Photo: Le Panda Š 2012 Vans, Inc.
DIREÇÃO: Kento Kojima Pablo Rocha Rafael Rocha
NOIZE FUZZ
DIRETOR DE CRIAÇÃO: Rafael Rocha rafarocha@noize.com.br
COORDENADOR: Henrique Dias
EDITORA-CHEFE: Cristiane Lisbôa cristianelisboa @noize.com.br
Gerente: Leandro Pinheiro
Editora-chefe: Lidy Araujo Editores: Fabiano Tissot Thiago Couto
EDITOR: Tomás Bello tomas@noize.com.br
Planejadores: Bruno Araldi Bruno Nerva
REDATORES: Karla Wunsch karla@noize.com.br Bruna Valentini brunavalentini@noize. com.br
Redatores: Carolina Ferronato Francieli Souza Leonardo Serafini Luciano Braga Martim Fogaça Pedro Barreto Sabrina Benedetti Thiago Ramos Yago Roese Yuri Lopardo
DESIGN: Felipe Guimarães ASSIST. ARTE: André Chaves ASSESSORIA DE IMPRENSA: Carola Gonzalez Revisão de texto: Jeferson Mello Rocha COMERCIAL: Pablo Rocha pablo@noize.com.br Administrativo: Pedro Pares pedro@noize.com.br
T.I.: Aletsiram Castro
ANUNCIE NA NOIZE: comercial@noize. com.br ASSINE A NOIZE: assinatura@noize. com.br DISTRIBUIÇÃO: logistica@noize.com.br Publicidade São Paulo: Letramídia publicidade @letramidia.com.br (11) 3062.5405 (11) 3853.0606 ASSESSORIA JURÍDICA: Zago & Martins Advogados PONTOS: Faculdades Colégios Cursinhos Estúdios Lojas de Instrumentos Lojas de Discos Lojas de Roupas Lojas Alternativas Agências de Viagens Escolas de Música Escolas de Idiomas Bares e Casas de Show Shows, Festas e Feiras Festivais Independentes TIRAGEM: 30.000 exemplares CIRCULAÇÃO NACIONAL
• COLABORADORES 1. Ariel Martini_ Ainda insiste em fazer fotos de shows. flickr.com/arielmartini 2. Fernando Schlaepfer _ Ex-Seagullsfly, ex-Café e ex-Globo. Atual C.E.O. e fotógrafo do I Hate Flash. Além de designer / ilustrador / D.J. / produtor / ciclista / luchador / porrachegadebarra. www.ihateflash.net/schlaepfer 3. Lalai e Ola_ Lalai trabalha com mídias sociais, mas sua paixão é música. É DJ e produz a festa CREW. O Ola trocou a Suécia pelo Brasil, o design pela música e fotografia. 4. Renata Simões_ Renata Simões, 34, é jornalista. Já produziu documentários, apresentou os programas Vídeo Show e Urbano, colabora com revistas e sites e ainda tem um programa diário no rádio em São Paulo, onde mora. 5. Nicolas Gambin_ Jornalista freela. Aprecia tocar The Meters com amigos nas horas vagas. 6. Daniel Sanes_ Jornalista por formação, lunático por opção e roqueiro de nascimento. Um dos editores de música do site www.nonada.com.br. 7. Pati Grejanin_ Faz moda de dia e música a noite. Tem há 9 anos a Laundry, marca de roupa cheia de identidade musical. Uma paixão não anda sem a outra. 8. Fernando Halal_ Jornalista malemolente, fotógrafo de técnica zero e cinéfilo dodói. Não morre sem ver um show do Neil Young. www.flickr.com/fernandohalal 9. Dani Arrais_ Jornalista, nasceu em Recife, mora em São Paulo há quase cinco anos. Começou o donttouchmymoleskine.com há quatro anos e de repente viu que falava de amor quase o tempo todo. 10. Leonardo Bomfim_ Jornalista e diretor de cinema. Edita o freakiumemeio.wordpress.com. 11. Flávia Lhacer_ É stylist e figurinista da dupla Debbies. Com o tempo que sobra ela borda e tricota sem parar. 12. Thany Sanches_ Não sabe andar de patins, detesta ver seus lápis de cor desarrumados e ainda não ganhou o Miss Brasil. Adora Gal Costa, poetas russos e vento na cara. É fotógrafa, pintora, bailarina e mãe. 13. Rodrigo Esper_ Tem como trabalho ser fotógrafo no I Hate Flash, e como hobby, falar duas vezes antes de pensar, ser a pessoa mais empolgada do mundo e a mais exagerada do universo. www.ihateflash.net/esper 14. Daniel Lacet_ É DJ residente do club Beco 203 e arrisca de fotógrafo nas horas vagas. 15. Hick Duarte_ Fotógrafo e jornalista obcecado por música nova. Escreve para o blog Move That Jukebox, do Portal MTV, e fotografa shows/festas/viagens Brasil afora pelo Fiesta Intruders. 16. Wilson Biavatti Sobrinho_ é um jornalista gaúcho radicado em Londres há 5 anos. Mantém o blog www.vervevolume.org.
• FOTO DE CAPA_ thany sanchez
Os anúncios e os textos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Revista NOIZE - Alguns Diretos Reservados.
• EXPEDIENTE #56 // ANO 6 // AGOSTO ‘12_
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REVISTA NOIZE. TUMBLR. COM
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_foto: RAFA ROCHA
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NOME_ Marc Ecko O QUE FAZ_ Diretor Executivo e Criativo da Marc Ecko Enterprises UM DISCO_ The Low End Theory, do grupo nova-iorquino A Tribe Called Quest “A música influencia minha energia, meu senso de estilo na direção de arte. Através dela você vê diferentes perspectivas sobre as coisas, diferentes pontos de vista em relação à moda. E tende a estar por dentro das novidades – o que é ótimo, porque eu quero estar sempre descobrindo coisas novas. Acho que todo mundo quer.”
“Sou falho como ser humano, mas minha música é perfeita.” Kanye West_ ao desabafar sobre os tabloides e sites de fofoca
//013
“É legal não se sentir tão as- “É difícil me considerarem uma mulher.” Natalie Portman_ segundo sustadoramente tímida.” Romy ela, aparentar ser jovem demais aos 31 anos pode atrapalhar Madley Croft, vocalista e guitarrista do The xx_ ao comentar o amadureci-
“Nosso novo álbum está percorrendo estradas diferentes.” Bran-
mento do trio desde seu álbum de estreia,
don Flowers, vocalista do The Killers_ ao comentar Battle Born , quarto disco da
lançado em 2009
banda, que chega às prateleiras em 17 de setembro
“Eles estavam fascinados um pelo outro, como artistas e como homens.” Christopher Andersen, autor da biografia Mick: The Wild Life and Mad Genius of Jagger _ revelando que Mick Jagger e David Bowie foram amantes
“Snore Patrol Noel Gallaghers high flying smurfs who said rock n roll is dead.” Liam Gallagher_ tirando um sarro do irmão via Twitter, depois que Noel concordou embarcar em turnê pelos EUA com o Snow Patrol
“O carnaval é inegociável.”
Lu-
ana Piovani_ estabelecendo as regras de um bom relacionamento amoroso
“Quero sair para beijar e não posso.” Sabrina Sato_ comentando a falta de liberdade em ser famosa e solteira
“O cinema é a minha casa, e a ideia de alguém violar aquele lugar “Como eu gostaria de ter um esperançoso de forma tão selvagem é devastante.” Christopher No- modelo como eu quando eu tinha 13 anos.” Frank Ocean_ falanlan, cineasta_ ao comentar o massacre em Aurora, EUA, durante a estreia do filme O Cavaleiro das Trevas Ressurge
do sobre a dificuldade em “sair do armário”
“Achei que nunca mais fosse “Sou o tipo de pessoa que apa- “É hora de voltar para meu cantar.” Florence Welch_ ao co- ga as luzes.” Marilyn Manson_ amor, o Aerosmith.” Steven Tymentar os danos que sofreu em suas cordas
afirmando ser muito mais conservador do
ler_ ao se despedir do reality show musical
vocais
que as pessoas imaginam
American Idol, em que era jurado
“O [David] Cameron é um imbecil.”
