Sindirural 42

Page 1

Impresso Especial

www.revistasindirural.com.br

991224592-6/2009-DR/PR

SIND. RURAL

CORREIOS

PUBLICAÇÃO OFICIAL

Ano VII | Nº 42 | Outubro/Novembro de 2014 | R$ 10,00

Nova tecnologia

www.facebook.com.br/sindirural

Distribuição Precisa

TECNOLOGIA NO PLANTIO

ENTREVISTA: NERI GELLER

“NÃO PODEMOS SER AUTOSSUFICIENTES EM TUDO” Outubro e Novembro/2014

LEILÕES

Agricultores como Valdir Stefanello, de Nova Aurora, que adotaram nova linha de discos de plantio DP Impacto da Scherer no plantio de soja destacam os diferenciais do produto, como maior precisão, menor quantidade de falhas e melhor distribuição das sementes.

SAFRA DE VERÃO

SOJA OCUPA LUGAR DE OUTRAS CULTURAS NO PR

TEMPORADA MOVIMENTA A REGIÃO OESTE 1

BOVINOCULTURA

MÉTODO RECUPERA ÁREAS DE PASTAGENS DEGRADADAS


2

Outubro e Novembro/2014


www.rpkgenetica.com.br

EXCELÊNCIA EM GENÉTICA PROVADA A CAMPO NELORE | BRAHMAN | BRANGUS | BRADFORD | ANGUS

Referência em seleção de animais campeões, a RPK Genética oferece somente os melhores touros melhoradores criados a campo para quem deseja aumentar a qualidade do seu rebanho.

Outubro e Novembro/2014

Fone (45) 9944-3759 - renopaulo@uol.com.br - Nova Laranjeiras/PR 3


L VE

CATO RU DI

DE CASCA AL

L PATRON RA

SIN

R. Paraná, 3937 - CEP 85.810-010 Cascavel/PR - Fone (45) 3225-3437 www.sindicatorural.com DIRETORIA Presidente Paulo Roberto Orso Vice-presidente Gelso Paulo Ranghetti 2º Vice-presidente Modesto Felix Daga Tesoureiro Genor Frare 2º Tesoureiro Renato Archille Martini Secretário Paulo Cezar Vallini 2º Secretário Gion Carlos Gobbi Diretor Administrativo Paulo Roberto Orso CONSELHO ADMINISTRATIVO Membros Milton Pedro Lago Valmir Antônio Oldoni Haroldo Stocker Ângelo Custódio Romero Eugênio César Luiz Dondoni Carlos Alberto Zuquetto Gelson José Zanotto CONSELHO FISCAL Titulares Isaías Luiz Orsatto Eudes Edimar Capeletto Denise Adriana Martini de Meda Suplentes José Torres Sobrinho Airton José Gaffuri Darcy Antonio Liberalli DELEGADO JUNTO À FAEP Titular Paulo Roberto Orso Suplente Paulo Cézar Vallini

Publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel Circulação bimestral Coordenador editorial: Paulo Cézar Vallini (pvallini@uol.com.br) Fale com a redação: Jair Reinaldo dos Santos (editor) Fone (45) 3037-7829 / 9972-6113 editoria@revistasindirural.com.br

Departamento Comercial: (45) 3037-7829 / 9972-6113 comercial@revistasindirural.com.br

Agradecimentos: Alceu Sperança Luiz Carlos da Cruz Marcelo Vascelai Projeto gráfico arte/diagramação: NewMídia Comunicação R. Rio Grande do Sul, 111 - CEP 85.801-010 Cascavel-PR - Fone (45) 3037-7829

EDITORIAL

Um novo ciclo no campo Com o plantio da safra de verão o produtor rural assume novamente a responsabilidade de ser o termômetro da economia para 2015. Afinal, se a safra vai bem, o Brasil vai bem. Todos os setores da economia dependem de tranquilidade no campo para produzir até para planejar novos investimentos. Tudo indica que teremos uma boa safra, com os preços das commodities oscilando dentro de uma margem que ainda oferecem vantagens para o agricultor, sobretudo àqueles que ousam e investem em novas tecnologias de plantio, aplicam técnicas de agricultura de precisão e apostam em novas variedades de sementes. Com o compromisso de ser disseminadora de novos conceitos, técnicas e tecnologias, a revista SindiRural chega à sua 42ª edição trazendo informações que influenciam diretamente o dia a dia do nosso produtor. É o exemplo dos novos discos de plantio da indústria cascavelense Scherer, que após anos de desenvolvimento, inovam com sua nova linha DP Impacto para plantio de soja. Aproveitamos a visita do ministro da Agricultura Neri Geller a Cascavel e trazemos uma entrevista exclusiva onde ele fala dos projetos da sua pasta. Abordamos também o aumento da área plantada de soja no Paraná e o impacto disso em outras culturas, como o milho, por exemplo. O assunto fracking volta à ser destaque, com a aprovação pela Câmara de Vereadores de Cascavel de uma lei que proíbe a utilização da técnica de exploração de xisto por fraturamento hidráulico no Município. E fizemos cobertura completa dos principais leilões de touros, bezerros e reprodutoras que movimentaram os agropecuaristas de Cascavel e região; mostramos uma nova técnica que promete recuperar áreas de pastagens degradadas no Estado, além de trazer as novidades e atrações da edição 2014 da Expovel, uma das maiores feiras agropecuaristas do nosso Estado. Boa Leitura! 4

ÍNDICE Você vai ler nesta edição nº 42 da revista SindiRural: • Artigo........................................................... 06 • Palavra do Presidente................................ 07 • Entrevista.................................................... 08 • Registro....................................................... 12 • Fracking é proibido por lei em Cascavel... 14 • Ministro anuncia subsidio ao trigo............. 16 • Sicoob faz parceria com Sancor................ 18 • Extensão rural é tema de palestra............ 20 • Tecnologia, sinônimo de produtividade..... 24 • Sindicato recebeu candidatos.................... 26 • Soja ocupa lugar de outras culturas......... 28 • MAPA está de olho nas sementes salva... 30 • Dessecação: Seab alerta sobre perigos... 32 • Método pode aumentar pastagens........... 34 • Leilão Angus................................................ 38 • Leilão Genética Paraná.............................. 40 • Leilão Reprodutores................................... 42 • SRO confirma atrações a Expovel............. 44 • Camagril e MF promovem evento.............. 46 • Conheça a história de Rio do Salto............ 48 • Coluna Saúde ............................................. 50 • Receita......................................................... 52 • Cursos Senar.............................................. 54 • Aniversariantes........................................... 56 • Convênios.................................................... 58 Outubro e Novembro/2014


EXCESSO DE VELOCIDADE NÃO É LEGAL.

I M A G E N S M E R A M E N T E I L U S T R AT I VA S

|

LINHA 2015 MITSUBISHI

L200 TRITON PRODUTOR RURAL, ESTE É O MELHOR CUSTO X BENEFÍCIO!

COMPARE OS MODELOS E ESCOLHA O SEU L200 TRITON

POTÊNCIA

TORQUE

PREÇO (R$)

GL 2.4 FLEX 4X2

142 CV

22

71.990,00

HLS 2.4 FLEX 4X2

142 CV

22

76.990,00

GLX 3.2 MT DIESEL 4X4

180 CV

38

94.990,00

GLS 3.2 MT DIESEL 4X4

180 CV

38

102.990,00

HPE FLEX AT 3.5 4X4

205 CV

33,5

106.990,00

SAVANA MT DIESEL 4X4

180 CV

38

118.990,00

HPE MT DIESEL 3.2 4X4

180 CV

38

119.990,00

HPE AT DIESEL 3.2 4X4

180 CV

38

129.990,00

(TOP DE LINHA)

Revisões a cada 10.000km ou 6 meses. Valores dos carros preço à vista, sujeito a alteração sem aviso prévio.

A MELHOR CONCESSIONÁRIA MITSUBISHI DO BRASIL

MITASSISTANCE DO BRASIL

5 www. brizzamitsubishi .com.br

Outubro e Novembro/2014

CASCAVEL

45

AV. BRASIL, 1681

3411.7000


ARTIGO

Valdomiro Poliselli Júnior (*)

Envie seu artigo: editoria@revistasindirural.com.br

Angus, um divisor de águas na pecuária brasileira ve-se pela qualidade de sua carne. Quem já experimentou um corte Angus sabe exatamente do que estou me referindo. Até raças sintéticas, adaptadas ou mesmo a japonesa Wagyu usam o Angus para incrementar essa característica. Casamento perfeito com o zebuíno brasileiro, resultando numa verdadeira “explosão” em ganhos de heterose. A resposta logo aparece no bolso do produtor. Os preços são diferenciados, por exemplo, para os bezerros e bezerras deste cruzamento, chegando a R$ 400,00. Considerando que um reprodutor Angus PO, bem adaptado para o serviço a campo, produza, em média, 30 filhos/ano, significa que o incremento no final do ciclo será de nada menos que R$ 12.000,00/ano por reprodutor, rentabilidade jamais vista na pecuária nacional. E se ele entregar um produto terminados em confinamento, com carcaça padronizada e acabamento de gordura acima de 6 milímetros, aos 20 meses de idade, vai lucrar ainda mais. Hoje, uma fê-

mea de 16@ alcança preço de boi gordo, sem contar a bonificação de 10% que recebe pela carcaça diferenciada. Todos os dias, em todas as direções, pecuaristas modernos se rendem a raça, utilizando-a como ferramenta para maximizar os ganhos em rendimento, qualidade e remuneração. Atualmente, toda a carne que provém dessa extraordinária raça é direcionada ao mercado interno. Quando tivermos volumes suficientes para exportar, trabalhando mercados de melhor remuneração, imaginem a rentabilidade que poderemos alcançar. Possuímos o maior rebanho comercial do mundo e mais de 80 milhões de fêmeas zebuínas em idade reprodutiva, prontas para receber essa a genética da raça com os maiores índices de avaliações e mensurações em número e qualidade de carne em todo globo terrestre. * Valdomiro Poliselli Júnior é titular da VPJ Pecuária (Jaguariúna/SP).

C O M U N I C A Ç Ã O

Há muitos anos, o Brasil luta para melhorar o padrão da carne produzida no campo, com suas mais de 200 milhões de cabeças, onde predomina a genética zebuína. Especialmente nas últimas três décadas, os pecuaristas realizaram inúmeras experiências no cruzamento industrial, utilizando várias raças e tentando melhorar o rendimento e a qualidade. O Angus, já enraizada no Rio Grande do Sul, prospera, avançando no Centro-Oeste e demais regiões de pecuária, embalada pela multiplicação da IATF (Inseminação Artificial por Tempo Fixo) e pelo programa de certificação desenvolvido pela Associação Brasileira de Angus, que envolve bonificação aos produtores. O mercado de cruza Angus desabrochou, alastrando-se por todos os Estados da Federação. Juntos, o Angus e o Red Angus bateram recorde em vendas de sêmen em 2013, com mais de 3,5 milhões de doses, mérito que deve se repetir neste ano. Esse aumento, que é recorrente, de-

ESPLANADA

EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS

www.espla.ind.br – (45)3228-2424 – Cascavel/PR 6

Outubro e Novembro/2014


PALAVRA DO PRESIDENTE Paulo Orso - Presidente do Sindicato Rural de Cascavel

Procuro abordar nesse espaço assuntos de fundamental interesse para a classe produtiva do agronegócio. E como brasileiro que sou, não posso deixar de citar a sucessão presidencial. Afinal, que outro assunto poderia nos afetar mais do que esse? Você que está lendo essa revista agora já sabe quem vai liderar o nosso país a partir de 1º de janeiro de 2015. Eu ainda não sei, pois essa edição circula antes da definição de segundo turno presidencial. De qualquer maneira, guardo grandes esperanças de mudanças nos rumos da economia a partir do próximo ano. Se o povo brasileiro optou por mais uma gestão da presidenta Dilma e do PT, devemos nos unir para cobrar essas mudanças, pois no atual mandato a agricultura acabou sendo novamente o patinho feio da economia, mesmo sustentando a balança comercial e sendo responsável direto por mais de 32% da

É inadmissível que um país com nosso potencial fique atrás de países menores e com menos potencial nos índices de desenvolvimento mundial.

arrecadação de impostos federais. Se o caminho foi por Aécio e pelo PSDB, vamos torcer para que ele assuma a postura de valorização do nosso setor que mostrou em campanha. Mas mesmo com essa sinalização de mudança, se ocorrer, devemos estar atentos e nos articularmos com nossos deputados federais para cobrarmos o cumprimento das promessas de campanha.

Mas não podemos deixar de acreditar em uma mudança de realidade no Brasil. É inadmissível que um país com nosso potencial, com nossa gente trabalhadora, séria e honesta fique atrás de países menores e com menos potencial nos índices de desenvolvimento mundial. Por isso conclamo a todos nossos associados a participarem mais da vida política e do dia a dia do nosso Sindicato. Afinal, fazemos política diariamente, quando nos relacionamos com nossos vizinhos e conhecidos. O Sindicato Rural de Cascavel sempre organiza debates sobre temas de interesse do produtor rural, abordando assuntos polêmicos e decisivos para a classe, mas o público sempre fica aquém do esperado. Não é fácil mudar o Brasil. Mas a mudança começa por cada um de nós, que devemos fazer nossa parte. O que você acha de começar a fazer a sua?

