Sindirural 53

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PUBLICAÇÃO OFICIAL Publicação mensal do Sindicato Rural de Cascavel - Ano VIII | Nº 53 | Novebmbro de 2015 | R$ 10,00 www.facebook.com.br/sindirural

Trabalho reconhecido ENTREVISTA

Fábio Homero Diniz, da Embrapa Gadodede Novembro 2015Leite

FEBRE AFTOSA

Adapar inicia a vacinação no Oeste 1

GERMOPLASMA

Prêmio Amop de Jornalismo premia qualidade do trabalho da Revista Sindirural e seu importante papel na difusão de novidades aos produtores rurais paranaenses AGRINHO 2015

Faep/Senar Audiência pública discutiu divulgaram os vencedores variedades


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Na cidade, somos todos pedestres.

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Novembro de 2015


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R. Paraná, 3937 - CEP 85.810-010 Cascavel/PR - Fone (45) 3225-3437 www.sindicatorural.com DIRETORIA Presidente Paulo Roberto Orso Vice-presidente Gelso Paulo Ranghetti 2º Vice-presidente Modesto Felix Daga Tesoureiro Genor Frare 2º Tesoureiro Renato Archille Martini Secretário Paulo Cezar Vallini 2º Secretário Gion Carlos Gobbi Diretor Administrativo Paulo Roberto Orso CONSELHO ADMINISTRATIVO Membros Milton Pedro Lago Valmir Antônio Oldoni Haroldo Stocker Ângelo Custódio Romero Eugênio César Luiz Dondoni Carlos Alberto Zuquetto Gelson José Zanotto

Nesta edição SindiRural nº 53- Novembro/2015

Capa O destaque dessa edição 53 é o prêmio recebido pela nossa publicação como primeiro lugar na categoria Impresso do Prêmio Amop de Jornalismo, com a matéria “O camarão chegou ao Oeste do Paraná”. A entrega aconteceu no último dia 13 de novembro, em Cascavel. Pág. 12

Abelha invasora europeia já pode estar no Brasil

• Adaptar dá início à vacinação na região Oeste. Pág. 14

CONSELHO FISCAL Titulares Isaías Luiz Orsatto Eudes Edimar Capeletto Denise Adriana Martini de Meda Suplentes José Torres Sobrinho Airton José Gaffuri Darcy Antonio Liberalli DELEGADO JUNTO À FAEP Titular Paulo Roberto Orso Suplente Paulo Cézar Vallini

www.revistasindirural.com.br Publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel Circulação Mensal Coordenador editorial: Paulo Cézar Vallini pvallini@uol.com.br

Fale com a redação: Jair Reinaldo dos Santos (editor) Fone (45) 3037-7829 / 9972-6113 editoria@revistasindirural.com.br

Departamento Comercial: (45) 3037-7829 / 9972-6113 comercial@revistasindirural.com.br

Projeto gráfico arte/diagramação: NewMídia Comunicação Rua Cuiabá, 217 - CEP 85819-730 Cascavel-PRde - Fone Novembro 2015(45) 3037-7829 www.newmidiacomunicacao.com.br

LEIA TAMBÉM

• Safra de trigo frustra expectativas de agricultores da região. Pág. 15 • Audiência pública discute cultivares. Pág. 18

Pesquisadores estao preocupados com a abelha Bombus terrestris na América do Sul. A espécie já pode ter chegado ao PR e coloca o setor em alerta. Pág. 10

Agrinho premia os vencedores de 2015 2.000 pessoas, entre alunos, professores, pais e líderes do Estado do Paraná participaram da premiação do Agrinho em Curitiba. Pág. 16

Mandioca foi o tema de evento em Foz Cadeia produtiva e novas tecnologias na cultura da mandioca foram discutidas em Foz do Iguaçu, com a presença de autoridades da América do Sul e Caribe. Pág. 22 3

• BeefExpo faz raio-x da pecuária de corte. Pág. 20

• Tozoagro oferece milhetos precoces, baratos e eficazes. Pág. 24

• FAG realiza Dia de Campo do curso de Agronomia. Pág. 26 • Irmãos idosos carentes ganham novo lar. Pág. 28

Entrevista O entrevistado dessa edição é Fábio Homero Diniz, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, que fala sobre a sucessão rural na pecuária leiteira e os desafios da continuidade do trabalho nas propriedades rurais. Pág. 6


PALAVRA DO PRESIDENTE

PAULO ORSO - diretoria@sindicatorural.com

PEC 215 e o fim da “mão grande” No fim do mês de outubro, tivemos uma notícia que merece comemoração. A comissão especial da Câmara dos Deputados PEC 215, que transfere do governo federal para o Congresso Nacional a competência para fazer a demarcação de terras indígenas. O primeiro passo em busca do reestabelecimento da ordem foi dado. Agora, o texto será votado no Congresso e depois no Senado. Atualmente, o Ministério da Justiça edita decretos de demarcação a partir de estudos antropológicos feitos pela Funai (Fundação Nacional do Índio). Nós bem sabemos que muitos desses documentos em muitos casos são mal intencionados e mentirosos. O governo federal tinha um poder absurdo com o antigo modus operandi, desrespeitando o direito à propriedade e a Justiça. O parecer do relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB) do Paraná, foi aprovado por 21 votos – totalidade. Um dos trechos da proposta prevê outra grande conquista

De que adianta trabalhar a vida inteira para adquirir uma terra ou herdá-la de familiares e o governo tomar?

aos homens do campo: o recebimento de indenização da União aos produtores

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rurais que tiverem propriedades absorvidas por áreas demarcadas como terra indígena. É o fim da “mão grande” do governo federal. Hoje, a Constituição Federal considera que as terras indígenas pertencem à União e, por isso, não há indenização a quem perde a posse do território quando a demarcação é homologada. Os afetados tentam recorrer à Justiça, mas quase sempre perdem. De que adianta trabalhar a vida inteira para adquirir uma terra ou herdá-la de familiares e o governo tomar? Praticamente, um ato de um governo comunista, onde a insegurança jurídica prevalece e os direitos são desrespeitados. O modelo fracassou e nós, até agora, vencemos. O Brasil venceu. Agora é o momento da união do setor para garantir a aprovação nas votações no Congresso e no Senado. Vamos utilizar da nossa força, nos unir, e pedir apoio dos deputados e senadores. Já tivemos uma vitória e não aceitaremos uma derrota.

Novembro de 2015


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ENTREVISTA “Desejo dos jovens deve ser respeitado” FÁBIO HOMERO DINIZ - Embrapa Gado de Leite

A entrevista desta edição é sobre sucessão rural na pecuária leiteira, com Fábio Homero Diniz, engenheiro agrônomo e PHD em Desenvolvimento Sustentável. Ele é pesquisador da Embrapa Gado de Leite, localizada em Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais. Fábio tem feito um trabalho pelo Brasil muito interessante sobre a importância, conscientização e as dificuldades da sucessão rural na pecuária leiteira. REVISTA SINDIRURAL - Para ser economicamente viável, a produção de leite precisa de atenção intensiva. Além disso, existem as variáveis que podem deixar a área pouco atrativa. Como conseguir convencer os jovens a continuar na propriedade? FÁBIO HOMERO DINIZ - Este é um desafio cada vez mais presente em nossa realidade. Mas o primeiro ponto que devemos considerar é o desejo do jovem em permanecer na atividade leiteira. O jovem ou a jovem, não precisa ou deve ser convencido a continuar na propriedade, ele/ela tem que gostar do que faz! Associado a isso, os pais têm um papel fundamental na continuidade da atividade, apoiando a decisão do filho/filha de ter a produção de leite como meio de vida. Existem muitos casos que os pais desestimulam seus filhos em função da baixa renda e da penosidade do trabalho, mas também tem a perspectiva dos filhos serem donos do próprio negócio ao invés de serem empregados em outro ramo, além de continuarem com o patrimônio familiar. Partindo da premissa que o jovem gosta e vai continuar na atividade, é necessário planejar todo o processo sucessório a fim de preparar o futuro da família e evitar conflitos familiares. Além disso, o assunto sucessão é bem delicado, pois se por um lado para os sucessores representa uma oportunidade e novos caminhos, para os sucedidos pode representar afastamento e desa-

tualização, além de envolver o tabu da morte. Porém, essa discussão vem justamente para evitar um choque maior e a possibilidade da perda da continuidade da atividade na falta dos sucedidos. REVISTA SINDIRURAL - Como os pais devem lidar com essa situação? Como eles devem preparar os filhos desde o início? Como funciona essa história de perca de referência na comunidade quando o pai passa o comando da propriedade para o filho? FÁBIO HOMERO DINIZ - Nesta situação, há diferentes questionamentos que surgem. Pelo lado do sucedido a dúvida é o que acontecerá com minha propriedade; por sua vez, para o sucessor ou sucessora, é sobre qual espaço que terá na propriedade. Portanto, a relação entre o sucedido e o sucessor deve ser clara e aberta. A chave para uma sucessão bem conduzida é o diálogo. Esse diálogo deve começar o mais cedo possível a partir do momento que os pais percebam a maturidade do sucessor para o assunto. É difícil especificar uma idade, pois a maturidade depende da personalidade e de como a pessoa lida com as dificuldades e facilidades presentes. A partir desse momento, o sucedido deve ir passando determinadas responsabilidades para o sucessor ou sucessora. Responsabilidades referentes a parte operacional de manejo do rebanho, da pastagem ou da ordenha, por exemplo, e

