Impresso Especial
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991224592-6/2009-DR/PR
SIND. RURAL
CORREIOS
PUBLICAÇÃO OFICIAL
Ano VII | Nº 40 | Junho/Julho de 2014 | R$ 10,00 www.facebook.com.br/sindirural
LEILÃO DESTACA RAÇA BRAHMAN Os agropecuaristas Reno Kunz e Rogério Stein abrem no dia 30 de agosto a temporada de leilões oferecendo 30 lotes de touros Brahman melhorados prontos para estação de monta e lotes de cruzamento industrial
ENTREVISTA: INACIO KROETZ
“PARANÁ É LIVRE DA FEBRE AFTOSA COM Junho e Julho/2014 VACINAÇÃO”
GENÉTICA
GOVERNO PODE LIBERAR USO DO POLÊMICO GENE TERMINATOR 1
DISTRITO
ESPIGÃO AZUL: UMA COMUNIDADE PRIVILEGIADA PELA NATUREZA
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R. Paraná, 3937 - CEP 85.810-010 Cascavel/PR - Fone (45) 3225-3437 www.sindicatorural.com DIRETORIA Presidente Paulo Roberto Orso Vice-presidente Gelso Paulo Ranghetti 2º Vice-presidente Modesto Felix Daga Tesoureiro Genor Frare 2º Tesoureiro Renato Archille Martini Secretário Paulo Cezar Vallini 2º Secretário Gion Carlos Gobbi Diretor Administrativo Paulo Roberto Orso CONSELHO ADMINISTRATIVO Membros Milton Pedro Lago Valmir Antônio Oldoni Haroldo Stocker Ângelo Custódio Romero Eugênio César Luiz Dondoni Carlos Alberto Zuquetto Gelson José Zanotto CONSELHO FISCAL Titulares Isaías Luiz Orsatto Eudes Edimar Capeletto Denise Adriana Martini de Meda Suplentes José Torres Sobrinho Airton José Gaffuri Darcy Antonio Liberalli DELEGADO JUNTO À FAEP Titular Paulo Roberto Orso Suplente Paulo Cézar Vallini
Publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel Circulação bimestral Coordenador editorial: Paulo Cézar Vallini pvallini@uol.com.br
Editor: Jair Reinaldo dos Santos jair@newmidiacomunicacao.com.br
Fale com a redação: Fone (45) 3037-7829 editoria@revistasindirural.com.br
Departamento Comercial: (45) 3037-7829 / 9972-6113 comercial@revistasindirural.com.br
Projeto gráfico arte/diagramação: NewMídia Comunicação R. Rio Grande do Sul, 111 - CEP 85.801-010 Cascavel-PR - Fone (45) 3037-7829
EDITORIAL
Tecnologia que assusta O escritor francês Solet Bertrand é o autor de “Os Dentes Brancos da Fome”, livro que mostra, quase em tom de profecia, um futuro apocaliptico dominado por empresas que detém o bem mais precioso da humanidade: as sementes. Através da tecnologia genética, elas criaram uma semente que não germina, totalmente estéril. Assim, controlam o mundo, através do poder da fome. Ficção científica de um desses radicais de esquerda que vêem teorias e complôs em tudo? Antes de responder, saiba que esse tema mirabolante parece, para muitos, estar saltando dos livros de ficção, através dos chamados GURTs, siga em inglês para “Tecnologias Genéticas de Restrição de Uso”, mas mais conhecidas popularmente por outro nome: gene Terminator. A tecnologia já existe e causa polêmica mundial quanto a seu uso. No Brasil, quando ainda deputada federal, a hoje senadora Kátia Abreu tentou liberar o uso da tecnologia, mas teve seu projeto reprovado no Congresso Nacional. Mais recentemente, o deputado federal Eduardo Sciarra (PSD/PR) apresentou novo projeto propondo a liberação do uso do gene “Exterminador” no Brasil apenas para uso científico e de pesquisa. Nesta edição, além de matéria sobre o tema do gene Terminator, também abordamos outro tema polêmico: a obrigatoriedade do emplacamento de tratores e colheitadeiras. Temos também matérias sobre o Comder, a alta incidência da ferrugem asiática no Paraná, agricultura de precisão, falsificação de aveia de ciclo longo Iapar 61 além de outros assuntos relevantes. Também destacamos o 2º Leilão Genética Paraná, realizado pelos agropecuaristas Rogério Stein e Reno Kunz, onde ofertarão touros da raça Brahman. O distrito cascavelense de Espigão Azul também está nesta edição, além de matéria sobre o impacto das fortes chuvas no interior do município de Cascavel. E muito mais. Boa leitura! 4
ÍNDICE Impresso Especial
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991224592-6/2009-DR/PR
SIND. RURAL
CORREIOS
PUBLICAÇÃO OFICIAL
Ano VII | Nº 40 | Junho/Julho de 2014 | R$ 10,00 www.facebook.com.br/sindirural
LEILÃO DESTACA RAÇA BRAHMAN Os agropecuaristas Reno Kunz e Rogério Stein abrem no dia 30 de agosto a temporada de leilões oferecendo 30 lotes de touros Brahman melhorados prontos para estação de monta e lotes de cruzamento industrial
ENTREVISTA: INACIO KROETZ
“PARANÁ É LIVRE DA FEBRE AFTOSA COM VACINAÇÃO”
GENÉTICA
GOVERNO PODE LIBERAR USO DO POLÊMICO GENE TERMINATOR
DISTRITO
ESPIGÃO AZUL: UMA COMUNIDADE PRIVILEGIADA PELA NATUREZA
Você vai ler nesta edição nº 40 da revista SindiRural: • Palavra do Presidente..............................06 • Entrevista..................................................08 • Registro.................................................... 12 • Agricultura de Precisão............................14 • Nova convenção trabalhadores...............16 • 2º Leilão Genética Paraná........................18 • Angus tem nova diretoria.........................20 • Produtor produz leite no inverno............22 • Dia de Campo Silagem Pionner................24 • A polêmica do gene “Exterminador”.......26 • Aveia falsificada causa prejuízos.............32 • Governo determina emplacamento de tratores................................................ 34 • Chuvas afetam área rural........................36 • Carreta Ursa Texaco na Coamo...............38 • Nascentes são recuperadas....................40 • Distrito: Espigão Azul...............................42 • Comder estimula campo...........................44 • Medidor de umidade...............................48 • Ferrugem asiática ataca soja...................50 • Coluna Saúde............................................52 • Receita: Caldo Verde................................54 • Aniversariantes ........................................57 • Cursos do Senar.......................................58 Junho e Julho/2014
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RT I F I C A D A
PALAVRA DO PRESIDENTE
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Desde 6 de maio último começou a contar o prazo de um ano para adesão e inscrição ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).
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istro da Reserva Legal (Sisleg). Além de dar a largada ao processo de implantação do novo Código Florestal, o CAR põe fim ao impasse jurídico que restringia as transações envolvendo propriedades rurais no Estado. Em paralelo, o setor prevê aumento no ritmo de negócios envolvendo as Cotas de Reserva Ambiental (CRAs), que definem a compra e venda de áreas de mata no país.
O CAR é obrigatório a todos os produtores, mesmo para aqueles que já estavam em conformidade com a lei ambiental anterior. A técnica recomenda que os agricultores reúnam as informações da propriedade e busquem orientação. Mas não é preciso ter pressa. O Senar está capacitando um grupo de facilitadores para orientar todos os agricultores a fazerem o cadastro. Outro assunto importante é o emplacamento de tratores e máquinas agrícolas, que se tornou obrigatório através de MP editada pela Presidência da República e publicada no Diário Oficial da União. Com isso, a partir da agora, o produtor rural tem mais um custo onerando a sua produção. Mesmo isentando os maquinários fabricados antes de 2014, não podemos aceitar esse novo imposto, que segundo cálculos pode chegar até a 3% do valor do equipamento. Por isso, devemos mobilizar nossos representantes no Congresso para derrubar o veto presidencial ao projeto de lei, para podermos voltar a discutirmos essa nova regulamentação com o governo. Paulo Orso - Presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel
C O M U N I C A Ç Ã O
Nosso país é privilegiado por ter duas e até três safras por ano. No inverno, os produtores investem na “safrinha”, que, apesar de depender de diversos fatores e da escolha correta do que plantar, sempre traz esperanças de melhoras. Mas neste ano, as chuvas que castigaram o Paraná no início do mês de junho trouxeram grandes prejuízos para as lavouras. E a chuva não poderia chegar em pior hora para os produtores de feijão, que já estavam com a safra pronta para colher. A umidade e o excesso de chuvas trouxe prejuízos imensos, pois a qualidade do feijão depende totalmente das condições do produto na hora da colheita. O preço, que já estava baixo, fica ainda menor em função da baixa qualidade. E agora, as mesmas chuvas também ameaçam afetar o trigo e o milho safrinha. Volto a falar sobre o importância do CAR (Cadastro Ambiental Rural). Desde o dia 6 de maio último, começou a contar o prazo de um ano para adesão e inscrição ao sistema. Todos os imóveis do campo precisam estar no CAR até 6 de maio de 2015, até mesmo aqueles que estavam cadastrados no Sistema Estadual de Reg-
ESPLANADA
EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS
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ENTREVISTA
INACIO AFONSO KROETZ
“ADAPAR promove a sanidade dos rebanhos e culturas” O médico veterinário Inácio Afonso Kroetz iniciou sua carreira publica como funcionário de carreira do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), onde ingressou em 1985, como gerente de projeto no programa de Produção Animal e de coordenador da Área de Melhoramento e Reprodução Animal. Entre 1995 e 1996 foi diretor do departamento de Defesa Animal e, em 2005, diretor de programa também na área animal. Foi secretário nacional de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de 2007 a 2011, período em que adquiriu vasta experiência em negociações internacionais que
Revista Sindirural - A ADAPAR é uma reivindicação de entidades da classe e nasceu recentemente. Explane para nossos leitores, como foi o processo de criação dessa entidade? Inácio Afonso Kroetz - A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR) é a mais nova autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), foi criada em dezembro de 2011 (Lei Estadual n° 17.026/11) e iniciou seus trabalhos com a posse da Diretoria, em 07/05/12. É, sem dúvida, uma conquista das entidades representativas dos produtores paranaenses, mas também dos servidores executores do serviço oficial de defesa agropecuária, que há muito reivindicavam um novo modelo de gestão em órgão com maior autonomia técnica, administrativa e financeira, para poderem imprimir maior agilidade e eficácia aos serviços prestados. Portanto, o setor privado e os servidores públicos aguardavam a decisão política do governo do estado, que se manifestou com o envio e sanção de Projeto de Lei criando a ADAPAR. Revista Sindirural - Quais são as principais frentes de trabalho e qual o objetivo da ADAPAR? Inácio Afonso Kroetz -A ADAPAR é o órgão estadual encarregado de coordenar as políticas públicas de defesa agropecuária e executar a fiscalização da saúde animal, da sanidade vegetal, da inspeção de produtos de origem animal e da qualidade dos insumos ofertados aos produtores do Paraná. O
tinham a questão sanitária era o tema central. Nesse cargo, trabalhou também pelo fortalecimento do sistema agropecuário nacional, por meio de parcerias com os estados, municípios e a iniciativa privada e em políticas voltadas ao setor avícola e na ampliação do controle e erradicação da febre aftosa nos estados do Norte e Nordeste do País. Em 2011, cumprindo compromisso de campanha e reivindicação das entidades representativas do agronegócio, o governador Beto Richa cirou a ADAPAR (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) e nomeou Inácio Afonso Kroetz como seu primeiro presidente, cargo que exerce até hoje.
objetivo é a promoção da sanidade e qualidade dos rebanhos e culturas economicamente relevantes, da segurança alimentar e do acesso dos produtos da nossa agropecuária aos mercados de interesse, em sintonia com as demandas do setor produtivo e, em conformidade com os compromissos com o consumidor e com os mercados. Revista Sindirural - Como está constituída a Agência de Defesa Agropecuária e quais são os principais programas sendo desenvolvidos? Inácio Afonso Kroetz -A ADAPAR está distribuída por todo território do Paraná. Na capital do estado mantém sua Sede, um laboratório de diagnóstico para apoio aos programas de saúde animal, sanidade vegetal e da qualidade dos produtos de origem animal, e um laboratório de análise de sementes recentemente incorporado na estrutura física da Agência. Sua capilaridade pelo território paranaense se expressa pelas 22 Unidades Regionais de Sanidade Agropecuária (URS), 135 Unidades Locais de Sanidade Agropecuária (ULSA) e 215 escritórios de atendimento. Ao longo das divisas estaduais conta com postos fixos e com unidades móveis para fiscalização do trânsito agropecuário que atuam em qualquer ponto estratégico do estado em todas as situações onde uma fiscalização volante é desejável ou necessária. Essa distribuição confere a agilidade necessária para que os Fiscais de Defesa Agropecuária e os Assistentes de Fiscalização executem os programas para detecção, monitoramento, con8
trole e erradicação de pragas e doenças que prejudiquem ou possam por em risco os cultivos e explorações de importância econômica, entre os quais destacamos o programa de controle e erradicação da brucelose e da tuberculose bovina, da febre aftosa, da sanidade avícola, das doenças da suinocultura, da raiva dos herbívoros e da encefalopatia espongiforme bovina; da sanidade da citricultura, da sojicultura, do alimento seguro, do comércio e uso de agrotóxicos, do comércio de produtos de uso veterinário e de fertilizantes, sementes e mudas, dentre outros. Revista Sindirural - Existe algum tipo de suporte que a ADAPAR oferece diretamente ao produtor rural? Inácio Afonso Kroetz - O suporte aos produtores, e razão da existência da ADAPAR, é a promoção e certificação da saúde animal, da sanidade vegetal e da qualidade dos insumos que utilizam em seus cultivos e criações.Tudo para propiciar acesso de seus produtos aos mercados e a continuidade de seus empreendimentos com renda e sustentabilidade. Além desse suporte, a ADAPAR atua na educação sanitária, participando dos Conselhos Municipais de Sanidade Agropecuária (CSA), que congregam entidades representativas do setor privado, da pesquisa privada e oficial e da assistência técnica e extensão rural. A participação desses conselhos é estratégica tanto para Adapar como para todos os conselheiros, debatendo e formulando políticas públicas para maior efetividade da Defesa Junho e AgropecuJulho/2014
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O Paraná é reconhecido internacionalmente como Estado livre da febre aftosa com vacinação. A vacinação periódica é obrigatória por legislação federal, de acordo com o calendário vacinal aplicado atualmente.
