PRIMEIROS SOCORROS PEDIÁTRICOS MÓDULO III
FERIDAS SESSÃO I www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
ÍNDICE Módulo III Feridas Objetivos Pedagógicos
3
Conteúdos Programáticos
3
Introdução- Conceitos Genéricos
4
1. Tipos de Lesões
6
2. Classificação das Feridas quanto à Profundidade
8
3. Complicações das Feridas
9
4. Primeiro Socorro
10
5. Casos Especiais
13
Síntese Conclusiva
19
Bibliografia
20
2 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Módulo III Feridas
OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
No final deste módulo deverá ser capaz de:
• Classificar as feridas quanto à profundidade; • Reconhecer as feridas que não necessitam de tratamento hospitalar; • Identificar lesões complicadas que necessitem de tratamento hospitalar; • Aplicar o primeiro socorro na lavagem de uma ferida; • Selecionar os cuidados adequados para os casos especiais de feridas;
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
• Tipos de lesão; • Classificação de Feridas quanto à Profundidade; • Primeiro socorro; • Casos Especiais;
3 www.nova-etapa.pt
Mód. III: Feridas
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
INTRODUÇÃO A pele é o órgão maior e mais pesado do corpo humano que reveste e assegura as relações entre o meio interno e exterior. As suas funções são múltiplas e diferentes incluindo: - a proteção dos tecidos e órgãos do corpo dos agentes externos, tais como, frio e calor, a da regulação da temperatura, facilitando a perda de calor nos dias quentes e a conservação nos dias frios, a da excreção, eliminando o suor através dos poros (orifícios de saída das glândulas sudoríparas), lubrificando os pelos e amaciando a superfície da pele através da secreção das glândulas sebáceas, - uma função sensitiva, captando sinais como o frio, calor e dor através da pele, recebendo informação das alterações dos meios interno e externo, informação essencial para a saúde e, muitas vezes para a sobrevivência
A pele é formada por 3 camadas: 1) epiderme – superficial externa e delgada, sendo por sua vez constituída por várias camadas de células, sendo a externa formada por células mortas em constante renovação que é particularmente espessa nas áreas de atrito e desgaste como a palma da mão e a planta do pé.
4 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
2) A segunda camada da pele é a derme – mais espessa e localizada abaixo da epiderme e constituída por tecido fibroso e elástico que suporta e alimenta a epiderme e seus apêndices, contribuindo para a regulação da temperatura do corpo. É na derme que se encontram as glândulas sudoríparas e sebáceas, folículos pilosos, vasos sanguíneos e terminações nervosas especializadas. 3) A hipoderme, designada por tecido subcutâneo forma, imediatamente sob a derme, o tecido adiposo de espessura variável nas diferentes partes do corpo. A pele, como qualquer órgão, acompanha o crescimento e desenvolvimento do organismo, é natural que, na infância e até à puberdade, ainda não esteja completamente preparada para enfrentar o meio ambiente e desempenhar a sua importante função protetora. As diferenças existentes na pele ao longo do desenvolvimento da criança acentuam-se quanto mais tenra for a idade. A pele dos recém-nascidos, por exemplo, apresenta metade da espessura da cútis de uma pessoa adulta. Além das características especiais, a pele das crianças entre os 3 e os 12 anos apresenta, por força da idade, por estar mais exposta a agressões externas:
Assim, a pele das crianças caracteriza-se por: Menor espessura da sua camada mais superficial, o que a deixa mais permeável; A derme (nas crianças mais novas) produz menos óleo o que tende à secura devido a uma reduzida atividade das glândulas sebáceas; O funcionamento das glândulas sudoríparas é mais deficiente; Ph neutro, o que pode facilitar o desenvolvimento de bactérias; Existe uma menor atividade das células de pigmentação.
5 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
1. TIPOS DE LESÃO
Poucas crianças perfeitamente saudáveis sobrevivem à infância sem algumas nódoas negras (equimose) ou hematomas. Estas resultam devido a uma queda numa superfície dura, encontrões contra paredes, móveis, etc. Uma equimose é considerada uma lesão fechada em que o impacto forte, de alta energia, provoca lesões nos tecidos subjacentes à pele sem haver alteração da integridade da sua superfície, levando ao rompimento de pequenos vasos sanguíneos capilares e que se traduz numa hemorragia ligeira por debaixo da pele – a mancha azulada-arroxeada que vai tornando-se, amarela-.acastanhada, até desaparecer por completo em cerca de 7 a 10 dias.
Outro tipo de lesão fechada é o hematoma que ocorre numa região óssea e abaixo da pele com pouco tecido mole na circunvizinhança, formando uma bolsa, devido ao sangue pressionar a pele para cima e a que vulgarmente chamamos de “galo”.
