Sindirural 44

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Impresso Especial

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SIND. RURAL

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Ano VIII | Nº 44 | Fevereiro/Março de 2015 | R$ 10,00

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SUPERSAFRA AMEAÇADA? CADERNO ESPECIAL SHOW RURAL Confira nesta edição o CADERNO SHOW RURAL, com informações e as novidades que as empresas trouxeram para a feira que abre o calendário nacional de grandes eventos do agronegócio.

FINANCIAMENTO AGRÍCOLA

MANUTENÇÃO DE JUROS “SALVA” INÍCIO DE ANO

Fevereiro / Março de 2015

Com 15% da área colhida, os produtores rurais que anteciparam o plantio de soja na região Oeste do Paraná contabilizam perdas significativas na safra de verão. Fatores como falta de chuvas na germinação e altas temperaturas no mês de outubro colocam dúvidas sobre a possibilidade de supersafra.

SUCESSÃO FAMILIAR

PLANEJAMENTO AINDA É A MELHOR ESTRATÉGIA 1

ENTREVISTA: KÁTIA ABREU

“VAMOS DUPLICAR A CLASSE MÉDIA RURAL”


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R. Paraná, 3937 - CEP 85.810-010 Cascavel/PR - Fone (45) 3225-3437 www.sindicatorural.com DIRETORIA Presidente Paulo Roberto Orso Vice-presidente Gelso Paulo Ranghetti 2º Vice-presidente Modesto Felix Daga Tesoureiro Genor Frare 2º Tesoureiro Renato Archille Martini Secretário Paulo Cezar Vallini 2º Secretário Gion Carlos Gobbi Diretor Administrativo Paulo Roberto Orso CONSELHO ADMINISTRATIVO Membros Milton Pedro Lago Valmir Antônio Oldoni Haroldo Stocker Ângelo Custódio Romero Eugênio César Luiz Dondoni Carlos Alberto Zuquetto Gelson José Zanotto CONSELHO FISCAL Titulares Isaías Luiz Orsatto Eudes Edimar Capeletto Denise Adriana Martini de Meda Suplentes José Torres Sobrinho Airton José Gaffuri Darcy Antonio Liberalli DELEGADO JUNTO À FAEP Titular Paulo Roberto Orso Suplente Paulo Cézar Vallini

EDITORIAL

editoria@revistasindirural.com.br

O imprevisível 2015 Estamos em 2015, o famoso ano da crise. Tão falado desde o final das eleições, ele está aí. E mal começou já veio trazendo desafios para a classe produtiva. Mas, afinal, quando foi o último ano “bom” que tivemos mesmo? Claro que você irá se lembrar daquele ano que as commodities estavam supervalorizadas, em que tudo deu certo, o Brasil cresceu e todos ficaram felizes. Ah, mas alegria parece que sempre dura pouco, como diz aquele ditado popular. A verdade é que o brasileiro está acostumado a desafios, a “matar um leão por dia”, ao trabalho suado e sofrido. O ano vai ser ruim? Que seja, mas vamos fazer nossa parte, nos superarmos e começar o ano de cabeça erguida, com pensamento positivo e, o mais importante, trabalhando muito. Essa é a fórmula. Afinal, quanto mais difícil, melhor a vitória, não é mesmo? Então, vamos lá! A primeira revista SindiRural de 2015 vem trazendo um suplemento especial sobre um dos maiores evento do agronegócio nacional: o Show Rural Coopavel 2015. Nele você vai encontrar as novidades em tecnologias e novos produtos que

os expositores trazem para esse evento que abre o calendário de grandes eventos no Brasil. Trazemos nesta edição matéria sobre o andamento da colheita da safra de verão 2015. Na região Oeste, a produtividade não está boa para os produtores que se adiantaram no plantio, ficando muito abaixo do esperado e colocando em risco a esperada supersafra. A nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu, é a entrevistada dessa edição. Ela fala dos seus planos frente ao ministério e o que irá fazer para aumentar a “classe média rural”. A manutenção da taxa de juros do Moderfrota também é tema de matéria. A decisão trouxe alívio para as concessionárias que temiam iniciar o ano sem linha de crédito para oferecer aos produtores. ‘Também fomos conversar com os “corajosos” agricultores que se arriscaram no plantio de feijão no Oeste. A sucessão das propriedades rurais também é abordada nesta edição, além de reportagem sobre o cedro australiano, que se apresenta como alternativa ao eucalipto na região. BOA LEITURA!

NESTA EDIÇÃO • Palavra do Presidente..............................06 • Entrevista: Kátia Abreu............................08

www.revistasindirural.com.br Publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel Circulação bimestral Coordenador editorial: Paulo Cézar Vallini pvallini@uol.com.br

Fale com a redação: Jair Reinaldo dos Santos (editor) Fone (45) 3037-7829 / 9972-6113 editoria@revistasindirural.com.br

Departamento Comercial: (45) 3037-7829 / 9972-6113 comercial@revistasindirural.com.br

Projeto gráfico arte/diagramação: NewMídia Comunicação R. Rio Grande do Sul, 111 - CEP 85.801-010 Cascavel-PR - Fone (45) 3037-7829

• Registro.................................................... 12 • Reemissão de CCIR tem nova data..........14 • Supersafra em dúvida no Oeste..............16 • Angus: maior adaptação é diferencial.....18 • Manutenção dos juros financiamentos....20 • Estação monitora solo em tempo real....24 • Sucessão familiar......................................26

Nesta edição, trazemos suplemento especial do Show Rural

• Safra de Feijão no Oeste..........................28

• Cedro australiano conquista espaço.......38

• Dia de Campo C-Vale................................30

• Distrito de Diamante.................................40

• Empresa apresenta híbridos de milho.....32

• Saúde: oftalmologia..................................42

• Franceses visitam propriedades..............34

• Senar e Sindicato programam cursos.....44

• Lavanderia sustentável............................36

• Convênios................................................. 46

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Fevereiro / Março de 2015


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PALAVRA DO PRESIDENTE

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Muita calma nesta hora... Iniciamos a colheita da safra 2015. Os números iniciais não agradam. Chuvas esporádicas e estiagem afetaram a produtividade de quem plantou mais cedo. Ainda é cedo para se falar em quebra da produção, mas a expectativa de se superar as expectativas ficam mais distantes. Esperamos que com o avanço da colheita os números mudem e o impacto dessa possível quebra na produção não se aumente. O mercado internacional está ruim, com queda nos preços das commodities. A possibilidade de os EUA diminuírem a área plantada de milho para plantarem mais soja causou reação no mercado. Não sabemos até que ponto isso pode se concretizar ou não, mas inegavelmente o mercado reage diante dessas possibilidades. O ano mal começou e muita coisa

pode acontecer e mudar os cenários. Existe uma expectativa sobre a eficácia das iniciativas da equipe econômica do novo governo. O aperto financeiro afeta

a todos, com o aumento de impostos e corte de programas sociais. E todos serão afetados com a diminuição na disponibilidade de recursos para investimentos, juros mais altos e prazos menores. A hora é de calma. Muita calma. O produtor rural deve, mais do que nunca, estar atento às variáveis do mercado que podem afetar sua lucratividade na hora de comercializar a safra. Ainda é muito cedo para prognósticos, mas não é hora de tomar decisões precipitadas ou fazer apostas nessa ou naquela possibilidade de mudança no mercado. O primeiro semestre de 2015 vai ser o termômetro para o restante do ano. Esperamos que seja bom e que a situação mude em benefício da classe produtiva. Então, não custa repetir: muita calma nessa hora...

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ENTREVISTA “Vamos duplicar a classe média rural MINISTRA DA AGRICULTURA KÁTIA ABREU

Ela foi chamada pela presidente Dilma Roussef “para revolucionar” no cargo de ministra da Agricultura. Com uma história ligada aos movimentos ruralistas, a senadora Kátia Abreu (PMDB/TO) já teve tempos de “musa” do agronegócio, mas devido às mudanças políticas dos últimos anos não é mais unanimidade no setor. Nascida em Goiânia e formada em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás, Katia Abreu entrou para o agronegócio com a morte repentina do marido em um acidente de avião, em 1987, quando teve que assumir os negócios da família. Depois disso, foi presidente do Sindicato Rural de Gurupi (TO), presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins, e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Foi deputada federal assumindo a vaga de suplente em 1998 e em 2001 elegeu-se efetivamente como a mais votada do Estado. Em 2006 elegeu-se senadora da República, cargo ao qual foi reeleita em 20014. Após as eleições, foi chamada para ocupar o cargo de ministra da Agricultura, causando protesto dos movimentos sociais e até mesmo de alguns setores do agronegócio. REVISTA SINDIRURAL - A senhora assume o Mapa quando “grandes parceiros” do Brasil estão comprando menos. Como será o ano para o agronegócio? MINISTRA KÁTIA ABREU - Temos consciência das dificuldades, mas estamos confiantes. A alimentação tem uma demanda permanente. Em 2014 o país exportou US$ 96,75 bilhões. Somente a China, por exemplo, importou US$ 22 bilhões em produtos agrícolas do Brasil. O ano de 2015 promete ser um bom ano para o agronegócio. Inclusive, temos a expectativa de mais uma safra recorde para esse ano, com uma produção de 202 milhões de toneladas. Além disso, a abertura de novos mercados e retomada dos negócios com parceiros antigos, sinaliza um cenário otimista. REVISTA SINDIRURAL - Quais serão suas primeiras atitudes como ministra, em relação ao mercado internacional? MINISTRA KÁTIA ABREU - O Brasil já é uma referência mundial no setor. Mas é preciso nos abrirmos com mais coragem

Tanto a Reforma Agrária quanto os demais programas do interesse dos movimentos sociais são da esfera do Governo e continuarão sendo mediados pelo Governo.

para o mundo, ampliando nossas exportações. Temos a capacidade de produzir e exportar ainda mais. Aos nossos parceiros comerciais, seguiremos dando as garantias de que o país é muito seguro do ponto de vista fitossanitário. Também continuaremos prospectando novos mercados e consolidando os já existentes. Temos previstas, já para o primeiro semes-

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tre do ano, missões à Nova Zelândia, China e Rússia. REVISTA SINDIRURAL - O orçamento do MAPA foi fatiado também devido à contenção de gastos do governo federal. Quais programas podem ser afetados e o que esse corte prejudica? MINISTRA KÁTIA ABREU - O ministro Levy, que está propondo o ajuste por determinação da presidente Dilma, tem o meu apoio. Ninguém faz ajuste porque é mau ou porque tem vontade. Faz quando é necessário para arrumar a casa e manter as contas em ordem. Não tenho dúvidas a este respeito: o que é bom para o Brasil é bom para a Agricultura. O que eu costumo dizer também é que não tenho receio de cortes porque a agricultura não é gasto, mas investimento. O agronegócio é muito dinâmico e oferece respostas bastante rápidas. Além disso, é o setor que mais contribui para equilíbrio da balança comercial do país, sendo responsável por 23% do nosso PIB. REVISTA SINDIRURAL - Qual será sua conduta em relação à reforma agrária e aos movimentos sociais? MINISTRA KÁTIA ABREU - Tanto a reforma agrária quanto os demais programas do interesse dos movimentos sociais são da esfera do governo e continuarão sendo mediados pelo governo. Em relação aos movimentos sociais, nossa conduta será sempre de diálogo. REVISTA SINDIRURAL - Como será a relação com o novo ministro do Desenvolvimento Agrário, que defende fortemente a reforma agrária? Vocês pretendem trabalhar em conjunto? MINISTRA KÁTIA ABREU - Fazemos parte do mesmo governo, que tem metas definidas. Também nesse caso, dialogaremos sempre em prol do desenvolvimento do país. Fevereiro / Março de 2015


Pretendemos implantar uma gestão moderna e dinâmica, ouvindo os produtores, oferecendo soluções em infraestrutura, logística e pesquisa. Também queremos otimizar as políticas de crédito e financiamento rurais.

