eFORMADOR: OS NOVOS DESAFIOS MÓDULO V
TECNOLOGIAS, PROJETOS E SISTEMAS INTEGRADOS EM ELEARNING
eFormador: Os Novos Desafios
Mód. V: Tecnologias, Projetos e Sistemas Integrados em eLearning
ÍNDICE 1. OBJETIVOS
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2. INTRODUÇÃO
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3. SERVIÇOS, TECNOLOGIAS E APLICAÇÕES
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3.1. Serviços de comunicação
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3.2. Tecnologia web
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3.3. Aplicações e conteúdos multimédia
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3.4. Ferramentas de autor
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4. AMBIENTE DE ELEARNING
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5. SISTEMAS INTEGRADOS DE ELEARNING
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6. SÍNTESE CONCLUSIVA
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7. BIBLIOGRAFIA
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1. OBJETIVOS
Pretende-se que no final deste módulo os participantes sejam capazes de:
Identificar e caracterizar os principais serviços de comunicação síncrona e assíncrona em eLearning; Reconhecer os suportes tecnológicos mais utilizados em eLearning; Selecionar as aplicações multimédia mais adequadas, em função das suas características e aplicabilidade; Indicar as funcionalidades mais comuns das plataformas tecnológicas; Reconhecer e aplicar os conceitos de LMS, LCMS e Scorm.
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2. INTRODUÇÃO A conceção de um sistema de formação eficaz e motivador implica que se assegure a existência de um ambiente colaborativo controlado, que permita a interatividade dos conteúdos. Nesta perspetiva, a aplicação criativa e inteligente dos recursos tecnológicos é uma das fontes de vantagem, quando falamos em formação em sistema de eLearning.
Neste módulo, pretende-se, em primeiro lugar, apresentar brevemente os principais serviços de comunicação à disposição do formador ou tutor, as tecnologias Web que suportam a comunicação online e, ainda, as aplicações multimédia a considerar.
Numa segunda fase, serão abordadas as características mais comuns das plataformas tecnológicas e serão explicitados os conceitos mais importantes relacionados com os sistemas integrados de aprendizagem.
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3. SERVIÇOS, TECNOLOGIAS E APLICAÇÕES As potencialidades das novas tecnologias, quando bem exploradas, geram novas e interessantes oportunidades para o eLearning. De facto, podem ser criadas várias combinações para as intervenções online, através do recurso a diversas ferramentas, selecionadas de acordo com a sua adequabilidade ao curso em questão.
Para além dos serviços tradicionais, Santos (2000) destaca três elementos ao serviço do Ensino à Distância. São eles:
1. Serviços de comunicação; 2. Tecnologia Web/Internet; 3. Aplicações multimédia.
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3.1.Serviços de Comunicação
Atualmente, a formação em eLearning faz-se essencialmente com recurso a serviços que possibilitam uma interação síncrona ou assíncrona.
Vejamos as diferenças:
Interação assíncrona: permite comunicação à distância, podendo os intervenientes estar presentes em momentos temporais diferentes.
Correio eletrónico (email)
O correio eletrónico permite estabelecer uma comunicação assíncrona entre todos os participantes e também entre o tutor e cada um dos formandos, possibilitando associar vários tipos de ficheiros;
Apesar de não permitir uma resposta em tempo real, a comunicação através de email dispensa a compatibilização de horário entre os intervenientes;
O e-mail é fácil de utilizar, rápido e económico.
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Fóruns
Com a criação de fóruns já é possível falarmos no conceito de “turma virtual”;
Os fóruns são estruturados e geridos pelo tutor e permitem criar tópicos de cariz técnico ou pedagógico, a partir dos quais os formandos podem consultar as respostas dadas pelos colegas e pelo tutor, o que facilita a oportunidade de colaboração durante o curso;
Ao longo do curso, é possível acrescentar diferentes tópicos de discussão e apagar outros que entretanto se desatualizam.
Outros serviços de comunicação assíncrona são, por exemplo, a transferência de ficheiros (ftp) ou as páginas Web com vídeo ou áudio gravado.
Interação síncrona: permite comunicação à distância, mas implica que os intervenientes estejam presentes ao mesmo tempo.
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Chats
Ao contrário da comunicação por email, os chats síncronos permitem uma interação com respostas imediatas entre formandos e tutor.
