Revista Young - Edição nº 5

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Tire suas dúvidas sobre a Lei de Aprendizagem Atendimento às Empresas

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Sede: Rua Tabapuã, 540 – Itaim Bibi – São Paulo – SP – CEP 04533-001 2


Da carteira da escola para a carteira de trabalho.

RINO COM

O Aprendiz Legal é um programa voltado à preparação de jovens para o mundo do trabalho. Referência nacional em estágios, com 10 milhões de bolsas-auxílio concedidas aos estudantes, nos seus 46 anos de fundação, o CIEE utiliza sua experiência também para auxiliar as empresas ao cumprimento da Lei de Aprendizagem (10.097/2000).

ESTAGIÁRIOS e APRENDIZES 3


carta do editor

EXPEDIENTE Direção Denise Camargo revistayoung@gmail.com

Foto: Shuter

Colunistas convidados desta edição Carlos Mauricio Lima de Paula Barros, Edson Capoano, Hiran Murbach, Marcelo Sando, Karina Muller, Ricardo Barros Colaboradores desta edição Texto: João Correia Filho, Michele Jardim, Rafael Stemberg, Taís Ribeiro, Tatiane Matheus, Vanessa Prata, Vivian Ragazzi Ilustração: Bruno Bispo e Victor Freudt Projeto Gráfico e diagramação Sushi Comunicação Revisão Rosani Andreani Publicidade revistayoung@gmail.com Impressão Gráfica Silva Marts www.graficasilvamarts.com.br

Boa leitura e até a próxima! 4

Distribuição A revista é bimestral, distribuída gratuitamente através de blitz, em escolas de ensino médio,cursinhos e universidades de São Paulo. A revista Young não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nas matérias assinadas. A Revista Young é uma publicação da Fênix Comunicação CNPJ 10.853.374/0001-03 Rua Umuarama, nº 42 Parque José Alexandre -São Paulo - SP CEP: 06321-270

Foto: Shuter

Já percebeu que tem uma porção de “tiozões” que conhecemos e que parecem que descobriram o segredo da juventude? Sabem as gírias do momento, as roupas da moda e parece que não envelhecem, tudo isso sem cair no ridículo. Mas pense bem, manter-se “atualizado”, não é tarefa fácil para quem não tem mais 20 anos, principalmente no quesito profissional, já que algumas profissões exigem cada vez mais uma equipe que esteja “saindo do forno”. Aos 18, 20 anos temos a força de vontade para aprender, a criatividade e a energia da idade; já os mais experientes têm a vivência e a paciência, para conduzir tudo de maneira mais suave. Em nossa matéria de capa, procuramos pessoas que apesar da “bagagem mais pesada” continuam jovens, é o caso do apresentador Serginho Groisman, da jornalista e vereadora Soninha Francine, Penépole Nova e uma série de personalidades conhecidas desta geração, da anterior e da próxima, porque eles parecem ter o dom de transitar nas rodinhas dos adolescentes, dos irmãos mais velhos e até dos pais. Mas afinal, o que será que garante essa flexibilidade em lidar com as várias gerações? Confira nas páginas a seguir. Ainda nesta edição, veja porque é tão importante falar outro idioma, opções de cursos e intercâmbios. Com certeza algum deles cabe em seu bolso.

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Soube da revista através de um amigo e gostei muito. Queria saber como vocês a distribuem ou se há algum lugar onde possa comprá-la. Manoel, por e-mail Oi Manoel, a revista Young é bimestral, totalmente gratuita e distribuída através de blitz e pontos fixos em Escolas de Ensino Médio, Cursinhos e Faculdades de São Paulo, Grande SP e ABC. Também participamos de feiras relacionadas a educação. Para conhecer a lista completa dos pontos de distribuição consulte nosso site. Se o bairro ou cidade onde você mora não estiver relacionado, podemos postar para você com o custo de R$ 5,00 por edição. Para isso nos escreva novamente. Conheci a revista através de uma amiga e gostaria de participar da seção repórter por uma edição sugerindo uma pauta que vem ocorrendo com bastante frequência: novas profissões ligadas à demanda do mundo virtual e globalizado que vivemos X profissões mais tradicionais e “seguras” para os jovens seguirem. Li alguns artigos que falam que muitos estudantes ainda preferem escolher cursos mais “famosos” como Direito, Administração e Medicina, pela insegurança de apostar nestas carreiras novas. Acho que é um bom tema para a revista. Mila Ramos, Vila Carrão, São Paulo, via twitter A Mila participará da seção Repórter por uma edição, em nossa próxima edição. Conheci vocês através de uma distribuição na frente da faculdade aonde estudo meu quarto ano de Psicologia, a Anhembi Morumbi. Geralmente não gosto das revistas que são distribuídas na porta da Universidade, mas a Young me chamou a atenção, primeiramente pela capa bonita, inovadora e muito bem feita da edição nº4. Além de estudante, também sou escritor, pretendo lançar um livro de crônicas em breve e gostaria de colaborar com a revista. Vinicius Neves, por e-mail Ficamos muito felizes com seu interesse em colaborar com a revista Young, nossa redação avaliará o material enviando por você e também a melhor forma de você colaborar conosco. 6

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Quer fazer parte da equipe da revista? Estamos selecionando

estudantes voluntários que estejam interessados em formar nosso conselho jovem. O intuito é saber a sua opinião, o que você gosta de fazer, suas dúvidas e o que gostaria de ler por aqui. Podem se cadastrar estudantes do ensino médio e universitários que queiram colaborar com ideias para o conteúdo da revista. Os participantes receberão semanalmente e-mails com enquetes para opinar e sugerir pautas para futuras matérias. Quer participar? Escreva para revistayoung@gmail.com no assunto “Conselho jovem” e na mensagem nome, idade, endereço, e-mail, telefone, escola ou faculdade que está cursando.


Fotos: LAURO UEZONO/Divulgação CIEE

Foto: Shuter

Nem sempre a convocação para uma vaga de estágio vem na velocidade que o estudante deseja. Mas é sempre possível achar um atalho. Um deles é se inscrever gratuitamente em agentes como o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), que fazem essa ponte entre organizações com vagas de estágio em aberto e os candidatos. E se a pressa for maior, a opção é dar um pulo na 13ª Feira do Estudante – Expo CIEE 2010. O evento será realizado nos dias 14, 15 e 16 de maio, das 10 às 20 horas, no Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera, em São Paulo/SP. Todos os visitantes que tiverem cadastrados no CIEE ganharão o encaminhamento preferencial para processos seletivos nas empresas e órgãos públicos parceiros. Na Expo CIEE do ano passado, um quinto dos 50 mil visitantes foram beneficiados por esse recurso. Vale sempre lembrar que quem não possui esse cadastro pode fazê-lo gratuitamente no site www.ciee.org.br ou no estande da organização na Feira. Aqueles que não procuram por vagas de estágio, mas querem se preparar mais para enfrentar o mercado de trabalho também poderão ir à Feira, que se dividirá em três setores. Na área de expositores, percorrerão estandes de instituições de ensino, empresas e órgãos públicos, tomando conhecimento das novidades em cursos e serviços para jovens. No setor de informação profissional, terão à disposição um programa de 51 palestras sobre temas relacionados a carreiras e cursos. No setor cultural, assistirão a espetáculos de música, cinema e teatro, apresentados por artistas profissionais e estudantes.

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10 - Giro musical 12 - Fique de olho 14 - Cuide-se 16 - Sem tarjas 18 - +Saúde 20 - Do you speak english? 26 - Perfil 28 - Carreiras 30 - Fonte da juventude 36 - Mudança de direção 38 - Viagens 42 - Por aí 44 - Vocação 48 - Garimpo 50 - Hi-tech

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Hiran Murbach, na casa dos 30 e

Fotos Divulgação

poucos anos, advogado de profissão, escritor por vocação e baixista numa banda de rock por teimosia.

Com certeza, uma das bandas mais injustiçadas da história do rock nacional atendia pelo estranho nome de Little Quail & the Mad Birds. Fundada em Brasília, no ano de 1988, passou nove anos de estrada com a mesma formação: Gabriel Thomaz (guitar/voz), Zé Ovo (baixo/voz), e Bacalhau (bateria). Lançaram dois discos e um EP, mas que nunca emplacaram! Com letras sem nexo, engraçadinhas, isso tudo muito tempo antes do surgimento dos Mamonas e o bando de porcaria que veio no embalo, nunca tocaram nas rádios, na MTV, nem fizeram grandes shows. Abriram a turnê do Lavô tá Novo do Raimundos (que veio a regravar Aquela no álbum Só no Forévis) e mais nada! Foram convidados para tocar no Close Up Festival, no Rio, antes do Sex Pistols, mas por algo que ninguém sabe explicar, o Zé Ovo chegou atrasado e não puderam tocar. Com isso tudo, desistiram da banda e cada um seguiu o seu caminho. Gabriel fundou o Autoramas, Bacalhau tocou no Rumbora e agora está no Ultraje a Rigor e Zé Ovo é roadie do Maskavo. 10

O que é possível imaginar quando, aparentemente de forma despretensiosa, resolvem se unir para fazer um som um baterista que tocou na maior e mais importante banda dos últimos 20 anos, um vocalista que fez parte de diversos projetos relevantes e um baixista que dispensa apresentações? Isto é o Them Crooked Vultures. Formado por Josh Hommes (Queens of the Stone Age, Eagles of Death Metal) na guitarra e nos vocais, John Paul Jones (Led Zeppelin) no baixo e Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters) na bateria. O TCV não traz nada de novo para o mundo da música, apenas o bom e velho rock’n’roll tocado o mais alto e mais sujo possível por músicos supercompetentes e criativos. Altamente recomendado para quem está cansado das modernidades musicais e sente saudade do tempo que a música era mais visceral e menos pasteurizada.

Quer ser tornar um Dj profissional? Não pense que você deve apenas ter conhecimento técnico, embora seja um quesito muito importante. É preciso muito mais que isso. “Um bom profissional precisa gostar de música e ter sensibilidade para tocar o que as pessoas querem ouvir,” explica Fabrício Vasconcellos, instrutor do curso de DJ e Produção Musical, da Escola de DJ-SP. Ficou interessado? Em São Paulo, há várias escolas que oferecem curso para você arrasar nas pistas, seja por hobby ou profissionalmente. A dica é visitá-las e ver qual oferece as melhores condições as suas necessidades. A Escola de DJ, por exemplo, dispõe de várias opções de horários, o curso tem duração de 20 horas e o conteúdo é 100% prático. Além disso, as aulas são realizadas em cabine de som real, para aproximar ao máximo o aluno do seu futuro ambiente de trabalho, dispensando estúdios e salas de aula.


