Poesia j 18

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Escola Artística António Arroio

Poesia Contemporânea 20 Poemas de 20 poetas diferentes

Língua Portuguesa Professora – Elisabete Miguel Aluna - Maria Inês Duarte 10ºJ- 18 Ano letivo - 2014/2015


Índice Introdução .................................................................................................................................... 3 Poemas ......................................................................................................................................... 4

Sophia de Mello Breyner Andresen- Flores ........................................................... 5 Miguel Torga- Esperança ............................................................................................... 6 Fernando Pessoa- Como Te Amo ............................................................................... 7 Pedro Oom- História do meu boneco

...................................................................... 8

Ruy Belo- Teoria da Presença de Deus

.................................................................... 9

Manuel Alegre- Teoria do Amor ............................................................................... 10 Natália Correia- O Poema ............................................................................................ 11 Florbela Espanca- Saudades ....................................................................................... 12 Almada Negreiros- A Taça de Chá

........................................................................... 13

Mario de Sá-Carneiro- Distânte melodia .......................................................... 14/15 Alexandre O’Neill- E de Novo, Lisboa... ................................................................... 16 José Gomes Ferreira- Chove! ...................................................................................... 17 Camilo Pessanha- Violoncelo ..................................................................................... 18 Carlos de Oliveira- Soneto da Chuva

...................................................................... 19

António Ramos Rosa- A Festa do Silêncio ............................................................ 20 Jorge Sena- Desencontro ............................................................................................. 21 António Gedeão- Homem ........................................................................................... 22 Teixeira de Pascoais- Encantamento ...................................................................... 23 Luiza Neto Jorge- A magnólia

.................................................................................... 24

Ary dos Santos- Nona Sinfonia .................................................................................. 25 Ilustração do Poema .............................................................................................................. 26/27 Conclusão ................................................................................................................................... 28 Webografia ................................................................................................................................ 29

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Introdução Foi me proposto fazer este trabalho no âmbito da disciplina de língua portuguesa para que eu ficasse a conhecer melhor os poetas contemporâneos portugueses. O enunciado deste trabalho pedia que escolhesse vinte poemas de vinte poetas diferentes que fossem da época contemporânea. Depois de várias pesquisas de poetas diferentes, passei à fase de escolha dos textos líricos mais apelativos. No final da seleção, pesquisei fotografias dos poetas ou imagens relacionadas com os poemas. De seguida, escolhi um poema para ilustrar e expliquei a ilustração. Conclui o trabalho com uma breve síntese do que aprendi e, logo em seguida, adicionei a webografia. Espero que o documento esteja digno da atenção prestada.

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Poemas

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Sophia de Mello Breyner Andresen

Flores

Era preciso agradecer às flores Terem guardado em si, Límpida e pura, Aquela promessa antiga Duma manhã futura.

in No Tempo Dividido

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Miguel Torga

Esperança

Tantas formas revestes, e nenhuma Me satisfaz! Vens às vezes no amor, e quase te acredito. Mas todo o amor é um grito Desesperado Que apenas ouve o eco... Peco Por absurdo humano: Quero não sei que cálice profano Cheio de um vinho herético e sagrado.

in Penas do Purgatório

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Fernando Pessoa

Como Te Amo

Como te amo? Não sei de quantos modos vários Eu te adoro, mulher de olhos azuis e castos; Amo-te com o fervor dos meus sentidos gastos; Amo-te com o fervor dos meus preitos diários.

É puro o meu amor, como os puros sacrários; É nobre o meu amor, como os mais nobres fastos; É grande como os mares altisonos e vastos; É suave como o odor de lírios solitários.

Amor que rompe enfim os laços crus do Ser; Um tão singelo amor, que aumenta na ventura; Um amor tão leal que aumenta no sofrer;

Amor de tal feição que se na vida escura É tão grande e nas mais vis ânsias do viver, Muito maior será na paz da sepultura!

Inéditos – Poemas de Lança-Pessoa – Manuscrito (Junho/1902)

[Vide: http://arquivopessoa.net/textos/645]

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Pedro Oom

História do meu boneco Cresceu comigo neste espaço que se diz português e neste tempo (histórico)

Maricas (era de esperar) mas rebelde como um felino ninguém se lhe pôs inteiro ficou sempre um bocadinho porque rangia a dentadura.

