Ribatejo Invest - Maio 2021

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RIBATEJO Maio 2021 • Ano VI • Nº68

Parlamento aprova formalmente o acordo de comércio e cooperação

UE-Reino Unido P. 70

105 expositores e 707 produtos e serviços em exposição na

Feira do Empreendedorismo, Emprego e Formação P. 46

Apresentada versão final do

Plano de Recuperação e Resiliência P. 28

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ÍNDICE

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Viver o Tejo

Desenvolvimento Regional 05 Notícias 12 Poder Local 16 Nacional 18 Grupo os Mosqueteiros anuncia plano de expansão e modernização para 2021 20 Sumol + Compal implementa relógio de ponto remoto 22 Entogreen investe 10,7 milhões de euros em Santarém em bioindústria que usa moscas para produzir ração animal e fertilizantes 24 Almeirim vai acolher bloco logístico da Mercadona 26 Abrantes, Mação, Ourém e Vila Nova da Barquinha integram rede nacional de rede de espaços de coworking no Interior 28 Apresentada versão final do Plano de Recuperação e Resiliência

Informação e Apoio 32 Comissão propõe isentar de IVA os bens e serviços essenciais distribuídos pela UE em tempos de crise 34 NextGenerationEU: Comissão prepara-se para mobilizar até 800 mil milhões de euros para financiar a recuperação

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38 Equitação Portuguesa entra no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial

Empreendedorismo e Inovação

40 Notícias 46 105 expositores e 707 produtos e serviços em exposição na Feira do Empreendedorismo, Emprego e Formação 52 Carlos Mendes Gonçalves foi finalista do prémio EY Entrepreneur Of The Year Portugal 2020 54 Zolve conclui instalação de projeto fotovoltaico na plataforma logística de Riachos 56 Grupo Montalva/Izidoro investe 3 milhões de euros em painéis solares fotovoltaicos

Internacionalização 60 Notícias 66 Ribatejo conquista o mercado belga 68 Fábrica da Mitsubishi no Tramagal está a produzir eCanter para a Austrália 70 Parlamento aprova formalmente o acordo de comércio e cooperação UE-Reino Unido 72 Conclusão das negociações pós-Cotonu sobre um novo Acordo de Parceria entre a UE e os Estados de África, Caraíbas e Pacífico

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EDITORIAL

O potencial da diversidade da região Domingos Chambel

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Presidente da Direção da NERSANT

xistem valores incomensuráveis, não fazem parte das estatísticas, registos ou estratégias definidas pelos responsáveis políticos, passam despercebidos aos mais incautos e só perante catástrofes ou recessões económicas se fazem notar. O Ribatejo é formado por duas sub-regiões, a Lezíria e Médio Tejo. Perante os resultados agora tornados públicos do ano 2020 sobre as exportações destas duas sub-regiões, constatamos uma discrepância abismal: o Médio Tejo perde 21,54% das suas exportações, equivalente a 194.929.901,00€; a Lezíria sobe 8,31%, o equivalente a 75.781.421,00€. A soma destas duas realidades destacaram pela positiva o Ribatejo, comparativamente com a média nacional, posicionando-se esta região com uma redução nas exportações de 6,56%, muito abaixo da catástrofe portuguesa com redução nas exportações de 11,12%. Neste ano transato tão atípico, perante o desastre provocado pela pandemia face os resultados expostos, é tempo de refletir. Qual o fator subjacente ao equilíbrio económico e social da região? Qual o motivo que evitou esta região não sofrer as consequências severas que outras regiões sofreram? A resposta, em primeira análise, vai no sentido que nos parece mais óbvio. Mesmo a pandemia sendo transversal a todos os setores, a população não deixou de se alimentar, colocando-se a Lezíria numa posição privilegiada, tendo em consideração a sua grande propensão para o setor agroalimentar. Contudo, numa segunda análise

FICHA TÉCNICA Diretor: Domingos Chambel Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Elsa Duarte ribatejo.invest@nersant.pt

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mais apurada, os tais valores incomensuráveis e a riqueza desta região perante qualquer catástrofe ou recessão, está na dimensão e diversidade setorial da sua atividade económica, a qual naturalmente e mais facilmente se equilibra.

Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

Periodicidade: Mensal Tiragem: 250 exemplares

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As empresas âncora de grande dimensão são sempre bem-vindas à região, contudo, nesta volatilidade económica que a globalização nos coloca, a estratégia de desenvolvimento da região, aconselha o equilíbrio e ponderação.

Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)

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Gallo investe em iluminação eficiente em Abrantes A G a l l o Wo r l d w i d e , a e m p r e s a detentora da marca portuguesa Gallo, uma das maiores marcas de azeite no mundo, acaba de instalar na sua fábrica, localizada em Abrantes, um sistema de iluminação eficiente. O sistema de iluminação instalado na fábrica da empresa é da responsabilidade da FacilityArts, que proporciona ao mercado produtos e soluções para sistemas de gestão integrada da eficiência (SGIE) de edifícios inteligentes (Smart Cities/Utilities), como por exemplo iluminação LED e sistemas de produção fotovoltaicos para consumo próprio. Fundada em Portugal em 1919 por um visionário chamado Victor Guedes, Gallo é sinónimo da alma e da tradição portuguesas, que se renovam ao longo do tempo. A marca Gallo está sediada em Portugal e tem a sua fábrica, Victor Guedes, situada em Abrantes. Para além de azeites, a principal categoria de produtos da marca, Gallo comercializa também vinagres, vinagrete, piri-piri e azeitonas de mesa. A empresa é a primeira marca portuguesa de azeite no mundo, e a quarta no ranking mundial, “sendo os nossos produtos utilizados nas criações culi-

nárias de pessoas em mais de 25 países”. “A reputação dos nossos azeites foi construída numa sólida base de qualidade e numa constante sede de novo conhecimento. Trabalhamos direta-

mente com os produtores, os lagares, investigadores e blenders para aprender todos os dias mais sobre o azeite e assim, melhorar constantemente a qualidade de todos os nossos produtos”, refere a empresa, no seu portal.

Zolve aposta na formação de colaboradores A Zolve, empresa de Riachos especializada no armazenamento de prod u t o s q u e re q u e re m c o n t ro l o d e temperatura, apoia e investe continuamente na formação dos seus colaboradores, com o plano de formação anual a contemplar todas as áreas da empresa e também o desenvolvimento de cada colaborador. De acordo com a empresa, “foram disponibilizadas formações nos mais diversos temas des-

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de Higiene e Segurança Alimentar, Higiene e Segurança no Trabalho, Condução de Máquinas, Línguas, Customer Service, Power BI, Sustentabilidade, entre outros”. “Ao promovermos ações de formação frequentes, estamos a proporcionar uma vantagem

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competitiva relativamente à captação e retenção de profissionais”, informou a empresa, na sua página de linkedIn.

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TAKE Off 2021 realizou-se por Live Streaming

Grupo Change in Motion apresenta a sua estratégia para 2021 O grupo Change in Motion realizou a iniciativa TAKE Off 2021, no passado dia 16 de abril, no Tagusvalley - Abrantes, onde apresentou a sua estratégia para o ano de 2021. O evento realizou-se através de Live Streaming devido às condicionantes decorrentes da crise pandémica da Covid-19. Luís Inácio, CEO do grupo Change in Motion, refere que “o mundo simplesmente mudou, mas a nossa missão mantém-se atual. Somos uma equipa aberta a novas realidades e resiliente, pelo que este ano optámos por chegar aos nossos clientes e parceiros via Live Streaming”. A sessão de TAKE Off acaba por ser o ponto alto, resultado de sessões internas de brainstorming, decorridas no mês de fevereiro, que tiveram por objetivo a definição da estratégia para o ciclo 2021-2025. De acordo com a estratégia definida, Luís Inácio clarificou que “os drivers que irão orientar a gestão do grupo neste ciclo, serão, a Capacitação do Sistema de Gestão, a melhoria das áreas de Marketing e Comunicação, a Resiliência Financeira e a Inovação. O objetivo para o ano de 2021 do grupo Change In Motion será

o de Capacitar e Inovar para Crescer.” Luís Inácio acrescenta ainda que “continuamos a querer manter uma cultura assente numa gestão partilhada, trazendo toda a equipa a participar no desenho e acompanhamento da estratégia. Só conseguimos evoluir se conseguirmos fomentar sinergias internas e, obviamente, externas.” A sessão teve ainda as apresentações da Estratégia 2021 das empresas Lipronerg, pela sua COO, Mónica Martins, pela GM2E – facility management, Rui Santos, Manager e por fim, as Aldeias do Zêzere, com Catarina Faria, Operations Manager. O encerramento da sessão foi realizado de modo diferente, proporcionando um momento de partilha com todos os colaboradores, um brinde virtual, com vinho da região Quinta Casal das Freiras. “Gostamos de criar ligações com as empresas da região e quisemos relembrar da necessidade em valorizar os produtos excelência da nossa região. Continuamos juntos nesta nova jornada!” De referir que do grupo Change in Motion fazem parte das empresas Lipronerg, a GM2E e as Aldeias do Zêzere.

Primetool equipa Leroy Merlin de Évora A Primetool, empresa de Torres Novas do Grupo Filipe Faria, especializada na produção de equipamentos para comunicação institucional, anunciou que acaba de participar na transformação do Leroy Merlin de Évora. De acordo com a empresa torrejana, a sua intervenção incidiu desde o planeamento à conceção dos equipamentos de comunicação institucional de todo o exterior da loja. A nova loja é fruto da transformação do AKI de Évora e enquadra-se no processo de convergência entre a Leroy Merlin e o AKI. De referir que a Primetool apresenta um leque de produtos bastante variados, desde reclamos luminosos, sinalética, expositores, reclamos monobloco, impressão digital, merchandising, painéis digitais e outdoors.

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Renova inaugura espaço multiusos

A empresa torrejana Renova Fábrica de Papel do Almonda, S.A. acaba de inaugurar um novo espaço multiusos, ao qual deu o nome “Aula”. O mesmo foi fruto da requalificação da antiga oficina e transformado em várias salas de reunião e trabalho, no total de três células criadas. “É com enorme orgulho que inauguramos hoje a Aula. Um espaço modular, multiusos que se fraciona em três células: a Oficina 1, Oficina 2 e Oficina 3. Esta requalificação resgatou uma antiga oficina transformando-a em várias salas de reunião e trabalho, numa intervenção que conservou a maioria dos objetos e das

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estruturas pré-existentes e absorveu equipamentos e materiais recuperados dos arquivos históricos Renova (peças de maquinaria, livros, secretárias, bancadas de oficina… )”, avançou a Renova, na sua página da rede LinkedIn. Para além disso, acrescentou a empresa, “a este conjunto de peças que fazem deste espaço um mosaico de memórias Renova, foram sobrepostas peças desenvolvidas no âmbito do extenso programa de Arte “Renova Art Commissions” e muitas outros objetos de arte espontânea e object trouvé”. Esta forma de intervir nos espaços

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- referiu ainda a empresa de Torres Novas - “tem sido uma constante da Renova nos últimos anos e é marcada pela ideia fundamental de melhorar as suas funções com o mínimo de recursos: transformar e reutilizar em vez de demolir. Reconstruir, tendo em conta que espaços e objetos têm um valor histórico intrínseco que deve ser apreciado, compreendido e reabsorvido priorizando assim a sua humanidade. Fazer mais e melhor com menos recursos e pelo caminho dar uma ajuda no combate à crise climática, diminuindo a quantidade de resíduos que uma intervenção mais radical implicariam”.

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McDonald’s relançou icónica sanduíche

Mendes Gonçalves fornece molhos Original e Mostarda para a McBifana A McDonald’s Portugal relançou a icónica sanduíche McBifana, um êxito da marca lançado em 2012. Desenvolvida em Portugal e em exclusivo para o mercado nacional, a receita, composta por ingredientes 100% portugueses, é inspirada nos melhores sabores nacionais e pretende assinalar o 30.º aniversário da marca em Portugal. A empresa da Golegã Mendes Gonçalves é a responsável pela produção dos molhos Original e Mostarda. Relançada a 19 de abril, a “McBifana” é constituída por ingredientes 100% portugueses – um hambúrguer de carne de porco portuguesa e o tradicional pão de água português – e disponível na sua versão Original e, também, com molho de Mostarda. Como marca que privilegia a produção nacional, a McDonald’s apostou, uma vez mais, e para a criação deste produto, na parceria com fornecedores nacionais, nomeadamente, a Mendes Gonçalves para os molhos Original e Mostarda, a Panike para o pão de água português e criadores nacionais de porco

da região centro (Leiria, Alcobaça, Santarém e Rio Maior) e Sul do país (Grândola, Vimieiro, Montemor-o-Novo e Santiago do Cacém). “Nesta nova fase de desconfinamento, quisemos celebrar a reabertura das salas dos nossos restaurantes, bem como o 30.º aniversário da marca em Portugal e, para isso, nada melhor que relançar um produto icónico de sabor bem nacional, tão aguardado e acarinhado pelos portugueses e pela comunidade de fãs que, de forma frequente, apelavam ao seu regresso – a McBifana, uma receita composta por ingredientes 100% portugueses, ao gosto português e que reflete, também, a nossa aposta no apoio à economia nacional. Reabrimos, por isso, as portas dos nossos restaurantes em jeito de celebração e de união, com o lançamento da McBifana e o fado da Cuca Rose-

ta que retratam, precisamente, a aposta da marca em procurar equilibrar aquilo que é mais tradicional e característico da cultura portuguesa e mais valorizado pelos portugueses, com a modernidade que a própria McDonald’s representa, aqui refletida pela reinterpretação da bifana portuguesa. É assim que, a celebrar os nossos 30 anos com os portugueses, voltamos a estar juntos, sempre com o propósito de continuarmos a partilhar bons momentos, em torno das refeições, estas mais seguras do que nunca”, referiu Sérgio Leal, Diretor de Marketing e Comunicação da M c D o n a l d ’s Portugal.

Carmo Wood é representante exclusiva em Portugal das redes de proteção anti granizo HELIOS Há 40 anos a fornecer postes de madeira tratada para os principais mercados europeus de produção de fruta, nomeadamente Espanha, França e Itália, a portuguesa Carmo Wood acaba de assinar contrato de exclusividade para o mercado português com a conhecida marca italiana de redes de proteção agrícola Helios. A Helios é atualmente uma das principais empresas mundiais

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de produção de proteções agrícolas anti granizo e anti pássaro e possui uma oferta muito diversificada de produtos de alta qualidade, reconhecidos um pouco por todo o mundo. Com esta representação, a Carmo consegue dar ao cliente uma oferta chave na mão, utilizando para isso as equipas e maquinaria própria de montagem. Esta representação torna-se particularmente

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relevante na semana em que o Ministério da Agricultura anunciou o lançamento de um programa de 17,5 milhões de euros para a instalação de rede de proteção anti granizo para minimizar os efeitos das tempestades nos pomares. O programa surge após a repentina tempestade de chuva e granizo que afetou em particular o concelho do Fundão causando estragos na produção agrícola. Note-se que, fruto das alterações climáticas, a produção agrícola em Portugal, e um pouco por todo o mundo, tem vindo a ser severamente afetada. “Portugal tem de se adaptar para proteger um dos setores mais relevantes para o país. A Carmo Wood está bem posicionada para hoje, como sempre, ajudar os clientes do setor agrícola a ultrapassar os desafios da atualidade”, refere Jorge Milne e Carmo, Presidente Carmo Wood. De referir que a empresa Carmo Wood tem uma fábrica em solo ribatejano, mais concretamente no concelho de Almeirim.

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Verde Pino: Primeira agência de viagens, turismo e peregrinação de Fátima celebrou 50 anos A primeira agência de viagens, turismo e peregrinação a abrir portas na Cova da Iria celebrou, dia 1 de abril, as bodas de ouro (1971). Fundada pelo casal Albino e Celeste Frazão, a Verde Pino mantém-se sob a administração da família, agora sob a coordenação das filhas Rosário e Alexandra e de dois netos, Afonso Carreira e a irmã Francisca Carreira, os filhos mais velhos de Alexandra Frazão. Num contexto atual, reconhecido como desafiante, Afonso Carreira anuncia que “para o futuro apostamos em campanhas de promoção não só nos mercados com os quais já trabalhamos, mas sobretudo para mercados que ainda não visitam Fátima ou que ainda não

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têm tanta expressão, nomeadamente no continente americano, asiático e europeu”. “Orgulhamo-nos de ter o turismo religioso como a nossa base, mas trabalhamos também com o turismo cultural, experiências, gastronómico e de herança judaica. Isto para quem nos visita de fora, onde temos uma contratação direta muito sólida em Espanha e França, bem como parcerias com operadores nos mais diversos países do mundo”, explica. BREVE HISTÓRIA DA VERDE PINO “Naquele tempo era tudo muito mais fácil. A abertura da Verde Pino foi um dia normal. Veio cá a Direcção-Geral de Turismo, abriu-se a porta, recebemos o

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alvará e aqui ficámos a trabalhar”, recorda Celeste Frazão, que continua a trabalhar na empresa. O marido, Albino Frazão, grande alma e promotor da Verde Pino, falecido em 2020, era funcionário bancário. Reconhecido pelo seu dinamismo em várias áreas a nível local, nacional e internacional, Albino Frazão tinha como lema para a Verde Pino: ‘Somos servidores do templo, estamos aqui para atender as necessidades dos peregrinos’. Cabia a Celeste Frazão tomar conta do dia a dia da empresa. “Os clientes eram poucos no princípio, mas depois foram aumentando”, recorda, mostrando-se agradecida a todos quantos os ajudaram na construção do negócio; “tive muita ajuda, muitos amigos”. Na primeira década, a Verde Pino trabalhou a área de balcão, com a reserva e venda de bilhetes individuais de comboio e avião, para as famílias locais e para os membros das congregações religiosas; e a área incoming, com grupos vindos do estrangeiro em peregrinação a Fátima. Alexandra Frazão recorda que “os primeiros peregrinos da empresa na área de incoming foram belgas e holandeses, grupos de 200/300 pessoas, vinham por meio da congregação dos padres Monfortinos, porque eles tinham um secretariado de peregrinações”. Em 1979 a Verde Pino cresce, adquire um segundo espaço na Cova da Iria, e integra o sector das viagens e peregrinações de portugueses ao estrangeiro (outgoing). Este novo departamento ficou sob a coordenação de Rosário Frazão. A primeira peregrinação teve como destino a Terra Santa, a 21 de junho de 1979. Com o tempo, a Verde Pino chegou a fazer 30/40 viagens por ano à Terra Santa e depois a outros destinos, como Lourdes, Santiago de Compostela e Czestochowa, em certo momento com voos charter ao serviço da agência.

