DIREÇÃO: Kento Kojima Pablo Rocha Rafael Rocha
NOIZE FUZZ
DIRETOR DE CRIAÇÃO: Rafael Rocha rafarocha@noize.com.br
COORDENADOR: Henrique Dias
EDITORA-CHEFE: Cristiane Lisbôa cristianelisboa @noize.com.br
Gerente: Leandro Pinheiro
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EDITOR: Tomás Bello tomas@noize.com.br
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Redatores: Ariadne Cercal Carolina Ferronato Francieli Souza Leonardo Serafini Luciano Braga Martim Fogaça Pedro Barreto Sabrina Benedetti Yago Roese Yuri Lopardo
DESIGN: Felipe Guimarães ASSIST. ARTE: André Chaves ASSESSORIA DE IMPRENSA: Carola Gonzalez Revisão de texto: Jeferson Mello Rocha COMERCIAL: Pablo Rocha pablo@noize.com.br Administrativo: Pedro Pares pedro@noize.com.br
T.I.: Aletsiram Castro
ANUNCIE NA NOIZE: comercial@noize. com.br ASSINE A NOIZE: assinatura@noize. com.br DISTRIBUIÇÃO: logistica@noize.com.br Publicidade São Paulo: Letramídia publicidade @letramidia.com.br (11) 3062.5405 (11) 3853.0606 ASSESSORIA JURÍDICA: Zago & Martins Advogados PONTOS: Faculdades Colégios Cursinhos Estúdios Lojas de Instrumentos Lojas de Discos Lojas de Roupas Lojas Alternativas Agências de Viagens Escolas de Música Escolas de Idiomas Bares e Casas de Show Shows, Festas e Feiras Festivais Independentes
• COLABORADORES 1. Ariel Martini_ Ainda insiste em fazer fotos de shows. flickr.com/arielmartini 2. Fernando Schlaepfer _ Designer por formação, ilustrador por aptidão, DJ por diversão e fotógrafo por paixão. 3. Lalai e Ola_ Lalai trabalha com mídias sociais, mas sua paixão é música. É DJ e produz a festa CREW. O Ola trocou a Suécia pelo Brasil, o design pela música e fotografia. 4. Renata Simões_ Renata Simões, 34, é jornalista. Já produziu documentários, apresentou os programas Vídeo Show e Urbano, colabora com revistas e sites e ainda tem um programa diário no rádio em São Paulo, onde mora. 5. Nicolas Gambin_ Jornalista freela. Aprecia tocar The Meters com amigos nas horas vagas. 6. Daniel Sanes_ Jornalista por formação, lunático por opção e roqueiro de nascimento. Um dos editores de música do site www.nonada.com.br. 7. Pati Grejanin_ Faz moda de dia e música a noite. Tem há 9 anos a Laundry, marca de roupa cheia de identidade musical. Uma paixão não anda sem a outra. 8. Fernando Halal_ Jornalista malemolente, fotógrafo de técnica zero e cinéfilo dodói. Não morre sem ver um show do Neil Young. www.flickr.com/fernandohalal 9. Dani Arrais_ Jornalista, nasceu em Recife, mora em São Paulo há quase cinco anos. Começou o donttouchmymoleskine.com há quatro anos e de repente viu que falava de amor quase o tempo todo. 10. Leonardo Bomfim_ Jornalista e diretor de cinema. Edita o freakiumemeio.wordpress.com 11. Flávia Lhacer_ É stylist e figurinista da dupla Debbies. Com o tempo que sobra ela borda e tricota sem parar. 12. Rafael Kent_ Onipresente. www.rafaelkent.com 13. Lucas Saporiti_ Toca, canta, grita e fotografa o que vida tem de bom. 14. Fernando Schlaepfer_ Ex-Seagullsfly, ex-Café e ex-Globo. Atual C.E.O. e fotógrafo do I Hate Flash. Além de designer / ilustrador / D.J. / produtor / ciclista / luchador / porrachegadebarra. www.ihateflash.net/schlaepfer 15. Rodrigo Esper_ Tem como trabalho ser fotógrafo no I Hate Flash, e como hobby, falar duas vezes antes de pensar, ser a pessoa mais empolgada do mundo e a mais exagerada do universo. www.ihateflash.net/esper 16.Taiana Lauin_ Fotógrafa entre um café e outro.
TIRAGEM: 30.000 exemplares CIRCULAÇÃO NACIONAL
• FOTO DE CAPA_ Taiana Laiun
Os anúncios e os textos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Revista NOIZE - Alguns Diretos Reservados.
• EXPEDIENTE #55 // ANO 6 // JULHO ‘12_
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REVISTA NOIZE. TUMBLR. COM 3
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_foto: ROBERTA SANT’ANNA
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NOME_ Rita Cadillac O QUE FAZ_ Performer UM DISCO_ Tutti Frutti, de Rita Lee e Roberto de Carvalho “Ouço o dia todo. Vou do brega ao chique, da “Mamão com Mel” com o Thiaguinho até música clássica. E cantarolo Rita Lee sem parar. A gente tem o timbre bem parecido, minha voz fica bonita nas coisas que ela escreve. Ela gosta, eu gosto. Então música é isso: tudo.”
“Não estou nem aí se alguém não gosta da gente. Vai assistir TV ou ouvir Oasis.” Chris Martin, vocalista do Coldplay_ dizendo que não está “tentando impor um regime fascista”
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“Quando eu me aposentar des- “É assustador quando as pessoas decidem que elas não gostam se ramo, vou me dedicar só de você.” Lana Del Rey a jogos de futebol e parques de diversão.” Charlie Sheen_ afir- “Este é meu grupo louco de fãs que empacou em 1993.” Billy Cormando que o novo seriado fAnger Manage-
gan, líder dos Smashing Pumpkins_ depois que os fãs elegeram “Mayonaise” a melhor
ment é seu último trabalho na TV
música da banda
“Nossa trilogia está em algum lugar entre o AC/DC e os Beatles.” “O girl power ainda reina.” Mel C, Billie Joe Armstrong, vocalista do Green Day_ ao explicar os futuros álbuns da ban-
ex Spice Girls_ no lançamento do musical
da, ¡Uno! ¡Dos! ¡Tré!
Viva Forever
“Quando você faz um filme, é como um chef que trabalha em um “É um poeta da palavra, tenho prato. Depois de passar o dia na cozinha, você não quer mais co- uma inveja danada dele.” Gilmê-lo. É o que sinto em relação a um filme.” Woody Allen_ ao relevar que berto Gil_ ao revelar a “inveja motivacional” que tem de Jorge Ben Jor
nunca ficou satisfeito com nenhuma de suas obras
“A Beyoncé é uma viagem desonesta sem fim feita por um rela- “Lady Gaga é um bebê de 90 ções públicas. Como alguém pode gostar daquela merda?” Ber- quilos.” Troy Carter, empresário nard Butler, guitarrista do Suede
da cantora
“Quero evitar tudo aquilo que “Nós somos tipo um Beatles “Ele era bisexual, e eu não impede um artista de ter su- dos tempos modernos.” Sebas- consegui suportar isso.” Adele_ cesso financeiro.” Katy Perry_ ao tian Ingrosso, integrante do Swe- revelando que “Daydreamer” é sobre o seu justificar a criação de sua própria gravadora
dish House Mafia
primeiro namorado
“Ser dona de casa é a melhor coisa do mundo.” Penélope Cruz_ afir- “Não existe romance em cantar sobre um iPod.” Jack White_ mando estar feliz da vida com a rotina caseira ao lado de Javier Bardem. “Sou muito boa em ao comentar a sua paixão pelo vinil
limpeza, aprendi quando estrelei o filme Volver”, admite a atriz
“Eu não tenho seios perfeitos. Eu tenho celulite “Eu estou deixando o Girls. Meus motivos são e sou curvilínea.” Kate Winslet_ dizendo que adora ficar pessoais. Eu preciso fazê-lo para progredir.” peladona em filmes porque sua “imperfeição” faz as mulheres se
Chris Owens, ex-vocalista do Girls_ em seu Twitter, ao anun-
sentirem “poderosas”
ciar que estava deixando o grupo californiano
“Tudo isso é uma grande confusão, eu não “Sou mais forte que o sexo” Gaby Amarantos_ estou morto.” Gotye_ negando, via Twitter, o suicídio anun- ao revelar que “gosta pra caramba” da coisa, mas que não deixa ciado pela CNN
o sexo dominá-la
Raindrops keep falling on my head_ Inverno, um pouco de férias, o som mais alto, a música do agora, as noites mais longas e a possibilidade real de enxergar uma quantidade maior de estrelas. Bemvindo ao mês de julho, bebê. Pra começo, uma conversa insana sobre Mariah Carey, músicas e outras esquisitices com Grimes, a nova musa da indiesfera. Depois, passadinha pelo Rock in Rio Madrid (só eu acho graça neste nome?), os lados de Passion Pit e Hot Chip, danças incendiárias com a Gang do Eletro e otras cositas más que não contarei agora porque te quero folheando estas páginas com surpresa, encanto e vontade. Que frio na barriga, como diria a musa do Life is Music desta edição, é bom para o moral. Hasta, Cris Lisbôa
Foto: Rafa Rocha
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2+2=5
_Por Daniela Arrais donttouchmymoleskine.com
5 MÚSICAS_ Que você precisa ouvir hoje: _“Cherokee”, da Cat Power _“Till Things Fall Apart”, do Madrid _“Two Cousins”, do Slow Club _“Class Clown Spots a UFO”, do Guided ByVoices _“Fineshrine”, do Purity Ring
5 MISTÉRIOS_ De Hollywood A Rookie Mag é uma revista pra adolescentes editada por Tavi Gevinson, a menina-prodígio que usou a internet pra mostrar ao mundo como se veste e transformou-se em estrela do mundo na moda. Na revista, a equipe retoma mistérios da antiga era de ouro de Hollywood. bit.ly/Q7Aa7t
22 FOTOS_ ondres e Paris no começo do século passado Cansou de blogs de street style? Que tal voltar no tempo e ver como isso era feito no começo do século XX, por meio das lentes do fotógrafo amador Edward Linley Sambourne? bit.ly/N5YzWy
25 CAMISETAS_ As mais maravilhosas da história. Do elefante guitarrista ao leão Bob Marley, uma seleção pra lá de kitsch! bit.ly/QBgVDx
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ESPECIAL ROCK IN RIO MADRID
MILHÕES DE EUROS A 3ª edição do Rock in Rio Madrid abriu suas portas no dia 30 de junho, na localidade de Arganda del Rey – o festival se estendeu ainda pelos dias 5, 6 e 7 de julho. É a mais jovem entre todas as edições internacionais do evento e já conta com bandas do calibre de Red Hot Chili Peppers.
foram investidos na construção da Cidade do Rock, na promoção e na contratação das bandas que animaram as noites. Uma boa parte do custo foi repassado aos patrocinadores, para que o público não precisasse gastar muito para entrar.