Depois de 45 afundou-se na continuidade farfalhou o bigode, à guarda nacional antigo e esperto como um corisco instalou-se então, decidido

Extraído de actuação escrita (Lisboa: & etc, 1980)

[vide: http://www.triplov.com/surreal/PedroOom/3Poemas/boneco.htm]

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Ruy Belo Teoria da Presença de Deus Somos seres olhados Quando os nossos braços ensaiarem um gesto fora do dia-a-dia ou não seguirem a marca deixada pelas rodas dos carros ao longo da vereda marginada de choupos na manhã inocente ou na complexa tarde repetiremos para nós próprios que somos seres olhados

E haverá nos gestos que nos representam a unidade de uma nota de violoncelo E onde quer que estejamos será sempre um terraço a meia altura com os ao longe por muito tempo estudados perfis do monte mário ou de qualquer outro monte o melhor sítio para saber qualquer coisa da vida

in Aquele Grande Rio Eufrates

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Manuel Alegre Teoria do Amor Amor é mais do que dizer. Por amor no teu corpo fui além e vi florir a rosa em todo o ser fui anjo e bicho e todos e ninguém. Como Bernard de Ventadour amei uma princesa ausente em Tripoli amada minha onde fui escravo e rei e vi que o longe estava todo em ti. Beatriz e Laura e todas e só tu rainha e puta no teu corpo nu o mar de Itália a Líbia o belvedere. E quanto mais te perco mais te encontro morrendo e renascendo e sempre pronto para em ti me encontrar e me perder. in Obra Poética

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Natália Correia O Poema O poema não é o canto que do grilo para a rosa cresce. O poema é o grilo é a rosa e é aquilo que cresce. É o pensamento que exclui uma determinação na fonte donde ele flui e naquilo que descreve. O poema é o que no homem para lá do homem se atreve. Os acontecimentos são pedras e a poesia transcendê-las na já longínqua noção de descrevê-las. E essa própria noção é só uma saudade que se desvanece na poesia. Pura intenção de cantar o que não conhece. in Poemas

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Florbela Espanca Saudades

Saudades! Sim.. talvez.. e por que não?... Se o sonho foi tão alto e forte Que pensara vê-lo até à morte Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão! Que tudo isso, Amor, nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte Deve-nos ser sagrado como o pão.

Quantas vezes, Amor, já te esqueci, Para mais doidamente me lembrar Mais decididamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar Mais saudade andasse presa a mim!

in Livro de Sóror Saudade

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Almada Negreiro A Taça de Chá

O luar desmaiava mais ainda uma máscara caida nas esteiras bordadas. E os bambús ao vento e os crysanthemos nos jardins e as garças no tanque, gemiam com elle a advinharem-lhe o fim. Em róda tombávam-se adormecidos os idolos coloridos e os dragões alados. E a gueisha, procelana transparente como a casca de um ovo da Ibis, enrodilhou-se num labyrinto que nem os dragões dos deuses em dias de lagrymas. E os seus olhos rasgados, perolas de Nankim a desmaiar-se em agua, confundiam-se scintillantes no luzidio das procelanas. Elle, num gesto ultimo, fechou-lhe os labios co'as pontas dos dedos, e disse a finar-se:-Chorar não é remedio; só te peço que não me atraiçoes emquanto o meu corpo fôr quente. Deitou a cabeça nas esteiras e ficou. E Ella, num grito de garça, ergueu alto os braços a pedir o Ceu para Elle, e a saltitar foi pelos jardíns a sacudir as mãos, que todos os que passavam olharam para Ella. Pela manhã vinham os visinhos em bicos dos pés espreitar por entre os bambús, e todos viram acocorada a gueisha abanando o morto com um leque de marfim. A estampa do pires é igual.

in Frisos - Revista Orpheu nº1

[Vide: http://www.triplov.com/almada_negreiros/frisos/taca_de_cha.htm] 13


Mário de Sá-Carneiro Distânte melodia Num sonho d'Iris, morto a ouro e brasa, Vem-me lembranças doutro Tempo azul Que me oscilava entre véus de tule Um tempo esguio e leve, um tempo-Asa. Então os meus sentidos eram côres, Nasciam num jardim as minhas ansias, Havia na minh'alma Outras distancias Distancias que o segui-las era flôres... Caía Ouro se pensava Estrelas, O luar batia sobre o meu alhear-me... Noites-lagôas, como éreis belas Sob terraços-liz de recordar-me!... Idade acorde d'Inter sonho e Lua, Onde as horas corriam sempre jade, Onde a neblina era uma saudade, E a luz - anseios de Princesa nua... Balaústres de som, arcos de Amar, Pontes de brilho, ogivas de perfume... Dominio inexprimivel d'Ópio e lume Que nunca mais, em côr, hei de habitar... Tapêtes doutras Persias mais Oriente... Cortinados de Chinas mais marfim... Aureos Templos de ritos de setim... Fontes correndo sombra, mansamente...

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Zimbórios-panthéons de nostalgias... Catedrais de ser-Eu por sobre o mar... Escadas de honra, escadas só, ao ar... Novas Byzancios-alma, outras Turquias...

Lembranças fluidas... cinza de brocado... Irrealidade anil que em mim ondeia... - Ao meu redór eu sou Rei exilado, Vagabundo dum sonho de sereia...

in Indícios de Oiro

[vide: http://poesiaseprosas.no.sapo.pt/mario_sa_carneiro/poetas_mariosacarneiro_distantemel odia01.htm]

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Alexandre O’Neill E de Novo, Lisboa... E de novo, Lisboa, te remancho, numa deriva de quem tudo olha de viés: esvaído, o boi no gancho, ou o outro vermelho que te molha.

Sangue na serradura ou na calçada, que mais faz se é de homem ou de boi? O sangue é sempre uma papoila errada, cerceado do coração que foi.

Groselha, na esplanada, bebe a velha, e um cartaz, da parede, nos convida a dar o sangue. Franzo a sobrancelha: dizem que o sangue é vida; mas que vida?

Que fazemos, Lisboa, os dois, aqui, na terra onde nasceste e eu nasci?

in De Ombro na Ombreira

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José Gomes Ferreira Chove! Chove...

Mas isso que importa!, se estou aqui abrigado nesta porta a ouvir a chuva que cai do céu uma melodia de silêncio que ninguém mais ouve senão eu?

Chove...

Mas é do destino de quem ama ouvir um violino até na lama.

In Sonâmbulo

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Camilo Pessanha

Violoncelo

Chorai arcadas Do violoncelo! Convulsionadas, Pontes aladas

De pesadelo... De que esvoaçam, Brancos, os arcos... Por baixo passam,

Se despedaçam, No rio, os barcos. Fundas, soluçam Caudais de choro...

Que ruínas, (ouçam)! Se se debruçam, Que sorvedouro!... Trêmulos astros,

Soidões lacustres... _ Lemes e mastros... E os alabastros Dos balaústres!

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Urnas quebradas! Blocos de gelo... _ Chorai arcadas, Despedaรงadas, Do violoncelo.

in Clepsidra

[Vide: http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/pessanha.htm]

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Carlos de Oliveira Soneto da Chuva

Quantas vezes chorou no teu regaço a minha infância, terra que eu pisei: aqueles versos de água onde os direi, cansado como vou do teu cansaço? Virá abril de novo, até a tua memória se fartar das mesmas flores numa última órbita em que fores carregada de cinza como a lua. Porque bebes as dores que me são dadas, desfeito é já no vosso próprio frio meu coração, visões abandonadas. Deixem chover as lágrimas que eu crio: menos que chuva e lama nas estradas és tu, poesia, meu amargo rio.

in Terra de Harmonia

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António Ramos Rosa A Festa do Silêncio

Escuto na palavra a festa do silêncio. Tudo está no seu sítio. As aparências apagaram-se. As coisas vacilam tão próximas de si mesmas. Concentram-se, dilatam-se as ondas silenciosas. É o vazio ou o cimo? É um pomar de espuma.

Uma criança brinca nas dunas, o tempo acaricia, o ar prolonga. A brancura é o caminho. Surpresa e não surpresa: a simples respiração. Relações, variações, nada mais. Nada se cria. Vamos e vimos. Algo inunda, incendeia, recomeça.

Nada é inacessível no silêncio ou no poema. É aqui a abóbada transparente, o vento principia. No centro do dia há uma fonte de água clara. Se digo árvore a árvore em mim respira. Vivo na delícia nua da inocência aberta.

in Volante Verde

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Jorge Sena

Desencontro

Só quem procura sabe como há dias de imensa paz deserta; pelas ruas a luz perpassa dividida em duas: a luz que pousa nas paredes frias, outra que oscila desenhando estrias nos corpos ascendentes como luas suspensas, vagas, deslizantes, nuas, alheias, recortadas e sombrias.

E nada coexiste. Nenhum gesto a um gesto corresponde; olhar nenhum perfura a placidez, como de incesto,

de procurar em vão; em vão desponta a solidão sem fim, sem nome algum - que mesmo o que se encontra não se encontra.

in Post-Scriptum

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António Gedeão

Homem

Inútil definir este animal aflito. Nem palavras, nem cinzéis, nem acordes, nem pincéis são gargantas deste grito. Universo em expansão. Pincelada de zarcão desde mais infinito a menos infinito.

in Movimento Perpétuo

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Teixeira de Pascoais

Encantamento

Quantas vezes, ficava a olhar, a olhar A tua dôce e angelica Figura, Esquecido, embebido num luar, Num enlêvo perfeito e graça pura!

E á força de sorrir, de me encantar, Deante de ti, mimosa Creatura, Suavemente sentia-me apagar... E eu era sombra apenas e ternura.

