Formação Pedagógica Inicial de Formadores
Módulo 5. Recursos Didáticos e Multimédia Sub-Módulo 5.1 – EXPLORAÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS
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Exploração de Recursos
FICHA TÉCNICA
Título Recursos Didáticos
Coordenação Técnica Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos
Coordenação Pedagógica António Mão de Ferro
Direção Editorial Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos
Adaptação e Atualização: 2018 Susana Martins Maria Helena Mão de Ferro Veronica Ghica
Nova Etapa Rua da Tóbis Portuguesa n.º 8 – 1º Andar, Escritórios 4 e 5 – 1750-292 Lisboa Telefone: 21 754 11 80 – Fax: 21 754 11 89 e-mail: info@nova-etapa.pt www.novaetapaworld.com
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Índice
Competências a adquirir _____________________________________________________________4 Conteúdos Programáticos ____________________________________________________________4 Públicos-Alvo ______________________________________________________________________4 Benefícios de Utilização _____________________________________________________________5 Condições de Utilização _____________________________________________________________5 Desenvolvimento de Conteúdos ______________________________________________________ 6 1. Introdução ______________________________________________________________________6 2. Recursos Didáticos _______________________________________________________________7 2.1. Preparação dos Recursos Didáticos ________________________________________________8 2.2. Utilização dos Recursos Didáticos _________________________________________________9 3. Seleção dos Recursos Didáticos _____________________________________________________9 4. Classificação dos Recursos Didáticos _______________________________________________10 5. Recursos Visuais ________________________________________________________________12 5.1. Recursos Visuais Não Projetáveis _________________________________________________12 5.2. Recursos Visuais Projetáveis (Meios e Recursos) ____________________________________16 6. Recursos Auditivos ______________________________________________________________17 7. Recursos Audiovisuais ___________________________________________________________19 7.1. O filme Pedagógico ____________________________________________________________19 7.2. A Televisão, o Vídeo e o Leitor de DVD_____________________________________________21 7.3. A Câmara de Vídeo ____________________________________________________________22 7.4. Os Multimédia _________________________________________________________________24 7.5. Apresentações________________________________________________________________31 8. Outros Recursos ________________________________________________________________32 9. Gestão do Espaço de Formação/Cenários Pedagógicos _________________________________37 10. Condições da Sala de Formação __________________________________________________44 11. Conclusão Final ________________________________________________________________46 Bibliografia _______________________________________________________________________47 Anexos __________________________________________________________________________48
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Competências a Adquirir No final deste sub-módulo de formação, deverá ficar apto a:
Selecionar os recursos mais adequados ao contexto de formação;
Identificar as regras de utilização dos principais recursos didáticos, as suas vantagens e limitações;
Selecionar, conceber e adequar os meios pedagógico-didáticos em função da estratégia pedagógica adotada;
Adaptar o cenário/sala de formação aos objetivos pretendidos.
Conteúdos Programáticos
Definição de “Recurso Didático”;
Classificação dos Recursos Didáticos (Visuais, Auditivos, Audiovisuais, outros recursos)
Fatores a considerar na seleção dos Recursos Didáticos;
Vantagens e desvantagens dos Recursos Didáticos;
Cuidados a ter na utilização dos recursos didáticos;
Gestão do espaço de formação (disposição da sala);
Condições da sala de formação.
Públicos-Alvo Este manual destina-se a candidatos a formadores, formadores, gestores de formação, e outros profissionais que por inerência das suas funções tenham necessidade de adquirir ou desenvolver competências nesta área da formação.
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Benefícios de Utilização Considerando que os recursos didáticos se constituem como ótimos auxiliares de apoio ao formador, não só por facilitarem a transmissão dos conteúdos, como também por permitirem uma melhor interiorização da mensagem, cumpre a quem os utiliza, saber utilizá-los da forma mais correta em contexto de formação.
Ao longo deste manual, procuramos indicar-lhe os recursos mais visados na formação, as vantagens e desvantagens de cada um, bem como as regras de exploração de cada um deles, por forma a tirar maior partido de cada recurso, e adaptá-lo a cada estratégia pedagógica.
Estamos certos de que, com as dicas que lhe deixamos ao longo deste manual, poderá selecionar os recursos mais adequados a cada tema/objetivo e usufruir eficazmente de cada recurso.
Condições de Utilização
Este manual destina-se quer a formação presencial quer a formação desenvolvida num modelo de formação mista que concilia módulos presenciais com módulos em bLearning.
Na segunda modalidade este recurso encontra-se disponível em plataforma de eLearning, possibilitando que o participante tenha um fácil acesso aos conteúdos, e que faça uma gestão da sua aprendizagem de acordo com as suas disponibilidades e necessidades. Poderá ser consultado em tempo real.