Plan B_ ele diz
“Nunca te dei motivo para ser babaca comigo.”
que o Primeiro-ministro britânico é um hipócrita por condenar os jo-
Roger Moreira, líder do Ultraje a Rigor_ respondendo críti-
vens pela onda de protestos em 2011
cas do comediante Bruno Mazzeo via Facebook
“A morte da Amy Winehouse é uma das maiores “Foi uma verdadeira dieta de arroz.” Russell tragédias.” Elton John_ prestando homenagem à cantora no Brand, comediante britânico_ ao descrever o casamento com aniversário de um ano de sua morte
a cantora Katy Perry
“Se eu fosse ator de filme pornô, o meu pseu- “A música nos mantém jovens.” Al Jardine, guitardônimo seria A Grande Mandioca.” Silvio Santos_ rista dos Beach Boys_
Belezas são coisas acesas por dentro_ Uma flor a capa. Pra te convencer que a má fama de agosto datou, meu bem. O que fica agora são as vontades de fazer tudo logo e tudo muito, que daqui a pouco nem inverno é. Então, pulos do passado para o futuro, Gaz Coombes, Tame Impala, Brendan Benson e páginas pretas amorosas com Nina Becker e Marcelo Callado. Escolha por onde começar, leia aos poucos, pule uma seção só pelo prazer de voltar atrás. Opine, discuta, exista. A gente tá louco pra te escutar. Hasta la vista, Cris Lisbôa
Foto: Thany Sanchez
Para cantar “Hey Jude”. Stefano Agabio ilustrou a letra de “Hey Jude” INTEIRA. O trabalho de tipografia mais lindo do mundo? Sim ou com certeza? bit.ly/MXdaqd
5 músicas_ Pro coração: “Heartbreaker”, do Walkmen “Self-taught Leaner”, da Lissy Trullie “Evening’s Kiss”, do Willis Earl Beal “Little Black Star”, do Hurray for the Riff Raff “Bad Religion”, do Frank Ocean
xxx cores de Pantone_ para catalogar todos os possíveis tons de pele humana. Humanae é um projeto de Angelica Dass, artista e fotógrafa brasileira que criou “um inventário cromático” usando como referência o sistema de cores Pantone. bit.ly/NR3n5P
14 anos depois_ O Sebadoh volta. A banda vai lançar um disco em 2013 e disponibilizou cinco músicas novas na internet – nenhuma delas fará parte do álbum. bit.ly/Oe8kHz
Reprodução
Stefano Agabio / bit.ly/POsO6B
36 POSTERES_
Reprodução
_Por Daniela Arrais donttouchmymoleskine.com
016\\
O SOM DAS RUAS COM MV BILL. TODOS OS Sテ。ADOS, 21H NA
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Até pouco tempo, Leo Justi era figura anônima em boa parte do Brasil e do mundo. Só que aí a cantora M.I.A. recrutou o DJ carioca, levou-o à Índia pra uma temporada de estúdio e lançou um remix especial do hit “Bad Girls”, assinado pelo brasileiro. Leo agora é trending topic na blogosfera. Mas você conhece mesmo o cara? Quem é Leo Justi? Sou um músico, muito apaixonado e crítico em relação ao que faço. Faço música desde os 10 anos, tive várias bandas, hoje foco em música de pista. Você diz que vem da Heavy Baile Zone. Onde fica? O Rio todo... Mas, especialmente, o centro e a zona norte. Ou talvez o meu apê-estudio mesmo, na Lapa. Você é filho de um oboísta e uma pianista. Chegou a estudar violino. Deve ter crescido, portanto, com o ouvido na música clássica. Como foi parar nesse contraste que é o funk? E o que seus pais acham disso? A vida é um negócio doido mesmo... Mas meu som não é exatamente funk, né? Tem funk, mas, no geral, acho que
Fernando Schlaepfer
CINCO perguntas e um milk shake com Leo Justi
é um som com mais alcance. Já meus pais... Acho que a decepção é menor do que a felicidade de ver que estou indo bem em algo que gosto (risos). Qual a melhor música pra requebrar na pista com a mina certa? Com a mina certa? “Get Busy”, do Sean Paul. Dias atrás, você liderava uma enquete de melhor artista no MTV Iggy, era atração do Creators Project em São Paulo e via seu nome ao lado da M.I.A. mundo afora. Esse é o seu ano? Dizem por aí que você está produzindo o novo disco dela... Cara, espero ter muitos anos aí pela frente (risos). Mas esse ano rolou essa parada bem legal através do remix da M.I.A. E vamos ver se alguma coisa minha vai entrar no Mathangi – a Maya tá fechando o disco, que deve sair em agosto ou setembro. Eu trabalhei com ela em umas três faixas, em novembro passado, mas ela fica fazendo mistério... Não sei o que vai entrar no álbum. Ainda em agosto estou indo pra Londres, fico pelo menos dois meses lá. Talvez role algo novo com a M.I.A. Assim espero.
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11 DE OUTUBRO 12 DE OUTUBRO Citibank Hall Rio de Janeiro
Credicard Hall São Paulo
MEDIA PARTNER
realização *Os benefícios são válidos somente para os clientes portadores dos cartões de crédito Credicard, Citi, Diners e cartões de débito Citi. Promoção limitada a 10% da capacidade da casa. Não é cumulativo com outros descontos. Válido para todos os setores. Limitado a 4 ingressos por CPF. Classificação etária: Na ocasião da compra, verifique a classificação etária.
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FILME | O Fabuloso Destino de Amelie Poulain
TWITTER |
Reprodução
@centraldecinema: Pra quem gosta de cinema, é um bom Twitter para seguir e se atualizar.
@criolomc: Sua música é ímpar. Sou fã. @soujorge: Conheço Seu Jorge há anos e vi todo o seu crescimento profissional. É um cara que admiro e respeito. Além de fazer um som maravilhoso.
@Queremos: Para os fãs das bandas que nunca podiam vir ao Rio por alegarem falta de público. Queremos mostrar que tem público sim e sempre fico de olho na programação.
@FrasesDeClarice: às vezes me pego lendo as frases que são postadas e penso, às vezes retwito.
_Posso dizer que: o filme que contém um dinamismo por ser recheado de ângulos de câmera inusitados, uma edição rápida. A atuação está impecável.
BLOG | Modices
FACEBOOK | Elyx
_Gosto de acompanhar as tendências por esse blog brasileiro que está sempre me atualizando e me inspirando. modices.com.br/
_Entrei no mundo do Facebook há pouco tempo, e certo dia uma amiga me mostrou uma página do ELYX (criação de Yacine AIT KACI a.k.a.Yak, cartunista), que é um herói transmídia, que viaja entre o simples esboço à realidade, passando pelo mundo digital e novas dimensões com humor e poesia. facebook. com/Elyx.Yak
Convidada do mês I Carol Castro, atriz Faz cinema, teatro e TV. às vezes, ao mesmo tempo.Tem mais de meio milhão de followers no @CarolCastroReal e tá te esperando ali no Facebook. facebook.com/carolcastro.com.br
_Remixada pelo The xx. bit.ly/98hgno
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REMIX | “You Got the Love”, Florence + The Machine
UM ARTISTA PARA CONHECER | JANELLE MONÁE Reprodução
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UMA DESCOBERTA | EMICIDA
_Um talento do rap, um cara que batalhou muito pra chegar aonde chegou e fez por merecer! bit.ly/n7piNU
_Uma das minhas favoritas! Uma grande revelação da soul music. bit.ly/w4mzNH
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_Por Lalai e Ola Persson
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MAS DEVERIa_
Cisco Vasques / Divulgação
EMBALANDO A BOEMIA A primeira vez que nos mostraram o trabalho do Renato Godá, várias referências vieram à nossa mente. A primeira delas é que ele pareceu um tanto deslocado em 2012. O primeiro álbum, Canções para Embalar Marujos (2010), nos remete a uma viagem no tempo. É fechar os olhos e ver-se num cabaré ofuscado pela fumaça de cigarro, quando ainda era permitido fumar dentro de um estabelecimento, enquanto goles generosos de álcool pela garganta e risadas altas ecoam pelo salão. É possível passar por várias décadas até se deparar com Primeiro Round, que nos remete a Starving In The Belly Of The Whale, do Tom Waits. Também não dá para deixar passar despercebida a semelhança de sua voz com a do Leonard Cohen. O álbum é cheio de canções de amor, com letras simples e um mood cafajeste. Godá nos faz voltar a vários momentos pelos quais passamos, mas também a épocas em que não vivemos, mas das quais sentimos saudades. O que também impressiona em Godá é a produção primorosa do seu trabalho. Recentemente lançou “Eu Não Mereço Seu Amor”, que faz parte do segundo álbum (sem data de lançamento). Confira o clipe bit.ly/RenatoGoda e baixe Canções para Embalar Marujos facebook.com/renatogodaoficialw
The 2 bears Ficou conhecida pela participação com Chase & Status na faixa “Time”, mas o debut da Delilah não cumpre a expectativa de ser uma nova diva do dubstep. Ela tira inspirações em R&B e dubstep, resultando num álbum de canções etéreas e sonoramente bem-amarrado. Sua voz se sobressai, chamando a atenção de quem ouve. soundcloud.com/delilahofficial/sets/from-the-roots-up
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Delilah
O que: Joe Goddard (Hot Chip) e Ralf Rundell fantasiados como ursos fazendo uma encarnação pop do house. Sobre ursos: acharam difícil trazer música eletrônica pra uma audiência mainstream se o visual são dois nerds nas pickups. Influências: house e pop dos anos 1990. Como consumir: faça uma festa. the2bears.co.uk
_ Por Renata Simões renatasimoes.com
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Reprodução Reprodução
Fiquei três anos sem câmera fotográfica por ter quebrado duas boas máquinas em menos de seis meses. Passado o castigo que impus a mim mesma para aprender a ter mais cuidado, voltei a ter uma e lembrei do quanto é gostoso brincar de congelar instantes. A tecnologia nos permite captar imagens via celular, salvou-me em várias situações em que quis levar um pedaço daquilo que vi e vivi pra sempre, mas é diferente. Foto de celular é registro e captura, e um bom fotografo é um bom fotografo até com câmera de borracha. Uma boa câmera é a extensão do seu olhar, da sua imaginação. Permite alterar a luz, a cor e tantos outros detalhes que prolongam a sua relação com o que foi fotografado. É uma maneira diferente de congelar o tempo.
Você consegue ficar horas na mesma posição, posando para um desenhista ou sentado no busão? bit.ly/NJGxzY
Photominimal, o responsável pela imagem ao lado, diz que gosta de fazer fotos silenciosas. Para ele, isso significa trabalhar com luz natural, filmes antigos e câmeras manuais. bit.ly/McxcLc
Reprodução
Rafa Rocha
Congelar o tempo. Você já quis parar o tempo? Ou foi o tempo que te obrigou a parar?