CONDOMÍNIO GENÉTICO BRAHMAN & SIMENTAL

Reprodutores | Sêmen | Embriões Av. Brasil, 7636 - Centro CEP 85.801-001 - Cascavel/PR

Fone (45) 3226-7445 / 9978-0061 Outubro e Novembro/2014

7

www.brahmanchaco.com.br


ENTREVISTA

MINISTRO DA AGRICULTURA NERI GELLER

“Não podemos ser autossuficientes em tudo” Em entrevista exclusiva à Revista SindiRural, o ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento Neri Geller fala sobre a questão das importações e sobre os incentivos do Governo Federal aos produtores de trigo e afirma que o Brasil não pode ser autossuficiente em todos os produtos agrícolas

Revista SindiRural - Nunca houve no Brasil uma política ampla e de longo prazo direcionada à produção de trigo. Apesar dos anúncios recentes serem positivos, quais as razões para o atual governo e os anteriores não terem essa preocupação com o cereal, além de estimular sua importação? Há algum planejamento do governo federal para mudar esse cenário? Ministro Neri Geller - Pelo contrário, o trigo é uma das culturas que mais tem apoio na política agrícola do país e que sempre participou da política de preços mínimos. Além disso, o governo tem adquirido trigo por meio de AGF (Aquisições do Governo Federal). Neste ano, por exemplo, o governo está destinando R$350 milhões para a política de apoio ao trigo, sendo R$250 milhões dirigidos à AGF, para compra de 400 mil toneladas, e R$150 milhões para Pepro (Programa de Equalização de Preços) para contemplar até três milhões de toneladas. Pelo Plano Agrícola e Pecuário (PAP 2014/2015), os produtores de trigo podem tomar recursos de até R$1 milhão para custeio e utilizar o Moderfrota para

Neri Geller é natural do município de Selbach, no Rio Grande do Sul, mas foi em Lucas do Rio Verde (MT) que construiu a carreira profissional e política. Atualmente, desenvolve atividade de plantio e comercialização de grãos, como soja e milho, tem empresa no setor de combustíveis e foi vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do estado do Mato Grosso (Aprosoja), além de deputado federal em 2007 e 2011. Exerceu, ainda, mandato de vereador em Lucas do Rio Verde (1996 e reeleito em 2000). Antes de assumir a pasta da Agricultura, esteve à frente da Secretaria de Política Agrícola do Ministério desde janeiro do ano passado, quando participou ativamente da elaboração do atual Plano Agrícola e Pecuário e trabalhou na aprovação da liberação de variedades de soja transgênica por parte da China. Geller ainda esteve à frente de medidas de apoio aos produtores, em 2013, como dos lançamentos de Contratos de Opção de Venda de milho e leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro).

aquisição de máquinas e equipamentos com juros de 4,5% (produtores com renda bruta anual de até R$ 90 milhões) a 6% (produtores com renda bruta anual acima de R$ 90 milhões), com dois anos de carência e até oito anos para pagamento. O governo não tem medido esforços para manter a produção. Tanto é assim que este ano estamos colhendo a maior safra de trigo de toda a história: 7,5 milhões de toneladas (estimativa para agosto de 2014). É bom esclarecer que o Brasil faz parte da OMC (Organização Mundial do Comércio) e o do MERCOSUL, que hoje é um comércio livre de tarifas. A Argentina importa produtos do Brasil e o Brasil importa produtos da Argentina com tarifas livre. Não podemos simplesmente tomar a medida de fechar o nosso mercado para o trigo argentino ou mesmo para o exterior porque nós temos obrigações junto a OMC e ao MERCOSUL. O governo não estimula a importação, apenas segue as regras do mercado internacional. É importante lembrar também que não podemos ser autossuficiente em tudo. A relação planta-solo-clima para plantio de trigo no Brasil não são tão perfeitas como a de 8

soja e a de milho, por exemplo. Os EUA nunca produziram cana-de-açúcar e não pretendem produzir. Nós produzimos trigo no sul do país, que é onde tem mais condições. A tecnologia brasileira para a cultura está sendo desenvolvida e não é uma coisa de curto prazo. Não adianta também termos só as condições agronômicas e não termos as condições econômicas. Não adianta termos uma cultura de custo elevado, que não consegue produzir e competir com outras culturas mais rentáveis. Revista SindiRural - No Brasil, estamos cada vez mais dependentes das multinacionais - principalmente em sementes e defensivos - quando nos referimos à pesquisa no agronegócio, além da dependência tecnológica. Como o Ministério da Agricultura analisa essa questão e o que ela tem feito para incentivar a pesquisa nacional, quais são os resultados obtidos e quais ainda virão? Ministro Neri Geller - Nossos mercados são abertos. Temos uma grande produção de automóveis no Brasil que é feita por multinacionais. Nunca Outubro e Novembro/2014


A Argentina importa produtos do Brasil e o Brasil importa produtos da Argentina com tarifas livres. Não podemos simplesmente tomar a medida de fechar o nosso mercado para o trigo argentino ou mesmo para o exterior porque nós temos obrigações junto à OMC e ao Mercosul.

Outubro e Novembro/2014

9


passou na cabeça de ninguém reclamar que a produção no Brasil seja feita por multinacionais. Com a pesquisa é a mesma coisa. As empresas internacionais têm toda a liberdade de pesquisar e desenvolver produtos novos, tanto do ponto de vista das sementes quanto do ponto de vista dos defensivos. Por outro lado, o governo brasileiro tem sim, através da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), um compromisso sério com a pesquisa. A Embrapa tem mostrado ser uma grande produtora de variedades novas e está investindo muito em biotecnologia. A Embrapa é conhecida internacionalmente e tem obtido resultados extraordinários para a produção brasileira. Desconhecer a contribuição que a Embrapa deu e tem dado aos avanços do setor é desconhecer a história do crescimento do agronegócio brasileiro. Revista SindiRural - Como o governo federal avalia as ações desenvolvidas pela Faep (Federação de Agricultura do Estado do Paraná), que tem custeado um levantamento dos investimentos necessários em logística em todo o Estado do Paraná. O governo está disposto a atender as necessidades do segmento? Como ele pretende agir? Ministro Neri Geller- Toda contribuição que indique caminhos para melhorar a infraestrutura e a logística é sempre muito bem-vinda. O estudo custeado pela FAEP evidenciando as demandas de investimentos em infraestrutura no Estado do Paraná tem o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Entretanto, deverá ser avaliado previamente por outros órgãos do governo, responsáveis pela formulação das políticas públicas de transportes e portuárias, para integrar o planejamento estratégico na execução de futuros empreendimentos. Isso significa mesclar as sugestões oferecidas com outras inseridas no Plano Nacional de Logística de Transportes e o de ampliação da oferta portuária. O volume da produção paranaense justifica as preo-

O volume da produção paranaense justifica as preocupações dos produtores e o Mapa tem trabalhado para induzir a ampliação da infraestrutura que permita uma logística integrada, em todo o país, reduzindo o custo da movimentação e a competitividade do agronegócio.

cupações dos produtores e o Mapa tem trabalhado para induzir a ampliação da infraestrutura que permita uma logística integrada, em todo o país, reduzindo o custo da movimentação e a competitividade do agronegócio. Revista SindiRural - Quais atitudes são possíveis e estão no planejamento para que haja uma de10

mocratização e consonância no tratamento e atenção aos produtores rurais pelo governo, uma vez que existem dois Ministérios com funções distintas e que muitas vezes confundem a categoria? Ministro Neri Geller - O melhor exemplo de democracia, transparência e de alinhamento com as posições do setor é o Plano Agrícola e Pecuário, cuja construção anual é resultado de um amplo diálogo com as lideranças do agronegócio em todo o Brasil. Todas as medidas avaliadas e tomadas pelo Mapa são feitas de forma democrática. O Mapa tem o hábito de consultar sempre o setor para tomar decisões. Tanto o Ministério da Agricultura quanto o Ministério do Desenvolvimento Agrário têm bem definidas e claras suas funções. O MDA está concentrado na política do Pronaf, da pequena produção, da produção de sustentação familiar. O Mapa trata mais de questões envolvendo a agricultura empresarial, que tem grandes excedentes, que se move fortemente pela rentabilidade. Outubro e Novembro/2014


Outubro e Novembro/2014

11


REGISTRO

Associados do Sindicato Rural de Cascavel estiveram presentes na apresentação do balanço referente a 2013 pela diretoria

Sindicato realizou Assembleia de prestação de contas

No dia 16 de setembro, às 19h, o Sindicato Rural de Cascavel realizou uma assembléia para apresentação e aprovação do balanço contábil referente ao ano de 2013. Diversos associados atenderam a

convocação do edital e compareceram no auditório da entidade, onde foram recepcionados por um café da tarde e assistiram à apresentação realizada pela empresa Brunetto & Associados, representada na

ocasião pela contadora Simone Zuconelli da Silva. Comporam a mesa ainda o presidente Paulo Orso, o Secretário Paulo Vallini, o tesoureiro Genor Frare e Isaías Orsatto, membro do Conselho Fiscal.

Prefeitura de Cascavel promoveu Dia de Campo sobre alho No dia 5 de setembro, agricultores de Santa Tereza, Lindoeste, Ubiratã e Cascavel participaram do Dia de Campo sobre Alho, que foi realizado na Chácara Bernardes, em Cascavel. A ação faz parte do Projeto de Pesquisa de Cultivo do Alho, da Secretaria Municipal de Agricultura de Cascavel, lançado em maio deste ano. Os agricultores presentes assistaram a palestra sobre área de manejo, técnicas, pragas e doenças dessa cultura. A proposta é oferecer uma alternativa de renda a agricultores familiares, disponibilizando capacitações e auxilio que vão desde o tratamento da semente a comercialização do alho. A Secretaria de Agricultura presta assistência técnica aos produtores. O alho oferece alta lucratividade, pois não é produzido na região. “Hoje estamos mostrando o cultivo de um alho que está com 90 dias de plantio. Essa cultura foi introduzida visando uma lacuna comercial não preenchida em Cascavel. Discutimos aqui hoje sobre a adaptação da cultura em nossa região e sobre a lucratividade direcionada ao pequeno produtor, ou produtor familiar, que pode evitar o êxodo rural”, destacou o técnico e produtor rural, Fabiano Brizola.

Cerca de 150 agricultores participaram do evento

“O prefeito Edgar Bueno determinou que tivéssemos a preocupação com o pequeno produtor. Tivemos então algumas ideias e esse projeto do alho é uma delas. Estamos desenvolvendo um projeto piloto, no qual já temos cerca de 30 agricultores cultivando o alho e para nossa surpresa o

12

resultado tem sido bom. Esse dia de campo veio nos mostrar a qualidade que podemos imprimir a esse tipo de plantio. Temos também outros projetos a serem desenvolvidos, como o de produção de flores e ervas medicinais”, frisou o secretário de Meio Ambiente, Luiz Carlos Marcon. Outubro e Novembro/2014


Rural Leite elegeu sua nova diretoria Em assembleia geral realizada na noite de terça-feira (16), no Sindicato Rural Patronal de Cascavel, os associados da Rural Leite – com sede em Cascavel - elegeram a nova diretoria para o próximo biênio. Para presidir a entidade, foi eleito Cezar Luiz Dondoni, que na ocasião já foi empossado em substituição a Adolar Konopatzki. A diretoria recém eleita e empossada é formada ainda por Itacir Antonio Cervelin, vice-presidente; Márcia Martini Stum, secretária; Robson Lago, 2º secretário; Gelso José Zanotto, tesoureiro; e Eudes Edimar Capelletto, 2º tesoureiro. A nova gestão, segundo Cezar Dondoni, vai focar seu trabalho no fortalecimento da Rural Leite e, conse-

Membros da nova diretoria da Rural Leite, durante a assembleia geral da entidade

quentemente, da bacia leiteira de Cascavel e da região. Atualmente, no município de Cascavel existem cerca de 2.200 produtores que se dedicam à pecuária leiteira, que são responsáveis pela produção de

Sistema FAEP e Senar realizaram Congresso sobre Ensino a Distância

Participantes conheceram novas tecnologias para implementar o Ensino a Distância

O Sistema FAEP (Federação da Agricultura do Paraná) junto com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) realizou de 6 a 9 de outubro, em Curitiba, o XX Congresso Internacional de ABED de Educação a Distância. O evento teve como tema “EAD e a Internacionalização de Aprendizagem no Brasil” e foi direcionado a mobilizadores do Senar. O Sindicato Rural de Cascavel foi representado pela Outubro e Novembro/2014

sua mobilizadora do Senar, Vanusa Garcia, que adquiriu no evento mais conhecimentos sobre o Ensino a Distância dentro do Senar. “Foi criado um grupo de 12 pessoas que conheceram as novas tecnologias disponíveis hoje para conseguir avançar e implementar melhor o EAD do Senar nos Sindicatos Rurais. Segundo ela, serão realizadas outras reuniões com o grupo para aperfeiçoar esses conhecimentos.

13

aproximadamente 94 milhões de litros anuais. A Rural Leite, ainda segundo o novo presidente, já começa os preparativos também para a Expovel 2014, que ocorrerá de 11 a 16 de novembro.

DAU: novo prazo para renegociação ou liquidação A Lei nº 13.001 publicada de 20 de junho de 2014 concede novo prazo para liquidação ou renegociação de operações de crédito rural, inscritas em Dívida Ativa da União. A medida é positiva e vem sendo proposta pela FAEP desde o encerramento da última negociação ocorrida em 2013, que permitiu a renegociação e liquidação de operações de DAU que tinham sido inscritas somente até outubro de 2010. A FAEP havia solicitado ao governo não só a reabertura do prazo para renegociação, com os benefícios previstos na Lei nº 11.775, mas que fossem beneficiados também, os produtores que tiveram a inscrição após 2010. A Lei nº 13.001 atendeu a solicitação da FAEP determinando que as operações de crédito rural inscritas até 20 de junho de 2014 poderão ser renegociadas ou liquidadas como os benefícios previstos na Lei nº 11.775 (Tabela 1 e 2). Para efetuar a negociação o produtor deve ligar na central de atendimento do Banco do Brasil, que está a serviço da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), no número 0800-889-7013.


MEIO AMBIENTE

Fracking é proibido por lei em Cascavel Vereadores de Cascavel aprovaram lei que proibe o uso da técnica de fraturamento hidráulico para exploração de gás de xisto, mais conhecida por “fracking”

A Câmara de Vereadores de Cascavel aprovou neste mês de setembro, por unanimidade, o projeto de lei que proíbe a concessão de alvará e ou licença para utilização do solo com a finalidade de exploração do gás de xisto (não convencional) pelo método do fraturamento hidráulico (fracking). O posicionamento dos vereadores em relação ao tema foi definido em audiência pública realizada no final de agosto e comandada pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara. A audiência apresentou os pontos favoráveis e contrários ao tema. De um lado, ativistas, professores e vereadores que defendiam não apenas a moratória de cinco anos da exploração de gás de xisto, mas a total proibição da atividade. De outro, os representantes da Copel e da Compagás – empresas participantes de consórcios vencedores da licitação de área para exploração – asseguravam que a exploração só acontecerá após serem realizadas pesquisas preliminares e seguindo a legislação ambiental vigente. Além da elaboração de um projeto de lei proibindo a utilização do fracking, a audiência decidiu ainda que deveria ser formada uma Comissão de Estudos e Mapeamento de Solos; realizada uma audiência de âmbito nacional através do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente); realização de uma Conferência Municipal sobre Energia e também de uma Conferência Estadual; encaminhamento da ata completa da audiência a todas as câmaras brasileiras e questionamentos a todos os candidatos que disputam cargos políticos estaduais ou nacionais representando a região acerca de sua posição frente ao tema. De acordo com o vereador Nei Haveroth (PSL), o trabalho teve continuidade após a audiência e as ações previstas

Nos preocupamos com a qualidade de vida das pessoas num sentido geral, principalmente com a contaminação do lençol freático, uma vez que nossa região é toda baseada na agricultura.

