Impresso Especial
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SIND. RURAL
CORREIOS
PUBLICAÇÃO OFICIAL
Ano VII | Nº 39 | Abril/Maio de 2014 | R$ 10,00
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Técnica milenar de manejo do gado se mantém até os dias de hoje. Agropecuaristas do Oeste participaram de curso para treinamento dos seus cães pastores para o uso no dia a dia.
ENTREVISTA FRANCISCO TURRA
“FRANGO SEMPRE FOI LIVRE DE Março e Abril/2014 HORMÔNIOS”
ESTRADAS RURAIS
ÉPOCA DE CHUVAS AGRAVA A SITUAÇÃO EM CASCAVEL1
BRUCELOSE / TUBERCULOSE
LEI VAI PROIBIR LEITE SEM CERTIFICADO DE VACINAÇÃO
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Abril e Maio/2014
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R. Paraná, 3937 - CEP 85.810-010 Cascavel/PR - Fone (45) 3225-3437 www.sindicatorural.com DIRETORIA Presidente Paulo Roberto Orso Vice-presidente Gelso Paulo Ranghetti 2º Vice-presidente Modesto Felix Daga Tesoureiro Genor Frare 2º Tesoureiro Renato Archille Martini Secretário Paulo Cezar Vallini 2º Secretário Gion Carlos Gobbi Diretor Administrativo Paulo Roberto Orso CONSELHO ADMINISTRATIVO Membros Milton Pedro Lago Valmir Antônio Oldoni Haroldo Stocker Ângelo Custódio Romero Eugênio César Luiz Dondoni Carlos Alberto Zuquetto Gelson José Zanotto CONSELHO FISCAL Titulares Isaías Luiz Orsatto Eudes Edimar Capeletto Denise Adriana Martini de Meda Suplentes José Torres Sobrinho Airton José Gaffuri Darcy Antonio Liberalli DELEGADO JUNTO À FAEP Titular Paulo Roberto Orso Suplente Paulo Cézar Vallini
Publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel Circulação bimestral Coordenador editorial: Paulo Cézar Vallini pvallini@uol.com.br
Editor: Jair Reinaldo dos Santos jair@newmidiacomunicacao.com.br
Fale com a redação: Fone (45) 3037-7829 editoria@revistasindirural.com.br
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EDITORIAL
2014: o ano da Copa
2014 era para ser o grande ano do Brasil. O ano em que o país sedia um mundial do esporte mais popular do planeta. Oportunidade incrível para mostrarmos ao mundo nosso país, mudarmos a imagem negativa que o Brasil tem frente à comunidade internacional. Em teoria. Diferente de tudo que estava predestinado, tudo parece apontar para um ano que os brasileiros irão desejar esquecer. A junção de Carnaval, Copa do Mundo e Eleições para presidente tornaram 2014 um dos anos mais efervescentes deste início de século. A economia brasileira continua sendo sustentada pelo agronegócio, sem nenhum sinal de aquecimento dos outros setores. A indústria brasileira não reage e as manifestações sociais tornam o cenário ainda mais conturbado. Os investimentos milionários do governo federal para viabilizar as arenas onde acontecerão os espetáculos da Copa sugam todo o dinheiro que deveriam estar dando sustentação aos financiamentos agrícolas, desaquecendo o segmento de máquinas e implementos. Os índices econômicos demonstram preocupação dos especialistas, que temem pelo que vai acontecer com a economia em 2015, o momento em que todos iremos tomar conhecimento da real situação do país. Enquanto isso, a imagem do país vai de mal a pior lá fora. A "limpeza" das favelas nas grandes cidades é notícia na imprensa internacional, passando a imagem de que o país está sendo "maquiado" para receber os estrangeiros que nos visitarão durante o mundial. Enquanto isso, a agricultura e a classe média paga o preço dessa ostentação, que tem dois objetivos: esconder a realidade brasileira para os lá de fora e camuflar a real situação da economia para os que estão aqui dentro, ou seja, todos os brasileiros. Nessa edição nº 39 da Revista SindiRural, trazemos entrevista com o ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra, atual presidente da União Brasileira de Avicultura e vice-presidente da Associação Latinoamericana de Avicultura, que é categórico em afimar que o frango brasileiro nunca teve hormônios. Também trazemos um panorama da safra 2013/14 e da safra de inverno 2014, além de abordamos a situação preocupante das estradas rurais do município de Cascavel. Destaque também para as potencialidades do distrito de Juvinópolis e matéria sobre a utililização de uma técnica milenar nos dias de hoje: o pastoreio com cães. Boa leitura! 4
ÍNDICE Você vai ler nesta edição nº 39 da revista SindiRural: • Palavra do Presidente..............................06 • Entrevista..................................................08 • Registro.................................................... 12 • Lei vai proibir leite sem certificação........14 • Coluna Saúde............................................16 • Discussão sobre casa de passagem.......18 • O melhor amigo do agropecuarista.........20 • Estimativas safrinha.................................22 • Inseminação artificial gado leiteiro..........24 • Resistência da lagarta preocupa.............26 • Chuvas agravam situação das estradas rurais de Cascavel.......................................30 • Orçamento injusto prejudica campo........32 • Juvinópolis: um lugar onde todo mundo se conhece.......................................34 • Kit rotor renova colheitadeiras MF..........36 • Teatro busca a conscientização...............38 • Mega assembléia Valtra...........................40 • Globoaves exporta para o México...........42 • Radar meteorológico é inaugurado.........44 • Ecologia: o exemplo de Zequinha............46 • Unioeste testa agricultura de precisão....46 • New Holland lança linha T6......................47 • Receita: vaca atolada...............................48 • Aniversariantes / Cursos do Senar..........49 • Convênios................................................. 50 Abril e Maio/2014
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PALAVRA DO PRESIDENTE Apesar das perspectivas pouco favoráveis para o setor produtivo no o ano de 2014, com a realização da Copa do Mundo e eleições, o único setor que continua trabalhando e produzindo normalmente é a agricultura. Não importa o que aconteça, o produtor rural não pára de cuidar da sua lavoura, semear, colher e produzir. É o ciclo natural no campo. Mas o agricultor tem que estar atento também ao mercado de commodities, acompanhar a oscilação dos preços, para saber a hora melhor hora de vender sua produção. O que temos visto ultimamente é a volatilidade do mercado, com preços oscilando em até R$ 3 ou R$ 4,00 a saca de soja, por exemplo. Por isso, é muito importante o agricultor ficar com um olho na lavoura e outro mercado para garantir um bom negócio no momento da comercialização da sua produção. A boa notícia deste primeiro semestre é a entrada em funcionamento do radar metereológico em Cascavel. O equipamento, inaugurado com a presença do governador Beto Richa, está localizado numa área cedida pela Coodetec e vai tra-
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Não importa o que aconteça, o produtor rural não ára de cuidar da sua lavoura, semear, colher e produzir. É o ciclo natural no campo.
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Paulo Orso - Presidente do Sindicato Rural de Cascavel
C O M U N I C A Ç Ã O
zer precisão nas previsões climáticas para nossa região. A agricultura depende destes dados para ter mais tranquilidade e com os investimentos que ainda estão sendo feitos pelo Governo do Paraná, o Estado caminha para ser referência nacional no segmento. Por falar em previsão do tempo, um temporal assolou a região de Cascavel e
Toledo no mês de abril e trouxe prejuízos para muitos produtores rurais. Esse fato colocou em pauta novamente a importância do seguro rural na propriedade. Oferecido por vários bancos, dentre eles o Banco do Brasil, Sicoob e Sicredi, o seguro é uma garantia de menos prejuízos na lavoura. Estando com a documentação em dia, o produtor deve procurar a instituição financeira que contratou o serviço e dar entrada no processo. Um técnico deve ir à propriedade para fazer uma análise dos anos, que pode cobrir até 70% do prejuízo e o pagamento é feito após a safra. Os agricultores que tiverem dúvidas sobre o assunto também podem procurar o Sindicato Rural que terá orientações de como proceder. E assim, entre percalços e vitórias, nós, agricultores, vamos sustentando a economia desse país. Cada dia menos reconhecidos e valorizados, mas sem perder a esperança de que com trabalho e muito suor conseguiremos fazer um Brasil melhor para todos nós.
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ENTREVISTA
FRANCISCO TURRA
Em entrevista exclusiva à SindiRural, o ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, atualmente presidente da União Brasileira de Avicultura e vice-presidente da Associação Latinoamericana de Avicultura, garante que a avicultura passa, sem dúvida, por um excelente momento. O setor entrou em 2014 com o pé direito e reencontrou seu caminho. A crise de 2012 foi superada e com uma nova estratégia de produção ajustada com o mercado, o produto ganhou preço. O setor comemora ainda outra novidade: trata-se da autorização oficial feita pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, para as agroindústrias avícolas fiscalizadas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) utilizarem nos rótulos a mensagem “sem uso de hormônio, como estabelece a legislação brasileira”. Na opinião de Turra, o mito de que o a carne de frango contém hormônios prejudicou e muito o setor. Mas com essa rotulagem a verdadeira história passa a ser contada. SindiRural - Uma das novidades do setor é a rotulagem que permite esclarecer o não uso de hormônios na carne de frango. Por que isso é tão importante? Como este mito se estabeleceu? De que forma isso vai influenciar no mercado? Francisco Turra - Algumas agroindústrias do setor avícola associadas à UBABEF demandaram possibilidade da inclusão da informação na embalagem. Ao final do ano passado, após consulta do DIPOA à UBABEF, representando o setor, fui informado verbalmente pelo ministro Andrade que o Mapa autorizaria a inclusão voluntária. A frase foi escolhida pelo MAPA. Existe um velho ditado que diz “uma mentira contada muitas vezes se transforma em verdade”. Assim foi com o mito dos hormônios. Ele se criou pelo fato do setor nunca ter realizado uma campanha ampla e agressiva para esclarecer de forma incisiva aos leigos – sejam apenas consumidores ou profissionais da área da saúde humana – que a ideia de uso de hormônios na criação é absolutamente equivocada. O consumidor atual, diferente do passado, é um leitor de rótulos. Quer saber se tal alimento possui muitas calorias, gorduras saturadas, sódio, etc. Neste contexto, informar pelo rótulo – em uma mensagem direta ao consumidor – que a carne de frango não utilizou hormônios para ser produzido é absolutamente adequado. Além disto, como já divulgamos
"Frango sempre foi livre de hormônios. E ponto final."
em outras oportunidades, conforme pesquisa que encomendamos, 72% dos brasileiros acreditam que são utilizados hormônios na criação. Entretanto, este mesmo consumidor que crê no mito e lê rótulos evita carne de frango. Nossa pesquisa mostrou isto. Em um contexto assim, informar no rótulo o não uso de hormônios deixou de ser um simples esclarecimento, se transformando em necessidade real para a manutenção dos níveis de consumo no futuro. Informar e ser transparente com o consumidor é uma obrigação das empresas, mas também é uma questão de sobrevivência. Neste mesmo sentido, o mito acaba restringindo o consumo de classes sociais que não têm alternativas e acabam prejudicando suas dietas. A escolha da frase também foi bastante planejada e feita com total cautela. A mensagem “sem uso de hormônio, como estabelece a legislação brasileira” é simples e equilibrada, valoriza de forma homogênea todas as agroindústrias avícolas – afinal, todas são obrigadas a cumprir a lei. Ao mesmo tempo, lembra que há um órgão regulador acima das próprias empresas zelando pela qualidade do produto. A medida foi extremamente positiva, tanto que vários países – entre os grandes produtores – membros da ALA nos pediram o formato de nossa legislação, com o intuito de adotar em seus respectivos mercados internos. SindiRural - Pode-se dizer a avicultura deu a volta por cima? O setor vive 8
um bom momento? Francisco Turra - Os impactos da crise de 2012, ao que se percebe, se dissolveram no ano passado. O setor parece ter encontrado novamente um bom caminho. Curiosamente, cada cadeia produtiva adotou uma estratégia diferente, dentro do momento de demanda de cada produto. Em carne de frango, por exemplo, o inevitável repasse de custos – mesmo que tardio – elevou preços e impactou diretamente e positivamente na receita das exportações. A oferta interna seguiu as tendências da demanda em um comportamento bastante ajustado. Embora produzindo menos, tivemos melhor rentabilidade. Superados os rescaldos de uma das grandes crises da história do setor, o momento agora é de otimismo cauteloso. Temos um ano melhor pela frente. Mantendo o espírito da cautela – que permitiu ao setor superar a crise passada – mas focados na inovação das ações, acreditamos que em 2014 avançaremos com solidez, tanto no mercado interno, quanto nas exportações. Este ano pode ser histórico, não por números recordes, mas por alcançarmos níveis de sustentabilidade produtiva sem precedentes. Para carne de frango, por exemplo, cálculos da UBABEF prevêem um crescimento entre 3% e 4%, com volume próximo a 12,7 milhões de toneladas – o que é considerado adequado à demanda do mercado em 2014. Sobre as exportações, espera-se para o Abril e Maio/2014
PERFIL Formado em Direito pela Univer-
sidade de Passo Fundo (RS) e em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Francisco Turra foi prefeito do município gaúcho de Marau, deputado federal e ministro da Agricultura e Abastecimento. Comandou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e foi superintendente executivo do Sebrae-RS, tendo também assumido a Diretoria Institucional da FIERGS. Atualmente, é presidente da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), entidade formada a partir da junção da União Brasileira de Avicultura (UBA) com a ABEF
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Existe um velho ditado que diz “uma mentira contada muitas vezes se transforma em verdade”. Assim foi com o mito dos hormônios na carne de frango.