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também, talvez mais importante, a parte de gestão da propriedade. Existem muitos casos que o sucessor ou sucessora entende muito bem da parte operacional, mas quando assume a propriedade é surpreendido pela gestão. Para amenizar este risco, o sucedido deve compartilhar seus conhecimentos, conselhos e dificuldades com o sucessor ou sucessora. Isso é um aprendizado que leva tempo, mas é melhor conversar e compartilhar planos e desejos ao longo do tempo do que se deparar com uma situação em que a sucessão ocorre de forma repentina e sem preparo. Se por outro lado, o sucessor ou sucessora vem ganhando espaço e reconhecimento pela família e pela comunidade na condução da propriedade, por outro o sucedido começa a perder este espaço o que pode ser um dos fatores que dificulta todo o processo. A partir do momento que o sucedido passa o controle gerencial e material da propriedade para o sucessor ou sucessora, este passa a ter um papel secundário na tomada de decisões, o que é muito difícil para uma pessoa que durante muitos anos sempre tomou todas as decisões, muitas vezes sozinho. Para atenuar esta questão, sugere-se que o sucedido continue tendo voz nas decisões, sendo um conselheiro em função de sua experiência de vida na atividade e na propriedade, embora a decisão final seja do sucessor ou sucessora. Neste caso, mais uma vez, o diálogo é fundamental. REVISTA SINDIRURAL - O que os jovens precisam ter em mente e de informação para serem convencidos a continuar no campo? Qual é a responsabilidade deles nesse processo? FÁBIO HOMERO DINIZ - Como já foi mencionado o jovem tem que gostar da atividade. O objetivo deve ser em aprimorar o conhecimento sobre o que se faz, dando muita importância a gestão da propriedade. Neste ponto, o jovem deve procurar capacitações nas Novembro de 2015


diversas áreas que envolvem a produção de leite e planejar a evolução da propriedade ao longo do tempo. Sugere-se que sempre troque ideias com outros jovens e profissionais da área, além de compartilhar suas alternativas com os pais. Devemos lembrar que o sucedido e os sucessores são de gerações distintas, com diferentes formas de interpretar o mundo e as tecnologias disponíveis. Enquanto para a maioria dos jovens a utilização de computadores e dispositivos móveis como smatphones e tablets, são ferramentas incorporadas a suas rotinas, para muitos sucedidos são opções mais distantes de serem utilizadas. Essa distinção geracional deve ser considerada pelos jovens nas discussões, o que é fonte de conflitos quando não é observada. REVISTA SINDIRURAL - Como profissionais da extensão, pública ou privada, podem ajudar nesse processo? FÁBIO HOMERO DINIZ - A ajuda de profissionais da extensão pública e privada é fundamental para o processo, embora existam algumas dificuldades para isso. Inicialmente, em muitos casos, as pessoas tendem a achar que este é um assunto de família, não cabendo a “opinião” de quem está de fora. Depois, em muitos casos, o profissional não está preparado para dar este suporte. A sugestão que pode ser dada é que haja o envolvimento do profissional em aspectos técnicos, como por exemplo na viabilidade, ou não, de divisão de área da propriedade se houver mais de um sucessor e no planejamento da produção a médio e longo prazo, dando subsidio técnico para as decisões de sucessão na propriedade. REVISTA SINDIRURAL - Quais outras dicas você dá para que esse processo seja saudável, eficiente, duradouro e lucrativo? FÁBIO HOMERO DINIZ - As principais dicas são o diálogo e o planejamento a longo prazo. Com o diálogo, os pais saberão quais planos os filhos terão para o futuro e assim definir qual ou quais serão os sucessores. Neste sentido, também é importante abordar a questão de mais sucessores do que a propriedade teria condições de suportar. Existem experiências exitosas com sociedades de irmãos onde dois ou mais continuam tocando a propriedade herdada dos pais, de forma pacífica e lucrativa. Em outros casos, há a possibilidade de divisão da propriedade de forma que as que se originam da partilha ainda são economicamente viáveis. Portanto, cada caso é um caso, pois envolve não somente a passagem de bens materiais, mas também de toda uma forma de condução de vida que, às vezes, já vem de diversas gerações. Outro ponto importante de definir é o que os sucessores desejam para si Novembro de 2015

A ajuda de profissionais de extensão pública e privada é fundamental para o processo, embora existam algumas dificuldades para isso.

e para suas próprias famílias. Quanto devo produzir de leite para ter um equilíbrio entre a satisfação de meus desejos e necessidades e o prazer em trabalhar na atividade? Esta é uma pergunta muito importante que todos deveriam responder, pois temos a impressão de que, de vez em quando, o “céu é o limite”. REVISTA SINDIRURAL - O que acontecerá com o mercado e produção de leite caso os jovens (ou a maioria deles) não continuem no ofício da família? FÁBIO HOMERO DINIZ - O que pode

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e deve ocorrer é o já visto em outros países onde o número de produtores de leite foi reduzido drasticamente e houve o aumento significativo do volume produzido por propriedade e, consequentemente, pelo país. Por exemplo, a Holanda possuía cerca de 185 mil propriedades que produziam leite em 1960 e cerca de 1,6 milhões de vacas produzindo 6,7 bilhões de litros no ano. Em 2013, eram 17.800 propriedades, com 1,5 milhões de vacas que produziram 12,4 bilhões de litros de leite. A produção por animal praticamente dobrou, aumentando expressivamente a produção por propriedade e do país. Aqui no Brasil alguns estudos já indicam a redução do número de propriedades que produzem leite, mas a produção anual cresceu a uma taxa média de 4% ao ano na última década. Isso significa que, a princípio, o Brasil pode estar no mesmo caminho de outros países, ou seja, reduzindo o número de propriedades produtoras de leite, aumentando a produtividade do rebanho e produção total do país. Para acompanhar esta tendência, os jovens que continuarem na atividade deverão se especializar cada vez mais, tendo especial atenção à alimentação, sanidade e genética do rebanho, associado à gestão da propriedade. REVISTA SINDIRURAL - Qual é o segredo ou principais valores\condutas para que um pequeno produtor tenha sucesso na produção de leite? FÁBIO HOMERO DINIZ - A garantia do sucesso é uma questão muito complexa que envolve muitas variáveis de dentro e de fora da propriedade e, principalmente, depende da personalidade, dos desejos e necessidades de cada um. O importante é ser feliz e realizado naquilo que está fazendo. Assim, atitude e a disposição em fazer as coisas acontecerem são questões básicas. Neste caso, algumas sugestões podem ser úteis. O conhecimento do que se faz é fundamental. Portanto, é preciso capacitar-se nos diversos temas que envolvem a atividade e contar com a assistência técnica para auxiliar nas tomadas de decisão, embora nem sempre seja possível em função do grande número de produtores para um reduzido número de técnicos, em muitos casos, infelizmente. O planejamento de todos os aspectos da produção de leite é muito importante. Ter quantidade e qualidade de alimento para o rebanho, um bom manejo reprodutivo e produzir um leite com qualidade são os aspectos básicos para o sucesso na atividade. Para isso, é necessário realizar os controles básicos, como anotações de produção por animal , como o controle leiteiro, data de cobertura e data de parto, além daqueles relacionados ao manejo da pastagem. Sem esses dados, não há como obter informações que vão orientar as tomadas de decisão.


REGISTRO

Seminário por uma pecuária mais competitiva

No dia 14 de outubro, no auditório do Sindicato Rural, foi promovido um seminário regional com o objetivo de apresentar aos produtores, técnicos e colaboradores de empresas e cooperativas, o Plano Integrado de Desenvolvimento da Bovinocultura de Corte do Paraná, que é uma iniciativa do Governo do Paraná, da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) e de uma série de outras entidades. O responsável pela apresentação foi o zootecnista do Departamento Técnico e Econômico da Faep, Guilherme Souza Dias. Segundo ele, a pecuária foi deixada de lado ao longo dos anos e substituída pelas lavouras de soja. O que restou da bovinocultura, em sua maioria, foi direcionada às áreas marginais ou declivosas. O objetivo do Plano é evitar a redução da atividade e aumentar a sua produtividade, qualidade e lucro. Rodolfo Luiz Botelho, presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Faep, disse que a ideia é muita simples e espera que todas essas informações sejam repassadas. “Queremos motivar os criadores. Uma pecuária de corte eficiente é possível. Precisamos utilizar como modelo e le-

Bom público compareceu no evento no sindicato rural

var toda a tecnologia disponível, assim como foi feito com a agricultura, para a pecuária”. O diretor-geral da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná), Otamir Martins, disse que Cascavel deu exemplo de fomento à pecuária com o Show Pecuário,

que foi um grande sucesso. O Plano, segundo ele, vem somar a essa iniciativa. Inácio Kroetz, diretor-presidente da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), acredita que o Plano vai liderar o setor em busca de objetivos em comum.

Franceses visitam o Sindicato Rural Uma comitiva de 30 franceses visitou o Sindicato Rural de Cascavel no dia 13 de novembro. Eles fazem parte do conselho da Cooperativa Terrena, localizada no noroeste da França, nas cidades de Nantes e Anges. A empresa tem 22 mil sócios e emprega mais de 12 mil pessoas. Além de cooperativas da região Oeste do Paraná e do Sindicato, o grupo circulou pela Esalq\USP, em Piracicaba, em São José do Rio Preto, em Cuiabá com representantes da OCB (Organização das Cooperativas do Brasil) e visita em fazendas da região, em São Paulo capital, no frigorífico Minerva em Barretos e muitos outros locais. O objetivo da visita foi conhecer as linhas de produção e organização agrícolas e agropecuárias do Brasil. “Nós sempre estamos em busca de iniciativas originais para melhorar economicamente, socialmente e sustentavelmente a nossa cooperativa”, disse o presidente da Terrena, Hubert Garaud. Ele era um dos membros da comitiva. A Terrena atua em todas as linhas do agronegócio, seja nos grãos, no leite, na carne, frango e suínos.

