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Resumo

MARKETING MIX CÉLIO RAMOS PÁG. 28

Em sua coluna, Célio Ramos enfoca a importância do profissional de marketing para uma empresa e quais são seus atributos. O marketing relacionado às atividades comerciais e produtivas se traduz na criação de uma estratégia para vender. Com

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CAPAQUAL O MERCADO CERTO? PÁG. 42

esse pensamento, o profissional de marketing deve buscar soluções para vender década, e continuará a ser. Novos traços de

CAPA

Ao perguntar a um empresário do nosso segmento sobre o que faltava para aumentar as vendas,a resposta veio sonora e provida com um sorriso no canto da boca: mais clientes!

É verdade que o que falta não é dinheiro em praça e sim direcioná-lo ao mercado. E é isso que as grandes indústrias fazem. O celular, o novo computador, a internet rápida que dará acesso a um mundo inteiro dentro do seu quarto,a merecida viagem de descanso totalmente parcelada pela CVC Turismo, as TVs de plasma – que fazem os filmes saírem da parede – sendo vendidas pelas Casas Bahia, entre tantas outras ‘prioridades’que enchem os olhos e as emoções de quem compra.Instrumentos musicais e estúdios caseiros que nada! O negócio é tudo menos música. Será? Este artigo busca refletir um pouco sobre o real tamanho do mercado, com quem o disputamos e o que vendemos de fato, entre outros tópicos. O MERCADO CERTO

O consumo jovem tem sido o motivo de centenas de pesquisas mundo afora na última década, e continuará a ser. Tente imaginar o tamanho do mercado machista antes da década de 1940.Agora,pense no consumo feminino após este período. É verdade que muitas empresas ergueram seus braços aos céus quando um grupo de feministas raivosas rasgou seus sutiãs nos Estados Unidos e procla

POR DANIEL NEVES Este é o tamanho do mercado jovem que o segmento musical disputa. Que tal prestar atenção nesta cifra? R$ 100 BILHÕES MESMOS CLIENTES, MAIS VENDAS

Vender bem significa agradar ao cliente e à empresa. Selecionamos três passos para aumentar o faturamento da loja

1) QUANTOS CLIENTES POR MÊS Muitos lojistas não têm nem idéia de qual é o tráfego de clientes em sua loja. A conta não necessita ser feita todo mês. Uma vez por ano basta. 2) SEJA CURIOSO Nada melhor que ter informações e saber como usá-las. Quantos clientes entraram, quantos compraram? Qual é o valor médio de venda? 3) PENSE EM LUCRO Não é preciso ser inteligente para vender barato, mas para vender e ter lucro sim. Margem certa, produtos certos, na região certa. POR ANO

mais, para melhorar a imagem institucional da empresa e, por isso, vai além do conhecimento acadêmico que se busca nas escolas. Espera-se que ele seja, além de ousado e criativo, prático e proponha soluções para desenvolver, incrementar as vendas da empresa, além de cuidar da comunicação interna, aparar arestas, criar atividades e eventos para motivar funcionários.

LOJISTA GRAVES & AGUDOS PÁG. 30

Na entrevista desta edição, conheça os objetivos e metas de crescimento do lojista Flávio P. Marcelino, diretor comercial da loja Graves & Agudos, de Joinville. Ele já

arregaçou as mangas e está investindo em itens primordiais para quem quer se destacar nesta corrida pela preferência do cliente, no disputadíssimo mercado catarinense: atendimento eficiente, um bom mix de produtos, horários flexíveis e diversidade de segmentação. “Isso nos permite um volume maior de vendas e,

LOJISTA

POR REGINA VALENTE

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REFORMA GERAL

Consciente ,Flávio P.Marcelino,diretor comercial da loja Graves & Agudos, de Joinville, arregaçou as mangas e está investindo em itens primordiais para quem quer se destacar nessa corrida pela preferência do cliente:atendimento eficiente,um bom mix de produtos,horários flexíveis e diversidade de segmentação.“Isso nos permite um volume maior de vendas e, automaticamente, um poder de compra maior do que as pequenas lojas que estão distribuídas pelo Estado”, avalia Marcelino. Outra novidade é um centro de distribuição que concentrará o estoque da loja e alimentará as filiais de Joinville e Blumenau, além das vendas pela Internet e televendas.Veja mais na entrevista do diretor comercial à Música & Mercado.

