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MATÉRIAS
EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO
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As importadoras passaram por um período complicado no primeiro semestre do ano.A grande vilã da história foi a paralisação dos fiscais da Receita Federal. Durante dois meses, de 2 de maio a 6 de julho, toda e qualquer mercadoria vinda do exterior ficou literalmente parada na alfândega brasileira. A greve, motivada por reivindicações de aumentos salariais pelos servidores federais, causou muitos transtornos para as importadoras e seus clientes.Afinal,há pouco tempo hábil entre a chegada da maior parte das importações no País e a sua entrega para o cliente.Com a paralisação,o prazo de liberação e entrega dos itens importados ficou comprometido. Para a AMI, de certo modo, foi um balde de água fria, pois a empresa já pretendia trazer duas marcas européias para o Brasil.Com a greve,os planos foram adiados.“Isso nos afetou muito, pois passamos dois meses sem importar nada,com cinco cargas paradas”, ressalta o diretor de marketing Diego Brito.
Passados os apuros,a meta da importadora agora é apresentar, ou melhor, retomar as ações junto à Premier, marca inglesa de instrumentos de percussão trazida para o Brasil em junho deste ano.“É uma aposta alta e consistente, porque se trata de uma das empresas mais antigas do mundo no segmento, de qualidade reconhecida”, observa Brito.
A Premier já teve seu auge no País e diversas tentativas sem sucesso de recolocação.A tarefa é delicada e pesa na confiança do lojista. Segundo o diretor de marketing,a AMI não vai cometer novamente estes mesmos pecados.“Vamos trazer os produtos completos, com todas as peças e acessórios, em todas as linhas, do jazz ao rock”, diz.Como é uma marca muito conhecida, Brito acredita que haverá uma melhor aceitação dos produtos pelos lojistas. Mesmo assim, a AMI vai manter a política Após greve da Receita Federal, AMI recupera fôlego e apresenta duas novas marcas européias
DIEGO BRITO e PREMIER: meta de restabelecer a confiança da marca no País
QUEM A AMI DISTRIBUI (E OS DESAFIOS QUE ENFRENTA)
ALTO fabricante italiana de periféricos, PA, equalizadores e mesas de som.
DEAN a tradicional fábrica de guitarras, que chegou a fechar nos anos 1990 e reabriu com outro dono em 2000, voltou a ser distribuída no Brasil há um ano pela AMI. Segundo o diretor de marketing, a importadora aposta na tradição desta marca, e vai focar nas guitarras para os estilos metal e country.
AUDIO ACOUSTICS da Dinamarca, fabrica equipamentos de som e vídeo para estúdios de alto nível.
BOSE outra forte empresa dos Estados Unidos, do segmento de áudio. “Fabrica um produto caro, mas acima da média de qualidade”, observa Brito. Um dos trunfos da Bose é oferecer cinco anos de garantia. O mercado de igrejas tem sido muito receptivo aos produtos da marca, especialmente as caixas sem dispersão vertical, que evitam a perda de decibéis e, segundo Brito, utilizam-se menos caixas para um mesmo ambiente.
AUDIOTECHNICA empresa japonesa especializada em microfones, a número 2 do mundo. “Estamos trabalhando no desenvolvimento dessa marca no Brasil”, comenta Diego Brito.
ROTOSOUND empresa inglesa de cordas para instrumentos musicais, concorrente direta da D'Addario. É forte especialmente no segmento de cordas para baixo. “No caso das guitarras, é um mercado mais difícil, com muitos endorsees, e a empresa não adota esta política. Por isso, nossa aposta é no fato de a Rotosound ser a corda utilizada por Jimi Hendrix”, observa o diretor de marketing. Ele diz ainda que devem ser realizadas promoções nas lojas do tipo ‘compre 2 e ganhe 1’ para viabilizar um maior acesso do consumidor à marca.
de realização de workshops e testes com o consumidor para que se possa comprovar a qualidade do produto na prática.
MARCA-SURPRESA
A AMI promete trazer mais uma marca européia,do setor de áudio,logo após a Expomusic, em que esteve presente com um estande interativo de 209 m 2 .Mas ainda faz suspense sobre qual seria a empresa e quais itens especificamente vai distribuir no País. “Só podemos revelar que será trazida ainda em setembro e que são produtos de primeira linha”,sugere Brito.A importadora manterá o perfil de marcas do segmento premium, como já vem fazendo com Alto, Audiotechnica,Dean,Bose,Audio Acoustics e Rotosound (veja box).“Nossa filosofia é desenvolver todas estas marcas no Brasil”, afirma Diego Brito. E a concorrência, como fica? “Lidamos com produtos de alto valor agregado, e os importados mais baratos não são concorrentes diretos. Logo, não interferem diretamente no nosso negócio”, aposta. ■