Se estivesse vivo, Elvis teria completado 75 anos em janeiro passado. Ele marcou as gerações dos anos 50, 60 e 70 com suas músicas inovadoras e eletrizantes. Estive em Tupelo, pequena cidade do Mississipi, em 2002, e visitei a casa onde Elvis nasceu. A residência, localizada no subúrbio da cidade, tem um quarto, uma sala e uma cozinha. Não dava para imaginar, naquela oportunidade, que um dos maiores ícones da música popular mundial do século 20 teria nascido naquele lugar tão humilde e desprovido de recursos. Elvis Aaron Presley nasceu em 8 de janeiro de 1935. Quando jovem, assistia os cultos da Igreja Pentecostal em sua cidade e gostava bastante. Era aficcionado pelas músicas gospel cantadas na Igreja. Ainda na juventude entrou em contato também com as músicas country e blues, ritmos típicos da sua região, aprendeu a tocar violão e chegou a ganhar um concurso para talentos jovens na sua cidade. Apesar de gostar muito da música, Elvis teve de se dedicar a outra profissão para sobreviver: virou caminhoneiro. Em 1953, enquanto gravava algumas canções para o aniversário de sua mãe, chamou a atenção do produtor musical Sam Philips, proprietário da Sun Records, e, no ano seguinte, foi convidado a gravar suas primeiras músicas. Naquele ano, Take e Blue Moon of Kentucky ganharam as paradas de sucesso no Tennessee e também no Mississipi. Em 17 de julho, Elvis fez seu primeiro show na cidade de Memphis. Em 1955, é contratado pelo selo RCA e no ano seguinte passa a fazer sucesso internacionalmente. Entre 1958 e 1960, Elvis serviu o exército norte-americano numa base da, então, Alemanha Ocidental. Essa fase ajudou ainda mais a alimentar sua condição de ídolo pop

norte-americano. Nos anos 60, Elvis consagrou-se um dos maiores ídolos da música no mundo inteiro. Presley também participou de alguns filmes, sendo o primeiro deles Love me Tender, em 1956. Depois vieram outras produções que fizeram um estrondoso sucesso em todo globo. O estilo do Rei do Rock and Roll era contagiante. Ele dançava e requebrava seu corpo tocando sua guitarra, o que foi considerado um atentado aos bons costumes pelos mais conservadores. Os anos de 1970 marcaram a decadência do grande ídolo, embora seu sucesso continuasse em alta. Apesar de ficar boa parte do tempo recluso, ele chegou a realizar uma grande quantidade de shows. Elvis faleceu em 16 de agosto de 1977, de ataque cardíaco fulminante, devido ao consumo exagerado de barbitúricos, em sua mansão chamada Graceland, em Memphis, no Tennessee. Suas músicas ainda possuem grande espaço na programação das rádios e nas prateleiras das lojas de CDs de todo o planeta.

Ricardo Barros é professor de História do Colégio Paulista, mestre em Educação pela Universidade de São Paulo, bacharel em História e licenciado em Pedagogia pela mesma universidade.

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Karina Muller, atriz-jornalista ou jornalista-

Fotos: Divulgação

Muita risada e humor de primeira linha é o que garante a reestreia do Senta pra Rir, do humorista Diogo Portugal, que nessa segunda temporada contará com convidados especiais a cada apresentação. Observações bem-humoradas sobre fatos cotidianos em números de Stand-up Comedy e performances de alguns dos famosos personagens do humorista, escolhidos por ele a cada apresentação, como a manicure Marlene Marluce Catarina, o porteiro Ediomar, a ex-prostituta Pamela Conti, o fashion Dani Ficado, o publicitário Carlos Umberto Modesto, o lutador de jiu-jitsu Bomba, a idosa Cremilda e o office-boy Elvisley, este último sucesso no programa Zorra Total, são algumas das atrações do espetáculo. As apresentações vão até 24 de junho no Teatro das Artes, no Shopping Eldorado, em São Paulo, sempre às quintas-feiras, às 21h30. Os ingressos custam R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada). O teatro fica na Avenida Rebouças, 3970, 3º piso. Ingressos pelo telefone (11) 4003-2330. Mais informações sobre o artista: www.diogoportugal.com.br

Fotos: Divulgação

atriz (depende do período) trabalha com teatro para crianças, ama viajar e sonha um dia escrever um best-seller.

Quer ficar por dentro de tudo que rola em arte e cultura na região metropolitana de São Paulo com preços populares ou entrada franca? É só acessar o site www. catracalivre.com.br, projeto de jornalismo educativo que tem como proposta conectar numa única rede cinemas, teatros, museus, galerias, parques, praças e auditórios para transformar a cidade numa grande sala de espetáculos de portas abertas. O site surgiu com estudantes da Uniesp no centro histórico de São Paulo, que decidiram colocar na net as atividades culturais gratuitas que aconteciam na cidade e com o tempo foi recebendo conteúdo de estudantes de outras instituições. Idealizada pelo jornalista Gilberto Dimenstein, hoje a plataforma é desenvolvida por universitários da USP, PUC, FAAP, Mackenzie e Metodista e, muito mais do que divulgar eventos culturais, o site disponibiliza materiais sobre movimentos artísticos, vida e obra de artistas consagrados, divulga novos talentos e também palestras, cursos, editais, concursos e eventos na área que valem a pena ser vistos fora da capital. www.catracalivre.com.br 12


Foto: Bina Sveda

Um pouco da aventura do arquiteto Argus Caruso Saturnino, que resolveu dar uma volta no planeta pedalando, está registrada no livro Caminhos - Volta ao mundo de bicicleta, publicado pela Edições SESC-SP, onde podemos mergulhar em sua longa viagem por meio de 150 belas imagens e histórias sobre os acasos de sua vida de aventureiro profissional. Foram três anos e meio de estradas e 35 mil quilômetros rodados por 28 países. Além das inúmeras conversas pelo caminho, e das 20 mil fotografias, a viagem teve como maior objetivo a educação por meio do projeto “Pedalando e Educando”, que viu na divulgação da aventura uma estratégia de aprendizado para estudantes brasileiros. Escolas cadastradas receberam pela Internet material didático do aventureiro pelo mundo afora e acompanharam suas andanças conhecendo melhor as rotas que destacavam história e geografia, e também reflexões sobre solidariedade, diversidade cultural e sustentabilidade. Atualmente, as novas aventuras de Caruso são as visitas às escolas da região Norte e Nordeste do Brasil, compartilhando com estudantes de 12 a 18 anos fotografias, vídeos, muita conversa e histórias através do projeto “Escola do Mundo”. O livro custa R$ 77,00 e pode ser adquirido nas unidades do SESC-SP, pelo portal www.lojasescsp.org.br ou pelo e-mail lojaonline@sescsp.org.br. Nas compras on line há o acréscimo do frete no valor do livro. 13

Fotos: Divulgação

Se, apesar da vontade, você acha que não dá mais pra começar o ballet clássico porque o tempo passou, esqueça e coloque a sapatilha. Aulas de ballet são, sim, recomendadas para adultos sem nenhuma experiência anterior desde que o interessado siga alguns cuidados. Mesmo se o objetivo não for se tornar uma bailarina internacional, essa dança traz inúmeros benefícios e pode ser um ótimo exercício físico por trabalhar alongamento e fortalecimento, postura, coordenação motora, lateralidade, além de aumentar a capacidade do sistema cognitivo e do equilíbrio. Ilíada Soriano, bailarina clássica há mais de 20 anos, da Academia Hispalis, garante que a dança é recomendada a todas as idades desde que o dançarino de primeira viagem tenha uma boa orientação para evitar possíveis lesões. Segundo ela, escolher um professor também especializado em fisiologia, anatomia e biomecânica é uma garantia para evitar surpresas no futuro. Na escolha da academia, um cuidado básico é observar se o piso da sala é de madeira, se possuiu um sistema para evitar impacto e também a altura da barra, itens fundamentais para um bom desenvolvimento do aluno sem riscos. A sapatilha adequada, sempre com elástico, e uma passadinha no cardiologista também são recomendações para que o seu momento bailarina tenha vida longa. Iniciantes e pessoas sedentárias devem começar com aulas de 30 minutos até quatro vezes na semana. www.hispalis.com.br


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Foto Divulgação

Para descansar da rotina diária de estudos e trabalho, nada melhor que um escalda-pés para relaxar. O Amanary Spa, do hotel Grand Hyatt São Paulo, oferece o serviço em um miniofurô, preparado com uma combinação de óleos essenciais revitalizantes de gerânio, limão e alecrim. Os efeitos de descanso e bem-estar são imediatos. O espaço dispõe também de pacotes especiais para não hóspedes, como o Gift Certificate: Teen (tratamento facial de revitalização, massagem corporal com óleo essencial de lavanda e serviço de manicure e pedicure), com duração de aproximadamente 2 h30 m e custo de R$ 346,00 Para saber mais: (11) 2838-3300 ou www.amanary.com.br

Com a vantagem de manter o sabor original, a Coca-Cola light plus chegou ao Brasil para atender aos pedidos dos apaixonados pelo refrigerante, mas que se preocupam com a saúde. De baixa caloria e fonte de vitaminas B3, B6 e B12, uma lata do produto supre 23% das necessidades diárias de vitaminas e minerais de um adulto.

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Já pensou que o teclado do seu computador, as maçanetas das portas e os corrimãos podem ser abrigo de bactérias e vírus prejudiciais à saúde? Então, é bom manter as mãos higienizadas e protegidas. Uma boa opção é o Soapex Espuma Antisséptica, com embalagem que cabe na bolsa (50 ml), para limpar as mãos antes das refeições, no escritório ou na rua, pois dispensa enxágue. Além de prático, o produto deixa um toque suave, limpando sem ressecar. Preço sugerido: R$ 14,17 Para saber mais: www.galderma.com.br.


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Idealizado da matéria-prima até o rótulo com base no compromisso da companhia “Por um amanhã melhor que hoje”, o Toddy Orgânico chega aos supermercados com apenas cinco ingredientes: cacau e açúcar orgânicos, extrato de malte, sal e lecitina de soja. O achocolatado ainda conta com outros diferenciais como ingredientes certificados pelo IBD - Instituto Biodinâmico e rótulo reciclado, certificado pela FSC - Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, feito parcialmente de papéis coletados pelos próprios funcionários nos escritórios da companhia. Para saber mais sobre o projeto e assistir ao vídeo da rede produtiva, www.toddy.com.br/organico

Você está fazendo planos para eliminar a barriguinha e se “jogar” na academia? Então, vá com calma, pois antes de começar qualquer atividade física é preciso tomar alguns cuidados. De acordo com o ortopedista e coordenador do Instituto do Joelho do HCor - Hospital do Coração, Rene Abdalla, “a ânsia por um corpo saudável a qualquer custo e num período de tempo reduzido prejudica e muito a saúde”. E não é só na academia que mora o perigo! Fique atento também nas atividades diárias, na postura e no uso constante de salto alto. É importante iniciar a malhação de forma gradativa. “O corpo não está acostumado com exercícios bruscos, pois é uma grande mudança, sem um período adequado para readaptação. Respeite a série de exercícios praticados na academia e procure aqueles que não agridam o sistema músculo-esquelético. E, ao primeiro sinal de dor, pare a atividade e procure um médico”, diz o ortopedista. 15


sem tarjas

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Os pequenos lábios da minha vagina são grandes. Isso é normal, existe alguma cirurgia para reduzi-los? Dr. João- Sim, na grande maioria das vezes, o tamanho está dentro da normalidade. O que é anormal é a educação em relação ao próprio corpo recebida pela maior parte das meninas. Como poucas são incentivadas a conhecer e admirar seus genitais, a tendência é buscar defeitos. Você já reparou que, no quesito órgãos genitais, enquanto as garotas se preocupam em fazer reduções, os meninos querem sempre fazer aumentos? Isso ocorre porque eles sempre foram ensinados a ter orgulho do pênis. Portanto, esqueça a cirurgia e passe a se aceitar e ter orgulho de seus grandes pequenos lábios.