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Nova loja Meu Super nasce em Abrantes A cidade de Abrantes conta, desde 9 de abril, com uma nova loja de proximidade Meu Super, localizada na Avenida 25 de Abril. O novo espaço comercial, com uma área total de venda de 236 m², está aberto diariamente das 8h às 20h e segue a estratégia da Sonae MC de instalação de lojas de proximidade em todo o território nacional. A loja Meu Super Abrantes pretende ser uma referência junto da população local em termos de diversidade e qualidade da oferta, caracterizando-se por um serviço próximo ao cliente, com uma gama de produtos ajustada à região e uma experiência de compra personalizada. É a 21.ª loja Meu Super no distrito de Santarém. A nova loja de proximidade disponibiliza a qualidade e a variedade das marcas Continente como a Seleção Continente, Fácil & Bom Continente, Contemporal, Área Viva ou MyLABEL. Os consumidores podem também usufruir de todas as vantagens proporcionadas pelo Cartão de fidelização Continente, através de descontos na loja e de benefícios numa rede alargada de parceiros, constituída por operadores de combustíveis, de vestuário, seguros e ginásio. A população de Abrantes conta ago-

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ra com uma nova loja Meu Super para encontrar todos os produtos necessários ao seu dia-a-dia, com a confiança da marca Continente. PRESIDENTE DE ABRANTES JÁ VISITOU A NOVA LOJA O Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, e o Chefe de Divisão de Desenvolvimento Económico, Ricardo Aparício, estiveram, dia 13 de abril, de visita às instalações da nova loja Meu Super, em Abrantes, a convite do promotor, Frederico Miranda. Na ocasião, Manuel Jorge Valama-

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tos felicitou o promotor do novo espaço comercial, desejando os maiores sucessos e salientando “a importância destes espaços para a comunidade local”. Frederico Miranda explicou que “40% dos nossos fornecedores são produtores locais, nomeadamente de frescos, queijos, enchidos e carnes”. Em tempos de pandemia, informou ainda o Município, este novo espaço comercial criou quatro postos de trabalho diretos e um estágio a um aluno do curso de Técnico de Vendas, da Escola Secundária Dr. Solano de Abreu, com sede nesta cidade.

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Município de Abrantes e GM2E assinam contrato de incentivo municipal Ao abrigo do Regulamento de Apoio à Criação de Emprego Qualificado no Tagusvalley – Parque de Ciência e Tecnologia, foi assinado no dia 23 de abril, o contrato entre o Município de Abrantes, representado pelo Presidente da Câmara, Manuel Jorge Valamatos, e a GM2E – Gestão e Manutenção de Equipamentos e Edifícios, Lda., representada por Luís Inácio. Através deste contrato, a autarquia de Abrantes irá dar apoio a um posto de trabalho correspondente a licenciado em Planeamento Regional e Urbano, durante 24 meses, no valor total de 7.165,00€, uma vez que, de acordo com o regulamento, este incentivo municipal traduz-se na atribuição de uma comparticipação financeira ao salário base mensal do posto de trabalho suportado pela empresa, por um prazo máximo de dois anos por posto de trabalho apoiado (primeiro ano até ao limite de 500€ e segundo ano até ao limite de 250€). A GM2E está instalada no Tagusvalley – Parque de Ciência e Tecnologia, em Alferrarede, desde 12 de março de 2020, com sede instalada no INOV. POINT, e disponibiliza um ser viço inovador de gestão e manutenção

integrada de todos os equipamentos e infraestruturas em edifícios, garantindo uma exploração mais eficiente, com redução de custos e aumento da segurança e conforto para os utilizadores. Desde que entrou em vigor o

Regulamento de Emprego Qualificado no Tagusvalley – Parque de Ciência e Tecnologia, em 2017, a Câmara de Abrantes já apoiou 20 postos de trabalho apoiados num investimento total de mais de 114 mil euros.

Grupo Os Mosqueteiros investe dois milhões de euros na transferência energética O Grupo Os Mosqueteiros, detentor das insígnias Intermarché, Bricomarché e Roady, continua a reforçar a eficiência energética e a sustentabilidade. Depois das suas lojas, o grupo decidiu investir dois milhões de euros, visando a instalação de duas unidades de produção de energia fotovoltaica, a par da reconversão dos sistemas de iluminação para soluções inteligentes, que permitem uma maior racionalização do consumo, nas suas plataformas logísticas de Alcanena, Paços de Ferreira e Cantanhede. As plataformas de Alcanena e Paços

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de Ferreira serão equipadas, cada uma delas, com uma unidade de produção fotovoltaica para autoconsumo com uma capacidade instalada 1MW. A base de Alcanena já tem a instalação concluída e em plena produção, já o entreposto de Paços de Ferreira irá terminar este processo ainda no primeiro semestre deste ano. A adoção destas soluções traduz-se na transferência de cerca de 20% do consumo destes sites para energia proveniente de fonte 100% renovável. Estas medidas integram-se num processo de consolidação da estratégia de descarbonização das operações do

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Grupo, que em 2020 já registou uma muito assinalável redução de 8% do impacto ambiental do consumo elétrico por unidade de encomenda preparada. Em paralelo, os sistemas de iluminação que já tinham vindo a ser convertidos para tecnologia LED, foi dotado de sistemas de gestão autónoma com recurso a IoT, que permite o ajuste inteligente da iluminação em função da atividade e da luminosidade natural, numa solução muito adaptada ao carácter dinâmico das operações e que foi implementada em todos os sites.

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PODER LOCAL

Município de Abrantes visita loja de mobiliário e decoração S. Bartolomeu O Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, visitou, a convite do promotor, a nova loja de mobiliário e decoração S. Bartolomeu, que abriu recentemente em Abran-

tes. Manuel Jorge Valamatos felicitou o empresário de Macedo de Cavaleiros, mas com ligações familiares a Abrantes, pelo investimento no concelho, salientando que “é bom ver as pessoas a investir

na nossa cidade”. Fernando Granjo, com uma experiência de 30 anos na área do mobiliário e design de interiores, é o promotor do novo espaço comercial. “Apercebemo-nos que não havia muita oferta nesta área em Abrantes e resolvemos apostar. Fazemos móveis à medida do gosto do cliente e temos também em catálogo um conjunto vasto de mobiliário”, referiu o empresário. Com uma área de exposição de cerca de 150 metros quadrados, a loja Móveis S. Bartolomeu, situada na Avenida das Portagens, 262 A, R/C, em Barreiras do Tejo, está aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h e das 15h às 19h, e aos sábados, das 9h às 13h.

O que passa a acontecer é que quem procure informações turísticas diretamente a partir de www.cm-tomar. pt será automaticamente direcionado para www.visit-tomar.com, disponível para já em português e inglês, mas preparado para futuramente ser traduzido noutras línguas. Entre as funcionalidades disponíveis, destaque para um chat que permite ao utilizador colocar quaisquer dúvidas em tempo real, que serão respondidas pelos técnicos de turismo do Município. Outra funcionalidade interessante é o visitante poder criar, no novo site, o seu próprio roteiro de visita aos vários locais de interesse disponibilizados. O site já está online, embora alguns operadores estejam ainda em fase de carregamento. Na ocasião foram também apresentadas as propostas da mesma empresa para a sinalização turística

do concelho. O Município solicitou um estudo aprofundado de localização de sinalética, já aprovado, tendo a empresa apresentado também uma proposta concreta de execução gráfica, que será entretanto avaliada. De referir ainda que, no âmbito deste trabalho, foi também realizada uma ação de capacitação para os agentes turísticos, onde lhes foram apresentadas sugestões de melhorias. A Divisão de Turismo e Cultura está já a trabalhar para dar continuidade a esse plano de ações. Na apresentação da iniciativa, quer a presidente da Câmara, Anabela Freitas, quer a vereadora Filipa Fernandes, reforçaram a importância do trabalho em rede entre o setor público e os privados nesta área do turismo como essencial para a captação de novos visitantes.

Tomar já tem um novo site turístico e prepara sinalética Foi apresentado dia 15 de abril, no salão nobre do Município, o Plano de Hospitalidade Turística de Tomar. Trata-se de uma iniciativa integrada na Rede Património da Humanidade Centro de Portugal (que integra também Coimbra, Batalha, Alcobaça e o Turismo do Centro) e que foi desenvolvida pela empresa EnZyme. O grande objetivo foi dotar o Município de Tomar de competências para a sua afirmação enquanto polo de atração turística nacional e internacional. Assim, e na sequência da necessidade detetada pela autarquia e por vários agentes do setor, foi realizado um aprofundado trabalho de campo que incluiu a visita de clientes mistério e o contacto direto com os operadores turísticos locais, que conduziu à criação do site www.visit-tomar.com, que inclui toda a oferta turística, pública e privada, do concelho, e que passa a ser a porta avançada de Tomar para todos aqueles que, em Portugal ou em qualquer outra parte do mundo, pretendam fazer uma visita ao território. Este site não substitui o sítio eletrónico institucional do Município, que, porém, e até por obrigações legais, está mais vocacionado para os munícipes.

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Mercado Municipal da Chamusca já reabriu ao público O Mercado Municipal da Chamusca reabriu ao público no dia 12 de abril, após uma requalificação de fundo que modernizou o espaço e o tornou mais funcional. Depois de vários anos com algumas vicissitudes para a conclusão da intervenção, foi possível fazer a reabertura das portas do histórico Mercado Municipal, neste primeiro dia, simbolicamente, com uma breve visita do Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, e da Vice-Presidente, Cláudia Moreira, sem lugar a cerimónia oficial de inauguração ou a festa, face à crise pandémica que o mundo atravessa. O Mercado Municipal tem 15 espaços disponíveis e a primeira comerciante a tomar o seu lugar foi a D. Teresa, com uma banca de frutas e legumes. O Município da Chamusca lançou o desafio para os interessados em se instalarem nos espaços disponíveis que façam o contacto diretamente com o Município (gap@cm-chamusca.pt) ou através da Fábrica do Empreendedor (empreededorismo.chamusca@fabricadoempreendedor.pt). “Este é um espaço que pertence à comunidade, e só com a participação de todos conseguiremos dar vida ao mercado”, destacou Paulo Queimado, p re s i d e n t e d a C â m a r a d a C h a m u s ca, no dia da reabertura. O projeto de Requalificação do Mercado Municipal

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da Chamusca representou um investimento de 381 269,55 €. Trata-se de uma aposta do Município na modernização do equipamento e em reconverter esta importante infraestrutura num mercado de futuro, apostando em produtos tradicionais e locais, um pouco à semelhança dos mercados que estão em funcionamento nos grandes centos urbanos e também em modelos bem-sucedidos por toda a Europa. Com o projeto de requalificação pretendeu-se, por um lado, a valorização e a potenciação das características do edifício existente, mantendo a sua história e a relação com a área envolvente mais próxima. Um dos aspetos a complementar a inter venção no edifício será a obra de nivelamento do piso nas ruas desta zona, para criar uma continuidade entre os acessos ao edifício e a área transitável por veículos e por peões. Quanto à inter venção exterior no Mercado, esta pautou-se por uma requalificação das fachadas, com novas linhas arrojadas, mas sem colocar em causa a sua traça mais original. No interior, aconteceu a grande reformulação. Nas áreas de restauração, são propostas a criação de duas áreas simétricas para esplanada e mesas, criando uma zona de confluência entre mercado tradicional e mercado moderno. Foram mantidas duas das bancadas de mercado tradicional e foram criadas

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duas novas “ilhas” para restauração. Ao nível do branding da infraestrutura, foi criada uma linha de design e de sinalética comum aos vários espaços, quer no interior, quer no exterior. Esta linha é ainda proposta para o desenvolvimento de embalagens e de utensílios (copos, pratos, guardanapos, sacos de compras, produtos de marca própria, merchandising, menus, fardas) que tenham uma imagem comum aos vários espaços e se identifiquem com a imagem de marca do Mercado. O objetivo é uniformizar e dar identidade própria ao mercado, para que ele próprio seja em si uma marca. Para isso foi também criado um logótipo que se inspirou nas linhas do ferro forjado de um dos portões do antigo mercado. As instalações sanitárias também foram alvo de inter venção, para ser possível aceder pelo interior do mercado. UMA PRAÇA COM HISTÓRIA CENTENÁRIA A utilização desta praça da vila como área de mercado é já antiga. A sua delimitação como mercado aconteceu em 1903, através da construção de um gradeamento e da colocação de pavimento. No ano seguinte, em 1904, foi construída uma cobertura metálica. As obras de adaptação do espaço continuaram em 1940, quando foi feita a cobertura completa e a edificação mais parecida com aquela que conhecemos na atualidade. Em 1998, o edifício teve nova remodelação. Mais recentemente, e perante a constatação da existência de diversas lacunas de funcionamento, e também pela pouca atratividade que já apresentava para clientes e para empresários, foi decidido pelo Município avançar com um arrojado projeto de requalificação do espaço, que apostou em modernizar o edifício, não só no exterior mas principalmente no interior, dotando-o das melhores condições para empresários e para os clientes, assim como torná-lo numa referência urbanística e de vivência comunitária, integrada na estratégia global de regeneração urbana, a avançar em breve em toda a vila.

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Carta Arqueológica lança novos dados relevantes sobre a História de Tomar A confirmação da existência de dois importantes povoados pré-históricos, um deles no atual território da cidade, e de um povoado árabe também na cidade, são dois dos mais relevantes pontos do livro “As origens de Tomar – Carta arqueológica do concelho”, da autoria de Carlos Batata e com edição do Município. A obra foi lançada no âmbito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, no Complexo Cultural da Levada, e já está disponível para aquisição no Posto Municipal de Turismo, ao preço de 15 €. A presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas, salientou a importância da sistematização da informação sobre o património arqueológico do concelho, disponível como ferramenta não só para cada cidadão conhecer melhor o nosso passado, mas também como um documento académico para quem estuda o nosso território. Hugo Cristóvão, vereador responsável pela área, referiu que este trabalho surgiu no âmbito da revisão do Plano Diretor Municipal, em que a carta arqueológica era um dos elementos necessários,

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peça importantíssima para conhecer a ocupação do território ao longo do tempo, sendo que o Município entendeu que era suficientemente relevante para ganhar direito a ser autonomizado em livro. Carlos Batata, que em 1997 publicara uma primeira versão, muito menos arrojada, desta carta, sublinhou o facto de neste quarto de século a própria legislação ter alterado para melhor o panorama da arqueologia em Portugal, com a obrigatoriedade de acompanhamento de muitas obras que se refletiu profundamente no conhecimento adquirido sobre o concelho de Tomar, e em especial sobre a cidade. O arqueólogo deu conta da importância de achados como o do povoado pré-histórico da Fonte Quente, com cerca de 20 hectares, no âmbito da empreitada de construção do IC9, ou das termas públicas romanas, junto ao Pavilhão Municipal, neste caso com uma entrada já tardia dos investigadores em campo que terá levado a que se tenham perdido muitos vestígios na área do atual parque de estacionamento subterrâneo.

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Diferente foi o que aconteceu com as intervenções nas ruas do centro histórico e em diversas casas particulares dessa zona: por um lado encontraram-se os vestígios necessários para perceber que a cidade romana se expandia para a margem direita do rio, e que a ela se deve o traçado retilíneo que ainda hoje apresenta; por outro foram encontrados mais de duas centenas de silos no subsolo, de origem islâmica, alguns dos quais na Mata dos Sete Montes, os quais, conjugados com uma investigação aprofundada do Castelo e cotejados com informação disponível sobre outros locais, permitiram ao autor avançar com a ideia de que, não só aqui terá existido um povoado árabe de dimensão razoável, mas também a fortaleza terá sido originalmente construída pelos muçulmanos. Toda esta informação está disponível no livro que, além de um amplo registo fotográfico, inclui ainda um mapa destacável, em tamanho de poster, com o registo de todas as inúmeras intervenções e sítios arqueológicos no concelho.

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Cartaxo: hasta pública para venda de lotes no Parque de Negócios do Casal Branco

Golegã isenta empresas do pagamento de licenças de publicidade e ocupação do espaço público até ao final do ano A Câmara Municipal da Golegã deliberou isentar as empresas do Município do pagamento das licenças de publicidade e ocupação do espaço público até 31 de dezembro, com efeito retroativo ao dia 1 de janeiro. De acordo com o Município, esta decisão, bem como outras medidas que brevemente serão apresentadas, pretende ser mais um incentivo às empresas do concelho, numa tentativa de atenuar os impactos que a Covid-19 e os sucessivos Estados de Emergência trouxeram ao tecido empresarial.

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A Câmara Municipal do Cartaxo deliberou, na reunião de dia 9 de dezembro de 2020, a abertura de procedimento para a venda, em hasta pública, de 25 lotes do Parque de Negócios do Casal Branco – Pontével –, pertencentes à autarquia. O prazo para apresentação de propostas – 23 de fevereiro de 2021 – foi suspenso em janeiro deste ano, no âmbito das medidas excecionais e temporárias de resposta à situação epidemiológica provocada pelo Covid-19. Neste momento, e face à suspensão de prazos processuais e procedimentais adotados no âmbito da desta pandemia, o prazo retomou a contagem no dia 7 de abril, pelo que as propostas puderam ser apresentadas até ao dia 4 de maio, informou o Município. Os documentos da hasta pública podem ser consultados no site da Câmara Municipal do Cartaxo. Ainda de acordo com a Câmara Municipal, está também a decorrer “a alteração do Plano de Pormenor daquela zona de atividades económicas, de forma a possibilitar a uni-

ficação das 25 parcelas disponibilizadas pela autarquia, num lote único de 62 579 m2”. De referir que a autarquia decidiu alterar o Plano de Pormenor do Parque de Negócios do Casal Branco depois de vários contactos por parte de diversos investidores que manifestaram interesse na aquisição dos lotes como parcela única, uma vez que as áreas individuais de cada lote não eram suficientes para as suas atividades industriais.

Município mantém campanha Tomar Entrega por Si apesar da abertura dos restaurantes O Município de Tomar, apesar da abertura dos restaurantes ao público a 19 de abril, ciente das dificuldades que o setor do turismo tem estado a atravessar, provocadas pelas restrições da pandemia Covid-19, entendeu manter em funcionamento a campanha Tomar Entrega por Si. De acordo com a Câmara Municipal, “este é um serviço gratuito de entrega de refeições e produtos comprados pelos consumidores aos restaurantes e pastelarias locais, através do serviço de táxis do concelho e das plataformas de entrega ao domicílio aderentes (e-city e Pede&Come)”. Para além dos custos de entrega serem assumidos pela autarquia, “a grande originalidade desta medida é possibilitar as encomendas para qualquer freguesia do concelho, indepen-

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dentemente do local onde sejam confecionadas. Uma forma de apoiar diretamente estes vários setores de atividade, mas também de alargar o raio de ação dos diversos estabelecimentos”, comunicou ainda a Autarquia tomarense.