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ária em consonância com particularidades e demandas regionais e locais. Revista Sindirural - A Agência instituiu portarias como medida de apoio para a erradicação da tuberculose e a brucelose. Dá para se entender que as medidas tomadas antes para prevenir essas doenças eram falhas? Inácio Afonso Kroetz - O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) foi instituído no ano de 2001 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No Paraná o Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PECEBT) foi instituído no ano de 2002, com o objetivo de diminuir o impacto negativo dessas importantes zoonoses (doenças transmitidas aos animais e ao ser humano), além de promover a competitividade da pecuária nacional. Com as recentes Portarias a ADAPAR objetiva intensificar as ações do programa, dando foco na qualidade do leite produzido no Paraná. Ao agregar no programa os laticínios e as entidades privadas representativas do setor, igualmente interessadas na qualidade do leite paranaense, aumentamos os índices de vacinação e a realização de exames para detecção das doenças. Na medida em que a ADAPAR atuar congregando esforços de todos os interessados na sanidade e qualidade dos produtos da nossa agropecuária, todas as medidas terão maior eficácia quando comparadas com as executadas até então. Revista Sindirural - Como está o combate a Febre Aftosa no Paraná? Inácio Afonso Kroetz - O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) tem como estratégia principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal - OIE. Para garantir a efetividade da vacinação executamos duas campanhas por ano, sendo a campanha de maio obrigatória para animais até 24 meses, e a campanha de novembro obrigatória para todos os animais bovinos e bufalinos de qualquer idade. O Paraná possui uma população bovídea de aproximadamente 9.500.000 cabeças, e obteve nas últimas campanhas uma cobertura vacinal acima de 95% deste rebanho. A ADAPAR é responsável pela execução do PNEFA no Estado do Paraná. É realizado, portanto, acompanhamento das vacinações em propriedades consideradas de risco, fiscalização do comércio de vacinas, fiscalização em propriedades cujos produtores não comprovaram a vacinação (caso seja comprovado a não vacinação é
ações já citadas, a ADAPAR está se estruturando para intensificar o controle e fiscalização da movimentação e das aglomerações de animais (eventos agropecuários) e para aperfeiçoar o cadastro das explorações pecuárias. Essa ação contempla a reposição de recursos humanos e a utilização de sistemas informatizados, sistemas de inteligência para vigilância em saúde animal.
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Na medida em que a ADAPAR atuar congregando esforços de todos os interessados na sanidade e qualidade dos produtos da nossa agropecuária, todas as medidas terão maior eficácia.
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realizada vacinação compulsória com acompanhamento do serviço oficial e autuação do produtor), campanhas de educação sanitária nas comunidades, envolvendo os Conselhos de Sanidade Agropecuária, inquéritos soroepidemiológicos em propriedades amostrais para verificação da cobertura e eficiência vacinal de forma periódica, conforme o Programa Nacional, entre outras atividades de vigilância para esta doença. Toda suspeita de doença vesicular é verificada imediatamente e ações emergenciais são adotadas até seu diagnóstico definitivo ser conhecido e as medidas de contenção garantidas. Recursos de informática são colocados à disposição dos produtores possibilitando acesso aos serviços da ADAPAR de forma “on line”, como a comprovação eletrônica da vacinação dos seus animais, sem a necessidade de comparecer na Unidade Local de Sanidade Agropecuária da Agência. Revista Sindirural - Alguma medida em especial está sendo tomada ou estudada para atingir o status de livre da doença sem a vacinação? Inácio Afonso Kroetz - Além das 10
Revista Sindirural - Uma das metas da ADAPAR, em sua criação era de erradicar a febre aftosa até 2014. Existe nova data ou esse prazo vai ser mantido? Inácio Afonso Kroetz - O Paraná é reconhecido internacionalmente LIVRE DE FEBRE AFTOSA COM VACINAÇÃO. A vacinação periódica é obrigatória por legislação federal de acordo com o calendário vacinal aplicado atualmente. Vale ressaltar que o último foco da doença no Brasil foi erradicado em 2006 e há mais de dois anos sequer há registro de circulação do vírus no continente americano. Contudo, antecede a suspensão da vacinação uma condição tecnicamente recomendável (passa por auditoria e autorização do Ministério da Agricultura), uma situação economicamente interessante (avaliação de relação/benefício com base no risco) e uma decisão politicamente sustentável. Portanto, essa deve ser uma decisão não com data marcada, mas após criteriosa consulta ao ambiente interno e externo, levando em conta que importantes fatores de risco não estão sob o controle e nem dependem unicamente do estado. No momento estamos trabalhando para chegar à condição de situação tecnicamente recomendável, que antecede todas as outras. Revista Sindirural - Outro tema que está causando polêmicas é o gene terminator. A ADAPAR pode se posicionar a respeito desse assunto? Inácio Afonso Kroetz - Os detentores da patente desta tecnologia afirmam que um dos resultados do gene terminator é a impossibilidade da segunda geração do cultivo transgênico germinar e frutificar, ou seja, o produtor não teria sementes para instalar novo cultivo, mas apenas grãos para comercializar. Essa é uma questão mais afeta à economia do que à sanidade. No Brasil, a avaliação de segurança e riscos de tecnologias dessa natureza competem à CTNBio e a fiscalização dos cultivos compete ao MAPA, portanto, na esfera federal. Estamos acompanhando a evolução dos projetos de lei e atentos às eventuais implicações, mas não é um tema que atualmente interfira nas ações de defesa agropecuária de atribuição da ADAPAR. Junho e Julho/2014
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REGISTRO
Norberto Ortigara é “Cidadão Honorário do Paraná” A Assembleia Legislativa promoveu sessão solene na noite do dia 26 de maiopara outorgar ao secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Anacleto Ortigara, o título de Cidadão Honorário do Paraná. A honraria, proposta pelos deputados Artagão Júnior (PMDB) e Pedro Lupion (DEM) foi aprovada em Plenário por unanimidade. Filho de uma pequenos agricultores, Norberto Ortigara é natural de Seberi, Rio Grande do Sul, onde ao lado dos pais e de outros doze irmãos se dedicou a cultivar a terra com arado de bois, enxada e outros equipamentos rudimentares. Formou-se técnico agropecuário no Colégio Agrícola de Frederico
Westphalen, ligado à Universidade Federal de Santa Maria. Aprovado em concurso público na paranaense Acarpa, hoje Emater-PR, optou por cursar Economia na Universidade Federal do Paraná, onde ingressou em 1974, graduando-se em 1977, com pós-graduações em Economia Rural e Gestão Pública em Segurança Alimentar. Novamente por concurso público, ingressou na Secretaria da Agricultura do Paraná (Seab) em março de 1978, tendo já ocupado todos os postos, chegando ao topo da carreira. Lotado no Departamento de Economia Rural – Deral, Ortigara foi inicialmente pesquisador no Escritório Regional de Paranavaí. Foi transferido para Curitiba
em 1979, tornando-se analista do mercado agrícola, chefe da Divisão de Conjuntura Agropecuária, diretor do Deral em duas ocasiões, de 1989 a 1994 e de 1995 a 1998. Também por duas oportunidades foi diretor geral da Secretaria da Agricultura, em 1994 e de 1999 a 2002. As suas qualidades fizeram com que, em 2005, o então prefeito de Curitiba, Beto Richa, o convidasse para assumir a Superintendência de Abastecimento de Curitiba e, de 2006 a 2010, a Secretaria Municipal de Abastecimento. Com a eleição de Beto Richa para o Governo do Estado, Ortigara assumiu a sua atual função de Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
Expoingá premia Brahman e Angus das Fazendas Stein
O Mr Xagu Ikê FZST 92 e a Terra Costa TE51 Cuica sairam consagrados campeões na feira agropecuária de Maringá
Realizada de 8 a 18 de maio a Exposiçào Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá (Expoingá) explorou o tema “campeões no campo e na cidade”, em referência à liderança na produtividade agrícola brasileira. Em sua 42ª edição, mais uma vez, mostrou o que há de melhor em genética bovina, destacando os criadores paranaenses. E as Fazendas
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Stein saíram vitoriosas da feira, com duas premiações: na raça Brahman, com o Grande Campeão Mr Xagu Ikê FZST 92; e na raça Angus, com a Reservada Grande Campeã Expoingá 2014 - Terra Costa TE51 Cuica. O agropecuarista Rogério Stein comemorou as premiações, que são frutos de um trabalho de anos na seleção genética das raças. Junho e Julho/2014
Cursos de qualificação, reuniões e palestras do Sindicato Rural
Participantes do curso “Conservas, molhos e temperos”, realizado em abril
Participantes do curso “Conservas, molhos e temperos”, realizado em abril
A Comissão de Mulheres realizou sua primeira reunião de 2014 para definir a programação do seu calendario anual
A comunidade rural de Santa Bárbara também recebeu palestra do Sindicato com apresentação de teatro
O Sindicato Rural de Cascavel realiza mensalmente diversas atividades junto aos seus associados, como palestras e reuniões nas comunidades rurais. Também oferece, em parceria com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) cursos e treinamentos para melhorar a produção agropecuária, a renda e a qualidade de vida da família rural paranaense. Podem participar dos cursos os trabalhadores rurais, os produtores rurais e suas famílias bem como os técnicos agropecuários e outros profissionais envolvidos com o meio rural. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas na sede do Sindicato. Mais informações podem ser obtidas diretamente no Sindicato Rural através do telefone (45) 3225-3437..
Sindicato alerta sobre vacinação
Reunião em Jangada Taborda
Desde o dia 1 de junho deste ano, os produtores de leite devem apresentar certificado de vacinação do rebanho contra brucelose e tuberculose, sob a pena de não poder comercializar seu produto. O Sindicato Rural de Cascavel organizou reunião para esclarecer aos agricultores sobre a importância da vacinação, em função dos alta incidência de casos positivos na região.
No mês de abril, o Sindicato Rural Patronal de Cascavel participou de uma reunião com membros da comunidade Jangada Taborda, no interior do município de Cascavel. O objetivo foi levar ao conhecimento dos produtores as vantagens que a entidade oferece a seus associados, além de conhecer e analisar as necessidades específicas da localidade.
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TECNOLOGIA
AGRICULTURA DE PRECISÃO
AP revoluciona o modo de produzir
Sistema de Posicionamento Global, análises de solo modernas, robôs utilizados na captura de dados: cada vez mais modernas as técnicas de Agricultura de Precisão estão mais presentes no dia a dia das lavouras brasileiras
Os primeiros relatos e discussões sobre Agricultura de Precisão (AP) no mundo surgiram em 1929, porém tiveram destaque a partir da década de 80. Devido aos avanços e à difusão dos sistemas de posicionamento geográfico, sistemas de informações geográficas, monitoramento de colheita e também ao desenvolvimento da informática. No Brasil a AP foi introduzida no inicio dos anos 90 onde foi direcionada pelas máquinas agrícolas, embarcando-se a elas receptores GNSS (Global Navigation Satelite System), sofisticados computadores de bordo e sistemas que possibilitam a geração de mapas de produtividade. No início dos anos 2000, surgiu o Projeto Aquarius, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM em parceria com empresas privadas. Neste mesmo período, outras instituições de pesquisa como a Universidade Federal de Viçosa – UFV, Universidade de São Paulo, Universidade de Campinas a criação da rede de AP pela Embrapa, dentre outras instituições tiveram iniciativas importantes. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) iniciou- -se com a criação da Coordenação de Acompanhamento e Promoção da Tecnologia Agropecuária (CAPTA) em 2005 Em 2007, o MAPA, com apoio do setor da AP, criou o Comitê Brasileiro de Agricultura de Precisão, oficializado pelo MAPA em dezembro de 2012 com o nome de Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão – CBAP. Com a inovação tecnológica, aprimorou-se o mapeamento da variabilidade do solo, plan-
A AP fornece o diagnóstico correto da quantidade exata de insumo na lavoura
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O produtor rural tem que estar o tempo todo buscando meios de diagnosticar, avaliar, aplicar e inovar na sua lavoura. A AP oferece essas ferramentas.