Fevereiro / Março de 2015

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Há questões que são de competência do MDA e do Incra. De nossa parte, vamos contribuir para o crescimento dos que trabalham e produzem no campo. REVISTA SINDIRURAL - A classe produtiva do agronegócio é contrária à demarcação de terras indígenas, que já detém 12% do território brasileiro. A senhora defende a posição de que novas demarcações, que muitos consideram desnecessárias, devem ser discutidas no Congresso e não ser impostas pela Funai? MINISTRA KÁTIA ABREU - Como eu disse anteriormente, as demarcações são da esfera do governo federal que tem a responsabilidade de mediá-los, como determina a Constituição em vigor. REVISTA SINDIRURAL - A senhora já disse que é preciso criar uma classe média rural brasileira. Explique melhor esse raciocínio e como o MAPA pode ajudar nisso. MINISTRA K’ÁTIA ABREU - Essa é uma determinação expressa da presidente Dilma, com a qual pretendo contribuir de forma efetiva. Hoje, o Brasil tem mais de 5 milhões de produtores, sendo 70% nas classes D e E, 6% nas classes A e B, e apenas 15% na classe C, o que dá algo em torno de 800 mil produtores. Vamos mapear os 558 territórios das microrregiões do país, classificando-os de acordo com suas dificuldades, demandas e potenciais. Então, desenvolveremos políticas específicas, para elevar produção e a renda desses produtores e atingir a meta de dobrar a classe média rural no país. Para que isso aconteça, levaremos assistência técnica e extensão rural para o maior número possível de produtores, em um movimento coordenado por nossa ANATER, formando uma Rede Nacional de Assistência Técnica Rural, capacitando aquele homem e aquela mulher que estão lá no campo, com muita vontade de trabalhar e contribuir o crescimento do país. REVISTA SINDIRURAL - Como a senhora pretende lidar com os setores em crise no Brasil, como o sucroalcooleiro? MINISTRA KÁTIA ABREU - Cada setor tem características próprias e demandam, geralmente, soluções específicas. Estamos conversando com os principais representantes dos setores. Isto tem sido uma prioridade na minha chegada. Já conversei com o setor sucroalcooleiro e ouvi suas demandas e sugestões. Vamos agora estudar as questões para que seja dado o melhor encaminhamento para cada uma delas.

Desenvolveremos políticas específicas para elevar a produção e a renda dos produtores e atingir o maior número possível, formando uma Rede Nacional de Assistência Técnica Rural (...)

REVISTA SINDIRURAL - A senhora afirmou em entrevista à Folha de São Paulo que a presidenta Dilma lhe disse: “Kátia, é para revolucionar”. Quais são as novas ideias para a condução da pasta e da vida dos agricultores brasileiros e o que o segmento pode esperar da sua gestão? MINISTRA KÁTIA ABREU - Pretendemos implantar uma gestão moderna e dinâmica, ouvindo os produtores, oferecendo soluções em infraestrutura, logística e pesquisa. Também queremos otimizar as políticas de crédito e financiamento rurais. Além disso, vamos consolidar um planejamento nacional de defesa agropecuária, construído por meio de parcerias do poder público com a iniciativa privada e academia. Queremos solidez técnica para garantir confiabilidade para nossos consumidores, no Brasil e no mundo. A meta é garantir padronização, transparência

Não concordo que a pesquisa nacional esteja atrasada. A Embrapa é referência em pesquisa e tecnologia agrícola.

e segurança. Outro ponto importante é a capacitação, por meio da assistência técnica e extensão rural. Nesse sentido, vamos envolver órgãos públicos e privados de extensão rural e nossas universidades de ciências agrárias, de forma a capacitar ainda mais nossos produtores. O setor já conhece minha história de dedicação ao campo. Agora, como ministra, terei oportunidade de contribuir ainda mais, com a mesma garra e determinação de sem-

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pre, para o crescimento do agronegócio no Brasil. REVISTA SINDIRURAL - Como será a relação do MAPA com as entidades do Paraná e o que o Estado pode esperar? MINISTRA KÁTIA ABREU - O Estado do Paraná tem importância fundamental no cenário agrícola brasileiro. A agricultura no Paraná é, historicamente, uma das principais atividades econômicas do Estado brasileiro. No território paranaense, estão alguns dos mais elevados índices de produtividade do nosso setor. O trabalho que as cooperativas agrícolas desenvolvem no Paraná são exemplares. As cooperativas impulsionam nossa economia, os índices de emprego e o desenvolvimento nacional. Realizam o trabalho de cultivar plantas, de colher, de armazenar, de criar animais, de exportar produtos e de implantar a agroindústria rural. Sem contar que são prestadoras de assistência técnica e orientam para melhorar a qualidade de vida de seus associados. REVISTA SINDIRURAL - Hoje quem detém a tecnologia são as empresas estrangeiras, uma vez que a pesquisa nacional está atrasada e necessita de grande investimento em equipamentos, recursos humanos e financeiros. O que a senhora pretende fazer com a pesquisa oficial? MINISTRA KÁTIA ABREU - Não concordo que a pesquisa nacional esteja atrasada. A Embrapa é referência em pesquisa e tecnologia agrícola. Mas queremos ampliar essa expertise, uma vez que é a tecnologia, aliada à inovação, que nos permitirá produzir cada vez mais e melhor. O que precisamos urgentemente é fazer a tecnologia chegar ao campo e ser incorporada ao sistema produtivo dos pequenos e médios produtores. Para modernizar o campo é premente e inadiável a implantação de um novo modelo de assistência técnica rural, conforme estamos trabalhando para fazer funcionar. REVISTA SINDIRURAL - Qual a importância do Show Rural Coopavel para a economia do agronegócio brasileiro? MINISTRA KÁTIA ABREU - O Show Rural Coopavel é um importante evento no calendário do agronegócio. Já foram 27 edições com a participação de milhões de pessoas. Em cada edição mais de 200 mil pessoas visitam o local, o que demonstra estar estabelecido como um evento onde o produtor encontra novidades e informações para a sua atividade. Este tipo de exposição mostra a pujança e a importância da agropecuária no Paraná e no Brasil. Fevereiro / Março de 2015


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REGISTRO Condomínio Brahman Chaco recebe franceses

No dia 21 de Janeiro, foram recepcionados no Condomínio Brahman Chaco uma delegação de 25 franceses da região de Rhône-Alpes, em Lyon. O grupo viajou por 10 dias pelo Paraná e visitou as cidades de Londrina, Maringá, Cascavel, Curitiba, Paranaguá e Foz do Iguaçu. Muito interessados, eles ouviram atentamente a exposição do médico veterinário Jairo Frare, de como funciona o condomínio, da orígem do gado Brahman e sua história no Brasil e em Cascavel, das características principais do Brahman e seus cruzamentos. Depois, foram para a sessão de fotos com os animais Brahman e Simental do condomínio. “Eles ficaram impressionados com a habilidade cárnica dos animais vistos e com o resultado dos produtos de cruzamento deste zebuino”, afirmou Jairo Frare. “Sempre ficamos felizes em recepcionar visitantes de outros países no nosso Condomínio, pois a troca de experiências é muito importante”, frisou.

Encontro Tecnológico de Verão Coodetec reuniu agricultores A Coodetec reuniu no dia 16 de janeiro agricultores e profissionais no Encontro Tecnológico de Verão. Informações sobre o mercado agrícola e fitopatologia foram destaques durante o evento, realizado em parceria com a Dow AgroSciences. Além disso, os participantes acompanharam a apresentação de produtos para manejo das lavouras e puderam ver de perto o desenvolvimento dos híbridos de milho e cultivares de soja CD. Na vitrine de milho, em destaque, estavam os híbridos com a tecnologia Powercore, que controla as principais lagartas da cultura e que possui tolerância aos herbicidas glifosato e glufosinato de amônio. Já na soja, a tecnologia Intacta RR2 PRO™, que também possui controle de pragas e tolerância ao glifosato, chamou a atenção. Durante a tarde, quem acompanhou o Encontro Tecnológico de Verão assistiu palestra sobre as tendências do mercado agrícola para os próximos meses. O consultor da agência Safras & Mercado, Gil Barabach,

Novos híbridos, palestra e orientações de manejo foram atrações do evento

desenhou, baseado em fatos, o futuro para soja e milho. De acordo com ele, ainda existem muitas incertezas no mercado. No campo experimental da Coodetec, a fitopatologista Tatiane Dala Nora Montecelli apresentou informações sobre podridão radicular de fitóftora (Phytophthora sojae), um dos principais

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patógenos para a cultura da soja. Essa doença pode infectar as plantas em diferentes estágios de desenvolvimento, causando apodrecimento de sementes, morte de plântulas, redução de crescimento e morte de plantas adultas. As reduções de rendimento podem chegar a 100% em cultivares suscetíveis. Fevereiro / Março de 2015


Copacol inaugura Centro de Pesquisa durante Dia de Campo Foi inaugurado no dia 14 de janeiro, em Cafelândia, o Centro de Pesquisa da Copacol (CPA), em um espaço de 35 alqueires que será utilizado para a experimentação agrícola da Cooperativa, avaliação, validação e ajustes das tecnologias geradas pelas instituições de pesquisas e demais instituições privadas. A inauguração aconteceu junto com a abertura do 24º Dia de Campo Copacol, que contou com a participação de mais de 800 associados que acompanharam apresentações realizadas pela equipe técnica sobre cultivares de soja e milho verão, manejo e híbridos, nematoides, manejo de doenças na soja e aumento de produtividade. Os produtores puderam também ver cultivares de empresas parceiras além de conferir a exposição de máquinas e equipamento agrícolas. O Dia de Campo teve duração de dois dias, sendo que no dia 14 os cooperados de Jesuítas, Carajá, Iracema, Formosa e Jotaesse participaram do evento, e no dia 15 foi a vez dos produtores de Cafelândia, Central Santa Cruz, Nova Aurora, Palmitópolis, Universo e Goioerê estarão recebendo novas informações sobre assuntos da área agrícola.

Produtor rural tem até 5 de maio para fazer inscrição no CAR Todos os proprietários rurais ou posseiros têm prazo até o dia 5 de maio de 2015 para fazer inscrição no CAR (Cadastro Ambiental Rural), conforme estabelece o novo Código Florestal brasileiro, aprovado em 2012. O alerta foi feito pela assessora técnica da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Carla Beck, em palestra na última reunião do Núcleo dos Sindicatos Rurais do Oeste do Paraná (Nurespop), no auditório da entidade patronal de Cascavel. Ainda segundo Carla Beck, esse prazo de 5 de maio de 2015, conforme prevê a lei vigente, poderá ser prorrogado “uma única vez” por mais um ano, pela Presidência da República. “Eu acho difícil que todos os cerca de 5 milhões de produtores rurais existentes no País consigam fazer o CAR neste curto espaço de tempo que ainda resta, entretanto temos que trabalhar com o prazo até 5 de maio 2015”, opinou a assessora técnica da Faep. Devido ao curto tempo ainda existente de apenas cerca de cinco meses, Carla orientou para que os proprietários rurais iniciem o quanto antes o CAR, fazendo o diagnóstico de suas propriedades, para evitar atropelos e problemas de última hora. Carla Beck falou também sobre a Lei Estadual 18.295, de novembro deste ano, que Fevereiro / Março de 2015

Palestra com a assessora técnica da Faep, Carla Beck, na reunião do Nurespop

normatizou o PRA (Programa de Regularização Ambiental) no Paraná, permitindo a adequação dos imóveis rurais do Estado ao novo Código

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Florestal brasileiro. O PRA é que define o que o produtor terá que fazer em sua propriedade para se adequar ao novo Código Florestal.


TAXA OBRIGATÓRIA

Reemissão de CCIR tem novo vencimento Quem não recolheu a taxa até dia 15 de janeiro tem novo prazo para 28 de fevereiro, mas agora irão pagar valor com multa

O Sindicato Rural Patronal de Cascavel informa que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) fez a reemissão, em dezembro passado, do CCIR (Certificado de Cadastro do Imóvel Rural) no sistema do órgão. O primeiro vencimento já se deu no dia 15 de janeiro de 2015. Quem não recolheu a taxa até essa data, agora o segundo vencimento é para 28 de fevereiro, mas com multa de 10% e juro de 1% sobre o valor que venceu em 15 de janeiro, explica o presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Paulo Orso. O proprietário que não tiver acesso à Internet deverá procurar a Unidade Municipal de Cadastramento do Incra mais próxima de sua

O não recolhimento da taxa impede donos de imóveis de efetuarem operações ou transações junto a bancos e cartórios

ANDRÉ LOVERA Eng. Agrônomo do Sindicato Rural

residência para emitir o CCIR. Em Cascavel, o Sindicato Rural Patronal também faz essa reemissão do CCIR, bastando que o proprietário compareça à entidade munido da matrícula ou do CCIR antigo do imóvel. “Com a reemissão do CCIR no sistema, a taxa de serviços cadastrais precisa ser recolhida pelos proprietários rurais, pois em casos

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de solicitações por instituições financeiras e cartórios, por exemplo, essa taxa precisa constar como quitada, sob pena dos donos desses imóveis não poderem efetuar as operações ou transações junto a bancos e cartórios”, explica o engenheiro agrônomo André Lovera, do Sindicato Rural de Cascavel. O pagamento dessa taxa cadastral do CCIR deve ser feito nas agências ou terminais de auto-atendimento da Caixa Econômica Federal, lotéricas, guichês Pontos de Venda, Internet Banking e Caixa Aqui. O valor leva em conta o tipo do imóvel. O CCIR confirma que o imóvel está cadastrado no SNCR (Sistema Nacional de Cadastro Rural) e é documento indispensável para transações imobiliárias e crédito bancário. Antes válido por três anos, em média, o CCIR era enviado para o endereço dos proprietários dos imóveis. Agora o documento será emitido a qualquer momento e apenas pelo site do Incra (por internet). Um código de autenticação de fácil consulta pelo Portal do Incra evitará ações fraudulentas.

