SindiRural - Edição 38

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Impresso Especial

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SIND. RURAL

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Ano VII | Nº 38 | Janeiro/fevereiro de 2014 | R$ 10,00

SAÚDE DO AGRICULTOR

PUBLICAÇÃO OFICIAL

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Em média quase 4 em cada 10 brasileiros, entre eles produtores rurais, sofrem com doenças alérgicas como rinite, conjuntivite e asma. O pólen do azevém é o principal responsável, principalmente na zona rural.

CADERNO ESPECIAL O MAIOR EVENTO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Confira nesta edição o CADERNO SHOW RURAL , com informações sobre o evento e dicas de gastronomia, lazer e diversão em Cascavel.

DIAS DE CAMPO

ENTREVISTA DILVO GROLLI

“MAIOR MÉRITO DO SHOW RURAL É SER DIFUSOR DE NOVAS Fevereiro - Março/2014 TECNOLOGIAS”

EVENTOS MOVIMENTAM AGRONEGÓCIO REGIONAL 1


CONDOMÍNIO GENÉTICO BRAHMAN & SIMENTAL

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R. Paraná, 3937 - CEP 85.810-010 Cascavel/PR - Fone (45) 3225-3437 www.sindicatorural.com DIRETORIA Presidente Paulo Roberto Orso Vice-presidente Gelso Paulo Ranghetti 2º Vice-presidente Modesto Felix Daga Tesoureiro Genor Frare 2º Tesoureiro Renato Archille Martini Secretário Paulo Cezar Vallini 2º Secretário Gion Carlos Gobbi Diretor Administrativo Paulo Roberto Orso CONSELHO ADMINISTRATIVO Membros Milton Pedro Lago

Valmir Antônio Oldoni Haroldo Stocker Ângelo Custódio Romero Eugênio César Luiz Dondoni Carlos Alberto Zuquetto Gelson José Zanotto

CONSELHO FISCAL Titulares Isaías Luiz Orsatto

Eudes Edimar Capeletto Denise Adriana Martini de Meda Suplentes José Torres Sobrinho Airton José Gaffuri Darcy Antonio Liberalli DELEGADO JUNTO À FAEP Titular Paulo Roberto Orso Suplente Paulo Cézar Vallini

Publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel Circulação bimestral Coordenador editorial: Paulo Cézar Vallini pvallini@uol.com.br

Editor: Jair Reinaldo dos Santos jair@newmidiacomunicacao.com.br

Fale com a redação: Fone (45) 3037-7829 editoria@revistasindirural.com.br

Departamento Comercial: (45) 3037-7829 / 9972-6113 comercial@revistasindirural.com.br

Projeto gráfico arte/diagramação: NewMídia Comunicação R. Rio Grande do Sul, 111 - CEP 85.801-010 Cascavel-PR - Fone (45) 3037-7829

EDITORIAL

E o futuro do campo?

Num momento em que se fala em tecnologia e em que os especialistas e analistas de mercado se entusiasmam com o crescimento do agronegócio nacional, uma preocupação com a juventude no campo faz parte da conversa de todos os líderes cooperativistas, sindicais e empresariais ligados ao meio rural. Os filhos e filhas dos produtores rurais não se interessam pela vida rural hoje em dia. Encantados pelas "maravilhas" da cidade, cada vez mais migram para um território inóspido, competitivo e desconhecido para eles. Em entrevista neste edição, o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, também enfatizou essa preocupação. A cooperativa hoje oferece cursos através de uma universidade cooperativa para investir e qualificar mão de obra para o campo. Hoje, uma propriedade rural diversificada e bem administrada é muito mais lucrativa do que qualquer outro negócio na cidade. E os agricultores da geração passada percisam dos jovens para lidar com a tecnologia, cada vez mais presente nos equipamentos, tratores e colheitadeiras. Neste momento se faz necessário a união de esforços do poder público, cooperativas e sindicatos para buscarem-se soluções para manter o jovem agricultor onde é seu lugar: na sua terra.

Nesta edição trazemos cobertura especial do Show Rural Coopavel, a maior feira do agronegócio nacional através de um caderno especial de 24 páginas. O evento, que projeta Cascavel para o mundo, é um exemplo de organização e competência. Prova disso é o número de visitantes e expostores que a cada ano cresce mais, e a quantidade de autoridades nacionais que visitam o Parque Tecnológico da Coopavel. Trazemos também um panorama da bacia leiteira de Cascavel, que teve trabalho de coleta de dados realizado no ano passado por alunos da FAG durante a vacinação contra a febre aftosa. Janeiro e fevereiro são os meses em que a maioria das empresas de agronegócio realizam seus tradicionais dias de campo, caso da Coodetec, Agrícola Andreis e Condor Agronegócios. Estivemos nos eventos e trouxemos as novidades apresentadas em matérias exclusivas nesta edição. Mostramos também como estão as estimativas da safra de verão e o andamento do programa Plante seu Futuro, do Governo do Estado, matéria sobre a Helicoverpa armigera e sobre a mosca branca, além de iniciarmos nesta edição matérias especiais sobre os distritos de Cascavel, iniciando com a localidade de São João nesta edição. Boa leitura!

índice 06.............................. Palavra do Presidente 08 ......................................................Registro 09 ................. Encontro Tecnológico de Verão 10 ............................. Helicoverpa no Paraná 12 ................................... Saúde do Agricultor 13 ................................... Saúde do Agricultor 14 ..................................................... PEC 215 16 ..............................Pesquisa Bacia Leiteira 18 ..................Dia de Campo Agrícola Andreis 20 .......................Números da safra de verão 22 .............................. Consórcio New Holland 24 ..................................................Curso CIPA 26 .................................Defensivos Genéricos 30 ......................................................... Angus 32 ........................Sindicato Rural de Corbélia 34 ................ Identificação de estradas rurais 36.............................................Armazenagem 38...................De dona de casa a empresária 4

Nesta edição: caderno especial Show Rural com 24 páginas

40 ................................. Radar metereológico 42 ............................................. Coluna Saúde 44 ....................................... Plante seu futuro 46 ............................................ Mosca Branca 48 ................................... Distrito de São João 50 ....................................................... Receita Fevereiro - Março/2014


Fevereiro - Marรงo/2014

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palavra do presidente Começamos o ano de 2014 com previsão de um cenário favorável para o produtor rural. O bom momento da soja e das exportações de carnes, especialmente as de frango e bovina, traz ânimo para o mercado e esperanças de um excelente ano para o agronegócio nacional, que há anos sustenta a balança comercial brasileira. Esperamos que neste ano o Governo Federal priorize ações para resolver os problemas no campo, como é o caso das invasões indígenas que tiram o sono do agricultor. Também pontuamos novamente a necessidade de regulamentação do CAR (Cadastro Ambiental Rural), uma das bandeiras que o Sindicato Rural defende. Em mais um ano de gestão,

Esperamos que em 2014 possamos fazer com que o Sindicato Rural de Cascavel conquiste mais espaço junto à comunidade para defender as causas dos nossos associados.

novamente procuraremos atuar na defesa dos interesses do homem do campo, especialmente o pequeno agricultor, e fazer nossa parte para a fixação da nova geração no

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campo, através da especialização oferecida pelos cursos técnicos e o Empreendedor Rural, Jovem Aprendiz e Mulher Atual, que realizamos em parceria com o Senar. Espero que possamos fazer com que o Sindicato Rural conquise mais espaço junto à comunidade para poder defender as causas dos nossos associados.. E novamente faço um apelo aos agricultores que não são associados do nosso Sindicato para que conheçam as vantagens do associativismo e dos serviços que oferecemos. O Sindicato Rural de Cascavel precisa de um quadro associativo forte e atuante. Venha fazer parte e fazer valer seus direitos. Paulo Orso - Presidente do Sindicato Rural de Cascavel

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REGISTRO Sindicato Rural de Cascavel perde ex-presidente antônio bosquirolli Antônio Dionísio Bosquirolli foi presidente do Sindicato Rural de Cascavel por vários anos. De 1976 a 1985. Período difícil, época desafiadora para a agricultura. Um momento em que tudo de ruim aconteceu. Seca, peste suína africana, falência de agroindústrias Antônio Dionísio Bosquirolli presidiu o Sindicato Rural de Cascavel e doenças no tri- de 1976 a 1985, um dos períodos mais difíceis do setor go. Alto custo de produção, bloqueio de crédito, preços baixos, endividamento dos produtores. Foi diante deste cenário que Dionísio assumiu a presidência do Sindicato Rural. Foi líder e bateu o recorde em número de moções, pedidos de apoio aos governantes para salvar a agricultura no Oeste do Paraná. Antônio Dionísio Bosquirolli faleceu no dia 24 de janeiro, em Pinhão, deixando um grande legado ao Sindicato Rural de Cascavel e às pessoas que conviveram com ele.

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CURSOS DO SENAR DE FEVEREIRO E MARÇO focam bovinocultura

Nos meses de fevereiro e março, o Sindicato Rural de Cascavel, Senar -PR e parceiros oferecem diversos cursos de capacitação ao produtor e trabalhador rural. As inscrições devem ser realizada no Sindicato Rural. Já estão previstos os cursos de "Trabalhador na bovinocultura de leite - Inseminação artificial", que será realizado na Fundetec de 18 a 31 de fevereiro; e "Trabalhador na Bovinocultura de Leite - Manejo e Ordenha", que acontece de 11 a 26 de fevereiro. Para mais informações sobre cursos acesse nosso site (www.sindicatorural.com) ou entre em contato pelo fone 3225-3437.

Fevereiro - Março/2014


EVENTO

ENCONTRO TECNOLÓGICO DE VERÃO

Coodetec mostra novas tecnologias Evento realizado no mês de janeiro abriu o ano da Coodetec e reuniu agricultores para conhecerem novos híbridos e cultivares

Contribuir com o aumento da produtividade nas lavouras do Sul do País. Foi com este foco que a Coodetec realizou o Encontro Tecnológico de Verão, no dia 10 de janeiro, na sede da cooperativa. Nesta edição de 2014 foram demonstrados potenciais produtivos dos novos híbridos e cultivares. Muitos produtores marcaram presença e levaram para casa uma bagagem repleta de informações sobre o manejo de pragas e doenças nas lavouras. Os visitantes também saíram satisfeitos com as novidades que encontraram em termos de genética. “A Coodetec evoluiu muito na linha de pesquisa e hoje apresenta híbridos de milho e cultivares de soja extremamente competitivos. Acreditamos no sucesso do produtor rural e isso é o que nos impulsiona para apresentar produtos cada vez melhores e que atendam as necessidades do campo”, declarou o presidente executivo da Coodetec, Ivo Carraro. O presidente confirma que a transgenia alavancou a produtividade e a qualidade do que vem do campo. “É uma ferramenta muito importante que se agrega as outras evoluções, como por exemplo, as que tivemos no setor de maquinários, manejo e genética. A biotecnologia trouxe uma interação muito grande para aumentar a produtividade e melhorar a estabilidade da produção”. Outro ponto destacado por Carraro foi o salto dado pelo agricultor nos últimos anos. “De um lado tivemos o advento da Internet, publicações, um ritmo intenso de palestras, dias de campo. E paralelo a isso vivemos a era da biotecnologia. Hoje você compra um aparelho celular e daqui a pouco já tem um superior no mercado. E na agricultura tem sido assim. Para acompanhar é preciso se informar”. Fevereiro - Março/2014

O evento foi uma oportunidade para os agricultores aprimorarem seus conhecimentos

Carraro: “Transgenia revolucionou a agricultura”

NOVIDADES DA COODETEC No Dia de Campo foram demonstradas novas variedades, cultivares mais recentes desenvolvidas pela Coodetec. Tanto na RR1, como na Intacta. São variedades produtivas, estáveis, que toleram doenças radiculares. O Oeste do Paraná tem a característica de antecipação de semeadura para o cultivo de milho safrinha. E este novo portfolio que a Coodetec está colocando, atende as deman9

das do campo. De acordo com Marcelo da Costa Rodrigues, gerente comercial da Coodetec, para o futuro, dentro de dois anos, o mercado estará contando com a soja Cultivance, uma tecnogia desenvolvida pela Basf em parceria com a Embrapa, que vai flexibilizar o manejo de plantas daninhas em soja, a partir de outro grupo químico. Servirá para atuar onde o glifosato não tem exercido um bom trabalho. Outra novidade que está a caminho é a soja Enlist. Ainda é um evento restrito, está numa fase inicial de pesquisa. O lançamento deve acontecer a partir de 2016, desde que se obtenham todas as liberações. O Enlist é tolerância a pragas e a herbicidas (glifosato combinado com 2:4 D, numa formulação diferenciada). Em breve a tecnologia Intacta 2 estará chegando. O que difere da primeira versão é que agora haverá mais uma proteína para manejo de lagarta. Isso melhora o especto de manejo de pragas. “Além do glifosato, para o manejo de plantas daninhas, a Intacta dois terá o Dicamba, que é um herbicida bem utilizado fora do Brasil. Até 2018, a previsão é de que tenhamos uma nova tecnologia de soja entrando a cada dois anos”, adianta Rodrigues.