Andrea Mörschbächer, presidente da Areac, recebeu as premiações

Areac fatura premios no 8º PCQ O envolvimento de diretores e associados nas causas comuns da área da agronomia, rendeu à AREAC (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel), dois prêmios do 8º PCQ (Prêmio Crea de Qualidade), realizado em Foz do Iguaçu, como parte do 41º Encontro Paranaense de Entidades de Classe, realizado em Foz do Iguaçu. A AREAC conquistou os prêmios Liderança e o de Destaque da Regional do CREA-PR de Cascavel. Para a diretoria, trata-se de um

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reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelos associados, em prol das discussões relacionadas às áreas de engenharia. A presidente da AREAC, engenheira agrônoma Andrea Mörschbächer, disse que as premiações comprovam o importante papel desempenhado pela AREAC. “Esses dois prêmios reforçam a convicção de trabalhar com cada vez mais entusiasmo em prol dos associados e da boa agronomia”. Novembro de 2015


Concurso do melhor prato de mandioca aconteceu na Expovel

Da esquerda à direita, Márcia Izabel Balbinot, Paulo Orso, Marizete Alérico Mendes, Zeli da Concceição Ferreira de Oliveira, Elisângela Tomé Maciel, Loivana Balbinot e Paulo Vallini

Foi realizado no dia 14 de novembro, no estande do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, na 36ª Expovel, o “Concurso do melhor prato doce e salgado de derivados da mandioca”. O evento foi realizado pelo Sindicato, em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura. Participaram do concurso 12 produtoras rurais, que formaram seis duplas. Elas participaram, em 2014, de cursos promovidos pelo Sindicato Rural Patronal de Cascavel e Senar-PR. Na categoria prato doce, venceu a dupla formada por Márcia Izabel Balbinot e Loivana Limberger Balbinot, da comunidade

rural de Gramadinho. Elas confeccionaram o prato Queijadinha de Côco. Na categoria prato salgado, a dupla ganhadora foi Marizete Alérico Mendes e Elisângela Tomé Maciel, da localidade rural de Nova União, com o prato Torta de Mandioca. Nesse concurso, as participantes aplicaram os conhecimentos que adquiriram durante o cursos em que participaram no ano passado. As vencedoras ganharam peças denominadas rechauds com queimador em porcelana, além de prêmio de participação às seis duplas.

Nova diretoria da CSA se reuniu O agropecuarista Agassiz Linhares Neto comandou sua primeira reunião, realizada no dia 10 de novembro no auditório do Sindicato Rural de Cascavel, como presidente do CSA (Conselho Municipal de Sanidade Agropecuária de Cascavel). Durante o encontro foram debatidos os objetivos do Conselho e as principais áreas carentes, ou seja, que necessitam mais cuidados. Segundo Agassiz, sua gestão tem como objetivo melhorar os índices da sanidade agropecuária de Cascavel, tanto na pecuária de corte, de leite e na área vegetal. Ele definiu como principais metas o controle da ferrugem da soja e o incentivo de uma maior realizado de exames de brucelose e tuberculose nos bovinos, visando uma garantia dos pecuaristas de ter Novembro de 2015

certeza dos possíveis infectados em seu rebanho. Além disso, outros objetivos do CSA também foram debatidos. Entre eles estão o controle de sanidade dos rebanhos das periferias, destinação das embalagens dos medicamentos veterinários, os problemas de manejo sanitária da pecuária leiteira entre muitos outros.

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Sindicato Rural e SRO entregam revindicações a Comissão A Comissão Parlamentar da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados promoveu em Cascavel, no dia 13 de novembro, na 36ª Expovel (Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Cascavel), um encontro para discutir as perspectivas do setor agropecuário e problemas fundiários e agrícolas que acometem a região. A iniciativa foi do deputado federal Evandro Roman (PSD), que é membro da Comissão. A Comissão é o principal foro de discussão dos problemas da agropecuária do Brasil. Por ela passam todos os projetos de lei e pautas do setor. Roman falou sobre os assuntos atuais vinculados ao setor, como as questões indígenas, lei das cultivares, desafios futuros e insegurança jurídica. O evento também ficou marcado por outro grande momento. O presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, e o presidente da Sociedade Rural do Oeste do Paraná, João Cunha Jr, entregaram ao deputado Roman uma pauta de reivindicações do setor. O documento será levado a Brasília e apresentado na Comissão Parlamentar. Entre os itens pedidos estão: política agrícola justa e de longo prazo ao trigo; seriedade na condução do seguro agrícola; modernizar, melhorar e desburocratizar o programa Proagro; definição dos preços mínimos de forma compatível com os custos de produção e liberação de recursos; garantia do direito à propriedade e cumprimento das reintegrações de posse; aprovação da PEC 215, que modifica a demarcação de terras indígenas; duplicação da BR-277 de Cascavel a Curitiba e titularidade em propriedades de faixas de fronteira.

Documento será apresentado em Brasília


BOMBUS TERRESTRIS

Abelha europeia já pode estar no Brasil

Pesquidores estão preocupados com a possível presença da abelha Bombus terrestris na América do Sul e até mesmo no Rio Grande do Sul e Paraná Uma espécie de abelha europeia está invadindo a América do Sul. Trata-se da Mamangava de Cauda Branca, cujo nome científico é Bombus terrestris. Ainda não se sabe ao certo os danos que a espécie pode causar para os biomas invadidos, porém, uma coisa é certa: ela precisa ser estudada in loco, ou seja, nos locais ocupados. Uma campanha, intitulada “Abelha Procurada”, foi lançada e a recompensa para quem encontrá-las, fotografá-las, avisar os pesquisadores responsáveis e obviamente mantê-las vivas é entrar para a história da ciência como o primeiro a avistar o animal em solo brasileiro. Tudo começou quando colônias desta espécie foram importadas da Europa para o Chile, em meados da década de 70, para serem usadas como polinizadoras de tomateiros cultivados em estufas. No entanto, elas escaparam das estufas para ambientes naturais ao redor e começaram a invadi-los. Em pouco tempo, grandes áreas do Chile estavam ocupadas pela Bombus terrestris, e não demorou muito até cruzarem a fronteira com a Argentina. Hoje, colônias desta espécie ocupam vastas áreas naturais nestes dois países e alguns impactos ambientais têm sido relatados por pesquisadores. Há relatos, não comprovados, de que colônias dos insetos também foram importadas pelo Uruguai para polinização agrícola. Se for verdade, há grandes chances dos insetos estarem no Rio Grande do Sul ou muito próximo dele. Daí para avançar ao restante do Brasil é um pulo. “Temos relatos de pesquisadores argentinos de que em uma determinada região da Patagônia, invadida pela Mamangava, a espécie nativa foi totalmente substituída pela espécie europeia”, explica o ecólogo responsável pela pesquisa, pela campanha e doutorando no tema, André Luis Acosta. A pesquisa é financiada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do

Abelha europeia em comparação com a nativa da nossa região

Estado de São Paulo) e apoio de diversas outras entidades, como a Emater-RS e a PUC-RS. A abelha é bem diferente das nativas do Brasil. Ela é maior (2,5 centímetros em média) e tem como principal característica a cauda peluda branca. Não há relatos da presença da espécie no Brasil. Sabendo da possibilidade, André mapeou as possíveis áreas que a abelha pode vir a chegar, podendo entrar pelo Rio Grande do Sul e parar em São Paulo. No Paraná, as cidades listadas como sujeitas à invasão são, entre outras: Curitiba, Ponta Grossa, Campo Largo, Quatro Barras, São José dos Pinhais e Fazenda Rio Grande. No entanto, nada impede que elas

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apareçam aqui no Oeste do Paraná. Como a área mapeada é muito grande e é impossível prever exatamente onde elas irão, surgiu a ideia de utilizar o método científico conhecido como ciência cidadã. “A campanha tem esse objetivo, que é o das pessoas participarem. É impossível termos pesquisadores de olho, permanentemente acompanhando. Se for comprovado, o colaborador receberá todos os créditos na pesquisa”. HIPÓTESES

Muitas hipóteses existem sobre o que ocorre nos biomas quando as “invasoras” chegam. Sabemos que a transferência de animais de um bioma para o outro, mesmo dentro de um mesmo país, podem ter conNovembro de 2015


sequências devastadoras. São três as situações que trazem impactos à biodiversidade: mudanças climáticas, fragmentação do habitat e espécies invasoras. A chegada das abelhas europeias no Brasil podem trazer com elas pragas e doenças, inclusive podendo ser prejudiciais para as plantas. Por outro lado, a Bombus terrestris é uma excelente polinizadora, muito melhor que as nossas espécies nativas. André acredita que quando elas chegam a um novo ambiente, a tendência é que, no início, a polinização melhore. “Ela pode beneficiar as culturas agrícolas em alguns aspectos. No começo, a presença dela pode aumentar a produção. Num segundo momento, elas podem prejudicar as espécies nativas, mas só um estudo de caso, ou seja, se estudarmos a espécie no campo, podemos garantir isso. Hoje temos hipóteses. Não sabemos se ela fará mal ou bem”, explica André. COMO AJUDAR

Para mais informações, acesse o site http://abelhaprocurada.com.br/. Se avistar o inseto, informe os pesquisadores e siga as orientações que também estão no site. “O site serve para as pessoas conhecerem a espécie. Caso avistar algo que acredita que seja a Mamangava, não a incomode e só fotografe a uma distância segura. Refor-

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A Bombus terrestris é maior e é caracterizada pela cauda peluda branca

çamos que jamais elas devem ser mortas”, diz André. O técnico em agropecuária da Emater de Santa Lúcia há 35 anos e presidente da Apivel (Associação dos Apicultores de Cas-

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cavel), Nilo Deliberali, é uma das referências da região quando o assunto gira em torno das abelhas. Ele disse que não observou a presença dos insetos na região e que, agora informado da campanha, ficará atento.


