GESTÃO E LIDERANÇA, AS DIFERENÇAS
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FICHA TÉCNICA
TÍTULO Gestão e Liderança, as Diferenças
AUTORIA, COORDENAÇÃO GERAL E PEDAGÓGICA E CONCEÇÃO GRÁFICA Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos, Lda.
ANO DE EDIÇÃO 2012
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ÍNDICE Objetivos pedagógicos
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Conteúdos programáticos
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Introdução
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1. A Gestão
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2. A Liderança
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3. Os Líderes mobilizam as pessoas
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Bibliografia
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OBJETIVOS PEDAGÓGICOS Reconhecer as diferenças entre Gestão e Liderança; Identificar as funções do Gestor; Identificar as funções do Líder; Reconhecer as principais características que fazem os grandes Gestores e os Grandes Líderes.
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
As Diferenças entre Gestão e Liderança;
Regras para o desempenho de um grande gestor;
As características importantes para uma boa liderança.
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INTRODUÇÃO Tenha ideias e procure pô-las em prática. Se não acreditarem em si, não desanime. É normal as ideias serem negadas até triunfarem. Nessa altura dirão que sempre acreditaram em si.
O conhecimento é sem dúvida o ingrediente que o ajudará a ser bem sucedido. Apesar de nem sempre haver concordância entre os que se dedicam ao estudo da gestão e da liderança, entendemos que é importante ter presente as duas dimensões.
Será que a liderança e a gestão são a mesma realidade ou serão coisas diferentes?
1. A GESTÃO A Gestão implica que o gestor decida o que fazer e de seguida fazê-lo através das pessoas. Os gestores têm de conseguir obter resultados e por isso têm de lidar de acordo com os acontecimentos, esperados e inesperados. Mas, para além de gerirem outros, os gestores têm que se gerir a si próprios.
É possível e desejável que consigam o apoio da equipa, conselhos, opiniões, ajuda, mas cabe-lhes a eles tomar decisões, iniciar ou até assumir as ações. Uma das coisas que eles têm que fazer é SIMPLIFICAR PARA SE FAZEREM ENTENDER.
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A função do gestor é descobrir maneiras de utilizar o talento das pessoas e traduzi-lo num melhor desempenho. Mas é evidente que enquanto gestores sabem que, como qualquer outro colaborador, estão naquele lugar para defenderem os interesses da empresa. Todavia, intuitivamente sabem que a única maneira de servir a empresa é começar por servir o colaborador. A sua lógica pode ser definida assim:
- Tornar as pessoas mais produtivas. Podem existir outras responsabilidades, tais como as vendas, a conceção ou implementação de novos procedimentos, mas, no que se refere à faceta de gestão das pessoas, o seu sucesso ou falhanço depende da sua capacidade de tornar os colaboradores mais produtivos consigo do que com outra pessoa, e a maneira de o conseguir é convencê-los de que o sucesso deles é a sua maior ambição.
O objetivo do gestor é o de conhecer os que gere e o de descobrir como, onde e quando estes poderão ser bem sucedidos. O gestor que não estiver preparado para detetar os pequenos triunfos nas outras pessoas, com o tempo acabará por lhe parecerem cada vez mais enfadonhas as tarefas de gestão.
O bom gestor é exigente, mais exigente do que os gestores fracos. Mostra confiança nos seus talentos e pede aos colaboradores mais do que alguma vez lhes havia sido pedido. Desafia-os a elevar a fasquia e mostra-lhes como a superar. Desenha-lhes um perfil de excelência e encoraja-os a assumi-lo.
O gestor espera o melhor dos seus colaboradores e fá-los acreditar que o seu sucesso é a sua preocupação essencial, aquilo que orienta todas as suas decisões.
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Os gestores são pagos para que os colaboradores deem o seu melhor, mas também sabem que eles só o farão se se sentirem compreendidos, desafiados para que isso aconteça.
Os gestores são obrigados a convencer-se de que o sucesso do colaborador é para eles de extrema importância e, por isso, terão de ser capazes de fazer com que o talento da pessoa seja traduzido em desempenho.
Eis algumas regras para o desempenho de um grande gestor: ► Saber gerir o tempo; ► Formar as pessoas; ► Definir expectativas claras e objetivos mensuráveis; ► Dar feedback, reconhecer, repreender e/ou elogiar; ► Preocupar-se com a equipa; ► Delegar eficazmente.
Os grandes gestores jogam xadrez, os medíocres damas. No xadrez todas as peças se movem de modo diferente. O gestor tem que encontrar o ponto forte de cada pessoa e fazer sentir que numa empresa precisam uns dos outros. Convencê-los de que se não há nenhum “eu” em equipa, há “ganhar”.
