FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES
Módulo 4. Metodologias e Estratégias Pedagógicas
eBook Sub-Módulo 4.2 – PEDAGOGIA E APRENDIZAGEM INCLUSIVA E DIFERENCIADA
www.nova-etapa.pt
Formação Pedagógica de Formadores Pedagogia e Aprendizagem Inclusiva e Diferenciada
FICHA TÉCNICA
Título Pedagogia e Aprendizagem Inclusiva e Diferenciada Adaptação e Actualização Rosário Caetano Susana Martins Veronica Ghica Coordenação Técnica Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos Coordenação Pedagógica António Mão de Ferro Direção Editorial Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos Filmes Reedição e Grafismos - Bruno Lajoso
Nova Etapa Rua da Tóbis Portuguesa n.º 8 – 1º Andar, Escritórios 4 e 5 – 1750-292 Lisboa Telefone: 21 754 11 80 – Fax: 21 754 11 89 Rua Agostinho Neto, n.º 21 A – 1750-002 Lisboa Telefone: 21 752 09 80 – Fax: 21 752 09 89 e-mail: info@nova-etapa.pt www.novaetapaworld.com
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Índice Competências a Adquirir
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Introdução
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1. Fundamentos de Teoria sócio-construtivista
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2. Fundamentos da Pedagogia Diferenciada
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3. Formação Outdoor
8
4. Criatividade
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4.1.Conceito
10
4.2. Critérios
12
4.3. Fases e etapas do processo criativo
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4.4. Fatores inibidores da criatividade
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4.5. Técnicas de Criatividade – Modelo CPS
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5. Conclusão
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Competências a Adquirir
No final deste sub-módulode formação, deverá ficar apto a:
Descrever as vantagens e importância da criatividade no meio pedagógico;
Identificar estratégias inclusivas de públicos diferenciados;
Identificar vantagens e desvantagens da aplicação das diferentes técnicas pedagógicas em contextos diferenciados;
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Introdução De acordo com a teoria construtivista o conhecimento produz-se na relação formador-formando formando, mediador
e
sendo entre
o o
formandoformador
formando,
o os
conhecimentos e o mundo. Nesta perspetiva o formador pode facilitar a aquisição do conhecimento através da criação de ambientes ricos de aprendizagem que permitem explorar as interações co m os outros: a comunicação que se estabelece no grupo, as formas de fazer e de pensar dos outros.
Face à diversidade de estilos cognitivos dos formandos, o formador deverá optar por uma pluralidade de modalidades didáticas adaptadas aos diferentes contextos formativos, ou seja deverá diversificar métodos e técnicas. A diversificação na formação, e no ensino, consiste no investimento em criatividade, na variedade de estratégias pedagógicas e no atendimento personalizado a cada formando.
A criatividade é uma forma de pensar através da qual os problemas e as situações são examinadas com originalidade, utilizando mais a imaginação de que a inteligência e os conhecimentos e explorando novas possibilidades em vez de aplicar abordagens padrão. Tendo sido reconhecida atualmente como uma capacidade prática que pode ser educada e adquirida torna-se fundamental para os intervenientes na formação conhecer os aspetos inerentes a esta temática.
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1. Fundamentos da teoria sócio-construtivista
O
sócio-construtivismo
interação
como
considera
chave
para
a a
aprendizagem. A aprendizagem ocorre através
da
observação
do
meio,
entrando em contacto com o que já foi descoberto, organizando o conhecimento junto com o formador e o grupo. A forma de aprender é pela descoberta, colocando os formandos perante os problemas, desafiando-os a resolvê-los com os seus próprios saberes e mostrando-lhes a necessidade de procurar novos conhecimentos e novas formas de os pesquisar.
Este tipo de aprendizagem tem reflexos positivos na aprendizagem, uma vez que: - aumenta a colaboração no grupo; - melhora o trabalho em equipa; - as tarefas propostas desafiam os formandos e motivam-nos na procura de soluções; - os erros fazem parte da aprendizagem e permitem ao formador identificar o raciocínio dos formandos.
O trabalho em equipa e a explicação por parte dos participantes das ideias e opções tomadas contribuem para a compreensão de outros pontos de vista e para uma reflexão mais consciente sobre as atividades. .
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A RETER À
luz
da
teoria
sócio-construtivista
a
mediação é essencial na construção do conhecimento e o papel do formador tornase fulcral para a criação de condições para uma ótima interação com e entre os formandos
e
para
a
utilização
desta
interação em prol da realização de tarefas e alcance de objetivos previstos na formação.
