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Uma vocação contra-revolucionária

3ª PARTE

A INTUIÇÃO DE UMA MISSÃO UNIVERSAL DE CARÁTER PROFÉTICO

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Uma vocação contra-revolucionária

Já na infância, a consciência de minha vocação punha-se em termos altos, e o futuro que tinha pela frente se apresentava a mim com lufadas de caráter profético254. Nesse mesmo tempo, de vez em quando, vinham-me acessos que eram um misto de infantilidade e de evasão dessa grandeza dentro da qual eu morava. Esses acessos de infantilidade constituíam uma tentação. Mas ficava na dúvida de qual era o valor dessas previsões que eu sentia255 .

Jovem, eu me dizia a mim mesmo o seguinte: “Se sou o único que vejo tão bem isto que os mais interessados em liquidar com a Revolução não veem, então eu tenho uma vocação”.

E algo de interno correspondia a essa série de convicções. Quer dizer, quando eu refletia sobre isso, sentia que tudo quanto havia de bom em mim florescia. Pelo contrário, eu sentia que se deixasse de pensar nessas coisas, ou me permitisse a menor dúvida nesses assuntos, tudo quanto havia de bom em mim caía e o que havia de ruim crescia.

Isto tudo corresponde com o que o Abbé de Saint Laurent, o autor do “Livro da Confiança”, diz muito bem logo no comecinho: “Voz de Cristo, voz misteriosa da graça, vós dizeis em nosso coração palavras de doçura e de paz”.

Só que, sem querer, porque eu não conhecia ainda o livro de Saint Laurent, fazia um raciocínio que ia nessa linha com uma certa diferença.

254 Ver nota 308 sobre o sentido do profetismo no Novo Testamento. 255 MNF 12/12/85

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