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O Paraná é um próximoEVENTO ano um crescimento ENCONTRO entre 2% e Estado marcadoDE VERÃOSindiRural - E como está o consuTECNOLÓGICO 2,5% sobre os volumes embarcados de mo interno de carne de frango? pelo pioneirismo de Francisco Turra - O consumo interno 2013. Entre as justificativas para o cresseus produtores, segue em padrões adequados, dentro de um cimento está a retomada das exportações cenário de perspectivas de crescimento. O para a China aos padrões de 2012, com o onde a produção atual consumo per capta é de 42 quilos/hab/ retorno da habilitação de mais três plantas em cooperativismo ano, um dos mais altos do mundo. Com a chee a habilitação de outras cinco plantas, togada dos 500 mil estrangeiros ao país durantalizando 29 unidades exportadoras para o é um modelo te a Copa do Mundo, é provável que a produmercado chinês. Se houver total empenho exemplar para todo ção seja impactada positivamente, com o audo Governo na agilização da abertura de mento da demanda. Neste sentido, buscando mercados importantes como Mianmar e Nio país. É altamente fortalecer ainda mais o consumo da carne de géria, e na negociação da redução de tarifas competitivo, já que frango – a mais consumida atualmente no para a Índia, o crescimento das exportações Brasil – há uma série de ações programadas poderá chegar a 5%. produz praticamente pela UBABEF. Dentre os destaques estão a SindiRural - A Copa do Mundo traz todos os insumos expansão da nossa semana gastronômica – a otimismo ao mercado de frango? Frango Week – e o fortalecimento do trabalho Francisco Turra - O ano de 2014 reque demanda em sua de excelência em redes sociais, liderado pela serva ótimas oportunidades para o nosso produção. campanha Amo Frango. setor. Exemplo disso é a Copa do Mundo
Fifa Brasil 2014, com a previsão da vinda de mais de 500 mil estrangeiros em nosso país, segundo dados da Embratur. Se por um lado o consumo interno é beneficiado, por outro também temos uma ótima chance de expandir a imagem da carne de frango brasileira junto a estes visitantes. Não faltam ações com este objetivo. Em parceria com as cadeias produtivas de bovinos e suínos, realizaremos ações apoiadas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) durante o torneio. Ao mesmo tempo, manteremos firmes ações bem sucedidas como a participação em feiras internacionais, como a Gulfood (Emirados Árabes Unidos), Foodex (Japão) e SIAL (França). Um novo branding para o Brazilian Chicken (marca setorial da carne de frango) foi construído para exaltar a alegria brasileira junto com outras qualidades já consagradas em nosso setor, como qualidade, sanidade e sustentabilidade. SindiRural - Como o Brasil é visto lá fora? Temos competitividade? Francisco Turra - O Brasil é um país competitivo, mas com um potencial ainda grande a ser explorado. É uma nação com um empresariado versátil, arrojado e empreendedor, mas que acaba tendo seu potencial fortemente atrapalhado por um poder público burocratizado. Somos competitivos graças à iniciativa privada, mas poderíamos alçar voos muito mais alto, se tivéssemos menos burocracia e tributos e mais capacidade logística, infraestrutura, entre outros. SindiRural - E as questões sanitárias? A influenza aviária continua causando temor? Que medidas de prevenção estão sendo adotadas ao redor do mundo? Francisco Turra - A influenza aviária não é um temor para nós. Somos o único entre os grandes produtores avícolas a
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nunca registrar casos em nosso território. Temos um sistema eficiente de proteção sanitária, com elevado emprego de tecnologia e controle de processos. A sanidade, aliás, é um dos principais fatores que nos levou ao primeiro lugar no mercado mundial das exportações de carne de frango. Mas não podemos nos descuidar. Em nosso setor, a cautela é a ordem, também, nas questões sanitárias. E temos nos blindado com medidas importantes neste sentido. Visitas controladas, realização de treinamentos entre outros, são ações rotineiras em nosso setor. Há, ainda, um importante projeto em fase de aprovação. Trata-se do Projeto de Compartimentação da Avicultura. Esse programa é uma das mais importantes ações focadas no fortalecimento sanitário da avicultura mundial dos últimos anos. A ação foi idealizada pela OIE, tendo no setor avícola brasileiro seu projeto piloto, sob coordenação do Ministério da Agricultura do Brasil e da UBABEF. O programa consiste na estruturação da produção em compartimentos, que mapeiam e isolam plantas e estruturas produtoras de granjas. Com a divisão da produção em compartimentos da produção, a reação a eventos epidemiológicos será mais rápida e de mais fácil controle, reduzindo os impactos econômicos gerados e dando maior segurança sanitária à cadeia produtiva. O relatório final de implantação do Programa de Compartimentação da Avicultura Brasileira foi entregue por mim e por representantes do Ministério da Agricultura ao diretor-geral da Organização Mundial de Saúde Animal, Bernard Vallat, em Foz do Iguaçu (PR). Garante-se, assim, o status sanitário da produção avícola nacional, evitando interrupções no comércio internacional do setor avícola brasileiro. 10
SindiRural - E fora do País, a tendência é de aumento do consumo? Francisco Turra - Há, sim, expectativa de aumento de consumo, especialmente nos mercados emergentes. Com o aumento da renda nos países com economia crescente, há a tendência natural de aumento, também, do consumo de proteínas. Neste cenário, a carne de frango leva vantagem por não apresentar restrições religiosas e culturais. A própria FAO destaca que a carne de frango superará a carne suína como a mais consumida no mundo, por volta de 2025. SindiRural - O Paraná é um estado em potencial na produção e comercialização de carne de frango? Francisco Turra - O Paraná é o maior produtor e exportador de carne de frango brasileiro. É um estado marcado pelo pioneirismo de seus produtores, onde a produção em cooperativismo é um modelo exemplar para todo o país. É altamente competitivo, já que produz praticamente todos os insumos que demanda em sua produção. A avicultura paranaense é altamente empreendedora, desbravadora de mercados. Esta sempre entre os estados com participação destacada em feiras internacionais, por meio da marca internacional da carne de frango brasileira, a Brazilian Chicken – gerenciada pela UBABEF, com o apoio da Apex-Brasil. SindiRural - De quem é o mérito do crescimento? Do produtor? Das Cooperativas? Das indústrias? Do mercado? E este bom momento deve durar por quanto tempo? Francisco Turra - O mérito é de todos, cada qual exercendo o seu papel em cada elo da cadeia produtiva. Temos uma cadeia unida em um único objetivo, a sustentabilidade econômico-social da produção. Por este motivo, creio que o momento positivo deva durar por um bom tempo. Abril e Maio/2014
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REGISTRO FRASE
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Os “ruralistas” costumam ser muito malvistos por certos setores minoritários e barulhentos. Apanham de todo mundo: das esquerdas, dos verdes, dos índios, da imprensa, de atores e atrizes “progressistas”, de fanáticos do aquecimento global, do Bono Vox, do Sting… Em suma: este é um dos únicos países do mundo em que os que produzem riquezas são alvos da fúria dos que produzem discursos.
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REINALDO AZEVEDO Jornalista e colunista da revista Veja.
Sindicato Rural debate estradas rurais
O diretor secretário do Sindicato Rural Patronal de Cascavel esteve participando no mês de abril do programa Paraná Rural, exibido aos domingos pela CATVE - TV Cultura. Também esteve presente o vice-prefeito de Cascavel e secretário de Obras, Mauricio Quirino Theodoro. Na ocasião, o secretário falou sobre o que a sua pasta esta fazendo para a conservação das vias, que em época de chuvas causam transtornos aos produtores rurais que delas dependem para trafego da sua produção. Manifestando-se em nome da diretoria do Sindicato Rural, Paulo Vallini se colocou à disposição da Prefeitura Municipal para ajudar a elaborar programas e projetos que visem o asfaltamento das estradas rurais do município, uma vez que quase sua totalidade é somente de terra ou cascalhada
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Leilão Angus é destaque na Expo-Londrina
O 7º Leilão Royal Angus, promovido pelas cabanas Reconquista e Terra Costa, que aconteceu no dia 11 de abril, foi uma das atrações da Expo Londrina de 2014. O leilão vendeu todas as 42 fêmeas e 1 macho que ofertou, com uma média geral de R$ 7,7 mil. O destaque ficou para o Lote 11, com a fêmea FZST Xagu 3173, do agropecuarista Rogério Stein, que foi vendida por R$ 14.000,00 para a Agropecuária Casagrande, de Lavras/ RS. Chamou a atenção também a grande procura por fêmeas rústicas, ofertada em lotes de 2 e 3 animais, que foram comercializadas rapidamente para criadores do Paraná e Rio Grande do Sul.
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Umao onça em São João do Oeste?
Alguns produtores rurais do distrito cascavelense de São João do Oeste, tem perdido o sono por causa de uma onça na localidade. O animal apareceu no início de março e causou prejuízos na região. Osmar Munareto perdeu duas ovelhas atacadas pelo felino. A esposa dele, Rosmari, conta que a onça atravessou o rio com as duas presas. A vizinhança também tem percebido a presença do animal nas redondezas. Em dezembro do ano passado os agricultores também haviam relatado vestígios de uma onça pelas redondezas. Na ocasião eles identificaram pegadas e acionaram a Polícia Ambiental e o Ibama. Desta vez o mesmo procedimento foi adotado, mas até agora o animal não foi localizado.
UOPECCAN recebe doação da I.Riedi
No dia 14 de abril, às 14h, representantes da área do negócio agrícola da BASF e da I.Riedi, revenda especializada em insumos e grãos , fizeram a entrega de cerca de 13 mil litros de leite longa vida ao Hospital do Câncer de Cascavel – União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer (Uoppecan). A doação foi resultado da campanha “Faça parte desse Sorriso” realizada em conjunto pelas duas empresas. A arrecadação aconteceu durante todo mês de março e teve como objetivo beneficiar os pacientes em tratamento no hospital pelo SUS. Parte da doação foi destinada à Casa de Apoio Cascavel, mantida pela instituição.
Alemães visitam Brahman Chaco
Um grupo de estudantes da Alemanha, região da Bavária, esteve visitando o Condominio Brahman Chaco no mês de abril. Eles vieram ao Brasil para conhecer a genética de várias raças aqui criadas e no roteiro não poderia faltar o conhecer a raça Brahman. Já é a quinta visita que o criatório recebe de alemães. Eles assistiram a palestra proferida por pelo veterinário Jairo Frare, que contou a história da raça brahman e fez um descritivo de suas qualidades e da formação do condomínio Brahman Chaco, A sensação como sempre foi o touro Evoke, que faz as boas vindas e encantou a todos os visitantes, mostrando sua qualidade e docilidade da raça Brahman. Mais uma foto que roda o mundo levando imagens de nossa seleção genética.
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LEITE
BRUCELOSE E TUBERCULOSE
Lei vai proibir leite sem certificação
A partir de 1º de junho, produtores de leite do Estado não poderão comercializar a produção se não apresentarem comprovação de vacinação do rebanho
Os produtores terão de comprovar a ausência de tuberculose e brucelose de todo rebanho leiteiro e apresentar certificação de vacinação contra brucelose. Laticínios que não entregarem a documentação por parte de seus fornecedores também não poderão comercializar o leite. As novas normas fortalecem o Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PECEBT) para garantir a qualidade do leite comercializado no Paraná, que vem trabalhando para se tornar um estado livre de zoonoses. Uma das portarias se refere à vacinação contra a brucelose, que já é obrigatória desde 2002. Mas o produto mais indicado e eficaz disponível no mercado, conhecido como vacina B19, é aplicado somente uma vez na vida do animal, entre os três a oito meses de idade. Os animais que não forem vacinados no período recomendado não podem mais receber o medicamento, sob risco do resultado do exame dar falso positivo. A alternativa que deverá ser adotada será a obrigatoriedade da vacina RB51, que pode ser aplicada em animais acima dos nove meses. A prioridade é vacinar os animais até os oito meses de idade com a B19. Caso o produtor deixe passar esse período, poderá ser autuado e multado e obrigatoriamente terá que recorrer à RB51 e apresentar o atestado de vacinação. PRODUTORES Outra medida adotada envolve os produtores de leite do Estado. A partir de 1.º de junho de 2014 somente poderão fornecer leite aos laticínios os produtores que comprovarem os exames de brucelose e tuberculose de todo o rebanho leiteiro, além do atestado de vacinação contra a brucelose. O produtor também poderá adotar para a proteção de seu rebanho e a valorização
As propriedades certificadas como "Livre Brucelose e Tuberculose" terão placa de identificação na porteira
dos produtos a certificação da propriedade como Livre de Brucelose e Tuberculose. A certificação de propriedades iniciou em 2005 e obedece aos princípios técnicos estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). As propriedades certificadas no Paraná recebem uma placa de identificação, que é colocada na porteira da propriedade, indicando o status sanitário conquistado. Atualmente o Paraná conta com 55 propriedades certificadas e outras 20 estão em processo de certificação. LATICÍNIOS Já aos laticínios cabe exigir os exames do rebanho leiteiro de seus fornecedores de leite in natura, não podendo receber e comercializar o produto das propriedades que não comprovarem os exames de brucelose e tuberculose e a vacinação contra a brucelose em seu plantel. O estabelecimento deve apresentar à Adapar o relatório de todos os seus fornecedores e não poderá receber ou comercializar o produto oriundo de propriedades que não apresentarem os laudos e atestados, sejam eles produtores do Paraná ou de outro Estado. Esta medida também entra em vigor em 1.º de junho de 2014. 14
O QUE SÃO AS ZOONOSES
A brucelose e a tuberculose são comuns aos animais e aos seres humanos. A contaminação pode ocorrer tanto no contato direto com o animal contaminado como na ingestão de leite não pasteurizado de animais doentes. São doenças graves e que podem causar sérios danos à saúde dos animais e dos humanos. Para o gado, ambas as doenças não possuem cura, sendo obrigatório o sacrifício sanitário dos animais que apresentarem reagentes positivos. Abril e Maio/2014
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SAÚDE Alimentação saudável
Para a nossa vida é essencial que tenhamos todos os nutrientes, e o processo que fornece esses nutrientes é a nutrição, ela nos traz o conhecimento da relação entre o alimento e a doença, e ainda busca o bem-estar e a prevenção da saúde humana. Para o trabalhador no campo, exige-se uma atenção muito especial em relação a uma alimentação nutritiva e saudável. A alimentação saudável requer que tenhamos uma hábito diário saudável onde envolve várias refeições ao dia com intervalos de 2 a 3 horas, são elas café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche da noite. O objetivo é alimentar o organismo de todos os nutrientes básicos, carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, enzimas, sais minerais, e ainda considerar a idade, as preferências alimentares, disponibilidade de alimentos para que essas necessidades sejam atendidas. Buscar a alimentação saudável, é também, prevenir ou melhorar assuntos como: diabetes, dislipidemia (colesterol, triglicerídeos, HDL), controle de peso, hipertensão, ou ainda sim-
plesmente entender que existe diferença entre comer e se alimentar. A Unimed Cascavel, preocupada com o bem estar e saúde dos seus beneficiários, oferece o projeto Na Medida, que propõe orientar as pessoas sobre a necessidade
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de mudanças dos hábitos alimentares, e também mudar a forma como pensamos sobre os alimentos. Informe-se: (45) 3038-8989 ou pelo email: medicinapreventiva@unimedcascavel.com.br.
