN

MINHA ÚLTIMA COLUNA NA M&M

Depois de muitos anos colaborando com textos que achava iriam ajudar o nosso mercado, esta é minha última coluna na M&M. Deixo aqui alguns comentários sobre a experiência e não esqueça: fique em casa

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ueridos leitores da Música & Mercado, esta é minha última colaboração para esta conceituada revista. O tempo, mesmo durante a quarentena do coronavírus, se fez escasso e meus desafios se tornaram tantos que não seria justo da minha parte cercear novos colaboradores e escritores (ou seríamos jornalistas?). Não importa. Ao escrever esta matéria, ou resenha, como alguns preferem chamar, me encontro em quarentena imposta pelo governo.

Ficar em casa, para cada um de nós neste mercado, significa abdicar de um dia de sobrevivência. Seja você empresário, dono de loja, importador etc. Famílias sem sequer uma garantia do amanhã. Suicídios têm maior taxa de morte que este maldito vírus (e que deve levar a mais). Não vou questionar nada disso. Muito tenho escrito sobre como vender, como direcionar sua empresa em tempos difíceis e, mais ainda, como ser diferente neste mar de mesmice que o mercado musical do Brasil é.

Não melhoramos em nada. Não aprendemos nada. E quando tivemos a oportunidade, preferimos citar nossos problemas pessoais. É hora de formarmos um MERCADO. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas formamos este mercado e o forjamos com sangue, suor e muitas lágrimas. E foram bons tempos. Aqueles em que se ganhou muito dinheiro. Quando muitos nadaram nas águas das fronteiras fiscais e das dúbias interpretações aduaneiras. Será? Está mais do que na hora de se formar um mercado e exigir da classe política a contrapartida. Feita às claras! Sem negócios ou negociatas. Somos um mercado que movimenta uma considerável quantia e que sustenta famílias brasileiras, estejam essas em um estado de possibilidade ou sejam essas eleitoras de seus representantes congressistas.

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JOEY GROSS BROWN

Senior Associate da Forecast Capital Participações, especialista em vendas e marketing corporativo. Atua como Liason e Project Manager para back offices, projetos de captação de capital e aquisições & fusões (A&M), tendo 24 anos de experiência em gestão no mercado musical.

Chegou a hora de me despedir Não acompanho mais o mercado local o suficiente para opinar com certeza total, nem sigo a cartilha daqueles que politizaram o pouco que restou de uma era fantástica: Mercadores da Música, como costumo nos definir. Àqueles que trouxeram para o Brasil as grandes marcas e as fizeram fincar raízes a ponto de sermos reconhecidos como mercado pelos fornecedores internacionais, minha gratidão. Vencendo cada obstáculo que parecia intransponível. Deixo a vocês 20 anos de matérias que podem ser acessadas pelos canais da Música & Mercado. Daria um livro se as compilasse. Desde maio de 2009 tentei me doar o suficiente para dar de volta um pouco do que este mercado me deu, tentei colocar em palavras atitudes que me levaram a estar onde estou. Passando por tempestades e tormentas assustadoras, e curtindo os momentos de bonança. Meu muito obrigado a você, leitor/ leitora que despendeu um tempinho para ler cada matéria. Meu obrigado maior ao Daniel Neves, que me possibilitou este canal de comunicação (eram para ser matérias de tecnologia, lembra?) e meu master, megaobrigado a toda a equipe da Música & Mercado, da qual sempre tive suporte e amizade para escrever o que fosse. Grato. Um grande e sincero abraço a todos vocês! n


ARTIGO: LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

CORONAVÍRUS, OU COVID-19, E A MÚSICA!

Em um momento difícil para a economia mundial, vamos dar uma olhada em algumas reflexões sobre o que está acontecendo no varejo em nosso país

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aramba! Nunca imaginei que fosse passar por isso! De repente, não mais que de repente, quando tudo já apontava para um bom crescimento econômico, quando tudo já apontava para um bom ano para o nosso mercado, surge esta tempestade. O coronavírus apareceu para mudar nossas rotinas, nossos negócios e nossa economia. O nosso assunto, hoje, é a influência desta hecatombe no mercado de instrumentos musicais, sobretudo no varejo.

Momento de reflexão A questão, como sempre, numa situação desse calibre, é: que conclusões podemos tirar desta experiência toda? Esquecemos as informações mais simples que aprendemos, ou deveríamos ter aprendido, no Ensino Fundamental. Matemática, Geografia, História e um pouco de Ciências teriam ajudado muitos dos nossos amigos a não ser influenciados, negativamente, pela mídia e pelos “especialistas”. Ficamos à mercê da opinião de pessoas com objetivos escusos, principalmente das grandes instituições, como a OEA, e não conseguimos raciocinar sobre o que realmente aconteceu. Percebemos que a nossa ligação com o mundo dos negócios é extremamente frágil, que rebenta, explode, desintegra com a simples menção de uma gripe de esfera mundial.