2. Pedagogia diferenciada Perrenoud considera que diferenciar é lutar para que as desigualdades diante da escola se atenuem e, simultaneamente, para que o nível de ensino se eleve. De acordo com este autor há três fundamentos para uma pedagogia diferenciada: - política educativa de criação igualitária: “a diferenciação está ligada ao cuidado de fazer trabalhar em conjunto alunos de níveis diferentes, no seio de grupos heterogéneos”. - o conhecimento da diversidade de estilos cognitivos contribui para a diversidade didática. - o postulado da educabilidade, “encontrar um caminho possível para a aprendizagem, mesmo depois de tudo ter falhado” (Meirieu).
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A
diferenciação
de
metodologias
pedagógicas
e
de
contextos
educativos facilitadores é vista como uma solução para a máxima valorização das potencialidades de todos os formandos.
A formação de adultos tem que ter em conta esta diferenciação uma vez que a diversidade de personalidades, de experiências profissionais e de outros aspetos que individualizam os formandos requer uma abordagem à medida de cada grupo em formação. DESAFIO:
Reflita sobre a questão da diversificação na formação e
enumere
algumas
medidas
ou
estratégias
pedagógicas que adotaria, enquanto formador, para gerir um grupo de formação heterogéneo do ponto de vista de: profissão, contexto sócio-cultural de origem, género e sistema de valores.
3. Formação Outdoor A formação outdoor procura transmitir conhecimentos e formar competências através
de
simbolizam
atividades
físicas
comportamentos,
que
sendo
formas de aprender através da reflexão sobre o comportamento. Contribui pela dinâmica de grupo que proporciona a
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conscientização dos indivíduos para os benefícios e constrangimentos das mudanças nas organizações.
A formação outdoor fundamenta-se do ponto de vista teórico na aprendizagem experiencial. Esta permite a aquisição de conhecimentos, de técnicas e, desenvolvimento de valores através da experiência direta.
Características: - conjunto de atividades lúdicas desenhadas em função da realidade organizacional; - integra uma variedade de equipamentos que permitem a criação de situações específicas; - origina reflexão grupal e análise de situações; -incentiva os formandos para questionar, experimentar soluções, resolver problemas, assumir responsabilidades, demonstrar criatividade e curiosidade,
Área de aplicação: - teambuilding,
- gestão
- resolução de problemas,
- stress,
- tomada de decisões,
- relacionamento interpessoal,
- liderança,
- comunicação,
- criatividade
- autocontrolo,
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4. Criatividade 4.1
Conceito
A palavra criatividade tem origem no termo latim creō que significa “criar, fazer”. Segundo Mumford, parece existir na última década um consenso geral sobre a criatividade como forma de produzir algo de novo e útil, ou processo através do qual se concebe algo original e merecedor.
Terminologia associada à criatividade: - imaginação: função interna universal; - novidade: diz respeito a algo desviante à norma, independentemente do julgamento qualitativo que se faça. Pode coincidir com uma presença criativa, não a implicando porém. - originalidade: frequentemente confundida com criatividade, é, sobretudo, um critério utilizado na avaliação de produtos criativos
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DESAFIOS Reflita sobre o que é para si a Criatividade, e procure redigir uma definição. Se fosse formador, como estimularia a criatividade dos formandos?
CRIATIVIDADE EM CONTEXTO FORMATIVO
A criatividade é fundamental para o desenvolvimento pessoal uma vez que melhora
a
autoestima,
a
motivação
e
o
envolvimento
dos
formandos/educados. Incentivar a criatividade num grupo de formandos contribui para: - maior interesse na descoberta de novas soluções e resultados; - maior abertura para novas ideias e desafios; - maior capacidade para resolução de problemas; - melhor capacidade de trabalho em equipa; - maior eficiência no desenvolvimento das tarefas; O desafio para os formadores é alimentar e estimular a criatividade dos participantes através de várias abordagens: - Oferecendo oportunidades para resolução de problemas, debates e trabalho de equipa; - Estimulando de forma ativa os participantes a questionar, fazer ligações, explorar ideias e examinar alternativas; - Aproveitando os erros como oportunidades de aprender; 11
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- Facilitando debates sobre os problemas enfrentados na formação e no trabalho; - Colocando questões semiabertas como por exemplo “Como será se…” e “Como faria se…”? - Assegurando-se que as avaliações refletem e recompensam a criatividade e inovação.