Abril e Maio/2014
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INDIGENAS
CASA DE PASSAGEM
Discussão sobre instalação continua Comissão criada pela Câmara de Vereadores de Cascavel voltou a discutir o assunto, que continua sem definição e causando polêmica
Avistar índios caingangues perambulando pelas ruas de Cascavel não é nada fora do comum. Já faz parte da realidade. Eles estão cada vez mais presentes. Grande parte deles procuram a cidade para a venda de artesanatos e até mesmo para conseguir esmolas e assim garantir a sobrevivência. Na Aldeia Rio das Cobras, que fica em Laranjeiras do Sul, a situação é de miséria. São três mil famílias. Falta tudo e quem não vem para a cidade, passa fome. Por essas e outras razões, o número de índios em circulação na cidade de Cascavel tem aumentado. Eles afirmam que na aldeia não recebem o apoio necessário e que nem a cesta básica de deveria ser garantida pela Funai, está chegando. No final de 2013, muitas famílias caingangues armaram acampamento na rodoviária de Cascavel. Eram tantos que a Prefeitura chegou a disponibilizar ônibus para levá-los de volta. Mas foram várias viagens que não resolveram o problema. Uma das grandes preocupações envolve as crianças, pois segundo o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, casos de abuso sexual estão acontecendo, além dos problema registrados também com as mulheres indígenas, pois algumas vem para a cidade para se prostituir. Diante de situações como essas, o município de Cascavel se vê de frente com um grande problema social e humanitário. Foi assim que a Secretaria de Ação Social sugeriu a proposta para a construção de uma Casa de Passagem Indígena. O projeto de autoria do vereador Paulo Porto sugeria a principio a construção da obra na região Sul da cidade, mas a proposta foi recusada pelos moradores, que apresentaram abaixo assinado desaprovando o local em audiência pública realizada em outubro do ano passado. Do encontro foi extraída uma Comissão de Trabalho para deliberar sobre a Casa de
O Conselho foi formado pela Câmara de Vereadores para discutir o tema
“
Uma alternativa para a construção seria a prefeitura disponibilizar uma sala na rodoviária para o comércio do artesanato indígena em parceria com Nova Larajeiras
”
PAULO VALLINI Diretor do Sindicato Rural de Cascavel
Passagem e seus desdobramentos. Em março deste ano houve um novo encontro e a discussão do assunto recomeçou, porém alguns membros da Comissão ainda discordam sobre a eficácia da solução proposta. “A Casa de Passagem terá uma capacidade de atendimento para dez famílias, mas aqui temos muito mais do que isso. Precisamos chegar ao objeto do problema. Diante da afirmativa de que os índios vêm para a cidade vender artesanato para conseguir dinheiro, acho que uma solução seria a prefeitura disponibilizar uma sala na rodoviária para este comércio com administração em parceria com Nova Laranjeiras”, sugeriu 18
o secretário Executivo do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Vallini. “Agora, se os indígenas estão vindo para Cascavel em busca de donativos, a situação é diferente. Aí entendo que algo deve ser feito na própria aldeia”, complementa o diretor. O vereador indigenista Paulo Porto, também é membro da Comissão e considerou a ideia da sala para venda de artesanato, mas ainda assim acha necessária a construção da Casa de Passagem. “Precisamos chegar nas famílias que estão aqui. Tenho medo de uma favelização indígena em Cascavel, coisa que não está longe de acontecer. Também acho que a Casa não vai resolver, mas será um instrumento de controle”. A Casa de Passagem vai oferecer banho, comida e cama, que poderá ser um chamariz para os índios. O MELHOR LOCAL A região Sul não quis receber a Casa de Passagem Indígena. Na próxima reunião a Prefeitura deverá apresentar outras possíveis áreas para construção. Antes de qualquer anúncio, a comissão pretende instalar um protocolo de conscientização com a população em relação ao indígena, diminuindo o preconceito e garantindo os direitos sociais. Jair Pereira, representante do Conselho Comunitário, explicou que um dos erros cometidos na definição da área na zona sul era a utilização de uma área de utilidade pública, que legalmente não pode ser utilizada para este fim. Abril e Maio/2014
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C O M U N I C A Ç Ã O
REVISÃO
MANEJO VARIEDADES
CÃO PASTOR
O melhor amigo do agropecuarista “ A milenar técnica de pastoreio é utilizada até hoje. Na Região Oeste, a substituição do peão pelos cães da raça Border Collie ganha cada dia mais espaço entre os produtores rurais
Eles correm, brincam e tudo isso faz parte do trabalho. Isso mesmo. Este é o dia a dia dos cães de pastoreio. No município de Corbélia, região Oeste do Paraná, encontramos criadores de gado colocando ordem no rebanho com a ajuda dos amigos fieis. E os cachorros dão conta direitinho da missão. Conduzem, reúnem a boiada e cuidam do rebanho. Waldomiro Kluska Júnior é médico veterinário, agropecuarista e também dono de Igor e Xiru, ambos da raça Border Collie. Eles foram treinados para serem cães de pastoreio. E no exercício da profissão, no manejo do gado e também das ovelhas, a dupla se torna motivo de orgulho ao dono. Waldomiro é o próprio treinador. E o trabalho, assumido por ele como “esporte”, tem tido um excelente resultado, tamanha sua dedicação! Tanto, que Xiru está participando do Campeonato Paranaense de Cães de Pastoreio.
Existem provas de pastoreio na Europa em que os cães trabalham com rebanhos a 2400 metros de distância do condutor, fazendo o serviço de arrebanhar e conduzir o rebanho.
”
WALDOMIRO KLUSKA JUNIOR Agropecuarista
“Escolhi a raça Border Collie porque é a única capaz de trabalhar em longas distâncias, muitas vezes sem enxergar o dono. Existem provas de pastoreio na Europa em que os cães trabalham com rebanhos a 2400 metros de distância do condutor, fazendo o serviço de arrebanhar e conduzir o rebanho”, explica Waldomiro. E a vocação não é de hoje. A raça Border Collie é especial para pastoreio, e desde o início de sua criação, foi selecionada para o serviço, deixando de lado os aspectos fenotípicos dos animais. “Hoje em dia existem diferentes linhagens de Border Collie, que vão dos originais para pastoreio, as linhagens de "agilite" e os cães 20
para exposições morfológicas. Mas o principal ainda é o pastoreio, e a entidade que controla os registro de cães de pastoreio (ISDS- International Scheep Dog Society), não avalia os cães por sua morfologia, mas sim por sua aptidão para o trabalho”, salienta Waldomiro. O detalhe é que o Border Collie trabalha por instinto. Isto quer dizer que não é possível fazer um cão que não tem o instinto de trabalhar com rebanho ser um cão de pastoreio. “Somente ensinamos e treinamos os cães à trabalharem para nós”. Mas os cães também são feitos de carne e osso. São capazes, eficientes, possuem limitações físicas, Abril e Maio/2014
CONHEÇA AS RAÇAS DE CÃES DE PASTOREIO E CAÇA PASTOR DE SHETLAND
Obedece com vontade e naturalidade, muitas vezes com pouco ou nenhum ensino.
PASTOR ALEMÃO
Se destaca pela lealdade, companheirismo e nervos controlados. Usado como pastor e busca e salvamento.
porém, são muitos corajosos. “Em rebanhos acostumados ao trabalho com cães, já vi um só cachorro e um boiadeiro conduzirem pela fazenda cerca de 200 cabeças de gado e 300 de ovelhas”. CUSTO O custo de um filhote de boa genética, ou um cão já trabalhando é um pouco alto quando comparado a outros filhotes. Mas trata-se de um investimento, lembrando que um cão bem treinado no rebanho economiza o serviço de dois ou três peões. A despesa mensal é ração, água e um pouco de carinho! Isso quer dizer que cães vira-latas, por exemplo, seriam mais difíceis de desempenhar bem o trabalho. "Só se ele tivesse a sorte de ter entre seus ascendentes um Border Collie, por exemplo. Não adianta nada se o animal não tem esse instinto de pastorear. Só o contato com os bichos não é suficiente", completa Leandro dos Santos, da Appas. De acordo com ele, os cães pastores ainda não são tão utilizados em fazendas aqui no Brasil porque há o mito de que o animal precisa ser agressivo com o rebanho. "O animal precisa conduzir com tranquilidade e é treinado para isso", diz. CUIDADOS COM OS CÃES Como todo trabalhador, os cachorros utilizados no campo também devem ter alguns direitos garantidos. Entre eles está a vacinação em dia, visitas periódicas ao veterinário e uma alimentação balanceada, com ração de boa qualidade. De acordo com a veterinária Janaína Reis, do Mister Vet Centro Veterinário (SP), é preciso cuidar para que o animal não se contamine com as fezes do rebanho e para que não tenha problemas nas articulações, já que se movimenta bastante. "É preciso fazer o controle de parasitas, como carrapatos e pulgas, e ele deve ser examinado por um veterinário de seis em seis meses", diz. Sobre os períodos de descanso, Janaína Reis alerta para a necessidade de o cão ter pausas de descanso e tomar conta dos rebanhos no máximo por seis horas diárias. "As pausas Março e Abril/2014
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São dóceis mas reservados com estranhos e possuem uma excelente resistência ao calor.
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É um cão inteligente, forte, valente e com muita facilidade para o aprendizado. Está sempre disposto a se sacrificar pelo dono.
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É um cão dócil e rústico, que se adapta bem tanto em fazendas, sítios e quintais quanto em apartamentos.
ROTTWEILER
Apesar da fama de bravo, o temperamento está relacionado ao tratamento que ele recebe como filhote
HISTÓRIA DOS PASTORES Foi em tempos remotos que os pastores sentiram a necessidade de proteger os seus rebanhos, tanto dos ataques de animais selvagens, quanto do próprio homem, e que pensaram em solucionar estes problemas recorrendo aos cães, que provavelmente já eram utilizados na caça e proteção de propriedades. Era necessário, porém, que estes cães pastores apresentassem um tipo físico específico. Deveriam ser fortes e velozes, particularmente resistentes às intempéries e longas caminhadas, e que tivessem uma pelagem clara, para que pudessem ser facilmente identificados em meio ao rebanho, mesmo à noite. A seleção natural e a domesticação produziram esses cães ainda em tempos antigos, com origem provável no continente asiático, e é plausível afirmar que os primeiros exemplares
devem ocorrer a cada duas ou três horas de trabalho, e é importante sempre oferecer 21
tenham chegado a Europa acompanhando os mercadores fenícios, que usavam esses cães como objeto de troca. Outras hipóteses propostas são que esses cães teriam seguido às legiões romanas que voltavam das expedições ao Oriente, ou ainda migrado à Europa com os Cumanos, povo de origem tártara, que no século XI, vencidos pelos Mongóis, retirou-se da região da Moldávia até a Hungria. Graças à excepcional inteligência, vigor físico e notável resistência, os cães pastores e boiadeiros de hoje exercem ainda inúmeras outras funções além de suas tarefas tradicionais. Diversas raças compõem o grupo de cães pastores e boiadeiros, (exceto os boiadeiros suíços), dentre elas o Pastor Alemão, o Border Collie, o Bouvier de Flandres, entre outras.
água ao cão. Sobre a alimentação, ela deve ter alto valor energético".
SAFRINHA
ESTIMATIVAS
Trigo tem 54% de aumento de área Estimativas do Deral projetam aumento de 54% na área plantada do milho safrinha na região de Cascavel em relação à safra anterior O plantio de trigo deve ter um aumento de 54% na região de Cascavel nesta safra de inverno. Os números fazem parte das projeções do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná. Tudo indica que os produtores devem quebrar o jejum de anos e retomar o plantio de trigo. O aumento na área promete se refere à região do núcleo de Cascavel, que abrange 28 municípios, passando de 92.800 hectares para 142.860. Com isso a produtividade deve crescer, e muito. O aumento previsto é de 295%. No ano passado foram colhidos nesta mesma área de abrangência 93.747
“
O aumento da área plantada deve foi de 92.800 hectares para 142.860 nos 20 municípioos do núcleo Cascavel. Com isso, a produtividade deve crescer, e muito. j.j. PÉRTILE Técnico do Deral
”
toneladas. “Foi uma safra de grandes prejuízos. Tivemos 20 mil hectares completamente perdidos por conta das fortes geadas ocorridas durante o período”, lembra o técnico do Deral, J.J Pértile. Mas o fator preço tem incentivado os produtores a arriscarem no plantio do trigo. 22
A saca está cotada em R$ 42. Já o milho, causa sensação oposta com o preço de R$ 23 desanimando muitos produtores. Assim, boa parte dos produtores que no inverno passado apostou no milho safrinha, agora está migrando para o trigo. De um ano para o outro o milho safrinha perdeu 15% em área na região de Cascavel. Passou de 334.610 hectares para 283.790 neste ano. Isto significa um recuo na produção, de aproximadamente, 12%. Em 2013 foram colhidos 1.795.030 toneladas nos 28 municípios do Núcleo. Agora a expectativa é de 1.595.000. No município de Cascavel a última safrinha de milho teve resultado catastrófico. As perdas comprometeram metade da área, 10.500 hectares. A produtividade média foi de 850 quilos por hectare, quando em condições normais o a colheita chega a resultados de 2.500 quilos por hectare. SAFRINHA DE SOJA, TEM GENTE QUE ARRISCA! Que o solo da região Oeste é favorável para a cultura da soja, ninguém duvida. É Abril e Maio/2014
Pértile: “2014 uma safra de grandes prejuízosdevido às fortes geadas"
fato. E tem produtor que tenta explorar a produção ao máximo, fazendo inclusive a safrinha de soja. Um risco, que alguns produtores assumiram correr. O detalhe é que em função do vazio sanitário a soja precisa obrigatoriamente estar colhida até do dia 15 de junho. É uma corrida contra o tempo e um desafio imenso, já que o plantio acontece fora de época. A lavoura fica ainda mais sujeita a pragas ou problemas com o clima. Dirceu Krebs, do distrito cascavelense de Espigão Azul, foi um dos produtores que arriscou. Para ele a experiência não está
Março e Abril/2014
Em 2013 foram colhidos 1.795.030 ton de milho nos 28 municípios do Núcleo de Cascavel. Agora a expectativa é de 1.595.000.
sendo das melhores. Até agora foram necessárias cinco aplicações, e mesmo assim, a ferrugem não foi contida. O clima úmido e com temperaturas altas favorece a disseminação da praga. A surpresa vem das estatísticas. No ano passado o Núcleo Regional de Cascavel, que compõe 28 municípios, registrou uma área
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de 4.706 hectares de soja safrinha. A produção foi de 7.059 toneladas. Já neste ano, os números revelam que os agricultores estão a cada dia mais destemidos, e adaptados a correr riscos. A área mais que triplicou. São 16.897 hectares de soja safrinha. A expectativa é de uma produção de 16.597 toneladas.