No entanto, podem apresentar algumas desvantagens, nomeadamente1(2):
As diferentes velocidades com que cada participante utiliza o teclado do seu computador podem retardar o ritmo e a fluência da conversa;
Pode haver uma sobreposição de opiniões, tornando a discussão difícil de acompanhar;
As intervenções tendem a ser demasiado curtas, devido à pressão para se responder em tempo útil;
Há muito pouco tempo para se refletir sobre a forma e o conteúdo das intervenções.
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Fonte: Duggleby, J (2002), Como ser um tutor online, Monitor, Lisboa 8
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Áudio e Videoconferências
A difusão de áudio e/ou vídeo em tempo real, bem como o sistema de Videoconferência, permitem também a comunicação síncrona e interativa;
Neste serviço, todos os utilizadores possuem uma câmara de vídeo e um microfone, o que possibilita obter informação a partir da voz e da linguagem gestual de cada pessoa, resultando numa reprodução muito aproximada do ensino presencial;
O potencial da transmissão simultânea de áudio e vídeo é elevado, uma vez que poderá permitir, por exemplo, que os tutores façam demonstrações num tópico de cariz prático e que os formandos comprovem as capacidades adquiridas;
Contudo, a reduzida expansão deste serviço está relacionada com as limitações ainda existentes em termos de qualidade na transmissão de imagem ou som, que pode ser muito variável.
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A seleção dos recursos tecnológicos a utilizar deve sempre ter em conta a largura de banda disponível, de forma a garantir o acesso universal por todos os participantes. O quadro seguinte fornece algumas indicações que podem auxiliar no processo de conceção da estratégia formativa e meios a utilizar no curso.
Tecnologias e larguras de banda associadas
Largura de banda (Formando)
Tecnologia
1 Mbps
Videoconferência bi-direcional
256 Kbps
Videoconferência uni-direcional
128 Kbps
Áudio-conferência
28.8 Kbps
Chat
14.4 Kbps
E e-Mail
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3.2. Tecnologia web
Pela
facilidade
de
utilização,
pela
possibilidade de se utilizarem imagens e uma disposição mais atrativa e por facilitar a transmissão de conteúdos e recursos, a Internet torna-se num meio bastante eficaz de garantir
o
acompanhamento
pedagógico
remoto dos formandos.
Umas das soluções tecnológicas que podem ser viáveis para alguns contextos formativos são os websites e os portais, geralmente de fácil gestão e de simples navegação.
No entanto, a utilização de tecnologia deste tipo não oferece a possibilidade de criar um ambiente virtual de formação com gestão da aprendizagem, como acontece com as plataformas tecnológicas.
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Atualmente, existe um leque bastante alargado de ambientes colaborativos que recorrem a tecnologia e serviços Web, a nível nacional e internacional, quer desenvolvidos e comercializados por empresas, quer com base em software open source, ou seja, sem custos de utilização.
Alguns exemplos são:
Formare;
Moodle;
First Class;
Web Ct;
AulaNet;
Blackboard.
Independentemente do sistema de gestão integrada que for utilizado, geralmente a estrutura de uma plataforma engloba, no mínimo, um servidor, onde ficará residente a plataforma e os conteúdos dos cursos, bem como as bases de dados de gestão e registo de atividade.
Posteriormente, os utilizadores virtuais acedem à plataforma e aos conteúdos dos cursos, necessitando apenas de um computador com acesso à Internet e de um browser, como o Microsoft Internet Explorer ou o Netscape Navigator.
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No entanto, a constante e acelerada evolução tecnológica cria necessariamente novas oportunidades para a distribuição do conhecimento.
Por
exemplo,
os PDAs
(Personal Digital Assistant) surgirão,
provavelmente,
como uma possibilidade de aumentar ainda mais a mobilidade do formando, dando origem a um novo conceito de aprendizagem: o
Mobile
Learning
ou
mLearning.
3.3. Aplicações e conteúdos multimédia
A possibilidade de aplicar tecnologias multimédia no eLearning - através da manipulação de texto, imagem, animações 2D e 3D, áudio e vídeo - constitui uma das vertentes mais interessantes desta modalidade de formação, uma vez que:
Promove a estimulação sensorial, contribuindo para o despertar da curiosidade e do interesse do utilizador e facilitando, assim, a assimilação do conhecimento;
Permite uma maior inovação e criatividade na conceção dos meios pedagógicos e na dinamização da própria formação;
Se a aplicação multimédia permitir que o utilizador intervenha no desenrolar das atividades, esta contribui para aumentar a interatividade do material;
Ao assentar numa estrutura de hiperligações, permite que o utilizador selecione o percurso a seguir e controle, desta forma, a sequência e o ritmo da sua aprendizagem.