PRAGA

HELICOVERPA ARMIGERA

Apesar do temor inicial dos agricultores, a temida Helicoverpa armigera não vêm causando grandes estragos no Estado do Paraná

Ela se chama Helicoverpa armigera e é considerada uma praga exótica. No Brasil ela é nova e de onde veio ainda é um mistério. É isso o que tem movido os pesquisadores de todo o País. A praga tem aspecto rugoso e espinhento. Estranho. Tão estranho, que identificar pelo olhar é algo no mínimo desafiador, pois ela não tem uma cor definida, podendo predominar o preto, o verde ou o amarelo. Mas a temida lagarta que causou estragos catastróficos na Bahia e Estados da região Nordeste do Brasil não chegou ao Paraná com o mesmo impacto devastador. Desde que a Helicoverpa chegou ao Brasil os pesquisadores presenciaram vários tipos de ataques. A maioria do País decretou preventivamente o estado de emergência. No Mato Grosso, onde há grande produção, também foi assim. A medida foi tomada pelo temor do setor produtivo em ter estragos fatais na lavoura. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) garante que no Paraná tudo está sob controle, sem grandes infestações. A lagarta raramente tem sido encontrada e, segundo os técnicos da Embrapa, um dos motivos pode ser o fato de termos tido um mês de janeiro chuvoso. “Não há motivo para pânico, mas de qualquer forma, o clima de alerta deve se manter até a colheita”, afirma o pesquisador da Embrapa Soja, Samuel Roggia. “A Helicoverpa armigera pode ser combatida com inseticidas químicos ou biológicos. Mas a principal recomendação da Embrapa Soja é para que o monitoramento seja reforçado nas lavouras. Os produtores precisam estar presentes e mais atentos do que nunca. Fazer amostragem e sempre que houver dúvida buscar assistência técnica junto a um engenheiro agrônomo”, orienta. IDENTIFICAÇÃO A identificação da praga na lavoura, por si só, já é um desafio, pela similaridade com

Jovenil José da Silva - Embrapa Soja

Lagarta está sob controle no Paraná

A Helicoverpa armigera se alimenta de folhas e também da vagem, além de atacar os grãos, o que dobra a preocupação dos agricultores

Temos visto com muita preocupação alguns agricultores sobrecarregando a plantação de inseticidas sem que haja a ocorrência real da praga

SAMUEL ROGGIA Pesquisador da Embrapa Soja

a lagarta medideira, que o agricultor já está acostumado comendo as folhas das plantas. Já a armigera ataca tanto as folhas, como a vagem, que é uma das principais preocupações por ser um dano direto ao que ao grão que o agricultor vai colher, causando um prejuízo muito mais sério. Além de comer grãos, ela tem um alto poder de desenvolvimento populacional. “Se reproduz facilmente e rapi10

damente, e por isso, esta praga tem trazido tanto medo aos produtores”, justifica o pesquisador. AGRICULTOR DEVE SE MANTER ALERTA E MONITORAR Mas apesar da calma, é preciso estar alerta e ter muita cautela. A Embrapa, por exemplo, tem visto com preocupação algumas situações. “Existem lavouras com ataque intenso da praga, no entanto existem lavouras em que a presença das lagartas é mais amena. Porém, temos visto muitos agricultores sobrecarregando a plantação de inseticida sem que haja ocorrência da praga. É importante o agricultor estar presente na lavoura, fazendo a amostragem e acompanhando. A aplicação só deve ser feita se a Helicoverpa surgir na fase vegetativa, com até quatro lagartas por metro e na reprodutiva com até duas lagartas por metro”, orienta o pesquisador da Embrapa, Samuel Roggia. A medida que os dias passam, a pesquisa sobre a Helicoverpa armigera avança. E é também ao longo do tempo, e na prática, que os agricultores vão aprender a lidar com a novidade faminta que nesta safra decidiu atacar as plantações brasileiras. Fevereiro - Março/2014


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CAPA

SAÚDE DO AGRICULTOR

Saiba como lidar com as alergias O contato direto com elementos causadores de alergias associado à correria e stress diário podem facilitar o incidência de alergias e rinites

Preocupação, stress, correria. No mundo atual é difícil uma profissão que esteja livre desses fatores no dia a dia. O resultado geralmente é a baixa imunidade do organismo perante organismos estranhos. E o produtor rural ainda tem o agravante de estar frequentemente em contato com agentes que podem causar facilmente alergias respiratórias. Um desses agentes é o azevém, gramínea frequentemente utilizada na alimentação de animais nas regiões de clima temperado. Por se desenvolver muito bem em climas frios e úmidos, ela é cultivada no inverno, enquadrando-se perfeitamente na rotação de culturas na exploração agropecuária no sul do Brasil, Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai. Além do seu emprego no meio rural, o azevém está presente também nos centros urbanos, principalmente na região sul do Brasil, em terrenos baldios, parques, gramados, etc. Outras gramíneas também podem causar alergia na primavera, porém o azevém é o principal vilão. "O polém do azevém tem alto potencial alergênico e espalha-se facilmente com o vento por dezenas de quilometros. Embora esteja presente em suspensão no ar durante todo o ano, e na época da floração que os problemas alérgicos relacionados à esta gramínea acontecem com mais intensidade", alerta o dr. Hevertton L.B.Santos, do IPRAA (Instituto Paranaense de Rinites e Alergias). Estima-se que um hectare de cultivo de azevém pode produzir 100 quilos de pólen, e um grama deste pólen tenha 100 milhões de grãos. Pacientes alérgicos podem apresentar sintomas com apenas 5 ou 10 grãos/m3 de ar. "Assim podemos presumir que o azevém tem grande potencial para causar crises alérgicas", salienta dr. Herveton, que é membro titular da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia Clínica, Junior memer da European

O polém do azevém é um dos causadores de alergia e rinite no campo

Academy of Allergy and Clinical Immunology e mestre em Saúde da criança e do adolescente com área de concentração em Alergologia. As crises alérgicas devido à presença do azevém acontecem durante todo o ano, porém o pico ocorre em setembro e outubro, época de floração, estendendo-se até novembro. A alergia provoca irritação principalmente na região do nariz e dos olhos. Aproximadamente 40% das pessoas com rinite tem também conjuntivite alérgica. E uma parcela considerável tem asma (ou bronquite alérgica). Dr. Heverton explica que a rinite induzida por pólens, como o do azevém, pode ocorrer isolada ou associada a outros alérgenos, como poeira doméstica, fungos, pêlos de animais (caninos, felinos, bovinos, ovinos, aves, etc). O que é rinite alérgica? Trata-se de uma inflamação na cavidade nasal, ou seja, no interior do nariz, que é causada na maioria das vezes por substâncias irritantes que foram ou ainda estão sendo inaladas, causando inflamação na região do nariz. A rinite alérgica costuma ter duas fases, uma fase mais rápida, minutos após o contato do nariz com alguma substância alergênica, e uma fase mais tardia, que começa pelo menos quatro horas depois, caracterizada por um forte processo inflamatório. As principais características da rinite são os espirros, coriza (nariz escorrendo), coceira e nariz entupido, que se iniciam na primeira fase. 12

Conheça algumas medidas que podem prevenir as crises de Rinite: • Evite contato com fumaça de cigarro; • Permaneça o menor tempo possível em ambientes poluídos, com pouca ventilação ou onde bata pouco sol; • Evite mudanças bruscas de temperatura ou ambientes muito frios e úmidos; • Fuja do contato com substâncias ou cheiros irritantes que possam desencadear os sintomas, como perfumes, produtos de limpeza, tintas ou inseticidas; • Evite o contato com o ácaro. Para isso a casa e principalmente os quartos devem ser limpos com bastante freqüência. • Evite vassouras e espanadores de pó, pois apenas espalham a poeira pelo ambiente.Utilize um pano úmido para limpeza dos ambientes; • Nos ambientes em que vive a pessoa com rinite alérgica, o ideal é evitar os carpetes, cortinas, tapetes, bichos de pelúcia, almofadas e outros objetos que possam acumular poeira; • Deve-se evitar o uso de travesseiros e almofadas de penas. Utilizar capas de proteção para travesseiros e colchão. • O ambiente deve ser bem ventilado e ensolarado, dificultando assim o desenvolvimento do bolor (fungos); • Evite cobertores. Edredons são preferíveis, e devem ser lavados frequentemente. O que fazer durante as crises de Rinite? É imprescindível consultar seu médico, Fevereiro - Março/2014


pois somente ele poderá avaliar e dar todas as orientações, porém alguns conselhos, como lavar o nariz com soro fisiológico, podem ajudar no alívio dos sintomas. De acordo com a avaliação do seu médico, você poderá ser orientado a fazer uso de medicamentos. Pacientes com casos mais intensos podem ser encaminhados ao alergista (médico especialista em alergias, como a rinite). Tratamento da Rinite Alérgica! O tratamento da rinite alérgica visa ao restabelecimento das funções nasais e, como toda doença crônica, não deve ser tratada apenas nas crises, e sim, de maneira preventiva. Testes alérgicos podem determinar as substâncias causadoras dos sintomas. Desta forma, é possível orientar adequadamente o tratamento. DADOS SOBRE ASMA O dr. Jorge Luiz dos Santos, formado pela Faculdade de Medicina da UFPR explica que a asma é a doença inflamatória alérgica mais comum do pulmão. Ele é especialista em Alergia e Imuno Patologia, pela Associação Brasileira de Alergia e Imuno Patologia (ASBAI), especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria, presidente do Instituto Beneficente Luz e Esperança, membro da ADESG (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra), pós-graduado em Política Estrategia e Planejamento, atual presidente da Associação das Micro e Empresas de Pequeno Porte do Oeste do Paraná (AMIC) e diretor Técnico do IPRAA (Instituto Paranaense de Rinite, Asma e Alergia). "Essa inflamação provoca uma reação dos brônquios e dos bronquíolos, fazendo com que se contraiam, diminuindo o calibre das vias respiratórias e dificultando a passagem do ar e oxigênio para nosso organismo. Quando o ar passa pelas vias aéreas estreitadas, produz um ruído na respiração, parecido com um apito leve, que é conhecido como 'chio no peito ou chiado'", salienta. Os principais sintomas da asma são as crises repetidas de chiado, falta de ar, sensação de aperto no peito e tosse, especialmente à noite e pela manhã, ao despertar. Os desencadeantes mais comuns incluem fatores alérgicos (pó domiciliar, acaros, pelos de animais, fungos, polens), viroses, substâncias irritantes (fumaça de cigarro, poluição do ar, aerossóis), variação climática (exposição ao frio), medicamentos (betabloqueadores, aspirina, anti-inflamatório não hormonal), exercícios físicos, alterações e/ou distúrbios emocionais. Conheça algumas medidas que podem ajudar a controlar os sintomas e também reduzir a freqüência das crises de asma. • Não fume e evite estar perto de fumantes; • Mantenha os ambientes livres de poeira Fevereiro - Março/2014

O leite e seus derivados também pode causar alergias devido à sua proteína

doméstica e poluição; • Cuidado com lugares e paredes muito úmidas, pois há nesses locais, proliferação de fungos; • Evite ambientes com altos índices de poluição; • Vacine-se todos os anos contra inflluenza. O tratamento e controle da asma devem ser orientados por seu médico. É muito importante que a doença seja diagnosticada e tratada corretamente, pois caso contrário pode ocasionar crises graves, inclusive com risco de morte. ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV) O leite é um alimento extremamente importante porque, além de ser fonte de proteína, é também a maior fonte de cálcio, substância que ajuda na formação óssea. No entanto existem pessoas que não podem tomar o leite por apresentarem alergia à proteína do leite de vaca. A dra. Heloyse Bozzo S. dos Santos, que é formada em Nutrição pela Faculdade Assis Gurgacz, pós graduada em Alergia Alimentar pela Universidade UNIGRANRIO; e membro da Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) explica que a alergia ao leite de vaca restringe muito a vida do paciente porque os sintomas aparecem rapidamente não só pela ingestão do leite, mas também pelo contato com derivados como manteiga, requeijão, queijo, qualhada, iogurtes, etc. Pacientes extremamente alérgicos podem entrar em crise apenas com o cheiro do alimento. "Na pele, pode ocorrer coceira, vermelhidão, bolinhas e inchaço. Da mesma forma, podem ocorrer inchaços nos lábios, olhos e orelha; já nas vias respiratórias, pode provocar tosse, chiado, falta de ar, inchaço na glote e até mesmo choque anafilático. Por isso, além dos alimentos, é preciso tomar cuidado ainda com alguns cosméticos que podem conter traços de leite, como xampus, hidratantes e até 13

lenços umedecidos", diz dra. Heloyza. Como é feito o tratamento da alergia ao leite de vaca? O tratamento para a APLV é feito por meio da exclusão do leite de vaca da dieta. Uma vez que este tratamento é estabelecido, deve ser mantido por longo período para que ocorra a dessensibilização imune. Porém, o tratamento pode ser prolongado por anos. O alergista irá orientar o momento em que a dieta possa se tornar menos restrita. Orientações importantes Leia sempre o rótulo de alimentos, verifique rótulos e cardápios a fim de evitar o contato com alimentos que contenham leite, derivados ou traços de leite. Caso não conste esta informação no cardápio informe o garçom sobre sua alergia; • Cosméticos: sabonetes, xampus, condicionadores, protetores solares, pomadas, hidratantes corporais entre outros, podem conter traços de leite. • Medicamentos: alguns podem conter leite e causar crises ao contato com a pele. • Tome muito cuidado com a contaminação cruzada dos alimentos, os frios (salame, mortadela, presunto) podem causar sintomas, pois geralmente são fatiados na mesma máquina dos queijos. Melhor comprar produtos embalados de fábrica para cortar em casa. • Caso tenha dúvida sobre os ingredientes de algum produto, antes de consumir ligue para o telefone do fabricante que está indicado no rótulo. Dicas importantes • É possível fazer leites vegetais caseiros com cereais, sementes e oleaginosas, que nas receitas substituem o leite de vaca. Inclusive, alguns são ricos em cálcio, • É possível substituir o creme de leite das receitas por creme de soja; • O condensado de soja pode substituir o leite condensado; • Troque manteiga por cremes vegetais.


