Sesc | Serviço Social do Comércio Departamento Nacional
Rio de Janeiro Sesc | Serviço Social do Comércio Departamento Nacional 2017
Sesc | Serviço Social do Comércio
AMAPÁ
Fábio Lucas Belotte
RONDÔNIA
Presidência do Conselho Nacional
Cassandra Pereira de Oliveira
Ana Carolina Araújo Abreu
Fabiano Barros
Antonio Oliveira Santos
Denise Costa Barbosa
Ana Lucia Lobato de Azevedo
Maria da Conceição Lopes Braga
Simone Pinto Melo
Márcio Campos
RORAIMA
Departamento Nacional
AMAZONAS
Maria Elane Gadelha Costa
Luiz Cláudio Correa Duarte
DIREÇÃO-GERAL
Denise Vincentim
PARAÍBA
Samya Paula Mota Gomes
Carlos Artexes Simões
Flavia Lidiane Batista Abtibol
Adriano Abucater
SANTA CATARINA
DIRETORIA DE CULTURA
Zeudimar Barboza de Souza
Alvaro de Oliveira Fernandes
Afonso Nilson Barbosa de Souza
Fernando José de Almeida
BAHIA
Francisco de Almeida Noronha
Carlos Eduardo Paredes Emanuele Weber Matiello
Elba Caroline Santos Conceição
Renato Felix da Silva
COORDENAÇÃO DO PROJETO
Manoel Adolfo Gomes Sampaio
PARANÁ
GERÊNCIA DE CULTURA
SÃO PAULO
Plínio César dos Santos Rattes
Brisa Verena Zeine
Graziela Marcheti Gomes Jeferson D. Talita N. Rebizzi
Marcia Rodrigues
BRASÍLIA
Flavia de Paula Milbratz
EQUIPE DE CINEMA
Andréa Cecilia Martins Campos
Juliana Perrella
Marco Aurélio Lopes Fialho
Edson Pedro de Oliveira Santos
Marcio Norberto
Nadia Moreno
Marco Antônio Nogueira
PERNAMBUCO
Pablo Gonçalo Pires
André Luis de Jesus Santana
André Huchi Dib
Clarissa Gois da Rocha Barros
CEARÁ
André Vitor Brandão da Silva
Suyene Correia Santos
Antonio Alves de Oliveira
Naruna Samara de Freitas Pereira
Wolney Nascimento Santos
Carlos Roberto Nogueira de
PIAUÍ
SUPERVISÃO EDITORIAL, EDIÇÃO E PREPARAÇÃO
TOCANTINS
Vasconcelos
Jaqueline Carvalho Bezerra
Fernanda Silveira
Glauber Santos Paiva Filho
Ana Carolina dos Anjos
Maria do Livramento Machado
Luiz Otávio Izidoro de Menezes
DIREÇÃO DE ARTE
ESPÍRITO SANTO
Maurílio José Castelo Branco S.