4.2
Critérios
As teorias da criatividade, principalmente as que tentam descobrir porque é que algumas pessoas são mais criativas que outras, centraram-se em quatro aspetos dominantes. Conhecidos como os 4 Ps da criatividade, eles são: a pessoa criativa e os seus atributos, o processo criativo, nomeadamente as operações mentais e o conhecimento, o produto criativo e as suas propriedades e, ainda, o meio que potencia a criatividade, sendo esse “P” também referido como periferia ou como persuasão.
PESSOAS
PRODUTOS
CRIATIVIDADE
PROCESSO
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PRESSÃO
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Pessoas - características ou traços de personalidade associados aos criadores: fluência e flexibilidade de pensamento, originalidade, sensibilidade aos problemas, imaginação, humor, criticismo, independência;
Produtos: definidos em função de dois critérios básicos: a) originalidade e novidade e b) aceitabilidade e valorização;
Processos Criativos - dizem respeito à dinâmica entre pessoas e meio envolvente, bem como aos vários momentos e fases de pensamento associados ao ato de gerar algo de novo. Nestas fases podemos distinguir vários momentos: preparação, produção e aplicação. “P”
de:
Persuasão,
para
ilustrar a confluência entre as qualidades
pessoais
que
permitem desafiar multidões e o meio em que o produto tem impacto,
de
Periferia,
influencia
em
simultâneo
outros
três
Ps
–
que os
pessoa,
processo e produto ou Pressão, procurando chamar a atenção para a importância do clima social cultural e educacional facilitador da criatividade e dos bloqueios presentes em múltiplos contextos e que inibem o seu desenvolvimento.
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4.3
Fases e Etapas do Processo Criativo
A criatividade não aparece subitamente, como se fosse um momento de sorte ou mesmo uma inspiração divina. Cada fase do processo de criatividade revela uma intencionalidade e uma capacidade de interferir, ou seja, de fazer alguma coisa para sermos mais criativos. DESAFIO: Todos nós demonstramos e testemunhamos, na nossa vida pessoal e profissional, momentos de criatividade. Reflita sobre estes momentos e tente identificar as fases ou dimensões do processo que proporcionaram a ideia ou solução criativa.
Foram propostos vários modelos do processo criativo: por Wallas, Osborn, Parnes, Stein, Amabile, entre outros.
1º modelo O primeiro modelo foi desenvolvido por Graham Wallas em 1926 e continua a ser, ainda hoje, uma base para a maioria dos atuais programas de desenvolvimento da criatividade:
Preparação: consiste na recolha do maior número de informações sobre o assunto em questão, como dados, números, factos, etc.
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Incubação: internalização do problema no subconsciente, onde se realizam as diversas conexões, que estão na essência da criação. Iluminação: a ideia criativa emerge dos processos pré-conscientes e manifesta-se na consciência, representando uma situação próxima da clássica expressão de Arquimedes, “Eureka!”. Verificação: Neste estágio o intelecto deve terminar a obra que a imaginação iniciou, sendo necessárias opiniões e reações alheias, através de testes, críticas e avaliações.
O pensamento criativo é um processo inconsciente que não pode ser totalmente dirigido, mas o pensamento criativo e o analítico andam juntos, são complementares e não opostos um ao outro.
2º modelo O modelo de Alex Osborn (1953), o criador do brainstorming, considera sete etapas:
1.
problema;
Orientação 2.
–
Preparação
identificar –
o
recolher
informação; 3. Análise – separar o material relevante; 4. Ideação – agrupar /amontoar alternativas ou ideias; 5. Incubação – “deixar de lado”, para permitir a iluminação; 6. Síntese – juntar as peças; 7. Avaliação – apreciar as ideias concebidas.
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3º modelo Sidney Parnes (1992) criou o modelo CPS “Creative Problem Solving” – Resolução Criativa de Problemas a partir da estratégia originariamente formulada por Osborn. Este modelo é apresentado em seis passos: 1. Encontrar o objetivo (identificar o objetivo, o desejo, o desafio); 2. Encontrar o facto (recolher dados); 3. Encontrar o problema (clarificar o problema); 4. Encontrar a ideia (gerar ideias); 5. Encontrar a solução (selecionar as ideias); e 6. Encontrar a aceitação (planear e implementar a ação). (Posteriormente, este modelo será apresentado com mais detalhe). 4º modelo
Amabile tentou conceptualizar um modelo integrado de criatividade, no qual considerou cinco fases do processo criativo: (1) apresentação do problema, (2) preparação, (3) geração de ideias, (4) validação das ideias, (5) avaliação das consequências (ver quadro seguinte).