Música & Mercado Como se comporta o consumidor de SC de modo geral?

FLÁVIO P.MARCELINO O consumidor catarinense tem se mostrado um pouco mais exigente do que os de outras regiões, principalmente na logística reversa (quando o produto precisa retornar à loja em caso de troca, por exemplo),tendo em vista que é bem orientado nas questões legais e jurídicas, na exigência de qualidade e atendimento,na pré e na pós-venda.Antes de comprar ele quer saber quem, onde e quanto tempo vai demorar em caso de assistência técnica,à custa de quem.É normal perguntar de que madeira é feita a voluta do violino,entre outras coisas.Por isso,estamos falando de um cliente diferenciado, o que é altamente benéfico para o mercado, pois, para uma empresa se consolidar, deverá ser ética,comprometida e competente.

Olojista de Santa Catarina bem informado sabe que o Estado tem uma característica peculiar:possui quase três vezes mais lojas do que outros Estados brasileiros com a mesma população (segundo dados de 2005 do IBGE, SC tem 5.866.568 habitantes). Esta condição tem duas conseqüências imediatas.Se por um lado ocorre, naturalmente,uma divisão maior do market share, por outro permite que as lojas com algum diferencial atraiam um número também maior de consumidores e garantam sua fidelização.

Em alguns momentos,não tão ética,nem tão comprometida e tampouco competente,principalmente por não se preocupar com as necessidades dos seus consumidores.Algumas ainda insistem em ‘importabandear’produtos FOTOS DIVULGAÇÃO

FICHA TÉCNICA Proprietária: FAMÍLIA MARCELINO Localização: JOINVILLE / BLUMENAU LOJAS GRAVES & AGUDOS JOINVILLE MATRIZ – Shopping Cidade das Flores – 450 M 2 de área MUSICAL JOINVILLE – filial de Joinville – 150 M 2 de área GRAVES & AGUDOS – filial de Blumenau – 150 M 2 de área ÉTICA EMPREENDIMENTOS (Centro de Distribuição, vendas pela Internet e televendas) – em construção – 400 M 2 Número de funcionários: 25 (entre diretores e colaboradores) Ano de fundação: 1995 Website: WWW.GRAVESEAGUDOS.COM OUTROS NEGÓCIOS MARECHAL AUTO CENTER (Spa do Carro) – em construção com 900 M 2 FLÁVIO P. MARCELINO, diretor comercial da Graves & Agudos: ousadia e investimento para as lojas

Do relacionamento com os fornecedores à construção de um centro de distribuição, a Graves & Agudos promove mudanças para crescer no mercado catarinense FONTE EMPRESA

> Como o sr. avalia a concorrência na região?

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DESEMPENHO DAS VENDAS POR SEGMENTO

O consumo jovem tem sido o motivo de centenas de pesquisas mundo afora na última Confira aqui os resumos contendo o tema essencial de cada matéria, apresentados conforme a seqüência das páginas. RESUMO

do Paraguai,mas mesmo com essa vantagem financeira em relação ao custo da mercadoria, na sua grande maioria passa por dificuldades enormes. O que parece ser vantagem num primeiro momento se provará como altamente prejudicial à sua imagem perante o mercado consumidor e fornecedor.

> Como é a divisão do mix de produtos da loja em todas as unidades?

Nosso mix é totalmente diversificado.Atendemos desde bandinhas rítmicas a sistemas line-array.Justamente por termos mais de uma loja,podemos priorizar para a filial do shopping produtos que chamamos de classificação de qualidade A e B,para atender um público mais elitizado. Para a nossa loja de rua, produtos de classificação de qualidade B e C. Já em nossa filial de Blumenau há um mix de tudo, A,B e C.

> Qual é a sua análise sobre o desempenho da loja de 2005 para cá?

