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ClarinetFest: Michel Moraes esteve no encontro anual de clarinetistas, organizado pela Internacional Clarinet Association, e nos conta o que aconteceu por lá
from Sax & Metais #5
de nomes como Luís Americano, K-Ximbinho, Severino Araújo, Paulo Moura e Proveta, entre outros. “Para os americanos, o choro é uma novidade. Conhecem só a bossa nova, e samba para eles é a bateria de escola de samba”, diz Otinilo Pacheco, claronista do Madeira de Vento. “É engraçado tocar num lugar onde todos os grandes nomes do instrumento estão te assistindo. Dá um frio na barriga, mas é gratifi cante ver pessoas como Ron Odrich, Henri Bok e Jonathan Cohler nos cumprimentando empolgados ao fi nal do concerto”, diz Mário Marques, outro integrante do Madeira de Vento. O concerto de encerramento com a Orquestra Sinfônica de Atlanta teve como convidados Laura Ardan, primeira clarinetista da orquestra; Andy Firth,
solista de jazz, e Paulo Sérgio Santos, a grande estrela da noite, tocando choro com magníficos arranjos. Inusitadamente, Léo Barros, percussionista do Madeira de Vento, foi convidado às pressas para acompanhar Paulo Sérgio junto à
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Quem passou pelos estandes não se decepcionou: marcas tradicionais como Selmer, Buffet Crampon, Vandoren e Yamaha estiveram presentes, trazendo novidades que encantaram os visitantes
sinfônica. “O Paulo me chamou porque os percussionistas da orquestra estavam com dificuldade para tocar ritmos brasileiros”, diz Léo.
Feira de instrumentos e acessórios
A feira dos fabricantes de instrumentos e acessórios impressionou pela estrutura apresentada aos visitantes. Todas as grandes marcas estavam representadas com seus estandes: Selmer, Buff et Crampom, Leblanc, Vandoren, BG, Yamaha, dentre outras. Das inúmeras novidades apresentadas na feira, a principal fi cou por conta dos barriletes e campanas. Feitos com os mais variados tipos de madei
ras, e com designs que às vezes fogem do convencional, proporcionam uma perceptível mudança no timbre dos instrumentos. “Os principais solistas estão trocando essas peças, que podem oferecer um som mais concentrado e escuro”, diz Morrie Backun, um dos principais fabricantes desses acessórios.
Foi um evento grandioso, com mais de 1.400 participantes, entre profi ssionais, amadores e expositores, o que mostra a importância que o clarinete tem em outros países e, em especial, nos Estados Unidos. Não foi apenas um encontro de músicos para trocar idéias, mas um grande acontecimento para todos os elos da cadeia produtiva em volta do clarinete, que começa com os iniciantes nas bandas das escolas, passando pelos conservatórios, igrejas, universidades, até grandes orquestras e solistas e toda a indústria que supre esse crescente mercado. z
de nomes como Luís Americano, K-Ximbinho, Severino Araújo, Paulo Moura e Proveta, entre outros. “Para os americanos, o choro é uma novidade. Conhecem só a bossa nova, e samba para eles é a bateria de escola de samba”, diz Otinilo Pacheco, claronista do Madeira de Vento. “É engraçado tocar num lugar onde todos os grandes nomes do instrumento estão te assistindo. Dá um frio na barriga, mas é gratifi cante ver pessoas como Ron Odrich, Henri Bok e Jonathan Cohler nos cumprimentando empolgados ao fi nal do concerto”, diz Mário Marques, outro integrante do Madeira de Vento. O concerto de encerramento com a Orquestra Sinfônica de Atlanta teve como convidados Laura Ardan, primeira clarinetista da orquestra; Andy Firth,
solista de jazz, e Paulo Sérgio Santos, a grande estrela da noite, tocando choro com magníficos arranjos. Inusitadamente, Léo Barros, percussionista do Madeira de Vento, foi convidado às pressas para acompanhar Paulo Sérgio junto à
O madeira de Vento executou obras de seu CD, que tem como base uma pesquisa do grupo sobre o clarinete no Brasil, por meio de nomes como Luís Americano e K.Ximbinho
sinfônica. “O Paulo me chamou porque os percussionistas da orquestra estavam com dificuldade para tocar ritmos brasileiros”, diz Léo.
Feira de instrumentos e acessórios
A feira dos fabricantes de instrumentos e acessórios impressionou pela estrutura apresentada aos visitantes. Todas as grandes marcas estavam representadas com seus estandes: Selmer, Buff et Crampom, Leblanc, Vandoren, BG, Yamaha, dentre outras. Das inúmeras novidades apresentadas na feira, a principal fi cou por conta dos barriletes e campanas. Feitos com os mais variados tipos de madei
ras, e com designs que às vezes fogem do convencional, proporcionam uma perceptível mudança no timbre dos instrumentos. “Os principais solistas estão trocando essas peças, que podem oferecer um som mais concentrado e escuro”, diz Morrie Backun, um dos principais fabricantes desses acessórios.
Quem passou pelos estandes não se decepcionou: marcas tradicionais como Selmer, Buffet Crampon, Vandoren e Yamaha estiveram presentes, trazendo novidades que encantaram os visitantes
Foi um evento grandioso, com mais de 1.400 participantes, entre profi ssionais, amadores e expositores, o que mostra a importância que o clarinete tem em outros países e, em especial, nos Estados Unidos. Não foi apenas um encontro de músicos para trocar idéias, mas um grande acontecimento para todos os elos da cadeia produtiva em volta do clarinete, que começa com os iniciantes nas bandas das escolas, passando pelos conservatórios, igrejas, universidades, até grandes orquestras e solistas e toda a indústria que supre esse crescente mercado. z