TECNOLOGIA
Conexão sonora reinventa a educação musical PÁG. 36 Assine e receba antes!
GRVANDO A HISTÓRIA DA ZOOM | MARÇO E ABRIL DE 2016 | Nº 83
MÚSICA & MERCADO
WWW.MUSICAEMERCADO.ORG | MARÇO E ABRIL DE 2016 | Nº 83 | ANO 14
INFORMAÇÃO DE NEGÓCIOS PARA O MERCADO DE ÁUDIO, ILUMINAÇÃO E INSTRUMENTOS MUSICAIS
CAPTADORES DA FISHMAN
Larry Fishman conta mais sobre esse particular segmento PÁG. 40
JANEIRO, O MÊS DA NAMM SHOW
Mais uma edição cheia de notícias! Veja aqui nossa reportagem especial e uma ótima foto-galeria com as empresas brasileiras que participaram PÁG. 70
ARTE E VENDAS DENTRO DA LOJA
Masahiro Iijima, CEO da Zoom
A Cin Art de Piracicaba mostra sua peculiar história PÁG. 34
Gravando a história da Zoom Com base em Tóquio, a empresa japonesa conta com mais de 30 anos de história e experiência na indústria de áudio. Seus produtos, especialmente os gravadores, são usados e conhecidos no mundo inteiro. Masahiro Iijima, CEO da Zoom, conta, em entrevista exclusiva, todas as novidades PÁG. 46
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Conheça algumas das novidades da Eagle para 2016 PÁG. 19
Conexão Sonora, marketing, mundo digital e muitas colunas interessantes! 3/8/16 6:21 PM
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SUMÁRIO
46 CAPA GRAVANDO A HISTÓRIA DA ZOOM Conheça parte
SEÇÕES
18 EDITORIAL 20 OPINIÃO 22 ÚLTIMAS Giannini recebe
homenagem na NAMM Show
28 AMPLIANDO SEU MIX
Conheça algumas opções em peles para bateria, metrônomos e monitores de estúdio
30 SETUP Blink 182 80 INOVAÇÃO Emulation Touch, da Elation Lighting
82 PRODUTOS Os lançamentos e destaques das melhores marcas do mercado
88 CONTATOS
Os nossos anunciantes você encontra aqui
90 CINCO PERGUNTAS
Dicas para ter o próprio negócio em 2016
da trajetória desta empresa japonesa com mais de 30 anos de história e experiência com sede no Japão MATÉRIAS
32 MUNDO DIGITAL 5 vantagens ao migrar o site da sua empresa para celulares e tablets
34 LOJISTA Instrumentos musicais e cursos na Cint Art 36 ESTRATÉGIA Tagima e Nagano recebem investimentos em produtos e design
40 INTERNACIONAL Capturando o som com Larry Fishman 44 TECNOLOGIA Conexão Sonora reinventa a educação musical 52 MARKETING Sim! É possível usar estratégias de marketing em pequenas empresas
64 APRENDA JÁ Reestruturação: reinventar a roda é possível? 70 PÓS-FEIRA NAMM Show 2016 recarregada! 78 VISÃO DE PROFISSIONAL Violão, a escolha certa para Scott Denno
COLUNAS
38 Não deixe o dólar alto prejudicar seu bolso por Dora Ramos
58 Uma evolução barulhenta, e harmoniosa! por Alessandro Saade
60 E agora? Agora meditemos
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por Luiz Carlos Rigo Uhlik
62 Pós-venda: a melhor forma de fidelizar o cliente por Carlos Cruz
68 Demissões e desapegos: o segredo não contado por Joey Gross Brown
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EDITORIAL
STAFF
DANIEL A. NEVES CEO & PUBLISHER
CEO & Publisher
“A DIVERSIFICAÇÃO É UMA PROTEÇÃO CONTRA A IGNORÂNCIA. FAZ POUQUÍSSIMO SENTIDO PARA QUEM SABE O QUE ESTÁ FAZENDO.” – WARREN BUFFETT*
Daniel A. Neves Diretora de Redação
Paola Abregú
Departamento Comercial (Brasil)
Denise Azevedo comercial@musicaemercado.org Tel.: (11) 3567-3022
Verticais
Departamento Comercial (Internacional)
Música & Mercado está entrando em uma nova fase: a criação de
Diretor de Arte
Dawis Roos
sales@musicaymercado.org Administração e Finanças
verticais de conteúdo. Na prática, isso significa que na web temos três vertentes para o site: pro audio e lighting, instrumentos musicais e gestão.
Rosângela Ferreira Revisão de Texto
Hebe Ester Lucas
O conteúdo da revista impressa Música & Mercado continuará sendo
Assinaturas
baseado em negócios no mercado de áudio, iluminação e instrumentos.
Beatriz Mendes Ferreira assinaturas@musicaemercado.org Colaboradores
Alessandro Saade, Ann Lévizon,
Carlos Cruz, Dora Ramos, Joey Gross Brown, Luiz Carlos Rigo Uhlik e Miguel De Laet
O site, entretanto, tem uma audiência diversificada. Nossos leitores são, além de empresários do segmento, empreendedores, técnicos de áudio e iluminação e músicos de toda parte.
Voltando à revista impressa, você deve ter percebido que há uma va-
Impressão e Acabamento
Gráfica Grafilar
riante entre capas e assuntos. Por vezes, publicamos sobre iluminação pro-
Música & Mercado®
Caixa Postal: 2162 - CEP: 04602-970 São Paulo / SP / Brasil Tel.: +55 (11) 3567-3022 Autorizada a reprodução com a citação da Música & Mercado, edição e autor. Música & Mercado não é responsável pelo conteúdo e serviços prestados nos anúncios publicados.
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fissional, em outras matérias sobre áudio ou instrumentos. Atenha-se que sempre falaremos de negócios. Este é o ponto-chave da Música & Mercado!
Somente aqui você tem entrevistas com os grandes líderes empresariais, como lerá nesta edição o direcionamento que Ian Robson, da Blackstar, dá à sua empresa. Boa leitura!
Parcerias *(1930-) Magnata empresarial americano, investidor e filantropo. É o investidor de mais sucesso no mundo. Associados
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OPINIÃO
Welton Ramos
Jornalista na InformaMídia Comunicação e colaborador do Blog da PME (www.informamidia.com.br/blog)
O que a sua marca representa para o seu cliente? Já pensou nisso? Foque sua atenção em criar um vínculo com o cliente e dar uma boa forma à sua marca para criar relacionamentos duradouros
Q
ual o sentimento que a sua marca transmite ao seu cliente? Essa não é uma reflexão simples. As possíveis respostas para essa pergunta trazem consigo diversos desdobramentos, que não só deveriam ser levados em conta, como também deveriam fundamentar a própria base do que a sua marca significa. Muitas empresas se esforçam em focar suas ações em grandes campanhas, preocupadas com sua imagem em diversas plataformas. Claro que isso é de extrema importância, porém, sem responder e definir bem a sua identidade de marca antes de tudo isso, todo esse esforço é em vão. Quer um exemplo? Um comercial da Coca-Cola fala sobre refrigerante? O que ursos-polares, o Papai Noel ou
a vida jovem têm a ver com refrigerante? Nada. A Coca-Cola tem uma identidade de marca tão forte que eles podem colocar diversos elementos em seus comerciais, podem inclusive falar de tudo menos de refrigerante, que seu público consumidor vai saber do que se trata a propaganda, vai querer comprar Coca-Cola, e não é por uma questão persuasiva daquele comercial específico. Ela associa o produto a fatores positivos que quer enfatizar. A marca que conhece seu público é pautada nele, diz algo sobre ele, se comunica com ele pelo simples fato de existir, e isso dá peso a um trabalho de comunicação. Isso faz com que o processo de branding seja quase que a criação da ‘alma’ da marca ou da empresa. Quando essa força existe, mesmo
O que a sua marca representa para o seu cliente... ?
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que produtos ruins sejam produzidos ou haja alguma falha, tanto de produto quanto de comunicação, isso não será um fator terminal para a empresa, pois a confiabilidade criada é muito mais intensa. A marca não é a sua comunicação nem o seu produto. Campanhas vêm e vão. Pode parecer absurdo, mas a grande campanha daquele momento vai servir por algum tempo, e o que vai continuar a alimentar sua empresa com leads é a força que sua marca tem na visão do consumidor, e isso nem sempre vem de uma propaganda, ação de marketing ou mesmo divulgação na imprensa. Muitas empresas cometem esse erro, focando a gerência de sua empresa ao pilar da comunicação externa. São raras as empresas que adotam um pensamento antropológico para sua marca, dando rosto, corpo, gostos e desgostos para o cliente que as define. Isso é subestimar a capacidade do impacto psicológico que a marca tem no público. O trabalho de construção da marca deve construir, acima de tudo, uma imagem na cabeça de seu público-alvo. Quais aspectos psíquicos devem ser explorados pela marca na mente do público? É por isso que técnicas de storytelling dão tão certo, pois elas ligam uma marca ao emocional do cliente, criando um vínculo muito mais profundo do que o do estímulo consumista. Lembre-se dessa reflexão, isso vai te ajudar a não criar uma marca rasa e sem o core necessário para conquistar clientes, de verdade! n
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As mais recentes notícias do mercado de áudio, iluminação e instrumentos musicais
NEWS
18Sound com novo distribuidor em São Paulo
Giannini recebe homenagem na NAMM Show
A empresa italiana de alto-falantes e drivers anunciou que a River Music Pro Audio, de São José do Rio Preto, SP, estará distribuindo seus produtos. A River Music é uma loja de comércio eletrônico que vende os mais variados tipos de produtos e a partir de agora estará oferecendo a qualidade 18Sound aos seus clientes.
Dois prêmios para a Sennheiser A reconhecida empresa e fabricante brasileira foi homenageada recentemente pela sua trajetória na indústria na famosa feira NAMM. Flávio Giannini, diretor comercial da Giannini S.A., recebeu o prêmio pessoalmente das mãos da revista MMR em comemoração ao seu 115º aniversário.
Importadora Carioca distribui dBTechnologies
A empresa alemã obteve dois prêmios Innovation Awards Honoree na expo CES 2016 por seus fones HE 1060. Recentemente anunciado, o sistema eletroestático de fones foi honrado nas categorias “Fones” e “Grande Rendimento em Áudio-Vídeo para o Lar”. Os HE 1060 serão feitos na Alemanha e estarão disponíveis em meados de 2016.
Elation procura distribuidores na região A dB anunciou que a Importadora Carioca, empresa brasileira com 50 anos de história especializada em importar e distribuir marcas internacionais de áudio, iluminação e instrumentos musicais, estará distribuindo seus produtos em Manaus, AM. “Essa nova parceria nos dá a oportunidade de expandir o nosso fornecimento de alta qualidade”, disse o gerente local Antônio Gonçalves. “Tenho certeza de que a dBTechnologies será muito bem-vinda por muitos clientes no nosso mercado.”
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Como exploradores em busca de um tesouro, a Elation Professional tem em suas mãos o mapa da América Latina para encontrar os desejados novos distribuidores na região. A empresa de iluminação está interessada em novas relações de distribuição em todo o território e por isso convida os distribuidores interessados a contatá-los para acordar novas oportunidades. Podem escrever para John López em john@elationlighting.com
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Rozini adota preço mínimo para garantir a saúde do setor varejista
A Rozini, preocupada com os desafios enfrentados pelos seus parceiros no cenário do comércio de instrumentos musicais e acessórios nos últimos anos, resolveu adotar uma política comercial para balizar o preço mínimo ofertado no varejo para os seus produtos. “Resolvemos adotar uma margem mínima sobre o valor bruto da tabela em vigor para proteger os nossos clientes de uma precificação predatória que pode inviabilizar o próprio negócio deles”, explica Telma Ruotolo, gerente comercial da Rozini. Segundo o comunicado enviado para as lojas, o principal objetivo é “obter uma rentabilidade saudável para toda a cadeia de distribuição”, estabelecendo um preço mínimo praticado para cada item do mix de produtos Rozini, bem como sanções nos casos do não cumprimento da regra.
Luen apresenta nova identidade visual Dando continuidade ao processo de reposicionamento da marca, a Luen apresentou na última edição do NAMM Show seu novo logo. “Identificamos a necessidade de atualizar nossa identidade visual para que ela refletisse no mercado o momento atual em que a empresa se encontra. O novo logo visa transmitir modernidade, tecnologia, identidade, sofisticação e, claro, o orgulho de ser uma empresa brasileira que mantém sua produção aqui. No desenvolvimento destacamos o ‘L’ de Luen, estilizando-o e fazendo alusão à bandeira do Brasil, inclusive nas cores. Essa mudança faz parte do projeto que estamos desenvolvendo que engloba diversos fatores e áreas, incluindo o novo site que está em desenvolvimento”, informou a empresa. O logo já está sendo usado para exportação e gradativamente entrará em todas as linhas, substituindo o atual.
Bassani Representação entra no mercado musical A nova empresa atua principalmente no Estado de São Paulo e já conta com diferentes marcas entre as suas representadas. Elas são Odery Drums, Studio King Brazil, Carlsbro, Multi Percussion, Abruzzo, New Keepers Bags e Stagg Music. “Nosso trabalho é ‘visitar’. Temos cinco rotas para cobrir o atendimento em todo o Estado, incluindo a capital. Faremos duas viagens completas no primeiro semestre e duas no segundo. Nos demais períodos estaremos focados na capital, fazendo visitas pontuais em qualquer região, utilizando muitos dos recursos tecnológicos de comunicação para manter os contatos e oferecer nossas oportunidades”, disse Fernando Bassani, sócio e gestor administrativo.
Luthieria Total Tone adere ao sistema de pagamento digital Bitcoin A inovação e o atendimento do luthier Bruno Moscan foi a fórmula para atrair a atenção de clientes de todo o Brasil. Não somente pelos serviços prestados, mas também pela forma criativa (e tecnológica) para pagamentos. A Total Tone, empresa de Moscan, é a primeira no País a utilizar o Bitcoin, moeda virtual que está ganhando adeptos em todo o mundo, inclusive no Brasil. Conheça um pouco mais da história deste pequeno (e criativo) empresário no nosso site www.musicaemercado.org
Tracktion renova seu site e portal de vendas
Como parte dos seus planos para este ano, a Tracktion Corporation criou um novo site que fornecerá suporte para sua linha de produtos e agilizará o processo de compra. Agora totalmente hospedado pela Amazon Web Services para um melhor rendimento mundial, a infraestrutura também inclui um novo servidor de e-mail seguro e todo o site é compatível com as conexões seguras HTTPS. O site agora adiciona os títulos Tracktion Daw ao sistema Marketplace para afiançar as vendas de todos os produtos da marca Tracktion.
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ÚLTIMAS
CONTRATAÇÕES E RECOLOCAÇÕES
REPRESENTANTES
Nova gerência de vendas da Equipo
Davi Siqueira na Lunni Davi Siqueira é o novo representante comercial em São Paulo da empresa Lunni Representações Comerciais, trabalhando com as marcas Vogga, Cajon Percussion, Ask, Brest, Dimusica e MXT Cabos e Microfones. Davi colaborou por oito anos no grupo Multialloy, na unidade de negócios Orion Cymbals, atuando como gestor comercial em nível nacional. “Só tenho que agradecer pelo tempo investido no grupo. Agora é uma nova etapa de trabalho com muitos desafios na Lunni”, comentou Siqueira.
Convenção de vendas Frahm e Hinor em São Paulo Dispostos a trabalhar novos conceitos de venda e atuação, as marcas Frahm e Hinor de caixas Equipe na convenção amplificadas e alto-falantes, realizoaram uma convenção de vendas em São Paulo, com a presença de todos os representantes das marcas. “Trabalhamos os novos produtos e enfatizamos as oportunidades para 2016,” explicou Idalva Longen, gerente de market ing da empresa. “Também trouxemos um palestrante da fundação Don Cabral para incentivá-los a pensar diferente, realizar um plano de ação e saber como cumpri-lo,” finalizou.
Tomsons é a nova representante Michael no Paraná A Michael Instrumentos está com nova representação no Paraná, a empresa Tomsons. A representação aposta em sua credibilidade no mercado de instrumentos musicais para realizar grandes negócios. Para Yuris Tomsons, representante da marca, a Michael possui grande potencial devido à tradição, credibilidade e competência. Segundo ele, são características fundamentais para superar o cenário desafiador. “O papel da Tomsons é potencializar ainda mais a Michael no Paraná, apresentando as soluções com ética, transparência e otimismo para conseguir os resultados”, afirmou.
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A Equipo apresenta oficialmente seu mais novo gerente de vendas ao mercado: Sander Agnello, que acumula uma experiência de mais de 15 anos no mercado musical — destes, dez anos trabalhando na própria empresa. Sander assume a posição de gestor de um departamento ao qual serviu com excelência como consultor e posteriormente supervisor de grandes e consagradas marcas, como Ibanez e Tama. “Com dez anos de Equipo, tive a oportunidade de reunir conhecimento para saber exatamente aonde a empresa pode chegar e como fazê-la chegar”, diz Agnello. Sander tem a confiança e o apoio do quadro de diretores e de seu gestor direto, o gerente comercial Joey Gross Brown, que explica a mudança: “A promoção de Sander é muito positiva também para a própria empresa. Ele possui um sólido conhecimento do mercado e das pessoas que fazem parte dele. Estou certo de que irá executar um trabalho que trará ainda mais satisfação e negócios positivos aos nossos clientes”.
Fuhrmann anuncia novo diretor comercial O executivo Evaristo Fernandes acaba de ser contratado para assumir o cargo de diretor comercial da Fuhrmann, fabricante de pedais e amplificadores. Com isso a empresa passará a ter escritório comercial em Santo André, SP, facilitando a comunicação e a aproximação com os clientes da capital paulista. “Procuramos um profissional competente entre os melhores do mercado”, disse Jorge Fuhrmann sobre a nova contratação. Fernandes possui mais de 15 anos de experiência na área comercial, tendo atuado como gerente de grandes lojas do segmento musical, como a PlayTech, e diretor comercial da Fire, mais recentemente. Com a renovação do departamento, a Fuhrmann pretende se profissionalizar cada vez mais, aprimorar o relacionamento com seus clientes, consolidando e agregando novas parcerias.
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ENDORSERS Lulu Santos é endorser da NewKeepers Bags O reconhecido músico brasileiro entrou na lista de endorsers destacados da NewKeepers, viajando durante sua mais recente turnê com vários produtos da marca. Em 2015 a equipe de Lulu entrou em contato com a NewKeepers para fazer um orçamento de cinco bags personalizadas com o nome da turnê Clubelux. As bags passaram por um exaustivo teste dos produtos na estrada por parte da equipe do músico. As primeiras cinco bags acompanharam Lulu e seu Clubelux aos Estados Unidos, ao Rock In Rio e em várias outras apresentações em 2015. Testadas e aprovadas por Lulu e sua equipe desde janeiro de 2016, a NewKeepers anunciou a incorporação de Lulu ao seu time de endorsers. “As bags NewKeepers não só estarão protegendo os instrumentos de estrada, como também os de uso pessoal do cantor”, informou a empresa.
