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Loj ista

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Resumo

Resumo

I N V E S T I ME N T O C O M RETORNO C E R T O E dsom Music reforça posicionamento da empresa com a implantação de recursos e estraté gias de mark eting para atrair novos clientes

Com 1 8 anos de experiência, o diretor da Edsom Music, de P onta G rossa, P R , F ernando S hibuta, é um grande conhecedor do mercado

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FERNANDO SHIBUTA, diretor da Edsom: obj etivo de tornar a loj a uma referê ncia na regiã o

FICH A TÉCNICA Proprietá rio: FERNANDO

SHIBUTA Endereç o: RUA RUI

BARBOSA, 138

PONTA GROSSA/PR

( 42) 3224-7977

Ano de fundaç ão: 1988

Nú mero de funcioná rios: 10 Á rea total: 450 M 2

Website:

WWW.EDSOMMUSIC.COM.BR ( em construç ã o)

musical no Estado. S egundo ele, é uma região difícil por estar próxima da capital, Curitiba, o que facilita, de certo modo, o acesso às principais novidades.“Mas é preciso mostrar ao consumidor pontagrossense que aqui ele encontra os mesmos produtos com preços também competitivos”,aponta.

F oi justamente por acreditar nessa possibilidade que S hibuta decidiu investir R $ 6 0 mil na reformulação física da loja, com a construção do Edsom Music H all, auditório com capacidade para 7 0 pessoas. L á são realizados w orkshops, apresentaçõ es e cursos técnicos,entre outros eventos.“É uma forma de me diferenciar no mercado”, explica o diretor, que vem de uma família de mú sicos.T ambém está desenvolvendo um projeto de apoio a novas bandas,chamado T oca Aqui, e vem investindo na estrutura interna da loja, que será dividida por setores – sopro, cordas,acessórios,etc.P or fim,contratou uma agência de publicidade que está cuidando da imagem da empresa.“Q uero trabalhar em projetos na própria loja, trazendo movimento para dentro e fora dela, apoiando todos os eventos musicais da cidade”, diz o empresário. Confira, nas próximas páginas, entrevista de F ernando S hibuta a Música & Mercado.

Mú sica & Mercado Desde o iní cio das atividades da loj a, qual foi a maior dificuldade que enfrentou?

FERNANDO SHIBUTA No Brasil, a cada semana, a cada mês,a cada ano o comportamento do mercado muda, é até complicado especificar um momento.Mas acredito que uma das etapas mais difíceis foi quando o dólar voltou a ser flutuante,em meados dos anos 1 9 9 0 .T rabalhávamos com muitos produtos de marcas famosas e,com o dólar no câ mbio mais baixo, os importados ficaram mais competitivos. Conseqü entemente,o custo dos nacionais aumentou, o que considero uma pena, porque sempre apostei nos produtos do Brasil.

> Qual é a sua aná lise sobre o mercado da regiã o de Ponta Grossa e do Paraná em geral?

Em relação a P onta G rossa,considero um mercado extremamente difícil, pois se trata de

4%

9%

20% 2%

35%

30%

A DIVISÃ O DO MIX DA EDSOM MUSIC

Á udio Cordas e acessó rios Bateria e percussã o Teclados Iluminaç ã o Sopro

A participaç ã o de produtos importados é de 95% no faturamento total da loj a

uma região extremamente tradicional,avessa às novidades de mercado,diria até despreocupada com o novo.Agrava-se pelo fato de ser próxima da capital Curitiba e pela facilidade de compras no P araguai.

> Como quebrar essa resistê ncia do consumidor local?

Mostrando que em P onta G rossa ele pode comprar os mesmos produtos que encontra nos grandes centros e com preços bem parecidos.

> Como está o desempenho da loj a este ano?

Este ano pode ser considerado muito bom, tendo em vista todas as dificuldades econômi

O setor de baterias e acessó rios corresponde a 20% do faturamento da Edsom

cas e o investimento que estamos fazendo na estrutura física da loja. P ara 2 0 0 7 ,nossa visão é continuar com um trabalho sério,nos aperfeiçoando em atendimento, trabalhando a pós-venda, a fidelização dos clientes, a organização operacional. S e conseguirmos fazer isso,com certeza teremos um bom resultado de crescimento.

> Como você analisa a avalanche de produtos asiá ticos no mercado? Quais os pró s e os contras?

P or um lado,foi benéfico para os clientes porque aumentou a variedade.Mas esse montante de produtos asiáticos trouxe também a procura apenas pelo preço mais baixo,deixando de ser importante a qualidade do produto.

