CABELEIREIRO E ESTร TICA CANINA Mรณdulo III
Cuidados de higiene www.nova-etapa.pt
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ÍNDICE DO MÓDULO 3
OBJETIVOS
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1. Cuidados Diários Do Cão
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1.1. A Higiene Diária
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1.1.1. A Trufa
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1.1.2. A Cavidade Bocal
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1.1.3. Os Olhos
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1.1.4. As Orelhas
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1.1.5. Os Órgãos Genitais e o Ânus
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1.1.6. As Unhas
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2. Cuidados de Higiene e Beleza
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2.1. O Banho
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2.1.1. Frequência de banhos consoantes diferentes raças
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2.2. A Tosquia
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2.3. O Material
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2.4.A Técnica
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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AUTOAVALIAÇÃO
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No final deste módulo o formando deve ser capaz de :
Realizar a higiene diária dos diferentes órgãos externos;
Indicar qual a frequência de banhos para cada tipo de pelo, bem como qual o tipo de produtos a aplicar;
Identificar o material necessário para realizar o trabalho de cabeleireiro e estética canina;
Aplicar diferentes técnicas de gromming consoante a raça do canídeo alvo do trabalho.
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1. Os Cuidados Diários do Cão No seu dia a dia, o cão requer uma diversidade de cuidados que lhe irão garantir uma correta higiene permitindo, simultaneamente, ao dono detetar precocemente quaisquer sinais anormais indicativos de doença.
1.1.
A Higiene Diária
Existem diversos meios, bastante simples, de verificar e manter a integridade dos diferentes órgãos externos.
1.1.1.
A Trufa
Deve estar húmida e fresca a qualquer momento do dia. No entanto, poderá ressequir quando o animal dorme. Deverá no entanto estar húmida após o despertar. Não requer cuidados especiais: no entanto, a presença de crostas, de feridas, de um corrimento considerável ou de muco purulento, pode constituir um sinal de uma eventual afeção que deverá ser observada pelo Médico Veterinário.
1.1.2.
Cavidade Bocal
Os lábios deverão estar limpos e relativamente herméticos. Consoante a raça, podem ser descaídos ou não. Deverá vigiar-se um eventual aparecimento de feridas ou inflamações (sobretudo, nos Pastores Alemães cuja pele é muito sensível). Os dentes devem ser brancos e não apresentar tártaro. Os cães raramente se mostram cooperantes no que respeita ao manuseamento da boca; será conveniente habituar o cachorro a essa operação.
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As gengivas devem apresentar uma coloração rosada; qualquer vermelhidão no rebordo dos dentes é do foro patológico e indicativa de uma inflamação dolorosa que pode provocar a diminuição do apetite do cão uma vez que o animal é incapaz de abocanhar e triturar os alimentos. Neste caso é imprescindível proceder à limpeza dos dentes do animal, através de uma destartarização que deve ser feita no seu Médico Veterinário. Para que o seu cão tenha uma boa higiene oral devemos aconselhar os donos dos animais a proceder de diversas maneiras: A solução mais eficaz consiste na utilização de uma escova de dentes e de um dentífrico especialmente concebidos para cães; esta escovagem deverá ser realizada diversas vezes por semana (1 vez por dia é o ideal). Existem, também, comprimidos com grande apetência que libertam princípios ativos ao serem trincados pelo animal: este produto poderá ser uma boa opção para os cães que não toleram a escovagem. E, finalmente, há também a possibilidade de se fornecer ao animal objetos feitos em pele de búfalo ou cartilagem: essa “pastilha elástica” natural retarda a formação do tártaro por via da ação mecânica exercida sobre os dentes enquanto o animal os mastiga. Apesar de todos os esforços exercidos pelos proprietários do animal, o tártaro pode instalar-se, quando isso acontece, só a destartarização e a prescrição de um tratamento à base de antibióticos pelo Veterinário poderão debelar a infeção inicial e o incómodo provocado pela presença abundante de tártaro.
Fig.1: Dentição com tártaro e inflamação
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Fig. 2: Escovas de dentes em forma de dedeira
Fig.3: Ossos Comestíveis
1.1.3. Os Olhos Os olhos deverão ser brilhantes, húmidos e as mucosas de tom rosado. Não deverá ser observado nenhum corrimento ao nível do canto interno. É possível limpar diariamente os olhos dos cães com uma solução ocular (p. ex. Ocryl). Para esse efeito, será necessário levantar a cabeça do cão, erguer a pálpebra superior introduzir uma pequena quantidade da solução no olho. Deverá limpar-se o excedente com uma compressa. Duas precauções a ter são, em primeiro lugar; para não assustar o animal, o frasco deverá ser aproximado pelas costas do cão. Em segundo; observar a data de validade da solução utilizada pois essas soluções são facilmente contamináveis e, como tal, perdem a sua eficácia.