ARTIGO
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
Técnica aprimora rebanho leiteiro Técnica pouco aplicada em Cascavel, a Inseminação Artificial traz benefícios e aumento na produtividade de leite do rebanho Por Jairo Frare (*) A necessidade de alta produção de leite e bezerros é fundamental para que a granja leiteira sobreviva e seja capaz de gerar lucros no mercado competitivo atual. Isso somente é possível se a eficiência reprodutiva do rebanho for otimizada. Desta forma, através da IATF se busca diminuir o intervalo entre partos (IEP) e aumentar a proporção de animais em lactação, além do número de bezerros produzidos por ano. As vacas leiteiras, durante a lactação, apresentam características fisiológicas particulares que diferenciam o comportamento reprodutivo desses animais, quando comparadas a fêmeas bovinas de outra aptidão. A fertilidade das vacas leiteiras, principalmente as altamente produtivas, é mais baixa, devido a algumas particularidades metabólicas que tornam a concepção mais problemática, exigindo maior número de inseminações por prenhez. Nesse contexto, as técnicas de IATF se mostram ferramentas valiosas por que: - Eliminam a necessidade de observação de cios nas vacas sincronizadas. As vacas são inseminadas em horários pré-fixados, evitando-se as falhas de detecção. - Conseguimos induzir atividade ovariana em vacas em anestro. - Podemos programar as inseminações, os nascimentos e, conseqüentemente, a produção leiteira, conforme a necessidade, (manter a produção constante durante o ano ou aumentar a produção em períodos de entressafra). - Diminuição do intervalo parto-concepção, com conseqüente aumento da produção de bezerros e leite (eficiência reprodutiva). - Diminuição de custos de manutenção, pela redução do período ocioso das vacas do rebanho. Informações reprodutivas sobre
os rebanhos leiteiros As falhas de detecção de cios comprometem a taxa de serviço e a eficiência reprodutiva dos rebanhos que utilizam Inseminação Artificial convencional. PRÉ-REQUISITOS PARA UTILIZAR IATF EM REBANHOS LEITEIROS - As vacas a serem sincronizadas devem ter, no mínimo, 45 dias de intervalo pós-parto. - As vacas devem estar em média/ boa condição corporal (2,5 ou acima, numa escala de 1 a 5). - As vacas não devem estar em balanço energético negativo intenso (perda de peso grave). - O controle sanitário deve ser rigoroso, evitando que doenças como Brucelose, Leptospirose e outras, interfiram na reprodução. - Antes de iniciar um protocolo de IATF, é necessário que um veterinário examine o sistema reprodutor das vacas para eliminar animais com problemas clínicos (infecções uterinas, cistos ovarianos, etc). Evitamos desperdício de hormônios e sêmen em vacas não aptas. -As endometrites resultantes de reten24
ções de placentas devem ser tratadas com aplicações de prostaglandina e antibioticoterapia (se necessário) até a resolução. - Vacas com cistos ovarianos podem ser tratadas com GnRH (GnRH) e 7 dias depois com PGF2J (prostaglandina) observando a manifestação de cios subseqüentes. Outra possibilidade de tratamento do cisto ovariano é a realização de um programa de IATF com progesterona. - Sempre ao utilizar programas de IATF, dar preferência a sêmen de touros com histórico de fertilidade e oriundo de empresas idôneas, isso evita variação de resultados e queda dos índices de prenhez. MANEJOS PARA INCREMENTAR A TAXA DE CONCEPÇÃO À IATF Existem alguns trabalhos utilizando estratégias que visam melhorar a taxa de concepção em vacas leiteiras. Estas estratégias podem ser utilizadas concomitantemente à IATF, pois alguns autores afirmam que elas podem incrementar os resultados. Há que pesar, porém, se o custo benefício dos mesmos são viáveis dentro da realidade da propriedade que assistimos. - Aplicação de GnRH, 7 dias após a IA Abril e Maio/2014
(Inseminação Artificial): Esse manejo induz a ovulação do folículo dominante da 1ª onda de desenvolvimento folicular, que se inicia 1 dia após a ovulação ocorrida na IA. Esse manejo gera um corpo lúteo acessório. Aumentando a produção de progesterona, e podendo melhorar as taxas de prenhez, por diminuir os índices de perda embrionária. - Aplicações estratégicas de prostaglandina no período voluntário de espera: Pesquisas recentes demonstram que a fertilidade de vacas leiteiras é maior se elas houverem ovulado uma ou mais vezes antes da 1ª inseminação pós-parto. Pode-se aumentar a proporção de animais cíclicos através de aplicações de prostaglandina aos 30 e 44 dias pós-parto, melhorando a taxa de concepção à IA ou IATF. - BST (Bovine Somatotrophine): A aplicação de BST, durante o período de protocolo de IATF, pode promover um efeito positivo sobre a qualidade do óvulo e acelerar o desenvolvimento embrionário. Alguns trabalhos afirmam que esse manejo diminui a taxa de perda embrionária precoce. - Suplementação alimentar com Ácidos Graxos Omega 3: A ingestão de 10 gramas/ dia de ácidos graxos Omega 3, durante o período reprodutivo, melhora a taxa de concepção na IA (segundo alguns trabalhos norte americanos), diminuindo o índice de perda embrionária, motivada pela regressão
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precoce do corpo lúteo. Os ácidos graxos Omega 3 mudam a cadeia de degradação do ácido Araquidônico, resultando em Prostaglandinas do Tipo E (ao invés de PGF 2J), que não são ativas na lise do corpo lúteo.Algumas fontes de Omega 3 são óleo de peixe e gordura protegida de óleo de palma. Pesquisas indicam que os métodos tradicionais de detecção de cio raramente conseguem índices de eficácia acima de 50 a 70%,
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conseqüentemente, muitas das vacas em cio não são inseminadas, por falha de detecção. Isto gera aumento da média de intervalo entre partos, aumento do intervalo entre lactações e diminuição do número de bezerros produzidos por ano, além disso, existem outras falhas como a inseminação de vacas que não estão em cio, ou que já estão em momento desfavorável, o que provoca desperdício de sêmen. As vacas leiteiras têm um período de recuperação pós-parto difícil, pois além da recuperação natural do aparelho genital e corporal, ainda têm a alta produção de leite como agente complicador (balanço energético negativo), o que pode gerar períodos bastante longos entre o parto e a nova concepção. O aumento da produção de leite é um efeito reflexo da diminuição do intervalo entre partos, conseqüentemente o período seco do animal será menor. Numa propriedade onde o IEP é de 18 meses e, hipoteticamente, consegue-se reduzir para 12 meses, temos uma lactação a mais a cada período de 3 anos, ou seja, 50% de aumento de produção leiteira por ano, só devido ao ganho reprodutivo obtido. (*) Jairo Frare é médico veterinário especialista em IATF e Transferência de Embriões, titular da Santa Clara Genética
PRAGA
LAGARTAS
Resistência causa preocupação
A tecnologia BT promete matar as lagartas da lavoura de milho. Mas em algumas lavouras ela não está conseguindo se manter eficiente. Existe produtor preocupado com o prejuízo
A lagarta está se tornando resistente. Este é o entendimento do entomologista Joselito Nunes, pesquisador e professor do curso de Agronomia da FAG. “Hoje quase todo o milho cultivado em nossa região é da tecnologia BT. Esta tecnologia terá uma vida curta se os produtores não se adaptarem a necessidade do refúgio biológico”. O refúgio biológico é o plantio de plantas convencionais em meio as transgênicas ou próximas a lavoura BT. O objetivo do refúgio é permitir que aconteça na área o
cruzamento das lagartas que frequentam os dois tipos de milho e assim evitar que elas criem resistência ao transgênico. E como o refúgio não caiu no gosto de muitos produtores, as empresas tiveram que criar outro meio para não perder a tecnologia em pouco tempo. “Nesta safra já temos milho convencional misturado ao transgênico, na mesma sacaria, para preservar a tecnologia”, explica Joselito. A lagarta do cartucho leva este nome
porque fica escondida no funil da planta, no chamado cartucho, onde as folhas se formam. A tecnologia BT veio para eliminar a praga das lavouras. Um determinado bacilo ataca no intestino, no aparelho digestivo da lagarta transformando em cristais e matando o bicho. O entomologista informa que a infestação da lagarta do cartucho foi mais intensa em fevereiro, com seca e altas temperaturas. “Agora a cultura já está com desenvolvimento mais avançado aliado a chuvas e tempe-
ratura mais amenas. A situação está controlada. As perdas só devem ter ocorrido em áreas em que não houve monitoramento adequado”, explica. O pesquisador Joselito afirma que o principal dano é o aumento do custo de produção, já que em caso de ataque, são necessárias aplicações extras de inseticidas. “Acredito que na região as perdas por causa da lagarta tenham sido pequenas, já que os produtores, de forma geral, conhecem a praga e sabem como fazer o controle”.
Joselito: "A infestação da lagarta do cartucho foi mais intensa em fevereiro, com seca e altas temperaturas"
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CASCAVEL
ESTRADAS RURAIS
Chuvas agravam situação. De novo. Sempre é assim. Basta um período de chuvas para se agravar a já precária situação das estradas rurais de Cascavel, causando dor de cabeça ao agricultor na hora de escoar sua produção e até mesmo se locomover da sua propriedade à cidade
A preocupação com os pequenos produtores é prover condições para que eles e seus descendentes permaneçam nas propriedades. Com os grandes, a inquietação é um pouco diferente, no sentido de que o trabalho tenha continuidade com resultados cada vez melhores. Bom para o produtor, excelente para o município. Mas, de qualquer forma, para ambas as situações, estradas bem conservadas para o escoamento da produção são imprescindíveis para o bom desempenho das atividades. A agricultura vai bem, os produtores estão qualificados, munidos de informação e tecnologia e o resultado brota em forma de grãos valorosos e produtos de alta qualidade. Agricultores zelam da lavoura e fazem o que podem pelo melhor resultado porém, com a situação precária das estradas rurais de Cascavel da porteira para fora o controle foge às mãos, pois estradas ruins significam perda na competitividade. Gilmar Cardoso é dos muitos cascavelenses que dependem direta e indiretamente da agricultura em Cascavel. Ele é motorista de um caminhão que transporta a produção de ovos da Linha Peroba, interior do município. O dia a dia de Gilmar não é fácil, exigindo que ele seja bom de braço para desviar tantos obstáculos e ter paciência o suficiente para andar com velocidade reduzida por todo o trecho. A localidade conta com muitos aviários e caminhões carregados de ração sempre atolam. “Tem gente que ganha dinheiro puxando veículos que atolam por aqui”, diz Nelson Marmentini, que mora no local há mais de 60 anos. Para quem transporta
Mauricio Theodoro, secretário de Obras: "Até o fim do ano todas as estradas que tem transporte escolar serão readequadas"
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O ônibus escolar sempre encalha e os estudantes acabam chegando atrasados ou perdem aula ANTONIO BASSO Produtor rural
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grãos, também tem dilema. Todo cuidado é pouco. A estrada está sem cascalho e, em alguns pontos, a erosão rouba a cena. São crateras, que quando chove, se transformam em lagoas no meio da estrada. O ônibus escolar, não raramente, encalha. E os estudantes acabam ficando no prejuízo. “Quando isso acontece, chegam atrasados ou acabam perdendo aula”, conta Olímpio Antônio Basso, que já viu isso acontecer com o filho. QUILÔMETROS DE READEQUAÇÃO A Secretaria de Obras do Município de Cascavel, na medida de sua capacidade, tem realizado as readequações nas estradas rurais de Cascavel. O secretário e vice prefeito Maurício Theodoro informou que em 2013 o trabalho foi realizado em 285 quilômetros. Outros 600 quilômetros foram patrolados. “O patrolamento é um serviço paliativo, assim como é o tapa-buraco. O correto é a readequação, retirar a aguada de dentro da estrada e abrir a curva de nível. Este é um serviço que depois de feito tem uma vida útil de cinco a dez anos, dependendo do local, do tráfego e da manutenção anual”, afirma. Abril e Maio/2014
Estradas georreferenciadas prometem agilizar a conservação
A partir de agora a técnica adotada é outra. Chama-se georreferenciamento que nada mais que um mapeamento que vai estudar estradas rurais de todo o município. O Conder (Conselho de Desenvolvimento Rural) viabilizou recursos através de verbas do Funder para ser realizado o trabalho. A empresa Senografia já iniciou os trabalhos que começaram pelos distritos de Sede Alvorada e Espigão Azul. A área a ser estudada foi dividida em 11 setores, distribuídos a duas equipes envolvidas no serviço. Assim que o levantamento for concluído, vai apontar a situação
Maurício observa que neste ano a readequação foi realizada em 95 quilômetros de estradas, além de serem patrolados outros 180 quilômetros. “São números significativos e acreditamos que até o fim deste ano estaremos readequando completamente todas as estradas que tem o transporte escolar, e gradativamente estaremos atendendo estradas principais. A partir do ano que vem, o trabalho terá foco nas estradas secundárias”. O secretário afirma que todas as regiões do interior do município receberam melhorias, exceto a Colônia Melissa, onde os trabalhos estão por iniciar. CONSERVAÇÃO REQUER AJUDA DO PRODUTOR Estradas que permitam ir e vir sem grandes transtornos é o desejo de todos os produtores. Para a Prefeitura, o trabalho tem custo e, por isso, precisa ser feito de forma gradativa, pois cada quilômetro de estrada
de cada estrada, o tipo de pavimento, largura, acessos a propriedades, número de pontes e suas medidas. O objetivo é traçar um diagnóstico, levantar a qualidade para então planejar os investimentos e as melhorias necessárias. O georeferenciamento é feito através de GPS, que com software instalado num aparelho portátil coletará os dados dos pontos que serão percorridos. A ideia é que cada uma das duas equipes percorra 30 quilômetros por dia. No fim, os dados ficarão disponibilizados no Geoportal da Prefeitura, para que todo cidadão tenha acesso.