40 MINUTOS
69 euros foi a duração média da viagem de 30 quilômetros entre o estádio Santiago Bernabeu, no centro de Madri, e a Cidade do Rock. A linha de ônibus, gratuita, foi disponibilizada pela organização do festival e tinha saídas a cada 15 minutos.
custava o ingresso no dia do evento – quem quisesse ir nas quatro noites tinha que comprar as entradas separadamente pois não havia passes conjuntos para todo o festival. Os que procuravam mordomia, pagaram 275 euros para ficar na área VIP, com comidinhas gourmet e bebida liberada.
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_Por Naira Hofmeister e Guilherme Kolling
15 EUROS era o preço médio do serviço de táxi compartilhado que levava até quatro pessoas para um destino comum. Com essas alternativas deixava de valer a pena ir de carro para a Cidade do Rock, já que só o estacionamento valia 20 euros.
foi dedicada exclusivamente à música eletrônica, com grandes nomes tocando ao ar livre no espaço principal da Cidade do Rock. E, mesmo durante as noites de bandas, a tenda eletrônica permaneceu sempre cheia.
50% da empresa de Medina foi comprada em maio pelo empresário brasileiro Eike Batista, que pretende agora investir 350 milhões de dólares para expandir a marca para todo o mundo. O valor do negócio não foi informado.
70 ARTISTAS em 2013 passaram pelo evento durante os quatro dias de duração. Só ao Palco Mundo subiram mais de duas dezenas de atrações musicais, entre elas o novaiorquino Lenny Kravitz, os mexicanos do Maná e o DJ David Guetta.
acontece a próxima edição do Rock in Rio, que desembarca em Buenos Aires pela primeira vez. A Argentina será o quarto país a receber o festival, que já passou por Madri, Lisboa e a cidade brasileira que batizou o evento. O sonho do produtor Roberto Medina é levar a festa também para a China e os Estados Unidos.
de altura tinha a roda gigante da Cidade do Rock madrilenha. Outra brincadeira que fez sucesso foi a tirolesa, através da qual os participantes podiam passar bem pertinho do palco durante os shows das suas bandas favoritas.
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Eles são de Recife, mas desde 2009 vivem entre os arranha-céus paulistanos. Fazem rock, sem firulas e banhado em boas melodias. Em quase uma década, o trio Volver coleciona três discos – Próxima Estação, o mais recente deles, está mesmo chegando às prateleiras. Tiramos o vocalista Bruno Souto pra um bate-papo. Ser roqueiro no Brasil: comédia, aventura ou drama? Não só ser “roqueiro”, mas ter uma carreira musical é, sim, uma aventura. O drama e a comédia vêm naturalmente em doses maiores ou menores, dependendo de como cada um encara as situações do dia a dia e se leva a sério demais em suas escolhas. Mas, pra falar a verdade, nem sei se nos consideramos “roqueiros”. Afinal, o que é ser roqueiro nos dias de hoje? Lennon ou McCartney? Musicalmente, McCartney. Personalidade e atitude, Lennon. Sou muito fã dos dois, mas as melodias do Macca me tocam mais. O Lennon tinha o espírito mais rebelde e transgressor, além de, no geral, ter escrito letras mais interessantes
Pita Uchôa
CINCO perguntas e um BOLO DE ROLO COM VOLVER
Mulheres, relacionamentos, paixões... A melhor fonte de inspiração pro rock? A história nos mostra que sim, as mulheres são o principal motivo da música pop. Como metáfora, se nós homens somos os escritores, as mulheres são a ficção que ainda não conseguimos traduzir com exatidão. Continuemos tentando. O cancioneiro pop agradece. Recife ou São Paulo, onde tem o melhor bolo de rolo? (Risos) Não tem comparação! Bolo de rolo tem que ser pernambucano. Como está o rock em 2012? Pra mim, musicalmente, está muito bem. O rock pelo rock, a música pela música, nunca foi tão ampla e diversificada, principalmente nessa era virtual. Tem pra todos os gostos, está em todo canto, é só procurar que você acha muita coisa que te emocione.
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FILME | Drive
TWEETS | /Casablancas_J
Reprodução
O Julian sempre posta umas coisas curiosas no meio do nada. Não tem muito o que explicar, e não sou o maior fã de Twitter do planeta. Nas palavras dele, @Casablancas_J i love it when people use twitter to immortalize how dumb and rude they are.
happy 4th errrybody... i’ll be celebrating with Pitbull’s signature air-punch. spurs-okc. boring Vs exciting. only one will win. how hot is that vodka robot?
_Drive (2011), com o Ryan Gosling. Assisti a esse filme há pouco em um avião e me assustei com a atuação desse moço. O filme em si é um thriller/drama à la Scarface, mas com uma trilha impecável e um belo cenário na California. É forte, mas vale cada centavo de tempo gasto.
BLOG | mixtapesounds.tumblr.com _Esse blog/Tumblr traz sempre mixtapes maravilhosas, quase todas voltadas ao dream pop. Lembro de me apaixonar por uma série que eles fizeram, chamada Perfect Midnight World, com músicas pra se ouvir sempre à meia-noite.
FACEBOOK | /chill.shots
_Na página oficial do fotógrafo Mr. Chill, de Strasbourg/FR, tem tudo sobre o trabalho genial dele. Desde os trabalhos que ele faz comofotógrafo até as parcerias que fizemos juntos. facebook.com/chill.shots
Convidado do mês I Eduardo Praça Junto com Thiago Klein forma o Quarto Negro. Este ano eles lançaram o vinil Desconocidos, gravado no verão de 2011 em Barcelona. Preparam-se para a primeira turnê pelo nordeste ao lado dos músicos convidados, Guri Assis Brasil (na guitarra; integrante também Pública), Guilherme Almeida (no baixo; Pública, Flu, entre outras) e Leo Mattos (na bateria, Bicicletas de Atalaia). E agora esperam pela estreia do vídeo clipe da música que dá nome ao álbum, todo filmado na França.
_O ruivo do Whitest Boy Alive tocando a melhor faixa dos Smiths. Sem mais. bit.ly/Pe2Z42
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REMIX | Erlend Oye - “There’s a Light That Never Goes Out”
DESCOBERTA | Aphrodites Child Reprodução
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UM ARTISTA PARA CONHECER | Larry David
_Descobrimos sem querer, quando estávamos em Barcelona. Entrei em uma de pesquisar sobre a música rock francesa e cheguei neles atraves do Vangelis, famoso músico grego/françês. Existe uma obra chamada 666, que beira a perfeição, mais de 20 músicas interligadas, com texturas impecáveis e timbres que nunca mais fizeram igual. grooveshark.com/#!/album/666/4154063
_O homem que sintetiza toda a paranoia e genialidade que o ser humano já foi capaz de criar. O mito, Larry David. Criador de Seinfield e de todo o conteúdo de humor que vou consumir pro resto da vida. en.wikipedia.org/wiki/Larry_David
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_Por Lalai e Ola Persson
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MAS DEVERIa_
Assistimos à estreia do documentário Nothing Can Hurt Me: The Big Star Story, no SXSW. Durante a exibição, sala lotada, silêncio completo e lágrimas por todos os corredores do Paramount Theatre Enquanto enxugávamos as nossas, o palco foi preparado para um show-tributo com M.Ward no piano, acompanhado de uma orquestra e nomes como Peter Buck (R.E.M.), Pat Sansone (Wilco), Peter Case, Chris Stamey, entre outros, incluindo os últimos integrantes do Big Star, Jon Auer e Ken Stringfellow.
O Big Star pode ser considerado o fundador do indie rock. A banda lançou apenas três álbuns, e todos primorosos. Percebemos que, apesar da sua importância, muitos ainda a desconhecem, por isso resolvemos trazê-la à tona recomendando que corram atrás do documentário e do Keep An Eye On The Sky, com 98 canções, uma faixa mais linda que a outra. Aqui em casa estamos nostálgicos no repeat, mas prepare o coração, porque é triste de doer.
The Hundred In The Hands
The Tallest Man On Earth
O duo do Brooklyn The Hundred In The Hands produz um som atmosférico e pulsante, mesclando synth-pop, post-punk e dream-pop pra ouvir à noite com a luz desligada. Descobertos pelo selo Warp depois de algumas gigs em Londres, acabaram de lançar o álbum Red Night. Vale muito a pena conferir. warp.net/records/the-hundred-in-the-hands
*procure também por Alex Chilton bigstarstory.com
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BIG STAR
Só porque a Suécia está no sangue da casa, mas a gente garante: Kristian Matsson vale a ouvida. Acabaram de tirar do forno o segundo álbum There’s no Leaving Now, que dedicamos tanto aos apaixonados quanto aos de coração partido. A banda também surpreende ao vivo e combina com sol, cerveja e amigos incríveis à nossa volta. thetallestmanonearth.com
_ Por Renata Simões renatasimoes.com
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Globe trotter
Hoje é terça-feira. Há duas semanas, também numa terça-feira, fui almoçar com um amigo num restaurante japonês de sobá, no East Village. Na noite anterior, autênticos tacos mexicanos eram preparados num furgão aos fundos de um bar.