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Esquecemos a virtude mais espetacular para o ser humano: a amizade sincera e gentil. O nosso setor ainda não tem voz, tampouco representatividade, em nível político, para que os nossos anseios sejam viabilizados por parte do governo. A rua se transformou num lixo e só agora percebemos, com ela vazia, que ela é fundamental para o nosso negócio desde que esteja limpa, recheada de pessoas de bem e unidas no interesse do comércio. O nosso setor pouco, ou quase nada, se importou com o e-commerce, com o trabalho remoto e o home office dos seus colaboradores. Agora, na pressa, não deu para fazer nada, nem avaliar resultados. Como é frágil o negócio que envolve instrumentos musicais, escolas de música, casas de shows, eventos e cerimoniais. As escolas de música, com sua metodologia antiquada, são as que mais vão sofrer com o desgaste e o abandono dos estudos da grande maioria dos seus alunos. O dólar disparado vai inviabilizar a aquisição de instrumentos musicais de qualidade, já que o nosso mercado não acompanhou os avanços tecnológicos exigidos pelos consumidores. A desunião no setor é evidente e bem pior que o vírus. Se a turma da

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LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

É um amante da música desde o dia de sua concepção, no ano de 1961 uhlik@ mandic.com.br

música estivesse unida nesses dias, já pensou na quantidade de negócios que poderia ter sido feita on-line, só para citar um caminho? Os poucos “fabricantes” de instrumentos musicais vão sofrer um impacto bem mais forte, principalmente pela redução da demanda nacional e a diminuição, drástica, das exportações. A cadeia produtiva internacional da música vai atrasar em pelo menos cinco anos os avanços tecnológicos exigidos pelo setor, principalmente nos segmentos de áudio, iluminação e produção musical. Mesmo sendo bons negociantes, nos tornamos reféns de pessoas desequilibradas, despreparadas e que assumiram cargos em instituições de decisão, como é o caso da OEA, da ONU, governadores, prefeitos, deputados, e por aí vai. Some a tudo isso o impacto global, que envolve recessão, choque econômico, crise financeira, e perceba a armadilha em que nos encontramos. Boa hora para acordar e iniciar o processo de RESSURREIÇÃO! Comecemos do zero, unidos, plantando boas sementes e nos tornando mais humanos. Sim, pois a vida só tem sentido porque temos este sentimento de fraternidade! Então, UNIÃO! n

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ARTIGO: NELSON JUNIOR

MERCADO MUSICAL: FIDELIDADE NÃO TEM PREÇO E INGRATIDÃO COBRA JUROS

NELSON JUNIOR

Guitarrista, produtor, especialista de produtos, instrutor musical, sideman, atuante no mercado desde os 13 anos de idade, colaborador didático de publicações musicais e escritor.

As emoções dominam seu trabalho? Você reconhece o apoio dos colaboradores? Essas podem ser situações comuns no mercado musical

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emuneração, reconhecimento e meritocracia devem ser regras em qualquer ramo, mas no mercado musical, em que as pessoas colocam suas paixões acima de muitas coisas, por vezes os tons de cinza entre o lado pessoal e o lado profissional se confundem, tanto nos altos escalões quanto na base da pirâmide. Vaidade é algo que, por vezes, além de atrapalhar o meio, afunda o indivíduo, bem como alguns dos outros ditos como “pecados capitais”, como a cobiça, a avareza, a inveja, e por aí vai. Conviver com pessoas é difícil. Trabalhar com elas, bem mais. E o que dirá então comandar e guiar pessoas satisfatoriamente em todas as áreas de suas necessidades? Não é incomum, em uma área de negócios tão apaixonante como a musical, pessoas se excederem nas cobranças, ou em via oposta, perderem a visão hierárquica. Se você pedir a alguém que vista a camisa do seu negócio, reconheça o ato, e se pedir que tatue no peito o dito, esteja pronto a fazer o mesmo em reconhecimento de parceria. A fidelidade conseguida na paixão do mercado da música é facilmente perdida na primeira injustiça meritocrática.

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“Chega de colocar parentes acima de experientes”

O valor do funcionário confidente, da parceria sincera, do respeito simples é inestimável O mesmo ardor que motiva magoa É necessário um olhar atento para não acabar só, cercado de pessoas que apenas aguardam sua queda, e até lá, sugam o que podem. Por outro lado, dedicar-se a quem não reconhece pode se tornar um ciclo de abuso de gentilezas, que depois passam a ser esperadas como obrigação. Aos lados fica o que não percebe o erro e o que não esquece a ofensa. Negócios devem ser troca, e não parasitismo. Quer vantagens, ofereça benefícios. A maioria do mercado musical é composta de músicos, ou apaixonados pela música, pessoas cuja sensibilidade vale ouro e gera ouro, quando

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compreendida e valorizada. Valorize quem comeu capim junto quando o caviar estiver na mesa, porque quem só quer o caviar não ligará de te deixar só com o capim. Qualquer que seja o tipo de colaborador que tenha na sua empresa, ele deve expressar o reflexo da meritocracia. Chega de colocar parentes acima de experientes, e, em outra via, basta de não reconhecimento de tempo dedicado. Remuneração meritocrática e reconhecimento. Outrossim, há de se precaver da inveja, evitar a soberba e o antagonismo. Quando a emoção e a profissão são amálgama, essa mistura cria situações adversas. O valor do funcionário confidente, da parceria sincera, do respeito simples é inestimável. Você só sente falta quando a crise chega e suas principais forças favoráveis não estão mais, porque você pode tê-las dispensado. Não existe substituição quando se perde um parceiro fiel no mundo dos negócios. n



VENDAS

COMO CONTRATAR O PROFISSIONAL CERTO PARA SUA EMPRESA

No nosso segmento, a busca de profissionais de vendas é uma realidade. Pessoas que reconheçam os valores da empresa e os benefícios dos produtos/serviços são fundamentais. Conheça os pontos que podem ajudar você nesse processo

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scolher a pessoa certa para ocupar um cargo na empresa é fundamental para o sucesso dos negócios e tem sido um grande desafio para a área de recursos humanos. O que todos querem são colaboradores que façam toda a diferença dentro da organização. Para isso, é necessário que o recrutador conheça profundamente a empresa, as competências e os comportamentos desejados para as vagas. Dessa forma, as chances de uma escolha assertiva serão bem maiores.