6 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
Primeiro Socorro Para ambas as situações deve fazer de imediato aplicações frias sobre o local para evitar a progressão do inchaço (edema), a hemorragia interna e a dor. Para o efeito, pode utilizar compressas frias em água ou em alternativa molhe e torça uma toalha em água e coloque cubos de gelo dentro de um saco de plástico, embrulhe este saco na toalha e aplique na área lesionada. É de referir que estas aplicações frias deverão ser efetuadas por curtos períodos de tempo (15 a 20 minutos) repetindo o processo a cada 2/3 horas.
As lesões abertas são as que apresentam rotura da pele e dos restantes tecidos. São denominadas por feridas. Cortes, arranhões são comuns desde que existam crianças de qualquer idade e com uma vida saudável e ativa. Estas lesões podem ser causadas por objetos cortantes, quedas ou encontrões contra objetos sólidos. Muitos ferimentos ligeiros podem ser tratados em casa ou na escola e necessitam de pouco mais que um kit de primeiros socorros.
7 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
2. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À PROFUNDIDADE
Simples SUPERFICIAL Complicada
FERIDAS PROFUNDA
Feridas Superficiais – Quando a lesão não ultrapassa as camadas da pele, sendo, neste caso, simples, não necessitando de tratamento médico ou diferenciado, se a lesão atinge, por exemplo, determinada região do corpo ou apresenta outras particularidades pode ser considerada complicada, necessitando sempre de tratamento médico ou de enfermagem. Exemplos de feridas complicadas Mordeduras; Com corpos estranhos encravados; Com sinais inflamatórios; Com perda de sensibilidade local; Que necessitem de sutura; Localizadas na região ocular.
Feridas Profundas – Requerem sempre tratamento médico ou diferenciado, podendo associar-se a lesões nos órgãos internos e portanto consideram-se sempre complicadas. 8 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
3. COMPLICAÇÕES DAS FERIDAS Não
constituindo
casos de
socorro
essencial,
as feridas podem apresentar
complicações, umas imediatas, outras tardias, como infeções locais ou sistémicas, devido à entrada de micro-organismos.
Infeção
Hemorragia
Lesões dos nervos e tendões
Lesões de órgãos internos
Contaminação – doença (ex. tétano e raiva)
Tétano – É uma infeção potencialmente fatal, causado por toxinas em que o organismo bacteriano responsável (Clostridium tetani) se encontra em todos os tipos de sujidade e terra. Quando penetra no corpo humano por via de uma ferida aberta tem como alvo a espinhal medula, libertando uma toxina que causa espasmos musculares e dificuldade respiratória. Normalmente, os sintomas surgem cinco a dez dias após a infeção e incluem febre, dor de cabeça e rigidez muscular no maxilar (triismo). Raiva – É uma infeção que atinge o sistema nervoso, sendo transmitida pela saliva de um animal infetado com o vírus. Em termos de sintomas iniciais, assemelham-se aos da gripe, evoluindo depois para paralisia da face, sede, espasmos, desorientação e coma. Pese embora, a raiva, atualmente seja rara nos países desenvolvidos, qualquer mordedura deve ser observada por um médico.
9 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
4. PRIMEIRO SOCORRO A primeira coisa a fazer é não perder a calma. Deve ter em conta que as feridas provocam dor e hemorragia visível, o que pode assustar a criança e fazer com que esta chore e que fique nervosa. Desta forma, é importante que a criança a veja segurança a fim de ser-lhe transmitida a maior tranquilidade possível.
Feridas que não requerem tratamento médico ou diferenciado Deve observar a ferida: Se existir sangramento, usar luvas descartáveis, evitando o contato direto com o sangue, servindo de igual forma para evitar a infeção. O primordial neste tipo de acidentes é tentar parar a hemorragia pressionando diretamente sobre a ferida. Se a ferida não sangrar, limpe a ferida com água fria corrente. É possível que em alguns sítios não encontre uma torneira, nesse caso pode utilizar uma garrafa de água ou utilizar soro fisiológico. Em seguida, desinfete a ferida com uma solução antissética.
10 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
- Caso não use água corrente, deve fazer o seguinte: Limpeza e Desinfeção da Ferida Executada em duas fases: 1) Embeba uma compressa em água ou soro e execute a lavagem da zona da pele intacta, perifericamente à ferida, partindo dos seus bordos para a região mais afastada. 2) Lavagem da ferida propriamente dita, a qual deverá ser feita do centro desta para o exterior, devendo utilizar-se compressas ou pano limpo sem pelos. Após a lavagem e desinfeção, tape a ferida com uma compressa, penso rápido ou um pano limpo e sem pelos.