O pênis pode quebrar? Dr. João - Existe a fratura peniana sim, mas não existe osso no pênis para quebrar. Quando o pênis está rígido, dependendo do esforço que é submetido, ele pode dobrar e sofrer lacerações causando um grande hematoma. Na maioria das vezes é uma situação de urgência e deve ser resolvida em ambiente hospitalar.

Quando estou próxima de menstruar, às vezes, tenho uma secreção branca. Isso pode indicar uma infecção? Dr. João Pode tanto ser normal como indicar uma infecção. O que vai diferenciar é se existem outros sinais e sintomas associados como forte odor, coceira vaginal, dores abdominais, gânglios na região e na virilha, dor na penetração. Na dúvida, o mais indicado é consultar regularmente seu ginecologista, que poderá lhe examinar de modo adequado e chegar a um diagnóstico correto.

A vagina pode pegar carrapato ou piolho? o que fazer se isso acontecer? Dr. João - Sim, na região dos pelos pubianos. Existem medicações específicas que devem ser prescritas por nós médicos. Caso haja sintomas de coceira e irritação da pele na região descrita, um médico deverá ser procurado.

Todo mundo fala que a primeira relação sexual dói para as meninas. E para os meninos, também pode ser dolorido? Qual a melhor maneira para não sentir dor? Dr. João - Pode doer para os dois. O melhor é ir com muita calma, sem violência, perguntar como ela ou ele gostam se sente dor ou não e usar lubrificantes íntimos. O medo e a insegurança são fatores que aumentam em muito a sensação dolorosa. Não podemos esquecer que para as meninas é mais dolorosa, pois o hímen vai se romper. A dor é pouca e rápida, o que piora tudo é como interpretamos a situação.

Tenho 15 anos e tenho ereções involuntárias, o que me constrange em algumas situações. Como controlar esses momentos? Dr. João - Meu amigo, isso é muito normal na sua idade. Não se preocupe, pois não estão reparando em você o tempo todo. Caso tenha uma ereção em um lugar público, haja com descrição e normalidade, pois ninguém vai estar lhe “medindo” o tempo todo. Ponha a mão no bolso, sente-se e esqueça que ninguém vai perceber. 17


+ saúde

A maçã é uma fruta cercada de simbolismos. Dizem que se não fosse por ela e pela serpente, Adão e Eva ainda estariam no paraíso. Na mitologia grega, quando Zeus casou com Hera, Gaia os presenteou com maçãs de ouro e uma árvore desse fruto foi plantada no jardim das Hespérides. No mesmo jardim uma outra maçã causou problemas entre os deuses, tanto que a história é conhecida como o pomo da discórdia. Aliás, se não fosse por uma maçã, talvez ainda não conheceríamos a teoria da gravidade. Mas, com certeza, a madrasta da Branca de Neve não envenenaria essa fruta para oferecer à bela princesa se conhecesse o ditado popular que “uma maçã ao dia mantém o médico longe”. A sabedoria popular está correta. A maçã é rica em pectina, taninos, ácido málico e flavonoides que, entre outras funções, ajudam a amenizar problemas do sistema digestivo, como diarreia e constipação intestinal; previnem o aumento das 18

taxas de colesterol e mantêm os níveis ideais de glicose e triglicérides no sangue. Estudos recentes também começaram a reforçar as propriedades antioxidantes e anticancerígenas da maçã, especialmente pela quantidade de polifenóis e flavonoides. Leve uma maçã na mochila para aquela fome entre uma aula e outra, pois, além de todos esses benefícios, ela faz uma “limpeza” nas cordas vocais e promove uma voz com melhor ressonância ótimo para aqueles dias que temos de apresentar um trabalho. A fruta também auxilia na higiene bucal. Como ela requer muita mastigação para ser triturada, há um aumento na produção de saliva e, além disso, tem ação mecânica que realiza um “arraste” dos alimentos que, por ventura, tenham sobrado dentro da boca. É claro que nada substitui uma boa escova de dentes e um bom fio dental!

Fruta versátil A nutricionista Celina Mayumi T. Hi-

ramatsu explicou para a Young que a maçã é rica em fibras (substância encontrada nas plantas). A fruta possui uma fonte de fibra chamada pectina. Muitas vezes, com o corre-corre diário de um estudante, nem sempre o intestino funciona direito. A pectina que há na maçã ajuda na remoção de toxinas, estimula os movimentos peristálticos do intestino para que se possa ir ao banheiro regularmente. Também é importante beber bastante água para ajudar nesse processo. A ação antioxidante de alguns componentes da fruta ajuda a evitar os efeitos de uma situação de estresse (o que é ótimo para semana de provas). Outra vantagem da maçã é o fato de ser versátil, fácil de carregar e de consumir. Por isso, em vez de comer um doce na hora que sentir fome, coma uma maçã. Você também pode substituir a maçã por um suco que, em média, equivale a 8 maçãs (dependendo do tamanho da fruta). Segundo a nutricionista, o ideal é consumir em torno de 4 a 5


maçãs por semana. “Quero deixar bem claro que não existe somente a maçã como opção de fruta saudável. A nossa alimentação precisa ser o mais variada possível. Todos os alimentos são importantes e todos são necessários, Mas comer bem é também não exagerar na quantidade”, aconselha. No caso específico do grupo das frutas, o consumo deve ser em torno de 3 a 5 porções por dia de frutas diferentes. Quem estuda muito deve saber que é preciso se alimentar direito. Isso não é conselho de mãe, mas de especialistas! No seu prato não pode faltar alimentos que sejam fontes de carboidratos, para fornecimento de energia (eles agem como combustível para o cérebro). Fontes de proteínas também fornecem energia, ajudam na formação de enzimas e de hormônios, e na regulação de processos metabólicos. E, segundo a nutricionista, cada caso deve ser analisado individualmente, mas há dicas básicas que todos devem seguir. Confira algumas: 19


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Foto: Ramzi Hashisho


Abra os classificados de emprego e veja quantos anúncios exigem inglês fluente ou, no mínimo, intermediário. A grande maioria, pelo menos para os “bons” empregos. Faça ainda uma lista de suas músicas e filmes favoritos. Quantos são em inglês? Até mesmo artistas latinos ou europeus acabam se rendendo ao idioma do Tio Sam para fazer mais sucesso, como Shakira, Ricky Martin, Antonio Banderas, Penélope Cruz e, claro, nosso Rodrigo Santoro. Você pode até não gostar desses artistas, mas é inegável que a fama deles cresceu após adotarem o inglês como língua “de trabalho”. “O inglês é o idioma da principal potência mundial e é visto, hoje, como uma espécie de língua universal, além de ser a mais ‘falada’ na internet. Isto o coloca em um patamar diferente dos outros idiomas, mas destaco que a procura por cursos de espanhol também vem aumentado bastante”, afirma Marcos Cesar Polifemi, diretor do Centro de Linguística Aplicada do Yázigi. “Os países se aproximaram. Hoje temos a possibilidade de conversar com pessoas do mundo todo, realizamos negócios globalmente e quem não fala inglês ou outro idioma passará a ser um espectador, um agente mais passivo ou executando funções de menor destaque no mercado de trabalho”, acrescenta Lígia Velozo Crispino, sócia-diretora da Companhia de Idiomas.

Cidadão do mundo Não está convencido ainda da importância de aprender outras línguas? “Saber um idioma é ter uma habilidade que lhe permite sobreviver melhor. É igual a saber usar o computador e seus programas, dirigir, nadar. Você pode viver sem isso, mas dominar outra língua o enriquece, abre portas ao conhecimento e a outras culturas. Torna você um cidadão

do mundo”, comenta Debora Jane Schisler, diretora da Seven Idiomas na área de Engenharia da Educação. Inglês é essencial, mas cada vez mais deixa de ser um diferencial. “É muito comum ver empresas multinacionais definirem o Brasil como o país responsável pelas filiais da América Latina, assim, o espanhol passa a ser um idioma importante, além de ser a segunda língua mais falada nos Estados Unidos. Para quem trabalha com comércio exterior percebo a grande necessidade de dominar o mandarim (chinês). Há várias empresas que estão com escritórios na China e realizando muitos negócios com o país”, diz Lígia. Agora que você já percebeu a importância de saber outros idiomas (certo?), o próximo passo é escolher o curso ideal e ter em mente que uma língua não se aprende “de uma hora para outra”. “Não existe fórmula mágica, mas sim uma metodologia séria, com materiais didáticos apropriados, bons professores que saibam aplicá-los e muito esforço do aluno em sala de aula. É assim que se aprende”, recomenda Marcos. Lizika Goldchleger, gerente acadêmica da Cultura Inglesa SP, reforça ainda a importância de estabelecer metas antes de escolher o curso. “O objetivo de cada pessoa vai determinar o tempo de estudo, porém, em geral, aprender uma segunda língua exige investimento de tempo. Aqueles que desejam adquirir habilidades linguísticas apenas para sobrevivência no exterior não têm necessidade de investir tanto tempo quanto uma pessoa que gostaria de atingir proficiência na língua. Mas qualquer que seja o objetivo, busque instituições sérias e comprometidas com o aprendizado”, completa.

Faça a escolha certa Antes de escolher em que escola estudar, pesquise vários 21


cursos e conheça seu próprio estilo de aprendizagem, isto é, como você aprende melhor. Você gosta de jogos e dramatizações em sala de aula ou de um ambiente mais sério? Você quer uma aula individual, personalizada, sabendo que pagará mais por isso, ou prefere a troca de experiências e a energia de um grupo, pagando menos, porém dividindo a atenção do professor com outros alunos? Além disso, qual o seu objetivo ao aprender o idioma? Você quer apenas adquirir conhecimentos para uma viagem de turismo, vai prestar alguma prova de proficiência, utilizará a língua no ambiente de trabalho, vai estudar no exterior? Suas respostas a essas perguntas o ajudam a escolher a escola, a metodologia, os materiais e a carga horária necessária. Após essa primeira análise, selecione algumas escolas e visite-as, questionando: - Tempo da escola no mercado; - Número máximo de alunos por sala; - Formação acadêmica e experiência dos professores; - Valor da mensalidade e custo total por estágio, incluindo taxa de matrícula e material didático; - Livros utilizados; - Número total de estágios do programa e carga horária total do curso; - Frequência e duração das aulas; - Estrutura da escola e recursos oferecidos (laboratório de línguas, computadores, biblioteca etc); - Rodízio de professores; - Eventos culturais e sociais oferecidos; - Eficácia do curso e como a escola mede isso, por exemplo, informando a porcentagem dos alunos aprovados em exames internacionais; - Se a unidade é própria ou franquia, pois a qualidade pode variar. Além disso, avalie se os cursos não misturam crianças e adolescentes ou mesmo adolescentes e adultos na mesma sala, já que os ritmos de aprendizagem e as necessidades de cada faixa etária são diferentes. Peça ainda para assistir a uma aula gratuitamente.