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Assim, existem vantagens significativas em apoiar o processo de autoaprendizagem em eLearning em suportes como os CD-ROM ou DVD multimédia, que permitem um acesso rápido, económico e em qualquer lugar, ou em aplicações multimédia colocadas na Web, utilizando a linguagem Flash, por exemplo.
Texto O texto simples, devidamente formatado, pode ser apresentado em páginas HTML, em documentos em formato PDF ou até com recurso aos e-books.
Imagem A apresentação de texto complementado com imagens e animações implica o esforço adicional de digitalização e tratamento de texto e de imagem, mas revela-se útil para evitar tornar a apresentação de informação demasiado densa, facilitando a leitura e estimulando a atenção do formando.
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Animação a duas e três dimensões O recurso a animações 2D e 3D permite simular situações reais e gerar interação com objetos tridimensionais. Desta forma, aumenta-se o realismo da situação e, consequentemente, o grau de envolvimento do utilizador.
Exemplos da utilização de animações 3D:
Simulação do espaço físico do centro de formação ou de outro ambiente de aprendizagem;
Utilização de um assistente eletrónico que representa o tutor e que conduz um exercício prático, ou que guia o formando ao longo do processo de exploração dos conteúdos, com recurso também a texto ou voz;
Demonstração da composição de determinado objeto e/ou da forma como é montado;
Demonstração dos passos necessários à realização de determinada tarefa, com recurso a um modelo.
Exemplo de utilização de animação 3D para demonstrar as posições adequadas para realização de exame num paciente.
Fonte: SciELO - Scientific Electronic Library Online
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A conceção deste tipo de objetos pode ser feita com recurso a ferramentas de desenho gráfico e posteriormente transformados em GIFs animados ou, em alternativa, através de programas específicos e ferramentas de modelação e animação e convertidos depois em objetos flash, para garantir a uniformização dos formatos utilizados e a utilização universal dos mesmos.
Áudio A utilização de aplicações de áudio em eLearning pode ser
útil
quando
recorrer, música
por de
associada
quer
exemplo, fundo,
a
se
um
a
a voz
assistente
eletrónico, ou a sons que servem como complemento à informação visual.
Este tipo de aplicações pode ser bastante útil, por exemplo, numa formação em línguas, sendo fundamental garantir que todos os formandos possuem placas de som e colunas ou auscultadores.
Mais uma vez, é importante ter em atenção a largura de banda exigida pela transmissão do áudio, já que não conhecemos o software instalado nos computadores de todos os utilizadores.
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Vídeo
O recurso a vídeo, seja este documental ou com atores, implica geralmente a captura de imagens, à qual se segue a fase de pós-produção e, finalmente, a digitalização para um formato standard (MPEG, Quick Time, Windows Media, etc.).
Os objetos vídeo têm uma vasta aplicabilidade e podem ser utilizados para atingir diversos objetivos, nomeadamente:
Exemplificar um determinado conceito;
Demonstrar um processo físico;
Apresentar situações em que se pretendem demonstrar comportamentos e atitudes de pessoas, geralmente para formação na área comportamental;
Expor conteúdos, em que o próprio formador pode ser o ator, sendo até possível recorrer-se à sincronização da sequência de vídeo com uma apresentação em Microsoft PowerPoint.
Existe um alargado leque de aplicações multimédia à disposição dos produtores de cursos em eLearning. Contudo, é importante ter presente que o conteúdo final deve conter um equilíbrio entre os vários formatos: texto, imagens, áudio e vídeo. 17
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3.4. Ferramentas de autor As ferramentas de autor são recursos para que o utilizador comum, mesmo sem conhecimentos de programação, possam desenvolver com rapidez, e onde quer que estejam, um determinado conteúdo ou programa.
Atualmente, o conceito de learning objects, ou objetos de aprendizagem, prevê o uso cada vez mais frequente de conteúdos a serem geridos pelo tutor num curso a distância. Ou seja, com este tipo de ferramenta ou recurso, o próprio formador ou autor do conteúdo a ser desenvolvido pode, sem recorrer necessariamente ao apoio de uma equipa de produção, desenvolver seu próprio curso, a sua própria metodologia de ensino a distância pelo eLearning.
