Sindirural 51

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PUBLICAÇÃO OFICIAL Publicação mensal do Sindicato Rural de Cascavel - Ano VIII | Nº 51 | Setembro de 2015 | R$ 10,00 www.facebook.com.br/sindirural

REPROGRAMAÇÃO ELETRÔNICA

Mais potência na hora do plantio Serviço oferecido por empresa cascavelense traz economia de combustível na hora do plantio e da colheita, além de aumentar a potência de tratores e colheitadeiras

ENTREVISTA: GIL BUENO

“Há uma mudança de postura no Setembro de 2015 MAPA”

PEDÁGIO NO PR

Faep defende revisão imediata do contrato 1

INVASÕES INDÍGENAS

Pacto de Guaíra é firmado em Fórum Nacional

CARCINICULTURA

O camarão chegou ao Oeste do PR


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R. Paraná, 3937 - CEP 85.810-010 Cascavel/PR - Fone (45) 3225-3437 www.sindicatorural.com DIRETORIA Presidente Paulo Roberto Orso Vice-presidente Gelso Paulo Ranghetti 2º Vice-presidente Modesto Felix Daga Tesoureiro Genor Frare 2º Tesoureiro Renato Archille Martini Secretário Paulo Cezar Vallini 2º Secretário Gion Carlos Gobbi Diretor Administrativo Paulo Roberto Orso CONSELHO ADMINISTRATIVO Membros Milton Pedro Lago Valmir Antônio Oldoni Haroldo Stocker Ângelo Custódio Romero Eugênio César Luiz Dondoni Carlos Alberto Zuquetto Gelson José Zanotto CONSELHO FISCAL Titulares Isaías Luiz Orsatto Eudes Edimar Capeletto Denise Adriana Martini de Meda Suplentes José Torres Sobrinho Airton José Gaffuri Darcy Antonio Liberalli DELEGADO JUNTO À FAEP Titular Paulo Roberto Orso Suplente Paulo Cézar Vallini

www.revistasindirural.com.br Publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel Circulação Mensal Coordenador editorial: Paulo Cézar Vallini pvallini@uol.com.br

Fale com a redação: Jair Reinaldo dos Santos (editor) Fone (45) 3037-7829 / 9972-6113 editoria@revistasindirural.com.br

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Nesta edição SindiRural nº 51- Setembro/2015

Capa Destacamos, nessa edição 51, o serviço de reprogramação eletrônica em tratores e colheitadeiras, que reduz o consumo de combustível na hora do plantio e da colheita. Muitos produtores rurais já usufruem e aprovam o serviço, oferecido pela empresa cascavelense Injediesel. Pág. 14

Faep defende a revisão imediata do pedágio no PR Segundo a Federação da Agricultura do Paraná, o setor produto não suportará até 2022 o impacto das altas tarifas do atual contrato com as concessionárias do pedágio no Paraná. Pág. 24

Pacto de Guaíra é firmado em Fórum 2.000 pessoas participaram do Fórum Nacional de Regularização Fundiária, que aconteceu no dia 22 de agosto em Guaíra. Pág. 26

Sofra transgênica brasileira é aprovada

LEIA TAMBÉM • Cooperativas de crédito transformam a vida dos produtores rurais. Pág. 14 • Animais batem recordes de preços no 7º Leilão Angus Rio da Paz. Pág. 16 • A criação camarão chegou ao Oeste do Paraná. Pág. 20

• Pisacoop: sistema sustentável e econômico em Foco. Pág. 23 • Coodetec realizou Encontro Tecnológico de Inverno. Pág. 28 • Lavoura-Pecuária: Iapar promoveu 2ª Jornada Tecnológica. Pág. 32 • Enfezamento vermelho: praga só aparece no milho adulto. Pág. 34

O uso da primeira soja transgênica criada no Brasil dependia de aprovação da União Européia, que é um dos grandes compradores da produção brasileira. Pág. 30

Entrevista

O entrevistado dessa edição é Gil Bueno de Magalhães, superintendente no PR do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Pág. 8 4

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PALAVRA DO PRESIDENTE

PAULO ORSO - diretoria@sindicatorural.com

Novo modelo de seguro para soja O Governo Federal sinalizou positivamente para tentar solucionar um problema histórico existente na agropecuária: o seguro rural. No mês de agosto o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) lançou um modelo inédito de contratação do seguro rural subvencionado, no qual os produtores rurais, ao menos em tese, terão melhores condições de negociar com as seguradoras no momento da contratação das apólices. Ainda em fase experimental, o novo seguro envolve um processo de negociação coletiva, por meio do PSR (Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural) e é específico para a cultura de soja. A novidade é que agora os agricultores negociarão as taxas de prêmio e as condições das apólices de forma coletiva, ou seja, com teoricamente mais chances de obter condições mais favoráveis, por meio de entidades representativas de sua livre escolha. No projeto piloto, em teste, o Gover-

Ainda em fase experimental, o novo seguro envolve um processo de negociação coletiva, por meio do PSR e é específico para a cultura de soja.

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no Federal está destinando R$ 30 milhões em subvenção para a contratação do seguro em todo o território nacional neste ano. Esta quantia vai atender 12 listas de segurados enviadas ao Mapa por entidades de classe, valor máximo de R$ 2,5 milhões por lista, que deverá conter no mínimo 500 produtores rurais e/ou 50 mil hectares. Em relação aos produtores que já contrataram o seguro rural, nada impede que também possam participar de uma lista e concorrer à subvenção. Quem quiser conhecer a modalidade, ela está disponível, junto com os prazos, no endereço: http://www.agricultura.gov.br/ politica-agricola/seguro-rural/negociacao-coletiva. O desse ano já se esgotou. Vamos aguardar agora e ver como ele se desenrola. Ainda não podemos afirmar que será benéfico para a categoria ou se vai prosperar e funcionar. No entanto, a ideia é válida pois é uma nova tentativa de mudar um modelo fracassado.

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ENTREVISTA “Há uma mudança de postura no MAPA” GIL BUENO - SUPERINTENDENTE DO MAPA

O entrevistado desta edição é o engenheiro agrônomo Gil Bueno de Magalhães, superintendente federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Paraná. Formado pela UFPR (Universidade Federal do Paraná). Ele é servidor de carreira do Mapa, onde atuou como Fiscal Federal Agropecuário, respondeu pelas chefias do Escritório Regional do Ministério da Agricultura de Castro/ PR (ERMA), do Serviço de Vigilância Agropecuária (SVA) de Foz do Iguaçu, e do Serviço de Vigilância Agropecuária (SVA) de Paranaguá. É a segunda vez que assume o comando da entidade no Estado. A primeira vez foi entre 2001 e 2003 e desde abril de 2014, voltou ao posto de chefia. SindiRural: Qual é a importância de eventos como o Show Pecuário, realizado em julho em Cascavel, para o Paraná e para o Brasil? Gil Bueno - Ele é extremamente importante e deveria ser feito em outras regiões. O pecuarista como um todo está sedento de informações e precisa se unir, uma vez que os desafios e responsabilidades são muito grandes. O criador precisa pensar que não é só produzir o leite ou abater os animais, eles precisam pensar em ter qualidade e sanidade. Quando falamos em sanidade, falamos em brucelose e tuberculose. Quando falamos em brucelose e tuberculose, falamos em vacinação. Nossa cultura, em determinadas regiões, é de comprarmos a vacina, termos a nota e não vacinarmos. Dessa forma, estamos trabalhando contra nós mesmos. Isso precisa acabar e em eventos como o Show Pecuário os pecuaristas percebem o quanto são importantes para o bom funcionamento de uma cadeia produtiva. Precisamos ter essa conversa com os pecuaristas, se não eles ficam soltos. Quando temos tudo organizado, é muito melhor para todos. No entanto, volto a frisar: se não tiver sanidade, o mercado ficará em baixa. Nenhum

Cada vez mais, os municípios e estados vão se tornar mais responsáveis pelos processos que envolvem o agronegócio. O governo federal está descentralizando uma série de serviços, que vão mudar o funcionamento das coisas.

mercado mundial hoje está comprando quando não há controle de sanidade, muito menos se não houver rastreabilidade dos produtos. SindiRural: Como as empresas estão se adequando a essas novas exigências e o que o Mapa tem feito para ajudar ou fiscalizar? Quais outros problemas estão sendo enfrentados? Gil Bueno - O mercado é dinâmico. As

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indústrias do leite estão se preparando bem e se protegendo. Hoje temos indústrias que vão com GPS nos caminhões às propriedades, com o objetivo de saber que horas ele chegou, quanto pegou e em que parte da propriedade ele parou. Na própria propriedade eles emitem a nota para o produtor e para indústria. O porquê disso? A empresa precisa ter certeza que foi pego 10 mil litros, e que o caminhão chegará na indústria com 10 mil. O nosso grande problema é que pessoas de má índole adicionam coisas no leite. Ou é o transportador, ou o produtor. Não sabemos. Já tivemos casos no Rio Grande do Sul e isso é um crime. Aqui no Paraná, o Mapa está atento a isso e tem feito fiscalizações frequentes. Estamos criando um novo programa para combater e corrigir esse mal. Não queremos isso aqui no Paraná. Outro problema que estamos enfrentando é em relação às sementes pirateadas. Os produtores não podem financiar esse crime, pois eles mesmos podem ser os mais prejudicados. O risco é muito maior do que a vantagem financeira. Estamos combatendo isso todos os dias. SindiRural: Como o Mapa tem ajudado o setor agropecuário brasileiro? Gil Bueno - A ministra Kátia Abreu lançou o plano safra, com 20% de ganho real, o que fará uma grande diferença. Os juros subiram um pouco, mas estão bons. Programas importantes foram mantidos, como o Moderfrota, e novos foram lançados, como o Plano de defesa agropecuária brasileiro. Além disso, há uma mudança de postura no Mapa, quebrando paradigmas. Na inspeção federal, por exemplo, o fiscal só poderá estar em frigoríficos de abate. Nos periódicos de leite e outras coisas o fiscal não vai mais estar presente, porque não existe estrutura suficiente para atender tudo isso, como outros órgãos, como a Emater, também não tem. Não há estrutura para atender todo mundo. Eu consideSetembro de 2015


ro isso uma inovação, porque o governo não tem recursos para contratar gente, somos deficientes em agentes administrativos, fiscais, agente de inspeção e outros profissionais. Temos que mudar. O Brasil e o mundo mudaram. A próxima etapa é atualizar legislações, como os problemas que temos de carne irradiada, que a legislação não prevê, e em relações aos avanços tecnológicos, como o caso de robôs retirando leite. SindRural: O que Mapa pode fazer para ajudar na assistência técnica? Setembro de 2015

Gil Bueno - Nosso apoio é via convênios. Temos convênios com os Estados, que recebem dinheiro para investir em equipamentos, pessoal, contratação de empresas entre outros serviços, tanto na defesa animal como na fitossanidade. Cada vez mais, os municípios e estados vão se tornar mais responsáveis pelos processos que envolvem o agronegócio. O governo federal está descentralizando uma série de serviços, que vão mudar o funcionamento das coisas. Vamos colocar como um exemplo uma agroindústria de 250 metros quadrados.