Por quê em Sede Alvorada é diferente?
No distrito de Sede Alvorada a situação é um pouco diferente. Lá os produtores estão satisfeitos com 22 quilômetros de estradas readequadas, através de uma parceria com a Itaipu Binacional, por meio do programa Cultivando Água Boa. Lá, o serviço é ainda mais avançado. Em algumas situações a estrada está sendo levantada em mais de um metro da altura, em nome do pleno escoamento da produção.
readequada custa para o município de R$ 13 a R$ 15 mil. “Temos equipamentos pesados, caminhões especiais, retro escavadeiras, pá carregadeiras, esteiras, homens, material e tempo que tornam o custo significativo. No ano passado foram investidos R$ 2,2 milhões, e neste ano mais R$ 2,4 milhões”, enfatiza o secretário de Obras de Cascavel. E onde há investimento de recurso público é preciso que haja também zelo e consciência. Os produtores podem ajudar na preservação das estradas, por onde o trabalho já passou. O problema é que nem todos pensam assim. “Temos produtores dispostos a preservar a estrada e produtores que infelizmente colocam cerca, plantam em cima, e movimentam equipamentos que danificam a estrada. São poucos, mas prejudicam toda uma comunidade. Queremos fortalecer o pedido para que os produtores tenham consciência”.
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Filiais no Paraná: Assis Chateaubriand (44) 3528.6110 - Cascavel (45) 2101.3777 - Guarapuava (42) 3624.1415 - Pato Branco (46) 2101.3299 - São Miguel do Iguaçu (45) 3565.2026 Filiais em Santa Catarina: São Miguel do Oeste (49) 3631.1200 - Xanxerê (49) 3433.0101
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CASCAVEL
SECRETARIA DE AGRICULTURA
Orçamento injusto penaliza o campo Agricultura é um dos setores que mais gera riquezas para Cascavel. Em contrapartida, a secretaria conta com verbas ínfimas
Que Cascavel é uma potência do agronegócio todo mundo sabe. No município de terras férteis a produção de soja bate recordes ano a ano. Assim é também com o milho. O solo vermelho tem vocação inclusive para a cultura do feijão, do trigo, de hortaliças e frutas. O leite também tem despontado por aqui, com uma alta produção anual. O município também um grande centro produtor de aves e suínos. E tudo isso move a agroindústria, que se mostra forte na capital do Oeste. O difícil é saber na ponta do lápis o que isso representa. As atividades estão cada vez mais diversas, a produção se multiplicando a cada safra. O número de propriedades também crescem dia a dia, porém, não há um levantamento de dados preciso. Há poucos meses o engenheiro agrônomo Luiz Carlos Marcon assumiu a Secretaria de Agricultura de Cascavel reconhecendo que teria muito trabalho pela frente. O maior dos desafios é “mexer” com a secretaria, promover a guinada e centrar a pasta de acordo com o horizonte que se projeta. “Até então a Secretaria tinha como preocupação fazer os projetos e encaminhá-los ao banco. Ela era conduzida desta forma e nós dispensamos isso. Nosso foco agora é conhecer a nossa realidade, quantificar, analisar e projetar”. O secretário explica que a teoria está prestes a ganhar efeito prático. “Vamos fazer um planilhamento. Queremos entender a dinâmica das pequenas propriedades. Ao longo dos últimos anos tivemos muitos reassentamentos em Cascavel e o nosso perfil de produtores e de produção mudou bastante”, afirma. Como exemplo, cita a questão do leite. Estima-se que são produzidos em Cascavel cerca de 90 milhões de litros de leite por ano. “Somos uma das maiores bacias leiteiras do Estado, mas não sabemos qual a quantidade da produção, quem a produz ou
Secretaria de Agricultura de Cascavel quer fazer recadastramento das propriedades rurais
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Quem está gerando lucro para Cascavel é a agricultura. Temos que criar uma nova visão do processo
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LUIZ CARLOS MARCON Secretário municipal de Agricultura
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para onde vai o leite produzido em Cascavel. O que sabemos é que boa parte do volume sai de pequenas propriedades, mas o município precisa conhecê-las e saber quem são esses produtores”. O leite é matéria-prima para a produção de queijos, por exemplo, e em Cascavel há várias pequenas fábricas que produzem o subproduto. Detalhes assim também precisam ser quantificados. Tudo isso faz parte do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP). E desse total é extraído um percentual que retorna para Cascavel para ser reinvestido. Quanto maior o VBP, maior o retorno”, afirma. “Precisamos dimensionar, e por isso, daremos início a essa pesquisa. Vamos saber quem produz, quanto produz e quantas pessoas vivem de cada propriedade”, informa o secretário. CADASTRAMENTO Um serviço de cadastramento das propriedades rurais de Cascavel terá início no primeiro semestre de 2014. O questionário já está formulado, em duas folhas, com perguntas básicas, porém, essenciais. Pesquisadores irão a campo, de propriedade em propriedade, em busca das respostas. Hoje o município trabalha oficialmente com 3.800 propriedades, mas de acordo com Marcon, o número é ultrapassado. “Os reasAbril e Maio/2014
tário de Agricultura. “Tenho convicção que a maior geradora de renda que Cascavel tem é a agricultura, ultrapassando os prestadores de serviços, a indústria e as faculdades. É só fazer o cálculo: são 3.800 propriedades rurais, nas quais existem 14 mil pessoas ativas, trabalhando. Quem está gerando lucro para Cascavel é a agricultura. Temos que criar uma nova visão do processo, nos estruturar com bons profissionais que tenham visão e vontade de ir para o campo”, finaliza. O diretor secretário do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Vallini, tem certeza de que os números da agricultura no PIB do município é muito maior do que se estima. “Temos absoluta certeza de que a produção
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Temos absoluta certeza de que a produção agropecuária é base da economia cascavelense. Assim como acontece a nível nacional, o agronegócio hoje sutenta a economia.
Paulo Vallini, do Sindicato Rural: "A participação da agricultura no PIB do municipio é muito maior do que os números oficiais mostram"
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PAULO VALLINI Diretor secretário do Sindicato Rural de Cascavel
sentamentos redefiniram o nosso extrato no campo. Fiquei 17 anos fora da agricultura, trabalhando mais diretamente com o meio ambiente. Particularmente, me assustei com tantas mudanças. Tudo se multiplicou. Temos um novo cenário, mas infelizmente não tivemos a perspicácia de entender este processo”, lamenta Marcon. ORÇAMENTO MINÚSCULO O secretário sabe que colocar a Secretaria de Agricultura nos trilhos vai demandar um trabalho gigantesco. A boa notícia é que as estatísticas correm a favor do município. Mas para buscar os números uma verdadeira operação terá que ser montada. O problema é que as ações da Secretaria é limitada pelo minúsculo orçamento anual. “Temos R$ 1,7 milhão por ano, um dos menores orçamentos da Prefeitura. Sem demérito, mas precisamos avançar, deixar de ser uma secretaria marginal para sermos uma secretaria que atue de forma mais proativa. Hoje fazemos só o que é formal e isso precisa mudar. Vamos deixar os serviços burocráticos um pouco de lado”, reconhece o secreMarço e Abril/2014
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agropecuária é base da economia cascavelense. Assim como acontece a nível nacional, o agronegócio hoje sustenta a economia. O que não entendemos é porque o poder público não dá a atenção devida ao setor”, afirma. “Sabemos da importância de pastas como a Saúde e Educação, mas não conseguimos imaginar o motivo de a agricultura há muitos anos ser tão esquecida na hora de melhorias e investimentos”, salienta. O diretor afirma que o Sindicato Rural de Cascavel sempre esteve à disposição do poder público municipal no que tange à busca de soluções para o setor. “Tenho certeza de que o agricultor, se for chamado, fará sua parte para melhorar essa realidade”, finaliza.
DISTRITO
JUVINÓPOLIS
Um lugar onde todo mundo se conhece Em todas as edições da nossa revista estamos reservando um espaço para mostrarmos mais o interior de Cascavel. Nessa edição, fomos visitar Juvinópolis, um dos importantes distritos do município.
Localizado às margens da PR-180, pertinho de Boa Vista da Aparecida, o lugarejo possui habitantes de longa data. E quem mora lá, não esconde o apreço que tem pelo local, como por exemplo Janinha Ribeiro Santos, que reside no distrito há 30 anos. “Vi muita coisa acontecer. Há algum tempo, não muito distante, Juvinópolis era tratado como um ‘fim de mundo’ ”, afirma. Mas o progresso chegou no distrito. Tanto que Janinha está se tornando empresária. Tudo começou com a frutaria na beira da estrada. A ideia foi sendo aprimorada e o espaço foi se ampliando. Além da frutaria, Janinha vai tocar agora uma churrascaria. “A população aumentou por aqui. Tem muita gente que passa e também que trabalha aqui nas redondezas. A ideia é fornecer marmita também, e lucrar”, comenta orgulhosa. ESTRUTURA Continuamos nosso passeio pelo distrito e encontramos estabelecimentos comerciais antigos, mas também novos empreendimentos. A vila, que tem vida pacata e agradável, conta com duas escolas, uma do município e outra do Estado. A Igreja, como na maior parte dos casos em outras localidades, é um dos principais pontos de referência e também cartão postal de Juvinópolis. Pelas ruas, gente em clima de sossego. Outro morador do local é Amauri de Campos. Ele é dono de um bar e está em Juvinópolis há 40 anos. “Gosto muito da vida aqui. Tem emprego, tem comércio, tem natureza”. Com ele, encontramos o agricultor Wilson Cordeiro, que concorda com o amigo em relação à qualidade de vida do local. E toca num item muito importante: a segurança pública. No local, há poucas ocorrências
Juvinópolis é um local tranquilo, que recebe muito bem todos os seus visitantes
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A população aumentou por aqui. Tem muita gente que passa e também que trabalha em Juvinópolis e nas redondezas.
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JANINHA RIBEIRO SANTOS Moradora de Juvinópolis
de violência. “Nasci aqui e não troco este lugar por nada. Em Juvinópolis, todo mundo se conhece. Se chegar um carro estranho todo mundo já fica de olho”, ressalta. Como na maioria das pequenas comunidades, todos os moradores ajudam um ao outro. Afinal de contas, este é o único jeito, pois o distrito até que conta com um módulo policial, mas este está vazio. “Em Juvinópolis há até mesmo casa disponível para moradia de policiais militares, mas por falta de efetivo, o imóvel também está vazio”, afirma o morador Elias Ribeiro Vilas Boas. “Aqui não tem polícia. E quando acontece alguma ocor32
rência ficamos na dependência de Cascavel. E aí, a demora no atendimento é certa”, comenta. O moradores contam com a Unidade Saúde da Família no distrito, que funciona em período integral, mas nem tudo são flores. “Além de precisarmos de efetividade no módulo policial, temos também outras necessidades, como a reforma da subprefeitura, asfalto, um carro para a Saúde e uma capela mortuária”, diz Amauri. Já para Wilson, que é agricultor, a prioridade número um é a readequação de estradas. Juvinópolis é um território marcado pela Abril e Maio/2014
Amauri de Campos: "Tem emprego, comércio e natureza"
Igreja de Juvinópolis é ponto de referência para os moradores
Amauri: "Prioridade é readequação das nossas estradas"
A frutaria à beira da BR vai virar ser ampliada para virar também churrascaria
diversidade. Na agricultura, se destaca na produção de soja e milho. O leite também está muito presente, em termos de produção, e também de recebimento do produto para industrialização. A localidade conta também com produtores que investem na avicultura, na suinocultura e na criação de ovinos. Como a maioria das localidades rurais,
o distrito tem seu prato típico, com um tempero especial e gosto inesquecível: o Porco à Juvinópolis, prato à base de mandioca e carne suína. O Núcleo Setorial Rural, formado por comerciantes locais, é o responsável pela divulgação da iguaria e os moradores garantem: quem prova, aprova! No final da visita ao distrito, notamos algo comum com outras localidades: a
qualidade de vida dos moradores e a solidariedade entre eles. Apesar de todas as dificuldades que enfrentam, como a falta de estrutura, esses distritos ainda se destacam em produtividade e conseguem manter uma cultura própria. Saímos de lá com a certeza de que tudo poderia ser melhor se o poder público desse condições desses locais se desenvolverem melhor.