Ana Cristina Pereira (Hannah23)
Fábio Diaz Camarneiro
Cardoso
PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO
Leonardo Faria Almenara
Rodrigo Andrade
Agência Brick
Wilson Coelho Pinto
RIO DE JANEIRO
©Sesc Departamento Nacional, 2017
PRODUÇÃO GRÁFICA
GOIÁS
Gabriel Albuquerque
Av. Ayrton Senna, 5.555 – Jacarepaguá
Celso Mendonça
Demercino José Silva Junior
José Eduardo de Souza Lima
Rio de Janeiro – RJ
Ednea Barbosa de Souza
Leonardo Correa Minervini
CEP 22775-004
PROGRAMAÇÃO, ASSESSORIA E
Luiz Eduardo Rosa Silva
Wagner Bettero Barros
Tel.: (21) 2136-5555 www.sesc.com.br
SUPORTE DE TI
Luiz Sérgio Fragelli Castanheira
RIO GRANDE DO NORTE
GERÊNCIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
MARANHÃO
Augusto Araújo Neto
Maria Betânia Pinheiro Lopes
Edvanio Firmino dos Santos
SUPORTE TÉCNICO EM INFORMÁTICA
Paula Francinete Barros Bezerra
Keila Sena Mota
Fernando Jurema Falcão
Raffaele Petrini
RIO GRANDE DO SUL
SUPORTE TÉCNICO AUDIOVISUAL
MATO GROSSO
Anderson Mueller
João Carlos Andrade
Fernanda Solon Barbosa
Gustavo Spolidoro
Jandeivison Moura
Tânia Cardoso de Cardoso
PRODUÇÃO EDITORIAL DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO
Pedro Hammerschmidt Capeto
Ana Márcia Varela
SELEÇÃO ESTADUAL ACRE
Moacir Barros MATO GROSSO DO SUL
Marques Izitio Alves
Andreia Simone Gomes
Nardia Tainá de Araujo Chaves
Francielle Araújo Gadotti
Larissa Lisboa da Fonseca Tavares
Distribuição gratuita. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610/1998. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem autorização prévia por escrito do Departamento Nacional do Sesc, sejam quais forem os meios e mídias empregados: eletrônicos, impressos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.
Josenira Fernandes
Giselle Xavier D’Avila Lucena
ALAGOAS
SERGIPE
Sesc. Departamento Nacional. Mostra Sesc de cinema: catálogo / Sesc, Departamento Nacional. – Rio de Janeiro : Sesc, Departamento Nacional, 2017. 56 p. ; 27 cm.
Ricardo Pieretti Câmara Thayna Beraldo Câmbara
Nadja Waleska Silva Rocha
MINAS GERAIS
Rosana Dias dos Santos
Arthur Benfica Senra Carla Ludmila Maia Martins
ISBN 978-85-8254-062-6. 1. Cinema. 2. Mostra de cinema. 3. Mostra Sesc - Catálogo. I. Título. CDD 791.43
O Serviço Social do Comércio (Sesc) é uma instituição de prestação de serviços de caráter socioeducativo que promove o bem-estar dentro das áreas de Educação, Saúde, Cultura, Lazer e Assistência a fim de contribuir para a melhoria de vida de seu público e facilitar seu aprimoramento cultural e profissional. Dentre as diversificadas áreas de atuação do Sesc, a cultura se caracteriza como democrático disseminador de conhecimento, importante ferramenta para a educação e transformação da sociedade, levada ao público de grandes e pequenas cidades por meio da itinerância de espetáculos, exposições e mostras de cinema. Com o objetivo de promover a difusão da produção cinematográfica nacional que não chega ao circuito comercial de exibição, a Mostra Sesc de Cinema pretende contribuir para o campo audiovisual como um espaço de lançamento e promoção de artistas brasileiros. Além do contrato de licenciamento para exibição pública, receberão prêmios os destaques de melhor roteiro, filme, direção de fotografia, desenho de som, direção de arte, direção de elenco, montagem, atriz e ator. Ao possibilitar o livre acesso aos movimentos culturais, no cinema e também nas artes plásticas, no teatro, na literatura ou na música, o Sesc incentiva a produção artística, investindo em espaço e estrutura para apresentações e exposições, mas, acima de tudo, promovendo a formação e a qualificação de um público que habita os quatro cantos do Brasil.