Duas quartas-feiras depois, comi acarajé na baiana que mora na Bela Vista, em São Paulo. Eu, recém chegada da Bahia, numa praia sem ninguém mas com sinal de internet. Abri o aplicativo que traz o mapa do céu e dos planetas e encontrei Marte.
Vi Marte e assisti a Psicose. O banheiro do Bates Motel era familiar. O Oscar foi para a locação: sentada na praça, cercada por prédios, pessoas, vinho, amigos. Na tela revelaram-se várias outras estórias: roubo, estrada, amante, mãe e os bichos empalhados. Surpreender-se é um privilégio.
Um dia antes de uma lua cheia, encontro-me numa praia quase deserta. Um amigo ucraniano radicado americano mandou Godspeed You! Black Emperor, porque gosto de post-rock e perdi a chance de ver Explosions in the Sky por 4 dias. Consegui GZA. No bar com o furgão no jardim, tocaram Reverend Vince Anderson and his Love
Choir. A vida embalada por boa trilha. Tal qual cantava a abertura do desenho dos Harlem Globe Trotters, “playing around the world, and come home again” foram os últimos dias. Os contornos do mundo encolheram ou a abóboda celeste está mais ampla?
_Por Flávia Lhacer e Pati Grejanin thedebbies.tumblr.com www.laundrysp.com.br
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1.
1. Direto dos desfiles de inverno de 2012 da Louis Vuitton e Miu Miu para todas as lojas do mundo! As golas das camisas ganharam um super destaque. Agora elas estão marcadas em cores e textura diferentes, dando o ar da graça nos looks por aí. Elas estão também em peças avulsas e viraram um acessório separado da roupa. Maior charminho, né? 2. Com o termômetro mostrando a temperatura lááá em baixo, o gorro aparece por aí. É um acessório masculino utilitário e são infinitas as opções de estilo! Composição boa aqui ao lado: jaqueta militar, calça skinny, coturno, Ray Ban e o gorro preto. 3. Com uma inspiração bem sessentinha, o cabelo tipo dos meninos de Liverpool aparece aqui e ali. Mas quando aparece na cabeça das meninas, é mais legal. Outra boa: a composição de cores do look. Em tons fortes, tudo da mesma família de cor. Não fica super-harmonioso?
2.
3.
www.avalanchetropical.com twitter.com/avalanchebr
034\\
Bonde sem freio
Tá na roda o clipe novo do Bonde do Role, “Kilo”, com participação do Diplo, um dos produtores do novo disco, fazendo o cowboy. O álbum vai chamar TropicalBacanal e conta com as participações de Caetano Veloso, Das Racist e Death Set, entre outros. youtu.be/wPqGoeLUZ_w
Avalanche Tropical é a turma que reúne André Paste, Banda Uó, Bonde Do Rolê, Dago, Drunk Disco, Holger e a boss Fer Tedde. Fazemos festas, trazemos artistas para o Brasil, armamos parcerias e agora vamos trazer o que pega no nosso mundo pra Noize. Solta o grave que o batidão chegou.
Orkutizando
Nosso André Paste, famoso por seus mash-ups, agora lança sua primeira faixa como produtor. Batizada “Orkut”, ela brasileiriza a trap music – uma das variações mais cruas do rap – com samples de funk carioca. É o primeiro lançamento do nosso selo digital. goo.gl/9H5Kn
Waldo não para
O DJ e produtor da Gang do Eletro – e também do disco da Gaby Amarantos –, Waldo Squash é uma máquina de fazer hits tecnobrega. O Aphex Twin do Pará liberou recentemente uma de suas produções mais legais: o remix de “Sinhá Pureza”, hino do carimbó, do Pinduca. goo.gl/XSbOS
Justi in time
O carioca Leo Justi é daqueles caras que a gente sempre se perguntou por que o mundo não descobria. Tá, agora ele foi descoberto por ninguém menos que a M.I.A., que encomendou um remix de “Bad Girls” pra ele. O som ficou bom demais, olha só. goo.gl/WyFln
Balanço do Bo
Maga Bo é daqueles gringos que vive viajando o mundo mas escolheu o Rio como residência. O cara lançou disco novo, Quilombo do Futuro, misturando rítmos e batidas de todos os cantos do globo. “Piloto de Fuga” tem clipe legal e participações de Funkero e BNegão. goo.gl/QeURs
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1.
Papai e mamãe
2.
Música
“Os seus genes e educação me fizeram o que eu sou hoje.”
“Nos meus ouvidos, na minha sala, na rua... É a maior parte da minha vida.” 3.
Comida
“Uma das melhores coisas da vida. Eu fico o dia inteiro na expectativa do jantar.”
4.
Lauryn Hill
“Minha grande inspiração quando eu comecei a ouvir música.”
2. Selah aprendeu a tocar violão aos 15 anos. Por um bom tempo, conciliou a música com a faculdade de psicologia. “O que me ajudou a entender melhor as emoções humanas”, garante ela. 4. Lauryn Noelle Hill ganhou fama nos 90’s como vocalista do Fugees, já eleito pela MTV o 9o melhor grupo de hip hop de todos os tempos. Em 1998 ela saiu em carreira solo, ganhou cinco Prêmios Grammy, e agora pode acabar na prisão por sonega-
5.
Amor
6.
Viajar
“Me faz seguir em frente.”
“Eu sempre estou na estrada, e eu amo. Me deixa forte, esperta e independente.” 7.
Dormir
“Eu amo dormir. Durmo muito.”
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Divulgação
Selah Sue Ela nasceu Sanne Putseys, mas adotou Selah Sue antes de subir no palco. É belga, mas canta com o sotaque inglês da soul music. É tão Adele quanto Erykah Badu. E dizem que até o Prince já a convidou pra abrir um de seus shows. Aos 23 anos, vê seu disco de estreia bater no topo das paradas do Velho Mundo.
8.
Pés no chão
“Colocar tudo em perspectiva é uma de minhas grandes qualidades.”
ção de impostos. 6. Só neste mês de julho, a loirinha soma 18 apresentações. Ou seja, sua agenda não dá folga, mesmo. Em selahsue.com você vê por onde ela passa. 7. Segundo especialistas, um adulto precisa de 7 a 8 horas de sono diárias. Já as crianças podem ter problemas de aprendizado, concentração e crescimento se não dormirem de 9 a 11 horas.
__ENTREVISTA E TEXTO Cris Lisb么a e Tom谩s Bello
BEST COAST //039
Com letras girlie e melodias fofas e ensolaradas, Bethany Cosentino faz o mundo cantar a Califórnia. Mas ela diz que o Best Coast é muito mais que sol e mar: é a trilha sonora da sua, da nossa, de todas as vidas.
Loira, 22 anos, corpo malhado e recém saída da faculdade. Não, não é o que você está pensando. É o perfil que poderia ser traçado de Bethany Cosentino há cerca de três anos. Foi em 2009 que Bethany se tornou Best Coast+1, “na veia da música pop dos 50’s e 60’s”, já disse ela. O cenário era Eagle Rock, Califórnia – a praia, o sol e o mar, as ondas, o surf e o gatinho Snacks. Sim, Bethany ama gatos. E é tímida, tem vergonha de falar com os fãs e até mesmo de cantar. Defende que relacionamento perfeito é pelo Twitter – não por acaso, ela e o namorado Nathan Williams, líder do também ensolarado grupo Wavves, costumam trocar caracteres apaixonados com a mesma frequência que Obama canta em seus discursos+2. O Best Coast virou o desafogo das paixões, descobertas e desventuras de uma garota que largou os estudos, foi trabalhar em uma loja de roupas, escrever canções ensolaradas nas horas vagas e, do dia pra noite, virou o next big thing entre os blogueiros de plantão. Depois de um par de singles bem recebidos pela crítica, Bethany entrou em 2010 com Crazy for You, seu álbum de estreia. O disco cravou o Top 50 da Billboard, fez parte de quase todas as listas de melhores lançamentos da temporada e provocou um tipo de frisson que não se via desde o debut do Vampire Weekend+3. De uma surfista desconhecida para indie
superstar foi um piscar de olhos. Enquanto você se perde nas férias de inverno, corre pra debaixo da coberta ou sonha que no segundo semestre o chefe vai finalmente reconhecer o seu talento, Bethany vai surfando a onda como um Kelly Slater no WCT. Ela acaba de assinar uma coleção para a Urban Outfitters, o que deve transformar os EUA em uma enorme Califórnia hipster. E ainda garante a trilha sonora, com o lançamento de The Only Place. Se Crazy for You trazia o som de um quarto adolescente, para o temido segundo disco a moça foi ao Capitol Studios, onde gente como Frank Sinatra gravou suas mais valiosas pérolas e Brian Wilson criou Pet Sounds+4, talvez a maior obra pop de todos os tempos. O que não mudou o recheio do bolo. As composições continuam simples, repletas de melodias grudentas girando em torno de acordes maiores. As letras confessionais também seguem por lá, embora não mais divagando sobre a aventura de chegar aos vinte, e sim refletindo os ups and downs de viver sob os holofotes e virar mulher em frente às câmeras. Como ela mesmo diz: “Minha vida mudou. Eu não sou mais aquela garota estranha de 22 anos à procura de amor. Eu tenho 25. Eu cresci física e mentalmente.” O que não significa que ela agora use filtro solar para se proteger de possíveis queimaduras. Ou que dê a mínima pra o que você pensa sobre ela.