Podemos pensar que isso não é para qualquer formador, uma vez que vai ter que ter um domínio tecnológico, vai ter que entender de programação, etc. A resposta é simplesmente não. Não obstante o formador ou autor não poder ser avesso à tecnologia, pode facilmente compilar os seus cursos. Claro que, dependendo do grau de sofisticação do curso, pode precisar de ter domínio sobre aplicações de tratamento e pós-produção de imagem, áudio, ou mesmo vídeo, se quiser editar seu próprio material.
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Além disso, é necessário o domínio sobre o conteúdo a ser desenvolvido. E é aí realmente que o autor ou tutor precisa concentrar o seu enfoque e o seu conhecimento. A sua especialização estará no desenvolvimento da sua metodologia de eLearning, o que, na prática, se pode designar por instructional design. O que estas ferramentas possibilitam é que o objetivo do produtor do conteúdo se volte para o desenvolvimento de uma metodologia de gestão dos conteúdos de aprendizagem.
Vantagens das ferramentas de autor para o desenvolvimento de soluções de eLearning
Podemos ter a ideia, em relação às ferramentas de autor em geral, que são muito automatizadas, com poucas opções de personalização (por exemplo, para inserir o logo da instituição ou a própria marca pessoal do formador). As especificidades e funcionalidades de uma ferramenta de autor deixam ao formador a liberdade para fazer a gestão de uma metodologia, ou até para criar a sua própria metodologia de eLearning - Instructional Design.
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Essa é a principal funcionalidade do sistema: permitir que o formador faça a gestão e disponibilize os seus conteúdos de formação; crie e desenvolva a sua metodologia de ensino a distância.
Outras razões já citadas também justificam a utilização de ferramentas de autor no desenvolvimento de cursos de eLearning, nomeadamente o tempo para a produção, a disseminação da cultura de eLearning na instituição, o custo de produção etc.
No entanto, a grande vantagem é a liberdade de se criarem e gerirem conteúdos do ponto de vista do formador, de forma que o novo paradigma
educacional
produção
do
formandos, desenvolvimento,
resida
na
e
nos
conteúdo focado
gestão
no e
construção de conhecimento.
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Gestão das Ferramentas de autor
Cabe a cada formador/autor e a cada organização/instituição utilizar da forma mais responsável esse tipo de recurso. As ferramentas facilitam a vida da instituição de várias formas: podem reduzir custos de equipa de produção, gerar escalabilidade, gerir um grande número de participantes e garantir o retorno do investimento.
Isto é válido se, evidentemente, tiverem uma inteligência educacional por detrás, ou em cada ecrã, desenhando a sua pedagogia, a sua metodologia, sem cair no comum, ou no óbvio e sem repetir o desgastado modelo da cópia do formato tradicional para forma digital.
Não caia no erro de utilizar as ferramentas de autor para converter apenas o formato tradicional em formato digital.
É preciso lembrar, mais uma vez, que o propósito continua a ser o ensino/aprendizagem. O formador, enquanto gestor de conteúdos, torna-se cada vez mais frequente e indispensável.
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A tecnologia é um mero recurso, uma mera ferramenta, um mero instrumento de trabalho. Desta forma, o formador pode unir todos os recursos num só lugar, da forma que julgar mais conveniente, mais interessante, mais motivadora e que leve o participante a desenvolver e construir a sua aprendizagem.
Como exemplo de tecnologia, podemos referir, entre as ferramentas mais reconhecidas do mercado:
HotPotatoes Uma notável ferramenta de criação e publicação de questionários. Simples e fácil de utilizar.