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O sistema de inspeção federal está liberando essas empresas de gastos com o sistema, transporte, acomodação e estrutura de fiscais dentro da unidade deles, deixando-os mais responsáveis pelos seus atos. Precisamos fazer uma reflexão sobre o papel do governo na fiscalização. Em uma empresa que tem seu próprio controle de qualidade, responsável técnico entre outros mecanismos de controle será que precisa de um fiscal dentro de sua unidade? Ela sabe muito bem que se ela vender algo ruim ou errado a grande prejudicada será ela mesma. Esse é o meu entendimento, de que o governo precisa ensinar a pescar, não dar o peixe. Com essas descentralizações, o mercado vai ficar mais dinâmico. Quem está inserido no Sisbi (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal) pode vender um queijo produzido em Cascavel lá no Pará. Antes isso não era permitido. Ao mesmo tempo que amplia o mercado, aumenta a cobrança por um produto de qualidade. É nessa linha que estamos trabalhando. Bom para todo mundo e aumenta competitividade. Ao mesmo tempo, exige mais qualidade. SindiRural: O que o Mapa tem feito na política de preços e no seguro rural? Gil Bueno - Na política de preços mínimos o Ministério recentemente atualizou os valores e tem adequado os preços à medida que o mercado reage, sempre garantindo esses valores, que são fundamentais para os agricultores. Quanto ao seguro rural, este ano a ministra Kátia pagou os débitos de R$ 60 milhões que tinha com produtores do Paraná e o novo plano corrigiu o erro, comportando todos os produtores, sem problema algum. Hoje o nosso maior problema é a safrinha de milho, que deixou de ser safrinha e virou safrona. Ela já é duas vezes maior do que a safra convencional, o que gera dificuldades para financiamentos, seguro, armazenagem e estrutura logística. SindiRural: O que o Mapa pode fazer pelo trigo, desprestigiado pelo governo? Gil Bueno - A ministra Kátia Abreu pediu para que fosse feito um estudo com o objetivo de desenvolver uma nova política nacional de trigo. Quem o fará serão as próprias organizações representativas do segmento, como a Ocepar [Organização das Cooperativas do Paraná] e a Faep [Federação da Agricultura do Estado do Paraná] no Paraná e também as que representam o setor no Rio Grande do Sul. Depois de prontos, ela irá analisar os dois e elaborar um plano nacional. O Mapa ouve muito a Ocepar, que tem brigado por isso. Acredito que teremos bons resultados e com o plano poderemos buscar a redução de importação do grão.


REGISTRO

Audiência na ALEP discutiu destinação de carcaças

Por iniciativa do deputado estadual José Schiavinato (PP), na primeira quinzena do mês de agosto foi realizado na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) uma audiência pública com o tema “Mortandade Animal nas Propriedades Rurais: Destinação das Carcaças”. Várias alternativas foram discutidas sobre o que fazer nestes casos. Novas ideias foram discutidas, como por exemplo, a produção de adubo, retirada de óleo e transformação em farinha base para ração animal. “A preocupação é grande e nós discutimos aqui com o objetivo de oportunizar novas soluções. Vamos levar esse assunto para uma reunião com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Kátia Abreu”, disse Schiavinato. A mesa de trabalho foi composta pela chefe geral da Embrapa, Janice Zanella; Inácio Kroetz, presidente da agência de defesa agropecuária do Paraná; Roni Tadeu Barbosa, diretor de Qualidade e Defesa Agropecuária da secretaria de Agricultura de Santa Catarina; Gil Bueno Magalhães, superintendente federal de Agricultura do Paraná. Outras autoridades participaram, como representantes de frigoríficos, entidades de classe e outros deputados. Hoje, a única opção le-

Diversas autoridades participaram da audiência pública na Assembléia Legislativa do Paraná

galmente permitida para destinação de carcaças é via composteiras. No entanto, como o volume de mortes é grande, como em eventuais faltas de energia em aviários, há animais em alguns casos saindo clandestinamente das propriedades, afirmou o deputado. Para deixar tudo de acordo com a Vigilância Sanitária e ainda gerar renda aos produtores, várias novas opções foram de-

batidas. No entanto, para ser postas em prática elas precisam de uma legislação específica. “Vamos nos reunir com a ministra Kátia para discutir o assunto e ver a possibilidade de criar uma legislação específica e mais abrangente nos Estados, normatizando todo o procedimento. Não podemos empurrar com a barriga. Temos que resolver”, disse.

Prefeitura e Itaipu iniciam obras em novo Horizonte Máquinas começaram a trabalhar no dia 1º de setembro nas estradas de Linha Novo Horizonte, no Distrito de Sede Alvorada. As obras fazem parte das ações previstas no Convênio de Práticas Conservacionistas de Água e de Solo na Bacia do Paraná III e parte da Bacia do Piquiri, assinado entre a Prefeitura de Cascavel e a Itaipu Binacional no dia 11 de junho, no valor de R$ 2.202.245,00, sendo R$ 1,2 milhão da Itaipu e outros R$ 978 mil do Município. Ao todo serão executados 48 quilômetros de adequações de estradas e mais 41 quilômetros de cascalhamento. Já estão prontos alguns trechos de terraços e de bases para que, encerrado o período de vazio sanitário, os produtores possam fazer o plantio da safra de verão. O convênio que tem duração de cerca de dois anos prevê, ainda, a realização de trabalhos de preservação de rios e nascentes – ao todo oito minas serão recuperadas; execução de 14,6 quilômetros de cercas; construção de cinco abastecedouros comunitários, distribuidores de dejetos sólidos e líquidos, entre outros serviços de preservação ambiental, que estão previstos no Programa Cultivando Água Boa. “É mais um convênio com a Itaipu, que vem

Obras fazem parte do Convênio de Práticas Conservacionistas de Água e de Solo na Bacia do Paraná II, de Itaipu Binacional

para fortalecer os nossos produtores, com foco na preservação ambiental. Desde 2005 a Itaipu tem sido nossa parceira e muitas comunidades já foram beneficiadas. Aqui em Linha Novo Horizonte serão mais 63 agricultores beneficiados diretamente, trazendo mais qualidade de vida”, destacou o secretário de Agricultura, Almir Tonolo. Agricultores, representantes de entidades e líderes políticos foram até o local conferir o

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início das obras, que são consideradas fundamentais para a região como um todo. O vereador Ney Haveroth disse que o convênio fortalece as políticas públicas voltadas ao produtor rural e ao meio ambiente, contribuindo com o Município nas ações rurais. Já o engenheiro agrônomo e diretor executivo do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Vallini, disse que “as ações fortalecem o agricultor, o meio ambiente e a produção local”. Setembro de 2015


Declaração do ITR 2015 pode ser feita no Sindicato Rural O presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Paulo Orso, informa aos produtores interessados que o Departamento Fundiário da entidade está fazendo a declaração do Imposto Territorial Rural (ITR) 2015. O prazo de entrega começa nesta segunda-feira (17) e se estenderá até 30 de setembro. O presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, informa que a entidade possui departamento tributário para fazer a declaração do ITR. Ele orienta que os interessados devem comparecer no Sindicato (rua Paraná, 3937) munidos da última declaração do referido imposto, do Nirf (Número do Imóvel da Receita Federal) e, ainda, prestar informações sobre o uso da área. Segundo a Instrução Normativa nº 1.578, publicada no Diário Oficial da União do último dia 7, estão obrigados a

declarar, entre outros, a pessoa física ou jurídica proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título; um dos condôminos (quando o imóvel pertencer a várias pessoas); e o inventariante, em nome do espólio (enquanto não for concluída a partilha). No caso dos contribuintes imunes ou isentos, a entrega do ITR é obrigatória apenas para os que tiveram alterações cadastrais. A entrega da declaração será feita apenas com o uso do programa gerador do ITR, que pode ser baixado no site da Receita. A entrega pela internet será feita com o programa Receitanet, disponível no mesmo site – a entrega vai até as 23h59 do dia 30 de setembro (horário de Brasília). Diariamente, entre a 1h e as 5h, o sistema de recepção das declarações fica fora do ar para manutenção.

3º Leilão de Touros Brahman teve 100% dos lotes comercializados

O presidente Paulo Orso convoca agricultores para fortalecerem o quadro associativo da entidade

Campanha de filiações do Sindicato Rural O Sindicato Rural Patronal de Cascavel está desenvolvendo campanha de novas filiações. Os interessados que se associarem durante este período, ganharão seis meses de mensalidades grátis. A promoção prevê que, no ato da filiação, o associado efetuará o pagamento de seis meses e ganhará outros seis meses. O presidente do Sindicato, Paulo Orso, afirma que, ingressando no quadro social da entidade, os associados passam a contar com uma grande quantidade de serviços e benefícios que o Sindicato disponibiliza. DEPARTAMENTOS E SERVIÇOS

O resultado do leilão reflete o bom momento da pecuária brasileira

O leilão Genética Paraná realizado no último dia 29 de agosto no Parque de Exposições de Cascavel, teve casa lotada. Assim como as mesas que estiveram 100% lotadas de convidados também os lotes ofertados foram todos comercializados. O evento é realizado pelas Fazendas Stein, um dos mais renomados criatórios do país detentor das marcas Angus Xagu e Brahman Xagu. Setembro de 2015

Este ano o leilão teve os convidados especiais Fazendas Vasques e Brahman Chaco. Participou novamente este ano do evento também o criador de gado de cruzamento industrial Valdir Kucinski. Foram ofertados dois lotes especiais, destinados a criadores de gado PO ou para utilização em Centrais de Semen, além de 30 touros à campo, aptos para o trabalho da estação de monta deste ano.