Vale a pena fazer um curso no exterior? Sim! Esta foi a resposta de todos nossos entrevistados. No entanto, é importante ter em mente que não são duas ou três semanas de curso fora do país que o tornarão fluente no idioma. E lembre-se que alunos com nível intermediário tendem a aproveitar melhor do que os de nível básico. 22

“Sempre vale a pena, pois um curso no exterior é uma experiência cujo benefício vai muito além do aprendizado do idioma. Alunos iniciantes devem se programar para uma estada de no mínimo três meses; já os que possuem nível intermediário podem se beneficiar dos cursos de um mês”, recomenda Tereza Fulfaro, diretora educacional da CI. Conhecer outras culturas, novas pessoas, praticar o idioma com nativos e até poder combinar os cursos de idiomas com outras atividades que você goste, como cursos de culinária, artes, negócios, esportes são as principais vantagens do intercâmbio. No entanto, muitos alunos fazem um curso fora e, ao retornar, não apresentam grande evolução linguística. Por quê? Além da questão da carga horária já mencionada, o aprendizado depende muito da atitude do aluno. Se após as aulas você ficar o tempo todo falando português ou “portunhol” com outros brasileiros e latinos, certamente o resultado não será o mesmo daquele aluno que só conversa no idioma que está estudando. “É importante ainda salientar que o que se aprende fora seria mais ou menos equivalente ao que se aprenderia aqui em termos de estrutura gramatical. O ganho é no vocabulário e compreensão auditiva, pois você tem muito mais exposição à língua lá fora”, completa Debora. Isso, é claro, desde que você não fique assistindo à TV Globo via satélite nem conversando só com brasileiros. O portal Universia (www.universia.com.br/mobilidade/materia.jsp?materia=18751) tem uma matéria sobre a importância da atitude no aluno para aproveitar melhor um intercâmbio. Segundo o conteúdo do portal, o intercambista deve ser receptivo às novas informações e aceitar as mudanças que vai viver durante a estada internacional, respeitando as diferenças e fazendo bom uso delas. Ou seja, se for para viajar e ficar falando mal do novo país, procurando restaurantes brasileiros, evitando falar com desconhecidos na rua por ter vergonha de usar o idioma ou ficar “matando a saudade de casa” o tempo todo no Orkut e Facebook, nem vá.

Opções não faltam Além dos cursos de idiomas no exterior, há também opções de estágios, trabalho remunerado ou voluntário, cursos de graduação, pós-graduação, MBA, mestrado ou doutorado, muitos na chamada versão “sanduíche”, isto é, você faz parte do curso aqui no Brasil e parte no exterior. Cada curso superior ou programa de trabalho tem seus próprios prérequisitos, que também variam de um país para outro. “Os estágios ou trabalhos no exterior podem ou não exigir que o


participante esteja fazendo um curso. Nos EUA, por exemplo, é possível só estagiar por períodos que vão de 2 meses a 1 ano. Há ainda o trabalho de férias que vai de novembro a março dependendo da vaga”, diz Tereza. Daniela Boer, gerente dos cursos de longa duração da EF, acrescenta que o estudante deve sempre adequar o destino escolhido ao seu perfil: “É importante fazer uma entrevista com o coordenador educacional da agência que terá todo o ‘know how’ para identificar as características do candidato e indicar o destino mais adequado, ajudá-lo a escolher o curso, onde morar e dar todas as informações necessárias sobre vistos e se o país permite trabalhar durante o curso, se for do interesse do aluno”. É recomendável procurar uma agência de intercâmbio com cerca de seis meses de antecedência para cursos superiores ou para candidatar-se às vagas de trabalho. Para as garotas que querem trabalhar como au-pair, cuidando de crianças no exterior, é importante lembrar que a maioria dos programas tem uma idade limite. A Cultural Care oferece um programa de au-pair com um ano de trabalho por US$ 890, sendo que US$ 300 são reembolsáveis ao final do programa. As tarifas incluem passagens aéreas de ida e volta, traslados, seguro-saúde, quatro dias de treinamento na Escola Cultural Care de Nova York com hospedagem e alimentação e uma bolsa de estudos no valor de US$ 500, além de estadia e alimentação na casa de uma família norte-americana por um ano. Os participantes recebem ainda um salário semanal de US$ 195,75. Podem participar jovens de 18 a 26 anos, com ensino médio completo, carteira de habilitação, nível intermediário de inglês e no mínimo 200 horas de experiência com crianças. Quem procura uma atividade diferente para ter novas experiências e ao mesmo tempo aprimorar o idioma pode optar pelo programa de trabalho voluntário de Hotelaria na África do Sul, da IE Intercâmbio, ainda mais neste ano de Copa do Mundo. Os voluntários recebem acomodação, refeição e uma ajuda de custo mensal, além de tempo livre para viajar e explorar a região onde ficar. Não há necessidade de experiência prévia, mas é preciso: comprometer-se a três meses de trabalho, ter inglês intermediário, conseguir comunicarse com os hóspedes, comprometer-se a trabalhar em escalas, inclusive finais de semana (em torno de 40 h semanais), ter entre 18 e 35 anos e ser flexível e maduro. O valor do programa é de US$ 1.230, sem passagens aéreas, taxa de matrícula e seguro-saúde.

Confira algumas opções de cursos no Brasil e no exterior e oportunidades de trabalho: Cultura Inglesa Cursos de Inglês para crianças, jovens e adultos, além de cursos especiais de nível avançado como Conversação, Tradução e Legendagem, Inglês para Vestibular, Curso de Pronúncia, entre outros. Valor: cerca de R$ 1.419,00 o semestre Tel.: (11) 3814-4155 www.culturainglesasp.com.br Yágizi Cursos de Inglês e Espanhol para jovens e adultos Valor: a partir de R $ 1.000,00 o semestre Tel.: 0800-7283166 www.yazigi.com.br Seven Idiomas Cursos de Inglês para crianças, jovens e adultos e Espanhol para jovens e adultos Valor: A partir de R$ 411,00 por mês para inglês básico, com 3 horas semanais Tel.: (11) 2177-1677 www.sevenidiomas.com.br Companhia de Idiomas Cursos de Inglês, Espanhol, Francês, Alemão, Russo, Mandarim, Português para Estrangeiros e Comunicação Eficiente para Brasileiros Valor: R$ 340,00 para curso individual de 4 horas/mês Tel.: (11) 5549-5349 www.companhiadeidiomas.com.br IE Intercâmbio Inglês Intensivo (possibilidade de trabalhar legalmente até 20 h/semana durante o curso de idiomas) Kaplan International – Melbourne (Austrália) 35 aulas por semana, duração de 16 semanas de curso e 4 semanas de acomodação, em casa de família (quarto individual – ½ pensão). A partir de 16 anos (18 se houver intenção de trabalhar durante o curso) Valor: a partir de AUD 6.960,00 Taxa de consultoria da IE: US$ 120,00 Tel.: (11) 2935-7160 www.ieintercambio.com.br Fisk A Fisk oferece programas de intercâmbio para alunos e ex-alunos praticarem o idioma no exterior: De 2 de julho a 2 de agosto, na ELS Language Center - Toronto com duração de 80 horas-aula. As inscrições podem ser feitas pelo site www.fisk.com.br, no telefone 0800-773 3475 ou na secretaria de cada unidade. 23


Espanhol em Buenos Aires De 4 a 11 de julho, na unidade Fisk em Lomas de Zamora, com duração de 20 horas-aula. As inscrições vão até 25 de junho pelo site www.fisk.com. br, no telefone 0800-773 3475 ou na secretaria de cada unidade.

Cultural Care Programa de au-pair nos Eestados Unidos, para jovens de 18 a 26 anos Valor: A partir de US$ 890,00 Tel.: 0800-7079353 www.culturalcare.com.br

CI Linguaviva - Florença (Itália) Curso de italiano + aulas de culinária A partir de 16 anos, 4 semanas de curso de italiano com 20 aulas por semana + 6 aulas de culinária, acomodação em casa de família (quarto individual, ½ pensão e taxas) Valor: € 2.310,00

EF Master Business English - São Francisco Seis ou nove meses letivos voltados para a área de negócios, 32 aulas por semana, acomodação em casa de família em quarto duplo, café da manhã e jantar de segunda a sexta e todas as refeições nos fins de semana e estágio não remunerado. Além de Business, há opções de Moda, Desenvolvimento Sustentável, Relações Internacionais, entre outros. Pré-requisito: maior de 18 anos e ter nível intermediário de inglês. Valor médio: US$ 12.500,00

Southbourne School of English - Bournemouth (Inglaterra) + Paris (França) Idade: 12-17 anos Três semanas de curso de Inglês, com 15 aulas por semana, acomodação em casa de família (quarto duplo com pensão completa), atividades sociais em Bournemouth. 4 noites/5 dias em Paris no hotel da EuroDisney com café da manhã incluso e passeio aos pontos turísticos da cidade. Valor: £1.974,00 St. Giles e NYFA - San Francisco & Nova Iorque (EUA) Idade: 14-17 anos Duas semanas de curso de Inglês com 20 aulas por semana, acomodação em residência estudantil (quarto duplo com pensão completa) e atividades sociais em San Francisco + 1 semana de curso de filmagem, atuação ou produção de vídeos musicais com acomodação em residência estudantil em Nova Iorque. Valor: US$ 4.604,00 Enforex - Madrid (Espanha) Espanhol + flamenco A partir de 16 anos, quatro semanas de curso de espanhol com 20 aulas por semana + 8 aulas de flamenco, acomodação em casa de família (quarto individual e ½ pensão) e taxas. Valor: € 2.665,00 Tel.: (11) 3677-3600 www.ci.com.br Inglês + Esportes na Inglaterra Para estudantes que desejam combinar a aprendizagem da língua inglesa com a prática de uma atividade esportiva (futebol, dança, golfe, hóquei, tênis e cavalgada). Duração de uma a sete semanas e acomodação no próprio centro de treinamento. Valor: a partir de US$ 1.660,00 por semana Tel.: 0800-119600 www.yazigitravel.com.br 24

ILSP – International Language Schools for Young Professionals Cursos de idiomas com duração de duas ou mais semanas e aulas focadas e específicas para alunos com 25 anos ou mais. Ex: Nova Iorque - duas semanas Curso intensivo de Inglês com 32 aulas semanais, acomodação no próprio campus da universidade, com todas as refeições inclusas. Valor médio: US$ 1.310,00 LC – Language Camp Programa de férias para adolescentes de 13 a 17 anos, com duração de quatro semanas. Acontece exclusivamente nas férias escolares, em janeiro e julho. Durante três semanas, o grupo de jovens estuda nos Estados Unidos ou na Inglaterra e depois faz um tour de uma semana com guias. Valor médio: US$ 5.900,00, incluindo passagem aérea, seguro-saúde, 3 semanas de curso, material didático, café da manhã e jantar e tour completo na última semana. ILS – International Language Schools Cursos de idiomas para adultos e jovens a partir de 16 anos, com duração a partir de duas semanas, diversas cargas horárias e em diversos países. Ex: Cidade do Cabo (África do Sul): 2 semanas, curso de verão com 20 aulas semanais, acomodação em casa de família, café da manha e jantar, material didático. Valor médio: US$ 780,00 Tel.: (11) 2122-9000 www.ef.com.br


InglĂŞs intensivo para adultos

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MatrĂ­culas abertas para novas turmas!