NEI HAVEROTH Vereador e um dos autores do projeto de lei

já foram executadas. Na sessão de aprovação, o vereador Jaime Vasatta (PTN) ponderou que a Câmara não é contrária à pesquisa ou ao uso de novas tecnologias, mas que “apenas queremos ter certeza de que nossa região não será prejudicada”. OPINIÃO Um dos encabeçadores da iniciativa foi o 14

vereador Nei Haveroth. “Nos preocupamos com a qualidade de vida das pessoas num sentido geral, principalmente com a contaminação do lençol freático, uma vez que a nossa região é toda baseada na agricultura”, analisa. Segundo Nei, as lagoas de contenção e armazenamento da água contaminada não são tão seguras e somente com processo de evaporação, danos já são levados ao solo. “Se elas chegam a vazarem, podem causar danos irreparáveis ao Meio Ambiente”, afirma. Ele acredita que a medida é preventiva e visa garantir o bem estar do povo de Cascavel e da natureza até que exista um estudo complexo e garantias. “É muito cedo para darmos um passo tão largo”, conclui. OS AUTORES O projeto foi assinado pelos vereadores Marcio Pacheco (PPL), Rafael Brugnerotto (PSB), Nei Haveroth (PSL), Jaime Vasatta (PTN), Jorge Menegatti (PSC), Paulo Porto (PCdoB), Vanderlei do Conselho (PSC), Fernando Winter (PTN), Aldonir Cabral (PDT), Danny de Paula (PMN), Marcos Rios (Solidariedade), Walmir Severgnini (Pros), Rui Capelão (PPS) e Adenilson de Souza (PSD). Outubro e Novembro/2014


Outubro e Novembro/2014

15


VISITA A CASCAVEL

Ministro anuncia subsídio ao trigo Neri Geller esteve em Cascavel no dia 15 de setembro e trouxe boas notícias para os produtores de trigo do Estado

A notícia chegou em boa hora para os produtores de trigo do Paraná preocupados com o baixo preço de comercialização das sacas que nem sequer cobrem o custo da produção. O alívio veio em setembro, quando Neri Geller, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, esteve em Cascavel para anunciar a liberação de R$ 350 milhões para o setor, valor que deve garantir ao produtor o preço mínimo do cereal. Geller se reuniu com agricultores, representantes do Sindicato Rural e cooperativistas da cidade para falar sobre o investimento. Do valor total, R$ 200 milhões serão destinados à Aquisição pelo Governo Federal (AGF) para que o governo passe a ser o comprador. Este recurso garante ao produtor o preço mínimo, que está em média R$ 33,45 a saca com 60 quilos. Já o restante, R$ 150 milhões,será para o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), que é uma forma de subsidiar o transporte do trigo para as principais regiões consumidoras: Sudoeste e Nordeste. Já que a maior parte da produção está concentrada na região sul do país. Este frete encarece o produto até chegar nas mãos do consumidor. De acordo com Paulo Orso, presidente do Sindicato Rural, as medidas anunciadas vêm de encontro com as necessidades dos produtores paranaenses.“Nós plantamos pensando no trigo a R$ 42,00 a saca. A estimativa extremamente boa era o que nos estimulava. Hoje nós estamos com uma perspectiva de R$ 28,00 já no balcão, praticamente R$ 8,00 abaixo do mínimo.As medidas do governo vêm minimizar isto e trazer um pouco de alento para aqueles que querem tranquilidade”, comenta. Orso também ressalta a importância do benefício ter sido anunciado antes, e não atrasado como vinha acontecendo. “E

Paulo Orso, presidente do Sindicato Rural de Cascavel, e o superintendente regional do Banco do Brasil, Dirceu Tessaro, estiveram entre as lideranças que recepcionaram o ministro da Agricultura m Cascavel

O recurso que era pleiteado até mesmo pela Federação da Agricultura em volume foi o que o ministro anunciou. Então, o anúncio veio dentro da nossa expectativa.

PAULO ORSO Presidente do Sindicato Rural de Cascavel

quando ele chegava, chegava atrasado e vinha para beneficiar o cerealista e o produtor não era beneficiado. Agora vindo a tempo, podemos pleitear o preço mínimo 16

real do trigo, para que o produtor usufrua disso tudo”, comenta. Os preços do mercado também tendem a se regularizar no valor mínimo, já que com o governo adquirindo a produção, a tendência é a equalização. “O recurso que era pleiteado até mesmo pela Federação da Agricultura em volumes foi o que o ministro anunciou. Então, o anúncio veio dentro da nossa expectativa”. A garantia de um bom retorno pode fazer com que muitos agricultores comecem ou voltem a investir na cultura do trigo e, com isto, o Brasil só tem a ganhar, já que consome cerca de 11 milhões de toneladas, mas produz apenas 7 milhões por ano. A maior parte da produção - 58% - está concentrada no Paraná. Logo atrás vem Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No Brasil, a expectativa é que a produção, de acordo com a estimativa da Companhia Habitacional de Abastecimento (Conab), seja de 3,9 milhões de toneladas. Outubro e Novembro/2014


Subvenção do seguro agrícola preocupa produtores O ministro ainda ouviu uma preocupação dos produtores. O tema foi o seguro agrícola, cuja parcela do governo – 50% - não está mais sendo paga. “Hoje no Paraná como no Brasil todo o produtor tem que pagar todo o custo do seguro. O dinheiro da subvenção acabou. Por isso, aproveitamos a vinda dele para pedir a viabilização desse recurso”, comenta o superintendente regional do Banco do Brasil, Dirceu Luiz Tessaro. Nesta situação, o produtor tem duas opções: pagar o valor integral, que gira em torno de 13% do financiamento total da lavoura, ou não fazer o seguro, o que é considerado arriscado. “A nossa região é a que mais contrata seguro agrícola, e o apoio é muito importante para os produtores. Estamos aguardando uma solução”. Neri Geller levou a demanda à Brasília. No entanto, o caso é complexo. O dinheiro destinado no Orçamento da União para este fim acabou. Portanto, a única maneira seria buscar uma emenda, que depende de apoio da Câmara Federal. “Ele levou o nosso pleito e esperamos que ele não deixe isso acontecer nem no final de safra, muito menos na próxima

Outubro e Novembro/2014

Nelson Padovani: “Desde que assumi a relatoria da Subcomissão do Endividamento Rural e vai continuar sendo até que ela seja regulamentada”

previsão de plantio”, salienta o presidente do Sindicato Rural, Paulo Orso. Relator da Subcomissão do Endivida-

17

mento Rural, o deputado federal Nelson Padovani, afirma que, antes da subvenção, o governo precisa regulamentar a lei que cria o Fundo de Catástrofe, sancionada em 2010 pelo presidente Lula com recursos de R$ 4 bilhões. “Depende do governo. De vontade política mesmo. Toda a bancada ruralista tem buscado isso. Essa tem sido uma briga constante minha, desde que assumi a relatoria e vai continuar sendo até que ela seja regulamentada e o socorro chegue aos produtores rurais, em especial, aos triticultores”, destaca. A lei garantiria às empresas seguradoras e resseguradoras cobertura complementar dos riscos do seguro rural em casos de catástrofes climáticas como secas, geadas intensas ou excesso de chuvas. Esta lei seria uma medida para aumentar a confiança e garantia para que as empresas pudessem ampliar a oferta de produtos do seguro rural nas regiões de clima mais instável e culturas mais sensíveis às adversidades climáticas. Outro fator positivo quanto a regulamentação seria com relação ao preço do seguro, que provavelmente diminuiria, permitindo o acesso de um número maior de agricultores.


CRÉDITO RURAL

Sicoob faz parceria com a Sancor Seguros A maior empresa do segmento na Argentina e com vasta experiência no setor é a nova parceira do Sicoob no crédito rural e seguro agrícola

O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) se consolida a cada ano que passa como o diferencial no mercado de crédito rural e seguro agrícola. Em uma nova parceria com a Sancor Seguros, maior empresa do segmento na Argentina e com vasta experiência no setor, o Sicoob tem as melhores propostas para os cooperados tanto para o financiamento como para garantir a tranquilidade ao produtor. “Já se passou o tempo da insegurança no campo. Hoje, fazer um seguro de sua produção é um mecanismo fácil, barato e a garantia de um sono tranquilo ao agricultor”, afirma Angela Cristina Borsatto Lopes Dias, gerente do departamento de seguros do Sicoob. “Com a subvenção do governo federal e o baixo custo, fazer um seguro é um excelente negócio”, salienta a gerente. O mercado agora está voltado ao seguro do cultivo de soja, em plena época de plantio. Um novo lote de subvenção do governo federal será liberado no dia 9 de outubro, para baratear ainda mais os custos do produtor. O seguro ofertado pelo Sicoob, em parceria com a Sancor, protege o agricultor em danos diretos ou indiretos causados por granizo, incêndio e raios, tromba d’água, ventos fortes, ventos frios, chuvas excessivas, seca e variação excessiva de temperatura. Sobre a recuperação do investimento, a gerente explica que ela varia de acordo com incidente. “Se houve algum problema, um perito vai até o local e analisa quais percas ocorreram entre outras coisas. Dependendo da situação do plantio, do tamanho da planta, existe até a garantia do replantio”. Para melhor atender os seus clientes, o Sicoob possui um departamento exclusivo de seguro, o grande diferencial em comparativo com as demais instituições. Em eventuais sinistros, a orientação em outras prestadoras

Já se passou o tempo da insegurança no campo. Hoje fazer um seguro é um mecanismo fácil, barato e a garantia de um sono tranquilo ao produtor.

ANGELA CRISTINA BORSATTO LOPES DIAS - Gerente do Depto. de Seguros do Sicoob Cascavel

de serviço é ligar para um 0800, o que não ocorre no Sicoob. “O atendimento é 24h e personalizado. Aqui somos nós que fazemos tudo. Atendemos o agricultor, encaminhamos a documentação e regulamos como um corretor. Trabalhamos exclusivamente para o segurado junto com a Sancor, que paga os sinistros na hora e não deixa o produtor esperando”, ressalta Angela. Outro diferencial é que o seguro pode ser feito sem a necessidade de fazer o financiamento, o que é 18

Como o plantio é feito em partes, em outras instituições o dinheiro é liberado em etapas. No Sicoob é diferente. Nós liberamos tudo de uma vez.

WALDEMAR PAETZOLD Gerente geral Sicoob Cascavel

exigência em outros bancos. Aos interessados, o Sicoob oferece seguro de colheitadeiras, plantadeiras e tudo que envolve o meio rural. “Podemos fazer um produto que abrange a cobertura de tudo que ele tem na propriedade”, afirma Angela. A entidade também está à disposição de cooperados ou não para cotar seguros de todas as naturezas. CRÉDITO RURAL O primeiro passo para o interessado Outubro e Novembro/2014


A primeira apólice de seguro Sicoob/Sancor já foi paga para um produtor de trigo de Cascavel

em financiar sua lavoura com o Sicoob é ser cooperado. “É uma operação de crédito normal que tem a finalidade de custear a compra de insumos agrícolas e uma parte de mão de obra”, resume o gerente geral Waldemar Paetzold. Como todo o financiamento agrícola, o cooperado deve definir o que irá plantar, uma vez que há valores específicos para cada cultivo. “Como o plantio é feito as partes, em outras instituições o dinheiro é liberado em etapas. No Sicoob é diferente. Nós liberamos tudo de uma vez”, afirma. Além desta vantagem e desburocratização, o Sicoob tem outros diferenciais. O primeiro é o atendimento, que é feito como você fosse

um dono. “Aqui você não é um mero cliente e o cooperado participa das sobras do fim de ano”, salienta o gerente. Outro fator importante é que as riquezas geradas pelo Sicoob ficam em Cascavel. “Demais bancos enviam esses recursos para a matriz, em outras cidades, ou para fora do País. Aqui, o resultado fica”, ressalta Waldemar. APÓLICE PREMIADA A Sicoob, via Sancor, já pagou a primei-

www.aquatintas.com.br

Vai reformar ou construir? Aqui temos tudo para sua pintura!

Av. Brasil, 6921 - Em frente à Havan - Cascavel - PR - Fone Outubro e Novembro/2014

ra apólice para um cooperado. O seguro foi feito para o cultivo do trigo e o pagamento mostra mais uma vez que a parceria com a Sancor é de sucesso.

19

(45) 3225-1315


ARAUPEL

Invasão segue sem previsão de solução Associação Comercial e Industrial de Cascavel realizou reunião empresarial para debater o assunto com proprietários da área invadida

Apesar de ainda estar sem solução, a recente invasão do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) nas terras da Araupel, em Quedas do Iguaçu, continua recheada de polêmicas. Em uma reunião realizada na Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic), empresários e representantes da empresa discutiram as consequências e medidas jurídicas para reverter o atual cenário. Na ocasião, o diretor da Araupel, Tarso Giacomet, anunciou que a empresa já teve mais de um milhão em prejuízos após a invasão. Apesar de o impasse permanecer, ele acredita na reintegração de posse da área da Fazenda Araupel, entre os municípios de Rio Bonito do Iguaçu e Quedas do Iguaçu, que foi invadida em julho deste ano pelo MST. Mais de 3 mil famílias participaram da ocupação e boa parte dos invasores é formada por filhos de sem terra. Foi a quarta invasão que a empresa sofreu nas últimas duas décadas. Dois terços de sua área já foram desapropriados para formar os assentamentos Ireno Alves, Marcos Freire e Celso Furtado. Os três formam o maior assentamento da América Latina. A Araupel chegou a ameaçar deixar o Estado após mais uma ocupação de suas terras. O presidente da Acic, José Torres Sobrinho, afirma que a entidade sempre se pautou pela legalidade. “E a legalidade é o direto à propriedade”. Torres explica que se as terras estão legais e são produtivas, não há razões para a invasão ou desapropriação. “Nós respeitamos a reforma agrária, desde que ela feita da maneira correta. Como a Araupel está com tudo legalizado, nós temos que seguir a lei. Ninguém tem o direito de desrespeitar a lei, nem os sem terra”, afirma Torres. O presidente do Sindicato Rural de

Segundo Tarso Giacomet, diretor da Araupel, a empresa já teve prejuízo de mais de um milhão após a invasão

Nós respeitamos a reforma agrária, desde que ela seja feita da maneira correta. Como a Araupel está com tudo legalizado, nós temos que seguir a lei.

JOSÉ TORRES SOBRINHO Presidente da ACIC

Cascavel, Paulo Orso, também é totalmente contrário à atitude do MST. “Não admitimos e achamos que não há necessidades de invasões no Paraná”, defende. “Nós precisamos preservar o direito à propriedade”, completa. Orso acredita que os problemas somente serão solucionados quando existir uma nova política na reforma agrária. “A 20

reforma agrária em prática hoje é uma utopia. Não adianta darmos terra sem mudar o sistema atual. Precisamos de uma política de longo prazo, de acompanhamento das famílias e de ensinamento a lidar com a vida de produtor rural. Somente assim estaremos trabalhando em prol do homem do campo”, conclui. Outubro e Novembro/2014


PM cumpre reintegração de posse na região Oeste

Após a retirada, os invasores prometeram invadir nova área ainda maior

Depois de dez anos de invasão, as Polícias Militar, Ambiental, Rodoviária Federal e o Exército cumpriram no dia sete de outubro a determinação judicial de reintegração de posse na Fazenda Bom Sucesso, localizada às margens da BR-369, entre Cascavel e Corbélia.

Mais de 350 homens participaram da operação, que retirou famílias do MLST (Movimento para Libertação dos Sem Terra) do local. O proprietário da área, Orlando Gomes Filho, teve um prejuízo de mais de R$ 10 milhões durante o período em que sua terra esteve invadida. A deter-

minação judicial foi expedida pelo juiz da 2ª Vara Cível de Cascavel, Eduardo Coimbra Campos. Apesar da retirada dos sem terra, os integrantes do MLST promete invadir uma área ainda maior do que os 50 hectares onde viviam.