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1.1.4. As Orelhas Os cães evidenciam dois tipos de orelhas: caídas ou eretas. As orelhas caídas deverão ser inspecionadas com maior frequência: com efeito, o pavilhão ao tapar o canal auditivo externo não permite a sua correta ventilação. A natureza dos pelos presentes nas orelhas (compridos, encaracolados, curtos...) poderá, também, ser um fator importante. O canal auditivo externo deverá apresentar-se limpo e sem presença de pelos. A higiene das orelhas deverá ser feita com regularidade. No caso das orelhas caídas, poderá ter lugar 1 a 2 vezes por semana e, quinzenalmente, para as orelhas eretas. Para este efeito deverá ser empregue uma solução adequada às orelhas do cão. O processo é o seguinte: introduz-se o aplicador no canal (não há qualquer perigo de perfuração do tímpano, visto o canal ser em forma de L) instilando seguidamente um jacto do produto. Procede-se à retirada do aplicador, seguido de uma massagem da base da orelha durante 30 segundos. O canal deve então ser limpo com um algodão ou uma compressa mas sem os introduzir profundamente. Os cães de pelo comprido apresentam frequentemente pelos nos ouvidos que, na maioria dos casos, impedem a correta eliminação do cerúmen. Dever-se-á então proceder à remoção dos pelos (depilação auricular).
Fig. 5: Observação auricular
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1.1.5.
Os Órgãos Genitais e o Ânus
O exame regular dos órgãos genitais masculinos e femininos permite verificar a sua higiene: qualquer presença de corrimento deverá ser controlada por um Médico Veterinário. O ânus deverá estar limpo e sem vestígios de diarreia. Os cães possuem 2 glândulas perianais, estas glândulas permitem lubrificar o ânus de forma a permitir uma boa defecação por parte do animal. Por vezes estas glândulas entopem (especialmente em animais geriátricos), quando tal acontece um sintoma comum é o cão esfregar o ânus contra o chão. Para resolver este problema devemos espremer as glândulas e colocar uma pomada específica.
Fig. 6: Esvaziamento do conteúdo das Glândulas Perianais
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1.1.6.
As Unhas
Os cães podem apresentar dois tipos de unhas: nos esporões e nos dedos. O seu crescimento é contínuo e a atividade normal do cão provoca o seu desgaste. Se essa circunstância não se verificar (e nesse caso as unhas produzem um ruído quando o animal caminha), deverão ser cortadas com um corta – unhas. No entanto, dever-seá ter o cuidado de preservar a integridade dos vasos sanguíneos que se encontram na sua base: as unhas claras deixam transparecer um triângulo cor-de-rosa. Esses vasos sanguíneos podem ser identificados pelas marcas existentes sob as unhas negras. Em ambos os casos, as unhas deverão ser cortadas abaixo dessas marcas. Poderá dar-se o caso que o animal sangre: dever-se-á, então, aplicar água oxigenada ou um lápis hemostático. Um pequeno penso poderá proteger a ferida com um penso durante 1 hora. A técnica deverá ser a mesma para os esporões. Geralmente, estão recobertos por pelos; não deverão ser esquecidos pois se encravarem na pele tornar-se-ão dolorosos e poderão dar origem a feridas.
Fig. 7: Esquema sobre o corte da unha
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2. Cuidados de Higiene e Beleza 2.1. O Banho Antes de dar início ao banho, é indispensável escovar a pelagem para desembaraçar os nós. Humedecer todo o corpo do animal. Aplicar o champô, tendo o cuidado de não permitir que a espuma penetre nos olhos nem nos ouvidos. Deixar o produto atuar durante alguns minutos e, depois, enxaguar com bastante água limpa. É preferível lavar a cabeça em último lugar pois o animal poderá sacudirse. Esfregar o cão vigorosamente e colocá-lo numa zona quente da casa. No Verão poderá deixar o cão secar no exterior, ou mesmo, dar um passeio com ele, caso o animal não seja do tipo de rebolar pelo chão. Se o animal o suportar poderá ser seco com um secador; nesse caso deverá ter o cuidado de não o queimar escovando simultaneamente a pelagem durante a operação. A frequência dos banhos varia de acordo com a textura do pelo: assim, os cães de pelo raso só deverão ser lavados quando estiverem sujos; os cães de pelo curto, em média, duas vezes por ano; e os cães de pelo comprido aproximadamente de 3 em 3 meses. Os cães de raça pequena podem ser lavados numa bacia ou numa banheira de bebé enquanto que os cães de raça grande podem tomar banho numa banheira vulgar ou no exterior da casa (caso a temperatura o permita). Um
tapete
de
borracha
evitará
escorregadelas
incontroláveis suscetíveis de magoar o animal ou assustá-lo para sempre.