CAMARÃO NO OESTE

Matéria dá prêmio à revista Sindirural

O jornalista da Sindirural Pedro de Brito Sarolli recebeu o prêmio das mãos da vice governadora do Paraná, Cida Borghetti, e do presidente da Amop e prefeito de Santa Tereza do Oeste, Amarildo Rigolin

Reportagem sobre produção de camarão no Oeste do Paraná foi um dos vários trabalhos vencedores do Prêmio Amop de Jornalismo A tradicional comemoração de fim de ano da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), com a realização da 10ª edição do Prêmio de Jornalismo da entidade e da outorga do título de Cidadão Honorário do Oeste do Paraná foi mais uma vez um sucesso. O evento, que ocorreu no dia 13 de novembro, no Clube Comercial, em Cascavel, contou com a presença de diversas autoridades do Paraná e celebrou o pioneirismo dos desbravadores da região através da homenagem ao empresário Jacy Miguel Scanagatta, e homenageou os profissionais da imprensa, com o Tradicional Prêmio Amop de Jornalismo.

“Oeste em Desenvolvimento” foi o tema da edição 2015 do prêmio que destacou o trabalho dos profissionais de emissoras de rádio, televisão, veículos impressos e fotógrafos, premiando com um total de R$ 10 mil em dinheiro e troféus. Os trabalhos foram avaliados pelos jornalistas Patrícia Duarte de Brito, coordenadora do curso de Jornalismo da Univel, Ralph Williams, coordenador do curso de Jornalismo da FAG e Cristina Schossler, assessora de Imprensa da Unipar. SINDIRURAL FOI DESTAQUE

Na categora Impresso, quem sagrou-se campeã foi a revista Sindirural, com a matéria intitulada “O camarão chegou ao Oeste do Paraná”, escrita pelo jornalista Pedro de Brito Sarolli, que recebeu o prêmio das mãos da vice-governadora do Paraná, Cida Borgheti. A matéria mostrou como é a produção no município de Palotina, e foi veiculada na edição de outubro da revista. O coordenador editorial da Sindirural

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e Secretário da Diretoria do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Vallini, destacou a importância do prêmio. “A Sindirural nasceu como um canal de comunicação direto do Sindicato Rural de Cascavel com seus associados. E o nosso objetivo foi sempre trazer novos conhecimentos e tecnologias para o agricultor da nossa região. Esse prêmio é sinal de que estamos no caminho certo”, afirmou. O editor Jair Reinaldo dos Santos, considerou o prêmio um reconhecimento da qualidade da linha editorial adotada pela revista, pois a publicação sempre buscou trazer tecnologias e novidades que possam agregar renda aos produtores rurais da região. Na categoria Fotografia, César Machado, da Revista Aldeia, com o trabalho intitulado “A obstinação de Géssica”, foi o grande vencedor. Na categoria TV, Patrícia Sonsin e equipe, da TV Tarobá, com o trabalho “Oeste - a união que faz crescer e desenvolver cidades”, ficou em primeiro lugar. Na categoria Rádio, CarNovembro de 2015


O empresário Jacy Miguel Scanagatta foi condecorado com o título de “Cidadão Honorário do Oeste do Paraná”

los Moreira da Silva, da Rádio Jornal de São Miguel do Iguaçu, com o trabalho intitulado “Boas práticas do Programa Cultivando Água Boa serão copiadas na Espanha”, venceu. HOMENAGEM A PIONEIRO

No segundo momento do evento, foi entregue o título de Cidadão Honorário do Oeste do Paraná ao empresário Jacy Scanagatta. Criado em 2011, a homenagem é o justo reconhecimento à personalidade merecedora da

mais alta honraria regional. Jacy é ex-prefeito de Cascavel, ex-deputado federal e empresário atuante na área agropecuária, automotiva e da comunicação. Ele possui uma trajetória de grandes feitos para Cascavel e todo o Oeste do Paraná. Como prefeito, foi responsável pela construção do Estádio Olímpico e do Complexo Esportivo Ciro Nardi. Como deputado, colaborou ativamente com a redemocratização do Brasil. Jacy é a sexta personalidade a receber

a honraria. O título é concebido pelo voto direto dos 52 prefeitos da Amop. Jacy foi escolhido por unanimidade. ADAMOP

Além dos jornalistas e de Jacy, esposas de ex-prefeitos que presidiram a Adamop (Associação das Primeiras-Damas do Oeste do Paraná) também foram homenageadas no evento, devido ao aniversário de 22 anos da entidade.

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FEBRE AFTOSA

Adapar dá início à vacinação na região A fazenda do agropecuarista Agassiz Linhares Neto foi escolhida para o lançamento da campanha na região de Cascavel A campanha de vacinação dos rebanhos de bovinos e bubalinos do mês de novembro foi lançada na fazenda do agropecuarista e presidente da CSA (Conselho de Sanidade Agropecuária de Cascavel), Agassiz Linhares Neto, em Cascavel. A ação, que é coordenada no Paraná pela Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), faz parte da campanha nacional contra a doença nos rebanhos brasileiros, coordenada pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). A segunda fase vai do dia 1º de novembro ao dia 30 do mesmo mês. A etapa de novembro da vacinação se diferencia da primeira, realizada em maio, somente por um fator: agora, é necessário vacinar todo o rebanho. No mês de maio, os órgãos fiscalizadores só exigem a imunização dos animais de 0 a 24 meses. No Paraná cerca de 9,15 milhões de animais devem ser imunizados. Na região de Cascavel, a estimativa é de 730 mil. O agropecuarista Agassiz Linhares Neto possui 369 cabeças de gado, em sua maioria da raça taurina Aberdeen Angus. Ele disse que mesmo durante a primeira fase, todos os animais são vacinados. “Essa ação faz parte do programa de sanidade do rebanho, que é nosso foco. Além da aftosa, também faço a carbúnculo. Se todos nós vacinarmos esse ano, podemos chegar ao ano que vem sem a vacina”, declarou. Agassiz se refere ao plano do Governo do Paraná, que pretende transformar o Estado em área livre de aftosa sem vacinação, assim como o Estado de Santa Catarina. De acordo com o supervisor regional da Adapar na região de Cascavel, Jaime Barrios, o Paraná segue cumprindo o calendário do Mapa até que sejam atendidas todas as exigências para se tornar uma área livre, como a reestruturação dos postos de fiscalização nas fronteiras e contratação de novos servidores para melhorar e ampliar a fiscalização (esta

Novilhas foram vacinadas no ato realizado dia 4 de novembro na Fazenda Três Meninas

Agassiz Linhares: “Sanidade do rebanho deve ser foco de todo criador”

última já feita pelo governo). “Até lá continuamos vacinando. O objetivo da campanha é sempre chegar a 100% do rebanho”, disse. O engenheiro agrônomo e diretor executivo do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Vallini, esteve presente no lançamento. Ele ressaltou que todos os agropecuaristas devem fazer sua parte e vacinar os animais, pois a atitude é importante para toda a cadeia produtiva. “Estamos evoluindo no Estado, ainda mais com essa possibilidade de tornamos área livre

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de aftosa sem vacinação. Para chegarmos lá, precisamos da colaboração de todos. Se isso acontecer, teremos um grande aumento do valor de venda da nossa carne”. Também presente no lançamento, a médica veterinária Luciana Riboldi Monteiro lembrou os pecuaristas de que é preciso comprovar a imunização junto à Adapar. “Apesar de existir a opção on-line, a comprovação através das guias de papel continua obrigatória”. Novembro de 2015


TRITICULTURA

Relatório do Deral apontou números ruins para a triiticultura na região

Safra de trigo causa frustração no Oeste Os resultados da safra do trigo cultivado em 2015 nos 28 municípios que pertencem ao Deral não foram nada animadores para os produtores Os resultados da safra do trigo cultivado em 2015 nos 28 municípios que pertencem ao Deral (Departamento de Economia Rural) do Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento) de Cascavel não foram animadores. Essa foi a constatação do relatório elaborado pelo órgão público, concluído no mês de novembro. Aproximadamente 139.600 hectares foram cultivados na região e a média colhida foi de 2.402 quilos por hectare, ou seja, 40 sacas por hectare. “Foram números razoáveis”, resumiu o técnico do Deral, José Pértile. Segundo Novembro de 2015

Pértile, ao longo da safra os produtores rurais enfrentaram uma série de problemas que corroboraram para os números abaixo das expectativas. Em primeiro lugar, o excesso de chuva no mês de julho, causando perdas na produtividade devido à incidência de doenças fúngicas, como a giberela e o brusone. “Em algumas regiões, também tivemos a formação de geada com baixa intensidade, o que colaborou para um desempenho abaixo do esperado na colheita”, comentou Pértile. Além disso, o técnico do Deral disse que, em cerca de 20% da área plantada, os triticultores tiveram problemas com excesso de chuvas também na hora da colheita. “Por isso tivemos a média de 40 sacas por hectare. O ideal, para que o produtor pudesse pagar todas as contas, investimentos e ainda sobrar uma boa quantia, seria colher acima de 55 sacas por hectare. Se não houver problemas climáticos, nosso solo tem potencial

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e há tecnologia disponível para que o triticultor saia bastante satisfeito em termos de produtividade. O retorno pode ser sim alto”. Mesmo com as notícias ruins, nem todos os triticultores ficaram tristes. Alguns deles tiveram ótimos resultados, como o agricultor Jonas Friske, de Sede Alvorada, distrito de Cascavel. Jonas contabilizou uma média invejável: 70 sacas por hectare, quase o dobro do obtido no balanço regional. Questionado sobre o “segredo” para o sucesso, Friske acredita que dois fatores contribuíram para os bons números: “Primeiro acho que foi a variedade que escolhi, a Toruk. Depois acredito que foi a adubação com nitrogênio, que fizemos duas vezes. Também tivemos um pouco de sorte de não sermos tão afetados pelos problemas que os outros produtores foram atingidos”, conta. Mesmo com a alta produtividade Jonas acredita que o preço do trigo poderia ter ajudado mais. “Ainda estão pagando muito pouco”.


