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PUBLICAÇÃO OFICIAL Publicação mensal do Sindicato Rural de Cascavel - Ano VIII | Nº 54 | Dezembro de 2015 | R$ 10,00 www.facebook.com.br/sindirural
PERSPECTIVAS 2016
Pecuária bem longe da crise
Mesmo com atual cenário econômico desfavorável, a pecuária brasileira ainda terá margens confortáveis para o ano de 2016, segundo analistas de mercado. ELIAS J. FACURY FILHO
Problemas no casco afetam a produção Dezembro de 2015
REGIÃO OESTE
GENÉTICA
Soja resistente à seca passa por testes
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Chuva é protagonista da safra
BALANÇO 2015
Cooperativas do PR faturam 13% a mais
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Na cidade, somos todos pedestres.
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Dezembro de 2015
L VE
CATO RU DI
DE CASCA AL
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R. Paraná, 3937 - CEP 85.810-010 Cascavel/PR - Fone (45) 3225-3437 www.sindicatorural.com DIRETORIA Presidente Paulo Roberto Orso Vice-presidente Gelso Paulo Ranghetti 2º Vice-presidente Modesto Felix Daga Tesoureiro Genor Frare 2º Tesoureiro Renato Archille Martini Secretário Paulo Cezar Vallini 2º Secretário Gion Carlos Gobbi Diretor Administrativo Paulo Roberto Orso CONSELHO ADMINISTRATIVO Membros Milton Pedro Lago Valmir Antônio Oldoni Haroldo Stocker Ângelo Custódio Romero Eugênio César Luiz Dondoni Carlos Alberto Zuquetto Gelson José Zanotto CONSELHO FISCAL Titulares Isaías Luiz Orsatto Eudes Edimar Capeletto Denise Adriana Martini de Meda Suplentes José Torres Sobrinho Airton José Gaffuri Darcy Antonio Liberalli DELEGADO JUNTO À FAEP Titular Paulo Roberto Orso Suplente Paulo Cézar Vallini
www.revistasindirural.com.br Publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel Circulação Mensal Coordenador editorial: Paulo Cézar Vallini pvallini@uol.com.br
Fale com a redação: Jair Reinaldo dos Santos (editor) Fone (45) 3037-7829 / 9972-6113 editoria@revistasindirural.com.br
Departamento Comercial: (45) 3037-7829 / 9972-6113 comercial@revistasindirural.com.br
Projeto gráfico arte/diagramação: NewMídia Comunicação Rua Cuiabá, 217 - CEP 85819-730 Cascavel-PRde - Fone Dezembro 2015(45) 3037-7829 www.newmidiacomunicacao.com.br
Nesta edição SindiRural nº 54- Dezembro/2015
Capa A Sindirural edição 54 destaca as boas perspectivas para a pecuária em 2016. Analistas de mercado estão prevendo cenários otimistas para o setor para o próximo ano. Pág. 10
Transgenia animal mostra crescimento LEIA TAMBÉM • Os drones chegaram às lavouras do Paraná. Pág. 16 • Celular e internet: os parceiros no campo. Pág. 18 • O papel da Emater na extensão rural. Aplicação da técnica de transgenia animal pode aumentar a rapidez da produção de medicamentos, fazer com que os bovinos produzam mais carne, leite hipoalergênico e cresçam mais rápido. Pág. 12
Soja resistante à seca passa por testes Por meio de manipulação genética, pesquisadores da Embrapa Soja, de Londrina, conseguiram introduzir um gene que torna a planta mais tolerante ‘a falta de água. Pág. 14
Chuva é protagonista da safra no Oeste A alta incidência de chuvas na região nos últimos meses do ano atrapalhou a vida dos produtores rurais. Pág. 19 3
Pág. 18
• Encontro divulgou vencedores do Empreendedor Rural 2015. Pág. 20 • Cooperativas do Paraná faturam 13% a mais. Pág. 25
• Congresso discutiu o mercado lácteo. Pág. 26
• Programa focando fronteiras é lançado. Pág. 28
Entrevista O entrevistado dessa edição é Elias Jorge Facury Filho, que fala sobre os problemas relacionados às lesões nos casos bovinos, os problemas econômicos e de gestão das propriedades que eles causam e como evitá-los. Pág. 6
PALAVRA DO PRESIDENTE PAULO ORSO - diretoria@sindicatorural.com Um balanço de 2015 e as perspectivas para 2016 O ano de 2015 foi um ano muito movimentado. Tivemos muitos avanços e conquistas no agronegócio e, apesar da crise econômica que o País vive, podemos dizer que o ano para os produtores rurais foi positivo. Lógico que tivemos problemas, mas conquistas importantes se destacaram. Primeiro, temos que comemorar a mais recente conquista, a do PRA (Programa de Regularização Ambiental). A lei estadual assinada este ano nos abre um infinito de possibilidades para resolver problemas ambientais, à luz do novo Código Florestal. Quanto à safra, podemos comemorar que, apesar da alta dos custos de produção, os preços de comercialização estão bons. Ambos são influenciados pela disparada do dólar. Mesmo assim, a conta final foi positiva para a nossa categoria.
Na pecuária, também temos muito o que comemorar. Nasceu em 2015 o Show Pecuário, promovido pelo Sindicato Rural e pela Sociedade Rural do Oeste. O evento técnico voltado à capacitação, disseminação de informações, exposição e julgamento de animais foi um sucesso. Outro grande programa lançado foi o da Pecuária Moderna da Faep, em parceria com diversas entidades. A nossa pecuária está sendo vista com mais carinho e os resultados serão colhidos em breve. Também na esfera da legislação conseguimos a aprovação da PEC 215, que nos dará mais segurança jurídico para lidar com as invasões indígenas. A questão nos preocupou muito em 2015, mas ainda preocupará em 2016. Porém, agora estamos mais seguros. Outro grande momento, mais para o fim do ano, foram as audiências públicas promovidas em Cascavel. Uma sobre a nova lei de cultivares e a outra da Comissão Parlamentar da Agricultura da Câmara Federal. A nossa cidade está
em evidência e estamos tendo voz nas esferas nacionais. Já para 2016, talvez o nosso maior desafio seja o El Niño. O fenômeno climático é por um lado favorável, já que temos uma boa quantidade de chuvas e umidade, muito melhor do que um veranico. Por outro, as janelas para a aplicação de defensivos agrícolas estão mais curtas, podendo dar margem ao surgimento de pragas e doenças. O produtor rural tem que agir com cautela e estratégia, aproveitando os períodos sem chuva da melhor maneira possível. Além disso, teremos que lidar com novos aumentos no custo de produção. A insegurança política e econômica que o Brasil vive favorecem para alta dos custos. É preciso usar os insumos com sabedoria. Também vale lembrar que até maio de 2016 os produtores precisam fazer o CAR (Cadastro Ambiental Rural), o PRA (Programa de Regularização Ambiental) e o ADA (Ato Declaratório Ambiental). Por fim, esperamos dias melhores no próximo ano e todos nós aqui do Sindicato Rural desejamos um feliz Natal e um ano novo cheio de esperança. Que 2016 seja um ano de muito trabalho e muitas felicidades. O Brasil precisa do agronegócio e nós somos os protagonistas.
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Dezembro de 2015
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SINDICATO
RURAL DE CASCAVEL
ENTREVISTA “Problemas no casco afetam produção” ELIAS JORGE FACURY FILHO
O entrevistado desta edição é o professor de clínica de ruminantes na Escola de Veterinária da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e doutor em ciência animal, Elias Jorge Facury Filho. Um dos palestrantes do Show Pecuário 2015, ele fala sobre os problemas relacionados às lesões nos cascos bovinos, os problemas econômicos e de gestão das propriedades que eles causam e como evitá-los. REVISTA SINDIRURAL - O que são as afecções nos cascos dos animais? ELIAS JORGE FACURY FILHO - Afecções são as lesões nos cascos dos animais que levam à manqueira. Existem várias lesões, algumas de origem infecciosa e outras de origem na formação do casco, chamadas de laminite. Essas lesões são multifatoriais e temos que sempre considerar aquelas situações que vão determinar o crescimento de um casco de boa qualidade ou não e o ambiente onde esse animal está. O ambiente, muitas vezes, é o responsável pela formação de lesões, mas também a formação do casco. O casco é uma estrutura muita dinâmica. Só nós pensarmos na nossa unha, que cresce, desgasta. O casco é a mesma coisa e o da vaca, mais do que nossa unha, sofre um impacto muito grande pelo peso, pois é como se ela andasse em cima da unha dela. REVISTA SINDIRURAL - Quais são os problemas mais comuns no casco? ELIAS JORGE FACURY FILHO - Varia de fazenda para fazenda. Na pecuária de leite, se dividirmos entre as infecciosas e as originárias de laminites, nós vamos ver que das infecciosas a mais frequente é a dermatite digital ou doença de mortellaro. É uma lesão dolorosa, geralmente na parte mole, dos talões, na pele ao redor do casco. Ela é amplamente distribuída nos rebanhos. Eu acredito que aqui no Paraná a situação é a mesma de Minas Gerais, onde temos cerca de 30% das vacas com essa lesão. Das de laminite, as mais frequentes são as úlceras de sola, chamadas de
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Os problemas de manqueira levam a perdas econômicas por vários motivos. Primeiro, o animal diminui a produção de leite. Ele come menos e produz mal.