PEC

DEMARCAÇÕES INDÍGENAS

Dia tenso. Cenário conturbado. De um lado, a Funai e os indígenas, segurando cartazes com fotos de violência contra índios e com pedidos de respeito ao Congresso Nacional. De outro lado estavam os produtores rurais, uniformizados com camisetas com as inscrições: “Onde tem justiça, tem espaço para todos” e “Pela transparência nas demarcações”. A segurança foi reforçada e a polêmica tomou conta do plenário. Foi neste clima que no dia 11 de dezembro de 2013 a Câmara dos Deputados elegeu a comissão especial que vai encabeçar as discussões em torno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que transfere do Executivo para o Legislativo a palavra final sobre a criação de áreas indígenas no País. A comissão será presidida pelo deputado federal Afonso Florence do PT da Bahia, que já foi ministro do Desenvolvimento Agrário. O relator, segundo cargo mais importante, é ocupado por Osmar Serráglio, do PMDB do Paraná. A maioria dos titulares e suplentes é integrante da Frente Parlamentar de Agropecuária. E por isso, o que se espera é que o lado dos agricultores seja defendido na mesma medida em que o indígenas contam com a Funai. Afonso Florence acredita num consenso possível. A tentativa será de criar um ambiente político para que se tenha espaço para a expressão das diferentes posições Já Osmar Serraglio disse que vai se basear em linhas gerais da demarcação de terras indígenas já definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele argumenta que é preciso “coragem” para resolver problemas que se arrastam há anos em vários pontos do País, com riscos de remoção forçada de milhares de produtores rurais.

Entidades representativas acompanharam a eleição da comissão da PEC 215 Antônio Augusto / Câmara dos Deputados

O Sindicato Rural de Cascavel acompanhou a abertura dos trabalhos no Congresso.

Antônio Augusto / Câmara dos Deputados

PEC 215: Sindicato Rural foi à Brasília

MEMBROS DA COMISSÃO Presidente Afonso Florense (PT-BA) 1º Vice-Presidente Nilson Leitão (PSDB/MT) 2º Vice-Presidente: Luis Carlos Heinze (PP/RS) 3º Vice-Presidente Junji Abe (PSD/SP)

Osmar Serraglio: “A comissão defende o bem-estar e os direitos dos índios, mas não é a briga pela terra que vai garantir esses benefícios aos indígenas”.

Relator Osmar Serraglio (PMDB/PR) Relator Substituto Nelson Padovani (PSC/PR)

PEC VAI CORRIGIR EQUÍVOCOS A mudança na Constituição prevê corrigir alguns equívocos. No Brasil para colocar uma usina hidrelétrica ou extrair minério em reserva indígena, quem autoriza é o Congresso Nacional, sem sanção da Presidência da República. Porém, o Congresso não tem atribuição para estabelecer demarcação de terra indígena. E é isso que a PEC

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215 precisa. Além de passar para o Congresso a prerrogativa de demarcação das terras indígenas, a PEC 215 também permite a revisão das terras já demarcadas. Outra mudança seria nos critérios e procedimentos para a demarcação, que passaria a ser regulamentada por lei e não por decreto, com é atualmente. Fevereiro - Março/2014


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PESQUISA

BACIA LEITEIRA

Dados da produção leiteira supreendem

Levantamento feito no município indicou aumento na produtividade de 9 para 16,5 litros de leite por vaca/dia em Cascavel

Os números levantados em pesquisa são positivos e mostram aumento supreendente na média de produção diária por vaca no município

A produção de leite em Cascavel começou a ser mapeada e a partir de agora os dados são concretos. Os números levantados até agora surpreenderam positivamente, principalmente, o que indica a média de produção: cada vaca produz 16,5 litros de leite por dia. O último levantamento feito no município, há pelo menos cinco anos, apontava uma produtividade de 9 litros de leite por vaca/dia.

Os dados obtidos recentemente fazem parte do resultado da pesquisa feita em novembro durante a campanha de vacinação contra a febre aftosa para atualizar os dados sobre o potencial da bacia leiteira de Cascavel. O levantamento foi realizado através de uma parceria entre a Rural Leite, o Sindicato Rural Patronal de Cascavel, a Faculdade Assis Gurgacz (FAG) através dos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária, e Secretaria de Estado da Agricultura (Seab) por meio do Deral (Departamento de Economia Rural) e Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná). Para o produtor Paulo Valini, que faz parte da diretoria da Rural Leite, o levantamento é muito importante para o setor. "Tínhamos números de cinco anos atrás. É claro que nesse tempo todo, mudou muita 16

coisa em relação à produção de leite no município. Esses dados vão servir para traçar o cenário real da cadeia leiteira do município", ressalta. No ato da compra das vacinas os produtores responderam a um questionário. Prestaram informações sobre o número de vacas acima de dois anos de idade, o número de animais de leite, quantas vacas estavam em fase de lactação, além de apontarem as raças. De acordo com as estatísticas, em Cascavel há aproximadamente mil produtores de leite. A pesquisa chegou a 40% deles, uma amostragem considerável. "A pesquisa mostrou que no município a atividade leiteira vem ganhando força. Um dos dados que chamou a atenção foi que 80% dos animais são da raça Holandesa. Isto quer dizer que os produtores estão de Fevereiro - Março/2014


ESTADO QUER O TOPO NO RANKING DA PRODUÇÃO LEITEIRA NACIONAL A meta do Paraná é consolidar o Estado no topo do ranking nacional da produção leiteira. O Paraná produz atualmente 3,81 bilhões de litros de leite por ano. A Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento quer melhorar este desempenho. A aposta, para aumentar a produtividade, melhorar a qualidade e a sanidade, tem sido a assistência técnica. O leite movimenta R$ 3,2 bilhões anuais em Valor Bruto da Produção (VBP) no Estado. Atualmente, a cadeia produtiva do leite está presente em todos os municípios, gerando renda para cerca de 100 mil produtores. Paulo Vallini, da Rural Leite: "Dados levantados são muito importantes para o setor"

certa forma preocupados com a genética", afirma o diretor da Rural Leite. "Entretanto, a pesquisa revelou também que poucos contam com assistência técnica, o que quer dizer, por exemplo, que inseminação artificial praticamente não existe com referência as

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vacas de leite", complementa. O plantel informado é de 7.500 vacas, sendo que 7.430 têm acima de 24 meses de idade. Deste total, 5.876, ou seja, 80% estão em período de lactação, o que é considerado um número alto. DESTINO Aproximadamente 20 laticínios recebem o leite que é produzido em Cascavel.

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Apenas nove são do próprio município. O mistério seguinte é descobrir como estes dados são contabilizados, se nas estatísticas a produção é de Cascavel ou do município onde está o laticínio que recebe o produto. E esta é uma pergunta de difícil resposta. Depende de cada produtor e da forma como comercializam o produto, com ou sem nota fiscal.


DIA DE CAMPO

AGRÍCOLA ANDREIS

Vitrine de novos conhecimentos Novidades atraíram visitantes para evento anual da empresa que aconteceu em Corbélia

Dia de campo, lavoura bonita. Isso esta diretamente ligado a metodologia utilizada para conduzir a lavoura. A agricola Andreis conta com parceiros/fornecedores que são grandes aliados na busca de novas tecnologias, como melhoramento genético, biotecnologia, micronutrientes e defensivos agrícolas. E nesse contexto foi realizado o Dia em 11 de Janeiro em seu Campo Experimental. O evento reuniu produtores da região, que puderam acompanhar de perto os experimentos e as novidades que a tecnologia de ponta oferece para a agricultura. “Incluímos no dia de campo o máximo de informações para nossos agricultores, somos parceiros e por isso tratamos a área experimental como uma grande vitrine, um local onde possam buscar e escolher os produtos e tecnologias que mais se adaptam a sua necessidade”, observa o Engenheiro Agrônomo Sergio Schimiloski. Ele comenta que o dia de campo é uma forma da Agrícola Andreis repassar informações mais acertadas a seus parceiros agricultores. "O agricultor está sempre buscando novidades. Num período curto a agricultura deu um salto muito grande e temos novidades todos os dias e quem produz sempre esta buscando o que há de melhor, o que há de mais recente e eficiente para o seu negócio. O dia de campo é uma resposta para sanar essas duvidas e onde estreitamos a relação com nossos clientes". REFÚGIO NO SACO Ao transitar pela área experimental da Agrícola Andreis, novidades não faltaram. E uma delas tem a ver com a comodidade, e, sobretudo, com a segurança das tecnologias em sementes geneticamente modificadas. O representante técnico de vendas da Dekalb, Marcus Favero nos falou sobre a novidade da empresa: o refúgio no saco. Segundo ele é uma forma de garantir a eficiência e longevidade para esta biotecnologia. PESQUISA Além da área experimental ser uma vitri-

Agrícola Andreis proporcionou dia de aprendizado aos produtores

Temos novidades todos os dias e quem produz está em busca do que há de melhor, mais recente e mais eficaz. Com o refúgio no saco, as sementes convencionais já estão incorporadas na mesma embalagem das transgênicas

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SERGIO SCHIMILOSKI Engenheiro agrônomo

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"INFORMAÇÃO NUNCA É DEMAIS" Como plantar, como colher, quando semear, quando pulverizar???? Para Lademir Antônio Delai, que é agricultor, as perguntas não são nenhum enigma. As respostas, ele tira de letra. Basta olhar para a lavoura que a resposta está na ponta da língua. Mas isso não quer dizer que quem produz já sabe o suficiente para garantir-se no mercado, com grãos competitivos. “A biotecnologia nos traz eventos novos a todo o momento. E por isso é necessário estar disposto ao conhecimento. A tecnologia está aí para ajudar, para contribuir com a produtividade, com a qualidade, no combate as pragas. Mas para que a eficiência chegue ao campo o produtor tem que estar aberto as informações. O Dia de Campo serve para isso. No Dia de Campo temos aula de tecnologia”, enfatiza o produtor.

Sérgio Schimiloski: "Oportunidade para transmitirmos conhecimento"

ne de tecnologia, por trás do dia de campo são 6 anos de pesquisa que contribuirão para as melhores recomendações que o agricultor encontra na Agrícola Andreis. Com mais de 90 experimentos conduzidos, conseguimos buscar com clareza um novo conceito em produtividade de soja e também outras culturas. O Dia de Campo da Agricola Andreis ja está na 6ª edição e se tornou parte da agenda dos agricultores."Esse evento é uma

oportunidade para transmitirmos conhecimentos aos agricultores rurais" ressalta Sergio Schimiloski. "Aqui reunimos nossos

Lademir Delai: “Dia de Campo é dia de aula de tecnologia"

parceiros e clientes de uma forma prática, onde todos expõe suas novidades e tecnologias". finaliza.

AGRÍCOLA

Sua lavoura em boas mãos!