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NACIONAL

Governo e Banco Europeu de Investimento estabelecem parceria para acelerar investimentos no setor do hidrogénio O Governo Português e o Banco Europeu de Investimento (BEI) assinaram no dia 7 de abril um Memorando de Entendimento (MdE) de cooperação institucional para o setor do hidrogénio. O documento estabelece a disponibilidade do BEI para prestar apoio financeiro a projetos privados elegíveis, assistência técnica e consultoria a projetos de investimento neste setor. O conhecimento do BEI sobre estruturas de cofinanciamento permitirá e estimulará investimentos de outras fontes. Através deste acordo de cooperação não vinculativo, assinado à margem da conferência de alto nível “Hydrogen in Society - Bridging the Gaps”, o BEI apoiará os objetivos ambientais de Portugal estabelecidos no Plano Nacional Energia e Clima 2030 e no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050. Este MdE está também alinhado com a Estratégia Europeia para o Hidrogénio (European Hydrogen Strategy), lançada pela Comissão Europeia, que visa instalar 40GW de capacidade de hidrogénio verde até 2030, contribuindo para tornar a Europa o primeiro continente neutro em carbono, conform e p re v i s t o n o P a c t o Ecológico Europeu. Aquando da assinatura do MdE, o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, destacou: “Atingir a neutralidade carbónica em 2050 e uma redução de pelo menos 55% de Gases com Efeito de Estufa, até 2030, na Europa,

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exige uma profunda mudança no nosso sistema energético e um forte compromisso para uma transição energética apoiada no desenvolvimento das energias renováveis. O hidrogénio renovável desempenhará um papel crucial na descarbonização de setores nos quais outras alternativas sejam inadequadas ou demasiados caras para a descarbonização. Portugal pretende produzir hidrogénio verde a preços competitivos e desempenhar um papel de relevo na emergente economia do hidrogénio. Este acordo que hoje assinámos é uma importante peça desta estratégia nacional e decisivo para reforçar os projetos neste setor.” O Vice-Presidente do BEI, responsável pelas operações do Banco em Portugal, Ricardo Mourinho Félix, realçou: “Estou muito satisfeito pela assi-

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natura deste importante acordo com o Governo Português, que tem por objetivo acelerar os investimentos no setor do hidrogénio em Portugal. No Grupo do Banco Europeu de Investimento acreditamos convictamente que o hidrogénio verde tem o potencial de desempenhar um importante papel para que se atinja o objetivo da neutralidade carbónica na União Europeia, até 2050. De igual modo, acreditamos que será essencial na promoção de uma recuperação económica verde, no contexto da pandemia de Covid-19, pois permitirá reduzir as emissões que mais danos ambientais causam. Enquanto Banco Europeu do Clima, seremos instrumentais na mobilização e no encorajamento do investimento privado, tornando a Europa mais verde e mais inovadora.”

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Governo pagou 1300 milhões de euros a fundo perdido às empresas entre dezembro e março

Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, na Assembleia da República, 6 abril 2021 (Foto: João Bica) O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, afirmou que “perante o novo confinamento, de dezembro de 2020 a março de 2021, só para as empresas e a fundo perdido, foram já pagos cerca de 1300 milhões de euros entre apoios a emprego e apoios a fundo perdido de outra natureza”. Durante a intervenção inicial na audição conjunta das comissões de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação e de Trabalho e Segurança Social, o Ministro sublinhou que este esforço teve um impacto positivo nos números do emprego: “O desemprego em fevereiro teve uma evolução positiva relativamente a janeiro no número de inscritos nos centros de emprego e a taxa de subutilização do emprego continua relativamente estável”. “Este sucesso coletivo na preservação do emprego leva-nos a pensar que o esforço que fizemos tem valido a pena”, acrescentou, já depois de reiterar o esforço coletivo que tem sido feito

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para “mitigar o impacto desta economia, ajudando as empresas a preservar o seu potencial produtivo, a proteger o emprego, ajudando trabalhadores independentes, famílias, e a preservar rendimentos”. O Ministro destacou o lançamento de medidas de “muita variedade” ao longo da pandemia com o objetivo de ajudar as empresas e o emprego “com um conjunto de matérias que inicialmente eram muito focadas no apoio à liquidez e à manutenção dos postos de trabalho e posteriormente foram sendo alargadas ao a apoio aos custos fixos não salariais e também ao investimento das empresas na resposta à pandemia”. 927 MILHÕES DE EUROS APROVADOS NO PROGRAMA APOIAR Siza Vieira destacou que o Programa Apoiar já aprovou 927 milhões de euros de apoio, dos quais 685 milhões de euros já foram pagos às empresas, sobretudo nos setores mais afetados. O Ministro sublinhou que a partir de

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dezembro de 2020 o Governo começou a ser capaz de apoiar custos fixos não salariais dirigidos a um número alargado de empresas. “Temos aprendido com a execução destes programas e temos ido alargando e reforçando as medidas ao longo do tempo. Desde que lançámos o Programa Apoiar a 25 de novembro, já o alargámos aos empresários em nome individual, em regime simplificado, com ou sem trabalhadores a cargo, pudemos dirigir a empresas que tinham capitais próprios negativos em 2019, que tinham dívidas à Segurança Social e à Autoridade Tributária, dando-lhes a oportunidade da regularização, alargámos o apoio a rendas a outras formas contratuais e prorrogámos a redução de rendas em conjuntos comerciais”, acrescentou. O Ministro disse ainda que as linhas de crédito com garantia de Estado já concederam às empresas cerca de 8,5 mil milhões de euros de empréstimos com cerca de 63 mil empresas apoiadas desde o início da crise.

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Grupo empresarial tem sede em Alcanena

Grupo os Mosqueteiros anuncia plano de expansão e modernização para 2021

Apesar da pandemia que atingiu o país, o Grupo os Mosqueteiros, com sede em Alcanena, manteve o seu plano de desenvolvimento com 12 aberturas, fechando 2020 com um total de 330 pontos de venda representativos das três insígnias: Intermarché, Bricomarché e Roady, perfazendo uma área total de 415 mil m2, um aumento de 4% face a 2019. Esta expansão representou um investimento de 38,9 milhões de euros e a criação de mais de 450 postos de trabalho. Este ano, em que se assinalam os 30 anos do Grupo em Portugal, o eixo estratégico das três insígnias – Intermarché, Bricomarché e Roady – continua a incidir sobre o plano de expansão e de modernização. Assim, em 2021, o Grupo prevê a abertura de 22 pontos de venda, gerando mais de 800 postos de trabalho e a modernização de 100 pontos de venda. Para isso, pretende fortalecer a sua rede de aderentes, recrutando empreendedores que querem apostar num projeto de vida e investir num Grupo sólido.

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pós um ano atípico em que a distribuição alimentar teve que se adaptar ao contexto pandémico, o Grupo Os Mosqueteiros mantém a sua prioridade na proximidade dos pontos de venda físicos, reforçado pelo desenvolvimento de soluções digitais (drive,@commerce, click & collect, etc.), e nos sites das três insígnias, de modo a complementar o serviço ao cliente. Laurent Boutbien, Presidente do Grupo Os Mosqueteiros, afirmou que “em 2021, e como tem acontecido ao longo dos últimos 30 anos nas nossas três insígnias, a prioridade é oferecer aos nossos clientes os melhores produtos ou serviços ao menor custo, pelo que continuaremos a investir no desenvolvimento das nossas três insígnias. Até 2025, pretendemos aumentar a quota de mercado de 2,5% no setor alimentar, 9% na Roady e 6,3% no setor da bricolage”. INTERMARCHÉ: MODERNIZAÇÃO DOS PONTOS DE VENDA E AUMENTO DAS REFERÊNCIAS PORSI Em 2020, o volume de negócios sem combustível aumentou 1,5 mil milhões de euros, um crescimento de 7% em relação a 2019. Verificou-se também um aumento do cesto médio de 21,7%, com um volume de negócios global com combustível de 2,06 mil milhões de euros. Em 2020, a PorSi tornou-se uma marca incontornável nos lineares da Intermarché, com 2.400 referências e um crescimento de 94% (+35% numa base comparável). A insígnia pretende alargar a sua gama PorSi (3500 referências) em todos os segmentos, oferecendo a melhor qualidade ao melhor preço, privilegiando o respeito pelo ambiente, qualidade nutricional e a promoção de uma vida mais saudável. Para além disso, o Intermarché continua a valorizar a proximidade dos produtores locais, apoiando a produção nacional, maioritariamente na área dos frescos. Este é um eixo que está no ADN da marca que tem como um dos objetivos principais impulsionar o reconhecimento da produção nacional de qualidade. “2020, e 2021 sê-lo-á também, foi um ano em que o compromisso do Intermarché assumiu uma relevância ainda

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maior: oferecer produtos de qualidade e garantir a presença de bens essenciais sempre com o melhor preço”, refere Martinho Lopes, Administrador do Intermarché. “Ao mesmo tempo que garantimos uma resposta diária e incansável aos nossos clientes, garantimos também a segurança em todos os nossos pontos de venda – quer para colaboradores, quer para os nossos clientes. No que diz respeito à economia, tivemos um papel mais fundamental do que nunca, com a abertura de novas lojas e a criação de postos de trabalho, apoiando sempre a economia local e a produção nacional”, acrescenta Martinho Lopes.

reinventar. Este resultado é fruto da dedicação dos nossos aderentes, colaboradores e, obviamente, dos nossos clientes que continuaram connosco. As nossas expetativas face a 2021 são bastante elevadas uma vez que, para além das condições que o Grupo proporciona aos seus empresários, acreditamos que a proximidade e o envolvimento do chefe de empresa tão próximo quanto possível dos clientes, na sua localidade, são fatores que nos diferenciam dos nossos concorrentes.”

ROADY: MODERNIDADE ASSOCIADA À MOBILIDADE Em 2020, a Roady atingiu um total de volume de vendas de 34,9 milhões de BRICOMARCHÉ: MAIS 20% DE VOLUME DE NEGÓCIOS EM PORTUGAL euros, havendo um natural decréscimo Em 2020, a Bricomarché alcançou um face ao ano anterior, valor naturalmente volume de justificado pela obrigatoriedade de confinamento negócios de “Até 2025, durante grande parte do 149 milhões ano. Especialistas na repade euros, pretendemos ração e manutenção autoum aumento aumentar a quota móvel, a Roady conta com de 21% em de mercado de 2,5% 33 centros-auto onde os comparação no setor alimentar, preços baixos, a rapidez, ao ano anterior. A insíga conveniência e a qua9% na Roady e 6,3% nia também são privilegiadas. no setor da bricolage” lidade aumentou a Apesar desta diminuição, s u a á re a d e em 2020 a insígnia deu LAURENT BOUTBIEN vendas em passos muito significativos Presidente do Grupo 7%, atingindo no que toca à modernizaOs Mosqueteiros ção da sua oferta: desde o 95.773 m 2 . O Bricomarché desenvolvimento de packs conta com 43 lojas, 913 colaboradores chave na mão – serviços tudo incluído –, e 37 aderentes/ chefes de empresa. passando por uma oferta de produtos e Em 2021 a insígnia pretende reforçar serviços adequados aos automóveis para os seus principais valores de proximidao período de pós confinamento, e ainda de e de especialista em bricolage. projetos como “Trotinetar Portugal”, Com esse objetivo bem presente vai iniciativa que reforça o eixo estratégico continuar a oferecer preços competida mobilidade da marca ao convidar os tivos e produtos de qualidade, orienportugueses a explorar o país em duas tando a sua oferta para responder de rodas. forma mais completa aos projetos dos Estelle Pereira, administradora da seus clientes. Esta abordagem está a Roady em Portugal, referiu que “2020 ser implementada nos três conceitos de foi um ano difícil para o setor, mas loja: essencial – um formato de menor agora é hora de olhar para o futuro. dimensão, com 1200 m 2; generalista – Adaptámo-nos às circunstâncias, procurámos dar resposta às necessidades dos com 2500 m2, é o principal formato de negócio; e ainda especialista – uma loja nossos clientes e, ofereceremos serviços com 3500 m2 com bâti drive. inovadores, tais como packs de preço Sérgio Ovelheiro, Administrador do único ou a mobilidade, sinónimos de Bricomarché, mostrou-se “orgulhoso modernidade bem percebida pelos nossos clientes.”  dos resultados alcançados neste último ano em que todos nós tivemos de nos

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implementa relógio de ponto remoto A Sumol+Compal, empresa com fábrica em Almeirim dedicada à produção e comercialização de bebidas não alcoólicas, implementou um relógio de ponto remoto que permite o registo das entradas e saídas dos colaboradores da empresa em qualquer lugar, salvaguardando acidentes de trabalho e garantindo o reporte dos dados nos seus postos de trabalho, em home office. A ferramenta foi desenvolvida pela Create IT.

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solução, desenvolvida pela Create IT, empresa portuguesa focada no desenvolvimento de sistemas multiplataforma críticos e de suporte ao negócio, foi implementada sob a plataforma Power Apps, uma ferramenta low-code/no-code que pertence ao ecossistema Microsoft Power Platform. Através desta aplicação, os colaboradores da Sumol+Compal conseguem, remotamente, registar as suas horas de entrada, pausa e saída, bem como a localização de onde estão a aceder e registar os dados na aplicação. O relógio de ponto é acessível via web ou em dispositivos móveis e permite que os dados sejam integrados na sua fonte de dados, em SharePoint. Através de serverless code (Azure functions) os dados são integrados numa ferramenta ERP externa para que sejam devidamente utilizados nos sistemas de suporte à decisão. “Através desta aplicação, o depar-

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tamento de Recursos Humanos da Sumol+Compal vê o seu processo de gestão presenças e gestão do espaço de trabalho dos seus colaboradores agilizado e integrado facilmente no módulo de RH do ERP, complementando o sistema de relógio de ponto presencial, e garante que cobre os requisitos legais do processo de gestão de presenças, validando se os colaboradores estão ou não em teletrabalho”,

explica Hugo Gonçalves, Gestor de Sistemas de Informação da Sumol+Compal. A aplicação está disponível para toda a população da Sumol+Compal em Portugal, cerca de 1200 colaboradores, e a sua adoção tem vindo a crescer ao longo do tempo. “Num contexto de confinamento e com grande parte da operação da empresa em ambiente de contingência, o sistema permitiu a adaptação rápida à nova realidade, garantindo a continuidade numa situação crítica onde era essencial manter uma eficaz gestão da assiduidade”, aponta o responsável. “Conseguimos agilizar o processo de controlo e registo de entradas e saídas dos colaboradores e apostar em tecnologia recente e inovadora”, acrescenta Hugo Gonçalves. O sistema materializou-se em menos de uma semana, ficando disponível aos utilizadores em ambiente mobile e desktop na semana seguinte.

Seguiram-se melhorias graduais à medida das necessidades, como a integração dos registos no ERP e o desenvolvimento de funcionalidades mais avançadas. A Create IT foi responsável por todas as fases do projeto: desde a definição e discussão de requisitos até à implementação, governance e passagem a ambientes de qualidade e produção. O envolvimento direto da área de Sistemas de Informação da Sumol+Compal garantiu um elevado grau de alinhamento com as necessidades do grupo ao longo de todo o processo. “Com este projeto, a Sumol+Compal testou a abordagem low code através da Power Platform, contribuindo para a renovação do seu processo de desenvolvimento de aplicações através da implementação da visão arquitetural proposta pela Create IT. Foi com muita satisfação que estivemos envolvidos nesta solução crítica para o departamento de Recursos Humanos da Sumol+Compal, reforçando a relação já existente na área de colaboração e intranets, e serviços de suporte”, conclui David Oliveira, Responsável Técnico pelo projeto na Create IT. EMPRESA REUNIU EQUIPA EM EVENTO DIGITAL A Sumol+Compal reuniu 300 colaboradores num evento digital que teve como objetivo partilhar a estratégia empresarial projetos futuros da empresa. “O dia 1 de abril foi um dia marcante para a equipa Sumol+Compal. Num evento 100% digital, juntámos cerca de 300 das nossas pessoas para partilhar a nossa estratégia e garantir o alinhamento para o futuro”, referiu a empresa na sua página da rede LinkedIn, acrescentando que “confiamos nas marcas únicas que desenvolvemos, que surpreendem o consumidor com propostas inovadoras e proporcionam sabores vencedores, mas sentir a energia positiva desta grande equipa é sempre um motivo de orgulho enorme. Juntos somos mais fonte de entusiasmo, inspiração e satisfação”. A empresa, dedicada ao mercado de bebidas não-alcoólicas em Portugal, afirmou ainda, na mesma publicação, que “é da nossa natureza olhar para o futuro com confiança e vontade de crescer”. 

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A EntoGreen tem em curso um investimento de 10,7 milhões de euros em Santarém, para instalação de uma bioindústria que vai usar moscas soldado-negro para transformação de desperdícios vegetais em proteína para alimentação animal e fertilizantes.