Escolha o profissional indicado para sua empresa

Sabemos que treinamentos em vendas são indispensáveis para que os colaboradores possam executar suas funções de maneira cada vez mais eficiente, mas eles nem sempre vão resolver o problema de uma “má” contratação, principalmente quando os valo-

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res individuais não combinam com os valores organizacionais. “Tudo começa com: eu preciso preencher uma vaga na organização e identificar um bom candidato. Recebo currículos, os leio e na verdade não consigo enxergar muita diferença entre eles. Parto para as entrevistas. Agora é necessário entender que é um


momento de compra e venda. Não estamos falando de produtos, e sim de pessoas, mas de certa forma o candidato está vendendo a qualificação dele e você está comprando essa qualificação. Você também irá vender os benefícios dessa função e seus desafios”, disse Ivan Corrêa, sócio-diretor da Posiciona Educação & Desenvolvimento. Se é este o momento de troca de informações, é preciso conhecer exatamente os requisitos para a vaga, além de ter perguntas e testes muito bem preparados para escolher a pessoa certa. Afinal, as características e habilidades presentes na atuação desses profissionais formam o perfil de vendas e poderão impactar diretamente os resultados da empresa.

Alinhamento dos valores individuais com os organizacionais

O sucesso da contratação depende de uma série de fatores. Entre eles estão habilidades técnicas e emocionais. E um dos pontos mais importantes para ser avaliado em um processo de contratação é o alinhamento dos valores individuais com os valores organizacionais. Quando os valores pessoais estão desalinhados com os valores da empresa, a organização passa por uma série de problemas, que vão desde a falha na produção ou entrega de serviços até o mau relacionamento com os clientes. “A divergência de valores é um dos principais motivos de turnover, que é quando um empregado é admitido e outro desligado de maneira sucessiva. Além disso, uma má comunicação dos valores organizacionais gera falta de motivação, impactando o rendimento da empresa como um todo, o que gera mais custos. É fundamental que no momento da entrevista sejam aplicados testes que

identifiquem esse alinhamento, como testes de personalidade, valores, integridade, entre outros”, afirma Ivan.

Outros fatores que auxiliam no recrutamento Perfil: É muito importante ter em men-

te que tipo de profissional deve preencher a vaga em aberto, estabelecendo as habilidades técnicas e comportamentais que o candidato deve ter, além da idade, experiência mínima, cursos de formação e pretensão salarial. Competências necessárias: Cada empresa de vendas necessita de conhecimentos específicos, formações e formas de pensar diferentes. É importante que o RH converse com o gestor da área e juntos estabeleçam quais são as qualidades que o posto exige. Experiências anteriores: Entender melhor como foram as experiências anteriores do candidato é uma forma de encontrar o perfil ideal. Compreender quais foram os seus desafios e os motivos de suas escolhas na carreira ajuda muito a conhecer o profissional. Testes: O ideal é separar apenas os testes que identifiquem as competências esperadas para o posto. Para a área de vendas, é muito comum o teste que consiste em uma espécie de encenação na qual o candidato tenta vender ao seu entrevistador o produto que deverá divulgar, caso seja contratado. É fundamental que o candidato esteja bem treinado em relação a vantagens e benefícios do produto, caso esse tipo de vaga seja o objetivo. Aptidões sociais: As habilidades sociais e de interação são competências esperadas do candidato, pois a falta de uma conduta sociável pode afetar negativamente o clima organizacional caso a empresa não valorize essas competências na hora de contratar

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um funcionário. Dinâmicas em grupos ajudam a identificar. Para a área de vendas é importante realizar dinâmicas que façam com que os candidatos demonstrem confiança, clareza nas informações, improviso e uma boa comunicação escrita e verbal.

Atenção às contradições e omissões:

É preciso ficar atento à postura dos candidatos para identificar mentiras, contradições e omissões. Observe se ele apresenta respostas muito genéricas, se tem argumentos mal formulados ou se desvia das perguntas. Quando o candidato olha muito para baixo ou muda constantemente de posição, essa linguagem corporal sinaliza desconforto e revela que ele pode estar mentindo. Contudo, cuidado com o julgamento baseado apenas nessas avaliações subjetivas. Desenvolvimento do candidato: O teste psicométrico tem como objetivo avaliar a aptidão, a capacidade e os interesses dos candidatos para alguns fatores e deve acontecer de forma padronizada para permitir comparações com outros candidatos, focando as atitudes, a análise de aptidões, as competências e os traços de personalidade dos profissionais. Um processo seletivo de sucesso evita muitos problemas futuros e contribui significativamente para os bons resultados do negócio. Apesar de a tecnologia estar aí para nos ensinar cada vez mais sobre a eficiência das máquinas, elas ainda estão sendo conduzidas por pessoas. E, no fim das contas, e até no início delas, são as pessoas que fazem com que uma empresa vá ou não para a frente. n Mais informações posiciona.com.br

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FEIRAS: CORONAVÍRUS

CORONAVÍRUS: FEIRAS ADIADAS E EVENTOS DIGITAIS NO MUNDO TODO

Diferentes feiras e eventos do setor cancelaram ou adiaram sua edição de 2020 devido à situação mundial causada pela covid-19