O ano de 2005 foi o melhor de nossa história até o momento, principalmente porque ampliamos nossa matriz para uma área de 450 m 2 dentro de um dos principais shopping centers da cidade, nos tornamos referência em nosso Estado.Após o primeiro trimestre de 2006,o mercado tem se mostrado disposto a consumir, especialmente por conta do dólar em baixa.Nossa estimativa é superar o crescimento de 2005 em 7%, o que, para nós, será um resultado fabuloso.Analisando o cenário dos ambientes externo e interno, temos ótimas perspectivas para este ano e, para 2007, estamos realizando uma reengenharia em nossa loja de Blumenau,com a mudança de ponto comercial,instalações,investimentos no mix de produtos,marketing,treinamento e equipe. O objetivo é nos tornar uma das melhores lojas da cidade.Também pretendemos investir no mercado virtual com a concretização do Centro de Distribuição, agregando vendas e valores para a nossa marca. área – e nos trará maior agilidade e controle de nossos estoques.Tudo sairá do CD – vendas pela Internet e televendas – e as filiais serão ‘alimentadas’diariamente.Cada uma terá um estoque regulador,mas suficiente para o histórico de venda diária.O sistema ERP permitirá a gestão de estoque on-line com todos os setores da empresa integrados – administrativo, financeiro,compras,etc.Vamos selecionar mais sete colaboradores,que trabalharão no próprio CD:dois para a expedição,um para a gerência e quatro para televendas.

> Quais outras metas o sr. projeta para a loja?

Estamos trabalhando com uma estratégia diferente este ano. Em vez de investir por área, analisamos os fluxos de produtos por fornecedores.Assim, podemos minimizar a quantidade de fornecedores e maximizar as com

METAS DA GRAVES & AGUDOS

✓ Implantar o sistema de

e-commerce até julho de 2007 ✓ Inaugurar o Centro de

Distribuição para gerenciar o estoque de todas as lojas

✓ Promover o constante

treinamento dos funcionários (áreas de produto e técnicas de vendas)

✓ Intensificar parcerias com

os atuais fornecedores Matriz da Graves & Agudos: mix focado nos clientes de classes A e B Áudio, iluminação e acessórios Cordas, amplificadores e acessórios Seminovos Teclados, literatura e acessórios Percussão, baterias e acessórios Sopro, orquestra e acessórios Demais itens 9% 10% 15% 17% 9% 19% 21%

> Como vai ser este Centro de Distribuição?

O CD vai abrigar todo o estoque das lojas. Está em fase de construção – terá 400 m 2 de

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automaticamente, um poder de compra maior do que estas pequenas lojas que estão distribuídas pelo Estado”, avalia Marcelino. Outra novidade é um centro de distribuição que centralizará o estoque da loja e alimentará as filiais de Joinville e Blumenau, além das vendas pela Internet e televendas. consumo, pensamentos e necessidades vieram à tona. Assim como ocorreu com as mulheres com o rompante feminista, hoje é a vez do jovem. O setor de instrumentos musicais precisa investir no jovem promovendo o consumo no presente e pensando no futuro. Segundo uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), a renda per capitamensal dos 28,3 milhões de brasileiros entre 14 e 24 anos atinge R$ 317. Como conseguir isso: investindo em uma publicidade direcionada a eles, trabalhando também a influência dos pais e amigos e o atendimento personalizado.

VIDA DE LOJISTA MUSICAL NOVO TEMPO PÁG. 38

Em depoimento, Marcos da Silva Amaral, proprietário da Musical Novo Tempo, de Brasília, conta sobre seu projeto de tornar a loja um complexo musical, com opções desde instrumentos até orientação na montagem de estúdios. “Trabalho na área musical desde os 14 anos, quando comecei a aprender a tocar teclado. Meu envolvimento foi tal que logo passei a me interessar pela área musical, bem como pela área dos bastidores. Comecei como balconista, passei a gerente comercial e em 2004 me tornei proprietário da empresa. As metas dos próximos anos são colocar em funcionamento a empresa de cases e ampliar as instalações da loja. Quero vender marcas que são o sonho dos consumidores, as que atendam às exigências de locadores, estúdios, igrejas, profissionais que conhecem e precisam de equipamentos top de linha e todo o conjunto de produtos que solucionem suas necessidades.”

PDV CHRISTIAN BERNARD PÁG. 52

Dando seqüência ao assunto, nosso colunista mostra como a pesquisa de perfil do consumidor ajuda a conhecer melhor seus clientes, como e o que vender para eles. A pesquisa indica quem são os clientes da sua loja, estilos de vida, classe econômica, faixa etária (e motivações de compra) e qual a melhor maneira de atingi-los com suas ofertas, se com ações de grande dispersão ou de relacionamento direto.