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COLHEITA / CAPA

Com 15% da área colhida, números do Deral apontavam quebra de 28% na produtividade

Supersafra em dúvida no Oeste do Paraná Produtores rurais sofrem com significativas quebras de produtividade devido a chuvas irregulares e temperaturas excessivas

A colheita da soja, carro-chefe da agricultura do Paraná e do Brasil, tem apresentado alguns problemas na região Oeste do Estado. Em decorrência de ondas de intenso calor e pouca chuva, alguns agricultores que anteciparam o plantio da oleaginosa colheram com significativas quebras de produtividade. A boa notícia é que nem todos estão nesse perrengue, porém, uma já anunciada supersafra Brasil começa a ser questionada. Nos 28 municípios de abrangência do Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento), a área de soja cultivada na safra 2014-2015 é de 592 mil hectares. Aproximadamente 15% da área foi colhida até o dia 19, duas semanas antes do

Todas as regiões do Brasil estão sofrendo quebras. Então, por isso afirmo que é prematuro dizer que teremos uma supersafra no Brasil. JOVIR ESSER Economista do Deral da Seab

Show Rural Coopavel 2015. Durante o evento, a área colhida de soja na região deve girar em torno de 50%, “Pelos números que temos até agora, estamos tendo uma quebra de 28%”, analisa a economista do Deral da Seab, Jovir Esser. Dentre as razões para a quebra estão a falta de chuva no início da germinação e as

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excessivas temperaturas do mês de outubro. A média de produtividade na região, na semana do dia 20, estava em torno de 2.600 quilos por hectare. A antecipação também foi uma das causas da quebra: “Os maiores problemas foram na região de Medianeira e todas as propriedades beira lago. Nessa região, muita gente plantou entre os dias 10 e 15 de setembro e essas áreas foram as que tiveram maiores quebras. Ao longo desse período, também não houve nenhuma chuva generalizada e satisfatória dentro do Núcleo de Cascavel. Tivemos muitas chuvas irregulares, que causam diferenças de produtividades”, explica Jovir. Além das antecipadas, a soja de ciclo mais longo também vem sofrendo um stress com a temperatura alta da região. Por estes e outros fatores, Jovir afirma que é muito cedo para afirmar que em 20142015 teremos uma supersafra novamente. “O mercado não esperava essa quebra, mas nós do Deral Oeste do Paraná já estamos há alguns dias afirmando sobre a possibilidade. Todas as Fevereiro / Março de 2015


Tivemos dois locais que choveram regularmente, como em Quatro Pontes e Novo Três Passos. Em Porto Mendes e em praticamente toda a região beira lago, a colheita foi péssima.

VALDEMAR KAISER Pres. Sindicato Rural de M.C. Rondon

regiões do Brasil estão sofrendo quebras. Então, por isso afirmo que é prematuro dizer que teremos uma supersafra Brasil”, raciocina. A previsão inicial do Núcleo Regional era de que 2 milhões de toneladas seriam colhidas, com uma média de 3.625 quilos por hectare. Aliado a tudo isso, precisamos discutir o preço. Porém, quase mais difícil que antever o clima é realizar uma previsão mercadológica sobre o agronegócio, principalmente em relação à soja. Durante a semana do dia 20 de janeiro, o analista Camilo Motter afirmou que devido às irregularidades climáticas e as sequenciais más notícias, os preços oscilaram muito no mês de janeiro. “O mercado está pressionado pela supersafra americana, pela possibilidade de um menor crescimento na China, grande importadora, entre outros aspectos que transformaram nossa situação em ruim”, comenta. No entanto, ele defende que uma estabilização climática possa melhorar o cenário. Sobre a desvalorização da oleaginosa, Camilo espera que não ocorra mais baixas, uma vez que a queda já foi brusca, fator que continua parceiro da demanda pela oleaginosa, que permanece consistente.

dutores colheram uma média de 80 sacas por alqueire. Outros 50% na faixa de 110 a 120 sacas. “E acreditamos que uns 20% vão colher entre 140 e 150”. Já na região de São Miguel do Iguaçu, quase nenhum produtor teve problemas. TOLEDO, PALOTINA E MARECHAL

Em Palotina, a estabilidade climática ajudou os agricultores. Segundo o presidente do Sindicato Rural Patronal da cidade, Nestor Arnaldi, na média, mesmo quem plantou a soja precoce colheu acima de 90 sacas por alqueire. “Na minha área, por exemplo, colhi 140. Os que plantaram antes tiveram essa diferença, mas na nossa região não foi tanto”, comemora. Já em Toledo, a situação foi pior. “Quem antecipou, esse ano perdeu”, resumiu o presidente do Sindicato Rural de Toledo, Nelson Natalino Paludo. Ele explica que os produtores que colheram a partir do dia 16 de janeiro começaram a ter melhores resultados. A mé-

ASSIS CHATEAUBRIAND

Não diferente das demais regiões do Estado, quem plantou antes do zoneamento em Assis, também perdeu. “Todo ano ocorre o mesmo erro. O produtor se adianta pensando no milho safrinha. Teve gente aqui que poderia ter colhido 50 sacas a mais por alqueire, mas acabou perdendo. Sabe quando eles vão recuperar isso no milho safrinha? Nunca”, lamenta o gerente da Emater do Município, João Carlos Taschetto. Segundo Taschetto as áreas mais afetadas foram pequenas propriedades próximas ao Rio Piquiri, que colheram 60 sacas por alqueire. “No geral, houve uma diminuição no crescimento de quem antecipou, aliado à seca. Mesmo assim, o pessoal afetado está colhendo entre 70 a 100 por aqui”, informa. Apesar da má notícia, Taschetto acredita que a produtividade geral da cidade não será afetada.

Paludo, presidente do Sindicato Rural de Toledo: “Quem antecipou, esse ano perdeu”

MEDIANEIRA E REGIÃO

De acordo com o engenheiro agrônomo responsável pelo setor técnico da Cooperativa Lar, Vitor Hugo Zanella, vários pontos da região de abrangência da agroindústria tiveram problemas no crescimento e desenvolvimento da planta, em decorrência da pouca chuva registrada nos meses de outubro e dezembro. “Tecnicamente, não recomendamos o plantio precoce, mas quem o fez, teve problemas”, conta. Mesmo assim, a média de colheita é melhor que em outras localidades, com 80 a 90 sacas por alqueire. Ele disse que as perdas vão afetar o potencial da Cooperativa como um todo, mas não significativamente. O presidente do Sindicato Rural de Medianeira, Ivonir Lodi, conta que 30% dos proFevereiro / Março de 2015

dia na região, de acordo com ele, variou de 70 a 120 sacas por alqueire. “A antecipação do plantio, já pensando no milho safrinha, é comum. O problema é que a chuva não veio”, conta Nelson. Já em Marechal Cândido Rondon, que atende vários municípios da região, os problemas foram segmentados. “Tivemos dois locais que choveram regularmente, como em Quatro Pontes e um distrito pequeno de Marechal, chamado Novo Três Passos. Já em Porto Mendes e praticamente toda a região beira lago a colheita foi péssima”, relata o presidente do Sindicato Rural de Marechal, Valdemar Kaiser. O presidente conta que alguns produtores chegaram a colher 50 sacas por alqueire. “Boa parte já acionou o seguro, porque assim nem o custeio é pago”, lamentou. De acordo com o Sicredi, alguns seguros foram acionados, mas o número é normal e não causa preocupações.

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ABERDEEN ANGUS

Maior adaptação é um dos diferenciais Líder entre as raças européias, se destacando na pecuária nacional, animais da região Oeste estão mais adaptados ao clima Uma carne de altíssima qualidade, apreciada e valorizada pelo consumidor e que traz resultados acima da média para os produtores que nela investem para o melhoramento do seu rebanho. De origem européia, o Angus vem sendo selecionado e melhorado desde 1800, em diversas regiões do mundo. No Brasil chegou em 1906, vindo do Uruguai. Graças as suas qualidades a raça atingiu na última década a posição de liderança entre as raças européias na preferência dos criadores, sendo na comercialização de sêmen como na venda de reprodutores. Segundo o agropecuarista Agassiz Linhares Neto, atual presidente do Núcleo de Criadores Angus do Oeste do Paraná, entidade ligada à Associação Brasileira de Angus (ABA), o grande objetivo dos associados do Núcleo Regional de Criadores Angus é valorizar, entre outras, a qualidade dos touros produzidos no Oeste do Paraná: a adaptação as nossas condições. “Hoje, se o produtor adquirir um touro dos estados mais frios do sul, por exemplo, esse animal precisará de tempo para se adaptar as condições de nossa região como clima , as

pastagens de Braquiaria resultando numa média de 10% a 15% de perdas ou perca de desempenho.” Os touros produzidos na região Oeste já são adaptados. Através dos anos de seleção genética, os animais que não tem essa característica de adaptação já foram descartados dos nossos rebanho”, ressalta. “Assim conseguimos comercializar reprodutores mais adaptados ao calor da região Oeste e Norte do Paraná, Sul do Mato Grosso do Sul e Oeste de São Paulo”, diz. Agassiz trabalha com seleção genética na Cabanha Três Meninas, em Cascavel, desde 2004 e destaca as vantagens da raça para o produtor que deseja melhorar seu rebanho através do cruzamento industrial. “Quem compra touros PO com registro e com qualidade genética comprovada vai ter bezerros muito mais valorizados. O resultado será ganho de peso rápido, sobrepreso na hora de vender e um adicional de 8% até 20% na comercialização”, afirma o produtor, Os ganhos próximos a 20% é para o criador que optar pelo Programa Carne Certificada da ABA, que visa a produção de carne de alta qualidade em frigoríficos certificados, mas o simples fato de ser meio sangue Angus já valoriza a carne em 10% na média em qualquer frigorífico. Nos bezerros desmamados a diferença em qualquer leilão hoje é de 15% a 30 %. “Já dentro das normas do Programa de Certificação Angus o criador tem uma valoriza-

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ção ainda maior, pois aquele que se compromete a entregar cargas regulares por mês durante o ano inteiro tem no final do ano, um prêmio adicional de 2% a 4%”, ressalta. Mas o produtor alerta que não basta que o touro seja registrado com origem genética. “O fato de ser registrado não garante totalmente a qualidade do animal. Ao adquirir um reprodutor Angus, deve-se escolher animais de boa procedência, de criadores que fazem seleção genética, que façam acasalamentos direcionados, que avaliam as fêmas para utilizar um touro mais adequado. Na nossa cabanha, selecionamos animais para fertilidade, ganho de peso e características raciais, sempre avaliando e descartando os indivíduos inferiores”, salienta. PRECOCIDADE E GANHO

Outra característica dos bezerros Angus é que são muito precoces, chegando com idade de abate antes mesmo dos 15 meses, com uma carcaça no ponto ideal de acabamento de gordura, nem fina nem grossa e tendo “ marmoreio”, ou seja, uma gordura entremeada na musculatura do animal. É isso que faz a carcaça ser tão valorizada no frigorífico, pois é uma carne difereciada em termos de sabor e maciez para o consumidor final. “Assim, o criador que deseja maior rentabilidade um ganho maior e eficiência no seu rebanho encontra a solução no cruzamento com Angus”, ressalta o agropecuarista. Fevereiro / Março de 2015


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FINANCIAMENTOS AGRÍCOLAS

Manutenção dos juros “salva” início do ano Concessionárias respiram mais aliviadas com a decisão do Governo Federal de manter até junho as taxas de juros para financiamento do Programa Moderfrota O mercado recebeu com bons olhos o anúncio feito no fim do ano passado sobre a manutenção das taxas de juros para financiamento do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) até junho de 2015. A decisão foi tomada em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN). O momento para a compra de equipamentos é agora no início de 2015, quando começa nova safra e isso já reflete nas revendedoras da região. Após o período, os juros certamente aumentarão. Com a decisão, as taxas efetivas de juros serão mantidas em 4,5% ao ano para o produtor rural cuja renda anual é de até R$ 90 milhões e 6% ano ano para quem tem renda superior a esse valor. Os prazos de reembolso mantiveram-se em até 8 anos para aquisição de itens novos e em até 4 anos para os usados. O gerente de vendas da Metropolitana Tratores, Odail Moraes, afirma que a notícia salvou “pelo menos metade do ano”. Segundo ele, no fim de 2014 as expectativas eram muito ruins para 2015, sem mencionar o fim das linhas de crédito disponíveis para o segmento. A permanência dos juros aqueceu o mercado novamente. “Sairíamos de juros de 4,5% para 7%, o que representa um aumento de mais que 60%. Isso deve influenciar diretamente no interesse do produtor, que agora teve um ânimo. A notícia já refletiu no movimento da loja e quem não planejava comprar algum equipamento este ano, deve antecipar para o primeiro semestre, para aproveitar a taxa baixa”, analisa. Donizette Alves Pereira, proprietário da Implesul, concessionária Stara, também recebeu a notícia com euforia. “Estávamos preocupados e agora no primeiro semestre vamos

A tendência é de que o Moderfrota ocupe o espaço do PSI-BK Rural, que teve aumento dos juros

ANTÔNIO LUIZ MACHADO Coordenador de analises do MAPA

César Bonato: “Antes do anúncio nossas estimativas eram queda de 40% nas vendas”

correr atrás dos clientes e tentar fechar o máximo possível de vendas”, diz. Ele informa a todos os interessados em adquirir um equipamento que “agora é a hora” e que condições de negócio assim não devem mais existir. “Por isso, convidamos todos os interessados para nos visitar no Show Rural e conhecer os lançamentos da Stara 2015”, completa. Cesar Bonatto, gerente da Shark Tratores

Valtra, acredita que negócios com grandes valores devem ser fechados agora, devido à influência dos juros. Antes do anúncio, a estimativa era de que as vendas caíssem 40%. “Para as vendas do primeiro semestre, nosso termômetro será o Show Rural”. Já para segundo semestre, Bonatto espera que as entidades que representam as revendas busquem um acordo com o governo federal. O diretor comercial da rede Camagril, Cesar Luiz Coser, revelou também que no fim do ano passado era de apreensão nas empresas. “Antes do anúncio, já ponderávamos que o primeiro trimestre de 2015 seria muito comprometido e talvez até o segundo. Quando ocorrer o aumento de juros, o consumidor opta por não comprar em primeiro momento ou demora a assimilar”, raciocina.