[+1] Apesar de ela responder pelo projeto, tem a companhia full time do multi-instrumentista e produtor Bobb Bruno. [+2] No ano passado, as duas bandas chegaram a sair em tour e lançar um single juntas. Ambos chamados Summer Is Forever. [+3] A atriz hollywoodiana Drew Barrymore chegou a dirigir um clipe do Best Coast, da track “Our Deal”.Veja aqui: http://migre.me/9MNla [+4] Disco dos Beach Boys lançado em maio de 1966. Traz clássicos como “Wouldn’t It Be Nice” e “God Only Knows” e já foi eleito como o melhor álbum de todos os tempos por publicações como The Times e Mojo.
040\\ noize.com.br
“Eu costumo viver nessa pequena e estranha bolha da música setentista, e só saio dela ocasionalmente.”
Você já disse diversas vezes que costumava ser muito tímida, mas que agora está mais confiante como cantora. Significa que você se encontrou? Que o primeiro álbum era “eu tenho uma banda” e o novo disco é “eu sou uma cantora”? De uma certa maneira, eu acho que sim, que me vejo mais como uma cantora atualmente. Mas também como uma compositora. É que eu simplesmente cresci, fiquei mais confiante em cima do palco, o que, no final das contas, me deixou mais confiante como cantora. Se alguém me perguntasse o que sou, eu diria “sou uma musicista”. Mas meu forte é cantar+5. Como uma pessoa tímida se torna uma cantora, líder de uma banda? É só beber um monte de whisky e aí você não fica mais tão tímida. [+5] Não à toa, Bethany convocou o produtor Jon Brion para trabalhar em The Only Place. O cara já colaborou com Fiona Apple, Keane e Eels e é conhecido por suas preferências pop – o que significa dar mais destaque ao vocal, claro. [+6] Na letra de “Last Year”, Bethany parece desabafar sobre o seu movimentado início de carreira: “What a year this day has been / What a day this year has been.”
Que tipo de música você ouve? Para gravar The Only Place, você já disse que ouviu bastante Dolly Parton, Connie Francis, Patsy Cline... Eu ouço muita coisa dos 70’s – Fleetwood Mac, Joni Mitchell, Eagles... E um monte de cantoras country mais antigas, como essas que você mencionou. Eu realmente não conheço muito de música moderna, a não ser aquilo que eles tocam no rádio. Eu costumo viver nessa pequena e estranha bolha da música setentista, e só saio dela ocasionalmente.
Você não é chegada em metáforas, vai direto ao ponto. Quer dizer que você canta o que você vive? E mais, quer ter a certeza de que as pessoas entendam cada palavra? Sim, eu definitivamente canto sobre a minha vida e sobre o que está acontecendo nela+6. Eu quero fazer música que tenha relação com todo o tipo de pessoa, de qualquer idade ou gênero. Eu acho que as coisas sobre as quais eu canto são muito sinceras e verdadeiras. Não há cobertura em nenhuma das músicas do Best Coast. Isso não é uma contradição? Afinal, suas letras são “sinceras e verdadeiras”, mas você vem de um lugar famoso por sua superficialidade... Mas esse é um estereótipo. Não é toda a Califórnia que é “artificial”. Além disso, um lugar é o que você faz dele, não o que é interpretado pelos outros. Suas letras são ensolaradas. Em “The Only Place”, você canta versos como “We’ve got the ocean, got the babes/Got the sun, we’ve got the waves”. Mas você diz que só compõem no quarto, nem mesmo quando está em turnê. Como assim? Eu só não acho que escrevo sobre o sol e a praia, na verdade. A música tem essa sonoridade, mas se você ouve as minhas letras, elas são sobre a vida, e emoções e solidão e sobre sentir saudades. Eu me sinto mais tranquila, mais confortável e mais inspi-
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“Eu aprendi bem rápido que a opinião de uma pessoa não faz de você o que você é.”
rada quando estou em casa sentada no meu quarto, ou no meu sofá. Escrever na estrada é difícil, porque eu estou sempre cercada de pessoas – e eu gosto de compor quando estou sozinha, quando ninguém possa me ver ou ouvir. Simplesmente não existe “estar sozinha” quando você está em turnê. O segundo álbum é sempre um momento complicado para qualquer artista, especialmente se a estreia tem tanto sucesso como aconteceu com o Best Coast. Como você tirou o peso da expectativa? De uma forma bem simples: eu não dei atenção a isso. No início, eu estava nervosa. Mas assim que comecei a gravar o disco eu me livrei de tudo aquilo e tentei concentrar todo o meu tempo e energia no álbum. Você não pode deixar as expectativas que outras pessoas tem de você arruinar algo que é verdadeiramente especial. Então você não lê o que revistas ou sites falam sobre sua música? Não. Eu costumava ler, e aquilo realmente me afetava quando eu lia coisas negativas. Mas eu aprendi bem rápido que a opinião de uma pessoa não faz de você o que você é. Você precisa estar feliz consigo mesmo, com as coisas que você cria. E eu estou muito feliz com isso. Portanto, eu não me importo com o que as outras pessoas pensam. Se você não dá bola para o que os outros falam, como você descreveria a Bethany
Cosentino? Eu sou apenas uma garota caseira, que adora cozinhar, assistir TV+7, sair para caminhar, me divertir com os amigos e escrever música. E o Best Coast? É só uma banda pop cantando sobre o mundo real. Não faz muito você lançou uma coleção pela Urban Outfitters+8 – e ok, toda garota ama roupas, vestir-se bem... Mas de onde vem essa persona estilista? Eu fiz algumas cadeiras de moda quando estava no college. Eu queria ser uma estilista ou uma designer, então já tinha um pouco de experiência. Nada formal. Mas eu amo moda, amo roupas, então claro que não pensei duas vezes na hora de assinar essa coleção. Você é muito bonita. Isso ajuda quando o assunto é fazer sucesso? É uma questão relevante para uma mulher no mundo da música? Eu não acho que o fato de ser bonita ou não deva fazer diferença quando você está fazendo arte. Quer dizer, eu escuto muito essa pergunta – se eu acho que meu gênero tem algum papel no meu sucesso. Mas eu não penso muito sobre isso. As pessoas nessa atual geração julgam demais os outros, e tudo é sempre sobre quanto alguém pesa ou se a pessoa é bonita ou não. E acho isso uma bobagem. Se eu faço música boa, você deveria gostar da música pelo que ela é, não por causa de como eu sou.
[+7] Além de se dedicar ao novo álbum, Bethany diz que passou boa parte do último ano assistindo ao canal Food Network do sofá de casa. [+8] A assinatura de Bethany está na linha Urban Renewal, o lado mais vintage da grife norte-americana. O climão é noventista, folk, nostálgico. Aqui ó: http://migre.me/9MOaE
__ ENTREVISTA E TEXTO Cris Lisb么a e Tom谩s Bello
__FOTOS TAIANA LAIUN 042\\
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“Somos uma gangue, não somos uma banda.” Por si só, a autodefinição da Gang do Eletro já é um manifesto. E isso é só o começo do que está por vir. Porque eles estão falando com você.
Você já foi ao Pará, nêgo? Não? Então vá. Caymmi que nos perdoe, mas hoje é preciso dar uma chegada em Belém+1. Mais precisamente na periferia da cidade, onde dia sim dia não algumas mil pessoas se reúnem nas Aparelhagens, festas que reúnem piscinas de plástico cheias de cerveja, painéis gigantes de LED e uma espécie de nave espacial que se movimenta pra cima e pra baixo e que na verdade é a “cabine” do DJ. Nas incontáveis caixas de som, tecnobrega, estilo que mistura a música brega, of course, com batidas eletrônicas e carimbó. Diretamente de uma delas, veio a Gang do Eletro. Pra nossa alegria. O quartet começou duo. DJ Waldo Squash e Marcos Maderito criaram “Festa na Lage”, uma música que instantaneamente se transformou em hit no Pará. Dois anos, muita estrada, descoberta e outros hits después [sic], a dupla ganhou o reforço de Willian Love e Keila Gentil, um casal de canto-
res cuja performance faria Michael Jackon acessar o YouTube mais vezes. O que eles fazem? Eletromelody. “O Eletromelody tem os sintetizadores mais fortes e a batida mais nervosa que o tecnobrega+2. O ritmo da música é mais acelerado, é uma fusão do tecnobrega com o dance europeu, e buscamos cada vez mais novas referências para enriquecer o nosso som. Estamos misturando o eletromelody com o Carimbó, a guitarrada, Cumbia, reggaeton e por aí vai. Não há limites para criar”, explica – para nossa alegria – Waldo Squash, que, antes de tudo, era mecânico industrial e produtor de áudio em rádios do interior. As referências para o som vão de Daft Punk a Kraftwerk, passando pela música caribenha, hiphop e hopuse. Some a isso letras de rima que arredondam na boca e que falam do cotidiano do subúrbio, de histórias de amor e comemorações. Pronto. Um som que faz até os mais convertidos
[+1] Belém do Pará é chamada de “Metrópole da Amazônia” e é a maior cidade posicionada bem na linha do Equador. Durante o ciclo da borracha, foi considerada a cidade brasileira mais desenvolvida e uma das mais prósperas do mundo [+2] O tecnobrega é uma mistura de carimbó, siriá, lundu, calypso e guitarrada com sintetizadores e batidas eletrônicas.