INSUMOS SEMENTES ASSISTÊNCIA TÉCNICA MATRIZ - Corbélia - (45) 3242-1420 FILIAL 1 - Corbélia - (45) 3242-2339 FILIAL 2 - Cascavel - (45) 3224-2100 FILIAL 3 - Ubiratã - (45) 3543-1414 Fevereiro - Março/2014

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MERCADO

SAFRA

Com soja em alta, milho perde espaço Números indicam que a área plantada com soja aumentou de 501.359 hectares para 520.700 hectares

Números indicam crescimento de 4% na área plantada de soja, enquanto milho teve diminuição no plantio de 42%

A cada dia o plantio de soja avança pelas terras férteis do Paraná. Na região do núcleo regional de Cascavel o ritmo também é este. Nesta safra a área de plantio ocupada pela oleaginosa é de 520.700 hectares, contra 501.359 contabilizados na safra passada. O crescimento foi de 4%. Em contrapartida o milho de primeira safra perdeu território. A queda foi drástica. Na safra anterior a cultura ocupava 52.880 hectares na regional de Cascavel. E agora o milho está presente em apenas 30.630 hectares. A diminuição foi de 42%. “O principal motivo foi a queda nos

BRASIL: POTENCIAL PARA 200.000 TON DE GRÃOS A Conab anunciou que o Brasil deve colher neste ano uma safra recorde. O número pode chegar a 195,5 milhões de toneladas. As condições climáticas no Brasil favorecem os resultados. O Ministério da Agricultura acredita que a safra total brasileira tem o potencial de superar 200 milhões de toneladas.

preços. Isso desanimou o produtor, que preferiu recuar do plantio”, afirma Jovir Vicentini Esser, economista do núcleo de Cascavel da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab). 20

Menor área de milho da história Os preços baixos refletiram em todo o Paraná. A safra 2013/2014 tem a menor área de plantio de milho da história, quando o assunto é a safra de verão. O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná (Seab), aponta uma queda de 24% na área de plantio, caindo de 875,9 mil hectares para 669,8 mil hectares no Estado. A previsão de produção também segue essa linha, queda de 7,1 milhões de toneladas para 5,6 milhões de toneladas: -21%. O Paraná foi o Estado em que os produtores foram mais radicais na decisão de protestar contra o baixo preço do milho, evitando o plantio da cultura. No restante do País também houve queda, porém, de forma mais amena. A diminuição na primeira safra variou entre 15% e 20%. Fevereiro - Março/2014


REINO DA SOJA Os produtores da região Oeste do Paraná estão otimistas com suas lavouras. A área plantada passa de 520 mil hectares. As lavouras estão se desenvolvendo de forma satisfatória, apesar de algumas localidades terem sofrido com a estiagem na fase inicial. No Estado o clima também é este. A primeira safra de grãos 2013/14 vem se consolidando como uma das maiores da história do Paraná, com estimativa superior a 21 milhões de toneladas. E isso é motivo de comemoração nacional. Afinal de contas, o agronegócio há tempos, é quem vem mantendo a Balança Comercial do País em equilíbrio. E esta é uma safra de grandes expectativas. O Brasil tem a chance de se tornar o maior produtor de soja do mundo, ultrapassando o atual líder, os Estados Unidos. A estimativa apresentada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê um volume recorde. Algo em torno de 87,4 milhões a 89,7 milhões de toneladas, superior às projeções da safra norte-americana de soja, estimada em 85,7 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Para o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/Mapa), Neri Geller, a superioridade da safra brasileira em relação à norte -americana deve-se aos efeitos da seca, que afetaram a produção daquele país.

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ESTIMATIVAS DE SAFRA REGIONAL CASCAVEL (28 municípios) SOJA Área - 520.700 hectares Área safra anterior: 501.359 hectares Crescimento de 4% Produção – 1.835.468 toneladas MILHO Área – 30.630 hectares Área safra anterior: 52.880 hectares Redução de 42% Produção – 336.930 toneladas FEIJÃO Área – 8.300 hectares Produção – 18 mil toneladas Observação – No entanto, em função do frio em determinado período e chuva na colheita, os números não serão alcançados.

MUNICÍPIO DE CASCAVEL SOJA Área - 103.170 hectares Produção – 358.103 toneladas Área safra anterior: 97.498 hectares Produção – 338.415 toneladas MILHO Área – 6.100 hectares Produção – 61.000 toneladas Área safra anterior: 11.000 hectares Produção – 109.450 toneladas FEIJÃO Área – 2.200 hectares Produção – 3.812 toneladas Área safra anterior: 2.450 hectares Produção – 4.457 toneladas

MILHO SAFRINHA Área – 292 mil hectares Anterior: 334.610 hectares. Fonte: Deral/Seab-Cascavel

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MAQUINÁRIO

NEW HOLLAND

Consórcio é opção sem burocracia

José Edson Bento, do Consórcio New Holland, faz a entrega da colheitadeira CR 6080 duplo rotor para Luiz Soncela e seu filho Rodrigo

Cerca de 1.000 agricutores de toda a região Oeste já renovaram sua frota agrícola através do consórcio nacional New Holland da Metropolitana Tratores

A modalidade de consórcio vem conquistando cada vez mais agricultores que buscam a aquisição de tratores, colheitadeiras e equipamentos. "É a maneira mais cômoda que encontramos para estar constantemente renovando nossos maquinários", ressalta o agricultor Luiz Antônio Soncela, que possui uma área de 200 alqueires no município de Santa Tereza do Oeste. Na propriedade, que ele administra com o filho Rodrigo Soncela, predomina o plantio de soja, milho e feijão. "Há muitas facilidades no consórcio New Holland", afirma Luiz, que cita a inexistência de burocracia no processo e nem a necessidade de hipotecar bens, pois não precisa de garantias. O coordenador do Consórcio Nacional New Holland para a região Oeste, José Edson Bento ressalta outras vantagens que atraem o produtor rural para a modalidade. "O agricultor pode se programar e ser contemplado através de lances ou do sorteio. Além disso, tem a garantia e a segurança da fábrica da New Holland, que através da concessionária Metropolitana já entregou maquinários para mais de 1.000 agricultores

Luiz Antônio Soncela: "O consórcio é a melhor opção"

José Edson Bento: "O agricultor pode se planejar para adquirir o equipamento"

da região", ressalta. TECNOLOGIA AUMENTa A PRODUVITIDADE Rodrigo Soncela é formado em agronomia e sabe como ninguém as vantagens da aplicação da tecnologia dos novos maquinários na hora da colheita. "Com uma colheitadeira como essa da New Holland conseguimos diminuir as perdas de grãos, além de colhermos mais rápido", afirma. Outro diferencial é apontado pelo pai, Luiz Antônio. "Na minha época nem sonhávamos com o conforto que uma colheitadeira dessas proporciona ao operador. Isso com certeza

influencia no rendimento da colheita", afirma o produtor, que já planeja a troca de outros equipamentos da sua propriedade. GARANTIA ADICIONAL E SEGURANCA Segundo Edson, "a New Holland é sinônimo de alta qualidade, melhor desempenho e aumento de produtividade. Com muitos anos de experiência, o consórcio de fábrica oferece a segurança da garantia de entrega e de preço". Ele também ressalta a transparência nos sorteios. "Nosso consorciado pode acompanhar as assembléias mensais na concessionária ou ao vivo pela internet", frisa o representante.

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SENAR

TREINAMENTO

NR 51: curso foca novas exigências Objetivo do curso realizado no Sindicato Rural de Cascavel foi reforçar as exigências da Norma Regulanentadora 31, que trata sobre a segurança e saúde dos trabalhadores rurais

Equipamentos Individuais de Proteção. EPI’s. Todo mundo sabe para que serve, mas nem todos os trabalhadores usam. Foi para reforçar esta necessidade que o Sindicato Rural de Cascavel realizou um curso em parceria com o Sindiconvênios direcionado ao tema nos dias 9 e 10 de janeiro, na sede da entidade. A abordagem destacou diretamente a Norma Regulamentadora nº 31, do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), que rege os trabalhadores rurais. “Falamos sobre várias situações, como a segurança ao operar maquinários, a pulverização de agrotóxicos e muitas outras atividades. Entretanto, a dúvida mais comum se voltou para o uso de EPI’s. Embora bastante difundido, o assunto ainda reserva alguns questionamentos. O curso foi uma oportunidade para estes esclarecimentos”, pontua o instrutor, Sérgio Gonçalves da Silva. O empregador fornece os equipamentos. E o empregado é obrigado a utilizar. O não uso pode implicar em várias situações, como danos á saúde, risco de acidente, e ainda, demissão por justa causa. “A intenção da norma e também do curso é conscientizar o empregador em oferecer os equipamentos e proteger o colaborador. O trabalhador também precisa aceitar e fazer a utilização adequada. Tem que se conscientizar que o uso é uma garantia à segurança, a saúde e também contribuiu para que o trabalho seja melhor desenvolvido”, explica Sérgio. PRODUTOR EXIGE O USO Na propriedade de Eloi Antônio Piva, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) é regra. “Coloco a disposição e exijo o uso. No começo enfrentamos um pouco de resistência, mas agora os funcionários já acostu-

Curso aconteceu na sede do Sindicato Rural de Cascavel

Eloi: "Coloco à disposição e exijo o uso"

Rosa: "Precisamos estar atualizados"

maram e também fazem questão. Estão bem conscientes. Cobro o uso porque preciso da mão-de-obra. E se meus funcionários estão com a saúde em dia tenho serviço garantido”. CURSO RECICLA CONHECIMENTOS Rosa Orejuela gostou da oportunidade. Viu no curso uma chance de atualizar infor-

mações. “É uma reciclagem. Os assuntos tratados aqui são extremamente úteis e todos deveriam participar. As normas mudam e por isso precisamos estar atualizados. Aqui aprendemos sobre as necessidades, as razões da exigência e as consequências sobre quem desobedece a regra. Participar do curso é ter responsabilidade”, finaliza.

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LEGISLAÇÃO

DEFENSIVOS GENÉRICOS

Deputado quer simplificar registro

O deputado estadual Nelson Padovani defende a simplificação dos procedimentos para registro de defensivos genéricos

Preocupado com o alto custo dos insumos agrícolas no Brasil, o deputado federal Nelson Padovani (PSC-PR) foi à tribuna da Câmara no mês de janeiro para pedir urgência na tramitação de projetos de lei que aprimoram a legislação sobre o registro de produtos fitossanitários, em especial dos genéricos. Segundo ele, o custo de produção agrícola no Brasil é hoje o mais alto da América do Sul, o que deixa o País em condições desfavoráveis diante dos vizinhos, especialmente no que se refere às exportações agrícolas. Para o deputado, a vantagem dos demais países sul-americanos perante o Brasil não se deve à maior eficiência dos seus produtores rurais, mas sim ao menor custo dos insumos por eles utilizados na agricultura e na pecuária, em especial de fertilizantes e produtos fitossanitários. “O excesso de burocracia no Brasil, a concentração industrial na produção de alguns insumos e as dificuldades para a liberação de defensivos genéricos estão tirando a competitividade do agronegócio brasileiro”, criticou. Ele explicou que o registro dos produtos fitossanitários é feito com base em critérios internacionais de equivalência definidos pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), sendo que para o registro de genéricos as exigências devem ser mais simples que as que se aplicam a um novo produto. “No entanto, após ingressarem com toda a documentação exigida, as empresas interessadas têm aguardado de três a quatro anos para que se conclua a tramitação do processo, que passa por três órgãos do Governo Federal — Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura —, até que obtenham o registro de produto equivalente e, finalmente, consigam comercializá-lo”, frisou. Padovani lembrou que o mercado bra-

Padovani: "A vantagem dos demais países sul-americanos perante o Brasil se deve ao menor custo dos insumos por eles utilizados na agricultura e na pecuária"

O excesso de burocracia no Brasil, a concentração industrial na produção de alguns insumos e as dificuldades para a liberação de defensivos genéricos estão tirando a competitividade do agronegócio brasileiro.

NELSON PADOVANI Deputado Federal

sileiro de agroquímicos é o terceiro maior do mundo, movimentando a cada ano mais 26

de R$ 20 bilhões. Entretanto, os principais herbicidas, inseticidas, fungicidas e demais produtos fitossanitários aqui utilizados são fabricados por poucas empresas. Essa condição de oligopólio – discursou – “faz com que se imponham os preços dos produtos no mercado”. Ainda de acordo com o parlamentar, a maior oferta de genéricos no Brasil poderá promover o equilíbrio entre oferta e demanda e trazer economia da ordem de 20% a 30% na aquisição de insumos agrícolas. “Em países onde há maior oferta de genéricos, a comercialização de produtos de marcas tradicionais não foi prejudicada. A livre concorrência induz as empresas a investir em tecnologia e adquirir eficiência industrial, administrativa e mercadológica”, sustentou. “Se essa desigualdade continuar, a perda de competitividade poderá, em curto prazo, acarretar instabilidade ao agronegócio brasileiro, com graves consequências para o conjunto da economia nacional”, alertou Nelson Padovani. Fevereiro - Março/2014


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ATÉ AGORA FORAM

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ENEM

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MEDICINA

ENEM FURG/2014

APROVAÇÕES ATRAVÉS

DO ENEM

MEDICINA

ENEM UNIOESTE/2014

FELIPE GIACOMEL

AMANDA KLAJN

QUEM COMPARA, ESCOLHE O ALFA! Fevereiro - Março/2014

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PECUÁRIA

ABERDEEN ANGUS

Raça é a campeã na venda de sêmen Serena da Rio da Paz foi a Grande Campeã da 34º Expovel, enquanto o touro Forte da Rio da Paz foi o Grande Campeão

Liderando o ranking há 3 anos, produtores de Angus comemoram a preferência pela genética da raça européia entre os criadores.