Sesc | Serviço Social do Comércio
sumário PROGRAMA 1. DAS DORES DA ALMA E DO CORPO I..............................................................................................10
O Cacto................................................................................................................................................................................... 11 Ilha........................................................................................................................................................................................... 12 Enzo......................................................................................................................................................................................... 13 O Estacionamento................................................................................................................................................................ 14 Hotel Cidade Alta.................................................................................................................................................................. 15 Ruby........................................................................................................................................................................................ 16
PROGRAMA 2. DAS DORES DA ALMA E DO CORPO II..........................................................................................17
Filhos da Lua na Terra do Sol............................................................................................................................................. 18 Tropykaos............................................................................................................................................................................... 19 Carnavalha............................................................................................................................................................................. 20
PROGRAMA 3. DOS AFETOS....................................................................................................................................................................................21
Em 97 era Assim................................................................................................................................................................... 22 O Último Retrato.................................................................................................................................................................... 23 Estado Itinerante................................................................................................................................................................... 24 Ainda não lhe Fiz uma Canção de Amor.......................................................................................................................... 25 Rosinha................................................................................................................................................................................... 26
PROGRAMA 4. DAS QUESTÕES URBANAS..................................................................................................................................27
Orquestra Invisível Let’s Dance.......................................................................................................................................... 28 A Batalha de São Bráz.......................................................................................................................................................... 29 Homens e Caranguejos....................................................................................................................................................... 30 Catadores de Histórias........................................................................................................................................................ 31 Limpam com Fogo............................................................................................................................................................... 32 Central..................................................................................................................................................................................... 33
PROGRAMA 5. DOS PROCESSOS CRIATIVOS E DOS ARTISTAS.........................................................34
Pedaços de Passáros.......................................................................................................................................................... 35 Cores e Flores para Tita....................................................................................................................................................... 36 Levino...................................................................................................................................................................................... 37 A Dama do Rasqueado........................................................................................................................................................ 38 Solon....................................................................................................................................................................................... 39 Banho de Cavalo................................................................................................................................................................... 40 Matéria de Composição...................................................................................................................................................... 41
PROGRAMA 6. DO UNIVERSO INFANTOJUVENIL..........................................................................................................42
Astrogildo e a Astronave..................................................................................................................................................... 43 O Melhor Som do Mundo.................................................................................................................................................... 44 O Menino do Dente de Ouro................................................................................................................................................ 45 O Chá do General.................................................................................................................................................................. 46 Meu Tio que me Disse......................................................................................................................................................... 47 Lipe, o Vovô e o Monstro.................................................................................................................................................... 48 Parque Pesadelo................................................................................................................................................................... 49
FILMES INSCRITOS.....................................................................................................................................................................................................................50
apresentação
Ao lançarmos a Mostra Sesc de Cinema em sua primeira edição, tínhamos a convicção de que teríamos um grande número de realizadores interessados em conseguir exibir seus filmes. Nossa estimativa era de que conseguiríamos alcançar entre 500 e 600
O perfil dos jurados, o conjunto de obras inscritas, os temas mais
filmes inscritos.
recorrentes, as questões mais prementes na pauta da sociedade no
Estávamos equivocados. Recebemos a inscrição de 1.250
momento em que se discutem esses conteúdos são aspectos que
filmes.* Desse total, 957 tiveram os documentos validados e foram habilitados a participar do concurso: 850 curtas-metragens (312 documentários e 538 ficções) e 107 longas-metragens (68 documentários e 39 ficções); 640 oriundos das capitais e 317 das cidades do interior dos 27 estados brasileiros. O universo de filmes desclassificados em cumprimento às
compõem a complexidade de fatores envolvidos nos processos de seleção. O trabalho realizado pelos diversos grupos de jurados (27 comissões de seleção nos estados e no Distrito
Federal, mais cinco comissões regionais) para cumprir a tarefa de seleção exigiu dedicação, paixão e maturidade.
determinações do edital não passou de 1% dos filmes habilitados,
A busca pelo consenso foi soberana, mas alcançá-lo nem sempre
configurando um rico universo não só quantitativo, mas também
foi possível. Em alguns momentos foi preciso definir no voto. Não
– e principalmente – temático, de formatos, estilos, influências,
foi rara a angústia de ter de escolher entre dois materiais distintos.
referências e experiências para análise das comissões de seleção,
Em alguns momentos parecia que estávamos diante da escolha
configurando um panorama com as questões que mobilizam
de Sofia.
nossos artistas do audiovisual neste momento.
Assim, dos 957 filmes habilitados para o concurso, 467
As seleções implicam escolhas, e escolhas resultam em
compuseram o programa das mostras estaduais,
contemplados e não contemplados. Esse processo sempre
concorrendo à indicação para seguir no concurso.
contém elementos objetivos e subjetivos. Quando tratamos da
As comissões estaduais indicaram 121 filmes para concorrer à
área de cultura, mais especificamente da arte, mesmo mantendo
vaga na mostra nacional e serem premiados com o licenciamento
critérios acadêmicos ou técnicos como referência, o espaço da
para exibição pública pelo Sesc nos respectivos estados. Por fim,
subjetividade é ampliado. Em se tratando de avaliação de filmes,
as comissões regionais elegeram os 34 filmes premiados com o
além dos aspectos “criativos” e “técnicos”, temos as questões
licenciamento para exibição pelo Sesc no Brasil e que compõem
temáticas, a forma de abordagem do tema e as leituras que os
a primeira edição da Mostra Sesc de Cinema (2016/2017).
membros da comissão terão do que se apresenta como conjunto
Nossa perspectiva neste projeto, no que diz respeito aos artistas do audiovisual, é de fomento; de criar um espaço de exibição de suas obras, inserindo-as em nosso trabalho de formação, constituído por diversas ações focadas no fazer artístico e na sua fruição.
da obra. Essas leituras são permeadas não só pelo conhecimento específico da linguagem audiovisual, mas também por visões de mundo, pela bagagem individual das experiências que cada um traz consigo em uma infinidade de conhecimentos e conceitos permeados, também, de subjetividade.
Pretendemos promover a discussão entre os realizadores, o meio cultural local e o público. Acreditamos que sua participação, acompanhando as exibições e participando dos debates, pode ser uma forma de encontrar na interlocução respostas ou novas indagações que contribuam com seus processos como realizadores, artistas e cidadãos, impulsionando o desenvolvimento
* Todas as informações dos filmes foram fornecidas pelos responsáveis no momento da inscrição na Mostra Sesc de Cinema.
de novas obras.
No que diz respeito ao público, incluídos aí os artistas das diversas áreas e vertentes, esperamos propiciar o acesso a obras e conteúdos que abordam, representam e constituem um apanhando de temas, questões, expressões e propostas estéticas que, de certa forma, configuram um panorama do que vem mobilizando nossos artistas do audiovisual neste momento. Esperamos que as discussões e r eflexões possíveis comecem com o cinema e extrapolem para as questões da nossa sociedade, trazendo contribuições para nosso desenvolvimento no âmbito individual e coletivo. Dos variados temas dos filmes recebidos para análise, pode-se identificar confluências entre os trabalhos dos artistas de estados e regiões diversas. Podemos identificar três grandes
grupos de temáticas confluentes. Uma grande quantidade de filmes versando sobre questões de identidade, gênero, sexualidade, afetividade e psique; um segundo, versando sobre as questões das urbes – relações estabelecidas no espaço urbano, cidades e seus habitantes, centros e periferias, seus conflitos, encontros, apropriações, expropriações, criações, resistência e resiliência; e um terceiro, sobre arte e artistas – a expressão, o fazer, a vida e a obra, a tradição, a busca da invenção e também o experimento sobre a própria linguagem audiovisual e a transposição de discussões filosóficas para o universo da imagem em movimento. Do ponto de vista da linguagem audiovisual não foi diferente, em todos os estados percebemos as diversas propostas de realização, em termos estilísticos e de linguagem, dos filmes de gênero aos experimentais, identificamos influências dos movimentos estéticos e tendências nos diversos momentos da história do cinema: do cinema mudo ao cinema de gênero, do drama à ficção científica, do clássico ao cinema direto, do naturalismo ao realismo e ao realismo fantástico. Diversas escolas e vertentes, homenagens, citações e também experimentações. A busca por novas possibilidades, a tentativa de construir um discurso, desconstruindo a narrativa clássica.
Esse universo representa uma riqueza de conteúdo, de discursos e de leituras que se diferenciam, se aproximam e se entrecruzam em um aspecto e se distanciam em outro. Infelizmente não é possível desnudar para o público neste momento toda a diversidade apresentada pelas inscrições para a Mostra Sesc de Cinema. Esperamos que nossos colegas em todo o Brasil tenham a oportunidade e a possibilidade de recursos para criarem outros espaços e momentos nos quais esses filmes possam ser vistos e discutidos por seus realizadores e pelo público.
A Mostra Sesc de Cinema em sua etapa nacional apresenta uma síntese desse universo e opta por organizá-lo no catálogo de forma relacionada aos seus temas. Tarefa bem mais complexa e arriscada do que organizá-lo por região do país e em ordem alfabética. Complexa porque implica identificação do tema, das questõeschave que podem conectar um filme ao outro em uma perspectiva curatorial de programa e exatamente isso é que a faz mais arriscada, porque essas definições vêm de leituras e, todos nós sabemos que a leitura de uma obra traz muito de seu leitor. Por mais que o artista seja um exímio artesão da construção de sua obra, domine a linguagem, os recursos técnicos e as questões estéticas que permeiam seu trabalho, depois de pronta, quando é exibida, a obra está exposta ao universo daquele que a lê. Os filmes são obras de forte relação sensorial com o espectador e, portanto, a bagagem desse espectador vai dar também a dimensão de possibilidade de leitura e interpretação consciente que ele é capaz de fazer, mas também vai tocar em questões que não estão no nível da sua consciência. Por isso, a organização de um programa pode potencializar leituras que não necessariamente serão a mesma ou refletirão a intenção que se tinha ao propor o programa.
Em se tratando de organizar uma proposta programática curatorial, sem dúvida as escolhas, conscientes ou não, vão estar postas à mesa, em uma ordem preestabelecida, que certamente não coincidirá com a visão de todos aqueles que individualmente criaram suas obras pensando nos temas que os mobilizaram para sua realização. Da mesma forma, e assim também esperamos, não irá contemplar uma leitura uníssona entre aqueles que terão acesso a este conjunto como aqui proposto. Nesse caso específico, em que não há um tema proposto, em que o conteúdo é ofertado indistintamente de uma perspectiva curatorial,
este é o grande objetivo da mostra: ofertar espaço, ou seja, possibilitar que o panorama diverso e diversificado de obras realizadas possa ser exibido. O resultado do conjunto de obras que se apresenta é mais complexo, mais rico, mais instigante e mais desafiador. Ao organizar os programas, identificando temas centrais, a tarefa vai se complicando, a percepção dos entrecruzamentos, das variadas possibilidades de conexão entre os filmes vai se apresentando de forma muito evidente. Aí temos a grande questão: os temas são realmente amplos e até universais, havendo em nossa leitura a percepção de uma forte dose de confluência nas questões que se apresentam, forjando mais de uma possibilidade de associação entre elas e exigindo a busca do entendimento do que representaria esse conjunto de filmes. Um conjunto de filmes que têm vida própria tanto isolados, como conectados com as demais obras que foram selecionadas para configurar a mostra nacional, em uma representação equitativa das diversas regiões do país. Uma ideia passou a rondar insistentemente o pensamento durante o processo de curadoria dos programas: a questão do “infinitamente pequeno” e do “infinitamente grande” em sua relação no universo.