CRÔNICA LUIZ TADEU CORREIA PÁG. 54

O colunista coloca em pauta o tema Marketing Viral, mais conhecido como ‘boca a boca’. O marketing viral se apóia na necessidade que temos de compartilhar informações. Com a esperança de estar explorando uma ferramenta barata, muitas empresas já pensam em deturpar essa estratégia. Acreditam que, ao fabricar blogs e espalhar e-mails falsos, irão minar a inteligência do consumidor. Não é assim que funciona. A informação deve ser pertinente para que tenha credibilidade e possa exercer influência nos seus receptores.

IMPORTADORA EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO PÁG. 56

Passados os apuros após os dois meses de greve da Receita Federal, que deixou cinco cargas da empresa paradas, a AMI se volta novamente para as ações junto à Premier, marca inglesa de instrumentos de percussão trazida para o Brasil em junho deste ano. “Vamos trazer os produtos completos, com todas as peças e acessórios, em todas as linhas, do jazz ao rock”, diz Diego Brito, diretor de marketing. Por ser uma marca mais conhecida, Brito acredita que haverá uma melhor aceitação dos produtos pelos lojistas. Mesmo assim, a AMI vai manter a política de realização de workshops e testes com o consumidor para que se possa comprovar a qualidade do produto na prática, de acordo com o diretor de marketing. A importadora promete ainda trazer outra marca européia, do setor de áudio, logo após a Expomusic.

IMPORTADORA ROYAL MUSIC TRAZ PAISTE PÁG. 60

A Royal Music anunciou recentemente que vai distribuir a Paiste no Brasil. A importadora já criou suas ações para promover a famosa marca suíça de pratos para bateria. O primeiro passo, segundo o diretor da Royal, René Moura, é comunicar ao mercado que são os novos distribuidores da Paiste. As ações incluem exibir a marca na Expomusic, nas revistas de bateria e no site da Royal. "Além disso, mandamos e-mail para nossos revendedores com a notícia", completa René Moura.

PELES REMANDO CONTRA A MARÉ PÁG. 62

Mesmo com a forte concorrência dos produtos chineses, a Luen vem mantendo um bom patamar de crescimento. A empresa promoveu uma readaptação do seu mix de produtos e o posicionamento da marca, após alguns problemas na colagem de timbas. Após um intenso trabalho com os lojistas, a empresa tem retomado a imagem de 35 anos de experiência de mercado. Outra mudança foi a troca das peles leitosas planas por leitosas formatadas, em uma linha de instrumentos. O departamento de endorsement também vem recebendo atenção especial.

BAQUETAS A FORÇA DA VICFIRTH PÁG. 66

Em entrevista à Música & Mercado, o diretor de marketing da Vic Firth, Mark Dyke, aponta como diferenciais da marca o design arrojado e inovador dos produtos, a garantia de qualidade de fabricação, além do equilíbrio entre o peso e o tamanho da baqueta. Vale destacar o trabalho da empresa no apoio à música na educação. Outro ponto importante é o sistema de endorsement da empresa: artistas top trabalham em conjunto com a Vic Firth para desenvolver baquetas com um design personalizado.

GAITA PRONTA PARA ENFRENTAR OS GRANDES PÁG. 66

A nova fábrica de gaitas Bends entra oficialmente no mercado a partir da

Expomusic e já tem uma sede de 2.500 m 2 , em Ribeirão Pires, região metropolitana

de São Paulo. Será a primeira concorrente de peso nacional para a Hering e a Hohner. A empresa é comandada pelo gaitista Melk Rocha e pela administradora de empresas Renata Rigout e terá um marketing bem direcionado para lojistas e distribuidores.

SOLID SOUND APOSTA ALTA PÁG. 68

NOVOS NEGÓCIOS

POR REGINA VALENTE

Há seis anos, a Solid Sound vem desenvolvendo um sistema para moldagem do EVA (acetato de vinil metila), material semelhante à borracha. Foi assim que a empresa criou o SemiCase,híbrido entre capa e estojo,que teve grande aceitação no mercado. Se por um lado a boa receptividade sinalizou a possibilidade de bons negócios,por outro trouxe um problema:com o aumento da produção,houve um acúmulo muito maior de sobras do material.“Como o EVA não é reciclável, isso se tornou um problema físico e ambiental. Chegamos a acumular 5 toneladas, mexendo cada vez mais com a nossa consciência”, explica Paulo Pecinski, diretor da Solid Sound.Mesmo depois de buscar alternativas,como a fabricação de uma linha de estojos moldados para máquinas fotográficas com as aparas maiores, até doações para instituições de caridade, as sobras ainda superavam a demanda.