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ão é de surpreender que, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério de Saúde dos governos locais, diferentes promotores e organizadores no mundo tenham decidido mudar as datas de suas feiras e eventos. Exemplo disso foi a Messe Frankfurt, que primeiro tinha optado por adiar a edição deste ano de abril para maio, mas logo anunciou o cancelamento total das suas feiras Musikmesse e Prolight + Sound de 2020, além de outros eventos relacionados em Frankfurt. Ambas serão realizadas em 2021. Ainda não sabemos as datas certas da Musikmesse, mas inicialmente a Prolight + Sound será de 13 a 16 de abril. Os mesmos organizadores decidiram adiar também a feira Prolight + Sound Guangzhou 2020, que seria realizada alguns meses antes, de 19 a 22 de fevereiro, para dar apoio ao governo chinês e tentar controlar o surto de coronavírus no país asiático. As novas datas ainda não foram anunciadas. No México, o panorama não é dife-

adiada para o segundo semestre de 2020”, indica o comunicado oficial. “Para o comitê organizador da Sound:Check Xpo, não foi uma decisão fácil, mas a saúde e a segurança dos assistentes do evento são prioridade, e em breve daremos a conhecer as novas datas para sua realização.” Seguindo o conselho do governo brasileiro sobre o cancelamento e o adiamento de grandes encontros, outros eventos regionais também cancelaram ou remarcaram sua realização. Organizadores da TecnoMultimedia InfoComm Brasil, que, originalmente prevista para 14 a 16 de abril de 2020 e depois remarcada para 20 a 22 de outubro, acabaram anunciando que o evento seria cancelado neste ano e passaria diretamente para 2021. “Embora entendamos que isso possa causar transtornos, colocamos a saúde e a segurança de nossos expositores e participantes como a principal preocupação”, disse Max Jaramillo, diretor administrativo da TecnoMultimedia InfoComm Latinoamérica. Isso vai além dos eventos, pois lojas, distribuidoras e fabricantes também tiveram de parar suas ações físicas,

A Make Music, junto com a NAMM e a Anafima, está pedindo a todos os músicos para fazer um movimento musical on-line para homenagear os profissionais da saúde

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rente. A reconhecida feira Sound:Check Xpo adiou sua edição deste ano, planejada originalmente para acontecer em abril, para o segundo semestre. “Seguindo as indicações da Organização Mundial da Saúde e as sugestões do governo do nosso país, a sound:check Xpo foi

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adaptando atividades por meio de home office e todo tipo de suporte on-line em diferentes países do mundo. A feira Music Show Exp, anunciada para 24 a 27 de setembro, anunciará sua nova data em breve e as modificações sobre o evento. Os espaços de exposição continuam a ser negociados e a programação de conferências, seminários e workshops está correndo normalmente. “A preparação para a Music Show é algo estratégico. Se as condições sanitárias não possibilitarem a realização do evento este ano, sem problemas. Faremos em 2021 de forma perfeita”, disse Daniel Neves, um dos organizadores do evento.

Empresas e sua vida on-line Perante esse cenário, vários fabricantes começaram a disponibilizar conteúdo on-line para continuar treinando e capacitando seus clientes e seguidores. A Shure do Brasil e seus especialistas, por exemplo, criaram cursos e aulas virtuais para seguir pelo Facebook. As empresas de iluminação Avolites e SGM também estão oferecendo vídeos e aulas on-line, e cada vez há mais propostas para que usuários não fiquem parados e possam reunir mais conhecimento nos setores de iluminação e áudio. Pelo lado da música, os fabricantes e distribuidores de instrumentos estão criando ações para movimentar o mercado de forma virtual. Como? Com shows ou lives dos seus endorsees, e até promoções para obter desconto nas compras on-line.

A Hohner está pedindo a todos os seus usuários que postem uma foto com seus instrumentos ou um pequeno vídeo tocando com a hashtag #unitedinsound no Instagram para unir o mundo por meio da música. Além disso, artistas da marca de todo o mundo farão live­ streams grátis, tocando ou dando dicas de seus instrumentos Hohner. A Gibson encoraja todo mundo a fazer atuações on-line, entrevistas ou bate-papos com o programa #HomeMadeMusic para unir os amantes da música e dar suporte à comunidade musical. As sessões formarão um programa com conteúdo original de artistas que usam instrumentos Gib@musicaemercado

son e Epiphone e estarão disponíveis no canal Gibson TV, dando apoio ao fundo Covid-19 Relief Fund da MusiCares (The Recording Academy). A marca de ukuleles Kala fechou temporariamente sua matriz na Califórnia, mas ofereceu um desconto de 20% para compras on-line durante o mês de abril. Falando sobre o Brasil, a WMS convoca seus usuários e clientes a postar um vídeo tocando um trecho da sua música favorita, marcando @vaterbrasil, @kyserbrasil, @ augustinebrasil, @cleartonebrasil ou @taylorguitarsbrasil e a loja em que comprou nas redes sociais, sem importar a marca que a pessoa use. A Make Music, junto com a NAMM e a Anafima, está pedindo a todos os músicos e compositores para fazer um movimento musical on-line a fim de homenagear os profissionais da saúde que todos os dias assistem os infectados no Brasil e no mundo todo, com a hashtag #musicaparamedicos, no dia 21 de cada mês. É o jeito, amigos. Pelo menos até a metade do ano teremos de ser ainda mais criativos e apoiar o nosso mercado com ações desse tipo, aproveitar o tempo e o conhecimento para espalhar otimismo e energia positiva para todos os cantos do mundo! n Mais informações musicaemercado.org MusicaeMercado

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INOVAÇÃO: SILENT BASS SLB300

SILENT BASS SLB300 DA YAMAHA

Desde o lançamento do SLB100 em 2000, a Yamaha continuou desenvolvendo mais modelos Silent Bass para satisfazer as necessidades dos usuários. Este ano a novidade é o SLB300

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Silent Bass SLB300 é um novo tipo de baixo vertical elétrico que obtém som e ressonância naturais usando o sistema SRT Powered para simular som com qualidade de estúdio, no qual a ressonância do corpo de um contrabaixo foi gravada usando um microfone de alta qualidade, mantendo o tempo todo uma estrutura de corpo semissólido que enfatiza baixos níveis de som e portabilidade. Ele possui um quadro que pode ser desmontado e que oferece suporte e conforto ao tocar, sendo facilmente removido para transporte. Pesando apenas 7 kg, toda a unidade pode caber em um case compacto e ser transportada usando uma correia de ombro, ocupando apenas 25% do volume de um baixo acústico. A tecnologia de resposta de estúdio (SRT) adiciona ressonância corporal simulada ao som real do instrumento e sua ergonomia natural faz com que o músico não precise alterar sua técnica tradicional de baixo. Ele traz três microfones incorporados com controle Blend.