Como funciona o Moderfrota Com o Moderfrota, o agricultor pode financiar a compra de itens novos, entre eles, tratores e implementos associados, colheitadeiras e suas plataformas de corte, além de equipamentos para preparo, secagem e beneficiamento de café. É possível financiar ainda a compra de itens usados como tratores e colheitadeiras com idade máxima de 8 e 10 anos, respectivamente, pulverizadores autopropelidos e plantadeiras e semeadoras, com idade máxima de

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5 anos. O limite de crédito é de 90% do valor dos bens objeto do financiamento, sendo que, para produtores que são beneficiários do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), o limite será de 100%. Além do Moderfrota, o PSI-BK Rural também é outra linha de financiamento disponível (com juros mais altos agora). Já para os pequenos, o Pronaf Mais Alimentos é a linha de financiamento atual. Fevereiro / Março de 2015


Odail Morais: “Esse anúncio no final do ano salvou o primeiro semestre”

César Coser: “Esperamos que a notícia impulsione negócios no Show Rural”

Donizete Pereira: “Estávamos preocupados”

Coser explica que a manutenção dos juros do Moderfrota trouxe um alento para o segmento, pois oportuniza para aqueles que não adquiriram ou não pretendiam, a comprar novos equipamentos. “Veio em boa hora para poder impulsionar os negócios no Show Rural”, reforça. Porém, o diretor comercial disse esperar celeridade do governo federal em assinar a

circular que finaliza e oficializa as mesmas taxas de juros até junho de 2015 e que a quantidade de recursos disponibilizados seja divulgada e seja satisfatório, para que assim possam ser feitas estratégias de venda.

zados para o Moderfrota, somente R$ 9,1 milhões foram aplicados até novembro último. Ele explica que com o aumento dos juros do PSI-BK Rural, que disponibilizou inicialmente R$ 5,5 bilhões e as aplicações do programa somaram R$ 5.639,3 milhões até novembro último, a tendência é que o Moderfrota agora ocupa esse espaço. “O financiamentos do Moderfrota deverão aumentar significativamente

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ANÁLISE

Segundo o coordenador-geral de análises econômicas do Mapa, Antônio Luiz Machado de Moraes, dos R$ 3,75 bilhões disponibili-

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ZENI MOTORS

Toyota mostra linha Etios mais completa Com novos itens de conveniência e design, a nova linha Etios 2015 cai no gosto do consumidor A Toyota apresenta a linha Etios 2015 com novos itens de conforto e conveniência, ao encontro da demanda dos consumidores. Destaque para a versão topo de linha Platinum, que agrega central multimídia com navegador, câmera de ré, sistema com reprodução de DVD e TV digital. A família Etios conta com nove versões, sendo cinco hatchbacks e quatro sedãs, para atender aos diversos perfis de clientes que prezam pelos reconhecidos pontos fortes do produto, como excelente desempenho, economia de combustível, amplo espaço interno, segurança e qualidade, durabilidade e confiabilidade da marca Toyota. Desde o seu lançamento, em setembro de 2012, o Etios tem se destacado pelo baixo custo de manutenção, de peças e de reparo, e também apresenta os preços de seguro mais competitivos entre os hatchbacks compactos. Segundo o ranking do Car Group do Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária), que compara veículos quanto à facilidade, rapidez e custo de reparo em caso de colisão, o Etios está posicionado entre os primeiros, em ambas as carrocerias. A Toyota e o Banco Toyota realizaram levantamento sobre o valor médio do seguro no segmento de carros compactos. O resultado mostrou que

o Seguro Toyota para o Etios possui um dos preços mais baixos da categoria. Contribuiu para a análise o fato de o modelo contar com baixo índice de roubo, sinistro e custo de reparo. Foi considerado o perfil do condutor em torno de 25 anos, que reside na região central da cidade de São Paulo e possui um Etios XS hatchback. A linha Etios 2015 se apresenta nas versões X, XS, XLS e Platinum, nas carrocerias hatchback e sedã, com transmissão manual de cinco velocidades e motores de 1.3L (versão X) e 1.5L (demais versões) 16V Flex . Todas as versões do sedã contam com a motorização 1.5L 16V Flex. Há ainda a versão Cross, disponível na carroceria hatchback, com motorização 1.5L 16V Flex, equipado com transmissão manual de cinco velocidades. Toda a gama Etios, desde a versão X, oferece uma lista de equipamentos, única em modelos de entrada, composta por air bag duplo frontal e freios ABS com EBD (distribuição eletrônica de frenagem), cinto de segurança com prétensionador e limitador de força, direção eletroassistida progressiva, ar condicionado, vidros e travas elétricos. ACABAMENTO INTERNO

A versão X, em ambas as carrocerias, oferece novo indicador do nível de combustível, que inclui também relógio digital, volante com o mesmo design do Novo Corolla 2015 e do Camry, acabamento em tecido nas portas e maçanetas com detalhes cromados. Traz ainda preparação para instalação de som

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na traseira, assento do motorista com regulagem de altura, alerta sonoro de portas abertas e faróis acesos e função “auto down” para o vidro elétrico do motorista. ETIOS XLS E CROSS

Como novidade adicional para as versões XLS e Cross, está o acabamento do volante revestido no padrão couro, bancos em padrão Comfort Drive e a adoção dos repetidores de seta nos retrovisores externos. Vale ressaltar que estas versões já possuíam acabamento diferenciado e itens exclusivos, como farol de neblina. PLATINUM

Lançada recentemente em junho, a Platinum, versão topo do modelo, já traz novidades em sua linha 2015. Destaque para a central multimídia com navegador, câmera de ré, sistema de reprodução de DVD e TV digital, controle do sistema de áudio e conexão Bluetooth®. Além disso, o modelo agrega todos os novos itens das demais versões. Na parte externa, o Etios Platinum destaca-se pelas rodas exclusivas de 15 polegadas, com acabamento escurecido, além de sensor de estacionamento na cor da carroceria, lâmpadas traseiras com máscara negra, grade frontal cromada, ornamentos cromados para os faróis de neblina e na base do portamalas e o emblema “Platinum”.

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AGRICULTURA DE PRECISÃO

Estação monitora o solo em tempo real A Overtech trouxe dos EUA para o Brasil a tecnologia dos sensores de monitoramento Hydra Probe, da renomada empresa norte americana Stevens Water Atuando no mercado há vários anos, a Overtech Soluções Tecnológicas é uma empresa brasileira, com sede em Cascavel, que atua em todo o país fornecendo soluções integradas, destinadas ao monitoramento ambiental, telemetria e hidrometeorologia, além do desenvolvimento de softwares para armazenamento, monitoramento e gerenciamento de dados. No ano de 2013, a Overtech, buscando ampliar os seguimentos de atuação, buscou parceria com a empresa ENERMAJE, fundada em 2008, com o principal objetivo de atender os mercados agrícola e aeroporturário. No segmento do agrícola, a Overtch trouxe com exclusividade ao Brasil o Hydra Probe, uma tecnologia da renomada empresa norte-americana Stevens Water para análise de solo em tempo real. O produto constitui-se basicamente por um conjunto integrado de sensores, coletores e transmissores de dados que operam automaticamente, alimentados por baterias conectadas a um painel solar”, explica Ronald E. Manz, geógrafo da empresa. A tecnologia já possibilitou que locais com clima árido, como Israel e Sul da Califórnia (EUA) tornassem suas terras produtivas para determinadas culturas. ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO

Os sensores são instalados em estações de monitoramento em porções representativas da propriedade rural, gerando assim vários dados, como umidade do solo, condutividade elétrica, temperatura (superficial ou profunda), precipitação, irradiação solar, direção e velocidade do vento, entre outros. Com esses dados, é possível a otimização do uso da água, evitando perdas na produtividade devido à irrigação tardia”, afirma

A área de atuação da empresa é em todo o Brasil

Características do produto O Hydra Probe vem com 5 anos de garantia e pode durar, instalado, até 20 anos ou mais. Existem sensores instalados durante os anos 90 que ainda estão e m op e ra ção. Por exemplo, sensores do programa SNOTEL, nas estações meterorológicas de Jackson, Bogus e Atlanta Peak, em Idaho (EUA), foram instalados em 1997 e ainda proporcionam dados de boa qualidade. Hydra Probe é um sensor mais preciso e mais durável. É um investimento que dará retorno a longo prazo, pois as medi-

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ções são melhores e o custo para repor os sensores é muito menor. Outro diferencial é que os tensiômetros e blocos resistores medem o potencial mátrico do solo e não diretamente a umidade do mesmo. Na América do Norte, o uso dessa nova tecnologia já é amplo. O Hydra Probe foi desenvolvido para ser utilizado na maioria dos solos. Sua calibração para solos francos já foi testada em Oxisols e tiveram um bom desempenho. Fevereiro / Março de 2015


Ronald. O geólogo explica outras vantagens, como a diminuição dos custos a longo prazo, que tendem a ter efeitos mais drásticos na produtividade, decorrente da irrigação exagerada, com a lixiviação de nutrientes importantes para camadas inferiores, ou até a perda irreversível de solo produtivo, devido à erosão laminar. O conhecimento das condições do solo em tempo real torna-se assim uma ferramenta essencial ao gestor, que busca otimizar sua produtividade, irrigando a quantidade certa, na hora certa. “Hoje, 69% da água consumida no Brasil é destinado à irrigação de culturas e estão sendo gradualmente implantadas ferramentas de controle de uso da água, conhecidas como Outorga de Uso”, afirma Ronald. O produto é um grande aliado para ser utilizado na agricultura de precisão, mapeando-se variabilidade do solo, plantas e outros parâmetros, resultando numa aplicação otimizada de insumos, diminuindo custos e impactos ambientais negativos, aumentando a produtividade e o retorno econômico, social e ambiental. E com a constante evolução tecnológica os custos para implantação da técnica ficam cada dia mais acessíveis e novos equipamentos surgem oferecendo mais vantagens e redução de custos.

Como fazer o monitoramento Através da programação apropriada é possível identificar exatamente quando a lavoura necessita ser irrigada ou quando o solo encontra-se saturado. Isso é possível por meio de sensores inseridos dentro do solo, em profundidades que variam conforme o tipo de cultivo. Para tanto deve-se considerar dois fatores principais: granuolometria do solo e tipo de cultivo. A variação granulométrica do solo determina sua capacidade de reter água e sua taxa de infiltração. De modo geral, quanto maior a granulometria menor sua capacidade de retenção e maior a sua taxa de infiltração. Concomitantemente, as plantas possuem diferentes capacidades de extração de água do solo (depleção máxima permitida - DMP), a profundidades variáveis. Isso implica que, mesmo o solo estando úmido, uma determinada cultura pode ser incapaz de “vencer” a força de retenção do solo, atingindo assim o ponto de murcha.