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perfil

Doutoranda pelo Instituto de Psicologia da USP, Flávia Asbahr, 31 anos, é uma jovem professora universitária e optou fazer parte de seu doutorado fora do país, no que se convencionou chamar de “doutorado-sanduíche”. Recebe esse nome pelo fato de ser uma parte dos estudos feito em duas etapas, dentro e fora do Brasil. Depois de ficar seis meses na Espanha, ela nos conta quais os motivos de sua escolha, vantagens e aprendizados do contato com outro idioma e outra cultura.

O que a levou a fazer um “doutorado-sanduíche” no exterior? Sempre quis morar fora do país por um tempo e achei que unir estudo e essa experiência seria a melhor opção. Alem disso, os próprios programas de doutorado de universidades públicas brasileiras recomendam um estágio de “doutorado-sanduíche”, o que significa que você está matriculado em uma universidade no Brasil, mas passa um período em uma universidade estrangeira, tendo que terminar e defender a tese no seu país. O próprio Ministério da Educação do Brasil tem programas institucionais de bolsas de estágio de doutorando no exterior, principalmente CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O objetivo desses programas é contribuir para o estabelecimento de intercâmbio científico dos programas de pósgraduação consolidados do país com seus parceiros no exterior, por intermédio da concessão de cotas de bolsas de estágio de doutorado. No meu caso, sou bolsista da FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de 26

São Paulo), instituição estadual que permite que parte da verba recebida para sua pesquisa possa ser usada para se manter fora do país, em um estágio, por um período de até 6 meses. Portanto, fazer um doutorado-sanduíche foi uma forma de unir vários fatores: poder morar e estudar em outro país recebendo uma bolsa para isso.

E porque a Espanha? Escolhi uma universidade espanhola em primeiro lugar porque buscava um orientador que estudasse as mesmas coisas que eu e uma das pessoas de maior renome dentro do tema da minha tese é o professor Pablo Del Rio, grande pesquisador dentro da abordagem teórica que sigo, a Psicologia Histórico Cultural. Ele e a professora Amélia Alvarez, sua esposa, foram os responsáveis pela tradução e edição das obras do autor que estudo, Vigotski (Lev Semenovitch Vigotski, psicólogo russo), do russo para o espanhol. Assim, Pablo Del Rio era um autor de referência para minha pesquisa. Por meio de uma professora brasileira, entrei em contato, expliquei meu projeto de pesquisa e ele me aceitou prontamente. Outro motivo foi a facilidade da língua, que eu já estudava no Brasil, e uma admiração grande pela cultura espanhola.

Quais as principais adaptações que esse tipo de mudança exige? Uma das primeiras adaptações refere-se ao horário e ao ritmo do trabalho universitário em outro país. No caso da Espanha, os horários são bem diferentes dos nossos: as aulas começam bem mais tarde que no Brasil, se almoça muito tarde, se janta tarde e, consequentemente, se dorme


tarde. Isso bagunçou bem minha rotina no começo. Claro, com o tempo a gente se acostuma, e já tinha quase virado uma espanhola, almoçando às 3 da tarde. Outra adaptação importante é na forma de trabalho, de como preencho meu tempo acadêmico. No Brasil, participo de dois grupos de estudo e pesquisa que se encontram com grande frequência e discutem continuamente vários temas. Aqui os encontros do laboratório de pesquisa foram menos frequentes e há uma forma mais rígida de fazer pesquisas, um pouco mais quantitativa, com uma preocupação em tabular e analisar os dados usando programas de computador. Foi muito bom aprender essa seriedade e objetividade na pesquisa, mas também foi maravilhoso avaliar o quanto a pesquisa brasileira está adiantada, é crítica, e o mais importante, tem a flexibilidade necessária para trabalhar com os problemas humanos. Além disso, outra diferença é que na Espanha há uma valorização maior da pesquisa, com muitos financiamentos, verbas e bolsas. A realidade do Brasil, até mesmo por uma questão histórica e social, é distinta. Há menos verbas, menos possibilidades tecnológicas, mas há mais flexibilidade e um trabalho mais voltado à realidade social, pelo menos na minha área, que é a psicologia escolar e educacional.

verso da língua. Outra coisa maravilhosa, e que extrapola o mundo acadêmico, é a oportunidade de conhecer outra cultura, de conhecer ao vivo coisas que você viu somente nos livros de História. Para mim foi essencial viajar pela Espanha e, ao visitar suas cidades, ter um panorama do desenvolvimento histórico ocidental, ou seja, ver ruínas romanas, castelos mouros, as marcas da guerra civil e de muitos outros movimentos históricos que conhecia apenas de leitura. Também foi essencial o contato com a literatura do país, conversar com pessoas comuns na rua, ir percebendo o jeito de ser do espanhol e, a partir daí, por comparação, fazer uma análise da sua própria cultura e do jeito de ser brasileiro. Isso fez com que eu admirasse mais o povo brasileiro em muitos aspectos. Outra coisa que estranhei muito é que vinha de um ritmo muito intenso de trabalho, dando aula, cursando o doutorado, dando cursos em vários lugares. Quando retornei esse ritmo diminuiu muito, pude me dedicar integralmente ao doutorado e a universidade aqui não me exigiu muito. Isso, por incrível que possa parecer, foi sofrido no começo, e aumentou a sensação de solidão, a saudade da família, dos amigos e até mesmo do seu cotidiano.

Quais as principais vantagens dessa experiência fora do Brasil?

O que isso vai contribuir para sua formação como professora universitária?

Academicamente, a principal vantagem é poder entrar em contato com pesquisadores de outros lugares do mundo, ampliar o horizonte intelectual. Alem, é claro, de aprender de fato outra língua. Como disse, já estudava espanhol no Brasil, mas morando no país você realmente entra no uni-

A partir do que já disse, acho que consigo resumir em uma frase: visão mais geral e mais tolerante das diferenças que há no mundo. Acho que isso é algo importantíssimo para se ensinar, principalmente na universidade, onde há uma diversidade muito grande de conhecimentos e pessoas. 27


carreiras

Uma nova era de ouro No início dos anos 80, as grandes obras, que até então pipocavam em todo o Brasil, foram canceladas em função da falência do Estado e da crise internacional de crédito. Um retrato da época foi a lanchonete “O engenheiro que virou suco”, aberta na capital paulista pelo engenheiro Odil Gar28

cez Filho, que decidiu abrir o estabelecmento após perder o emprego. Apesar do sucesso da lanchonete, Garcez Filho fazia questão de deixar o diploma na parede e a caderneta do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) colada no vidro do caixa. Enfim, ser engenheiro não era mais sinônimo de sucesso profissional e a área deixou de despertar interesse. Somente com o crescimento dos investimentos na indústria petrolífera que ocasionou a descoberta de fontes de petróleo na camada pré-sal no Brasil, a engenharia voltou a atrair os estudantes. O trabalho dos engenheiros brasileiros permitiu que as descobertas de petróleo no mar levassem o País à autossuficiência. O controle de todas as fases do processo produtivo, passando pelo projeto básico e detalhado (fabricação de materiais e equipamentos, construção civil, montagem e manutenção) deu autonomia ao setor. Todas as vezes que investimentos foram conduzidos com seriedade, as empresas de engenharia nacional deram as respostas adequadas. Com formação de pessoal especializado, sintonizado com as exigências do mercado, as empresas de engenharia irão contribuir para o crescimento econômico nacional.

Foto Divulgação

Todos comemoraram quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014 e também a Olimpíada de 2016. Além de torcer muito pelos nossos esportistas, o Brasil precisará investir em infraestrutura. Cifras bilionárias irão beneficiar empresas de engenharia que, por consequência, contratarão profissionais especializados. Para receber pessoas do mundo inteiro é necessário que o País promova melhorias nas áreas de mobilidade urbana, rede aeroportuária, hotelaria, saúde, saneamento e telecomunicações, entre outras. Dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) criado pelo governo federal para a Copa, estão previstos investimentos de R$ 21,8 bilhões para viabilizar essas melhorias e obras de reforma e construção de estádios e de adaptação do entorno das edificações esportivas. Com o país transformado em um grande canteiro de obras, engenheiros serão profissionais imprescindíveis. Mas faltam profissionais especializados e qualificados. A profissão já está desfalcada antes mesmo desse aumento da demanda. A Federação Nacional de Engenheiros (FNE) calcula que quase 30% dos alunos de engenharia abandonam o curso antes da formatura. Os motivos são variados: desde a defasagem de alguns currículos universitários em relação à demanda do mercado até a dedicação exigida ao estudante. Nas últimas décadas, a forte razão para tantos jovens desencorajados foi o desaparecimento das perspectivas profissionais, pela falta de investimentos.

*Carlos Maurício Lima de Paula Barros é engenheiro e presidente da ABEMI - Associação Brasileira de Engenharia Industrial


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Fotos (Beatles e ozzy) Divulgação | Shutter

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Pense em alguma banda de rock atual, como o Franz Ferdinand, Strokes ou Artic Monkeys. Independentemente de ser fã ou não, não dá para negar que os caras trouxeram novos ares para a música dos anos 2000. Agora, será que o som que elas fazem é tão novo assim? Nem tanto... se você pensar que a inspiração delas vem de um pessoal que pensou nisso há quase 50 anos – gente como os Beatles, Rolling Stones e outros grupos dos anos 1960. Ou seja: os “tiozinhos” continuam tão inovadores que continuam sendo influência para a garotada, mesmo depois de muitas pedras rolarem. Falando ainda sobre música, a lista é infindável. Ozzy Osbourne, figuraça do Black Sabbath, foi “redescoberto” pela galera por meio de um reality show da MTV, The Osbournes, que mostrava o dia a dia de sua família peculiar. Muita gente de 14, 15 anos que nunca tinha ouvido falar nele adorou seus trejeitos, esquecimentos e acabou fuçando na net para saber mais sobre a banda. De repente, Ozzy voltou a ser uma celebridade entre meninos e meninas que poderiam ser seus netos. Pelo jeito, os “tiozinhos” do rock agradam mesmo. Por meio de uma pesquisa informal, descobrimos quem ainda faz a cabeça da galera aqui em São Paulo: os mais citados foram Marcelo Falcão, vocalista d´O Rappa, e Mano Brown, dos Racionais MCs. Mesmo com tantas caras novas despontando por aí, adolescentes e jovens entre 17 e 20 anos querem mesmo é ouvir o que os caras das antigas têm a dizer.

Pelo jeito, as letras politizadas e o tom de denúncia nunca saem de moda. “É legal, porque eles têm uma experiência maior. Enquanto isso nos preocupemos mais em viver a adolescência e juventude”, afirma o paulistano Luciano de Sálua, de 18 anos. Os artistas não estão sozinhos na admiração da galera. Tem muita gente de outras áreas, como apresentadores, escritores, políticos e até médicos, que, sem querer, despertam simpatia e chamam a atenção dos jovens, vendo neles exemplos a serem seguidos, seja por afinidades políticas, ideológicas, ou simplesmente por não deixarem os anos minarem sua capacidade de dialogar com os jovens. Algumas dessas personalidades, provavelmente, influenciaram até mesmo seus pais e avós. Estudante de Administração, Jessika Ferndanda Rodrigues, de 19 anos, diz que “eles influenciam de forma positiva, não manipulando os jovens a fazerem coisas erradas”. A jovem chegou até a citar o Jô Soares como alguém gabaritado para falar com os adolescentes de forma positiva.