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aniel Murta, presidente executivo da Ingredient Odyssey, dona da marca EntoGreen, disse à Lusa que o investimento, já em curso num edifício alugado na zona industrial de Santarém, vai criar 66 postos de trabalho e inclui uma unidade de investigação e

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desenvolvimento. A bioindústria utilizará a mosca soldado-negro para converter, anualmente, 36.000 toneladas de subprodutos vegetais em 2.500 toneladas de proteína e 500 toneladas de óleo de inseto, para a alimentação animal, e 7.000 toneladas de fertilizante orgânico, para os solos. Daniel Murta salientou que os insetos são uma “ferramenta” existente na natureza que “consegue transformar coisas que não têm valor e trazê-las de volta à vida”. “Basicamente, usamos estes insetos como uma ferramenta para utilizar subprodutos vegetais que não entram na cadeia de valor por causa das exigências dos consumidores e que têm toda a qualidade nutricional e de segurança alimentar assegurados”, disse. Há uma década a trabalhar no projeto, Daniel Murta afirmou que o investimento que vai permitir criar uma unidade industrial “em larga escala” em Portugal resulta de uma história de “resiliência”, que recebeu um impulso determinante com o acolhimento, em 2014, da Ento-

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Green na Estação Zootécnica Nacional, polo do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) situado no Vale de Santarém, no âmbito do qual surgiu o contacto com o seu atual sócio, Rui Nunes. Daí nasceu o consórcio que fez a ligação a montante e a jusante, ao agregar a Agromais Plus, a Consulai e as Rações Zêzere, empresas cujo apoio Daniel Murta considera ter sido “chave” para o processo. Com um financiamento de 750.000 euros do Portugal 2020, foi possível fazer a “prova de conceito, ou seja, passar de algumas caixas com alguns insetos a consumir alguns vegetais para chegar à capacidade de converter 30 toneladas de uma vez de subprodutos vegetais diversos”. “Ao longo 2016 até 2019 criámos todas as condições para termos o ‘know how’ e dominarmos a tecnologia para darmos um passo muito grande: passar de uma capacidade de 30 toneladas num dia, só numa vez num mês, para passarmos a

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investe 10,7 milhões de euros em Santarém em bioindústria que usa moscas para produzir ração animal e fertilizantes “Esperamos contribuir fortemente para a região, criando sinergias com o setor agroindustrial, através da valorização de subprodutos da sua atividade, mas também com o setor pecuário e agrícola, fornecendo novas soluções nutricionais mais sustentáveis, o que poderá contribuir para a sua diferenciação no mercado DANIEL MURTA Presidente executivo da Ingredient Odyssey

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converter 100 toneladas de subprodutos por dia e atingirmos uma marca, que é o nosso objetivo, de 36.000 toneladas de subprodutos convertidos por ano”, salientou. A INGREDIENT ODYSSEY A Ingredient Odyssey S.A., é uma empresa fundada a 4 de março de 2014 e que tem a I&D no seu DNA, sobretudo no desenvolvimento da EntoGreen, marca registada que muitas vezes é apresentada como o nome da própria empresa. Apesar, do projeto empresarial da EntoGreen ter nascido em 2011, foi só em 2014 que foi possível criar uma empresa e se iniciou um programa de submissão de projetos e procura de financiamento para a realização de I&D, estando à data a empresa já instalada na Estação Zootécnica Nacional. Inicialmente o projeto previa o uso de um outro inseto (o Tenebrio molitor) e os objetivos eram essencialmente assentes na nutrição animal e humana. Contudo, em 2015 a empresa encon-

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tra um novo sócio e co-fundador, o Rui Nunes, que tinha ideias relativas ao uso de insetos bem diferentes mas que quando adicionadas às pré-existentes resultaram num contribuindo efetivo para a empresa, que passou a trabalhar com outra espécie de inseto (a mosca soldado negro) e com um maior foco na sustentabilidade ambiental. Desde então a Ingredient Odyssey fez um caminho essencialmente assente em I&D, subsistindo de financiamentos e de capitais próprios dos sócios, tendo 2016 sido marcado pela aprovação do primeiro projeto de I&D e que foi determinante para o seu percurso. Em 2019, depois de anos de investigação e de investimentos, a empresa vê a sua tecnologia reconhecida e inicia os esforços para financiar a implementação da primeira unidade industrial, iniciando 2020 com a submissão de um projeto ao Portugal 2020 no âmbito da inovação produtiva e que viria a tornar possível a concretização do principal objetivo da empresa.

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Almeirim vai acolher bloco logístico da

Mercadona

Almeirim vai acolher um bloco logístico da Mercadona para dar resposta à previsão de abertura de diversas lojas da cadeia espanhola, em Lisboa. O investimento, que deverá estar concretizado em 2023, dará resposta ao processo de expansão da empresa em Portugal.

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Mercadona, maior cadeia espanhola de supermercados, anunciou a assinatura do contrato que lhe vai permitir abrir, em 2023, um bloco logístico em Almeirim. Citado pelo Jornal de negócios, Juan Roig, Presidente da Mercadona, explicou que a infraestrutura responde à finalidade de suportar a expansão da marca no sul de Portugal, em particular no distrito de Lisboa, onde prevê abrir os primeiros supermercados em 2023. Vai também servir a zona Centro, o Alentejo, o Algarve e dar ainda apoio a Espanha, uma vez que muitas das mercadorias entram na Europa através dos portos portugueses. “Esta mega infraestrutura logística de 420 mil metros quadrados”, informa o Negócios, “será totalmente automatizada e terá uma capacidade projetada já para quando a marca tiver 150 lojas no país. Será dez vezes maior do que aquela que abriu em 2017 na Póvoa de Varzim para, dois anos depois, arrancar com a operação comercial no norte do país”. Pedro Miguel Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal de Almeirim,

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mostrou-se bastante satisfeito com o anúncio. “A Mercadona anunciou hoje o seu maior investimento em Portugal. A base logística que vai servir o país ficará no nosso concelho. Não posso divulgar, ainda, nem o investimento nem o número de postos de trabalho, mas posso garantir que este é um investimento que vai mudar o nosso tecido económico. Para além dos postos de trabalho diretos há ainda a contar os indiretos e esses, também, são muitos. Garanto que não estou a exagerar se disser que hoje é claramente um dia que vai ficar para a nossa história coletiva. Um dia que me deixa particularmente feliz tendo em conta que muito daquilo que fazemos no dia-a-dia não é visível e nem sempre tem este resultado fantástico”, referiu na sua página da rede social facebook. O anúncio deste investimento em solo ribatejano aconteceu no dia em que a Mercadona comunicou, desde Valência, os seus resultados e onde o investimento em Portugal – presente e futuro – foi fortemente esmiuçado. A Mercadona faturou 186 milhões de euros em 2020 nas 20 lojas que tem em Portugal, tendo

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gasto quase o dobro, 369 milhões de euros, a comprar produtos a fornecedores portugueses. Na apresentação dos resultados, o presidente da empresa, Juan Roig, traçou como objetivo para os próximos anos em Portugal a abertura de “cerca de 10 supermercados por ano”, estando previstos nove até ao final de 2021. A cadeia de supermercados deverá abrir a sua primeira loja em Lisboa daqui a dois anos, em 2023, tendo terminado 2020 com 20 supermercados

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instalados no norte do país. A cadeia de supermercados teve lucros de 727 milhões de euros em 2020, um aumento de 16,7% em relação a 2019, com as vendas a subirem 5,6%, para 26.932 milhões de euros, dos quais 186 milhões em Portugal. A Mercadona terminou o ano consolidando a sua posição como a empresa com mais empregados em Espanha, muito à frente do El Corte Inglés, tendo alcançado os 95.000 trabalhadores (93.300 em Espanha e 1.700 em Portugal).

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A empresa com sede em Valência tem 1.621 lojas em Espanha e 20 em Portugal e realizou durante o ano passado investimentos de 1.387 milhões de euros em Espanha e 113 milhões em Portugal. O presidente da Mercadona revelou que a faturação média em cada um dos supermercados que tem em Portugal é 10% superior à faturação média realizada em Espanha. A empresa indicou que vai continuar a impulsionar o seu plano de transformação 2018-2023 e, para isso, tem previsto

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investir 1.500 milhões de euros em 2021 (150 milhões de euros em Portugal), que destinará, principalmente, à abertura de 97 novos supermercados, 88 em Espanha e nove em Portugal. Entre outras coisas, vai ainda remodelar 88 supermercados e implantar uma nova secção de “pronto a comer” em outros 200 supermercados. A Mercadona conta criar “mais de 1.600 postos de trabalho estáveis e de qualidade” em 2021, 500 deles em Portugal. 

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Abrantes, Mação, Ourém e Vila Nova da Barquinha integram rede nacional de rede de espaços de coworking no Interior O Ministério da Coesão Territorial e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social lançaram no final de abril a primeira fase da rede nacional de espaços de coworking “Teletrabalho no Interior. Vida Local, Trabalho Global”. Abrantes, Mação, Ourém e Vila Nova da Barquinha são as localidades do distrito de Santarém que vão integrar a rede.

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estabelecimento destes espaços de coworking, previsto no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), vai contribuir para a dinamização dos territórios do Interior, facilitando a fixação e atração de pessoas e empresas, diminuindo a necessidade de deslocações e a consequente pegada carbónica e melhorando a qualidade de vida das populações do Interior, ao promover a conciliação entre vida profissional e familiar. Os acordos para a criação de uma rede de espaços de teletrabalho foram assinados no final de abril, com 16 municípios na região Norte, 23 na região Centro, três no Alentejo e 11 no Algarve, num total de 53, sendo que, desses, 40 devem estar “completamente operacionais até junho”. O distrito de Santarém vai, para

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já, receber quatro espaços de coworking, em Abrantes, Mação, Ourém e Vila Nova da Barquinha. Os espaços, disponibilizados pelas autarquias, vão estar devidamente equipados com computadores, impressoras e acesso à internet e vão ser divididos em áreas de diferentes tipologias, de forma a disporem de bancadas livres para diferentes períodos de ocupação, zonas privadas para videochamadas, áreas para reuniões e locais para a realização de apresentações ou ações de formação. Vão localizar-se em espaços centrais, próximos de serviços, espaços culturais ou destinados à prática de desporto. As Câmaras Municipais serão responsáveis pela divulgação destes espaços, através das respetivas páginas e redes sociais, publicando fotografias ou vídeos, para permitir a realização de visitas vir-

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tuais por parte de eventuais interessados, bem como toda a informação relativa às características do espaço, condições de utilização, calendário anual, horário de utilização e custo associado. O Governo compromete-se, através das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), a considerar a disponibilização de fundos europeus para, quando necessário, apoiar a contratação e a mobilidade de trabalhadores e comparticipar a adaptação física destes espaços, mas também a aquisição de mobiliário ou equipamento informático. O teletrabalho e o coworking assumem particular importância para os territórios do Interior na redução da assimetria geográfica de ofertas profissionais, democratizando as oportunidades entre as regiões de elevada densidade populacional e as de menor densidade. A rede agora constituída, alinhada com os objetivos do Programa de Valorização do Interior, pretende incentivar a fixação de pessoas no interior do país e promover a partilha de experiências e ideias entre trabalhadores de vários contextos e origens. A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, participou na assinatura dos acordos de cooperação, tendo sublinhado que estes espaços de teletrabalho estarão “abertos a trabalhadores de qualquer tipo de organização, incluindo da Administração Pública, permitindo a estas pessoas trabalhar a partir do Interior para todo o mundo”. “O objetivo também é que estes espaços sejam dentro do coração das cidades e das vilas para que estas pessoas possam ter acesso aos serviços e, por essa via, também estimular as economias locais”, acrescentou. O Governo propõe-se também a lançar um concurso público para dotar de banda larga os territórios do Interior que ficarem nas zonas brancas na sequência da implementação do 5G, com verbas do Portugal 2030. “Não podemos dizer às empresas e às pessoas que venham para aqui trabalhar e viver e, depois, não terem aquilo que hoje é um bem absolutamente essencial para se viver e trabalhar”, salientou. A criação desta rede de espaços de teletrabalho no interior tem um orçamento previsto de cerca de 20 milhões de euros.

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Apresentada versão final do

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Primeiro-Ministro António Costa e o Ministro do Planeamento, Nelson de Souza, apresentaram no passado dia 16 de abril, em Coimbra, a versão final do Plano de Recuperação e Resiliência.

“CONTAMOS COM TODOS OS PORTUGUESES PARA FAZER UM PORTUGAL MELHOR” ATRAVÉS DESTE PLANO O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que temos “de transformar o quadro de oportunidades que o Plano de Recuperação e Resiliência constitui numa realidade vivida que transforme o nosso País, tornando-o mais resiliente e ainda melhor colocado no processo de transição climática e de transição digital”. Discursando na apresentação do Plano,

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execução. Se falharmos estes prazos não vamos poder utilizar os recursos disponíveis. Por isso, é fundamental associarmo-nos coletivamente.”

em Coimbra, António Costa disse que “fazendo a projeção do impacto económico do Plano, em 2022, vamos poder atingir o nível de Produto Interno Bruto que tínhamos em 2019”, recuperando da queda acentuada de 2020, causada pela pandemia de Covid-19. “Com a execução do plano temos condições de, em 2026, chegar ao ponto onde estaríamos sem Covid, e de, a partir daí, irmos mais além e podermos chegar a 2030 melhor do que “se não tivesse havido Covid e a economia tivesse tido a sua evolução natural”. O Primeiro-Ministro destacou que “o sucesso deste plano depende de ele ser assumido como de execução descentralizada e desenvolvido em parceira com um conjunto diversificado de atores”, pois “temos 3 anos para assumir compromissos e mais 3 anos para lhes dar

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AUTARQUIAS E REGIÕES António Costa referiu que “os parceiros que vamos ter na execução do plano são, em primeiro lugar, as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, que disporão de cerca de 10% das verbas do plano”, tendo cada Governo Regional definido as suas prioridades». Os segundos parceiros “são as autarquias e as áreas metropolitanas, que vão ter um papel indispensável na execução de várias das componentes, desde logo pela prioridade que é dada ao acesso à habitação e, designadamente, ao programa 1.º Direito, que será executado de forma contratualizada para as autarquias darem execução às suas estratégias municipais de habitação”, bem como “na oferta pública de habitação a preços acessíveis”. “Serão também as autarquias que assumirão a execução da rede de cuidados de saúde primários”, que lhe serão entregues no processo de descentralização, tal como na área da mobilidade, em que “fruto da descentralização de competências nos transportes públicos para as autarquias e áreas metropolitanas, já são, e continuarão a ser, parceiros fundamentais no programa de descarbonização dos transportes públicos”. As autarquias serão também os pivots das “ações integradas para intervir em comunidades particularmente desfavorecidas, quer nas áreas metropolitanas, quer fora delas” e “nas novas áreas e equipamentos de resposta social”, em articulação com as Misericórdias, mutualidades e instituições particulares de solidariedade social (IPSS).Outra área fundamental de intervenção autárquica “é o desenvolvimento das áreas de localização empresarial no interior”, em que “foi feita a opção política de só financiar” as do interior, “para termos uma política ativa de maior coesão territorial e onde contamos com os municípios e as comunidades intermunicipais para liderarem o processo”. ECONOMIA SOLIDÁRIA O Primeiro-Ministro apontou como terceiros parceiros fundamentais as instituições da economia solidária e social (IPSS, cooperativas, mutualidades e misericór-

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dias), “com quem vamos desenvolver as redes de cuidados continuados integrados e de cuidados paliativos”. Será também com estas instituições que será desenvolvida “a nova geração de equipamentos e repostas sociais e a bolsa nacional de alojamento urgente e temporário para os sem-abrigo, as vítimas de violência doméstica, aos migrantes temporários, juntamente com as autarquias”, colaborando ainda “nas operações integradas de resposta às comunidades mais desfavorecidas”. SISTEMA CIENTÍFICO O quarto tipo de parceiros são as instituições do ensino superior e do sistema científico e tecnológico, “que são centrais no que diz respeito à qualificação dos recursos humanos” – os programas de incentivos para adultos, ou o Impulso Jovem Steam, que visa aumentar a qualificação superior para os jovens nas áreas das ciências, tecnologias, engenharias, artes e matemáticas –, “bem como o alojamento estudantil a custos acessíveis”, referiu. Estas instituições serão fundamentais, “no desafio que iniciámos no Portugal 2020 com o programa Interface, e que agora é reforçado, que é a transferência do conhecimento para o tecido empresarial para termos a adequada valorização desse conhecimento. O Plano prevê um reforço do programa Interface e abre um programa inovador que são as agendas ou alianças para a reindustrialização do País”. O Plano – que vai ser executado com o fim do Portugal 2020 e o arranque do Portugal 2030 – “não se deve limitar a repetir o que as sucessivas gerações de fundos comunitários já fazem”, disse, referindo que “em matéria de incentivos às empresas tivemos, no Portugal 2020, um total de 4700 milhões de euros; vamos ter no Portugal 2030 mais 5000 milhões de euros”. MUDAR PERFIL DA ECONOMIA O PRR terá “incentivos para os dois objetivos específicos da transição digital e da transição climática”, mas, o Governo que, sobretudo, “fazer uma coisa diferente: desafiar o ensino superior e o sistema científico a olharem para o produto da sua investigação consolidada e a estabelecerem consórcios com empresas para o transformarem de forma inovadora em

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Ministro do Planeamento, Nelson de Souza, na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, Assembleia da República, 28 abril 2021 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)

Empresas e municípios vão receber partes iguais do valor total do PRR O Ministro do Planeamento, Nelson de Souza, afirmou que as empresas, os municípios com o terceiro setor, e a administração central vão receber, em partes semelhantes, o valor total do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Numa audição parlamentar na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República, Nelson de Souza disse que as empresas vão receber cinco mil milhões de euros - 30% do valor total do PRR - a que se poderão somar empréstimos no valor de 2,3 mil milhões de euros. Os municípios e o terceiro setor, por sua vez, vão ficar responsáveis por executar 5.500 milhões de euros, ou seja, 33% do PRR. O Ministro afirmou também que quer que o PRR seja executado de forma célere, mas cuidada, em ter-

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mos de segurança e transparência das contas: “Temos agora de nos organizar para executar o plano de forma célere. Estamos a tomar as medidas e a preparar para que tudo possa correr, pelo menos, tão bem como até agora”, acrescentou. Nelson de Souza destacou ainda o facto de estarem em causa “dinheiros públicos que têm de ser utilizados para os objetivos destinados” e relembrou a criação da Comissão de Acompanhamento e da Comissão de Auditoria para acompanhar o processo de execução. “Todas as outras instituições também cumprirão as suas missões de monitorização, acompanhamento e fiscalização. Estou a referir-me, nomeadamente, à Assembleia da República e as outras instituições como o Tribunal de Contas”, afirmou.

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produtos que melhorem o perfil da nossa economia, através de novas indústrias de maior valor acrescentado”. O Primeiro-Ministro disse que “por isso, no quadro das áreas de ponta e de transição dos desafios climático e digital, definidas pela União Europeia, vamos trabalhar com o sistema científico e com as empresas para encontrar consórcios que possam por no mercado o conhecimento já desenvolvido”. “Gostaríamos que, nestes consórcios, também estivessem presentes as autarquias locais, para disponibilizar terreno ou instalações e para ajudar a territorializar estes focos de inovação e porque têm capacidade para ajudar a estabelecer pontes entre o sistema científico e o mundo empresarial”, afirmou. CASAMENTOS ENTRE CONHECIMENTO E INDÚSTRIA O Governo “conta que as autarquias e as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional” (as CCDR, “que agora têm nova legitimidade porque os presidentes são eleitos pelos autarcas da região”) “sejam os fatores de agregação e mobilização deste saber e capacidade de tradução em inovação empresarial e tecnológica”. António Costa sublinhou que “num país que, no ano passado, chegou à primeira liga europeia, classificando-se na tabela da Comissão Europeia como altamente inovador, não falta saber para projetos que estão à espera de um dote para o casamento com as empresas, para terem o seu desenvolvimento industrial”. “Este programa não é mais um incentivo, é diferenciador, é para fazer 4, 5, 6, 7, 8 projetos muito seletivos, mas que façam uma diferença significativa. Por isso alocámos ao programa das alianças mobilizadoras 1364 milhões de euros que poderão crescer, se até 2022 se revelar suficiente capacidade de absorção”, afirmou. APOIOS E ENCOMENDAS ÀS EMPRESAS O Primeiro-Ministro apontou as empresas como “os parceiros finais, mas não os últimos, na execução do plano”. Em primeiro lugar, as empresas terão “apoios direitos de 4900 milhões de euros, que poderão chegar a 7200 milhões”, “para as agendas e alianças mobilizadoras, para a capitalização, para o investimento (através do Banco de Fomento), para o emprego, para a transição digital, para a descarbonização da indústria, para proje-

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tos de produção de gases renováveis, para a bioeconomia, para eficiência energética dos edifícios de serviços”. Em segundo lugar, “há ainda outros investimentos de que as empresas são indiretamente as principais beneficiárias como as qualificações de recursos humanos – quando investimos seriamente no desenvolvimento das competências superiores nas ciências, tecnologias, engenharias, artes e matemáticas, estamos a criar recursos humanos mais qualificados que ajudarão a aumentar o potencial produtivo e a melhorar a sua produtividade”, disse. Em terceiro lugar, “há um investimento muito forte na redução de custos de contexto da mais diversa natureza”, exemplificando com “as infraestruturas críticas (como a estrada nacional 14 e as acessibilidades ao porto de Sines)” e “a área da justiça económica, uma das recomendações recorrentes da Comissão Europeia que vai agora ter resposta”. Em quarto lugar, “do conjunto deste Plano, há 11 mil milhões de euros para encomendas dirigidas às empresas. Quando falamos em habitação, vão ser encomendadas às empresas; quando falamos na digitalização da Administração Pública ou das empresas, são as empresas que vão desenvolver as aplicações e melhorar a infraestrutura; quando falamos em eficiência energética, são as empresas que vão substituir as janelas e as coberturas, e desenvolver e instalar os painéis solares; quando falamos na mobilidade, são a empresas que vão executar as obras dos metros de Lisboa e do Porto”. GOVERNAÇÃO António Costa anunciou que o prof. António Costa e Silva – que elaborou “uma visão estratégica do que deve ser o País a 10 anos”, para “termos um instrumento que assegurasse a coerência entre Portugal 2020, PRR e Portugal 2030 – vai presidir à comissão de acompanhamento do PRR. Esta comissão tem, “uma representação institucional” (os membros não governamentais do Conselho de Coordenação Territorial, como os autarcas, os presidentes dos Governos Regionais e das CCDR, representações dos Conselhos de Reitores das Universidades e do Institutos Politécnicos, do Conselho Económico e Social, os parceiros sociais), “e 10 personalidades que procurarão representar as diferentes áreas e dimensões deste PRR”. 

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Plano de Recuperação e Resiliência oficialmente entregue à Comissão Europeia O Governo submeteu já o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) à Comissão Europeia, através da plataforma informática oficial, sendo o primeiro Estado-Membro da União Europeia a concretizar a entrega da versão final. O draft do PRR foi entregue em Bruxelas a 15 de outubro. Após o período de interação entre o Governo e a Comissão, a nova versão do Plano foi submetida a consulta pública. O PRR agora oficialmente entregue integra o trabalho conjunto com a Comissão Europeia e os contributos resultantes da consulta públi-

ca. Segue-se o período de decisão sobre o documento pela Comissão Europeia e pelo Conselho EcoFin. O Governo espera que a decisão possa ocorrer durante até final de junho, ainda durante a Presidência Portuguesa da União Europeia. O montante financeiro do PRR ascende a 16 644 milhões de euros, dos quais 13 944 milhões de euros correspondem a subvenções. O Executivo tem em aberto a possibilidade de recorrer a um valor adicional de 2 300 milhões de euros em empréstimos.

Ministro do Planeamento, Nelson de Souza, submete o Plano de Recuperação e Resiliência à União Europeia, Lisboa, 22 abril 2021

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Resposta à crise do coronavírus

Comissão propõe isentar de IVA os bens e serviços essenciais distribuídos pela UE em tempos de crise A Comissão Europeia propôs isentar de imposto sobre o valor acrescentado (IVA) os bens e serviços que a Comissão Europeia e os órgãos e agências da UE disponibilizam aos Estados-Membros e aos cidadãos em tempos de crise.

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sta proposta responde à experiência adquirida durante a pandemia de COVID-19, que demonstrou, nomeadamente, que o IVA cobrado sobre algumas operações constitui um fator de custo nas operações de contratação pública que sobrecarrega orçamentos limitados. Por conseguinte, a iniciativa proposta permitirá maximizar a eficiência dos

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fundos da UE utilizados no interesse público para responder a crises, como catástrofes naturais e emergências de saúde pública. Reforçará igualmente os órgãos de gestão de catástrofes e de crises a nível da UE, como os abrangidos pela União da Saúde da UE e pelo Mecanismo de Proteção Civil da UE. Uma vez em vigor, as novas medidas permitirão à Comissão e às outras agências e órgãos da UE importar e adquirir

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bens e serviços isentos de IVA quando estes se destinarem a ser distribuídos no contexto de uma resposta de emergência na UE. Os destinatários podem ser Estados-Membros ou terceiros, como autoridades ou instituições nacionais (por exemplo, um hospital, uma autoridade nacional de saúde ou de resposta a catástrofes). Os bens e serviços abrangidos pela isenção proposta incluem, por exemplo:

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• Testes de diagnóstico e material de testagem, bem como equipamento de laboratório; • Equipamento de proteção individual (EPI), como luvas, respiradores, máscaras, batas, produtos e equipamento de desinfeção; • Tendas, camas de campanha, vestuário e alimentos; • Equipamento de busca e salvamento, sacos de areia, coletes salva-vidas e barcos insufláveis; • Antimicrobianos e antibióticos, antídotos contra ameaças químicas, tratamentos para lesões por radiações, antitoxinas, comprimidos de iodo; • Produtos derivados do sangue ou anticorpos; • Aparelhos de medição de radiação; • D e s e n v o l v i m e n t o , p ro d u ç ã o e aquisição de produtos necessários, atividades de investigação e inovação, constituição de reservas estratégicas de produtos; licenças no domínio farmacêutico, centros de quarentena, ensaios clínicos, desinfeção de instalações, etc. Paolo Gentiloni, comissário responsável pela Economia, declarou que “a pandemia de COVID-19 ensinou-nos que estas crises são multifacetadas e têm um amplo impacto nas nossas sociedades. É essencial uma resposta rápida e eficaz,

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e temos de dar a melhor resposta agora para nos prepararmos para o futuro. A proposta hoje apresentada apoia o objetivo da UE de reagir a crises e emergências na UE. Também permitirá maximizar o impacto financeiro dos esforços de ajuda de emergência a nível da UE para combater a pandemia e apoiar a recuperação”. PRÓXIMAS ETAPAS A proposta legislativa, que irá alterar a Diretiva IVA, será agora apresentada ao Parlamento Europeu, para parecer, e ao Conselho, para adoção. CONTEXTO A pandemia de COVID-19 pôs em evidência a importância de uma preparação e de uma resposta coerentes, decisivas e centralizadas a nível da UE em tempos de crise. No contexto da pandemia de COVID-19, a Comissão von der Leyen já definiu planos para reforçar a preparação e a gestão da UE perante as ameaças sanitárias transfronteiriças e apresentou os pilares de uma União Europeia da Saúde mais forte. Ao mesmo tempo, a Comissão propôs o reforço da cooperação entre os Estados-Membros da UE através do Mecanismo de Proteção Civil da UE, a fim de melhorar as respostas a futuras catástrofes naturais

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ou de origem humana. Por exemplo, no contexto da nova União Europeia da Saúde, a Comissão anunciou a criação da Autoridade de Resposta a Emergências Sanitárias (HERA), a fim de mobilizar rapidamente as medidas de reação, médicas e outras, mais avançadas em caso de emergência sanitária, abrangendo toda a cadeia de valor desde a conceção até à distribuição e utilização. A UE já tomou medidas no domínio da fiscalidade e das alfândegas para apoiar a luta contra a pandemia de COVID-19 e a recuperação da crise que a mesma provocou. Em abril de 2020, a UE acordou em isentar de taxas aduaneiros e de IVA as importações de máscaras e outros equipamentos de proteção necessários para combater a pandemia. Esta isenção mantém-se em vigor e está prevista a sua prorrogação. Em dezembro de 2020, os Estados-Membros da UE chegaram a acordo sobre novas medidas propostas pela Comissão para permitir uma isenção temporária de IVA para as vacinas e os kits de teste vendidos a hospitais, médicos e particulares, bem como para os serviços estreitamente conexos. Ao abrigo da diretiva alterada, os Estados-Membros podem, se assim o entenderem, aplicar taxas reduzidas ou taxas zero tanto às vacinas como aos kits de teste. 

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INFORMAÇÃO&APOIO

NextGenerationEU

Comissão prepara-se para mobilizar até 800 mil milhões de euros para financiar a recuperação

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Comissão anunciou a 14 de abril ter tomado medidas para garantir que os empréstimos para financiar o instrumento temporário de recuperação, NextGenerationEU, serão contraídos nas condições mais vantajosas para os Estados-Membros e para os seus cidadãos. A Comissão seguirá uma estratégia de investimento diversificada para mobilizar cerca de 800 mil milhões de euros, a preços correntes, até 2026. Em consonância com as boas práticas dos emitentes soberanos, esta abordagem permitirá à Comissão obter os fundos necessários de forma simples e eficiente. Além disso, atrairá investidores para os mercados europeus e reforçará o papel internacional do euro. Johannes Hahn, comissário responsável pelo Orçamento e Administração, declarou que “o NextGenerationEU é um ponto de viragem para os mercados de capitais europeus. Revelamos hoje o mecanismo que injetará o combustível para alimentá-lo. Esta estratégia de financiamento materializará a contração de empréstimos NextGenerationEU, a fim de dispormos de todos os instrumentos necessários para iniciar a recuperação social e económica e promover o nosso crescimento verde, digital e resiliente. A mensagem é clara:

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assim que a Comissão for legalmente autorizada a contrair empréstimos, estaremos prontos para avançar!” CONTRAIR EMPRÉSTIMOS PARA FINANCIAR A RECUPERAÇÃO O NextGenerationEU, peça central da resposta da UE à pandemia de COVID-19, será financiado por via de empréstimos contraídos nos mercados de capitais. Até ao final de 2026, serão mobilizados até cerca de 800 mil milhões de euros. Tal corresponderá à contração de empréstimos no valor aproximado de 150 mil milhões de euros por ano, em média, o que tornará a UE num dos maiores emitentes em euros. Todos os empréstimos contraídos serão reembolsados até 2058. Embora a Comissão já tenha contraído empréstimos noutras ocasiões — para apoiar Estados-Membros e países terceiros — os volumes, a frequência e a complexidade dos empréstimos associados ao NextGenerationEU exigiram uma mudança fundamental da abordagem aos mercados de capitais. A nossa estratégia de financiamento diversificada responderá a estas novas necessidades, permitindo à Comissão mobilizar todos os fundos necessários nas condições mais vantajosas para os Estados-Membros e para os seus cidadãos.

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A ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO DIVERSIFICADA VISTA DE RELANCE Uma estratégia de financiamento diversificada combina o recurso a diferentes instrumentos e técnicas de financiamento com uma comunicação aberta e transparente aos participantes no mercado. A estratégia delineada pela Comissão combinará: • Uma decisão anual relativa ao volume dos empréstimos a contrair e uma comunicação semestral sobre os principais indicadores do plano de financiamento, a fim de oferecer transparência e previsibilidade aos investidores e a outras partes interessadas; • Relações estruturadas e transparentes com os bancos que apoiam

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o programa de emissão (por via de uma rede de corretores principais); • M ú l t i p l o s i n s t r u m e n t o s d e financiamento (obrigações de médio e longo prazo, algumas das quais serão emitidas como obrigações verdes NextGenerationEU, e instrumentos financeiros de curto prazo da UE, as chamadas EU bills) para manter a flexibilidade em termos de acesso ao mercado e gerir as necessidades de liquidez e o perfil de vencimento; • Uma combinação de leilões e transações agrupadas, para garantir um acesso eficiente em termos de custos ao financiamento necessário em condições vantajosas. As operações de contração de

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empréstimos serão realizadas no âmbito de um quadro de governação sólido, que assegurará uma execução coerente e consistente. A Comissão continuará a coordenar a sua ação com outros emitentes, incluindo os Estados-Membros e emitentes supranacionais. VALOR ACRESCENTADO DE UMA ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO DIVERSIFICADA A estratégia de financiamento diversificada ajudará a Comissão a alcançar dois objetivos principais: atender às grandes necessidades de financiamento do NextGenerationEU e obter os baixos custos e baixos riscos de execução desejados, no interesse de todos os Estados-Membros e dos seus cidadãos:

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• Ao recorrer a uma vasta gama de prazos de vencimento e instrumentos e ao tornar as operações de financiamento mais previsíveis, a Comissão garantirá uma maior capacidade de absorção do mercado. A possibilidade de leiloar dívida tornará as operações de financiamento ainda mais eficientes, o que contribuirá para atender às grandes necessidades de financiamento; • Ao permitir flexibilidade para decidir quando executar operações de financiamento e quais as técnicas ou instrumentos de financiamento a utilizar, a Comissão obterá os baixos custos e baixos riscos de execução desejados, no interesse de todos os Estados-Membros.

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PRÓXIMAS ETAPAS Na sequência do pacote adotado, a Comissão avançará com uma série de medidas para materializar a estratégia de financiamento diversificada, incluindo: • Criar uma rede de corretores principais. Em consonância com as práticas de emitentes comparáveis, a Comissão criará uma rede de corretores principais para facilitar a realização eficiente de leilões e transações agrupadas, apoiar a liquidez nos mercados secundários e assegurar a colocação da nossa dívida junto da maior base possível de investidores. O formulário de candidatura e as condições gerais de participação serão publicados brevemente; • Publicar a primeira decisão anual de contração de empréstimos (e a decisão de financiamento conexa) e o primeiro plano de financiamento do NextGenerationEU. A fim de assegurar uma comunicação transparente com os mercados, a Comissão adotará a sua primeira decisão anual de contração de empréstimos e publicará as informações relacionadas com o seu primeiro plano de financiamento antes do início da contração de empréstimos NextGenerationEU, prevista para o próximo verão (o calendário está dependente da aprovação da Decisão Recursos Próprios por todos os Estados-Membros, o que habilitará a Comissão a contrair e m p ré s t i m o s p a r a f i n a n c i a r o NextGenerationEU). Assim que a Decisão Recursos Próprios entrar em vigor, poder-se-á dar início às operações de contração de empréstimos. Os planos de financiamento serão posteriormente atualizados de seis em seis meses.

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NEXTGENERATIONEU O NextGenerationEU é uma peça central da resposta da UE à crise da COVID-19 e visa apoiar a recuperação económica e ajudar a construir um futuro mais ecológico, mais digital e mais resiliente. A UE aprovou este instrumento como parte de um pacote de estímulo num montante superior a 2 biliões de euros, a preços correntes (ou 1,8 biliões de EUR, a preços de 2018), que inclui igualmente o orçamento de longo prazo para 2021-2027. O elemento central do NextGenerationEU é o Mecanismo de Recuperação e Resiliência — um instrumento que concederá subvenções e empréstimos para apoiar reformas e investimentos nos Estados-Membros, num valor total de 723 800 milhões de euros, a preços correntes. O NextGenerationEU reforçará igualmente vários programas da UE. Para financiá-lo, a UE contrairá empréstimos nos mercados de capitais. O reembolso será efetuado num horizonte de longo prazo, até 2058, evitando, assim, uma pressão imediata sobre as finanças nacionais dos Estados-Membros e permitindo que estes concentrem os seus esforços na recuperação. Para ajudar a reembolsar os empréstimos contraídos, a UE equacionará a introdução de novos recursos próprios (ou fontes de receitas) no orçamento da UE, além dos já existentes.

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A UE COMO MUTUÁRIO A Comissão Europeia, atuando em nome da UE, é um participante de longa data nos mercados de capitais. Ao longo dos últimos 40 anos, a Comissão Europeia tem gerido vários programas de concessão de empréstimos para apoiar Estados-Membros e países terceiros. No ano passado, a Comissão começou igualmente a contrair empréstimos para financiar o SURE, um instrumento com orçamento de até 100 mil milhões de EUR, que visa ajudar a proteger o emprego e manter as pessoas no mercado de trabalho. Até à data, obteve 75 % dos fundos SURE da UE por meio de seis emissões plenas de êxito, o que lhe permitiu financiar empréstimos aos Estados-Membros em condições muito vantajosas. Todas estas operações de concessão de empréstimos foram financiadas com base em empréstimos recíprocos, maioritariamente por via da emissão de obrigações agrupadas. 