A Overtech oferece soluções tecnológicas em monitoramento ambiental, telemetria, hidrometeorologia, desenvolvimento de softwares para armazenamento e monitoramento e gerenciamento de dados Fevereiro / Março de 2015

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SUCESSÃO FAMILIAR

O planejamento ainda é a melhor estratégia Apesar de ser assunto polêmico, a melhor opção para preservar o patrimônio familiar, garantir harmonia e diminuir custos é discutir em vida a questão de sucessão na propriedade rural Discutir e planejar a sucessão dos bens, negócios ou empresas familiares continua ainda um tabu. Apesar de considerado por muitos um desrespeito e que deve ser tratado somente após a morte, algumas famílias tem quebrado esse paradigma e começado a discutir o tema em vida, o que só tem vantagens. Uma das opções mais utilizadas e recomendadas no mercado é a criação de uma Holding Familiar. Para quem não sabe, a holding é, resumidamente, uma administradora de bens ou uma empresa criada para administrar outras empresas, indústrias entre outras atividades. O contador Cláudio Luiz Brunetto orienta e auxilia as famílias interessadas nessa transição. “Esse trabalho é complexo no começo, pois envolve o convencimento da família, que precisa entender que a transferência dos bens para uma empresa, ou uma pessoa jurídica, facilita na hora que um deles vier a faltar. A decisão tem que ser antes, porque tudo custa muito caro depois da morte”, explica. Basicamente, é uma tentativa para que os bens permaneçam com os familiares.É criada uma empresa, é feita uma listagem das posses e elas são transferidas a essa nova pessoa jurídica. “Em transferências via inventário, na avaliação patrimonial se usa tabela que o Estado fornece para o pagamento dos 4% destinados ao ITCMD (Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações de quaisquer bens ou direitos) no valor atualizado do bem. Para a holding, mantêm-se o valor declarado no Imposto de Renda, não existindo assim ganho de capital e a tributação é feita numa base de cálculo menor”, explica Cláudio. A economia já torna a opção viável. Além disso, também há a segurança jurídica e patrimonial. “Elaboramos também um Contrato social, que estabelecerá todas as

Esse trabalho é complexo no começo, pois envolve o convencimento da família, que precisa entender que a transferência dos bens para uma holding facilita na hora que um deles vier a faltar.

CLÁUDIO LUIZ BRUNETTO Contador

regras da empresa, de acordo com a família. Nela constam como serão tomadas decisões, o gerenciamento e até prever a contratação de um administrador não sócio”, relata. “No

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Contrato também constam as regras em caso de saídas. Desta forma não há desfeita de algum bem, somente de cotas partes para outros sócios. Também inserimos a cláusula de incomunicabilidade, que serve para proteger os bens de parentes mais distantes”, completa. Mesmo com toda a segurança, nada é passível de blindagem. “Evita-se que cotas não sejam oferecidas por garantias, que sejam feitas penhoras judiciais do patrimônio, mas não há uma blindagem. Nós dificultamos que isso ocorra”. Para o ramo da agricultura e agropecuária, Cláudio também recomenda os serviços. “Os agricultores chegaram jovens aqui e hoje chegou a idade de agir. A holding não é só recomendada para os grandes produtores. Para o pequeno é até mais útil, uma vez que os altos custos são muito mais difíceis de arcar para eles”, recomenda. Quantos ao preço para a realização do serviço, ele varia de acordo com o patrimônio dos interessados. Fevereiro / Março de 2015


“O melhor resultado é a harmonia familiar”

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C O M U N I C A Ç Ã O

O médico veterinário nimo de relacionamento, o que Airton José Biezus é memnão ocorre em brigas judiciais”, bro de uma das famílias que opinou. “Nós precisamos queoptou pelo planejamento subrar o paradigma de somente cessório em vida. Hoje, ele é discutirmos a sucessão famio administrador da holding liar após a morte. Precisamos familiar que controla imóveis discutir esse assunto ainda em relacionados ao agronegócio vida”, resumiu Airton Biezus. no Paraná e na Bahia e recoO presidente do Sindicato menda o serviço. Rural de Cascavel, Paulo Orso, “Nos dias atuais uma também é favorável a medida, das grandes preocupações além de ser adepto e divulgador que as famílias têm que ter do tema. “Muita gente tem feito é com a sucessão familiar, e o caminho correto é esse para zelando pelos bens, pelas garantir a tranquilidade das fafinanças e pela harmonia da mílias”, salienta o dirigente. família. O rompimento dos Ele ressaltou como prinlaços familiares é inevitável cipais vantagens da criação de quando questões como essas Biezus: “Precisamos quebrar o paradigma de discutir sucessão somente uma holding familiar a proteção vão para uma disputa judi- após a morte” da propriedade, a passagem de cial, além de custarem mais bens sem brigas entre os here demorar muitos anos para serem resolvidas”, ternativa proporciona, o maior bem é a garantia deiros e a diminuição dos custos na nossa já analisa. da harmonia familiar. “Apesar de algumas vezes alta carga tributária. “No nosso setor, devíamos Para ele, entre os muitos benefícios que a al- alguém não concordar, é possível manter o mí- pensar cada dia mais nisso”, concluiu.


FEIJÃO

Poucos produtores rurais tiveram “coragem” de se arriscar no plantio de feijão

Safra das secas deve ter área 50% menor A primeira safra do feijão, ou “safra das águas”, na região Oeste registrou diminuição de 75% na área plantada e torna o produto uma incógnita no campo O cultivo de feijão continua uma grande incógnita no Brasil e também na nossa região. O alimento, presente quase todos os dias nas refeições, sofre com a instabilidade de demanda, oferta, do preço e também, em alguns casos, da instabilidade climática. O cenário aponta para mais uma diminuição de área cultivada da safrinha na nossa região, no entanto, há gente otimista no setor. Em 2013 e 2014, houve um gargalo na comercialização do feijão na região Oeste. Devido à grande quantidade de chuva, os grãos acabaram sendo danificados e perderam valor. Além disso, o excesso de oferta

despencou os preços. Poucos produtores conseguiram comercializar a mais do que cinqüenta reais a saca. Há casos extremos, sendo que alguns venderam as sacas a R$ 17. A média geral da comercialização em 2014 foi de R$ 78,33. Em 2013 o valor foi de R$ 149,58 e em 2012 R$ 137.As informações foram repassadas pelo Deral (Departamento de Economia Rural) do Núcleo Regional da Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento). A safra das águas ou primeira safra do feijão na nossa região registrou uma queda drástica em áreas: 9.178 hectares para 2.250, contabilizando uma diminuição de 75%. A tendência é que a segunda safra também registre queda. “A expectativa é uma diminuição de 50%”, informa a economista do Deral, Jovir Esser. Em 2014, a safra que é plantada em janeiro ou início de fevereiro detinha uma área de 21.370 hectares nos municípios que abrangem a área de atuação

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do Núcleo Regional da Seab. A tendência é que em 2015 o número não passe de 10 mil. O produtor e dono de uma empresa revendedora do grão, Izair Cláudio Orlando, conta que o cenário de 2014, com duas safras ruins e promessa de aquisição do governo descumprida, foi desmotivador. “Tem produtor com 3 mil sacos do ano passado que ofereceram R$ 15 por saco. Ele me perguntou se deveria vender e eu disse que não, mas ele não vai conseguir mais que R$ 30”, diz. “Em 2014, nem produtor nem comprador ganhou dinheiro”, completa. A realidade deste ano, porém, é diferente. A produtividade da nossa região foi boa (em média 80 sacas por alqueire) e alguns, que colheram grãos de qualidade, conseguiram R$ 150 por saca. “Mesmo assim, acredito que este ano a área plantada vai cair bastante. Quem não é plantador antigo de feijão não vai arriscar novamente”, vislumbra. Fevereiro / Março de 2015


2014 foi péssimo tanto para os compradores quanto para os produtores de feijão OTIMISMO

Contraindo o cenário e os resultados recentes, há gente otimista no campo do feijão. Um deles é o agricultor Nero Paganini. Com experiência de 19 anos plantando o grão no cerrado, Nero cultivou uma área de mais de 20 alqueires em sua propriedade, no dis-

trito cascavelense de Espigão Azul, e colheu 90 sacas por alqueire. “Esperava até mais”, comenta. Como também é produtor de sementes, Nero plantou o grão porque houve uma grande diminuição de área na região. Ele acredita que opções arriscadas são as que mais são

possíveis de ganhar dinheiro. “Já perdi muito feijão, mas isso não quer dizer que não vá plantar na safrinha. Colhi bem nesta safra e um feijão de ótima qualidade. É possível, se tudo der certo, vender esse feijão a R$ 200 a saca”, diz.

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EVENTO

Dia de Campo C-Vale reúne agricultores média diária de 50,24 litros. Silvone de Souza, de Terra Roxa, ganhou na categoria vaca adulta ao inscrever um animal que rendeu 57,86 litros dia, em média. Enoir Pelizaro, engenheiro agrônomo responsável pelo campo experimental da C.Vale e pela área de assistência técnica da empresa, afirma que o objetivo da feira é levar informação ao produtor e gerar alguns questionamentos, que são extremamente importantes. “O produtor não vem aqui só buscar soluções, mas vem buscar dúvidas para que ao longo do ano, com a área técnica da C-Vale, busque soluções para seus problemas e produza mais gastando menos”, diz.

Cerca de 13.400 pessoas passaram pelo Centro de Experimental nos dias 13, 14 e 15 de janeiro A principal marca do Dia de Campo de Verão da C.Vale foi o interesse dos associados pelas novas tecnologias. O presidente da cooperativa disse que o acesso às inovações ajuda a melhorar o desempenho das atividades agropecuárias. “Os produtores vieram procurar novas cultivares, novas máquinas. Quem ganhou foi quem esteve no Campo Experimental”, resumiu Alfredo Lang. Aproximadamente 13.400 pessoas passaram pelo Campo Experimental de 13 a 15 de janeiro, segundo os organizadores. No segmento máquinas, as principais atrações foram uma colhedora de mandioca, lançada nacionalmente durante o Dia de Campo, e uma colheitadeira Claas para produção de silagem em grande escala. Eventos paralelos fizeram parte do Dia de Campo. Na Mostra da Bezerra, a Reservada

Enoir Pelizaro: “Objetivo é levar informação ao produtor”

Grande Campeã foi um animal de Valdemar Pedrini, de Francisco Alves. O título de Grande Campeã ficou com um animal da Granja Qualytá, da Família Araldi, de Palotina, que também venceu como Melhor Expositor. Também foram premiados os animais com maior produção de leite. Idílio Dalastra, de Palotina, venceu com uma vaca jovem que produziu a

NOVIDADES

Um dos lançamentos da feira foi a colheitadeira de mandioca da MIAC Máquinas Agrícolas, empresa especializada em máquinas para colheita de amendoim, feijão, café e agora mandioca. A sede da indústria está localizada em Pindorama, norte do Estado de São Paulo. “A nossa primeira venda aconteceu aqui no evento. A nossa expectativa de comercialização é muito boa no Brasil e aqui, tendo em vista a importância da C.Vale, em-

O evento acontece anualmente no Centro Tecnológico da C-Vale em Palotina

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Fevereiro / Março de 2015


uma complementação a cocho”, explica o supervisor de vendas Carlos Augusto Ruschel. A outra máquina que chamou bastante atenção na feita foi a Rotormix Mini, também da Casale. Ela é voltada para o arrasto, servindo como misturador de dieta. “A grande vantagem é que ela tem uma homogeneidade muito grande e uma balança que faz todas as dosagens. Ela já está há um ano no mercado e temos uma aceitação muito grande, pois traz a tecnologia do grande para o pequeno produtor”, complementa Ruschel. VISITANTES

Francisco Carlos da Silva: “vim para olhar e aprender um pouco”

Maria Aparecida: “Hoje vim aprender e levar informação para meus vizinhos”

presa sólida que têm cooperados que cultivam mandioca”, declara o gerente de marketing da MIAC, Luiz Antonio Vizeu. O outro lançamento na região sul do País foi feito pela Casale, focando na bovinocultu-

ra. A indústria é de São Carlos – SP e está há 50 anos no mercado. A novidade é um distribuidor de ração para semi-confinamento. “Ele distribui ração e sal proteinado para quem trabalha com vaca e boi pastoreando e para

O agricultor Francisco Carlos da Silva, proprietário de uma fazenda em Terra Boa, afirmou estar muito satisfeito com o evento. “No momento eu vim mais para olhar e aprender um pouco sobre as novidades”, disse. Proprietária de uma pequena área em Quinta do Sol, a agricultora Maria Aparecida Andrade visitou a feira com o objetivo de ver novas variedades de plantio. “Também vim conhecer a mandioca doce, que pretendo plantar. Hoje vim aprender e levar informações novas para meus vizinhos”, conclui.

