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O encontro do equilíbrio
você passar e fazer triunfar o ideal católico”. Quer dizer, o inverossímil. “Se você pedir isto você obterá, com a condição de confiar!”192
Esse livro produziu em mim um efeito maravilhoso porque, em última análise, dava exatamente essa ideia de que eu estava colocado sob uma providência especial. Assim, pedindo a Deus Nosso Senhor, por intercessão d’Aquela que tudo pode, serei atendido; e, afinal, por aqueles vaivéns, de um jeito ou de outro, aquilo que eu desejo se realizará.
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E então concluí: “Não sou chamado para o caminho de vítima expiatória de Santa Teresinha. Eu sou mais bem chamado para o caminho de Godofredo de Bouillon: vamos para frente, por cima, de paus e de pedras, por montes, coles e colinas! Vá o caminho por onde for, e dê nos descaminhos aparentes que houver, eu preciso confiar, confiar, confiar. ‘Voz de Cristo, voz misteriosa da graça que ressoais no silêncio de nossos corações, Vós murmurais palavras de doçura e de paz’. Doçura e paz trazem-me isto. Eu vou rezar, pedir; rezar, pedir.”193
O encontro do equilíbrio
Mesmo assim, vinha-me de novo uma pergunta: “Mas você não estará enganado? Será que, se você ficar quieto e for heroico, não pedindo nada a Nossa Senhora, realizará mais do que pedindo? Pedindo, Ela dá. Mas dá às vezes o que Ela não queria dar. Não peça nada e deixe tudo acontecer”.
Não soube resolver o problema e então pensei: “Pedirei, mas com a condição que se faça a vontade d’Ela e não a minha. Se a vontade que há em mim é também a d’Ela, faça-se! Eu peço, peço, peço!”
Encontrei assim um equilíbrio no meio de um torvelinho medonho.
O “Livro da Confiança” foi a ponte admirável e abençoada que me ajudou a passar por não sei quantos e quantos abismos, até encontrar alguma coisa que significasse que eu realmente estava no caminho certo e estava indo para a frente194 .
192 SD 25/4/92 193 SD 13/5/89 194 SD 13/5/89