Água residual

100d% a! trata

INDÚSTRIAS - HOTELARIA - HOSPITAIS - CLÍNICAS

www.gotadagua.ind.br

ATENDEMOS TAMBÉM INDÚSTRIAS FRIGORÍFICAS E COOPERATIVAS Outubro e Novembro/2014 Estrada do Aeroporto, km 2 - S/n - Cascavel / PR - FONE (45) 3303-2525 21


PROPRIEDADES RURAIS

Anater irá prover assistência técnica Agência irá contratar empresas para dar assistência técnica a produtores pequenos e médios não enquadrados em programas atuais

O governo federal ampliará sua rede de apoio aos produtores rurais. Por intermédio da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), empresas de assistência técnica serão contratadas para atender um maior leque de propriedades, as quais não se enquadram nos atuais programas da União. O assunto foi alvo de uma palestra organizada pela Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel (Areac). Quem proferiu a palestra foi o engenheiro agrônomo José Leal, do Ministério da Agricultura. Atualmente, a assistência técnica promovida pelo governo federal é feita pela Emater, via convênio com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Ela tem praticamente um foco exclusivo aos pequenos agricultores ou agricultura familiar. Hoje, muitos pequenos e até médios produtores rurais não são contemplados com o serviço gratuito, tendo que desembolsar e contratar consultorias particulares. Para resolver esse problema, a Anater irá realizar uma série de licitações para contratação de empresas que prestarão o serviço para esse nicho de trabalhadores desprestigiados ou não enquadrados nos programas do governo, como Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Com isso, vamos aumentar a produtividade média do País e aumentar a qualidade dos produtos, além do ganho ambiental”, opina o presidente da Areac, Marcos Roberto Marcon. Existirão critérios para a participação dos beneficiados, que serão divulgados em breve. As licitações estão em período de trâmites burocráticos e a expectativa é que os serviços já comecem a ser disponibilizados no ano que vem. Na palestra, o engenheiro José Leal explanou aos presentes como

Pequenos e médios produtores não precisarão mais contratar consultorias particulares

Benefícios para o produtor rural A Areac vê com bons olhos a iniciativa do governo federal, via Anater. “Somos sempre favoráveis à assistência técnica. O produtor ganhará mais e o produto final será melhor. Com a orientação, o Meio Ambiente sairá ganhando, porque o produtor utilizará somente o que for necessário”, analisa. Com o apoio das empresas contratadas, os pro-

o programa irá funcionar. As licitações serão feitas em lotes e várias empresas serão contratadas. O certame será feito em lotes, com, por exemplo, 100 produtores. A em22

dutores rurais contemplados com o benefício deixaram de conduzir determinadas atividades de maneira errônea, o que também acarreta em custos maiores. Manejos integrados poderão ser feitos, voltados ao desenvolvimento sustentável, econômico e ecologicamente correto de diversas propriedades do Paraná e do Brasil.

presa vencedora ficará responsável por esse contingente e, por conta disso, ainda não se sabe precisar quantas prestadoras de serviço serão contratadas para atender o Paraná. Outubro e Novembro/2014


C O M U N I C A Ç Ã O

Disco de plantio comum.

Nova tecnologia Distribuição Precisa

Conheça a tecnologia que veio para mudar o seu conceito sobre discos de plantio

Único disco do mercado em policarbonato de alto impacto;

Exclusivo sitema com furos cônicos diminui quebras e danos à semente;

Anel com frisos direcionadores aumenta a eficiência na distribuição;

Nova roseta diminui atrito e os danos à semente de soja.

Pioneira no mercado de discos de plantio, a Scherer inova mais uma vez ao lançar a tecnologia DP Impacto®. Essa tecnologia é aplicada em três componentes de plantio: Disco, Anel e Roseta. Os furos do disco possuem formato cônico facilitando a captação dos grãos de soja, melhorando a uniformidade da distribuição das sementes, reduzindo as duplas e falhas e diminuindo o número de quebra de grãos. Os frisos do anel direcionam a semente dentro do tubo condutor e a nova roseta diminui o atrito entre o grão de soja e o disco de plantio, resultando em menos sementes danificadas. Além disso, os discos de plantio Scherer® da tecnologia DP Impacto® são os únicos fabricados no Brasil com matéria-prima translúcida e altamente resistente ao impacto, o que aumenta a durabilidade do produto em comparação aos existentes no mercado. Nova linha de soja DP Impacto®. O Impacto, é na sua produtividade!

Outubro e Novembro/2014

23

SCHERER

Fone (45) 3226-3232 Cascavel/PR

www.scherer.ind.br facebook.com/schererindustria youtube.com/schererindustria


DISCOS DE PLANTIO

Tecnologia, sinônimo de produtividade A fase de plantio é a principal para se obter um bom resultado na lavoura

Novo disco de plantio da Scherer oferece maior produtividade na lavoura através da aplicação de inovações tecnológicas

No campo, além da preocupação ambiental e sustentável, o produtor rural sempre busca, por intermédio de novas tecnologias, o aumento da produtividade. Todos os processos envolvendo a lavoura são importantes, mas um deles merece um cuidado especial, que é o plantio. É nele que a Scherer, tradicional indústria de discos de plantio, foca todos os seus esforços, sempre com o objetivo de oferecer a seus clientes produtos inovadores e eficazes. O resultado dessa preocupação é a inovadora linha DP Impacto de discos de plantio. Os diferenciais do novo produto da Scherer já são no-

tados na matéria prima da linha, composta por carbonato de alto impacto, o que o torna muito mais resistente. O furos cônicos ajudam a melhorar a distribuição linear das sementes e o anel com frisos reduz a duplicidade e falhas, O conjunto é complementado com uma roseta exclusiva que diminui a quebra dos grãos. “A nova linha DP Impacto veio para revolucionar o mercado, focando sempre na maior produtividade”, afirma Eduardo Sche-

O novo disco é resultado de anos de aprimoramento e testes

24

rer, diretor da empresa e responsável pela linha de desenvolvimento de novos produtos. “O DP Impacto foi desenvolvido em três anos de estudos, para que todos esses diferenciais fossem testados a campo e viabilizados. Sempre focamos em uma tecnologia que dure, que é o nosso ponto forte. A meta do produtor, que é a precisão, é atendida pelo disco, que com a melhor distribuição de sementes no solo, influencia muito na produtividade”, relata Fernando Scherer, sócio-proprietário da Scherer. RESULTADOS A CAMPO O sucesso de um produto se concretiza quando ele sai da indústria e começa a dar resultados no campo. “Contamos com uma grande rede de parceiros distribuidores nos estados do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e outros Estados do Brasil. Esses parceiros fazem parte do sucesso do novo produto, pois são Outubro e Novembro/2014


responsáveis por nos dar um retorno quanto à aceitação do produto pelos agricultores e pelo resultado na lavoura”, destaca Fernando. Uma das empresas que aderiu ao produto foi a Precisão Rural, de Nova Aurora, que está há 13 anos no mercado da região Oeste do Paraná, atuando em 12 municípios. A empresa é referência no segmento e trabalha com venda de insumos agrícolas e fornecimento de assistência técnica aos produtores rurais. “Nós temos um compromisso com nossos clientes, visando sempre seu sucesso. O sucesso no campo é aumentar a produtividade. A nossa bandeira aqui é buscar a meta de 100 sacas por hectare para os nossos principais clientes. Já temos alguns que chegaram a 80”, comenta o proprietário da empresa, Aldair Soares dos Santos. “E nessa busca de tecnologia, que envolve uma série de produtos e maquinários, nós da Precisão Rural chegamos ao DP Impacto da Scherer”, salienta. Segundo ele, a expectativa é ótima e cinco clientes da empresa estão utilizando o produto. A tendência é que todos os clientes implantem o sistema também em suas máquinas no próximo ano. O PRODUTOR Valdir Dionísio Stefanello é agricultor em Nova Aurora, proprietário de uma área de 120 alqueires. Ele foi apresentado ao DP Impacto da Scherer pelo consultor técnico da Precisão Rural, Alexandre Nonato da Silva. “Nosso objetivo é sempre apresentar novas tecnologias aos nossos clientes, buscando

A nossa bandeira é buscar a meta de 100 sacas por hectare para nossos clientes.

ALDAIR SOARES DOS SANTOS Diretor da Precisão Rural, revendedora da Scherer em Nova Aurora/PR

sempre uma alta produtividade. Na empresa, queremos que nossos clientes atinjam a produção de 100 sacas por hectare nos próximos anos. Uma das ferramentas para chegar a isso é a busca por uma melhor distribuição de sementes com os discos da Scherer. Assim, as plantas vão concorrer

menos entre elas, melhorando o potencial produtivo de cada uma”, explica Alexandre. Segundo ele, até a colheita serão feitas análises e um acompanhamento sobre o desempenho do produto da Scherer. “Nós sempre pensamos em aumentar a produção. O custo de produção vem elevando e os preços não acompanharam. Precisamos então produzir mais para ter uma melhor renda. Por isso sempre buscamos novas tecnologias, apresentadas pela Precisão Rural”, comenta Valdir. O agricultor gostou dos resultados finais do produto e decidiu utilizado em toda a sua área. 22 alqueires já estão plantados e o restante está em pleno plantio. TECNOLOGIA = RESULTADOS Adair Soares dos Santos diz que acompanha diariamente os resultados positivos de quem aplica tecnologia. “Hoje, temos um histórico de clientes que conseguem aumentar seus resultados investindo em novas tecnologias. Apesar de muitos agricultores ainda terem receio de experimentar as novidades, aqueles que buscam novas tecnologias sempre se destacam”, afirma. “A agricultura moderna é muito dinâmica e evolui muito rapidamente. Claro que ninguém vai deixar de obter resultados na lavoura com as tecnologias atuais, mas a aplicação de novos produtos é o que faz o diferencial na produtividade, aumentando-a a níveis muito superiores à média”, afirma o diretor Fernando Scherer. Esse é o objetivo da Scherer, aumentar os resultados e oferecer um diferencial a nossos clientes”, finaliza. O agricultor Valdir Dionísio Stefanello (dir), com o consultor técnico Alexandre Nonato: “Sempre buscamos novas tecnologias”

Outubro e Novembro/2014

25


ELEIÇÕES 2014

Sindicato Rural recebeu candidatos Diretoria da entidade abriu espaço para que postulantes a deputados estaduais e federais apresentassem suas propostas para o setor

Uma iniciativa do Sindicato Rural de Cascavel levou os candidatos a deputado estadual e federal a exporem suas idéias e propostas para a diretoria e associados da entidade. Leonaldo Paranhos, Adelino Ribeiro e Nelson Padovani foram alguns que atenderam ao chamado e compareceram à sede da entidade em Cascavel. Já os candidatos Elio Rusch e Dilceu Sperafico compareceram à reuniões do Núcleo Regional de Sindicatos Rurais. Para o presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, é uma oportunidade para os candidatos que têm afinidade com o segmento rural para falarem diretamente com os diretores da entidade, que são irradiadores das informações e propostas. “É uma maneira que temos para poder analisar de perto o que eles têm a oferecer ao nosso setor. E o mais importante é frisar que isso sempre foi e será uma política da entidade”, afirma. O presidente salienta a importância desse ano político para manter fortalecida a bancada ruralista tanto na assembléia esta-

É uma maneira que temos para analisar de perto o que os candidatos tem a oferecer a nosso setor.

PAULO ORSO Presidente do Sindicato Rural

dual como em âmbito federal. “O Paraná já irá perder 6 deputados federais da bancada, que simplesmente não sairão candidatos. Não podemos perder mais do que isso e temos que fortalecer esses que estão se colocando à disposição para serem nossos defensores”, afirma. REINVINDICAÇÕES Além de apresentar suas propostas e expor suas idéias, os candidatos também ouviram as reivindicações dos setor, entre elas a necessidade de um incentivo de política a longo prazo, seguros e infraestrutura. “Precisamos sair desse isolamento de infraestrutura que vivemos, pois não temos estradas adequadas para escoar nossa produção. Nossas rodovias, que são nosso corredor de exportação não são duplicadas e nem têm projetos para isso, nem para Foz nem para o Porto e Paranaguá. Precisamos adequar nosso corredor de exportação, duplicando não só até Guarapuava e sim até Paranaguá. Segundo número da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), que fazem parte de um estudo encomendado pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep), os custos logísticos (armazenagem, transporte e despesas portuárias) corresponderam a 17,7%, em média, do preço da soja produzida no Paraná. O transporte responde pela Leonaldo Paranhos e Nelson Padovani abriram a sequência de visitas dos candidatos

26

Outubro e Novembro/2014


Adelino Ribeiro, Elio Rusch e Dilceu Sperafico também estiveram apresentando suas propostas

maior parte (8,76%), seguido pela armazenagem (6,38%). Por último, vêm as despesas portuárias, que respondem por 2,58% do preço da soja entregue no porto. FERROESTE A implementação da Ferroeste também é uma reivindicação do segmento. “Com ela, podemos baratear até mesmo o custo de volta dos insumos de Paranaguá. Precisamos de investimentos para que Ferroeste se torne eficiente e não concorra com a ro-

dovia, como está acontecendo atualmente. É inaceitável que o custo da ferrovia seja maior que o rodoviário, que tem pedágio e estradas ruins”, frisa o presidente. Para ele, a soluçao é uma ferrovia de bitola larga, com vazão suficiente para suportar a produção e com acesso direto ao Porto de Paranaguá. “Isso com certeza baratearia o transporte, o custo Brasil. Aqui no Oeste somos penalizados muito por isso”, afirma. O valor do frete no período de colheita quase

triplica comparado ao período normal. E isso, segundo o dirigente, cai na ponta mais fraca, que é o produtor. “Já perdemos o grande momento que foi a fase da alta das comodditites, onde produtor deixou de ganhar por falta de infraestrutura. Agora que os preços estão se realinhando a valores normais é que esse fator se torna ainda mais importante. É isso que pedimos aos candidatos, que olhem para as necessidades do setor produtivo regional”, finaliza.

C O M U N I C A Ç Ã O

ADUBOS - DEFENSIVOS - SEMENTES

DIVERA SEMENTES

Plante qualidade. Colha resultados. Fone (45) 3038-1475

Av. Brasil, 1899 - Bairro27 Pacaembu - Cascavel/PR

Outubro e Novembro/2014


SAFRA

Soja ocupa o lugar de outras culturas “ Culturas como o milho verão e o feijão perdem cada vez mais áreas plantadas para a soja no Estado

Estabilização de preços impulsiona o plantio da oleaginosa no Paraná, onde 5,043 milhões de hectares devem ser plantados

A área plantada de soja no Paraná e também no Brasil cresce a cada ano que passa. Garantia de segurança ao produtor, a oleaginosa aumenta gradativamente a presença nas lavouras do Estado. O principal motivo para a consolidação da soja no Paraná é a estabilização do preço. Somado a esse fator, culturas geralmente comuns nas terras paranaenses perdem espaço ano a ano por não terem essa estabilização, como o milho verão e o feijão. Na safra de 2012/2013, a área plantada de soja no Paraná foi de 4.673.189 hec-

Sem a intervenção do Governo e com a saca sendo vendida a R$ 35, a área do plantio de feijão é uma das menores da história do Paraná. Já no milho, o produtor o mantém como rotação de cultura.

EDER BUBLITZ Chefe do Núcleo Regional da SEAB

28

tares; 2013/2014 o número subiu para 4.901.736; 2014/2015 a expectativa é que o cultivo esteja presente em 5,043 milhões de hectares do nosso Estado. Como as demais opções do produtor são arriscadas, a soja se mantém atrativa. “Historicamente a soja tem mantido um preço muito bom, apesar da queda em relação à última safra”, afirma o chefe do Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento), Eder Bublitz. O zootecnista faz um comparativo com os outros cultivos, deixados de lado pelos produtores paranaenses por razões óbvias. “Sem a intervenção do governo e com a saca sendo vendida a R$ 35, a área do plantio de feijão é uma das menores da história do Paraná. Já no milho, o produtor o mantém como rotação de cultura e, além disso, os investimentos necessários por hectare para o plantio de soja são menores em comparaOutubro e Novembro/2014


ção com o milho. Por essas razões, o produtor tem optado pelo menor risco e maior segurança”, analisa. Na abrangência dos 28 municípios que o Núcleo Regional da Seab atende, serão 546.500 hectares destinados à oleaginosa, um avanço de 3% se comparada à área do ano passado. A expectativa para a produção também é otimista. Se o clima colaborar,1,980 milhão de toneladas devem ser colhidas, 70 mil quilos a mais do que na safra passada. OPINIÃO O produtor Renato Martini mantém a mesma área plantada de soja em sua propriedade há três anos. Para ele, além dos fatores já expostos, existem outras razões para o gradativo aumento do cultivo no Paraná ao longo dos anos: “Em algumas regiões do Estado, há uma tendência em recuperar áreas degradadas pela pecuária, onde há a possibilidade de plantio de grãos. Isso também tem colaborado para a expansão da cultura de soja”, comenta. De acordo com ele, há vários fatores que levam os bovinocultores a essa mudança.