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CLÁUDIO HEINZMANN Especialista em AP
tas e outros parâmetros, resultando numa aplicação otimizada de insumos, diminuindo custos e impactos ambientais negativos, aumentando o retorno econômico, social e ambiental. A REVOLUÇÃO DA AP Hoje disseminada no Brasil inteiro, a Agricultura de Precisão ainda não é utilizada pela grande maioria dos produtores rurais devido à falta de conhecimento e até mesmo de profissionais que saibam avaliar as variáveis apresentadas pelos equipamentos e recursos tecnológicos. Os dados precisam ser avaliados sob critérios muito específicos em cada situação, o que às vezes compromete seu uso eficaz. 14
Para engenheiro agrônomo Cláudio Heinzmann, especialista que trabalha há mais de 15 anos com Agricultura de Precisão na região Oeste do Paraná, o desempenho das lavouras precisa ir além da adoção de tecnologias. “O produtor rural tem que estar o tempo todo buscando meios de diagnosticar, avaliar, aplicar e inovar na sua lavoura. A AP oferece essas ferramentas, mas ele precisa contar com profissionais que o ajudem a descobrir os fatores limitantes, busquem a utilização das tecnologias de forma racional e que vejam sob o ponto de vista econômico as tecnologias que podem dar lhe maior rentabilidade”, salienta. Para Heinzmann, é preciso buscar a tecJunho e Julho/2014
Desde a análise do solo, do plantio à colheita, as técnicas de agricultura de precisão estão presentes
nologia mais adequada para a sua situação, mas não adianta buscar receita e olhar o vizinho, pois cada gleba tem suas diferenças”, observa. “A análise de um profissional de AP é fundamental na hora da tomada de decisões”, ressalta. Ele acredita que uma das grandes contribuições da Agricultura de Precisão é terminar com áreas de instabilidade dentro das lavouras. Para Heinzmann, o grande desafio é saber exatamente essa intervenção deve ser feita e qual é a sua influência na produtividade, o seu resultado na colheita. O grande problema é que o uso da tecnologia somente não basta para se obter resultados, pois a aplicação correta da técnica depende do fator humano, do conhecimento do técnico. “A grande preocupação é a queima de tecnologia, quando ela não é concebida de forma eficaz”, o especialista. Mas as empresas que lidam com agricultura de precisão já estão atuando de forma madura e conscientizando o produtor da utilização correta das ferramentas. Há também algumas conceitos que precisam ser reforçados quanto ao uso da técJunho e Julho/2014
Hoje a tecnologia disponibiliza até robôs autômatos para coleta de dados no campo
nica. Muitos agricultores se preocupam em aplicá-las mais na safra de verão, restando pouco cuidado com o solo durante o inverno. O engenheiro agrônomo Cláudio Heinzmann alerta que é preciso reduzir a variabilidade de inverno para elevar a eficiência de produ15
ção no verão. “O monitoramento da lavoura tem que ser constante. Às vezes, demora-se até 3 safras para se corrigir problemas de fertilidade no solo. Não pode-se apenas aplicar-se esporadicamente a AP, tem que ser praticada todo o tempo”, conclui.
LEGISLAÇÃO
TRABALHADORES RURAIS
Nova convenção reajustou salários
Os presidentes Ulisses Perozzo e Paulo Orso durante a assinatura da nova convenção coletiva de trabalho 2014/2015
Nova convenção Sindicato Rural Patronal de Cascavel e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cascavel reajustou piso da categoria em 6,8% e demais salários em 6,60%
O Sindicato Rural Patronal de Cascavel e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município firmaram no mês de maio a nova convenção coletiva de trabalho 2014/2015. O documento foi assinado na sede do Sindicato Rural Patronal de Cascavel pelos presidentes Paulo Orso (patronal) e Ulisses Perozzo (trabalhadores). Pela nova convenção, o piso salarial da
categoria de trabalhadores rurais, no município de Cascavel, passa a ser de R$ 945,00 a partir de 1º de maio, o que representa reajuste de 6,8% sobre o piso anterior. Já para os trabalhadores que recebem acima do piso, o reajuste é de 6,60%. O acordo estabelece também vários ganhos sociais para os trabalhadores rurais do município de Cascavel. www.aquatintas.com.br
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CAPA
2º LEILÃO GENÉTICA PARANÁ
Leilão Genética PR acontece em agosto Lotes com touros P.O. e de cruzamento industrial serão ofertados aos agropecuaristas no evento que terá como local a SRO
2ª edição do evento ofertará 30 lotes de touros melhoradores, criados a campo, prontos para monta, e lotes de cruzamento industrial
Presente há menos de duas décadas no Brasil, o Brahman é hoje a raça zebuína de corte que mais se valoriza dentre as raças bovinas de corte, segundo dados estatísticos da Associação de Criadores de Brahman do Brasil (ACBB). O fator responsável por esse sucesso é a combinação de características especiais do Brahman, como precocidade, rusticidade, docilidade, rendi-
mento, fertilidade, longevidade e habilidade materna, que chamam muito a atenção dos pecuaristas que encontram no zebuíno uma opção de redução no tempo de abate em até 20% dos animais produzidos a pasto. No Paraná, dois dos maiores criadores da raça Brahman, os agropecuaristas Rogério Stein (Brahman Xagu) e Reno Paulo Kunz (RPK Genética), realizam no dia 30 de agosto mais uma edição do Leilão Genética Paraná, no Parque de Exposições Celso Garcia Cid, em Cascavel. O evento é uma oportunidade única para os produtores adquirirem touros Brahman melhoradores selecionados para monta natural a campo e lotes de animais para cruzamento industrial. (1/2 Brahman) “Realizamos em 2013 a primeira edição do Leilão Genética Paraná, que pela qualida18
de dos animais ofertados, se fixou como uma referência em evento Brahman no Estado”, comemora o criador Reno. “Em 2014 não será diferente, pois a qualidade dos animais está melhor ainda”, enfatiza. Para Rogério Stein, o leilão é a oportunidade para os produtores do Paraná e estados vizinhos visualizarem toda a força da genética da raça e suas potencialidades. “O Brahman é o zebu mundial, a raça ideal para cruzamento industrial. É hoje a raça zebuína mais representativa do mundo, sendo a única criada comercialmente em mais de 70 países, distribuído nos 5 continentes”, afirma o organizador Rogério Stein. Os animais ofertados neste 2º Leilão Genética Paraná foram criados e recriados a campo, perfeitamente adaptados as caracJunho e Julho/2014
terística climáticas do Paraná, podendo ser também amplamente utilizados na região Centro Oeste e Norte do país, visto ser uma raça zebuína altamente tolerante as condições climáticas e geográficas encontradas nestas regiões do pais. Quando foi criada, através do cruzamento diversas raças zebuínas nos Estados Unidos, no final do século XIX e início do XX, essa espécie bovina começou a fazer uma revolução na pecuária sulina daquele país, especialmente nos estados próximos ao Golfo do México, entre esses, a Louisiana e o Texas. A partir daí, o Brahman foi utilizado para a formação do Braford, Brangus, Santa Gertrudes e Beefmaster entre outras. “A maturidade sexual dos machos é alcançada antes dos 2 anos com alta libido. Antes dos 3 anos as fêmeas bem manejadas já pariram e reconceberam, garantindo uma alta taxa de retorno aos criadores de gado de corte”, finaliza Stein, destacando os grandes diferenciais da raça.
Rogério Stein e Reno Kunz irão recepcionar agropecuaristas de diversos Estados
Brahman se destaca em prova de performance
A ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu) busca representar os criadores brasileiros a nível internacional, além de oferecer produtos de gestão e ferramentas de melhoramento genético utilizados na seleção de rebanhos zebuínos. No mês de maio, durante a AgroBrasília, a entidade apresentou os resultados da prova de performance “Zebu Avaliado”, que teve como grande destaque a raça Brahman. A prova, que começou em setembro de 2013 e encerrou em fevereiro de 2014, reuniu 103 zebuínos de 24 fazendas, dentre eles 12 exemplares da raça Brahman. O conceito da prova de performance foi o de buscar reprodutores superiores e com características relacionadas a ganhos econômicos como precocidade sexual e qualidade de carcaça. O estudo envolveu além do comparativo de ganho em peso entre os indivíduos, exame andrológico acompanhado de avaliação de perímetro e volume escrotal, teste por ultrassonografia para identificação de espessura de gordura e dimensão de área de olho de lombo (AOL) e aplicação da metodologia EPMURAS na avaliação de tipo. “A prova se mostrou bastante completa e atendeu o objetivo de identificar touros superiores e que poderão se tornar reprodutores. Os testes contemplaram uma gama de requisitos que hoje são Junho e Julho/2014
muito importantes para o mercado pecuária de corte”, disse o técnico Fábio Miziara. O resultado que soma avaliação de carça e avaliação reprodutiva apontou o MR OXOX 2663 da raça Brahman como um dos grandes campeões do Programa Zebu Avaliado. Calculamos para cada animal, o índice final no programa com pesos de proporcionais (40% IPGP + 40% IAC + 20% IAR). “O desempenho dos animais foi surpreendente, com média geral de GPD de 1.283 gr/animal/dia, onde a média do peso inicial foi de 255,7 Kg/animal e a média final de 399,4 Kg/animal expressando um ganho de peso médio de 143,7 Kg/
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animal em 112 dias de prova efetiva. O ganho médio máximo com o concentrado que eles forneceram foi de até 1.830 gr/animal/dia. Logicamente que este ganho é consequência da alta qualidade genética dos animais e da dieta controlada pela empresa parceira que foi responsável por todo o programa nutricional dos touros”, contou Marcelo Ricardo de Toledo, Superintendente Técnico – ACZP. O Programa Zebu Avaliado deverá acontecer anualmente. A partir de 2014 serão avaliados 150 reprodutores de 5 raças zebuinas
ANGUS
NUCLEO REGIONAL OESTE
Angus tem nova diretoria regional “
O agropecuarista Agassiz Linhares Neto assumiu recentemente a presidência do Núcleo de Criadores de Angus da região Oeste
Com o objetivo de incrementar as boas ações já estabelecidas e agregar novos associados, o agropecuarista Agassiz Linhares Neto foi eleito como presidente do Núcleo Regional de Criadores de Angus da Região Oeste. “O núcleo já vinha sendo muito bem conduzido anteriormente pelos agropecuaristas Christian Fillipon e Renato Zancanaro. Então, assumimos com uma boa expectativa. A idéia é trazer mais criadores de Angus para participarem do Núcleo, não só da região Oeste, mas também do Norte e Sul do Estado”, afirmou Agassiz. Os criadores da raça européia Aberdeen Angus vivem um momento muito bom em relação ao mercado. Nos últimos anos, as vendas de sêmem da raça vem batendo recordes de crescimento, já ultrapassando inclusive os zebuínos. A precocidade do Angus garante uma carcaça pronta mais cedo com ganho de peso muito rápido. Isso somado à padronização
A idéia é trazer mais criadores da raça angus para participarem do Núcleo, não só da região Oeste, mas também do Norte e Sul do Estado
”
AGASSIZ LINHARES NETO Agropecuarista
do abate e a certificação de origem dos animais agregam mais valor ainda. Alia-se a isso ainda a preferência do consumidor brasileiro por carnes precoces com maciez e gordura entremeada, que é o caso do Angus. “Por ser de origem européia, a raça se adapta mais ao clima frio do Sul do Brasil, mas já temos criadores de outras regiões que realizam o cruzamento industrial de touros Angus com Nelore, gerando animais mais adaptados”, afirma Agassiz. Para ele, os agropecuaristas estão procurando especialização cada vez
mais. “O principal objetivo para o criador de gado é a questão de preço e rentabilidade e a Raça angus oferece isso como poucas”, comemora. Em 2014, entre as ações do Núcleo estão a participação com animais de elite de julgamento em cinco exposições. “Já estivemos em Maringá e Londrina. Agora vamos a de Campo Mourão em agosto e Guarapuava e Cascavel em novembro. Temos também no início do segundo semestre os leilões de touros P.O. e de cruzamento industrial”, finaliza.
A raça tem uma das carnes mais valorizadas no mercado, devido à precocidade, carcaça pronta mais cedo e o ganho de peso muito rápido
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CASCAVEL
Produtor aumenta ganhos no inverno “ Dentre os diferenciais da propriedade está a preferência por animais de alta qualidade, de raça diferenciada
Ao contrário da maioria das propriedades rurais, que têm sua lucratividade maior no verão, o produtor Eudes Capeletto decidiu inverter o foco da atividade
É difícil encontrar uma pequena propriedade que não tenha hoje algumas vacas para produzir leite. Isso por que, apesar de muitas dificuldades, uma das principais fontes de renda dos produtores rurais é a produção leiteira. O engenheiro agrônomo e produtor Eudes Capeleto é um exemplo disso. Ele conta que começou com poucos animais e com o tempo seu plantel foi crescendo. “Quando eu saí da faculdade, eu já tinha a intenção de mexer com leite. Aí eu comecei bem deva-
No inverno a temperatura está mais favorável para os animais, pois normalmente as vacas leiteiras não gostam de altas temperaturas.
EUDES CAPELETTO Produtor rural
gar, para adquirir experiência. No início eram apenas dois ou três animais e, na medida que as coisas foram evoluindo, comecei a 22
”
investir na atividade, inicialmente adquirindo um resfriador de leite, até chegarmos à estrutura que temos hoje”, conta o produtor. Junho e Julho/2014
Para se destacar na produção, Eudes procurou alguns diferenciais, dentro eles a preferência por animais de alta qualidade, de raça diferenciada. “Trabalhamos basicamente com o Pardo Suíço Leiteiro e com o Holandês, que têm uma facilidade de adaptação muito grande em nossa região’, conta. Mas diferencial bastante incomum adotado pelo produtor foi a aposta no aumento da produção durante inverno. Enquanto a grande maioria dos produtores aproveitam e investem mais no verão, quando há um aumento considerável de produção, devido ao clima ser mais propício e ao crescimento das pastagens, Eudes resolveu fazer o contrário. O motivo é simples: o preço do leite, que é elevado pela baixa oferta do produto nessa época. “Intensificamos a produção de leite no inverno também porque é a época em que a temperatura está mais favorável para os animais, pois normalmente as vacas leiteiras não gostam de altas temperaturas. Então a gente busca o aumento da produção no inverno justamente pelas condições de qualidade de ambiente para o animal e pelo preço do litro, que é muito maior nesse período”, explica Eudes Capeleto. Apesar de o custo para se produzir ser muito alto, Eudes Capeleto afirma que o produtor encontra uma condição confortável com relação ao preço pago ao produtor. “Hoje o preço já está bem melhor. Mas em
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A alimentação dos animais chega a custar praticamente de 50% a 60% do custo do leite
compensação, os preços da soja, do farelo de soja, ração, de milho gerou um aumento de custo na produção. O preço pago pelo leite melhorou, mais é baixo a nível de produtor. Se comparar o litro de leite com um litro de água ou de cerveja, o leite é irrisório”, afirma. Eudes ainda afirmou que um dos maiores problemas que o produtor enfrenta com praticamente todo tipo de produção são as oscilações de preço, e com o leite não é diferente. “Os preços chegaram da soja che-
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garam a bater R$ 65,00 a saca e o milho atingiu os R$ 25,00. Isso pesa bastante para a gente”, afirma o produtor, que enfatiza que a base do custo da produção leiteira é a alimentação do animal, que com isso chega a praticamente 50% a 60% do custo do leite. Apesar desses fatores, Eudes está satisfeito com os resultados e com a estratégia adotada. No fim, isso mostra que para conseguir se manter em uma atividade de risco como a agricultura, o produtor rural tem que ter muita criatividade.