E-NEWS Urbann Boards apresenta novo site
A empresa brasileira fabricante de tênis especiais para bateristas – que também esteve expondo na NAMM com estande próprio e muito sucesso – lançou seu novo site, com visual diferente e todos os modelos disponíveis. Quer conhecê-lo? Visite www.urbannboards.com
ETC celebra seus 40 anos Em comemoração a suas quatro décadas de vida, a empresa americana de controladores de iluminação está realizando uma campanha para reunir lembranças da sua história. Se você quiser participar, pode postar sua imagem nas redes sociais com a tag #ETC40years, onde já podem ser encontradas interessantes histórias e fotos.
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ÚLTIMAS
FEIRAS E EVENTOS TecnoMultimedia InfoComm Brasil 2016 pronta para sua 3º edição Na terceira edição da TecnoMultimedia InfoComm Brasil 2016, que será realizada de 10 a 12 de maio, os visitantes ficarão empolgados em conhecer as novidades em áudio, vídeo, iluminação e sistemas profissionais. Organizada pela Latin Press Inc., a TecnoMultimedia InfoComm Brasil, que também se realiza no México e na Colômbia, é uma das principais feiras que se fazem no Brasil para a indústria de áudio, vídeo, iluminação e sistemas profissionais integrados, apresentando os avanços tecnológicos em AVI e reunindo os principais fabricantes mundiais, regionais e nacionais.
Evento de teclados Yamaha e Alex Sachi O workshop do tecladista Alex Sachi foi realizado em uma loja da Santa Ifigênia, São Paulo, com o apoio da Yamaha e da 5 Music, em que Alex, como especialista em produtos da Yamaha Musical do Brasil, falou sobre os diferentes modelos da marca e suas características.
Workshop de Carlos Maranhão em Niterói O guitarrista Carlos Maranhão, que usa pedais e cordas da NIG Music, realizou no Instituto Sala Musical, em Niterói, um workshop com o tema Setup Timbre.
Fernando Molinari visita a Bahia O artista do contrabaixo Fernando Molinari apresentou uma masterclass na loja Ponto Musical de Itamaraju, na Bahia, com o apoio da Novità Music e de marcas como GruvGear e DR Strings, entre outras.
Casa dos Bateristas com Bráulio Mayrink A loja de Pinheiros, São Paulo, realizou um workshop com o baterista Bráulio Mayrink, em que, além de lançar seu novo DVD Bateria Complementar, tocou com produtos da RMV, Sparking, Luen, KA, Drummers e outras.
Ney Carvalho dá workshop em Bauru A loja Sound Time organizou um workshop com o guitarrista Ney Carvalho nos instalações da empresa em Bauru, SP. A Sound Time tem organizado workshops com artistas locais.
Daniel Oliveira apresentou masterclass em Goiás
Masterclass de guitarra com Mello Jr.
O baterista, que usa Nagano Drums, deu uma masterclass em Anápolis, GO, com os temas fraseologia, técnica de mão e técnicas de aplicação ao jazz, com patrocínio da Samsun Cymbalse e da Nagano Drums.
Tagima e Wanger apresentaram uma masterclass com o guitarrista Mello Jr, que discutiu assuntos como técnicas de guitarra, composição, equipamentos e falou sobre seu novo trabalho com o Time Out. O evento foi realizado na loja Wanger Instrumentos Musicais, em Lavras, MG.
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Roriz apresenta novo tour virtual A loja localizada em Goiânia está apresentando um look inovador no seu site para que as pessoas possam ver as marcas comercializadas antes de visitá-los. A Roriz oferece uma loja conceito, a Roriz Music Store, com um espaço que proporciona ao músico uma experiência diferente de uma simples relação de compra e venda de produtos. Ambientes dividi-
dos por categoria de produtos e possibilidade de testes, equipe de vendas especializada, localização, conforto, variedade e preços competitivos são os seus pontos fortes. A novidade também está presente no site, onde a empresa disponibilizou o recurso do Google Maps para ver dentro da loja! Desse modo o visitante poderá visitar cada setor e visualizar o ambiente em 360º. Entre em www.rorizweb.com.br/ varejo-marcas/ e dê uma olhada!
Earth trará linha nova de violões Depois de visitar a feira NAMM, a Earth Music anunciou que em breve trará uma nova linha chama Custom Shop de violões com sistema de captação Fishman e madeiramento nobre. Aguardem mais novidades em breve!
Giannini com os Stones!
Keith Richards e Flávio Giannini
A Giannini esteve presente no show dos Rolling Stones que aconteceu em São Paulo em fevereiro, quando teve a honra de presentear o guitarrista Keith Richards com uma viola Giannini VSE6 EQ da série Acoustik. O guitarrista também possui um cavaquinho da série Luthieria. Recentemente, em seu documentário Keith Richards: Under the Influence, o lendário guitarrista aparece tocando esse cavaquinho. “Para nossa surpresa, quando o presenteamos com a viola, ele buscou em seu camarim o cavaquinho Giannini, que o acompanha na maioria das turnês”, disse Flávio Giannini, que entregou pessoalmente o instrumento a Keith Richards.
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MIX DE PRODUTOS
Ampliando seu mix Selecionamos algumas categorias e seis modelos para você diversificar seu conhecimento do que está disponível no mercado. Os símbolos $, $$ e $$$ indicam em que nível de preços se encontra cada item (econômico, normal ou elevado, dentro de sua categoria). Lembre-se, são sugestões para que você conheça todas as combinações que podem levá-lo a vender mais e melhor. Inspire-se e monte um kit com os modelos que você tem na sua loja. Vamos vender!
Peles
Metrônomos
Evans Pele para snare Hydraulic Blue $
Monitores de Estúdio
Aroma AM-701 Metrônomo clip-on $
Aquarian Pele para bombo Force I de 16” revestida $$
KRK Rokit 8 G3 amplificado $$
Cherub WSM-240 Metrônomo Portátil $ PreSonus Eris de 2 vias ativo $ Flanger FM-01 Mini Metrônomo $
Remo Pele para tom-toms Clear Diplomat $$
Adam Audio A7X Nearfield $$$
Planet Waves PW-MT-02 Metrônomo Afinador $ Ludwig Pele para bombo Silver Dot Heavy $$
Genelec 8330A Smart Active Monitor $$$
Yamaha QT-1 BR Compacto de quartzo $$
Pearl Set de peles TruTrac para bateria eletrônica $$
Luen Pele Dudu Portes Hydraglide revestida $$
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SETUP
Blink 182 com grandes marcas Grupo americano que começou em 1992, combinando ritmos pop com punk rock. E os equipamentos que os acompanham? Você poderá encontrá-los aqui!
A
banda, que volta este ano com um novo álbum, tem mudado um pouco a seu alinhamento depois da partida do guitarrista e covocalista Tom DeLonge, contando com a inclusão de Matt Skiba desde o ano passado para completar o duo de Mark Hoppus e Travis Barker. Vamos descobrir alguns dos equipamentos que estão usando.
Matt Skiba: Guitarra O músico, compositor e cantor que começou a tocar piano e bateria em tenra idade, para depois trocar a bateria pela guitarra, conta, entre seus instrumentos, com sua GPC Matt Skiba Signature Jaguar, além das Fender Jaguar, o violão Alkaline Trio Malibu e uma guitarra Gibson Les Paul.
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Mark Hoppus: Baixo
Travis Barker: Bateria
Hoppus, que aprendeu a tocar baixo sozinho ouvindo as músicas de Descendents, The Cure e Bad Religion, recebeu seu primeiro baixo (um Mako) como presente do pai. Em 2015, Mark começou a usar um baixo Jaguar da Fender durante as apresentações da banda. Seus instrumentos mais notáveis são o Mark Hoppus Jazz Bass, o Precision Bass e o Bass VI, os três da Fender, e um baixo StingRay da Music Man. Caixas e amplificadores: para o som ao vivo, conecta seus baixos em três bass heads Ampeg SVT Classic, em dois bass cabs Ampeg 8x10 SVT. Desde o lançamento do álbum Neighborhoods, Hoppus tem usado amplificadores e caixas vintage, especificamente o amplificador Undertow 300 e bass cabinets NW 8x10.
Atualmente, Travis conta com o patrocínio da Drum Workshop para o hardware e pedais, Orange County Drums e Percussion para a bateria, peles da Remo e pratos da Zildjian.
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MUNDO DIGITAL
CESAR BONADIO
CEO da Viewit Movile, empresa de desenvolvimento de softwares. www.viewit.com.br
5 vantagens ao
migrar o site da empresa para celulares e tablets
Internautas dificilmente perdem tempo em sites que não são adaptados aos dispositivos móveis. Adiar o projeto de ter um site mobile significa deixar de alcançar novos clientes. Então, vai fazer o quê?
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oi-se o tempo em que, para as empresas, ter um site para ser acessado apenas pelo computador era suficiente. O m-commerce — a venda on-line feita por dispositivos móveis como smartphones e tablets — já é parte integrante da economia do mundo e do Brasil. Em tempos de
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tecnologia 4G, com um número cada vez maior de pessoas que acessam a internet por essas plataformas móveis, ter um site mobile é a estratégia atual que as empresas têm adotado para alavancar ganhos e receitas. Internautas estão cada vez mais conectados por meio dos dispositivos
móveis. Estima-se que em 63% do tempo em que os brasileiros ficam on-line, isso é feito por meio de smartphones e tablets, e só 37% navegam em sites desktop, segundo o recém-divulgado relatório da comScore sobre o uso de internet no Brasil. E os brasileiros adoram comprar
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on-line! Um estudo da Criteo, empresa de tecnologia especializada em publicidade digital, mostra que 14% das transações on-line realizadas no segundo trimestre de 2015 foram feitas por meio desses dispositivos. Ainda de acordo com a pesquisa, a expectativa é que smartphones e tablets sejam responsáveis por até 22% das compras virtuais até o final de 2015.
Um passo obrigatório
Assim, adiar o projeto de ter um site mobile significa renunciar à sua fatia nesse mercado, que só tem a crescer em cifras. Para o CEO da Viewit Mobile, Cesar Bonadio, adaptar o site desktop para as plataformas móveis é uma estratégia obrigatória para as empresas que querem crescer no ambiente virtual, seja em tráfego ou em transações. A adaptação de sites de e-commerce, por exemplo, gera um crescimento médio imediato de 5% a 10% nas vendas dessas empresas. “Levando em conta apenas as vendas por meio de tablets e smartphones, o aumento pode ser de até 200%, dependendo do ramo de negócios”, explica. Trocando em miúdos, um site móvel significa fidelizar antigos clientes e conquistar novos que utilizam essas plataformas. “Os projetos para um site móvel são customizados para atender às necessidades do cliente. Migrar a versão desktop de uma empresa para o ambiente mobile exige estratégia, adoção de linguagens diferenciadas e tratamento único para cada plataforma”, reforça Cesar.
Por que fazê-lo?
Quer mais razões para sua empresa ter um site mobile? Confira abaixo as dicas listadas pelo especialista:
Adiar o projeto de ter um site mobile significa renunciar à sua fatia nesse mercado
1.
Milhões de brasileiros acessam a internet pelo celular
Para alguém que usa o celular para fazer compras on-line, é mais atraente um site que seja fácil de navegar do que ter que ficar lutando para tentar acessar o site da empresa que não tem uma versão mobile. E, principalmente, migrar o site da empresa para celulares ou tablets é estar perto dos mais de 80 milhões de brasileiros que acessam a internet pelo celular e que realizam compras on-line.
2.
Facilidade e praticidade para navegar
Acessar pelo celular um site pesado, ou que não esteja adaptado para o ambiente móvel, é uma experiência desagradável para o usuário. Pequenas e grandes empresas que investem na experiência do m-commerce facilitam a vida do usuário que, ao visitar a página, perceberá o cuidado para oferecer um layout moderno e confortável para seu público. Imagine uma grande livraria que não tem um site mobile hoje em dia, com a enorme variedade de livros? É perder clientes na certa!
3.
Páginas abrem e carregam rapidamente As pessoas geralmente utilizam os dispositivos móveis, como celulares e tablets, para acessar redes sociais, fazer compras e ler ou responder e-mails. É
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uma experiência maravilhosa clicar em algum link e o site abrir em uma versão mobile ambientada para esses dispositivos. Em sites criados para plataformas móveis, a ideia é otimizar a experiência com layout agradável para o mobile, onde as páginas carregam rapidamente, a homepage se adapta perfeitamente à tela do dispositivo que o usuário utiliza e as ferramentas de compra e contatos são fáceis e simples de achar.
4.
Ter um site mobile dá um ar de mais profissionalidade à empresa Nos sites mobile, a primeira impressão é a que fica! Por isso, ter o site da empresa adaptado para telefones e tablets vai mostrar que a empresa se preocupa com o bem-estar virtual dos usuários. Quem navegar terá a certeza de que ali há profissionalismo e garantia de que vai comprar ou contratar serviços com qualidade e segurança. Terá a certeza de que sua empresa está na vanguarda, à frente das concorrentes e conectada às novas plataformas de interação on-line.
5.
Você estará no bolso dos internautas
Outra vantagem é aumentar as possibilidades de ganhos, aproveitando as plataformas digitais como uma oportunidade para o negócio. Esse modelo de fazer negócio veio para agregar, complementar e inovar as estratégias do comércio eletrônico. O m-commerce é cada vez mais ativo nas vendas on-line. Deixar a empresa 100% presente nos dispositivos mobile significa oferecer ao usuário toda a agilidade e a boa experiência de compra e serviços que ele procura. n
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LOJISTA
Instrumentos e cursos musicais na Cint Art A loja de Piracicaba, SP, abriu suas portas em 1985, surgindo da necessidade em atender à procura por uma literatura musical que não existia na cidade
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a época, qualquer método ou partitura tinha de ser encomendado em papelarias não especializadas no ramo da música e levava uns dias para chegar. Também não havia uma loja com variedade de marcas e principalmente acessórios disponíveis para compra. Assim surge a Cint Art, dirigida pela família Inácio. “Como há dois anos já tínhamos a escola de música, abrir a loja
foi um passo necessário para poder, na época, atender à demanda das outras escolas, conservatórios e músicos em geral. Posso dizer que Fachada da loja em Piracicaba um de nossos diferenciais é justamente procurar atender à de um instrumento ou de uma peça penecessidade dos clientes, seja na venda quena”, contou Giovana Inácio.
Trabalho em família
Benedito Inácio, o precursor da família
Foi ele quem começou essa história: Benedito Inácio, artista, músico que se formou com esforço e dedicação em uma época na qual quem estudava violão não era visto com bons olhos. Aprendeu vários instrumentos além do violão clássico, seu instrumento principal, e foi depois de anos, dando aulas no Conservatório de Piracicaba, de Pirassununga, escolas de música em Americana e Sumaré, que resolveu abrir a Escola Cint Art, ou Centro Instrumental e Artístico de Piracicaba. “O diferencial da nossa escola desde o princípio foi dar oportunidade às mais diversas pessoas, com diferentes idades, a terem contato com a música e realizar muitas vezes o desejo de conhecer e tocar um instrumento, independentemente de serem profissionais ou não. Eu me lembro de termos alunos de 70, 80 anos, não só crianças e jovens. Lembro-me de profissionais como engenheiros, médicos, bancários, entre outros, que nos procuravam e se matriculavam para frequentar o curso que oferecíamos, dos instrumentos que também não eram muito comuns nos cursos oficiais, como saxofone, cavaquinho, bandolim, gaita, harpa paraguaia, órgão, teclado, bateria, guitarra, baixo... Pense nisso há 32 anos, não era tão comum como hoje”, contou Giovana.
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Em 1998, Cint Art abriu uma filial na mesma cidade, administrada pelo irmão de Giovana, Rogério e seu pai Benedito. A loja é especializada em partituras, álbuns, métodos musicais, e é aí que atendem a pequenos reparos em instrumentos de corda e sopros. A empresa conseguiu evoluir muito desde sua criação, especialmente em virtude dos esforços familiares, investindo especialmente em variedade e quantidade de produtos. Nos dois últimos anos, reformaram as duas lojas, duplicando o espaço de atendimento e exposição dos produtos para melhor atender os clientes.
Marcas
Devido à variedade de marcas no mercado, as lojas optam por trabalhar com as que tenham um giro maior e ofereçam um bom custo-benefício para seus clientes, mas também trazem, a pedido, qualquer outra mercadoria que o cliente deseje adquirir. Na parte de cordas, como violão,
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O lojista tem de trabalhar com o que sua clientela deseja e efetivamente compra cavaco, viola e violino, até contam com marcas nacionais. Mas a maior venda das marcas nacionais fica por conta dos instrumentos de percussão, áudio e acessórios em geral. O restante é quase tudo importado. “O lojista tem de trabalhar com o que sua clientela deseja e efetivamente compra. Alguns produtos é bom ter na loja porque chamam a atenção, são atrativos para outros, mas não dá para trabalhar só como vitrine, sejam mercadorias nacionais ou importadas. Se o produto é bom, tanto faz se é nacional ou importado”, reconheceu Giovana.
Os produtos mais procurados
Os instrumentos de cordas e percussão são o carro-chefe na Cint Art, mas quando não se vende muito uma coisa, vende-se outra. Os acessórios, por exemplo, são itens ‘pequenos’, mas importantes em uma loja, como disse Giovana: “O cliente vem para comprar um encordoamento, ou uma peça de que precise para reposição, e de repente se interessa por um instrumento novo ou diferente do que ele já possui. Aí você começa a oferecer e mostrar o que tem e como ele poderia adquirir o item. Enfim, muitas vezes uma venda puxa a outra”.
O Brasil hoje
Falando sobre a atual situação econômica e política do País, Giovana destacou que é um momento de manter os pés no chão. Não adianta fazer planos grandiosos que não possam ser cumpridos. É hora de administrar bem e se equilibrar para passar por mais essa crise. “O segmento musical está diretamente ligado à economia, à política governamental. Você nunca tem cer-
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Ampla variedade de instrumentos
Benedito, sua esposa Inês Teresinha, Giovana e Fernando Rogério
Guitarras, violões e amplificadores
Mais violões e cases
teza de nada, as coisas sempre estão mudando de posição. Claro que por um lado isso pode parecer bom, não se fica estagnado, mas por outro, essa instabilidade constante atrapalha muito. Acredito que aproveitar os momentos de maior tranquilidade e bonança para se equilibrar nos momentos de turbulência
é algo a se ter sempre em mente. Saber comprar para poder vender, ou seja, estar sempre atento a preços na hora da compra e também na hora da venda. Não queimar mercadorias. Apesar da crise, fazer uma venda só por fazer não vale a pena. Se não tiver lucro, você não se mantém em pé”, finalizou. n
A educação musical
A Cint Art começou como uma escola de música (box na pág. 78) e pedimos à Giovana para contar o que ela pensa desse setor: “Música é uma disciplina importante aqui ou em qualquer parte do mundo, traz muitos benefícios e abre possibilidades para quem leva a sério. Como somos uma família de músicos e tivemos formação primeiro com meu pai, em casa, e depois fora, percebemos a receptividade, o interesse ou a distância que existe ainda quando os pais vêm adquirir algum instrumento para os filhos. Alguns veem com muita positividade, outros nem tanto, veem como uma obrigação, uma disciplina a mais que a escola exige. Algumas escolas têm trabalhado uma inicialização musical básica. Ajuda muito, mas ainda é pouco. Não se cria uma conscientização da necessidade e importância da disciplina oferecendo só o básico. É preciso aprofundar mais o curso de música nas escolas. Claro que é complicado trabalhar com muitas crianças juntas, mas há muitas atividades possíveis para se trabalhar em grupo. É preciso ser criativo e isso exige esforço e dedicação por parte dos professores, dentro e fora das salas de aula.”