“Os grandes gestores são românticos”, são capazes de ver cada pessoa diferente, complexa como um jardim cheio de plantas e um lago cheio de peixes, e em cada planta e em cada peixe um outro jardim, um outro lago. 7 www.nova-etapa.pt
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O gestor medíocre acredita que o essencial de uma boa gestão é identificar as fraquezas das pessoas e erradicá-las. O grande gestor acredita no contrário. Para ele o mais importante é:
► Identificar as qualidades de cada um; ► Criar condições às pessoas para conduzirem o seu desempenho o mais eficazmente possível; ► Fazê-los acreditar que as tarefas que têm que executar são um desafio e quando têm sucesso elogia-os pelo trabalho desenvolvido e pelas suas capacidades únicas.
2. A LIDERANÇA O líder tem que ter bases sólidas para enfrentar os desafios com o seu saber. Deve desenvolver e transmitir fortes convicções e conduzir através das pessoas, acreditando em ideias e ideais.
Apesar de terem estilos diferentes, até em situações iguais os líderes acreditam que os colaboradores têm mais virtudes do que as que julgam possuir. Transformam mentalmente um defeito numa qualidade. Ex. “Ele não é teimoso é firme”. Para além da energia, da criatividade, têm a capacidade de concentração, sabem filtrar o mundo, concentrar-se nas emoções, factos ou eventos relevantes. Focam a sua atenção com a precisão de um laser.
A liderança é o ingrediente secreto que uma vez distribuído pela Organização, leva à inovação, ao empreendimento interno e à criatividade.
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Eis algumas características importantes para uma boa liderança:
► Ser corajoso; ► Conhecer-se a si próprio e ter consciência clara dos seus valores; ► Acreditar no futuro independentemente das circunstâncias; ► Estar preparado; ► Construir grandes equipas; ► Gostar e acreditar verdadeiramente nas pessoas.
Assim como a arte, a liderança não precisa de ser definida, porque quando a pessoa a vê reconhece-a.
Quando as organizações dizem que cada um dos colaboradores pode ser um líder, são comportamentos que eles querem ver, como: iniciativa, criatividade, convicção, integridade, persistência.
3. OS LÍDERES MOBILIZAM AS PESSOAS “FUTURO MELHOR”: o que define um líder é a sua preocupação com o futuro, não é o objetivo de derrotar os competidores, nem o de ser individualmente mais produtivo. É a ideia de futuro que o motiva. O líder não está satisfeito com o presente porque na sua cabeça tem um futuro melhor e a diferença entre o que é e o que podia ser inquieta-o e leva-o a avançar.
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Há vários exemplos de líderes, mas um líder tem de ser sempre alguém que se empenha em ver um futuro melhor.
O talento principal dos grandes gestores é o instinto de preparar os outros para o sucesso. Os talentos de base da grande liderança são o otimismo e o ego. O líder vê o futuro de forma tão real e nítida que este não lhe sai do pensamento. Quer o presente seja intenso ou não, as possibilidades de futuro serão sempre melhores.
Quando perguntaram a Churchill qual era o seu objetivo, ele respondeu numa palavra: Vitória. Vitória a qualquer custo. Estava convicto de que a sua causa não iria falhar. A vitória tornou-se o seu objetivo. Ao líder nada consegue minimizar a sua fé de que as coisas correrão melhor.
O líder é capaz de fazer um apelo ao espírito e otimismo de cada um, de modo a restabelecer as forças e permitir que os outros consigam ver um futuro melhor. O líder acredita.
O líder tem uma visão bastante clara relativamente à apreciação e avaliação dos desafios. Sabe que o caminho é constituído por obstáculos, mas que para se libertar de um obstáculo não é preciso destruí-lo. Podese contorná-lo, dar uma volta, ultrapassá-lo, atravessá-lo, forçá-lo ou passar mesmo por dentro dele. O importante é continuar em frente, deixá-lo para trás, seguir, seguir. Acredita em tudo aquilo que é necessário para lidar e ultrapassar desafios é seguir em frente. Os líderes não estabelecem desafios modestos.
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Para o gestor, o ponto de partida é cada colaborador individualmente. Examina a “paleta de talentos”, de capacidades, de conhecimentos, de experiências, de objetivos e depois usa-os para definir um futuro específico onde o colaborador possa ter sucesso. A pessoa é o seu foco.
O líder vê de modo diferente. Foca-se no futuro. Futuro melhor é o que ele diz, pensa, pondera, concebe e aperfeiçoa. Só quando essa imagem estiver bem clara na sua cabeça é que ele dirige a sua atenção para persuadir os outros de que podem ter sucesso no futuro que ele prevê. Mas ao longo de todo o processo o futuro mantém-se como o seu objetivo.
Uma pessoa pode desempenhar os dois papéis, como gestor centra-se no indivíduo, como líder nos objetivos previstos.
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BIBLIOGRAFIA
BLANCHARD, Ken, Um Nível Superior de Liderança, Atual Editora, 2007; BUCKINGAM, Marcus, A Única coisa que você precisa saber, Editora Campus – BB, Ano 2005; GIULIANI, W. Rudolph, Liderar, Quetzal Editores, 2003.
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