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Dever-se-á utilizar água morna assim como um champô especial para cães. Os produtos destinados aos seres humanos (mesmo para bebés) possuem um pH excessivamente ácido e podem irritar a pele.
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2.1.1. Frequência de banhos consoante as diferentes raças TIPO DE PÊLO
CURTO COM SUB-PÊLO
SEMI-COMPRIDO COM SUB-PÊLO
COMPRIDO
RAÇAS
BANHO
Serra da Estrela Huskie Siberiano Pastor Alemão
1 a 2 banhos por ano. Mudam de pelo 2 vezes por ano. Escovar frequentemente com cardadeira, pente e ancinhos para evitar que o pelo morto acumule e crie nós. Não se deve cortar o pelo.
Champô para pelo curto
Bobtail Samoyedo Cocker Spaniel
Banho de 2 em 2 meses. Colocar bálsamo amaciador. Pentear pelo menos 2 a 3 vezes por semana. Mudam o pelo 2 vezes por ano. Pentear com cardadeira e pente no lombo
Champô para pelo comprido + Bálsamo
Yorkshire Bichon Maltês Lhasa-Apso Shih-Tzu
CURTO
Dálmata Boxer Doberman Shar-pei
DURO
Fox Terrier Schnauzer Airdaile Terrier Lakeland Terrier West Highland White Terrier
Banho mensalmente, exceto cães sem sub-pelo p. ex. Yhorkshire e Shih-Tzu que podem tomar banho de 1 a 4 vezes por mês conforme as necessidades. Pentear diáriamente (2 x por dia). Pelo de crescimento contínuo, não têm muda
Champô pelo curto
2 a 6 banhos por ano sem usar bálsamo. Fazer stripping conforme necessário
ENCARACOLADO
Caniche Bichon Frisé
COM MADEIXAS
Komodoro Puli
Banhos pouco frequentes, lavando madeixa a madeixa sem nunca escovar ou pentear.
Chino Crestado Xolo Mechicano
Champô para pelo comprido + Bálsamo + Óleo de vison ou spray de jojoba
2 a 3 banhos por ano. Escovar com escova de cerdas naturais ou borracha. Os Shar-pei devem tomar poucos banhos e devem-se secar muito bem as pregas de pele para evitar a formação de fungos.
Banho 1 a 4 vezes por mês. Escovar diáriamente. Não fazem muda de pelo. Pêlo de crescimento continuo. Cortar o pelo no mínimo de 3 em 3 meses
SEM PÊLO
COSMÉTICOS
Champô pelo duro
Champô para pelo comprido + Bálsamo
Champô para pelo comprido
Banhos pouco frequentes. A pele destes cães deve ser protegida do sol, pois queima com muita facilidade. Pode-se aplicar óleos para nutrir a pele.
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Champô pelo curto
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NOTA: A primeira tosquia deve ser feita a partir dos 5 – 6 meses de idade. Mesmo os cães “rafeiros” (raça indeterminada) devem ir ao cabeleireiro periodicamente, adaptando-se o corte de pelo e a frequência de banhos ao seu tipo de pelo.
2.2. A Tosquia Os primeiros “groomers” ou, mais precisamente, os primeiros tosquiadores surgiram em França durante o Segundo Império. Para tal, teve grande influência a moda dos Caniches existente entre a burguesia da época. A tosquia tipo “leão”, ainda hoje praticada, data desse período. Posteriormente os tosquiadores instalaram-se na rua em quiosques de madeira onde realizavam um tratamento menos superficial que correspondia, sobretudo, à manutenção geral dos cães. Hoje em dia, os cuidados de higiene e beleza são efetuados por profissionais que dispõem de material especializado. Com efeito, estes tratamentos deixaram de ser encarados como um luxo, revelando-se mesmo indispensáveis no caso de determinadas raças. A pelagem é a primeira coisa que se vê num cão. A saúde do animal reflete-se no pelo, daí a importância dos cuidados que lhe são prestados. No entanto, não se deve confundir higiene, que se enquadra no âmbito da limpeza e que deverá ser realizada diariamente pelo dono, com os cuidados de beleza de ordem estética, ou “grooming”. Estes cuidados permitem valorizar a morfologia e o carácter específico de uma raça e, simultaneamente, disfarçar defeitos de forma a proporcionar uma silhueta perfeita. Para os profissionais, os cuidados de beleza corretos são aqueles que não se veem e respeitam o animal.