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ESTRATÉGIA
Tagima e Nagano recebem investimentos em produtos e design Na convenção da Marutec, Tagima, Nagano e Fishman terão independência e serão reestruturadas em unidades de negócios
Em destaque, Ney Nakamura, da Marutec
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Convenção da Marutec: discussão sobre produtos, design e propostas para 2016
udanças ocorrerão na Marutec, empresa que congrega as marcas Tagima, Nagano e Fishman. Na convenção realizada entre os dias 5 e 6 de março, a empresa trouxe representantes e prepostos para alinhar as novas diretrizes com a direção da empresa, anunciando maior independência e a reestruturação das marcas em unidades de negócios. Entre as novidades, a linha brasileira da Tagima será reforçada com in-
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Visitando a produção
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vestimentos no processo produtivo e modelos com desenhos próprios, feitos por Marcio Zaganin. A empresa indicou também a reformulação em todas as embalagens, etiquetas, logo e outros materiais que agreguem valor ao produto. Já a Nagano, marca de bateria da Marutec, ganhou independência. A empresa passou a trabalhar com unidades de negócios para cada marca, beneficiando a linha de baterias da empresa. A Fishman, marca americana de capta-
dores distribuída pela Marutec, também recebeu atenção. Recentemente, Klaus Ximenes, responsável pela linha de produtos na Marutec, visitou a fábrica da empresa, em Boston (EUA), para participar de treinamento. Para Marco Vignoli, gerente comercial da Marutec, “é um ano para sair da rotina”. n MAIS INFORMAÇÕES www.tagima.com.br
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FINANÇAS
DORA RAMOS
Educadora financeira, especialista em contabilidade e diretora responsável pela Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial
Não deixe o dólar alto prejudicar seu bolso Com a variação do dólar chegam os problemas, não só para as nossas empresas, mas também como indivíduos. Organização é a palavra-chave!
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odos os dias deparamos com notícias sobre a operação do dólar, com quedas e, ultimamente, altas. Embora pareça assunto de economistas e algo distante do nosso cotidiano, o fato é que as oscilações da moeda afetam — e muito — a vida do brasileiro comum. Além de interferir na bolsa de valores e nas grandes empresas, a alta do dólar impacta diretamente na inflação e, consequentemente, provoca o aumento no preço dos produtos, sobretudo os importados e os que têm insumos comprados no exterior. Os exemplos são os mais variados e vão desde os mais óbvios, como viagens internacionais, carros e roupas, até itens como pães e biscoitos, já que grande parte do trigo usado por aqui vem do exterior. Mas como o brasileiro pode se organizar para ‘sentir menos’ o dólar beirando os R$ 4, diante de um cenário em que impostos e outras contas também tendem a subir?
Independentemente de altas ou baixas nos preços, outra medida imprescindível é a busca pelo mais barato
O que fazer?
A resposta a essa pergunta pode estar em uma única palavra: planejamento! É fato que os produtos afetados pelo dólar ficam mais caros, mas muitos deles são indispensáveis em nossa vida e não deixarão de estar em nossa casa. Pessoas com renda fixa e com certo poder aquisitivo não vão deixar de consumir produtos agrícolas como o tomate, cujos
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preços tendem a subir por conta da importação de fertilizantes, ou a carne, que deve ter menos oferta interna devido ao aumento da exportação, também ficando mais cara. Com a alta do preço de produtos básicos, o ideal é dedicar uma parcela maior do orçamento às compras rotineiras no supermercado ou então abrir mão de outros itens menos fundamentais. Independentemente de altas ou baixas nos preços, outra medida imprescindível é a busca pelo mais barato, afinal, todos nós já deparamos com a mesma coisa a valores muito diferentes em locais próximos. Outra dica útil é comprar no atacado, obviamente, quando os produtos puderem ser armazenados por mais tempo.
Organize-se!
Já que despesas como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar são inadiáveis, é indispensável que seja feita uma programação desde o primeiro mês do ano. Muitas vezes, simples medidas trazem consequências imensamente benéficas
e garantem um ano muito mais tranquilo para o bolso. Na compra de um carro, por exemplo, é muito comum as pessoas fazerem contas com base apenas nas parcelas e no seguro, e se esquecerem de impostos, combustível, lavagem, estacionamento, revisão, mecânico, entre outros. Certamente, esses compromissos são responsáveis por quase meio carro zero quilômetro a cada ano. Nunca é demais dedicar alguns minutos para fazer contas e colocar ‘na ponta do lápis’ quanto por cento do salário será destinado às parcelas do cartão de crédito ou aos boletos. Dessa forma, o consumidor já impõe um limite aos próximos gastos e passa a saber o que é possível ou não de ser realizado. Faça os cálculos, anote detalhadamente todos os gastos e veja quanto as suas compras ficaram mais caras nos últimos meses ou até semanas. Assim será possível dimensionar os custos e evitar que os novos gastos atrapalhem o pagamento de contas, a reserva de dinheiro e as atividades de lazer. n
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INTERNACIONAL
Capturando o som com Larry Fishman O fundador e presidente da empresa americana Fishman — designer e fabricante de pickups, amplificação e outros produtos para instrumentos acústicos e elétricos — conta sobre seu início na indústria e as tendências no segmento
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arry sempre teve um histórico relacionado à engenharia, à fabricação, a grandes máquinas e, logicamente, à música. Sendo guitarrista profissional desde os 10 anos, antes de começar a fabricar pickups sempre teve uma sensibilidade especial com os instrumentos, curioso por saber como se produzia o som dentro deles e como fazer para melhorá-lo, mas mantendo sua natureza. Uma coisa que poucos sabem é que, já trabalhando na fabricação de captadores, um dos seus empreendimentos paralelos foi a criação da Parker Guitars, junto com Ken Parker, na década de 1980. No início com a Parker Guitars, ele e o parceiro se associaram à Korg USA, empresa que se encarregava da distribuição no mundo inteiro e aportava capital. Anos depois, quando mudou a direção da Korg, lhes informaram que já não seguiriam trabalhando no setor de guitarras, e Larry e Ken continuaram sozinhos, com 100% das ações da companhia. Em sete anos, fabricaram por volta de 40 mil guitarras e baixos. Mas com guitarras caras e uma fábrica enorme a manter, o negócio deixou de ser rentável e decidiram vendê-la à US Music. Isso deu mais tempo para Larry trabalhar na Fishman, negócio que estava crescendo rapidamente em paralelo. “Eu trabalhava 80 horas por semana, mas tenho de reconhecer que a época na Parker Guitars trouxe gran-
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Larry durante a entrevista
Vários modelos de guitarras usam seus captadores
des experiências, com guitarras maravilhosas, muitos músicos, prêmios e reconhecimento da indústria; inclusive há museus no país que continuam adquirindo os nossos instrumentos para suas coleções. Foi muito divertido”, lembrou Larry.
Quando você começou a exportar com a Fishman?
Passamos a exportar imediatamente. Os primeiros produtos eram transdutores para contrabaixo e captadores para violino. Começamos a ir à feira NAMM só com esses dois produtos.
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Na segunda NAMM que visitamos, fui falar com um grande distribuidor da Suíça e outro da Alemanha que, naquele momento, distribuíam guitarras Takamine e Fender. Eles passaram a distribuir meus produtos e em pouco tempo recebia ligações do Reino Unido, da Espanha e de toda a Europa. Simplesmente o negócio começou a crescer e os nossos produtos começaram a ser vendidos em muitos varejistas. Por quais dificuldades você passou para criar sua empresa?
Na verdade não tive nenhuma. Estava fazendo o que eu gostava. Sempre fui músico, tocava guitarra, mas também tinha um amor pela fabricação e a criação de coisas. Fazia motores para carros e motos quando era estudante, meu pai estava na indústria têxtil, sempre rodeado de máquinas grandes, e isso também chamava a minha atenção. Tinha uma base muito forte na fabricação e nas máquinas sobre a qual podia me apoiar, e amava desenhar e fabricar coisas com as mãos, então não houve nenhuma dificuldade real. Tivemos um começo muito afortunado quando passamos a fazer captadores para violão. A ideia de um violão amplificado era bastante nova na época. Nenhuma empresa americana estava fazendo isso, mas todas queriam porque viam que o mercado estava se desenvolvendo e estavam perdendo participação contra a Ovation e a Takamine, que tinham esses modelos.
Outro modelo em produção
Placas internas dos captadores
Então foi assim que começou a ação nos Estados Unidos…
Isso. Minha relação comercial com os fabricantes de guitarras nos Estados Unidos começou muito naturalmente. O dono da Guild Guitars ligou para mim, disse que tinha ouvido sobre meus captadores para contrabaixo e violino e queria um para os violões da Guild. Pediram que criasse alguma
Mostrando um dos modelos
coisa e eu disse que sim. Visitei a fábrica e quando saí já tinha um pedido de 500 peças! Isso realmente lançou a empresa e me tirou do porão de casa, onde havia algumas pessoas fazendo os captadores para contrabaixo e vio-
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lino. Começamos a buscar um espaço industrial porque pensei que finalmente a coisa podia funcionar. O passo seguinte foi uma ligação da Martin Guitar dizendo que tinham visto o sistema das Guild e perguntando se
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INTERNACIONAL queríamos fazer outro para eles, mas precisavam de um modelo diferente para seus violões standard. Como você cria uma coisa diferente para distintas marcas sem que o instrumento perca seu som real?
É algo que surge naturalmente em mim. Costumava pegar um instrumento, antes de me tornar fabricante de captadores, e o tocava durante dias, acusticamente. Colocava-o contra o meu ouvido, sentia o que estava vibrando, sentia a energia do instrumento e, como tenho um background em engenharia, fazia um tipo de análise empírica do que faz que o instrumento funcione e como capturar esse som sem interferir em suas tendências naturais. Os captadores são sempre um compromisso. Simplesmente tenho uma aproximação particular, escuto as coisas de uma forma única que deve ser o modo pelo qual muitas pessoas também o fazem, porque estamos vendendo muitos captadores, então devem estar de acordo comigo! Mas não houve nenhum estudo que me ajudasse. Apenas tive de apelar para a minha sensibilidade mecânica, minha sensibilidade como engenheiro, mas principalmente minha sensibilidade musical. O design de ferramentas musicais tem de ser uma interação que as faça mais expressivas para o músico, senão não serve. Como você conseguiu contratar pessoas quando começou do zero?
Isso foi fácil! Conhecia muitos músicos e a maioria estava sem trabalho. Então meus primeiros funcionários eram caras com que tinha tocado em alguma banda e que queriam fazer algum trabalho extra durante o dia. Quando você entrava na Fishman, sempre havia música ou alguém tocando, tínhamos jam sessions no horário do almoço, criávamos um ambiente confortável para que as pessoas que eu conhecia e que amavam a música fizessem coisas musicais.
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Larry na oficina
Maquinários de precisão
Foi bastante fácil começar desse modo. Ficou mais difícil quando as demandas passaram a ser mais altas e fiquei sem amigos músicos! Ainda hoje a empresa está lotada de músicos, pessoas que tocam todas as noites, que amam a música, que gravam, têm estúdios, são inspiradas por elas mesmas para fazer um bom trabalho. Trabalhei em muitos lugares antes de ser dono de uma empresa e lembro das coisas de que não
gostava sobre trabalhar para outras pessoas, ser tratado de certo modo, e prometi a mim mesmo que nunca faria isso com meus funcionários, que se os forçasse, não iria valer a pena. Logicamente, sempre tivemos disciplina e expectativas sobre como fazer as coisas, mas acho que a parte importante é encontrar o talento real de cada colaborador, alentá-lo e agradecer-lhe por fazer sua parte todos os dias. É importante
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Sempre fui músico, tocava guitarra, mas também tinha um amor pela fabricação e a criação de coisas desenvolver um relacionamento com os funcionários. Tenho mais de cem pessoas trabalhando e são como parte da minha família. Qual você acha que será o futuro dos captadores?
Mostrando seu lado de músico
É difícil predizer. Virão tecnologias que nunca antes imaginamos, e isso determinará o futuro. Toda melhoria em portabilidade e conectividade, em eliminar a necessidade de cabos e coisas dessa natureza virá naturalmente com o amadurecimento da tecnologia. O futuro dependerá dos avanços tecnológicos e do engenho dos designers. Na Fishman, já estão fazendo alguma coisa revolucionária com o avanço da tecnologia?
Estamos. Temos desenvolvido sistemas de transmissão de áudio sem fio que são muito mais eficientes do que nunca foram antes. Temos um sistema que é livre de quedas (de sinal) que ainda não lançamos no mercado, sairá em pouco tempo, com características como 2,4 gHz, 130 pés em campo, full band com 32 bit, 20 a 20, latência extremamente baixa — menos de 4 milissegundos — e que operará por 12 horas com duas baterias AA. Isso não teria sido possível há quatro ou cinco anos se não fosse a acessibilidade atual às novas tecnologias e a ter bons engenheiros que pesquisem e as aproveitem ao máximo. Realmente acho que os sistemas de captadores vão se tornar menores, mais eficientes em termos de energia, e que a revolução digital vai se tornar
Linha de produção
Laboratório de provas
a regra, e não a exceção. Acho que com novas tecnologias poderemos fazer sistemas mais fáceis de usar e baixar o preço. Quando você observa quais são os problemas dos músicos, pensa no que a tendência deveria fazer para resolvê-los. A música fala por si só. Pre-
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cisamos fazer ferramentas para os músicos que sejam acessíveis, muito fáceis de usar e vamos deixá-los tocar! n MAIS INFORMAÇÕES www.fishman.com
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TECNOLOGIA
Conexão Sonora reinventa a educação musical Uma nova plataforma pretende facilitar a vida de professores e tornar o ensino da música cada vez mais atraente e efetivo — inclusive para aqueles alunos que nunca tocaram instrumento algum
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ma empresa gaúcha está disposta a empregar novas tecnologias na realização de um velho ideal: qualificar — e ajudar a universalizar — o ensino de música nas escolas brasileiras. Criada em abril de 2014, a Conexão Sonora vem desenvolvendo uma plataforma de educação musical on-line chamada Music Delta Brasil, que utiliza recursos de multimídia e interatividade para impulsionar o aprendizado da música entre estudantes da educação básica. Desenvolvida na Noruega e já presente em nove países, a plataforma, totalmente adaptada à realidade brasileira, pretende auxiliar — e não substituir — o professor de música em sala de aula. Seu sistema operacional em nuvem pode ser rodado em qualquer computador e coloca os mais variados recursos nas mãos de quem tem a verdadeira missão de ensinar. Com apenas alguns cliques, os alunos têm a oportunidade de mergulhar nas diferentes esferas do universo musical. É possível compor e mixar as próprias músicas, explorar os períodos da história da música e conhecer compositores — além de interagir com o conteúdo de um modo lúdico e comprovadamente atraente. A plataforma também oferece exercícios e desafios colaborativos, entre outras ferramentas e materiais didáticos que facilitam o planejamento das aulas e proporcionam um aprendizado mais efetivo, inclusive em turmas que
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carecem de instrumentos reais. “O professor tem acesso ao desempenho individual de cada aluno, o que facilita o acompanhamento, a avaliação e a definição das abordagens mais adequadas a cada um”, explica a professora Cristina Ito Cereser, pós-doutora em música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGMus – UFRGS), sócia e diretora pedagógica da Conexão Sonora. Está na lei
Muita gente não sabe, mas, no Brasil, o ensino de conteúdo de música é obrigatório nas escolas. Desde 2012, por meio da Lei 11.769, todas
A plataforma pretende auxiliar – e não substituir – o professor de música em sala de aula
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as instituições de educação básica têm o dever de inserir conteúdos ou atividades musicais em seus currículos. Nesse contexto, segundo explica Cristina, o Music Delta Brasil se coloca como um aliado das escolas que buscam meios mais acessíveis para cumprir os requisitos da lei. “As licenças são vendidas conforme o número de alunos-usuários da plataforma, o que garante um custo adaptado para cada escola”, argumenta a diretora pedagógica da Conexão Sonora. Embora tenha sido desenvolvido na Noruega, o Music Delta foi inteiramente adaptado à cultura e à realidade brasileira. Os conteúdos estão em português e as atividades envolvem estilos e gêneros musicais, instrumentos e até mesmo bandas bem conhecidas por aqui — que vão da MPB aos grandes hits do pop nacional. As possibilidades de aplicação em sala de aula são incontáveis.
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Em 2015, um grupo de estudantes de uma escola em Porto Alegre, em uma interação on-line, utilizou um dos aplicativos da plataforma para realizar uma composição musical colaborativa junto com jovens noruegueses. Em tempo real, eles simulavam guitarras,
O Music Delta Brasil
O que é: uma plataforma interativa que facilita e estimula o ensino e o aprendizado da música em sala de aula. Como funciona: são diversos aplicativos que permitem ao aluno compor, mixar, ouvir, cantar/tocar, simular instrumentos e imergir no mundo da música. Por que é importante: porque facilita o trabalho do professor e ajuda as escolas a cumprirem a lei que obriga a inserção de conteúdo musical no currículo. A quem se destina: a qualquer escola de educação básica, escolas de música e projetos sociais que trabalham com música.
baterias, baixos e outros instrumentos, deixando a criatividade e o fascínio pela música aflorarem livremente. “Todos saem ganhando. O proCristina Ito Cereser, da Conexão Sonora
MAIS INFORMAÇÕES www.conexaosonora.com.br
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fessor tem mais recursos à disposição para planejar as aulas e os alunos se sentem mais motivados para o aprendizado”, garante Cristina. n
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CAPA
Gravando a história da Zoom
Masahiro Iijima, CEO da Zoom
A empresa japonesa conta com mais de 30 anos de história e experiência. Tem sua sede em Tóquio, onde nascem as ideias dos seus novos produtos. Por meio de Masahiro Iijima, CEO da Zoom, conheceremos parte da sua trajetória
A
Zoom Corporation surgiu em 1983 da união de cinco sócios — ex-engenheiros da conhecida Korg —, entre eles o atual CEO, Masahiro Iijima, e o CTO, Michi Nozokido, que ainda são ativos membros da empresa. Durante seus primeiros anos fabricavam equipamentos para outras marcas,
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até que em 1989 decidiram lançar o primeiro produto sob nome próprio. Nesse momento, os sócios pediram à empresa matriz para investir no desenvolvimento de chips DSP originais, mas, cinco anos depois, acabaram adquirindo essas ações com seus próprios ganhos. Atualmente, a partir da capital do Japão, produzem diferentes tipos de ferra-
mentas de áudio, como pedais de efeitos para guitarras e baixos, aparelhos para gravação, processadores e outros. Seus gravadores de mão são reconhecidos e usados no mundo inteiro, e seus produtos são distribuídos por uma ampla rede que cobre mais de cem países, incluindo a sucursal norte-americana Zoom, estabelecida em 2013.
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Um zoom na empresa
Remontando ao começo da história, o atual CEO da Zoom iniciou na indústria musical como engenheiro eletrônico, curtindo a música rock durante sua época de estudante. “Ser parte da indústria musical foi uma escolha natural para mim, para poder desenvolver instrumentos musicais eletrônicos”, disse Masahiro. O que você pode nos contar sobre seus anos na Korg?