DIA DE CAMPO
PIONNER
Empresa orienta a silagem correta Com o objetivo de orientar e apresentar as suas variedades de milho para silagem, a empresa reuniu produtores em dia de campo em Cascavel no início do mês de junho
Uma das principais atividades da agricultura familiar, que tem contribuído para manter o homem no campo é a produção leiteira. No inverno, com a diminuição das pastagens, o produtor tem que buscar alternativas para a alimentação dos animais. É nesse momento que a silagem desempenha um papel fundamental na produção leiteira, sendo a maior fonte de alimento no período. Percebendo a necessidade de orientar melhor o produtor a fim de que ele tenha melhores rendimentos e qualidade na sua produção, a Pionner realizou, no início do mês de junho,
João Ricardo: “A silagem de milho é a principal forma de o agricultor guardar comida de qualidade na propriedade”
na propriedade do produtor Eudes Capeletto, uma tarde de campo com o objetivo de de orientar como se obter uma silagem de
melhor qualidade. O zootecnista João Ricardo Alves Pereira, professor da Universidade de Ponta Grossa,, foi convidado pela empresa para repassar aos produtores qual a melhor forma de se fazer uma boa silagem, detalhando todo o processo, desde a escolha da variedade até o momento do corte. Para João Ricardo, Investir em silagem é não se tornar dependente de outros suplementos alimentares para o gado leiteiro. “A silagem de milho é a principal forma de o produtor guardar comida de qualidade na propriedade em função de ser uma cultura que permite maiores produtividades com maior qualidade de energia. Então quanto mais eficiente o produtor for em fazer uma boa lavoura, o manejo correto, colheita, manutenção e processamento correto, menor será a dependência dele de algum suplemento mais caro no mercado para sua vacas transformarem em leite”, explica. O grande resultado disso, de acordo com o zootecnista, é uma redução significativa no custo de produção. “O valor recebido pelo
Uma boa silagem é essencial para manter a produtividade de leite durante o inverno
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COMUNICAÇÃO
FAZENDA RIO DA PAZ
leite, historicamente é alto, um dos maiores, mas em compensação o custo de produção também é um dos maiores historicamente. Com o preço do milho variando muito, assim que atingir uma cotação alta impacta muito no custo de produção. Agora se ele tiver uma silagem de boa qualidade, não vai depender tanto de buscar opções de alimentação fora da propriedade.” Mas para se fornecer alimento de qualidade ao gado leiteiro é preciso dar atenção a alguns pontos. Afinal de contas, a silagem não contém tudo o que o gado precisa. “Ela faz parte da dieta. É o arroz o feijão e o bife, então quantitativamente é um ingrediente que entra em maior volume na alimentação animal. Então, ele vai precisar buscar alguma suplementação”, disse. Gino Di Raimo Júnior, agrônomo de vendas da Pionner afirma que a empresa dispõe de uma séria de sementes para o produtor investir e lucrar produzindo a silagem, mas para isso é importante se fazer uma avaliação em sua propriedade e saber qual variedade de milho que o produtor precisa usar para atingir resultado satisfatório. “É preciso analisar a necessidade e a realidade de cada produtor em relação à silagem. Primeiramente, precisamos entender se esse
“
É preciso analisar a necessidade e a realidade de cada produtor em relação à silagem. Primeiramente, precisamos saber quando ele vai fazer essa e quais os seus objetivos e seus prazos.
”
GINO DI RAIMO JUNIOR Agronomo da Pionner
produtor vai fazer essa silagem na safrinha ou no safra de verão, se ele tem necessidade de um híbrido bastante precoce para fazer uma silagem mais rápida, se ele precisa fazer com que esse milho chegue no ponto de corte mais rápido ou ele pode trabalhar com
um hibrido que proporcione um corte mais tardio”, afirma Gino. “Então, dependendo da necessidade do produtor, onde ele vai plantar e qual sua época de plantio, a gente orienta o melhor hibrido para se atingir maior produtividade e aproveitamento”, finaliza.
Mesmo fazendo a silagem, o produtor rural deve ainda necessitar adicionar suplementos na alimentação do gado no inverno
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TECNOLOGIA
BIOSEGURANÇA
A polêmica do gene “Exterminador” “ Sementes estéreis: esse seria o resultado da aplicação prática das GURTs, também conhecidas como Terminator
Setor produtivo e lideranças políticas discutem a liberação do uso da tecnologia do gene “Terminator”, que torna a semente da planta estéril após a colheita
Uma assunto vem trazendo preocupação aos produtores rurais e causando debates e controvérsias entre pesquisadores, engenheiros agrônomos e a sociedade organizada. As GURTs (sigla em inglês para Tecnologias Genéticas de Restrição ao Uso), também conhecidas como sementes “Terminator” (exterminador, em inglês) vem estimulando acalorados debates entre ambientalistas, congressistas e classe produtiva. O gene “Terminator” quando incorporado às sementes faz com que estas, ao serem plantadas, originem plantas com um elemento que destrói seu próprio germe na maturidade, produzindo grãos estéreis. O que levantou a retomada da discussão no Congresso Nacional foi o Projeto de
Por ser uma tecnologia nova que aparentemente pode trazer perigos, a falta de informação gerou polêmicas em torno do tema
”
IVO CARRARO Diretor da Coodetec
Lei 268/2007 do deputado Eduardo Scarra (PSD/PR), propondo algumas alterações nos artigos da Lei de Biossegurança. A principal e mais polêmica é a liberação para que órgãos científicos e do próprio governo possam utilizar essa tecnologia como meio de segurança para o controle de plantas “biorreatoras”, ou seja, “organismos geneticamente modificados para produzirem 28
proteínas ou substâncias destinadas, principalmente, ao uso terapêutico ou industrial”. Projeto similar propondo a liberação do uso do chamado gene Terminator já tinha sido apresentado ao Congresso em 2005 pela então deputada federal Kátia Abreu (TO), mas foi rejeitado. Sciarra retomou o tema, mas limitando o uso da tecnologia. O projeto segue os trâmites do CongresJunho e Julho/2014
Pesquisadores da empresa de biotecnologia Monsanto testam a nova tecnologia em estufas nos EUA
so, sendo que já foi votado e rejeitado na Comissão de Meio Ambiente, aprovado na Comissão de Agricultura da Câmara e agora está pronto para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, a última comissão antes de ser apreciado no plenário da Câmara e, caso aprovado, ir para o Senado. Não é de hoje que os avanços da genética na produção de sementes vêm causando polêmica e acaloradas discussões, na maioria dos casos, alimentada por falta de
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esclarecimentos, suposições e informações desencontradas. Foi assim com a liberação do plantio de transgênicos no Brasil e está sendo agora com a nova tecnologia. Na literatura, o escritor francês Solet Bertrand escreveu o livro de ficção científica “Os Dentes Brancos da Fome”, onde previa um futuro afetado das sementes híbridas, que teriam sua comercialização mundial controlada por monopólios e sua utilização como arma nos estados de guerra. Essa possibilidade, mesmo remota, é o que tem tirado o sono de
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grande parte dos integrantes da classe produtiva e ambientalistas. USO EXCLUSIVAMENTE CIENTÍFICO Os defensores da ideia, pesquisadores e cientistas, alegam que a tecnologia será utilizada apenas para fins medicinais e de pesquisa, sendo impossível a aplicação comercial dos GURTs. De acordo com o engenheiro agrônomo e diretor da Codetec, Ivo Carraro, não é de hoje que se vem comentando sobre esse tema. “Desde que se começou as discussões
sobre os transgênicos, há mais ou menos dez anos, já se pensava em uma tecnologia de controle da reprodução das plantas. Por ser uma tecnologia que aparentemente pode trazer perigos, a falta de informação fez com que se gerasse polêmicas em torno do tema”, ressalta o engenheiro agrônomo. “O pessoal transformou isso em uma interpretação de que a tecnologia só beneficiaria as empresas que desenvolvem e fornecem sementes para os produtores, que isso seria uma garantia de que o produtor não produziria sementes na propriedade, ficando assim dependente dessas empresas”, comenta ele. O diretor da Codetec afirma que o projeto está sendo formulado para impedir isso. “Tecnicamente isso é possível, porém para que uma empresa faça isso sua semente precisa ser aprovada pelo órgão de biossegurança e isso jamais vai acontecer”, afirma. Outro pesquisador que defende a utilização da tecnologia é Elibio Rech, coordenador do Laboratório de Biologia Sintética e Engenharia Genética da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, com sede em Brasília. “Estas tecnologias podem ter aplicações importantes, principalmente modificadas para produzirem substâncias específicas, que podem ser usadas na fabricação de remédios ou em processos industriais, estimulando os investimentos na área”, salienta Elibio. “Assim poderemos ter plantas que produzirão fármacos de alto valor agregado que hoje a sociedade em geral não tem acesso. E no futuro, estas plantas poderão produzir moléculas de tremendo impacto social muito mais baratos do que hoje, ampliando o acesso da população a elas. Sem o gene exterminador, porém, elas terão que ser plantadas sob contenção exatamente para evitar o seu cruzamento com outras plantas. Mas se suas sementes forem absolutamente estéreis, elas podem ser plantadas no campo, minimizando ainda mais seus custos, além de protegerem a descoberta, pois não poderão ser usadas por quem não investiu nelas”, salienta o pesquisador. APLICAÇÃO NOS COMMODITIES O pesquisador Elibio Rech frisa que tudo deve ser analisado caso a caso, mas na sua opinião, deve-se estudar o uso dessa tecnologia comercialmente. A grande barreira para isso é impedir a disseminação do pólen da planta, uma vez que somente a semente seria estéril. “Eventualmente, ter um gene que não possibilitasse que o pólen fosse transferido para outras plantas seria interessante em relação ao uso na agricultura comercial. Mas antes desses produtos chegaram ao mercado, devemos ter uma garantia de regulamentação e fiscalização
Elibio Rech: “Se tivermos uma posição muito rígida em relação ao não uso agora, estaremos abrindo mão de uma tecnologia que pode ser muito útil no futuro”
O que são plantas “biorreatoras” Plantas Biorreatoras, “são plantas geneticamente modificadas para a produção específica de substâncias utilizadas na medicina ou diretamente na indústria, são plantas onde você não precisa de grandes extensões de terras para produzir esse material. As vezes, dez hectares é o suficiente para suprir a necessidade de uma indústria de medicamentos. E essa planta é tão especial, tão diferente que não pode ser utilizada por uma população que esteja próxima desse campo e que vá por um acaso ter acesso a essa semen-
eficiente. A ciência tem que dar garantia aos cidadãos e ao sistema de produção de que não será feito em hipótese nenhuma o mal uso da tecnologia”, salienta Rech. Segundo o pesquisador, deve-se ser analisado o uso da evolução tecnológica na redução dos custos de produção, no aumento da competitividade interna e externa, na redução de emissão de CO2 na atmosfera e no uso sustentável da terra. “Por isso, se tivermos uma posição muito rígida em relação ao não uso agora, estaremos abrindo mão de uma tecnologia que pode ser muito útil para todos, inclusive para o pequeno produtor rural, sem interesse econônomico de empresas, mas puramente ambiental”, ressalta. Muitos produtores rurais temem as con30
te”, explica Ivo Carraro. O objetivo real desta tecnologia, ainda de acordo com o diretor da Codetec, é impedir que esse tipo de plantas se espalhem. “A lei é bem clara, as pessoas que forem fazer algum tipo de crítica, precisam primeiro tomar conhecimento dos termos da lei, das justificativas que o legislador coloca e existem também manifestações do próprio Ministério da Agricultura, da Embrapa que explanam neste sentido, então não é preciso ter medo ou preocupações com isso”, assegura.
sequências da liberação do uso da tecnologia, mesmo no âmbito de pesquisa, terapêutico ou industrial. O ambientalistas repudiam a ideia da aplicação do gene terminator, tanto na área de pesquisa quanto na área comercial. O argumento é que de que é impossível evitar que os genes geneticamente modificados se espalhem, através da polinização por insetos ou até mesmo pelo vento. Cientistas mais cautelosos argumentam que, em se tratando de natureza, não há como garantir a esterilidade das sementes, pois o instinto de sobrevivência e de evolução pode levar as plantas a debelarem os genes impostos pela tecnologia Terminator para cumprirem seu objetivo primordial: a perpetuação da espécie. Junho e Julho/2014
Na agricultura o equilíbrio entre todos os fatores são determinantes para uma safra de sucesso. Se apenas um desses fatores falhar, toda a produtividade é afetada. Quando se trata de fertilidade, o equilíbrio entre os elementos é ainda mais determinante, pois o mesmo nutriente aliado para um incremento de produtividade ao mesmo tempo pode ser um grande inimigo quando encontrado em excesso ou não disponível para a planta. A Agricultura de Precisão (AP) na Condor Agronegócios abrange com dinamismo e agilidade todo o ciclo, desde a coleta do solo até aplicação dos insumos, além de contar com todo o portfólio que o cliente necessita. A Condor Agronegócios conta com Agrônomos capacitados para analisar os mapas gerados, fazendo a correta recomendação baseada no equilíbrio dos nutrientes e posteriormente a aplicação em taxa fixa e variável com caminhões próprios. Esse é o diferencial da Condor Agronegócios: possuir todo o pacote da AP em seu portfólio para levar aos nossos clientes os mais altos níveis de produtividades!