FAEP/SENAR-PR

A premiação teve como tema “O Campo e a Cidade Unidos pela nossa energia”, abordando os aspectos ligados à sustenbilidade energética

Agrinho premia os vencedores de 2015 Cerca de duas mil pessoas, entre alunos, professores, pais e lideranças de todas as regiões do Estado participaram da premiação A Faep/Senar-PR divulgou os vencedores do Programa Agrinho, no dia 26 de outubro, no Expotrade Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O programa é a principal iniciativa de responsabilidade social do Sistema FAEP/SENAR-PR e envolve 718 mil alunos das redes pública e particular de 3.640 escolas, distribuídas em 330 municípios do Paraná. Na cerimônia desta segunda-feira foram entregues 309 prêmios para os alunos, nas categorias desenho (turmas de 1º ano e

educação especial) e redação (2º ao 9º ano), para os municípios, nas categorias Município Agrinho e Escola Agrinho, e para os professores, na categoria Experiência Pedagógica. O presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, iniciou seu discurso de abertura parabenizando todos os professores do Estado. “Sem eles nós não estaríamos aqui”. Segundo o dirigente, o programa Agrinho é o “xodó” da Federação. “Um caso de amor que vai além das nossas obrigações legais”, destacou. Neste ano concorreram 5.087 itens, entre redações, desenhos e experiências pedagógicas, sendo 4.729 da rede pública e 358 da rede particular com o tema “O Campo e a Cidade unidos pela nossa energia”, que trabalha aspectos ligados à sustentabilidade energética. Na opinião do diretor executivo do SENAR nacional, Daniel Carrara, presente no evento,

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a escolha deste tema reflete a preocupação do SENAR-PR com o futuro dos recursos naturais. “Esse programa é referência em todo Brasil, não é a toa que ele foi adotado em 18 estados”, observou. Esta é a 20ª edição do Agrinho. Ao longo dos anos, o programa foi sendo aperfeiçoado para trabalhar em sala de aula temas como saúde, educação e meio ambiente. O programa conta com um material didático exclusivo, voltado ao desenvolvimento de uma educação crítica e criativa, que desenvolve a autonomia e a capacidade de professores e alunos assumirem-se como pesquisadores e produtores de novos conhecimentos. De acordo com a secretária estadual de Educação, Ana Seres Comin, a iniciativa envolve quatro secretarias de Estado: Agricultura e Abastecimento; Justiça; Meio Ambiente, e Educação. “Há 20 anos Novembro de 2015


o Agrinho contribui levando temáticas extremamente importantes para a sala de aula.” A grande apoteose do evento foi a premiação das cinco experiências pedagógicas, eleitas entre as 22 melhores iniciativas concorrentes. Os vencedores nesta categoria levaram para casa um carro zero quilômetro. “O que o Programa Agrinho se propõe é a formação de novas gerações de paranaenses com consciência crítica e capacidade de ação quando chegar o momento delas assumirem o comando dos setores produtivos e de decisão. O Agrinho faz parte de um elenco de programas que tem por finalidade melhorar a vida das pessoas através do desenvolvimento econômico e social”, disse Ágide em seu pronunciamento. VENCEDORES

Nas crianças, referente à regional de Matelândia, a única vencedora foi a aluna Julia Novelli Ledur, do 1º ano. Ela é de Foz do Iguaçu e ficou em primeiro lugar no concurso de desenho. No grande prêmio esperado do evento, cinco professores levaram cinco automóveis zero quilômetro. Para chegar à etapa final, os 566 projetos (524 da rede pública e 42 do ensino particular) inscritos na categoria Experiência Pedagógica passaram por uma triagem onde foram selecionados 27 trabalhos. Desse total, cinco trabalhos se classificaram e as

O presidente da Faetp, Ágide Meneguete, declarou que Agrinho é o “xodó” da entidade

cinco professoras vencedoras levam para casa um carro. Na rede pública, o 1º lugar foi para a professora Carolina Ballin Cucchi, do Município de São João, com o projeto “Quem Planta Colhe; o 2 º lugar foi para a professora Carina Hampf de Oliveira, de Castro, com o “Projeto Agrinho – Lançando Sementes”; o 3 º lugar ficou com a professora Elaine Bernardes, de

Terra Boa, com o projeto “Caipira Sim!”; já o quarto lugar foi da nossa regional, de São Miguel do Iguaçu, na escola Serafin Souza. A professora Geni Dal Moro ganhou um carro com o projeto “Por uma gota de Cooperação”. Na rede particular, a vencedora foi a professora Alice Bartmeyer, também de Castro, da Apae da cidade. Ela foi autora do projeto “A arte com a natureza no campo e na cidade”.

Agrinho envolve 718 mil alunos das redes pública e particular de 3.640 escolas, distribuídas em 330 municípios do Paraná, e neste ano premiou professores com um carro

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GERMOPLASMA

Audiência pública discute cultivares

ACIC promoveu audência para debater a Lei das Cultivares, Projeto de Lei 827/15, de autoria do deputado federal Dilceu Sperafico

A Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel) foi palco no dia 16 de outubro de uma audiência pública promovida pela Câmara dos Deputados para debater a Lei das Cultivares, Projeto de Lei 827\15, de autoria do deputado federal Dilceu Sperafico (PP). O presidente da comissão que discute a lei e promoveu audiências no Rio Grande do Sul e na Bahia, fechando os trabalhos em Cascavel, é o deputado federal Evandro Roman (PSD). Na ocasião, a lei foi detalhada e explicada aos produtores, representantes de empresas de pesquisa, órgãos públicos e outras entidades, que tiveram a oportunidade de questionar e dar suas opiniões sobre o tema. A Lei de proteção de cultivares foi sancionada, em abril de 1997, com o objetivo de fortalecer e padronizar os direitos de propriedade intelectual. De acordo com a legislação, cultivar é a variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal, que seja claramente distinguível de outras conhecidas por uma margem mínima de características descritas, pela denominação própria, homogeneidade, capacidade de se manter estável em gerações sucessivas, além de ser passível de utilização. A nova cultivar é aquela que não tenha sido oferecida à venda no Brasil há mais de 12 meses, em relação à data do pedido de proteção, e em outros países, com o consentimento do dono, há mais de seis anos, para espécies de árvores e videiras, e há mais de quatro anos, para as demais espécies. As cultivares passíveis de proteção são as novas e as essencialmente derivadas de qualquer gênero ou espécie. A duração da proteção de uma cultivar vigora a partir da data de concessão do Certificado Provisório de Proteção, pelo prazo de 15 anos. Decorrido o prazo de vigência do direito de proteção, a cultivar cai em domínio público e nenhum outro direito poderá obstar sua livre utilização. A nova lei tem como objetivo atualizar

Presidente da comissão que debate o assunto é o deputado federal Evandro Roman (a direita)

essa legislação. A principal mudança se refere a cobrança de germoplasma – que carrega características como tamanho, porte e produtividade – passe a ser feita toda a vez que o produtor salve as sementes. A comissão, presidida por Roman, caminha há sete meses para ouvir as opiniões de toda a cadeia pelo Brasil. Segundo ele, a lei de 97 defende o interesse de uma melhor produção e consequentemente a produtividade no campo, mas a maior dificuldade hoje é encontrar um equilíbrio. “Temos três interessados: os obtentores do germoplasma, que é a pesquisa, os multiplicadores, que são os sementeiros e os produtores rurais. Queremos encontrar um equilíbrio entre todas elas. No final da década de 70, Brasil produziu 50 milhões de toneladas de grão. Em 2001, 100 milhões de toneladas. Hoje já passa de 200 milhões. Isso é pesquisa e investimento. Queremos que todos eles sejam bem remunerados, sem prejudicar nenhuma parte. Agora estamos no debate técnico e depois os deputados vão para debate político do tema”. De acordo com o presidente da Aprosoja-PR (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Paraná), José Eduardo Sismeiro, a maior preocupação é fazer o produtor entender que essa lei não diz nada sobre biotecnologia. “Proteção de cultivares é o germoplasma, é o

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DNA da planta, é a variedade. Biotecnologia é outra coisa e não cabe nessa lei. A nossa intenção é remunerar o obtentor, que já é, mas não aparece quem e o que paga. Queremos que ele seja remunerado e continue fazendo pesquisas tanto na semente certificada quanto na salva. O que não podemos é confundir com biotecnologia, que nos protege contra insetos e doenças. O germoplasma é o que aumenta nossa produtividade”, disse. Segundo ele, as multinacionais estão comprando as obtentoras brasileiras e direcionando o mercado para onde lhes convém. Se continuar assim, ele acredita que na frente o produtor acabará perdendo. “A Aprosoja é a favor da lei, desde que não traga mais ônus ao produtor. Nós pagamos o germoplasma, mas ele está embutido dentro da biotecnologia. Queremos que na nota fiscal saia discriminado quanto é pago por cada coisa, por exemplo, quanto é pago pela semente, pelo germoplasma e pela biotecnologia”. Apesar de ser a favor, o presidente da Aprosoja-PR disse que os sojicultores não abrem mão de salvar semente, que é um direito e equilibra a cadeia. “O correto é fazer o anexo 33, documentação no Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e poder estar regularizado. Sabemos que muitos não fazem isso, mas não podemos compactuNovembro de 2015


ar com a ilegalidade. Esse é o procedimento correto”. Antônio Donizete Martins Papa, vice-presidente da Areac (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel), disse que essa atualização da lei vem num momento oportuno. Brasil é signatário de tratados internacionais e precisa se modernizar. Nossa legislação já tem 17 anos e precisa ser atualizada. O caminho é via audiências públicas, que podemos discutir e manifestar as nossas opiniões”. A mudança, para ele, vai beneficiar todo o agronegócio. O presidente da Braspov (Associação Brasileira de Obtentores Vegetais) e diretor administrativo da Coodetec, Ivo Carraro, disse que a entidade que preside é a mais afetada pela não observância da lei, uma vez que as sementes piratas são um grande problema enfrentado hoje no Brasil. “Fazemos a pesquisa, colocamos no mercado e depois não recebemos a contrapartida. Esse é um problema sério e o efeito não é só esse, pois desestimula empresas de pesquisa a trabalhar e daqui há uns 4 ou 5 anos o Brasil começa a cair. A aprovação vai nos manter no mesmo ritmo e esperamos que ela reduza o uso ilegal de sementes”, opinou. O deputado Dilceu Sperafico, autor da lei, explica que a lei vem para proteger todos as