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Fig. 9: A tosquia
De facto, os cães de companhia raramente requerem cuidados deste tipo (com exceção de algumas raças, tais como os Caniches) a não ser por uma questão de prazer pessoal do proprietário. Em contrapartida, o “grooming” é indispensável para os cães de exposição, examinados pelo olhar entendido e experiente de um profissional. Neste caso, o animal representa a sua raça e tem obrigação de ser perfeito. Obviamente que, para ser submetido a este tipo de cuidados, o animal deverá estar de boa saúde: sem doenças contagiosas, nem dermatites e ter as vacinas em dia (sobretudo contra a raiva em caso de eventuais mordeduras).
2.3. O Material O material de “grooming” inclui uma mesa de trabalho alta com fixações para a coleira de forma a evitar qualquer movimento intempestivo do animal, sobretudo aquando da utilização da tesoura: uma máquina de tosquiar com diversas lâminas, indispensável para os Caniches, uma escova com dentes finos e de metal (cardadeira) para desembaraçar os pelos compridos ou encaracolados, diversos
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tipos de tesouras, retas, arredondadas, dentadas; um pente manual para pentear o pelo, um pente corta nรณs e finalmente uma faca de trimming.
Fig. 11: Mรกquina de tosquia Fig. 10: Mesa de tosquia
Fig. 12: Expulsador ar quente e frio
Fig. 14: Tesoura pontas-redondas
Fig. 13: Tesoura de desbaste
Fig. 15: Tesoura de corte
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Fig. 16: Pente e cardadeiras
Fig. 17: Pente tira nós
2.4. A Técnica
Não basta possuir o material, é indispensável saber utilizá-lo. A técnica evoluiu muito com o passar dos séculos. Hoje em dia, os cuidados de higiene e de beleza realizam-se em três fases: [1] O banho, suave e adaptado ao pelo do cão, para eliminar sujidade e resíduos cutâneos que podem ocultar toda a beleza da pelagem. [2] O corte, que pode ser realizado com recurso a várias técnicas: • A tosquia, que requer uma certa precisão para não deixar vestígios da lâmina de tosquia de forma a permitir o crescimento homogéneo do pelo na área tosquiada; • O “stripping”, que consiste no arrancar do pelo morto fazendo uma depilação manual ou utilizando uma faca de stripping.
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Esta técnica é, sobretudo, útil no caso dos cães de pelo duro pois permite a eliminação dos pelos mais compridos e a uniformização da pelagem; • O “trimming” (desbaste) ou moldagem da pelagem, com um instrumento de desbaste (tesoura) ou com o pente. [3] A tudo isto deverão acrescentar os cuidados de higiene dispensados regularmente pelo proprietário: a limpeza dos olhos, depilação das orelhas (para evitar parganas no verão e facilitar a limpeza das mesmas), remoção do tártaro dentário, caso seja necessário, corte de unhas e verificação da integridade das almofadinhas.
Fig. 18: Stripping
São estes os aspetos gerais que compõem o “grooming”. Evidentemente que, consoante o tipo de animal, os cuidados de higiene e beleza poderão ser distintos.
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Eis a alguns exemplos: • Nos cães de pelo curto (como Dálmatas ou Labradores) é inútil desembaraçar a pelagem, mais concretamente, durante o período da muda bastará uma simples passagem com uma escova dura. Para conferir um aspeto brilhante ao pelo, típico destas raças, poderá utilizar-se uma luva de cabedal seguida de uma passagem com uma camurça para “puxar o lustro” ao pelo. • No caso de animais de semi – comprido (Pastor Alemão, Spitz, Épagneul), deverá ter-se o cuidado de não eliminar os pelos vivos ou de não os quebrar com um material demasiado duro. Assim recomenda-se, sobretudo, a utilização de uma escova suave. • No caso dos animais de pelo comprido, liso ou encaracolado (Galgo Afegão, Chow Chow, Bichon), é indispensável desembaraçar o pelo para remover os pelos mortos. O toque final, no caso dos Chow Chow, consiste em conferir maior volume à pelagem, tufando-a no sentido contrário ao pelo ou, no caso do Fox, aparando-lhe as barbas de forma a dar uma aparência quadrada à cabeça. • Finalmente, o caso dos Caniches é de longe, o mais complicado. São permitidos diversos tipos de tosquia para esta raça, nomeadamente tipo “leão” (cabeça, punhos e pompom), tosquia inglesa (pelo penteado para trás e preso por uma fita, focinho tosquiado), tosquia completa (patas e corpo tosquiado, cabeça tipo ovelha, focinho e orelhas tosquiados). O leque de opções de corte e cuidados de beleza é efetivamente muito extenso. É por esta razão que um profissional de “grooming” deverá possuir um vasto conhecimento em matéria das raças caninas, sobretudo no tocante à sua morfologia mas, também, ao seu carácter geral, de forma a adaptar os cuidados de beleza aos critérios estipulados para a raça.