Foi quando surgiu uma outra idéia.“Começamos a moer e vender o EVA para construtoras, que adicionavam o material ao concreto, substituindo a pedra brita.Descobrimos assim a possibilidade da fabricação do bloco acústico e de atuarmos no próprio mercado em que já estávamos”,conta Pecinski.O problema maior foi encontrar uma forma de mensurar as capacidades técnicas de absorção e isolamento térmico e acústico do EVA.A resposta para a dúvida veio após uma série de pesquisas junto ao

APOSTA ALTA METAS E AÇÕES Como todo novo negócio, o principal desafio da Solid Sound é fechar o ciclo que começa no produto final, passa pela produção, preço, ponto-de-venda, até chegar ao cliente. “O segredo está em adequar cada uma das etapas”, observa Paulo Pecinski. O PROCESSO DE PRODUÇÃO O bloco é feito com sobras de EVA (aparas) da fabricação do SemiCase. O EVA é moído e misturado com cimento, areia e um produto agregador. Depois, o resultado dessa mistura é colocado em fôrmas para a produção dos diferentes tamanhos e segue para secagem em estufa.

Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo.“Certificamos o produto e descobrimos a boa Criatividade da Solid Sound transformou sobras em produto elitizado

PAULO PECINSKI: novo segmento na empresa

performance no quesito isolamento acústico,alcançando a média de 37db”. CONQUISTAR O LOJISTA

De fato,os blocos acústicos foram uma solução prática para um problema físico da Solid Sound. Mas como comunicar esse produto para os lojistas do mercado de instrumentos musicais? “Divulgamos o novo produto na última Expomusic. A partir daí, iniciamos as vendas para pedidos grandes e pequenos,mas o frete praticamente inviabiliza pequenos pedidos. O ideal é trabalhar com distribuidores e assim atender todo o mercado. Por ser um produto muito específico, acreditamos que a melhor divulgação seja em revistas especializadas, informando os técnicos da área”, comenta o diretor.

R$ 2,5 MILHÕESR$ 60 MIL R$ 2,5 MILHÕES Foi o faturamento da empresa em 2005. Além dos cases para instrumentos, a Solid Sound fabrica linhas para o mercado esportivo (Solid Sport), fotográfico (Solid Photo) e bolsas utilitárias (mochilas, laptops) R$ 60 MIL Valor investido pela empresa para a produção do bloco: instalações, pesquisas, testes e mão-de-obra NÚMEROS DA SOLID SOUND

Há seis anos, a Solid Sound vem desenvolvendo um sistema para moldagem do EVA (acetato de vinil metila), material semelhante à borracha, que possibilitou a fabricação do SemiCase. Mas, com o aumento da produção, houve um acúmulo muito maior de sobras do material. A solução foi aproveitar essas aparas e vender o EVA para construtoras, que adicionavam o material ao concreto, substituindo a pedra brita. Foi assim que surgiu o bloco acústico, novidade da marca, que buscou

14 14 Oficinas externas trabalham em parceria com a Solid Sound

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A empresa sabe que esse produto precisa de um trabalho diferenciado,e tem investido nisso.A Expomusic é,sem dúvida,a grande vitrine para atrair clientes e fechar novos negócios.“Efetuamos vendas para construção de estúdios e cabines acústicas, e estamos em busca de novos parceiros e distribuidores”,conclui Paulo. ■

2001 2001 Foi o ano em que começou a terceirização de alguns departamentos, como o de assistência técnica

aprovação do produto junto ao IPT de São Paulo. "Certificamos o produto e descobrimos a boa performance no quesito isolamento acústico, alcançando a média de 37db", diz Paulo Pecinski, diretor da empresa.

PSICOLOGIA GERENCIAL LUIZ EDUARDO VILAÇA PÁG. 70

Cada vez mais, as empresas buscam efetuar a chamada venda sustentável, que engloba não só o atendimento eficaz na hora da venda, mas sim um processo que abrange todas as fases desse atendimento: a pré-venda, a venda, e principalmente o pós-venda (entrega, suporte, assistência técnica, cobrança, etc.). Se toda essa engrenagem funcionar perfeitamente o cliente vai ficar encantado, porque a empresa o surpreende em todas as fases do atendimento.