O distrito se destaca na produção agrícola do município Março e Abril/2014
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NOVIDADE
COLHEITADEIRAS
Kit rotor renova colheitadeiras MF Os proprietários da colheitadeira MF 32 e MF 34 podem agora instalar o kit rotor oferecido pela Massey Ferguson para diminuir perdas e ter mais economia de combustível
As colheitadeiras híbridas vêm conquistando cada vez mais a confiança dos produtores brasieiros. A maior capacidade de colheita deve-se ao sistema híbrido de trilha e separação, cujas principais vantagens são a redução das perdas durante a colheita e um menor consumo de combustível. É o caso da MF 32 SR, que apresenta um percentual muito menor de perdas e uma economia de combustível de pelo menos 30%. “O modelo é baseado na tradicional e consagrada MF 32 agregando a agricultura uma nova maneira de se colher, onde pelo uso de seus dois separadores (S) rotativo (R), os quais dão nome à máquina e proporcionam um diferencial na produtividade da mesma. Possuem sistema tangencial de trilha e separação por rotores (sistema Hibrido), características estas que proporcionam uma maior capacidade de colheita”, ressalta Adevandro de Lima, responsável pela difusão de tecnologia e suporte técnico da Camagril, concessionária Massey Ferguson em Cascavel. KIT ROTOR PARA MF 32 E MF 34 O sistema de rotores, que é novidade na MF 32 SR, agora pode também ser adaptado para os modelos anteriores da marca. "Temos agora disponível em todas as concessinoárias Camagril o kit rotor para ser instalado na MF 32 e na
Adevandro: "Proprietários de MF 32 e MF 34 tem a opção de instalar o kit rotor"
MF 34. Assim, quem já possui essas colheitadeiras pode usufruir dos benefícios do rotor sem precisar comprar outra máquina, o que
em alguns casos não seria vantajoso para o agricultor", afirma Adevandro. A instalação do kit traz grandes benefícios, como não precisar mais retirar e limpar o saca-palha antes da colheita de uma nova cultivar, o aumento do grau de pureza do grão e consequente diminuição dos custos de beneficiamento das sementes, além de limpar melhor os grãos sem quebrá-los. Outras vantagens são o baixo índice de perdas no campo, que resulta numa germinação muito menor, e a economia de combustível. "Temos diversos clientes que já fizeram a atualização da MF 32 e da MF 34 com o kit rotor. Por serem modelos recentes, a maioria dessas colheitadeiras que estão no mercado se encontram em razoável estado de conservação", saliente Adevandro. "É aí que o kit rotor se torna um acessório indispensável para quem busca mais economia e agilidade. Além disso, é um acessório original, disponibilizado pela Massey Ferguson e instalado por profissionais treinados na fábrica, não oferecendo riscos para o maquinário", finaliza.
A MF 32 SR alia as vantagens dos modelos convencionais e axiais, onde os grão são processados por um cilindro e dois rotores
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Na agricultura o equilíbrio entre todos os fatores são determinantes para uma safra de sucesso. Se apenas um desses fatores falhar, toda a produtividade é afetada. Quando se trata de fertilidade, o equilíbrio entre os elementos é ainda mais determinante, pois o mesmo nutriente aliado para um incremento de produtividade ao mesmo tempo pode ser um grande inimigo quando encontrado em excesso ou não disponível para a planta. A Agricultura de Precisão (AP) na Condor Agronegócios abrange com dinamismo e agilidade todo o ciclo, desde a coleta do solo até aplicação dos insumos, além de contar com todo o portfólio que o cliente necessita. A Condor Agronegócios conta com Agrônomos capacitados para analisar os mapas gerados, fazendo a correta recomendação baseada no equilíbrio dos nutrientes e posteriormente a aplicação em taxa fixa e variável com caminhões próprios. Esse é o diferencial da Condor Agronegócios: possuir todo o pacote da AP em seu portfólio para levar aos nossos clientes os mais altos níveis de produtividades!
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BR 277 - Km 597 - Bairro Santos Dumont 35 - Cascavel - PR | Fone (45) 3333-9000
C O M U N I C A Ç Ã O
AGRICULTURA DE PRECISÃO
SENAR
SINDICATO RURAL
Peça de teatro busca a conscientização A arte cênica é utilizado de forma criativa pelo Sindicato Rural de Cascavel para mostrar a importância da qualificação na vida das pessoas
Na vida real Vanuza Garcia é secretária da diretoria do Sindicato Rural de Cascavel. André Lovera é mobilizador do Senar. Eles trabalham juntos e foi num bate-papo que o casal de amigos teve a brilhante ideia de inovar na forma de atrair o público para os cursos de qualificação. Vanuza e André criaram de “uma hora para outra” uma peça de teatro, que encantou e conquistou. Vanuza se transformou em “Bastiana”. André deu vida ao personagem “Juvenal”. O roteiro foi simples. Entre o projeto e a prática houve um intervalo de apenas cinco dias. Tudo foi improvisado, mas muito bem pensado. O figurino, o cenário, a trilha sonora e, principalmente, o diálogo. A peça é rica em detalhes. Retrata a vida de um jovem casal de produtores rurais, do casamento a velhice. Envolve os dilemas, os problemas, a importância dos cursos, a diferença do antes e do depois. Mostra o papel do sindicato, os direitos, os deveres. Na conversa entre os Bastiana e Juvenal a história transcorre de uma forma que a gente nem percebe que os minutos vão passando. E que comédia!!! Nesta estreia não faltou risada. Nem do público e nem dos atores. “Foi muito gratificante. A ideia surgiu de repente e decidimos encarar o desafio. Foi um corre-corre, mas deu tudo certo. Fomos aplaudido”, comentam os atores. NO ALVO Sim, o resultado agradou o público. A peça foi apresentada pela primeira vez a um grupo de mulheres do distrito de Juvinópolis, convidadas a participar do curso “Mulher Atual”. Iracema Razera saiu animada do encontro. “Aqui recebi uma injeção de ânimo. O teatro foi maravilhoso, me identifiquei com muitas situações da vida do casal. Eles conseguiram mostrar o que realmente acontece dentro das famílias. O teatro me ajudou a ver
O teatro foi a maneira encontrada por Vanuza e André para atrairem alunas ao curso
Rosani: "Elevar a autoestima das mulheres do campo é muito importante"
o quanto o curso pode ser importante. Saio daqui decidida. Vou me inscrever”. O tiro foi certeiro. A peça de teatro atingiu o objetivo. Para o Sindicato Rural, a criatividade de André e Vanuza virou um orgulho. “Queríamos fazer algo diferente para atrair mais pessoas para os cursos. Tivemos a grata satisfação de alguns colaboradores 36
do Sindicato se dedicarem de uma forma totalmente inovadora. O resultado foi excelente. Esta sensibilização através do teatro foi muito importante porque se aproximou da vida cotidiana das pessoas. A peça teve uma abordagem da juventude até a velhice, os envolvimentos que o Sindicato tem, os cursos do Senar. É gratificante e só temos a dizer que vamos levar o teatro para todas as comunidades”, afirma o secretário executivo do Sindicato, Paulo Vallini. REFLEXO NA SAÚDE “O trabalho desenvolvido pelo Sindicato através da realização dos cursos com os produtores rurais também reflete na Unidade Básica de Saúde", afirma a assistente social Rosani Brendo, gerente do PACS PSF. "Percebemos que a adesão aos nossos programas de prevenção tem aumentado e por isso, pretendemos ampliar esta parceria em outras localidades", ressalta. Para ela, o curso é um grande exemplo, pois motiva as mulheres a cuidarem melhor da saúde e conseguem levar isso para toda a família. "Elevar a autoestima das mulheres do campo é algo muito importante. No dia-a-dia, elas ficam na lida e acabam esquecendo de si, e muitas acabam depressivas. Com atividade diferenciada conseguem organizar a rotina da casa Abril e Maio/2014
“Mulher Atual”, um curso que transforma
Geni: "O curso Mulher Atual mudou a minha vida"
e cuidar da sua saúde”, destaca. “MUDEI DE VIDA” “Decidi fazer o curso “Mulher Atual” de uma forma inesperada. Faltavam mulheres para fechar o grupo. Aí uma amiga apareceu lá em casa, as 7h de uma segunda-feira. Eu estava dormindo. Levantei para atende-la e ela me convidou para fazer o curso", diz
A sensibilização visava a formação de turmas para o curso “Mulher Atual”. Trata-se de um despertar das capacidades da mulher, das habilidades, das competências, para que ela possa estar na propriedade, sendo esposa, mãe e também empreendedora, participando da gestão e do mundo dos negócios. “No curso trabalhamos a autoestima, a família, os papéis, administração do tempo e percepção das características. Ao final o diagnóstico é outro. São vidas transformadas. Quando iniciam muitas mulheres são tristes e isso muda no decorrer do curso”, comenta a instrutora Neuci Cicheroli Dias. O curso
Geni Folador Lorenski. Seu marido estava tirando leite quando ela apenas avisou“Ó, tô saindo”, e foi com a amiga. "O curso mudou minha vida. Antes era tudo meio bagunçado. Para ter uma ideia, quando falei que ia sair a primeira coisa que meu marido perguntou era quem iria fazer o almoço", diz. Quando Geni voltou, já deu o recado ao marido de
tem 80 horas e os encontros ocorrem uma vez por semana. A diferença entre o antes e o depois é visível. “O curso Mulher Atual proporciona um resultado fantástico, uma mudança radical. Temos mulheres que não participavam muito da atividade, ficavam retraídas, se limitando a fazer determinadas funções dentro de casa. E para nossa surpresa, no final do curso, esta mulher se transformou. Começou a dialogar com o marido a questão de custos da atividade, o que trouxe benefícios para a família e para os negócios”, diz Vallini.
que teria que se "virar" durante os 12 dias do curso. "Também foi bom para meu marido, que no período até aprendeu a fazer comida. Daquele dia em diante me senti mais valorizada. Até meu visual mudou. Cuido da aparência, das sobrancelhas, do brinco, das unhas... minha filha dá uns toques”, conta orgulhosa.
Pedro Martendal tem direcionado projetos que atendam as necessidades das comunidades rurais de Cascavel
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EVENTO
CONSÓRCIO NACIONAL VALTRA
Mais de 40 máquinas entregues em evento
O Consórcio Nacional Valtra reuniu mais de 300 produtores rurais em Cascavel para uma noite de contemplações
No mês de abril, Cascavel sediou mega assembléia do Consórcio Nacional Valtra. Agricultores foram contemplados com mais de 40 maquinários através de lance e sorteio. Um grande evento do Consórcio Nacional Valtra movimentou os agricultores no mês de abril em Cascavel. A cidade foi sede de mais uma mega assembléia nacional. A organização ficou por conta da concessionária Shark que reuniu mais de 300 produtores rurais consorciados em um grande evento. César Bonatto, gerente da Shark de Cascavel, destacou o aumento do interesse por renovação da frota de maquinários por parte dos produtores rurais. "O governo liberou novas condições com taxas de juros. Isso aumentou muito a procura por consórcios. Nessa super assembléia do grupo 5018 que estamos realizando sortearemos mais de 40 máquinas, através de sorteio, lances de 30% e lances livres", destacou. O produtor rural Cássius Barreiros, de Cascavel é um exemplo de quem confia no consórcio nacional Valtra para renovar seus maquinários. "Você precisa programar dentro de um prazo maior, mas ainda conta com a sorte da contemplação", diz ele. "O ideal é fazer uma programação adquirindo planos
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O número 63 sempre foi o meu número da sorte, desde a faculdade, onde era meu número de estudante
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NILSON RIBEIRO DA SILVA Produtor rural
que se encaixem dentro da idade das máquinas se você tem hoje, para que não se prolongue demais a troca. A partir do momento que começa a demorar demais, você 38
Cassius Barreiros:"Consórcio é a melhor opção para renovar o maquinário"
pode trabalhar com lances e tirar mais cedo o maquinário", afirma. O diretor de Vendas e Pós-Vendas da Shark, Sirio Francisco Barazetti, ressalta a força do agronegócio regional, que tem no Show Rural seu grande divulgador. "Por isso, conseguimos trazer clientes de todas as regiões para essa mega assembléia", afirma Sirio. "O consórcio vem ganhando mercado e crescendo muito no Brasil em todos os segmentos, tanto na parte de agricultura Abril e Maio/2014
como de automóveis, motocicletas, imóveis e caminhões", afirma Claudio Jose Kimi Nazo, diretor do Consórcio Nacional Valtra. "É um produto para planejamento. O destaque do Consorcio Nacional Valtra fica por conta da grande quantidade de entregas, dos planos muito atrativos, da taxa de administração atraente e do prazo de dez anos para pagar", afirma. O diretor ressalta que a modalidade não substitui financiamentos, mas tem atrativos diferenciados. "A grande diferença é que no financiamento o agricultor retira o produto na hora e no consórcio, apesar da taxa ser muito atrativa, tem que ser tudo planejado. Apesar de que hoje o Consórcio Nacional Valtra procura acelerar entregas, encurtando cada dia mais o prazo para entregas", ressalta Claudio. O tempo médio normal de espera é de até seis meses. Mas apesar disso, a sorte sorri para alguns, como é o caso do engenheiro agronônomo e produtor rural Nilson Ribeiro da Silva, que foi contemplado com dois dias de espera. "O número 63 sempre foi meu número da sorte, desde a faculdade, onde era meu número de estudante", comemorou Nilson. JANTAR E SHOW Mas as atrações da noite não ficaram apenas por conta das contemplações. Após o evento, todos os convidados tiveram uma noite agradável com jantar e show musical. A dupla Walmir e Wanderlei animou os presentes ao evento com músicas das mais variadas. "É um prazer organizar um evento desses. Aqui podemos colocar a conversa em dia com nossos amigos e clientes que moram em Cascavel e região, mas que confiam no nosso consórcio e na marca Valtra e na concessionária Shark", finalizou o gerente César Bonatto.
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Mais de 300 convidados foram recepcionados pelo Consórcio Nacional Valtra
Foram contemplados agricultores de todo o Brasil por sorteio e lance
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EMPRESA
DESTAQUE
Globoaves exporta ovos para o México
Na primeira remessa, efetuada por via aérea em fevereiro foram embarcados 270 mil ovos, volume que deve se repetir semanalmente nos próximos meses.
A empresa cascavelense Globoaves é líder no país na produção independente de pintos de um dia e de ovos férteis. Agora é também a única empresa brasileira habilitada a exportar o produto para o México. O primeiro embarque aconteceu em fevereiro e as perspectivas de exportação de ovos férteis para este destino são mais promissoras, mais inclusive de que as de carne de frango, que começaram em 2013 com a promessa de chegar a 320 mil toneladas por ano mas ainda não atingiram essa meta. O problema com o frango é que sua compra externa objetivava apenas preencher uma falta pontual, causada pela Influenza Aviária, e superada pela importação dos EUA, que tem no México seu principal importador. Preenchida a lacuna, o interesse pela importação do Brasil caiu – inclusive porque implicava em aumentar a ociosidade já enfrentada pela estrutura produtora de carne de frango (incubatórios, granjas criadoras de frangos, abatedouros, etc.).