Novembro de 2015

Evento foi oportunidade de profissionais e produtores participarem da discussão

cultivares existentes, desde hortaliças a soja. “Queremos regulamentar a possibilidade da pesquisa. Se não tivermos pesquisa a nossa agricultura vai se deteriorar e acabar não evoluindo. Queremos proteger toda a nossa cadeia. Como agricultor, precisamos da pesquisa, mas também não podemos ser massacrados por ela”. Kazoo Jorge Baba, presidente da Apasem (Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas), funcionário da Coope-

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rativa Integrada e representante da Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná) na ocasião, disse que a categoria está preocupada com a pesquisa, sempre pensando em dar o retorno econômico para este importante segmento. “Queremos que a obtentora tenha retorno. Para isso acontecer precisamos regularizar a cadeia”. Até o fim do ano, o projeto deve ser votado na Câmara dos Deputados. O debate político deve ser iniciado no mês de novembro.


CARNE

BeefExpo debateu pecuária de corte Nos dias 21 e 22 de outubro, Foz do Iguaçu foi palco da BeefExpo 2015 & I Congresso LatinoAmericano de Pecuária de Corte O evento ocorreu no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention e teve a participação de aproximadamente 1.200 pecuaristas, executivos, técnicos e especialistas. A cadeia da bovinocultura no Brasil e no mundo foi amplamente debatida, onde foram apresentados casos de sucesso, oportunidades, novas tecnologias e técnicas entre outros assuntos. Na área de conhecimento, foram sessenta palestras em dois grandes painéis. O Beef 360º, com as apresentações técnicas promovidas pelas empresas, e o Beef Management, onde os especialistas examinaram as questões do mercado da produção de carne bovina, tradicionais e renomados pecuaristas analisaram e debateram todos os ângulos que marcam a atividade, e representantes dos três grandes frigoríficos, que abatem 85% da produção brasileira, refletiram sobre como todos os elos da cadeia podem trabalhar no sentido de uma carcaça mais padronizada, com espessura mínima de gordura e pH aceitável. “A margem líquida da pecuária saiu de 50%, na década de 70, e hoje gira em torno de 15%. Isso quer dizer o produtor tem que quebrar paradigmas, mudar seu sistema de produção. Ou mudar sua vida. Não dá para continuar produzindo como há 40 anos”, explicou o pesquisador da Agência Paulista de Tecnologias Agropecuárias (APTA), Gustavo Rezende. Das fazendas analisadas por Antonio Chaker El-Memari Neto, da Terra Desenvolvimento Agropecuário, no ciclo julho de 2014 a junho de 2015, apenas 23% apresentaram resultado econômico positivo, apesar do bom ano para a atividade pecuária. Mateus Paranhos, professor da Unesp de Jabuticabal, reforçou a importância do bem-estar animal, cujas boas práticas se aplicam inclusive na oferta de alimentos e na acomodação dos animais, seja ele a pasto ou em confinamento. Ele também orientou os pecuaristas sobre como garantir uma imuni-

Mais de 1,2 mil pessoas passaram pelo evento realizado em Foz do Iguaçu

zação sem estressar os animais e como evitar situações de risco. “Adoção de novos sistemas de produção podem colocar animais em situação de risco, como por exemplo a alta densidade de animais em confinamento. A média do Brasil é de 12 metros quadrados por animal, mas tem gente já pensando em oito, em seis e até menos”. Sobre as perspectivas para o segmento, o diretor do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), Sergio De Zen, falou que os pecuaristas precisam ter em mente que a pecuária é uma atividade de longo prazo e que eles não podem tomar decisões olhando para o momento que vivemos hoje. “Nos próximos cinco ou seis anos a situação deve se normalizar, com um crescimento consistente. O produtor não deve sair da atividade e deve focar administração da propriedade.

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Gestão, paciência e perseverança são as palavras do momento”. De Zen também lançou um dado interessante. Apesar de estar em estudos iniciais, ele disse que a utilização de touros de “genética comprovada” aumentam realmente a produção de carne por carcaça por dia. Até agora, a equipe que pesquisa o assunto chegou ao número de 70 gramas a mais por dia. Em suas projeções para 2024, o especialista Osler Desouzart afirmou que o Brasil deverá seguir liderando as exportações de carne bovina, com 20,3% do mercado. Mas é preciso não esquecer nunca de ser eficiente. “Vocês querem ganhar dinheiro? Precisam vender cada corte para os países que pagam mais por eles. A carne bovina vai crescer e o Brasil seguirá sendo potência. Agora, do total de criadores em atividade que temos hoje, apenas Novembro de 2015


20% vão sobreviver”, previu Osler.

Visitantes

VIZINHO

Um palestrante uruguaio falou sobre a pecuária no país vizinho, que serve de modelo ao Brasil. Patricio Cortabarria, da Associação Rural do Uruguai, declarou que de 2000 a 2014 o ganho em eficiência por animal no país tem aumentado recorrentemente. “As exportações de carne tiveram incremento em 300% nos últimos 15 anos. A carne bovina representa 17% do total que o Uruguai exporta atualmente. Apesar de um país pequeno, em 2015 entraremos entre os 10 mais exportadores de carne do mundo e somos parte dos países que definem o negócio da carne”, comenta. O uruguaio também ressaltou a importância da forte política pública existente no país, tanto sanitária como de trafegabilidade – esta última até dentro dos frigoríficos. “Brasil tem um potencial enorme, já que pode crescer. Uruguai só pode melhorar da porteira para dentro”. A Argentina e o Uruguai são livres de aftosa com vacinação. O interessante é que não há nenhuma perspectiva de uma mudança nessa política. “Está funcionando desta maneira e estamos seguros”, resumiu Cortabarria. OUTRAS ATRAÇÕES

Além dos animais expostos e do jul-

Novembro de 2015

De Zen ressaltou a importância de focar na gestão e ter perseverança

gamento da raça Nelore do Sul do Brasil, a BeefExpo trouxe uma feira de negócios, com a presença de mais de trinta empresas do segmento, que levaram as novidades tecnológicas nos setores de equipamentos, genética, nutrição, processamento, reprodução, instalações e saúde animal. Na ocasião, também foi lançado o primeiro Agrojor (Congresso Internacional de Agrojornalismo).

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“Este é um momento mágico. Estamos assistindo o nascimento de um grande encontro da Pecuária. O Paraná e o Brasil só têm a ganhar com este evento”, falou o pecuarista Carlos Viacava. O pecuarista, que é uma das referências no Brasil, também elogiou a pecuária uruguaia durante a fala de Patricio. “Temos inveja de vocês”, brincou. “O Brasil já é o maior exportador mundial de carne bovina e o segundo maior produtor. Com um rebanho de mais de duzentas milhões de cabeças e um grande contingente de pecuaristas que ainda não investem em tecnologia, nosso futuro pode ser ainda mais brilhante”, reforçou a presidente do evento, Flavia Roppa. Vinicius Matté é engenheiro agrônomo e atua na área de suplementação animal no Paraguai. Ele elogiou o evento. “É uma oportunidade para fazermos novos contatos e nos atualizarmos. Além disso, é uma grande vantagem ter um evento deste porte próximo da gente. Certamente, vai colaborar com a pecuária regional”.


EVENTO

Congressos em Foz focaram a mandioca Segurança alimentar, geração de renda, os desafios de produção e novas tecnologias foram debatidos no encontro realizado no Rafain Palace Hotel e Convention Center Foz do Iguaçu tem se consolidado como grande palco de eventos no Brasil, principalmente relacionados ao agronegócio. Do dia 9 a 13 de novembro a cidade recebeu o 16º Congresso Brasileiro de Mandioca e 1º Congresso Latino-Americano e Caribenho de Mandioca. Vanda Pietrowski é professora da Unioeste de Marechal Cândido Rondon e foi a presidente da comissão organizadora do Congresso. Segundo ela, a intenção da organização foi criar um ambiente para discutir problemas, inovações e levantar demandas da cadeia. Já o primeiro congresso latino-americano e caribenho surgiu da ideia de criar uma integração com os outros países, discutir a cadeia e apresentar os avanços do sistema no Brasil, que está mais tecnificada em relação aos países da América do Sul e Central. Fábio Isaías Felipe, pesquisador do Cepea, analisou as conjunturas globais da mandioca. Ele acredita que o Brasil pode ganhar espaço na União Europeia, que apesar de protecionista, pode abrir espaço para o amido brasileiro. “Para isso, precisamos investir em pesquisa,