O Brasil lidera o ranking de maior exportador de carne bovina do mundo desde 2008 e as estatísticas mostram crescimento também para os próximos anos. Dados de 2012 apontam um rebanho bovino de 9.467.973 animais, sendo que a região Oeste é a quarta mais populosa em gado de corte, com destaques para o município de Guaraniaçu, com 141.200 cabeças, e Cascavel, com

88.787. Os números animam os produtores, que cada vez mais procuram o melhoramento genético para aumentar a qualidade do rebanho. E os criadores da raça Angus são os que mais têm a comemorar neste atual cenário. “Há 3 anos consecutivos o Angus lidera a venda de sêmen no Estado”, afirma Fábio Schuler Medeiros, gerente nacional do programa Carne Angus Certificada da ABA (Associação Brasileira de Angus). “Os números de comercialização de 2013, que são divulgados pela ABIA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial), só serão conhecidos a partir de fevereiro, mas a expectativa é de que novamente estejamos liderando esse ranking”, complementa. O grande diferencial da carne de Angus

no mercado é a certificação da Associação Brasileira de Angus, em parceria com a indústria frigorífica. “A qualidade da carne é o principal atrativo para o consumidor, que exige que o produto seja certificado com o selo da ABA”, afirma Edio Sander, presidente da Cooperaliança, de Guarapuava, que recebe a produção de cerca de 47 produtores do interior do Paraná. “Não basta dizer que é Angus. O consumidor quer ter certeza da autenticidade. Aí que entra o selo de certificação do Programa Carne Angus Certificada”, complementa. Hoje, 45% da produção da Cooperaliança é de Angus e a expectativa para 2014 é que esse percentual suba até 60%, o que corresponde a 4.600 toneladas. “Há alguns anos, o novilho precoce tinha

A Expovel ainda premiou o Ripio da Rio da Paz como Reservado Grande Campeão e a Cássia da Rio da Paz como Campeã Bezerra Menor

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grande aceitação pelos consumidores, mas o conceito de precoce varia muito de produtor a produtor. Enquanto alguns abatiam animais com 15 meses, outros abatiam com até 30. Esse problema não existe com o Angus, pois os padrões da certificação exige critérios de avaliação únicos, que garantem o padrão de qualidade da carne”, afirma Edio. De acordo com o criador cascavelense Renato Zancanaro, que trabalha com seleção genética, a raça Angus é muito procurada no Brasil e a tendência é que o mercado cresça. Ele enfatiza que a procura é muito grande e que na região falta produto. Para Zancanaro, “investir no Angus é uma oportunidade de mercado que só cresce, é um produto que tem liquidez e os animais são totalmente adaptados regionalmente. O criador vai ter o comprador do bezerro dele, em termos de pecuária, o resultado mais eficiente é a cruza Angus”, aconselha. PREMIAÇÕES NA EXPOVEL O criador, que trabalha com seleção genética, teve diversos animais premiados na última edição da Expovel, como a Serena da Rio da Paz, que ganhou o prêmio de Grande Campeã, o Forte da Rio da Paz, como Grande Campeão, o Ripio da Rio da Paz, que ficou como Reservado Grande Campeão, a Cássia da Rio da Paz, que levou o título de Campeã Bezerra Menor.

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Aliança Angus Premium Atentos às exigências do consumidor por excelência em qualidade de carne, a Cooperaliança começou no ano de 2009 a direcionar seus rebanhos e de seus parceiros para a produção de animais com genética ANGUS. No ano de 2012, através de parceria firmada com a Associação Brasileira de Angus foi lançada no mercado a marca “Aliança Angus Premium”, um novo conceito em Carne de Qualidade. Produzida a partir de animais Angus e cruza Angus com idade de até 20 meses, com grau de acabamento adequado e utilizando sistemas de criação intensiva, garantimos um padrão de excelência e uniformidade em nosso produto que encanta os consumidores de carnes nobres. O resultado é uma experiência única em qualidade que somente a autêntica Carne Angus Certificada pode promover, com uniformidade e constância de fornecimento durante todo o ano, resultantes de nosso sistema de produção planejados e organizados para este fim. “Nossa qualidade é resultado do monitoramento permanente por veterinários e zootecnistas da própria cooperativa, que acompanham o processo de produ-

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ção nas propriedades dos produtores cooperados, o abate e distribuição de nossos produtos, realizado através de logística própria, garantindo a qualidade do campo à mesa do consumidor”, afirma Edio Sander, presidente da cooperativa. Os dois frigoríficos da Cooperaliança são os únicos certificados no Paraná para produzir carne com o selo da ABA.


CORBÉLIA

SINDICATO RURAL

Presidente enfatiza o associativismo Selvino Danilo Mânica convoca os agricultores de Corbélia a se associarem oficialmente à entidade

O Sindicato Rural de Corbélia foi fundado em 1979. A cidade, apesar de estar localizada ao lado de Cascavel, tem características muito pecualiares que a diferem bastante. “O nosso clima é diferente de Cascavel. Apesar da proximidade, pode-se ter excesso de chuvas lá e aqui não. Além disso, a composição do nosso solo é muito diferente”, afirma o presidente do Sindicato Rural Patronal de Corbélia, Selvino Danilo Mânica. “Em nossa gestão, procuramos defender os interesses dos agricultores do município e dar apoio às suas necessidades do dia-a- dia, como suporte na parte contábil da propriedade, emissão de folha de pagamento de funcionários das propriedades, fornecimento de assessoria fundiária, juridica e tributária, representação dos agricultores na Comissão de Conciliação

Selvino Danilo Mânica: "Sindicato auxilia no dia a a dia do agricultor"

Prévia (mediação entre empregadores e trabalhadores), cálculo de imposto de renda, cursos de qualificação através do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), entre outros”, enfatiza o presidente. Para 2014, está previsto a constru-

ção de um salão de eventos junto à sede própria do Sindicato. O objetivo é possuir um espaço para cursos, treinamentos e palestras aos nossos associados, além de locação para terceiros. “A previsão é de que o auditório tenha capacidade para 300 pessoas”, diz Mânica. ASSOCIADOS O Sindicato Rural de Corbélia não tem oficialmente nenhum associado. Isso porque há anos foi optado por ter como renda a contribuição sindical obrigatória, que é realizada anualmente pelos produtores. “Hoje, podemos dizer, todos os agricultores do município são nossos associados. Mas não podemos continuar assim. A lei exige que tenhamos um quadro associativo. Por isso, estamos conclamando todos os agricultores do município de Corbélia a procurarem o Sindicato Rural e se associarem formalmente”, diz Mânica. “Assim, nossa entidade vai poder prestar mais serviços e estar mais presente junto aos agricultores”, ressalta. Quem desejar mais informações sobre como se associar, basta ligar para o Sindicato Rural: (45) 3242-1330.

Cursos do Senar qualificam os produtores rurais de Corbélia O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR – Administração Central, foi criado pela Lei Federal nº 8315, de 23 de dezembro de 1991 e regulamentado pelo Decreto nº 566/92, de 10 de junho de 1992, com o objetivo de organizar, administrar e executar no território brasileiro o ensino da formação profissional rural e a promoção social do trabalhador rural. Toda a execução da programação do Senar-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) foi centrada na premissa da parceria. Desta maneira desde sua criação, tem firmado convênios com a Federação da Agricul-

tura de Estado do Paraná – FAEP e os Sindicatos Rurais Patronais nos diversos municípios paranaenses, ficando os mesmos responsáveis pela mobilização e ins-

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crição dos participantes, de forma a viabilizar os eventos previstos no planejamento anual O Sindicato Rural de Corbélia é um desses parceiros que oferecem diversos cursos de qualificação para o produtor rural. O último curso realizado teve 22 participantes e aconteceu no final de 2013, tendo como tema “De Olho na Qualidade”, com a instrutora Giane Fatima Dranka Mori. Segundo a secretária do Sindicato Rural de Corbélia, Silvia Emidio Patene, o próximo curso é o de “Plantas Medicinais” e acontece no mês de março em data ainda a ser definida. Fevereiro - Março/2014


Governo autoriza AGF de feijão Iniciativa do Sindicato Rural de Corbélia levou Governo Federal a adotar medidas para beneficiar os produtores de feijão do Paraná Preocupado com o baixo preço do feijão no mercado, o presidente do Sindicato Rural de Corbélia, Danilo Selvino Mânica, enviou requerimento à FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), solicitando uma política de auxílio aos produtores por parte do Governo Federal. O requerimento foi repassado ao Ministério da Agricultura (MAPA) em 9 de janeiro, solicitando a utilização de mecanismos de apoio à comercialização da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Em resposta ao ofício da FAEP, o secretário de Política Agrícola do MAPA, Neri Geller, informou que a CONAB realizará aquisições do Governo Federal (AGFs) no âmbito da PGPM para 30 mil toneladas. O secretário esclareceu ainda que se os preços continuarem abaixo de R$

MUNICÍPIO DE CORBÉLIA SE DESTACA NA PRODUÇÃO DE FEIJÃO NO PR Segundo dados do Deral, foram plantados 7.500 ha de feijão no ano de 2013, o que torna Corbélia destaque na produção regional do grão. Na safra de verão, enquanto que em Cascavel foram plantados 2200 hectares, Corbélia plantou 1000 hectares. A previsão inicial era de uma colheita de 2500 quilos por hectare, mas devido a problemas climáticos colheu 1750 quilos

por hectare. As chuvas atrapalharam um pouco, ocasionando uma perda em volume de 30%, além de influenciar q qualidade do produto. Corbélia é o maior produtor de feijão das secas - que será plantado agora - do núcleo de Cascavel. Enquanto Cascavel plantou 6 mil hectares de feijão das secas no ano passado, Corbélia plantou 7,5 hectares na produção regional.

95,00/60kg (preço mínimo do feijão cores), novas demandas devem ser encaminhadas para a Superintendência Regional da CONAB. Os produtores paranaenses estão fazendo a colheita do feijão da primeira safra com preços médios recebidos no valor de R$ 65,00 a R$ 75,00 por saca para o feijão cores, abaixo do custo da produção e do preço mínimo de garantia. O edital para a

compra do feijão ainda está sendo elaborado na CONAB e quando for publicado a FAEP irá divulgá-lo entre os produtores. O presidente Mânica faz um alerta aos produtores de Corbélia para que aguardem as medidas do Governo Federal para comercializarem a sua safra. "Com essas ações do governo, o preço do feijão irá melhorar. Basta o produtor ter paciência que irá conseguir comercializar melhor a sua safra", salienta.

O município de Corbélia é um dos grandes produtores de feijão do Estado

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PROJETO

CÂMARA DE VEREADORES

Estradas rurais serão identificadas O vereador Pedro Martendal Araújo tem projeto de lei que obriga a prefeitura a colocar placas identificativas em todas as estradas do interior do município.

Quem trafega pelo interior do município de Cascavel já sabe as dificuldades de localização em cruzamentos nas estradas do interior. “Com raras exceções, por intermédio das associações de moradores, algumas estradas possuem identificação. Mas a maioria carece de indicação para facilitar a vida de quem precisa trafegar pelo interior do município”, argumenta o vereador Pedro Martendal Araújo, que tem em tramitação na Câmara de Vereadores de Cascavel projeto de lei que exige a colocação de placas inden-

tificativas nas vias. “Dentre muitas solicitações e apelos da comunidade rural, essa identificação era uma reivindicação da maioria dos moradores”, afirma. “Imagine uma ambulância tendo que fazer um socorro médico urgente no interior ou uma ação da Polícia para atender ao chamado de um produtor rural. É claro que quem mora na localidade não se perde. Mas esse profissionais que não estão habituados a circular na região, com certeza, terão sérias dificuldades de localização”, afirma o vereador, justificando a importância da medida. ABRIGOS EM PONTOS DE ÔNIBUS Outro projeto do vereador para o interior do município de Cascavel busca a melhoria da qualidade de vida dos moradores. Lei, já aprovada, exige a colocação de abrigo nos pontos de ônibus de todo o interior de Cascavel. “Com isso, as pessoas terão mais segurança e conforto em dias de chuva ou

sol escaldante ao utilizar o transporte coletivo”, salienta. “Assim, os moradores da área rural terão as mesmas comodidades de quem mora na cidade”, ressalta Pedro. Além desses projetos, o vereador Pedro Martendal tem vários requerimentos e indicações de serviços e obras que beneficiam o interior do município. “Cascavel é a capital do agronegócio do Oeste do Paraná. A agricultura é fundamental para nossa cidade, com reflexos imediatos na economia de Cascavel”, complementa. Para o vereador, o bom momento do agronegócio nacional apenas ressalta a importância do segmento para o país. “E o produtor rural é o grande responsável por esse êxito. Por isso, procuro direcionar projetos que atendam as necessidades do meio rural”, ressalta. Se a agricultura vai bem, a cidade vai bem. Por isso tenho a preocupação de focar projetos que beneficiem essas comunidades”, finaliza vereador Pedro Martendal.