Plantadeira de mandioca da MIAC (SP) e distribuidor de ração para semi-confinamento da Casale (SP) foram lançamentos no evento

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CULTIVARES DE MILHO

Empresa aposta em híbridos de ciclo curto

Resultado de anos de pesquisa, os novos híbridos da empresa tem alto potencial produtivo

A Melhoramentos Agropastoril apresenta aos produtores rurais suas novas cultivares de milho voltadas à safrinha A Melhoramento Agropastoril Ltda, é uma empresa de pesquisa e genética de milho, sediada em Cascavel- PR, que desenvolve cultivares há mais de 10 anos e tornou-se conhecida pelos seus cultivares de soja e licenciamento de híbridos e linhagens de milho. A empresa é constituída pelos engenheiros agrônomos Agassiz Linhares Neto, Luiz Ricardo Pereira e Fernando Luiz Rocha Pereira. No ano de 2013 a empresa ficou internacionalmente conhecida pela venda do seu banco de germoplasma e seus cultivares de soja para a Bayer S.A. Desde então, a Melhoramento Agropastoril concentra seus esforços no programa de melhoramento de milho, contando hoje com dois melhoristas: PhD Luiz Ricardo Pereira e mais recentemente, Dra. Larissa Macedo Winkler Doer; continuando com o licenciamento de híbridos e conduzindo a empresa para a comercialização da sua marca própria no mercado. O diretor da empresa, Agassiz Linhares Neto, apresentou dois novos lançamentos de cultivares para este ano: o híbrido AM 997, voltado à safrinha, altamente produtivo e com muita sanidade e comercializado

Teremos ainda para 2016 novos lançamentos de variedades que fazem parte da nova geracão, com potencial produtivo altíssimo e excelente sanidade de grão.

AGASSIZ LINHARES NETO Diretor da Melhoramento Agropastoril

O MS 3022 tem previsão de venda de 12 mil sacas se sementes para a safrinha

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no MT, MS e Goiás; e o híbrido MS 3022, desenvolvido em parceria com a SEMILHAS e com previsão de venda de 12 mil sacas de semente na safrinha de 2015. “Sempre focamos em licenciamento, como com o híbrido super precoce AM 606, que é plantado no Paraguai”, disse Agassiz. Segundo o engenheiro agrônomo, a Melhoramento Agropastoril planeja para o próximo ano o lançamento de mais três híbridos, que já estão prontos. “Esses lançamentos de 2016, fazem parte da nova geração de produtos da empresa com potencial produtivo altíssimo e excelente sanidade de grãos. Temos certeza que eles entrarão no mercado atendendo às necessidades do produtor, no que diz respeito a produtividade, sanidade e ciclo”, afirma. Fevereiro / Março de 2015


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PARANÁ

Franceses fazem visita a propriedades rurais

Os agricultores franceses visitaram o Estado em busca de aprendizado

Grupo que visitou as cidades de Londrina, Maringá, Cascavel, Paranaguá, Curitiba e Foz do Iguaçu foi recebido pelos diretores do Sindicato Rural de Cascavel Em visita ao Paraná, um grupo de agricultores franceses esteve em Cascavel no mês de janeiro, em uma espécie de turismo rural especializado. Os homens do campo visitaram o Estado com o objetivo de conhecer, aprender e levar experiências na bagagem de volta à Europa. O grupo de 25 pessoas, originários da região conhecida como Rhône-Alpes, em Lyon, viajou por 10 dias pelo Paraná e visitou as cidades de Londrina, Maringá, Cascavel, Curitiba, Paranaguá e Foz do Iguaçu. Nessas cidades eles conheceram o Ministério da Agricultura, sindicatos rurais, cooperativas, o Porto de Paranaguá, a Ocepar e vários tipos de propriedades rurais. A propriedade escolhida foi a de Cezar Luiz Dondoni, especializada e referência no ramo de gado de leite. A área possui 24 hec-

O produtor rural Cezar Luiz Dondoni recebeu os visitantes em sua propriedade

Professor Michel: “Iintervenção do governo é muito maior na França”

tares, 104 vacas e 50 em período de ordenha. A produção em média é de 28 a 30 litros por vaca, totalizando 1.400 litros por dia. Os franceses “bombardearam” Cezar com perguntas de toda a natureza, uma vez que a maioria deles é produtor de leite na França. Cezar ficou muito feliz com o dia atípico. “Eles são muito curiosos e gostei muito do

interesse deles em conhecer como funciona o nosso sistema. Agora, já estou pensando em ir para lá conhecer como eles trabalham”, disse. Durante a visita, o Sindicato Rural Patronal de Cascavel fez uma breve explanação sobre como funciona seu trabalho. A ideia foi mostrar organização política não partidária da

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Paulo Vallini fez uma apresentação do Sindicato Rural

entidade, que sempre defende acima de tudo os interesses dos homens do campo. O secretário executivo do Sindicato, Paulo Vallini, disse que a vinda dos franceses é importante. “Se eles estão vindo, quer dizer que estamos chamando a atenção. É muito saudável essa troca de experiências”, reflete. IMPRESSÕES

Os franceses, de um modo geral, ficaram muito impressionados com a grande quantidade de área verde que nosso Estado possui. Também os impressionou a quantidade de funcionários da propriedade (quatro), fato totalmente impossível no país deles, já que os salários são muito maiores, o que invia-

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Sistema de ordenha foi alvo da curiosidade dos franceses

bilizaria o negócio. A sucessão rural, assim como no Brasil, também ainda é um problema para eles, que fizeram questionamentos sobre como o tema é tratado aqui. Além de tudo isso, outros fatores os impressionaram. “A principal diferença são as duas safras e até três, que não temos lá. A produtividade é a mesma, mas nós trabalhamos somente com uma safra e a realidade aqui é diferente”, comenta o presidente do Sindicato Jeunes Agriculteurs (Jovens Agricultores) de Rhône-Alpes, Adrien Bourlez. A VIAGEM

A viagem foi a formatura de um curso de especialização feito pelos jovens agricultores

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de Rhône-Alpes , com duração de um ano e meio. De acordo com o professor de Economia Michel Guglielmi, que acompanhava o grupo, o objetivo da visita foi aprender novas práticas e técnicas agrícolas; conhecer as variações climáticas e de safra; entender e conhecer a política e as legislações agrícolas do Brasil e entender melhor os acordos internacionais do ramo alimentício. Segundo ele, o que lhe mais chamou atenção foi a diferença de foco do País, onde o agronegócio é um dos carros-chefes do PIB e a pouca intervenção governamental na agricultura, já que na França ela é muito mais densa.


GOTA D’ÁGUA

Lavanderia sustentável inova mercado regional

Cada mínimo detalhe da estrutura da lavandeira foi pensado levando em conta a sustentabilidade e a economia de energia

A Gota D’Água é uma lavanderia industrial que reaproveita toda a água utilizada no processo de limpeza para a irrigação de pastagens A Gota D’Água Lavanderia Industrial iniciou suas atividades em 2014 e já está em plena expansão. A empresa de sistema de higienização é especializada no processamento de roupa industrial (uniformes, EPI’s, jalecos, roupas de segurança) e está preparada para atender hospitais, cooperativas, frigoríficos entre outras empresas de grande porte. O diferencial é o trabalho sustentável, reaproveitando toda a água e seguindo todos os padrões legais e ambientais. “É integração lavoura-industria”, diz Jairo Frare, um dos proprietários. Atendendo a uma exigência e tendência de mercado, a Gota D’ Água foi implantada para ser modelo em prestação de serviços com eficiência e alto padrão de qualidade na área de lavagem e processamento de roupas da indústria. O trabalho envolve todas as etapas do processo de higienização das roupas, bem como seu recolhimento e entrega nas condições solicitadas pelo cliente. O processamento e higienização das roupas podem,

Jairo: “Nossa lagoa de tratamento tem capacidade para armazenar 5.000 m3 de água”

caso o cliente prefira, serem executados nas dependências e instalações da lavanderia ou da própria empresa do cliente. A água utilizada na lavagem das roupas é extraída do sub-solo e após seu uso é tratada em uma moderna estação de tratamento de efluentes e depois reutilizada em irrigação. Concebida para atender a região, a empresa tem capacidade final instalada de

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15.000 kg de roupa lavada por dia (uma das maiores do Paraná). Está localizada a 500 metros do aeroporto de Cascavel, em uma área de 24.000m2, com uma área civil construída de 2.000 m2 e mais 2.000 m2 de tanques de tratamento de água. A empresa também possui uma área de reserva ambiental de 4.000 m2. De acordo com Jairo, a empresa é regulamentada no IAP (Instituto Ambiental do Fevereiro / Março de 2015


Paraná), prefeitura, órgãos de fiscalização sanitária, e demais órgãos da saúde estaduais, federais e municipais. As normas são atendidas na ponta do lápis, como, por exemplo, a separação por barreira sanitária, que o evita o cruzamento de roupas limpas com sujas. “Lembramos que em um futuro próximo, as exigências ambientais serão mais rigorosas, o que inviabilizará a manutenção de lavanderias dentro das empresas sem o devido tratamento. Por isso o caminho mais econômico e ambientalmente correto é a terceirização. O nosso diferencial é o trabalho sustentável”. TRATAMENTO DOS EFLUENTES

Após ser utilizada na lavagem de roupas, a água é enviada à estação de tratamento, onde passa por várias etapas. Primeiro, no tanque de equalização, onde bombas agitam água em homogeneização do líquido para analisar o PH e a composição química. “Assim, vemos a quantidade e quais produtos precisamos utilizar no tratamento”, explica Jairo. A próxima etapa são os tanques de floculação. Depois, é enviada para os tanques de decantação. “Na decantação, o barro e a parte mais pesada vai para o tanque de lodo e passa por um processo específico. O restante, que é a água limpa, vai para filtros de carvão ativado, areia, pedra entre outros e depois vai para o tanque do reuso. Em seguida, vai para a lagoa de reuso”, detalha. Além de receber o líquido tratado, a lagoa, que tem capacidade para armazenar 5 mil metros cúbicos, também recebe água da chuva. A área da empresa foi terraplanada em declive e nada é desperdiçado. A chuva é captada por drenos espalhados pelo terreno. “Depois, o que temos na lagoa é destinado à irrigação agrícola. Toda a água é reaproveitada e nada é desperdiçado”, informa Jairo. Exemplo em funcionamento sustentável, a Gota D’Água também trata o esgoto produzido no local. A estação de tratamento dos dejetos foi construída embaixo do canteiro de flores,

A água utilizada é reaproveitada na irrigação de pastagens na propriedade

localizado no pátio da indústria. É feito todo o processo bacteriológico, de decantação e tratamento e em seguida infiltração no solo, não chegando aos córregos e riachos. O projeto sustentável foi alvo de elogios do IAP, sendo aprovado com louvor e deve ser tomado como exemplo para outras indústrias de diversas categorias. CALDEIRAS

É difícil encontrar uma empresa 100% sustentável no mercado. Se existe alguém mais próximo, é a Gota D’Água. Até as chaminés das caldeiras contam com filtros especiais de retenção de fuligem e fumaça o que garante a não contaminação do ar com partículas de emissão da queima da lenha. Quer mais? A indústria também economiza energia. As paredes da lavanderia contam com farta ilu-

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A indústria vem suprir uma tendência do mercado, que é a terceirização dos serviços de lavanderia. Adotando a terceirização, sua empresa pode concentrar seus recursos na área em que é especializada, primando pela qualidade do atendimento e competitividade de mercado. O mecanismo reduz os custos com mão de obra especializada, encargos, responsabilidade fiscal, equipamentos, manutenção, material químico, água, energia, embalagens e aproveitamento da área física para outros fins. O custo final do produto pronto, com certeza é menor que o seu atual. Faça a conta!

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REFLORESTAMENTO

Cedro australiano conquista espaço A espécie, que está cada vez mais presente na região Oeste, promete ser uma alternativa tão boa quanto o pinus ou eucalipto

Quando o assunto é reflorestamento, é automática a associação com o cultivo de pinus ou eucalipto, já consolidados no mercado e bem quistos pelos proprietários de áreas de terra. No entanto, há opções tão boas quanto, mas ainda desconhecidas pela maioria. Uma delas é o cedro australiano, que está cada vez mais presente na região e vem ganhando espaço. Cultivar cedro australiano é um investimento com potencial promissor, mas ainda com riscos. Sua madeira é muito semelhante à do cedro nativo no Brasil, também conhecido como cedrinho. Por ser uma madeira nobre e com destinação certa às serrarias, o cedro foi por muitos anos a “menina dos olhos” da indústria moveleira, até que as árvores começaram a sumir do mapa. O parente australiano tem as mesmas características, sendo leve, avermelhado e fácil de ser cortado. “Para nós, do ramo, ela é entendida como uma espécie em potencial”, afirma o engenheiro florestal do Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) de Cascavel, Anderson Wagner Pezzatto. No entanto, Anderson acredita que a ausência de madeiras nobres no mercado faça o cedro ganhar cada vez mais espaço nos reflorestamentos brasileiros. “Acredito que ele possa se consolidar. Em investimentos de longo prazo, sempre temos que tomar cuidado, porém, o cedro tem sido muito procurado por quem quer fugir do convencional”, diz. O preço pode chegar a muito mais que o pago pelo metro cúbico do eucalipto, podendo alcançar a cifra de R$ 2 mil. A árvore tem um rápido crescimento – em média 15 anos – e com o manejo correto, como poda, plantio com orientação profissional, limpeza da área e adubação, pode ficar ainda mais bem preparada. “Também temos que levar em conta o melhoramento genético que ele tem passado nos últimos anos, que é fundamental. A dica é procurar

As árvores do cedro australiano tem crescimento rápido, em média 15 anos

Ele ainda não é um substituto do eucalipto que é muito importante. A maioria prefere o cultivo mais rápido, mas quem tem tempo para esperar, é compensatório.