Mais de 300 pessoas participaram do evento

desenvolvimento, avançar na organização do setor e buscar um Know-how exportador, que não temos tradição nesta área”. Methódio Groxco, economista do Deral (Departamento de Economia Rural) da Seab (Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento) de Curitiba, trouxe informações globais da mandioca aos participantes, além de apresentar os números referentes ao Paraná. O Estado produz 4 milhões de toneladas ano, o que significa 17% da produção nacional de raiz de mandioca e é o maior produtor de fécula do Brasil. No entanto, este ano a área plantada caiu. “Em 2015 sofremos redução em

torno de 20 mil hectares na área plantada, o que pode trazer algumas consequências ruins, como desabastecimento das indústrias a longo prazo”. O colombiano Paulo Chavarriaguia, da CIAT (International Center for Tropical Agriculture), apresentou o trabalho desenvolvido por eles, que é a criação de cultivares resistentes a herbicidas. O manejo do material de propagação foi um dos assuntos apresentados pelo pesquisador do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), Mário Takahashi. Ele ressaltou a importância do manejo de doenças para evitar que o

No evento os profissionais debateram as necessidades do setor, conheceram novidades em variedades e novas técnicas de manejo

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Novembro de 2015


Sansuy apresentou seu biodigestor para fecularias Na ocasião do 16º Congresso Brasileiro de Mandioca foram apresentadas inovações em máquinas e equipamentos, além de levantar novas demandas de interesse para o setor. Para instituições de pesquisa, produtores rurais e empresários foi uma oportunidade de conhecer produtos como o vinibiodigestor fabricado pela Sansuy, especialmente dedicado às necessidades das fecularias. A produção dos derivados de mandioca, especialmente a atividade de fecularia, que no Brasil gira em torno de 540 mil toneladas, gera resíduos sólidos, como a casca, e líquidos, a chamada manipueira. Estima-se que o processamento de uma tonelada de mandioca corresponda ao resíduo gerado por cerca de 200 a 300 habitantes por dia, prejudicando principalmente as populações vizinhas. Este resíduo, no entanto, pode se tornar um aliado do produtor, pois a manipueira possui alta capacidade de produção de metano, gás utilizado para a geração de energia, por meio do vinibiodigestor. VANTAGENS ECONÔMICAS E AMBIENTAIS

O processo de biodigestão anaeróbia ocorrido no vinibiodigestor Sansuy é promovido por bactérias, responsáveis pela degradação da matéria orgânica e produção de biogás, que posteriormente é empregado nas material seja veículo de transporte de pragas e doenças. “Há alguns anos, na Tailândia, que é o maior exportador do mundo de derivados de mandioca, teve um surto de colchonilla, praga que não existia lá. É quase certo que a entrada dessa praga ocorreu devido a um material de propagação contaminado. Ela se disseminou no País e causou um estrago muito grande. Temos que ter cuidado”, alertou. Muitos outros assuntos foram debatidos no evento. Trabalhos científicos e acadêmicos também foram apresentados, sem contar as visitas técnicas. “80% da mandioca produzida no Paraguai vai para nossa mesa. Ela é muito importante para nós e participar de um evento assim é fundamental”, disse Jorge Selaya, que atua na Caaguaçu, empresa na área da fecularia. ALIMENTAÇÃO ANIMAL

A zootecnista da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) de Marechal Cândido Rondon, Maximiliane Zambum, apresentou uma palestra sobre o uso de resíduos de fecularias de mandioca na alimentação animal. Ela trabalha com um estudo há seis anos com vacas em lactação. “O principal resultado que podemos substituir o milho da Novembro de 2015

O vinibiodigestor Sansuy é fabricado de geomembrana de PVC, resistente às intempéries

caldeiras (para aquecimento) ou motogeradores (para geração de energia). É possível até a substituição total da lenha pelo biogás, o que leva à economia na produção e pós-produção. Outras vantagens do biodigestor são a neutralização do cianeto, possibilidade de melhor utilização do biofertilizante e redução do mau cheiro ao redor da fecularia. Além disso, o espaço físico antes utilizado para lagoas de decantação pode ser destinado a outras finalidades, como armazenagem ou uma nova linha de produção. O vinibiodigestor Sansuy é fabricado de geomembrana de PVC (policloreto de vinila),

resistente às intempéries, que deve ser instalado em escavações em solo apropriado, com paredes e fundo revestidos com geocomposto de PVC flexível. A cobertura é feita por uma manta que infla e oferece as condições anaeróbias necessárias à produção e armazenamento do biogás. Uma equipe técnica especializada da Sansuy fará a avaliação e elaboração do projeto, além de estudo do custo-benefício e tempo de amortização do investimento. A empresa oferece assistência técnica com cobertura em todo o território nacional.

Novas cultivares foram apresentadas no evento, como uma espécie resistente a herbicidas

dieta em até 75%, sem prejuízos na produção de leite. Se existe um chamado custo de oportunidade, com uma fecularia próxima como no nosso caso, o custo fica muito baixo. Podemos reduzir em até 30% os custos na alimentação”, explicou. Porém, há problemas. Um deles é a umidade do material, que chega a 90%. Para solucionar o impasse, a conservação em silagem e a secagem ao sol tem dado conta do

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recado, mantendo o produto apto por tempo determinado. Além disso, muitos produtores que utilizam a “massa de mandioca” na alimentação a fazem sem critério, inclusive causando morte em animais em decorrência de acidose. “O ideal é incluir o resíduo na dieta total, com quantidades definidas. Até 32% da dieta completa do animal pode ser feita com mandioca, sem nenhum prejuízo”, disse.


SERVIÇO

Tozoagro oferece milhetos precoces A empresa cascavelense disponibiliza os milhetos precoces ANM-17 e ANM-25 como solução barata e eficaz para a renovação rápida da pastagem Há mais de 18 anos especializada na linha de forrageiras, a empresa cascavelense Tozoagro Insumos Agrícolas tem a solução para o período que ocorre de outubro a abril, conhecido como “vazio forrageiro”: os milhetos ANM-17 e ANM-25. O temido vazio forrageiro ocorre logo após a pastagem tropical deixar de produzir e manter o crescimento contínuo, em função das baixas temperaturas atingidas durante o inverno. Neste período, os pecuaristas buscam a renovação rápida do pasto e, como ainda não chegou a época da cultura de inverno, os milhetos ANM-17 e ANM-25 aparecem como solução barata e eficaz. “É uma planta anual, de rápido crescimento e alta qualidade, que se sobressai dentre as cultivares de milhetos por apresentar alta produção de forragem e um maior ciclo de produção, segundo avaliações realizadas

História Desde 1997 com sede em Cascavel, a empresa Tozoagro atua na comercialização e intermediação de sementes. No decorrer dos anos foi especializando-se na comercialização de sementes de forrageiras para cobertura de solo, adubação verde e pastagens. A Tozoagro Insumos Agrícolas comercializa produtos de empresa parceiras tais como: Brachiarias, Panicum Maximum, Brizantha, Tanzânia, Mombaça, Milho, Milheto Supermassa, Feijão, Arroz, Trevos, Sorgo, Trigo, Triticale, Nabo, Girassol, entre outros capins e pastagens. A Tozoagro estuda a realidade de cada cliente e sempre busca indicar a melhor cultivar para o plantio. em renomados centros de pesquisa”, explica o proprietário da Tozoagro, Ademar Tozo, o “Branco”. Segundo ele, estas cultivares permitem vários cortes ou pastejos – em torno de 5 a 6, desde que feito manejo correto – tem ótimo perfilhamento, boa tolerância a

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doenças e alto teor de proteína, que resulta em maior produtividade de leite, além de ter maior palatabilidade. “O material é semeado no final do inverno, ou seja, a partir de outubro, quando a temperatura do solo começa a aumentar. Normalmente são gastos 25 quilos de sementes por hectare, dependendo da forma como for feita a semeadura”, comenta Branco, que atua há 33 anos no mercado. As principais vantagens desses milhetos (ANM 17 e ANM-25) são sua alta produção de massa verde, com desenvolvimento rápido e agressivo. O primeiro pastejo deve ser feito quando o milheto atinge a altura do joelho (50 centímetros), o que ocorre entre 35 e 45 dias. Normalmente o repouso para reentrada dos animais ocorre de duas a três semanas, dependendo das condições físicas e químicas, ou seja, da fertilidade do solo. Em 2016, a Tozoagro colocará à disposição dos clientes a semente de Milheto Forrageiro Híbrido, que será um diferencial no mercado. Ela é desenvolvida pela New Seed, da Austrália, detentora da Atlântica Sementes. A Tozoagro Insumos Agrícolas está localizado na Rua Uruguai, número 215, no Bairro Alegre em Cascavel.