A empresa cascavelense já vislumbra outros mercados além do México, como a Rússia
Já com os ovos férteis a situação promete ser bem diferente, altamente promissora. Na primeira remessa, efetuada por via aérea através do aeroporto de Viracopos, foram embarcados 270 mil ovos, volume que deve se repetir semanalmente nos próximos meses. Foram meses de empenho para que a parceria com o México fosse sacramentada. No dia 29 de maio de 2013 representantes do Serviço Nacional de Sanidade, Inocuidade e Qualidade Alimentar do México estiveram em Cascavel para visita técnica à Globoaves. Vieram para analisar a possibilidade de aquisição de ovos férteis, tendo em vista que o surto de Influenza Aviária resultou em prejuízos para o país.
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No México foram sacrificadas milhares de aves para sanear os focos, o que determinou o desabastecimento de carne e ovos. O grupo veio ao Brasil especificamente visitar a empresa cascavelense, com a finalidade de habilitá-la para exportar para o México ovos férteis para a incubação e produção de frangos de corte e com a possibilidade de importar ovos férteis para produção de frangas de postura comercial e ovos controlados para a fabricação de vacinas. Os diretores da Globoaves estão otimistas com o novo mercado. A abertura de novos mercados é um dos objetivos da empresa que ainda no primeiro semestre dece iniciar a exportação de ovos férteis também para a Rússia.
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TEMPO
RADAR METEREOLÓGICO
Um grande aliado da agricultura “
Inauguração do radar meteorológico de Cascavel faz parte de um programa que irá tornar o Paraná o Estado com a mais moderna infraestrutura de monitoramento e previsão hidrometeorológica do país
Foi quase um ano de espera, mas valeu a pena. Desde abril, quando foi inaugurado oficialmente, o radar meteorológico de Cascavel está em pleno funcionamento e a agricultura passa a contar com um grande aliado, um importante instrumento de monitoramento de toda a região Oeste. Segundo o diretor do Simepar, Eduardo Alvim Leite, o radar permite previsões bastante precisas. “O equipamento é capaz de realizar uma varredura completa da atmosfera a cada dez minutos, gerando dados que, integrados a outras informações, possibilitam ao Simepar antecipar e melhorar a qualidade dos alertas de eventos severos de tempo por meio de previsões de curtíssimo prazo com até seis horas de antecedência”, afirma. Este é o segundo radar do Paraná. O primeiro existe há 17 anos e está instalado no município de Teixeira Soares. O radar de Cascavel está localizado em ponto estratégico em uma área foi cedida pela Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), definido após um criterioso estudo técnico. “Teremos agora informações precisas para orientar os produtores rurais e garantir a segurança à população. Podemos agora prever tempestades e eventos naturais graves com três dias
Temos agora informações precisas para orientar os produtores rurais e garantir a segurança à população. Podemos agora prever tempestades e eventos naturais com três dias de antecedência
EDUARDO ALVIM LEITE Diretor do Simepar
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de antecedência. Teremos uma cobertura de 100% da área do Estado, com equipamentos dos mais modernos do mundo”, complementa o diretor do Simepar. PARANÁ SERÁ REFERENCIA Esse é mais um passo para que o Paraná passe ter a mais moderna infraestrutura de monitoramento e previsão hidrometeorológica do País, a “Rede Paranaense de Monitoramento Hidrometeorológico”, que será operada a partir de uma parceria entre o Instituto das Águas do Paraná e o Simepar. Um conjunto de medidas está sendo adotado pelo Governo para transformar o projeto em realidade. Os recursos estão sendo viabilizados via Fundo Paraná gerido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), do Banco Mundial - por meio do projeto "Fortalecimento da Gestão de Riscos
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e Desastres – FGRD" gerido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA) - e do próprio Simepar. Para aumentar ainda mais a precisão dos dados gerados pelo Simepar, considerando as características geográficas do território paranaense, está prevista para este ano a aquisição de mais dois radares de menor porte a serem instalados nas cidades de Pontal do Sul e Colombo, com recursos do Banco Mundial para o projeto "Fortalecimento da Gestão de Riscos e Desastres – FGRD", da Secretaria de Meio Ambiente. Além desses novos radares, a rede de estações automáticas de superfície será expandida com mais 15 estações meteorológicas, 100 hidrológicas e no mínimo 200 pluviométricas de modo a obter cobertura integral com pelo menos um equipamento em cada município paranaense. Os investimentos possibilitam que o Simepar complete seu projeto tecnológico com estações hidrometeorológicas, radares, detecção de raios, recepção de dados de satélites e a modernização do seu parque computacional com equipamentos e softwares de alto desempenho. O meteorologista Cesar Beneti, respónsável técnico pela implantação do radar informa que os dois radares, o de Teixeira Soares e o de Cascavel, estão funcionando de forma integrada, possibilitando o monitoramento meteorológico contínuo e sistemático de todo o Estado. “Temos alcance também das regiões Oeste de Santa Catarina e Leste do Paraguai onde se formam estruturas de tempo severo - chamadas complexos convectivos de meso-escala, que frequentemente se deslocam para o Oeste do Paraná", afirma. Entre as vantagens apontadas por
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Beneti estão o uso das informações para o desenvolvimento da agricultura, a prevenção da ocorrência de chuvas fortes que afetem a população, e o monitoramento do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas e da ocor rência de intempéries que possam danificar as linhas de transmissão de energia. “Vamos poder observar as tempestades que ocorrem no Paraguai antes de elas atingirem Foz do Iguaçu”, exemplifica o diretor. Ele acrescenta que o setor elétrico também terá grandes vantagens com o equipamento já que a Região Oeste é a que mais apresenta ocorrências de quedas de torres no estado. O investimento vai refletir diretamente na agricultura. O uso das i n fo r m a ç õ e s geradas a partir
Governador Beto Richa esteve presente na inauguração do radar meteorológico de Cascavel
do radar meteorológico pode contribuir para a produtividade das safras, especialmente na agricultura de precisão. E não é só isso. O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, destaca outros benefícios nos setores elétrico, de gestão ambiental e defesa civil. No setor elétrico, a estimativa de chuva por bacia hidrográfica contribui para o gerenciamento dos reservatórios e a produção de energia, além de aprimorar a vigilância meteorológica de linhas e redes. Na área ambiental, as informações são empregadas na gestão de recursos hídricos, parques e sítios de preservação. Para a defesa civil, o radar é um equipamento essencial na emissão de alertas de vendavais, granizo e tempestades que podem atingir comunidades e se configurarem como desastres naturais e ambientais. DESASTRES AMBIENTAIS Segundo Beneti, o radar de Cascavel é mais moderno que o de Teixeira Soares e tem como característica o fato de ter dupla polarização, o que significa que ele pode detectar se haverá a incidência de neve ou granizo. O Simepar integra o Sistema Paranaense de Informações para a Gestão dos Riscos a Desastres Naturais (SIGRisco), que
foi instituído pelo Governo do Estado em janeiro deste ano com a finalidade de planejar, ordenar e analisar variáveis meteorológicas, hidrológicas, geológicas, oceanográficas e técnico-científicas a fim de prover a Defesa Civil de informações sobre a iminência de eventos hidrometeorológicos severos capazes de causar desastres naturais. O radar surge para contribuir fortemente para este trabalho. O novo radar também servirá como base instrumental para pesquisas ambientais desenvolvidas pela comunidade científica paranaense e brasileira em parceria com instituições da região, entre as quais a Unioeste, Coodetec, Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), Laboratório de Hidroinformática do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e Instituto Nacional das Águas (INA), que terá uma unidade em Foz do Iguaçu em breve. Além disso, a integração operacional do sistema se dará com a Aeronáutica, Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), Dinac (Departamento de Aviação Civil paraguaio) e Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) que está implantando um radar similar em Lontras.
TECNOLOGIA DE ÚLTIMA GERAÇÃO Com tecnologia de ponta, o novo radar é do tipo Doppler e opera na Banda-S de frequência com dupla polarização, o que representa um salto de qualidade na estimativa de chuvas e vento, bem como na detecção de eventos severos como granizo, tempestades e vendavais. Sua alta resolução espacial abrange 240 quilômetros de raio no modo quantitativo e 480 quilômetros no modo qualitativo. Dentre todos os equipamentos meteorológicos, o radar é o mais caro e sofisticado. O custo
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deste radar foi de aproximadamente R$ 9 milhões, sendo R$ 8 milhões para aquisição do equipamento fornecido pela empresa norte-americana EEC (Enterprise Electronics Corporation) e cerca de R$ 1 milhão para a obra física de construção da torre, que tem 25 metros de altura. O Fundo Paraná, gerido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), forneceu 60% do valor. Os outros 40% são provenientes dos recursos próprios do Simepar. Fonte: Simepar.
RECICLAGEM
MEIO AMBIENTE
O exemplo de "Zequinha" “ Conheça a história do produtor que dá exemplo de preservação ambiental transformando e reciclando materiais de outras propriedades rurais
José Rossi Meurer é morador do Reassentamento São Francisco. Ele é agricultor familiar e mora na localidade há anos. Na pequena propriedade, a renda vem da diversificação. Da lavoura, de algumas vacas de leite e também de serviços que “Zequinha”, como é conhecido por todos, realiza na cidade como jardineiro. Na vida, o cuidado com o meio ambiente sempre foi motivo de preocupação. Em casa, ou no trabalho. A separação dos materiais, para ele, é regra. E de repente, Zequinha, se viu tão envolvido com a causa que decidiu ampliar a sua atuação em prol da ecologia e também do orçamento familiar: a reciclagem. Todos os dias ele passava em frente ao barracão que pertence ao Conselho da Associação de Moradores do Reassentamento São Francisco, em Cascavel. O local estava em desuso. Foi atingido por um vendaval, em que boa parte da cobertura foi arrancada, e desde então, a estrutura deixou de ser utilizada pela comunidade. “Foi aí que minha ideia ganhou corpo. Pensei que poderia prestar serviço nas propriedades, me dispondo a retirar todo o lixo, o que tiver. Pneus, lonas, plástico, papéis, sacos, enfim. Depois disso faria uma triagem e daria a destinação final. O material comercializável garantiria o meu retorno financeiro. E o que fosse apenas descarte, eu daria a destinação adequada, retirando o estorvo das propriedades, e beneficiando o meio ambiente. Neste projeto, o galpão era essencial. Tomei coragem e fui atrás. Conversei com o Conselho e para minha alegria eles toparam a parceria. Uso o barracão, conservo o local e me responsabilizo pelas despesas de água e luz”, afirma. A ideia ecologicamente correta despertou também o lado empreendedor de “Zequinha”. Primeiro a família iniciou a ati-
Muita gente queimava os materiais para se livrar dos entulhos. Sei que este não é o caminho certo. Sou a favor da ecologia
”
JOSÉ ROSSI MEURER Produtor rural
No barracão no Reassentamento São Francisco é feita a separação dos materiais
vidade. Hoje três novos postos de trabalho já foram criados. Janete, Maria Aparecida e Vera Lúcia são responsáveis pela triagem. Para elas o trabalho trouxe renda e alegria. Janete Marcon Nunes veio de Santa Catarina e já trabalhava com recicláveis. “Vim para Cascavel e moro aqui no Reassentamento com o meu pai. A 44
oportunidade veio em boa hora e justamente de acordo com o que eu já sabia fazer”, afirma satisfeita. Para Maria Aparecida Santana, emprego surgiu na hora certa. “Moro há três quilômetros daqui. Meu marido é pedreiro, mas atualmente está sem serviço. O salário que ganho aqui tem sido muito importante para o sustento da minha família”, diz. Vera Abril e Maio/2014
A iniciativa empreendedora gera empregos para Janete e Vera Lúcia, que são as responsáveis pela triagem dos materiais
Lúcia Gonçalves estava parada quando surgiu a oportunidade de trabalhar pertinho de casa. “Parece até que a vaga foi criada ou estava esperando por mim”, comemora. BASTA QUERER O estilo de trabalho é simples. Basta o produtor interessado na limpeza entrar em contato com Zequinha. “Me encarrego de ir na propriedade e retirar todo o material. Venho com tudo para o barracão e aqui fazemos a triagem”. Os espaços que antes eram baias de cavalo, agora servem para colocar o material separado. Um deles está lotado de sacos de ráfia, por exemplo. Por enquanto o trabalho de Zequinha abrange o Reassentamento São Francisco, mas ele pretende ampliar a área de atuação. Já entrou em contato com o Sindicato Rural de Cascavel para fazer uma parceria e também com a Secretaria de Meio Ambiente de Cascavel. Atualmente ele repassa por mês dez toneladas de materiais recicláveis, que antes, ficavam acumulados nas propriedades, prejudicando o meio ambiente e servindo de abrigo para insetos e animais
Mensalmente o produtor recicla 10 toneladas de materiais coletados nas propriedades
peçonhentos. “Muita gente até queimava os materiais para se livrar dos entulhos. Sei que este não é o caminho certo. Sou a favor da ecologia”, finaliza. Aos interessados em
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(45) 3225-1315
UNIOESTE
AGRICULTURA DE PRECISÃO
Curso de agronomia faz teste na prática Alunos do curso de Engenharia Agrícola da Unioeste foram à campo testar a eficácia da aplicação da distribuição transversal de calcário na lavoura
A agricultura de precisão é uma técnica que envolve teoria e prática. Como em outras áreas, nem sempre o que é planejado teoricamente funciona como desejado na hora da aplicação a campo. Foi com o objetivo de testar o conhecimento teórico que Cláudio Gurgacz, professor adjunto da disciplina de relação Solo-Máquina-Planta do curso de Engenharia Agrícola da Unioeste, campus de Cascavel, levou seus alunos a campo para uma aula prática. Com o apoio da empresa Preciza Agricultura de Precisão, de Corbélia, que cedeu profissionais e um caminhão aplicador de calcário, que os alunos da instituição puderam fazer um teste a campo dos seus conhecimentos e da eficácia dos equipamentos. "Estamos fazendo um teste justamente para saber qual a distribuição transversal que o caminhão faz, pois não adianta ele só variar e chegar a atingir a dose certa, ele tem que também ter um perfil de distribuição para que na sua transversal esteja realmente caindo aquela dose, sem falhas, buracos ou alguma variação fora da dose desejada", salientou Cláudio Heinzmann, engenheiro agrônomo da Preciza. O TESTE O professor Cláudio Gurgacz explica a
O caminhão aplicador da Preciza mostrou eficácia na aplicação em perfil transversal
metodologia do teste, onde são colocados bandejas alinhada no perfil transversal ao sentido de deslocamento do caminhão. "Após a passagem do caminhão, coletamos o material acumulado nos coletores, que são pesados através de uma balança de precisão. Os valores obtidos são colocados num programa que faz a simulação da largura entre as passadas que o produtor costuma trabalhar. Com esses dados, partimos para o ajuste do distribuidor, que possui 2 discos com aletas. Muda-se o ângulo para aumentar ou diminuir a capacidade de lançamento da partícula, variando se for calcário, fertilizante orgânico ou granulado. Para cada produto o ideal é que se faça esse teste para avaliar a que distancia a partícula é lançada. Com esse tipo de metodologia conseguimos avaliar essa distancia de lançamento de partículas e quanto está chegando lá. E a que distência eu vou ter que ajustar para fazer a sobreposição das faixas", explica Gurgacz.