DIANÊS APARECIDA DUARTE Diretora da Ipê Florestal

viveiros credenciados”, adiciona o engenheiro florestal. Proprietária da Ipê Florestal, Dianês Aparecida Duarte Zuanazzi está a cinco anos produzindo mudas da espécie. Ela concorda com Anderson e conta que o cedro “gringo” ga-

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nhou espaço com a escassez das chamadas madeiras de lei, mas afirma que a opção ainda passa despercebida pela clientela. “Ele ainda não é um substituto do eucalipto, que é muito importante. A maioria dos clientes prefere o cultivo mais rápido, mas quem tem tempo Fevereiro / Março de 2015


Anderson: “Cedro também é opção no sistema agrosilvopastoril”

Área com cedros australianos plantados há seis meses, em meio ao cultivo de feijão em Capitão Leônidas Marques

para esperar, é compensatório”, explica Dianês. As mudas são o dobro do preço das do eucalipto (R$ 0,50) e que Dianês conta que a espécie também é muito procurada para o sistema agrosilvopastoril. No Iapar, por exemplo, há árvores plantadas e elas são recomendadas pelo Instituto, também para a lida com o gado como para reflorestamento. O empresário Guido Bresolin foi um dos primeiros a plantar cedros na região. Algumas árvores já têm 20 anos, mas não foram cortadas e servem como fonte de sementes. “Ainda não sabemos como o mercado vai aceitá-las. As minhas destinadas a corte tem mais ou menos oito anos. Creio que ela

precise de uns 15 a 20 anos de vida para chegar de 30 a 40 centímetros de diâmetro, tamanho ideal”, relata. DESVANTAGENS E VANTAGENS

Locais onde ocorrem constantes geadas não são indicados para o plantio. “Já vi as famosas sapecadas, mas nunca vi morrer. Como geralmente as geadas acontecem no fim do inverno, a resposta ou o arranque de crescimento que ocorre na primavera fique um pouco prejudicado, mas não é nada grave, como nos mognos africanos, onde a geada prejudica muito”, explica Anderson. “Em locais assim, nós nem sugerimos o plantio”, reafirma Dianês.

Por outro lado, Anderson informa que a árvore australiana é mais resistente às pragas. “O nosso cedro brasileiro tem uma praga chamada Hypispyla grandella e no cedro australiano ela não pega, embora sejam da mesma família”, explica Anderson. Também conhecida como broca-do-cedro, a praga é uma grande ameaça, uma vez que as larvas do inseto escavam e destroem o broto em mudas e em árvores novas. Anderson também planta em uma pequena área, voltada para o sistema agrosilvopastoril. Segundo ele, os interessados na cultura têm aumentado gradativamente nos últimos anos.

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DIAMANTE

O caçula dos distritos rurais de Cascavel O menos conhecido dos distritos de Cascavel, Diamante surpreende pela grandiosidade e pela diversidade de produção Ofuscado pelas localidades mais conhecidas, o distrito de Diamante, o caçula dos distritos de Cascavel, surpreende pela grandiosidade e pela diversidade de produção. Detentor de uma área de 25.497,74 quilômetros quadrados, a região engloba 14 comunidades e é o lar de mais de 400 famílias. Dentre as comunidades estão a Linha Peroba, Jangada Taborda, Jangadinha, Jangada Sede, São Mateus, 47, Gramadinho, Linha Cascatinha entre outros. A paisagem, em uma boa parte do distrito, é de muito verde e regiões declivosas, o que favorece a criação de gado. A região é tão grande que parte próxima do Aeroporto de Cascavel, faz divisa com os município de Santa Tereza e Lindoeste e também com o distrito de Juvinópolis. O agricultor Jonas Dall Agnol é o subprefeito do distrito e mora na região há mais de 50 anos. A sede administrativa, porém, continua sendo a sua própria casa, uma vez que o escritório ainda não existe. De estrutura física do distrito, há um pequeno espaço onde estão erguidas a Igreja, um salão comunitário e um campo de futebol. Em outro ponto, em um dos reassentamentos, há um posto de saúde. No entanto, o subprefeito pretende mudar essa realidade este ano, iniciando as conversas com a Secretaria de Agricultura para construção de um espaço. “Queremos levar essa obra para a subsede da Coopavel, feita para atender a região, na comunidade de Diamante mesmo. Queremos que a prefeitura construa ali e também um novo posto de saúde, pois é um lugar muito bem centralizado e localizado, já que é um entroncamento de várias linhas. Estamos estudando essa mudança e vamos iniciar as conversas”, almeja. Segundo ele, o investimento é pequeno, mas de grande valia. Tanto pela impressão das notas fiscais para os produtores, como o apoio para manutenção de estradas entre outros serviços com as máquinas que virão a servir aos produtores, que, aliás, estão muito

A estrutura do Distrito de Diamante ainda não conta com subprefeitura

Moro aqui há muitos anos e não saio. Nossa região é muito boa para morar e também tem uma produtividade muito grande.

CAMILO CAÚS Morador de Diamante

felizes: “Moro aqui há muitos anos e não saio. Nossa região é muito boa para morar e também tem uma produtividade muito grande”, diz Camilo Caus, agricultor do distrito, que divide as responsabilidades da propriedade rural com os irmãos Celso, Roberto e com o pai. Ivani Alexandre Fernandes trabalha em uma propriedade rural da região há mais de quatro anos. Ela conta que já trabalhou em vários outros locais, mas que a região é uma

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das melhores.

HISTÓRIA

O subprefeito Jonas chegou a Cascavel em 1964, oriundo de Nova Prata, no Rio Grande do Sul. Sua família veio ciceroneada por um dos fundadores e pioneiros do Município, Pedro Gabana. “Ele era cunhado do meu pai e nós viemos morar na fazenda dele no distrito de Diamante, que só tinha duas famílias. Chegamos e a cidade estava apenas começando”, conta. A família de Jonas permaneceu algum Fevereiro / Março de 2015


Luiz Caus, gaúcho de Sarandi, em Diamante desde 1977

tempo morando na propriedade do parente até conseguir adquirir o seu próprio pedaço de terra. “Na Carlos Gomes em Cascavel, por exemplo, era taquara fina ainda. Não tinha praticamente nada. Para termos acesso a nossa propriedade, era só com um jipe capota de aço que meu tio tinha. Quando construímos nossa casa, levamos a madeira de carroça de boi”, relata. Com o passar dos anos, a comunidade começou a ser habitada e a infraestrutura começou a chegar. “A partir dos anos 70 o pessoal

começou a chegar, atraídos pela grande quantidade de madeira. O primeiro sítio que compramos, por exemplo, de 19 alqueires de terra tinha mais de 130 perobas e cheio de cedro”. A área que seu pai comprou é a mesma que Jonas continua trabalhando e vivendo, tirando seu sustento com gado de leite e aviários. “Dos meus nove irmãos, só eu que fiquei em Diamante, com minha terra de 15 alqueires”. Luiz Caus, pai de Camilo Caus, é outro antigo na região. No auge de seus 84 anos, ele chegou ao distrito em 1977, também do Rio

Grande do Sul, município de Sarandi. “Chegamos e trabalhamos por alguns anos na fazenda da família Baratter. Depois de um tempo compramos a nossa terra, fiada. Àquele tempo a lavoura dava mais dinheiro. Hoje é muito difícil, porque gastos como em combustível e semente matam a gente”, reclama. A área, de 57 alqueires, que pertence hoje à família antigamente tinha cinco donos.Com muito esforço, eles foram comprando aos poucos até chegar onde estão. Hoje, eles vivem da lavoura de soja, aviários e outras pequenas culturas, além de arrendarem outras terras nas proximidades. Questionado se não tem interesse em mudar para a cidade, Luiz, diz que gosta muita de morar na fazenda, mas confessa que gosta da zona urbana. “Gosto de ir para Cascavel fazer compras. Mas depois, já quero voltar”. PRODUTIVIDADE

O distrito é forte na pecuária, na produção de leite, na lavoura de soja e milho, fruticultura, olericultura e também na avicultura. “A nossa produção é muito variada. A terra é muito boa e não temos o que reclamar. A Coopavel e a Plantar já construíram espaços para nos atender e em breve insumos também serão vendidos, o que vai nos facilitar a vida”, informa Dall Agnol.

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Novas tecnologias para os seus olhos

Com inovações tecnológicas, equipe médica e infraestrutura de primeiro mundo, o Hospital de Olhos de Cascavel atende pacientes de todo o Brasil e de países vizinhos

O Hospital de Olhos de Cascavel oferece z o que há de melhor em técnicas e equipamentos tecnológicos na área de oftalmologia Mais dia, menos dia, sua hora de ter presbiopia, ou vista cansada, vai chegar. Um dia, vai perceber que já não consegue ler com clareza a bula do remédio, a mensagem do celular. Mas não se desespere. Não significa que vá ser obrigado a usar óculos. Veja o que a há de novo em tecnologias. “A presbiopia, mais conhecida como vista cansada, é a perda natural e progressiva da capacidade do olho em focalizar objetos de perto. Resulta do processo natural de envelhecimento das pessoas. Em regiões mais ensolaradas, como a nossa, esse processo costuma acontecer mais cedo, já a partir dos 40 anos, quando o normal é a partir dos 45 a 50 anos.

É causada pelo enfraquecimento do músculo ciliar que faz a acomodação do cristalino, que por sua vez, é uma lente que temos dentro dos olhos e que nos dá a visão nítida para todas as distâncias. Quando se é jovem, esse músculo é elástico. Com a idade, vai ficando rígido e perdendo a sua função. Não vem a ser uma doença. É parte do envelhecimento natural”, explica a médica-oftalmologista Selma Miyasaki, diretora técnica do Hospital de Olhos de Cascavel, que, com uma equipe de 13 especialistas de renome, atende pacientes vindos das mais distantes regiões do Brasil e de países vizinhos. 38 MILHÕES DE BRASILEIROS SOFREM DA DOENÇA

Na avaliação do também oftalmologista Randal Dacome, o número de pessoas com presbiopia só tende a crescer. “Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 38 milhões de brasileiros apresentam o quadro de vista cansada hoje, e a estatística só vai aumentar, por conta do aumento da expectativa

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de vida”, observa, lembrando que o problema não se resume à dificuldade de leitura, mas impacta também na qualidade da vida social e profissional das pessoas. De acordo com o oftalmologista Darci Dacome, ainda não existe um tratamento específico, que faça o músculo trabalhar de novo e normalmente. Mas existem as mais diferentes alternativas que, em quase todos os casos, permitem dispensar o tradicional uso de óculos. Estendem-se do uso de lentes de contato a procedimentos cirúrgicos a laser e implante de lentes intraoculares. “Dependendo da idade e das características do paciente, adota-se uma estratégia. Não há como interromper o processo de envelhecimento do organismo humano, mas o paciente operado sempre terá uma visão melhor”, observa. Segundo ele, em pacientes jovens, que têm o cristalino saudável, o tratamento se concentra na córnea. Já na idade mais avançada, o tratamento fixa-se no cristalino. Na faixa dos 40 anos de idade, a técnica Fevereiro / Março de 2015


Problemas de visão podem afetar todas as pessoas, independente da faixa etária

mais simples e mais utilizada para tratar a presbiopia é o uso de lente de contato no método de báscula ou visão balanceada, que deixa um olho com boa visão para longe e outro para perto. O cérebro gerencia as imagens e o paciente dispensa o uso de quaisquer óculos. Já a cirurgia a laser se encarrega de redesenhar a córnea, criando sobre ela novas curvaturas. O objetivo é que a córnea redirecione os feixes de luz para o local adequado na retina. Dura alguns minutos, não é invasiva e não dói. Para idades mais avançadas, a oftalmologia tem o recurso dos implantes intraoculares, que também realizam a compensação da vista cansada quando as lentes bifocais ou multifocais são escolhidas para substituir o cristalino. Implantes intraoculares permitem melhoria nas visões de longe, perto e intermediária em ambos os olhos e proporcionam maior independência às pessoas.