Três microfones O sistema SRT é usado para simular a resposta de três microfones de estúdio conhecidos e premiados. Os mics podem ser selecionados pelo seletor MIC Type e o som, ajustado pelos controles Blend e Bass/Treble para se adaptar a uma ampla variedade de gêneros musicais, conjuntos, locais de apresentação e muito mais.

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Microfone vintage que oferece um som suave e bem equilibrado. Simple

Microfone dinâmico que é frequentemente usado por seu som claro e bem definido. Warm

Com um caráter de microfone de tubo diferente do número 1, este microfone clássico é conhecido por uma faixa baixa mais enfatizada e uma calidez geral. O controle Blend ajusta a mixagem entre o sinal do microfone simulado e o sinal da captação do instrumento. Isso

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permite definir quanto do microfone selecionado você deseja no seu som. Os controles Bass e Treble EQ são otimizados especificamente para este instrumento, permitindo que a resposta tonal corresponda a uma ampla gama de situações de desempenho. Além disso, o SLB300 também usa cordas de contrabaixo padrão, para que o músico possa escolher as cordas que prefere; vem com um sistema de captação otimizado e pré-amplificador já instalado e pode ser conectado diretamente a uma variedade de equipamentos sem mais configurações ou ajustes. n Mais informações br.yamaha.com



PRODUTOS: ÁUDIO, INSTRUMENTOS MUSICAIS E ILUMINAÇÃO

Gruv Gear Veloc

Fender Jim Root Jazzmaster V4

A Jim Root Jazzmaster V4 é resultado da mais recente colaboração da Fender com o guitarrista do Slipknot, Kim Root, pensada no estilo de tocar do músico de rock. As novas características inspiradas nas preferências do lendário guitarrista incluem: captadores de EMG ativos com assinatura Jim Root, uma ponte de hardtail e um único botão de controle de volume com um switch de 3 posições. O braço branco com incrustações de blocos de pérolas brancas (pearloid block inlays) reflete no escuro, para que os músicos não precisem se preocupar com a posição das mãos no braço. Contato: (11) 2975-2711 - fender.com.br

Seymour Duncan Polaron

O núcleo do pedal Polaron Analog Phase Shifter é o seu conjunto de filtros analógicos ajustáveis de 2 a 16 estágios, que fornecem uma variedade de tons de fase, com sons rotativos, vocais e do tipo flange. Além dos controles Depth e Rate, os botões Tune e Resonance permitem ajustar ainda mais os efeitos de troca de fase. Também possui um processador digital totalmente separado para controlar as funções LFO e envelope follower para obter o máximo de flexibilidade, além da capacidade de salvar e armazenar presets. Contato: (11) 2614-8349 - novitamusic.com.br

DW PDP Concept Series

A PDP Concept Series Maple Drums expande sua opção de acabamentos com os novos Twisted Ivory, Satin Pewter, Satin Olive, Satin Seafoam e Satin Black, além de um novo acabamento em fibra de carbono com hardware de níquel preto. Além disso, o novo acabamento Honey Mahogany é adicionado às baterias Concept Series Exotic Drums. Por outro lado, as novas configurações são o Bop (8”x12”, 14”x14” floor, 14”x18” kick) para o baterista com um toque mais leve, o Rock (9”x13”, 16”x16” floor, 14”x24” kick) para um estilo de tocabilidade mais forte e o Fusion (8”x10”, 9”x12”, 14”x14” floor, 16”x20” kick) para o baterista mais eclético. Contato: (92) 3622-7151 - cborges.com.br

Gretsch Drums Brooklyn Standard Snare Drum

EMG RT “Riptide” Set

O RT ‘Riptide’ Set apresenta o clássico J Set da EMG em uma carcaça de aço inoxidável e cromo preto. As tampas de aço inoxidável permitem que os captadores mantenham o tom de Robert Trujillo e, ao mesmo tempo, dão um toque de metal. Os captadores são projetados para o espaçamento tradicional de baixos de jazz de 4 cordas, sendo adequados para instrumentos estreitos de 5 cordas. Eles vêm com fios sem solda da EMG para um volume padrão e configurações de tom de volume. Contato: (11) 3294-4494 - ammusicalinstrumentos.com.br

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O novo Veloc permite que os bateristas carreguem uma bateria de cinco peças, fazendo apenas uma viagem do veículo de transporte até o local da apresentação. Consiste em um carrinho de alumínio leve, com um trilho de montagem magnético, ao qual os estojos são presos e empilhados verticalmente, onde cada estojo pode ser aberto desde a frente para remover a peça diretamente do carrinho, sem precisar tirar tudo. Para se mover com facilidade, o carrinho tem quatro rodas e uma alça ergonômica. Os estojos são fabricados com tecidos resistentes e uma concha de ABS/policarbonato, disponível nos tamanhos mais comuns para snare, bumbos e toms. Eles vêm com opções para alças e correias, e também um case para pedais duplos, hardware e pratos, além da tecnologia Global Recovery Tag. Contato: (11) 2614-8349 - novitamusic.com.br