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broca, as hemorragias de sola e doenças de linha branca. Elas são mais comuns nos gados confinados ou no sistema freestall. REVISTA SINDIRURAL - Quais são os sintomas mais comum? ELIAS JORGE FACURY FILHO - A primeira alteração que aparece é a manqueira. No entanto, quando observamos uma vaca já com uma manqueira muito grave, quando ela está apalpando o membro, que não quer apoiá-lo no chão, a lesão já é muito grave. Então, vale a pena o produtor aprender a olhar para a vaca e identificar alguns sintomas iniciais de manqueira. Um que chama mais a atenção é o arqueamento da linha dorsal. O animal começa a andar com o dorso arqueado, numa postura chamada antiálgica, de defesa para não doer tanto o casco. Nós criamos um escore de
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manqueira que vai de 1 a 5. 1 é normal e 5 muito grave. A partir de 2, ele já apresenta o arqueamento da coluna. Nos casos graves, o animal não quer nem mais levantar, não come direito, perde peso e já influencia diretamente na produção. REVISTA SINDIRURAL - Quais as consequências aos produtores? ELIAS JORGE FACURY FILHO - Os problemas de manqueira levam a perdas econômicas por vários motivos. Primeiro, o animal diminui a produção de leite. Ele come menos e produz menos, afinal, ele está com dor. Não consegue ficar o mesmo tempo que outras vacas no cocho, não consegue disputar espaço no cocho, ou seja, ele vai comer a sobra das outras. Outro problema é que afeta diretamente a reprodução dos animais. Ele atrasa o retorno ao serviço, ao primeiro cio, aumenta a taxa de reabsorção embrionária, aumenta a taxa de aborto e isso causará grandes problemas nas fazendas. E um outro gasto que o produtor vai ter é, se ele deixa para tratar os animais com problemas muito adiantados, os remédios e o tratamento em si. Em segundo lugar é a taxa de descarte involuntária vai aumentar muito. Várias serão descartadas porque não há mais como resolver a lesão. Ela vai para o abate, mas como ela não estava comendo, ela vai magra com um valor baixíssimo, em torno de R$ 300 a R$ 400. É interessante pensar que as principais causas de descarte involuntário quase sempre são relacionadas ao casco, doenças da reprodução e mastite. Se pensarmos que os problemas de casco aumentam a incidência de problemas reprodutivos e de mastite, talvez o maior problema hoje seja o casco. REVISTA SINDIRURAL - Como os veterinários podem fazer para examinar e identificar animais com problemas de uma maneira mais eficiente? ELIAS JORGE FACURY FILHO - Normalmente o veterinário é chamado na fazenda para ver a vaca manca. Ele separa 10 Dezembro de 2015
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O produtor tem que pegar e andar onde a vaca anda, olhar sua cama, esperar na sala de ordenha como ela espera para ver o que ela passa.
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animais que estão muito ruins para que ele faça uma cirurgia de casco. É essa a abordagem mais comum e o que produtor espera, mas ela não é a que o técnico gostaria, porque essas vacas quase sempre já têm lesões muito graves e que são difíceis de resolver. Nós preconizamos que o profissional faça um bom levantamento de todos os fatores de risco presentes na propriedade, em seguida examine uma amostra de cada lote de vacas escolhidas aleatoriamente da propriedade para fazer um levantamento do tipo de lesão que está ocorrendo. Depois, ele classifica o tipo de lesão e, dependendo do tipo e com os fatores de risco, chegaremos a um diagnóstico, que pode ser o conforto, piso, alimentação entre outros. A partir disso, aplicamos medidas de controle. Em seguida, temos que atender os animais claudicantes e fazer o procedimento necessário. Dentro desse contexto, a parte mais importante é o treinamento do pessoal da fazenda, que serão os responsáveis por dar continuidade a todo esse processo. REVISTA SINDIRURAL - Quais são os fatores de risco mais comum e como evitá-los? Dezembro de 2015
ELIAS JORGE FACURY FILHO - Se pensarmos em qualidade de casco, a alimentação tem muito a ver com isso. Precisamos ter certeza que a suplementação realmente está cobrindo os requisitos nutricionais do animal, se ela não está em excesso, que levariam a quadros de acidose ruminal, que podem contribuir para os quadros de laminite. Também precisamos analisar as deficiências minerais, principalmente em vacas recém-paridas, onde há um aumento de demanda de micronutrientes. Tudo isso precisa ser revisto na fazenda. Também temos observado que a maioria dos problemas ligados à formação do casco ocorrem durante o período de transição, ou seja, no final da gestação e início da lactação. Só que esses problemas só se manifestam na forma de manqueira lá pelo terceiro ou quarto mês de lactação, mas a gênese dele foi no início da lactação. Então, muito cuidado nesse período. Toda a fazenda que tem uma maior incidência de retenção de placenta, de mastite ambiental também tem mais problemas com casco. Muitas vezes o problema vem do período de transição. Do ponto de vista ambiental, o que mais observamos são condições ruins do ambiente onde o animal reside. Seja por excesso de esterco, de matéria orgânica,
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muito úmido, piso muito abrasivo, que ajudam ao surgimento de problemas. Também precisamos levar em conta o conforto da vaca. Ela precisa ter uma cama boa, para pelo menos ficar deitada 8h a 10h por dia. Vaca que fica muito tempo parada em pé quer dizer que a cama não está boa, acarretando em diminuição no tempo de ruminação, de circulação de sangue no casco e sua nutrição, predispõe acidose ruminal entre outros. A fazenda precisa ser observada como um todo. REVISTA SINDIRURAL - Quais outras informações são importantes para os produtores lidarem com esses problemas? ELIAS JORGE FACURY FILHO - Nós gostamos sempre de dizer que precisamos passar um dia de vaca. O produtor tem que pegar e andar onde a vaca anda, olhar sua cama, esperar na sala de ordenha como ela espera, para ver o que ela passa. Além disso, lembrar que a vaca suporta um peso ou pressão nos pés muito maior que o homem. Vaca não foi feita para ficar no cimento, pois na natureza ela sempre ficou na grama. Lógico que não tem jeito evitar o cimento, mas não permanecer ela o tempo inteiro e ela tem que deitar. O piso precisa ser feito com técnica, não muito abrasivo e precisa secar rapidamente.
REGISTRO
Workshop sobre biogás é realizado na sede da Areac
Engenheiros agrônomos, civis, agrícolas e profissionais da área do agronegócio reuniram-se no dia 27 de novembro em Cascavel para participar de um workshop voltado para discussão do biogás, uma alternativa de energia renovável rural e agroindustrial. O evento foi promovido pela Câmara Especializada de Agronomia do Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná) com apoio da Areac (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel), da FEAPR (Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná), da Apeag (Associação Paranaense dos Engenheiros Agrícolas) e da Abeag (Associação Brasileira dos Engenheiros Agrícolas). O encontro ocorreu na sede da Areac e durou o dia inteiro. O primeiro palestrante do dia foi o assessor do diretor brasileiro da Itaipu Binacional e referência nacional em pesquisa e atuação na geração de biogás, Cícero Bley Junior. Ele falou sobre a Agroenergia, que é uma perspectiva nova de trabalho para os engenheiros agrônomos, envolvendo uma nova cadeia econômica que se estabelece com desafios normativos, técnicos, legislativos, tributários entre outros. “Tanto na energia solar, eólica ou biogás, temos que estar preparados. O setor de energia é muito regulado e complexo e é necessário conhecer todos os processos”, alertou. Quem deu continuidade às apresentações foi o professor da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) de Marechal Cândido Rondon, Armin Feiden. Ele apresentou aos participantes informações sobre o potencial dos substratos na produção de biogás. Ele também fez um alerta sobre a nova regulamentação do biometano. “Ela
Engenheiros agrônomos puderam debater o papel dos profissionais no uso do biogás
Cícero Bley Jr: “Agroenergia é um novo campo de trabalho para os engenheiros agrônomos”
deixa dúvidas sobre uma série de assuntos. Ela define o biometano, por exemplo, como sendo um
biogás purificado, mas ela não deixa claro em quais situações o produtor terá que se enquadrar na resolução. Se ele retirar umidade do biogás, automaticamente pode ser considerado como biometano e a partir disso, ele terá que atender uma legislação muito rigorosa. O Crea-PR pode intervir junto a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para possibilitar uma melhor interpretação”. Durante a tarde, Osvaldo Kuczman, presidente da Associação Paranaense dos Engenheiros Agrícolas, falou sobre o tratamento de subprodutos como geração de energia. No fim da manhã e da tarde, uma mesa redonda com os palestrantes foi promovida. O presidente da Abeag, Valmor Pietsch, disse que outro objetivo do evento é o de que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) crie normas técnicas para fabricação dos equipamentos que produzem o biogás.
Coodetec lançou híbrido de milho CD 3612PW O plantio de milho safrinha está próximo e promete ser o maior da história. Para a Coodetec, esse plantio já começou, com o lançamento do híbrido CD 3612PW. Em evento realizado no dia 24 de novembro, em Foz do Iguaçu, a empresa apresentou o híbrido que irá compor o portfólio de produtos 2016. Produtores e profissionais de todo o Brasil foram selecionados e convidados para acompanhar o lançamento. “Essa é uma noite que marcará a história da Coodetec. A partir desse híbrido, começamos a mudança do nosso portfólio, com produtos especiais e genética diferente. Nos próximos anos, o produtor encontrará na Coodetec um portfólio completo, renovado”, afirma o diretor geral da empresa, Vitor Cunha.