Fala, garoto! Uma das figuras mais emblemáticas é Serginho Groisman, de 53 anos, apresentador do Altas Horas, da TV Globo e o primeiro a conduzir um programa voltado especialmente para adolescentes. Serginho impulsionou sua carreira com o programa Matéria Prima, na TV Cultura. Em 1991, o apresentador foi para o SBT e passou a apresentar o Programa 31


Fotos : Soninha Divulgação

Livre. O formato surpreendia, já que Serginho estimulava que a plateia não fosse mera espectadora e participasse ativamente, fazendo perguntas para o entrevistado. Seu bordão “Fala, garoto, fala garota”, ficou famoso. Serginho continua sendo uma referência quando o assunto é programa de televisão para jovens. Atualmente, além do Altas Horas, Serginho apresenta também o Ação e entrevista personalidades em um programa no Canal Futura. Com uma pegada mais política, Soninha Francine, de 43 anos, ex-subprefeita da região da Lapa, em São Paulo (SP), é outra referência quando se fala em juventude. Mas Soninha não escolheu esse caminho – segundo ela, “as coisas foram acontecendo”. “Eu era professora de Inglês e me dava bem com os alunos, conversava bastante. Daí, surgiu a oportunidade de fazer um teste para a MTV. Eu estava precisando de grana, fui lá e fiz”. E assim começou sua longa trajetória de luta pela juventude. Quando sentiu que era hora de entrar mais fortemente para a política, os fãs adolescentes, que àquela altura já tinham crescido mais um pouquinho, foram os primeiros a apoiar sua candidatura como vereadora, em 2004, e como candidata à prefeita de São Paulo, em 2008. “Acho um absurdo quando alguém me diz que ter indignação e idealismo são coisas de jovens. Por mais que eu tenha crescido, não perdi isso. A identificação que os jovens têm comigo é a forma que tenho de ver o mundo”, acredita ela, que também tem seus ídolos, como o cartunista Henfil, 32

o educador Paulo Freire e o jornalista econômico Aloysio Biondi. Corajosa e fiel às suas causas, recentemente Soninha aprontou mais uma: posou nua para uma campanha pelo uso das bicicletas. Outros apresentadores da MTV também se firmaram como referências. É o caso de Penélope Nova, a ruiva tatuada e desbocada que já apresentou um programa em que tirava dúvidas sobre sexo, sempre de forma bem-humorada. Hoje com 36 anos, Penélope é filha de outro “marmanjo” querido, o músico Marcelo Nova, que fez muito sucesso nas décadas de 1980. A fama da VJ está por conta de suas inúmeras tatuagens e piercings. Assim como a colega Penélope, foi tirando dúvidas sobre sexo, mas de forma menos brincalhona, que o médico Jairo Bouer se tornou conhecido e respeitado nacionalmente entre os adolecas e pelos não tão jovens também. Seu site (http://doutorjairo.uol.com.br) recebe diariamente perguntas de todos os cantos do país. Especialista no assunto, o doutor Jairo é referência nos bate-papos dos jovens quando o assunto é sexualidade. E dúvidas não faltam. Jairo tem programa na TV e no rádio, coluna em jornal e já publicou cinco livros na temática comportamento juvenil. E quem não cultiva um carinho especial por Maurício de Sousa, o “pai” da Turma da Mônica? Criada em 1959, a turminha conquistou gerações de crianças e adolescentes. Na infância, Maurício já tinha paixão por quadrinhos, como Mandrake, e arriscava seus primeiros traços. Sua carreira,


Fotos : | Penélope: Divulgação/MTV | Serginho TV Globo/ Zé Paulo Cardeal | Jairo TV Cultura/Cleones Ribeiro

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Foto: Divulgação

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Ídolos atemporais no entanto, começou de uma forma inusitada, como repórter policial. Foi nessa experiência profissional que o cartunista viu a oportunidade de mostrar a que veio. Foi aí que surgiu Bidu, o cachorro azul do Franjinha, publicado em tirinhas no jornal Folha da Manhã. Do Bidu para as centenas de outros personagens foi um pulo, ganhando notoriedade nacional e internacional com o público infantil. Esse público cresceu, e Maurício, para acompanhá-los, lançou em 2008 a Turma da Mônica Jovem, em formato mangá, de olho nos adolescentes. E ele não descarta nem a possibilidade de “conversar” com pessoas ainda mais “maduras”. “Estão sugerindo que a gente fale com a Turma da Mônica “terceira idade” (risos). O que não é impossível... Antigamente, uma pessoa de 40, 50 anos era velha, hoje uma pessoa de 70, 80 anos não quer ser e não é velha. Modéstia à parte, eu tô aqui trabalhando e não quero me aposentar, isso com 74 anos”, enfatiza o desenhista. Se a ideia vai virar, ainda é cedo para dizer, mas ele adianta que não imagina uma Magali ou um Cebolinha andando por aí de xales e bengalas, e sim de trazer os avós dos personagens para as histórias com mais frequência. Vale lembrar que todo mundo conhece algum “tio” que sai junto, fala besteira e que “nem parece que é velho”. São educadores, amigos dos irmãos ou vizinhos que conservam aquele ar de quem continua levando a vida não tão a sério, mas que também tem a maturidade para puxar a orelha e dar conselhos quando é preciso. 34

Cazuza, Ayrton Senna, Jim Morrison, Renato Russo, Kurt Cobain, Bob Marley... apesar de terem vivido em épocas diferentes e nos deixado há décadas, alguns ídolos continuam atuais e apaixonam gerações. Mesmo quem nunca ouviu o ronco do motor de Senna aos domingos nem viu Kurt destruindo guitarras após os shows se encanta. Eric Silva, de 19 anos, de São Paulo, era uma criança de apenas três anos quando Kurt Cobain, líder do Nirvana, faleceu, mas o jovem ostenta camisetas com o rosto do vocalista e conhece todas as músicas do grupo. “Após ver um clipe na TV, pesquisei sobre a banda e passei a escutar”, lembra Eric, que estuda Sociologia e Política. Quando questionado sobre uma banda da atualidade, ele pensa um pouco mas cita os Strokes como referência musical contemporânea. Eric diz que os músicos “com mais experiências” se preocupavam mais com as informações inseridas nas letras, com mensagens politizadas, por exemplo, diferente das bandas atuais que, interessadas na comercialização, deixam a qualidade musical para segundo plano. Em Campinas, interior de São Paulo, todo dia 4 de abril é dia de Martin Luther King. Na verdade, não é uma data formal e sim um uma comemoração criada por um grupo de jovens que seguem a filosofia deixada pelo ativista norte-americano. Martin Luther King lutou pelo fim da segregação racial nos Estados Unidos e despertou em alguns adolescentes da região a ideia de criar um espaço cultural que leva o nome do ativista.


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mudança de direção

A empresária Ana Carolina Vaz, 30 anos, é casada com Marcelo, que também é seu sócio, e mãe de três filhos peludos, como ela gosta de dizer. É proprietária da Dog´s Care, empresa responsável pela criação das fraldas descartáveis para cães, atualmente uma das principais empresas do setor pet, emprega diretamente 23 funcionários, está presente em praticamente 100% do território nacional e, em 2010, deve faturar R$ 3 milhões. E para quem acha que ter uma boa ideia garante o futuro e a conta bancária está muito enganado. Carol ralou muito antes de virar empresária e hoje está atenta a todos os detalhes do seu empreendimento. “Sou muito independente e comecei a trabalhar cedo porque meus pais não tinham condições de sustentar meus estudos. Sonhava alto e sabia que só dependia de mim realizar meus sonhos. Sempre me virei, fui extremamente determinada, excelente funcionária e acabei ocupando cargos de confiança, o que me aproximou da rotina de uma empresa pequena. Mas, por incrível que pareça, nunca imaginei ter meu próprio negócio. Só depois que me casei, por causa da diferença de horários, eu e meu marido pensamos em abrir algo juntos para resolver esse problema”, conta. Mas a paixão pelos bichos é antiga e vem desde a infân36

cia, pois a empresária sonhava em ser médica veterinária. No entanto, as condições financeiras da família a afastaram desse sonho. Porém, determinação parece ser mesmo a palavra que define Carolina, que conquistou seu primeiro emprego aos 15 anos, como vendedora em uma loja no shopping. Segundo a empresária, se tornar independente ainda jovem, tem vantagens como ter seu próprio dinheiro e não precisar pedir nada aos pais. Contudo, é muito difícil se dedicar 100% aos estudos. E mesmo com o tempo escasso e pouco tempo para estudar, ela entrou na faculdade de Direito. “Escolhi Direito porque acreditava que o curso me daria muitas oportunidades de mercado e crescimento. No início até planejava prestar concurso para promotora ou juíza. No entanto, nunca consegui trabalhar na área, pois os salários oferecidos eram muito baixos e não pagavam nem a mensalidade da faculdade. Decepcionei-me muito com a carreira e quando me formei, estava bem empregada em uma empresa de eventos e já planejava abrir meu próprio negócio. Mas fui surpreendida pelo destino, soube aproveitar as oportunidades, tive espírito empreendedor e hoje estou colhendo os frutos da minha determinação”.


Foto Divulgação

Como tudo começou “Assim que me casei tratei logo de arrumar uma cachorrinha (sempre tive cachorros e não vivo sem eles). No primeiro cio quase enlouqueci: ela sangrava muito e sujava a casa toda, tudo novinho. Aí descobri que ela tinha ovário policístico e um período de 30 dias de cio (o normal é até 14 dias). Foi um inferno! Ainda fazia o último ano da faculdade e quando chegava em casa tinha de limpar tudo. Foi, então, que pensamos na fralda: fizemos uma adaptação com a de bebê e deu supercerto, só que dava muito trabalho. Pesquisamos e descobrimos que muitos donos faziam como nós. Algumas lojas até indicavam. Fomos atrás da patente e não existia. Decidimos patentear e fabricar as fraldas para cães. O investimento inicial foi de R$ 30 mil, além de dois carros que vendemos posteriormente para investir na empresa. Hoje fabricamos as fraldas descartáveis para machos e fêmeas, tapetes higiênicos, saquinhos higiênicos para recolher as fezes, kit dog walk (kit para passear), uma linha de ecobags, biowash (linha de multiuso) e bioshower (linha de banho para passeios e viagens)”.

O futuro “A empresa está crescendo e temos muitos lançamentos para esse ano: uma linha de acessórios para facilitar a vida dos donos que viajam com seus cães, uma linha de bolsas feitas de lona reciclada para carregar o pet, uma linha de banho 100% natural, novas versões das fraldas. Acabamos de adquirir duas novas máquinas para verticalizarmos a empresa, uma vez que tivemos muitos problemas com abastecimento de matéria-prima em 2009 e também para massificarmos o produto. Paralelamente, estou amadurecendo um novo negócio de produtos ecologicamente corretos focado para empresas, mas ainda está na fase embrionária e deve decolar somente em 2011, quando terei mais tempo para me dedicar ao novo negócio.”