Pedro Martendal tem direcionado projetos que atendam as necessidades das comunidades rurais de Cascavel

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safra

SILOS

Armazenagem com mais qualidade Investimentos em silos não condizem com o crescimento da produtividade. Problemas na armazenagem e secagem inadequada pioram situação

A agricultura brasileira vem num crescimento anual muito acentuado tanto na produtividade como no aspecto de tecnologia aplicada no campo, aumentando a renda do produtor rural. Esse crescimento vem gerando anualmente um déficit de armazenagem, pois os investimentos na nossa rede armazenadora não acompanham esse ritmo, apesar de existirem linhas de crédito para incrementar a construção de novas unidades. A falta de estrutura proporciona problemas na armazenagem como secagem inadequada, fora dos padrões especificados, má limpeza de grãos, armazenagem a céu aberto e outros. A importância econômica, na visão do produtor, ressalta a necessidade de agilizar o processo de recebimento na Unidade Armazenadora mesmo não considerando a qualidade final dos grãos. A armazenagem com garantia de qualidade está alicerçada em três pilares básicos: 1 Aeração Forçada - que consiste na passagem do ar ambiente pela massa de grãos, através dos ventiladores elétricos; 2 – Termometria sistema destinado a realizar leituras das temperaturas no interior da massa identificando focos de aquecimentos e o comportamento da mesma; e 3 - Sistema de Exaustão - que se apresenta-se como um novo conceito na conservação de grãos. Ele retira o ar concentrado entre a massa de grãos e a cobertura do armazém ou silo metálico. A retirada dessa bolsa de calor proporciona vários benefícios à massa de grãos e ao armazenador, como descrito abaixo. Para maior compreensão vamos descrever de forma simples o que ocorre e qual o comportamento dos grãos decorrente da existência desta bolsa de calor e também da formação da condensação sobre a massa de grãos. Este fenômeno acontece da seguinte

Os cuidados com a conservação é crucial para a qualidade do armazenamento

forma: a radiação solar provoca o aquecimento da cobertura (telhado) formando uma “bolsa de calor” e pela condução térmica aquece o ar interno, baixando a umidade relativa do ar. Esse ar com temperatura elevada absorve a umidade contida nos grãos armazenados pelo efeito da evaporação, que tecnicamente chama-se Equilíbrio Higroscópico (característica natural dos grãos de ganhar ou perder umidade, conforme a variação da temperatura e umidade relativa), criando uma “bolsa de calor com ar úmido”. Em contrapartida, quando o ar úmido entra em contato com o telhado resfriado pela variação climática externa (noite ou período de baixa temperatura/ frio), diminui a temperatura do mesmo elevando a umidade relativa interna, podendo, com isso, atingir o ponto de orvalho (saturação), condensar e gotejar sobre a massa de grãos armazenados. Desta forma podemos observar a primeira vantagem da exaustão, que é a eliminação da condensação no interior do ambiente armazenador, pois retira-se o calor com umidade do interior do mesmo. Outro fato que ocorre quando retiramos essa bolsa de calor, é a formação de um fluxo contínuo de saída do ar quente do interior da massa, possibilitado pela convecção natural (fluxo contínuo de ar quente ascendente), a que chamamos de Aeração Intensificada e Natural. Observando essa situação, perceberemos que o fluxo natural de saída do ar quente cria um fenômeno, ou seja, como o ar quente sai do interior da massa, logo outro ar ocupa este espaço com temperatura inferior em relação ao de saída, gerando o resfriamento natural sem a aplicação da aeração forçada 36

(ventiladores). A entrada deste novo ar se dá através das aberturas existentes entre a cobertura e a chapa lateral do silo vertical e, no caso de armazéns graneleiros, na parte superior da parede. A troca é continua e sua velocidade está diretamente relacionada com as diferenças das temperaturas (gradiente). Quanto menor for a temperatura externa, mais rápido será o processo de resfriamento natural. O momento do dia que tem essa aceleração é à noite, onde as temperaturas são inferiores (frio). A entrada deste ar (resfriamento), como descrevemos acima, é realizada pela parte superior do ambiente armazenador, e, pela sua densidade, penetra na massa resfriando a camada de cima e as demais camadas de toda a coluna de grãos, conforme o tempo de armazenagem. No caso da aeração forçada o processo é inverso, de baixo para cima (entrada de ar pelas canaletas de aeração). No interior do ambiente de armazenagem devemos nos preocupar em colocar grãos devidamente secos, dentro dos padrões especificados e definidos, como a umidade de armazenagem máxima e a vazão especifica do ar da aeração. Podemos observar quando armazenamos com umidade de 14% B.U. (produto para destino comercial) a vazão especifica do ar de aeração é de 0,1 m³/min. m³. Para umidade entre 15% e 17%, a vazão deverá ser de 0,2 m³/min.m³, ou seja, o dobro da vazão necessária de ventilação. Dessa forma, quando armazenamos fora do padrão especificado, provocaremos um aquecimento acelerado da massa, devido à intensidade do processo respiratório dos grãos (liberação de Fevereiro - Março/2014


calor) e, consequentemente, o surgimento de grãos ardidos, chegando a deterioração por excesso de temperatura (queima). O grão é um ser vivo e mesmo ao respirar libera gás carbono, água e calor (energia), estes dois últimos em forma de vapor. Quanto maior for a umidade maior será a respiração e a liberação de calor. Um grão com umidade de 14% com temperatura de armazenagem de 22ºC tem uma liberação de calor de 0,16 kcal/h x 10². Quando o grão está na mesma condição de temperatura, mas com umidade de 16%, a sua liberação passa para 1,40 kcal/h x 10², o que representa 8,75 vezes mais. Observando

Fevereiro - Março/2014

estes comportamentos acima, devemos executar um processo de secagem uniforme, com temperaturas especificadas e umidade final padrão, caso contrário teremos um comportamento alterado na massa, fora do controle do armazenador, necessitando fazer transilagem e excesso de aeração forçada. Quando necessitamos agilizar o processo de recebimento na unidade armazenadora, devemos cuidar para efetuar todas as operações dentro do padrão, evitando ações como limpeza insatisfatória, secagem a altas temperaturas para aumentar o rendimento, e armazenagem com umidade acima do deter-

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minado. Todas essas ações mencionadas trarão para o ambiente armazenador problemas sérios referentes à qualidade e ao aumento do custo de armazenagem, pois teremos surgimento de grãos ardidos, micotoxinas, proliferação de pragas, aquecimento acelerado da massa e a necessidade mais intensa da realização da aeração forçada. Quando o armazenador tiver necessidade de aumentar seu processamento, deve considerar que a atitude correta é investir em estrutura de armazenagem, secagem, limpeza, etc., compatibilizando o seu novo fluxo e privilegiando a qualidade das safras armazenadas.


curso SENAR

EMPREENDEDOR RURAL

De dona de casa a empresária rural “ O projeto incluiu o aluguel de 40 vacas, que produzem 33 mil litros de leite por mês

Projeto de leitaria elaborado no curso Empreendedor Rural transformou a vida de Marcia Martini

Mãe de família e, até pouco tempo, dona de casa. A rotina era a mesma todos os dias para Marcia Martini: lavar, passar, cozinhar, cuidar dos afazeres domésticos. Mas foi através de um curso oferecido pelo Sindicato Rural que ela viu sua vida mudar radicalmente. “Temos uma área de terra que é da família, onde temos lavoura. O lucro de cada safra era rateado, mas nunca participei ativamente. De repente, me interessei em fazer o curso Empreendedor Rural, e foi aí que a revolução começou”, conta Márcia. O Programa Empreendedor Rural (PER), criado pelo Senar e pela Faep para estimular

Levo tudo na ponta do lápis. Tudo é planejado. Tudo é calculado. Estou muito satisfeita com o resultado

MARCIA MARTINI Empresária rural

habilidades do produtor, desenvolver competências empreendedoras, atuação eficaz em atividades econômicas, políticas e sustentáveis. O curso ensina a planejar, a calcular e a dar passos sólidos. Márcia mergulhou 38

de cabeça. Se dedicou ao bê-a-bá. Elaborou dois projetos. Em um deles a conclusão foi de inviabilidade, e outro, frutificou. A perspectiva era de resultados positivos. E foi assim que ela decidiu coloca-lo em prática. O projeto era na área de leite. Ousadia e tanto para uma dona de casa. “Separei uma área para mexer com o projeto. Fui dando um passo de cada vez. Primeiro fui atrás do financiamento, para ver se havia condições de alcançar o investimento necessário. Deu certo. Depois disso fui dando sequência às etapas seguintes”, conta. Os segundo passo foi providenciar a alimentação para os animais. “Não teria sentido ter os animais se não houvesse alimentação para eles. Então plantei o milho e garanti silagem para um ano. Depois parti para a construção do barracão, para a compra dos equipamentos de ordenha e, por Fevereiro - Março/2014


FERRAMENTA DE GESTÃO O Programa Empreendedor Rural se tornou uma ferramenta essencial de gestão e empreendedorismo aos produtores rurais. Leva informação, conhecimento e principalmente técnicas que ajudam o agricultor a transformar sua propriedade em uma empresa rural eficiente, lucrativa, moderna e sustentável.

último, vieram os animais”. ANIMAIS ALUGADOS E esta foi outra questão muito bem planejada. Márcia, através do seu projeto, verificou que não teria capacidade financeira para comprar as vacas de leite. Foi assim que aderiu a uma parceria proposta por um laticínio. “Eu alugo as vacas e pago em leite”. São 40 vacas, 33 mil litros de leite por mês. A intenção é chegar ao final do ano com 52 vacas e fazer a produção crescer. “Levo tudo na ponta do lápis. Tudo é planejado. Tudo é calculado. Parte da produção vai para o pagamento do aluguel das vacas.

Fevereiro - Março/2014

A idéia de produzir leite saiu do papel e mudou radicalmente a vida de Marcia Martini

E a outra parte fica para cobrir as despesas. O que sobra é lucro. Estou satisfeita com o resultado”, comenta a empresária. A vida de Márcia mudou completamente. “Estou mais feliz, autoconfiante. De repente, de dona de casa, virei empresária. E por mérito meu. Fui atrás de tudo e agora vejo o resultado acontecer. Recomendo o Empre-

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endedor Rural. Ganhei autonomia, independência financeira. Virei dona do meu próprio negócio. A minha vida mudou. E mudou para melhor”. Hoje Márcia conta com três funcionários. A produção média é de mil litros de leite por dia, de leite com baixo índice de bactéria. “Aqui se produz leite de qualidade”, comemora.


clima

RADAR METEOROLÓGICO

Previsão do clima com mais exatidão “

Radar será capaz de prever temporais há 400 quilômetros de distância

Empresa americana ainda está concluindo a instalação dos equipamentos do radar que tinha previsão de funcionamento em 2013

A agricultura é um dos segmentos que mais dependem de uma previsão climática com exatidão. Há 15 anos, os dados para monitoramento para a região Oeste do Paraná são coletados em um radar instalado no município de Teixeira Soares, nos Campos Gerais. Mas desde o ano passado, o Instituto Tecnológico Simepar está instalando em Cascavel uma estação metereológica, em área cedida pela Coodetec. A torre de 25 metros de altura está instalada no ponto mais alto da cidade, onde não há relevo acidentado, livre de bloqueios de prédios e linhas de transmissão e terá um radar meteorológico Doppler Polarimétrico, um sistema de alta tecnologia. A estrutura é capaz de suportar ventos de

Será possível prever tempestades a mais de 400 km de distância e com até 12 horas de antecedência.

CÉSAR BENETI Diretor adjunto do Simepar

até 110 km/h, e promete muito mais. Será recheada de equipamentos de alta tecnologia, que vai transformar o local numa estação meteorológica completa, aumentando a cobertura da rede de radares do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar). O investimento foi de R$ 10 milhões, bancados pelo Governo do Estado e pelo Simepar. A previsão inicial era de que em 40

setembro de 2013, tudo já estivesse em pleno funcionamento, o que ainda não aconteceu. A explicação dada pelo Simepar é que a empresa americana responsável pela instalação dos equipamentos não concluiu a instalação. “Estamos em fase de testes e a expectativa é de que em fevereiro tudo esteja funcionando”, pontuou o diretor adjunto do Simepar. Segundo César Beneti, quando a estrutura estiver concluída será possível prever tempestades há mais de 400 quilômetros de distância, e até com 12 horas de antecedência. Poderá servir de alerta para a Defesa Civil nos municípios do Oeste do Paraná. O funcionamento do radar tem importância regional principalmente por aumentar a precisão das previsões meteorológicas em geral. Para Cascavel, consolida mais sua posição de liderança regional por abrigar tão importante equipamento, que trará benefícios para toda a região e toda a sociedade de um modo geral. Fevereiro - Março/2014