Para quem acompanhou o evento, a expectativa para o plantio dessa semente é grande. “É um milho de ponta, que é o que o mercado está pedindo. Vamos testar na safrinha, mas pelo que vimos hoje, tem um futuro muito promissor”, destaca Miguel Alves Bueno, da Coragro de Frutal/ MG. O produtor Irineu Engler, de Palotina/PR, também irá experimentar o milho. “Gostei muito da apresentação e acredito que essa pode ser uma nova era para a Coodetec. É um milho de alto investimento, desenvolvido por uma equipe diferenciada”. O híbrido de milho CD 3612PW já foi testado em diferentes lavouras do Brasil, superando os principais concorrentes do mercado em até duas toneladas por hectare. Segundo o produtor
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e consultor, Eudes Herno Bernardes, de Engenheiro Beltrão/PR, o milho CD alcançou o maior resultado em produção entre mais de 20 híbridos. “Plantamos em uma área experimental, todos na mesma época, com o mesmo tratamento, mesma adubação, e o CD 3612PW rendeu 130 sacas por hectare. Além do rendimento, consideramos excepcional a qualidade do grão. Com o híbrido da Coodetec, tivemos 3% de desconto de grãos avariados, enquanto que, em outros, até 30%.” Entre as principais características desse milho estão ainda a precocidade, a excelente sanidade foliar e a ampla adaptação. “Pode ser plantado em todo o Brasil e os bons resultados são alcançados do Sul ao Centro”, explica Olavo Correa, gerente de Desenvolvimento de Produto da Coodetec. Dezembro de 2015
Sindicato Rural realizou reunião de final de ano
A diretoria do Sindicato Rural de Cascavel reuniu colaboradores e diretoria para jantar que marcou o final dos trabalhos de 2015
O Sindicato Rural de Cascavel realizou no dia 10 de dezembro, na Churrascaria Gandin, um encontro entre membros da diretoria, colaboradores, instrutores do Senar-PR e suas respectivas famílias. O evento marcou mais um ano de muito trabalho e dedicação de todos. O presidente do Sindicato, Paulo Roberto Orso, fez um balanço do
ano de 2015, que, segundo ele foi muito difícil e cheio de desafios, mas, em compensação, de muito aprendizado. “Espero que 2016 seja o melhor ano de nossas vidas e que, mesmos com dificuldades, vamos superar todos juntos. Também aproveito a ocasião para desejar um natal de muito harmonia”. Orso também aproveitou a ocasião para homenagear os instrutores do
Senar, que segundo ele, são os grandes responsáveis por levar a mensagem e o conhecimento aos produtores rurais associados Os instrutores que se fizeram presentes receberam um mimo da diretoria, com uma garrafa de vinho e uma lembrança, como gesto de agradecimento pelos serviços prestados em 2015.
Addav em férias de 21 de dezembro até 19 de janeiro A Addav (Associação dos Distribuidores de Defensores Agrícolas e Veterinários do Oeste do Paraná), de Cascavel, estará de férias coletivas dos dias 21 de dezembro de 2015 a 19 de janeiro de 2016. Durante o período, não haverá o funcionamento normal das atividades. A Associação é um braço do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) que atende ao todo 35 municípios no recolhimento de embalagens vazias de defensivos
agrícolas. Os produtores têm o prazo de até um ano após a compra do defensivo para fazer a devolução das embalagens vazias, previsto por Lei Federal. Essa devolução na Addav acontece de três formas: recebimento no sistema itinerante (calendário de 2015 já foi concluído e agora é só aguardar o de 2016); recebimento no Posto em Corbélia (calendário de 2015 já foi concluído, agora é só aguardar iniciar o de 2016) e o recebimento na Central
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via agendamento. A agenda 2015 também já está completa, e agora é preciso agendar para 2016. “Então os produtores, durante esse período, podem ficar tranquilos e aguardar o retorno das férias coletivas da Addav”, explica a engenheira agrônoma e responsável técnica pela Central da cidade, Patricia Moretti. Caso alguém precise de alguma informação, poderá ligar nos telefones: (45) 9973-3330; (45) 9144-5255 ou (45)9106-5132.
PERSPECTIVAS 2016
Pecuária de corte ficará longe da crise Um encontro de analistas e pesquisadores da Scot Consultoria traçou um cenário favorável para a atividade no próximo ano O atual ciclo de alta na pecuária deve permanecer forte para o próximo ano. Essa é a análise de analistas e pesquisadores da cadeia produtiva da carne. O tema foi debatido no Encontro de Analistas da Scot Consultoria, realizado na manhã do dia 27 de novembro, em São Paulo. Mesmo com atual cenário econômico desfavorável, a atividade ainda terá margens confortáveis para o próximo ano, de acordo com Alcides Torres, da Scot Consultoria. “Não devemos ter grandes alterações e o preço do boi deve se manter acima da inflação. O consumo interno recuou, mas o fechamento de frigoríficos ociosos ajustou a relação oferta e demanda, trazendo maior eficiência à pecuária”, destaca. Outro fator que deve contribuir para esse cenário, segundo Torres, é a mudança do perfil do consumidor, que passou a absorver mais
Previsões são otmistas para o setor em 2016
cortes dianteiros. Em termos de oferta de bois, o ano de 2016 deve começar com preços pressionados, principalmente em relação à instabilidade econômica do país. “A oferta ainda deve ser pequena no próximo ano, pressionando os preços na briga contra a inflação”, destaca Hyberville Neto, da Scot Consultoria. Os analistas preveem que o ciclo de alta se encerre em 2017, quando o mercado já terá oferta equilibrada de bezerros, mas isso não significa que os pecuaris-
tas terão grandes perdas. Por outro lado, Sérgio De Zen, pesquisador do Cepea, afirma que ainda não é possível traçar essa estimativa e que o período de queda pode acontecer antes que o esperado. “Como os preços estavam aumentando em 2014, alguns pecuaristas podem ter retido suas matrizes na estação de monta do ano passado, o que pode gerar uma grande oferta de bezerros já em meados de 2016”, especulou.
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Show Pecuário define últimos detalhes para edição 2016 A organização do 2º Show Pecuário está a pleno vapor. O evento já está com data definida, nos dias 26, 27, 28 e 29 de julho de 2016, e também o local: Parque de Exposições Celso Garcia Cid, em Cascavel. No dia 9 de dezembro, a comissão organizadora do evento se reuniu no Sindicato Rural de Cascavel e definiu mais alguns detalhes, como a garantia da presença dos núcleos de criadores e outras sugestões. O Show Pecuário é promovido pelo Sindicato Rural Patronal de Cascavel e pela SRO (Sociedade Rural do Oeste do Paraná), com apoio dos núcleos de criadores, da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), do governo do Estado, da Prefeitura de Cascavel e de empresas e entidades parceiras. O evento é uma oportunidade para que produtores rurais, indústria, comércio, prestadores de serviços ligados ao setor pecuário, estudantes, engenheiros agrônomos, zootecnistas, médicos veterinários e outros interessados tenham acesso à tecnologia do segmento, informação e conhecimento dos especialistas da área e das maiores empresas do ramo pecuário. Além de leilões e julgamento de bovinos, equinos e ovinos, o evento terá ainda rodadas de negócios permanentes e palestras, bem como expositores de vários segmentos ligados ao agronegócio. O primeiro grande ponto da reunião realizada no Sindicato foi a
Reunião da comissão organizadora do 2º Show Pecuário com os núcleos de criadores
garantia da presença dos núcleos de criadores na segunda edição do Show. “Os núcleos de criadores asseguraram desde já sua participação neste evento com várias raças de bovinos de corte e de leite, além de ovinos e equinos”, informou o presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Paulo Orso, que participou da reunião. Estiveram também presentes criadores como Jairo Frare, Agassiz Linhares Neto, o ex-prefeito Salazar Barreiros, Rogério Stein, Renato Zancanaro, Piotre Laginski, Lyro Iltor Koppenhagen, Juarez Joris, o diretor da Seab Valmor Passos, além do diretor secretário do Sindicato, Paulo Vallini e do consultor José Manuel entre outros. O agropecuarista Jairo Frare enfatizou a importância de divulgar o evento durante o Show Rural Coopavel, que é uma grande vitrine de negócios
para o Brasil inteiro. Agassiz sugeriu que o foco na segunda edição seja mais abrangente. “Precisamos envolver toda a cadeia de negócios que envolvem a pecuária, desde os criadores, à tecnologia, à alimentação e aos compradores dos animais”. O agropecuarista e ex-prefeito de Cascavel, Salazar Barreiros, também fez apontamentos. “Acho que seria bem interessante manter o que foi feito na primeira edição em relação aos assuntos das palestras, que enfatizou os temas vitais para o setor na atualidade.” O consultor José Manuel declarou que a realização de um evento como o Show Pecuário na região não é somente uma questão interessante, mas sim uma necessidade que exista um espaço para discussão técnica para a pecuária leiteira.
O Show Pecuário aconteceu no Parque de Exposições de Cascavel e contou com julgamento de raças, palestras e workshops
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GENÉTICA
Transgenia animal mostra crescimento Produção de medicamentos de maneira mais rápida, mais carne nos bovinos, leite hipoalergênico e rapidez no crescimento podem ser obtidos através da técnica
O desenvolvimento de plantas geneticamente modificadas, ou plantas transgênicas, já é comum no mercado e o setor já está amplamente consolidado. Já a transgenia animal ainda caminha a passos mais lentos no mundo, com avanços poucos divulgados e discretos. No entanto, engana-se quem pensa que não há resultados interessantes e concretos nas pesquisas desenvolvidas, que estão cada vez ganhando mais espaços nas universidades, empresas e entidades de pesquisa. Entre os resultados obtidos já estão a produção de medicamentos de maneira mais rápida, mais carne nos bovinos, leite hipoalergênico e um salmão que cresce duas vezes mais rápido. Atualmente, a pesquisa em animais no Brasil está restrita a algumas universidades e a Embrapa. O foco principal tem sido em de-
“
Pesquisador Luiz Sérgio, da Embrapa
O agronegócio deve ser valorizado, pois é o setor agropecuário que ainda está segurando o Brasil.