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Entre esses benefícios, Paulo Orso cita a prestação de serviços que o Sindicato oferece através dos seus departamentos de recursos humanos, jurídico, fundiário, tributário e contábil. Essa estrutura disponibiliza aos filiados vários serviços, como controle de admissões de funcionários das propriedades rurais, folha de pagamento, rescisões de contratos, férias, salário-família, homologações e encargos sociais; controle de obrigações mensais e anuais, certidões junto à Receita Federal, INSS, Ibama, Ministério do Trabalho e Emprego, Caixa Econômica Federal, Incra, Ministério da Agricultura, IAP, Secretaria de Estado da Agricultura e outros; Gerenciamento dos Programas de Saúde e Segurança no Trabalho (PPRA/PCMSO, exames de admissão periódicos, retorno ao trabalho e demissão); Consultas e orientações jurídicas gratuitas ao associado; Consultoria e orientação trabalhista patronal; e Orientação sobre legislação pertinente à atividade agropecuária e ao produtor rural.


REPROGRAMAÇÃO ELETRÔNICA

Seu trator com mais potência no plantio Serviço de reprogramação eletrônica oferecido pela empresa cascavelense Injediesel traz mais potência e economia a tratores, colheitadeiras e automóveis O agronegócio tem sido há muitos anos a mola propulsora da economia brasileira. Hoje, com o Brasil em grave crise, sem sinal de recuperação, o segmento fica a cada dia que passa mais importante, já que será o único a crescer. Transformar o agronegócio em cada vez mais rentável é papel da tecnologia de ponta, pesquisa e profissionais capacitados, que juntos trabalham para que o máximo possível de lucro fique no bolso do produtor. E esse é o objetivo da Injediesel, empresa cascavelense que oferece aos seus clientes a reprogramação eletrônica de motores de colheitadeiras, tratores, camio-

Tratores e colheitadeiras podem se benficiar da tecnologia Injediesel Powerchip

netes, caminhões e carros de passeio. A tecnologia veio de longe. “Injediesel tra-

balha em parceria com uma empresa italiana líder em reprogramação eletrônica de motores

O sucesso dos serviços da empresa, que tem sede em Cascavel, a levou a ampliar a área de atuação para todo o Brasil

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O alto consumo de combustível na hora do plantio é um dos fatores que mais influenciam a lucratividade do produtor rural

a diesel com injeção eletrônica. Os modernos equipamentos utilizados pela empresa conseguem ler a central eletrônica de todos os maquinários agrícolas com injeção eletrônica, via software”, explica Anderson Nascimento, o Andinho, diretor da empresa. “Essa leitura nos dá base para reprogramarmos os parâmetros do motor, visando o aperfeiçoamento dos mapas do módulo de injeção de combustível. Ela melhora as características originais do software padrão, resultando em ganho de potência e um torque com maior elasticidade em todas as faixas de rotação da máquina”, detalha. Os resultados são surpreendentes. “Sempre trabalhamos até onde o maquinário suporta. Nunca além. Trabalhamos com segurança”, explica. Um dos clientes satisfeitos é agricultor Walter Koschinski, cuja família, de Tupãssi, possui uma área de 1,2 mil hectares. Diversos amigos e companheiros de profissão indicaram-lhe os serviços da Injediesel, os quais ele está muito satisfeito. “Já fizemos dois tratores e uma camionete com eles. Tive redução de consumo, maior potência e um melhor desempenho. Continuarei a fazer as reprogramações e indicar o serviço. Estamos muito satisfeitos”, contou. Walter contratou a empresa há seis meses. De lá para cá, seus tratores tiveram uma economia de 3 a 4 litros por hora trabalhando no plantio, aplicação de defensivos ou plantando. “Em um mês com a economia, já é pago o investimento”, garantiu Walter. Setembro de 2015

O agricultor Walter Koschinski, de Tupâssi, está muito satisfeito com a reprogramação eletrônica de dois tratores e uma caminhonete feitas pela Injediesel

Não é necessária manutenção e os técnicos vão até o local para realizar a reprogramação, que dura em média apenas uma hora para ser

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feita. Mais de duas mil e quinhentas máquinas agrícolas realizaram o serviço com a empresa, tanto no Brasil inteiro como no Paraguai.


COOPERATIVAS DE CRÉDITO

Transformando a vida de muita gente O apoio de cooperativas de crédito como o Sicredi muda a realidade de agricultores, pequenos empresários e empreendedores individuais, e fazem a diferença em momentos cruciais de suas vidas O agronegócio, assim como todos os segmentos da sociedade, precisa sempre, aliado à boa vontade e trabalho sério e bem feito, de estímulos para crescer e se destacar. Poucos são os casos de sucesso sem o fomento, assistência técnica e capacitação oferecidos por entidades que além de cumprirem seu papel, tem um compromisso muito maior com o desenvolvimento de sua comunidade. O mercado, dominado por grandes conglomerados financeiros, com uma política de juros que em muitas vezes inviabiliza os investimentos na cadeia produtiva. Assim, as cooperativas de crédito acabam sendo uma boa opção para quem precisa investir em produção. O Sicredi, a primeira cooperativa de crédito do Brasil, é uma dessas instituições que, oferecendo crédito a taxas diferenciadas, se consolidou como um grande parceiro do agronegócio e mudou muitas vidas no campo e na cidade. EXEMPLOS DE SUCESSO

“Minha história seria diferente sem o cooperativismo de crédito”, diz o produtor

O Sicredi ajuda na modernização e ampliação da estrutura produtiva das propriedades rurais, com linhas de crédito com juros abaixo da média do mercado

rural Luiz Junkerfeurbom, de Medianeira, na região Oeste do Paraná. Desde 1994, Luiz é associado do Sicredi. Ele possui ao todo 14 alqueires de terra e seu carro-chefe é a produção de leite. Com o investimento e a assistência técnica do banco, ele mudou a realidade da sua propriedade e da sua família. “Quando cheguei aqui, tinha só duas vacas e quando precisava ir para cidade, ia de cavalo. Hoje tenho 40 animais, duas motos, carro e uma vida confortável. Claro que caprichei para chegar

até aqui, mas o Sicredi ajudou a mudar 100% a nossa realidade”, conta. “É só comparar o que eu era antes e o que sou hoje. Hoje sou mais motivado, aprendi como cuidar melhor da produção e tenho até produto estocado. Isso nunca aconteceu. Realmente, eles acreditaram em mim, o que mudou minha vida”, completa. Carlos Alberto Beckers é assessor de crédito rural da unidade de Medianeira, que atende 17 cidades. Em média são feitas 4,5 mil

“Crédito cooperativo é um conceito de solidariedade e cidadania” Manfred: “O Sicredi se especializou em atender os pequenos produtores”

Manfred Alfonso Dasenbrock, presidente da Central Sicredi Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro; presidente da Sicredi Participações; presidente do FGCOOP (Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito) e tesoureiro do Woccu (Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito), conta que o Sicredi tem se especializado ao longo dos anos no atendimento dos pequenos produtores. Só na época de formação da indústria de aves da Cooperativa Lar, em Matelândia, foram mais de 500 aviários financiados. Hoje, o Sicredi é o maior repassador do Brasil de créditos viabilizados no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). “Nossa missão é agregar renda ao

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associado e temos valores fundamentais, como a transparência na gestão como geração de confiança e o controle democrático. O Sicredi é uma união de forças que gera recursos e riquezas”, explica o presidente. Questionado sobre qual o sucesso para dar tão certo o sistema de crédito cooperativista, Manfred aponta, em primeiro lugar, a boa gestão do Banco Central ao longo dos últimos anos. “Em segundo lugar, o movimento de cooperação é um conceito de solidariedade e cidadania. Os cooperados são donos, são atendidos de maneira diferente, participam e todos os resultados financeiros ficam na região, com uma forte presença da marca nas ações da comunidade”. Setembro de 2015


Luiz Junkerfeurbom, de Medianeira: “Sem o apoio do banco, não teria conseguido mudar a realidade da propriedade e da minha família”

operações de crédito por ano agrícola pela instituição. “O acesso ao crédito tem beneficiado os agricultores. Para crescer, é só investindo. Como os juros são baixos e o prazo longo, o cenário é muito bom. Não é simplesmente liberar o crédito. Ele é feito em parceria com uma assistência técnica, onde elaboramos um plano de estudo para ver se aquele desejo é viável para o produtor. O Sicredi não se preocupa simplesmente em emprestar dinheiro, mas sim em acompanhar o associado. Esse é o grande diferencial do sistema cooperativista”, relata. Ele também comentou que esse ciclo “fecha” quando o produtor é associado as cooperativas de produção, onde ele pode vender tudo que produz. “Esse sistema faz gerar renda na cidade. O impacto é muito grande, principalmente na nossa área de atuação. Com a agricultura bem, o comércio também vai bem”. Marcia Piati Bordignon mora em Céu Azul, é professora e filha de agricultores. Ela não permaneceu no campo e depois que seu pai, o responsável pela fazenda, morreu de forma trágica aos 54 anos, ela teve que asSetembro de 2015

História No Brasil o cooperativismo de crédito iniciou em Nova Petrópolis/RS, no ano de 1902 por iniciativa do Padre suíço Theodor Amstad. Em conjunto com outras 19 pessoas, ele fundou a 1ª Cooperativa de Crédito da América Latina, atual Sicredi Pioneira RS. Logo nos primeiros anos as cooperativas espalharam-se pelo Rio Grande do Sul e pelo Brasil. Além das 25 cooperativas de crédito fundadas por Amstad outras foram fundadas e transformaram a realidade de muitos municípios. Atualmente a rede de atendimento das cooperativas no Brasil representa 18% das agências bancárias do país. São cerca de 1.100 Cooperativas de Crédito, 38 Centrais Estaduais e 4 Confederações, alicerçados basicamente em 5 sistemas de crédito (Sicoob, Sicredi, Unicredi, Cecred e Confesol).