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Para os alunos, a experiência foi muito estimulante e enriquecedora. "Quando chegamos aqui não conseguimos fazer a aplicação do calcário em função da velocidade do vento. Depois vimos que o caminhão também preciza ter um "ajuste fino" no sistema de distribuição, o que demanda um conhecimento e experiência por parte dos profissionais da empresa que aplica. Na sala de aula, tudo funcionaria bem, pois não teriamos essas variáveis que afetam a prática e eficácia da aplicação", afirma o acadêmico Victor Hugo Prudente. O experimento comprovou a eficácia da regulagem do caminhão da Preciza. "Aqui tivemos um atestado do nosso trabalho. Os dados obtidos comprovam algo que já sabíamos: nossos caminhões estão aptos a trabalhar numa faixa de 17 metros entre passadas aplicando calcário com um coeficiente de variação menor que 20% na dose alvo em todo perfil transversal", comemora Cláudio Heinzmann.
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FEIRA
AGRISHOW 2014
New Holland lança linha média potência
A New Holland escolheu a Agrishow 2014, a mais importante feira do agronegócio da América Latina, para lançar sua nova linha de tratores
Durante 21° edição da Agrishow, realizada em Ribeirão Preto (SP), de 28 de abril a 02 de maio, considerada o grande palco do sucesso do agronegócio brasileiro e dos principais lançamentos em tecnologia, a New Holland apresentou mais uma grande novidade para o 2014, a nova linha de tratores de média potência T6. "Com isso, a New Holland busca unir o que existe de melhor nas demais categorias, os tratores T6 podem ser definidos como o resultado da união da robustez e versatilidade dos tratores de baixa potência com a tecnologia e modernidade da nossa linha de alta potência, o que o coloca como a melhor e mais moderna opção para aqueles clientes que buscam tecnologia, conforto, rendimento e melhor relação custo-benefício, sem abrir mão do design", afirma Odail de Morais, gerente de vendas da concessionária Metropolitana Tratores, de Cascavel. O gerente destaca alguns diferenciais do novo lançamento, como o melhor motor da categoria produzido no Brasil, turboalimentado com Intercooler, com 4 cilindros de 4500 cilindradas e com excelente reserva de torque e torque máximo. "A tranmissão HI-LO 16x8 proporciona mais torque ou redução da velocidade a cada troca de marcha com o simples toque de um botão, ergonomicamente localizado na alavanca de marchas. Já o reversor hidráulico Power Shuttle permite a movimentação do trator frente e ré sem o uso da embreagem – agilidade e economia de manobras, além de possuir atuação mecânica sincronizada; Sistema Autoblocante limited Slip, que atua como um bloqueio mecânico do diferencial dianteiro, onde é acionado automaticamente e proporcional à carga aplicada nos pneus". informa Odail. Outros destaques da linha ficam por ao bloqueio do diferencial traseiro; bloqueio da Março e Abril/2014
tração, tomada de força independente com acionamento mecânico; e velocidades de 540 e 1000 Rpm com eixo intercambiável. "O sistema hidráulico tem opção de até 3 válvulas remotas de centro fechado, com vazão de 80 L/min e ainda a opção com válvula planter, que permite uma vazão de até 100 L/min; Bomba exclusiva de engrenagens de centro aberto; Capacidade de Levante de até 3950kg; e excelente capacidade de tração na barra", ressalta o gerente. Além de todas as características já citadas, merece destaque também a exclusiva cabine Padrão Europeu, sem dúvida a melhor da categoria. Com melhor e maior área envidraçada e maior espaço interno, proporciona melhor controle e visibilidade das atividades no campo. Podemos citar 47
ainda a disposição ergonômica dos comandos e o exclusivo sistema de ar condicionado com saídas de ar localizadas na coluna de direção, que proporcionam uma melhor refrigeração da cabine, garantindo maior conforto do operador. "E não podemos esquecer a opção de eixo flange e passante, que permite uma maior variedade de bitolas e o rodado duplo, melhorando o poder de tração e diminuindo a compactação do solo", afirma Odail, que convida aos agricultores para conhecer os novos tratores da linha na concessionária Metropolitana Tratores, em Cascavel. "Estamos esperando ansiosos para mostrar mais essa novidade da New Holland que vai trazer agilidade e rendimento ao trabalho no campo", finaliza o gerente.
RECEITA
VACA ATOLADA
Um prato que tira sua fome do atoleiro
Aprenda a fazer a "Vaca Atolada", um prato típico da comida caipira que tem como principais ingredientes a costela bovina e a mandioca
Tropeiros valeparaibanos carregavam no embornal carne mergulhada na gordura, o que garantia alimento por um bom tempo, sem deteriorar. Ao longo das trilhas colhiam mandioca, assim podendo misturá-las e cozinhar junto com as carnes, uma comida forte e boa para dias mais frios da serra. Nas serras, nos períodos de chuva, o gado encalhava e não prosseguia, havia então o momento de remanejamento dos animais, o descanso da tropa e a hora da sua alimentação. Daí surgiu o nome da receita: Vaca Atolada.
Vaca Atolada
INGREDIENTES Vamos precisar de 1 kg de costelas de boi, cortadas em pedaços; 2 cebolas sem casca e picadas; 4 dentes de alho, sem casca, amassados e picados. MODO DE PREPARO Comece temperando as costelas com a
cebola, o alho o sal e a pimenta. Em uma panela grande, esquente o óleo e em seguida adicione as costelas já temperadas. Frite-as por 4 minutos aproximadamente. Em seguida, junte os tomates picados, o vinagre, o cheiro verde e água suficiente para cobrir as costelas. Deixe ferver e cozinhe por aproximadamente 20 minutos ou até que a costela esteja quase macia. Então, adicione a macaxeira, tempere com sal e adicione mais água suficiente para que cubra e cozinhe a macaxeira. Cozinhe por aproximadamente 40 minutos, ou até que a macaxeira esteja bem macia e cozida. Desligue o fogo e sirva quente. Agora a parte mais "dificil": degustar com moderação. Bom apetite!
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ANIVERSARIANTES ABRIL
01/04/1935 01/04/1962 01/04/1964 01/04/1971 02/04/1929 02/04/1940 02/04/1962 03/04/1938 05/04/1942 05/04/1953 05/04/1968 06/04/1962 06/04/1972 07/04/1967 08/04/1950 08/04/1972 09/04/1945 11/04/1971 13/04/1949 14/04/1930 14/04/1952 14/04/1954 14/04/1977 15/04/1934 15/04/1950 15/04/1955 16/04/1946 16/04/1958 16/04/1967 17/04/1931 17/04/1933 17/04/1962 17/04/1962 18/04/1939 18/04/1948
ANGELO PERUZZO PEDRO DE SOUZA LUIZ CARLOS ZITTERELL CINTIA MARIA ZANDAVALLI AMILDA BREGOLI ROSA SACK OREJUELA TEREZINHA GOMES DE OLIVEIRA MACIEL LIVINO BEIJAMIN STURMER ADELIR LEOPOLDO PERINI EDI MARIA RAUPP JULIONIR PATICOWSKI IVO MECABO PAULO ANTONIO PATZOLD AMAURI DAMBROS JOSE LANGER REGISON LUIZ SLONGO EDNA FAGUNDES RAMOS NEIVA ROTTA GUILHERME HAROLDO STOCKER MIGUEL GARCIA SEGURA OSVALDO DINALO CLEOMAR MARIA SALVATTI CARRIJO AURIA APARECIDA MASCARELO ALTIVIR BRAGANHOLO JOSE MARMENTINI NILO DANIELI OSCAR AVELINO ZANELLA LUIZ KATSUMI FUJISAWA ELCI BERNADETE ECKEL FABRIS ZENAIDE DE MARCO REBELLATO DANILO DOMINGOS SCANAGATTA CLAUDICIR VEZZARO CLAUDIMIR VEZZARO DANILO ZENATTI GERALDO APARECIDO MENDES
19/04/1941 19/04/1968 19/04/1968 19/04/1980 20/04/1936 22/04/1940 23/04/1961 24/04/1960 24/04/1973 25/04/1953 25/04/1953 26/04/1950 26/04/1953 27/04/1952 27/04/1972 28/04/1937 29/04/1971 30/04/1955
ZEFREDO GELINSKI ALBERTO JOSÉ PAETZOLD GILBERTO CARMO PATZOLD DOUGLAS CHAIA MANTOVI ANTONIO CHERLOWSKI VILSON ALBIERO ZEFERINO DOMINGOS BILIBIO EDO PAGNONCELLI PEIXOTO MARCELO DE PAULA XAVIER DARCY ANTONIO LIBERALI JACIR HERMINIO MILANI NERI HOFFMANN AFONSO ANTONIO BELLAVER MARCOS ANTONIO ANDREAZZA MAURI EDSON MARMENTINI LEONIR LURDES DALTROZO CASOL SERGIO DOMINGOS TOCHETTO CLAUDIR FAE MAIO
01/05/1937 02/05/1942 02/05/1988 03/05/1949 03/05/1952 03/05/1958 03/05/1962 04/05/1935 04/05/1944 04/05/1958 04/05/1964 06/05/1939 06/05/1950 07/05/1961 09/05/1951
ISAIAS LUIZ ORSATTO MARIA IRACI PEREIRA RAFAEL DA SILVA FORTES RUDINEI CARLOS GRIGOLETTO TEUNIS GROENWOLD PLINIO LUIZ GIACOMINI SILVANA MARIA GRASSI DE ARAUJO JOSE NELI BELOTTO DARCI FRACARO PAULO CESAR KINDRAT CAMILO CARLOS CAUS NELGA ECKERT SIPP ULISSES PASQUAL CESAR LUIZ MARCON GENOR FRARE
CURSOS SENAR Nos meses de abril e maio o Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Senar-PR e parceiros oferecem diversos cursos de capacitação ao produtor e trabalhador rural. A inscrição deve ser realizada no Sindicato. Para mais informações sobre cursos acesse nossa página na internet www.sindicatorural.com ou entre em contato pelo telefone 3225-3437.
Produtores rurais que participaram do curso de empreendedorismo do Senar Março e Abril/2014
01/04 A 05/04 Trabakhador na Bovinocultura de Leite - Manejo e Ordenha Local: Agrotec
08/04 A11/04 Trabalhador na Bovinocultura de Leite - Inseminação Artificial na Bovinocultura de Leite - 32h Local: Fundetec
10/05/1964 11/05/1940 12/05/1955 12/05/1962 12/05/1975 14/05/1926 14/05/1937 14/05/1955 15/05/1952 15/05/1954 15/05/1981 17/05/1940 18/05/1929 18/05/1938 19/05/1936 19/05/1970 20/05/1956 20/05/1965 21/05/1923 21/05/1952 22/05/1971 23/05/1947 23/05/1948 23/05/1951 25/05/1941 25/05/1953 25/05/1953 25/05/1958 25/05/1974 26/05/1954 27/05/1953 27/05/1960 27/05/1962 27/05/1969 27/05/1971 30/05/1948
MIGUEL DE CARVALHO JUNIOR MARIA SEVERINA COMIN CLACI PEDRO ZANCANARO DIONICE TEREZINHA BRESSAN FORNARI CARLOS ALBERTO BUGNO OLINDA CORTESE FAVRETTO HARRY OSMAR KRUGER DANIEL DRIESSEN BOLEGARIO MACHAJEWSKI JOSE VALDIR BUOSI ANGELO BERNARDI FABRO DORACI LUIZ SCHINATTO TELMO ZANCHET BENJAMIM MARTINI IVO PEGORINI NILSON KIYOSHI OKABE JOSE HEITOR LASKOS CLAUDIONOR FRANCISCO ANDREOLLA WALDEMIRO PIOVESAN AMAURILIO PACHECO PIRES ELIANA MARIA LOPES NELI BELOTO MAIRI RENATO DA SILVA NELSO DALMINA ANGELO OVILDO ZANUZO DENARDIM JOAO ROBERTO GASPARELO LUIZ ALBERTO RIGHETTI HORST SELBMANN CLAUDINEIA MARTINS PAULO CESAR SOARES ALCENO AHLAMANN ALCIMAR FORNARI LEDA MARIZA LAZZARIN CUNHA MARCOS ANTONIO OLDONI ANDERSON BELOTO LUTCIA ALBINO ROTTA
Aperfeiçoe seu conhecimento. gratuitamente. Escolha um curso e se inscreva! 10 E 11/04 Produção Artesanal de Alimentos - Conservação de Frutas e Hortaliças - Conservas, Molhos e Temperos Local: Agrotec
22 E 23/04 Trabalhador na Bovinocultura de Leite - Casqueamento de Bovinos de Leite Local: Salão Comunitário
Produtores rurais que participaram do curso de ordenha do Senar
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