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“Uma hora o resto do país ia acabar ‘descobrindo’ o Pará. E quando isso aconteceu, a cena musical estava suficientemente madura para exportar seus produtos.” jogarem as mãos pra cima, de olhinhos fechados, com refrão na ponta da língua. “Uma hora o resto do país ia acabar ‘descobrindo’ o Pará. E, quando isso aconteceu, a cena musical estava suficientemente madura para exportar seus produtos. Felipe Cordeiro, Gaby Amarantos, Lia Sophia, Dona Onete, Luê Soares, Viviane Batidão, Xeiro de Mel (antiga Xeiro Verde), Pio Lobato, Calypso, Pinduca ... São tantos nomes que você precisaria me dar boa parte da revista só para citá-los”, explica Squash. Que arremata: “Nós fazemos músicas pras equipes [de aparelhagem], músicas pra periferia, que acabaram ultrapassando esses limites periféricos e caíram no gosto da classe média e chegaram até os formadores de opinião do Rio e São Paulo. Mas é assim que funciona, a música é linguagem universal. Nosso som sai da periferia de Belém e reverbera do outro lado do país.”, ele conta por detrás de espelhados óculos da moda. Mesmo que você esteja conhecendo eles agora, aqui, neste texto ou ontem, na festa da moda, nada aconteceu agora. Em 2010, o jornal O Globo apontou o álbum da banda como um dos 10 mais importantes do ano. Mesmo que por “álbum” eles tivessem apenas uma coletânea com alguns dos sucessos que circulavam pelas aparelhagens. Na sequência, vieram os elogios de Miranda e Nelson Motta, participações em grandes festiviais de música e – finalmente – um disco que sai em outubro pela Deckdisc. Novidade para quem até um tempinho de nada atrás liberava todas as músicas para download. “Sempre disponibilizamos nossas músicas de graça e agora fechamos contrato com
a Deck. Aí quando entra uma gravadora é preciso dialogar, colocar as cartas na mesa e traçar a melhor estratégia para a banda”, comenta Squash, sem, no entanto, explicar quais serão essas escolhas. Aliás, independentemente do que for acontecer em relação ao público e ao disco não mais gratuito, os shows já valem qualquer ingresso. Sempre performáticos, com figurinos que parecem uma mistura de Bowie com Gaga (a Lady). No Sónar deste ano, eram macacões em que os desenhos em relevo foram ativados pelo luz negra. Keila, à frente da banda, joga os cabelos e o corpo para todos os lados ao mesmo tempo, faz passos de break e quando a batida fica inacreditavelmente frenética grita “treeeeeeeeeeeee”, enquanto sacode os ombros como se estes não fossem colados ao tronco. Alguma semelhança com Gaby Amarantos? Todas. Além de “madrinha”+3 da banda, Waldo Squash assina todas as bases eletrônicas do novo disco da cantora. E a parceria vai além. “A nossa relação com a Gaby é de amigos e parceiros musicais. Nos respeitamos como músicos e nos apoiamos, já que seguimos quase o mesmo segmento musical. E com esses holofotes voltados para Gaby nesse momento, outros artistas do Pará começam ser iluminados também para o resto do país.” Iluminados com LED. Porque é esta a maneira como a Gang do Eletro – e outros tantos músicos paraenses – estão sendo recebidos em outras partes do país. Como um sopro de novidade, alegria e luz neon.
[+3] Waldo está trabalhando em uma parceria com a cantora Marisa Monte, já lançou um remix da canção “Sorver-te”, do músico e produtor Kassin, e ensaia parceria com a hypada Banda Uó. Ele ainda quer trabalhar com o Black Eyed Peas.
LADO A
LADO b
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Quem faz a melhor música eletrônica, ingleses ou norte-americanos? Com novas bolachas estampando as prateleiras, Hot Chip e Passion Pit mostram que o duelo está taco a taco – ou melhor, beat by beat. E que esse inverno ainda vai ferver muito na pixxxta.
Quem é: Alexis Taylor, Joe Goddard, Al Doyle, Owen Clarke e Felix Martin. De onde vem: Putney, distrito na região sudoeste de Londres, Inglaterra. Taylor e Goddard são amigos desde os tempos de escola. São o embrião da banda. Como ganhou a pista: apesar de ter tomado forma em 2000, o Hot Chip ganhou mesmo os holofotes cinco anos mais tarde com “Over and Over”, eleito single do ano pelo NME. Quem não lembra do clipe futurista dirigido por Nima Nourizadeh?
_TEXTO Tomás Bello
Descrevem-se como: “Nós somos um bando de garotos brancos classe média e nós nunca tentamos esconder isso. Acontece que éramos apaixonados por Destiny’s Child e Beastie Boys. As pessoas estão acostumadas com bandas dizendo o que você deve pensar a respeito delas ao usar jaquetas pretas e Converse. E a gente simplesmente nunca o fez.” O lançamento: In Our Heads é o quinto álbum do Hot Chip, mas a estreia do grupo no selo Domino Records. A BBC diz que é “dance music com sentimento”, enquanto o The Guardian o define como “uma festa multicolorida de electro, funk e pop,
feito para a pista de dança”. E ainda pergunta: “Nós achamos que é o melhor disco deles até hoje, você concorda?” O grande hit de pista: “Ready for the Floor”, single de Made in the Dark, o segundo álbum da banda, lançado em 2008. Chegou ao número 6 da parada britânica e foi indicado ao Grammy. O que dizem por aí: “Com uma sonoridade singular, que acena para o R&B, folk e hip hop, o Hot Chip está entre os maiores nomes do pop moderno”, avalia Michael Hann, jornalista do influente diário britânico The Guardian. Feito pra quem: Fãs de electro com um pé no indie. Maior lenda urbana: que eles são os maiores geeks do planeta. “É uma das grandes leituras erradas que fazem da gente”, opina o vocalista Joe Goddard. Acompanhamento etílico perfeito: Jelly shot, de preferência sabor morango
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Quem é: Michael Angelakos, Ian Hultquist, Ayad Al Adhamy, Jeff Apruzzese e Nate Donmoyer. De onde vem: curiosamente, de Cambridge, cidade no estado de Massachusetts, EUA, que homenageia a famosa universidade inglesa. Com exceção de Angelakos, todos os outros integrantes estudaram no Berklee College of Music, em Boston. Como ganhou a pista: o grupo deu seus primeiros passos em 2007, como um projeto do vocalista Michael Angelakos – o que ele queria era “gravar um presente” de Valentine’s Day pra namorada. A conquista do mundinho hipster veio mesmo na temporada seguinte, com o single “Sleepyhead”. A track ao seriado Skins e seu vídeo foi eleito um dos melhores do ano pelo Pitchfork. Se descrevem como: “Nós somos uma banda muito jovem e muito capaz. Nunca quisemos ser uma banda de iPod, e acho que nunca deixaremos isso acontecer. Eu sou um perfeccionista: sempre tem espaço para crescimento, e eu acredito que esse é um modelo muito saudável para um artista. Eu acho que o maior erro é pensar que isso somos nós, que nós somos esse show que você vê no palco.” O lançamento: Gossamer é o – sempre temido – segundo disco do Passion Pit. Angelakos já declarou que tudo o que ele queria era “fazer uma coleção
de boas músicas, o tipo de álbum que remete aos 90’s”. Abusando da modéstia, chegou a dizer que o resultado “é um bom disco”. O que vai ao encontro da opinião do Pitchfork: “O primeiro single, ‘I’ll be Alright’, dá um bom presságio sobre o futuro do Passion Pit”. O grande hit de pista: “The Reeling”, principal single de Manners, álbum de estreia da banda, lançado em 2009. Ou você nunca foi à loucura com aqueles big synthesizers cantando “Oh nooooo” às quatro da madrugada? O que dizem por aí: “Alegria e angústia se misturam na música do Passion Pit, que trabalha em torno de dois modos principais: o hino sintilante e o dance-pop pulsante, ambos com letras mais crípticas do que você poderia esperar”, analisa Jon Pareles, jornalista do The New York Times. Feito pra quem: indies com um pé no electro. Lenda urbana: que o cabeça pensante da banda, Michael Angelakos, é um maníaco depressivo bipolar com tendências ao alcoolismo. Bem, isso de fato procede. “Eu estou sempre em crise. Esse é o problema.”, confessa ele. Acompanhamento etílico perfeito: Dry Martini, com uma azeitona dando o toque final.
Com dois belos aperitivos já percorrendo a blogosfera – “Take a Walk” e “I’ll be Alright” –, o Passion Pit lança seu aguardado novo álbum no dia 24 de julho. Já o Hot Chip... Bem, corra até a página 69 pra ver o que achamos de In Our Heads.
__ENTREVISTA E TEXTO Cris Lisbテエa e Tomテ。s Bello _FOTOS RAPHAEL OULLET (AO LADO) e TOMMy CHASE LUCAS / DIVULGAテァテグ 050\\
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A artista “mais excitante” de 2012, a capa da moderna Dazed & Confused, a musa dos indies, a colecionadora de rótulos, a moça conhecida por um auto apelido cujo significado é secreto, a mulher que em três anos produziu dois discos e hoje é elogiada até pelo temido New York Times tem a língua “plesa”. A franja, torta. Se entedia com facilidade, ama a Mariah Carey, passou meses com grana apenas para comprar batatas e desistiu da neurociência porque percebeu que não tinha uso algum. Com vocês, Claire Boucher – cantora, produtora, 24 anos e dona de um som “electro-dance psicodélico”. A tal da Grimes. Você tem três álbuns+1 e um é completamente diferente do outro. Isso tem a ver com o fato de sua geração tratar tudo como efêmero ou é apenas uma escolha artística? Eu me aborreço facilmente, com certeza. Mas o que eu gosto da música é justamente o fato de não haver limitações, então se eu quero fazer algo extremamente maluco eu vou lá e “ok, vamos fazer isso!”. Eu não quero ser uma artista que faz um monte de álbuns que soem iguais. Para mim, música é principalmente o processo: aprender coisas novas, descobrir coisas novas, seja musicalmente ou artisticamente. Mesmo como produtora, o prazer para mim é saber que eu estou segurando uma espécie de artesanato. O primeiro álbum que você faz é sempre o álbum que você precisa fazer, é a combinação da sua vida até aquele certo ponto artístico. É tipo “ok, esse é o meu primeiro álbum e essas são todas as minhas influências até esse momento da minha vida. É o que eu posso fazer.” Quando chegou a hora de fazer o segundo álbum, eu não quis repetir esse processo. A partir daquele ponto eu queria forjar uma nova direção, ter uma experiência bastante ativa ao invés de simplesmente fazer a coisa que parece mais básica.Tem que ser um desafio. Eu preciso sentir que estou me levando a lugares até
então desconhecidos, caso contrário eu fico entediada. O recém lançado Visions foi considerado um dos discos “mais impressionantes do ano” pelo New York Times e, neste momento, a cantora é a bola da vez dos críticos, blogs de música e fashionistas. Os elogios da NME, a crítica do NYT, o rótulo de “musa”. Essas coisas mudaram a sua vida de alguma maneira? Os shows estão muito mais loucos, e o meu padrão+2 de vida está bem melhor. Faz cerca de dois anos que eu não tenho um emprego formal, então eu tenho vivido de show após show após show. Até alguns meses atrás, tudo o que eu comia era batata. Eu recém terminei uma turnê bastante extensa, e acabo de receber um cheque por conta disso, então tenho comido coisas boas agora. O que é muito, muito legal, porque eu passei um bom tempo vivendo de uma maneira não muito agradável. Fora isso, está tudo mais ou menos igual. Até muito pouco tempo atrás, Grimes era uma nerd que estudava neurobiologia na faculdade. Até que um amigo mostrou o GarageBand, software musical da Apple que você, eu, gregos e troianos também conhecemos. Para tentar compreender um pouco mais o cérebro humano e suas armadilhas, ela começou a mexer.