ÁGIDE MENEGUETTE Presidente da FAEP
”
senvolver ou otimizar tecnologias que aumentem a eficiência do processo de produção de embriões geneticamente modificados. O pesquisador Luiz Sérgio de Almeida Camargo, da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora, é um dos estudiosos no assunto. Ele conta que as novas tecnologias de engenharia genética surgiram nos últimos anos e estão em estudos para animais de produção e deverão permitir a modificação ou edição do genoma de acordo com alguma característica fenotípica desejável, como por exemplo, aumentar a produção de leite de um animal. “A pesquisa com engenharia genética tem um grande foco na produção de biofármacos, que são os medicamentos recombinantes. Hoje já se tem disponível no mercado nos EUA e na Europa medicamentos produzidos por animais transgênicos, como o Atryn, uma antitrombina. Em alimentos um exemplo é o salmão transgênico, cuja velocidade de crescimento é maior, e cuja liberação para consumo está sendo avaliado nos Estados Unidos e Canadá”. Como possíveis benefícios destas pesquisas, o pesquisador cita que eles podem ser desde a produção de medicamentos em maior
Salmão, bovino e leite sem lactose são exemplos O salmão transgênico citado pelo pesquisador da Embrapa foi desenvolvido pela empresa americana AquaBounty. Ela combinou uma espécie selvagem encontrada no Atlântico, com genes extras da espécie Chinook, do Pacífico, e de enguia. Esses genes fazem com que o peixe cresça mais rápido, ao longo de todo o ano, chegando ao peso máximo duas vezes mais rapidamente. Na China está em desenvolvimento um bovino que teve os genes da “anca”, onde estão as partes mais nobres, modificados. O objetivo é aumentar o crescimento de carne naquela região, dando assim mais lucro aos pecuaristas. Já o avanço no gado de leite, também citado por Luiz, em sua maioria ocorre na Nova Zelândia. Lá, pesquisadores já avançaram bastante no desenvolvimento de vacas de leite diferenciadas, sejam elas voltadas à produzir mais proteína; ômega 3; leite sem lactose; leite que combate a gastroenterite ou, em outras linhas, aumentar a produção do leite em si ou a durabilidade dele
O salmão geneticamente modificado tem taxas de crescimento duas vezes mais rápidas
nas prateleiras de mercados. Outros exemplos são relacionados à prevenção de doenças, como por exemplo um tipo de 12frango transgênico que
não transmite o vírus da gripe aviária. Ele foi desenvolvido por pesquisadores das universidades de 2015 de Cambridge e Edimburgo, na Dezembro Grã-Bretanha.
da transgenia animal, existem técnicas diferentes, cada qual com sua eficiência. “Mas no geral envolve produzir in vitro um embrião que seja modificado geneticamente usando uma das diferentes técnicas. Esse embrião é então transferido para receptoras e após o nascimento é avaliado e comprovado a presença da modificação do gene e sua funcionalidade”. O pesquisador da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, considera a transgenia animal a “bola da vez” nos próximos anos, com possibilidade de crescimento gigantesca. Um setor a ser observado e investido. LEGISLAÇÃO
Através da genética pode-se tornar os bois mais resistentes às doenças e parasitas
escala a custos menores à produção de animais que sejam modificados para melhorar a eficiência e a qualidade dos alimentos de origem animal, como leite hipoalergênico ou aumentar o teor de proteína no leite. “Com avanços do conhecimento sobre o genoma e dos processos envolvidos na expressão das características fenotípicas poderá ser possível
modificar um animal para ser mais tolerante ao calor ou para ser mais resistente a doenças, como mastite, por exemplo. O Brasil sendo um grande produtor de alimento de origem animal poderá se beneficiar com animais de melhor expressão de uma caraterística produtiva de interesse econômico”, explica. Luiz explica que, para o desenvolvimento
Questionado sobre se é possível adquirir animais geneticamente modificados de fora do País, Luiz Sérgio afirma que é possível, desde que se tenha aprovação dos órgãos regulatórios, como a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) e o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). “Contudo, são poucos animais produzidos e a maior parte é como prova de conceito, isto é, de que é possível produzir o animal com modificação gênica”. Além de avaliar esses assuntos, o Mapa e a CTNBio também são responsáveis por mensurar os riscos, que são comuns em todos os processos.
Próspero Ano Novo!
Feliz Natal!
A equipe da Angus Rio da Paz deseja a você e sua família um Feliz Natal e um Ano Novo iluminado, com paz, amor, generosidade e muita sabedoria. E que em 2015 possamos fortalecer ainda mais nossos laços de amizade.
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TECNOLOGIA
Soja resistente à seca passa por testes Por meio de manipulação genética, pesquisadores da Embrapa Soja, de Londrina, conseguiram introduzir um gene que torna a planta mais tolerante à falta de água Nos últimos dez anos, o Brasil registrou um prejuízo de cerca de 27 bilhões de dólares na produção de soja apenas em dois dos mais importantes estados produtores da oleaginosa: Rio Grande do Sul e Paraná, onde as plantações da oleaginosa deixaram de produzir mais de 55 milhões de toneladas. O motivo? Faltou água para que as plantas pudessem se desenvolver plenamente. Por esse motivo o
pesquisador Alexandre Nepomuceno, da Embrapa Soja, em Londrina, junto com outros profissionais, está em busca de uma planta capaz de resistir às intempéries do clima que podem se repetir com mais severidade nos próximos anos. Quanto ao lançamento da cultivar comercialmente, ainda é uma incógnita. Por meio da manipulação genética, os pesquisadores conseguiram introduzir um gene que torna a planta mais tolerante à seca. Alexandre, que é PhD em biologia molecular, explica: “Denominado Y, esse gene é capaz de ativar e potencializar outros genes de defesa natural das plantas. Com isso aumenta a capacidade de as plantas suportarem a falta de água por mais tempo. O gene Y foi patenteado pela Japan International Research Center for Agricultural Sciences (Jircas) − instituto de pesquisa vinculado ao governo japonês – e
isolado da planta Arabidopsis thaliana − uma das espécies mais utilizadas na pesquisa científica atualmente. Apesar de não apresentar importância econômica direta, a espécie é muito utilizada em pesquisas na área da genética, da bioquímica e da fisiologia. Os Estados Unidos também são parceiros na pesquisa. Dos cinco tipos de testes, três funcionaram muito tempo. Pela primeira vez, na safra 2013/2014 (cujo Paraná teve uma quebra de 20%), as plantas de soja com o gene Y foram comparadas com plantas de carga genética similar, porém, sem o gene que confere tolerância à seca. A pesquisa foi realizada nos campos experimentais de Londrina. “As plantas com o gene Y tiveram aumento de 13,5% na produtividade quando comparadas com as não transgênicas”, explica Nepomuceno. Com testes feitos com a simulação de seca e falta
Cultivar já apresenta bons resultados nos campos experimentais da Embrapa
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As mudanças climáticas estão aí, cada vez mais presentes, tanto com chuvas intensas ou secas prolongadas. Em 2012, por exemplo, os Estados Unidos perderam 60% do milho e 40% da soja. Por isso, uma cultivar resistente é muito importante”, resume. IMPORTÂNCIA DA ÁGUA E DO CLIMA
Nepomuceno: “Há avanços, mas ainda faltam vários fatores para a soja resistente chegar ao mercado”
de chuva por três meses, a produtividade foi de 30% a mais com a cultivar tolerante. Outro teste de simulação de seca foi realizado pelo pesquisador no campo utilizando telhados móveis para simular pequenas quantidades de chuva durante o período vegetativo da soja. O resultado foi ainda mais animador: a produtividade das plantas com gene Y foi 35% superior, enquanto que com déficit no período reprodutivo, a diferença chegou a
44%. O mesmo teste está sendo realizado nesta safra e abrangerá outras regiões brasileiras, como o Rio Grande do Sul. Além da seca, a Embrapa também iniciou testes para criar plantas resistentes ao alagamento. Quanto ao lançamento da cultivar no mercado, Nepomuceno acredita ser uma incógnita. “Precisamos de aporte de gente, cérebros, mão de obra e dinheiro. A Embrapa tem buscado parceiros, mas não é fácil.
A soja tolera temperaturas altas, mas quando há falta de água, os danos podem ser desastrosos. Aproximadamente 90% do peso da planta de soja é formado por água, que desempenha inúmeras funções como solvente, no balanço energético da planta e na manutenção e na distribuição do calor. A necessidade de água na cultura da soja, para obtenção da máxima produtividade, varia entre 450 a 800 mm/ciclo, dependendo das condições climáticas e de solo, do manejo da cultura e da duração do ciclo. Portanto, uma cultivar tolerante à seca é mais do que essencial no mercado. Segundo dados da Embrapa, se a temperatura média do planeta subir apenas 1°C, a área de menor risco climático para produção de soja no Brasil poderá reduzir em quase 10%. As projeções indicam ainda que, se a temperatura aumentar em 3°C, as áreas de menor risco de ocorrência de déficit hídrico durante as fases mais críticas à cultura da soja, poderão reduzir em quase 40%.