Enquanto trabalhei na Korg, aprendi o conhecimento básico do negócio, como planejamento de produto, teoria eletrônica prática, relações humanas, direção de fábrica e de projetos, controle de qualidade. Também aprendi outras coisas, como o quanto é difícil manter uma capacidade estável de fábrica e como é complicado mudar a mentalidade das pessoas e da companhia. Não estaria aqui hoje se não fosse pelos cinco anos de experiência na Korg. Ainda valorizo todas as sugestões e conselhos provenientes das pessoas que estiveram ao meu redor nessa época.
Entrada da sede da Zoom
Por que decidiram focar nos gravadores e processadores de efeitos?
A Zoom possui conhecimento e tecnologia avançados no uso de DSP desde o começo. De fato, os gravadores e processadores de efeitos são nosso principal negócio neste momento. Contudo, é simplesmente o resultado da nossa atividade principal em DSP. Pretendemos expandir o negócio usando essa tecnologia, por exemplo, para interfaces de áudio e gravadores de vídeo. Mas também têm outros produtos…
Temos, claro que sim. Com o passar dos anos criamos máquinas de bateria eletrônica, amplificadores para guitarras, pedais stomp-box e estamos planejando entrar em novas categorias usando nossa tecnologia DSP.
Escritório central em Tóquio
Existem duas satisfações principais: uma é a realização do projeto e a outra é receber um bom feedback dos usuários finais Como a empresa está constituída?
Na Zoom temos ao redor de 80 funcionários, o que nos ajuda a compartilhar o significado dos nossos valores. Parece difícil passar isso aos funcionários de fábricas na China, mas não temos nenhuma fábrica própria, então isso não é um problema para nós. Existem duas satisfações principais que tento dividir
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com nossa equipe: uma é a realização do projeto e a outra é receber um bom feedback dos usuários finais. Então contratam fábricas terceirizadas?
Contratamos. Estamos usando companhias EMS (Electronic Manufacturing Service, ou Serviço de Fabricação Eletrônica) localizadas na China. Temos
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CAPA operado com esse estilo desde o começo, poderia dizer que inclusive antes que a Apple o fizesse com o Steve Jobs. Por isso, nos interessa conhecer as máquinas e técnicas de manufatura que são usadas, porque afetam o design industrial, o tamanho, a aparência e a qualidade de nossos produtos. Estamos sempre em comunicação com as fábricas para ver sua capacidade no uso dessas ferramentas.
Evolução pessoal e empresarial
O que tem mudado desde seu início como engenheiro até agora?
Michi Nozokido (CTO), Shun Kudoh (gerente de produto) e Masahiro Iijima (CEO)
De minha parte, tenho experimentado a rápida transição do analógico ao digital. A evolução é algo constante não só na indústria de produtos musicais, mas também na sociedade e no estilo de vida de todo o mundo. O ponto-chave
Temos ao redor de 50 distribuidores e fornecemos produtos Zoom a mais de cem países
Estúdio na sede para testar equipamentos
Mercados latinos
Você já esteve na América Latina? Já, conheci várias regiões quando cuidava de nossas exportações, há muitos anos. Hoje o panorama é bastante diferente e ainda não podemos ver a América Latina como um só mercado, pois cada um dos seus países parece ter sua própria cultura forte e suas próprias regras de mercado. Mas gostamos dessa diversidade. O que você acha dos usuários dessa parte do mundo? Acho que as necessidades básicas dos usuários dos produtos Zoom são muito similares em todos os países. Esse é nosso comprometimento para ser um fabricante de sucesso, pois focamos em criar produtos que satisfaçam as expectativas dos usuários no mundo inteiro. Na América Latina, percebemos que a nossa imagem de marca ainda é bastante forte nos pedais de efeitos, enquanto que nos Estados Unidos e na Europa nossa marca tem evoluído para ser associada aos produtos de gravação. Tendo dito isso, deveríamos pedir aos nossos distribuidores latinos para investir mais na categoria de gravação, pois todos poderíamos nos beneficiar com esse crescimento também nessa região.
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é que tanto os engenheiros da companhia quanto eu estamos muito interessados na evolução da tecnologia e em aplicá-la em nossas vidas. Como os planos e as tendências influenciaram o crescimento da Zoom?
A Zoom tem planos de crescimento em longo prazo. Alguns anos foram lentos, mas outros deixaram uma forte marca. Para dar um exemplo, as vendas no começo de 2015 cresceram o dobro em comparação com 2005, há dez anos. Sobre as tendências, pessoalmente gosto de música e toco guitarra, mas não me preocupo muito com estudar as tendências do mercado. Logicamente visito feiras todos os anos e me comunico com os distribuidores no mundo todo
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para saber mais sobre cada mercado específico. A tecnologia de internet também nos ajuda a conhecer sobre as últimas novidades em produtos.
Falando dos distribuidores, como é o trabalho com eles?
Temos ao redor de 50 distribuidores e fornecemos produtos Zoom a mais de
cem países. Temos relações sólidas com a maioria deles há um longo tempo. A relevância de um distribuidor se baseia em
Alguns novos
ARQ Aero RhythmTrak: Esse aparelho é uma máquina de percussão, sequenciador, sintetizador, looper, clip launcher e controlador MIDI, consistindo de dois componentes: a estação base AR-96 e o anel controlador removível AR-96c. A estação base contém 468 sons de bateria/instrumentos, 70 tipos de sons de sintetizador e dúzias de efeitos digitais. O anel controlador se comunica com a estação base, como também com DAWs, via Bluetooth sem fio. Oferece 96 pads sensíveis à pressão e à velocidade para lançar e reproduzir sons de bateria, de instrumentos e sequências. Podem ser executados fases e sons cromaticamente ou pode-se escolher entre dúzias de escalas apresentadas em qualquer tecla. Possui botões dedicados para REC/Play/Stop e Filter/Delay/Reverb/Master FX on/off. G5N: Processador multiefeitos para guitarristas Vem equipado com 68 efeitos DSP, mais dez emuladores de amplificador/caixa para overdrive, distorção, compressão, EQ, delay, reverb, flanging, phasing, vibrato e chorus, além de efeitos múltiplos como Seq Filter, Gold Drive, Reverse Delay, HD Hall e OSC Echo. Pode ser conectado diretamente a um sistema de PA ou interface de áudio, usando os dez emuladores, e dispõe de cinco modelos de amplificadores clássicos: Marshall JCM800, Fender Twin Reverb, Mesa Boogie Mk3, Bogner Ecstasy Blue Channel e British 30W Class A Combo. Acompanhando esses modelos se encontram as caixas gabinetes Marshall 1960 A-type cabinet (alto-falantes 4”x12” da Celestion); Fender ’65 Twin Reverb (alto-falantes 2”x12” da Jensen); o UK2x12, que recria o som dos primeiros amplificadores British combo (alto-falantes 2”x12” da Celestion); Mesa Boogie Mark III cab (alto-falante 1”x12” Celestion Black Shadow) ou Bogner Ecstasy (alto-falantes 4”x12” da Celestion). Q8: Gravador de áudio de quatro trilhas + vídeo HD Esse modelo combina vídeo de alta definição com áudio de alta resolução, o que o torna uma câmera ideal para os criadores de música e vídeo. Suas lentes grande-angulares de 160° e o zoom digital garantem a captura da imagem completa, combinada com o sistema de cápsula de microfone intercambiável próprio da Zoom e duas entradas combo XLR-TRS para mais opções de áudio. Vem com seu próprio microfone X/Y desmontável, mas também é compatível com muitas cápsulas de microfone da marca. Oferece uma tela tátil LCD full color para facilidade de uso com grande quantidade de características avançadas. UAC-2: Interface de áudio USB3.0 Essa é uma interface de áudio de duas entradas e duas saídas potencializada por bus que utiliza tecnologia de supervelocidade USB 3.0 para baixa latência e alta qualidade de áudio de até 24 bit/192 kHz. Pode ser usada com qualquer computador Mac ou Windows equipado com USB 3.0/2.0 ou, inclusive, um iPad. Conecta-se com qualquer tipo de microfone, aparelho de nível de linha ou instrumentos para gravação fácil e rápida em um DAW, ou pode-se usar a UAC-2 para reprodução no palco dos arquivos de áudio ou streaming on-line no escritório ou em casa.
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CAPA grande parte em como ele pode se concentrar na nossa marca, sem importar o tamanho da companhia, e se encarregar dos dealers com que trabalha em cada país. Nossa missão como fabricante é desenvolver e fornecer produtos sólidos e vendáveis. Esse é o melhor suporte que podemos lhes dar.
Produtos standard, não
Por não ter fábrica própria, as ideias dos produtos se tornam seu trabalho principal, certo?
Com certeza. E sabe o que é curioso? As novas ideias não surgem enquanto estou trabalhando no escritório. A inspiração vem enquanto estou correndo ou fazendo exercício, ou logo quanto acordo, ou enquanto viajo no trem suburbano. Simplesmente aparecem quando minha mente está relaxada.
Setor administrativo na sede
ço, tamanho, cliente, objetivo, aparência etc. Como tudo isso se une com o departamento de R&D?
De modo que os designs são de sua autoria…
Digamos que me envolvo muito no ‘design industrial’ na primeira etapa. Também me interessa discutir a ‘interface de usuário’ do produto, pois precisa ser fácil de entender. Às vezes nossos engenheiros se reúnem comigo para falar sobre as especificações, mas deixo essa parte com eles quase por completo. Na etapa final do desenvolvimento de produto, a ‘prova de som’ é minha última tarefa importante antes de introduzir um novo produto da Zoom no mercado.
Zoom H5, gravador de áudio de alta qualidade
Pontos em destaque
Como a filial nos Estados Unidos os tem ajudado? Microfone para smartphones
Que filosofia-chave poderia dizer que aplica aos seus produtos?
Nunca pretendemos desenvolver produtos do estilo ‘nós também temos
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Dos 80 funcionários nos nossos escritórios centrais, 40 deles são engenheiros que pertencem ao departamento de R&D. Eles focam nas nossas tecnologias principais, tais como processamento de sinal digital, design de interface de usuário, aparência e design mecânico, e voicing (criação de som). Depois tem outras tecnologias gerais que se terceirizam, como design de PCB e engenharia de fábrica.
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um’ e nunca o faremos no futuro! Todos os nossos novos produtos devem incluir alguma coisa que seja ‘pioneira no mundo’, sem ser necessariamente de tecnologia, mas pode ser sobre pre-
A Zoom North America é basicamente um distribuidor. Contudo, devido ao fato de que o mercado dos Estados Unidos ainda é o maior e mais influente na nossa indústria, obtemos mais conhecimento sobre tendências do mercado por meio da sua valiosa atividade. Além disso, eles
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desenvolvem material de marketing que depois fornecemos ao mercado mundial e estabelecem relações com artistas de primeiro nível. Isso ajuda muito a nossa estratégia de marca. Também se encarregam das redes sociais?
Sim, o trabalho da Zoom NA nessa área é fundamental. As redes sociais têm se tornado uma ferramenta importante para a publicidade no lugar dos meios tradicionais, especialmente do ponto de vista de custo-benefício. Mas, além disso, tentamos expandir nossa rede de seguidores e usuários de produtos ao fornecer conteúdo com mais valor. Qual é a sua opinião sobre a indústria atual?
É triste saber que as pessoas já não estão pagando um preço razoável pela música, tanto legal como ilegalmente. Os criadores devem ser respeitados e ser capazes de desfrutar sua própria atividade lucrativa, senão o mundo passará a ficar sem entretenimento e diversão. E como se fosse pouco, as crianças tendem a só jogar videogames. Já falando sobre nossa empresa, o segmento no qual focamos ainda está em crescimento, não só em mercados estabelecidos mas também nos países em desenvolvimento. As pessoas podem usar a internet para compartilhar criações pessoais, o que no passado só era possível para profissionais ou grandes companhias. É uma ameaça séria para os meios tradicionais, como a TV ou a imprensa organizada, e ao mesmo tempo é uma oportunidade para que forneçamos equipamento confiável para tal uso criativo pessoal. Planos para 2016?
No mercado da indústria musical, deveríamos tomar parte das ações da nossa concorrência. É o único modo de crescer. Contudo, o mercado da eletrônica de consumo é enorme e
No Brasil, é a Royal Music!
A Royal Music, com sede em São Paulo, começou a distribuir a Zoom em 1995. Naquele momento, a marca não tinha muita representatividade no mercado, mas um Massimo Barbini (Zoom), Kiko Loureiro, ano depois já era líder Hiro Iida (Zoom) e René Moura com a pedaleira Zoom 1010, modelo campeão de vendas da O que vocês fazem para divulgar as época. A seguir, René Moura, CEO da informações de produtos? Royal Music, conta mais detalhes soAtualmente estamos mais focados em bre esse relacionamento de sucesso. criar conteúdo on-line, mas temos um especialista de produto que faz os treiComo você poderia descrever a namentos e outras surpresas. Alguns situação da Zoom Brasil hoje? dos artistas Zoom, como Andreas KisA Zoom se consolidou como a líder ser e Kiko Loureiro, viajam muito e às em pedaleiras e agora líder em gravezes fica difícil organizar eventos. vadores portáteis. Temos cerca de 60 mil fãs no Facebook e muitos guitarSegundo sua opinião, o que ristas já usam Zoom no Brasil como procuram os usuários brasileiros? primeira opção. Faz parte da história Bom preço, que o produto seja fácil de muita gente. Os brasileiros gosde usar e com som excelente, tudo tam muito da marca pela sua ótima que a Zoom oferece. qualidade e preço competitivo. Já falando sobre a situação adversa O que os usuários comentam do mercado, o que você acha que sobre a marca? vai acontecer? A Zoom é sempre muito falada. Sai Com o dólar a R$ 4 fica tudo caro. Acho foto de produto novo e já fazem review que seria ideal se as lojas buscassem só da foto, sem ouvir o seu funcionasempre novas formas de gerar tráfemento ou as características. A marca go para trazer clientes potenciais para tem a fama de surpreender porque dentro da loja e aumentar as vendas. tem sempre novas tecnologias. Por Quais os planos exemplo, acabamos de lançar a pedade vocês para a Zoom? leira G1onAK, do Andreas Kisser, excluO mais próximo é o lançamento do siva para o mercado brasileiro! Zoom Andreas Kisser e do Kiko LouComo é o relacionamento reiro — futuramente Edu Ardanuy. com a Zoom? Não paramos! E ganhar market share Já temos mais de 20 anos de relaciono mercado de interfaces, em que a namento, é uma relação de parceria e Zoom está entrando com qualidade recebemos inúmeros prêmios. Além excelente e bom preço! Além disso, disso, fomos nós que criamos o pricontinuar crescendo com o mercado meiro pedal signature da Zoom com de gravadores. A Zoom está se exo Kiko Loureiro. É uma grande honra pandindo para novas linhas e estatrabalhar com eles! mos bem empolgados.
está em constante evolução. Deveríamos nos posicionar na frente deste último mercado, com uma base sólida na indústria musical. n
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MAIS INFORMAÇÕES www.zoom.co.jp royalmusic.com.br
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MARKETING
CAMILA CRAVEIRO
Professora do Instituto de Pós-Graduação e Graduação. Também é mestre em Comunicação Midiática, doutoranda em Sociologia e consultora na área de Marketing e Vendas.
Sim, é possível usar estratégias de marketing em pequenas empresas! Base de dados atualizada, conhecimento da concorrência e saber usar os recursos corretos podem ajudá-lo efetivamente com a imagem da sua empresa
E
m consultorias, a principal objeção ao falar em marketing que ouço é: “Minha empresa é pequena, não temos dinheiro para investir em marketing”. O mais engraçado é que após minutos de conversa é possível perceber que isso é dito inclusive por aqueles que já fazem uso do marketing, ainda que sem saber.
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De acordo com Kotler, o marketing consiste no planejamento e na execução de estratégias que otimizem as variáveis controláveis de uma organização, sendo elas: o preço, a praça/ distribuição, o produto/serviço e a promoção (no sentido de comunicação). Para que essas variáveis sejam otimizadas, é prioritário conhecer o
público-alvo. Mas, na condição de pequena empresa, como fazê-lo?
Dados organizados
Primeiro, um banco de dados dos clientes com o maior número de informações possível: nome, telefone, endereço, data de nascimento e anotações sobre o que consomem em cada compra (as-
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sim, também se consegue medir a frequência de compra). Para consegui-lo, pode-se lançar mão de um sorteio de brindes, em um período mais alto de vendas, com preenchimento desses dados em um cupom, que será depositado em uma urna, por exemplo. Lembre-se apenas de não colocar muitos campos para o cliente preencher, porque hoje em dia ninguém tem paciência para pesquisa nos moldes Censo. Uma vez com o banco de clientes atualizado, pode-se pensar em comunicações específicas para cada público, seja via e-mail marketing, envio de SMS, mala direta etc., tudo planejado em consonância com o perfil do target.
meter seus lucros. Pelo contrário! Quando bem-feita, a experiência vai mostrar que investir uma porcentagem do faturamento (seja 3%, 5% ou mais, se houver condições) em marketing é certeza de sobrevivência em um mercado altamente competitivo — basta ver que a grande maioria das empresas no Brasil é do tipo micro e pequena. n
Fazer uma boa comunicação depende de um profissional que saiba criar peças bonitas e que funcionem Fazer uma boa comunicação depende de um profissional que saiba criar peças bonitas e que funcionem. Mas isso também não vai compro-
Cadê a concorrência?
Muito importante, ainda, é conhecer os concorrentes diretos. Se eu tenho um pet shop em uma região onde existem três concorrentes, preciso pesquisá-los. Mas aí logo vem a angústia: “Pesquisa é muito caro!”. Nem sempre. Você mesmo pode fazer um cliente oculto nos outros estabelecimentos ou, caso seja conhecido pelos seus concorrentes, elencar o que precisa ser observado e pedir a um amigo que os visite. Nesse momento, é importante analisar o atendimento, o layout das lojas, os produtos disponíveis, os preços praticados, diferenciais como estacionamento, segurança, conveniência etc. De posse dos dados dos seus concorrentes, fica muito mais fácil entender quais são seus pontos fortes e onde é preciso melhorar. Isso é o início de uma Análise SWOT (em bom português, FOFA — Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) da sua empresa.
Contato com os clientes
E não podemos nos esquecer do uso de mídias sociais quando seu negócio pede esse tipo de approach com o público. Nesse ponto, pessoalmente, já não creio em tentar o “do it yourself”.
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VENDAS João Marcelo Furlan
Presidente da Enora Leaders, empresa de educação corporativa especializada em aceleração de resultados, e diretor de regionais da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).
Neurovendas: 4 perguntas que o seu cliente precisa ouvir Venda é um processo de liderança, e não me refiro a liderar uma equipe. Um bom vendedor precisa, acima de tudo, saber liderar o cliente, de modo que ele seja conduzido ao resultado esperado
I
sso demanda técnica de persuasão, o que, ao contrário do que todo mundo pensa, nada mais é que apresentar opções para uma pessoa decidir sobre algo. Principalmente diante da crise, cenário que exige adaptação e agilidade para lidar com as constantes mudanças, saber se comunicar torna-se uma ferramenta importante durante uma negociação. E um vendedor que se comunica bem inevitavelmente faz as perguntas corretas nos momentos corretos para conduzir o cliente a algo que seja vantajoso para ambos. Embora seja algo que todos fazemos desde pequenos, perguntar exige técnica quando o assunto é o mundo das vendas.