> Você inaugurou, recentemente, um auditó rio. Qual é o obj etivo deste investimento?

A princípio, a intenção era colocar equipamentos à disposição de empresas parceiras para que as bandas tivessem a oportunidade de tocar em instrumentos top de linha,que dificilmente conseguiríamos ter na loja.P orém,encontramos muita dificuldade em fazer os fornecedores apoiarem nosso projeto.Esse espaço tem por objetivo promover w orkshops com mú sicos,empresas,w orkshops técnicos, masterclasses,cursos de áudio,iluminação,computer music, com a intenção de gerar e trazer conhecimento. Como somos também uma escola,pretendemos realizar recitais,projetos musicais pouco comuns,como quarteto de contrabaixos,grupos que misturem jazz com chorinho,trios de percussão e por aí vai. As idéias são muitas,não tivemos tempo ainda de organizá-las.

> Qual é a capacidade do anfiteatro? Em quanto tempo foi construí do?

A capacidade é de 7 0 pessoas sentadas.O auditório é todo climatizado com estrutura de som, iluminação e multimídia.A construção começou em março e, embora as pessoas achem que está pronto,ainda estamos dando alguns retoques.

O ANFITEATRO: estrutura climatizada com som, iluminaç ã o e aparelhagem multimí dia

Aposta na Internet: está em fase de implantaç ã o o novo website da empresa, de olho no potencial do comé rcio eletrô nico

INCENTIVO À S BANDAS Um dos principais proj etos em desenvolvimento pela Edsom é o Toca Aqui. Segundo o diretor Fernando Shibuta, a iniciativa facilita o acesso às chamadas ‘bandas de garagem’ a bons equipamentos, alé m de local com estrutura para pequenos shows, com iluminaç ã o apropriada, entre outros itens. “ Fazemos um cadastro dessas bandas e disponibilizamos o espaç o para que elas possam fazer uma pequena apresentaç ão para seus amigos, familiares, e ainda oferecemos possibilidade de gravar a sua apresentaç ã o em CD e DVD” , conta Shibuta.

> Há planos de expansã o, de abrir novas filiais?

Nosso plano de expansão é apenas conseguir atingir a região que podemos atender e que ainda não conseguimos plenamente.

> Como você atua em relaç ã o ao marketing da loj a?

Até começar o projeto T oca Aqui ( veja box) , agia como um amador. Eu mesmo fazia cartazes no computador.S enti,porém,que,dessa maneira,estava me afundando em meio a uma coisa que não sabia fazer.D esde então,de meados de maio para cá,contratei uma agência que tem nos assessorado em tudo, desde a renovação de logotipo e todo o lay - out que envolve a loja e a escola,até estratégias de marketing. Q ueremos trabalhar agora basicamente em cima de projetos na própria loja.Nossa intenção é trazer movimento para dentro e fora dela, apoiando todos os eventos musicais da cidade.

> Nesse sentido, qual é o posicionamento da loj a frente à concorrê ncia?

O principal conceito é que buscamos sempre novidades e apostamos em produtos em que um comerciante tradicional não apostaria. Acredito que o trabalho com a agência vai ajudar,apesar de ainda ter pouco tempo. Estou aprendendo e já percebi que a principal mudança tem de ser primeiro na loja,em toda a sua estrutura.V amos setorizar tudo,organizar,investir no lay - out. S empre que viajo, tento visitar várias lojas, agregar idéias e já tenho sentido diferença.As pessoas têm se assustado, no bom sentido, claro! Afinal, dificilmente vêem uma loja com o lay - out que estamos apresentando.

> Quanto está investindo nessa reformulaç ã o?

O investimento total gira em torno de R $ 6 0 mil,considerando o auditório.

> Quais os produtos com mais saí da na loj a e quais precisam ser trabalhados?

Os mais fortes são áudio,cordas e acessórios. O que menos vende é o sopro, até porque é um segmento que nunca priorizei.Embora em minha cidade existam mais ou menos oito grandes bandas marciais,encontramos muita dificuldade nessa área.O pouco que vendemos de sopro vai para a região,não especificamente P onta G rossa.O que acontece é que essas bandas compram muitas vezes direto da fábrica,ou de lojas que praticam um preço que não nos daria condiçõ es de obter uma margem mínima. Os maestros acabam comprando os instrumentos para os seus conhecidos no colégio e fora dele...Mas continuamos tentando e vamos investir nesse mercado também. ■

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