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TECNOLOGIA
Os drones chegaram às lavouras do PR Empresa paranaense utiliza a tecnologia para produzir imagens com correção geométrica e topográfica, para auxiliar na análise do solo, correções e monitoramento da lavoura
Não é por acaso que agronegócio é o fiel da balança comercial brasileira. Cada vez mais eficiente, o setor recebe maciços investimentos em pesquisa, tecnologia e capacitação aos produtores rurais, que estão cada vez melhores e mais preparados. Uma das recentes novidades do mercado é o uso de drones em prol do desenvolvimento. As vantagens são inúmeras. “O drone vai chegar no nosso dia a dia, seja no campo ou na cidade”, reforçou Nogara Neto. A PrimaPix, de Pinhais, no Paraná, se dedica exclusivamente a produzir imagens com drones, todas ortorretificadas, o que significa que elas possuem correção geométrica e topográfica. Um dos responsáveis pela empresa é o engenheiro agrônomo formado pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), mestre em agricultura de precisão também pela UFPR, Francisco Nogara Neto. “Utilizamos sensores equivalentes aos sensores de satélite, que nos possibilitam realizar leituras da lavoura que não são possíveis fazer com o olho humano. Podemos dizer que estamos apenas no começo dos trabalhos que essa tecnologia pode proporcionar ao agronegócio”, disse o engenheiro agronônomo. Entre as opções de uso estão a possibilidade de utilizar o drone como ferramenta para aplicação de nitrogênio em taxa variável; localização e identificação de áreas alvo de ataques de pragas ou doenças; levantamento de falhas no plantio; contagem e apoio no manejo de animais; facilitação para elaboração do CAR (Cadastro Ambiental Rural); segmentação de potencial produtivo e monitoramento de áreas e talhões. “O drone hoje possibilita a classificação de 100% das plantas”. O engenheiro agrônomo contou alguns casos de atuação da empresa e da importância do uso de drones, como o feito no controle de nematoides em uma propriedade rural de 18 hectares. “Monitoramos a área e percebemos que não precisávamos
O uso da tecnologia traz diversos benefícios, como uma leitura mais ampla das áreas da lavoura
Nogara Neto: “Drones utilizam sensores equivalentes aos utilizados em satélites”
aplicar o nematicida em toda a propriedade, como o produtor queria. Conseguimos identificar que o necessário era somente 4% da área, o que foi um sucesso e resolveu o problema. Isso representou uma economia de R$ 18 mil para o agricultor”. Hoje já é possível comparar dentro de um mesmo talhão todas as plantas e medir qual região tem a planta mais vigorosa e a menos
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vigorosa. “O agricultor sabe que as áreas mais produtivas dele são as mais homogêneas. Nosso objetivo é homogeneizar essas áreas, fazendo uma leitura em cima da planta. Isso pode facilitar todo um processo, como economia de defensivos entre outros. É uma ferramenta muito importante para agricultura de precisão que vai facilitar entendimento de muitos casos e trazer respostas ao agricultor”, declarou. Nogara Neto também ressaltou a importância do engenheiro agrônomo assumir a tecnologia. “Nós engenheiros agrônomos precisamos assumir o uso dessa tecnologia no meio agrícola. Nós temos a compreensão e sabemos analisar os dados que compreendem o ambiente agrícola e precisamos nos colocar no mercado, que estará presente cada vez mais. Lógico que podemos ter auxílio de outros profissionais, mas o uso e interpretação das imagens é uma missão do engenheiro agrônomo. É uma excepcional e nova oportunidade de trabalho”, comentou. Francisco Nogara Neto disse que em um congresso de agricultura de precisão que ocorreu em São Paulo, um representante do Instituto Max Planck, da Alemanha, informou os participantes que a instituição, que é uma das mais respeitadas do planeta, está trabalhando na produção de sensores para identificar deficiências nutricionais de plantas por intermédio de drones. “Isso mostra o potencial do que vem por aí”, disse. Dezembro de 2015
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TECNOLOGIA TRITICULTURA
Celular e internet: parceiros no campo Do monitoramento de pragas e do clima, passando pela agricultura de precisão e medição do índice pluviométrico, o produtor pode gerenciar uma série de tarefas da propriedade com apenas um celular à mão ou um computador. A tecnologia é uma das maiores aliadas do homem do campo em busca de uma maior produtividade, maior gestão e melhores resultados. Hoje, através de softwares e aplicativos específicos, o agricultor pode colocar a internet e a telefonia celular a trabalhar a seu favor. Várias empresas desenvolvem programas para auxiliar no dia a dia da propriedade rural. Por isso, a revista Sindirural preparou uma lista de aplicativos que podem ser muitos úteis para os produtores rurais. A primeira dica é o programa Compêndio Agrícola. Ele tem como objetivo ajudar o produtor a obter um primeiro diagnóstico de qual praga está atacando sua lavoura. Ao todo, estão listadas na ferramenta mais de 900 pragas associadas a 150 culturas, entre grãos, frutas e hortaliças. No app ou aplicativo de celular, buscas podem ser feitas não só por praga ou cultura, como também por princípio ativo e nome do fabricante dos agroquímicos. O Compêndio Agrícola tem cerca de 1.800 produtos cadastrados. Para facilitar a identificação das pragas em campo, há no app fotos de insetos, ervas daninhas e fungos, todos identificados por seu nome científico. A ideia é facilitar o reconhecimento das pragas independentemente de nomes populares que tenham recebido em variadas regiões do país. O app pode ser usado off-line, mas é preciso pagar para usá-lo. Também está disponível no mercado o Agri Precision. Ele é uma alternativa ao uso do GPS para a prática da agricultura de precisão, nasceu o Agri Precision. A ferramenta para celular guia os produtores durante a coleta de amostras de solo. A atividade ajuda a racionalizar o uso de fertilizantes e corretivos no campo. São três os passos para chegar à fase da coleta de amostras. Primeiro, o usuário precisa criar o contorno da área dirigindo pelo perímetro
A internet e seus aplicativos hoje podem influenciar diretamente o trabalho no campo
Na internet Na rede mundial de computadores, um site bastante interessante é o http:// sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/. Neste espaço, o produtor rural pode ter acesso a praticamente todos os sistemas de produção existentes. Lá estão disponíveis, de forma gratuita, dicas de cultivo, manutenção, manejo, informações sobre pragas e doenças e muito mais. Outro exemplo para pesquisas na web é o Receituário Online (www.receituarioonline.com.br). Ele é um portal de consultas fitossanitárias gratuitas sobre alternativas de controle às pragas, doenças e plantas daninhas de mais de 230 culturas de interesse econômico. Lançado recentemente pela Agrotis Agroinformática, o objetivo da ferramenta é auxiliar na utilização correta de defensivos, evitando desperdícios. É importante alertar a necessidade do receituário de um engenheiro agrônomo para o uso dos produtos. com o celular acoplado ao trator ou clicando nos pontos do mapa. Depois, gerar a grade amostral, que é definida a partir da dimensão inserida pelo usuário no app ou pelo ajuste manual de cada um dos pontos. Finalmente, o
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aplicativo guia o usuário para que seja feita a amostragem. O aplicativo Agritempo é outra opção para facilitar a vida do produtor. Saber a hora certa de irrigar, aplicar defensivos ou entrar com máquinas na lavoura é outra preocupação do agricultor, que varia, entre outros fatores, de acordo com sinais da previsão do tempo. Para ter acesso a informações confiáveis, vale testar o Agritempo, aplicativo criado pela Embrapa Informática Agropecuária. Além de poder se preparar para a chegada de nuvens carregadas, nele o produtor pode consultar mapas de monitoramento, índice de seca, histórico de chuvas e também temperaturas máximas e mínimas. Para os Estados da região Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país há possibilidade de consulta sobre risco de geada. As informações estão disponíveis para diferentes regiões brasileiras, bastando inserir o nome do município ou acionar o GPS para ver dados direcionados e o melhor: é gratuito. Também podemos comentar sobre o aplicativo conhecido como Controle Pluviométrico. Ele foi criado para substituir cadernos de medição de precipitação e planilhas de Excel, o aplicativo dispõe de um calendário para organizar marcações pluviométricas e permite dividir uma mesma área em porções menores. Outra funcionalidade é a geração de mapas de resultados a partir do cruzamento de marcações ao longo do tempo. É gratuito também. Dezembro de 2015
SAFRA VERÃO
Chuvaéprotagonista da safra no Oeste A alta incidência de chuvas na região nos meses de outubro, novembro e dezembro atrapalhou um pouco a vida dos produtores rurais A chuva é a principal protagonista no andamento da safra 2015\2016 na região Oeste do Paraná. Quem plantou soja e feijão nos 28 municípios que são assistidos pelo Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) de Cascavel está preocupado. No entanto, o técnico do Deral (Departamento de Economia Rural), José Pértile, tranquiliza os produtores. “É preferível que tenhamos chuva e umidade em excesso do que um veranico durante esse período, poden-
do comprometer toda a safra”, disse. Nos 28 municípios abrangidos pelo Núcleo, foram cultivados 560.727 hectares de soja. De acordo com Pértile, a chuva em excesso nos meses de outubro, novembro e dezembro atrapalhou um pouco a vida dos produtores. “Houve uma dificuldade em entrar com maquinário na lavoura, devido ao excesso de umidade, para o controle químico de plantas daninhas e doenças fúngicas, que se proliferam com a umidade e dias quentes. Ainda não conseguimos quantificar se teremos prejuízos”, disse. A maioria da soja plantada na região está em fase de desenvolvimento vegetativo, floração e frutificação. Somente depois da maturação ou na hora da colheita que é possível prever eventuais quebras. Já quem plantou feijão está com mais problemas. Ao todo, foram cultivados 2.271
hectares na área de abrangência do Deral de Cascavel. Em decorrência ao excesso de chuva, há grandes chances de quebra na produtividade. “A chuva abortou parte da florada e aumentou o custo de produção devido ao aparecimento de doenças fúngicas. Os produtores tiveram bastante dificuldade em agir”, conta. A previsão é que no dia 25 de dezembro comece a colheita de feijão na região. Quanto ao milho, menos expressivo na região, com apenas 13.720 hectares cultivados, Pértile comenta que a cultura está bastante estável e sem maiores problemas. De uma maneira geral, o técnico do Deral reforçou que é preferível umidade e chuva do que veranico, principalmente na parte de frutificação. “Aí sim teríamos grandes problemas”. A análise de Pértile foi feita na segunda semana de dezembro.
Mais um ano se passou e a Condor fortaleceu ainda mais a parceria com seus clientes,
colaboradores e amigos. Um ano difícil, onde o agricultor brasileiro teve novamente que mostrar sua força, perseverança e coragem para ser o diferencial na balança comercial e ajudar a sustentar a economia brasileira. Neste fim de ano queremos parabenizar esse herói que é o produtor rural e desejar a todos um Feliz Natal e Próspero Ano Novo! E que 2016 traga muita saúde e paz para que possamos continuar trabalhando e produzindo riquezas para o nosso país.