Neurociência nas vendas?
Uma técnica importante nos dias de hoje, época em que o cliente exige mais
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que apenas informações sobre o produto, é a neurociência. Afinal, o nosso cérebro tem 86 bilhões de neurônios, sendo que cada um deles é capaz de fazer 15 mil conexões. Toda essa teoria, na verdade, é apenas para mostrar quão complexa pode ser a mente de um comprador. Mas como interpretar o que o cliente está pensando para oferecer-lhe a solução ideal? Por que ele te fez uma visita, acabou não comprando nada e sumiu em determinado momento?
A resposta a essas perguntas pode estar exatamente nas perguntas feitas, na maneira como o vendedor interpreta a necessidade dos clientes. O questionamento certo no momento certo agrega valor ao produto ou serviço, ajuda no fechamento do negócio e evita que o comprador desapareça. Os profissionais de vendas precisam proporcionar ao comprador um ambiente agradável, com informações que, de fato, façam sentido para ele.
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Isso ativa os neurotransmissores de bem-estar, como dopamina, citosina e serotonina, e fatalmente colaboram para o fechamento da negociação.
O que ter em conta?
Para ajudar as empresas a terem uma venda mais assertiva, preparei um passo a passo com os diferentes tipos de perguntas e suas respectivas fases, instrumentos tão fundamentais na técnica de neurovendas:
1.
Pergunta aberta Esse tipo de pergunta deve ser usado no início da abordagem, para entender os principais interesses do cliente. Ela pode ser empregada nos contextos amplo e direcionado. Uma pergunta ampla (na linha de “Como andam os negócios?”) permite que o cliente fale sobre vendas, atendimento, funcionários etc. Se não obtiver o resultado esperado, deve ser seguida por uma pergunta direcionada (“Você tem atingido suas metas?”, por exemplo), que pode fazer o cliente dar uma declaração sobre o tema de interesse.
2.
Pergunta de reformulação Depois da primeira fase, o vendedor deve escutar claramente o que o cliente lhe passou sobre o tema que direcionou e, então, reformular a pergunta para extrair mais detalhes. Nesse ponto, é importante definir informações convergentes e divergentes para seguir a conversa. Uma convergente pode ser obtida com perguntas como “Quais os principais produtos que lhe estão garantindo um bom resultado?”, que pode abrir uma gama de possibilidades para o vendedor oferecer soluções que atingem a expectativa do comprador. Já um questionamento divergente, do tipo “Por que você acha que os outros produtos
O questionamento certo no momento certo agrega valor ao produto ou serviço, ajuda no fechamento do negócio e evita que o comprador desapareça não estão vendendo tão bem?”, permite que o vendedor evidencie cenários que não favorecem o cliente e evite-os em qualquer proposta.
3.
Pergunta fechada É utilizada na fase final das investigações, quando o vendedor já ponderou o que é mais ou menos indicado e qual solução pode oferecer, capaz de agregar valor ao cliente e, ao mesmo tempo, de gerar uma boa venda. Nessa etapa, o profissional que conduz a negociação pode usar casos comparativos para que o comprador indique uma ou outra alternativa. Com perguntas como “Se eu oferecesse esse produto que já está vendendo bem, com mais prazo ou desconto à vista, você se interessaria por comprar em maior quantidade?”, o vendedor passa a construir um produto que vai agregar valor, já com uma proposta ‘validada’ pelo cliente.
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4.
Pergunta dirigida É a pergunta conclusiva, utilizada quando o vendedor faz uma proposta clara para o cliente, enfim, responder de forma positiva ou negativa: “Ofereço esse produto, em pronta entrega, com desconto à vista e mais uma bonificação se fecharmos até amanhã.
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O que acha?”. Essa pergunta é, na verdade, um fechamento para a tomada de decisão do comprador, pois o vendedor já chegou à sua melhor proposta depois de saber qual é a melhor alternativa para o cliente. Ao final desses quatro passos, o profissional de vendas dificilmente vai encontrar o comprador com uma posição aberta por muito tempo. Como fez uso da neurovenda para identificar as necessidades e ofereceu a melhor proposta possível, um retorno negativo do cliente provavelmente indica que ele tem outras prioridades, enquanto um retorno positivo comprova um trabalho com perguntas bem-feitas e antecede o fechamento do negócio. n
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MARKETING E NEGÓCIOS
ALESSANDRO SAADE
Baterista, administrador de empresas, pós-graduado em Marketing pela ESPM, mestre em Comunicação e Mercados pela Cásper Líbero e especialista em Empreendedorismo pela Babson School. Professor no Master de Empreendedorismo e Novos Negócios da BSP, é autor e colaborador em diversos livros. Site: www.empreendedorescompulsivos.com.br
Uma revolução barulhenta, e harmoniosa!
Já percebeu as mudanças nos compradores e as demandas que eles têm com a sua loja?
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unca antes na história do mundo encontramos uma geração de jovens tão diferente. São individualistas, mas apoiam e se mobilizam por causas comuns. Preocupam-se com dinheiro, mas buscam gerar seu próprio sustento sem tanta preocupação em ter um emprego formal ou tradicional. Valorizam as artes, vivem sob uma intricada plataforma tecnológica, buscam a melhoria do meio ambiente e se mobilizam a distância para gerar e compartilhar riqueza. Você pode hoje, por exemplo, encomendar um jingle para sua loja num site com diversos produtores, dos mais diversos cantos do mundo, tudo convergindo para um único site e pagando pouco, mas muito pouco, por isso. E como a regra é dele, ele faz na hora que quer, da forma que quer e como quer. Mas lhe entrega um trabalho de qualidade nas condições acordadas.
Chegaram os Millenials!
Novas formas, novas regras, novas relações, novos trabalhos, novas soluções, novidades. Bem-vindo ao mundo dos Millenials! E mesmo que você habite há bastante tempo este planeta, o mundo agora é deles. E somos nós que temos que nos adaptar, mas garanto que será bom. Este fornecedor diferente, criativo, colaborativo e bem informado também age da mesma forma como consumidor. Pesquisa bastante antes de comprar, compara funções e preços, pergunta em fóruns, conversa com amigos e demanda da sua empresa comportamentos e soluções similares às que ele oferece quando fornecedor: interatividade amigável, diversas soluções e formas de consumo, experiência, instantaneidade e virtualidade.
Vida on-line
Então sua loja, para continuar existindo, deverá ser acessada via web, com o mesmo cuidado com que você recebe pessoalmente em sua loja convencio-
Dica de site
Dica de livro
The Jazz Process: Collaboration, innovation and agility. Autor: Adrian Cho (em inglês)
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nal. E também pelo aplicativo. E pelas diversas redes sociais. Ele deverá poder tirar dúvidas, experimentar, conversar com especialistas, ter acesso a outros clientes que já compraram o mesmo produto de você e por aí vai. A boa notícia é que eles não se furtam em contribuir: respondem pesquisas, assistem a vídeos e dão suas opiniões de forma clara e direta, para quem tiver ouvidos para ouvir e determinação para agir. O resultado final é uma relação contínua, intensa e confiável. E neste momento, o que toda empresa deseja é continuidade e escalabilidade, ou seja, quer estar num segmento de mercado que possa crescer e se manter ao longo do tempo, com clientes comprometidos e engajados. Mas não se engane. Ele não é fiel. Ele lhe respeita enquanto se sentir respeitado, privilegia enquanto se sente atendido. Deve ser reconquistado a cada contato. Prepare as flores e o chocolate, mesmo que virtuais! n
fiverr.com – produção gráfica, áudio, vídeo, em tempo real, com baixo custo e boa qualidade.
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COMO É BOM VENDER LUIZ CARLOS RIGO UHLIK
é um amante da música desde o dia da sua concepção, no ano de 1961. (uhlik@mandic.com.br)
E agora? Agora, meditemos A economia do País, a crise institucional, a agressividade dos concorrentes são as causas da perda de seus clientes, das suas oportunidades, dos seus negócios?
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erá que devemos acreditar nisso? Não há nada que possa ser feito? Os clientes que o abandonaram estavam errados ao escolherem a sua loja, ou o abandonaram pelos motivos errados? O que você deixou de fazer ou fez errado para perdê-los? A resposta para essas indagações está intimamente ligada aos fundamentos! Você está seguindo os fundamentos de uma boa gestão?
10.
11.
O que é fundamento?
Fundamento é sustentáculo, base; alicerce, conjunto de regras básicas de organização e funcionamento de uma instituição, estabelecimento, esporte etc. Exemplos de alguns fundamentos: a visão, a missão, a cultura, os valores, os objetivos, as metas e o alinhamento com a organização. Mais ainda: a execução de estratégias, fazer acontecer, motivação, incentivos, avaliação de desempenho, performance, e por aí vai. Tudo isso, somado, gera os fundamentos de uma boa gestão.
Pense nas suas ações!
Para não complicar as coisas, vamos converter esses elementos que geram fundamentos em palavras comuns, palavras que possamos entender: Como está a fachada da sua loja?
1. 2. 3.
E a vitrine? Os seus colaboradores estão uniformizados, asseados,
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individual ou é de propriedade da empresa? A agenda existe? Nos dias de vale e adiantamento (meio do mês) e nos dias de pagamento (começo do mês) você ataca o seu cliente por meio das diversas formas de contato? Nas datas festivas, carnaval, Páscoa, Dia dos Namorados, Dia das Mães, e assim por diante, você se veste desses personagens para encantar o seu cliente? O fluxo de caixa da sua empresa é da loja ou seu? Treinamentos e reuniões motivacionais fazem parte da sua estratégia de potencializar os colaboradores? Você tem uma estratégia clara para derrubar qualquer tipo de ‘leilão’ que o seu cliente apresente?
convidando as pessoas a interagir com eles? A visualização dos seus instrumentos musicais é clara? Os equipamentos estão ligados, prontos para arrasar qualquer pessoa que se atreva a ‘tocar’ nos maravilhosos instrumentos da sua loja? A linguagem dos seus colaboradores diante do cliente é clara, estudada por você e a direção da empresa; ou é uma linguagem particular, carregada de individualismo? E o networking? Você tem se interessado em buscar informações sobre todas as pessoas que entram na sua loja? Mais ainda: elas saem com informações suficientes sobre você, o produto de interesse e o seu negócio? O seu mailing é ativo?
4. 5.
6. 7.
8. 9.
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E a agenda dos seus colaboradores, é particular,
12. 13. 14.
Diligente ou inteligente?
Vou ficar por aqui para não gerar mais confusão. Existem dois tipos de negócios de sucesso: o diligente e o inteligente. O diligente é aquele que durante a jornada comercial se apodera positivamente de todos os itens descritos acima. O inteligente é aquele que derruba a jornada comercial, atua 24 horas por dia, sempre com inovação, motivação, competência e empreendedorismo. Isto gera sucesso; o resto, fracasso! Então, o que você vai fazer? n
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Pós-venda, a melhor forma de fidelizar o cliente Especialmente em tempos de crise, vender mais para o mesmo cliente pode ser a melhor alternativa para garantir os resultados e fazer com que as metas sejam batidas
É
fato que em períodos de retração econômica as pessoas e empresas arriscam menos, deixam de comprar novos produtos/ serviços e também de procurar por novos vendedores. Ou seja, o vendedor deve se agarrar aos seus clientes e batalhar para que eles ampliem o ticket médio, fatos que, claro, podem render indicações e novos contatos. Segundo pesquisas de Fred Reichheld, criador do Net Promoter Score, índice que mede a lealdade do cliente, um aumento de 5% na retenção de clientes pode gerar melhoria de 25% a 75% nos lucros, principalmente se forem clientes estratégicos com muito potencial. O especialista classificou os compradores entre: ‘promotores’, que avaliam bem, sempre repetem a compra e insistem para que seus amigos façam o mesmo — empresas com 80% de clientes promotores estão no caminho certo para a excelência no atendimento e o sucesso em vendas; ‘neutros’, aqueles satisfeitos, mas pouco entusiasmados e que podem ser facilmente seduzidos pelo concorrente; e ‘detratores’, ou seja, os consumidores infelizes, responsáveis por mais de 80% da propaganda negativa de uma empresa.
um pós-venda de qualidade! Sempre digo que o pós-venda é a pré-venda da próxima venda. E, apesar da repetição de palavras, essa é mesmo a melhor definição para essa técnica, que é tão importante quanto o primeiro atendimento, quanto a venda em si. É um erro acreditar que uma negociação se encerra com a assinatura de um contrato ou quando o comprador deixa a loja. A venda precisa ser encarada apenas como o primeiro passo de uma parceria que pode durar muitos anos. É somente depois de fechar o negócio que o comprador tem a oportunidade de testar o produto ou serviço e, ao mesmo tempo, é quando dá a oportunidade para a empresa mostrar que não vendeu apenas ‘por interesse’, que estava realmente empenhada em garantir a satisfação. Esse comprador espera receber a mesma assistência que teve durante a venda, e essa é a chance que o vendedor tem de não decepcioná-lo, de fortalecer a confiança e estreitar a relação comercial. Uma empresa que não oferece um bom pós-venda certamente corre o risco de perder o controle e a influência sobre o cliente e, mesmo que o produto vendido seja muito bom, ele pode ser comprado na concorrência.
Mas quais métodos utilizar para fidelizar o cliente? Como evitar que ele fale mal da minha empresa? Um desses métodos é praticamente infalível: garantir
Assim como no processo da venda, é importante criar uma aproximação com o cliente e saber quais são as suas expectativas com o produto ou serviço
Ideia tirada da cartola…
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Atenção na pós-venda!
Uma empresa que não oferece um bom pós-venda certamente corre o risco de perder o controle e a influência sobre o cliente adquirido. O comprador quer sentir a sensação de segurança ao fazer uma escolha e, por isso, as empresas precisam criar métodos para acompanhá-lo e garantir o bom funcionamento do produto. Uma boa forma de botar isso em prática é estruturar, quando possível, uma equipe dedicada exclusivamente ao atendimento pós-venda, com visitas técnicas, reuniões de acompanhamento do trabalho ou até mesmo uma simples conversa para saber qual o grau de satisfação do comprador. É imprescindível criar uma rotina que possa ser realizada pelos próprios vendedores. É importante ter a consciência de que a pessoa satisfeita com o atendimento recebido cria uma imagem positiva da empresa e do processo de compra. A iniciativa faz com que ela retorne sempre que necessário e ainda faça boas recomendações, que, por sua vez, podem resultar em novos clientes. O comprador satisfeito vira um promotor, que pode indicar a outras pessoas ou ampliar o seu ticket médio. É esse tipo de cliente que todo vendedor precisa manter por perto. E lembre-se sempre: o pós-venda é a pré-venda da próxima venda! n
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ÚLTIMAS UNIDADES KIKO LOUREIRO EDIÇÃO COMEMORATIVA
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APRENDA JÁ MIGUEL DE LAET
Bacharel em música e especialista em publicidade pela Universidade de São Paulo (USP), é professor do curso de pós-graduação em Negócios da Música da Universidade Anhembi Morumbi e diretor-executivo da Universo Acústico, prestando serviço de consultoria em comunicação e marketing para empresas do setor musical. migueldelaet@universoacustico.com
Reestruturação: reinventar a roda é possível? É inegável que o segmento musical é um dos setores que mais vem sofrendo no período de retração. A crise está aí e, se você deseja superá-la, é importante encarar a realidade, sem valorizá-la ou minimizá-la
O
s números indicam que 2016 ainda será de desaceleração, e, por essa razão, é importante respirar fundo e começar a se preparar para mais uma batalha. Conversando com um pequeno lojista do litoral paulista sobre a crise, ele disse que “muita gente vem falando para nós sobre como esse período está difícil, mas tivemos um bom ano. Acredito que os ‘grandes’ estão sentindo mais do que nós”. De certo modo ele tem razão: as grandes empresas, via de regra, tiveram perdas muito expressivas. No mercado automotivo, por exemplo, tivemos no ano de 2015 uma queda vertiginosa da líder Fiat, que emplacou cerca de 439 mil veículos ante quase 700 mil em 2014, uma queda de 37%. Além de vender menos, a Fiat viu os seus concorrentes se apro-
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ximarem. Em 2014, a montadora de origem italiana tinha 20,9% do mercado automotivo. Em 2015, conseguiu conquistar apenas 17,7% do mercado. Fato curioso é que, entre as dez principais marcas, temos as japonesas Toyota e Honda, bem como a coreana Hyundai ampliando o volume de vendas na comparação com 2014 de forma expressiva. A coreana conseguiu saltar de 7,1% (2014) para 8,2% (2015), especialmente pelo bom desempenho do seu compacto HB20, terceiro carro mais vendido do País. A demanda por modelos da Toyota aumentou devido ao consagrado Corolla e ao compacto Etios, garantindo maior presença da marca no Brasil, fechando o ano com 7,1% de market share (em 2014 tinha 5,8%). A Honda também registrou alta importante, de 12,4%. Aliás, vale destacar
que a marca não possui em seu mix de produtos um modelo popular com preço competitivo, tendo o Fit como modelo mais acessível partindo de cerca de R$ 50 mil. Mesmo assim o market share da companhia avançou, chegando a 6,2% (antes 4,1%) impulsionado pelo lançamento HR-V. Poucos se dão conta de que, mesmo em tempos de crise, as pessoas continuam tendo o desejo de adquirir coisas, consumir produtos. O que diminui é a compra por impulso e o consumidor tem um comportamento mais rigoroso para fechar o negócio.
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No mercado automotivo, as três grandes perderam mercado para as menores, que, por incrível que pareça, são líderes em pesquisa de satisfação do cliente e pós-venda. Curioso, não? O desaquecimento do mercado doméstico forçou algumas fabricantes brasileiras a buscar clientes no mercado internacional (assunto que abordaremos no próximo artigo) e distribuidoras a repensar os seus pedidos para se adequar a uma demanda menor pelos produtos, tornando o desafio de quem trabalha no varejo ainda maior. Não raras vezes encontramos lojas que trabalham com poucas peças para pronta entrega devido ao escasso espaço físico, que prejudica o estoque de um mix de produtos. Além disso, são poucos os lojistas — e até mesmo fabricantes e distribuidoras brasileiras — que trabalham com uma planilha de projeção de vendas, programando de forma inteligente os seus pedidos para não deixar o cliente na mão.
Um passo para trás com o intuito de voltar a crescer!
Segundo o Valor Econômico, as vendas de produtos de higiene e beleza somaram R$ 42,7 bilhões em 2015. Isso representa uma queda de 6% em relação ao ano anterior, já descontada a inflação, de acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Depois de crescer em dois
dígitos por mais de duas décadas, é a primeira retração do setor em 23 anos, algo impensável para muitos. Muitos são os fatores que originaram o resultado: a retração econômica, o aumento do desemprego — e, com isso, a redução da renda —, a crise hídrica, o aumento da carga tributária e o cenário de instabilidade política acabaram minando as pretensões de crescimento do setor de cosméticos
Nos momentos de crise, é fundamental cuidar bem dos clientes!