PROIBIDO USAR: Álcool ou soluções corantes (ex. mercurocromo e tintura de iodo). Poderão ser utilizadas soluções coradas (não corantes), as quais não impregnarão a pele ou a ferida, por serem soluções aquosas e não soluções alcoólicas. Algodão ou outros materiais que libertem fibras pois ficarão presas na ferida.
11 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
Feridas que requerem tratamento médico ou diferenciado Acalmar a criança falando com ela, saber como se feriu e se tem a vacina contra o tétano; Nunca falar, tossir, espirrar ou fumar para cima de uma ferida ou penso; Proteção com luvas adequadas à atividade; Exposição da ferida, cortando vestuário, se necessário; Retirar adornos (anéis, fios, relógios, etc.), se necessário; Não lavar/desinfetar; Proteger a ferida com compressas ou pano limpo sem pelos e fixar com uma cobertura; Promover o transporte para o hospital.
12 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
5. CASOS ESPECIAIS
LESÕES NOS OLHOS A visão é um dos sentidos mais importantes e a cegueira é uma consequência possível em algumas feridas. Uma pequena lesão tratada indevidamente pode progredir para uma lesão grave, por isso, a atitude no pré-hospitalar consiste apenas na proteção da lesão e promover o transporte da vítima para cuidados médicos. As lesões mais frequentes resultam de corpos estranhos alojados nos olhos. No entanto, pode existir contusão das pálpebras, hemorragias das câmaras oculares, laceração do globo ocular e mesmo a saída do globo ocular. Sinais e sintomas Dor; Edema (inchaço); Lacrimejo; Hemorragia; Olhos congestionados; Perda de fluidos oculares; Corpos estranhos ou objetos encravados; Lesões visíveis do globo ocular (cortes e hematomas).
Primeiro Socorro Lavar com um fio de água ou soro fisiológico do canto lacrimal para o canto temporal (de dentro para fora). Caso exista um corpo ou objeto estranho alojado no globo ocular, não o deve retirar, coloque dois rolos de ligadura em redor do olho e do corpo estranho sem exercer pressão (Fig.1) ou em alternativa, posicione um copo de poliestireno seguro sobre o olho com uma ligadura de gaze (Fig.2). 13 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
Deve evitar que o penso exerça pressão no globo ocular.
Outra alternativa para proteger o olho lesionado, será fazer uma rodilha e colocá-la sobre o olho ferido (Fig.3). Dado que existe um movimento conjugado dos dois olhos, o olho não lesionado deve ser também ocluido, evitando-se dessa forma o agravamento da lesão no olho ferido (Fig. 4). A criança deve, preferencialmente, aguardar o transporte para o hospital na posição de decúbito dorsal (de costas).
Fig.4
Fig.3
14 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
CORPOS ESTRANHOS ENCRAVADOS Na presença de um corpo estranho encravado numa ferida (faca, punhal, vidro, arpão, etc.) nunca se retira. Consideram-se
corpos
estranhos
encravados todos os que não são arrastados pela lavagem da ferida com água corrente. Em caso de hemorragia deverá controlar a saída de sangue exercendo pressão nos tecidos adjacentes e fazer uma proteção com uma rodilha para imobilização, evitando que o objeto alargue os bordos da ferida ou afunde mais e fixar com uma ligadura.
Como fazer uma rodilha com ligadura
Faça uma argola á volta da sua mão. Retire a argola da sua mão e vá envolvendo a mesma com voltas sucessivas.
Entrelace na rodilha a ponta livre até ficar o aro completo (o tamanho da argola deverá ser igual ao diâmetro do corpo estranho).
15 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
MORDEDURAS DE ANIMAL CANINO A presença das crianças junto de animais e o contacto com eles é muito importante para o desenvolvimento da criança e contribui para o aumento da responsabilidade e efetividade e para a aquisição de competências socias. A maioria das pessoas é mordida pelo seu próprio cão ou de algum conhecido e o número de feridas da mordedura de cão registrado é significativamente maior nas crianças do que adultos, aliás, a maioria das mordeduras de cão, ocorre em crianças menores de 5 anos, pois elas ainda são desajeitadas e não têm noção do perigo. Muitas vezes o cão só está se protegendo. Nas crianças/bebés, os locais mais acometidos são os braços, a cabeça e o pescoço. Pese embora os rumores que circulam são de que determinadas raças de cães são mais propensas a morder, há pouca evidência científica para apoiar estas alegações. Quando uma pessoa é mordida por um cão, a primeira coisa que vem à cabeça é o risco de contaminação pelo vírus da raiva. Atualmente, a raiva não é a principal complicação das mordeduras caninas, pois esta é uma doença relativamente rara nos dias de hoje. As complicações mais frequentes da mordedura de cão são a infeção bacteriana da ferida provocada ou a lesão traumática da pele, músculos, vasos sanguíneos, nervos e tendões, principalmente quando a mordedura é provocada por cães grandes e com músculos maxilares fortes.