As questões-chave de cada obra, em suas conjunções e em suas diferenças com as demais, levaram a essa questão, que vem desde a metafísica dos gregos, que se perguntavam por que de um princípio (do uno) derivam muitas ideias. Foi preciso resgatar a reflexão dos estudos da filosofia, lembrar que a matemática há séculos tinha a resposta para esse processo de separação e junção desses filmes, quando entende que expressões diferentes designam uma única e mesma coisa e que, de um ponto mínimo que se conhece, pode-se imaginar “n” possibilidades diferentes de trajetos e chegadas. Ou seja, o que acontecia nesse processo era a inquietude da escolha, com a leitura de muitas possibilidades interessantes e a tarefa de escolher apenas algumas delas. Estar diante do infinitamente grande no emaranhado que constitui infinitas possibilidades, necessitando trazê-lo para o infinitamente pequeno, em uma organização de conjunto, em um dos possíveis pontos de junção, obviamente foi o que se fez mais forte no momento de leitura dessas obras. A tarefa precisava ser cumprida, mas com a ressalva de deixar registrado que esta é apenas uma possível leitura e uma possível organização, estando o espectador convidado a refletir sobre este conjunto que poderá ser visto na tela desta ou de outra instituição proposta pelos curadores locais, que têm plena liberdade para definir os programas das sessões. Fica o
convite para que faça sua leitura, confronte, discuta, reflita sobre as “grandes” e “pequenas” questões que se apresentam aqui.
PROGRAMA 1
DAS DORES
DA ALMA e do corpo I Das prisões invisíveis. Da completa inconsciência à consciência da finitude.
O CACTO
MANAUS, AM (NORTE)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE E DIREÇÃO DE ATORES NA FASE ESTADUAL
DIREÇÃO
DURAÇÃO 16MIN44
ARNALDO BARRETO
FICÇÃO 2016
ROTEIRO E ARGUMENTO
SOM DIRETO
Wallace Abreu
Railson Junior
PRODUÇÃO EXECUTIVA
ELENCO
Hype Brazil Comunicação
Rosa Malagueta, Wallace Abreu
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
Elétrika DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Cacto. Planta com aparência rude. Demanda menos atenção
Fabrício Carvalho
e cuidado que outros tipos de plantas. Adapta-se muito bem a
MONTAGEM
ambientes internos. Seus espinhos têm a função de protegê-
Williams Ferry, Arnaldo Barreto
lo contra possíveis predadores. Não parece, mas se trata de
DIREÇÃO DE ARTE
uma planta bastante sensível.
Rosa Malagueta MÚSICA
Casa de Caba
DAS DORES DA ALMA e do corpo I 11
ILHA
CUITÉ, PB (NORDESTE)
MELHOR DIREÇÃO, DIREÇÃO DE ATORES E DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA NA FASE ESTADUAL
ROTEIRO, ARGUMENTO E PESQUISA
Ismael de Azevedo Moura PRODUÇÃO EXECUTIVA
Carine Fiuza, Edna Pontes
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
Karina Fiuza DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Bruna de Sales
DURAÇÃO 14MIN35
DIREÇÃO
FICÇÃO
ISMAEL MOURA
2014
MONTAGEM
João Paulo Palitor, Ismael Moura DIREÇÃO DE ARTE
Romero Sousa PRODUÇÃO DE ARTE
Romero Sousa SOM DIRETO E TÉCNICO DE SOM
Bruno Alves ELENCO
Fernando Teixeira, Walison Pereira
12 Sesc | Serviço Social do Comércio
Em meio a uma vida de isolamento, pai e filho mantêm-se presos às próprias correntes, transformando seu mundo em uma ilha interior.
ENZO
ANÁPOLIS, GO (CENTRO-OESTE)
MELHOR DIREÇÃO E DIREÇÃO DE ATORES NA FASE ESTADUAL
DURAÇÃO 17MIN33
DIREÇÃO
FICÇÃO
DANIEL DUARTE
2016
ROTEIRO
Daniel Duarte DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Matheus Leandro MONTAGEM
Hugo Crisóstomo DIREÇÃO DE ARTE
O filme nos convida a entrar na mente de um jovem
Vitor Hugo Diniz
perturbado por um grande trauma: Enzo tem problemas após
DESENHO DE SOM
a morte de sua mãe. Seu irmão mais velho tem de segurar a
Matheus Leandro
barra enquanto o garoto luta para saber o que é ou não real.