[+1] http://www. myspace.com/ boucherville [+2] Há uns três anos ela e o namorado (da época) construíram uma casa flutuante. Dentro, máquina de escrever, cobertores, galinhas e quilos de batata. A ideia era descer o rio Mississippi mas a polícia não deixou. [+3] Cada vez mais a cantora se envolve em todas as etapas e, recentemente, começou a produzir os próprios videoclipes. No começo do ano, o vídeo da canção “Vanessa” foi um dos últimos postados no Facebook de uma adolescente que atirou contra os colegas em uma escola em Ohio. [+4] A música que ela faz também já foi chamada de “pósinternet” e “eletrodance psicodélico”.
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Você era estudante de neurobiologia. Isso influencia a sua música? É a razão pela qual eu comecei a fazer música. Eu estava trabalhando em minhas pesquisas e ficou muito aparente que boa parte da neurociência é sobre a plasticidade do cérebro, sobre como nós somos falíveis, sobre como nós só podemos compreender em apenas um comprimento limitado de ondas. O cérebro humano não é uma máquina como é um computador. Ele não pode ser objetivo. Eu entrei na neurobiologia porque eu queria saber o que é a humanidade, o que é a vida, por que eu estou aqui, o que eu estou fazendo, como eu estou me conectando com o mundo. Mas quanto mais eu estudava mais eu me dava conta de que não havia uma resposta, de que eu não iria encontrar uma resposta fazendo aquilo. E é muito interessante, eu realmente amava minhas pesquisas, ainda me interesso muito por tudo isso. No entanto, chegou uma hora em que eu pensei “foda-se, eu deveria simplesmente ser uma artista. É muito mais divertido (risos)”.Você pode fazer o que quiser, sabe? E aí você decidiu fazer música. Se eu fosse continuar na neurociência, eu teria que terminar minha graduação, fazer um mestrado, depois conquistar um doutorado e acabaria com uma dívida de 40 mil dólares e só conseguiria desenvolver projetos tendo o patrocínio de alguém que teria que aprová-los. Sendo uma cantora, não existe a pretensão de buscar a verdade ou algo assim. É muito mais humano do que testar pessoas com computadores ou elétrons. No final das contas, eu tenho muito mais paixão pela música. A neurociência me fez abandonar os estudos. Eu estudei o bastante até me dar conta de que não tinha uso algum. Como recuerdo da época nerd, ela carrega a obsessão+3. Estuda sem parar todo o processo de produção musical e chegou a ficar três semanas trancada no quarto para gravar este mais novo álbum. Uma amiga ia lá e levava comida. Mas elas não trocavam uma só palavra. Como você se descreve como artista? A maneira mais fácil de colocar minha música seria como pop experimental+4. Eu gosto de quebrar fronteiras, gosto de fazer coisas estranhas, de fazer coisas diferentes do que eu já ouvi. Por outro lado, é
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“Foda-se, eu deveria simplesmente ser uma artista. É muito mais divertido (risos)â€?
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muito importante para mim que a música faça você se sentir bem, que seja boa para dançar, mesmo que não o tempo todo. Sou muito atraída por percussão, realmente adoro bateria. Eu amo vocais marcantes e me sentir conectada com o artista. Eu me sinto muito atraída por música quando há a forte presença de um artista, como o Michael Jackson. Ele está lá presente, a sua imagem é muito associada a sua música. Eu sou gosto muito dessa estética do pop star, mas eu também adoro fazer coisas estranhas. Então, sempre caminho entre essa linha de fazer música acessível e compreensível mas ao mesmo tempo dark.
Onde a sua música soa melhor? Porque ela é boa pra dançar, como você mesmo comentou, mas também é dark e introspectiva. Eu faço música para ser ouvida quando você está deitado na cama, no escuro. Minhas experiências mais marcantes com música são quando eu estou na cama à noite, no escuro e coloco um álbum para tocar, os fones de ouvido e fico ali apenas ouvindo. É a minha maneira preferida de ouvir música. É como eu quero que as pessoas ouçam a minha música. Mas amo dançar, adoro quando as pessoas dançam com a minha música, mas acho que ela vai muito mais fundo que isso.
Você também é fã de outras estrelas pop, como a Mariah Carey, por exemplo, certo? Sim, eu amo a Mariah.
Meses atrás, você disse em uma entrevista a seguinte frase: “Eu não faço a música que eu quero fazer, mas a música que eu preciso fazer.” O que você quer dizer com isso? Eu tenho todas essas ideias de como eu quero que seja a minha música. Ok, sendo bem sincera. Minha música é muito mais pop do que eu gostaria que ela fosse. Quando eu dou um passo para trás e penso a respeito, o que eu realmente gostaria de fazer é música como a do Burial, ou algo como o Cut Hands, algo realmente complexo, dark e intelectual. E eu sempre sento e busco fazer exatamente isso. Mas aí fico entediada, simplesmente throw the four on the floor porque vai fazer aquilo soar melhor. E em questão de um minuto tenho uma música pop. Eu sempre começo com essas ideias grandiosas, com arranjos vocais supercomplexos, música completamente sem bateria e, quando eu vejo, aquela música se torna um pop exuberante. É como se o meu corpo conquistasse o meu cérebro. Eu preciso trabalhar em algo até que me dê arrepios, caso contrário eu não sinto que aquilo vale a pena. E é muito mais difícil atingir esse ponto com algo que seja menos físico, mesmo que eu queira ir naquela direção. Então é mais ou menos isso o que eu quero dizer.
O que você vê nela? O carisma. É uma coisa tão legal o fato de essas pessoas construirem um império em cima do carisma. A Mariah Carey não é apenas Mariah Carey, é esse time de profissionais que são os melhores no que eles fazem, um time de compositores e produtores que une forças para montar esse produto, um produto que é o super-humano definitivo. São os melhores compositores, os melhores produtores, os melhores equipamentos e compressores de voz, a melhor maquiagem... Em geral, me parece que as pessoas são contra essa ideia, acham que é falso, que não é algo autêntico... E, sim, é falso, não é autêntico, mas é sensacional. Eu não vejo como isso não pode ser tão bom quanto algo que uma pessoa faça sozinha em seu quarto. Essa é a diferença na música de hoje, você tem esses gigantes como o Michael e a Mariah e eles são performers de coração. Já com esses artistas que estão no Pitchfork o tempo todo, eles são pessoas como eu, que fizeram música em seus quartos e acabaram conquistando algum reconhecimento depois disso. Grande parte de seu trabalho é feito só, testando, aprendendo, fazendo de novo e novamente e mais uma vez. Até não ter mais certeza de muito.
E então a moça de Montreal que já morou em uma casa flutuante, em um carro e que jamais usa roupas com botões sorri. É hora de ir em frente, porque o resto é história. Que, como em um reality show, está sendo construída agora, passo a passo, bem na nossa frente.
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TRES MUSICAS SEM FLASH ˆ
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Peaches / Foto: Ariel Martini
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Fotógrafos de shows são os caras invejados pela área VIP, pelos fãs, pelos cambistas e por qualquer pessoa que não saiba a verdade. Porque o fato é que eles estão na frente, ali, cara a cara com o ídolo, chegam perto, ouvem mais alto, percebem gotículas de suor na testa que surgem nos riffs mais pesados. Mas apenas durante as três primeiras músicas. E sem flash, please.
Mesmo assim, fazem milagres. Captam imagens que o olho não é capaz de ver e que se você chegar perto, bem perto, consegue ouvir. Duvida? Então dá uma olhada na prévia da Expo Red Bull 3MSF, que tem curadoria desta Noize que vos fala e reúne os grandes fotógrafos desta geração e o que eles são capazes de fazer de melhor. Prepare los ojos que a música tá alta.
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Cage The Elephant / Foto: Rodrigo Esper
Janelle Monรกe / Foto: Fernando Schlaepfer
PUBLIEDITORIAL
The Hives / Foto: Daniel Lacet
Mรถtorhead / Foto: Rafael Kent
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Kraftwerk / Foto: Hick Duarte
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Squarepusher / Foto: Ariel Martini
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PUBLIEDITORIAL
Sonic Youth / Foto: Caroline Bittencourt
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Este ano, o Red Bull 3MSF acontece entre os dias 13 e 15 de julho, no Banx, em POA, e nos dias 21 e 22 de setembro no Recife, dentro do festival Coquetel Molotov.
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Fivela de cinto porta cachaça_
Borracha de nuvem_
Cartão de dia dos pais Darth Vader_
É inverno.Tá frio. Nada melhor pra esquentar o corpo do que uma cachacinha. Essa minigarrafa torna sua vida fácil: é pra prender no cinto. Ninguém vai perceber.