Parece tão natural pensar assim, mas na prática descobrimos como é difícil, especialmente nos momentos de crise. Isso porque o cliente tem características diferentes do período de aquecimento mercadológico. Mais exigente e criterioso, via de regra, o comprador nos momentos de crise se preocupa com a experiência da compra. A compra por impulso diminui vertiginosamente e, se existe uma vantagem, geralmente as compras são realizadas com pagamento à vista ou em um número menor de parcelas. E, por essa razão, existe a tendência de o comprador chorar um desconto. Aliás, vale lembrar que, apesar de a compra ser mais racional, o envolvimento emocional com o produto ainda existe e não deve ser negligenciado. Entender as necessidades e se envolver com o sonho do consumidor é fundamental para realizar a venda do produto.
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APRENDA JÁ no mercado brasileiro. Se antes de fechar 2015 a Natura, uma das líderes do mercado, já estava pensando em reestruturação, imagine com um cenário de retração e surgimento de novos players importantes! Vale lembrar que a Natura, antes de viver a primeira retração do setor em 23 anos, sentiu na pele o que é perder mercado, perdendo a liderança do setor para a conterrânea O Boticário, que ampliou os seus canais de vendas apostando também em ‘consultoras’. Além disso, as duas acompanharam o crescimento de novos players como Mary Kay e Jequiti, com propostas também agressivas e apostando no mesmo canal de vendas. O americano Alan Kennedy, por décadas o responsável pela área comercial da Avon, dizia que o fundamental no mercado de venda direta é convencer as vendedoras — que seriam as grandes formadoras de opinião —; as consumidoras, para ele, vinham em segundo lugar. Naturalmente, a estratégia de vendas de empresas como Avon, Natura e companhia acabava um tanto engessada, pois vender em outro canal seria uma traição que poderia colocar tudo a perder. A fidelidade às consultoras fez com que a Natura abandonasse pelo menos cinco projetos para diversificar as vendas nos últimos anos. Mas, enquanto a Natura ficava nessa verdadeira lagoa estagnada, o mercado mudou e as ‘queridas consultoras’ deixaram de oferecer apenas os produtos da marca e começaram a ter no portfólio produtos da concorrente O Boticário, entre outras. “Temos de admitir claramente que hoje compartilhamos o canal com outras empresas”, disse Roberto Lima, presidente da Natura, em teleconferência com analistas no fim de outubro de 2015. Com isso, a empresa entrou em um dilema: ou a Natura aumenta o seu envolvimento com o público ampliando os seus canais de vendas, ou acabará assumindo o papel de ‘marido traído’, per-
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dendo presença de mercado. Para se ter ideia, são mais de 300 empresas que atuam com venda direta atualmente no País — e esse número tende a crescer ainda mais. Para tentar reverter a situação, os três principais acionistas e cofundadores da Natura, Guilherme Leal, Luiz Seabra e Pedro Passos, reaproximaram-se do dia a dia da Natura, em especial Passos, o mais novo dos três, que é o presidente em exercício do conselho de administração. A estratégia de modernização da empresa está estruturada em três pilares: o lançamento de produtos para novos públicos, a diversificação dos canais de venda e a consolidação de uma marca sustentável global. No catálogo de lançamentos estão produtos dirigidos aos adolescentes, um segmento no qual a empresa não atuava. O presidente, Roberto Lima, ex-presidente da Vivo, conseguiu bons resultados na administração, diminuindo as despesas em 15% em 2015 e negociando com empresas de telefonia um pacote para as consultoras, para muni-las com aparelhos novos que processem pagamentos com cartão de crédito ou débito. Também foi o principal promotor de um novo projeto de vendas em farmácias. Outro ponto deficiente da Natura, sua presença na internet, foi corrigido por meio do desenvolvimento do Rede Natura em 2014, portal onde as revendedoras/consultoras podem oferecer os produtos da empresa on-line. A intenção de apostar nas vendas multicanal ganhou força e a Natura se prepara para abrir suas primeiras lojas físicas próprias em 2016 com foco
no público jovem das classes A e B, que hoje não são prioridade das consultoras. Além disso, a Natura continuará investindo no mercado internacional, onde suas vendas cresceram 26% em 2014 e que já corresponde a cerca de 40% do faturamento da empresa. No papel, a estratégia parece ser correta, pois a empresa começa a colocar o consumidor em primeiro plano, ignorando Alan Kennedy, sem deixar de lado sua força de vendas primária formada por suas consultoras. Afinal, como o próprio Guilherme Leal, um dos fundadores da Natura, afirmou: “Tem consumidores que preferem mais um ou outro tipo de canal de venda e distribuição. O que nós temos de fazer é oferecer essa diversidade a ele”. Para Leal, a mudança de estratégia nos canais de venda, apesar de chegar tardiamente, é fundamental para a retomada do crescimento da empresa, mas não é algo que renderá frutos em curto prazo. Um dos motivos de iniciarem a implantação em um momento de crise é, segundo ele, para que tudo esteja pronto quando esse momento desfavorável da economia passar. ”A entrada da Natura no varejo toma tempo. Ela precisa ser experimentada, precisa ser modelada na experiência real. Nós não estamos pensando em dois anos, três anos. Estamos pensando na próxima década, pelo menos”, disse.
Conclusão
Uns dos principais inimigos de um empreendimento são o comodismo e a distância que estabelece entre os seus clientes. Ignorar o fato de que o mundo está se tornando cada vez mais conectado e de que as pessoas possuem necessidades e preferências distintas no que se refere ao rito de consumir novos produtos é muito arriscado. Repensar nossos valores e nossas ações, acompanhar as mudanças e a dinâmica do nosso negócio, estar presente no dia a dia dos nossos clientes são fundamentais para se manter vivo em um mercado competitivo. n
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PONTO DE VENDA JOEY GROSS BROWN
Especialista no mercado de áudio e instrumentos musicais. Pode ser contatado pelo e-mail: joey.grossbr@gmail.com
Demissões e desapegos: o segredo não contado Rotatividade nas posições de trabalho. Você está preparado para isso?
M
uito se fala sobre pessoas serem avaliadas pelo índice de produtividade e o comprometimento em relação à empresa. Este assunto nunca sai de pauta quando se fala em justificativas de demissões no mundo corporativo. E em nosso mercado? Não é nada diferente. Por sua vez, executivos pensam sempre saber o que seus superiores pensam e, sem nenhum sinal de fumaça, geralmente especulam de maneira exagerada. Ainda procuram mostrar indiferença ou fazer do assunto uma espécie de tabu. Em tempos de crise econômica, fica ainda mais evidente a dança de cadeiras ou a alta rotatividade de pessoas, seja devido a um corte de custos ou a um simples ‘bom momento’ para aproveitar e substituir o que não vem dando resultado. Obviamente, ninguém é insubstituível, mas também ninguém é totalmente dispensável. E quanto às empresas? Como lidar com a possível saída de um funcionário de alto escalão? Sempre é bom lembrar que o descontentamento não possui lado nem preferência. Momentos de crise também podem ser o ‘bom momento’ para quem quer mudar de ares. Sendo assim, vou revisitar este assunto, aproveitando as últimas tendências profissionais globais e apresentar uma cartilha de ações para o executivo que vem pensando em procurar novos
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horizontes no mercado. Qualifique-se: qualquer um que deseja um cargo maior deve se qualificar para o mesmo. Caso tenha sido agraciado com uma promoção, esta é a hora de se esforçar ainda mais e estudar a fundo as implicações e atribuições de sua nova posição. Em diversos países da América Latina, vemos o movimento da necessidade de formação em engenharia e cursos similares para entrar em empresas deste mercado. Em alguns países, aquela coisa do músico que virou vendedor já foi enterrada e hoje a necessidade de qualificação para cargos de segundo e terceiro escalões passa necessariamente por uma formação acadêmica sólida. Pense bem: a empresa onde você trabalha pode estar procurando seu substituto. Disponibilizar-se no mercado de trabalho é positivo e não deve
ser encarado como algo ‘perigoso’. Mas, ao tomar a decisão de deixar seu lugar de trabalho, analise antes com todos os possíveis critérios se vale mesmo a pena. O arrependimento é cruel e prejudica seu desempenho antes mesmo de prejudicar sua autoestima. Estude o novo local: a religião dos donos, os valores pessoais, hobbies e características individuais de cada superior ou diretor. Uma empresa irá esmiuçar sua vida antes de contratá-lo. Faça o mesmo. Levante resultados, desempenho e real posicionamento de cada empresa. Assegure-se de que o sorriso de hoje não seja a lamentação do amanhã. Jogue limpo: seus superiores confiam em você. O.k., ao menos lhe dizem isso. Mas colocar-se à disposição do mercado de trabalho, seja pelas redes sociais ou empresas de headhunting, sem deixar isso evidente aos seus superiores pode lhe impedir de crescer dentro da empresa. Fale a verdade. Explique que deseja algo melhor em sua carreira e que você estaria feliz se isso acontecesse na sua empresa atual. E mesmo no caso de estar sobrecarregado e esgotado, procure dizer a verdade para que assim possa ser sempre, ao menos, respeitado pelo seu caráter e não pelo seu número. Nunca faça leilão: em vez disso, venda-se! São coisas muito diferentes. Um
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executivo que está na empresa A nem sempre é o melhor para a empresa B fazendo a mesma coisa da mesma maneira. Ao se encontrar entre a escolha da empresa A ou B, veja qual lhe traz maior satisfação e, uma vez decidido, comunique ambas ao mesmo tempo. Ficar aguardando que a empresa A cubra a proposta da B para somente então tomar decisões é um jogo muito perigoso. E pode lhe trazer problemas no futuro. Explico: imagine-se num leilão em que sua empresa atual é a empresa A e a nova proposta venha da empresa B. Suponha que a empresa B tenha a melhor oferta em termos de benefícios e rendimentos, mas a atual oferece maior liberdade, autonomia e é onde você se encontra mais familiarizado. Agora imagine que a empresa B lhe contrate após o leilão. Qual será a confiança da empresa B em sua postura ética? Quantas portas para um crescimento mais
Em tempos de crise econômica, fica ainda mais evidente a dança de cadeiras ou a alta rotatividade de pessoas rápido podem ser fechadas em função da confiança danificada? Simples: deu sua palavra, cumpra! O rancor é uma cruz infinita: guardar rancor do seu antigo empregador é o pior sentimento que pode lhe acompanhar. É o mesmo que carregar uma cruz invisível e pesada. Acredite: essa cruz será notada aonde quer que você vá. Liberte-se de correntes ou amarras antigas. Livre-se dos vícios, tenham sido estes adquiridos ou impostos, referentes ao seu trabalho anterior. Renove-se. Abra sua mente a novos formatos e ideias, pois agora serão no-
vas pessoas com pensamentos diferentes e valores que nem sempre são iguais em todos os lugares. A perda de um executivo de alto escalão não é boa para as empresas e, caso tenha dúvidas a respeito de sua nova opção, permita que sua empresa lhe faça uma contraproposta. É justo. Não aproveite esse momento para dizer tudo que houve de errado ou que lhe incomoda. Aproveite o momento para, de maneira assertiva, demandar maior autonomia e liberdade. Isso irá lhe trazer o reconhecimento desejado. Não se lamente de que ninguém lhe dava carinho ou de que o café na sua seção era ruim. Seja profissional. Deixe tudo por escrito e lembre-se de tratar de todos os detalhes. Dessa maneira, ao avaliar os prós e contras das opções à sua frente, sempre ficará mais fácil negociar e decidir o melhor para você. Boa sorte! n
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PÓS-FEIRA
NAMM Show 2016 recarregada! De 21 a 24 de janeiro, Anaheim voltou a receber membros da indústria musical de todo o mundo, criando um círculo de ideias, novidades e relações comerciais
I
r para a NAMM a cada ano é sempre emocionante para quem tem a oportunidade de viajar à Califórnia. É um ‘parque de diversões’ onde podemos ver, saber, conhecer e ouvir tudo sobre a indústria de instrumentos musicais e áudio. Instrumentos variados, microfones, sistemas de áudio, acessórios, notícias, lançamentos, curiosidades, fofocas e ‘comentários off the record’. Que mais podemos pedir? Este ano dava para perceber uma energia maior no centro de exposições, inclusive desde antes de começar a feira, com expositores entusiasmados — muitos apresentando-se pela primeira vez — e uma enorme quantidade de público, especialmente nos dois primeiros dias. “Se observamos o número recorde de marcas expositoras, a entrada de um novo espírito empresarial e a presença de 125 países, a indústria parece pronta para um crescimento vital e mais inovações”, disse Joe Lamond, presidente e CEO da NAMM. “A NAMM Show é um reflexo da nossa indústria, não só onde está neste momento, mas o mais importante, para onde está indo.”
Alguns números
É importante destacar que a feira deste ano foi a maior nos 115 anos da National Association of Music Merchants, com um recorde de 1.726 companhias expositoras — 7% de aumento em relação ao ano passado —, representando mais
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O time de brasileiros presentes da NAMM, com apoio da Anafima e da Apex Brasil
de 6 mil marcas. Segundo os expositores, este ano os compradores chegaram prontos para adquirir produtos e fazer pedidos diretamente durante o evento, mostrando, talvez, uma melhora no mercado americano. Por parte dos visitantes, foram registrados 101.736, entre convidados dos membros da NAMM, estudantes, compradores, funcionários de lojas, expositores, imprensa e músicos em geral, resultando em 2% a mais sobre o evento de 2015. Por parte das empresas debutantes, somaram-se 409, mais 174 empresas que voltaram a expor em 2016. Já falando sobre os visitantes do exterior, a conta chegou a 15.915, 20% mais do que no ano passado. Os viajantes che-
garam de 125 países diferentes e devemos reconhecer que encontramos uma enorme quantidade de latinos percorrendo o evento!
Algumas tendências
Como destaque, na exposição puderam ser vistas diversas tendências no setor de instrumentos. Pelo lado de sintetizadores, está se apresentando uma inclinação para os analógicos, com várias marcas mostrando modelos modulares pequenos. Já entre os instrumentos com trastes, percebeu-se que o crescimento continua dando maior ênfase aos produtos elétricos, contrastando com o aumento recente no lançamento de produtos acústicos.
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Estande da Giannini
Rafael Prim (Liverpool) de visita
Peças de guitarras à venda
Rafel e Felipe (Music Kolor)
Mac Cabos também presente
IK comemorando 20 anos
Guto e Alexandre (Carrozza)
Tiago Valente (Suette)
Guitarra Fender desmontada
Acústicas da Cort
Guitarras Gibson para teste
Estande da Zildjian
Na percussão, o melhor veio por parte dos artistas que estiveram visitando os estandes, incluindo os bateristas Questlove, Josh Dun, Tré Cool, Stewart Copeland, Carmine Appice, Josh Devine e muitos outros. Também não faltaram demos e shows, não só com instrumentos mas também mostrando a energia do mercado de DJ e software para áudio profissional. O que mais dizer? Apresentamos uma interessante foto-galeria dos protagonistas desta edição. Não se esqueça de que para vê-la completa, você pode visitar www.musicaemercado.org.
O Brasil presente!
Em mais um ano, destacamos a presença do pavilhão especial dedicado a fabricantes do nosso querido Brasil. Instrumentos e acessórios criados no País chamaram a atenção dos visitantes no evento, que mostraram seu interesse não só nos produtos, mas também na cultura dos expositores. No colorido setor brasileiro havia 24 empresas — presentes com o apoio da Anafima e da Apex Brasil —, incluindo Contemporânea, Fire, Giannini, Meteoro, Odery Drums, Izzo, Spanish, Staner/Renaer, Stay Music,
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Tagima, Urbann Boards, Music Kolor, Mac Cabos, Carrozza, Ronay, Solid Sound, iBox, Datalink, Wood, Suette, Rozini, RMV, Everton e Luen. Participando pela primeira vez, Adriano Moretti, da iBox — fabricante de acessórios para instrumentos musicais —, descreveu essa como uma “experiência única”. “Estamos aprendendo mais sobre o mercado internacional e as suas exigências. Os produtos brasileiros têm muita qualidade, devemos ter cuidado com o modo como os apresentamos para poder nos adaptar aos standards e crescer no exterior”, comentou.
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PÓS-FEIRA
Everton e Diogo (Ever-ton Mouthpieces)
Douglas Prado (Luen)
Roni (Ronay Woods)
Paulo (Solid Sound)
Fritz Junginger e Mário Garcia (Datalink)
Adriano e Rafael (iBox)
Concordando com isso estava Klaus Ximenes de Souza, da Mac Cabos, que disse: “É uma experiência inovadora e a aceitação do produto está sendo muito boa. Em questão de valores, o pessoal está gostando. Talvez seja pela vantagem do nosso câmbio hoje. É muito bom ter contato direto com os importadores americanos. Ainda vendemos apenas no Brasil, mas estamos otimistas com a possibilidade de exportar”. Para Felipe Carvalho, da empresa especialista em acabamentos para guitarra Music Kolor, a feira foi um sucesso:
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“Os visitantes, tanto americanos como europeus e asiáticos, se encantaram com a nossa pintura, arte e instrumentos. A pintura é uma especialidade que todo mundo tem dificuldade em fazer e a oportunidade foi boa para mostrar a nossa qualidade. Inclusive tivemos a visita de várias indústrias querendo terceirizar a parte de pintura conosco”. Alexandre Carrozza e Guto Rodrigues, das guitarras personalizadas Carrozza, comentaram: “É o segundo ano que expomos na NAMM e é muito bom para fazer novos contatos, além de conhecer os novos instrumentos e uma
cultura diferente. A nossa intenção é ir conquistando aos poucos o mercado americano e estar aqui ajuda muito! Também ajuda muito a nossa imagem no Brasil, dá credibilidade e prestígio”. Tiago Valente, dos pianos Suette, encontrou no pavilhão brasileiro “uma família! É muito bom o ambiente de parceria que encontramos tão longe de casa. Ainda melhor fazendo contatos com os visitantes”. Outro comentário positivo veio de Everton da Silva, da Ever-Ton Mouthpieces: “Já conhecemos o mercado brasileiro, então, para nós isso aqui é
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Anselmo e Marino Rampazzo (RMV)
Ney Nakamura e Márcio Zaganin (Tagima)
Simone Storino (Izzo)
Leandro e Alan (Stay Music)
Estande da Odery Drums
Roberto (Contemporânea)
outro mundo. Muitos contatos! Acredito que irão surgir novas parcerias muito importantes. Somos fabricantes de boquilhas para iniciantes, músicos intermediários e profissionais, e os únicos no Brasil que usam a mesma matéria-prima das grandes marcas. Isso nos dá uma vantagem grande”. “Sempre é bom poder ver as aberturas no mercado e as tendências de primeira mão. Trouxemos produtos de percussão típicos dos ritmos brasileiros que atraem aos visitantes. Já temos presença em vários países da Europa e na América Latina em geral, mas agora
estamos procurando potenciais clientes nos Estados Unidos também”, contou Douglas Prado, da Luen. A Solid Sound, fabricante de cases de Curitiba, foi uma das debutantes este ano. Paulo Peceniski confirma: “Temos uma linha muito grande, com mais de 250 itens para todo tipo de instrumentos. Embora só tenhamos trazido uma pequena parte do nosso estoque, dá para mostrar a qualidade dos nossos produtos e as pessoas se surpreendem porque reconhecem que vários deles são inéditos no mercado mundial! Poder fazer contatos e conhecer pessoas
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do mundo inteiro, isso é o melhor!”. No caso da Datalink, foi a primeira participação e o diretor de vendas, Mário Garcia, conta: “Estar aqui abre muitas portas, principalmente porque somos relativamente novos no mercado de cabos para áudio e instrumentos musicais. O americano é um público diferenciado, só vai aonde lhe interessa. A coisa boa aqui é que as visitas são de lojistas, ou seja, possíveis distribuidores para trabalhar com os nossos produtos”. “Expor na NAMM é expor para todo o mundo. Tem muitos visitan-
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PÓS-FEIRA
Wagner e Kleber (Fire)
Staff Renaer e Miami Audio Music
Staff da PRV com prêmio!