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Estes dados podem ser adquiridos por meio de formação mas por vezes não é o suficiente e os profissionais concordam que a maior aprendizagem ocorre com a prática, por via da experiência. Com efeito, o papel do “groomer” é, também, o de disfarçar os defeitos do cão. Por exemplo, num cão excessivamente alto, o corte dos pelos das patas deverá ser mais comprido para dar a ideia de um cão de patas curtas; de igual forma, em presença de membros arqueados, o pelo deverá ser cortado mais de um lado do que do outro para corrigir o aspeto geral da pata. As qualidades que devem caracterizar um bom “groomer” são: o domínio das técnicas, os conhecimentos dos critérios de cada raça, assim como a paciência, o tato, a delicadeza sem esquecer a psicologia canina (comportamento animal).
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Referências bibliográficas:
Bendersky, J., Milan, C. (2014). USA Beverly: Quarry Books. DIY Dog gromming, From Puppy Cuts to Best in Show: Everything You Need To Know, Step by Step.
Girault, sas. Materiels de toilettage. Acedido em Abril, 13, 2014, disponível em www.dogcat.com/professionnel/index.php.
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AUTO-AVALIAÇÕES MÓDULO 3 1- Como é que se deve apresentar a trufa durante todo o dia. a) Com crostas. b) Com corrimento nasal. c) Húmida e seca. d) Ressequida.
2- Em relação à cavidade bocal, as gengivas devem: a) Ter uma coloração rosada. b) Ter uma coloração rosada no rebordo dos dentes, pois indica uma inflamação dolorosa que pode provocar a diminuição do apetite do cão, uma vez que o animal é incapaz de abocanhar e triturar alimentos. c) Ter uma coloração avermelhada. d) Nenhuma das afirmações anteriores está correta.
3- Que aspeto devem apresentar os olhos de um canídeo? a) Deverá ser observado um corrimento ao nível do canto interno. b) Brilhantes, húmidos e as mucosas num tom rosado. c) Secos e as mucosas num tom avermelhado. d) Nenhuma das respostas anteriores está correta.
4- No caso de um animal ter as orelhas caídas, qual a periodicidade com que se deve proceder à sua limpeza? a) 1 vez por semana. b) 1 a 2 vezes por semana. c)) 1 vez por mês. d) Apenas quando o Médico Veterinário aconselha.
5- Com que frequência devem tomar banho os cães de pelo raso? a)Duas vezes por ano b)Só quando estiverem sujos c) De 3 em 3 meses d)Nenhuma das hipóteses anteriores está correta
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6- Em que país Europeu surgiram os primeiros “Groomers”? a)Portugal b)Espanha c)França d)Suíça 284 7- Que tipo de material serve para desembaraçar o pelo comprido ou encaracolado? a)Pente simples b)Cardadeira c)Faca de stripping d) Máquina de tosquia 8- Em que consiste a técnica de Stripping? a)Na execução e um corte recorrendo à máquina de tosquia b)No arrancar do pelo, utilizando os dedos ou uma faca de stripping c)Na moldagem da pelagem recorrendo a um pente ou a uma tesoura d)Nenhuma das opções anteriores está correta 285 9- Em que consiste a técnica de trimming? a)Na execução e um corte recorrendo à máquina de tosquia b No arrancar do pelo, utilizando os dedos ou uma faca de stripping c)Na moldagem da pelagem recorrendo a um pente ou a uma tesoura d)Nenhuma das opções anteriores está correta 10- Qual das seguintes raças se poderá utilizar uma luva de cabedal seguida de uma passagem com uma camurça para conferir um aspeto brilhante ao pelo? a)Dálmata b)Caniche c)Chow Chow d)Galgo Afegão
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CORREÇÂO DA AUTO-AVALIAÇÃO MÓDULO 3: 1- C 2- A 3- B 4- B 5- B 6- C 7- B 8- B 9- C 10- A
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