O endereço da ligação é: http://hotpot.uvic.ca/
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ViewletBuilder A mais utilizada ferramenta de criação de tutoriais para aprendizagem de utilização de ferramentas de software. Integra e exporta PowerPoint para Flash. O Viewlet Builder permite desenvolver rápida e facilmente apresentações web, tutoriais e testes. O endereço da ligação é: http://www.qarbon-pt.com
Audacity Ferramenta de edição de áudio de código aberto que permite captar, reproduzir e editar sons. Uma ótima solução para a gravação e publicação de Podcast via RSS feed. O
endereço
da
ligação
é:
http://www.audacity.com
ReadyGo Web Course Builder Uma ferramenta de autoria de cursos para elearning que alia a simplicidade e eficiência na conceção à eficácia na aprendizagem. Permite a criação, construção e publicação de cursos de elearning por qualquer autor - formador ou qualquer pessoa sem conhecimentos especializados de tecnologias de base informática. O endereço da ligação é: http://www.readygo-br.com
PoweredTemplates Um sítio profissional contendo um número elevado e variado de modelos (templates) para utilização
na
criação
de
apresentações 23
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PowerPoint notáveis e impressivas. O endereço da ligação é: http://www.poweredtemplates.com/pid/414/index.html
Lectora Uma ferramenta de autoria, simples e atraente, que aproveita o modelo de apresentações tipo "PowerPoint" para a construção
e
disponibilização
de
tutoriais. O
endereço
da
ligação
é:
http://www.lectora.com/
Fresh Flash Catalog Um software de publicação eletrónica que permite de uma forma rápida e fácil criar ebooks, apresentações, catálogos e folhetos interativos.
O endereço da ligação é: http:/www.freshcatalog.com/
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O conhecimento existe e, na generalidade, é de elevada qualidade. Os processos e as metodologias de produção estão bem definidos e são uma importante componente do processo de produção. As tecnologias e as ferramentas também estão disponíveis, são de fácil utilização e são importantes instrumentos de apoio à produção. Só falta mesmo pôr mãos à obra!
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4. AMBIENTE DE ELEARNING Como referido anteriormente, existem inúmeras plataformas disponíveis no mercado, que fornecem um ambiente virtual de formação e possibilitam o acompanhamento e a gestão do percurso formativo de cada formando.
A seleção do tipo de plataforma online a utilizar deve ser um processo ponderado e refletido, na medida em que é este o principal interface físico entre o formando e os conteúdos.
Por não existir uma solução única ou ideal, a seleção da plataforma a utilizar deve ter em conta sobretudo as necessidades da organização, a estratégia formativa delineada e as suas implicações no que diz respeito às funcionalidades exigíveis do ambiente de eLearning e, finalmente, a oferta disponível no mercado, avaliada em termos de qualidade e custos.
De uma forma geral, para assegurar a eficácia do trabalho à distância, uma plataforma de formação deve ser:
Apelativa;
Friendly (de fácil navegação);
Promotora de uma interação intuitiva com todos os intervenientes.
A criação de um ambiente Web para a formação à distância deve visar criar uma envolvente semelhante a um “centro de formação virtual”, que possibilite a utilização de ferramentas idênticas às disponibilizadas pela formação presencial. 26
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Neste sentido, destacam-se de seguida algumas funcionalidades que podem ser integradas numa plataforma de eLearning:
Acesso Apresentação
Inclusão de fotografia digitalizada e texto de apresentação pessoal.
Oferta formativa
Consulta do catálogo formativo.
Placard informativo com avisos
Consulta de novos avisos.
Gestão das inscrições
Possibilidade de efetuar inscrições para novos cursos.
Informação genérica Lista de participantes
Pesquisa de informação
Nomes, contactos e indicação de quem está online e offline no momento. Pesquisa
texto
nas
várias
áreas
da
plataforma. Introdução
Bloco de notas
de
livre
de
apontamentos
que
o
utilizador considerar úteis: citações pertinentes, aprofundamento de tópicos ou desenvolvimento de novas ideias. Pesquisa por tema ou por palavra, podendo ser
Glossário
bastante útil para clarificar temos técnicos ou conceitos específicos de determinado tema.
Calendarização
Mapa do site
Visualização do cronograma da ação. Navegação
visual, pelas
várias áreas da
plataforma.
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Comunicação Permitem notificar os participantes acerca da disponibilização de novos conteúdos, sua Avisos
localização,
datas
limite
de
entrega
de
exercícios, etc. (existem plataformas que permitem até enviar mensagens de telemóvel, como forma de aviso).
Chat
Sala de comunicação virtual.
Envio de e-mail
Para participantes e tutor do curso. Úteis
Fóruns
para
colaboração
discussão à
distância
de
assuntos
sobre
e
trabalhos
específicos.
Biblioteca
Podem ser inseridos textos de apoio ou hiperligações para informação de interesse.