A receita do sucesso “Busque algo que te satisfaça pessoalmente, pois o início é muito difícil, mas quando se faz algo que dá prazer, fica mais fácil perseverar. Tem de fazer algum sentido. Faça um planejamento com os pés no chão para os primeiros 12 meses, isso evitará algumas dores de cabeça. Seja persistente e acredite!” 37


Foto: Shutter

viagens

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Viajar com certeza é muito mais que diversão, é um mergulho na história, na geografia, nos costumes, nas tradições e na gastronomia de cada região. E Santa Catarina, além de ser conhecida internacionalmente como destino de baladas, de prática de surf, de sol e praia e de gente bonita e jovem, é atualmente palco de um turismo diferenciado que une diversão e aprendizado ao mesmo tempo. Direcionado aos estudantes de todas as idades, até universitários, o projeto “Educantur” se diferencia por ser o primeiro a unir turismo com um conteúdo pedagógico fora da sala de aula, combinando um cardápio de atividades divertidas, regadas com ótimas opções de descontração, como por exemplo, uma boa balada. A proposta é de interagir e não somente observar, conhecer pessoas, aventurar-se pela natureza e principalmente vivenciar o dia a dia de cada região. “Estamos prontos para receber estudantes de várias idades, com segurança e roteiros totalmente personalizados, e todos os detalhes podem ser adaptados às necessidades de cada escola e a cada aluno”, diz Ely Ribeiro da Silveira, idealizadora do projeto e diretora da Ceretur, operadora responsável pelo trabalho no estado. Ter uma aula em locais que já foram cenários da nossa história, saber mais sobre biologia através da observação de animais silvestres ou de golfinhos torna-se muito mais interessante do que somente o ensino tradicional no quadro-negro. Segundo Ely, atualmente, são oferecidos oito roteiros pelas cidades catarinenses de Penha/Parque Beto Carrero, Gaspar, Joinville, Garopaba, Balneário Camboriú, Gravatal, Florianópolis e Ibituba, e cada um desses destinos oferecem conteúdos pedagógicos diferenciados, totalmente flexíveis e adaptados à idade, à estrutura, ao bolso, ao período do ano e principalmente ao conteúdo didático da escola ou universidade.

Contato com a natureza Um dos destinos que já está totalmente adequado para receber os novos turistas é o Parque Beto Carrero, localizado em Penha, a cerca de 35 quilômetros de Balneário Camboriú, que conta com um dos maiores zoológicos da América Latina, e onde os alunos têm acesso ao “Projeto Natureza” que proporciona uma vivência com meio ambiente e com mais de 700 animais de 171 espécies. Além disso, tem orientações sobre problemas ambientais, tráfico de animais, devastação do meio ambiente, espécies em extinção e as informações de um destino sustentável que envolve toda a estrutura do parque. Tudo de acordo com a escolaridade dos participantes. “Qualquer que seja a idade do estudante oferecemos informações e divertimento. Todo o projeto foi pesquisado e muito bem elaborado em cinco etapas para trazer sempre novas informações e conhecimento. Disponibilizamos também pela internet material pedagógico para que os professores e coordenadores iniciem as atividades ainda em sala de aula e depois os alunos as vivenciem no parque”, diz A. Reiter, diretor comercial do Parque Beto Carrero. Um dos locais que mais chama a atenção é o serpentário, espaço onde é possível conhecer tudo sobre os répteis e até manusear alguns deles com as instruções de guias. Os alunos ganham certificado no final do dia e ainda podem desfrutar das 100 atrações oferecidas, distribuídas nos 14 milhões de metros quadrados do Parque Beto Carrero.

Para saber mais: www.betocarrero.com.br projetonatureza@betocarrero.com.br

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Fotos: Divulgação Ceretur/Hotel Internacional de Gravatal

viagens

Distante cerca de 150 km de Florianópolis e conhecida pela qualidade de suas águas termais, a simpática Gravatal pode oferecer muito mais que o turismo terapêutico. Visitar a cidade pode ser um verdadeiro mergulho na história e na cultura do estado e do Brasil. Os mirantes naturais de até 1.450 m, a incrível paisagem serra e a gastronomia italiana são com certeza um quesito à parte, que merece atenção. Mas em Gravatal é possível ter aulas de meio ambiente, História, Geografia e até economia. O roteiro prevê o estudo de alguns pesquisadores e visita ao município de Orleans, onde se encontram as esculturas de Zé Diabo, esculpidas em paredões rochosos. E a parada obrigatória é na Serra do Rio do Rastro, um dos mais belos cartões postais de Santa Catarina. Segundo a secretária de Turismo de Gravatal, Marta Fogaça, “boa parte da renda da cidade vem do turismo, por isso a região está sempre pronta para receber os visitantes e atenta as necessidades dos turistas e dos estudantes, como nos meses de novembro, por exemplo, quando os hotéis oferecem atendimento exclusivo aos estudantes”, finaliza.

Para saber mais: www.educantur.com.br www.destinosroteirosintegrados.com.br 40


Plano Catarina 2020 No mês de abril, Santa Catarina iniciou as recomendações do Plano Catarina que terá execução até 2020, elaborado pela Chias Marketing uma das mais conceituadas consultorias de marketing turístico do país. Durante dez meses, cerca de 27 técnicos, fizeram um verdadeiro “pente fino” em 85 municípios de todo o estado, para descobrir quais eram os pontos positivos e negativos e assim melhorar o turismo na região. O resultado é amplo e detalhado e permite que os destinos se preparem melhor para receber os turistas que devem visitar o estado nos próximos anos, inclusive para eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Segundo o estudo, o ponto que deve ser melhorado é a infraestrutura e atendimento, o que significa que em breve surgirão novas vagas de emprego. Estudantes e profissionais especializados em turismo, hotelaria e que falem outros idiomas com fluência devem ficar de olho em eventuais oportunidades. Além disso, todo o planejamento de comunicação e marketing turístico do Estado no Brasil e no exterior deve ser repaginado e ganhar novas ações para se tornar um destino de turismo ativo. Para saber mais: www.santur.sc.gov.br

A revista Young viajou à convite da Santur- Santa Catarina Turismo. Agradecimento ao Hotel Faial de Florianópolis www.hotelfaial.com.br

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por aí

Como na edição anterior já fomos devidamente apresentados tomo a liberdade de seguir contando minhas experiências, desta vez pela bela Nova York. Foi do nada, como é a maioria das coisas que fiz na minha vida. Estava morando no Texas, numa cidade chamada Corpus Christi, e decidi ir para Nova York no feriado de Ação de Graças. Optei por ir de avião e voltar de ônibus e como não havia uma linha direta comprei uns 20 bilhetes de ônibus que iriam parando de cidade em cidade, ao todo 10 estados (essa aventura ficou bem mais cara do que de avião). Depois de algumas horas de voo cheguei a Chicago e vi a neve pela primeira vez (só vi mesmo porque não podia sair do aeroporto). O avião atrasou muitas horas, o que acabou com meus planos de chegar em Nova York de dia para poder me localizar melhor. Valeu a pena o atraso, cheguei de noite (sempre viajo na janela) e vi a Big Apple toda iluminada. Saí do aeroporto, peguei um táxi e fomos juntos descobrir, no meio da chuva, o albergue 42

Marcelo Sando é escritor, filósofo, monge leigo e acima de tudo andarilho. Hoje estuda consciência humana, escreve livros, medita e vive por aí.

onde havia feito minha reserva. Depois de boas voltas cheguei ao Hi Hostel NY (hinewyork.org). Dividia o quarto com dois irmãos australianos que estavam brigados, com um inglês bem divertido e com um americano que tinha terminado com a namorada, perdeu o emprego e foi expulso de casa. Era divertido. No dia seguinte saí do hostel para conhecer a cidade. Tenho o hábito de estudar o mapa de onde estou para poder me localizar melhor (isso requer boa memória) e assim fui ao Central Park. Me perdi, lógico! E exatamente por estar perdido achei o lugar que queria encontrar: o Metropolitan Museum of Art. Passei o dia inteiro lá dentro, na época eu estava estudando história da arte e era um dos meus sonhos visitar este museu.

Outono em Nova York Nova York é fascinante, uma cidade para andar olhando para cima, a arquitetura é belíssima nos edifícios mais antigos (assim como no centro de São Paulo, só que maiores) é fácil de andar e deliciosa de descobrir e tentar se

perder (coisa que fiz muitas vezes no Central Park). Era outono e a cidade inteira estava coberta de folhas vermelhas, laranjas e amarelas, céu azul e um frio absurdo. Adoro albergues pela quantidade de pessoas interessantes que você acaba encontrando e pelas histórias que acaba ouvindo e se inspirando. Nesse albergue conheci pessoas que estavam viajando pelo mundo há anos, pessoas engraçadas, perdidas... Mas existem inconvenientes. Os irmãos australianos decidiram se socar durante a noite, o que não foi nem um pouco agradável, me fingi de morto torcendo para que ninguém matasse ninguém com o cabide, e numa manhã que acordei mais cedo, fui tomar banho meio desligado, e alguém colocou a mão por baixo do box e levou minha carteira (com certeza essa pessoa viu minha bunda, porque eu estava de costas). Isso me deixou com US$ 200 para ficar mais cinco dias e voltar para o Texas (dinheiro da reserva para emergências – e definitivamente aquilo era uma emergência).


foto Arquivo Pessoal

Aventuras a pé Foi ótimo, graças ao roubo da minha carteira fui obrigado a rodar por Nova York a pé e pude conhecê-la muito melhor. Devo ter andado a ponte do Brooklin umas quatro vezes, passei um dia me deliciando no Natural History Museum, tive a sorte de conseguir um ingresso na primeira fila de um musical da Broadway por US$ 20, assisti à estreia do Harry Potter (uma escolha entre voltar de metrô para o albergue de noite ou assistir ao filme e voltar a pé... foi legal voltar a pé), adorei o Soho e Chinatown, assisti um show de jazz incrível mesmo não tendo 21 anos para poder entrar (mesmo eu não bebendo nada de álcool até hoje), fui parar numa balada gay num porão onde tinha um cara pelado gritando em cima do bar, um monte de gente tentando apertar minha bunda e eu abraçado numa amiga alemã que caiu na mesma roubada, mas saímos bem rápido com meus amigos brasileiros que estavam muito bêbados. Encontrei esses brasileiros no único citytour que eu re-

comendo no mundo: Jerry’s Grand Tur. É um senhor que adora conhecer pessoas e que coleciona fotos de rostos de nova-iorquinos todos os sábados, por isso ele leva um grupo que sai do albergue para andar com ele numa maratona a pé e de metrô por Manhattan que dura 16 horas. É incrível! Muitas aventuras vividas, exposições, peças de teatro, museus, pessoas, passeios. Muitas reflexões, os destroços do World Trade Center, o poder econômico de Wall Street, os moradores de rua vivendo no frio, olhando para a Estátua da Liberdade, a sede da ONU, a guerra no Iraque... Um lugar a ser vivido e questionado.