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O educador Mike Johnston e a Gretsch se uniram para criar este snare 6,5”x 14”. A carcaça é de bordo/álamo norte-americano de seis camadas com bordas duplas de suporte de 45 graus. O controle do tom lateral de massa fornece uma opção de silenciamento adicional, os cabos da caixa de cromo extralargo de 42 fios emitem um zumbido distinto e os aros 302 oferecem sons notáveis de cross sticking. O tambor (GAS5514-ST) tem acabamento Satin Black Metallic com interior Silver Sealer, acentuado com terminais de tubo Gretsch, cabeças de descarga Lightning e Gretsch Permatone da Remo USA. Contato: (18) 3941-2022 - sonotec.com.br

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Behringer UMC202HD

A UMC202HD é uma interface de áudio HD de Linha U-Phoria. Com ela é possível gravar seus sons em minutos com toda a conectividade necessária para seus microfones, guitarras, teclados e até mesmo dispositivos MIDI. O modelo possui dois pré-amplificadores Midas que incluem Phantom Power de 48 volts para microfones condensadores, todos passando por conversão 24-Bits/192 kHz. Contato: (51) 3034-8100 - proshows.com.br

Elation Fuze SFX

A Elation afirmou que o moving Fuze SFX traz um novo conceito de spot de LED para efeitos a ser usado em uma variedade de aplicações em que é necessário um aparelho multifuncional compacto. É uma combinação de aparelho de efeitos e spot capaz de projetar desde feixes estreitos a wash amplo, com um design óptico que fornece mais de 12.000 lúmens de saída desde um motor LED branco de 300 W. Possui filtro frost variável, sistema de mistura de cores CMY, disco de cores de sete posições, 18 gobos especialmente criados e zoom de 4,5° a 38°. Foi lançado na feira LDI no ano passado e agora está pronto para distribuição mundial. Contato: elationlighting.com

Audix Fones de ouvido Série A

A empresa tem várias novidades para este ano, entre elas os modelos de fones de ouvido A140, A145, A150 e A152, todos closed-back, com driver dinâmico e opções de cabos removíveis. Cada modelo tem um perfil de som diferente para diversos usos, desde gravação em estúdio e broadcasting até audição hi-fi e gaming. Também novo é o microfone de referência tipo um A127 com cápsula omnidirecional e filme de metal de 1/2”. Contato: (92) 3622-7151 - cborges.com.br

PR Lighting Aqua LED 1700 Framing

O aparelho possui um motor LED de 730 W (8.000 K), função de zoom motorizado, de 7° a 60°, e um disco de cores com seis filtros de cores mais open, um disco de gobo rotatório (com seis gobos intercambiáveis mais branco), um disco de gobo fixo (com sete gobos intercambiáveis, mais branco) e um sistema de framing completo com quatro facas rotativas. Outras características: prisma de quatro facetas; frost linear (0100%); disco de efeitos gráficos intercambiáveis; Foco e Dimmer 0-100% linearmente ajustável; íris linear (5-100%) com macros; estrobo de faca dupla/obturador (0,3-25 fps); pan 540°, tilt 270°, com correção automática de posição. Contato: (51) 3034-8100 - proshows.com.br

Avolites Q-Series Media Servers

Esses servidores de mídia foram projetados para atender às necessidades de processamento de pixels de uma ampla variedade de shows e projetos, juntamente com a versão Ai v12.1 com o software de integração Pioneer PRO DJ Link Bridge. Quatro modelos disponíveis: Q3 (solução original da empresa, com tecnologia Ai e Synergy, que oferece reprodução de mídia com fator de forma pequeno), Q3pro (servidor portátil apropriado para os shows mais exigentes, com várias saídas de 4k para projetos de alta resolução), Q4 (potência para detalhes altamente definidos, com entradas modulares flexíveis) e Qgen (na imagem, com uma poderosa GPU NVIDIA que oferece aproximadamente 30.000 Notch Marks e é ideal para conteúdo generativo ou efeitos em tempo real). Contato: (11) 2088-9919 - hpl.com.br

Verity Audio AC12.3P

É uma coluna ativa com um design de alto nível de SPL, construída com um amplificador digital multicanal e um módulo DSP para ajuste de som preciso e controle vertical da propagação sonora. É adequada para shows pequenos e médios e instalações fixas em interiores. Contato: verityaudio.fr

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Vic Firth Freestyle

Um dos lançamentos da empresa para este ano é a série de baquetas Freestyle, criada para dar mais do duplo de “sweet spot”. Os modelos disponíveis são: FS7A (comprimento: 17”, diâmetro: .540”, taper: long), FS85A (comprimento: 17”, diâmetro: .550”, taper: long), FS5A (comprimento: 17”, diâmetro: .565”, taper: long), FS55A (comprimento: 17”, diâmetro: .580”, taper: long), e FS5B (comprimento: 17”, diâmetro: .595”, taper: long). Contato: (11) 3797-0100 - izzo.com.br

Ovation U581T-SPM & MD80-NWT

Produzidas na oficina da Ovation Custom Shop, as novas guitarras têm tampo em fibra de carbono. Elas são: Adamas Spalted Maple Electric (U581T-SPM), com uma cabeça com fendas e um braço de escala curta que se prende ao corpo na 12ª casa de trastes. O diapasão é mais largo que o normal e possui tampo em grafite construído em fibra de carbono unidirecional complementado por detalhes em bordo e corpo Lyrachord de profundidade média cercado por uma ligação de bordo encaracolada; e Adamas 6-String Cutaway (MD80-NWT, na imagem), com eletrônica embutida e um corpo cutaway elegante. Possui um corpo composto que é colocado à mão, com uma boca minimalista em forma de lágrima, feita com nogueira preta americana. O corpo cutway fornece acesso a todos os 22 trastes. Contato: ovationguitars.com