Fevereiro - Marรงo/2014

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SAÚDE Os tipos de cânceres mais prevalentes Por dr. Sérgio Roberto (*) Nos EUA as estatísticas sobre a incidência de cânceres são mais confiáveis, pois a estrutura disponível para tal registro é melhor quando comparadas ao nosso país e, guardadas as devidas proporções, os mais comuns na mulher são os de mama, pulmão, colo reto (carcinoma colorretais, CCR) e útero (corpo) e no homem é o de próstata, pulmão, CCR e bexiga urinária (descartados os de pele não melanomas). É importante mencionar tais achados, à medida que existe uma tendência de apresentarmos os mesmos padrões de incidência de um país desenvolvido e com uma população 1,6 vezes a nossa (330 milhões e 200 milhões respectivamente). O câncer de pele é o mais comum (não melanomas e melanomas, estes últimos ao redor de 5%), estando envolvidos com a exposição à radiação ultravioleta A (UVA) em detrimento aos UVB (responsável pelo envelhecimento da pele). Para sua profilaxia devemos usar os protetores solares (fator de proteção solar, FPS mínimo de 15%), na quantidade mínima de dois mg/cm2 (5 colheres de chá do produto, sendo ao menos uma colher para a face) com aplicação meia hora antes da exposição solar e reaplicações de 2 em 2 horas, conforme necessidade (banhos de mar ou piscina exigem aplicações mais frequentes). Os grupos que encerram maior risco são as pessoas de pele clara, cabelos loiros ou ruivos, sardas e olhos claros, além dos que apresentam histórico prévio na família. Geralmente os cânceres de pele não melanomas, por serem bastante frequentes são facilmente diagnosticados (pois são visíveis) e de fácil tratamento em sua grande maioria (cirúrgico ou radioterápico), estes são excluídos das estatísticas de incidência. Fora o câncer de pele, conforme supramencionado, o câncer mais comum é o de próstata, seguido pelo de mama. O responsável por tal demanda diagnóstica foi a dosagem do PSA (década de 80) e, juntamente ao toque retal, proporcionou este aumento diagnóstico (geralmente o ponto de corte na dosagem de PSA é de 4 mg/mL, sendo que podemos apresentar falha diagnóstica em até 30% quando definimos tal valor; se adicionarmos o toque esta falha cai para cerca de 5%). Portanto, o câncer de mama é o se-

Tabela atualizada da estimativa de cânceres em 2012 HOMENS

MULHERES

Próstata 60.180

Mama 52.680

Pulmão 17.210

Colo do útero

17.540

Cólon e reto

Colon e reto

15.960

14.180

Estômago 12.670

Tireóide 10.590

Cavidade oral

Pulmão 10.110

9.990

Fonte: Datasus-INCA

O câncer de mama lidera incidência em mulheres

gundo mais frequente no mundo (primeiro entre as mulheres, tanto em incidência quanto em mortalidade antes dos 55 anos – antecedido pelo pulmão). Em nosso país foram diagnosticados cerca de 50 mil novos casos em 2010 (12 mil mortes), estando a hereditariedade ligada a cerca de 10% dos mesmos (genes BRCA 1 e 2, gene pTEN). Este câncer aumenta com a idade (75% na pós-menopausa). Já o câncer de pulmão está envolvido em sua etiologia (causa) um produto industrial, que é o cigarro (90% são tabagistas ou ex-tabagistas), e há cerca de 20 anos já comprovamos que o câncer de pulmão em tabagistas passivos envolve uma situação idêntica. Hoje o tabagismo é considerado uma doença (CID 10 F17.1, transtornos mentais e comportamentais devidos ao fumo). O câncer de pulmão é o que detém a maior mortalidade (tanto em homens quanto em mulheres). Nas mulheres observamos o câncer de colo de útero como à 3ª causa no Brasil (notamos que nos EUA a 4ª causa é o de corpo de útero e não o de colo), sendo antecipado pelo de pele e mama, geralmente ao redor dos 50 anos, estando o papiloma vírus fortemente envolvido em sua gênese (sorotipos 16 e 18, entre cerca de 200 - fe-

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lizmente temos duas vacinas contra estes subtipos); também é importante certificarmo-nos acerca dos fatores ligados aos hábitos de vida (tabagismo, alcoolismo, dietéticos, exames preventivos regulares, higiene íntima). O câncer de colón-reto (CCR) é a terceira causa (casos novos) nos EUA, sendo no Brasil também a terceira causa (excluídos os de pele) entre as mulheres, e a quarta entre os homens (a terceira causa seria os de estômago); Encontramos seu pico de incidência em torno de 50 a70 anos, existindo uma grande predisposição genética (principalmente quando ocorrem em pacientes abaixo dos 50 anos, pois existem várias doenças crônicas intestinais, sobressaindose os pólipos adenomatosos familiares e o câncer não polipoide hereditário - respectivamente FAP e HNPCC). Também deparamo-nos com situações dietéticas (rica em gordura animal e pobre em fibras e frutas), além de maus hábitos (tabagismo, alcoolismo, dieta hipercalórica). Enfim é importante frisarmos os fatores de risco para estes cânceres mais incidentes, dentre os fatores evitáveis: o tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, fatores dietéticos, obesidade, algumas infecções (HPV, EBV, Helicobacter pylori, HIV), além do controle de doenças inflamatórias intestinais (entre os portadores das mesmas, diagnosticadas ou não). Também é importante notar que a segunda causa de mortes no Brasil é o câncer (179 mil = 15%), antecedido pelas mortes cardiovasculares (324 mil = 28%, AVCs e infartos do miocárdio). (*) Dr. Sérgio Roberto Cortez da Silva é Pneumologista e Oncologista. Fevereiro - Março/2014


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MANEJO

PLANTE SEU FUTURO

Programa está em execução no Oeste Lançado recentemente em Cascavel, a previsão dos técnicos do programa do Governo do Estado é mostrar primeiros resultados durante o Show Rural 2014

O Governo do Paraná quer estimular práticas sustentáveis de plantio e de condução das lavouras, visando a diminuição do uso de agrotóxicos, e consequentemente, garantindo a fertilidade do solo, boas condições de saúde ao homem do campo, e claro, benefícios ao meio ambiente. O plano é desafiador. Afinal de contas o Paraná, Estado com vocação agrícola, é um ambiente onde os produtores aprenderam a lidar com as pragas contando com a forcinha dos agentes químicos. “A mudança de paradigma não é nada fácil. Temos que lembrar que nosso produtor é muito eficiente. Temos qualidade e grande produtividade. E como convencer o time que está ganhando a mudar de plano? Isso, só experimentando e apresentando a contraprova. E é este o caminho que temos trilhado. O primeiro passo do programa “Plante seu Futuro” é formar a equipe técnica”, explica o chefe do Núcleo Regional da Seab Cascavel, Eder Bublitz. Desde novembro do ano passado, quando houve o lançamento, os técnicos estão se preparando para o desafio. Estão sendo realizadas palestras, seminários. Existem ainda estações experimentais em funcionamento. Somente depois que os engenheiros agrônomos estiverem convencidos da eficácia do sistema sustentável, as práticas serão tocadas para frente, apresentadas aos produtores. Alguns resultados já estão disponíveis e serão apresentados no Show Rural. “Durante o evento o projeto vai ganhar ênfase. Queremos o uso racional de agrotóxicos. E para isso existem técnicas interessantes e baratas, o que beneficia o produtor”, garante o chefe do núcleo regional da Seab. A campanha visa a retomada de técnicas já conhecidas do agricultor como o Manejo In-

Werner: "É possível trabalhar mais e gastar menos através do controle biológico"

O controle biológico é feito com a aplicação da vespa Trichogramma. Ela parasita o ovo do adulto da Spodptera frugiperda e é uma alternativa sustentável para o controle da praga

ONÓBIO WERNER Técnico da Emater

tegrado de Solos e Águas, Manejo Integrado de Pragas, Manejo Integrado de Doenças, Manejo Integrado de Plantas Invasoras, Tecnologias de Aplicação de Agrotóxicos e Controle de Formigas Cortadeiras. Faep é parceira A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) é parceira do programa. O presidente, Ágide Meneguette, faz questão de lembrar ao produtor que o lucro, a capacidade de investimentos são importantes 44

para a atividade. Porém, para ele, o maior capital do produtor, é a terra. Sem ela, nada se produz. E por isso o solo deve ser preservado. Primeira etapa Na primeira etapa, a campanha deve abranger a área de soja, com foco no controle de pragas como lagartas e percevejos, e de doenças como a ferrugem asiática, além de trabalhar com o manejo de solos e água para evitar a erosão. Posteriormente, as ações serão voltadas para o milho safrinha, milho, feijão, olericultura e fruticultura. . Menos químicos, mais sustentabilidade O Instituto Emater tem sido peça chave no desenvolvimento do programa. O gerente regional, Renato Jasper, acredita que dentro de pouco tempo muitos agricultores passarão a ter a visão sustentável. “Estamos caminhando para isso. Em dezembro tivemos um seminário técnico para os profissionais das cooperativas e para os filiados a Associação de Engenheiros Agrônomos. Neste evento repassamos orientações sobre o manejo de pragas. O passo seguinte será na segunda quinzena de março, quando teremos um evento sobre manejo de solos”, explica Jasper. Ele esclarece que o objetivo do programa é conseguir obter uma produção mais Fevereiro - Março/2014


Através da utilização dos inimigos naturais das pragas, o impacto ambiental é reduzido

uma zona de conforto para usar ferramentas diferenciadas. De fato o trabalho com o controle biológico é maior. Tem produtores que desconfiam, mas funciona, é garantido. Tudo é matemático”, explica Onóbio Werner, técnico da Emater. Ele esclarece que ao produtor, neste momento, há duas possibilidades. “Trabalhar menos e gastar mais. Assim é se a opção for por aplicações químicas. Mas também é possível trabalhar mais e gastar menos. Esta opção é garantida pelo controle biológico”. De acordo com os dados da Emater, em

Cascavel nas unidades onde o projeto piloto foi implantado os agricultores até agora em termos de inseticida só fizeram uma aplicação. Enquanto isso, alguns vizinhos fizeram quatro. “A partir de agora é preciso pensar de forma sustentável. Por uma questão ambiental, pela necessidade de reduzir custos e também por preservar a saúde”, finaliza o técnico. Em maio, depois da colheita, a Emater fará a apresentação técnica dos resultados aos produtores. Este é o segundo ano de experimento e os resultados já surpreendem.

Há 30 anos protegendo e cuidando da visão do homem do campo.

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sustentável do ponto de vista ambiental e também econômico. “O Paraná é um Estados que mais utilizam agrotóxicos. A região Oeste é a campeã. Precisamos mudar esta realidade”. Depois de formadas as lideranças, os técnicos vão ser os responsáveis por multiplicar e difundir a proposta entre os agricultores. A expectativa é que uma resposta positiva venha do campo. Vespas contra lagartas Na região de Cascavel duas propriedades estão sendo realizados experimentos, em nome da sustentabilidade. Produtores começaram a utilizar o controle biológico da lagarta da soja por meio de outros insetos. As vespinhas. Elas exercem um grande papel. Estão substituindo os agrotóxicos e eliminando a lagarta das lavouras. Quem acredita no poder das vespas garante economia ao bolso. O método resulta da diminuição do uso de produtos químicos no campo, e reduz também, o número de aplicações. As vespinhas do grupo Trichogramma parasitam os ovos da mariposa antes da eclosão dos mesmos e do nascimento das lagartas. Com isso, controlam a praga antes que sejam causados danos à cultura. “Nossos experimentos tem comprovado a eficiência. Mas para isso é preciso que produtor e técnico estejam dispostos a sair de

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Fevereiro - Março/2014

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PRAGA

MOSCA BRANCA

Inseto é comum em várias culturas O excremento na forma de açúcar resulta da fumagina, uma mancha preta na folha

O inseto hospeda um vírus que resulta na diminuição da produtividade da planta e anula o seu crescimento. No Paraná os ataques não são comuns.

É certo que praticamente todo agricultor já viu e também já se preocupou com a presença da mosca branca sobre a lavoura de soja. Mas temos uma notícia que traz alento. De acordo com Adeney Freitas Bueno, pesquisador em entomologia da Embrapa Soja, não há motivo para dor de cabeça. Trata-se de um inseto que hospeda um vírus responsável pela diminuição da produtividade da planta e, por conseguinte anula o seu crescimento. A praga é comum em várias culturas, mas só é nociva quando estiver em grande quantidade. “Ela só tem uma importância maior onde transmite virose. Aí sim os prejuízos podem ser mais sérios, podendo causar

A mosca branca é muito pequena e só oferece risco em grandes populações

a necrose da haste da soja. Entretanto, hoje, no mercado, várias cultivares de soja já são tolerantes a este vírus. No melhoramento genético a mosca branca já está sendo contemplada. Com isso, na soja, este inseto não 46

é vetor de doenças importantes, para alívio do produtor”, observa o pesquisador. COMO AGE A mosca branca suga a seiva da folha. O excremento vem na forma de açúcar, e se Fevereiro - Março/2014


A mosca branca suga a seiva da folha. O excremento vem na forma de açúcar e se transforma em fumagina, um fungo de cor preta

ADENEY FREITAS BUENO Pesquisador da Embrapa Soja

transforma em fumagina, um fungo de cor preta. “Quando isso ocorre é como se o estômago da planta fosse fechado. Aumenta a temperatura da planta, o teor de etileno e desfolha acontece precocemente, podendo causar perda na produtividade”, explica Adeney. Ele esclarece que este tipo de prejuízo não está relacionado ao fato da mosca branca se alimentar da seiva, e sim, ao ato secundário, ao excremento açucarado. Segundo a Embrapa no Paraná o ataque é muito raro. Acontece geralmente em localidades onde há a chamada “ponte verde”, o cultivo constante de espécies vegetais que

COMO IDENTIFICAR A MOSCA BRANCA

A mosca branca se caracteriza por ser muito pequena, de coloração branca, os olhos são avermelhados e se destacam no corpo do inseto. A fêmea põe, em média, 200 ovos que, ao eclodirem, dão origem a larvas (nin-

são hospedeiras. “Em Goiás, por exemplo, onde se planta soja, depois feijão, depois tomate”. CONTROLE A mosca branca age silenciosamente. Muitas vezes sua presença só é percebida

fas). As ninfas (foto) sugam as plantas, extraindo a seiva e excretando uma substância açucarada, que promove o desenvolvimento da “fumagina”, um fungo que impede a realização da fotossíntese e causa a morte da planta.

quando as folhas já estão manchadas. “Se tiver fungo, a fumagina, é preciso entrar com controle, com inseticida específico do grupo de reguladores de crescimento de inseto. Antes, disso, qualquer atitude é precoce demais”, orienta o pesquisador.