Nilo André, da Rozini, improvisando
Conferência de imprensa Sabian
Guitarras EKO
tes da América Latina e da Europa, e é muito bom dar visibilidade para a nossa marca. Estamos começando a trabalhar na América Latina com um distribuidor em Miami e tivemos muitas reuniões com empresas da região aqui. Foi muito bom poder conhecê-los e que tenham visto nossos produtos em ação”, disse o fabricante de guitarras, baixos e violões Ney Nakamura, da reconhecida Tagima. Wagner Dorta, da Fire — fabricante de pedais —, participando pela primeira vez, contou que foi uma experiência única. “Muito legal poder ver
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o mercado, analisar como as empresas trabalham aqui, como apresentam os produtos. Para nós, é um motivo de incentivo para continuar com o nosso trabalho. O visual dos nossos produtos chamava a atenção e muitos visitantes pararam para testá-los. Eles se surpreenderam gratamente com a nossa qualidade!”. Raúl del Trejo, do grupo Renaer, contou que há mais de 20 anos visita a NAMM, mas foi a primeira vez que expuseram com todas as marcas do grupo. “A feira é norte-americana e logicamente há muitos visitantes locais,
mas também há muitos da América Latina, e isso nos ajuda muito. Estamos fazendo uma reestruturação desde o início de 2015 com a nossa distribuidora Miami Audio Music, e o fato de a NAMM acontecer em janeiro vai nos ajudar a tornar os projetos mais assertivos para 2016.” O fornecedor de madeiras para instrumentos musicais Ronay também esteve presente pelo segundo ano e seu CEO Roni comentou: “Estamos dando continuidade ao trabalho que começamos há um ano. Temos muitas outras reuniões e pos-
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Estande da Joyo
Um dos vários shows
Estande da D’Addario
Instrumentos de corda no show
Pianos Casio em açao
DJ ao vivo na Numark
sibilidades de venda. É ótimo!”. Uma empresa que voltou à feira depois de cinco anos foi a RMV. Anselmo Rampazzo, diretor da companhia, comentou: “É muito bom voltar! Trouxemos peles e baterias, mas temos uma fábrica bem completa, com suportes, percussão e muitos outros produtos. O interessante foi perceber que os visitantes não esqueceram da nossa marca, e já começamos a fazer negócios com alguns contratos fechados na feira!”. Focada nos mercados internacionais, Simone Storino, da Izzo, destacou: “Estamos no mercado de expor-
tação aproximadamente há dez anos. Já tivemos algumas experiências anteriores expondo na NAMM, mas essa é a primeira dentro do pavilhão brasileiro. Acho que este ano será propício para atuar mais no mercado internacional por causa da taxa do dólar no Brasil. A Izzo tem investido muito e estamos com um foco forte nas exportações em 2016”. Também participando pela segunda vez, a Stay Music — fabricante de suportes — percebeu uma melhora grande de um ano para o outro por causa dos contatos promissores feitos. “Esta-
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mos começando agora com as exportações, então os nossos suportes são uma novidade para todo o mundo. Estamos procurando distribuidores neste país, e a presença na NAMM é fundamental. Até trouxemos material de marketing em inglês e espanhol para poder atender melhor os visitantes.” Quem também já tinha participado da expo, mas ficou ausente por três anos, foi a fabricante de percussão Contemporânea. “Voltamos graças à oportunidade proporcionada pela Anafima e a Apex, e foi muito bom para rever velhos amigos e tam-
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PÓS-FEIRA
Estande da Martin Guitar
Instrumentos de sopro e metais
Estande da Fishman
Novidades da Vic Firth
Estande da Avid
Empresas chinesas também na expo
bém perceber que há muitas pessoas interessadas nos nossos produtos. A percussão brasileira sempre faz muito sucesso e somos uma marca consolidada, por isso as pessoas nos reconhecem”, concluiu Roberto Guariglia, CEO. Para finalizar, da Giannini — que estava expondo em um estande próprio separadamente do pavilhão brasileiro —, Flávio Giannini, diretor comercial, disse: “A NAMM vem nos surpreendendo, pois estamos cada vez mais conquistando espaço no mercado americano. Esta última edi-
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ção em particular foi nossa melhor participação nos últimos anos, pois recebemos grandes redes de lojas que são importantes no mercado com pedidos efetivos, além da comprovação da fidelidade de nossos parceiros comerciais, o que é muito gratificante. Também iniciamos a operação mundial da Giannini International, em que Riccardo Recchi foi contratado como International Sales Manager e será responsável por toda essa parte. Recebemos por volta de 20 países com interesse em distribuir nossa marca, bem como lojas e distribuidores que
são nossos parceiros”. Como podemos ver, foram criadas ótimas oportunidades para as empresas brasileiras expositoras e muitas portas se abriram para continuar em contato com possíveis distribuidores e clientes. E você, fabricante? Não quer participar em 2017? See you next year! n
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Próximo Show NAMM Show 2017 19 a 22 de janeiro Anaheim, Califórnia
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VISÃO DE PROFISSIONAL
O violão, a escolha certa para Scott Denno
*Agradecemos a ajuda de Leonardo Almeida para realizar esta entrevista
Scott Denno é violonista clássico, reconhecido pelos maiores professores do mundo. Esteve visitando o Brasil e a Argentina e conta, nesta matéria, mais detalhes sobre sua carreira e gostos
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mericano, nascido em Saint Paul (Minnesota), é o caçula de sete irmãos, tendo grandes influências musicais dentro de casa. Na adolescência foi amante do rock, mas foi na música clássica que encontrou seu maior amigo: o violão. Com a convicção de que seria um violonista clássico, Scott começou a se dedicar mais e a ter aulas particulares. Em 2000, já como músico profissional e com seu trabalho reconhecido em muitos lugares, viajou em uma pequena tour para a Irlanda, onde conheceu alguns músicos alemães que o convidaram a apresentar-se e conhecer o país. Em poucos dias na Alemanha, Scott e seus amigos músicos decidiram criar o grupo Magic Guitars, que teve grande sucesso e realizou apresentações na Alemanha, Itália, Áustria, Hungria, México e outros países. Em 2002, com o fim da turnê, Scott decidiu voltar para a Alemanha, desta vez para morar, e escolheu a cidade de Luebeck como novo lar. Nesse país, obteve vários diplomas em música (incluindo pedagogia e musicologia) e começou a ensinar pelo mundo. Quando você percebeu que o violão era o seu instrumento?
Percebi quando tinha 11 ou 12 anos. Quando era adolescente passei muito tempo praticando e tocando guitarra, mas voltei para o violão aos 17. Escolhi o violão clássico porque é o estilo que
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me comoveu mais. Sempre gostei do estilo brasileiro e pensava nele, e nos tangos da Argentina, como uma extensão do violão clássico. Para mim, o violão clássico incluía todos os estilos que realmente me atraíam. De onde obtém inspiração para a sua música?
Minha inspiração para escrever música vem na maior parte de viajar. Às vezes, quando estou caminhando por algum lugar que não é familiar, vêm à minha mente novas ideias musicais. É como resumir uma história sobre onde estou através da música. Qual é o seu violão favorito?
muitos estilos diferentes de violão sendo usados para tipos específicos de música, tal como a música clássica. Vejo como usam a guitarra como um instrumento clássico para fazer ‘solo’, inclusive como solista em uma orquestra. Alguns exemplos incluem “Ten Years Past”, de Michael Nicolella ou “Songs Drones and Refrains of Death”, de George Crumb. E qual é o seu olhar sobre a evolução da indústria da música e de instrumentos?
Quando comecei, era normal vender CDs e, com frequência, era muito caro produzir um! Em termos de guitarras
Sempre gostei do estilo brasileiro e pensava nele, e nos tangos da Argentina, como uma extensão do violão clássico
Uau, que pergunta extraordinária! Adoro os violões antigos do século XX como os Bouchet, Ramirez, Santos Hernandez, Simplicio, Fleta, Hauser etc. Sobre os violões modernos, certamente os de Sergio Abreu são incríveis. Samuel Carvalho é maravilhoso também. Gosto ainda dos violões de Tony Mueller, Antonio Tessarin, João Scremin, Mario Bezerra, Lucio Jacob, Paulo Marcos, José Valderama, entre outros. Atualmente, tenho um violão de Mario Bezerra e toco no palco com um modelo do grande luthier australiano Greg Smallman. E sobre cordas?
Gosto das Savarez Cantiga blue label, das Hannabach Goldin hard tension e das Labella medium hard tension. Como você vê o mundo atual dos violões?
Extremamente diversificado. Adoro o fato de ter amigos que tocam tantos estilos diferentes. Aliás, é muito divertido aprender uns com os outros. Vejo
e equipamentos, lembro de uma diferença muito maior entre as guitarras e os amplificadores há mais de 20 anos. Por exemplo, se hoje você olha várias das novas guitarras Les Paul, na sua maioria são produzidas por computador, o que acho ótimo. Os temas de qualidade parecem ser controlados de melhor forma, por isso muitos luthiers estão usando a tecnologia para sua vantagem e para poder produzir instrumentos maravilhosos. Sente saudades de alguma coisa dos velhos tempos?
Percebo uma grande diferença na ressonância entre os novos violões e aqueles de antes dos anos 70. Para mim, isso poderia ter a ver com certas colas naturais que se usavam no passado e que são mais complicadas de
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usar agora, mas acusticamente mais ressonantes que a cola para madeira moderna. Acho que quanto mais velho um instrumento, pode soar mais interessante. Por exemplo, tenho um violão Gibson de 1964 que costumava ser um modelo muito barato quando foi produzido, mas tem um som mais bonito do que alguns dos violões mais finos que já tive. Do seu lado, sobre os pickups nas guitarras, por exemplo, os históricos PAF que eram bobinados individualmente parecem ter causado um grande impacto no mercado de colecionadores das guitarras Les Paul de antes dos anos 60, porque todas eram um pouquinho diferentes e, portanto, individuais. Respeito os amplificadores, sempre gostei dos históricos amplis valvulados da Marshall. Você viajou pela América Latina. O que acha dos nossos músicos?
Estive no Brasil e na Argentina. O nível de talento musical que tenho visto nessa parte do mundo é impressionante, então decidi ficar um tempo no Brasil para estar entre esses maravilhosos músicos. Sinto que aqui a música é desfrutada em um nível mais alto. Amo a energia que as pessoas botam na sua música. O que você acha da educação musical em nível geral?
Acho maravilhosa, porque creio que a música ajuda as pessoas a serem mais criativas e positivas. A música é um presente de beleza e indulgência sobre o qual a pessoa que a apresenta pode se sentir bem. Diria para os professores do mundo inteiro que aproveitem a companhia dos seus estudantes e, por meio de uma criatividade construtiva, os ajudem a entender o valor de aprender bem como fazer música. n
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DESIGN E INOVAÇÃO
Emulation Touch, da Elation Lighting Nova geração de aparelhos para transformar seu tablet em uma mesa de iluminação
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Emulation Touch, da americana Elation, é fácil de usar e foi criado para funcionar com o aplicativo Cuety, o software programador do Emulation Touch. Agora disponível para iPad na Apple App Store, e em breve para tablets Android na Android App Store, a interface de usuário Cuety permite aproveitar a mobilidade e a tela tátil de um tablet. Além disso, o aplicativo oferece suporte total para movings, LEDs, iluminação convencional e efeitos especiais controlados por DMX. Os dispositivos Elation Emulation Touch contêm um motor que executa um show, calcula tempos de fade e efeitos dinâmicos de render. É um sistema standard baseado em cuelist para controlar até 64 luzes com 64 reproduções e 48 cues por reprodução, incluindo um gerador de efeitos e biblioteca de aparelhos.
Emulation Touch 1 e 2
Há duas versões da interface de hardware: Emulation Touch-1 e Emulation Touch-2, ambas com uma porta ethernet RJ45 e uma porta DMX-512 isolada opticamente. O Emulation Touch-1 vem com aplicações de iluminação para o entretenimento e o Emulation Touch-2 para instalações fixas. Ambos oferecem protocolos como OSC, UDP, TCP e HTTP, que permitem conectar uma ampla gama de controladores de show e sistemas de controle de terceiros, como também aplicativos como TouchOSC. Também está disponível o aplicativo Cuety Remote para iPhone, que permite controlar remotamente os Emulation Touch 1 e 2 ao ativar os botões de reprodução. n PARA SABER MAIS http://www.elationlighting.com
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PRODUTOS PHX
PLANET WAVES
Ukuleles
Capo NS Artist Drop-Tune
A PHX trouxe para o seu mix de produtos a linha de ukuleles, com os modelos Soprano e Concerto. Os instrumentos são todos em mahogany com frisos brancos e roseta desenhada na madeira. Ambos têm tampo e corpo de mahogany com escala de rosewood e tarraxas pretas. O UKP-21 Ukulele Soprano ( foto) conta com 12 trastes enquanto o UKP-24 Ukulele Concerto tem 17.
Projetado para simular a afinação drop-tune sobre a afinação standard, o Capo NS Artist Drop-Tune utiliza uma exclusiva geometria de gatilho que reduz a força necessária para abrir e fechar. Aplica a força de forma uniforme, independentemente do tipo de braço. Combinando ajuste de tensão micrômetro e pressão horizontal direta, o capo praticamente elimina o movimento lateral das cordas e a necessidade de reajustar durante o uso. Além disso, o desenho e a construção do gatilho em liga leve de alumínio evitam qualquer obstrução ou peso perceptível no braço do instrumento. Inclui um suporte de montagem para o afinador NS Micro/Mini, permitindo a combinação de recursos de afinação ao seu capo. Os afinadores são vendidos separadamente.
Contato: (11) 3340-8888 phxinstrumentos.com.br IBOX
Correias Linha Trend
A linha de correias Trend tem ponteiras de couro duplo e é confeccionada em tecido especial brilhante com 5 cm de largura. As cores são prata, preto, azul-royal, vermelho, verde, amarelo, amarelo-fluorescente, laranja-fluorescente, pink, vinho, roxo e ouro. Disponível também no modelo Quick Release. Contato: (14) 3012-9003 • iboxmusical.com.br
NELL DRUMS
Nell Triple C Class
Apresenta características exclusivas para o mercado brasileiro de baterias. Montada com nove folhas de poplar, com acabamento revestido e cores inovadoras, a TC5 possui, de fábrica, duas configuração de tamanhos, bumbos de 20” e 22” com um tom e dois surdos. Bag econômico de tambores. Kit de hardware completo, com banco e três estantes de pratos (exclusivo na categoria). Kit de pratos completo com 2x13” hi-hat + 1x14” crash + 1x16” crash + 1x18” crash/ride (pratos Chang Armor martelados). Acompanha um bag profissional de pratos. Disponível nas cores: SW (Silver Wire), RW (Blue Wire) e MW (Marsala Wood). Contato: (43) 3037-1329 • nellmusic.com
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Contato: (11) 3158-3105 • musical-express.com.br
MICHAEL
DDM-110 e DDM-100
A Michael possui baterias eletrônicas versáteis e intuitivas, que trazem timbres e ritmos diferenciados. A DDM-110 e a DDM100 possuem rack portátil, recursos exclusivos e sons ainda mais reais para elevar o nível de apresentações ou ensaios. Elas vêm com oito pads, com possibilidade de função mute (Choke), diferentes zonas de sensibilidade (DDM-110 com caixa trial zone), ritmos brasileiros, além de trazerem módulo operacional com vários ajustes. Contato: (31) 2102-9270 • michael.com.br SHURE
KSM8 Dualdyne
Graças à cápsula patenteada Dualdyne do KSM8 é que resulta possível a eliminação do efeito de proximidade e o domínio da rejeição fora de eixo, incorporando dois diafragmas ultrafinos, um ativo e um passivo, e um sistema de fluxo de ar invertido. De igual forma, seu suporte amortiguador de borracha rejeita o ruído de manuseio sem ter perda de resposta em baixa frequência. Contato: (11) 4996-4419 - shurebrasil.com
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C. IBANEZ
SOLID SOUND
ED 1, ED 10 e ED 100
Case 329
A empresa apresenta três modelos de baterias eletrônicas. A ED1 vem com quatro pads, três cymbal pads e sistema de ligação dos pads com multicabo, caixa 7,5” dual song, módulo com saída L/R , MIDI e USB, e toms 7,5” mono mais metrônomo. A ED 10 tem caixa 10”, dois tons 8” + um surdo 8”, bumbo com pad 8” (permite o uso de pedal duplo), hi-hat 10”, um prato 12” ride + um prato 12” crash (todos com Choke system). Todos os pads Dual Song e acompanha pedal de bumbo. A ED 100 vem com caixa 10”, dois tons 8” + dois surdos 8”, bumbo com pad 8” (permite o uso de pedal duplo), hi-hat 10”, um prato 12” ride + dois pratos 12” crash (todos com Choke system), aqui também todos os pads Dual Song e acompanhando pedal de bumbo. Contato: (51) 3364-5422 • cibanez.com.br
EMINENCE
Basslite SC10
Para continuar com sua fama de cara popular entre os baixistas que procuram um alto-falante um pouco mais leve, mantendo ainda seu rendimento, a série Basslite apresenta o novo alto-falante de 10” SC10, que vem com um ímã de neodímio de 4 onças e uma buzina de voz de 2”. Contato: (47) 3342-4886 - eminence.com
TORELLI
Novos lançamentos da Torelli
Clamps TA 436 para rack DR-80 e TA 460 multiuso com três conexões. Parafusos de afinação de bateria TA 072 de 35 mm, TA 073 de 41 mm, TA 074 de 51 mm, TA 075 de 58 mm e TA 076 de 106 mm. Também apresenta uma linha completa de tom holders que atende a todos os modelos de bateria com os TA 285 (curto 7/8” padrão Ludwig, haste 9,5 mm), TA 286 (longo 7/8” padrão Ludwig, haste 9,5 mm), TA 287 (curto 7/8” padrão Ludwig/Tama, haste 10,5 mm), TA 288 (longo 7/8” padrão Ludwig/Tama, haste 10,5 mm), TA 289 (curto 7/8” padrão Gretsch, haste 12,7 mm) e TA 290 (longo 7/8” padrão Gretsch, haste 12,7 mm). Outra novidade são as surdinas TA 132 para trompete de estudo e TA 133 para trompete straight mute, fundo em latão.
IBANEZ
Pensando nos novos músicos que procuram um violão minijumbo intermediário acessível com cordas de aço, a Giannini atualizou o modelo GSF-1R CEQ, incluindo as cores NG (Natural Brilhante) e NS (Natural Fosco). O violão tem tampo, laterais e fundo em linden com filete em marfim; braço em catalpa com tensor bidirecional com escala e cavalete em rosewood. O equalizador foi desenvolvido pela própria Giannini. Possui três bandas de equalização, Phase e Afinador, valorizando as características naturais das madeiras. Contato: (11) 3065-1555 giannini.com.br
Contato: (41) 3596-2521 • solidsound.com.br
Contato: (11) 2408-2027 • torellimusical.com.br
GIANNINI
GSF-1R CEQ
Case leve e resistente, importado pela Solid Sound. Design moderno com curvatura interna especial para acomodar um violão jumbo. Alça de mão e fechos cromados, com chave. Interior revestido com pelúcia. Fabricado em ABS, material termoplástico, nas cores preto e grafite. Aproveite os valores especiais para a linha ABS, que inclui também violão clássico, folk, guitarra, contrabaixo e racks em vários tamanhos.