Renato Martini: “Recuperação de áreas degradadas também colabora para a expansão da cultura de soja”

Entre eles está a equiparação entre o cultivo da soja e a da produção de carne, que em muitos casos a lucratividade é menor ou insuficiente. Renato também salienta que, apesar do crescimento da área plantada, a

produtividade não está se elevando como os produtores desejam. Essa é uma das razões para que ele mantenha a mesma proporção, em sua propriedade, do cultivo de soja e milho nos últimos anos.

A COMPARAÇÃO SOJA/MILHO DESDE 2004 SAFRA DE VERÃO

Soja

SAFRINHA

Milho

04/05

05/06

06/07

07/08

08/09

09/10

10/11

11/12

10.245.449

10.234.454 12/13

195.893 1.900.264

13/14

108.450

130.135 2.155.821

12/13

80.887

104.719 2.037.958

11/12

63.245

114.505 10/11

1.693.490

1.365.476 105.544

1.516.384 61.001

1.512.078 50.127

1.463.062 86.318

48.291 1.043.573

27.856

725.779

10/11 11/12 12/13 13/14 14/15

6.361.147

6.821.436 165.001 09/10

73.487

08/09

5.043.200 572.650

4.901.736 665.145

4.673.189 875.870

4.392.795 962.624

4.481.825 776.684

4.374.325 896.318

4.016.141 1.269.302

3.931.760 1.372.359

Evolução em área (ha)

3.923.280 1.308.534

Evolução em área (ha)

3.900.299 1.464.330

04/05

04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10

07/08

87.869 4.468.507

5.489.330

126.211 5.619.988 06/07

89.370

87.841 4.053.132

33.212

2.032.132

9.925.949

17.141.267

14.570.148

15.794.183 10.821.159

15.343.406

13.926.828

9.319.726 6.710.725

11.886.960 9.704.160

11.770.870 8.638.098

9.378.563 7.644.310

05/06

04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15

4.122.250 1.278.301

Milho

Evolução em ton.

Evolução em ton.

9.519.449 6.516.279

Soja

13/14

Os gráficos mostram que o cultivo de milho verão continua em baixa, perdendo espaço a cada safra e sendo cada vez mais alvo de produtores que prezam somente pela rotação de plantio. Seu espaço está sendo ocupado pela soja e dificilmente esta situação se reverta. Nos 28 municípios que compõem o Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento), a expectativa é que a área baixe 36%: 32.175 hectares em 2013, para 20.620 hectares na safra 2014/2015. Com menos área plantada, a produção também irá cair significativamente, acima de 30%. Em 2013/2014 foram colhidas 342.500 toneladas de milho e na safra 2014/2015, a expectativa é que os números não passem de 226 mil toneladas. Outubro e Novembro/2014

29


FISCALIZAÇÃO

MAPA está de olho nas sementes salva O Ministério da Agricultura é responsável pela legalização das sementes produzidas para uso próprio pelos produtores rurais

O agricultor tem o prazo máximo de trinta dias após o plantio da lavoura para legalizar as sementes para uso próprio O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) alerta: quem não fez a legalização para utilização de sementes salva, ainda há tempo. O prazo é válido até 30 dias após o plantio e os descumpridores da legislação podem pagar multas de até R$ 18 mil. Para a utilização das cultivares protegidas, o agricultor deve a cada safra, no prazo máximo de trinta dias após o plantio da sua lavoura, independente de ser em áreas próprias ou arrendadas, encaminhar a qualquer um dos escritórios do Mapa no Paraná, pessoalmente, por meio e-mail ou através de Correios, a “declaração de inscrição de área para produção de sementes para uso próprio”. O uso das cultivares de domínio público não exige que o agricultor faça a declaração junto ao Mapa toda vez que realizar a reserva de sementes para seu cultivo, devendo tão somente guardar os documentos que demonstram a compra inicial de semente legal. No entanto, nas cultivares protegidas é necessário o registro legal. Para tanto, o agricultor deve preencher formulário especifico que poderá ser requisitado junto ao próprio Mapa através do e-mail sementes-pr@ agricultura.gov.br, nos sindicatos rurais de

Semente salva não legalizada é semente pirata. Quando constatamos sua produção, a mesma é apreendida e destruída. As multas podem variar de R$ 2 mil a R$ 18 mil.

JORGE UGUSTO SZCZYPIOR Chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos Agrícolas

cada município ou mediante acesso ao site da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Este documento e o comprovante do envio devem ser arquivados na propriedade, juntamente com os comprovantes da compra inicial das sementes. “É importante destacar que é admitido ao agricultor fazer a reserva exclusivamente para a safra seguinte, apenas nas quantidades de semente necessárias e compatíveis com a área de cultivo em sua propriedade ou cuja posse detenha mediante instrumento contratual, independentemente de se tratar de cultivar protegida ou não. A comerciali30

zação delas também é proibida”, destaca o fiscal agropecuário federal Ildomar Fischer. O beneficiamento (limpeza, secagem e classificação) deverá ser feito somente dentro da propriedade rural. As sementes devem ser armazenadas, obrigatoriamente, na própria propriedade e não em armazéns comerciais de terceiros. Em alguns casos é permitido o transporte para outros locais, no entanto, também carece de autorização do Mapa. O chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos Agrícolas da Superintendência do Paraná, Jorge Augusto Szczypior, faz alerta que “semente salva não legalizada é semente pirata. Quando constatamos sua produção, a mesma é apreendida e destruída”. Além disso, em casos assim cabem multas ao produtor rural, que podem variar de R$ 2 mil a R$ 18 mil. Se você ainda não se legalizou, ainda dá tempo. NÚMEROS Questionada, a Superintendência Federal de Agricultura do Paraná informou que não possui um levantamento de números correspondentes a quantidade de sementes vendidas, das sementes salvas e das sementes “piratas” no Paraná. A Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem) também informou que não possui esses dados. Também foi solicitado à Superintendência o número de autuações, infrações e multas expedidas este ano sobre o tema no Paraná. De acordo com o órgão, a informação não pode ser divulgado por “questões éticas”. Outubro e Novembro/2014


SP 2500 PREMIUM

Lançado recentemente, autopropelido SP 2500 da NEW HOLLAND que já vinha proporcionando enorme satisfação aos seus usuários agora está melhor ainda com o novíssimo sistema de tração IntelliDivider Com esse sistema o equipamento terá sempre 3 (três) rodas tracionando, evitando patinagens em ultrapassagens de curvas de nível ou base larga, seja frontal ou transversalmente. Além disso a máquina conta um novo motor de 165 HP 4 cilindros turbo Common Rail, tanque central para 2.500 litros, barras de 24 ou 27 metros totalmente hidráulicas com sensor de centralização, suspensão ativa independente nas 4 rodas, cabine com ampla visibilidade e filtro de carvão ativado, excelente ergonomia e conforto para o operador. Oferece ainda um pacote amplo de opcionais como: corte automático de secções de pulverização, sensor de altura de barras, regulagem hidráulica de bitola, gps, navegador/piloto hidráulico e sistema de injeção direta de produto.

METROPOLITANA TRATORES Concessionária New Holland Av. Brasil, 3025 - Cascavel/PR / FONE (45) 2101-3333 Outubro e Novembro/2014

31 www.metropolitanatratores.com.br


DESSECAÇÃO

Seab alerta sobre perigos da prática “

Muitos agricultores não resistem em acelerar a colheita aplicando produtos para combater as ervas daninhas no final do ciclo

Agricultores que realizam a dessecação na lavoura no fim do ciclo podem ser multados e ter lavoura destruída

Produtor, atenção. Não é permitida a dessecação do trigo na fase final do ciclo, próximo a colheita. De acordo com o engenheiro agrônomo do Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento), Américo Onaka, não há nenhuma recomendação ou autorização do Ministério da Agricultura para passar quaisquer produtos. Se confirmado o uso, o produtor pode pagar caro. Américo explica que a dessecação no final do ciclo de trigo, para matar eventuais ervas daninhas e adiantar a colheita, pode trazer malefícios ao produto final. “Ficam resíduos no grão e, dependendo do produto, pode levar uma série de problemas a quem consumi-lo, como irritação, problemas alér-

Geralmente trabalhamos com denúncias. O fiscal vai até o local e não é necessário um exame laboratorial para confirmar o uso irregular.

AMÉRICO ONAKA Engenheiro agrônomo da Seab

gicos e gastrointestinais e, nas gestantes, o feto pode ser atingido”, alerta. O correto, segundo Américo, não é passar nada. Fiscais da Seab trabalham para 32

evitar o mau uso de agrotóxicos na lavoura e estão em alerta para situações como essa. “Geralmente trabalhamos com denúncias. O fiscal vai até o local e não é necessário um Outubro e Novembro/2014


Casos

A dessecação é permitida com produtos autorizados no pré-plantio ou começo do ciclo

exame laboratorial para confirmar o uso irregular”, conta. A averiguação é bem simples. Ao analisar a área e perceber que há ervas daninhas secando ou se não há nenhuma na plantação, já é uma prova consistente que algo de errado foi feito. “Se constatado, primeiro é efetuada uma multa. Em algumas situações, o produtor é obrigado a destruir a

Outubro e Novembro/2014

lavoura inteira. Por isso, a nossa orientação é sempre trabalhar com agrotóxicos autorizados e recomendados pelo Ministério da Agricultura”. PERMISSÃO A dessecação é permitida, desde que seja feita com produtos autorizados, em outras fases do cultivo. “Em algumas fases

33

Recentemente, um caso em Toledo foi descoberto pela Seab. Depois de receber uma denúncia, um dos fiscais foi na área em que o agricultor utilizou um defensivo não recomendado ou autorizado e constatou o problema. “Ele próprio [agricultor] confessou que utilizou o produto. Ele foi multado, mas ainda não sabemos se a lavoura também precisará ser destruída”, informa Américo. O engenheiro agrônomo também conta que em outras culturas atitudes mais drásticas tiveram que ser tomadas. “Já tivemos outros casos em plantios de feijão e repolho, por exemplo. Foi constatado que o proprietário usou um produto não permitido e ele foi obrigado a destruir a plantação”, conclui.

como o pré-plantio ou o começo do ciclo o agricultor pode realizar o controle de ervas. O que não pode é fazer perto da colheita, devido ao alto risco de contaminação”, salienta Onaka.


BOVINOCULTURA

O equipamento já vem sendo testado em diversas propriedades na região Oeste

Novo método pode aumentar pastagens Equipamento capaz de adubar e corrigir o solo em áreas declivosas e degradadas está sendo testado por pecuaristas da região Oeste

Devido a vários fatores, a pecuária de corte vem perdendo cada ano mais área no Estado do Paraná. Tanto o cultivo de soja, como o de cana de açúcar e os reflorestamentos, tem “empurrado” as pastagens, voltadas para a bovinocultura, para os morros e regiões declivosas. Em regiões não planas, a pastagem perde força, uma vez que nesses locais o maquinário não consegue adubar, corrigir o solo, fertilizar nem mesmo introduzir outras espécies de semeadura. A situação preocupa o Governo do Estado e entidades, como a FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) que possui uma Comissão de Bovinocultura de Corte, composta por representantes dos sindicatos rurais do Estado. Na região Oeste, o Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Sindicato

Esse incremento de produtividade advindo dessa tecnologia pode causar uma verdadeira revolução na pecuária de corte do Paraná. ERNI EURICO BUBLITZ Médico Veterinário

Rural Patronal de Guaraniaçu e a Coopavel são parceiros do projeto, além da Emater, Seab, Iapar e o Conselho Regional de Medicina Veterinária. Durante uma visita ao Show Rural 2014, integrantes desse grupo conheceram em um stand de uma empresa do Estado de Santa Catarina uma semeadeira que utiliza propulsão para adubar áreas de difícil acesso. O equipamento é utilizado na aplicação de insumos, principalmente adubo e calcário, em áreas declivosas de 34

banana naquele Estado. A máquina abriu um leque de possibilidades para esses produtores, praticamente “ilhados” da tecnologia. Ainda em fase de estudos, a utilização desse equipamento promete recuperar pastagens degradadas em áreas declivosas e causar uma revolução na agropecuária paranaense. O projeto na região Oeste é capitaneado pelo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), por intemédio do pesquisador Elir de Oliveira. Segundo ele, a perspectiva é muito boa. “Essa máquina consegue lançar o calcário em até 30 metros e, a partir daí, começamos a adaptá-la para nossa necessidade”, explica Elir. Segundo Elir, seis pecuaristas na região já estão disponibilizando suas propriedades para os períodos de testes, dentre eles Mauri Alamini (Guaraniaçu), Gelson Paulo Rangheti (Nova Laranjeiras), Paulo Orso (Cascavel), Dilvo Grolli (Santa Tereza do Oeste), Eder Bublitz (Guaraniaçu) e Piotre Laginski (Catanduvas). Basicamente, a máquina é composta de um motor para ventilação que impulsiona o calcário e gesso à distância. Além disso, sementes de pastagens de gramíneas e leguminosas de inverno, como aveia, azevém, ervilhaca e corOutubro e Novembro/2014


Outubro e Novembro/2014

35


O Estado do Paraná tem hoje déficit preocupante de 100 mil toneladas por ano na produção de carne

nichão também podem ser lançadas, com o intuito de melhorar a oferta de forragens de qualidade durante o ano inteiro, melhorando a dieta dos animais. A iniciativa chamou a atenção da Comissão de Bovinocultura da Faep que está acompanhando os resultados de campo da aplicação. É importante ressaltar que o projeto não se resume na utilização do equipamento. Ele prevê primeiramente a análise química do solo, para depois a tomada de decisão pela aplicação do calcário, gesso e a fosfatagem. “Só depois de corrigir o solo é que recomendamos a sobressemeadura de inverno e depois a sobressemeadura de verão com capim Aruana, visando a convivência com as braquiárias”. Segundo o pesquisador, pelas análises feitas nas oito propriedades, o único elemento que estava em níveis críticos era o fósforo. “Devemos zelar pela recuperação da fertilidade do solo, com a aplicação de fertilizantes, inclusive com a aplicação de nitrogênio e o manejo correto das pastagens ao longo do ano”, complementa Elir. NA PRÁTICA Uma das propriedades em teste é a de Erni Erico Bublitz, médico veterinário titular da fazenda Cajarana, em Guaraniaçu, e membro do corpo técnico da Cooperativa Maria Macia, de Campo Mourão. Segundo ele, a máquina vem resolvendo um problema antigo. “A limitação do alcance de aparelhos convencionais em decorrência do fator acidentado do terreno”, explica. Ele também explica que a preocupação com a pecuária no Paraná é grande, já que a principal deficiência do setor é a qualidade do pasto. “O projeto vem de encontro a essa necessidade. Esse incremento de produtividade advindo dessa nova tecnologia pode causar uma verdadeira revolução na pecuária de corte do Paraná. Hoje, em áreas marginais e de difícil acesso, a tecnologia entra para aumentar os ganhos”, analisa. A má-

Elir de Oliveira coordena os testes para utilização do equipamento nas áreas degradadas de pastagens

quina, segundo ele, é de fácil aquisição. Ela pode ser obtida através do Finame e o custo é baixo, quase idêntico a uma calcareadeira.