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sumir as rédeas da propriedade, começando do zero. “Na parte financeira, tínhamos muita dificuldade, não entendíamos nada de custeio de lavouras, financiamentos, documentação necessárias, registros, entre outros. Foi aí que o Sicredi fez a diferença. A cooperativa me acolheu, seus colaboradores me ensinaram tudo o que precisava e me dedicaram um tempo extra, sem pedir nada em troca. Tudo isso foi fundamental para manter a saúde financeira da fazenda. Encontrei ali uma família, bem diferente do que encontrei em outras instituições financeiras”. A relação de Marcia foi se estendendo com o Sicredi. Ela se envolveu e começou a participar de reuniões e entender a função de uma cooperativa de crédito. “Assim, quando me senti preparada, resolvi indicar meu nome ao Conselho Administrativo da Cooperativa. Hoje, como conselheira, procuro tomar decisões que agreguem qualidade ao atendimento do Sicredi e para que atinjam mais pessoas que como eu, precisam não só um apoio financeiro, mas de uma família em que se possa confiar”, conclui.


7º LEILÃO ANGUS RIO DA PAZ

A edição 2015 do Leilão Produção teve touro comercializado a R$ 81.000,00

Animais batem recordes de preços A alta qualidade genética dos animais oferecidos no leilão contribuíram para o aumento do valor de comercialização e atraiu compradores de todo o Brasil O 7º Leilão Produção da Fazenda Angus Rio da Paz, realizado no dia 12 de setembro no Parques de Exposições Celso Garcia Cid, em Cascavel, foi mais uma vez um sucesso. O evento teve como leiloeira oficial da Panorama Leilões e foi transmitido ao vivo para todo o Brasil pelo Canal C2 Rural, o que possibilitou lances em tempo real dos telespectadores de todo o país. Foram recepcionados mais de 300 pecuaristas vindos de diversos Estados do Brasil, que puderam conferir o resultado do trabalho de seleção genética da cabanha Angus Rio da Paz, através da oferta de 50 touros angus, 15 matrizes e alguns lotes de animais de cruza angus. Para Renato Zancanaro, um dos organizadores do evento, a edição deste ano superou as expectativas iniciais, com o valor médio dos touros comercializados ficando em R$ 15,350,00.

Os animais da Angus Rio da Paz estão entre os melhores do Brasil.

ALEJANDRO BROCATO Zootecnista

O grande destaque foi o touro Camaro Density Rio da Paz, que foi selecionado entre seis animais de todo o Brasil para teste

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de progênie da Progen Alta Genética e teve 50% adquirido pelo valor de R$ 40.500,00 pelo agropecuarista Gustavo Krubniki, de Marília (SP). Outro touro selecionado por Central foi o Deniz Candelero da Rio da Paz, adquirido pela Top in Life, de Jaboticabal (SP). Esses resultados mostram que a Angus Rio da Paz tem se superado a cada edição, trazendo animais cada vez melhores para comercialização, proporcionando assim um salto na qualidade genética da raça no Paraná e no Brasil. “Outra prova disso é termos 12 de nossos animais entre os 100 melhores touros do Sumário de Touros 2015/2016 da Associação Brasileira de Angus (ABA) divulgado recentemente. Além disso, duas reprodutoras da nossa cabanha figuram em primeiro e segundo lugar como melhores mães no mesmo sumário de fêmeas”, comemora Zancanaro. ANOS DE TRABALHO

Para Zancanaro, o trabalho de seleção genética demora muitos anos para se ter resultado e depende de muitos fatores, mas é essencial ter profissionais qualificados atuando diretamente no processo e o uso da tecnologia na identificação das qualidades de cada aniSetembro de 2015


mal. “Nossos animais são avaliados através de três tecnologias que são fundamentais para classificarmos os melhores animais: Promebo, Clarifide e a Ultrassonografia. O Promebo é um programa de melhoramento genético, onde, a nível de campo, mede-se a pesagem dos animais, avaliação de conformação,

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musculatura, área de olho de lombo e outras características, e as tabula, apresentando os animais com os melhores índices. No Clarifide, se coleta o DNA do bovino através do pelo da cauda. Ele é analisado em laboratório onde descobre-se os marcadores moleculares, podendo classificá-los em características

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relacionadas à produção, como qualidade da carne, percentual de gordura e reprodução”, explicou. Outra análise fundamental é a ultrassonografia de carcaça no animal vivo. Nela, é medido sua musculatura, área de lombo, quantidade de gordura e marmoreio. Não basta o animal ser pesado e musculoso, ele


A Angus Rio da Paz está muito bem posicionada no sumário da ABA. FERNANDO VELLOSO Médico veterinário

necessita de gordura para o ponto de abate no frigorífico e para produzir uma carne de maior qualidade”, destaca o criador. Um dos responsáveis pela qualidade dos animais da Rio da Paz é o zootecnista argentino Alejandro Brocato. Atuando na área de seleção genética desde 1973, ele é o responsável pelo trabalho de seleção e cruza dos animais da Fazenda Rio da Paz. “É um trabalho muito complexo. Tem que se conhecer a qualidade de cada animal para se decidir qual pode dar continuidade à seleção e qual vai ser descartado. É preciso saber fazer a junção de características únicas de um touro com as qualidades específicas de uma fêmea, que vai resultar num animal que irá ser cruzado com outro do mesmo porte até um dia se chegar a um resultado satisfatório”, explica. “Estamos trabalhando na Rio da Paz desde 1996, desenvolvendo todo esse trabalho de seleção, separando os animais que tinham as características essenciais dos que não tinham. Hoje temos animais entre os melhores do país”, complementa. Ele diz que o objetivo inicial era destacar a Angus Rio da Paz como produtores de touros. “Mas hoje produzimos todos os animais. Tanto é que temos hoje as duas melhores mães do Brasil, de acordo com o sumário da Associação Brasileira Angus (ABA), que são a Tabata e a Ressolana”, comemora. O médico veterinário Fernando Furtado Velloso, da FF Veloso & Dimas Rocha, de Porto Alegre, deu suporte técnico e comercial ao evento. Sua empresa presta assessoria para os criadores e reprodutores da raça de todo o Brasil, auxiliando-os a interpretar índices técnicos, medidas e visualizar as características morfológicas do animal, para que eles consi-

Os animais produzidos pela Angus Rio da Paz estão hoje entre os melhores exemplares da raça Angus no Brasil

Compradores enfatizam qualidade Juraci Massoni, de Três Barras do Paraná, foi um dos muitos pecuaristas que prestigiaram o evento. Para ele, que adquiriu alguns touros no leilão, a edição deste ano de 2015 da Angus Rio da Paz foi a melhor já feita, superando-se em qualidade dos animais e organização. “Sou comprador da Angus Rio da Paz há mais de 10 anos. Ano a ano eles têm melhorado. Os organizadores tem colaborado muito para o desenvolvimen-

to da raça Angus no Paraná e no Brasil. Com isso, todos ganham”, disse. O também pecuarista Rodolfo de Camargo Pinto, de Ibema, gostou muito do evento. Ele já participou de algumas edições e o animal que comprou cumpriu com todas as expectativas. “Queremos repetir a compra. Os animais são rústicos e de muita qualidade. Nós confiamos muito na família Zancanaro, que é idônea e de respeito”, comentou.

A qualidade dos animais ofertados deixou pecuaristas satisfeitos

gam adquirir os que atendam suas necessidades. “Os touros hoje são um produto com muita tecnologia embarcada, parecida com um carro”. Sobre os animais da Cabanha Rio da Paz, ele acredita que são animais bem adaptados para o clima brasileiro. “A Rio da Paz tem um posicionamento muito importante na Associa-

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ção Brasileira de Angus. No sumário, ela está muito bem posicionada. Entre os 100 melhores touros jovens do ano, 12 são da Rio da Paz. O retorno disso acontece na área comercial. Os compradores têm mais confiança e credibilidade, deixando os animais nas condições ideais do Paraná, tornando-se a melhor opção”. Setembro de 2015


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CARCINICULTURA

A criação do crustáceo começa a ganhar força na região e se apresenta como nova alternativa de renda

O camarão chegou ao Oeste do Paraná Com apoio da UFPR e Itaipu, município de Palotina quer expandir para toda a região projeto para criação de camarão de água doce em viveiros

Engana-se quem pensa que comer camarão fresco é privilégio de quem mora em regiões litorâneas. Produtores do Oeste do Paraná, aliados à UFPR (Universidade Federal de Palotina), à Itaipu Binacional, à Prefeitura de Palotina e à APAQUI (Associação Palotinense de Aquicultura), começaram a expandir um projeto que começou pequenino há aproximadamente cinco anos: o da carcinicultura. Para quem não sabe, a carcinicultura é a criação de camarão em viveiros, ou seja, a criação de

Na criação de peixe, sobra para o produtor lucro limpo R$ 0,75 por quilo. No camarão conseguimos vender de R$ 30,00 a R$ 40,00 o quilo. LUIS BALLESTER Professor da UFPR

camarões de água doce. “Dá certo, é viável e é rentável”, afirma o vice-presidente do Sindicato Rural de Palotina e presidente da Asso-

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ciação de Produtores de Peixe do Município, Edmilson Zabotti. O responsável por introduzir a cultura em Palotina, onde tudo começou, Setembro de 2015


Aos poucos, a prática vem se consolidando e há mercado consumidor de sobra

foi o biólogo mestre em aquicultura, doutor em oceanografia, especialista em carcinicultura e professor da UFPR Setor Palotina, Eduardo Luís Ballester. A espécie criada possui o nome científico de Macrobrachium rosenbergii, conhecido popularmente como Gigante da Malásia. O animal

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pode ser cultivado em consórcio com a tilápia ou separadamente. No caso do consórcio, os benefícios são notáveis. “O camarão se alimenta com os resíduos da ração do peixe e, desta forma, melhora a qualidade da água e do solo do viveiro”, explica Ballester. Cidades como Brasilândia, Maripá, Fran-

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cisco Alves, Marechal Cândido Rondon, Nova Santa Rosa e Palotina são as que mais tem números de criadores. Um deles é Carlos Piovesan, um dos pioneiros da iniciativa. Segundo ele, a atividade exige cuidados como qualquer outra, mas vale a pena. “Quem seguir as regras e orientações, vai ter sucesso. Já


tive produções de até uma tonelada, mas nunca sobrou nada. Sempre vendi tudo e vendi rápido. A última leva foi a R$ 40 o quilo”. Além da saborosa carne, que se assemelha à uma lagosta, o restante do crustáceo também pode ser aproveitado. “Toda a sobra do camarão é reaproveitada dentro da própria universidade. Utilizamos a carapaça na produção de biocombustível e estamos com um projeto junto com a Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) de Toledo para aproveitar tudo que sobra de vísceras na produção de ração, uma espécie de fonte de proteína que pode até servir de alimentação para as tilápias. As mesmas sobras também podem ser aproveitadas para fazer cosméticos”, informa. Outro fator positivo é do animal não possuir o cheiro forte, impregnante e característico de animais marinhos. Aos poucos, a prática vem se consolidando e há mercado consumidor de sobra. Uma pesquisa feita em oito cidades do Oeste pela Criatec, empresa júnior encubada na UFPR de Palotina, mostra que 70% das pessoas consomem camarão periodicamente e 43% gostariam de comprar diretamente do produtor. “Queremos que o nosso Oeste vire uma referência na produção de camarão de água doce”, diz Edmilson. CRIAÇÃO, PRODUTIVIDADE E LUCRO