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1. Introdução
Neste submódulo são apresentados os recursos mais comuns e que nem sempre são bem explorados em formação, bem como as principais regras de utilização e exploração pedagógicas a eles associadas. É também feita uma breve referência a alguma tecnologia menos usual.
Embora alguns dos recursos apresentados se encontrem em desuso, não podemos esquecer que em contexto formativo nem sempre dispomos da última tecnologia, daí que tenhamos que nos adaptar aos recursos existentes e utilizá-los da melhor forma possível.
Por fim, identificam-se outros recursos que podem ser utilizados no contexto formativo, bem como diferentes formas de disposição e cenários que pode atribuir à sala de formação.
As dicas que apresentamos são apenas alguns conselhos, para uma correta utilização dos recursos didáticos em formação. Contudo, há exceções à regra, que dependem muitas das vezes do próprio espaço de que se dispõe para dar formação e dos recursos existentes. Nessas situações, cabe-lhe a si, enquanto formador, adotar as estratégias que lhe parecem mais adequadas para a utilização dos recursos sem comprometer a aprendizagem dos formandos.
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2. Recursos Didáticos 2. RECURSS DIDÁCTICOS
Entende-se por recurso didático todo o equipamento ou material que auxilia e facilita o processo de aprendizagem. Outro termo também corrente na Formação Profissional é o de auxiliar/suporte pedagógico.
Alguns autores utilizam a designação de meios audiovisuais. Contudo, esta terminologia pode induzir em erro, uma vez que tomada à letra abrange apenas as formas de comunicação ou transmissão de informação que façam apelo ao sentido da audição e da visão ou a ambos, excluindo todos em que intervêm outros sentidos. Qualquer recurso utilizado na formação deve ter como características, o ser:
Adequado
Necessário
Simples
Atrativo
Conciso
Manejável
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A RETER
Recursos Didáticos
Suscitam maior interesse e atenção; Objetivam o conteúdo das palavras; Facilitam a compreensão e a troca de ideias/discussão; Facilitam a retenção na memória; Ajudam a concretizar e a consolidar os conhecimentos; Reduzem o papel do formador; Podem dificultar o diálogo; Podem despersonalizar a mensagem; Não deixam espaço à imaginação Diminuem o tempo de formação; Superam limitações físicas ou de segurança.
2.1 PREPARAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS Na preparação e desenvolvimento dos recursos/auxiliares deve assegurar-se, à partida, que correspondem aos objetivos que foram definidos para a sessão, e que:
Ajudem os formandos a aprender;
Ajudem a explicação do formador;
Sejam adequados e estejam relacionados com a sessão;
Sejam simples e contenham a informação essencial;
Constituam um complemento e não uma substituição do papel do formador.
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2.2. UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS
Na utilização é essencial uma familiarização com o equipamento ou material, sendo aconselhável a sua experimentação prévia.
Recorrer a diversos recursos (ex: quadro branco, apresentações, filmes, etc.) pode ser uma estratégia para manter o interesse dos formandos, mas a sua utilização deve ser feita no momento oportuno, realizada com moderação e acessível a todos.
Ao utilizar os recursos didáticos o formador não se deve esconder atrás dos equipamentos, para que estes não constituam um obstáculo à comunicação.
3. Seleção dos Recursos Didáticos
Apesar das reconhecidas vantagens dos auxiliares pedagógicos, o seu uso deve obedecer a uma escolha criteriosa.
As Sessões de Formação não se devem transformar em "Feiras de audiovisuais".
Para cada situação certos meios são mais apropriados que outros, mas é preciso ter presente que não há “eleitos” e que não existem recursos didáticos universais.
A RETER
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4. Classificação dos Recursos Didáticos
Os recursos didáticos têm a grande virtude de apelarem aos vários sentidos. Este facto rentabiliza a capacidade dos formandos e facilita a sua aprendizagem.
É habitual que no nosso processo de aprendizagem se privilegie mais um sentido relativamente aos restantes (Visual, Auditivo, Cinestésico). Estudos realizados para saber a percentagem de informação retida no processo de aprendizagem sugerem que retemos aproximadamente:
10% do que lemos
20% do que ouvimos
30% do que vemos
50% do que vemos e ouvimos simultaneamente
80% do que dizemos
90% do que dizemos enquanto fazemos algo em que refletimos e participamos pessoalmente
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A RETER São os seguintes os recursos didáticos mais frequentemente usados na formação:
• Projetáveis •Retroprojetor (em desuso)
Recursos Visuais
• Não projetáveis • • • •
Quadros Modelos e Maquetas Documentos Gráficos Recursos do Meio Ambiente
• Rádio • Leitor de CD
Recursos Auditivos
• Gravador (em desuso) • Leitor de MP3 • Smarphone (instalar aplicação para gravações)
• Filmes Pedagógicos (em vários suportes) • TV e Vídeo(em desuso)
Recursos Audiovisuais
• Câmara de Vídeo • Multimédia
Outros
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5. Recursos Visuais
Os recursos visuais dividem-se em não Projetáveis (de observação direta, sem recurso a aparelhos óticos ou eletrónicos) e Projetáveis (projeção da imagem num ecrã).