BENEFÍCIOS Se tudo der certo, realizando as devidas adaptações na máquina, os benefícios com o projeto de recuperação de pastagens degradadas em áreas declivosas são imensos. Entre eles estão o aumento da lotação das pastagens, uma maior oferta de forrageira de qualidade durante o ano todo e o aumento da produção animal a pasto, ou seja, maior produção de carne ou de leite. Além disso, a tecnologia será um grande incentivo à bovinocultura no Paraná, que está sendo deixada cada vez mais de lado pelos donos de terras, que tem optado, em sua maioria, pelo cultivo de soja. PERSPECTIVA De acordo com Elir, a perspectiva é muito boa. Ele acredita que em dois anos de trabalho com as oito propriedades em teste, os responsáveis pelo projeto poderão ter uma resposta mais palpável. “Durante esse tempo, vamos refinando, melhorando e adaptando a máquina às necessidades de cada área. Até agora nossa perspectiva é muito boa”, afirma. “Hoje ela é alvo de curiosidade e de muitos elogios”, comenta Bublitz.

100 mil toneladas de déficit O Paraná no ano de 2013 exportou 22.169 toneladas de carne bovina. No ano de 2014 (janeiro a agosto) exportou 19.309 toneladas. A produção em 2013 foi de 234.434 toneladas com 1.041.927 cabeças abatidas em estabelecimentos com inspeção federal. Em 2014 (janeiro a abril) a produção foi de 71.212 toneladas, com 316.497 cabeças abatidas. De acordo com a Seab (Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento), o consumo “per capita” de carne bovina por ano no Paraná é de

36

aproximadamente 39 quilos. Por conta desse consumo, a Seab e a Emater estimam que para suprir o déficit do Estado no segmento e manter os níveis de exportação, o Paraná precisa aumentar em 100 mil toneladas por ano a produção de carne. Para reverter esse cenário, programas como o Carne Paraná estão em vigor e envolvem, além do aumento da produção, ações integradas para aumentar a taxa de natalidade e oferta de bezerros e diminuir o abate de fêmeas.

Outubro e Novembro/2014


Reprodutores, Matrizes e Embriões ANGUS Rua Recife, 138 - Ed. Simone - Sala 21 - Centro - Cascavel/PR Fone (45) 3035-4188 - Email agrozan@zancanaro.com.br

Outubro e Novembro/2014

37

COMUNICAÇÃO

FAZENDA RIO DA PAZ


LEILÃO

6º Leilão Produção destacou raça Angus

Agropecuaristas de diversas regiões prestigiaram a 6º edição do evento realizado em Cascavel

Grande público prestigiou o evento promovido em setembro pelas Cabanhas Ponche Verde e Rio da Paz Uma das grandes responsáveis pela produção de carnes nobres de alta qualidade no Brasil, a raça Angus avança cada dia mais na preferência dos criadores que desejam explorar esse atrativo mercado. Os animais Angus oferecem uma carne diferenciada, com

gordura entremeada à carne (marmoreio) e podem ser abatidos extremamente jovens, com cerca de 12 meses. E os agropecuaristas Renato Zancanaro e Cristopher Filippon ofereceram, no dia 13 de setembro, 60 touros, 20 matrizes e animais cruza Angus na 6º edição do Leilão Produção, que aconteceu no Recinto de Leilões do Parque de Exposições Celso Garcia Cid, em Cascavel. O plantel dos criadores é resultado de anos de rígido processo de seleção genética da raça, que segue as normas da Associação Brasileira de Angus,

através do programa de Carne Certificada. Todos os animais oferecidos no leilão foram arrematados, alguns com preços subtancialmente maiores de mercado, como foi o caso dos touros Loffo da Rio da Paz (acima de R$ 23 mil), Trapo da Rio da Paz (acima de R$ 17 mil) e Lário da Rio da Paz (acima de 17 mil). “Outro destaque foi a média de R$ 11.100,00 por animais comercializados. Esses valores nos mostram que estamos no caminho certo e realizando um bom trabalho de seleção genética no nosso plantel”, comemorou Renato Zancanaro.

O touro Loffo da Rio da Paz atingiu valor acima de R$ 23 mil, enquanto que o Trapo da Rio da Paz ultrapassou o valor de R$ 17 mil

38

Outubro e Novembro/2014


CONFIRA ALGUNS FLASHES DO 6º LEILÃO PRODUÇÃO

Outubro e Novembro/2014

39


BRAHMAN

2º Leilão Genética PR foi um sucesso “ ” Reprodutores e bezerros da raça Brahman foram oferecidos para criadores de diversos Estados do Brasil

Os agropecuaristas Reno Kunz e Rogério Stein comemoram o resultado do evento que em sua segunda edição se consolida de vez no calendário agropecuário

Com uma taxa anual de crescimento de 129% desde que chegou ao Brasil em 1994, a raça Brahman se consolida cada diz mais como excelente opção de melhoria da qualidade da carne do rebanho nacional. O Brahman reúne as melhores características produtivas e reprodutivas do gado bovino, como extraordinária adaptabilidade e resistência ao calor e a doenças. Esbanja docilidade, fertilidade, facilidade de parto e se destaca pelo ganho de peso, precocidade e pela qualidade da carcaça. Os agropecuaristas Reno Kunz, da RPK Genética, e Rogério Stein, da Brahman Xagu, são pioneiros na seleção genética da raça no Paraná. “O Brahman é o zebu mundial e acredito que ele está revolucionando o a qualidade da carne

100% dos lotes oferecidos foram comercializados com valores compatíveis com o mercado. ROGÉRIO STEIN Organizador do Leilão

brasileira”, diz Stein. “Os criadores buscam cada vez mais precocidade e qualidade. Isso tudo o Brahman oferece, além de outras características que o tornam uma raça especial”, complementa Reno. Com o intuito de oferecer os melhores animais oriundos de anos de seleção genética, os dois agropecuaristas realizam anualmente o Leilão Genética Paraná, que em 2014 teve sua segunda edição no dia 31 de agosto. Um grande público lotou o recinto de leilões do Parque de Exposições Celso Gar40

cia Cid, em Cascavel. O resultado não podia ser melhor: 100% dos lotes foram comercializados, com valores compatíveis com o mercado. O grande destaque ficou para os bezerros de cruzamento industrial meio/sangue Brahman, que foram muito disputados no leilão. “Tivemos exemplares comercializados por preços de até R$ 1.425,00 por cabeça”, comemora Stein. Criadores de diversos Estados participaram do leilão presencialmente ou por telefone. “Além do Paraná, que foi o maior comprador, comercializamos animais para os Estados do Maranhao, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, salienta o agrocuarista Reno Kunz. PRÓXIMA EDIÇÃO Os resultados obtidos levam os agropecuaristas a projetarem a expansão das próximas edições do Leilão Genética Paraná. “Quando realizamos a primeira edição, em 2013, sabíamos que ele logo iria se consolidar no calendário de leilões do Paraná. Agora, nosso objetivo é crescer em numero de animais e alcançar definitivamente âmbito nacional para o evento”, afirma Rogério Stein. Outubro e Novembro/2014


CONFIRA ALGUNS FLASHES DO 2º LEILÃO GENÉTICA PARANÁ

Outubro e Novembro/2014

41


LEILÃO

Leilão Reprodutores na Expo Toledo 2014 Animais das raças Nelore, Brahman, Braford e Angus foram oferecidos aos agropecuaristas no dia 11 de outubro na feira agropecuária de Toledo

A Expotoledo foi novamente palco do Leilão Reprodutores, da RPK Genética, do agropecuarista Reno Paulo Kunz e sua esposa Regina Kunz. O casal recepcionou criadores de toda a região no dia 11 de outubro no Parque de Exposições de Toledo para oferecer os melhores touros das raças Brahman, Braford e Angus. “Nosso trabalho com seleção genética dessas raças resulta em excelente reprodutores, que compartilhamos com outros agropecuaristas durante o Leilão Reprodutores, que está na sua terceira edição”, afirma Reno Kunz.

O Leilão Reprodutores é sempre realizado na Expo Toledo e está em sua 3ª edição

Um grande público prestigiou o evento, que saborearam um delicioso almoço antes de iniciar os arremates. Em seguida, o que se viu foi um sequência de belos exemplares

reprodutores das raças, que foram rapidamente arrematados pelos agropecuaristas presentes. É mais um evento de se torna tradição no período de leilões da região.

Reprodutores, matrizes e bezerros de diversas raças foram oferecidos para os agropecuaristas

42

Outubro e Novembro/2014


CONFIRA ALGUNS FLASHES DO 3ツコ LEILテグ REPRODUTORES

Outubro e Novembro/2014

43


EVENTO

SRO confirma as atrações da Expovel

Jads e Jadson vão apresentar sucessos do novo DVD

A 35ª edição da feira promete atrair grande público com shows de artistas nacionais, ingressos acessíveis e Team CUP As principais atrações da 35ª Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Cascavel (Expovel)/18ª Internacional já estão confirmadas pela Sociedade Rural do Oeste do Paraná (SRO). Nesta edição, o evento terá muitas novidades. A primeira delas diz respeito à duração da feira que, em vez de dez, terá somente seis dias de duração, sendo realizada de 11 a 16 de novembro. O objetivo da mudança é concentrar a atenção do público nos dias em que a Expovel estiver acontecendo. Outra novidade é em relação ao valor dos ingressos dos shows, o que deixará a entrada no Parque de Exposições Celso Garcia Cid mais acessível para toda a comunidade. A expectativa de público para este ano é de 300 mil pessoas para os seis dias de feira, 50 mil a mais que no ano passado. O primeiro lote de ingressos custará R$

Lucas Lucco comandará os embalos de sábado à noite

10,00 por noite. A pulseira que dá acesso à área VIP sairá por R$ 80,00, valor que inclui a entrada na Barraca Universitária, que vai contar com apresentações de artistas locais da Sociedade Oeste Musical (SOM). SHOWS E RODEIO Dia 11, às 20 horas, haverá a abertura oficial da festa, com a presença de várias autoridades. Depois disso, os artistas da SOM iniciam o Festival Sertanejo que terá continuidade nos dias 14 (sexta-feira) e 16 (domingo). Na quarta-feira (12), sobem ao palco Jads e Jadson, intérpretes de “Jeito Carinhoso”, “Ressentimento”, “Planos Impossíveis” e “Eucalipto”, músicas que estão sendo executadas por emissoras de rádio de todo o Brasil. Eles acabaram de gravar, em Campo Grande (MS), um novo DVD com participações de Michel Teló e Victor e Léo e até novembro o público conhecerá as novidades que a dupla preparou neste novo álbum. Na quinta-feira (13) tem início as disputas de uma das etapas do Top Team Cup, a maior competição do rodeio brasileiro. Patrocinado pela Cervejaria Crystal, a disputa segue até dia 16 com os melhores peões e montarias, atraídos pela maior premiação 44

para o esporte no Brasil. Logo após a primeira noite de rodeio, Pedro Paulo e Alex e seus amigos vão animar o público. A dupla está em ascensão, com várias músicas tocando em emissoras de rádio do Paraná (“Vem vem”, “Tá calor, tá calor” e “Fama de pegador”). Os embalos de sábado à noite serão ao ritmo de Lucas Lucco. O cantor ganhou notoriedade nacional após o clipe da música “Mozão” receber mais de 40 milhões de visualizações no YouTube. Atualmente, ele participa do “A Dança dos Famosos”, quadro do programa “Domingão do Faustão” (TV Globo) e emplacou mais hits nas paradas de sucesso, como “Ela é toda toda”, “11 vidas” e “Pra te fazer lembrar”. LEILÕES Durante a Expovel, pecuaristas de todo o Brasil estarão em Cascavel para participar dos leilões de várias raças de gado. A feira costuma reunir os melhores planteis do país, o que garante negociações que chegarão à casa dos milhões de reais. Além de conhecer de perto esses animais premiados no pavilhão de leilões, o público poderá aproveitar estrutura completa em parque de diversões e praça de alimentação.  Outubro e Novembro/2014


PROGRAMAÇÃO COMPLETA 11/11 – TERÇA-FEIRA 20h – Abertura Oficial da 35ª Expovel Festival Sertanejo – Sociedade Oeste Musical (SOM) 12/11 – QUARTA-FEIRA Show com Jads e Jadson Barraca Universitária (SOM) após o show 13/11 – QUINTA-FEIRA 1ª noite do Top Team Cup Shows com Pedro Paulo e Alex e amigos Barraca Universitária (SOM) após o show

Nova rainha foi eleita em noite de festa

Késsia Cruz é a nova rainha da Expovel. Em evento com grande presença de público, realizado no último sábado (04) no Wood’s Bar, ela recebeu a faixa de Karina Moura Roman, rainha da Expovel 2013. Fernanda Marcante e Claudinéia Alves da Silva são, respectivamente, 1ª e 2ª princesas. As outras seis candidatas – Ana Paula Formighieri de Oliveira, Danielle Cristina Queiroz dos Santos, Letícia Cristina de Oliveira Marcante, Luana Lasta, Patrícia Zandonai e Suelen Lima Silvério também receberam o título de princesas da feira. Filha de Benedita Ivonete Rezende e José Cruz Filho, a rainha da 35ª Expovel tem 19 anos.

14/11 – SEXTA-FEIRA 2ª noite do Top Team Cup Festival Sertanejo – Sociedade Oeste Musical (SOM) 15/11 – SÁBADO Top Team Cup – semifinal Show com Lucas Lucco Barraca Universitária (SOM) após o show 16/11 – DOMINGO Top Team Cup – Grande final Festival Sertanejo – Sociedade Oeste Musical (SOM)

Há 30 anos protegendo e cuidando da visão do homem do campo.

C O M U N I C A Ç Ã O

Rainha Késsia Cruz ladeada por Fernanda Marcante (1ª Princesa) e Claudinéia Alves da Silva (2ª Princesa)

R. Rio Grande do Sul, 928 - Centro - Cascavel/PR - Fone (45) 3223-9365 Avenida Brasil, 6436 - Centro - Cascavel/PR - Fone (45) 3038-5851 www.oticacuritiba.com.br Outubro e Novembro/2014

45


PLANETA MASSEY

Camagril e MF promovem evento “ Durante três dias, os agricultores puderam testar produtos e conhecer as novidades tecnológicas da Massey Ferguson

O “Planeta Massey” reuniu agricultores e equipes técnicas para mostrar o que há de mais moderno hoje em tecnologia aplicada aos equipamentos da Massey Fergunson

A Massey Ferguson, em parceria com a concessinária Camagril, promoveu nos dias 7, 8 e 9 de outubro um evento em Toledo voltado à apresentação das novas tecnologias aos produtores rurais. Com três dias de duração, o evento intitulado Planeta Massey também foi destinado ao treinamento dos revendedores dos produtos da fabricante. No primeiro dia, o Planeta Massey foi destinado ao treinamento das equipes da Camagril para que eles saibam explicar e apresentar os atuais diferenciais tecnológicos dos maquinários aos clientes. No segun-

Queremos que os agricultores tirem suas dúvidas diretamente com os técnicos. É um dia de test-drive e o objetivo principal é esclarecer dúvidas.