SOM DIRETO
Breno Ezaki ELENCO
Rainan Pires, Salomão Cruz, Jonatas Tavares, Eduardo Rosário
DAS DORES DA ALMA e do corpo I 13
O ESTACIONAMENTO
CURITIBA, PR (SUL)
MELHOR MONTAGEM NA FASE ESTADUAL
ROTEIRO
William Biagioli
DIREÇÃO
DURAÇÃO 16MIN30
WILLIAM BIAGIOLI
FICÇÃO
PRODUÇÃO EXECUTIVA
2016
Antônio Junior
Jean é um imigrante haitiano que vem para o Brasil. Para sobreviver, ele arruma emprego em um estacionamento de carros e passa a viver lá. Jean descobrirá que essa rotina pode ser enlouquecedora.
14 Sesc | Serviço Social do Comércio
HOTEL CIDADE ALTA
VITÓRIA, ES (SUDESTE)
MELHOR ROTEIRO, DIREÇÃO E DESENHO DE SOM NA FASE ESTADUAL
DURAÇÃO 25MIN30
DIREÇÃO
FICÇÃO
VITOR GRAIZE
2016
ROTEIRO E ARGUMENTO
PRODUÇÃO DE ARTE
Vitor Graize
Patrícia Bragatto
PRODUÇÃO EXECUTIVA
MÚSICA
Vitor Graize
Hugo Reis
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
SOM DIRETO, TÉCNICO DE SOM
Maria Grijó Simonetti DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Três homens se encontram em um antigo hotel abandonado.
Igor Pontini
Nesse edifício aparentemente sem vida, eles buscam
MONTAGEM
construir uma nova história. Suas vozes se misturam ao ruído
Rodrigo de Oliveira
das ruas.
DESENHO DE SOM
Hugo Reis, Marcus Neves PESQUISA
E MIXAGEM
Marcus Neves DIREÇÃO DE ELENCO
Vitor Graize ELENCO
Ramon Alvarado, Jessé Ferreira da Silva, Walter Ribeiro Alves, Meiry Barros
Gisele Bernardes CÂMERA
Igor Pontini
DAS DORES DA ALMA e do corpo I 15
RUBY
PORTO ALEGRE, RS (SUL)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE NA FASE ESTADUAL
ROTEIRO
PRODUÇÃO DE ARTE
Luciano Scherer, Guilherme Soster
Luciano Schere
PRODUÇÃO EXECUTIVA
Luciano Scherer
Luciano Scherer
MÚSICA SOM DIRETO
DIREÇÃO
DURAÇÃO 17MIN30
LUCIANO SCHERER, GUILHERME SOSTER, JORGE LOUREIRO
FICÇÃO 2015
Luciano Scherer
Luciano Scherer, Guilherme Soster
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
TÉCNICO DE SOM E MIXAGEM
Guilherme Soster, Jorge Loureiro
Guilherme Soster
MONTAGEM
Luciano Scherer, Guilherme Soster
botânica, animais e retratos em um estilo naïf. O filme tem
DIREÇÃO DE ARTE
DIREÇÃO E PRODUÇÃO DE ELENCO
artista, com suas inspirações e fragilidades.
Luciano Scherer, Guilherme Soster, Jorge Loureiro
Luciano Scherer, Guilherme Soster
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
Luciano Scherer, Diego Espósito
FIGURINO
DESENHO DE SOM
ELENCO
Guilherme Soster
Luciano Scherer
16 Sesc | Serviço Social do Comércio
Ruby é um pintor outsider que vive sozinho em uma casa próxima à praia. Trabalha com temáticas de natureza: a intenção de apresentar o universo sensível-subjetivo do
PROGRAMA 2
DAS DORES
DA ALMA e do corpo II Dos confrontos com a cidade e com o outro.