Funktion-One F5 & SB8

A Funktion-One lançou dois modelos de alto-falantes compactos, a caixa F5 e a unidade de graves SB8, os menores na sua linha até o momento. O F5 possui um driver de alta sensibilidade de 5”, um filtro passa-alto integrado para proteção de baixa frequência, um design de caixa angular para uso em mesa e um suporte de microfone de 3/8”. O SB8 é uma unidade de graves igualmente compacta, com driver de graves de 8” de alta sensibilidade e não requer equalizador ou driver, apenas filtros de crossover. Uma versão auto-amplificada estará disponível em breve. Contato: (11) 3361-7717 - lodsystems.com.br

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Ashly Audio AW & IS

Novas séries AW de caixas para parede e IS de caixas de coluna de dupla impedância. Projetada para aproveitar ao máximo as tecnologias Protēa e AquaControl DSP, a Série AW, com um crossover DOC, reduz a deriva fora do eixo nos níveis de pressão sonora. Além disso, as caixas AW têm classificação IP. Por sua vez, as caixas de coluna IS fornecem flexibilidade aos integradores, operando em 8 ou 32 ohms, tornando-as eficazes para aplicações simples ou permitindo que quantidades maiores sejam usadas em instalações distribuídas — até 32 alto-falantes de coluna IS podem ser executados com apenas um Ashly Pema ou amplificador AC. Contato: (61) 3051-5800 - rhox.com.br

Behringer BDJ 1000

O BDJ 1000 é um fone de ouvido profissional com fio da Behringer, indicado para DJs e produtores e, segundo a empresa, foi projetado para fornecer uma ampla resposta de frequência com uma alta faixa dinâmica, tornando-os não apenas ótimos para apresentações ao vivo, mas também para remixes em estúdio. Os alto-falantes do fone são do tipo fechados circumaural (que circunda a orelha) e utilizam drivers dinâmicos de 57 mm, que fornecem uma resposta de frequência de 10 Hz a 30 kHz. Contato: (51) 3034-8100 - proshows.com.br

Behringer C2

Os microfones C-2 são construídos para capturar a performance de um coro, piano ou qualquer outra fonte de som vocal e acústico. Vendidos em pares combinados, os microfones C-2 são indicados para guitarras acústicas, baterias e outras aplicações ao vivo. Contato: (51) 3034-8100 proshows.com.br

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Mancini Cabos Cabo comando extraflexível

Ou cabo PP, como o mercado chama esses cabos, a Mancini tem nas configurações de duas, três, quatro, seis ou oito vias. Todos eles súperflexíveis. Utilizados para ligar as caixas de som, esses cabos suportam até 500 V. É um cabo realmente para som. Também tem cabo branco na configuração de duas vias, muito utilizado nas igrejas para ligar as caixas brancas por questão de estética. Contato: (11) 2070-2300 - mancinicabos.com.br

Adam Audio T8V

O TV8 se une à linha TSeries de monitores de estúdio profissionais, com um woofer de 8” e uma extensão de graves mais baixos, tornando-o uma opção para project e home studios, clientes que trabalham com gêneros musicais de graves pesados como hip hop, dance, ambient, dub e EDM, e aqueles que trabalham com gêneros não eletrônicos como funk, metal, blues e pop. Sua resposta de frequência chega a 33 Hz, tem a capacidade de projetar 118 dB de SPL por par e possui um tweeted U-ART (Unique Accelerated Ribbon Tweeter), amplificadores de classe D para tweeter e woofer, fornecendo 20 W e 70 W, respectivamente. Contato: (11) 99945-8466 - musiccompany.com.br

Izzo Batucolor

Nova linha da Izzo, atualmente disponível nas cores rosa e verde. A nova linha oferece diferentes modelos de zabumba, timbal, surdo, repinique, rebolo, malacacheta, caixa repique e bumbo fuzileiro. O timbal, por exemplo, é de 14” x 90cm, com pele leitosa P3 de 250 microns, 8 afinadores, corpo cônico em alumínio e ferragens cromadas. O surdo de 20” x 60 cm é feito em alumínio, com pele leitosa P2 de 190 microns, 10 afinadores em tirante e ferragens cromadas. O nome da linha foi escolhida junto com o público através de uma campanha realizada pelo Instagram. Contato: (11) 3797-0100 - izzo.com.br

Powertec HA Series

A Stagetec lança seus novos amplificadores Powertec HA Séries, com circuito Classe H de última geração, painel em alumínio anodizado, alça ergonômica, display digital, informações em tempo real, circuito inteligente UP Power, transformador toroidal. Todos os componentes são originais, selecionados com controle de qualidade, incluindo transistores Toshiba By Japan, circuito hi-stop, proteção contra curto-circuito em pleno funcionamento. Conta com dois filtros passa-baixo, ligação de áudio: Stereo – Paralelo – Bridge, três tipos de sensibilidade, dois tipos de conexão Neutrik Nl4 e Borne, cabo de energia robusto e flexível e um ano de garantia. Contato: (31) 98746-3536 / 97598-8385 - stagetec.com.br


5 PERGUNTAS

CORONAVÍRUS: COMO OS PEQUENOS NEGÓCIOS PODEM ENFRENTAR ESSA CRISE

Segundo especialista do Sebrae, o ponto principal é aumentar as vendas e reduzir os custos nas PMEs