ERNANI OLIVEIRA Gerente Regional de Vendas da Massey Ferguson

do e terceiro, os agricultores foram convidados a conhecer e tirar dúvidas sobre as últimas inovações aplicadas nos novos tratores, colheitadeiras, plantadeiras, pulverizadores 46

entre outros. Segundo o diretor comercial da Camagril, César Luiz Cozer, o evento foi voltado à apresentação da tecnologia e não teve um Outubro e Novembro/2014


César Cozer, diretor da Camagril: “As novidades são muitas”

cunho comercial. “As novidades são muitas. Existem equipamentos aqui que, além de estar monitorados por GPS, estão equipados com telemetria, que faz com que o agricultor possa monitorar de dentro da casa dele, do celular ou do computador, o que acontece no campo, como quanto o trator está consumindo, a que velocidade está trabalhando, quando tempo o operador ficou parado entre outros”, explica. “A ideia é mostrar o que está disponível ao agricultor, para que ele possa trabalhar melhor e produzir mais”, completa. O gerente regional de vendas da Massey Ferguson, Ernani Leonel Oliveira, explica que Planeta Massey visa trazer as inovações para próximo do produtor e junto delas, os especialistas que proporcionem ao cliente um dia de testes e esclarecimentos. “Queremos que ele tire dúvidas diretamente com os técnicos. É um dia de test-drive, dia de consulta e poderá até ser comercial. No entanto, o objetivo principal é apresentar o produto e

Próxima e última parada do Planeta Massey Ferguson é no RS

O agricultor Artemínio Bombardelli: “É importante a realização de eventos como estes”

esclarecer dúvidas”, comenta. O evento possui um cronograma seguindo o calendário agrícola do Brasil. Começou na região Nordeste e atravessou o País, terminando no Rio Grande do Sul, que é a sua próxima parada. “É um dia de muita interação com o produtor”, conclui Ernani. AGRICULTORES SE SURPREENDEM O agricultor Vilmar Alves conta que visitou o evento com o intuito de conhecer os novos equipamentos. “É muita modernidade para a nossa cabeça”, brincou. Segundo ele, o maquinário hoje disponível é imensamente superior ao da época que começou na lavoura. “E sempre mudando para melhor”. O também agricultor Artemínio Bombardelli fez um test-drive em uma plantadeira e aprovou a máquina. “Gostei bastante do câmbio automático. É um bom investimento e mais para frente pretendo fechar negócio”, diz Bombardelli, que é dono de uma propriedade rural em Cerro da Lola, em Toledo.

O braço forte do agricultor www.camagril.com.br

PROCURE UMA CAMAGRIL MAIS PERTO DE VOCÊ!

Outubro e Novembro/2014

47


DISTRITO

Conheça a história de Rio do Salto

Segundo moradores o distrito poderia ser hoje um pequeno município se tivesse recebido investimentos maiores ao longo dos anos

Com 4,6 mil habitantes e uma área de 265 quilômetros quadrados, o distrito faz divisa com Ibema, Lindoeste e Catanduvas

O ano era o de 1947. Três amigos, moradores da então comunidade de Salto Portão, decidem se aventurar pela mata em uma caçada. Se embrenhando cada vez mais pela vegetação fechada, o grupo, depois de alguns dias, chega até onde é hoje Rio do Salto, distrito de Cascavel. Manoel Ferreira de Lima, Venceslau Schoffer e Antônio Boeira gostaram da região e decidiram permanecer. Foi assim que a história daquela comunidade começou a ser contada. Os três homens começaram a desbravar as terras “virgens” e com eles vieram as famílias, amigos e conhecidos em busca de oportunidades para uma vida melhor e da tão sonhada terra. Aliado à fundação de Cascavel, em 1951, diversos imigrantes começaram a habitar a promissora região. Um dos que vieram tentar a sorte, em 1956, foi Fernandes José Liberali. Ele morava em Campos Novos, Santa Catarina, e veio com sua família para trazer uma mudança para Mato Queimado, distrito de Francisco Beltrão à época. Como tinham o

O pioneiro Liberali: “Viemos para cá porque soubemos que tinha muito pinheiro aqui”

desejo de comprar uma terra com madeira, circularam por Laranjeiras do Sul, até parar em Cascavel, depois de três dias de viagem por uma distância de 140 quilômetros, já que a BR-277 ainda estava em construção. Um guarda florestal na época os guiou para mostrar diversas áreas de terra na região. “Fomos até uma altura de caminhão e não passava mais. O deixamos e seguimos a 48

pé. Seguimos, anoiteceu e dormimos. Continuamos mais um pouco e resolvemos voltar. O guarda só queria caçar e depois o trouxemos de volta. Conversamos com pessoas da região e descobrimos que tinha bastante pinheiro em Rio do Salto. Decidimos ir para lá”, conta Liberali. Quando chegaram, aproximadamente sete famílias residiam na região. Todos gostaram da localidade e seu pai acertou a compra de uma área. Depois de tudo resolvido, voltaram para Santa Catarina e, após um ano, retornaram a Rio do Salto para ficar de uma vez por todas. O primeiro negócio foi uma serraria. “Enviar madeira para a Argentina tinha um bom preço. Voltamos para Santa Catarina e compramos uma máquina de uma serraria parada e montamos. Deu tudo certo. Depois muita gente de Santa Catarina veio para cá e nós decidimos montar um loteamento. Em seguida montamos outra serraria e a vendemos em 1969 para o Xavier Sarolli, com mais de 5 mil pinheiros”, conta. Com o passar dos anos e o crescimento do distrito, Liberali mudou de ramo e está hoje concentrado nas lavouras de milho e soja. Com 81 anos, o patriarca da família permanece morador de Rio do Salto, assim como Luiz Boeira. Nascido e criado no distrito, Boeira é filho de Antônio Boeira e é um dos remanescentes da família pioneiOutubro e Novembro/2014


Luiz Boeira: “Já tive um sítio em Jangada Taborda, mas não conseguiu ficar por muito tempo. Plantava e voltava para cá”.

ra. Hoje com 64 anos, ele bem que tentou mudar. “Tive um sítio em Jangada Taborda e não consegui ficar lá muito tempo. Plantava e voltava para cá. Meu umbigo está enterrado aqui e eu não saio mais”. RIO DO SALTO HOJE Somente em 1975, foi sancionada pelo então prefeito de Cascavel, Pedro Muffato, a lei municipal 1.216, que criou oficialmente o distrito de Rio do Salto. O distrito possui 4,6 mil habitantes e é detentor de uma área de 265 quilômetros quadrados, fazendo divisa com municípios como Ibema, Lindoeste e Catanduvas. As riquezas da comunidade são obtidas, principalmente, das lavouras de soja, milho e trigo, dos aviários e da pecuária. A primeira escola surgiu na casa de Antônio Boeira, comandada pela professora Maria Boege, mais conhecida como Lala Hack. Ela foi batizada como Escola Municipal José Bonifácio. No mesmo prédio, funciona o Colégio Estadual Rio do Salto.

Nossa qualidade de vida é muito boa. Sou muito feliz em Rio do Salto. De coração, é como se eu tivesse nascido aqui. DAIR CAVICHIONI Moradora

HOMENAGEM A PIONEIROS Em julho, em um gesto de respeito, o Sindicato Rural de Cascavel patrocinou a elaboração de placas que homenagearam os pioneiros de Rio do Salto. Elas foram entregues para representantes de várias famílias importantes para a criação e desenvolvimento da localidade durante a festa em comemoração ao Dia do Agricultor. AMOR NA COLHEITA DE TRIGO Às vezes, o amor nos surge de uma maneira inesperada. Foi assim que a família Cavichioni, uma das pioneiras do distrito, começou a sua história. “Eu e meu gaúcho

ESTRADAS E O FUTURO

Historicamente, os distritos e a zona rural como um todo sofrem com a qualidade ruim de suas estradas. Em Rio do Salto não é diferente. Somando os acessos às propriedades, as estradas rurais e o pedaço da PR-180 que corta o distrito, são mais de 368 quilômetros de vias pertencentes à comunidade. “O interior sempre vai ter problemas de estradas. Se chove na nossa terra vermelha e não tivermos uma estrada bem cascalhada e compactada, pára tudo. Antes era mais fácil, porque não tínhamos tanto fluxo de caminhões de quatro eixos entre outros veículos. Quando arrumávamos uma estrada, ela durava de dois a três Outubro e Novembro/2014

49

[Luiz Cavichioni] nos conhecemos cortando trigo, aqui nesse mesmo lugar [propriedade da família], que era do irmão dele. Casamos, ele vendeu um lote que tinha em Gramado-RS, e nós compramos aqui. Hoje, quatro famílias vivem desta terra”, relata a agricultora Dair Cavichioni. Com 13 anos, Dair se mudou de Toledo com a família para Rio do Salto, bem antes de virar distrito. Seu pai veio cuidar de uma fazenda e Dair permanece na localidade até hoje. Hoje, o casal e os filhos moram na propriedade e obtém seu sustento do aviário, de legumes e verduras e do pão. Antes, todos os 14 alqueires da propriedade eram destinados às lavouras de soja, trigo e milho. Hoje, só uma pequena área é reservada para os grãos. “Toda semana, estamos na feira em Cascavel para vender a nossa produção”. Com a família por perto, Dair se sente realizada. “Nossa qualidade de vida é muito boa. Devemos tudo à agricultura. Meu amor surgiu no campo, nossos filhos vivem do campo e eu sou muito feliz em Rio do Salto. De coração, é como se eu tivesse nascido aqui”. anos. Hoje dura seis meses”, comenta o subprefeito do distrito, Volnei Milioransa (foto). No campo das conquistas recentes, o subprefeito, em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic), conseguiram a instalação da torre de telefonia celular e a pavimentação poliédrica de algumas ruas. Para o futuro, a ideia é ampliar o perímetro urbano. Volnei também fez questão de destacar a evolução do distrito ao longo dos anos. “Conseguimos a nossa rodovia e, com a mecanização e tecnologia da lavoura, hoje a comunidade possui um laticínio e um silo que recebe a produção da região. Rio do Salto se modernizou e, se tivesse recebido um investimento maior ao longo dos anos, hoje quem sabe poderíamos ser um Município”, avalia.


SAÚDE

Unimed Cascavel vestida de rosa O movimento Outubro Rosa, comemorado em todo o mundo, simboliza a luta contra o câncer de mama e outros tipos da doença que acomete inúmeras pessoas anualmente, uma forma de estimular a participação e conscientização da população, empresas e entidades nessa causa. Para esse ano o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou 68.800 novos casos de câncer de próstata para o Brasil e 57.120 novos casos de câncer de mama. A iniciativa em Cascavel começou com o movimento Cascavel Rosa, que reúne voluntários em torno de uma grande causa. Há três anos faz parte do calendário da Unimed Cascavel desenvolver ações para disseminar a e conscientizar sobre o assunto. Os locais de atendimento da Unimed Cascavel estão todos decorados nas cores rosa, os colaboradores estão utilizando laços que simbolizam a campanha e os participantes do projeto Bem Viver ganharam

lenços da campanha e assim participam da divulgação. A Unimed acredita que o enfrentamento a essa doença só é possível a partir de ações de conscientização e estimulo a

50

prevenção, por isso procuramos cada vez mais disseminar a nossa área de Medicina Preventiva que age na melhoria da qualidade de vida e na orientação dos beneficiários. Outubro e Novembro/2014


Outubro e Novembro/2014

51


RECEITA

Torta de brigadeiro com Bis e sorvete O verão está chegando e com ele deliciosas e refrescantes receitas com sorvete para nosso dia a dia

A história do sorvete começa com os chineses, que misturavam neve com frutas fazendo uma espécie de sorvete. Esta técnica foi passada aos árabes, que logo começaram a fazer caldas geladas chamadas de sharbet, e que mais tarde se transformaram nos famosos sorvetes franceses sem leite, os sorbets. Nos banquetes de Alexandre, o Grande, na Grécia, e nas famosas festas gastronômicas do imperador Nero, em Roma, os convidados já degustavam frutas e saladas geladas com neve. O Imperador mandava seus escravos buscarem neve nas montanhas para misturar com mel, polpa ou suco de frutas. O gelo era estocado em profundos poços construídos pelo povo. Porém, a grande revolução no mundo dos sorvetes aconteceu com Marco Polo, que trouxe do Oriente para a Itália, em 1292, o segredo do preparo de sorvetes usando técnicas especiais. Assim a moda dos sorvetes espalhou-se por toda a Itália, e quando Catarina de Medici casou-se na França com o futuro Henrique II, entre as novidades trazidas da Itália para o banquete de casamento, estavam as deliciosas sobremesas geladas, as quais, encantaram toda a corte. Mas o grande público francês só teve acesso a estas especialidades um século depois quando Francesco Procópio abriu um café, em Paris, que servia bebidas geladas e sorvete tipo sorbet. Os sorvetes se espalharam por toda a Europa e logo chegaram também aos Estados Unidos. A primeira produção de sorvete em escala industrial ocorreu nos Estados Unidos, há 40 anos. Hoje, no mundo todo, quem mais fabrica sorvete são os norte-americanos. No Brasil, o sorvete ficou conhecido em 1834, quando dois comerciantes cariocas compraram 217 toneladas de gelo, vindas em um navio norte-americano, e começa-

O pioneiro Liberali: “Viemos para cá porque soubemos que tinha muito pinheiro aqui”

Essa refrescante receita é uma ótima opção para amenizar o calor do verão

Ingredientes

1 lata de leite condensado 4 colheres de chocolate em pó 1 colher de margarina 1 caixa de bis Sorvete

Modo de Preparo

Prepare o brigadeiro, colocando em fogo médio o leite condensado, chocolate em pó e a margarina. Fica pronto quando desgruda da panela. Para a montagem, pique os bis e coloque no fundo do refratário, depois coloque o brigadeiro (espere esfriar). Por último cubra com o sorvete de sua preferência. Se quiser, decore com Bis inteiro. Agora é só levar ao congelador e após 2 horas estará pronto. DICA: Não coloque sorvete de chocolate: fica enjoativo. Melhores opções: creme, morango e flocos.

ram a fabricar sorvetes com frutas brasileiras. Na época, não havia como conservar o sorvete gelado e, por isso, tinha que 52

Meninos tomando sorvete na década de 30 nos EUA

Super rápido e fácil. A calda da foto é brown cow, mas pode ser calda de sorvete ou outra de chocolate de sua preferência, ou até mesmo sem.

ser tomado logo após o seu preparo. Os anúncios da época avisam a hora exata da fabricação. Outubro e Novembro/2014


Outubro e Novembro/2014

53


CURSOS SENAR

Aperfeiçoe seu conhecimento. gratuitamente. Escolha um curso e se inscreva!

Nos meses de outubro e novembro, o Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Senar-PR e parceiros oferecem diversos cursos de capacitação ao produtor e trabalhador rural. A inscrição deve ser realizada no Sindicato. Para mais informações sobre cursos acesse nossa página na internet www.sindicatorural.com ou entre em contato pelo telefone 3225-3437. PRODUÇÃO ARTESANAL DE ALIMENTOS - BENEFICIAMENTO E TRANSFORMAÇÃO CASEIRA DE MANDIOCA - BÁSICO EM MANDIOCA

Curso de Jardinagem - Comunidade Aliança

LOCAL: Agrotec DATA: 08/10/2014 e 09/10/2014 LOCAL: Reassentamento São Francisco DATA: 15/10/2014 a16/10/2014

QUALIDADE DE VIDA - FAMÍLIA RURAL LOCAL: Comunidade Navegantes DATA: 4/10/2014 a 14/10/2014

TRABALHADOR NA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS - INTEGRADO DE AGROTÓXICOS - COSTAL MANUAL E TRATORIZADO DE BARRAS - NR 31 LOCAL: Globoaves DATA: 08/10/2014 a 10/10/2014 LOCAL: Globoaves DATA: 22/10/2014 a 24/10/2014

TRABALHADOR NA BOVINOCULTURA DE LEITE CASQUEAMENTO DE BOVINOS DE LEITE LOCAL: Linha Rio Do Oeste DATA: 16/10/2014 a 17/10/2014

TRABALHADOR NA BOVINOCULTURA DE LEITE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL NA BOVINOCULTURA DE LEITE - 32 H LOCAL: FUNDETEC - Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico DATA: 14/10/2014 a 17/10/2014

TRABALHADOR NA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE TRATORES AGRÍCOLAS (TRATORISTA AGRÍCOLA) - NR - 31 LOCAL: Agrotec DATA: 15/10/2014 a 17/10/2014

Cursos Derivados de Leite Comunidade de São Salvador

TRABALHADOR NA OPERAÇÃO E NA MANUTENÇÃO DE COLHEDORAS AUTOMOTRIZES - NEW HOLLAND BÁSICO EM NEW HOLLAND LOCAL: Agrotec DATA: 13/10/2014 a14/10/2014.