ESTRATÉGIA PARA VENDER MAIS NA AMÉRICA LATINA PÁG. 72

Uma solução estratégica para divulgar o nome do mercado brasileiro nos países latinos foi contratar representantes comerciais para fazerem o papel de porta-voz do setor lá fora. Há quatro anos João Carlos Wurth foi o primeiro representante a desempenhar essa função e atesta a receptividade positiva dos produtos brasileiros no mercado

Os países latinos têm, além do idioma, algumas diferenças em relação ao mercado brasileiro de áudio e instrumentos musicais. Em termos de tamanho, a América Latina ainda é menor que o Brasil,principalmente quando se fala em movimentação financeira e quantidade de fornecedores e lojistas.Por outro lado,os latinos têm bons compradores mundiais,como Argentina e México,os mais influentes e importantes depois do Brasil, inclusive com uma visão de negócios bastante parecida com a brasileira.

ESTRATÉGIA ARMAS PARA VENDER NA AMÉRICA LATINA

Mesmo com o dólar pouco favorável às exportações,é fundamental para as empresas do País fincarem o pé fora do território nacional para desenvolverem suas marcas no exterior. Uma solução estratégica para divulgar o nome do mercado brasileiro nos países latinos foi contratar representantes comerciais para fazerem o papel de porta-voz do setor lá fora. Há quatro anos João Carlos Wurth, foi o primeiro representante a desempenhar essa função na prática e tem uma visão bastante otimista da experiência, principalmente quando se fala em negociar produtos brasileiros.“A aceitação no mercado latino-americano tem sido cada vez melhor.A receptividade começa nos primeiros contatos: percebo que os clientes já conhecem alguns de nossos produtos e sabem exatamente o que precisam”, observa Wurth.

Ele destaca também que a boa relação custo-benefício é a principal vantagem competitiva das mercadorias

POR REGINA VALENTE

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O objetivo é oferecer um mix de produtos customizado, reduzindo gastos com frete na exportação, além de divulgar as marcas brasileiras no exterior Representantes se especializam em negociar produtos com países latinos para ampliar as vendas das marcas brasileiras no mercado externo

JOÃO CARLOS WURTH, estudo de mercado para vender melhor

latino, pela boa relação custo-benefício, apesar de esbarrar na forte concorrência dos chineses. Além disso, um único representante leva pelo menos três marcas para expor aos clientes, sendo possível minimizar custos com frete e exportação. De olho nessa expansão do relacionamento entre empresas brasileiras e latino-americanas, o representante comercial Hispano Lopez Fernandez fundou a Exportasom, empresa de representação comercial voltada para o mercado internacional, que trabalhará com grupos de empresas de bateria, cabos, guitarra e percussão.

FEIRA MUSIC CHINA PÁG. 76

Se a bola da vez é a China no mercado internacional, durante o mês de outubro, o país

asiático ficará ainda mais em evidência no setor musical. A MesseFrankfurt realiza,

entre os dias 18 e 21 de outubro, a Music China, no Shanghai New International Expo

Centre, em Xangai, um dos maiores centros de convenção do país. A feira apresentará cerca de 800 expositores, entre fabricantes e fornecedores de produtos e serviços de mais de 70 países, em um espaço de 40 mil m 2 . A organização do evento estima um

público de mais de 30 mil pessoas. A feira chinesa é uma oportunidade única de conhecer as novidades do setor, principalmente em tecnologia. Afinal, o mercado chinês é o que mais rapidamente cresce no mundo.

INTERNACIONAL UNIÃO E RESULTADOS PÁG. 80

Há mais de 350 anos a região de Vogtland, no Sudeste da Alemanha, é um pólo

produtor de instrumentos musicais, especialmente nas cidades de Markneukirchen e Klingenthal e em muitas cidades vizinhas. Em entrevista exclusiva à Música &

Mercado, Frank Bilz, diretor de marketing da Musicon Valley, que abrange uma área

de 100 km 2 com mais de 40 mil habitantes, fala sobre as estratégias para desenvolver

o setor em um mercado tão globalizado, a parceria comercial com a China e os projetos para curto e médio prazo. São mais de 1.500 pessoas envolvidas diretamente na fabricação de instrumentos musicais e outras mil na área de fornecimento e no setor de serviços. Há, na região, mais de 20 associações musicais, escolas de música, orquestras, concursos internacionais e a escola técnica de fabricação de instrumentos musicais.

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