Pra quem, assim como nós, não dispensa o velho lápis e papel na hora de escrever, tá aí um jeito de achar graça na sujeira que as borrachas fazem. É uma fofura.
O dia dos pais tá logo aí. Falta criatividade com os cartões? Faz um agrado pro seu papai nerd em climão Star Wars. Ele vai adorar.
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Edredom de chocolate_
Chaveiro microfone_
Atirador de bola pra cachorros_
Esse conjunto de lençóis com edredom deixa sua cama parecendo uma barra de chocolate.Você, além de quente, fica uma delícia.
É bem prático: basta colocar junto às chaves, que você não vai esquecer.Vai que você encontra o Jack White na rua e descola uma entrevistinha.
Se você não consegue nem assistir a um episódio de Big Bang Theory sossegado, sem o dog mordendo o seu dedão do pé, esse atirador é ideal pra instaurar a paz na casa.
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Olha que beleza, Silvio. Produtos que você não precisa ter mas vai querer mesmo assim. Aeeeeeee.
Box do Kinks_ The Kinks at the BBC é um box set que traz gravações ao vivo, material inédito e tudo o que foi encontrado sobre o The Kinks quando alguém resolveu revirar os arquivos da BBC. E não é pouca coisa – afinal, os 50 anos de formação do influente grupo britânico tão logo ali. Na parte audiovisual, você fica com as performances ao vivo dos caras em programas como Top of the Pops e o lendário The Old Grey Whistle Tes. O box chega às prateleiras no dia 13 de agosto, em dois formatos: cinco discos acompanhados de um DVD especial e uma coletânea em CD duplo. Falta você escolher o seu. Preço: £ 42,00 Onde encontrar: http://bit.ly/MONDhT
Boombox 80’s para iPod_ Chega de minimalismo. É hora de voltar para os anos 80 e desfilar seu playlist com muito glamour sobre o ombro. Em vez de botar a fita, você coloca o seu iPod ou iPhone. E manda brasa – já que você pode encaixá-lo de qualquer jeito, retrato ou paisagem. Além de ser dourado e trazer amplificador, também é despertador, relógio, equalizador, tem saída para fones de ouvido, entrada para microfone e USB, rádio AM/FM... y mucho más. A má notícia é que o Lasonic I931X é uma edição limitada, e tá sold out. A boa é que você ainda pode barganhar o seu, de segunda mão.Tem como ser mais vintage? Preço: US$ 159,95 Onde encontrar: http://amzn.to/KP79ZO
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Quem quer dinheirooo? Quem quer camisetaaa?
camiseta COM história
DENTRO DA MOCHILA
_Gabriel Bubu, guitarrista da banda carioca Do Amor.
_Steve Terebecki, baixista do grupo texano White Denim.
“Essa camiseta apareceu no meu guarda-roupa não sei quando e como. Demorei um tempo para me sentir apto a usá-la, mas quando o fiz, acho que foi em um show do Do Amor. Agora tenho um carinho especial por ela, justo por já ter feito shows memoráveis vestindo-a com Do Amor, Los Hermanos, Nina Becker e Cibelle. Um dia desses pode ser que ela desapareça do meu armário do mesmo jeito que lá apareceu!”
1. Fósforos: “Você pode precisar a qualquer momento.” 2. iPod: “Pra suportar horas e horas de estrada, é preciso ter uma trilha sonora.” 3. Livro: “Cada vez que saímos em turnê, escolho um livro pra levar junto. A missão é terminá-lo ao final da viagem.” 4. Cabos de guitarra: “Você nunca sabe que tipo de equipamento vai ter nos shows, então é bom garantir pelo menos o cabo. E ter um outro reserva.” 5. Leatherman: “Taí uma das coisas mais indispensáveis em uma tour. Pode te socorrer em todo o tipo de situação.”
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MARCA: HURLEY
ONDE ENCONTRAR:
HURLEY.com.br
The Gossip
A Joyful Noise Columbia
Não se assuste com os sinaizinhos em baixa frequência referentes à avaliação deste disco. Eles significam: “É, legal.” E isso é o máximo que dá para achar de A Joyful Noise. Se você não for um fã inveterado de Beth Ditto e cia., claro. Definitivamente, o trio norte-americano deixou para trás sua veia punk, ficando apenas com as influências da disco music. O resultado é um álbum bem-produzido, bem-tocado e cheio de refrões grudentos. O problema é que tudo soa clichê do clichê do pop. Ou do próprio Gossip. As guitarrinhas do refrão de “Get a Job” são quase idênticas às de “Heavy Cross”, de Music for Men, enquanto “Get Lost” parece uma anêmica sequência de “Love Long Distance”, também do disco anterior. Já “Move in the Right Direction” não cairia mal num álbum da Kylie Minogue – não atual, dos anos 1980 mesmo. Aliás, quase todas as músicas têm um pé no synthpop dessa década. A impressão que fica é que, após alcançar um relativo sucesso fora do underground, o Gossip quer dar um salto ainda maior. Em matéria de qualidade, porém, esse é um salto em que a banda não sai do lugar. Você ainda vai ouvir muito A Joyful Noise nas pistas e nas FMs mais antenadas, mas provavelmente vai esquecê-lo em algum canto obscuro do seu HD. Daniel Sanes
Pra quem gosta de: La Roux, New Young Pony Club e The Ting Tings
“Você ainda vai ouvir muito A Joyful Noise nas pistas, mas provavelmente vai esquecê-lo em algum canto obscuro do seu HD.”
Para ouvir o álbum na íntegra: Leia o QR Code ao lado com a câmera do seu smartphone.
LEGENDAS Ouça no talo É, legal
Dá um caldo Seu ouvido não merece
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Caetano Veloso Transa (edição 40 anos) Universal Music Não se chega virgem de Caetano à MPB. Ele a revolucionou – onipresente. Transa é fruto do seu exílio em Londres, quando fora expatriado no início do golpe militar. Do registro, Caê revela no livro Verdade Tropical: “Gravamos como se fosse um show, em duas ou três sessões”. Um repertório certeiro. Curto. De meia hora. Nele, Caê encarna um quê de Jagger/Richards em “Nostalgia”. Traz ao Brasil a pioneira levada de baixo reggae – ainda novidade na Europa da época –, em “Nine Out Of Ten”. No violão que imita a pulsação do berimbau, recheia a capoeira com percussões de afoxé que culminam numa apoteóse de frenesi lisérgico em “Triste Bahia”. Carimba a certeza de que, se você gostou da primeira, vai curtir até a última ponta. Sem tirar nem pôr. Pra quem gosta de: Gilberto Gil, João Gilberto e Gal Costa
Divino. E, como tal, criou desafetos. “Bosta Nova pra universitário, gente fina, intelectual”, descascou Raulzito. Ou sob o sarcasmo de Lobão: “A Tropicália será sempre nosso Sgt. Peppers pós-baiano”. Nicolas Gambin
Hot Chip In Our Heads EMI Em uma época em que música e fast food se confundem, artistas que chegam ao quinto álbum são quase dinossauros. Quando se atinge essa marca dentro de um gênero saturado, sem se acomodar ou repetir fórmulas, o caso é ainda mais especial. O Hot Chip é uma dessas raras exceções. Longe de ser uma obra-prima, In Our Heads já pode ser considerado o trabalho mais aventureiro dos craques do electro.
Pra quem gosta de: Metronomy, Caribou e LCD Soundsystem
O single “Night And Day” é dance music arrasa-quarteirões, com levada sinistra para ser curtida em loop sem se preocupar com os remixes meia-boca que certamente virão. Outra pedrada que ainda vai furar muita pista de dança por aí é “How Do You Do”. A porção chill é preenchida pelas boas “Look At Where We Are” e “Now There Is Nothing”, com sintetizadores em profusão e letras espiritualizadas – inteligentes, os britânicos não deixam a coisa descambar para o brega. Enfim, o Hot Chip não é efêmero porque amadureceu sem fazer pose, ao contrário da maioria dos colegas (Klaxons, CSS). Mirem-se no exemplo. Fernando Halal
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Grimes Visions Lab 344
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A Próxima Estação Trama
Pra quem gosta de: La Roux, The Knife e Zola Jesus
Pra quem gosta de: The Strokes,Vanguart e Last Shadow Puppets
James Iha
Fiona Apple
Pra quem gosta de: Fountains of Wayne, Lemonheads e Sparklehorse
Pra quem gosta de: Regina Spektor, Rufus Wainwright e Feist
Liars
Diplo
Pra quem gosta de: Radiohead, Battles e Underworld
Pra quem gosta de: Spank Rock, Azealia Banks e DJ Shadow
Neil Young & Crazy Horse
Metric
Pra quem gosta de: Bruce Springsteen, The Pogues e Bright Eyes
Pra quem gosta de: Goldfrapp, Garbage e The Sounds
The Walkmen
Lemonade
Look to the Sky EMI
WIXIW Mute
Americana Warner
The Idler Wheel... Epic
Express Yourself Mad Decent
Synthetica Lab 344
Fat Possum
Diver True Panther Sounds
Pra quem gosta de: The Frattelis, Starsailor, Dirty Pretty Things e The Strokes
Pra quem gosta de: Delorean, Hot Chip e Toro y Moi
Heaven
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Best Coast The Only Place Deckdisc
DISCOTECA BÁSICA Beach Boys Por Daniel Sanes
Pra quem gosta de: Camera Obscura, The Posies e Dum Dum Girls
The Beach Boys Today! Os consecutivos singles de sucesso não inibiram o experimentalismo de Brian Wilson. Influenciado pelas melodias vocais produzidas por Phil Spector, este disco de 1965 colocou a surf music no topo das paradas.
Patti Smith Banga Sony
Pet Sounds Impossível não ser feliz cantarolando “Wouldn’t it Be Nice” ou se emocionar com “God Only Knows”. Gravada em 1966, esta é a obra-prima do pop que Lennon e McCartney gostariam de ter composto. E quem não?