FILHOS DA LUA NA TERRA DO SOL
CUIABÁ, MT (CENTRO-OESTE)
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA E DESENHO DE SOM NA FASE ESTADUAL
ROTEIRO, PESQUISA E
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
ARGUMENTO
Danielle Bertolini
Danielle Bertolini
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA E
PRODUÇÃO EXECUTIVA
CÂMERA
Edilene Jortez
João Carlos Bertoli
DIREÇÃO
DURAÇÃO 15MIN36
DANIELLE BERTOLINI
DOCUMENTÁRIO 2016
MONTAGEM
Dener Gonçalves DESENHO DE SOM E MIXAGEM
Filhos da Lua na Terra do Sol trata de forma poética a relação
Flavio Pereira
entre pessoas albinas e o sol de Cuiabá, considerada uma
MÚSICA
das cidades mais quentes do Brasil.
Sidnei Duarte SOM DIRETO E TÉCNICO DE SOM
Yuri Kopcak
18 Sesc | Serviço Social do Comércio
TROPYKAOS
SALVADOR, BA (NORDESTE)
MELHOR DIREÇÃO DE ATORES NA FASE ESTADUAL
DURAÇÃO 82MIN
DIREÇÃO
FICÇÃO
DANIEL LISBOA
2015
ANIMAÇÃO
VUOLTA
ROTEIRO
MÚSICA
Daniel Lisboa, Guilherme Sarmiento
Lucas Santtana, Gilberto Monte
PRODUÇÃO EXECUTIVA
Ana Penha
SOM DIRETO E TÉCNICO DE SOM
Tenille Bezerra
FIGURINO
Alexandre Guimarães
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
Gabriela Leite
Tropykaos é realismo caótico. Guima, um jovem poeta, tenta
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
interagir com a cidade, fazer parte dela, mas parece não ter
Pedro Urano
corpo para isso. O sol é a metáfora maior de um sistema
ELENCO
Gabriel Pardal, Manu Santiago, Fabrício Boliveira
MONTAGEM
ANIMAÇÃO
violento que adormece e agride todos. Guima parece o
Eva Randolph, Daniel Lisboa
Vuolta
primeiro a sentir os malefícios da exposição à “ultraviolência
DIREÇÃO DE ARTE
solar”. Na beira do que pode ser o último dos carnavais, ele enfrenta a cidade e a si mesmo buscando a iluminação no trópico caótico.
Luís Parras DESENHO DE SOM E MIXAGEM
Edson Seco ARGUMENTO E PESQUISA
Daniel Lisboa
DAS DORES DA ALMA e do corpo II 19
CARNAVALHA
SÃO LUÍS, MA (NORDESTE)
MELHOR MONTAGEM NA FASE ESTADUAL
ROTEIRO
PESQUISA
Áurea Maranhão, Ramusyo Brasil PRODUÇÃO EXECUTIVA
Áurea Maranhão Ramusyo Brasil, Taciano Brito, Beto Pio
Áurea Maranhão
SOM DIRETO
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
Pupo Ico, Alberto Junior
Ramusyo Brasil
TÉCNICO DE SOM
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA E
Pupo Ico
CÂMERA
MIXAGEM
DIREÇÃO
DURAÇÃO 16MIN
ÁUREA MARANHÃO, RAMUSYO BRASIL
FICÇÃO 2016
Taciano Brito
Beto Pio
Carnavalha mostra a preparação e a trajetória de uma
MONTAGEM
FIGURINO E MAKE-UP
jovem que é perseguida por um estrangulador em um dia de
Beto Pio
Carolla Ramos DIREÇÃO DE ELENCO
carnaval.
DIREÇÃO DE ARTE
Áurea Maranhão
Áurea Maranhão
DESENHO DE SOM
PRODUÇÃO DE ELENCO
Beto Pio ARGUMENTO
Áurea Maranhão
Ramusyo Brasil ELENCO
Áurea Maranhão, Ramusyo Brasil, João Almir, Tieta Macau, Ricardo Coutinho, Beto Pio, Erivelto Viana
20 Sesc | Serviço Social do Comércio