Guitarra Kiko SP2
Após o sucesso das guitarras Kiko 100 e Kiko SP, chega ao Brasil a terceira edição do modelo assinatura de Kiko Loureiro: a Kiko SP2. Essa nova versão apresenta algumas novidades, como ponte Standard DL, captação Infinity e um belo headstock que acompanha o acabamento do corpo. A mesma velocidade e conforto de seus antecessores estão presentes neste modelo, que pretende conquistar todos os fãs do Kiko e de boas guitarras. O tipo do braço é Kiko SP maple, com corpo flamed maple art grain, tampo poplar, escala em rosewood e trastes jumbo. Contato: (11) 2199-2999 • equipo.com.br
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PRODUTOS TURBO PERCUSSION
EARTH MUSIC
SP525C – Bateria Turbo Action
EFC 50 MOG
Sucesso de vendas, a bateria Turbo Action chega agora na sua versão reduzida. A bateria é composta por cinco peças em madeira poplar que passa por um processo de prensagem desenvolvido especialmente para a Turbo Percussion. As canoas com perfis em alumínio, além de possuírem um design diferenciado, produzem a tensão exata para que as peles tenham a afinação que o baterista deseja. Possui ferragens na cor preta e pratos para o baterista sair da loja tocando. Configuração: bumbo 20” – oito afinações, tom 10” – cinco afinações, tom 12” – cinco afinações, surdo 14” – cinco afinações e caixa 14” – seis afinações. Contato: (11) 3624-9148 • turbopercussion.com.br
Possui o corpo em formato dreadnought, mais conhecido no Brasil como violão Folk, muito usado no segmento sertanejo. Seu tampo, lateral e fundo é em mogno, escala e cavalete em rosewood e captação Earth. Por usar como madeira o mogno fosco, tornou-se um diferencial muito atrativo, além do detalhe de seu braço ser pouco mais fino do que os modelos tradicionais. Por este conforto e tocabilidade vem sendo desejado pelos músicos dos vários estilos. Contato: (18) 3222-4522 earthmusic.com.br MARSHALL
Astoria Series
VOGGA
Violões elétricos
A linha de violões elétricos Vogga inclui violões folk com cutaway (VCK370) e folk tradicionais (VCK380), todos com opções de cores foscas e brilhantes. Entre os destaques estão os violões clássicos Vogga, os VCE300 e VCE310, e a linha Spruce, os VCE302 e VCE312, que trazem matérias-primas mais selecionadas (tampo em spruce) e melhor acabamento. Toda a linha eletroacústica da marca vem com saída P10 “Jack Roldana” e oferece equalizador Vogga MG-30, com três bandas de equalização e afinador embutido. Opções em aço ou náilon. Contato: (31) 3306-9300 • vogga.com.br
Os novos amplificadores da Marshall são feitos à mão, totalmente valvulados, desenvolvidos, desenhados e construídos seguindo os padrões de qualidade da fábrica na Inglaterra. A série resume-se a três modelos: Astoria Classic e Astoria Custom, que estão disponíveis no formato combo de 30 watts, e o Astoria Dual, disponível como cabeçote e gabinete com um speaker 1 x 12’’. Os combos e os gabinetes vêm com um alto-falante customizado Celestion Creamback 75 watts. O coração do Astoria traz válvulas de preamp ECC83 (12AX7), retificação GZ34 e duas válvulas de potência KT66 (que não possuem feedback negativo, uma característica presente em vários amplificadores vintage). Contato: (11) 4083-2720 • proshows.com.br
FUHRMANN
Amplificador Combo Vintage20
OVERSOUND
Foram mais de três anos de pesquisas e testes para oferecer ao público este produto, desenvolvido por Daniel Fuhrmann e produzido cuidadosamente pelas mãos de Jorge Fuhrmann. O Combo Vintage20 é um amplificador valvulado, com potência de 20 watts e um falante de 12 polegadas. Possui uma aparência clean, com revestimento na cor bege, remetendo ao mesmo tempo a um conceito vintage e sofisticado. Contato: (18) 3653-7020 • fuhrmann.com.br
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MG 12-400 SUB 800 e DTI 3850
A Oversound está sempre presente nos pequenos, médios e grandes projetos de áudio. Fabricados com alta tecnologia, a empresa está apresentando três produtos da linha profissional. São eles: SUB 800, MG 12-400 (foto) e DTI 3850, sendo o SUB 800 com 800 watts RMS, 99 dB e bobina de 4”; o MG 12-400 com 400 watts RMS, 101 dB e bobina em 4” e o DTI 3850 com 100 watts RMS @ 1K5, 112 dB e bobina de 3”. Contato: (12) 3637-3302 • oversound.com.br
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TIAFLEX
Instrument Cable 75 (IC75)
Cabo para guitarra de 0,75 mm2 com plugs conectores mono com baixíssima resistência elétrica, modelo tipo P10 (1/4”) reto ou tipo P10 (1/4”) 90° niquelados, da marca Pro Amphenol Black. A bitola é formada por condutores em cobre OFHC flexível, de seção 0,75 mm2 (18 AWG) mais condutor sólido com reforço tipo coaxial. Possui dupla blindagem (película semicondutora mais blindagem de cobre OFHC do tipo trançada, com densa taxa de cobertura com percentual de 99%) e cobertura externa em composto termoplástico (PVC) flexível emborrachado na cor preta.
CAJÓN PITHY
Standard Natural
O Cajón Standard foi o primeiro modelo inclinado do Brasil e logo se tornou referência nacional. Desenvolvido pela Cajón Pithy, misturando o melhor dos instrumentos tradicionais e adaptado ao gosto brasileiro, seu bumbo é forte e marcante. É um cajón sofisticado e confortável, com caixa seca, porém brilhante. Disponível na cor preto com tapas nas opções natural e mogno. Os modelos elétricos se encontram disponíveis com uma ou duas captações. Contato: (11) 4508-5958 - cajonpithy.com.br
Contato: (11) 2966-9095 • tiaflex.com.br
VIC FIRTH
Keith Moon Signature Stick CASIO
PX-360 Touch Screen
Piano com 88 teclas e teclado com sensor triplo e ação de martelo em escala II, traz 550 tons integrados e teclas que imitam ébano e marfim. Na parte central desse piano você irá encontrar uma tela plana colorida de 5,3 polegadas que responde de imediato ao toque. A tela facilita a exploração e visualização das informações. O PX-360 vem equipado com a tecnologia Tri-Sensor Scaled Hammer Action II, que permite reproduzir com exatidão ao toque a resposta de um piano acústico. Assim como em um piano real, o PX-360 reproduz a alternância de peso das teclas durante as notas. Contacto: (11) 5085-8090 - casioteclados.com.br NIG MUSIC
Shred Pro SKP - Edição Especial Kiko Loureiro
A ideia de lançar um produto que o Kiko já usava, em uma versão superexclusiva e com edição limitada, surgiu por vontade de ambas as partes. E tomou forma quando, no ano passado, a Nig, em comemoração aos 15 anos da marca, lançou o SPK– Shred Pro - Edição Especial Kiko Loureiro. “Trata-se de um pedal com somente 300 unidades disponíveis ao mercado, assinadas à mão pelo próprio Kiko Loureiro e acondicionadas em embalagens de luxo. É um item de colecionador, que em médio prazo se tornará raro e muito procurado, principalmente pelos fãs do guitarrista”, contou Rodrigo Queiroz Novaes, gerente comercial. Contato: (11) 4441-8366 • nigmusic.com.br
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Por convite e em consulta com a Keith Moon State, a nova baqueta criada pela Vic Firth cumpre com as especificações da baqueta utilizada por Keith durante sua incrível carreira. A baqueta Signature Keith Moon, feita com madeira de nogueira e que culmina com uma ponta ovalada, combina um cone meio com uma longitude de 16”. Contato: (11) 3797-0100 - izzomusical.com.br JTS
US-8000
A série US-8000 de sistemas wireless de meio rack chega com uma equipe formada pelo US-8011D, o US-8011DB e o US8012DB de dois canais, todos pensados para aplicações em palcos de tamanho mediano. Respeito aos transmissores para a série US-8000 incluem o Mh-850G2 e o Mh850L, como também os bodypacks PT-850G2 e PT850L. Todos os modelos da série vêm com a tecnologia de ajuste remoto de ultrassons (pendente de patente), Remoset U, que inclui sensibilidade do microfone, RF power, função auto power-off, frequência, canal predefinido e grupo. Contato: (11) 3624-9148 - turbopercussion.com.br
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CONTATOS AS EMPRESAS LISTADAS ABAIXO SÃO OS ANUNCIANTES DESTA EDIÇÃO. USE ESTES CONTATOS PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE COMPRAS E PRODUTOS. MENCIONE MÚSICA & MERCADO COMO REFERÊNCIA.
Instrumentos Arwel......................................................................11 3326-3809 arwel.com.br • 87 Casio....................................................... 11 5085-8093 casioteclados.com.br • 92 Di Giorgio...................................................... 11 2592-1169 digiorgio.com.br • 67
D’Addario..................................11 3158-3105 musical-express.com.br • 3, 53 Elixir..............................................................................elixirstrings.com.br/baixo • 13 Musical Paganini....................11 4574-1191 musicalpaganini.com.br • 87 NIG...................................................................... 11 4441-8366 nigmusic.com.br • 63 Solid Sound............................................41 3596-2521 solidsound.com.br • 69 Tecniforte.................................................. 11 2748-5433 tecniforte.com.br • 37 Tiaflex .................................................................11 2966-9095 tiaflex.com.br • 81 Vulcan Cases...................................... 11 3797-0100 izzomusical.com.br • 27
on nt C os on In Mu se l M se st s ho us lh ru ica N m is a ic o N C ai a e c • on nt C io s • C cio os on na In Mu se l s on na l M e d st s ho us lh o ru ica N se l d m is a ic o N Va lh o V C ai a re en • ci o a on s C on jo N re c t • o o i M s ac jo C o n de s ns al ns u elh on a io d M e d tr sic o l d Áu na e us lh o s um a N el o d l d Áu ic o N Va is a h Va io ai a re en • ci o o di s N re e I ci jo Va o to Co on • a o n jo s C n de s ns al re e I c on a io d tr M e d jo ns na e um us lh o se l d Áu de tru N Á V o o di ld u e ic N a l ac h ai a re Á me o Va o o di nt ud n s e C ion j o N r o c V o • C io d on a ar e s ac ejo In io to ej In M on na e io d str M se l d e sM u o Á s ld u na e um us lh o In u s s t d i r e st s o di l d Áu e ic o N Va e um ca l h ru ica Va o ai a re Á e is d n o o ud n • s m is N re e I Va io tos • C cio jo d to Co ac jo n en • e i o r M ej In s n on na e io d str to Co e u M se o st s l d Áu na e um I s ns s n de ru ic el o d Va M e st us lho l d Áu e a h m i i us lh r V o c i r Á d n o s o u e ai N ar e ac jo ud e n • io to m ic o N N V s a io d ai a ar e s to Co ac ejo In e c i • o nt C io s ej In M s on na e io d str n e • C cio os on na M se o st us na e um I se l d Áu n d u l i r s on na l Á M e d st s ho ld u e e um ca lh o V di i o u l r c i se l d Á h d n o a o o i t um a N si o V ud e n s • N re e I i lh o V Va o os c a N ar ac jo n en s • aci e o a io to Co e i r a M s s ej In C on s n jo N re io d tr c t e • u o o i M se o st s ac jo on d na e um a C I n s n ud d u ru ic on a e lh Á io d M se l d s l e s a t u e do d n m is l d Áu io ic o na e o u l r s Á h u s el o d ai N ar e o Va ud e n • io to m l d Áu i V c s a h ej In Va io ai Na re ar e s to Co e c o i • o di o o nt C io s ej In M N re e I io d str ci jo Va o e s M ns • n u o o o a s o n na e um j a d C I s n s e t o re e c ns u lh na e st de ru ic ld s o i M l d Áu e o d s jo e ns l Á tr ic o na e rum us lh o Á me ais do u d o di nt um a N e Á V o u ld u e ic N a i lh V i Va o os di nt • C ai a re en s • aci o a o o di nt o os o re e I M s e N re I ci jo Va o os to Co on e M ns jo ns u • ac jo n al C o n de In u e n s re e s de tru sic m on a lh io d tr M se d s s jo a t en Á na e um us lh o ru ica o N se l d u Á me is Á ud n • io to o d m is a l ic o N Va lh V i do u d e n ai a re en • ci e s o a o io to Co s e o ej In M C s j N r Va io tos to o n e M ns • C cio o d o st us ac ejo In a I n s e re e n na e st de ru ic us lh ld s o i M s o d jo e n r tr ic o na e um us lh o se l d Áu Á me ais um a N Á V o ud n • ld u e ic N a i lh o V di ai a re en s • aci o a o io to Co o di nt s e o N re I ci jo Va o os to Co n e s M ns • a jo ns al C o n de In u e n s re e c on a io d tr M se d st s lho jo Á l na e um us lh o ru ica N se d u Á o d m is a l ic o N Va l ho V io do u d e n ai a re en • ci ar e s o C j N c Va io tos to o n • C io o d ac ejo In s ns al re e n s on a e io d tr M e d jo na e um us lh o se l d Áu Á V o o d l ic l a
Eagle........................................................................11 2931-9130 eagle.com.br • 19
Acessórios
Giannini............................................................11 3065-1555 giannini.com.br • 17 Michael......................................................31 2102-9270 michael.com.br • 56, 57
Phoenix...........................................11 3340-8888 phxinstrumentos.com.br • 5 Rozini...................................................................... 11 3931-3648 rozini.com.br • 39
Takamine.......................................................... 18 3941-2022 sonotec.com.br • 9 Torelli Musical................................ 11 2408-2027 torellimusical.com.br • 86
Yamaha.......................................... 11 3158-3105 musical-express.com.br • 25
Amplificadores / Áudio Profissional
Behringer................................................... 11 3527-6900 proshows.com.br • 15
Eminence....................................................... 11 2206-0008 cvaudio.com.br • 12
Fishman ..........................................................11 2915-8900 tagima.com.br • 77
Frahm .................................................................... 47 3531-8800 frahm.com.br • 7 JBL......................................................... 51 3479 4000 harmandobrasil.com.br • 91
Meteoro...........................11 2443-0088 amplificadoresmeteoro.com.br • 29 Movit...............................................................................................shurebrasil.com • 11
Oversound..................................................12 3637-3302 oversound.com.br • 6 Power Click ............................................21 2722 7908 powerclick.com.br • 45
Sennheiser........................................11 5573-5438 pt-br.sennheiser.com • 92 Soundix............................................................ 11 4369-5100 soundix.com.br • 59
Bateria e Percussão
C.Ibanez............................................................. 51 3364-5422 cibanez.com.br • 2 Luen............................................................................11 4448-7171 luen.com.br • 31 Nell Music........................................................43 3037-1329 nellmusic.com • 86 Timbra....................................................... 11 3797-0100 izzomusical.com.br • 65 Turbo Percussion.................. 11 3814-4415 turbopercussion.com.br • 21 Vic Firth.............................................................. +617-364-6869 vicfirth.com • 14 Zildjian................................................................................................ zildjian.com.br • 8
Outros
Total Guitar....................................... territoriodamusica.com/totalguitar • 10 Vip Soft.............................................................. 11 3393-7100 vipsoft.com.br • 89
Feiras / Eventos
AES.............................................................21 3269-0970 aesbrasilexpo.com.br • 4 Musikmesse ..........................11 3034-4100 (r. 1281) musikmesse.com • 61
Conselho Nacional do Varejo de Áudio, Luz e Instrumentos Musicais
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5 PERGUNTAS
Dicas para ter o próprio negócio em 2016 Especialista afirma que o segredo está na dedicação e na coragem para empreender. Saiba mais com estas perguntas rápidas!
E
m algum momento da vida profissional, toda pessoa já pensou em colocar um sonho em prática e se tornar dono da própria empresa. E por que não aproveitar o atual cenário econômico do País para se reinventar e dar vida ao desejo de ser um empreendedor de sucesso? Claudio Eschecolla, diretor-geral do Grupo Hoken, tem cinco dicas para quem quer tirar o plano do negócio próprio do papel neste ano.
Qual seria o primeiro passo?
Pesquisar e entender o setor em que deseja atuar. Antes de decidir investir em um negócio, é importante pesquisar bastante a área de atuação, o perfil dos clientes que serão atendidos e os produtos oferecidos. Entendendo esses aspectos, você terá mais facilidade em visualizar o segmento com que mais se identifique. Em 2016, o cenário de instabilidade econômica deve prosseguir, por isso, é necessário buscar oportunidades para empreender em setores que mantêm o crescimento, a estabilidade e a demanda, apesar das influências do mercado.
É importante desenvolver o espírito empreendedor?
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Claudio Eschecolla, diretor-geral do Grupo Hoken. www.hoken.com.br
É fundamental que você perceba se tem as características necessárias para ser um empreendedor, como dedicação, comprometimento e facilidade para lidar com público. Além disso, ser empreendedor significa buscar sempre alternativas de realizar uma mesma atividade de maneiras diferentes, encontrando oportunidades para atender às necessidades dos clientes que ainda não foram supridas. Empreender é um processo constante de aprendizado e desenvolvimento.
Quanto tempo devemos dedicar à nossa atividade?
Certamente dedicação em tempo integral. Acreditar que por ser dono do próprio negócio terá mais tempo livre e liberdade para ir ao trabalho apenas quando desejar é uma ilusão. Como diz o ditado, é o olho do dono que garante o sucesso da empresa, ou seja, você precisará ficar atento a todos os detalhes do serviço/produto oferecido e ainda garantir que seus funcionários estejam engajados e comprometidos com a operação. Você sempre terá trabalho, mas é gratificante colher os frutos da sua dedicação e ainda ver seu investimento dar resultado.
Poderíamos dizer que planejar e estabelecer metas seria a segunda ação a seguir?
Com certeza! Se você já tem em mente o tipo de negócio que deseja ter e está disposto a se dedicar para transformar seu sonho em realidade, o próximo passo é estabelecer o planejamento para que sua empresa possa superar com sucesso o processo de maturação — fase em que a companhia está se estabelecendo no mercado e buscando o equilíbrio financeiro. Mais do que se preparar para o futuro, essa etapa é fundamental para que você possa enxergar com clareza os objetivos buscados e corrija a tempo os possíveis desvios de rota.
Que outro conselho você daria?
Invista em networking e seja otimista. Costumo dizer que o segredo do sucesso em uma companhia está em ‘dar as mãos’ para que o trabalho gere frutos. Ou seja, além de desenvolver o espírito de equipe internamente, para que todos — desde os donos até os funcionários — sejam comprometidos com o crescimento da empresa e enxerguem o impacto dos resultados em seu desenvolvimento como indivíduo, também é fundamental a habilidade em estabelecer e motivar as conexões com pessoas do segmento, como fornecedores, concorrentes e parceiros comerciais. n
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