INSUMOS | ASSISTÊNCIA TÉCNICA | COMERCIALIZAÇÃO DE GRÃOS - AGRICULTURA DE PRECISÃO Dezembro de 2015
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SERVIÇO
Trabalho da Emater é fundamental para as pequenas propriedades
O papel da Emater na extensão rural
O órgão é um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento do agronegócio no Brasil e no Estado do Paraná
O Dia Nacional do Extensionista Rural, celebrado no dia 6 de dezembro, tem como objetivo chamar a atenção para o papel desse profissional no aumento da produtividade. A Extensão Rural no Paraná é executada pelo Instituto Emater. “Presente em todos os municípios paranaenses, a Extensão Rural percorre diariamente os mais longínquos rincões de nosso Estado, realizando um trabalho educativo, não formal, de caráter continuado. Embora realizado no meio rural, é na cidade que o trabalho da Extensão Rural mostra boa parte da sua importância. Afinal, as frutas,
as hortaliças, o leite ou o pão consumido no meio urbano tem sua origem nas propriedades rurais assistidas pelos extensionistas. Até mesmo a qualidade da água e do ar das cidades sofre a influência do que acontece no campo”, comentou o diretor-presidente da Emater no Paraná, Rubens Niederheitmann. Para o presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Roberto Orso, a Emater é muito importante para todo o setor agropecuário do Estado e certamente é um dos principais agentes no pujante crescimento do setor nos últimos anos no Paraná. “Se pensarmos que 85% das propriedades rurais do Estado são pequenas propriedades, a Emater fica ainda mais importante. É através dela que chega a extensão e a assessoria técnica para os produtores que não conseguem pagar”, comenta. Além dos ganhos de produtividade, ele conta que o aumento de produção, capaci-
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tação, treinamentos e implantação de novas tecnologias nas propriedades também foram possíveis ao longo dos anos com o apoio dos profissionais da Emater no Paraná. Questionado sobre os desafios da Extensão Rural, Rubens afirma que se antes a prioridade era expandir a fronteira agrícola ou aumentar a produtividade, hoje é preciso ir além. “Atualmente a tarefa do extensionista é aumentar a riqueza no meio rural, ampliando a renda das famílias, diminuindo as diferenças regionais, mitigando danos ambientais, promovendo a inclusão social e produtiva de um grande contingente de famílias que ainda depende do estado para sua emancipação”. HISTÓRIA
A história da Extensão Rural no Paraná começou no dia 20 de maio de 1956, quando foi instalado o Escritório Técnico de Agricultura (ETA) – Projeto 15, por meio de um Dezembro de 2015
convênio firmado entre os governos paranaense e norte-americano. À época o objetivo era melhorar a produtividade da agricultura brasileira e paranaense. A iniciativa deu tão certo que ao terminar o prazo do projeto, uma ONG assumiu a continuidade do trabalho, a ACARPA (Associação de Crédito e Assistência Rural). Quando o governo do estado assumiu a assistência aos produtores, o ONG deu lugar à Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná) que em 2005 foi transformada em autarquia, o Instituto Emater. O extensionista atua em várias frentes: saneamento básico, alimentação, Meio Ambiente, gestão da propriedade, geração de renda e emprego, conservação dos solos e da água, uso racional de defensivos agrícolas e preparação dos jovens para assumir os estabelecimentos rurais. “Com uma atuação tão relevante, esses profissionais têm papel fundamental na execução de programas governamentais, bem como na implementação de políticas públicas no meio rural. É com a orientação desses técnicos que o produtor também consegue recursos para investir em sua propriedade, melhorando sua produtividade”, afirma Rubens. Para promover o desenvolvimento rural sustentável, coordenando, articulando e executando assistência técnica e extensão rural
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O extensionista rural tem papel fundamental na execução de programas governamentais e atua junto a diversos parceiros para cumprir suas metas
em benefício da sociedade paranaense, o Instituto Emater conta com 1.200 funcionários, de mais de 40 categorias profissionais. Eles estão lotados nas Unidades Municipais que atendem a todos os municípios paranaenses, além de 22 Unidades Regionais e a Unidade Estadual. O Instituto também es-
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tabelece parceria com diversos órgãos estaduais, municipais, federais, prefeituras, cooperativas e instituições sindicais para cumprir suas metas. Tem destaque a Secretaria Estadual da Agricultura que coordena o trabalho do Sistema Estadual de Agricultura no Paraná.
EMPREENDEDOR RURAL
Encontro divulgou vencedores de 2015 A ExpoTrade Convention Center, em Curitiba, foi novamente o palco da apresentação dos vencedores do programa realizado pela FAEP No dia 4 de dezembro, cerca de 5 mil produtores rurais de todas as regiões do Paraná participaram do evento de encerramento do Programa Empreendedor Rural (PER), realizada no ExpoTrade Convention Center, na região metropolitana de Curitiba. Somente da regional de Matelândia, que Cascavel pertence, foram 10 ônibus lotados ao evento. Na ocasião, foram apresentados os vencedores do concurso, que premia os três melhores projetos de negócio desenvolvidos pelos participantes do programa. O PER é realizado pela FAEP, em parceria com o Sebrae e com
a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep). “O empreendedorismo é o caminho para o futuro.” A frase é do engenheiro-agrônomo Xico Graziano, autor de diversos livros sobre agricultura e economia, e sintetiza a estratégia trilhada pelo Sistema FAEP/SENAR-PR na construção do PER. Segundo Graziano, que realizou a palestra magna do evento, nos últimos dois anos o cenário econômico tornou-se bastante adverso, reflexo de diversos fatores, entre eles a crise política que atravessamos atualmente. Nesse contexto, nossa economia encolheu, e os efeitos dessa situação só não foram piores porque – mais uma vez – o agronegócio foi o salvador da Pátria. “Sem a força da agropecuária, o Brasil estaria quebrado”, afirmou. Segundo dados apresentados pelo palestrante, a produtividade do agronegócio brasileiro cresce a uma média de 3,5% ao ano,
levando o país a um patamar bem superior a grandes produtores mundiais, como os EUA. Para se ter ideia, as exportações agrícolas cresceram nos últimos oito anos impressionantes 468%. “Vou a três Estados por mês e nenhum faz isso que vocês fazem. É por isso que os agricultores do Paraná estão entre os melhores do mundo”, afirmou. PROTAGONISMO RURAL
O protagonismo dos empreendedores rurais do Paraná também foi destacado pelo presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, que elegeu a data como “um dia para refletirmos sobre o nosso destino como nação”. Segundo o dirigente, passamos por momentos difíceis, com desemprego e inflação crescentes, turbulência política e outras dificuldades que minam nossa esperança. “As reformas necessárias – trabalhista, previdenciária, política e tributária – foram esquecidas, e assim o país marcha sem
Caravanas de agricultores de todo Paraná vão anualmente a Curitiba participar da premiação
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rumo”, disse. Na opinião do dirigente, falta uma liderança nacional forte “que nos tire dessa enrascada política, social e econômica”. Segundo Meneguette, o agronegócio deve ser valorizado. “Com os seus sucessivos saldos na balança comercial internacional, é o setor agropecuário que ainda está segurando o Brasil, e este setor somos nós, os agricultores e pecuaristas. Os empreendedores rurais”, assinalou. Também presente no evento, o governador Beto Richa destacou a contribuição do PER na formação de uma nova geração de empreendedores no Estado. “É uma belíssima e didática iniciativa da FAEP. Uma sagração o trabalho do campo”. VENCEDORES
A bióloga e estudante de Agronomia, Aline Bonk, de 24 anos, de União da Vitória, conquistou o primeiro lugar entre os projetos finalistas do Programa Empreendedor Rural 2015. Ela fará uma viagem internacional para um país da América do Sul, mesma premiação concedida aos outros dois projetos vencedores. Com o projeto “Ampliação de Viveiros para a piscicultura”, ela pretende expandir a produção de carpas na Chácara d’Areia. Produzir 12 mil alevinos e 10 mil quilos de peixe estão entre as metas do seu projeto. O segundo lugar ficou para o casal Marcio
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O agronegócio deve ser valorizado, pois é o setor agropecuário que ainda está segurando o Brasil.
ÁGIDE MENEGUETTE Presidente da FAEP
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Manfredini e Rossana Campello Manfredini, de Guarapuava. Seu projeto em bovinocultura de corte foi desenvolvido ao longo de sete meses. Com pouca experiência no setor de agronegócios, eles decidiram investir na engorda de bovinos depois que Rossana herdou um pedaço de terra na Fazenda Lagoa Seca, em Candói, há pouco mais de oito meses. No Empreendedor encontraram o braço forte para planejar o novo negócio. “Nós queríamos aproveitar a infraestrutura da propriedade e decidimos apostar na bovinocultura de corte”, conta Rossana. “Sítio Vale do Mel – Agricultura e pecuária leiteira” foi o título do projeto da estudante de Agronomia, Flávia Smulek, de Prudentópolis, que ficou em terceiro lugar. Na propriedade da família, de 115,56 hectares, ela pretende melhorar a produtividade leiteira com a implantação de pastagens e um tratador com capacidade para 30 vacas. Hoje, a atividade leiteira é a secundária no sítio, e a maior parte da renda está na produção de grãos. Entre as metas do projeto está expandir o plantel de 24 vacas matrizes para 28 cabeças em um ano. “Nós queremos aumentar a rentabilidade da propriedade com o aumento da produtividade leiteira, com maior conforto para as vacas e bem-estar animal”, comenta.