Prevenção para evitar mordeduras É recomendável ensinar às crianças a adoção de algumas atitudes por forma a evitar enfurecer o animal e assim evitar acidentes: A criança não deve perturbar o cão que está a comer ou a dormir ou numa fêmea que tenha crias, principalmente esta última poso cão sentir-se -à ameaçado;
16 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
Não fazer festinhas em animais desconhecidos. No caso de um cão quiser cheirar, dar as costas das mãos com movimentos vagarosos e só depois fazer uma festinha debaixo da zona do queixo ou na parte de lado do peito; Não dar palmadinhas no cimo da cabeça ou na zona dos ombros do cão e não mostrar a palma da mão aberta, porque esse gesto pode ser sentido como agressivo; Se uma criança, a andar de bicicleta ou skate e for perseguida por um cão, deverá parar o movimento. Continuar só vai excitar o cão, que irá buscar aos seus genes de caçador a vontade de perseguir a presa. A criança deve ser ensinada a parar, tentar colocar a bicicleta ou o outro utensílio entre ela e o cão e ficar imóvel, sem dizer nada, mesmo que o animal se aproxime e tente cheirar.
Tipos de mordedura Dependendo da raça do cão, as mordeduras podem causar basicamente três tipos de lesão: perfuração, dilaceração ou esmagamento. Os dois últimos tipos de mordedura são aqueles que possuem o maior risco de causar lesões graves em estruturas internas, inclusive fratura óssea, ou deixar cicatrizes permanentes na pele. As mordeduras caninas leves, que provocam apenas arranhões superficiais, sem causar hemorragia ou exposição das camadas inferiores da pele, são menos preocupantes, pois o risco de infeção é baixo. Para haver infeção, as bactérias precisam passar pela barreira protetora da pele.
Os sinais e sintomas de infeção da ferida costumam aparecer dentro das primeiras 24 horas, mas, às vezes, podem surgir já nas primeiras 8 horas após a mordedura. 17 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
Febre, inchaço, intensa vermelhidão, dor, drenagem de pus, formação de abcesso ou necrose da pele são os achados clínicos mais comuns.
Primeiro Socorro O primeiro passo é lavar a área ferida com água e sabão por pelo menos 5 minutos. Se houver sangramento, o local deve ser comprimido para até que a hemorragia seja estacada. Promover o transporte para o hospital em caso de não conseguir estancar a hemorragia, lesões extensas que necessitem ser suturadas, mordeduras com grave lesão da pele, sobretudo se existir exposição de estruturas internas tais como músculos, nervos e tendões ou mordeduras penetrantes profundas.
18 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
SÍNTESE CONCLUSIVA Atendendo à sua extensão, a pele é o maior órgão do corpo. Dentro das suas funções, destacam-se a de proteção contra agressões mecânicas, químicas e a de regulação da temperatura. A criança, devido ao progressivo desenvolvimento pelos vários estágios de crescimento, apresenta algumas características, tais como: a epiderme é de menor espessura, a atividade das glândulas sebáceas é reduzida, também existe menos suor devido à deficiência das glândulas sudoríparas. As feridas são uma das lesões que acontecem frequentemente na pediatria e podem apresentar-se como uma lesão fechada ou uma lesão aberta. Um dos tipos de lesão que este órgão pode sofrer são as feridas. As feridas são soluções de continuidade da pele e normalmente resultam de agressões mecânicas. A gravidade de uma ferida dependerá, sobretudo, da sua profundidade e das lesões associadas. Como complicações imediatas temos o choque, hemorragias, lesões nos nervos, tendões e músculos ou órgãos adjacentes e complicações tardias como infeções sistémicas. Neste sentido, torna-se particularmente importante que o socorrista identifique com rapidez estas situações associadas para que, de forma específica, preste o primeiro socorro adequado.
19 www.nova-etapa.pt
Primeiros Socorros Pediátricos
Mód. III: Feridas
BIBLIOGRAFIA Prout J. Brian & Cooper John. An Outline Of Clinical Diagnosis, Wrigt-PSG, London.
Velloso, M. & Oliveira, A. Paula (2004) Formação Complementar de Socorrismo, Edição Cruz Vermelha Portuguesa. Goldstein EJ. Management of human and animal bite wounds. J Am Acad Dermatol 21: 1275-1279, 1989. Miller
PJ,
Galli
SKD.
Animal
Bites.
Medscape
Reference.
http://www.emedicine. com/emerg/topic60.htm. Acesso em 01/02/2017.
20 www.nova-etapa.pt
Disponível
em: