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Página aberta A flautista Léa Freire revela os macetes para tocar melhor
from Sax & Metais #2
PÁGINA ABERTA: LÉA FREIRE FOTO: DIVULGAÇÃO LÉA FREIRERelaxe... e toque melhor
RELAXE... E TOQUE MELHOR
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Além da postura certa e da forma de direcionar o ar, manter-se descontraído ajuda na hora de tocar
Ganhei minha primeira fl auta transversal aos 15 anos à base de troca – meu pai me deu a transversal, mas pediu a fl auta doce – que eu tocava o dia inteiro – em troca.... De lá pra cá já se passaram mais de 30 anos e as fl autas que tive sempre foram grandes companheiras. Gosto da fl auta pelo som que produz, é claro, mas também porque é leve, fácil de carregar e a gente pode estar sempre com ela. Em 2003 comprei minha primeira fl auta baixo – soa uma oitava abaixo da ‘normal’ (que eu não sei até hoje como é chamada – fl auta soprano? Então a fl auta em Sol seria ‘contralto’ e essa baixo seria na verdade uma tenor? Está vendo como é difícil?). O que eu sei é que me apaixonei pela fl auta baixo e hoje em dia não quero outra vida: levo a vida na fl auta – baixo. Além do timbre, que é uma delícia, a ‘bengala’ facilita muito na hora de tocar, pois a fl auta baixo faz uma curva, parecida com uma bengala, principalmente na postura. A postura correta é o início de tudo
Tenho reparado em vários fl autistas e na postura deles na hora de tocar e me preocupo com esse pessoal fi cando todo torto. É preciso prestar atenção à postura para tocar qualquer instrumento, para evitar as tais tendinites e coisas piores como desvios de coluna, etc. Ao longo desses anos, descobri que o mais legal é sempre menos. Menos esforço, menos tensão, o mínimo movimento dos dedos, o relaxamento máximo do maxilar, a postura mais confortável do pescoço, a boca mais relaxada, a bochecha relaxada, os ombros relaxados – uma perfeita sessão de ioga. Tocamos melhor quando estamos relaxados e a fl auta é sensível a qualquer tensão – costuma
O que você não pode esquecer
• Quanto mais relaxado na hora de tocar, melhor. Deixe as bochechas, ombros e pescoço leves, sem ficar duro. Até porque a flauta é sensível a qualquer tensão, e costuma subir uma oitava ao menor sinal de força. • Como a flauta promove um grande desperdício de ar quando o instrumentista sopra, o ideal é conseguir colocar a maior parte do ar soprado para fazer som. Este é um ajuste milimétrico que só se consegue aos poucos, tocando devagar, com paciência. • Para passagens mais difíceis, uma dica: toque muito devagar mesmo, ligado, sem golpe de língua, glote, diafragma ou qualquer outro. Assim, ensinamos ao cérebro como é essa passagem: estamos prestando atenção a cada salto e medindo o esforço necessário. • Procure escutar a música buscando entendê-la, tente reproduzir o som. É preciso um grande esforço para isso. É um treinamento importante para melhorar a técnica.
mudar de oitava – para cima – ao menor sinal de força. Isso fi cou claro quando comecei a tocar fl auta baixo. Ela é muito mais sensível e essas trocas de oitava mais comuns – então é preciso relaxar mais ainda –, principalmente para as notas mais graves. Menos ar, uma coluna de ar mais ‘larga’, faz um som mil vezes melhor do que aquela embocadura tensa que tendemos a usar para a terceira oitava da fl auta comum. O melhor de tudo é que esse relaxamento para a flauta baixo resultou na melhoria do meu som de flauta no geral, para qualquer das outras (a em Sol inclusive)! Como não tenho picolo, não sei se esse relaxamento melhora o som, mas desconfio que sim.