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Equitação Portuguesa

entra no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial

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Equitação Portuguesa está agora inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, destacando a “importância” da modalidade enquanto “reflexo da identidade” da comunidade envolvente e pela sua “profundidade” histórica. O anúncio da inscrição foi já publicado em Diário da República (DR) pela Direção-Geral do Património Cultural, tendo sido proponente a Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano (APSL). João Ralão Duarte, Secretário-geral da APSL, disse à agência Lusa que a equitação portuguesa “é uma equitação tradicional que ajudou muito no desenvolvimento e seleção do nosso cavalo [Puro-Sangue Lusitano], pelo que achamos que tem todo o interesse em colocá-la como Património Mundial, através de uma candidatu-

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ra à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)”. O responsável acrescentou que este é o “primeiro passo” para lançar uma candidatura à UNESCO, sendo a publicação do anúncio em DR, um “grande e importante avanço” nesse sentido, bem como “uma vitória” do grupo de trabalho, liderado por João Costa Ferreira. “Este é um trabalho não só da APSL, é um trabalho conjunto com o Parques de Sintra-Monte da Lua e com a Feira Nacional do Cavalo, na Golegã (Santarém), pois a Câmara da Golegã também está interessada neste projeto”, indicou ainda João Ralão Duarte. “Para nós [inscrição no inventário] tem todo o interesse, porque há uma ligação ao Cavalo Lusitano, há uma ligação à nossa equitação, há uma ligação à seleção do nosso cavalo e à forma como está a obter neste momento sucessos desportivos a nível mundial”, acrescentou.  SUGESTÃO VIVER O TEJO VISITE A GOLEGÃ, CAPITAL NACIONAL DO CAVALO WWW.VIVEROTEJO.PT

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Iniciativa assenta na dinamização de processos de cocriação

NERSANT coopera com IPSantarém para dinamização do Programa de Inovação Seekers & Solvers

A NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém vai cooperar com o Instituto Politécnico de Santarém na identificação de desafios, constrangimentos e oportunidades das empresas que possam ser trabalhados no âmbito do Programa de Inovação Seekers & Solvers. O protocolo entre as duas entidades foi assinado na tarde do dia 21 de abril e prevê ainda a colaboração da associação empresarial na implementação e promoção do projeto junto do tecido empresarial. Com o objetivo de se abrir ao exterior, promover e criar condições que permitam aos docentes a melhoria da qualidade, da eficácia e da eficiência das suas práticas pedagógicas, através do uso de novas ferramentas e novos métodos, e preparar os alunos para melhor entenderem as necessidades da sociedade, possibilitando a sua par-

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ticipação no desenvolvimento de soluções para desafios reais das empresas e organizações, o IPSantarém iniciou a implementação do Seekers & Solvers, p ro g r a m a d e i n o v a ç ã o p e d a g ó g i c a assente na dinamização de processos de cocriação. A NERSANT, pela sua larga experiência no desenvolvimento de projetos de fomento da inovação junto das empresas, quer pelo conhecimento dos desafios que as empresas enfrentam de uma forma geral, foi convidada pelo IPSantarém a associar-se ao projeto, o que veio a ser formalizado no dia 21 de abril, com a assinatura de um protocolo de colaboração para a implementação e promoção do programa junto das suas empresas associadas. O documento, assinado pelo presidente da Direção da NERSANT, Domingos Chambel, e pelo Presidente do Instituto

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Politécnico de Santarém, João Moutão, prevê, para além do apoio na dinamização e divulgação do projeto, a cooperação da associação na identificação de desafios, constrangimentos e oportunidades das empresas que possam ser trabalhados no âmbito do Programa de Inovação Seekers & Solvers. Paralelamente à assinatura do protocolo – que vigora durante 3 anos – o IPSantarém deu a conhecer o Programa de Inovação, bem como alguns dos processos de cocriação já em curso neste semestre. Em setembro será aberto um novo período para a receção de desafios por parte das organizações externas que queiram participar. Este programa é a primeira iniciativa do Seekers & Solvers, Programa de Inovação do IPSantarém, que até junho de 2023 será financiado pelo Compete2020 no âmbito do projeto LinkMe Up.

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Almouroltec anuncia chegada do novo myPTisp A PTisp, nome comercial da empresa Almouroltec - Serviços de Informática e Internet, Lda., de Constância, acaba de reforçar o seu compromisso com o cliente, através do lançamento do novo myPTisp, área reservado do cliente que foi alvo de melhorias. De acordo com a empresa, “o novo myPTisp , isto é, a sua área reservada, foi pensado e renovado de forma a proporcionar-lhe a melhor experiência possível, apresentando diversas melhorias, bem como um visual totalmente renovado”, começou por referir, acrescentando que “o lançamento do novo myPTisp é o reflexo de todo o crescimento enquanto marca e fruto da experiência de vários anos de atuação no mercado. Trata-se de um projeto que envolveu um trabalho em conjunto com toda a equipa, meses de pesquisas exaustivas do mercado, bem como a escuta ativa dos nossos clientes e das suas necessidades”. A empresa reforçou ainda que o myPTisp é o ponto de partida para a gestão administrativa dos serviços e tarefas dos seus clientes, como consulta e alterações de dados pessoais, consulta de serviços, faturação, subscrição e renovação de serviços e extras, gestão de domínios, entre muitos outras funcionalidades que estão sempre disponíveis. “Como tal, criámos

uma nova área reservada para si, a qual assenta nos princípios orientadores da nossa comunicação e que é simples e intuitiva, tendo sido desenhada a pensar na experiência do utilizador e na usabilidade”, revelou a empresa. Ao nível das permissões dos subcontactos, comunicou ainda a empresa, foi introduzida uma alteração que poderá ter impacto ao nível da Gestão de Produtos e Serviços, Domínios, Financeiro e Suporte. Por isso, a PTisp recomenda a revisão “das permissões de forma a que os utilizadores mantenham acesso às ferramentas pretendidas”. Design totalmente renovado e alinhado com a imagem da PTisp; melhor experiência de utilizador e usabilidade, sendo também mais adaptada a dispositivos móveis; tours interativas com ajuda para melhor navegação e perceção das funcionalidades existentes; dashboard na home que lhe permite visualizar e aceder, de forma organizada, aos serviços ativos e efetuar procura rápida por pagamento, serviço, domínio, ticket, aceder à sua conta, criar ticket, solicitar migração, aceder ao livechat, subscrever serviço, gerar CSR, consultar Tier, etc;

Introdução de Marketplace (“Comprar”) para possibilitar a compra de serviços no próprio myPTisp; Login permite autenticação com 2 fatores (2FA); Introdução de partilha de sessão com o website, devendo para isso, selecionar a opção “Manter sessão iniciada” no login; EPP Key para todos os domínios; Possibilidade de Gestão de Cloud Storage; Possibilidade de criar PFX para Certificados SSL; Ver métricas dos Servidores Dedicados, VPSe Cloud; Solicitação de reinstalação de Servidores Dedicado; entre outras, são algumas das novidades em destaque no novo MyPTisp. De referir que a PTisp conta com mais de 19 anos de mercado e é o Hosting Provider de Referência 100% português. O seu caminho tem sido pautado pela sua constante evolução, a qual assenta na estabilidade com que atua e se posiciona no mercado, bem como na prestação dos seus serviços. A empresa de Constância tem como atividade o registo de domínios, alojamento de websites e housing de servidores.

Zone Soft + REDUNIQ: a revolução nos pagamentos para restauração, retalho e mobilidade Com novo terminal de pagamentos REDUNIQ Smart, as empresas do setor da restauração, retalho e mobilidade já podem faturar com todos os meios de pagamento integrados em qualquer lugar. A integração dos softwares ZS rest App e o ZS MOBILE, da empresa do Entroncamento Zone Soft, com os meios de pagamento aceites no terminal da REDUNIQ, permite que os negócios ganhem uma flexibilidade única, uma vez que as empresas podem não só faturar e aceitar pagamentos em qualquer lugar, ao mesmo tempo que têm acesso a toda a informação de faturação e gestão sincronizada na Cloud Zone Soft e num backoffice web para gerir o seu negócio remotamente.

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“Com esta solução integrada, o restaurador ou o lojista poupará imenso tempo no pedido de conta por parte do cliente, uma vez que este terminal, totalmente integrado com o software da Zone Soft, passará a fazer todas as operações: consulta de conta, programa de fidelização, pagamento e emissão de fatura. Melhora-se assim o tempo de ciclo de atendimento e a experiência do cliente!”,

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esclareceu a Zone Soft, no seu portal. Os interessados em conhecer de perto este serviço podem consultar o portal https:// www.reduniqzs.com/. De referir que a Zone Soft é uma empresa do Entroncamento dedicada ao desenvolvimento de vários produtos de software para a área de restauração e bebidas, comércio em geral e mobilidade.

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TRIGÉNIUS galardoada com Small & Medium Market Award pela PRIMAVERA A empresa de Fátima TRIGÉNIUS foi galardoada pela PRIMAVERA, entre os 500 parceiros que constituem o leque de empresas responsáveis por representar a marca nos diversos mercados (Portugal, Angola, Moçambique, Cabo-verde), na categoria Small & Medium Market Award, tendo sido distinguida pela performance e índices de satisfação de clientes. O galardão foi atribuído no PRIMAVERA Partner Awards, organizado pela PRIMAVERA, evento de reconhecimento do envolvimento e trabalho dos parceiros em áreas estratégicas para o desenvolvimento do negócio, através da atribuição de prémios e estatutos que refletem resultados. Em formato digital e com transmissão em direto, Jorge Galhispo, Administrador e Gestor da Unidade de Sistemas de Gestão da TRIGÉNIUS, manifestou a satisfação pela conquista e focou, no seu discurso, o agradecimento a toda a equipa pela dedicação e união, fatores que permitem à empresa continuar a ser reconhecida pelos parceiros e clientes. Idalina Sousa, diretora de marketing da tecnológica, destaca

este momento, realçando a importância do canal de parceiros para o sucesso da marca: “Este evento é um momento muito importante para toda a comunidade PRIMAVERA, na medida em que os parceiros são fundamentais para a nossa evolução, são a nossa extensão no mercado e a garantia de levarmos às empresas soluções diferenciadoras. Por essa razão, é com enorme satisfação que homenageamos os

nossos parceiros que se destacaram no ano anterior, reconhecendo todo o seu mérito, por um lado, mas também incentivando a melhoria contínua do nosso Canal.” No âmbito da atribuição deste galardão, a TRIGÉNIUS aproveitou a oportunidade para “agradecer a todos os colaboradores, clientes e à PRIMAVERA. Estamos cá para continuar a responder com sucesso a todos os desafios”.

Centro de Frutologia Compal com inscrições abertas para empreendedores frutícolas A Academia do Centro de Frutologia Compal concentra as iniciativas de formação deste centro, apostando no reforço das competências técnicas e de gestão da nova geração de fruticultores. Com uma forte componente prática, transmite os conhecimentos que suportam a prática sustentável da fruticultura, divulga as melhores práticas no âmbito da produção e gestão agrícola e promove o networking incentivando a colaboração e a criação ou reforço de parcerias no setor. A fase de candidaturas à Academia 2021 decorre até 30 de julho de 2021. Podem candidatar-se empreendedores que pretendam criar ou expandir o seu negócio frutícola, sendo que os projetos devem incidir em, pelo menos, uma das seguintes frutas: Alperce, Ameixa,

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Ameixa Rainha-Cláudia, Amora, Cereja, Clementina, Dióspiro, Figo, Figo da Índia, Framboesa, Groselha, Laranja, Limão, Kiwi, Maçã, Marmelo, Melancia, Melão, Meloa, Mirtilo, Morango, Pêssego, Pera Rocha e/ou Romã. Do

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total de candidaturas, serão escolhidos os projetos de 12 empreendedores para participar na Academia, sendo que os cinco melhores recebem uma bolsa de 20 mil euros após o final do programa de formação. As candidaturas devem ser apresentadas até ao dia 30 de julho, através do Formulário de Candidatura à Academia 2021 do Centro de Frutologia Compal. O preenchimento do formulário de candidaturas deve ser antecedido pela leitura do Regulamento da Academia 2021 e acompanhado pelo Guia de Preenchimento do Formulário de Candidaturas à Academia 2021. Para mais informações ou inscrições, os interessados devem consultar a Academia do Centro de Frutologia Compal em https://centrofrutologiacompal.pt/ academia/.

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Novas empresas incubadas na Startup Ribatejo apresentaram-se em sessão de networking online

As novas empresas incubadas nas startups da NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, apresentaram-se em sessão de networking online, na tarde do dia 8 de abril. O evento teve como objetivo dar a conhecer e impulsionar os novos negócios da região, bem como promover um melhor relacionamento entre toda a comunidade empreendedora regional. O apoio ao empreendedorismo e criação de empresas na região do Ribatejo tem sido desde sempre uma prioridade da NERSANT, que tendo vindo a trabalhar na criação de infraestruturas de incubação e aceleração adequadas a novos projetos empresariais. No âmbito desta estratégia, que a associação pretende que conflua na Startup Ribatejo, rede inter-regional de apoio ao empreendedorismo liderada pela associação empresarial, que conta já com a Startup Santarém, a Startup Ourém e a protocolada Startup Rio Maior, a funcionar no CNIRM – Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior, foram apresentadas em sessão online 9 novas empresas com instalação nestas infraestruturas.

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António Campos, Presidente da C o m i s s ã o E x e c u t i v a d a N E R S A N T, acolheu virtualmente todos os participantes na sessão, tendo dado as boas-vindas às novas empresas instaladas nas startups que a associação gere. O responsável da NERSANT referiu que está em marcha a criação do site da Startup Ribatejo, que vai reunir todas as empresas incubadas nas infraestruturas de apoio ao empreendedorismo da associação. Deu ainda a conhecer a Feira do Empreendedorismo, Emprego e Formação, que vai decorrer durante todo o mês de maio, e onde as empresas com instalação na Startup Ribatejo podem participar gratuitamente. Logo de seguida, cada uma das 9 empresas pôde apresentar o seu negócio a todos os participantes. A Startup Santarém deu a conhecer a empresa Actif, cuja atividade se dedica ao exercício físico e cognitivo para idosos em instituições e em cuidados domiciliários, a Here & Now Agency, agência de Marketing Digital, Paradoxo Futurista, empresa de inovação tecnológica focada na transformação e desenvolvimento de soluções digitais de apoio à

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gestão de eventos ao vivo, Bagagem de Sol, dedicada à gestão de alojamentos turísticos, e, por fim, a e-Green Cart, centrada em atividades de programação Informática. Da Startup Ourém apresentaram-se a doMore, plataforma digital, disponível em formato web e app mobile que incentiva e recompensa todos os utilizadores sempre que façam exercício físico, a Hexon powersports, dedicada ao desenvolvimento e comercialização de motos e buggys elétricos e a Felling Brand Studio, posicionada na área da Comunicação, Marketing e Design. O CNIRM - Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior, deu a conhecer a empresa Ontrisports Solutions Lda., dedicada a serviços de assessoria desportiva. No final das apresentações, a foram dadas a conhecer, pela F. Rego e NERSAN T Seguros, soluções de seguros para novas empresas. Neste painel, foi enfatizado o serviço de consultoria com programa dedicado e específico para os membros da Startup Ribatejo e que pretende que ajudar as empresas a passar de startups para scale-ups.

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Certame digital inaugurou dia 1 de maio

105 expositores e 707 produtos e serviços em exposição na Feira do Empreendedorismo, Emprego e Formação Inaugurou dia 1 de maio a Feira do Empreendedorismo, Emprego e Formação, iniciativa da NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém que tem como objetivo de promover os negócios das startups da região, mas também de empresas com processos de recrutamento em curso e entidades e empresas ligadas à inserção e qualificação profissional. O certame conta com 105 expositores, num total de 707 produtos e serviços em destaque.

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om o objetivo de promover os negócios, produtos e serviços das empresas da região, a NERSANT tem vindo a apostar na realização de certames digitais. Na sequência desta estratégia, já foi inaugurada a segunda edição da Feira do Empreendedorismo, Emprego e Formação, como forma de promover o empreendedorismo regional, o emprego e a formação profissional. O objetivo do certame é, desta forma, dar a conhecer as novas empresas da região do Ribatejo, bem como empresas com processos de recrutamento em curso e empresas / entidades que trabalhem na área dos recursos humanos, com atividades ligadas, por exemplo, à prestação de serviços de inserção e qualificação profissional, promovendo-se, desta forma, negócios, emprego e conhecimento. O certame – que estará online durante todo o mês de maio – conta com a participação de 105 expositores, num total de 707 produtos e serviços representados no portal, e que podem ser consultados em https://compronoribatejo.pt/feira/1-

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-feira-empreendedorismo-emprego-e-formacao. A feira é de acesso livre e pode ser visitada sem necessidade de registo. Para além de startups e empresas da região, participam de igual modo no certame diversos Municípios, através dos respetivos Gabinetes de Empreendedorismo ou Apoio a Empresas, e também CLDS da região. À s e m e l h a n ç a d o s a n t e r i o re s certames digitais, cada empresa / entidade participante tem direito a um espaço próprio, onde pode apresentar-se, bem como criar um catálogo de produtos e serviços, que ficará acessível a todos aqueles que visitem o espaço virtual. É possível entrar em contacto direto com cada um dos expositores através deste portal. Integra ainda o programa da feira a realização de diversos webinares temáticos de interesse para os empreendedores. Para mais informações ou inscrições nos certames previstos para 2021, as empresas interessadas devem abordar o Departamento de Associativismo, Marketing e Eventos da NERSANT através dos contactos dame@nersant.pt ou 249 839 507. 

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CICLO DE WORKSHOPS

PROGRAMA GRUPO TEMÁTICO: “ADAPTE O SEU NEGÓCIO PARA A ERA PÓS-COVID-19” ORADOR: NERSANT “DIAGNÓSTICO, IDENTIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS E RECURSOS INTERNOS” 17 DE MAIO, 14H30 “MUDANÇA NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E MANUTENÇÃO DO RELACIONAMENTO” 19 DE MAIO, 14H30 “CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO: NOVAS TENDÊNCIAS” 24 DE MAIO, 14H30 “A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL” 26 DE MAIO, 14H30 --“MEDIDAS DE APOIO AO EMPREGO E EMPREENDEDORISMO” 20 DE MAIO, 15H00 ORADOR: IEFP “SOLUÇÕES DE FINANCIAMENTO PARA STARTUP’S” 27 DE MAIO, 15H00 ORADOR: GARVAL, NOVO BANCO, BANCO MONTEPIO E MILLENNIUM BCP “NEGÓCIOS NO RIBATEJO ENTRE EMPRESAS DA REGIÃO” 31 DE MAIO, 14H30 ORADOR: NERSANT

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Maria Lúcia da Piedade Marques

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Empresário fundou com o pai a empresa Mendes Gonçalves

Carlos Mendes Gonçalves foi finalista do prémio EY Entrepreneur Of The Year Portugal 2020 O empresário por detrás da empresa da Golegã Mendes Gonçalves, responsável pela conhecida marca Paladin, foi um dos finalistas do prémio EY Entrepreneur of The Year 2020.