Pra quem gosta de: Tori Amos, Lou Reed e PJ Harvey
Damon Albarn Dr. Dee
Smile A loucura de Brian Wilson impediu a banda de lançar, em 1967, um incrível disco que teria mudado o rumo do pop. Várias versões depois, a original, com a linda “Good Vibrations”, finalmente veio à luz em 2011.
Parlophone
Pra quem gosta de: The Cinematic Orchestra e the Good, the Bad & the Queen
The Smashing Pumpkins
E NEM TÃO BÁSICA
Oceania Martha’s Music
American Spring
Pra quem gosta de: Suede, Biffy Clyro e Hole
Por Leonardo Bomfim
The Temper Trap The Temper Trap Columbia
Pra quem gosta de: R.E.M., Delays e Keane
Spring
O legado de Brian Wilson não se restringe à discografia dos Beach Boys, existem outras preciosidades escondidas em composições e gravações apadrinhadas. Entre elas, o único disco do American Spring, dupla formada pelas irmãs Diane Rovell e Marilyn Wilson. O sobrenome em comum não é acaso, Marilyn foi esposa de Brian em seus anos mais férteis. Mesmo repleto de canções à altura do repertório dos californianos, o disco não aconteceu comercialmente; mas a deliciosa versão de “Now That Everything’s Been Said”, de Carole King, deixa claro: é uma joia do pop setentista.
Reprodução
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_TEXTO CRISTIANE LISBÔA
ROCK _“Quem é ele? Quem é ele? Esse tal de Roque Enrow! Um planeta, um deserto. Uma bomba que estourou. Ele! Quem é ele? Isso ninguém nunca falou!”, bradava Rita Lee há mais de 35 anos na música “Esse Tal De Roque Enrow”. Até hoje, ninguém tem essa resposta. Pode-se dizer que rock seja qualquer música com três acordes, um forte contratempo e uma melodia altamente grudável no ouvido. Que o gênero surgiu nos subúrbios norte-americanos nos anos 1940 e 1950 vindo do blues, da música country e do jazz. E que a formação clássica tem sempre vocalista, guitarrista, baixista e baterista. Que lá pelos anos 1970 ele incorporou ainda a soul music e o funk. Que tem uma quantidade inacreditável de subgêneros e que já foi acusado de incentivar o satanismo. Que ninguém tem certeza sobre o primeiro registro musical, mas desconfia-se que tenha sido “That’s All Right”, primeiro single de Elvis Presley. Que influenciou moda, atitudes, referências, escolhas e inspirou – e embalou – a causa do movimento dos direitos civis nos EUA porque era apreciado, dançado, feito por jovens negros e brancos. Que é um dos maiores motivos para esta revista existir. E que está tocando em alguns lugares do mundo neste exato momento em que você termina este texto. E sorri.
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1. Dancing Queen | Criada em 1975, a música do lendário ABBA foi ouvida pela primeira vez na festa de casamento dos príncipes – hoje reis – da Suécia. A composição foi inspirada em “Rock Your Baby”, música de George McCrae, cantor de soul. Sua introdução – o pianinho – é considerada uma das melodias mais conhecidas da música pop.
3. Fadas | Seres mitológicos quase sempre diminutos (pense em Sininho, amiga querendo ser peguete do Peter Pan) com poder sobrenaturais e uma varinha mágica. Podem ser boas ou más. Em 1917, duas adolescentes inglesas apresentaram fotos de fadas vordejando por um jardim. Até Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes, tentou provar que era uma farsa. Não conseguiu.
5. Beisebol | Modalidade esportiva que mais atrai públicos nos EUA, Japão e Cuba. O objetivo é fazer pontos batendo com um bastão em uma bola e correr pelas quatro bases do campo. Os treinadores usam o mesmo uniforme dos jogadores, apesar das constantes barrigas pronunciadas para fora da vestimenta justa. Um dos momentos mais importantes de um jogo é a rebatida, que em inglês chama hit.
2. Luiz Melodia | Foi tipógrafo, caixeiro e vendedor ambulante antes de se transformar em um dos maiores compositores da MPB. Herdou o “melodia” do pai, sambista. Também atende pela alcunha de “negro gato”, que veio de uma famosa versão da música “Three Cool Cats”. Um dos seus maiores sucessos chama-se “Fadas” , que na voz de Elza Soares virou um tango. Já ouviu?
4. MC | Mestre de cerimônias, o anfitrião. No cenário musical, a figura do MC começou com deejays de música jamaicana que falavam no microfone durante as danças. Hoje, representam os cantores de hip hop que cantam e contam o mundo a sua volta. No site Vagalume, um dos MC’s mais procurados é MC Casca, autor do mega hit “Fada Prometida”.
6. Eastbound and down | Comédia exibida pela HBO. O protagonista é um ex-jogador de baseball loser que é obrigado a retornar para sua cidade natal e dar aulas. Até aí, ok. O que você não sabe é que o maior fã da série é o roqueiro Marilyn Manson. Ele gosta tanto, que fez uma participação em que aparece sem maquiagem, usando mullets e com camisa de baseball.
_FOSSO É o lugar que fica de frente ao palco. diretamente dali, os shows DE JUNHO Você sabe: rapadura é doce. Mas não é mole. Ninguém lembra disso quando vê o fotógrafo no show, bem na frente, lugar privilegiado, cara a cara com o ídolo, nariz no palco. Mal sabem que não pode ter flash. Que ele só vai ficar ali durante algumas músicas. Que o tênis tá molhado, o estômago tá roncando, as costas moídas e o nariz descascou de tanto sol. Que fotógrafo de show tem que contar tanto com a sorte quanto com a técnica. E que nunca dá pra fechar os olhos e curtir o som. Nas próximas páginas, os melhores shows da temporada. E algumas verdades.
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OF MONTREAL / CIRCO VOADOR / RIO DE JANEIRO “Ninguém se cansa da farra teatral do Of Montreal!” Depoimento e foto: RODRIGO ESPER
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/ CINE JOIA / SÃO PAULO
“O pit para os fotógrafos foi improvisado com correntes de plástico minutos antes da banda subir no palco. O resultado foi: em menos de cinco segundos de música, a barreira frágil já havia sido destruída e eu estava sendo erguido pelo público que tentava chegar cada vez mais perto do palco. Foi insano!” Depoimento e foto: VICTOR NOMOTO
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RAIMUNDOS / BAR OPINIÃO / PORTO ALEGRE
“De volta a Porto Alegre, Raimundos provou que mantém as origens. Com a pegada forte, fez das pop songs, da fase “mais pedida” da banda, verdadeiras pedreiras, que andaram lado a lado com os clássicos mais antigos. Pra quem pensa que Raimundos acabou... Ná ná ná o diabo!” Depoimento e foto: LUCAS SAPORITI
LEO JUSTI / CLUBE 185 / UBERLÂNDIA “Fotografar alguém em ascensão é sempre da hora. Registrar o artista na sua melhor forma, sinceramente empolgado com o que tá apresentando, com um monte de gente respondendo à altura: isso rende uma foto que não tem preço. Nessa noite, o carioca Leo Justi tocou o que batizou de heavy baile (hip hop old school + moombahton + funk carioca + muito bounce) e no dia seguinte era destaque na imprensa gringa ao lançar seu remix oficial pro novo single da MIA” Depoimento e foto: HICK DUARTE
DEAD FISH / BAR OPINIÃO / PORTO ALEGRE
“Fotografar o Peixe Morto é sempre uma alegria. E, provavelmente, essa seja a melhor formação que a banda já teve até hoje.” Depoimento e foto: RAFA ROCHA
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TWITTER Chris-Brown @michelusher @revistanoize SO QUERO UMA OPORTUNIDADE AJUDA AII NR: Claro, Chris Brown, manda o seu disco aeew! Mas as girls da redação não curtem tapa. Pode ser mesmo assim?
FACEBOOK Lucas Silveira @lucasfresno O Muse acaba de realizar o meu sonho. Mas 2016 tá aí! RT @revistanoize: Muse emplaca tema oficial dos Jogos Olímpicos http://bit.ly/LgEePZ NR: Pra sonho sempre dá tempo, mano, corre lá.
Bruno Cezar @onurbrazec Apenas amo a @revistanoize por ter linkado isso. Que ano você quer ouvir hoje? | NOIZE http://noize. virgula.uol.com.br/que-ano-voce-q …
Marcos Carneiro @MarkusCarneiro @revistanoize Uma das melhores descobertas musicais dessa década que começa... http://t.co/hV6hmlnu _sobre Alabama Shakes
NR: Pode amar, a gente currrte.
NR: Shake, baby, shake.
Adriano Cintra @aesfingedoegito @revistanoize voltei, não deixa o medico saber. _retificando: “Eu nem tenho mais Facebook, o médico mandou apagar” NR: Pode deixar. A gente não conta, e ele nunca vai saber.
Gian Fontoura Me apedrejem por isso, mas na boa, nunca fui assim tão fã de Legião, assisti só uma música pelo Youtube e continuo não sendo assim tão fã de Legião, e com o Wagner Moura nos vocais, ficou bem pior. Abç! Beth Salgueiro foi coisa de fã mesmo, emoção pura. valeu. NR: Cadum, cadum.
Zacarias Bugani Faz música, Billy. Pras entrevistas estúpidas já estão os caras do Oasis. _Billy Corgan do Smashing Pumpkins NR: Oasis, sempre sinônimo de simpatia.
Márcio Araujo Gente, é a Luiza e vcs ficam falando sobre o violão? Ah não! hehehe com a gata Luisa Micheletti NR: Ela é gata, mas nosso amor é a música. (hahaha)
Maiza Oliveira Prefiro o Alex Turner sem esse cabelo lambido NR: Por um rock com menos gel e mais selvageria. Tamojunto.
Maria Raquel Silva obrigada por sobreviver _pelo aniversário de 70 anos do Brian Wilson NR: Bom jeito de dizer “véi, na boa...”