Já que divaguei tanto sobre o tempo parado, dê uma olhada nessa coleção de imagens estáticas de títulos de filmes. Delícia os gráficos. bit.ly/MjOlsl
A obsessão por post-rock continua.Toe, banda japonesa, é o que embala o momento.
_Por Flávia Lhacer e Pati Grejanin thedebbies.tumblr.com www.laundrysp.com.br
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1. O look parece inspirado nas roupas dos trabalhadores americanos da década de 1940. O casaco de lona compõe perfeitamente com o jeans de lavagem escura e o tênis Vans sujinho. 2. Meninos, usem acessórios! Mesmo que discretos, eles dão muita identidade ao look. Plus: o sapato dockside com a barra da calça dobradinha é o charme do navy masculino, ainda tendência. 3. Xadrez + camiseta do Motorhead + saia lápis jeans = sucesso! Mais: a profusão de acessórios junto com as tattoos deixou o todo muito mais interessante.
www.avalanchetropical.com twitter.com/avalanchebr
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Ango House
Se você acha que é só de kuduro que vive a Angola, tem que conhecer o que está rolando na cena house do país. Assim como o house sul-africano antes dele, o angolano está fervilhando de boas produções. O DJ canadense Valeo fez um mix absurdo do estilo. goo.gl/EB77h
Todos faz
A nossa Banda Uó lançou, com clipe e tudo, o primeiro single do seu disco de estreia, que deve sair logo mais pela Deck Disc. “Faz Uó” tem participação do mago paraense Waldo Squash na produção. O Brasil todo já tá fazendo Uó. E você? youtu.be/JCThfoKkX20
Kingston 40º
Geral da Avalanche tá pirando no Popcaan, novo astro do dancehall jamaicano. O cara tem 24 anos e nem lançou disco ainda, mas já tem hits enormes como “Clean” e “Partyshot”. A última, tem remix do Major Lazer (goo. gl/3XahY) e clipe com festança num barco. goo.gl/PwNJN
No piscinão
O Bonde do Rolê botou na roda o segundo clipe de Tropical/Bacanal, seu aguardado segundo álbum. O vídeo de “Brazilian Boys”, música que conta com a participação da musa do dancehall Ce’Cile, foi gravado no Piscinão de Ramos. youtu.be/z5zP9XMquMs
O cara
Não temos dúvida: o inglês Julio Bashmore é o cara. Ele fez um dos sons mais legais do ano passado, “Battle for the Middle of You”, apavorou no encerramento do Sónar Barcelona deste ano e agora aparece com um remix cabuloso pra um som do Bobby Womack. goo.gl/fbZxK
Crema catalana
O Dago, um dos DJs da Avalanche, foi atração do Sónar Barcelona esse ano, com duas apresentações no festival. O fotógrafo Ariel Martini gravou um trecho de um dos sets, em que ele bota os espanhóis pra dançar com o “Rap do Silva”. Olha só. youtu.be/YOvXL3_3qUs
do thre3style js d es r o h el m s o
TAR. VOLTAM A SE ENFREN você ganha quem fizer
CURTIR MAIS.
renato borges vs DJ jeff bass alista spi DJ nedu lopes vs DJ dubstrong vs fin dj nino
vs
QUINTA-FEIRA, 30 AGOSTO | 23H PORTO ALEGRE | CLUBE 688
ATRAÇÃO ESPECIAL: ZEGON RUA SIQUEIRA CAMPOS, 688 - PORTO ALEGRE - RS - (51) 9660 6050 VALOR DOS INGRESSOS: 1º LOTE R$ 30 (F) R$ 40 (M) | 2º LOTE R$ 40 (F) R$ 50 (M) JÁ PENSOU IR A UMA FESTA COM 6 DJS COMPETINDO PARA VER QUEM FAZ VOCÊ VIBRAR MAIS EM 15 MINUTOS, PASSANDO POR, NO MÍNIMO, 3 ESTILOS MUSICAIS DIFERENTES? ENTÃO, NÃO PERCA O RED BULL THRE3STYLE, UMA BATALHA DE DJS NASCIDA NO CANADÁ QUE ESTÁ DE VOLTA AO BRASIL. O VENCEDOR VAI ENFRENTAR OS MELHORES DJS NA FINAL MUNDIAL EM CHICAGO.
FINAL NACIONAL: PORTO ALEGRE
WWW.REDBULL.COM.BR
030\\
1.
The Good, the Bad and the Ugly
2.
The Shangri-Las
“A forma com que o Clint Eastwood se veste é muito cool. Ele é um badass, mas é um cara esperto. Isso é legal.”
“Elas eram rebeldes, garotas que brigavam com outros grupos de garotas, dirigiam motos nos palcos. Eram muito além dos anos 60.”
3.
Beatle Boots
“Os Rolling Stones, Iggy & The Stooges, todas as minhas bandas favoritas costumavam usar. É o sapato mais rock ‘n’ roll que se pode ter.”
4.
Souvenir Jacket
“É aquele tipo de coisa que, quando alguém viaja, compra pra mostrar o que fez, onde foi... É algo interessante e estranho de se ver.”
1. Clássico “Bang-Bang à Italiana” , de 1966, dirigido por Sergio Leone e com trilha sonora de Ennio Morricone, compositor que já recebeu o Prêmio Honorário do Oscar. 2. Girl group bastante conhecido pelos hits “Leader of the Pack” e “Remember (Walkin’ in the Sand)”. 3. Têm esse nome porque foram originalmente feitas para os Fab Four. Foram elas que reintroduziram o salto alto para os homens. 4. surgiram no Japão pós II Guerra
Shoegaze, indie, noise, post-punk, não importa. O fato é que o trio Oliver Ackermann, Dion Lunadon e Robi Gonzalez faz música com as guitarras sempre no volume máximo. Não à toa, já foram eleitos “a banda mais barulhenta de Nova York” pelo New York Times. E vendem protetores de ouvido em seus shows. Worship, seu terceiro álbum, chegou às prateleiras em junho deste ano.
5.
Mel
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Divulgação
A Place To Bury Strangers
6.
Michel Houellebecq
“É legal de comer, vem das abelhas, é meu acompanhamento favorito. Quando eu era pequeno, eu podia comer mel 3 vezes por dia.”
“Ele diz coisas que você teria medo de dizer, que não seriam socialmente aceitáveis. Nunca li nada como Platform e Public Enemies.”
7.
8.
“É honesto, verdadeiro, nada de pose. Já viu John Lee Hooker tocando ‘It Serves Me Right to Suffer’? É simplesmente desolador.”
“Era esse lugar DIY, constantemente transformado em ringue de boxe ou castelo ou club. Me mostrou o que pode ser feito em um espaço.”
Blues
Fort Thunder
Mundial – os militares norte-americanos bordavam símbolos locais como recordação de sua estada no país. 6. Escritor francês com reputação de “provocador” – diz, por exemplo, que a clonagem possui mais valores humanistas do que o aborto. 8. Armazém localizado na cidade de Providence, em Rhode Island (EUA). Ficou conhecido por abrigar eventos alternativos e servir de casa para músicos e artistas entre 1995 e 2001.
O VIRA Considerada uma das maiores promessas de sua geração, Tulipa Ruiz chega ao segundo disco como dona do dom. Sem medo de expectativas alheias, comparações ou rótulo
__ENTREVISTA E TEXTO Cris Lisbôa e Tomás Bello
_FOTOS Thany Sanchez
de diva. Afinal, é Tudo Tanto.
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[+1] Geração de músicos da década de 80 que gravavam discos de maneira independente e se apresentavam no Teatro Lira Paulistana, em Pinheiros, São Paulo. Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção estavam entre eles. [+2] A Tulipa Negra é um filme francês de Christian-Jaque com Alain Delon. O filme é tão popular no Japão que inspirou uma série de anime chamada Seine no Hoshi.
Descalça, de pijama, sentada em meio a algumas almofadas, Tulipa Ruiz tira os imensos cílios postiços que hoje são sua marca registrada. Ainda de olhos um pouco fechados, acostumando-se a enxergar sem as pontas douradas que até bem pouco adornavam seu olhos, ela me ouve contar que Gal Costa, com quem tantas e tantas vezes é comparada e descomparada, colocava uma panela na cabeça e cantava lá dentro. Deslumbrada de si, descobrindo o que era capaz de fazer. Alguém liga a vitrola. Tulipa abre os olhos e sorri. Jamais fez isso. “Nunca teve o momento em que eu disse ‘ah, minha voz é bonita’.Também não descobri a minha voz. A música sempre foi uma coisa presente na minha vida, meu pai é músico, minha mãe tava sempre fazendo as coisas em casa e cantando, meu irmão sempre tocou, teve estúdio, e eu gostava de música e gostava de cantar. Só que a princípio música não era um departamento meu, era do meu irmão e do meu pai. Isso era muito claro.” O pai, Luiz Chagas, um dos mais importantes nomes da chamada Vanguarda Paulista+1. O irmão, Gustavo Ruiz, guitarrista e produtor. Ela, uma moça que estudava comunicação e tocava aqui e ali com os amigos. “Quando vim pra São Paulo fazer faculdade”, explica a flor, “os amigos do Gustavo (Ruiz) me chamavam sempre pra cantar. O Tatá [Aeroplano], a Tiê, o Junio Barreto, o Dudu Tsuda, o (Thiago) Pethit eram pessoas que ficavam me cutucando, me chamavam pra participar do show deles. Fiz muita participação no Trash Pour 4, Jumbo Elektro, Dona Zica, Cérebro Eletrônico”. Até que um Myspace feito pelo Thiago Pethit precisava de respostas. “Foi na hora do ‘about me’ que pintou a palavra cantora pela primeira vez na minha vida.” E ficou. “As pessoas começaram a me chamar mais pra fazer shows, gravar. E isso começou a atrapalhar meu trabalho em uma agência de comunicação. Aí, no finalzinho de 2008, eu falei ‘bom, vou tentar fazer música’. Tava tudo conspirando tanto a favor, achei que era o momento. Mesmo assim, não abandonei uma vocação. Sempre gostei de pintar, bordar, cantar. O que aconteceu é que aos poucos a música começou a falar mais alto comigo. E agora consigo entender que ela é meu ofício.” Antes deste “agora”, teve tanto. Incluindo uma primeira experiência em palcos internacionais.