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Aveia falsificada causa prejuízos O Iapar alerta que produtores rurais da região estão sendo lesados por empacotadoras que vendem a aveia preta comum como sendo a aveia preta de ciclo longo Iapar 61
A aveia preta forrageira de ciclo longo - IAPAR 61, foi desenvolvida e lançada pelo IAPAR há mais de 20 anos. Suas características de alto desempenho como forrageira, resistência à ferrugem da folha e, principalmente ciclo longo, deram a cultivar o titulo de a mais importante aveia forrageira, sendo muito utilizada também no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais. Agora, de acordo com Eli de Oliveira, pesquisador do Iapar, os produtores rurais vêm sofrendo com a falsificação da semente por parte de algumas empacotadoras. “Estão usando de má fé para tentar lucrar falsificando o produto”, alerta Elir. Ele explica que no ano passado houve estiagem no sul do Brasil, uma geada muito forte ano passado em nossa região, fez com que caísse a produção de semente. “Com isso, um quilo da Iapar-61, que girava em torno de R$ 1,20, passou para quase R$ 3,00 o kg. Com isso, há uma procura maior por sementes como a aveia preta comum e as cultivares por serem precoces e mais fáceis de produzirem sementes, daí o interesse dos falsificadores que estão pegando a aveia preta comum, material crioulo precoce, e embalando como Iapar-61. Isso está trazendo um grande prejuízo ao produtor”, alerta Elir. Por ser uma variedade com um período mais longo, a aveia produzida pelo Iapar, proporciona maior período de pastagem. “A aveia preta comum floresce com 85 dias a no máximo 90 dias. Ou seja, a pessoa planta em abril e quando chega em julho o material já está no final do ciclo. Assim, no período crítico, que é agosto e setembro, não tem pasto. Já a Iapar-61, por ser de ciclo longo e florescer com 135 dias em média, chega a este período crítico ainda permitindo um
A aveida desenvolvida pelo Iapar é utilizada em vários Estados do Brasil
“
A Iapar 61 proporciona maior período de pastagem por ser de ciclo longo - 135 dias em média, enquanto a aveia comum floresce com no máximo 90 dias. ELIR DE OLIVEIRA Pesquisador do Iapar
pastejo de excelente qualidade. Mesmo sem perceber, algumas empresas e cooperativas da região acabaram repassando este material falsificado. “Muitas empresas que estão revendendo, não estão agindo de má-fé. O problema está na hora de embalar o material na origem: a sacaria vem com Iapar-61, a nota fiscal também, mas o produto que está dentro da embalagem é outro”, saliente Elir, que alerta que isso está 32
”
acontecendo muito na região Oeste e outras regiões do Estado. “O grande prejudicado é o produtor que compra um material confiando que é ciclo longo e a hora que ele vê a aveia já está florescendo e perdendo um período de pastejo que ele precisaria no mês de agosto e setembro”, diz o pesquisador. A fiscalização poderia auxiliar para que esse tipo de coisa não acontecesse. “As empresas precisam acionar a fiscalização. Há Junho e Julho/2014
Não é difícil distinguir a semente falsificada: a aveia comum tem casca preta, enquanto a Iapar 61 tem casca cor creme
casos, inclusive, de produtores que exigiram a troca da semente ainda neste ano. Então, nós acreditamos que a há uma falha na fiscalização, por isso precisamos cobrar das empresas a compra de sementes através de fornecedores idôneos, preferencialmente parceiros do IAPAR”, COMO IDENTIFICAR A FALSIFICAÇÃO. Para identificar se o produto adquirido é de fato o Iapar-61, é bem simples, segundo Elir de Oliveira. “Indepentende de ser o produtor ou a empresa que vai comprar a semente, é importante no primeiro momento
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pegar uma amostra do material. Normalmente a aveia preta comum precoce possui a casca preta e a Iapar-61 é creme. Pode haver alguma cultivar precoce um pouco mais clara, mas o que predomina nessas culturas é a cor escura, enquanto na variedade da Iapar a predominância é a cor creme”, detalha ele. Ele ainda orienta o comprador a guardar um pouco da semente que foi plantada para, no caso de ter sido lesado, poder comprovar e exigir seus direitos. “É sempre importante o produtor guardar uma amos-
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tra daquilo que ele plantou. Nós tivemos muitas reclamações de produtores que fizeram a semeadura e depois descobriram que foram lesados, mas não tomaram o cuidado de guardar uma amostra das sementes plantadas. E o que foi plantado, até para fazermos um teste de germinação, fazer comparações e ele não tem por que já plantou tudo. Então é importante ele guardar amostras dos lotes que ele adquiriu para até mesmo podermos realizar testes de germinação e comparações, além da comprovação do golpe”, orienta.
LEGISLAÇÃO
TRATORES E COLHEITADEIRAS
Governo determina o emplacamento Após vetar no dia 14 de maio o projeto de lei que previa o fim da obrigatoriedade, o governo publicou MP que obriga o emplacamento de máquinas que circulam em rodovias e fabricadas a partir de agosto de 2014
O Governo Federal impôs no final do mês de maio mais uma tributação ao agricultor brasileiro: a obrigatoriedade do emplacamento de máquinas agrícolas. Desde 1997, quando o licenciamento de máquinas agrícolas se tornou obrigatório com a aprovação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o tema vem provocando discussões, devido ao aumento nos custos da produção agrícola brasileira. Estima-se que despesas com licenciamento, seguro obrigatório e compra de outros itens de segurança, como cinto de segurança e extintores, correspondam a 3% do valor de cada máquina. Depois de vetar o projeto do deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS) na metade do mês de maio, a presidência da República editou e publicou Medida Provisória obrigando o emplacamento de tratores e colheitadeiras a partir de janeio de 2015. A nova lei também estabelece que que cabe ao poder estadual a responsabilidade pela documentação e cobrança das taxas, além de definir tratores e máquinas agrícolas como categoria “B” da CNH. Apesar de os equipamentos usados ou semi-usados fabricados até 31 de julho de 2014 não precisarem de registro ou licenciamento, quem adquirir o maquinário agrícola após essa data deverá ter esses documentos para transitar em vias públicas. Na opinião do deputado Alceu Moreira, o correto era o governo ter sancionado o projeto de lei da mesma matéria recentemente vetada pela presidenta Dilma Roussef. “Se eles quisessem fazer a coisa correta era só sancionar a lei que foi derrubada e depois o Denatran publicava uma relação do que é veículo agrícola, como aconteceu nos veículos médicos”
Estima-se que as depesas com licenciamento, seguro obrigatório e compra de outros itens de segurança corresponderão a 3% do valor de cada máquina
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Se o Governo Federal quisesse fazer a coisa correta era só sancionar a lei que foi derrubada e depois o Denatran publicava uma relação do que é veículo agrícola.
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ALCEU MOREIRA Deputado federal (PMDB/RS)
SETOR PRODUTIVO NÃO CONCORDA A decisão deixa representantes do setor produtivo descontentes afinal, para eles, a responsabilidade de se emplacar os maquinários agrícolas é totalmente dispensável em função do encarecimento ainda maior do custo de produção. O presidente do Sindicato Rural de Medianeira, Ivonir Lodi diz que os produtores do municipio não concordam com o empla34
camento. “Nós gostaríamos que a presidente Dilma não tivesse vetado o projeto que foi apresentado pra ela que seria sobre a isenção total no emplacamento das máquinas agrícolas. Já existe um monte de impostos para o agricultor pagar e nós honramos nossas dívidas e muitas vezes não temos o retorno que deveríamos ter”, reivindica ele. Mauri Alamini, presidente do Sindicato Rural de Guaraniaçu também acredita que isso vai encarecer ainda mais a produção agrícola e acha inconveniente pelo fato de que os produtores pouco usam as rodovias. “Os produtores em Guaraniaçu são totalmente contra já que isso não trás nem um benefício para a produção. O que a gente vê é que parece que inventaram um imposto a mais para arrecadar sem trazer benefícios ao produtor. É preciso trazer algo que mude um pouco a vida do produtor rural e não trazer mais taxas a se pagar sem retorno”, afirma Mauri Alamini. O presidente do Sindicato Rural de Toledo, Nelson Paludo, defende a queda do emplacamento. “Quando falamos em alimento, todos querem um alimento de qualidade e barato, mas como isso vai acontecer se onera-se ainda mais o setor produtivo?”, questiona. Junho e Julho/2014
Vereador cascavelense mobiliza reação contra a MP Para o vereador cascavelense Pedro Martendal de Araújo, “a intenção de se emplacar os maquinários agrícolas é equivocada”. Ele aprovou na Câmara Municipal um requerimento que foi encaminhado aos deputados federais da região para que se mobilizem para a derrubada da MP. “Esta carga tributária é desnecessária e vem a encarecer ainda mais a produção agrícola. O produtor rural já é penalizado com altas taxas tributárias em cima dos insumos que ele utiliza para a produção e também em cima dos produtos oriundos da área agrícola e nós ainda tributarmos ainda mais esse trabalhador que segura à economia do país, com emplacamento de trator, de colhedeiras que ficam paradas na propriedade e dificilmente vai para a rodovia e quando vai para a rodovia precisam ser transportadas em cima de caminhões e carretas. Nós entendemos que, acima de tudo, é injusto e desnecessário por que isso vem a prejudicar ainda mais a produção agrícola que é hoje o sustentáculo do país”, diz o vereador. Segundo o vereador, não podemos onerar ainda mais o setor que tem sustentado a economia do país. “A balança de pagamentos do Brasil há muito anos seria
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Uma das maneiras de cuidar do campo é dar condições ao produtor rural.
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PEDRO MARTENDAL DE ARAÚJO Vereador cascavelense (PSDB/PR)
negativa se não fosse o agronegócio. O setor produtivo nos segura dando superávit na balança de pagamentos. Os últimos índices que saíram mostraram negativos ou próximo de zero no consumo, no comércio e em várias outras áreas, porém positivo no agronegócio em pouco mais de 3%, salvando assim novamente a economia de um vexame. Por isso, nós temos, não que criar tributos em cima da produção agrícola e sim desonerar esse setor e nós produziríamos ainda mais, melhoraria nossa balança e teríamos condições de produzir alimentos mais baratos”, afirma. Incentivar o baixo custo da produção seria o caminho mais adequado para o senário atual na produção brasileira. “Existem incentivos, mas eu acredito que está muito abaixo do ideal, precisa se cuidar mais da agricultura, além do mais, existe uma frase de um presidente americano que falava que ‘Se acabar o campo, a cidade morre, mas se acabar com a cidade o campo reergue a cidade’, então nós temos que cuidar do campo. Uma das maneiras de cuidar do campo é dar condições ao produtor rural. Seus produtos precisam de preços vantajosos e para isso é preciso baixar os custos de rodução”, afirma Pedro Martendal.
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CLIMA
CHUVAS
Área rural sofre os efeitos das chuvas
Pontes foram destruídas e plantações inteiras sofreram com as fortes chuvas do início de junho no interior do município
Não bastasse a precária situação das estradas rurais do interior do município, excesso de chuvas no início de junho tornou a situação ainda mais difícil para o produtor rural A caisa está ruim? Pois é, infelizmente, pode piorar... Foi isso essa situação que aconteceu com as estradas rurais do interior do município de Cascavel. Depois das fortes chuvas que aconteceram no início do mês de junho em todo o Estado do Paraná, onde em várias cidades registrados seríssimos problemas devido o evento climático, estragos enormes também atingiram a área rural de Cascavel, dando muito trabalho para se recuperar o que foi perdido. As equipes de trabalho das Secretarias de Serviços e de Obras Públicas, de Agricultura e de Meio Ambiente, com apoio da Defesa Civil, trabalharam muito em diversos
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Foram 7 pontes destruídas, pelo menos 60 pontos de emergência com invasão de terra por conta da destruição de curvas de nível. MAURICIO THEODORO Secretário de Obras de Cascavel
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pontos dos distritos para recuperar os danos deixados pelo excesso das chuvas, que aumentou em até 30 vezes a vazão dos rios da região. Os distritos mais afetados foram Juvinópolis, Rio do Salto, Espigão Azul, São Salvador e São João, alguns com rios com até quatro metros acima do nível normal. 36
ESTRAGOS No distrito de Rio do Salto um rio transbordou e deixou o trecho intransitável. A ponte sobre o Rio do Salto na Estrada Linha Velha ficou totalmente danificada, sendo preciso utilizar 700 metros cúbicos de cascalho para liberar o tráfego, que só aconteceu no Junho e Julho/2014
Em certas localidades o nível dos rios chegaram a subir até 3 metros, destruindo pontes e deixando moradores ilhados
dia 11 de junho. A comunidade de Centário ficou seu acesso à sede do município, sendo necessário fazer um desvio do Rio Iguá na estrada que liga o Assentamento Santa Terezinha a Centenário. A secretaria de Obras estimava 30 dias para conclusão dos serviços. O distrito de Juvinópolis foi afetado por um tornado, deixando um rastro de destruição. Casas ficaram destelhadas, barracões foram destruídos. Durante um dia inteiro, uma equipe com cerca de 30 pessoas ficou no local fazendo reparos. Um grupo da Secretaria de Meio Ambiente trabalhou no corte das árvores caídas e limpeza do local. Uma equipe da Defesa Civil passou nas residências afetadas, fazendo cadastramento das famílias para que recebam auxílio e avaliando a situação do imóvel. Em um dos imóveis, por exemplo, a equipe sugeriu a saída da família, já que parte da casa estava sem cobertura, molhada e com risco de desabamento do que restou do telhado, a família se abrigou em casa de parentes. A Prefeitura de Cascavel chegou a declarar Situação de Emergência no município. Junho e Julho/2014
O trabalho de recuperação foi estimado em até 90 dias
Segundo o vice-prefeito e secretário de Serviços e Obras Públicas, Maurício Theodoro, 11 equipes de trabalho foram distribuídas nos mais variados pontos para reverter o quanto antes a realidade da área rural. As estradas, segundo ele, foram as mais atingidas. “Foram sete pontes destruídas, pelo 37
menos 60 pontos de emergência nas estradas rurais com invasão de terra por conta da destruição de curvas de nível e vários pontos críticos de asfalto obstruído na cidade, além de galerias entupidas, bueiros. É trabalho para pelo menos 90 dias, disse Maurício Theodoro”.