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CASCAVEL

DISTRITOS

Ocupação da área de São João

8% área de pastagem 9% área com reflorestamento 4% área com mata ciliar 58% área mecanizada 1% área sede de propriedades 20% área com reserva florestal

São João: o maior distrito de Cascavel Além de ponto de encontro da comunidade, a igreja é também cartão postal do distrito

São João do Oeste conta com 6.300 habitantes e 19 associações de moradores e é uma das maiores mobilizações associativas e comunitárias rurais de Cascavel

O distrito de São João do Oeste é habitado basicamente por produtores rurais, descendentes de colonizadores, pessoas empreendedoras. As propriedades são de pequeno e médio porte. Ali se vê de longe o resultado do excelente trabalho feito da porteira para dentro, com lavouras bonitas, sadias e bem conduzidas, além de moradias bem zeladas e uma preocupação com o meio ambiente. A comunidade é extremamente organizada. Na sede do distrito tem de tudo. Escola municipal, escola estadual, Unidade Saúde da Família, igreja, comércio diversificado, com loja de material de construção, bares, supermercado, mecânica e até mesmo uma loja de confecções. Isso mesmo, uma loja

Dona Maria: "Jamais pensei em morar na cidade. É aqui que quero ficar"

de roupas cravada no meio do distrito onde a agricultura domina. Dona Maria é a proprietária e mora há 47 anos em São João do Oeste. Viveu no sítio, onde as preocupações eram outras, ajudando o marido a cuidar da lavoura, tirando leite e fazendo queijo. Há cinco anos ela decidiu dar um rumo diferente na vida e abriu a loja na vila. “Estou satisfeita. Vendo bem e gosto do que faço. Parada não fico e aqui no meu comércio os dias pas48

sam que nem vejo. Vendo e distraio a cabeça conversando com os clientes. Jamais pensei em morar na cidade. É aqui que quero ficar”, observa. Em São João do Oeste também encontramos a moradora Roseli. Como o tempo estava para chuva, ela apressava o passo para levar para o mercado os pães que tinham acabado de sair do forno. O cheiro era tentador. E o visual, de abrir o apetite! Nosso encontro durou poucos minutos, mas mesmo assim, ela muito educamente nos contou um pouco da sua vida. “Moro aqui em São João do Oeste há 30 anos. Não troco a vida aqui por lugar nenhum. É aqui que construí minha vida e minha família. É aqui que meus filhos estudam e trabalham. Adoro esse lugar”, diz. Na vila todo mundo se conhece. É o centro do distrito. É onde está a infraestrutura, onde a igreja é o principal ponto de referência. É também o local onde as preces da comunidade são depositadas. Mesmo tendo uma produção agropecuária expressiva, São João do Oeste precisa de melhorias urgentes, o que não é segredo para ninguém. PLANO DE AÇÃO A comunidade se organizou e chegou Fevereiro - Março/2014


Roseli mora há 30 anos em São João

Os moradores sofrem com as condições precárias da estrada de acesso ao distrito

a elaborar um plano de ação depois de ciclos de debates e audiência pública. O documento retrata o sonho da coletividade e contempla necessidades que vão do básico ao complexo. Um dos pedidos mais fortes é a melhoria nas estradas. O distrito de São João do Oeste é forte em produção, mas enfrenta problemas para escoar seus produtos. Segundo o presidente da Associação de Moradores da sede do distrito, Rodrigo Soares Galvão, os desafios são grandes e ainda há muito para avançar. Para sair das propriedades os motoristas se arriscam, principalmente, em dia de chuva, como presenciamos. Em alguns pontos a terra é solta, a estrada fica lisa, virada num atoleiro. Em outros as valas impedem a passagem e a enxurrada toma conta de tudo. Em alguns trechos, existe paralelepípedo, porém, em péssimo estado de conservação. Asfalto? São só oito quilômetros, que segue da vila até a BR-277. E o estado também é precário. Existem trechos que o asfalto sumiu, restando apenas buracos. Os carros desviam como podem, invadindo a pista contrária. Quem vai de moto corre perigo maior, podendo cair a qualquer momento. A Associação de Moradores pleiteia também melhoria no atendimento do posto de saúde e na segurança pública, com a instalação de uma base policial. Na área de educação, o sonho é da construção de um Centro de Educação Infantil (Cmei). TRABALHO NA CIDADE Em função da proximidade, muitos moradores de São João do Oeste, estão encontrando emprego no distrito industrial de Fevereiro - Março/2014

Cascavel. Mas para conseguir o emprego é preciso encontrar um lugar para que os filhos pequenos sejam cuidados com segurança. Em São João do Oeste os idosos encon-

tram o que fazer. Eles se divertem nos encontros, nos bailes da terceira idade. O distrito realiza a Festa das Massas. E os pratos são todos preparados pelas vovós de São João do Oeste.

PARQUE AMBIENTAL O Centro de Educação Ambiental Suely Marcondes de Moura Festugatto, conhecido também como Parque Ambiental está localizado na Estrada Jacob Munhak com a BR 277, no acesso ao distrito de São João do Oeste. Foi construído com o objetivo de lazer, de promover a educação ambiental e a pesquisa. Criado pelo Decreto de n.º 4.678 de 1998 e inaugurado em 27/10/1999, tem uma área de 140 hectares de floresta nativa, com a presença da flora de Tapiá, Peroba, Cedro, Ca-

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nela, Casca de Anta, Pinheiro, Erva -mate, Jerivá, Vassourão, Xaxim entre outras e de animais como Macacos -prego, lagartos, Quatis, tucanos, tatus, iraras, maritacas, cobras cascavéis e jararacas, além de várias espécies de insetos e moluscos. O local contra com trilha, que ao final prestigia o visitante com o visual de uma bela cachoeira. A visitação é gratuita. O único problema é que o espaço que pertence ao município de Cascavel está em situação de abandono.


RECEITA

ESCONDIDINHO

Um prato mineiro feito à moda do PR Aprenda a fazer um dos pratos mais tradicionais da culinária mineira

Escondidinho à moda do Recanto do Lago

A nutricionista e cheff Maria Isabel Cardoso, responsável pela cozinha do Recanto do Lago, localizado em Colônia São Francisco, zona rural de Cascavel, criou um jeito especial de fazer o "Escondidinho", adicionando músculo à carne seca. E compartilhou a receita com a gente. Vamos conferir? ingredientes O primeiro passo é separar os ingredientes: - 500g batata - 500g mandioca - 1 copo de 300 ml de requeijão - 2 pacotes de parmesão ralado - 1 colher de sopa rasa de sal - 300g de carne seca - 300g de músculo - 1 maço de cheiro verde - 1/2 kg de tomate - 3 cebolas - 3 colheres de azeitona picada - 2 colheres de manteiga - 1 cabeça de alho pequena - 1 colher de manjericão picado - Pimenta a gosto - 1 colher de azeite. MODO DE PREPARO Agora vamos preparar. Primeiro cozinhe

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separadamente a mandioca e a batata. Em seguida liquidifique-os com mateiga, acrescentando requeijão. Reserve-os. Leve a massa ao fogo, mexendo por 10 minutos, até soltar da panela. Para fazer o recheio é necessário dessalgar a carne seca e cozinhá-la junto com o músculo Maria Isabel é bovino. Depois, defie nutricionista e -os e refogue-os com cheff do Recanto azeite, alho e cebola. do Lago Acrescente os tomates e as azeitonas e finalize com pimenta, cheiro verde e manjericão. Agora vamos montar. Em uma refrataria, distribua metade da massa e acrescente o recheio.Cubra o recheio, com o restante da massa. Salpique queijo parmesão ralado e leve ao forno para gratinar 30 minutos. Maria Isabel anda dá uma sugestão para quem não gosta de requeijão: substitua-o por creme de leite. O resultado também é ótimo. Pronto. Agora é só soborear junto a salada de sua preferência. Essa receita rende 8 porções. Bom apetite!

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ANIVERSARIANTES FEVEREIRO

01/02/1939 01/02/1958 01/02/1963 02/02/1931 02/02/1944 02/02/1965 02/02/1966 03/02/1935 03/02/1943 04/02/1949 04/02/1953 04/02/1955 05/02/1951 05/02/1956 05/02/1957 06/02/1962 07/02/1937 07/02/1955 07/02/1978 07/02/1986 08/02/1965 09/02/1943 09/02/1969 10/02/1957 11/02/1976 13/02/1931 13/02/1961 13/02/1968 14/02/1942 14/02/1943 14/02/1956 14/02/1969 14/02/1978 15/02/1956 16/02/1958

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17/02/1955 17/02/1958 17/02/1981 18/02/1935 18/02/1938 19/02/1944 19/02/1953 19/02/1958 20/02/1926 20/02/1941 20/02/1963 20/02/1963 22/02/1949 22/02/1962 22/02/1977 24/02/1948 24/02/1956 25/02/1954 25/02/1961 26/02/1953

MARIO BENEDITO DO CARMO VALDIR FLORIAN LAZARINI ALENCAR MAGRIN ANA BELESKI UCHICOSKI BERNARDO MILANO JOSE KUIAVA ELOIR JOSE ASSMANN DECIO FORNARI THEREZA CAPPELLESSO PIZZATTO MAKOTO TANABE GEORGE ARRIADA LIMA RICARDO DE PAULI VALDOMIRO LORENZETTI LIAMAR FERNANDES PIOVESAN CLEINA ROBERTA BIAGI GERALDO FERREIRA DE ASSIS EXPEDITO CLELIO MASSOCHIN SYDNEY ANTONIO FREHNER KAVALCO IOLANDA TERESINHA PRETTO ZAMBÃO CELSO VALENTIM MARTINAZZO FORNARI

01/03/1955 01/03/1968 02/03/1949 04/03/1946 05/03/1948 06/03/1926 06/03/1955 07/03/0961 07/03/1950 08/03/1939 08/03/1948 09/03/1952 09/03/1957 09/03/1970 09/03/1987

GILSON FIORAVANTE KAVALCO NIVALDO LAZARIN ADILAR LUIZ ROSSO CAZIMIRO HELENO BEBBER ARTUR PAVESI SOBRINHO HERTHA KUNTZER LUIZ FORNARI SOLESIA MARIA STRINGANI TORRES NILVA WEIDMANN EUCLIDES LONGO MARIA CIRLEI SONDA DIRCE MARIA CAMPOS JOSE FRANCISCO SZTOLTZ DELACIR ZANATTA RICARDO ZANOTTO

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10/03/1923 10/03/1969 11/03/1962 12/03/1962 13/03/1962 13/03/1962 14/03/1940 15/03/1947 15/03/1963 16/03/1938 17/03/1944 17/03/1945 17/03/1960 19/03/1936 19/03/1942 19/03/1956 20/03/1935 20/03/1948 20/03/1960 21/03/1943 21/03/1963 22/03/1934 22/03/1934 22/03/1938 22/03/1955 25/03/1942 26/03/1933 26/03/1954 26/03/1961 26/03/1967 27/03/1933 27/03/1953 29/03/1951 30/03/1925 30/03/1943 30/03/1980

ARMELINDA ZANATTA DALMINA JOAO BATISTA CUNHA JUNIOR JOSETE MARIA FINATTO ANDRADE JOAO VANDERLEY DE BIASIO DARLENE FAE OLDONI MARLENE LIBERALI PIETSCH ARCHILE MARTINI ANTONIO ONELIO RUBERT VALMIR ANTONIO OLDONI OLIVIO BARZOTTO MARILENA DALLAGNOL CARPENEDO ANTONIO ZANCANARO GERSON LUIZ FORMIGHIERI EDILA LUERSEN LEMKE JOSE ALDINO WILHELM MARIA LUCIA MALGARIZE ROMILDA TOZO BILIBIO MARIA LEONOR PINTO AIRTON JOSE GAFFURI DEONILDO FRIZON LUIZ SELMIRO HORN ALBINO VENTURIN MASAYOSHI SUGIURA ARISTIDES DE OLIVEIRA COELHO BENNO WUTZKE NELSI THEREZINHA SCHANTZ MATTJIE PAULO DAVID DA COSTA MARQUES IVO GELAIN ADALBERTO CESAR GOBBI PAULO HENRIQUE FRANK ANA PITOL DE BIASIO LUIZ MARIO NORO VALDOMIRO REBELLATO CAMILA TOSO ADOLFO SILVÉRIO IURCZACK CRISTIANY FATIMA VIGANO

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