A Tozoagro é especializada em sementes de forrageiras para cobertura de solo, adubação Novembro verde e pastagens de 2015


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AGRONOMIA

Um dia ensolarado marcou o evento promovido pela instituição de ensino

FAG realizou Dia de Campo para alunos A instituição promoveu no dia 7 de novembro, como parte da Semana Acadêmica de Agronomia, um Dia de Campo para os 900 alunos do curso O curso de Agronomia da FAG (Faculdade Assis Gurgacz) promoveu no mês de novembro um dia de campo aos alunos da instituição. O evento ocorreu na própria estrutura da FAG, na Fazenda Escola, e contou com a participação de empresas, apresentação de novas tecnologias, manejo entre outras práticas. A atividade encerrou com chave de ouro a 9ª Seagro (Semana Acadêmica de Agronomia). Amélio Dall’Agnol, pesquisador na área de transferência de tecnologia da Embrapa Soja, de Londrina, foi responsável por um dos módulos. Ele mostrou aos estudantes como se desenvolveu o processo produtivo de variedades novas, como ele era feito no pas-

Os alunos da FAG puderam ter um contato direto com o mercado em que irão atuar

sado e como avançou e quais são os tipos de variedades privilegiadas hoje. “E nessa evolução veio a soja tropical adaptada para baixas latitudes, a soja transgênica resistente ao glifosato e a lagartas, soja que produz um

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melhor óleo, com mais proteína entre outras. Vamos ter uma sequência de novidades que vão embutindo genes trans à soja. Toda nova tecnologia ela é colocada porque apresenta vantagens sobre o que havia antes. Assim, Novembro de 2015


ganha o produtor, o dono da variedade e todo mundo”. Lucas Pazini, assistente técnico da Pioneer em Cascavel, apresentou os problemas relacionados ao percevejo na cultura do milho. Eles recomendam o controle químico já na soja, antes da plantação do milho safrinha e monitoramento da população dos insetos, pois o ataque pode ser muito grande. “Se tivermos dois percevejos por metro quadrado, ele pode reduzir em 34% nossa produtividade. Em caso de oito, pode chegar a 75%. São valores muito expressivos”. A engenheira agrônoma Letícia Wendt, assistente técnica do programa de manejo da Monsanto, apresentou as novas tecnologias da empresa. Entre elas, a VT PRO3, que é uma tecnologia do milho que protege da raiz à espiga, combatendo a larva diabrótica ou larva alfinete. Além disso, ela apresentou novidades no controle de plantas daninhas na cultura da soja, com rotação de mecanismos de ação. “O produtor usa muito o glifosato, que está selecionando plantas resistentes, como a bulva e o capim amargoso, que são os que mais dão problemas na região. O que nós recomendamos é o uso de um pré-emergente, que ajuda a segurar a sementeira de

Seagro Durante dos dias 4, 5 e 6 de novembro a FAG também promoveu a 9ª Seagro (Semana Acadêmica de Agronomia). Palestras, minicursos, cursos, apresentação de trabalhos acadêmicos e outras atividades fizeram parte da semana. Entre os assuntos debatidos estiveram agroecologia, pró-atividade na agricultura, uso de drones, plantio direto e muitos outros. Vale lembrar que o curso de agronomia da FAG ficou na 1ª colocação entre as universidades particulares do Paraná, segundo o Ranking Universitário Folha (RUF). A pesquisa realizada anualmente pelo Jornal Folha de São Paulo avalia instituições e cursos de ensino superior de todo o Brasil. O curso também foi escolhido o 3º melhor do Brasil entre as particulares. plantas daninhas, quebrando o mecanismo”. A TMG apresentou a tecnologia da soja Inox, que é resistente à ferrugem asiática.

Novas técnicas de manejo e tecnologias foram expostas aos alunosa através de módulos

Novembro de 2015

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A variedade é uma alternativa para o grave problema vivido na região, onde a doença tem criado resistência aos fungicidas disponíveis no mercado. Segundo a coordenadora do curso de Agronomia da FAG, professora Ana Mourão, o dia de campo funciona como projeto integrador, unindo várias áreas de conhecimento. “Trouxemos novidades do mercado e colocamos os alunos em contato com os profissionais e novas tecnologias, manejos e práticas”. ALUNOS

Renata Pistum é estudante do segundo período de Agronomia da FAG. Ela acredita que os dias de campo são ferramentas muito importantes para o ensino, além de ser um momento de confraternização. “É muito interessantes juntarmos todas as turmas, todos os períodos. Aprendemos bastante e participar de eventos assim é muito importante”. Roger Gazoli também cursa o segundo período de Agronomia. Para ele, a experiência na prática do que os alunos aprendem nas salas de aula é fundamental. “Na teoria, nós aprendemos como as tecnologias funcionam e na prática a gente desenvolve o que aprendeu”.


MULHER ATUAL

Irmãos carentes ganharam novo lar Grupo de 22 produtoras rurais entregou um casa para irmãos idosos carentes no interior do município de Cascavel Aconteceu no dia 30 de novembro, às 14h, na localidade rural de Jangada Taborda, interior de Cascavel, a entrega de uma casa a quatro irmãos carentes do meio rural em Cascavel. A residência, em alvenaria, medindo 75m2, foi construída por iniciativa de um grupo de 22 produtoras rurais. Essas agricultoras participaram do Programa Mulher Atual, promovido em conjunto pelo Senar-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná) e Sindicato Rural de Cascavel A iniciativa faz parte da ação social do curso. O imóvel foi construído num terreno que fica nos fundos da chácara pertencente a Maria Donizetti Miranda, na localidade rural de Jangada Taborda. A casa está sendo entregue a quatro irmãos idosos carentes que viviam em condições precárias. A residência onde os irmãos moravam era de chão de terra batida, sem energia elétrica nem água encanada. O banheiro era de madeira, do lado de fora da casa. Uma corda indicava o caminho para um dos irmãos que é cego. A única irmã tem 66 anos, os homens têm entre 69 e 80 anos. O único cuidado que a família recebe é da vizinha Maria Donizetti Miranda, que mora a um quilômetro de distância. A nova casa dos irmãos foi erguida na chácara de Maria Miranda, porque já os considera membros de sua família e esse é um sonho que Maria tem há muitos anos. Inicialmente, o grupo de produtoras rurais do curso Mulher Atual conseguiu a doação de terraplanagem do terreno e da planta da casa, depois arrecadou os materiais de construção e, por fim, contratou a mão de obra. “O objetivo [do curso] é despertar interesses e competências para novas áreas por meio da percepção e compreensão das potencialidades femininas, visando novos desafios pessoais, familiares e profissionais. E, com isso, mostrar os melhores caminhos para as maiores conquistas nas áreas do desenvolvi-

A casa, em alvenaria e medindo 75 m², vai mudar a vida dos quatro irmãos carentes que vivem no meio rural

Essa entrega mostra o lado social do Curso Mulher Atual, pois veio para mudar a vida desses idosos (..)

PAULO ORSO Presidente do Sindicato Rural de Cascavel

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mento humano, social e econômico”, explica a instrutora do curso, Neuci Cicheroli Dias. Essa ação social do curso está ocorrendo após 10 semanas de treinamento no Mulher Atual, já finalizado, e que, com o projeto da casa, evidencia os resultados práticos do treinamento. “Além de construir a casa, estamos angariando também certa quantia em dinheiro, para ajudar na subsistência dos quatro irmãos idosos e carentes, para que possam comprar desde alimentos até cuidar melhor da sua saúde”, disse Neuci Dias. Ela orienta que, quem puder ajudar com qualquer quantia em dinheiro, basta fazer o depósito no Banco Cresol, agência 46930, conta corrente 28.216-2, em nome de Genésio Batista de Almeida, que é um dos idosos beneficiados com a moradia. O presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, enalteceu a iniciativa das agricultoras que participaram do curso Mulher Atual. “Esse é o lado social do curso, pois vai mudar a vida desses irmãos idosos que há anos vivem em condições até subumanas”, frisa Paulo Orso. Novembro de 2015


Parabéns! 01/11/1958 01/11/1966 02/11/1949 03/11/1923 03/11/1957 03/11/1963 04/11/1932 04/11/1958 05/11/1932 05/11/1943 05/11/1948 06/11/1926 06/11/1942 07/11/1941 07/11/1955 07/11/1967 08/11/1944 08/11/1948 10/11/1932 10/11/1939 10/11/1973 11/11/1932 11/11/1943 12/11/1984 13/11/1963 14/11/1924 14/11/1935 15/11/1944 15/11/1954

JOAO BATISTA ZANUZZO ELCI DALGALO MIGUEL ZDEBSKI CLARO CAMARA DE OLIVEIRA ALBERTO BARATTER CARLOS ALBERTO SCANAGATTA EVANIR FORNARI LUIZ CARLOS VEZZARO JACOB MAXIMILIANO LUIZ SALVADORI MARIO CARRASCO LOMBARDI LOURIVAL SANTOS JORDAN WILIBALDO KNORST CELITO REOLON VITOR HUGO PIERUCCINI JACOB ALFREDO STOFFELS KAEFER FABIO CESAR DALBOSCO DOMINGOS MUFATO ALFREDO IRAPUAN MABA ANTONIO NAZARI DALIRA FITZ KUBITIZ CLAUDIMAR DELAI WAGNER PLANAS TOMES TEREZINHA ZECZKOWSKI ANDERSON LIMBERGER MARCOS HEMERSON COLOMBELLI JOSE DE PIERRI LORENO IVALINO BARZOTTO LERMES SANTO ALBETI ELENA MARIA BARDEN

O produtor rural Delci Dangalo comemorou aniversário no mês de novembro 15/11/1965 16/11/1963 16/11/1976 17/11/1950 17/11/1960 18/11/1948 18/11/1969 18/11/1981 19/11/1941

MILTON JOSÉ FORNARI MARCIA MARTINI STUM MAYCON SALVATTI INES TEREZINHA KERBER VITOR COELHO ELISEU GARLET MARILENE GUSSO ADELINO VETTORELLO NETTO OSMARIO MOYSA SARAIVA

Veja quais os associados do Sindicato Rural de Cascavel aniversariam neste mês! 19/11/1953 19/11/1974 20/11/1926 20/11/1959 20/11/1962 20/11/1963 21/11/1914 21/11/1954 21/11/1989 22/11/1968 23/11/1954 23/11/1956 23/11/1965 23/11/1977 24/11/1951 24/11/1968 24/11/1973 25/11/1937 25/11/1938 25/11/1952 25/11/1965 26/11/1941 27/11/1924 27/11/1947 28/11/1959 28/11/1968 29/11/1943 29/11/1969 30/11/1930

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dizem que o amor é cego. eu concordo. Com o Gabriel foi assim. Nem precisei vê-lo, foi só sentir a sua presença e logo me apaixonei. Hoje o meu carinho é todo dele. Todos os meus olhares são para ele. Toda a minha paixão de viver se tornou ainda maior depois que ele entrou em minha vida. Agradeço ao Gabriel e à sua família por hoje eu poder enxergar.

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