COOPERATIVAS
CHEVRON TEXACO
Coamo recebeu a carreta Ursa/Texaco
Os associados e colaboradores do entreposto de Mamborê da Coamo receberam no mês de junho a ação da Texaco, que busca realizar ações preventivas de saúde dos agricultores A Chevron Brasil Lubrificantes, através das marcas Ursa e Texaco, lançou um novo projeto em 2014 para estreitar os relacionamentos com seus clientes e parceiros. É a “Carreta Ursa”, um caminhão itinerante envelopado com a marca Ursa, que está rodando o Brasil, oferecendo serviços gratuitos de saúde, ministrando treinamentos relacionados aos produtos e serviços da Texaco e promovendo ações de venda. No dia 6 de junho foi a oportunidade do entreposto da Coamo - Cooperativa Agroindustrial - em Mamboré, região Centro Oeste do Paraná, de receber a visita da carreta Ursa Texaco. A iniciativa da Chevron Lubrificantes, responsável pelas marcas, tem por objetivo oferecer serviços gratuitos de monitoramento da saúde dos agricultores através de um caminhão itinerante, com 15m de comprimento, equipado com consultórios médico e oftalmológico, além de uma sala de estar. “Nós fazemos a avaliação de glicemia, para verificar o Diabetes do paciente, avaliação oftalmológica, consulta com o médico geral, e muito mais. Muitas pessoas não tem tempo de ir ao médico ou não tem acesso, então nessa ação nós levamos a carreta itinerante para fazer esses atendimentos ao cooperados. A ação é feita no Brasil todo.“ Afirma o coordenador do Evento, Maurilio Healt. Durante o dia diversos agricultores fizeram os exames. Mesmo com chuva e frio, cerca de 120 associados foram atendidos, superando a expectativa dos organizadores do evento. Os produtores rurais gostaram da iniciativa da Texaco, pois poucos mantém o hábito de monitorar a saúde. “Está tudo bem, só o colesterol um pouco alto. O médico recomendou caminhadas e exercícios. Fiz também um exame de ‘vista’ e está um pouco fraca. Então tive agora a recomendação de refazer
A carreta possui 15m e é equipada com consultório médico e odontológico
“
Nós atendemos muitas cooperativas e percebemos que muitos associados acabam não visitando o médico por um longo período. Por isso, resolvemos criar a Carreta Ursa.
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JOSÉ A. B. DOS SANTOS Engenheiro da Texaco
uma consulta e aumentar a lente do óculos”, contou o cooperado, Gessé Murbach. Kleber de Prince, encarregado do en38
treposto da Coamo, falou da importância do projeto no sentido de estreitar o relacionamento da marca com a cooperativa e os produtores rurais. “A Texaco é uma grande parceira da cooperativa na linha de lubrificantes e as empresas precisam ter também essa parte social. Assim como a Coamo busca junto ao seus cooperados, a Texaco também tem essa preocupação ao trozer até nós esse serviço de atendimento médico, de forma gratuita, para atender os associados e colaboradores. Isso traz um benefício muito grande e estreita ainda mais o nosso relacionamento com a marca e o produtor associado”, explica ele. José Antônio Borges dos Santos, engenheiro mecânico da Texaco, falou da preocupação da marca em sempre criar e implementar iniciativas que mantenham um contato direto com os produtores rurais. “Essa ideia surgiu da carência nessa área. Nós atendemos muitas cooperativas e percebemos que muitos associados acabam não visitando o médico por um longo período e por esse motivo nós resolvemos fazer esse atendimento aqui em Mamborê e em várias outras cooperativas parceiras”, conta ele. O caminhão itinerante da Texaco percorre todo o Brasil e já passou por outras cooperativas do Paraná, além de estar presente nas grandes feiras e eventos do agronegócio. Até novembro serão visitadas diversas cidades e regiões do Brasil. Junho e Julho/2014
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SAÚDE
SEMANA DO MEIO AMBIENTE
Nascentes de rios são recuperadas “
Aproveitando a Semana do Meio Ambiente, o Sindicato Rural de Cascavel, a Emater e a Secretaria de Saúde uniram forças para trabalhar a saúde do homem do campo.
Além de palestras junto às comunidades, o Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Emater e Secretaria de Saúde realizaram durante a Semana do Meo Ambiente, no mês de maio, um trabalho de recuperação de fontes em propriedades rurais, com o objetivo de aumentar a conscientização e alertar ao homem do campo sobre os perigos que a água contaminada pode trazer. “Nós estamos realizando o segundo encontro de saúde e vida das famílias de Juvinópolis. Ano passado já fizemos o encontro, discutindo com todas as famílias a questão da saúde. No mês de junho aconteceu o segundo encontro e, encima desse tema, nós discutimos com o Sindicato Rural, Emater, Secretaria de Saúde, os principais problemas da comunidade.”,
O uso indiscriminado de agrotóxicos próximo à fonte natural pode comprometer a potabilidade da água e contaminar toda a nascente.
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TERESINHA BARON Extensionista Emater
ressalta Teresinha Baron, extensionista da Emater responsável pelo projeto. “Com base nisso, chegamos à conclusão que uma das sérias questões são as doenças transmitidas pela água. Então, estamos trabalhando em cima disso, como tratar a água, por que não adianta apenas termos água cercada, é preciso proteger as nossas nascentes”,
ressalta. Várias doenças podem ser transmitidas através da água contaminada, daí a importância de se manter a fonte de água protegida. E os resultados são palpáveis. “São diarréias, verminoses, dores de cabeça, dores nos olhos, enfim, várias doenças que os médicos que o melhor remédio é as pessoas
Fontes de água contaminadas são responsáveis por grande quantidade de doenças na área rural
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consumirem uma água de boa qualidade. O que nós temos percebido é que vários locais que nós desenvolvemos esse trabalho, inclusive melhora a qualidade do gado, suínos, a final de contas a contaminação da água também afeta os animais. Então, você vai ter uma água de excelente qualidade e ainda vai estar cuidando do meio ambiente”, explana Teresinha. O método utilizado para a recuperação da nascente é bastante simples. “Imita-se o que a natureza faz. A água vem potável, entre as rochas, entre as fendas, não se faz mais aquele poço aberto que precisa de várias pessoas para abrir, para tratar. Esse aqui não, basta aquele caninho onde você trata a água e você tem sempre água de qualidade”, explica. Para se realizar a recuperação de uma fonte, é preciso analisar uma série de pontos. “Em primeiro lugar é preciso analisar todo o local. Para fazer a recuperação da nascente, primeiro conversamos com o produtor rural para saber o que ele planta acima da nascente, para detectar se a água que vem é potável. Se ele fizer uso indiscriminado de agrotóxicos, o produto infiltrar na terra e compromete a fonte. É preciso também observar se existe vegetação ao redor da mina
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Objetivo da ação é incentivar no produtor rural o respeito à natureza e ao meio ambiente
para se ter toda preservação e proteção natural. Para se ter uma ideia, uma árvore de grande porte transpira e devolve para a natureza em torno de mil litros de água por dia. Outro detalhe é a preservação ao redor da mina, vegetação de pequeno porte para auxiliar na proteção da fonte. Isso tudo vai proporcionar qualidade na água”, detalha a extensionista da Emater. “Este é um trabalho que tem resultados visíveis e só é possível a partir de parcerias”, ressalta o agrônomo do sindicato Rural de
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Cascavel, Andrê Paulo Lovera. “Ele vem a contemplar um dos objetivos do Sindicato Rural de Cascavel que é a qualidade de vida do produtor rural. E isso é feito através da preservação do meio ambiente, da sustentabilidade da propriedade, para que se possa tornar possível o desenvolvimento da atividade nas propriedades rurais e a aprendizagem dos produtores. E eles veêm na prática o resultado do trabalho realizado através dest parceria entre a Emater, Secretaria de Saúde e Sindicato Rural”, comenta.
DISTRITO
ESPIGÃO AZUL
Lindas paisagens destacam o distrito Espigão Azul é composto em sua maioria por propriedades de 50 até 600 alqueires
Espigão Azul chama a atenção dos viajantes por sua geografia privilegiada, que forma paisagens bucólicas repletas de grandes plantações, e pela produtividade de suas terras
Um dos distrito mais privilegiados de Cascavel é a comunidade de Espigão Azul. A começar pelo acesso, que é totalmente asfaltado. A vila é cortada pela BR 486, que se liga a Cascavel através de um viaduto com a BR 467, se tornando também um invejável corredor de escoamento da produção local. Outro fator que destaca o a comunidade
Valdir José Taglieber: “Tivemos muita influência da colonização germânica”
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são os baixos índices de violência, quase inexistentes. Se não bastasse, outros adjetivos destacam ainda mais Espigão Azul: a beleza das paisagens da região e a grande produtividade das suas terras. A agricultura toma conta do local e a vila, bem pequena e modesta, é rodeada pelas extensas propriedades rurais, que formam cenários quase bucólicas na paisagem. Os visitantes que passam pelo local se encantam com os cenários formados pelas plantações das propriedades que margeiam a BR 486. O subprefeito do distrito, Valdir José Taglieber, conta que são poucas as pequenas propriedades no local. “Aqui, os pequenos produtores são mais aqueles que estão aqui há muito tempo, ou seja, aquele pessoal de mais idade e que já estão aposentados. A maior parte são produtores com 50 alqueires de terra ou mais, chegando até a 600 Junho e Julho/2014
São Sebastião é o padroeiro da comunidade, que dá nome à igreja na sede da comunidade
alqueires”, comenta. “Também fomos muito privilegiados pela natureza”, afirma, enfatizando a beleza da região. HISTÓRIA A região de Espigão Azul era inicialmente uma densa floresta formada por enormes araucárias e outras espécies nativas, e foi ocupada por colonos vindos de outras regiões do Estado do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A comunidade nasceu às margens do caminho que dava acesso ao Rio das Antas, antiga estrada entre Cascavel e Toledo. Em 1960 foi construída uma capela na localidade, que pertencia à paróquia Santo Antônio, Diocese de Toledo. O desenvolvimento do local teve grande incentivo com a abertura de uma nova estra-
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da, a PR 486, ligando Cascavel a Jota Esse, e a doação de um terreno às margens desta rodovia, foi construída uma pequena capela em madeira. E com o asfaltamento da rodovia, muitas coisas mudaram. Foi instalado o distrito administrativo de Espigão Azul, o que trouxe muitas melhorias para o local. Duas tradicionais festas destacam o distrito de Espigão Azul: a Festa do Padroeiro São Sebastião, que acontece sempre no mês de janeiro, e a Festa do Agricultor e do Motorista, que se realiza no mês de julho. “Hoje, a Festa do Agricultor e do Motorista é bem maior que a festa do padroeiro e reúne um monte de gente de todos os cantos”, comenta o subprefeito de Espigão Azul. “Nosso distrito foi colonizado por uma boa parte da população que veio de Marechal Cândido Rondon e trouxe de lá também os famosos
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bailes do chopp, que são também atrações muito populares”, ressalta. Hoje, o distrito de Espigão Azul tem uma população aproximada de 2.800 pessoas, de acordo com um levantamento feito pela Unidade de Saúde local. A vila pouco chama atenção por quem passa pela BR 486, devido a sua pequena estrutura física. Também pouco chama atenção nos noticiários. Mas o subprefeito conta que nem sempre foi assim. “Quando eu vim morar aqui, em 1976, Espigão Azul era bem movimentado. Direto tinha gente matando gente. Lembro bem que algumas pessoas vinham do Paraguai pra cá e naquela disputa por terreno acabavam matando pessoas”. Mas hoje, o local é um sossego enorme. “Espigão Azul é um local muito bom de morar”, comemora o subprefeito.
CASCAVEL
ENTIDADE
Comder estimula o potencial do campo “
O georreferenciamento das estradas rurais do município é uma das conquistas do Conselho Municipal de Desenvolvimento
Criado há 9 anos, a entidade envolve universidades, entidades e poder público com o objetivo de estimular os potenciais do agronegócio cascavelense
O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (Comder) é o órgão municipal que foi criado para auxiliar o desenvolvimento do setor produtivo de Cascavel através da busca e levantamentos de necessidades e apresentando sugestões de melhorias. Criado pela Lei n° 4174 de 23 dezembro de 2005, tem como objetivo racionalizar a atuação dos organismos e entidades públicas e privadas na área de desenvolvimento rural pela conjugação de esforços e ações, visando aumentar a eficiência dos trabalhos comuns e
Nós temos como metas desenvolver todas as áreas da agropecuária, cuidando, colaborando e incentivado o o potencial do agronegócio local.