Andarilho-viajante Testemunhar a realidade é um desafio, temos a tendência a ter opiniões para tudo no mundo sem necessariamente ter vivenciado nossas opiniões. É preciso ver o mundo de mente e coração abertos, esse treinamento da percepção contemplativa é fundamental para quem quer ser mais do que um sim-

ples visitante do mundo e se tornar um andarilho-viajante da vida. Saí de Nova York com uma demonstração de profunda gentileza de um senhor que fez questão de me acompanhar até a rodoviária. Peguei o ônibus e rodei por pensamentos e estradas, passei ao lado do Pentágono pensando que lá eram coordenadas as ações militares no Iraque, passei por neve, lindas florestas do Alabama, Houston, desertos. Senti-me num desenho animado: o sol se pôs, nasceu, se pôs, nasceu, se pôs, nasceu, cheguei. Como disse Rousseau: “O homem verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada.” Descobri que posso querer muito e me contentar com pouco, e percebi o valor de descobrir o que se gosta e fazer o que se quer fazer. Viajar sozinho pode ser solitário para aqueles que não sentem que o planeta inteiro é sua casa e não consideram que toda a humanidade é a sua família. Me sinto em casa em qualquer lugar e adoro a companhia de todos incluindo a minha”. 43


vocação

Quem nunca preferiu pensar em vocação como algo que nasce de forma pronta, imediata, instantânea, que atire a primeira pedra. A verdade é única: nossa opção é diminuirmos os esforços que temos de fazer para desenvolver habilidades e capacidades. Por que lapidar talento? Menos trabalhoso se vier pronto, não é mesmo? Mas a pergunta que não quer calar é: O QUE EU QUERO SER QUANDO CRESCER? A resposta que deveríamos dar é: EU QUERO SER EU! Em primeiro lugar. O que uma pessoa deve saber quando faz escolhas, toma decisões, iniciativas, estabelece projetos, vontades e desejos é quem está por trás de tudo isso. Quem é o sujeito de todos esses pensamentos, fantasias, desejos e ações? Quem é você na verdade? O que você espera da vida? Os especialistas afirmam que vocação remete a um chamado interior, tem a ver com talento, aptidão, inclinação. Mas será que isto é 100% verdade? Para Élide Camargo Signorelli, especializada em adolescência pelo departamento de psiquiatria da Unicamp, é mais proveitoso pensar em vocação como um conceito ao mesmo tempo dinâmico, com movimento, dependente muito mais dos desenvolvimentos que ocorreram durante nossa vida, do que de algo rígido, pronto e imutável. Ela acredita que o ser humano possui muitas habilidades, é muito versátil e, portanto, tem potencial para se dar bem em muitas áreas. “Hoje a visão sobre isso é mais aberta. Não se pode mais pensar que uma pessoa possa ficar reduzida apenas a uma possibilidade. Isso é uma posição muito idealizada e irreal e traduz mais a fantasia romântica

e idealizada de que fomos feitos para aquela determinada profissão, do mesmo jeito que existe a pessoa amada da nossa vida e assim por diante”, esclarece.

To be or not to be A indecisão é uma constante na vida da estudante Mariana Batista Faria, 17 anos. Ela terminou o ensino médio em 2009, mas ainda tem dúvidas quanto ao caminho a escolher. “Gosto de muitas profissões. Algumas semelhantes, outras bem diferentes. É neste momento que surge a dúvida. Qual gosto mais? Qual é mais remunerada? Estar entre duas profissões (ou mais) e não ter experiência com elas dificulta muito a escolha. Assim surgem as dúvidas e conselhos de terceiros que acabam influenciando no final”, afirma. Segundo Signorelli, é necessário desmistificar a ideia de que ao término desse processo de pensar uma profissão não se deve haver dúvida. “Sentir dúvida é um sinal de maturidade porque pressupõe a percepção sobre a ambivalência e sobre o caráter dinâmico e mutável das coisas. Nós escolhemos apesar das dúvidas” argumenta. De forma geral, a busca de informações é uma etapa importante neste processo. Para a psicóloga, o jovem precisa conhecer as profissões que existem no mercado e aprofundar seu conhecimento naquelas em que há um maior interesse. Há muitas distorções, mitos, tabus e boatos em relação às profissões, por isso essa etapa é fundamental para esclarecer possíveis confusões. Conversar com profissionais, conhecer as faculdades, a grade curricular, são iniciativas importantes para ampliar a visão sobre a profissão.

Gosto de muitas profissões. Algumas semelhantes, outras bem diferentes. É neste momento que surge a dúvida. Qual gosto mais?

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Fotos: Shutter

Yes, i will be! Para a estudante de medicina veterinária Izabelle Balbi Jardim, o rito de passagem da adolescência para a vida adulta foi tranquilo. Ela sempre soube o que queria ser. “Aprendi a gostar da minha futura profissão desde cedo. Quando pequena viajava para a fazenda do meu pai. Lá eu tinha um contato muito grande com animais e principalmente com cavalos, minha grande paixão. Não tive tempo para dúvidas”, revela. A escolha da profissão está ligada, primeiramente à aceitação do crescimento, de que é preciso abandonar as posições infantis, e criar um ideal para buscá-lo lá fora, no mundo. Para a especialista em adolescência da Unicamp, a profissão é um ideal, aquilo que o jovem imaginará, sonhará que estará à sua frente e que o instigará a sair de sua comodidade infantil ou adolescente. “Tal ideal carregará elementos das imagens que o jovem traz dentro de si e que tem a ver com a infância dos pais, com a própria infância e as experiências vivenciadas e aprendidas por ele,” completa. O autoconhecimento é, portanto, o caminho essencial deste processo. É através dele que acontecerá a formação da identidade de cada um. Se você ainda tem dúvidas, o que é absolutamente normal, Élide sugere um trabalho bem feito de orientação vocacional, que pode durar de 8 a 12 sessões, dependendo de como o jovem responde em cada caso e do nível de esclarecimento e reflexão que este processo traz. É isso aí. Espero que você embarque nesta viagem maravilhosa que é conhecer seu próprio universo. 45


Fotos: Teresinha Cipolotti

A ideia de que “temos o mundo ao nosso alcance” nunca soou tão verdadeira. Atualmente, temos um leque quase inesgotável de carreiras, cursos e possibilidades profissionais. E o melhor de tudo isso é que a escolha de determinada profissão não significa, necessariamente, que você deve abster-se de todas as outras. Pelo contrário: na era da informação, vale aproveitar para expandir os horizontes e buscar conhecimento. Usar os dias de folga das férias é uma boa pedida para isso. Neles você pode descansar, atualizar a leitura, viajar e até fazer cinema, por que não? A proposta, que soa como desafiadora - considerando todos os elementos a serem estudados num curso de cinema – se torna ainda mais complexa ao perceber que, além de ter apenas um mês de aulas e novos conhecimentos, o aluno precisa usar esse mesmo tempo para praticar o que aprende, paralelamente. Ou seja: é entrar em férias sabendo pouco e terminar fazendo o primeiro filme. Entretanto, será mesmo que um mês é o suficiente para que alguém aprenda a fazer um filme? De acordo com a professora de produção da Academia Internacional de Cinema (AIC), Teresinha Cipolotti, a resposta é sim. “A partir do momento em que se tem o roteiro determinado, tudo flui. Os resultados, vistos nos curtas metragens que os alunos fazem ao final do curso, são bem satisfatórios”, afirma. Além de aprender a fazer roteiro, os alunos vivenciam a ex46

periência de encarar a direção. “Dirigir não é nada fácil! É preciso, dentre muitas coisas, saber lidar com pessoas e desejos muitas vezes ambíguos e contraditórios. A guerra de egos numa produção assim é o maior entrave. É um desafio!”, diz Cláudio Gonçalves, professor de Direção do curso Intensivo da AIC. E será que dá certo? Para Lucas Escócio, o curso de férias feito em 2009 foi o primeiro passo para a carreira como diretor. “Depois do curso, ministrei algumas palestras sobre processos de produção cinematográfica em faculdades do Pará. Agora me especializo em Criação em Multimeios”, diz. Lucas aprendeu a fazer curtas nas férias, e aproveitou o conhecimento para juntar o cinema à música. “Como trabalho de conclusão de curso, desenvolvi uma série de videoclipes experimentais para Léo Chermont, um músico paraense. Este projeto se chama JungleMan e está sob minha Produção e Direção”, afirma Escócio. Para quem quiser encarar, o desafio de fazer um filme em um mês é uma valiosa oportunidade de crescimento pessoal e profissional. “Basta ter interesse e curiosidade no assunto. Há muitos alunos que chegam totalmente crus, mas têm vontade de aprender. No final, esses são sempre os que têm maior destaque”, completa Teresinha Cipolotti.


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garimpo

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hi-tech

A (re)evolução do hábito de ler

A onda agora são os e-books e tablets. Eles marcam uma evolução da tecnologia e de práticas cotidianas como a leitura Por Edson Capoano Quando Steve Jobs, presidente honorário da empresa Apple, aparece em uma palestra, pegue um guardanapo. Fatalmente, você vai babar por alguma nova invenção espetacular do mundo do infotenimento. Agora, o olhar dos fanáticos em tecnologia está no iPad, um tablet (notebook adaptado para leitura) que faz tudo, reunindo tecnologias de telefonia, música, vídeo, internet, com aquele toque de classe que só a empresa da maçazinha sabe fazer. Na primeira semana de lançamento, 500 mil unidades foram vendidas nos Estados Unidos. No resto do mundo, a novidade ainda não foi lançada, mas já há um mercado em ascensão para tablets e e-readers (leitores de e-books). Já o livro digital mais popular é o Kindle, da empresa online Amazon. Ela afirma de pés juntos que hoje vende mais e-readers nos EUA que livros tradicionais. O fato é que, tirando a empolgação das empresas, há uma mudança de paradigma no processo de leitura. De tempos em tempos, mudamos o padrão dos nossos hábitos por outros, revolucionando o modo de fazer as coisas. Isso pode ser desde o abandono do lápis pela caneta, quando somos crianças. Ou da diminuição da escrita manual pela digitação. Alguns hábitos literalmente enterram os anterio-

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res. Pergunte aos seus pais coisas que faziam e que hoje existem só na memória. Outras rotinas velhas e novas, porém, convivem juntas, como a convivência entre o cinema, centenário, a TV, cinquentenária, e a web TV, engatinhando. Voltando aos e-readers e tablets, a coisa parece ir por aí. O livro de papel não vai sumir, nem os e-books vão acabar com o hábito tradicional de ler. Porém, a leitura vai ganhar elementos multimídia, como gráficos e animações. Atualizações de obras serão feitas via web. Carregaremos centenas de livros dentro de uma tela fininha! Enfim, nossos hábitos vão mudar. Mas preste atenção em não se empolgar só pela novidade de um “treco” novo. Segundo a Unesco, os brasileiros leem em média quatro livros por ano (só!), enquanto que cidadãos de países ricos, dez. Isso não vai mudar radicalmente porque agora temos tela LCD. Mas se tablets e e-readers te animarem a ler, aprender, imaginar, ótimo! Se quiser experimentar um e-book em português (ainda não há muitos), acesse os sites da Biblioteca Nacional, Instituto Camões e a Biblioteca Digital Mundial. Lá tem milhares de conteúdos gratuitos, que podem ser lidos de qualquer computador. Ou pegue um bom livro na biblioteca. Só não me conte o final, certo?



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