OCEPAR
Cooperativas do PR faturam 13% a mais Faturamento das cooperativas atingiram R$ 56,5 bilhões em 2015, segundo balanço da Ocepar, revelados no dia 3 de dezembro no Encontro Estadual de Cooperativas Paranaenses As 220 cooperativas paranaenses filiadas ao Sistema Ocepar devem alcançar movimentação econômica superior a R$ 56,5 bilhões em 2015, o que representa um crescimento de 13% em relação ao valor obtido no ano passado. Os números foram revelados no dia 3 de dezembro pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, no Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, realizado no Te-
atro Positivo, em Curitiba. “O cooperativismo paranaense continua acreditando que, com muito trabalho e profissionalismo, é possível crescer de forma consistente, mesmo num momento de dificuldade como este que o país está passando”, afirmou. Ainda de acordo com ele, mesmo sendo expressivos, os resultados do setor foram afetados por uma série de fatores. “O custo elevado imputado aos produtos e serviços, somados aos encargos financeiros e à tributação, reduziram significativamente os ganhos do setor”, destacou. Koslovski salientou que, ainda assim, as sociedades cooperativas continuam contribuindo para impulsionar a economia estadual, com forte geração de emprego e renda. “Estamos chegando à casa dos 1,3 milhão de cooperados, com nossas cooperativas gerando
mais de 82 mil empregos diretos e 2,6 milhões de postos de trabalho. Mais de três milhões de paranaenses, ou seja, 30% da população do Estado, dependem diretamente hoje das ações do cooperativismo paranaense”. Segundo o presidente do Sistema Ocepar, em mais de 100 municípios paranaenses as cooperativas são as maiores empresas, com grande peso econômico e social nessas localidades. “A participação ativa das cooperativas no desenvolvimento do Estado tem sido a marca de quem tem compromisso com as pessoas e com as comunidades onde atuam”, acrescentou. Ele lembrou ainda que o cooperativismo paranaense responde por 56% do PIB (Produto Interno Bruto) agropecuário do Estado. “É muito difícil imaginar a agropecuária paranaense sem as cooperativas, pela participação
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cooperativas, que servem de exemplo para o Brasil. “E no momento em que comemoramos o fato de o Paraná assumir, de forma inédita, a quarta economia mais forte do país, é importante destacar que, sem dúvida alguma, se não fosse a agricultura, a pecuária e a organização das nossas cooperativas não teríamos atingido esse patamar que orgulha a cada paranaense”, acrescentou. Além do governador, diversas autoridades políticas, governamentais e empresariais participaram do evento. O deputado Osmar Serraglio (PMDB), inclusive, foi homenageado. SAÚDE E CRÉDITO Governador Beto Richa: “Se não fosse a agricultura, a pecuária e a organização das nossas cooperativas, não seríamos a quarta economia do Pais”
expressiva que elas detêm em nossa economia”, disse. Koslovski lembrou que, neste ano, o setor exportou mais de R$ 8,5 bilhões. Além disso, os investimentos das cooperativas agropecuárias atingiram mais de R$ 2,3 bilhões, com 60% desse total destinado ao processo de agroindustrialização. O presidente do Sistema Ocepar falou também sobre questões que estão impactando no setor produtivo. “Mesmo crescendo em percentuais acima do PIB brasileiro, há uma grande preocupação do cooperativismo quan-
Dezembro de 2015
to às deficiências estruturais existentes no Paraná e no Brasil, principalmente pela alta demanda por investimentos em portos, ferrovias, rodovias, estradas rurais, entre outras. Além disso, os custos exorbitantes do pedágio também têm penalizado a nossa competitividade, aliado a dificuldades inerentes à volta da inflação e baixo crescimento do país neste ano, exigindo cautela no planejamento para 2016”. O governador Beto Richa, que participou do Encontro, ressaltou que o Paraná é grato às
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Em relação às cooperativas de crédito, Koslovski disse que elas já são responsáveis por mais de R$ 25 bilhões em ativos. “O cooperativismo de crédito cresce de forma segura e com alto nível de profissionalização. Essas cooperativas estão democratizando o acesso ao crédito para milhares de pessoas, por meio de sua capilaridade e forte vínculo com as ações locais e regionais”, frisou. Já na área de saúde, o dirigente ressaltou que “são mais de 2,5 milhões de cidadãos atendidos no Estado por mais de 14,2 mi profissionais, que congregam 33 cooperativas, ofertando serviços de qualidade, prestados por médicos e dentistas que compõem o quadro social deste ramo”.
FOZ DO IGUAÇU
Congresso discutiu o mercado lácteo Cerca de 200 líderes do setor, envolvendo 10 países, estiveram reunidos para discutir tendências, inovação, consumo, mercados, sustentabilidade e segurança alimentar em lácteos Com a presença de especialistas e empresários do Brasil e de fora, aconteceu em Foz do Iguaçu, no fim do mês de novembro, o 1º LADC (Latin America Dairy Congress), uma parceira da Zenith com a AgriPoint. O objetivo do encontro foi discutir os principais gargalos, oportunidades e insights do setor no Continente e no mundo. Michael Mischchenko, especialista russo, colocou que “a Rússia não deverá remover o atual embargo às importações de alimentos ocidentais até pelo menos depois das eleições de março de 2018. “Isso é devido a diferentes razões, mas a principal razão é a política, porque temos uma eleição nesse ano. Devido a perda dos produtos importados, principalmente iogurtes, queijos e manteiga, a Rússia está estimulando a produção interna e os países ao redor estão buscando aumentar as exportações para nós”. Julian Mellentin, Fundador da New Nutrition Business, falou sobre o “Consumo de queijos e oportunidades de mercado. O que há de novo?”. O destaque de sua apresentação foi mostrar que há uma mudança em curso a respeito dos lácteos como produtos saudáveis. Na década de 90, os lácteos eram recipientes para ingredientes que eram tidos como responsáveis por fazer bem à saúde, como probióticos, infoesterois, CLA, e outros. Agora, surge o conceito dos lácteos como produtos saudáveis em si, embasados por pesquisas que mostram não haver evidências do consumo de lácteos estar associado a obesidade e problemas cardiovasculares. “Não há provas concretas para essa afirmação e estamos desmitificando isso. Com relação ao queijo, algumas pesquisas mostram que devemos analisar a tabela nutricional do produto como um todo, pois além das gorduras, ele possui outros nutrientes que o torna um alimento balanceado e
Evento contou com representantes de 10 países e ocorreu em Foz do Iguaçu
não um vilão para a saúde”. Para ilustrar, ele compartilhou o caso dos franceses, que são os maiores consumidores de queijos e têm os menores índices de problemas cardiológicos do mundo. Esther Renfrew, Diretora de Inteligência de Mercado da Zenith International, palestrou sobre a “Globalização da indústria láctea”. A princípio, ela pontuou que a produção global de leite alcançou 802 milhões de toneladas em 2014, +3,3% comparado a 2013, e que o comércio internacional de lácteos aumentou, atingindo 9% da produção. “O consumo per capita de lácteos está em crescimento assim como a demanda, e o que a impulsiona atualmente é o crescimento populacional, a maior renda, a urbanização (com destaque para a Índia e os países africanos), as mudanças dos padrões de consumo e a tendência de aumento da população. Michel Nalet, Diretor Mundial de Relações Institucionais da Lactalis Group, falou sobre o desenvolvimento da empresa no Brasil e sobre a recente inserção no país. “Hoje estamos com 18 fábricas no Brasil e há 2 anos atrás não tínhamos nenhuma. O Brasil fechará 2015 como o quinto maior mercado para a Lactalis. A ideia é buscar uma relação a longo prazo e para isso estamos investindo em
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treinamentos de equipes na América Latina. É um desafio entrar no mercado brasileiro, mas temos uma equipe fantástica. O ambiente é competitivo no mundo inteiro nesse setor e para nos diferenciarmos, focamos cada vez mais na qualidade”. Para Nalet, é essencial reduzirmos os custos de produção e a busca de inovações. “Vamos trabalhar muito no Brasil para diferenciarmos cada vez mais os nossos produtos. Temos que estar prontos para oferecer os produtos corretos para o varejo a aumentar as parcerias com o trade. Além disso, temos que melhorar a força dos produtos lácteos e divulgar para os consumidores o que os lácteos podem oferecer no dia a dia; precisamos melhorar a imagem do leite no Brasil”. Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da Agripoint, comentou sobre o sucesso do evento: “Nosso intuito foi trazer gente (casos de sucesso, consultores) alinhados com o futuro. Há, sem dúvida, muita coisa boa ocorrendo aqui no Brasil. Muitas empresas crescendo e a palavra crise quase não foi citada, ou melhor, foi: um dos empresários disse que, por causa da crise, estava crescendo 50% neste ano e não os 75% planejados. A agenda foi, enfim, voltada para o futuro” Dezembro de 2015
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AGRONOMIA