N

ão é novidade que a pandemia do coronavírus trouxe problemas econômicos em todos os setores comerciais, em todo o mundo. Empresas de todos os tamanhos estão sofrendo as consequências, e o que podemos falar do nosso setor de áudio, iluminação e instrumentos musicais? Está sendo fortemente atingido com o cancelamento de eventos, shows e a queda do volume de vendas, principalmente neste momento, em que lojas e empresas tiveram que fechar. De acordo com o gerente de Relacionamento com o Cliente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Enio Pinto, a crise pode ser uma oportunidade para o empreendedor criar soluções inovadoras, que contribuam para o desenvolvimento e a profissionalização do negócio. “No passado, as grandes empresas engoliam as pequenas. Hoje vemos que são as empresas mais ágeis que superam as mais lentas. E, nesse sentido, o pequeno negócio tem mais agilidade e pode dar respostas mais rápidas no contexto de crise”, comentou Enio. Segundo o especialista, a crise é causada fundamentalmente por um problema de caixa. À medida que a população se vê forçada a circular menos e evita sair de casa, o consumo de produtos e serviços tende a ter uma queda significativa. “Se o problema é de caixa, precisamos buscar o equilíbrio. Isso passa por tentar reforçar as receitas, por um lado, e reduzir os cus84 www.musicaemercado.org

tos, de outro”, disse. Com problemas no transporte e nos Correios, será que o serviço de delivery pode ser usado pelas nossas lojas, cobrindo apenas os bairros mais próximos? Confira. Qual seria sua primeira dica para não ficarmos parados?

Enio Pinto (Sebrae)

O uso de mídias sociais. No momento em que o cliente se retraiu e está praticamente recluso em casa, os donos de pequenos negócios precisam usar ferramentas digitais para chegar até o público. Uma solução rápida e de baixo custo é investir na criação de perfis da empresa nas principais mídias sociais, como Instagram e Facebook.

segmento de alimentação, a adesão dos bares e restaurantes a esses aplicativos tornou-se praticamente uma necessidade neste momento de crise provocada pelo coronavírus. Se você ainda tinha alguma resistência a esse modelo, esta é a hora de repensar sua estratégia.

Falando sobre vida digital, as plataformas de vendas on-line seriam também um bom recurso, certo?

Certíssimo. Se a sua empresa ainda não conta com ferramentas de venda on-line, este é o momento de tomar essa atitude. Avalie qual das diferentes plataformas disponíveis no mercado mais se adequa às suas necessidades. Os aplicativos de delivery poderiam ser aplicados também no nosso setor?

Talvez. Pensemos nos prestadores de serviço e negócios de alimentação fora do lar que começam a sofrer com a ausência de clientes. Nesse caso, é melhor o empresário se adequar para pagar as taxas cobradas pelos aplicativos de delivery do que não vender nada. No

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Qual seria o próximo passo?

Avaliar seus custos. É fundamental que o empreendedor conheça profundamente os custos da sua empresa e seja capaz de avaliar quais são os imprescindíveis para manter o negócio operando. Em um contexto de queda do faturamento, ele precisa priorizar aqueles que são realmente fundamentais e cortar ou reduzir os demais. E o relacionamento com os fornecedores?

Tem de negociar com eles. Com a queda do faturamento, você vai precisar negociar com seus fornecedores um prazo melhor para cumprir seus compromissos. Essa negociação pode trazer o fôlego necessário para manter em dia aqueles gastos e despesas que não podem ser adiados. n



CONTATOS

AS EMPRESAS LISTADAS ABAIXO SÃO OS ANUNCIANTES DESTA EDIÇÃO. USE ESTES CONTATOS PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE COMPRAS E PRODUTOS. MENCIONE MÚSICA & MERCADO COMO REFERÊNCIA.

Instrumentos

Arwel........................................................11 3326-3809 arwel.com.br • 69 Benson.............................................51 3034-8100 proshows.com.br • 27 Crafter ......................................................... 11 3797-1000 izzo.com.br • 9 Hal Leonard ................................................halleonard.com/latam • 85 Harmonics ..................................43 3377-6600 harmonics.com.br • 23 Strinberg ...................................... 18 3941-2022 sonotec.com.br • 15,33 Studiologic ...................................92 3622-7151 cborges.com.br • 11,17 Takamine ..............................................18 3941-2022 sonotec.com.br • 5 Taylor .......................................................... 11 2832-7800 wms-br.com • 7 Timbra........................................................ 11 3797-1000 izzo.com.br • 65

Amplificadores / Áudio Profissional

B&C Speakers ..............................51 3103-1539 bcspeakers.com • 83 Behringer.......................................51 3034-8100 proshows.com.br • 88 Eminence .................................... 47 3342-4886 (Bless Technology) • 10 Frahm .................................................. 47 3531-8800 frahm.com.br • 2,61

Harmonics ....................................43 3377-6600 harmonics.com.br • 3 JTS ................................................... 11 3624-9148 turbomusic.com.br • 12 Power Click ................................ 21 2722 7908 powerclick.com.br • 35 Shure ........................................................ 11 3215 0186 br.shure.com • 87 Verity Audio .............................. +86-757-8512-9008 verityaudio.fr • 21

Acessórios Cleartone ............................................... 11 2832-7800 wms-br.com • 73 Elixir .............................................................. 11 3797-1000 izzo.com.br • 4 Mancini Cabos ................11 2070-2300 mancinicabos.com.br • 25,31 SG .................................................................. 11 3797-1000 izzo.com.br • 79 Stagetec .......................................... 31 98746-3536 / 31 97598-8385 • 13 Vic Firth .................................................... 11 3797-1000 izzo.com.br • 37

Outros Big Box Media ........................................................... bigboxmedia.it • 6 Vip Soft ................................................... 11 3393-7100 vipsoft.com.br • 8

BR A SIL • E SPA NH A • A MÉRIC A L AT IN A w w w. mu sic aem erc a do.or g




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