WALMOR PIETSCH Presidente do Comder
específicos do desenvolvimento rural. Dentre suas funções, estão o incentivo à formação e manutenção de um banco de 44
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dados para subsidiar a demanda de informações sobre a produção rural; o estabeleceimento de prioridades para a política de Junho e Julho/2014
www.dgiconstrutora.com.br
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desenvolvimento rural; a busca constante da formação de parcerias entre as entidades ligadas ao agronegócio; a indicação das prioridades e supervisão das aplicações e prestações de contas do fundo municipal de desenvolvimento rural; a normatização do repasse de apoios entre a Secretaria Municipal de Agricultura e os beneficiários dos recursos do fundo; e avaliar programas no plano de desenvolvimento rural. O engenheiro agrônomo Valmor Pietsch, presidente do Comder, comenta que o órgão é um incentivador na produção agrícola municipal e auxilia a Secretaria de Agricultura
de Cascavel. “Nós temos como metas desenvolver todas as áreas da agropecuária, cuidando das estradas, colaborando com a Feira do Pequeno Produtor e incentivando o Turismo Rural”, frisa. Para ele, o objetivo do Comder se resume a buscar ações que levem qualidade de vida aos moradores da área rural. A composição do Conselho é bastante diversa para tentar atender os mais diversos setores do agronegócio local, fazendo parte universidades que tenham cursos vinculados ao meio rural, como a Unioeste (curso de Engenharia Agrícola) e FAG (curso
de Agronomia), o CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), entidades de classe como a AREAC (Associação dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel), cooperativas parceiras, como Coopavel e órgãos governamentais através da Câmara de Vereadores, Secretaria de agricultura, Secretaria de Obras, Emater, SEAB (Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado) entre outros. “Como o COMDER precisa atender e fiscalizar toda a área rural esses são órgãos diretamente ligados ao setor onde vão trazer projetos ao município. O turismo rural é um exemplo.
Desenvolver o turismo rural é um dos objetivos
O Comder trabalha para conscientizar os produtores rurais a utilizarem das vantagens do turismo rural
No momento, uma das principais frentes do Conselho Municipal Rural é o incentivo ao turismo rural em Cascavel. Antes disso, as lutas eram constantes em cima da qualidade das estradas rurais. “Fizemos em 2010 o primeiro levantamento com GPS comum da metragem das estradas rurais, principalmente onde transita o ônibus escolar para se readequar esses trajetos e atender a necessidade da educação. Medimos e deu aproximadamente 1300km, não medimos porteira a dentro, somente onde passa os ônibus, então hoje temos mais de 4 mil propriedades podendo somar então pelo menos mais 2 mil quilômetros”, conta
o presidente Com esse objetivo, o Comder firmou uma parceria com a Emater para incentivar o setor que, segundo Valmor, “em Cascavel nem existe”. “Temos diversos opções de lazer e recreação na área rural que podem ser visitados nos finais de semana pelo pessoal da cidade, mas isso não acontece. Por isso queremos divulgar essa opções e incentivar os produtores rural a implementarem artesanato, pequenas agroindústrias e café colonial, entre outros atrativos, para implementar o setor”, comenta. As frentes de trabalho do Conselho são grandes. Na maioria dos projetos municipais voltados ao setor produtivo tem a “mão” do Comder, contudo isso não é le-
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vado ao conhecimento da população. Outro fator que eleva essa situação é o fato do Comder ser um órgão relativamente novo. “Nossa entidade tem pouco mais de 9 anos apenas. Agora, através de um planejamento estratégico, nós queremos fazer com que ela apareça ainda mais e reestruturá-la por completo”, enfatiza Valmor. Ele destaca a criação de um comitê temático para discutir assunto por assunto, dentre deles a execução de um mapeamento da produção agropecuária de Cascavel. “O objetivo de nossos projetos é ajudar e incentivar o produtor rural e, com isso, também mostrar a importância do trabalho do Comder”, finaliza. Junho e Julho/2014
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TECNOLOGIA
MEDIDOR DE UMIDADE
Um aparelho essencial no campo A umidade dos grãos é um fator determinante em diversos momentos da produção, da colheita à venda
Confira os bons motivos para todo produtor ter um medidor de umidade de grãos na sua propriedade
Praticidade no uso e rapidez nos resultados são características do aparelho
É sabido que a água está presente na estrutura física de todos os grãos. Medir, porém quanto de água existe em sua composição em todo processo produtivo é de extrema importância, pois isso determinará a qualidade do grão. O aparelho responsável por fazer essa análise é o Medidor de Umidade. A tecnologia aplicada no desenvolvimento deste aparelho reproduz em segundos os resultados fornecidos por procedimentos oficiais que levam de 6 a 72 horas, conforme metodologia aplicada em laboratório. O produtor brasileiro tem a disposição a mesma tecnologia dos produtores americanos, é necessário porém, a consciência da necessidade do uso deste aparelho. Conhecer os níveis corretos de umidade, seja no plantio, na colheita, na armazenagem e principalmente na comercialização vai impactar diretamente na lucratividade de sua 48
safra. Ninguém realiza um depósito no Banco sem antes conferir a quantia a ser depositada, acreditando simplesmente na contagem do funcionário do Banco, certo? Se ninguém faz isso com seu dinheiro, porque então faz com sua produção de grãos que também representa dinheiro? Porque entregar a classificação de seu produto sem ao menos checar com antecedência o nível de umidade? Se está no padrão de comercialização, se terá desconto, de quanto será o desconto? Por que se surpreender ou se questionar se o desconto foi correto? Entenda mais, porque numa cultura de grãos ou sementes, a correta determinação dos padrões de umidade desde o plantio, colheita, secagem, armazenagem, expedição e principalmente na comercialização é de vital importância na vida do produtor de grãos: - No plantio, permite que se conheça quando os grãos atingem a maturação fisiológica para se conseguir a produção máxima. - Na colheita permite determinar o melhor período para que as colheitadeiras Junho e Julho/2014
Não erre na escolha na hora da compra Ciente da necessidade de que adquirir um medidor de umidade, próximo passo é escolher o modelo de acordo com suas necessidade. Existem no mercado aparelhos de vários modelos, cada um atendendo uma necessidade específica. Para o produtor, recomenda-se um equipamento fun- Optar por produtos com resultados rápidos e precisos cional e que possa ser le- são diferenciais importantes na hora da escolha vado a campo. Que não necessite estar conectado a energia e resultados. Prefira também a marca que apesar de portátil reproduza seus que garanta sua assistência técnica, resultados com precisão. Pesquise pois medidores de umidade são apaquando as opções do mercado e opte relhos de precisão. Conferir a calibrasempre pelo equipamento que repre- ção anualmente é o que garantirá seus senta mais confiabilidade nos seus resultados.
tenham o melhor rendimento sem perdas excessivas no campo ou embuchamento das máquinas. De maneira geral as colheitadeiras foram fabricadas para obter melhor rendimento dentro de uma faixa de
umidade. - Na secagem é importantíssimo saber exatamente a umidade para se obter uma secagem adequada, com menor dano possível, com melhor rendimento do secador e
Com o aparelho, o produtor pode, por exemplo, verificar a umidade dos grãos antes de iniciar a colheita
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obtenção de grãos e sementes com qualidade, pois secando demais perde qualidade e peso e se úmido certamente estragará na armazenagem - Na armazenagem é essencial que se determine a umidade para permitir conservar os grãos e sementes com qualidade, evitando-se aparecimento de fungos e outras pragas. - Na expedição é que se verifica o quanto é importante o conhecimento correto da umidade, pois vai revelar o quanto se perdeu ou excedeu em peso durante a armazenagem. - Na comercialização os fatores, qualidade e umidade são vitais para se obter um bom preço ( muita agua é baixa qualidade e excessivos descontos ) pois quem compra grãos não compra agua. Foi-se o tempo de determinar a umidade do grão “quebrando-o no dente”, a tecnologia está cada dia mais presente na vida do produtor. De nada adianta investir em maquinário de alta performance, monitoramento via satélite, manejo de irrigação e tantos outros investimentos, se no momento final de classificar seu produto e dar preço a sua qualidade, você entrega isso a alguém sem ao menos conferir. Saiba mais em www.motomcogroup.com.
PRAGA
FERRUGEM ASIÁTICA
Ambiente propício aumenta incidência
O aumento da área plantada e o clima úmido criaram ambiente propício para o aparecimento da ferruagem asiática
Originária do Japão, a ferrugem asiática encontrou nesta safra de inverno todas as condições benéficas para se espalhar pelas lavouras de soja do Paraná Neste ano de 2014 os produtores rurais resolveram apostar um pouco mais na soja safrinha em todo Paraná. A área plantada aumentou cerca de 25% em todo Estado, uma aposta na continuidade dos bons preços para a comodditie, que se mantém em uma média de R$ 65,00 a saca. Além disso, é prática comum do agricultor produzir grãos para o plantio da safra de verão. E o clima colaborou para o bom desenvolvimento da planta. Contudo, uma praga que vem sendo controlada a duras penas atingiu de forma violenta as lavouras paranaenses: a ferrugem asiática. De acordo com o escritório da
Agência de Defesa Agropecuária (ADAPAR) de Cascavel, praticamente todas as lavouras da região foram infestadas pela doença. O fiscal da ADAPAR, Américo Onaka, explicou que o mesmo clima que favoreceu o desenvolvimento da cultura na safrinha contribuiu de forma efetiva para a disseminação da doença. “O clima ajudou a doença a se espalhar de forma bem rápida. Prova disso são os registros de alguns produtores que fizeram até cinco aplicações para tentar controlar a praga”, comenta. As perdas não foram grandes, girando em torno de 15%. De acordo com o fiscal, isso devido ao fato de o produtor conhecer o quanto essa doença pode ser prejudicial a produção da leguminosa. Porém, mesmo com todo o cuidado dos produtores, há um grande risco de a ferrugem asiática se espalhar e atingir o plantio de verão se o vazio sanitário não for respeitado. “Manter o controle da praga na lavoura nesse período é muito importante, por que nessa época a umidade faz com que a doença se desenvolva e se espalhe rapida50
mente”, explica. O QUE É A FERRUGEM ASIÁTICA A ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizie, é uma das doenças de maior importância da cultura da soja na atualidade, pelo grande potencial de perdas na produtividade. Originada na Ásia onde, ocorre em diversos países da Ásia e na Austrália. Foi foi relatada pela primeira vez no Japão, em 1903. Posteriormente foi constatada em outros países da Ásia e na Austrália em 1934, na Índia em 1951 e no Havaí em 1994. No Continente Africano, foi detectada a partir de 1996, atingindo a Zâmbia e o Zimbábue em 1998, a Nigéria em 1999, Moçambique em 2000 e a África do Sul em 2001. Na América do Sul surgiu em 2001, infectando campos no Paraguai, e, em 2002, na Argentina. Em novembro de 2004, a ferrugem asiática foi encontrada infectando campos de soja nos Estados Unidos, o último grande país produtor de soja onde ainda não havia sido encontrada a doença. No Brasil, a doença foi encontrada no Junho e Julho/2014
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Manter o controle da praga na lavoura nesse período é muito importante, porque nessa época a umidade faz com que a doença se desenvolva e se espalhe rapidamente AMÉRICO ONAKA Fiscal da ADAPAR
final da safra de 2000/2001, no estado do Paraná, e vem aumentando sua área de ocorrência a cada ano, disseminando-se rapidamente para outros Estados do Brasil. O patógeno da ferrugem asiática encontrou condições climáticas favoráveis de desenvolvimento no Brasil, o que justifica a rápida disseminação nas regiões produtoras de soja e a severidade com que a ferrugem vem ocorrendo em todo o País. Na safra 2002, a doença foi relatada nos Estados de Goi-
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ás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, e na safra 2003/04 ocorreu de forma generalizada, em quase todo o País, causando prejuízos consideráveis em várias regiões produtoras. É atualmente um dos maiores problemas da cultura na região dos cerrados brasileiros, especialmente em Mato Grosso, onde têm sido necessárias excessivas pulverizações de fungicidas para controlar seu controle.
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Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com exceção de Roraima, todos os Estados que possuem cultivo de soja já foram atingidos pela doença, envolvendo uma área de 22 milhões de hectares. No sul do Brasil, epidemias severas têm sido esporádicas, porém vem sendo detectada cada vez mais cedo durante a safra. Essa doença tem sido estudada no continente Asiático há mais de trinta anos. Danos na produtividade na ordem de 30 a 80% já foram relatados, porém o volume dos danos depende de quando a doença se inicia e quão rápido ela progride. Em Taiwan, onde já causou sérios problemas para a cultura da soja, verificou-se que a ferrugem asiática pode reduzir a produção em 18% a 91%. A severidade da doença está em função das variações nas condições do ambiente, de ano para ano, estação para estação e de local para local. A concentração inicial de inóculo não reflete na severidade da doença. Cultivares resistentes ou tolerantes sofrem quedas de produção bem menores do que as suscetíveis, porém a resistência genética pode ser perdida com o tempo. Além disso, as cultivares resistentes não são necessariamente as mais produtivas.
SAÚDE Os males causados pelo tabaco
31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco e de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), basta manter um cigarro aceso para poluir o ambiente. A fumaça do cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo arsênico, amônia, monóxido de carbono (o mesmo que sai do escapamento dos veículos), substâncias cancerígenas, além de corantes e agrotóxicos em altas concentrações. O cigarro pode causar diversas doenças tanto em fumantes ativos quanto passivos. O câncer no pulmão é, sem dúvida, uma das maiores ocorrências. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que o tabagismo seja o principal causador de morte evitável em todo o mundo, pois o envolvido em sua etiologia é um produto industrial – o cigarro. A OMS estima que 80% dos casos de câncer de pulmão tenham como principal causa o cigarro, pois são registradas nove mortes por minuto relacionado ao tabaco. Apesar de a maioria dos males causados pelo fumo afetarem o sistema respiratório, o tabagismo pode trazer casos de câncer
A OMS estima que 80% dos casos de câncer de pulmão tenham como principal causa o cigarro, pois são registradas nove mortes por minuto relacionadas ao tabaco
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na boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, bexiga, rim e no colo de útero. Algumas medidas podem ser tomadas com o intuito de reduzir o fumo até o total rompimento com a droga. Beber bastante água, escovar os dentes logo após as refeições, exercícios de relaxamento e o hábito
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de praticar atividades físicas também são muito importantes.
SE PARAR DE FUMAR AGORA...