Por acaso, quando uma passagem pra Recife que ia expirar em alguns dias virou uma passagem para Paris. Em uma semana. Ela vendeu algumas ilustrações e mandou um e-mail pro Favela Chic, um misto de restaurante, bar e boate que tem shows de música brasileira e serve pão de queijo em plena cidade luz. Deu certo. “Cheguei em Paris e pensei bom, vou dar um jeito de arrumar um violão emprestado de alguém e vou tocar as minhas músicas mais ou menos, ali em cima dos três acordes do ‘Vira’ que é a única coisa que sei tocar no violão. Na cara e na coragem. Aí, um dia antes fui conhecer o Favela e encontrei o Alfredo Belo, ele tava discotecando lá. Pedi pra ele me ajudar e foi. Então quando alguém me pergunta ‘como eu faço?’, eu sempre respondo ‘onde você quer tocar? Manda e-mail pra lá, descobre o dono, pergunta’. Sei lá, se você quer que Maria Gadu grave uma música sua, vá que o e-mail dela seja mariagadu@ gmail.com? Tenta.Talvez ela te responda. Essas coisas acontecem.” De fato, acontecem. Na volta, uma série de shows pelo país e Efêmera, um álbum de estreia lançado no final de 2010, muito depois do que todo mundo esperava. Foram cerca de 4 mil cópias feitas de forma independente, com prensagem bancada pela própria cantora. “A música não é mais tateável. Isso me assustou muito no começo. Então, quando fui fazer o CD eu tava muito descrente, mas fui fazer porque é uma transição. É como se fosse cartão de visitas, você não vai mandar seu CD-R pro festival, vai mandar seu CD, oficial, a coisa física. Mas é mera formalidade. Eu fiz o CD por isso, pra passar da fase no videogame. Quando vi, no meu primeiro show do auditório do Ibirapuera acabou o CD, fiquei dois meses trabalhando sem, esperando vir da fábrica.” Assustador, pero no mucho. Que a moça com nome de flor – homenagem ao filme A Tulipa Negra+2, de Alain Delon – jamais teve pressa. “Começar uma carreira aos 30 me deu segurança para fazer exatamente o que queria.” E assim foi. Apenas uma faixa não foi composta por ela, mesmo assim, tava em casa. “Às Vezes” é uma composição de Luiz Chagas, feita há mais de 20 anos. A capa foi desenhada por Tulipa e ilustra a franja exata que ela usava na época. As participações são de amigos: Anelis Assumpção, Thalma de
TULIPA RUIZ //035
“Uma vez, uma jornalista francesa me ligou e ela tava muito cabreira porque não conseguia encontrar elemento brasileiro nenhum no meu disco. E ela falava ‘mais quais são as suas influências da música brasileira?’, e eu respondia: todas. Jovem guarda, tropicalismo, samba, bossa nova, pagode, funk, tudo.”
Freitas e Mariana Aydar entre eles. E o rótulo, aquela gaveta onde jornalistas e críticos gostam de colocar o novo, foi inventado por ela também. Quando perguntada sobre que tipo de música estava fazendo, a resposta era sempre a mesma: pop florestal. Música feita na cidade (São Paulo, onde morava e mora) com uma saudade boa do mato (São Lourenço, Minas Gerais, onde passou a infância e adolescência). Tanta lealdade interna, que certamente é desaconselho em manuais de sucesso, resultou justamente no desabrochar. O disco rendeu o título de show do ano, entrou em praticamente todas as listas de “melhores” da temporada, incluindo blogs pessoais e o ranking da Rolling Stone e do jornal O Globo, além de ter sido considerado um dos melhores álbuns da década pela Folha de São Paulo. Também deu a Tulipa o Prêmio Multishow 2011 de
melhor cantora, elogios públicos do jornalista Nelson Motta e do músico David Byrne. Respira, tem mais um pouco. A canção que dá nome ao álbum foi incluída na trilha sonora do FIFA 2011, um dos videogames mais populares do planeta. E o disco virou vinil. “O disco eu fiz porque eu gosto. A coisa plástica, o encarte, ver quem fez o que, onde. Na verdade nunca pensei que as pessoas fossem comprar sequer o CD, muito menos o vinil. Mas as pessoas estão comprando, sabe? Até porque eu acho que neste momento desta audição dispersa, nesta velocidade de informação, o disco é um resgate no tempo. Mesmo as pessoas que tem 17 anos hoje e não cresceram com os pais ouvindo vinil o dia inteiro estão buscando uma audição mais atenciosa, do ritual”, Tulipa explica enquanto a vitrola nos avisa que o lado A acabou. E este trabalho que celebrou a beleza da
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[+3] O escritor disse esta frase sobre Adriana Falcão, autora de Luna Clara & Apolo 11.
efemeridade, as coisas passageiras de durabilidade infinita, levou-a para onde estavam seus ídolos. Nas pessoas. No inverno de 2011, em um show em Belo Horizonte, o público cantou “Só Sei Dançar com Você” mais alto do que a cantora. A ela restou passar o microfone para a plateia e acompanhar. “Esses dias eu tava ouvindo Refazenda, do Gil, e a cada música eu lembrava de alguma história da minha vida, de 14, 16, 23 anos. Cada uma daquelas músicas tinha feito parte da minha vida de alguma maneira e é muito doido e muito bonito isso, das pessoas se apropriarem. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer, que as pessoas pudessem ter esta relação afetiva com a minha música. E hoje em dia sempre tem alguém que me fala que conheceu o namorado, que saiu da fossa, que tem história com aquilo ali. Comigo”, ela conta enquanto saboreia a sensação nova, de verdade inimaginada. Com esta la buena ola toda, Tulipa foi parar novamente em palcos gringos. Dessa vez com CD na mala, estrutura, banda. E um Brasil para representar. “Quando o artista sai do país ele se torna um mini embaixador. Porque, exceto em Portugal, a música brasileira fica em uma prateleira de world music. No mesmo lugar de Lobão, Ivete Sangalo, música africana, música árabe. É muito louco isso, porque você tem que representar o seu país e ignorar ou transcender este pedacinho da prateleira. Isso me assustou muito no começo”, ela comenta pra logo emendar na boniteza: “Mas ao mesmo tempo, como a música transcende mesmo os idiomas, não é papo hippie. Como quando fui fazer show em Copenhagen, onde as pessoas não falam inglês direito. Pensei ‘como é que vou fazer show pra estas pessoas?’. Eu não conseguia me comunicar com palavras, eles não estavam entendendo o que eu tava cantando e mesmo assim existia um diálogo ali. De alguma forma eles estavam entendendo meu braço, meu gesto, eles estavam interessados, eles estavam me ouvindo”, fala a cantora, que já excursionou por países como Inglaterra, Bélgica, Portugal, Argentina e tá quase de malas prontas para fazer cantar o Japão. É que o lance da Tulipa é mesmo o palco. Detesta rodinha de violão. Isso não significa que ela se importe com o tamanho da plateia ou a grandiosidade
do espaço. “Tendo microfone, aquele espaço de frente para o público, eu entendo, reconheço o sagrado, sei o que tenho que fazer.” Sabe. Ali, naquela parte alta do espaço grande ou minúsculo, Tulipa alonga a própria personalidade, seduz com falsetes de voz, olhares para aqui e ali, desejos atendidos, conversas com quem vê, dança, ouve. “A gente se encanta com ela no sentido de se deliciar, mas também no sentido de cobra hipnotizada”, disse Luis Fernando Verissimo+3 em outro momento, sobre outra moça, mas ouso reproduzir aqui pra deixar claro o que é. Pois em menos de quatro anos Tulipa Ruiz percorreu um caminho que às vezes leva uma vida. Ou não acontece. E isso, em um tempo em que não dá mais tempo. De ouvir duas vezes a mesma canção, esperar o lançamento oficial ou encontrar um nicho. “Uma vez, uma jornalista francesa me ligou e ela tava muito cabreira porque não conseguia encontrar elemento brasileiro nenhum no meu disco. E ela falava ‘mais quais são as suas influências da música brasileira?’, e eu respondia: ‘todas. Jovem guarda, tropicalismo, samba, bossa nova, pagode, funk, tudo’.” Um enigma isso, deve ter pensado a francesa. Tem coisa aí, pensa a crítica, que ora elogia com força, ora enfraquece o tom, citando achismos aqui ou ali. Que a tão alardeada revolução fonográfica ainda sem soluções concretas ou opiniões sólidas sobre download, ECAD e qualidade ainda contribuiu para uma crítica mais plural. Às vezes, demais. “Sou filha de jornalista e meu pai é crítico. Então estas coisas não me assustam. E hoje acho que crítico não é tão abrangente, sei lá, quatorze pessoas no Brasil vão te dar de zero a dez, sabe? Quanto vale o show. E de repente um cara que só gosta de eletro, por exemplo, esse cara vai ouvir meu disco e não vai gostar. Isso é muito injusto. Faltam pessoas ultra especializadas. Que saibam até o currículo de todo mundo que tocou ali naquele disco, do contrário a matéria do crítico não é diferente da opinião pessoal de qualquer pessoa que escreve no Twitter. Eu sinto que as pessoas conhecem determinadas coisas e pouco. Ao mesmo tempo, todo mundo pode dizer o que pensa, o que acaba sendo muito mais democrático e interessante”, comenta pausadamente para se fazer entender. É que a crítica estava salivando à espera
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“O que aconteceu é que aos poucos a música começou a falar mais alto comigo. E agora consigo entender que ela é meu ofício.”