Que inocencia! que aurora! que alegria! Tua figura de Anjo radiava! Sob os teus pés a terra florescia,

E até meu proprio espirito cantava! Nessas horas divinas, quem diria A sorte que já Deus te destinava!

In Elegias

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Luíza Neto Jorge

A magnólia

A exaltação do mínimo, e o magnífico relâmpago do acontecimento mestre restituem a forma o meu resplendor.

Um diminuto berço me acolhe onde a palavra se elide na matéria — na metáfora — necessária, e leve, a cada um onde se ecoa e resvala.

A magnólia, o som que se desenvolve nela quando pronunciada, é um exaltado aroma perdido na tempestade,

um mínimo ente magnífico desfolhando relâmpagos sobre mim. 25

in A Rosa do Mundo


Ary dos Santos

Nona Sinfonia

É por dentro de um homem que se ouve o tom mais alto que tiver a vida a glória de cantar que tudo move a força de viver enraivecida.

Num palácio de sons erguem-se as traves que seguram o tecto da alegria pedras que são ao mesmo tempo as aves mais livres que voaram na poesia.

Para o alto se voltam as volutas hieráticas sagradas impolutas dos sons que surgem rangem e se somem.

Mas de baixo é que irrompem absolutas as humanas palavras resolutas. Por deus não basta. É mais preciso o Homem.

in O Sangue das Palavras

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Poema escolhido:

Sophia de Mello Breyner Andersen nasceu a 6 de Novembro de 1919 no porto, onde passou a sua infância.

Flores Era preciso agradecer às flores Terem guardado em si, Límpida e pura,

Entre

1936

e1939 estudou Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publicou os seus primeiros versos em 1940, nos cadernos de poesia.

Casou

com

Francisco Sousa Tavares

Aquela promessa antiga

passou a viver em lisboa.

Duma manhã futura.

Teve

cinco

filhos.

Participava ativamente na oposição do Estado Novo e foi eleita, depois do 25

Sophia de Mello Breyner Andresen in No Tempo Dividido

de

Abril,

deputada

Assembleia

à

Constituinte.

Autora de catorze livros de

poesia,

publicados

entre 1944e 1997, escreve também contos, historias para

crianças,

artigos,

ensaios e teatro. Traduziu Eurípedes,

Shakespeare,

Claudel, Dante e, para o francês,

alguns

portugueses.

poetas Recebeu,

entre outros, o prémio de poesia Max Jacob 2001 e o premio rainha sofia de poesia Ibero Americana.

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Na ilustração, representei uma flor porque, na minha leitura, no poema, o sujeito poético refere a necessidade de lhe agradecer (“ Era preciso agradecer às flores”). Pintei a aguarelas a flor para apresentar a limpidez e a pureza ( “Límpida e pura,”) Ilustrei aves a sair da flor para intensificar a ideia de que estas aí foram guardadas. (“Terem Guardado em si,”). Junto da figura floral, para acentuar a passagem do tempo, esmaeci o azul do ( “Aquela promessa antiga”). Devido à localização temporal se situar numa manhã, pintei o céu de azul claro e no elemento principal (flor) escureci de um lado mais e do outro menos para dar a sensação de que o sol está a nascer (“Duma manhã futura.”)

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Conclusão Depois de ter começado este trabalho “com o pé errado” e de ter de o refazer, comecei a pesquisar mais a cerca da poesia. Antes de iniciar este trabalho sabia pouco da literatura contemporânea portuguesa. Conhecia apenas poetas como Sofia de Mello Breyner Andersen e Miguel Torga, estava familiarizada com eles desde muito cedo, sobretudo por influências paternais e Florbela Espanca e Fernando Pessoa devido ao seu prestígio, apesar de nunca ter explorado especialmente nenhum destes autores. Com este projecto, foi do meu agrado ter conhecido, em particular, Ruy Belo. Poeta de quem nada sabia, no entanto, quando pesquisei, li variados poemas seus para escolher um para este trabalho e descobri-me um gosto particular pelos textos que li e interpretei. Para concluir, posso afirmar que, apesar da minha desorganização

inicial,

consegui encontrar um fio condutor, tendo, por isso, ultrapassado as dificuldades e terminei por gostar de fazer este trabalho e, com ele, ter aprendido bastante.

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Webografia http://poemapossivel.blogspot.pt/2012/03/as-flores-sophia-de-mello-breyner.html

http://revistamododeusar.blogspot.pt/2011/02/pedro-oom-1926-1974.html

http://www.escritas.org/pt/poema/1606/chove

https://asfolhasardem.wordpress.com/2010/08/21/luiza-neto-jorge-a-magnolia/

http://www.citador.pt/index.php?errorcode=1

 Trabalho entregue em 10 de março de 2015 às 00:31

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