O primeiro passo é possuir um viveiro, ou um açude, tradicional. Antes, é preciso analisar o fundo, onde está depositado o lodo. Na maioria dos casos, é preciso aplicar um probiótico para consumir a matéria orgânica ou realizar uma raspagem. Depois, inserir a pós-larva dos camarões (10 mil, número padrão para criação inicial, custam R$ 650). “Sempre antes da tilápia, em média de 15 a 30 dias. Neste período, se alimenta os animais com ração específica. Depois, introduzimos as tilápias, com até 30 gramas. A partir daí, corta-se a alimentação do camarão e segue o manejo exatamente igual ao do peixe”, explica Ballester. Quando chega ao fim do ciclo da tilápia (de cinco a sete meses), quando ela atinge em média 650 gramas, está na hora de realizar a despesca. Nessa ocasião, boa parte dos camarões estará entre 25 a 40 gramas, sendo que alguns exemplares estarão com mais peso. Feita a despesca, o camarão tem um processo final diferenciado. Primeiro, lava-se os animais com água sanitária comum, deixando-os em solução por até 15 minutos. Logo após, é realizado o abate no gelo, o que proporciona a manutenção da textura da carne. Depois, o produtor escolhe como quer manter os animais: inteiros, duram seis meses; descabeçados, nove meses e sem vísceras, um ano. “A vantagem é que nunca chegam a esse período, porque a demanda de compradores é

O camarão produzido em água doce chega a ser vendido de R$ 35 a R$ 40 o quilo

Parcerias e sonhos no projeto Várias entidades são parceiras do projeto. A Itaipu, por exemplo, é parceria na parte de divulgação e disseminação de informações para todo o Oeste do Paraná, com o objetivo de alavancar a produção de camarão na região. Na Prefeitura de Palotina, doze palotinenses estão participando do Programa Regional de Formação para o Desenvolvimento Econômico Local com Inclusão Social - ConectaDEL Brasil, que tem como objetivo de incentivar a criação do camarão na cidade e região, à luz do Programa Oeste em Desenvolvimento. “A profissionalização do desenvolvimento territorial através da capacitação de agentes locais contribui decisivamente para que identifiquemos oportunidades alinhadas com o Programa de Desenvolvimento Regional denominado Oeste muito alta”, diz Ballester. Em um tanque de 4 mil metros quadrados, por exemplo, enquanto se produz 10 mil quilos de peixe, são produzidos 250 quilos do crustáceo. “O fator mais interessante é que nesse exemplo, temos o mesmo lucro com as duas culturas. Na criação do peixe, sobra para o produtor de lucro limpo R$ 0,75 centavos por quilo. No camarão, conseguimos vender de R$ 30 a R$ 40 o quilo. Dessa forma, lucra-se R$

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em Desenvolvimento, colocando Palotina no vórtice do desenvolvimento do Oeste do Paraná”, disse a secretária de Indústria e Comércio da cidade, Lara Biezus. A UFPR busca a viabilização da construção de um laboratório para aumentar a criação da pós-larva do animal em Maripá. Conforme o número de criadores for aumentando, o projeto será viável e os recursos virão. Hoje, o próprio campus de Palotina produz 60% da pós-larva utilizada pelos criadores da região. O restante é trazido do Rio de Janeiro, o que é considerado arriscado, uma vez que a pós-larva é sensível e podem ocorrer perdas. “Se no mundo inteiro dá certo a criação de camarão de água doce, porquê aqui não pode dar?”, brinca Ballester. 7,5 mil com a tilápia e de R$ 7,5 mil a R$ 10 mil com o camarão”, informa Edmilson. Segundo Ballester, a cada R$ 1 mil investidos na carcinicultura, o produtor obtém lucro de R$ 2 mil a R$ 3 mil. O único problema é que o animal não resiste ao frio. Seu período ideal para criação é entre setembro e abril. No entanto, em alguns anos, mais quentes, ele pode ser mantido por mais tempo no viveiro, ficando maior e, é claro, mais lucrativo. Setembro de 2015


PISACOOP

Sistema sustentável e econômico em foco Mais de 200 pessoas participaram do evento, que aconteceu em Laranjeiras do Sul e repassou informações sobre novas tecnologias, manejo e sobre o sistema A SIA (Serviço de Inteligência em Agronegócio) e o Mapa (Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária) promoveram no dia 25 de agosto, em Laranjeiras do Sul, o II Seminário Estadual Pisacoop (Programa Produção Integrada de Sistemas Agropecuários em Cooperativismo e Associativismo Rural). Mais de 200 pessoas participaram do evento, que repassou uma série de informações aos produtores rurais e técnicos da região sobre novas tecnologias, dicas de manejo e sobre o sistema. O Pisacoop é uma iniciativa do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e visa desenvolver um sistema agropecuário sustentável e econômico. O foco é a recuperação, mas abrange tudo que envolva as boas práticas numa propriedade rural, servindo como modelo e grande disseminador de tecnologia e informação, o que gera maior produtividade e mais renda. Hoje existe um projeto em andamento em Laranjeiras do Sul e região, na cadeia do leite, e em Cascavel e região, na pecuária em áreas declivosas. O Mapa contratou a SIA para prestar os serviços de assistência técnica aos produtores. Segundo Adilson Reinaldo Kososki, coordenador nacional do Pisacoop, o evento faz parte de programação anual de desenvolvimento do programa, que visa, além da assistência técnica no campo, a difusão de conhecimentos. “É a transformação da produção convencional para uma produção tecnológica e sustentável. O País tem essa vocação agrícola e nós não podemos descuidar. Por isso, focamos nossas ações nos pequenos produtores, que hoje representam 75% dos produtores e são o motor do agronegócio brasileiro”. Erikson Camargo Chandoha, assessor da direção do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), contou que Setembro de 2015

O evento é uma iniciativa do MAPA e visa desenvolver um sistema agropecuário sustentável

o programa surgiu na Casa Civil, quando foi diagnosticado os 52 territórios da cidadania mais pobres do Brasil, dentre os 168 existentes. Cada Ministério deveria apadrinhar uma região, e o Mapa apadrinhou a Cantuquiriguaçu e hoje isso já avançou para Cascavel. “Nós do Pisacoop não vamos buscar propriedades de referência. Nossa metodologia é a da propriedade comparativa. Na mesma área do produtor, pedimos emprestado um pedaço e aplicamos toda a tecnologia e modelo sustentável de negócio. Em seis meses, eles já querem em toda propriedade. Nunca teve um que não quis”, afirmou. Paulo Orso, presidente do Sindicato Rural de Cascavel, disse que o programa federal que busca o desenvolvimento e aumento de produtividade é muito eficiente. “Esse sistema de trabalhar direto na propriedade é praticamente o inverso de tudo que ocorre. Ele vem da propriedade, do produtor, subindo para a difusão do conhecimento. Acredito que esse é o método de maior eficiência. Eles foram muito felizes na criação desse programa”, declarou. PALESTRAS

A coordenadora na área de cooperativismo e associativismo rural do Mapa, Vera Lúcia Oliveira Daller, falou sobre os programas Coopergênero e Procoopjovem, que são do Mapa. Eles trabalham na inserção da mulher na economia do País e do jovem, trabalhando assim a sucessão rural também – à luz do cooperativismo.

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O zootecnista, doutor em produção animal e professor da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), Henrique Ribeiro Filho, palestrou com o objetivo de demonstrar aos produtores que pastos de boa qualidade e bem manejados podem ser uma ferramenta importantíssima para reduzir custos de produção e aumentar sustentabilidade do sistema. “A partir do momento em que se investe mais nas pastagens, o uso desses concentrados pode ser reduzido”, orientou. O engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia e colaborador da SIA, Armindo Neto, deu dicas aos produtores sobrea a produção em sistemas integrados e como os animais podem trazer benefício à lavoura, melhorando a ciclagem de nutrientes, estimulando o crescimento das plantas através do pastejo e melhorando a nutrição de plantas e da lavoura. No entanto, algumas regras e passos devem ser seguidas. Ele também desmistificou a história de que os animais causam compactação no solo. “Causar eles causam, mas é de pouca profundidade. Conforme estudos que desenvolvemos, quando colhemos a lavoura e iniciamos o pastejo no ano seguinte, essa compactação não existe mais. Ela é momentânea e a lavoura não é prejudicada”, conclui. Vale lembrar que o manejo do gado também ajuda a não compactação, como por exemplo, não colocá-los no pasto em dias de chuva. Além destes assuntos, muitos outros foram debatidos no evento, que durou o dia inteiro.