do que viria depois do sucesso. “Deu tudo certo, o que esta menina vai fazer agora?”, podia-se ouvir em conversas de redação. Acontece que a pergunta jamais foi dela. “Desde o primeiro segundo da existência do Efêmera, me perguntam deste segundo, tinha gente falando como seria e saiu até um texto falando mal. Mas eu não tava preocupada. Sinceramente. Meu objetivo era aproveitar o estúdio, as possibilidades. Não era agradar jornalista, fazer melhor, me superar. Eu ia ficar pirada se entrasse nesta viagem”, gargalha. Com gosto. Tudo Tanto, seu tão esperando/comentado segundo disco, foi selecionado no edital nacional de 2011 da Natura Musical e por isso mesmo liberado para download gratuito no site da cantora. Com a qualidade que ela queria. “Não permitir o download é restringir e dificultar o acesso ao meu trabalho. E isso eu não pretendo fazer.” O álbum tem 11 faixas e, dessa vez, Tulipa assina apenas duas sozinha. A de abertura – e a primeira a ser liberada na internet –, “É”, e a de encerramento, chamada “Cada Voz”. Outras sete foram feitas em parceria com o irmão, Gustavo Ruiz, produtor do disco e responsável por decupar com maestria os esboços, as ideias que Tulipa grava às vezes secretamente no GarageBand. Criolo e Luiz Chagas estão presentes em “Víbora”. E isso não acaba aqui. As participações vão desde Lulu
Santos até os Chocotones – Kassin, Stephane San Juan, Alberto Continentino e Donatinho –, passando por Ilhan Ersahin, da banda americana Wax Poetic, e Tomás Cunha Ferreira, do grupo português Os Quais. O álbum foi recebido como “mais maduro”, e de fato é. “No meu primeiro disco eu fiz uma celebração de influências, amigos, encontros.Vanguarda Paulista, Nao Zetti, Caetano, Gal,Yoko Ono, tava tudo ali, ao mesmo tempo. No Tudo Tanto+4 eu fiz questão de não prestar atenção em nenhuma delas”, fala a cantora. Que deve ter escutado por horas a fio o silêncio que nos diz quem somos. Pra alumbrar. “Eu lembro que uma das primeiras vezes que a música me impressionou muito foi quando eu era criança e fui em uma festa de fim de ano da escola onde quase todos os meus amigos estudavam em São Lourenço. Cada criança tinha que fazer uma lanterna, e depois todo mundo foi andando pelo meio do mato em uma noite muito, muito estrelada. Era uma espécie de procissão de crianças cantando em coro. ‘Eu vou com a minha lanterna e ela comigo vai, no céu brilham estrelas na Terra brilhamos nós’”, Tulipa Ruiz cantarola. A sala onde estamos rodeadas pela fotógrafa, a vizinha dentista que faz visitas diárias e outras três ou quatro pessoas para em suspenso. E na Terra brilhamos nós.
[+4] O review de Tudo Tanto tá logo ali, na página 69.
O INGLês EO NORTE AMERICANO
Gaz Coombes e Brendan Benson mostram que o rock “vai muito bem, obrigado” nos dois lados do Oceano Atlântico.
A reinvençÃO DE GAZ COOMBES Após o fim do Supergrass, músico inglês mantém a busca pelo rock perfeito.
Texto: Wilson Biavatti Sobrinho (colaborou Marília Feix) Fotos: Steve Keros
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Há exatos dois anos, Gaz Coombes colocou um ponto final no – até aqui – mais longo capítulo de sua história. Depois de seis álbuns e quase duas décadas à frente do Supergrass, o guitarrista, vocalista e principal compositor da banda apertou o botão reiniciar. Reciclou ideias no estúdio que mantém em sua casa, voltou aos palcos capitaneando uma reinventada versão de si mesmo, em uma recém-iniciada carreira solo+1. Coombes sabe, porém, que as comparações e as lembranças do Supergrass trazem um elemento de desafio à sua tarefa. Afinal, os últimos sobreviventes do britpop não só deram ao selo Parlophone o álbum de estreia mais vendido desde que os Beatles lançaram Please Please Me+2 como também presentearam os bons rockers com uma obra consistente, coisa que poucas bandas conseguiram nos últimos anos. “Eu estou feliz com o desafio”, diz Coombes. Ele está sentado na sala de sua casa em Wheatley, um pequeno vilarejo de quatro mil habitantes a alguns poucos quilômetros de Oxford, onde vive com a esposa e os dois filhos pequenos. “Eu estive em uma família muito próxima por bastante tempo. Foram 18 anos, mais que a metade da minha vida. Mas acho que, às vezes, você precisa encarar um desafio e sair de sua zona de conforto”, professa o músico que, aos 36 anos, está prestes a embarcar para o Japão e assim encarar um novo desafio: levar o projeto Gaz Coombes Presents e o recém-lançado álbum Here Comes The Bombs pela primeira vez para fora da Europa. “Estou empolgado por estar fazendo algo meu, por sentir essa pressão. Me sinto ótimo.” A formação fluida da banda que o acompanha – ele diz que pretende incluir e remover músicos e instrumentos conforme a necessidade dos shows – reflete um pouco do espírito dessa nova fase para o compositor britânico. Hoje é ele quem decide o andamento e as ações de sua carreira. Não à toa, todos os instrumentos em Here Comes The Bombs foram gravados por Coombes. Explorando novas direções musicais, Coom-
bes conta que o processo de criação da bolacha deriva das novas liberdades de composição e de uma tentativa consciente de soar mais contemporâneo e menos 70’s, de onde vêm suas maiores influências sonoras. “Eu ia ao estúdio e tocava diversos instrumentos, procurando barulhos diferentes e experimentando”, revela sobre o período que passou em seu estúdio caseiro. “Não havia regras, apenas segui algumas ideias e deixei que tudo surgisse dessas ideias. Então, conforme o disco foi se desenvolvendo, quando eu tinha umas cinco ou seis músicas prontas, tentava manter tudo no mesmo nível e no mesmo tom.” Era o início de Here Comes The Bombs. Foi nesse momento que surgiu o amigo e produtor Sam Williams, que assina a produção do álbum e é co-autor de quatro das onze faixas. Parceiros desde que Williams produziu I Should Coco, disco de estreia do Supergrass+3, Coombes admite que tudo ocorreu de modo espontâneo – muito mais por precisar de um par extra de ouvidos para julgar o trabalho do que por estar em busca de um produtor. “Sam veio pra tomarmos uma cerveja juntos, e acabei mostrando as músicas que tinha gravado. Ele adorou”, relembra. “A gente é amigo há muito tempo. A gente mora na mesma cidade e se vê um monte. Então senti que tinha uma sintonia e que ele estava entendendo exatamente o que eu queria fazer.” Um refrescante casamento de sintetizadores e batidas eletrônicas com guitarras e melodias que remetem à sua antiga banda. É assim Here Comes The Bombs, recebido com sorriso pela imprensa britânica. “Recompensador e substancial”, disse a BBC. “Cheio de músicas ganchudas em que você poderia pendurar um casaco”, afirmou o The Guardian. “O Gaz adulto está certamente mais que alright”, cravou a NME, sem medo do trocadilho. “Hot Fruit”, o primeiro single do álbum, é permeada por loopings eletrônicos e uma audaciosa e desconcertante mudança de andamento. “Universal Cinema” traz seis minutos de alternância entre uma melodia vocal emoldurada em violão acústico, bateria reta e pinturas psicodélicas. São guitarras
[+1] Em /bit.ly/S0E15b você vê o que a gente acha de Here Come the Bombs, a estreia solo de Gaz Coombes. [+2] Até I Should Coco, lançado em 1995, nenhuma outra estreia de um artista da Parlophone havia vendido tanto como a dos Fab Four. No auge do britpop, o primeiro disco do Supergrass bateu 500 mil cópias comercializadas no Reino Unido. [+3] Williams também colaborou em outros discos do Supergrass e produziu artistas como The Noisettes, Plan B e The Go! Team.
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“É um pouco estranho quando você pensa: Jack (White) e Damon (Albarn) são artistas que estão por aí há um bom tempo e só agora estão lançando discos solo. Algo similar a mim. É uma estranha coincidência.”
[+4] Lançado em 1976, o décimo quinto álbum de Jorge Ben trazia pérolas como “Xica da Silva” e “Ponta De Lança Africano (Umbabarauma)”.