PRODUÇÃO ARTESANAL DE ALIMENTOS - CONSERVAÇÃO DE FRUTAS E HORTALIÇAS - GELEIAS, DOCES DE CORTE E DOCES PASTOSOS LOCAL: Salão Comunitario DATA: 27/11/2014 a 28/11/2014

PRODUÇÃO ARTESANAL DE ALIMENTOS - DERIVADOS DE LEITE LOCAL: Salão Comunitario DATA: 25/11/2014 a 26/11/2014

TRABALHADOR NA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS AGROSSILVIPASTORIS - INCLUSÃO DIGITAL - BÁSICO 16 H LOCAL: Colegio Estadual de Rio do Salto DATA: 03/11/2014 a 04/11/2014

54

TRABALHADOR NA BOVINOCULTURA DE LEITE AVALIAÇÃO DA CONFORMAÇÃO IDEAL DE VACAS LEITEIRAS - 16 HORAS LOCAL: Faculdade Assis Gurgacz DATA: 03/11/2014 a 04/11/2014

TRABALHADOR NA BOVINOCULTURA DE LEITE CASQUEAMENTO DE BOVINOS DE LEITE LOCAL: Faculdade Assis Gurgacz DATA: 08/11/2014 a10/11/2014

TRABALHADOR NA BOVINOCULTURA DE LEITE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL NA BOVINOCULTURA DE LEITE - 32 H LOCAL: FUNDETEC - Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico DATA: 18/11/2014 a 21/11/2014

TRABALHADOR NA BOVINOCULTURA DE LEITE - MANEJO E ORDENHA INSTITUIÇÕES DE ENSINO

LOCAL: Faculdade Assis Gurgacz DATA: 05/11/2014 a 07/11/2014.

Outubro e Novembro/2014


Curso de Derivados de Leite na cidade de Aliança

Curso de Conservas Molhos e Temperos

Curso de colheitadeira realizado na Agrotec

Confianca pode-se conquistar em dias... Credibilidade somente com o tempo! Uma marca se constrói com muito trabalho e dedicação. Por isso, há 13 anos, a Notoya Veículos cultiva relacionamentos sólidos e duráveis com seus clientes, que são multiplicadores de um conceito único em venda de veículos seminovos em Cascavel. Na Notoya a qualidade dos veículos, a procedência e o bom atendimento são muito importantes, porque sabemos que o nosso sucesso depende da satisfação de nossos clientes.

www.facebook.com/notoya.veiculos Outubro e Novembro/2014

55


ANIVERSARIANTES OUTUBRO 28/10/1936 03/10/1956 05/10/1959 13/10/1930 05/10/1947 10/10/1977 09/10/1952 04/10/1973 11/10/1923 14/10/1960 27/10/1950 25/10/1945 15/10/1941 11/10/1961 19/10/1944 22/10/1967 03/10/1950 24/10/1922 07/10/1947 11/10/1962 28/10/1927 28/10/1927 27/10/1954 01/10/1946 23/10/1981 04/10/1961 22/10/1979 21/10/1954 11/10/1959 11/10/1946 21/10/1931 16/10/1971 19/10/1937 21/10/1940 24/10/1952 02/10/1959 10/10/1953 29/10/1979 17/10/1941 12/10/1936

ADAIR LINO BARZOTTO ADEMIR LUIZ PAZZINATTO ALCEU PAULO LIBERALLI AMALIA DALPRADO MIOTTO ANDRINO KREUS DO AMARAL ARAE POETA CASTILHO DA SILVA ARNALDO MASSAKI SUETAKE CHARLES FRANCISCO SACK UREJUEL DARCY ZANELLA DEISE KARIN DALL OGLIO MASCARELLO DEMETRIO GULAK EDUARDO DE OLIVEIRA COELHO ELVIRA NAKONECZNY PASCOSKI EMIDIA MARIA TORRES RODRIGUES TOSO EUCLIDES GALLINA EUDES EDIMAR CAPELLETTO FLAVIO ANTONIO LAZZARI FLORINDO PENSO FRANCISCO SALVATTI GION CARLOS GOBBI HARRY AVELINO SCHMAEDECKE HELIO OSCAR SCHMAEDECK ILDO ANTONIO BREGOLI ITAMIRA ROMBALDI BRACHT JOAO EMERSON PIASKOSKI JOAO LORENO MARQUES DE AGUIAR JOEL FRANCISCO BALDISSERA JOSE ADERLEI DE SOUZA JOSE ALBINO CESARI JOSE LEOMAR ALVES JOÃO RAMIRO DA SILVA JUCELINO AKIHIDE TANABE LOURDES MARIA BRANDALISE SONDA LUCIA MARIN LUCRECIA TERESINHA BERNARDI LUIZ AUGUSTO KONOPATZKI MANOEL DE LIMA APOLINARIO MARCELO BARBOZA DA SILVA MARIA ZANELLA MICHELS MARINO BAZZOTTI

02/10/1943 04/10/1959 06/10/1943 17/10/1963 28/10/1946 06/10/1950 01/10/1954 13/10/1950 10/10/1965 19/10/1957 04/10/1969 20/10/1954 17/10/1968 05/10/1971 01/10/1959 02/10/1953 07/10/1965 26/10/1958

MARINO KREMER MARLENE CHIQUETTI DA SILVA MARLENE SCRIPERCK ZANDAVALLI MOACIR PAULETTO NOEMIA DURAES DOS SANTOS OSNIR STOFELA PAULO ADAME FILHO PAULO CEZAR VALLINI PLINIO MIGUEL SCHERER RAUL NEITZEL RENATO LUIZ ZANCANARO ROBERTO APARECIDO DE PAULI ROBERTO SAROLLI SARAIVA ROMEU HOLDYS SELSON INACIO WAGNER VILSON VANZELLA VITORINA ELIZETE PEREIRA ZIGOMAR SALVATTI

18/11/1981 06/11/1945 03/11/1957 23/11/1977 22/11/1968 12/11/1984 14/11/1949 28/11/1952 22/11/1935 25/11/1952 03/11/1963 26/11/1961 01/11/1967 21/11/1989 29/11/1943 08/11/1944 21/11/1954 24/11/1973 01/11/1966 15/11/1954 14/11/1960 17/11/1956

ADELINO VETTORELLO NETTO AIDO JORGE ZANCHETT ALBERTO BARATTER ALCEU BENTO DALMOLIN ALVARO CARLOS SALVADORI ANDERSON LIMBERGER ANGELO JOSE DE PAULI ARI MILTON MELNIK ARNO BECK BENVINDO DE SOUZA ALMEIDA CARLOS ALBERTO SCANAGATTA CARLOS RUZICKI CASSIUS LUIS BARREIROS CLEITON LUIS MARMENTINI DARCI NORO DOMINGOS MUFATO DOMINGOS MUNARETTO EDSON LUIZ PIN ELCI DALGALO ELENA MARIA BARDEN ERNANI JOSE MATTJIE ERON FERLIN

NOVEMBRO

56

10/11/1957 04/11/1932 07/11/1967 28/11/1950 10/11/1964 09/11/1932 23/11/1961 23/11/1956 06/11/1945 05/11/1932 01/11/1958 18/11/1971 12/11/1967 23/11/1965 26/11/1946 24/11/1951 29/11/1969 11/11/1967 21/11/1965 14/11/1935 04/11/1958 16/11/1963 06/11/1975 22/11/1947 24/11/1968 05/11/1943 20/11/1959 16/11/1976 28/11/1959 19/11/1941 17/11/1968 23/11/1954 08/11/1953 11/11/1946 25/11/1938 03/11/1957 20/11/1962 19/11/1974 11/11/1943 25/11/1965 07/11/1941 12/11/1953

ERWIN SOLIVA EVANIR FORNARI FABIO CESAR DALBOSCO GELSO JOSE ZANOTTO HELMUTH GUILHERME BLEIL JUNIOR HERBERTO RIEGER IDJALMAS ALFEO BERTOLLO ILDO SCUSSIATTO ILGO KONOPATZKI JACOB MAXIMILIANO LUIZ SALVADORI JOAO BATISTA ZANUZZO JONATHAN MAFRA TAMBOSI JORGE ROBERTO BARZZOTO JORGE TAKEO SAKAI JOSE CARLOS CUNHA JOSE DIAS DO PRADO SOBRINHO JUAREZ ZITTERELL JUREMA CARNIEL LAURA FAGUNDES RAMOS VARGAS LORENO IVALINO BARZOTTO LUIZ CARLOS VEZZARO MARCIA MARTINI STUM MARCOS ANTONIO NORO MARIA CECILIA MORETTI MENEGHEL MARIA DAS GRAÇAS MARTINS MARIO CARRASCO LOMBARDI MARIO SOSSELA FILHO MAYCON SALVATTI NELSON SNAK OSMARIO MOYSA SARAIVA PAULO CESAR VENTURIN PAULO ROBERTO ORSO PAULO SILVIO SALAPATA PEDRO CAMILO PAETZOLD PEDRO CAPELLETTO RICARDO SOARES MARTINS RITA MARIA HOFFMANN TARCISIO WEBER TOMES TEREZINHA ZECZKOWSKI VALMOR JOSE BREDA E/OU VITOR HUGO PIERUCCINI WALTER LUIZ BERNARDI

Outubro e Novembro/2014


Outubro e Novembro/2014

57


CONVÊNIOS SAÚDE

Ortoffísio Clínica de Fisioterapia R.Mato Grosso, 2142 - Fone 3035-2955 MARIANA SOSSELA - PSICÓLOGA Psicologia - CRP – 08/16211 R. Sta Catarina, 1023 - Fone 3039-1211 LAURA F. R. VARGAS Psicóloga e Acupunturista (CRP-08/11266) R. Minas Gerais, 2061 S. 502 Fone (45) 3224-4928 / 9972-5151

Confira neste espaço as empresas que oferecem vantagens especiais em produtos e serviços para os associados do Sindicato Rural Patronal de Cascavel. Para usufruir dos benefícios, basta se identificar como associado nas empresas conveniadas.

AGRO DOMUS Insumos Agrícolas Av.Barão do Rio Branco 1822 Fones 3227-1050/3227-1070 AGRIBOI Produtos Agropecuários Av. Brasil, 4197 - Fones 32245115/9972-2170 RPK GENÉTICA BRAHMAN – NELORE - ANGUS - BRANGUS - BRAFORD Fone 9944-3759

DRA. SELMA SEGALLA Centro OdontológicoTop Rua Minas Gerais, 2392 Fone 3225-7988

SEMEX BRASIL www.semex.com.br Fones 9987-2673/9121-8827

ESPAÇO MODELE Clínica de Estética e Psicologia - Bruna Soliva Av.Brasil, 8197-A - Fone 3038-8866

MÁQUINAS AGROESTE LTDA Av. Brasil, 4128 Fone 3225-3322

SIND CONVÊNIOS MÉDICOS Medicina e Segurança do Trabalho Av. Brasil, 5964 - Fone 3223-4662

SANTA CLARA GENÉTICA Av. Brasil, 7640 Fones 3226-6161/9978-0061

CLÍNICA DENTE SAÚDE Odontologia R. Rio de Janeiro, 983 Fone (45) 3035-6006

PLANTAR Rua Uruguai, 155 – Bairro Alto Alegre Fone/Fax (45) 3321-1600

CLÍNICA ODONTO TOPI Odontologia R. Carlos Gomes, 4016 Fone (45) 3039-3032 HOSPITAL E MATERNIDADE DR. LIMA Rua Paraná, 2311 - Fone (45) 3219-1515 CLÍNICA DE OLHOS ROMEU TOLENTINO Oftalmologia R. Rio de Janeiro, 1235 - Fone (45) 3219-4646 Farmácias FARMÁCIAS IGUAÇU Tele Entregas: (45) 3333-7777 FARMAÚTIL Tele Entregas: (45) 3225-4225 ÓTICA BALACINI Tele Entregas: (45) 3224-2225 AGRO AGROSAT Topografia em geral Rua Osvaldo Cruz, 2349 Fone 3222-2757

PLANTPLAN Fone 3038-7388

PAPELARIA SUPRIVEL Papelaria e Informática Rua Sete de Setembro, 3266 Televendas 3224-2004 INFORMÁTICA MICROLINS Informática / vendas Rua Paraná, esq. Sete de Setembro Fone (45) 3038-9100 CONSULTORIA B&M CONSULTORIA Rua Presidente Kennedy, 839 Fone (45) 3035-7986 RESTAURANTE RESTAURANTE KILOGRAMA Av. Brasil, 6792 - Fone 3035-2922 HOTELARIA HARBOR HOTÉIS - Querência Hotel Rua Treze de Maio, 710 - Fone 3218-1818 ENSINO CNA - ESCOLA DE INGLÊS Fone (45) 3037-7793 ANHANGUERA EDUCACIONAL Ensino superior Fone (45) 3322-9020

LOCAÇÕES LAPA (45) 3223-2531 EVENTOS FOTOCLIQUE Filmagens, fotografias, etc Trav. Cristo Rei, 91 Fone (45) 3035-6417 FLORICULTURAS GALERIA DAS FLORES - GF Floricultura e Decorações Fone 3035-2072 PEÇAS AGRÍCOLAS MULTIPEÇAS Irmãos Limberger & Cia ltda Av. Tancredo Neves, 744 Fone 3226-6126 MECÂNICA MECÂNICA UNIÃO Oficina mecânica Rua Paraná, 3894 - Fone (45) 3223-2096

58

UNICESUMAR Educação à distância Av. Brasil, 3732 - Fone (45) 3035-3355 SERVIÇOS 3º TABELIONATO DE MÓVEIS Cartório - Rua Souza Naves, 3445 JM SERVIÇOS DE JARDINAGEM Serviços de paisagismo Colônia São FranciscoFone (45) 99688865 LAPIS DIGITAL DESIGN & INTERNET Fone (45) 3037-7829 / 9972-6113 ACTION! PRODUTORA DE VÍDEO Fone (45) 3037-7829 / 9972-6114 NEWMÍDIA COMUNICAÇÃO Criação publicitária - Campanhas Fone (45) 3037-7829 / 9972-6114 Outubro e Novembro/2014


Outubro e Novembro/2014

59


aos olhos do campo, um cuidado especial

Imagem adquirida de banco de imagens, meramente ilustrativa.

Quem sabe, como ninguém, admirar a beleza da chuva molhando a terra e do sol iluminando a plantação não pode descuidar da saúde ocular.

Assim como o corpo, os olhos também sofrem com o avançar da idade. Depois dos 40 anos, vista cansada, Catarata, Glaucoma e Retinopatia Diabética são mais frequentes. Não descuide da sua saúde ocular, realize o seu check-up oftalmológico pelo menos uma vez ao ano.

45 2101-4242 | www.hospitaldeolhos.com.br Rua Minas Gerais, 1986 | Centro | Cascavel/PR

Diretora Técnica Médica Dra. Selma Miyazaki - CRM-PR: 12511

60

Outubro e Novembro/2014


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.