Programa focando fronteiras é lançado Objetivo do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária na Faixa de Fronteira é o fortalecimento de ações sanitárias e fitossanitárias Kátia Abreu, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lançou no fim de novembro o Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária na Faixa de Fronteira, que prevê R$ 125 milhões em cinco anos para o fortalecimento de ações sanitárias e fitossanitárias nos 15,7 mil quilômetros de fronteira brasileira (17,8% do território nacional) com 10 países vizinhos. A faixa está localizada em 588 municípios de 11 estados. A região Oeste do Paraná tem uma grande extensão de fronteiras e certamente será muito beneficiada com a iniciativa. O Mapa também lançou a Força Nacional do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (FN-SUASA) e processo eletrônico de exportação Canal Azul (veja mais informações abaixo). As três iniciativas fazem parte do Plano de Defesa Agropecuária 20152020 (PDA) apresentado pelo Mapa em maio, é um dos principais eixos que norteiam a gestão de Kátia Abreu no ministério. O Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária na Faixa de Fronteira está estruturado em quatro componentes: Fortalecimento institucional; Comunicação e educação continuada; Sistema de gestão territorial aplicado à faixa de fronteira e Informação e inteligência. Para os dois primeiros componentes, os estados fronteiriços e o Mapa investirão RS 125 milhões em computadores, equipamentos de comunicação móvel, veículos, embarcações especiais, drones, softwares, cursos, workshops e material didático e de divulgação. Do montante previsto, R$ 35,2 milhões serão investidos no primeiro ano e o restante entre o segundo e o quinto ano de execução do programa. O objetivo é fortalecer a estrutura e a capacidade para coleta, processamento e transmissão de dados e informações nos órgãos estaduais de defesa agropecuária, nas Superintendências Federais de Agricultura e nas unidades do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional
Segundo a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, serão investidos R$ 125 milhões para segurança sanitária e fitossanitárias nos 15,5 mil quilômetros de fronteiras brasileiras
(Vigiagro) atuantes na faixa de fronteira. O programa vai implementar um sistema de gestão territorial com participação também do setor privado e do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin). A finalidade é integrar toda a cadeia produtiva no suporte à gestão do risco sanitário, fitossanitário e de saúde pública associado ao ingresso de mercadorias de interesse agropecuário. O Brasil possui 15.719 quilômetros de fronteiras Canal Azul O Canal Azul é um processo eletrônico de exportação e importação de mercadorias agropecuárias que elimina documentos em papel e confere agilidade na liberação de cargas. O sistema já foi testado em exportações de carnes nos portos de Paranaguá, Itajaí e Santos e apresentou redução de 72 horas no tempo médio entre o carregamento dos contêineres na indústria e o embarque nos navios, o que representa corte significativo nos custos de logística de transporte e armazenagem. O Programa Canal Azul foi desenvolvido pelo Grupo de Gestão em Automação e Gestão de Tecnologia da Informação (GAESI), da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Por meio da Instrução Normativa 28 (de 23 de setembro de 2015), o Mapa incorporou o programa ao Sistema de Informações Gerenciais de Trânsito Internacional (SIGVIG) e definiu um cronograma de implementação do Canal
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Azul para todas as cadeias do agronegócio. Até o final de 2015, será ampliado para produtos vegetais que demandam certificação fitossanitária e para todas as demais cadeias produtivas e de suprimentos do agronegócio brasileiro até o final do primeiro semestre de 2016. SUASA
A Força Nacional do Sistema Brasileiro de Atenção à Sanidade Agropecuária (FN-SUASA) contempla medidas de assistência e controle a situações epidemiológicas, de desastres ou de desassistência aos rebanhos e às lavouras brasileiras. O objetivo é dar resposta rápida e coordenada às emergências zoofitossanitárias que representam riscos à saúde dos rebanhos e cultivos agrícolas que podem trazer prejuízos à produção. A Força já está sendo criada com uma equipe multidisciplinar formada por 628 fiscais agropecuários federais, estaduais e municipais (entre médicos veterinários e engenheiros agrônomos) que atuarão em conjunto com as demais esferas de governo e instituições envolvidas na resposta às situações de emergência em saúde animal e sanidade vegetal. A FN-SUASA será convocada sempre que for declarada emergência fitossanitária ou zoossanitária, ou em outros casos de comprovada necessidade técnica. A Força faz parte do eixo de Modernização do Plano de Defesa Agropecuária. Dezembro de 2015
Parabéns! 01/01/1962 01/12/1965 02/01/1954 03/01/1942 03/12/1946 03/12/1962 03/12/1983 05/01/1961 05/01/1966 05/12/1938 05/12/1986 05/12/1986 06/12/1953 06/12/1972 07/01/1978 07/12/1957 07/12/1965 07/12/1989 08/01/1960 09/01/1958 09/01/1986 09/12/1940 10/01/1936 10/01/1965 10/01/1988 10/12/1934 10/12/1939 10/12/1985 11/12/1934 11/12/1961 12/12/1965 13/01/1963 14/01/1984 14/12/1936 14/12/1952 15/12/1944 16/12/1984 17/01/1980 18/01/1959 18/01/1969 18/12/1981 19/01/1964 19/01/1969
DEZEMBRO DE 2015 MARCOS AKIO NISHITZUDA MARIONILCE GATTO NELSON CASAGRANDE NELSO ZANATA MIRNA TEREZINHA SMARCZEWSKI FRANCISCO KACHUBA LEONARDO BELOTO NELMA POLLES ARLINDO ALFREDO UEBEL TERESINHA MARIA ARALDI ALEXANDRE ANTONIO SCUSSIATTO ALEXANDRE LUIS MULLER JOSE M. CONSTANCIO MENDONÇA LISSANDRO SAROLLI VERAN ADINEI ANELIO ROTTA VERA LUCIA DE PAULA MOREIRA ITACIR ANTONIO CERVELIN MARCELO DOUGLAS PIASKOSKI JOÃO GERALDO PIASKOSKI JOAO ALVARO TOSO TIAGO SOSSELLA HILARIO ANTONIO TOIGO IZERCY DOMINGOS LORENZI FABIO DRUMMOND RAFAEL KLAUCK BORBA ERICA DUNKE SELBMANN ALCENO FRANK PRISCILA RAMOS VARGAS ERNA BENDER BLEIL SALETE ZANCHET FORNARI MARLI DE FATIMA ALCANTARA PADILHA MARIO LUIZ CALLESCURA VERONICA MARIA GOMES ANTONIO CASSOL NELSON DAL GALO MARIO DAMBROS MONICA DANIELA MATTIOLO CANDIOTO RENATA SLONGO DOMINGOS MARMENTINI NERO PAGANINI RAFAEL ANGELO VICENTIM ROMERO AGOSTINHO DOMINGOS BONATTO MARCIO MAKOTO MATSUSHITA
20/12/1967 20/12/1967 20/12/1982 22/01/1961 22/12/1948 22/12/1950 24/01/1980 24/12/1942 24/12/1955 25/01/1928 25/01/1947 25/12/1950 25/12/1974 26/01/1972 26/12/1940 28/01/1916 29/01/1935 29/01/1948 30/12/1968 30/12/1974 31/01/1961 31/12/1942
CHARLES WILDEL MELCHIORETTO RENATO VENTORIN DA SILVA EDUARDO VINICIO MARTINI JORGE KUERTEN BRUNING JUVELINO RIQUETTI ANTONIO CARLOS L. S. A. MACIEL THIAGO STOCK PASCHOAL IVANI SAROLLI SARAIVA MARIA LOURDES CARVAT IVO VICTOTINO ALGERI IRINEU ULSENHEIMER RUI JOAO LIBERALI ADRIANA NATALIA ROECKER LAZARIN ELIANI MARIA LIBERALLI CERVO CARLOS HENRIQUE VERAN NILO GHICCI ASTOR KOPS ELSA CASAGRANDE GRISA EDINEI RECK SERGIO DANIEL FUHR SAID EL HAMOUI JEADIR SILVESTRE DE CARLI
01/01/1922 01/01/1941 02/01/1955 02/01/1969 03/01/1953 04/01/1943 04/01/1948 04/01/1949 05/01/1966 06/01/1919 06/01/1956 07/01/1938 07/01/1943 08/01/1954 08/01/1967 09/01/1939 09/01/1945 09/01/1948 09/01/1952 09/01/1979
JANEIRO DE 2016 ANTONIO STOCKER MIRANDA FRANCISCO ALCIDES PELEGRINELLO ILDO VALTER GOLFF ROBERTO CARLOS CAUS NIVALDO GARCIA SEGURA EMILIO BERNAL SANCHES MARIA DA CONCEIÇÃO NOGUEIRA SILVA TALITA ULMANN JOSIANE BAGGIO ORSO TALINI ESTANILAU CIELINSKI JOÃO POVALUK REINALDO CARANHATO ANGELO FACCI SILVINO TESCHE ASTERIO ARNOLDO GEHARDT ARNALDO DOMINGO GARGIONI HERMES JERONIMO DESTRI ENIO CARLOS FENER NESTOR LUIZ FILHO VALDIR TOMAZZINI
Veja quais os associados do Sindicato Rural de Cascavel aniversariam em dezembro e janeiro. 10/01/1949 10/01/1955 10/01/1957 11/01/1954 11/01/1970 12/01/1941 12/01/1942 12/01/1962 13/01/1929 13/01/1950 13/01/1956 15/01/1916 15/01/1944 15/01/1959 15/01/1967 16/01/1927 16/01/1956 18/01/1942 19/01/1942 20/01/1931 21/01/1957 22/01/1955 22/01/1957 22/01/1960 23/01/1963 23/01/1964 24/01/1954 24/01/1963 24/01/1985 25/01/1924 26/01/1933 26/01/1942 26/01/1952 26/01/1964 27/01/1936 27/01/1938 27/01/1964 28/01/1931 28/01/1937 29/01/1945 30/01/1967 30/01/1975 31/01/1963 31/01/1978
MARIA IZABEL CORREIA DA SILVA DIRCE TEREZINHA ZOTTO PRETTO JOSE TORRES SOBRINHO VALTER ARROTÉIA MILTON ANDRÉ VOLOCHEM ANGELINA LIBERALI HELIA LUCIA L. BOSQUIROLLI ELPIDIO ANTONIO KROTH ALBINO OLDONI LAURI SCHAEFFER MARCO A. FORMIGHIERI BERNOLDI LINDOLFO JOSÉ BECK AUGUSTO ANTONIO SPEGGIORINI VALDIR MOTTIN AURESTINO RAMAR DOS SANTOS AUGUSTINHO DOMINGOS BONATTO WILSON CARLOS FRACARO DIACONO GAMALIEL MENEGHEL VALDIR JOAO FRARI SEVERINO ANGELO SCAPINELLO DONATO CLAUDINO DAGOSTIN VALTER DALGALO FRANCISCA VALANSUELO DOS SANTOS CLECI INES BASSAN GREIN JOÃO VICENTE SCHECHELI OSMAR ZIEGLER ADEMIR BAZZOTTI EDUARDO CESAR GUAGLIARDI CLEONES ANDRÉ MARMENTINI ANTONIO JOSE MARQUES (FALECIDO) FERNANDES JOSE LIBERALLI LUIZ CARLOS BECKER AGENOR LEONIR DANIELLI AMERICO NOBORU ONAKA ARNALDO DAMIANI ARNALDO NELSON MITTANCK DIRCIO DAMBROS JOSE SNAK ITALIA WEZCHOCKY NINO PASTORE GERALDO LUIZ GRIZA GERMANO JOSE SAROLLI LUIZ ANTONIO CARNIEL FABIO SHINDY SPOHR
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Agência do Agronegócio.
C O M U N I C A Ç Ã O
www.newmidiacomunicacao.com.br
É muito mais fácil se comunicar com quem entende a nossa língua, não é? Nós da NewMídia Comunicação estamos há 12 anos no mercado publicitário e, durante esse tempo, descobrimos que para se chegar ao sucesso é preciso ter foco. Foi por isso que nos especializamos em atender um segmento específico: o agronegócio. Hoje, entendemos e pensamos da mesma maneira que os nossos clientes, criando ações de comunicação institucional, corporativa e estratégica que trazem resultados, alavancam os seus negócios e os ajudam a conquistar novos mercados.
Quer saber como a gente pensa? Solicite um portfólio: (45) 3037-7829 Dezembro de 2015
Ou faça-nos uma visita: Rua Cuiabá, 217 - Jd. Maria Luiza - Cascavel/PR
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Imagem adquirida de banco de imagens, meramente ilustrativa.
dizem que o amor é cego. eu concordo. Com o Gabriel foi assim. Nem precisei vê-lo, foi só sentir a sua presença e logo me apaixonei. Hoje o meu carinho é todo dele. Todos os meus olhares são para ele. Toda a minha paixão de viver se tornou ainda maior depois que ele entrou em minha vida. Agradeço ao Gabriel e à sua família por hoje eu poder enxergar.
27 de setembro dia nacional da doação de órgãos
45 2101-4242 | www.hospitaldeolhos.com.br Rua Minas Gerais, 1986 | Centro | Cascavel/PR
Diretora Técnica Médica Dra. Selma Miyazaki - CRM-PR: 12511 32
Dezembro de 2015