[+5] Jack White lançou Blunderbuss através da sua Third Man Records, gravadora pela qual também já lançou obras de Beck, Alabama Shakes e Black Lips.
invertidas e sussurros enterrados sob toneladas de experimentos sonoros – além de possíveis ecos do amor que Coombes nutre por África Brasil+4, uma das obras-primas de Jorge Ben. “Eu tenho uma amiga brasileira que diz conseguir ouvir um ritmo brasileiro na melodia vocal dessa canção. Eu acho interessante, porque eu não estava tentando fazer isso”, justifica, segundos antes de revelar que foi apresentado à obra de Jorge Ben ao ler uma entrevista em que David Byrne revelava a influência do músico brasileiro nos discos do Talking Heads. Livre de contratos com gravadoras pela primeira vez na carreira, Coombes criou um selo próprio para o lançamento de Here Comes The Bombs. A distribuição e a divulgação ficam por conta de uma parceria que o seu Hot Fruit Recordings assinou com a EMI, dona da Parlophone e antiga gravadora do Supergrass. “É um acordo bom que tenho com eles. Eu posso alugar o departamento de marketing ou de promoções, mas ao mesmo tempo o disco sai pelo meu selo. Assim eu tenho a liberdade e ainda sou dono das masters, controlo o
meu próprio disco.” Poucas semanas antes de o debut chegar às prateleiras, outros dois importantes músicos da sua geração – Jack White e Damon Albarn – também lançavam álbuns solo. White, inclusive, em um esquema independente semelhante ao seu+5. “É um pouco estranho quando você pensa: Jack e Damon são artistas que estão por aí há um bom tempo e só agora estão lançando discos solo. Algo similar a mim. É uma estranha coincidência”, avalia Coombes. “Por outro lado, há mais liberdade hoje em dia, muitos recursos que tornam mais fácil produzir e lançar material solo.” Tendo recentemente agregado o papel de produtor musical ao currículo, Gaz fala com certo entusiasmo sobre a ideia de lançar outras bandas e artistas sob a tutela do Hot Fruit Recordings. Depois da estreia solo, chega a dar pistas sobre o próximo passo. “Produzir outros artistas é algo pelo qual eu tenho grande paixão. E é grande parte daquilo que eu mais gosto em música.”
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ROCK ‘N’ ROLL DAD Entre a vida em família e encontros com Jack White, Brendan Benson funda gravadora e lança novo disco.
Texto: Tomás Bello e Cristiane Lisbôa Fotos: Reid Rolls
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“I’m just tryin’ to get something started. So looked over, so underrated”, canta Brendan Benson em “What Kind of World”. Não dá pra negar que ele tem alguma razão ali. Na canção que não apenas abre como dá nome ao quinto álbum solo do cantor e compositor norte-americano, está o tom de sua carreira+1. Benson vem lançando discos desde 1996. Todos muito elogiados pela crítica, mas que nunca chegaram a conquistar os ouvidos da massa. Ele já viveu o clichê sex, drugs and rock ‘n’ roll, já rodou o mundo em vans e entregou boa parte de seus royalties a gravadoras que o despejaram no dia seguinte. Hoje, Brendan Benson é casado e tem um filho de 2 anos+2. O típico cara família. Aos 41 anos, botou o pé no freio e resolveu ser dono de si mesmo: fundou a Readymade Records com sua empresária e, pela primeira vez na vida, tem o controle sobre a própria obra. O curioso é chegar até aqui sabendo que, não fosse a amizade com Jack White e a consequente parceria no The Raconteurs+3, muitos talvez nem soubessem de sua existência. O que não parece tirar o sono do cara. Você é de Royal Oak, Michigan, mas escolheu viver em Nashville+4. A atmosfera da cidade mudou a maneira com que você escreve, vê e faz música? Nashville certamente tem um cenário musical extremamente diversificado, muito além do country. Tem sido fantástica a possibilidade de ter músicos vindos de grupos de cordas, assim como uma abundância de guitarristas, sempre na ponta dos dedos, e, geralmente, sem a necessidade de aviso prévio, quando estamos gravando álbuns. Além disso, eu amo a comunidade de músicos com a qual trabalho – vai de Young Hines a Cory Chisel a The Howling Brothers. E todos eles são baseados em Nashville. Um cara casado, mas que costuma escrever bastante sobre amor, relacionamentos e corações partidos. Como se relaciona o Brendan marido com o Brendan compositor? Muitas das músicas de What Kind of World falam do
passado. Eu certamente já escrevi sobre a Britt+5 e minha família – às vezes, leva algum tempo para que as gravações alcancem o ritmo das minhas composições. Apesar de tudo, nós somos muito livres em relação a tudo, o que eu acho que torna o nosso relacionamento mais forte. Eu suponho que o meu próximo álbum vai ter mais canções sobre eles, composições que tenham uma relação mais próxima com esse período particular da minha vida. A música é uma forma autobiográfica de trabalho? Pode, definitivamente, ser. Muitas de minhas músicas vêm de experiências que eu tive no passado. Por outro lado, as composições podem com certeza partir para o surreal e para o que está além do dia a dia. É um momento em que você parece estar feliz. Você vem fazendo questão de dizer que está adorando a vida de pai, gravar e compor ao lado do filho, já afirmou que não tem mais nem saído para beber com os amigos... A vida é melhor quando é menos rock ‘n’ roll? Acho que ainda é uma mistura de ambos. Eu realmente adoro estar em casa com a minha família, mais do que tudo. Ao mesmo tempo, eu estou sempre muito ocupado no estúdio no dia a dia. E, embora Declan provavelmente não vá lembrar, ele já conheceu gente como Paul Simon e Eric Burdon. Ou seja, não há falta de rock ‘n’ roll na vida da minha família. E tenho certeza de que isso não vai mudar, já que fazer música é, claro, o que eu faço. E como é essa rotina rock ‘n’ roll? Quanto o assunto é “estar no estúdio”, eu sou definitivamente um workaholic. Eu geralmente acordo, tomo café com minha família, passo o dia inteiro trancado no estúdio e, quando o tempo permite, tento sentar ao lado deles para o jantar. A coisa mais curiosa é que, mesmo que o estúdio seja em Nashville, a gente tem feito tanta música que eu acabo sentindo falta da minha família. Principalmente
[+1] Veja em bit.ly/S0E15b o que achamos de What Kind of World, o novo disco de Brendan Benson. [+2] What Kind of World foi lançado em 21 de abril nos EUA, justamente no dia do aniversário do filho Declan. [+3] A primeira colaboração entre os dois rolou em 2003, quando Benson gravou uma versão de “Let Me Roll It”, de Paul McCartney, no EP Metarie. A música contou com os vocais de Jack White. [+4] A cidade tem tradição roqueira. Já foi casa de Johnny Cash, Willie Nelson e, mais recentemente, de Benson, Jack White e do duo Black Keys. [+5] Brittany Harris, esposa do Brendan Benson.
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“Ele [Declan, filho] já conheceu gente como Paul Simon e Eric Burdon. Ou seja, não há falta de rock ‘n’ roll na vida da minha família.” quando estamos trabalhando em cima de um disco. Agora, a verdade é que também é bastante fácil para minha esposa e filho dar um pulo no estúdio quando eles têm vontade, o que é sempre um presente.
[+6] Natural da Georgia,Young Hines é o primeiro artista lançado pela Readymade Records. Seu álbum de estreia, Give Me My Change, foi também produzido por Brendan Benson. migre.me/acmgK
Você já tem cinco álbuns no currículo, mas ficou mesmo conhecido pra muita gente através do Raconteurs e da parceria com Jack White. Ou seja, sua carreria tem passado por transformações, a música por vezes toma outros rumos, o que é natural. Como está o Brendan Benson de 2012 em comparação ao Brendan Benson de 1996? Eu acho que a maior diferença na minha carreira, desde que eu comecei, é que a indústria fonográfica mudou completamente. Eu fui de uma grande gravadora, que me contratou dizendo que queriam que eu fosse “o novo Beck”, para uma porção de selos indie. Toda vez que eu fazia um novo álbum, eu tinha uma nova gravadora. Não tem existido consistência. O que a indústria moderna da música tem disponibilizado é uma plataforma para eu criar, distribuir e ter um time escolhido à dedo promovendo o meu lançamento. Eu tenho a esperança de que se crie uma produção sustentável e bem-sucedida de música para o futuro. Significa que, mais do que nunca, esse é o momento perfeito para os artistas tomarem conta de si mesmos?
Claro, sem dúvida. Para começo de conversa, tornou-se mais possível do que nunca, porque a tecnologia de gravação evoluiu demais. Existe um acesso muito maior nesse sentido, o que dá às pessoas a possibilidade de gravar onde e quando querem. E esse é o primeiro passo para se fazer música sem barreiras. Qual a importância do Jack White na sua vida? Mais do que qualquer coisa, ele é meu amigo. Os nosso filhos brincam juntos e nós todos somos parte da mesma comunidade de músicos que convivem uns com os outros aqui em Nashville. Nashville tem essa fama de estar sempre com os ouvidos no rock clássico. E você? Eu sempre me encontro voltando para os clássicos, não adianta. Artistas como os Stones, Randy Newman, Zeppelin e Bee Gees. Ultimamente, no entanto, é claro que eu ando curtido as coisas nas quais eu tenho trabalhado, como The Lost Brothers, The Howling Brothers, Cory Chisel e Young Hines+6. Além deles, o Band of Skulls “fisgou” meus ouvidos recentemente. E se você pudesse apresentar apenas uma banda a seu filho, qual seria? Os Rolling Stones.