Recursos Pedagógicos Manual pedagógico
Filmes
Jogos Pedagógicos
Exercícios Pedagógicos
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Ao organizar a informação numa plataforma tecnológica deve procurar criar-se um ambiente de aprendizagem o mais intuitivo possível, de forma a garantir a usabilidade dos conteúdos.
Para tal, devem ser disponibilizados dispositivos de suporte, como as FAQ, secção de ajuda, etc., e ainda fornecer referências constantes através das quais o formando se possa orientar ao longo do processo de autoformação.
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5. SISTEMAS INTEGRADOS DE ELEARNING Como vimos anteriormente, as plataformas tecnológicas - ou sistemas integrados de eLearning - permitem criar um ambiente de aprendizagem, fazendo a gestão dos conteúdos de forma coerente e orientando o formando ao longo do percurso formativo.
Dependendo das suas características, uma plataforma de eLearning pode integrar os seguintes elementos:
LMS (Learning Management System): também conhecido por ambiente virtual de aprendizagem (Virtual Learning Environment), é responsável pela gestão de navegação dos formandos e regista os dados relativos ao seu progresso na aprendizagem.
LCMS (Learning Content Management System): posiciona-se ao nível do desenvolvimento, armazenamento e distribuição de conteúdos personalizados de eLearning.
O LMS é a ferramenta utilizada para a gestão da formação, interagindo com o LCMS ao nível dos conteúdos da aprendizagem.
O conteúdo formativo pode ser utilizado em diferentes plataformas?
A criação de conteúdos para eLearning é um processo exigente e que envolve recursos ao nível humano e financeiro. Para reduzir os custos com a produção de
conteúdos
de
qualidade
seria
bastante útil reaproveitar alguns dos desenvolvimentos efetuados.
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No entanto, devido à grande variedade de sistemas integrados de eLearning existentes no mercado, a inclusão de conteúdos pedagógicos em ambientes diversificados exige o seguimento de normas específicas, de forma a garantir a integração e compatibilidade entre sistemas educacionais de eLearning (Barbeira, J. & Santos, A).
A normalização pretende estabelecer critérios que deverão reger a atividade dos profissionais de eLearning.
Apesar de ainda não ter surgido um modelo estável para a normalização de conteúdos, aceite pelas entidades que definem os standards para a Internet, já foram feitos vários esforços de normalização, dos quais se destacam:
AICC (Aviation Industry CBT Comitee);
IMS (IMS Global Learning Consortium, Inc.);
SCORM (Sharable Content Object Reference Model).
O SCORM nasceu fruto da tentativa de criar um conjunto de especificações que servissem como norma para o desenvolvimento, empacotamento e distribuição de conteúdos formativos, a partir dos diferentes padrões existentes.
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Normas SCORM: Para quê? 1. Reutilização: permite que os conteúdos sejam utilizados em diferentes contextos de aprendizagem; 2. Interoperabilidade: permite que os conteúdos sejam utilizados numa grande variedade de hardware, sistemas operativos e browsers; 3. Durabilidade: capacidade de suportar as mudanças e evolução tecnológica sem custos com a realização de alterações significativas; 4. Acessibilidade: permite o acesso remoto aos conteúdos, tanto para autores como para utilizadores, à medida que são necessários.
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6. SÍNTESE CONCLUSIVA
A formação a distância é indissociável das novas tecnologias, que vieram permitir a criação e distribuição de novos materiais e recursos didáticos, mais interativos e que promovem um maior envolvimento do formando na sua própria aprendizagem. Neste contexto destacam-se as tecnologias de comunicação, com especial ênfase na Internet, que é imprescindível para atenuar o isolamento típico do formando a distância.
O conhecimento das novas tecnologias e a sua utilização são exigidos a qualquer profissional da educação ou formação. No entanto, é importante ter sempre presente que são os destinatários, os objetivos e metodologias que determinam as tecnologias a utilizar, não o seu inverso.
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7. BIBLIOGRAFIA (1) Barbeira, J. & Santos, A. (?), Desenvolvimento de conteúdos normalizados para ambientes de eLearning: um estudo de caso na PT Inovação, PT Inovação (2) Duggleby, J (2002), Como ser um tutor online, Monitor, Lisboa (3) Instituto para a Inovação na Formação (2003), Guia para a Conceção de Conteúdos de eLearning, Lisboa
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