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arlos Mendes Gonçalves era um jovem com apenas 16 anos e ainda menos opiniões sobre gestão quando decide o lugar do seu futuro e começa a acompanhar o pai na empresa. Na Mendes Gonçalves e Filhos, Lda., o percurso faz-se, desde 1982, de uma forma original, com um produto nada óbvio: vinagre de figo feito a partir do fruto cultivado pelos produtores locais. A empresa manteve desde o tempo da gestão paterna, como ponto de honra, o compromisso com a Golegã e com a sua gente, ancorando na região uma das fábricas mais modernas da Europa, uma das mais procuradas pelas principais marcas de distribuição, e a selecionada como a fornecedora certificada por algumas das maiores marcas do mundo”. Esta a descrição encontrada no portal

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da Mendes Gonçalves e que conta, de forma breve, a história desta empresa, que desde sempre tem primado pela inovação e empreendedorismo. Foi este percurso, bem como a forma como incorpora a inovação e empreendedorismo na sua empresa, que levou Carlos Mendes Gonçalves a integrar a limitada lista de cinco finalistas do prémio EY Entrepreneur of The Year 2020. O EY Entrepreneur Of The Year™ é um programa global único que reconhece a realização empreendedora entre indivíduos e empresas que demonstram visão, liderança e sucesso — e trabalham para melhorar a qualidade de vida da sociedade, dos países e do mundo. O prémio celebra aqueles que, contra todos os obstáculos, tiveram a resiliência, a tenacidade e a capacidade de liderança para transformar a sua visão num negócio

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sustentável, com impacto económico e social. A distinção destina-se, assim, a reconhecer o mérito dos empreendedores que tiveram a capacidade de transformar um sonho em realidade, criando novos negócios ou liderando transformações significativas nas empresas, promover casos de empreendedorismo, ilustrando boas práticas, exemplos de inovação ou de capacidade de gestão e promover casos de sucesso de empreendedorismo nacional, reconhecendo o contributo dos empreendedores para a comunidade. Tendo-se iniciado nos EUA em 1986, o sucesso da iniciativa resultou em novas edições regionais e nacionais, sendo já organizado em 145 cidades de mais de 60 países, com um total de cerca de 10.000 candidaturas por ano. A longevidade do EOY reflete a importância que a EY atribui aos empreendedores como fonte de inovação, emprego e crescimento económico. A escala global do programa torna-se mais visível no EY World Entrepreneur Of The Year, que reúne no Mónaco os vencedores de cerca de 60 países. Para os participantes, este é um momento especial de celebração do seu sucesso enquanto empreendedores, sendo entronizados numa comunidade global que lhes abre novas oportunidades de negócio. EY ENTREPRENEUR OF THE YEAR EM PORTUGAL A cada dois anos, a EY Portugal desafia os empreendedores nacionais para que apresentem o seu percurso de vida a um júri independente, competindo pela oportunidade de representar Portugal no EY World Entrepreneur Of The Year. Em Portugal, o galardão de EY Entrepreneur Of The Year já foi reconhecido a personalidades como Belmiro de Azevedo (SONAE), Carlos Moreira da Silva (BA) ou António Amorim (Corticeira Amorim). Carlos Mendes Gonçalves esteve no pódio dos finalistas, a par de António Carlos Rodrigues, CEO da Casais, Guy Villax, CEO da Hovione, António Oliveira, CEO da OLI e Rupert Symington, CEO da Symington. Guy Villax CEO da Hovione sagrou-se o vencedor desta 8.ª edição dos Prémios em Portugal. 

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conclui instalação de projeto fotovoltaico na plataforma logística de Riachos A Zolve instalou perto de quatro mil painéis fotovoltaicos para autoconsumo que ocupam uma área equivalente a cerca de dois campos de futebol. O projeto, com uma potência instalada de 1,3 MW, vai gerar, para a Zolve, uma autonomia energética de 27% e evitar a emissão de 500 toneladas de CO2, reduzindo assim a sua pegada ecológica.

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instalação de um sistema solar fotovoltaico para autoconsumo na plataforma da Zolve em Riachos, Torres Novas, através da solução desenvolvida pela ENGIE Hemera, vai permitir produzir e consumir energia renovável, reforçando o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a poupança de energia. Os cerca de quatro mil módulos instalados ocupam uma área total de 22 mil metros quadrados, o equivalente a cerca de dois campos de futebol, e atingirão uma potência instalada de 1,3 megawatt-pico (MWp), gerando, em média, 2.037 MWh/ano de energia. Para Vítor Figueiredo, CEO da Zolve, este é um investimento significativo,

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enquadrado no plano estratégico da empresa e que prevê tornar o negócio mais sustentável. “O compromisso de redução da pegada de carbono gerada pela nossa atividade é algo que levamos muito a sério e que quisemos executar, apesar da crise sanitária que o mundo atravessa”, afirmou o responsável. Para Duarte Caro de Sousa, Diretor-geral da ENGIE Hemera, “com este projeto a Zolve investe num dos recursos naturais mais importantes e com maior potencial em Portugal: a energia solar. Esta aposta permite elevadas poupanças ambientais, bem como na fatura da energia”. SOBRE A ZOLVE A Zolve opera desde 2001 no mercado

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“O compromisso de redução da pegada de carbono gerada pela nossa atividade é algo que levamos muito a sério e que quisemos executar, apesar da crise sanitária que o mundo atravessa” VÍTOR FIGUEIREDO CEO da Zolve português, sendo um dos principais operadores logísticos e de transporte em temperatura controlada. Com duas pla-

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taformas logísticas, em Riachos (Torres Novas) e Modivas (Vila do Conde), está especializada na prestação de serviços logísticos para a indústria e retalho alimentar, com especial enfoque na área dos produtos alimentares perecíveis. SOBRE A ENGIE HEMERA A ENGIE Hemera é uma empresa especialista no investimento, implementação e monitorização de sistemas solares fotovoltaicos de média e grande dimensão. Surge vocacionada para o fornecimento e instalação de sistemas fotovoltaicos no mercado empresarial e para a conceção de modelos de negócio adequados a cada cliente, também numa ótica de investimento financeiro. Fundada em 2011, desde dezembro de 2019 que integra o Grupo ENGIE. 

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Grupo Montalva/Izidoro investe 3 milhões de euros em painéis solares fotovoltaicos As fábricas de Santarém e Torres Novas são duas das quatro unidades industriais que o grupo Montalva / Izidoro dotou com painéis solares fotovoltaicos, um investimento de 3 milhões de euros.

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o âmbito da política ambiental do Grupo Montalva/Izidoro, o mesmo vai dotar quatro das suas unidades industriais com painéis solares fotovoltaicos, passando a produzir uma parte muito relevante da sua energia através de fontes renováveis, reduzindo significativamente a pegada carbónica. As instalações localizadas no Montijo, Torres Novas, Milharado e Santarém vão beneficiar de um investimento de cerca de 3 milhões de euros para a instalação de unidades de produção de energia renovável para autoconsumo (UPAC), fruto da parceria a 15 anos estabelecida com a Helexia, que assume o papel de parceiro e promotor deste proje-

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to, e a Profit Energy no desenvolvimento técnico e financeiro do projeto. Luís Rodrigues, CEO do Grupo Montalva/Izidoro, afirma que “a preocupação da Izidoro com o meio ambiente e sustentabilidade é uma prioridade, pelo que a decisão de avançar com a produção de energia renovável nas próprias unidades foi uma decisão lógica e natural. A implementação deste projeto permitirá ao Grupo uma redução das emissões de 2.400 toneladas de CO2 por ano, além de que os mais de 5.400 MWh/ano produzidos seriam o equivalente ao abastecimento de 1.200 lares por ano.” Este projeto de investimento na área das energias renováveis e do reforço da eficiência energética enquadra-se na

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política ambiental do Grupo Montalva/ Izidoro, que nos últimos anos tem vindo a implementar iniciativas inovadoras em linha com a sua preocupação com a defesa do meio ambiente e a promoção da economia circular. Com início da construção das unidades de produção para autoconsumo (UPAC) ainda em 2019, serão instalados um total de 11.100 painéis solares fotovoltaicos, com uma potência de 3.500 kWp, até ao final do segundo trimestre 2020. Este projeto vai ser implementado após já ter sido realizado a substituição integral dos sistemas de iluminação tradicional por tecnologia LED, com reduções superiores a 1400 MWh/ano, na totalidade das unidades industriais do grupo. 

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14 a 18 de junho Registe-se em:

https://business2021.nersant.pt/

O conta com 9 edições realizadas

2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 Foram: mais de

8000 reuniões realizadas

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mais de

700

empresários/ entidades internacionais

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mais de

900

empresários nacionais

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EM FORMATO TOTALMENTE ONLINE

Principais Resultados

89 empresários nacionais

94 compradores estrangeiros

46 países

1115

reuniões

pré-agendadas e realizadas diretamente na plataforma – muitas outras feitas diretamente fora da plataforma

mais de

mais de

horas de reuniões

visualizações de perfis

9

7

7

5

4

4

4

4

4

96% 96

dos participantes consideraram a organização do NERSANT BUSINESS 2020 como boa ou muito boa;;

68%

dos participantes nacionais consideraram como muito bons e bons o interesse dos contactos estabelecidos;

92% 92

dos participantes estrangeiros consideraram como muito bons e bons o interesse dos contactos estabelecidos;

73% 73

dos participantes nacionais realizaram mais de 5 contactos, sendo que 46% estabeleceram inclusivamente mais de 10 contactos;

20%

das empresas participantes afirmaram exportações; ter concretizado exportações

68%

dos empresários afirmam ter perspetivas de concretizar negócios no curto prazo, sendo que esses negócios serão relativos a exportações;

89% 89

dos participantes afirmaram que o evento correspondeu às expectativas expectativas.

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IMAGEM POR STARLINE // FREEPIK

300 16000

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Projetos do PNAID representam investimento potencial de 50 milhões A S e c re t á r i a d e E s t a d o d a s Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, afirmou que os 72 projetos que estão a ser acompanhados no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Investidor da Diáspora representam um investimento potencial de 50 milhões de euros. Durante uma intervenção na abertura do colóquio “Potencial Económico da Diáspora”, que decorreu virtualmente com o objetivo de identificar e promover estudos, investigação e estatísticas que permitam conhecer melhor o contributo e potencial das comunidades portuguesas, a Secretária de Estado sublinhou que nos primeiros seis meses do programa de apoio foram emitidos 160 estatutos de investidor da diáspora. O Programa Nacional de Apoio ao Investidor da Diáspora (PNAID) foi estabelecido com o objetivo de apoiar o investimento da diáspora em Portugal. Os 72 projetos em fase de ideia e de implementação representam um investimento potencial de 50 milhões de euros e visam as áreas da agricultura, indústria alimentar, imobiliário e turismo, serviços a empresas e tecnologia de informação, da comunicação e eletrónica. Berta Nunes sublinhou que os cerca de cinco milhões de portugueses fora do País representam “um enorme potencial económico para o desenvolvimento do País”. Em 2020, as remessas dos emigrantes atingiram os 3612 milhões de euros, o equivalente a 1,8% do PIB português.

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Duplo Ouro na Alemanha para vinhos Casal da Coelheira Casal da Coelheira tinto 2017 e Casal da Coelheira Reserva tinto 2018 foram os vinhos da Quinta Casal da Coelhei-

ra premiados com a Medalha de Ouro no concurso Mundus Vini na Alemanha, anunciou a produtora de vinhos do Tramagal, Abrantes. Foram publicados recentemente os resultados do Concurso Internacional de Vinhos “Mundus Vini Primavera 2021”, organizado pela editora alemã especializada em vinhos e bebidas alcoólicas “Meininger Verlag GmbH”. A esta edição concorreram 7300 vinhos de 39 países, tendo sido premiados quase 3000 vinhos com medalhas. Com 185 medalhas, entre as quais seis medalhas de Grande Ouro, 97 de Ouro e 82 de Prata, Portugal ocupou o 5.º lugar no ranking dos melhores países partici-

pantes. Os vinhos portugueses condecorados com uma medalha de Grande Ouro foram a Quinta do Pego Porto LBV, 2014, Casa Santos Lima Malbec tinto, 2018, Quinta da Gaivosa Porto, 2018, Cooperativa Agrícola Sto. Isidro de Pegões – Contemporal Moscatel Roxo, 2013, Justinos Madeira Colheita 2003 e Quinta D. Matilde – Dona Matilde Reserva tinto, 2017. Entre as 97 medalhas de Ouro, estão as duas referências da Quinta Casal da Coelheira: Casal da Coelheira tinto 2017 e Casal da Coelheira Reserva tinto 2018, disponíveis na loja online da produtora de vinhos. Os países produtores com o maior número de medalhas foram Itália (719), Espanha (707), França (323), Alemanha (245), Portugal (185), Áustria (96) e Austrália (77).

Falua distinguida em concurso de vinhos na Rússia A Falua – Sociedade de Vinhos S.A., com sede em Almeirim, foi distinguida na 23.ª edição do Concurso de Vinhos e Bebidas Espirituosas, organizado em Moscovo, durante a maior feira de produtos agroalimentares da Rússia “PRODEXPO 2021”. Foram premiados 94 vinhos portugueses de 23 produtores. A Adega Cooperativa de Redondo, CRL, foi agraciada com o mais importante prémio da competição Grand Prix “O Cisne de Ouro”, com o vinho tinto “Porta da Ravessa Grande Escolha 2017”, tendo ainda obtido três medalhas de Ouro e uma de Prata. De destacar a Adega de Pegões que foi agraciada com 13 prémios; uma medalha “Estrela ProdExpo” (“Adega de Pegões Grande Reserva”), 10 medalhas de Ouro e duas de Prata. A Caves Santa Marta, Vinhos e Derivados, CRL, foi agraciada com uma medalha “Estrela ProdExpo” (“Conde Guião Porto 10 Anos”), quatro medalhas de Ouro e duas de Prata. A Adega de Cantanhede foi agraciada com sete medalhas de Ouro e uma de Prata.

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Para além da Falua, de Almeirim, foram ainda distinguidos os seguintes produtores portugueses: Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, C.R.L., Adega de Favaios, Adega Ponte da Barca, Adega Ponte Lima, Barão de Vilar, Vinhos, SA, CARM - Casa Agrícola Roboredo Madeira, SA, Casa de Vila Verde - Sociedade Agrícola Lda., Casa Santos Lima - Companhia das Vinhas, S.A., Esporão SA, Global Wines, Justino’s - Madeira Wines, S.A., Multiwines, Lda - Quinta de S. Sebastião, Odisseia Wines, Quinta da Boa Esperança, Quinta das Arcas, Sociedade Agrícola Encosta do Guadiana, Lda., Sociedade Agrícola Quinta de Porrais e Sociedade Agrícola Quinta do Conde A edição de 2021 do Concurso contou com a participação de 173 empresas, entre as quais diversas empresas de referência do setor das bebidas alcoólicas, tanto fabricantes como distribuidores de marcas estrangeiras. Concorreram no total de cerca de 620 vinhos

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provenientes de 21 países, da Austrália aos Estados Unidos da América, passando pela Europa. Integraram o júri Alexey Zaitsev, diretor do Concurso e membro da comissão da IWC London e Alexey Sidorov, Presidente da Associação dos Sommeliers da Federação Russa, além dos outros profissionais do setor. A cerimónia da entrega dos Prémios contou com a presença de várias empresas comerciais russas do setor (importadores, grossistas, retalhistas).

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Portugal está “muito empenhado” em valorizar a parceria entre União Europeia e África O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que Portugal continuará “muito empenhado em valorizar a parceria entre União Europeia e África”, por ser “decisiva” para o crescimento sustentável de ambos os continentes. Augusto Santos Silva falava na sessão de abertura do Fórum de Investimento Verde UE-África, organizado pela presidência portuguesa do Conselho e pelo Banco Europeu de Investimento (BEI). Para o Ministro, esta parceria deve ter como prioridade o “reforço da transição verde”, porque constitui “uma enorme oportunidade para a criação de emprego e para o crescimento económico sustentável que permitirá reduzir as desigualdades”.

Referindo-se à União Europeia (UE) que “estipulou objetivos muito ambiciosos para si própria” no combate às alterações climáticas - sobretudo com o acordo alcançado esta semana sobre a Lei do Clima - Augusto Santos Silva sublinhou que é necessário “reconhecer que África tem muito pouca responsabilidade pela emissão dos gases com efeitos de estufa”. “Ao mesmo tempo, África é uma das regiões mais afetadas pelas consequências das alterações climáticas. Temos de resolver este paradoxo”, disse, acrescentando que “esta é uma realidade injusta” que deve juntar ambos os continentes “para promover uma recuperação pós-pandemia próspera e justa”, acrescentou.

Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, discurso no Fórum de Alto-Nível UE-África Sobre Investimento Verde, Lisboa, 23 abril 2021 (foto: PPUE)

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NERSANT Business contabiliza 56 importadores de 31 países estrangeiros A cerca de um mês e meio da edição online do NERSANT Business – Encontro Internacional de Negócios do Ribatejo, a organização contabiliza já 56 importadores estrangeiros presentes, de 31 mercados internacionais distintos. Os empresários estarão presentes no evento com o objetivo comprar produtos e serviços às empresas nacionais. As empresas nacionais que pretendam estar representadas na plataforma da edição online do NERSANT Business 2021 com o objetivo de ser contactadas e poder contactar para a realização de reuniões online com empresas estrangeiras, devem contactar a NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, o quanto antes. A associação está neste momento a receber inscrição de empresas nacionais para o Encontro Internacional de Negócios, que, até ao momento e ainda a um mês e meio do evento, contabiliza já 56 importadores de 31 mercados internacionais diferentes. Esperando-se ainda a inscrição de mais importadores estrangeiros no Encontro, o evento reúne até ao momento importadores de países como a Alemanha, Botswana, Brasil, Cabo Verde, Canadá, Catar, China (Hong Kong), Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, Croácia, Equador, Estados Unidos da América, França, Gana, Hungria, Irlanda, Macedónia do Norte, México,

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Peru, Polónia, Reino Unido, República Checa, República Dominicana, Roménia, Rússia, São Tomé e Príncipe, Suécia, Tunísia, Uruguai e Vietname, sendo que cada um dos importadores dispõe de um perfil online onde identifica os produtos ou serviços procurados em Portugal. Do mesmo modo, também as empresas nacionais dispõem de um perfil comercial, mas desta vez identificando os produtos e serviços que vendem. É deste match, desta confluência de interesses, que a plataforma NERSANT Business 2021 propõe uma agenda de reuniões online entre empresas nacionais e estrangeiras, embora cada um dos utilizadores nacionais possa consultar os perfis comerciais dos importadores - e vice versa - e solicitar pedidos de reunião. Esta será a segunda edição virtual do NERSANT Business, que em 2020 se realizou de igual modo em formato online. O evento foi um sucesso, tendo sido contabilizada a participação de 94 importadores de 46 países estrangeiros, num total de 1.115 reuniões de negócios realizadas entre empresas nacionais e estrangeiras. Este modelo, criado devido à pandemia Covid-19, verificou-se um sucesso junto dos participantes portugueses, que indicaram como mais valias a reunião com diversos mercados externos no mesmo

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dia, promovendo-se, assim, uma franca economia de tempo, mas também de custos, uma vez que o formato virtual permite às empresas conhecer parceiros de negócios sem sair do escritório, ou seja, sem o investimento necessário com viagens, alojamento, deslocações e refeições. De referir que o NERSANT Business 2021 é uma atividade realizada ao abrigo do projeto conjunto Negócios no Mundo, sendo que as empresas elegíveis terão acesso a um apoio de até 50%, no âmbito do COMPETE / PT2020. Todo o processo de verificação da elegibilidade da empresa e do respetivo agendamento das reuniões será coordenado pela NERSANT, podendo os participantes focar-se na melhor estratégia e metodologia de abordagem aos respetivos mercados, pelo que quanto mais cedo a empresa se inscrever, mais tempo haverá para a correta preparação do agendamento das reuniões virtuais. Mais informações e inscrições no evento podem ser solicitadas junto dos contactos business@nersant.pt ou 249 839 500. O portal do evento está também já disponível, podendo os interessados firmar a sua pré-inscrição no mesmo, em https://business2021.nersant.pt/. Até ao momento, estão inscritas 82 empresas portuguesas no evento.