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_TEXTO CRISTIANE LISBÔA
_FOTOS FERNANDO SCHLAEPFER E ARQUIVO PESSOAL NINA BECKER
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MUSICA de APARTAMENTO Nina Becker e Marcelo Callado. Ela, dona de uma voz muy doce, responsável por muitos rostinhos colados durante shows da Orquestra Imperial e citada como uma das artistas mais influentes de sua geração. Ele, baterista da Cê,
banda de Caetano Veloso, e do grupo Do Amor. Os dois, Gambito Budapeste, um disco feito em casa, em família, num cantinho [sic], com GarageBand, punhado
de amigos, nova bossa e velho rock. As letras são praticamente todas assinadas pelos dois, com exceção de “Armei a Rede”, originalmente gravada em 1951 por Renato Braga e o Trio Madrigal.
Marcelo divide a produção com Carlos Eduardo Miranda, que tem Skank, O Rappa e bem mais no portfólio. Nina
divide o bater de coração com Clara, filha do casal que nasce por agora. E todos acham graça ao explicar o nome do álbum: mistura apelidos internos com uma complexa jogada de xadrez e Buda, aquele, o Sidarta. O som? Ah, meu amigo, o som tem ruídos sensíveis, saudade, refrões de ensolarar o peito e cheiro de casa. Deixa tocar.
“Tem muitas madrugadas do Marcelo viajando,
aprendendo a mexer no GarageBand. Tem a gente tentando tocar instrumentos dos quais a gente não é instrumentista, a precariedade do nosso estúdio que
nossa casa. Tem os amigos queridos que visitaram a gente pra deixar sua contribuição. E tem o Miranda que convenceu a gente de que isso era um disco e
que tinha que ser feito na nossa casa.” Nina Becker
consistia na mesinha de costura da avó do Marcelo + computador + pré + um microfone. Também tem
“Nunca mais esquecerei a maneira artesanal com
coisas que não prevíamos que ficariam registradas.
que geramos esse bichinho até ele existir e cair no
Tem a nossa história, desde o início, e o som da
mundo.” Marcelo Callado
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Copo pint com shot_
Guarda-chuva de samurai_
Sofá saco de pancada_
Dois em um. Um copo que parece normal, mas é só virar que ele se transforma em um copinho de shot.
Não é só porque o guarda-chuva é preto que precisa ser sem graça. Coloca nas costas, finge que é samurai e enfrenta a chuva.
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DENTRO DA MOCHILA
_Tiago Abrahão, guitarrista da banda Wannabe Jalva.
_Thiago klein, tecladista do grupo Quarto Negro.
“Há alguns anos eu resolvi conhecer Londres. Uns amigos me ‘receitaram’, antes de mais nada, fazer um rolê tradicional: começar na Jubilee Walk e ir até a London Eye. Mais turista impossível. Depois de visitar Liverpool, resolvi fazer um rolê clichezaço: fui na Beigel Bake, de Brick Lane, e me entupi de beigel. Dei uma banda na London Eye, comi a tradicional pipoca e, na saída, na gift shop, comprei a camiseta mais clássica do lugar: Beatles. O verdadeiro rolê turista.”
1. Fone de ouvido: “Sem música o mundo não encaixa”. 2. Perfume: “Não consigo sair de casa sem passar perfume, e é sempre bom retocar durante o dia”. 3. Space Echo: “Delay pra qualquer momento do dia”. 4. Passaporte: “Nunca sei ao certo onde acordarei no dia seguinte”. 5. Cartão de crédito: “Nunca sei ao certo onde acordarei no dia seguinte”.
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MARCA: LOST
ONDE ENCONTRAR: LOST.com.br
Frank Ocean
channel ORANGE Def Jam
Há quem diga que assumir a homossexualidade às vésperas de lançar channel ORANGE foi uma estratégia de marketing um tanto ousada de Frank Ocean. Esqueça o marketing. Esqueça a orientação sexual do cara. Apenas ouça o disco. Integrante do coletivo Odd Future, Ocean já se mostrava mais eclético que os colegas ao compor para Justin Bieber e Beyoncé. E havia apresentado boas ideias em nostalgia, ULTRA, mixtape lançada em 2011. Agora, com produção elaborada e letras bastante confessionais, conseguiu gravar um trabalho de inegável apelo comercial, embora distante do estereótipo “fodão” atrelado aos artistas de hip-hop e R&B nos EUA. A dançante “Sweet Life” mostra um cantor excepcional e referências ao melhor da Motown, e, assim como o single “Thinkin’ Bout You”, deve alavancar as vendas do disco. A letra de “Bad Religion” sugere o primeiro amor – homossexual – do cantor, mas também pode ser uma referência a Deus, o que já é suficiente para gerar polêmica. No entanto, um dos melhores momentos de channel ORANGE dificilmente se tornará hit: é a progressiva “Pyramids”, com seus quase dez minutos de psicodelia. O álbum conta com convidados de peso como John Mayer e Andre 3000. Nem precisava tanto. Só o talento de Ocean é suficiente para tornar channel ORANGE um dos melhores lançamentos do ano. Daniel Sanes
“Esqueça o marketing. Esqueça a orientação sexual do cara. Apenas ouça o disco.”
Para ouvir o álbum na íntegra: Leia o QR Code ao lado com a câmera do seu smartphone.
LEGENDAS Pra quem gosta de: Odd Future, Drake e The Weeknd
Ouça no talo É, legal
Dá um caldo Seu ouvido não merece
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Tulipa Ruiz Tudo Tanto Independente Se na estreia Tulipa caiu em uma cilada – a do primeiro álbum que estoura e deixa todo mundo ávido pelo próximo –, em Tudo Tanto ela se safa com um trabalho equiparável a Efêmera, que encabeçou nove em cada dez listas da crítica em 2010. A cantora ainda insiste no forte lirismo, no apelo poético e na estética sonora que mescla ritmos livremente. O resultado é um pop descontraído, multiúso e sem firulas, apesar da forte atenção dada a detalhes – como em “Dois Cafés” (com Lulu Santos), “Bom”, “É” e “Like This”, na qual confessa: “Vamos ser sinceros/ Eu sou assim, assim”.
Pra quem gosta de: Tiê, Céu e Miranda Kassin
O irmão Gustavo Ruiz amadurece o talento de Tulipa. Encarregado da direção musical, brinda cordas, madeiras e coros ao álbum. A exemplo de “Quando Eu Achar” e “Víbora” – um groove lento e de salto alto, permeado por etéreos solos de guitarra e uma performance vocal que alcança e sustenta notas surpreendentes. Provas de que Tulipa Ruiz é a grande voz da bem-cotada “nova MPB”. Nicolas Gambin
Dirty Projectors Swing Lo Magellan Lab 344 Há bandas de rock básico como Strokes e Foo Fighters e há aquelas que, em nome da arte, optam pelo caminho mais, vá lá, “difícil”. É o caso de craques do experimentalismo como TV On The Radio e o Dirty Projectors. Foi com o registro anterior, Bitte Orca (2009), que David Longstreth & cia. cravaram seu nome no mapa-múndi dos indies. A boa fase tem sequência com o sexto e mais redondo álbum – tem até quem esteja comparando-os, pasmem, aos Bee Gees! Exagero, sim. Mas que os momentos estranhoides aparecem em uma escala bem menor, não restam dúvidas.
Pra quem gosta de: Animal Collective, tUnE-yArDs e Panda Bear
“Offspring Are Blank” abre essa jornada pop com o explosivo refrão “He was made to love her/ She was made to love him/ And their offspring loved them”. A emocionada “Guns Has No Trigger” traz Longstreth se esgoelando como nunca, amparado por um lindo coro feminino, e a canção-título é quase uma canção de ninar. Os fãs mais xiitas, no entanto, podem respirar sossegados em faixas menos lineares como “Maybe That Was It” e “See What She Seeing”. Um banquete. Fernando Halal
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The Very Best
Passion Pit
MTMTMK Moshi Moshi
Gossamer
Pra quem gosta de: Fela Kuti, M.I.A. e Architecture in Helsinki
Pra quem gosta de: Miike Snow, Scissor Sisters e Phoenix
Caetano Veloso & David Byrne
Foals
Pra quem gosta de: Paul Simon, Karnak e Devendra Banhart
Pra quem gosta de: The Go! Team, Damon Albarn e 2 Many DJ’s
Lawrence Arabia
Roberta Campos
Pra quem gosta de: Talking Heads, The Divine Comedy e Paul McCartney
Pra quem gosta de: Tiê, Lulu Santos e Marcelo Jeneci
Japandroids
Iggy Pop
Celebration Rock Deckdisc
Après Independente
Pra quem gosta de: No Age, Mudhoney e Strike Anywhere
Pra quem gosta de: Lou Reed, Nouvelle Vague e Serge Gainsbourg
Guided by Voices
The Hives
Live at Carnegie Hall Universal
The Sparrow Bella Union
Columbia
Tapes !K7
Diário de Um Dia Deckdisc
Fire
Lex Hives Disques Hives
Pra quem gosta de: Sonic Youth, Eels e The Dandy Warhols
Pra quem gosta de: The Subways, Buzzcocks e The Libertines
Class Clown Spots a UFO
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Jherek Bischoff Composed Brassland
DISCOTECA BÁSICA The Clash Por Daniel Sanes
Pra quem gosta de: Rufus Wainwright, Elbow e the Polyphonic Spree
The Clash Enquanto os Ramones pregavam a diversão e os Sex Pistols a destruição, o Clash dava contornos políticos ao então emergente punk rock. Já na estreia, em 1977, mostrava que não ficaria só nos três acordes.
Beachwood Sparks The Tarnished Gold Sub Pop
London Calling Lançado em 1979, o terceiro álbum dos britânicos vai do ska ao rockabilly sem cerimônia – cortesia da dupla Joe Strummer/Mick Jones, no auge da criatividade. Simplesmente um dos melhores discos de todos os tempos.