PEDÁGIO

Faep defende revisão imediata do contrato A entidade entende que o setor produtivo paranaense não suportará os prejuízos da manutenção das atuais concessões, cujos contratos vencerão somente em 2022 Entidades que representam o setor produtivo, o G7, desejam juntas a continuidade do convênio de delegação das rodovias do Governo Federal. Dessa forma, as concessões continuam a ser administradas pelo Estado, no Anel de Integração do Paraná. As mesmas entidades também defendem que obras e duplicações são necessárias e urgentes, além da diminuição dos preços dos pedágios. Porém, duas delas divergem do restante do grupo, cuja maioria defende que seja realizada uma reunião com as empresas e que se negocie uma renovação da concessão, mediante atendimento imediato dos pedidos – ou seja, é feito um novo contrato, com novas regras. A Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e a Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná) são contra, pois defendem que, no fim da licitação, seja feito um novo contrato. Para eles, não cabe renegociação. O presidente da Faep, Ágide Meneguette, disse que é preciso que o governo paranaense obtenha um novo prazo de delegação para poder exigir um amplo programa de obras e também negociar a redução das tarifas de pedágio. Compõem o G7 as federações da Agricultura (Faep), da indústria (Fiep), do Comércio (Fecomércio), dos Transportes (Fetranspar) e das Associações Comerciais (Faciap), além da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e da Associação Comercial do Paraná (ACP). Paulo Orso, presidente do Sindicato Rural de Cascavel, afirmou que de nada adianta esperar oito ou dez anos para negociar, se podemos fazer isso hoje. “Dentro dessa concessão, quando sentarmos, vamos buscar ganhar todas essas obras que o Oeste necessita. Se hoje as concessionárias não atenderem os anseios do Oeste e do Paraná, nós não vamos assinar”, opinou. “Se houver uma nova negociação e caírem os preços das tarifas, o maior

As tarifas de pedágio no Paraná são as mais caras do Brasil, afetando diretamente o setor produtivo

Queremos o direito de sentar com as concessionárias e de forma clara e limpa discutir o que é melhor para nós, paranaenses, que precisamos de rodovias melhores e pedágio mais barato. ÁGIDE MENEGHETTE Presidente da Faep

beneficiário será o produtor rural, pois é do preço do produto agrícola que se desconta o valor do pedágio”, completou. “Queremos que o governo federal renove a delegação das rodovias ao governo do Paraná, que é o maior interessado em controlar as obras do Anel de Integração. Ou seja, o direito de sentar com as concessionárias e de forma clara e limpa discutir o que é melhor para nós, paranaenses, que precisamos de rodovias melhores e pedágio mais barato. Do contrário, teremos que aguardar até 2022. Até lá, vamos perdendo nossas possibilidades de desenvolvimento econômico e social porque escolhemos

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nos fechar ao diálogo mantendo uma opinião ou sentimento concebido sem exame crítico”, declarou Ágide, em nota. O presidente da Faciap, Guido Bresolin, disse que os representantes do Ministério dos Transportes já estão circulando pelo Estado para analisar os gargalos e as condições das estradas. Segundo ele, a orientação é de que as associações comerciais discutam suas particularidades e o contrato, uma vez que toda região possui necessidade diferentes. “Queremos preservar um Paraná competitivo e a qualidade de vida do paranaense. Se chegarmos a um acordo, que se prorrogue o contraSetembro de 2015


Fiep e Ocepar são contrárias Fiep e Ocepar são contra a renovação e defendem uma nova licitação. Segundo o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, disse que durante a reunião da Diretoria da Ocepar, de forma unânime, os dirigentes das cooperativas se posicionaram contrários à prorrogação dos atuais contratos de pedágio no estado, que expiram daqui seis anos. “Depois de muitos prejuízos e entraves à competitividade do setor produtivo do Paraná, os líderes cooperativistas entendem que a melhor estratégia é aguardar o fim dos atuais contratos e então realizar nova licitação, com transparência e visando o interesse dos paranaenses, garantindo preços justos e bons serviços aos usuários. Esta nossa posição está em sintonia com o entendimento das cooperativas do Paraná, que também são contra a prorrogação dos to. Caso não, esperaremos vencer e será feita uma nova licitação”. No início de setembro, a Faep deixou o G7. A entidade não quis comentar o assunto. CONTRÁRIAS

Fiep e Ocepar são contra a renovação e

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atuais contratos, em vigor desde novembro de 1997 e com vencimento previsto para o final de 2021. É importante ressaltar que ainda no período de vigência dos atuais contratos de concessão existem muitos compromissos a serem cumpridos pelas concessionárias, inclusive de duplicações de trechos de pistas. Portanto, é melhor aguardarmos o vencimento da concessão para, dentro de um novo contrato e com novas cláusulas amplamente discutidas com a sociedade e o setor produtivo, estabelecer preços compatíveis com a nova realidade vivenciada no Paraná e no Brasil”, afirma. Koslovski também disse que o custo elevado do pedágio compromete a competitividade do agronegócio paranaense e perda de renda no campo, com reflexos para a economia estadual. defendem uma nova licitação. Segundo o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, disse que durante a reunião da Diretoria da Ocepar, de forma unânime, os dirigentes das cooperativas se posicionaram contrários à prorrogação dos atuais contratos

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de pedágio no estado, que expiram daqui seis anos. “Depois de muitos prejuízos e entraves à competitividade do setor produtivo do Paraná, os líderes cooperativistas entendem que a melhor estratégia é aguardar o fim dos atuais contratos e então realizar nova licitação, com transparência e visando o interesse dos paranaenses, garantindo preços justos e bons serviços aos usuários. Esta nossa posição está em sintonia com o entendimento das cooperativas do Paraná, que também são contra a prorrogação dos atuais contratos, em vigor desde novembro de 1997 e com vencimento previsto para o final de 2021. É importante ressaltar que ainda no período de vigência dos atuais contratos de concessão existem muitos compromissos a serem cumpridos pelas concessionárias, inclusive de duplicações de trechos de pistas. Portanto, é melhor aguardarmos o vencimento da concessão para, dentro de um novo contrato e com novas cláusulas amplamente discutidas com a sociedade e o setor produtivo, estabelecer preços compatíveis com a nova realidade vivenciada no Paraná e no Brasil”, afirma. Koslovski também disse que o custo elevado do pedágio compromete a competitividade do agronegócio paranaense e perda de renda no campo, com reflexos para a economia estadual.


QUESTÃO INDÍGENA

Fórum apresentou alternativas aos produtores rurais para lidar com problema

Pacto de Guaíra é firmado em Fórum 2.000 pessoas participaram do Fórum Nacional de Regularização Fundiária, que aconteceu no dia 22 de agosto em Guaíra, para discutir a questão de terras invadidas por indígenas A Subcomissão de Assuntos Fundiários da Câmara dos Deputados promoveu no dia 22 de agosto, em Guaíra, o Fórum Nacional de Regularização Fundiária. O evento foi promovido por iniciativa do deputado federal Sérgio Souza (PMDB), que é relator da Subcomissão. Duas mil pessoas participaram do evento, divididas entre diversas autoridades políticas, ruralistas e a população em geral. No evento, a Subcomissão entregou aos municípios de Guaíra e Terra Roxa documentos que poderão servir como base para que se ingresse uma ação judicial de desapropriação de terras que estão sendo utilizadas ilegalmente por povos indígenas. Um estudo

Perdemos as Sete Quedas, que era símbolo do nosso município. Agora querem tirar dos nossos produtores as terras. Querem acabar com nossa produção, nossa fonte de renda, sem nos consultar FABIAN VENDRÚSCULO Prefeito de Guaíra

realizado pela Embrapa mostra por meio de fotos de satélites as localidades onde os índios estavam e as terras que passaram a ocupar ilegalmente. Esse é um dos documentos que servirá como base na ação. O deputado federal Sérgio Souza (PM-

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DB-PR), relator que propôs a realização do fórum, destacou que a partir de agora, o discurso será colocado em prática. “ Com este documento, os municípios poderão pedir em juízo a reintegração de suas propriedades”. De acordo com o prefeito de Terra Roxa, Ivan Reis, os agricultores vivem momentos de insegurança: “Muitos produtores vêm até a prefeitura com medo, pois vivem momentos de insegurança jurídica. Se algo não for feito, muitos outros produtores podem perder as suas terras”. Fabian Vendruscolo, prefeito de Guaíra, destacou que o município sofre com problemas constantes: “Perdemos as Sete Quedas, que era o símbolo do nosso município. Agora, querem tirar dos nossos produtores as terras. Querem acabar com a nossa produção, nossa fonte de renda, sem nem nos consultar. Há muito tempo tento uma reunião na Funai para tratar do assunto. Somente agora, quando souberam do fórum, decidiram marcar”. Sérgio Souza enfatizou ainda que é preSetembro de 2015


ciso respeitar a Constituição de 1988. “A lei é clara e não queremos mexer com isso. Queremos apenas que seja respeitado. Onde era terra de índio neste marco temporal, que continue assim. Mas, agora o que foi tirado do produtor rural, é preciso que seja lhe reavido o que lhe é de direito”.

situação de conflitos segue assim: disputa de aproximadamente 3 milhões de hectares de terras férteis em Mato Grosso do Sul; pretensão de cerca de 3,8 milhões de hectares em Mato Grosso, em função de 25 áreas que estão em estudo pela Funai; pretensão demarcatória no Sul e no exPACTO DE GUAÍRA tremo sul da Bahia; Durante o evento, conflito e invasões foi elaborado o “Pacde propriedades ruto de Guaíra”. Ele vai rais no Paraná, deatender os produtores corrente da vinda de fornecendo assessoria índios do Paraguai, jurídica e incentivanconsequentemente, do todas as prefeituras O deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR) propôs a realização do fórum aumento da violência do Brasil para que inino campo. ciam a batalha na Justiça, pois é o melhor mas o órgão não consegue expedir qualquer O mesmo problema atinge Santa Cataricaminho para recuperar as terras ocupadas título de ratificação. No Paraná são mais de na, Rio Grande do Sul, São Paulo, Maranhão, ilegalmente. 40 mil processos na Superintendência Re- Amazonas e outros estados, onde pequenos e FRONTEIRAX TERRAS INDÍGENAS gional do Incra, aguardando análise, desde médios agricultores estão sendo desalojados. Existem inúmeros processos protoco- 1999. Dessas solicitações apresentadas, pelo No Rio Grande do Sul foram elaborados pelo lados por produtores, no INCRA (Instituto menos 30 mil são de pequenos e médios pro- menos 28 processos, em 38 municípios, que Nacional de Colonização e Reforma Agrária), dutores. A respeito das terras indígenas, a buscam desapossar 7 mil famílias.