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Controle a emissão de ar
A fl auta é o instrumento que mais desperdiça ar – metade, ou mais, do ar que você sopra acaba indo para fora da fl auta, não serve pra nada, só pra deixar a gente tonta. Então, o ideal é conseguir colocar a maior parte do ar soprado para fazer som, não pra ‘babar’ a fl auta toda. Este é um ajuste milimétrico que só conseguimos tendo a paciência de tocar devagar, senão a atenção vai para os movimentos das mãos, que podem ser extremamente complexos, às vezes... Para passagens difíceis, um caminho legal é tocar tudo muuuiiiito devagar, tudo ligado, sem golpe de língua, glote, diafragma Flautista e compositora, ouvia desde cedo eruditos brasileiros como Guarnieri, VillaLobos, Radamés Gnattali e Souza Lima entre outros, durante seus estudos de piano, quando também conheceu a obra de Bach, Debussy e os muitos autores estrangeiros. Também se interessou pelo rock and roll e depois o jazz, que a trouxe de volta para a bossa nova, que chamou o choro e que mostrou o caminho para os inúmeros ritmos brasileiros. Agora começa uma nova etapa – a de unir o popular ao erudito – o formalismo à improvisação, com sotaque brasileiro.
Já tocou com muita gente como Alaíde Costa, Filó Machado, Nelson Ayres, Marlui Miranda, Hermeto Pascoal, Arismar do Espírito Santo, Yamandu Costa, Evandro (bandolim), Rosinha de Valença, Arrigo Barnabé, Itiberê Zwarg, Nenê , Nailor ‘Proveta’ Azevedo, Nico Assumpção, Elton Medeiros, Manezinho da Flauta, Guilherme Vergueiro, Michel Freidenson, Leny de Andrade, Bocato, Guello, Mozar Terra e tamente diferentes, e digito no teclado do computador o dia inteiro, respondendo a e-mails ou escrevendo partituras. Tudo na lei do menos – como diz o samba –, a regra três, onde menos vale mais. Claro que o pessoal que toca sax barítono, contrabaixo, etc. e tem de carregar, toma outras providências também. Fazer uma ginástica básica ajuda muito a coluna. Como na música a pausa é importante, o intervalo na hora de estudar é sagrado – e o alongamento, supernecessário. Muito melhor do que pagar ortopedista, acupunturista, relaxante muscular que dá aquele enjôo, etc. Escute, ouça e sinta
ou qualquer outro golpe. Quando fazemos isso, ensinamos ao cérebro como é aquela passagem: estamos prestando atenção a cada salto, medindo o esforço necessário e reduzindo esse esforço ao mínimo, ensinando os dedos a se movimentar o mínimo possível, pensando na postura, relaxando o ombro, colocando o punho na posição correta (reto, sempre) – é muita coisa! Nunca tive nenhum problema de articulação – e toco também piano e violão, que têm posturas e movimentos comple
Lançou seu primeiro CD, Ninhal, em dezembro de 1997, gravado no período de 1994 a 1996 através do selo Maritaca, onde constam participações especiais da Banda Mantiqueira, Quarteto Livre, Joyce, Filó Machado e muitos outros músicos de primeira linha, num total de 51 pessoas entre músicos, arranjadores e compositores.
Em 1998 integrou-se também ao grupo de Teco Cardoso, com o qual fez várias apresenta ções, inclusive na Universidade de Miami e no Blue Note de Nova York, montando com este um repertório que gerou o CD Quinteto, gravado em Nova York, em outubro de 1998, e lançado em novembro de 1999, que contou com Benjamim Taubkin (piano), AC Dal Farra (bateria) e Sylvio Mazzucca Jr. (contrabaixo).
Como produtora e editora de música instrumental brasileira, montou uma gravadora e editora, a Maritaca Records (www.maritaca.com.br).
Quem é Léa Freire?
A coisa de que mais gosto em música é escutar. Escutar buscando entender. Afi - nal, música é para ser ouvida. Gosto de ver o pessoal tocar também, mas gosto mesmo é de escutar e tentar descobrir o que está sendo tocado, para tocar depois. Escutar envolve um esforço muito grande, sai fumaça da cabeça da gente às vezes, mas percebo que quanto mais escuto, melhor escuto e mais gosto disso. Existem vários métodos de percepção bem legais e, em minha opinião, todo músico deveria passar por esse tipo de treinamento. Seja feito da forma que for, é muito legal poder tocar qualquer música com qualquer grupo ou cantor(a) a qualquer momento sem se preocupar com a partitura. Mas isso é um tema enorme que fi ca pra outra vez. Como diz um amigo: muita hora nessa calma. A música nos espera e nos agradece se chegarmos de mansinho, sem atropelar. muitos outros representantes das mais diversas tendências musicais.
Aulas de sax e flauta transversal
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PAULO OLIVEIRA
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