4.4
Fatores Inibidores da Criatividade
Se a criatividade é, de acordo com vários autores, suscetível de ser desenvolvida em todos os indivíduos, como explicar o facto das pessoas (altamente) criativas constituírem apenas uma minoria?
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DESAFIO:
Reflita um pouco sobre as suas próprias experiências do dia-a-dia. Sabendo que a criatividade tem um papel essencial para a inovação e desenvolvimento, o que considera, no seu entender, que nos impede de sermos mais criativos?
Os bloqueios tornam-nos incapazes de pensar algo diferente, mesmo quando as nossas respostas usuais já não funcionam. Alguns bloqueios são criados por nós mesmos: medos, perceções, preconceitos, emoções, etc. Outros são criados pelo ambiente: tradição, valores, regras, falta de apoio, conformismo, entre outros.
Classificação dos bloqueios à criatividade:
Bloqueios culturais: Barreiras que impomos a nós mesmos, geradas por pressões da sociedade ou da cultura a que pertencemos: estereótipos e preconceitos; resistência à mudança; sobrevalorização do técnico e do científico como única fonte de certeza.
Bloqueios sociais: Barreiras que impomos a nós mesmos, geradas por pressões do(s) grupos(s) a que pertencemos.
Bloqueios intelectuais e de comunicação: Falta de habilidade para formular e expressar com clareza problemas e ideias.
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Bloqueios emocionais: Resultantes do desconforto provocado por estados afetivos: apego a rotinas; medo de correr riscos; receio de parecer ridículo; desconforto com incertezas e ambiguidades; intolerância à frustração; motivações externas; negativismo ou pouca capacidade para persistir / resistir ao desânimo.
Bloqueios ambientais e organizacionais: ambiente inseguro; atitudes inibidoras à expressão
de
sentimentos
e
fantasia;
autoritarismo, estilos de gestão inibidores; distrações
frequentes;
falta
de
apoio,
cooperação e confiança; ausência de metas significativas; rotina cansativa, excesso de trabalho.
Bloqueios de perceção: Obstáculos que nos impedem de perceber claramente o problema ou a informação necessária para resolvê-lo: estereótipos; limites imaginários; sobrecarga de informação.
4.5
Técnicas de Criatividade – Modelo CPS
A criatividade é definida por muitos autores como um processo mental a partir do qual emergem novos produtos ou, mais genericamente, resolvem-se problemas. Embora se discuta qual o melhor termo para designar este processo – criatividade, processo criativo, pensamento criativo, pensamento divergente ou pensamento lateral – o processo visa desenvolver a capacidade de criar diferentes respostas face a um mesmo problema.
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Incentivada pelas intervenções de Osborn e de Parnes, a resolução criativa de problemas é uma metodologia que proporciona uma estrutura de instrumentos de
produção
desafios,
e
seleção
de
preocupações
e
oportunidades importantes para desenvolver resultados novos e úteis.
Este processo envolve capacidades de pensamento criativo e crítico, que permitem recolher informação através de observação direta, experimentação ou reflexão e conceptualizar, analisar, sintetizar e avaliar essa informação. Com este método, procura-se facilitar a produção de numerosas ideias e soluções para problemas com os quais não contamos (ou não queremos contar) com procedimentos definidos ou estabelecidos e que, por isso, requerem propostas inovadoras.
As propostas podem ser orientadas para: A elaboração de um produto; A transformação de um processo ou evento; A produção de melhores ou diferentes formas de interação.
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PENSAMENTO DIVERGENTE / PENSAMENTO CONVERGENTE NO CPS
Todas as etapas do CPS envolvem uma fase de pensamento divergente, na qual se geram muitas ideias diferentes e imaginativas, e uma fase de pensamento analítico, na qual se avaliam essas ideias.
Pensamento divergente: fase de geração de muitas opções e possibilidades que, conforme a etapa,
podem
ser
dados;
definições
do
problema, ideias, critérios de avaliação ou estratégias de implementação. É uma fase de liberdade para imaginar, em que o julgamento é suspenso.