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TRIGO

Coodetec realizou encontro tecnológico Variedades produzidas pela Coodetec foram apresentadas aos participantes

Cerca de 200 articipantes do evento, que foi realizado na sede da empresa em Cascavel, encontraram orientações para o plantio do trigo e palestra sobre importância do cereal na rotação de cultura Os profissionais e técnicos que participaram do Encontro Tecnológico de Inverno, realizado na sede da Coodetec, em Cascavel/ PR, encontraram uma série de informações, novidades e orientações para o plantio de trigo, entre elas a importância do cereal na rotação de cultura. O evento aconteceu no dia 20 de agosto e reuniu cerca de 200 pessoas. Henrique Debiasi, engenheiro agrôno-

mo, doutor em ciência do solo e pesquisador da Embrapa Soja, de Londrina, fez a palestra de abertura. Ele falou sobre a importância do trigo no sistema de produção de soja. Segundo ele, atualmente os sistemas de produção são pouco diversificados. Aqui no Oeste ocorre a predominância de milho safrinha e soja e essa rotina, sem rotatividade, acarreta em diversos problemas, como compactação do solo, baixa cobertura, problema de plantas daninhas e intensificação de algumas doenças. “Tudo isso limita a produtividade da cultura principal, que é a soja. Há a necessidade de aumentar a diversificação, principalmente no outono-inverno, para garantir maior produtividade e maior estabilidade de produção”, disse. Dentre as alternativas, o trigo é uma

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das principais. Como vantagem em relação ao milho safrinha, ele produz uma cobertura do solo melhor, pela natureza de sua palhada e devido à janela em que é cultivado, o espaço entre a colheita do trigo e o plantio da soja é menor do que com o milho safrinha. ‘Não defendemos 100% de trigo ou de qualquer outra planta. Nossas pesquisas mostram que os melhores resultados para o produtor, considerando o sistema, é quando ele tem uma proporção de 50% de milho safrinha, 25% de trigo e 25% de outra cobertura. Aqui no Oeste poderia ser uma aveia, nabo forrageiro ou crotalária. Todos acabam aumentando a produtividade e os custos diminuem”, relatou. No Encontro Tecnológico, a Coodetec também apresentou as variedades que produz e suas vantagens e características, como a CD 1104, a CD 150 e a CD 1440. A M.A. Máquinas Agrícolas e a Dow AgroSciences, Setembro de 2015


Henrique Debiasi, engenheiro agrônomo, doutor em ciência do solo e pesquisador da Embrapa Soja, de Londrina, fez a palestra de abertura

parceiras do evento, também apresentaram suas novidades. O gerente de pesquisa de Trigo na Coodetec, Francisco de Assis Franco, disse que o evento é muito importante para o Brasil An luxembourg-Plantar 203x137mm_ok.pdf e países vizinhos, que são compradores da1 empresa, que atinge 40% do mercado de tri-

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go no Paraná. “Hoje estamos oferecendo itens a mais, além da produtividade e qualidade. Estamos acrescentando sanidade, diminuindo custos com uma menor aplicação 11/09/15 10:48E, claro, sempre focando na de fungicida. qualidade do grão, cujo Paraná é reconhe-

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cido com destaque”. Rudimar Soares, responsável técnico da Coatol, acredita que esses encontros são fundamentais na vida do profissional, uma vez que chega-se a um consenso do melhor caminho para o uso das tecnologias e colocar em prática os princípios agronômicos.


CULTIVANCE

Soja transgênica brasileira é aprovada O uso da primeira soja transgênica criada no Brasil dependia de aprovação da União Européia, que é um dos grandes compradores da produção brasileira A primeira soja transgênica nacional chega ao mercado em agosto deste ano. Fruto de uma parceria entre a multinacional BASF e a Embrapa, a soja Cultivance, recebeu aprovação técnica da União Europeia. A autorização era fundamental para que as empresas começassem a fase de comercialização das sementes no Brasil, uma vez que a União Europeia é um importante comprador da soja nacional. O produto foi totalmente desenvolvido no país, do laboratório à comercialização. Seu desenvolvimento começou em 1996 e o sistema de produção da nova cultivar combina cultivares de soja geneticamente modificada ao uso de herbicidas de amplo espectro para o controle de plantas daninhas de folhas largas e gramíneas. A Cultivance é mais uma opção de mercado, hoje praticamente dominado pela Monsanto. Em breve, novos materiais serão comercializados pelos desenvolvedores da Cultivance, que deve ganhar mercado aos poucos. Ela foi desenvolvida com o objetivo de atender a todas as regiões do País.. Em um primeiro momento, ele estará disponível para parte das regiões produtoras de soja do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais e Paraná. Para o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, a tecnologia oferecerá aos agricultores uma nova opção para o manejo de plantas daninhas. “A tecnologia Cultivance será importante ferramenta para os produtores brasileiros, principalmente para aqueles que enfrentam problemas com as plantas de difícil controle. É uma forma do agricultor ter uma nova opção para rotacionar herbicidas com diferentes mecanismos de ação, evitando assim a seleção de plantas resistentes”, afirma Lopes. De acordo com Francisco Verza, vice-presidente da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para o Brasil, a tecnologia é um marco

Soja cultivance no campo

para a agricultura nacional: “Trata-se de uma tecnologia totalmente verde-amarela, desde a concepção à comercialização, além de caracterizar-se como uma importante e viável alternativa às já existentes”, afirma Verza. A

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soja Cultivance passou por diversos estudos agronômicos, ambientais e de equivalência nutricional que atestaram sua segurança para o cultivo, consumo humano e para consumo animal. O presidente da Embrapa também Setembro de 2015


Chefe de pesquisa na Embrapa Soja, Abdelnoor afirma que a cultivar é uma nova opção, importante para rotacionar herbicidas com diferentes mecanismos de ação, evitando biótipos resistentes

afirmou que o desenvolvimento de novas cultivares será um processo contínuo e crescente, que faz parte do programa de melhoramento genético da Embrapa. “À medida que houver

ARTIGO

MAIS DETALHES

De acordo com o chefe de pesquisa e

Fosfito de potássio e a alta produtividade

A perda da rusticidade da planta aliado à dependência por massa verde, faz do fosfito de potássio uma alternativa extremamente importante para se manter a produtividade na soja Eng. Agr. Edgard Borrmann

Trabalhos conclusivos de campo têm mostrado que na cultura da soja o aumento da produtividade está diretamente ligado a descobertas de novas estratégias ou ferramentas cujo objetivo é manter em campo o potencial máximo produtivo que a semente carrega em sua genética, ou seja, na soja e em outras culturas produzir mais é na verdade perder menos. Dentro deste conceito de evitar perdas, o uso de fosfito de potássio nas lavouras vem crescendo de forma rápida e hoje este produto ocupa um importante espaço, não apenas em campos de soja mas também em outras grandes culturas, tais como trigo, milho, algodão e feijão. Setembro de 2015

registros de novas cultivares de soja, a comercialização se expandirá”.

desenvolvimento da Embrapa Soja, Ricardo Abdelnoor, A tecnologia Cultivance oferecerá aos agricultores uma opção de manejo capaz controlar de maneira eficaz um grande número de espécies, ou seja, uma nova ferramenta para o manejo integrado de plantas invasoras. “O herbicida que será utilizado no sistema foi desenvolvido para aplicação em pré-emergência, a fim de proporcionar aos agricultores maior praticidade”, esclarece. Sobre o mercado, Ricardo acredita que a tecnologia tem grande potencial porque oferece soluções para problemas de manejo de plantas daninhas de difícil controle. “Dessa forma, nossa expectativa é que conquiste uma importante parcela do mercado de sementes de soja, mas por questões de estratégia de negócios essa informação não é divulgada”. Quanto aos preços, Abdelnoor despista e diz que será compatível aos atualmente empregados. “Estamos em fase final de avaliação para podermos apresentar ao mercado”. Questionado sobre as vantagens que o produto pode gerar aos agricultores, Ricardo afirma que trata-se de uma alternativa às atuais disponíveis hoje. “É uma forma do agricultor ter nova opção, pois tecnicamente é importante rotacionar herbicidas com diferentes mecanismos de ação para evitar a seleção de biótipos resistentes”, informa.

O mecanismo de ação do fosfito de potássio nos vegetais ocorre de duas formas: 1. Ação direta sobre fungos, auxiliando no controle sobre várias doenças conhecidas; 2. Ação direta sobre o metabolismo secundário da planta através do aumento da produção das fitoalexinas, que são importantes compostos naturais que atuam tanto na defesa quanto na melhoria das condições da planta frente aos possíveis problemas relacionados ao clima (abiótico) e às doenças e pragas (biótico). Na cultura da soja, na qual são exigidas altas produções para um ciclo produtivo curto, a perda da rusticidade da planta aliado à dependência por massa verde, faz do uso do fosfito de potássio uma alternativa extremamente importante. Aplicações de fosfito iniciadas na fase final do período vegetativo e se estendendo até o início ou meio do ciclo produtivo (vagem ou formação de grão) melhoram significativamente a defesa da planta, aumentando a eficiência deste processo. Além disso, estas aplicações coincidem com as aplicações de fungicidas, o que favorece a logística do produtor. Nesta mistura com os fungicidas, o agri-

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cultor deve ficar atento à qualidade da calda de pulverização, principalmente no que diz respeito ao pH final, uma vez que caldas muito ácidas podem comprometer a eficácia do fungicida. Outro ponto fundamental a ser observado em relação ao produto diz respeito à boa qualidade da matéria prima, indispensável para obtenção de bons resultados. No Estado do Paraná, a empresa Israelense Luxembourg vem realizando trabalhos técnicos e comerciais, tanto na soja quanto em outras culturas, há mais de dez anos. Utilizando a estratégia de aplicações parceladas nos períodos de maior demanda energética da planta, os resultados mostrados em campo atestam dois pontos importantes: a qualidade do fosfito de potássio é fundamental para uma melhor resposta da planta e, desde que respeitadas as boas práticas de produção, o seu uso se mostra uma ótima ferramenta para a manutenção de grandes produtividades. Engenheiro Agrônomo Edgard Borrmann – Pesquisa, Desenvolvimento e Marketing Luxembourg. Tel. 11 998243432


PECUÁRIA

Iapar promoveu 2ª Jornada Tecnológica

O evento foi realizado no centro de pesquisa da unidade do Iapar de Santa Tereza do Oeste

Objetivo foi apresentar alternativas para alavancar a pecuária de corte e de leite com o uso da integração lavoura pecuária O Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) de Santa Tereza do Oeste promoveu no dia três de setembro a II Jornada Tecnológica no Campo, evento voltado à integração lavoura-pecuária. Agricultores, pecuaristas, estudantes e profissionais da área participaram em grande número. “Cada vez mais os produtores têm buscado mais informações para produzir principalmente gado de leite e corte. Aqui nós temos as últimas novidades e o elenco de itens apresentados dão uma base boa para alavancar a nossa pecuária”, declarou o coordenador e pesquisador da unidade de Santa Tereza do Oeste, Elir de Oliveira. De acordo com Elir, hoje no Paraná faltam mais de 500 mil bezerros para atender

A aveia foi apresentada como opção no controle de nematoides

demanda e a diversificação de produção é o que dá garantia ao produtor. “Há muito espaço para produção animal. Nossa agricultura está muito dependente da soja. Nós estamos vendo nos últimos meses o nervosismo da bolsa de valores com o não crescimento esperado da

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China. O Brasil vende mais de um terço da soja produzida para lá e, se eles pararem de comprar, virará um caos muito grande. Precisamos ter soja e buscar outras alternativas de renda”, disse. O pesquisador também foi um dos responSetembro de 2015


Braquiária cultivada no espaçamento do milho: mais cobertura do solo e maior produtividade da soja

sáveis por apresentar novas tecnologias. Ele mostrou os novos cultivares do Iapar e também o uso de aveia granífera na alimentação animal. Outro assunto apresentado foi o uso da aveia no manejo do nematoide, que ataca o sistema radicular de diversas culturas e não há controle químico. “O controle é com plantas que não deixam eles se multiplicarem. A rotação de cultura ajuda no manejo da praga. Em Formosa, Goiás, por exemplo, existe áreas com perca de 30% no rendimento de soja. Nos Estados Unidos, chega a perder 50% em algumas áreas. É um alerta que nós estamos dando”, disse. José Luiz Bortoluzzi, zootecnista da Emater de Medianeira, mostrou que onde se produz grãos também pode se produzir carne e leite. “Animais se alimentam e sobra material orgânico para forrar terreno. No caso da soja, aumenta de 9% a 20% a produtividade para quem adota a prática lavoura-pecuária”.