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Atividade empresarial da região gera quase 15 mil milhões e meio de euros de volume de negócios

Ribatejo conquista o mercado belga

A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, tem vindo a apostar cada vez mais na promoção do potencial da região junto dos mercados internacionais, tendo em vista quer a atração de investimento para a região, quer para o aumento das exportações, através de uma conexão mais estreita entre as empresas do Ribatejo, potenciais parceiros de negócio e investidores. Tendo sido este um dos objetivos do webinar: “Fazer negócios no Ribatejo”, realizado dia 22 de abril em Bruxelas, que pretendeu ainda promover a imagem e as capacidades da região junto do mercado belga, visando assim contribuir para o aumento das exportações e do investimento estrangeiro na região.

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omingos Chambel, Presidente da Direção da NERSANT, esclarece que “esta iniciativa está inserida no âmbito de um projeto mais amplo intitulado “Ribatejo Global”, cofinanciado pelo Compete 2020, no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e que para além da Bélgica, tam-

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bém já foram realizadas ações em outros mercados como o Canadá, Brasil, Dubai e França, estando ainda prevista uma nova ação em maio nos Estados Unidos.” Quanto ao tecido económico, o Presidente da Direção da NERSANT afirmou que “a região produz um VAB de mais de 6,8 mil milhões de euros”, e que “a atividade é diversificada, contando com

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aproximadamente 48.000 empresas”. Para o apoio a esta atividade económica, Domingos Chambel listou, entre outras infraestruturas, os cinco parques de negócios sediados no Ribatejo e que estão “prontos para receber investimentos internacionais, em especial dos nossos parceiros da Bélgica”. “Temos todas as condições para que os nossos parcei-

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ros belgas se interessem por Portugal. Estamos capacitados a receber os vossos investimentos e temos condições políticas e económicas para facilitar o investimento estrangeiro”, reforçou ainda Domingos Chambel, acrescentando que “após esta crise pandémica, estamos de braços abertos a conhecer-vos presencialmente e a receber-vos na nossa região.” Reforçou ainda que “a associação está disponível para apoiar investidores belgas que pretendam investir no Ribatejo, dando-lhes todo o apoio quer a nível de instalação, quer a nível administrativo” e que “temos uma equipa disponível e apta para trabalhar e apoiar os mesmos”. “Temos mais de 3.000 associados e queremos engrossar ainda mais este número, tão importante para o desenvolvimento de Portugal”, fez saber o Presidente da Direção da NERSANT.

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EMPRESAS BELGAS COM CADA VEZ MAIS VONTADE EM INVESTIR NO MERCADO PORTUGUÊS O painel de intervenientes contou com a presença de personalidades que partilharam ideias sobre investimento no Ribatejo, caso de Rui Faria da Cunha, Presidente da Câmara de Comércio Belgo-Portuguesa, que dissertou sobre como estimular a cooperação entre os dois países. O Presidente esclarece que “apesar do impacto negativo que a pandemia provocou nas trocas comerciais entre Portugal e a Bélgica, com uma redução de 6% nas exportações e 12% nas importações, assistimos na nossa Câmara, durante o último ano, a um aumento significativo dos pedidos de informação de empresas belgas que pretendem exportar, investir ou produzir em Portugal, o que nos leva a crer que em breve será retomada a tendência de

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crescimento das trocas comerciais a que se assistiu nos últimos anos. A crescente visibilidade de Portugal na Bélgica, fruto de iniciativas como a da NERSANT, irão ajudar a consolidar e reforçar a nossa parceria comercial com a Bélgica.” “É com bastante satisfação que constatamos o interesse que o mercado da Bélgica está a suscitar junto de empresas e associações empresariais portuguesas, quer do ponto de vista da promoção das exportações, quer da captação de investimento direto estrangeiro (IDE) e, por isso, felicitamos o NERSANT e seus parceiros por esta oportuna iniciativa. A Bélgica é já o 8º mercado de destino das exportações portuguesas de bens (2,3% do total, em 2020) tendo também uma posição muito relevante enquanto investidor em Portugal (em dezembro de 2020, o stock de IDE com origem na Bélgica atingia já 1 856,9 milhões de euros), sendo de destacar que alguns destes investimentos estão localizados na região do Ribatejo” explicou Rui Paulo Almas, delegado da AICEP em Bruxelas, também interveniente no webinar. Por outro lado, e dando agora a perspetiva do mercado Belga sobre Portugal, Lourenço Van Innis, project manager da Promiris, uma empresa de investimento imobiliário, alega que “desde 2017 investiram já 50 milhões de euros em Portugal, nomeadamente em Lisboa e Porto, e a ideia é em 5 anos, duplicarem o investimento, também no Ribatejo, se houver essa oportunidade.” Destaca ainda as razões pelas quais investiram: “por um lado porque as políticas do estado português favoreciam o investimento com o objetivo de dinamização do setor, e por outro lado, porque Portugal é cada vez mais a Califórnia ou a Flórida da Europa pelo bom tempo e pelas magníficas paisagens.” O projeto Ribatejo Global, promovido pela NERSANT, visa promover a imagem, capacidades e potencial da região junto de importadores e investidores, aumentando assim as exportações por via do reconhecimento da qualidade da oferta de produtos e serviços e da atração de investimento estrangeiro para a região.

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Fábrica da Mitsubishi no Tramagal está a produzir eCanter para a Austrália A Mitsubishi Fuso Truck Europe, com sede no Tramagal, concelho de Abrantes, está a produzir o eCanter para o mercado australiano. Com este lançamento, o eCanter estará em breve, a operar nos quatros cantos do mundo.

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Mitsubishi anunciou o lançamento do eCanter no mercado na Austrália. O evento de lançamento foi realizado a 31 de março, em Melbourne, onde foi apresentado o inovador camião elétrico. O eCanter para a Austrália é enviado da fábrica da Mitsubishi no Tramagal, concelho de Abrantes, e vem com as mesmas especificações padrão dos modelos atualmente disponíveis no Japão e na Europa. Para apoiar uma condução segura em ambientes urbanos, o veículo é instalado com recursos de segurança, como o Sistema de Travagem de Emergência Avançado, o Sistema de Alerta de Saída de Via, bem como o Programa Eletrónico de Estabilidade. O veículo também foi testado rigorosamente por meio de um teste local de seis meses, durante o qual foi operado com carga máxima. De acordo com a Mitsubishi, espera-se que o primeiro lote de entregas para clientes australianos ocorra nos próximos meses. A empresa avançou ainda que tem sentido bastante interesse entre as principais empresas e órgãos do governo local que estão comprometidos com a redução de emissões

e poluição sonora. Nos próximos anos, espera-se uma maior disponibilidade de instalações de carregamento rápido, o que ajudará ainda mais na aceitação de veículos comerciais elétricos a bateria. Em fevereiro de 2021, o governo nacional abriu a primeira ronda do seu Fundo de Combustíveis do Futuro, orçando 16,5 milhões de dólares australianos para apoiar projetos de infraestrutura de carregamento rápido para veículos elétricos. O eCanter também fez recentemente a sua primeira incursão em dois mercados europeus adicionais. Em março de 2021, a Aquaservice, distribuidora de água mineral natural e dispensadores, tornou-se a primeira empresa em Espanha a incorporar o camião elétrico na sua frota. O eCanter está, agora, a funcionar em Valência nas rotas de entrega do cliente. A Aquaservice está a trabalhar na integração de mais camiões elétricos como o eCanter nos seus negócios, tendo em conta a sua meta de alcançar a neutralidade de carbono dentro de uma década. Em fevereiro de 2021, foram entregues três camiões eCanter à Camion Transport AG, uma das principais empresas de transporte

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da Suíça. Os veículos operam atualmente em Basel, Lucerne e Genebra, oferecendo entregas silenciosas e sem emissões. Com a junção do eCanter à frota da Camion Transport, a empresa encontra-se a dar mais um passo em direção à sua visão de logística urbana sustentável. As recentes introduções do eCanter nos diversos mercados dão forma ao compromisso da Mitsubishi enquanto fabricante de veículos comerciais para reduzir as emissões de CO2 em todo o mundo. Desde sua estreia mundial em 2017, mais de 200 unidades do eCanter foram entregues aos clientes. O veículo foi muito bem avaliado por condutores e empresários, sendo particularmente adequado para rotas de entrega em centros urbanos, onde o ruído e as emissões são preocupações significativas. Como uma presença líder entre os camiões elétricos, o eCanter está bem posicionado para contribuir para a descarbonização de comunidades em todo o mundo. De referir que a fábrica da Mitsubishi no Tramagal é a maior exportadora do distrito de Santarém, tendo faturado 222 milhões de euros em 2019. 

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Parlamento aprova formalmente o acordo de comércio e cooperação UE-Reino Unido O acordo que estabelece as regras da futura relação UE-Reino Unido foi aprovado com o apoio da grande maioria dos eurodeputados.

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decisão de consentimento foi adotada por 660 votos a favor, 5 contra e 32 abstenções. A resolução que a acompanha, na qual o Parlamento avalia o acordo e expõe suas expetativas, foi aprovada por 578 votos, 51 contra e 68 abstenções. A votação foi realizada dia 27 de abril e o resultado anunciado no dia seguinte.

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A 24 de dezembro de 2020, os negociadores da UE e do Reino Unido chegaram a um consenso sobre o Acordo de Comércio e Cooperação que estabelece os termos da sua futura cooperação bilateral. Para minimizar as perturbações, o acordo foi aplicado provisoriamente desde 1 de janeiro de 2021. A aprovação do Parlamento é necessária para que o pacto entre em vigor definitivamente

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antes da sua caducidade, a 30 de abril de 2021. Na resolução preparada pelo Grupo de Coordenação do Reino Unido e pela Conferência dos Presidentes, o Parlamento saúda veementemente a conclusão do Acordo de Comércio e Cooperação UE-Reino Unido, que limita as consequências negativas da saída do Reino Unido da UE. O texto qualifica a deci-

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Foto ©: Denis Charlet AFP

são britânica de um “erro histórico” e ressalva que nenhum país terceiro pode usufruir dos mesmos benefícios que um membro da UE. O acordo de livre comércio entre a UE e o Reino Unido é visto de forma positiva pelos parlamentares. As garantias sobre as regras de concorrência leal podem servir de modelo para futuros acordos comerciais, acrescentam os eurodeputados. O Parlamento concorda com as disposições sobre pescas, consumidores, tráfego aéreo, energia e proteção de dados, entre outros. No entanto, os parlamentares lamentam que o Reino Unido não queira que o acordo seja alargado às políticas externas, de segurança e de desenvolvimento, e não queira participar no programa de intercâmbio de estudantes Erasmus+. A preservação da paz na ilha da Irlanda é um dos principais objetivos do Parlamento ao chegar a um acordo sobre a relação futura, apontam os eurodeputados. Os parlamentares condenam

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as recentes ações unilaterais do Reino Unido que violam o Acordo de Saída e apelam ao governo britânico para “agir de boa-fé e implementar integralmente os termos dos acordos que assinou”, incluindo o Protocolo sobre a Irlanda e a Irlanda do Norte, seguindo o cronograma estabelecido em conjunto com a Comissão Europeia. Os eurodeputados sublinham que o Parlamento deve desempenhar um papel cabal no controlo da aplicação do acordo, nomeadamente envolvendo-se em ações unilaterais da UE ao abrigo do acordo e tendo os seus pontos de vista levados em consideração. “A UE e o Reino Unido criaram a base para um relacionamento entre iguais. Mais importante ainda, hoje é o começo, não o fim. Concordamos em muitas áreas importantes, como a garantia de acesso mútuo ao mercado e a construção de um bom relacionamento comercial. Ainda há muito trabalho a ser feito em política externa e progra-

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mas de intercâmbio educacional. Para que os interesses dos cidadãos sejam representados, o Parlamento deve estar estreitamente envolvido. Só uma parceria em que ambas as partes cumpram os seus compromissos tem futuro”, disse Andreas Schieder (S&D, AT), relator da Comissão dos Assuntos Externos. Por seu lado, Christophe Hansen (PPE, LU), relator da Comissão do Comércio Internacional referiu que “a ratificação do acordo não é um voto de confiança cega na intenção do governo do Reino Unido de implementar os nossos acordos em boa fé. Em vez disso, é uma apólice de seguro da UE contra novos desvios unilaterais do que foi acordado em conjunto. O Parlamento permanecerá vigilante. Vamos agora convocar a Assembleia Parlamentar da Parceria para continuar a construir pontes através do Canal da Mancha”, disse O acordo entrou em vigor no passado dia 30 de abril, com a aprovação por parte do Parlamento.

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Conclusão das negociações pós-Cotonu sobre um novo Acordo de Parceria entre a UE e os Estados de África, Caraíbas e Pacífico Os negociadores principais, a Comissária responsável pelas Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Togo, Robert Dussey, rubricaram recentemente o novo Acordo de Parceria entre a União Europeia (UE) e os membros da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP, anteriormente conhecida como Grupo de Estados ACP), o que marca a conclusão oficial das negociações do Acordo pós-Cotonu, que define o quadro de cooperação política, económica e setorial para os próximos vinte anos.

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utta Urpilainen, comissária responsável pelas Parcerias Internacionais e negociadora principal da UE, afirmou: “Esta nova parceria global concluída com o maior grupo de países parceiros constitui uma importante conquista política e marca um ponto de viragem. Em consonância com os novos desafios e realidades internacionais, o Acordo deverá marcar uma verdadeira mudança no que respeita ao reforço das relações bilaterais da UE com cada um dos Estados da OEACP e com as suas regiões respetivas, erigindo a parceria OEACP-UE numa força internacional para fazer avançar as ambições comuns das partes na cena mundial.” Robert Dussey, Ministro dos Negócios Estrangeiros, da Integração Regional e dos Togoleses no Estrangeiro, presidente do grupo central de negociação ministerial e negociador principal da parte OEACP, afirmou no final da conclusão oficial das negociações: “O novo acordo consubstancia as ambições das duas partes com vista a renovar as modalidades da sua cooperação e de reposicionar a sua parceria em torno de novos objetivos num mundo que

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mudou profundamente e que está em constante mutação. O processo de negociação não foi de todo um processo sem dificuldades, mas congratulo-me com o resultado final e felicito todos os intervenientes cujo trabalho conduziu a um acordo constituído por um núcleo comum e por três protocolos regionais. Ao ter em conta as preocupações e as expectativas dos Estados da OEACP, o novo acordo constitui uma base sólida para uma futura intensificação das relações já fortes que mantemos com a UE. Juntos trabalharemos para fazer face aos desafios globais e fá-lo-emos em estreita cooperação com outros parceiros a nível mundial.” REFORÇO DA COOPERAÇÃO POLÍTICA A NÍVEL INTERNACIONAL O Acordo, que irá suceder ao Acordo de Cotonu depois de as duas partes concluírem os seus procedimentos internos relativos à sua assinatura e conclusão, lançará as bases para a criação de alianças e de ações mais bem coorde-

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nadas na cena mundial, onde o impacto do grupo pode ser importante, para fazer face a alguns dos desafios globais mais prementes. Em conjunto, a UE e os membros da OEACP representam mais de 1,5 mil milhões de pessoas e mais de metade dos assentos nas Nações Unidas. O novo Acordo moderniza substancialmente a cooperação e alarga o âmbito e a dimensão das ambições da UE e da OEACP para poder responder melhor aos desafios atuais e futuros. Os parceiros reforçaram os seus compromissos em domínios prioritários, tais como: direitos humanos, democracia e governação, paz e segurança, desenvolvimento humano, que engloba a saúde, a educação e a igualdade de género, bem como sustentabilidade ambiental, alterações climáticas, desenvolvimento e crescimento sustentáveis e migração e mobilidade. O Acordo prevê igualmente uma dimensão regional e uma estrutura de governação novas e reforçadas, adaptadas às necessidades de cada região, pela primeira vez em mais de quarenta anos de colaboração. PRÓXIMAS ETAPAS A assinatura, a aplicação provisória e a conclusão do Acordo exigirão a aprovação do Conselho da União Europeia, com base em propostas da Comissão Europeia. Estas propostas, juntamente com o texto negociado traduzido em todas as línguas da UE, serão transmitidas ao Conselho nas próximas semanas. O Conselho só tomará uma decisão sobre a conclusão do Acordo depois de receber a aprovação do Parlamento Europeu, tal como previsto no artigo 218.º, n.º 6, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE). A assinatura do Acordo está prevista para o segundo semestre de 2021. Para a sua entrada em vigor, as partes terão de concluir os respetivos procedimentos internos. CONTEXTO As negociações pós-Cotonu tiveram início em setembro de 2018 à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas realizada em Nova Iorque. O objetivo era obter um novo acordo para suceder ao Acordo de Cotonu e adaptar as relações UE-OEACP às novas realidades. Inicialmente, o Acordo de Cotonu

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devia expirar em 2020, mas a sua aplicação foi prorrogada até 30 de novembro de 2021, a menos que o novo Acordo entre em vigor, ou seja, aplicado a título provisório antes dessa data. O projeto de texto, aprovado após mais de dois anos e meio de negociações, apresenta uma parceria política ambiciosa e reforçada entre a UE e os membros da OEACP e visa produzir resultados mutuamente benéficos sobre questões de interesse comum. Concretamente, o novo Acordo de Parceria é constituído por uma “base comum”, que apresenta os valores e princípios que unem os parceiros e que indica os domínios estratégicos prioritários no âmbito dos quais as duas partes pretendem desenvolver a sua colaboração: (i) Direitos humanos, democracia e governação em sociedades centradas nas pessoas e assentes em direitos, (ii) Paz e segurança, (iii) Desenvolvimento humano e social, (iv) Sustentabilidade ambiental e alterações climáticas, (v) Desenvolvimento e crescimento económico sustentáveis e inclusivos, (vi) Migração e mobilidade. O Acordo associa esta componente de base a três protocolos regionais específicos orientados para a ação (África, Caraíbas e Pacífico), que se centram nas necessidades de cada região. Será aplicada uma governação específica dos protocolos regionais para gerir e orientar as relações com a UE e com as diferentes regiões envolvidas, nomeadamente através de assembleias parlamentares regionais. Será também criado um quadro global conjunto OEACP-UE que contará com uma forte dimensão parlamentar. Em abril de 2020, o Grupo de Estados ACP passou a designar-se “Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico” (OEACP), uma organização internacional com 79 membros, na sequência da entrada em vigor do Acordo de Georgetown revisto.

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Conclusão das negociações pós-Cotonu sobre um novo Acordo de Parceria entre a UE e os Estados de África,

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