Pensamento convergente: fase para avaliar e fazer escolhas entre as várias opções e possibilidades imaginadas na fase divergente. Nesta fase faz-se a seleção dos dados mais relevantes, das ideias mais promissoras, dos critérios e estratégias mais adequadas e viáveis. ETAPAS DO MODELO CPS: 1ª Construção de oportunidades – reconhecimento de uma situação problemática, um desafio a enfrentar ou algum resultado insatisfatório. O esforço vai no sentido de elaborarse uma descrição preliminar do problema, que frequentemente é incompleta,
mal
definida
e
complexa. É importante traçar um
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objetivo geral, identificando os elementos significativos ou componentes de problemas, desafios, preocupações ou oportunidades que se vão enfrentar, esclarecendo situações e factos complexos, sob a forma de enunciados. 2ª Exploração de dados – consiste na investigação sobre o problema, explorando todas as possíveis fontes de informação sobre a situação problemática, descobrindo todos os factos pertinentes e, sobretudo, uma entrada eficaz para iniciar a definição do verdadeiro problema. 3ª Enunciar o problema – a criação ou descoberta de um problema, o reconhecimento de oportunidades e a colocação de questões pertinentes
e
originais,
são
algumas
das
componentes importantes da criatividade.
4ª Produção de ideias - uma grande quantidade de ideias pode ser gerada, com a ajuda de ferramentas de criatividade mais apropriadas à situação, ideias que serão avaliadas, comparadas ou combinadas na etapa seguinte. Técnicas para o desenvolvimento de ideias criativas: - método analógico- processo fundamental de conhecimento, no qual o desconhecido é apreendido através do conhecido. Exemplos de atividades: Heuridrama, Jogo de adereços, Motes, Carrocel, Provérbio.
- antitético - apoia-se na libertação mental, na recusa de pressupostos, na relativização dos nossos modelos, no distanciamento em relação a nós próprios, na recusa das regras adquiridas do nosso comportamento e do nosso
raciocínio.
Exemplos
de
atividades: 21
Brainstorming,
Reverse
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brainstorming, Brainstorming individual; Quality Brainstorming; Os Seis Chapéus do Raciocínio. De seguida propomos que veja um excerto do filme “Criatividade” que ilustra o modo em que se processa o brainstorming.
- aleatório- a descoberta resulta de combinações ao acaso. Como tal, há que provocar associações. Relacionando sistematicamente objetos, ou conceitos de encontro, poderá surgir uma descoberta. Exemplos de atividades: Associações Forçadas; Matrizes de Descobrimento; Palavra Aleatória.
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5ª Desenvolvimento de soluções - Baseia-se na capacidade de selecionar as ideias/opções geradas que cumpram os critérios definidos para chegar aos resultados esperados com base em instrumentos de análise (pensamento analítico). Para analisar as melhores ideias/soluções é necessário desenvolver vários critérios de avaliação objetivos,
adaptados
a cada
problema concreto como, por exemplo: custo, tempo, exequibilidade, aceitação, utilidade, outros.
6ª Construção da aceitação- necessidade de aceitação e implementação da ideia avaliando as possíveis consequências da sua aplicação e os possíveis obstáculos. Trata-se de planear a transformação da decisão em ações a realizar, começando por enumerar as ajudas e os obstáculos e listando as ações a realizar a curto, médio e longo prazo, até a decisão estar completamente executada.
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5. Conclusão A qualidade da formação e das aprendizagens que ocorrem em contexto formativo dependem da capacidade do formador em adequar os percursos formativos e as estratégias pedagógicas às especificidades de cada grupo, com vista ao atendimento personalizado e à inclusão de todos os participantes no processo de construção do conhecimento. O investimento na criatividade em contexto formativo é a chave para a implementação dos fundamentos da pedagogia diferenciada. Neste sentido procurámos dar-lhe uma perspetiva sobre o processo da criatividade que lhe permite usufruir futuramente dos benefícios de uma capacidade que pode ser educada e adquirida. Sabendo ainda que a construção criativa constitui uma experiência comum a todos os seres humanos, apresentámos-lhe métodos e técnicas para produção de ideias criativas e para desenvolvimento de soluções cujas vantagens são incontestáveis em contexto formativo. De seguida propomos que veja um excerto do filme “Criatividade” que ilustra a importância do brainstorming.
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Concluída a leitura deste tema, disponibilizamos-lhe a síntese com os principais conceitos a reter. Relembramos que poderá aprofundar estes conteúdos no manual “Pedagogia e Aprendizagem Inclusiva e Diferenciada” que também lhe é disponibilizado na plataforma.
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