Clóvis Aymoré, técnico agrícola da Iapar, foi um dos responsáveis por apresentar a raça Purunã, criada pelo Instituto e dicas de manejos de pasto. O animal purunã é um gado composto, fruto do cruzamento de quatro raças. “Ela é adaptada para o clima e solo do Paraná. Rústica e precoce, pode ser abatido com menos de dois anos”. Quanto ao manejo de pasto, foi apresentado um cultivo em consórcio. Cinco espécies foram plantadas na mesma área, dando teores de nutrientes maiores para os animais, além da proteína. Fazem parte do consórcio a ervilhaca peluda, ervilha forrageira, grama tifton, aveia e azevém. “Conseguimos na mesma área atender o gado com culturas de inverno e verão”, explicou Clóvis. O pesquisador do Iapar, Ronaldo Hojo, mostrou opções de plantas de cobertura no sistema soja-milho, mais predominante da região. Entre as alternativas, Hojo apresentou

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uma opção de consórcio do milho com a Brachiaria ruziziensis. “Plantamos o milho com um espaçamento de 80 a 90 centímetros, e no meio a braquiária. Ela serve para alimentação animal ou só cobertura do solo. Está em fase de testes, já que a braquiária não vai muito bem em regiões mais frias. Se o produtor não faz, depois de colher milho, a terra fica descoberta e as plantas daninhas atacam. Além disso, o método aumenta a produtividade da soja. Segundo estudos preliminares, pode subir quatro sacas por hectare ou mais”, contou. Hojo também mostrou a sobressemeadura da aveia no milho e outras opções. Michel Kazanowski, técnico agrícola, apresentou as tecnologias da PGW Sementes. A linha de produtos forrageiros da empresa conta com aveia branca Milton, de ciclo longo, quatros variedades de azevém, dois diploides e dois tetraploides e duas variedades de festuca, consorciada com leguminosas. É o primeiro ano da empresa na região. “Apresentamos uma caixa de ferramentas do produtor, para ele sair das mesmas opções de sempre. Materiais de qualidade com ciclos diferenciados, atendendo o calendário produtivo”. VISITANTES

Nivaldo Moreira possui uma propriedade de dois alqueires em Vera Cruz do Oeste. Ele trabalha com gado de leite e visitou a unidade do Iapar pela primeira vez. “Vim conhecer o trabalho deles e aprender um pouco. Espero poder aplicar na minha propriedade”, disse. Daniel Cazzo é pecuarista de Braganey. Ele possui 70 cabeças e trabalha com gado de corte. “Conheci o trabalho do professor Elir de Oliveira no Show Pecuário. Agora vim aqui aprender mais um pouco sobre recuperação de pastagens, opções de manejo de pastagem e sobre a integração lavoura-pecuária”, contou.

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ENFEZAMENTO VERMELHO

Praga só aparece no milho já adulto Transmitida pela cigarrinha Dalbulus midis, a doença pode destruir até mesmo toda a plantação de milho Agricultores, cuidado. A presença de uma vermelhidão em seu milharal pode ser um sintoma da doença pouco comum, mas muito perigosa: o enfezamento vermelho. Em determinado estágio, o problema pode causar a destruição total da lavoura de milho. Embora não existam registros recentes da praga, o produtor rural deve ficar atento aos sintomas e as orientações para se prevenir. O enfezamento vermelho é causado pela cigarrinha conhecida como Dalbulus maidis. Ela ataca as plantas no início do ciclo, no popular estágio vegetativo, se alimentando da seiva de exemplares doentes ou enfraquecidos. Nesta hora ela transmite a bactéria que causa a doença, que só se manifesta no milho adulto. A bactéria pode ficar sem se desenvolver por até quatro semanas no inseto, o que torna o perigo ainda maior. Além do avermelhamento intenso e generalizado da planta, que depois pode começar a secar, outro sintoma do enfezamento é o surgimento de um excesso de espiguetas. “Esses sintomas são um sinal da interrupção do encaminhamento normal dos nutrientes retirados do solo para a planta”, explica Rodolfo Bianco, doutor em entomologia e pesquisador do Iapar (Instituto Agronômico do Dalbulus Paraná) de LonVermelhidão é o principal sintoma da doença maidis é o inseto drina há 39 anos. transmissor Bianco explica ciar com baixa intensidade realizar a rotação de cultura com plantas não que como a doença é siem um ano e voltar com muito gramíneas, o que ele classifica como ideal, lenciosa, quando ela chega a esse mais força na próxima safra. Além disso, o mas considera muito difícil. Outra opção é estágio não há mais o que fazer e a perda problema também pode atingir os vizinhos”, respeitar o zoneamento agrícola. “Por fim, pode ser total. “Felizmente nos últimos anos informa. os produtores podem procurar o folheto do não temos visto esse problema. Os registros COMO EVITAR Iapar que orienta sobre as cultivares de misão poucos no nosso Estado. Mesmo assim o Segundo Rodolfo, uma das maneiras de lho no mercado, mostrando todas as inforprodutor tem que ficar alerta aos sintomas evitar a doença é escolher cultivares que mações sobre a safra normal e safrinha, com e observar sua lavoura, já que ela pode initenham tolerâncias às doenças. A outra é informações regionalizadas”, conta.

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ARTIGO

Os desafios dos custos de produção Com economia enfraquecida, pecuarista deve buscar controle dos custos e aumento de produtividade Por Thiago Bernardino de Carvalho tbcarval@cepea.org.br

Num ano de incertezas de ordem política e econômica, pecuaristas têm como grande desafio controlar os custos de produção e os índices econômicos e zootécnicos, elevando a produtividade com gastos reduzidos. A gestão da atividade passa por uma análise profunda da propriedade, embasada em quatro pilares: produtivo, pessoal, de comercialização e financeiro. Nos últimos 12 anos, os custos de produção da pecuária de corte (custos operacionais efetivos e depreciação) subiram expressivos 206,79%, enquanto a receita com a venda de animais aumentou menos, em 144,86%, segundo levantamentos do Cepea. Para amenizar a elevação dos custos, um dos caminhos é aumentar a produtividade da fazenda. Nesse sentindo, o pecuarista (seja de cria, recria, ciclo completo ou leite) precisa investir

na fazenda gerando o máxipróprio dono – um parceiro, utilimo de benefícios e reduzindo zando mecanismos para motiváperdas. -lo, é um grande passo no controO pilar produtivo reprele dos custos de produção. Nada senta um importante diferenirá adiantar investir no melhor cial da atividade e deve ser o pasto, na melhor genética, na foco do produtor, por meio do melhor ração e no melhor mediaperfeiçoamento de técnicas camento, se os funcionários não de manejo de pastagem e dos estiverem treinados e direcionaanimais. Antes de investir, dos para o que o dono da fazenda porém, o pecuarista precisa quer, ou seja, focados na produconhecer a fundo a dinâmica Thiago Bernardino de ção e no desenvolvimento da atido setor e questionar-se se Carvalho é pesquisador vidade, evitando desperdícios, ou vale à pena neste momento, CEPEA/ESALQ/USP seja ajudando o proprietário no por exemplo, adubar o pasto, controle da empresa. intensificar a alimentação e utilizar genética ou RISCOS uma raça diferente. Além de acompanhar com atenção o quadro Mas do que adianta melhorar os índices político-econômico brasileiro, é importante que o da propriedade se o segundo pilar foi deixado pecuarista tenha em mente que o negócio precisa de lado, o funcionário? Embora corresponda ao ser muito bem controlado financeiramente, o que segundo item de maior custo dentro de uma pro- inclui o gerenciamento de riscos. Deixar de inpriedade pecuária (de corte ou de leite), a mão de vestir neste momento de instabilidade econômica obra também precisa ser valorizada. O pecuaris- pode ser uma decisão precipitada e significar ta tem de olhar para os funcionários não como aumento de custos. Se as medidas econômicas um suprimento, mas, sim, como um agregador tomadas recentemente pelo governo surtirem o da atividade. Fazer do “peão” – que muitas vezes efeito esperado, no próximo ano, o cenário pode conhece o dia a dia da propriedade mais que o voltar a melhorar.

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Veja quais os associados do Sindicato Rural de Cascavel que estão aniversariam neste mês!

O engenheiro agrônomo Rogério Rizzardi é um dos aniversariantes do mês de setembro 12/09/1957 12/09/1974 13/09/1953 13/09/1954 15/09/1947 15/09/1948

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dizem que o amor é cego. eu concordo. Com o Gabriel foi assim. Nem precisei vê-lo, foi só sentir a sua presença e logo me apaixonei. Hoje o meu carinho é todo dele. Todos os meus olhares são para ele. Toda a minha paixão de viver se tornou ainda maior depois que ele entrou em minha vida. Agradeço ao Gabriel e à sua família por hoje eu poder enxergar.

27 de setembro dia nacional da doação de órgãos

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Diretora Técnica Médica Dra. Selma Miyazaki - CRM-PR: 12511 40

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