Pra quem gosta de: Belle and Sebastian, Galaxie 500 e Elliott Smith
Twin Shadow Confess
Combat Rock Dois anos após a loucura experimental de Sandinista! (1980), o Clash lançou este disco, um pouco mais pop. Nele estão os dois maiores sucessos comerciais da banda, “Should I Stay or Should I Go” e “Rock the Casbah”.
4AD
Pra quem gosta de: TV On the Radio, Depeche Mode e Ladytron
Maximo Park The National Health
E NEM TÃO BÁSICA
V2
The Undertones The Undertones
Pra quem gosta de: Bloc Party, Idlewild e The Rakes
A Place to Bury Strangers Worship Dead Oceans Records
Pra quem gosta de: The Jesus and Mary Chain, Black Rebel Motorcycle Club e The Raveonettes
Por Leonardo Bomfim “A resposta norte-irlandesa aos Ramones.” Assim a crítica inglesa dimensionou o surgimento do The Undertones, em 1975. Ouvindo o seu primeiro disco, lançado na esteira do celebrado EP que deu ao mundo o hino “Teenage Kicks”, entende-se imediatamente o porquê. Menos icônica que o Sex Pistols e mais irresponsável que o Clash, a banda não soa como quem quer justificar a existência de um novo gênero – tampouco um grito de ruptura. A intenção é celebrar aquilo que o rock sempre significou para jovens cheios de hormônios: farra. Por isso mesmo, é um marco da história do punk.
Reprodução
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_TEXTO CRIB TANAKA
Os 45 anos do álbum da banana _Ouvir The Velvet Underground & Nico é uma experiência que todo mundo deveria ter, em um dia de inverno, pela manhã. Audiotransporte para 1967, o disco nasceu apadrinhado pelo visionário Andy Warhol e é considerado um dos 500 melhores álbuns de todos os tempos pela Rolling Stone EUA. A bolacha, que completa 45 anos, vai ganhar uma edição comemorativa cheia de novidades. Em outubro, a Universal joga no mercado um box com seis discos, em versões mono e estéreo. Item para colecionador? Talvez. Item para admirador? Com certeza.
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1. Ícone | A capa famosa traz a banana como ícone. A arte prafrentrex de Warhol causou polêmica – mesmo em uma época de transgressões e quebra de convenções. As cópias iniciais do álbum vinham com um adesivo que dizia: “peel slowly and see”. Tirando o adesivo, aparecia uma banana cor de pele.
3. Alucicrazy | Lou Reed, vocal ista e guitarrista do Velvet, era fã de poetas de palavras cruas, como os beatniks William Burroughs e Allen Ginsberg. Ele levou o choque de realidade para as letras do álbum, em que temas como prostituição e drogas são recorrentes. A mais literal de todas, “Heroin”, descreve sensações que a droga causa, acompanhada da sonoridade catártica de John Cale.
5. Pink Floyd | A banda, formada em 1965, é referência de letras filosóficas, experimentações sonoras, capas inovadoras e shows elaborados. Logo após o The Exploding Plastic Inevitable, o Pink Floyd começou a lançar mão do light show em suas apresentações. Dentre os shows e gravações, está uma participação no famoso programa Peel Sessions, da BBC.
2. Nico | A palavra ícone – ICON – serviu como anagrama para o nome artístico “Nico”. A musa fez parte da primeira formação do The Velvet Underground por uma quase imposição do pai do pop Andy Warhol, mentor da banda. Dona de uma voz poderosamente densa, a também atriz e modelo teve um filho com Alain Delon, que sempre negou a paternidade. Sua morte foi consequência de abuso de drogas.
4. Light Show | No formato light show, projeções coloridas acontecem no fundo do palco, enquanto algo é apresentado. A primeira vez que isso foi levado a circuito foi no The Exploding Plastic Inevitable, projeto multimída de Warhol, que foi apresentado como parte do show do Velvet. A criação do light show, no entanto, é dos beatniks Brion Gysin e Ian Sommerville.
6. John Peel Sessions | John ficou famoso pelo seu programa de rádio, Peel Sessions, em que o ecletismo e o gosto peculiar davam o tom. Em 37 anos de trabalho na BBC, ele recebeu artistas de todos os tipos, como Joy Division, The Who, Jimi Hendrix, Bikini Kill, Black Keys e Daft Punk. E muitos participaram antes mesmo de ficarem famosos. Adivinha qual era um dos discos preferidos de John? The Velvet Undergound & Nico.
_FOSSO É o lugar que fica de frente ao palco. diretamente dali, os shows DE JUlHO Fotografias são imagens que acontecem em segundos perdidos que passaram a ser reais quando fixaram na retina, no filme, no papel. Todas contam muito mais do que mostram. No caso de fotos de shows, elas vêm diretamente do fosso, um vão livre em frente ao palco reservado para que alguns poucos escolhidos possam congelar o ídolo. Estão em volume máximo e, às vezes, valem uma canção.
A PLACE TO BURY STRANGERS / BECO 203 / PORTO ALEGRE “O trio pode ser definido como uma banda energética e sincronizada. Foram quase duas horas de música em alto volume e divinamente orquestrada. Um conselho: ao vê-los ao vivo, use protetores auriculares!” Depoimento e foto: DANIEL LACET
THE ASTEROIDS GALAXY TOUR / CINE JÓIA / SÃO PAULO “A vocalista Mette Lindberg se espantava com a animação dos brasileiros. ‘You are crazy!’, dizia ela. E, embora o segundo bis dos dinamarqueses estivesse engatilhado, no fim veio em forma de autógrafos e fotos com o povo.” Depoimento e foto: Ariel Martini
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Explode / Neu Club / São Paulo
“DJ dedicado ao pancadão global, Dago botou a casa abaixo. Brincou feito criança com os BPMs, tocando de cúmbia a twerk, recheando o set com muita novidade pós Sónar Barcelona e antecipando pedradas que ainda vão ser lançadas pela Avalanche Tropical.” Depoimento e foto: Hick Duarte
EXPOSIÇÃO RED BULL 3MSF / BANX / PORTO ALEGRE “Poder ver de perto o reconhecimento que os fãs de música dão para o trabalho dos fotógrafos de show foi um estímulo que vai ficar guardado pro resto da carreira. Que a próxima expo venha logo!” Depoimento e foto: Rodrigo Esper
THE VIRGINS / BECO 203 / PORTO ALEGRE
“Uma apresentação bem aquém da minha expectativa. Faltou vontade. Um show normal para um público que cantou partes dos hits da banda.” Depoimento e foto: DANIEL LACET
#TragaCriolo #ExisteAmorEmPoa
acesse:
www.tragaseushow.com.br apoio
parceiros culturais
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Comentários, críticas, declarações de amor e a sua opinião sobre música, mundo e outras coisas menores.
Daniel Vettorazi @danielvettorazi
Danilo Motta @diretodaredacao
Ariel Martini Facepalm duplo
Izuri Ramos Serguei aprovou?
@brubinss Se funcionar, traz essa iguaría pra cá! RT @revistanoizeRessaca? Tame Impala te ajuda a curar http://bit.ly/QhLkca
Hey, você jornalista que está de plantão, mixtape da @revistanoizepra acompanhar o trabalho, saca só: http://ow.ly/cfjb9
Sobre a resposta do Roger (Ultraje a Rigor) ao comentário Bruno Mazzeo de que a banda estava vivendo um “fim de carreira dramático”.
Sobre Nina Arianda ser escolhida pra interpretar a Janis Joplin no cinema.
NR: Funciona. E a gente também quer.
NR: “Jornalista que está de plantão”, isso não é redundância?
NR: ‘Facepalm’ seria um botão mais útil que o ‘cutucar’ no Facebook.
Ana F. @takenellout
Karina @Spacekah
@revistanoize logo que eu achar um estágio/emprego, quero receber a noize em casa <3 as fotos são sempre lindas
Por que não? @revistanoize: “I love rock n’ roll, so come and take your time and dance with me” Joan Jett, 1982 #Iloverocknroll”
NR: Mesmo se for estágio, tudo bem, porque é baratinho.
NR: Então vem.
Manuella Graff @manubiiss David Bowiezando no domingo. A/c @revistanoizeinstagr.am/p/NHpm1Mr4QJ/ NR: Acabamos de adotar a expressão no nosso vocabulário.
Maneco @magnesio Uai, ainda existe essa banda? RT @revistanoize: Behind the scenes do novo clipe do No Doubt http:// bit.ly/NmfeZv NR: Sim, até porque a Gwen Stefani ainda tá com tudo em cima.
Gabriel Santiago Michael Jackson chora fácil.
NR: Serguei vai aprovar depois de provar. (E, por favor, nos perdoe a piada ruim. É que a gente riu.)
Raquel Gonçalves Uhu adoro esse caraaaaaaaah i want to break free
Sobre a dancinha do Thom Yorke.
Sobre a dancinha do Thom Yorke
NR: #todoschora.
NR: Freddie Mercury é mesmo alguém pra se amar.
Vitor Dourado Robert Smith parece a minha tia depois que acordou de manhã...
Marina Fujii Tom Zé tinha que ter um defeito, né?
NR: Convida sua tia pro nosso churrasco.
Sobre Tom Zé ser corinthiano
Leonardo Fernandes Se esse navio afundar, metade dos hipsters do mundo deixariam de existir.
NR: Porque só existem dois tipos de torcedor: os que torcem pro Corinthians e os que zoam com os que torcem pro Corinthians.
Sobre o Coachella Cruise NR: _sobre o Coachella Cruise.