• após 20 minutos sua pressão sanguínea e pulsação voltam ao normal • após 2 horas não tem mais nicotina no seu sangue • após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza • após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar readquire a capacidade de identificar sabores • após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação melhora • após 5 a 10 anos o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou Grupos de autoajuda pode ser uma alternativa, vale a pena tentar! A Medicina Preventiva da Unimed Cascavel, através do projeto Antitabagismo atende gratuitamente grupos de beneficiários (158) que desejam cessar o vicio. Desde o inicio dos atendimentos cerca de 2 mil pessoas já receberão ajuda e conseguiram parar de fumar. Conheça o projeto, mais informações: (45) 3038-8989. Junho e Julho/2014
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CULINÁRIA
CALDO VERDE
Uma receita para aquecer seu inverno Com a chegada dos meses mais frios, especialmente no Sul do país, é a hora de consumir sopas e caldos. Confira nossa receita.
Desde que o homem inventou um utensílio em que pudesse esquentar água (uma panela pré-histórica), a sopa passou a fazer parte de sua alimentação. Obviamente, não as sopas elaboradas como conhecemos hoje, mas provavelmente alguma caça e vegetais ou ervas cozidas em água. Anterior inclusive ao assado de carnes, pois há indícios dessa refeição antes mesmo da descoberta do fogo. Os alimentos, vegetais e pedaços de carne crua eram triturados em água, há registros arqueológicos de preparo se sopas entre os Anasazi da região do Four Corners (EUA) em cestos de palha vedados com betume, na Anatólia (Turquia) em potes de cerâmica, na Escócia em estômago de herbívoro (algo similar ao haggis de hoje). Na Idade Média, as sopas tornaram-se muito populares, agradando tanto aos pobres quanto aos nobres. Muito condimentadas e pesadas, com toucinho em abundância e temperos fortes. A partir do século 16, com a evolução das cozinhas francesa e italiana, as sopas ganharam sofisticação. Na Itália com o uso de massas e ervas como tomilho, manjericão, manjerona. Na França, com os consommés, cremes, e o aperfeiçoamento das técnicas culinárias. A imensa maioria dos países do mundo tem suas sopas prediletas. O caldo verde e a canja portuguesa, o gazpacho (a base de tomate) espanhol, o minestrone (massa, feijão, legumes e lingüiça) italiano, a bouilabaisse francesa (a base de peixe, frutos do mar e legumes), o missoshiro japonês (a base de pasta de soja), o bortsch russo (a base de beterraba), a oxtail inglesa (de rabo de boi). No Brasil, temos a mineira (fubá torrado com ovo e couve), caldo de mocotó, de feijão, dentre outras. Nesta edição de SindiRural trazemos uma receita de Caldo Verde para esquentar seu inverno. Vamos lá?
Receita de Caldo Verde INGREDIENTES - 1 tablete de caldo de galinha - 1 colher (sopa) de óleo - 2 batatas médias - 1 colher (sopa) rasa de sal - 5 xícaras (chá) de água - 1 xícara (chá) de couve manteiga cortada em tiras - 1 linguiça calabresa defumada cortada em rodelas
Na panela de pressão coloque as batatas, o caldo de galinha, o óleo, a água e o sal. Cozinhe por cerca de 10 minutos, até a batata desmanchar. Uma dica é começar a contar o tempo depois que a panela começar a chiar. Em seguida, bata tudo no liquidificador. Acrescente as rodelas de calabresa e ferva. Desligue o fogo e adicione a Couve Manteiga e está pronta nosso caldo. Na hora de servir, coloque um fio de azeite.
O “alimento dos pobres” é hoje base de receitas sofisticadas na culinária mundial
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CURSOS SENAR
Aperfeiçoe seu conhecimento. gratuitamente. Escolha um curso e se inscreva!
Nos meses de junho e julho, o Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Senar-PR e parceiros oferecem diversos cursos de capacitação ao produtor e trabalhador rural. A inscrição deve ser realizada no Sindicato. Para mais informações sobre cursos acesse nossa página na internet www.sindicatorural.com ou entre em contato pelo telefone 3225-3437. 09/06/2014 A 15/08/2014
Cestaria e Trançados - Artesanato em tabua e fibra de bananeira Local: Cascavel - Salão Comunitário
16/06/2014 A 24/06/2014
Jardineiro - Implementação e manutenção Local: Cascavel - Salão Comunitario
16/06/2014 A 17/06/2014
Produção Artesanal de Alimentos - beneficiamento e transformação caseira de cereais - básico em milho Local: Agrotec
24/06/2014 A 25/06/2014
Produção Artesanal de Alimentos - Conservação de frutas e hortaliças, geleias, doces de corte e doces pastosos. Local: Cascavel - Salão Comunitário.
Alunos do curso “Artesanato em Bambu” realizado na comunidade de São Braz
09/06/2014 A 09/06/2014
Trabalhador na Classificação de Produtos de Origem Vegetal - Classificação de grãos - milho. Local: Unidade Iriedi
06/06/2014 A 06/06/2014
liação da conformação ideal de vacas leiteiras - 16 horas. Local: Agrotec.
22/07/2014 A 5/07/2014
Trabalhador na Bovinocultura de Leite - inseminação artificial na bovinocultura de leite - 32 h. Local: FUNDETEC - Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
27/06/2014 A 28/06/2014
Trabalhador na Classificação de Produtos de Origem Vegetal - classificação de grãos - soja. Local: Unidade Iriedi
10/06/2014 A 11/06/2014
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02/06/2014 A 03/06/2014
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03/06/2014 A 06/06/2014
Produção Artesanal de Alimentos - panificação. Local: Agrotec
Trabalhador na Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas (tratorista agrícola) - tratores e implementos - 40 h. Local: Coodetec.
Produção Artesanal de Alimentos - Derivados de leite. Local: Cascavel - Salão Comunitário. Trabalhador na Agricultura Orgânica - Olericultura orgânica Local: Agrotec. Trabalhador na Bovinocultura de Leite - casqueamento de bovinos de leite Local: Agrotec Trabalhador na Bovinocultura de Leite - Inseminação artificial na bovinocultura de leite - 32 h. Local: Fundetec.
16/06/2014 A 23/06/2014 Trabalhador na Bovinocultura de Leite - manejo e ordenha Local: Agrotec
12/06/2014 A 12/06/2014
08/07/2014 A 10/07/2014
30/07/2014 A 31/07/2014
09/07/2014 A 01/08/2014
Trabalhador na Administração de Empresas Agrossilvipastoris - gestão rural - avançado em gestão. Local: Agrotec.
30/07/2014 A 31/07/2014
Trabalhador na Bovinocultura de Leite - ava-
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02/07/2014 A 07/07/2014
07/07/2014 A 11/07/2014
23/07/2014 A 24/07/2014
Trabalhador na Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas (tratorista agrícola) - tratorista polivalente - básico (tratorista). Local: Unidade Coopavel.
21/07/2014 A 22/07/2014
Trabalhador na Operação e na Manutenção de Colhedoras Automotrizes - New Holland - básico em New Holland. Local: Unidade Coopavel Junho e Julho/2014
ANIVERSARIANTES JUNHO 23/06/1970 ABEL BARBOSA 27/06/1963 ADELAR JOSE DE ARAUJO 03/06/1940 ADILIS ANTONIA CERVANTES ROMANINI 15/06/1946 ADIR WEBBER 08/06/1941 ADOLAR KONOPATZKI 01/06/1938 ALEIXO FIRMINO BEBBER 03/06/1949 ALVARO LUCIO DE QUEIROZ 20/06/1934 ALZIRA TEREZA CENI PAN 01/06/1938 ARMANDO DE SAVASSA LAZARINI 06/06/1953 ARTEMIO VENDRAME 18/06/1955 CEZAR LUIZ DONDONI 22/06/1969 CLAUDIA FESTUGATO 20/06/1938 CLUDEMIRO MARIA JORGE 16/06/1961 DARCI JACOBOVSKI 05/06/1965 DENISE ADRIANA MARTINI DE MEDA 18/06/1939 DINO ANTONIO ZARDO 23/06/1936 DIONYSIO TODESCAT 18/06/1948 DIRCEU GALINA 09/06/1959 ENIO ROBERTO MENIN 24/06/1971 FABIO HENRIQUE KONOPATZKI 09/06/1977 FERNANDO KAZUO SUETAKE 17/06/1932 GENI MORESCO TONDO 08/06/1967 GUNTHER KRUGER 23/06/1936 HATSURO OKABE 11/06/1938 HENRIQUE STRINGARI 28/06/1938 IBRAHIN FAIAD 22/06/1953 IDELMO LUIZ DE NARDIN 01/06/1955 ILDO CARLOS PANIZZON 15/06/1953 ILDO REBELLATO 30/06/1937 IRAIDES TESTA BORTOLATTO 02/06/1954 IRIA BUSA BARANSELLI 09/06/1959 JACINTO LIMBERGER 27/06/1942 JOAO BATISTA HARO DE ALMEIDA 24/06/1964 JOAO PEDRO CARNIEL 10/06/1951 JOSE CILOEL FARIA 09/06/1947 JOSE FERNANDO ANDREAZZA 19/06/1946 JOSE NARCI SEIMETZ 06/06/1954 JOSE OLIVIO FABRO 19/06/1959 JOSEMAR GILBERTO TONDO 23/06/1938 KIMIO MATSUSHITA 20/06/1970 LINDIOMAR APARECIDO ZANCAN
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07/06/1978 LUIZ FERNANDO ARAUJO DA CRUZ 21/06/1942 LUIZ TEBALDI SOBRINHO 23/06/1949 LUZINETE MOREIRA CONSTANTINO 20/06/1959 MARIA ALICE MEURER 04/06/1965 MARIA ANGELICA R. LINHARES 26/06/1941 MARIA DA GLORIA C. DAMASCENO 23/06/1962 MILTON WUTZKE 12/06/1969 MONICA SAROLLI SILVA 03/06/1960 NEREU BERNARDI 25/06/1946 NESTOR JOÃO SOCCOL 21/06/1958 NILTO GALLINA 24/06/1956 ODAIR MARCHOTTI 22/06/1968 PEDRO TOALDO 10/06/1959 ROBERT JEFERSON ROESLER 12/06/1964 ROSEL ANTONIO BOBATO 24/06/1957 ROSELE JOAO SALVATI 06/06/1959 ROZY DO BELEM MILANO BARIZON 15/06/1939 SALAZAR BARREIROS 22/06/1963 SAURO FRANCISCO CORBARI 24/06/1943 SEDENEI JOÃO LUPATINI 12/06/1925 SELMA SODER 17/06/1961 SIMAO MACULAN 19/06/1963 VILMAR DE CAMPOS 15/06/1946 WILLI WILD
JULHO 26/07/1956 ADAIR OLDONI 12/07/1959 ADALBERTO LUIZ BILIBIO 09/07/1925 ADELIA BARATTER 27/07/1964 AGASSIZ LINHARES NETO 25/07/1936 AGENOR TOMBINI 30/07/1961 ALDOIR ZANINI 28/07/1982 ALEXANDRE DA SILVA FORTES 02/07/1933 AMALIA SECCHI BERTE 19/07/1952 ANA MARIA SPECHT 31/07/1946 ANGELO CUSTODIO ROMERO EUGENIO 11/07/1965 ANTONIO CARLOS DE QUEIROZ 05/07/1932 ANTONIO GABRIEL DE OLIVEIRA 14/07/1960 BERNARDO MILANO JUNIOR 10/07/1933 CARLOS PEDRO PIANA 22/07/1948 CELESTE TEBALDI 30/07/1968 CELIO PIOVESAN 01/07/1956 CLOVIS PEDRO BASTIAN 08/07/1955 DAIR CAVICHION
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13/07/1946 DELFINO ANTONIO SIMONETTI 29/07/1959 EDMUNDO ASCARI 16/07/1953 ENIVALDO GHEDIN 21/07/1934 FRANCISCO SMARCZEWSKI 22/07/1929 GENESIO REDIVO 26/07/1973 GIOVANI WEBBER 20/07/1968 GUILHERME LAGO NETO 14/07/1977 GUSTAVO VICENTIN ROMERO 18/07/1955 HEINZ SELBMANN 23/07/1960 IVANETE RIBEIRO PENGA 10/07/1940 IVO JOSE FAGUNDES 29/07/1945 IVONE MARTHA BAUTITZ 25/07/1970 JAIR FRANCISCO NUNES 25/07/1962 JAIRO FRARE 31/07/1965 JOAO PAULO ZITERELL 29/07/1946 JOSE FILIPPON 22/07/1955 JOSE LUIZ BRETANA GONZALEZ 12/07/1957 JOSE ROMILDO VICENTINI 07/07/1976 JOSE SHOPEK 26/07/1962 JOSE STEFANELLO 20/07/1941 JULIO SHUNITI OGASSAWARA 12/07/1940 JURACI ANTONIO BORTOLOTTO 01/07/1980 LARISSA FAIAD CORREA 28/07/1938 LEDA THEREZINHA STIEVEN LAGO 08/07/1959 LEONOR GESUALDO DE OLIVEIRA 31/07/1965 LILIANE CARVALHO DA SILVA BARREIROS 12/07/1947 LUIZ GONZAGA DE ANDRADE 23/07/1935 LYRO ILTOR KOPPENHAGEN 10/07/1967 MARCIA FESTUGATO CANTO 31/07/1963 MARILIA AZAMBUJA DE PAULA PIOVESAN 20/07/1938 MILTON PEDRO LAGO 13/07/1952 NESTOR SALVATTI 08/07/1959 NEUSA MARIA NICHETTI BUSSADORI 15/07/1937 ORIDES CARNIEL 03/07/1969 OSMAR LUIZ BONAMIGO 23/07/1951 OSVALDO JOSÉ BERNARDI CASAGRANDE 12/07/1986 RAFAEL SANTIN 12/07/1971 RENATO ARCHILE MARTINI 10/07/1951 RENATO LUIZ OTTONI GUEDES 17/07/1971 ROSANGELA DE OLIVEIRA 17/07/1941 SHIGUERU HIROKI 28/07/1962 SIDNEY MELCHIORETTO 18/07/1970 SIMONE SMARCZEWSKI COSTANZO 06/07/1947 VALMOR STOFELA
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