Teste a sua visão Nada substitui a avaliação do oftalmologista. Mas existe um jeito simples de perceber se você está com visão dentro ou abaixo da média. Leve esta página a uma distância entre 30 e 40 centímetros de seus olhos e procure ler o texto abaixo, linha a linha, com um olho. Sem fazer pressão, tape primeiro um, depois o outro olho. Se conseguiu ler todo o texto com

sucesso tanto com o olho direito como com o olho esquerdo, provavelmente tem uma boa acuidade visual. Se teve dificuldade em ler as últimas linhas do teste, é bem capaz de você estar com presbiopia. Mas não se desespere. Isto é comum, a partir dos 40 anos de idade. Faça sua visita e check-up com o oftalmologista, a cada seis meses.

CASCAVEL É REFERÊNCIA EM OFTALMOLOGIA

O Hospital de Olhos de Cascavel é um dos ícones mais expressivos da estrutura de saúde de Cascavel, que atrai milhares de visitantes a cada dia, durante os 365 dias do ano. São mais de 700 médicos, 120 clínicas especializadas, hospitais e dois cursos de medicina. O Hospital de Olhos de Cascavel, que abriga e mantém também o Banco de Olhos de Cascavel, é apontado pelas autoridades do setor como um dos mais bem equipados da América Latina. A estrutura inclui suítes e leitos confortáveis para internação, cinco centros cirúrgicos, unidades de pacientes, unidades de emergência, centro de diagnóstico por imagem, ambulatórios clínicos e cirúrgicos. Seus médicos atendem das 7h30 às 22 horas, de Fevereiro / Março de 2015

segunda a sexta-feira e até as 18h, no sábado. Uma das tecnologias de última geração, disponibilizadas pelo Hospital de Olhos de Cascavel, é a cirurgia a Laser de Frente de Ondas, ou Laser WaveFront. Os equipamentos de diagnóstico geram um mapa tridimensional preciso do olho humano, com informações detalhadas, que permitem ao cirurgião planejar os procedimentos necessários com precisão. Outras recentes aquisições a serviço da equipe de oftalmologistas do Hospital de Olhos são o Campímetro HFA 745i e o microscópico cirúrgico Lumera i, ambos fornecidos pela líder mundial em tecnologia no setor, a alemã Zeiss. O campímetro vem a ser a última pa-

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lavra da ciência para diagnóstico e tratamento de glaucoma, alterações neurológicas, da retina e outras patologias. Já o microscópio Lumera i destina-se especialmente a cirurgias de retina, otimizando os procedimentos. SERVIÇO

O Hospital de Olhos de Cascavel e o Banco de Olhos de Cascavel podem ser contatados pelo telefone 45 2101-4242 ou pelo e-mail hococ@hospitaldeolhos.com.br. Está localizado na rua Minas Gerais, 1986 – Centro – Cascavel – PR. Para mais informações, acesse o portal www.hospitaldeolhos.com.br que também oferece diferentes recursos de acessibilidade.


APRENDIZAGEM

Sindicato e Senar programam cursos

A agricultora Cleonice: “Cursos elevam a autoestima e nos incentivam ao empreendedorismo”

que envolveram produtores rurais, seus familiares e colaboradores, em diversas áreas ligadas às atividades do campo. Para o ano de 2015, o presidente explica que, além dos cursos já definidos, outros ainda serão incluídos no calendário conforme a demanda que surgir no decorrer do novo ano. A agricultora Cleonice Duarte da Silva de Souza decidiu se associar ao Sindicato após fazer alguns dos cursos. “Já fiz vários, entre eles o Mulher Atual, que é muito interessante, eleva a autoestima e nos incentiva ao empreendedorismo. Nós trabalhamos com leite e nosso projeto é fazer uma agroindústria voltada para a produção de doces”, relata. A obra já está em andamento. A propriedade de Cleonice e seus familiares está localizada na Comunidade Nossa Senhora do Salete, próximo a BR-277, sentido Curitiba. A agricultora recomenda os cursos ofertados a todos. “Eu aprendi muito com os cursos que fiz e isso ninguém me tira. Também estou feliz em ter me associado, pois é muito gratificante ter essa assessoria e retorno do Sindicato, que nos ajuda em tudo que precisamos”, conta.

ênfase a NR 33 e aos que abordam sobre gestão. “Acreditamos que seja esse um dos grandes entraves da nossa região. Somos campeões em produtividade, mas às vezes os produtores pecam em como gerir sua propriedade. Estamos preocupados em garantir que eles cuidem bem

do seu negócio e que ele sempre dê lucro”, afirma. Gabardo também comentou sobre os novos cursos ofertados em Assis Chateaubriand, que envolvem todas as áreas relacionadas à avicultura, no aviário-escola inaugurado no ano passado.

Entidades definiram uma pré-programação de cursos que serão desenvolvidos em parceria para o ano de 2015 O Sistema Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), através do Senar-PR (Sistema Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná) e o Sindicato Rural Patronal de Cascavel, juntamente com parceiros, já definiram a maioria dos cursos que serão ministrados no ano de 2015 no município de Cascavel. As áreas a serem atendidas foram discutidas em recente encontro do Sindicato Rural, Senar-PR e entidades parceiras, na sede da entidade patronal. “Na ocasião, foram apresentadas as principais demandas dessas capacitações para o próximo ano, o que permitiu a definição de uma pré-programação de cursos a serem desenvolvidos em 2015”, explica o presidente do Sindicato, Paulo Orso. Ele lembra que, durante 2014, o Senar-PR, Sindicato Rural Patronal de Cascavel e parceiros desenvolveram mais de 100 cursos,

Parcerias Os Sindicatos Patronais são os grandes e principais parceiros do Senar-PR no interior do Estado. Nas 11 regionais, os sindicatos são os responsáveis pela mobilização dos cursos, que são ofertados de acordo com a demanda. “Sempre é o sindicato o nosso parceiro, que trabalha atendendo o produtor e o trabalhador rural, tanto na promoção social como na qualificação profissional”, explica o assessor técnico do Senar, Professor José Carlos Gabardo (foto) Dentro dos sindicatos, são escolhidas as pessoas chamadas de mobilizadoras, que são as responsáveis pelas propostas, arranjos e tudo que é necessário para a realização dos cursos. “Trabalhamos em conjunto, um dependendo do outro”, explica o professor. Sobre as novidades para 2015, Gabardo informa que a entidade está reformulando muitos programas, como por exemplo, dando maior

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PARABÉNS! FEVEREIRO

04/02/1955 17/02/1981 13/02/1968 18/02/1935 14/02/1942 16/02/1958 09/02/1943 26/02/1955 01/02/1963 18/02/1938 03/02/1943 07/02/1986 26/02/1953 22/02/1977 09/02/1957 07/02/1978 08/02/1965 14/02/1956 19/02/1958 03/02/1935 19/02/1953 01/02/1958 24/02/1956 20/02/1963 11/02/1976 02/02/1931 02/02/1944 06/02/1962 02/02/1966 13/02/1961 05/02/1951 12/02/1932 19/02/1944 02/02/1965 04/02/1953

ALCEO DONATTI ALENCAR MAGRIN ALVARO JOSE BACCIN ANA BELESKI UCHICOSKI ANELIO VALENTIM ROTTA ANTONIO LORENZETTI ANTONIO NOBORU OZAWA ARLINDO BILH ARTEMIO LUIZ LONGO BERNARDO MILANO BRAZ BENOZZO CARLOS EDUARDO ZAMBÃO CELSO VALENTIM MARTINAZZO FORNARI CLEINA ROBERTA BIAGI CORNELIO ANTUNES CRISTIANO LUIZ CUCOLOTTO DANIEL ZIMMERMANN DARCI DALLA CORTE DECIO FORNARI DEVANYR BRAZ DE CARVALHO ELOIR JOSE ASSMANN EUCLECIO LUIZ ELGER EXPEDITO CLELIO MASSOCHIN GEORGE ARRIADA LIMA GIOVANI CAVALI BONOTTO HYLO FRANCISCO BRESOLIN IGNES VICENTE SONDA IRENE DALGALO JANEMAR SALVATTI JOAO FRANCISCO MENEGATTI JOSE ALBERTO DIETRICH FILHO JOSE BENEDITO DO CARMO JOSE KUIAVA LEANDRO MELO MILANESE LEOMAR INACIO SPHOR

22/02/1962 04/02/1949 04/02/1931 07/02/1955 17/02/1955 01/02/1939 13/02/1931 10/02/1957 14/02/1978 14/02/1969 20/02/1963 14/02/1943 09/02/1969 10/02/1957 07/02/1937 05/02/1957 20/02/1926 17/02/1958 22/02/1949 05/02/1956

LIAMAR FERNANDES PIOVESAN LIRIO VETORELLO LUIZ CARLOS DE LIMA MARIA ELENA MEURER TONATTO MARIO BENEDITO DO CARMO NILO LAERSE DE REZENDE ORLANDO LAZARINI OSMAR LUIZ MICHELON PAULO CESAR PIZZINATTO RESELI TERESINHA HOFFMANN ROZETTI RICARDO DE PAULI ROMEU GERHARDT ROSANI ROTTA MORETTI SERGIO MARRAFON SEVERINO LUIZ DANIEL THELMO LOPES MARQUES THEREZA CAPPELLESSO PIZZATTO VALDIR FLORIAN LAZARINI VALDOMIRO LORENZETTI VALMIR DOMINGOS TONATTO

26/03/1961 02/03/1949 30/03/1943 20/03/1960 22/03/1934 27/03/1933 15/03/1947 17/03/1945 14/03/1940 22/03/1938 10/03/1923 05/03/1948 22/03/1955 30/03/1925 04/03/1946

ADALBERTO CESAR GOBBI ADILAR LUIZ ROSSO ADOLFO SILVÉRIO IURCZACK AIRTON JOSE GAFFURI ALBINO VENTURIN ANA PITOL DE BIASIO ANTONIO ONELIO RUBERT ANTONIO ZANCANARO ARCHILE MARTINI ARISTIDES DE OLIVEIRA COELHO ARMELINDA ZANATTA DALMINA ARTUR PAVESI SOBRINHO BENNO WUTZKE CAMILA TOSO CAZIMIRO HELENO BEBBER

MARÇO

Veja quais os associados do Sindicato Rural de Cascavel que estão assoprando velinhas! 30/03/1980 13/03/1962 09/03/1970 21/03/1943 09/03/1952 19/03/1936 29/03/1955 08/03/1939 17/03/1960 01/03/1955 28/03/1978 06/03/1926 26/03/1954 10/03/1969 12/03/1962 19/03/1942 09/03/1957 11/03/1962 06/03/1955 27/03/1953 21/03/1963 29/03/1983 08/03/1948 20/03/1948 19/03/1956 17/03/1944 13/03/1962 22/03/1934 25/03/1942 07/03/1950 01/03/1968 16/03/1938 26/03/1933 26/03/1967 09/03/1987 20/03/1935 07/03/0961 29/03/1951 15/03/1963

CRISTIANY FATIMA VIGANO DARLENE FAE OLDONI DELACIR ZANATTA DEONILDO FRIZON DIRCE MARIA CAMPOS EDILA LUERSEN LEMKE ENIO SEIBERT EUCLIDES LONGO GERSON LUIZ FORMIGHIERI GILSON FIORAVANTE KAVALCO GIOVANI POSSEBON HERTHA KUNTZER IVO GELAIN JOAO BATISTA CUNHA JUNIOR JOAO VANDERLEY DE BIASIO JOSE ALDINO WILHELM JOSE FRANCISCO SZTOLTZ JOSETE MARIA FINATTO ANDRADE LUIZ FORNARI LUIZ MARIO NORO LUIZ SELMIRO HORN MARCIO JOSE RODRIGUES DE SOUZA MARIA CIRLEI SONDA MARIA LEONOR PINTO MARIA LUCIA MALGARIZE MARILENA DALLAGNOL CARPENEDO MARLENE LIBERALI PIETSCH MASAYOSHI SUGIURA NELSI THEREZINHA SCHANTZ MATTJIE NILVA WEIDMANN NIVALDO LAZARIN OLIVIO BARZOTTO PAULO DAVID DA COSTA MARQUES PAULO HENRIQUE FRANK RICARDO ZANOTTO ROMILDA TOZO BILIBIO SOLESIA MARIA STRINGANI TORRES VALDOMIRO REBELLATO VALMIR ANTONIO OLDONI

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aos olhos do campo, um cuidado especial

Imagem adquirida de banco de imagens, meramente ilustrativa.

Quem sabe, como ninguém, admirar a beleza da chuva molhando a terra e do sol iluminando a plantação não pode descuidar da saúde ocular.

Assim como o corpo, os olhos também sofrem com o avançar da idade. Depois dos 40 anos, vista cansada, Catarata, Glaucoma e Retinopatia Diabética são mais frequentes. Não descuide da sua saúde ocular, realize o seu check-up oftalmológico pelo menos uma vez ao ano.

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