5.1. RECURSOS VISUAIS NÃO PROJETÁVEIS Esta categoria engloba um extenso conjunto de meios e de recursos, sendo os mais importantes: Quadros – constituem-se como um dos auxiliares mais usados pelo formador. Modelos e Maquetas – em formação a melhor situação é mostrar o objeto real, mas sempre que o tamanho é muito grande (ex: avião) ou muito pequeno (ex: célula), ou o objeto é muito complexo (ex: motor de explosão) ou perigoso (ex: armas), as maquetas e os modelos (com indicação da escala para não induzir em erro) são o recurso ideal. Documentos Gráficos – como organogramas, diagramas, esquemas, gráficos, fotografias, desenhos, cartazes, livros, manuais, fotocópias, etc. Estes completam de forma simples e prática a informação apresentada e apelam a técnicas variadas como: letra, a utilização da cor, o desenho, o recorte, a colagem e a fotografia. Têm ainda a vantagem de implicarem um baixo custo, serem de fácil adaptação aos conteúdos, transporte, utilização e preparação. Recursos do Meio Ambiente – como museus, bibliotecas, empresas, instalações fabris, feiras, exposições, a própria natureza ou outros recursos que permitam ligar as aprendizagens às realidades concretas.
Deste vasto conjunto, os mais usuais em formação são os QUADROS. Existem diferentes tipos de quadros:
Quadro preto (ardósia), em desuso;
Quadro verde (sintético);
Quadro branco ou cerâmico;
Quadro de papel, quadro de conferência ou flipchart;
Quadro magnético;
Quadro de afixação (cortiça).
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Os mais utilizados são o quadro branco/magnético e o quadro de papel, também designado por FLIPCHART.
No quadro branco normalmente regista-se a informação geral e no quadro de papel a
informação síntese. Apesar da sua extrema simplicidade, existe um conjunto de regras de utilização do quadro que, a não serem seguidas pelo formador, podem pôr em risco a própria eficácia da Formação. O objetivo final do formador, na utilização do quadro, deve considerar que:
UMA APRESENTAÇÃO DEVE SER: - Limpa - Organizada - Agradável
Fig. 1: Quadro branco
Para isso, torna-se necessário, em primeiro lugar, proceder a um planeamento que seja o ponto de partida do assunto a tratar. Existem temas que, por si só, podem dispensar a utilização de auxiliares pedagógicos e outros onde se torna necessária a associação a um meio audiovisual.
Aspetos a considerar na utilização do quadro:
O tipo de mensagem a inscrever: desenhos, gráficos, frases;
A durabilidade da mensagem;
A utilização durante toda a sessão, ou apenas numa parte;
A quantidade de participação dos Formandos (aspeto que condiciona o espaço de ocupação
do quadro e que é difícil de prever).
Ao escrever no quadro, o Formador deve ter em atenção que existem alguns fatores que influenciam a atenção e o nível de aprendizagem dos formandos. São eles:
o tamanho da letra, deve ser de forma a que seja legível pelo participante mais distante. A distância entre as letras também é importante;
o estilo de letra, deve ser simples, sem grandes "floreados";
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o tipo de letra, as frases não devem ser escritas em maiúsculas, porque o tamanho idêntico de todas as letras prejudica a legibilidade, situação que não acontece com as minúsculas;
a espessura, deve ser proporcional à altura dos caracteres;
A disposição da informação em linhas horizontais e regulares;
o espaçamento, entre letras e palavras;
a repetição oral do que se escreve, de modo a tornar mais fácil a compreensão e fixação dos conceitos, por parte dos formandos;
A utilização de diferentes cores, como fator facilitador da atenção e aprendizagem. A utilização de diferentes cores permite ao formador dar uma maior ênfase a determinados temas, criar relações entre ideias, enfim, tornar mais rica e agradável a sua apresentação;
não estar de costas para o grupo, mas ligeiramente de lado, para que o contacto visual com os formandos se possa manter e para que seja mais fácil a projeção da sua voz;
não "escrevinhar", ao redor do quadro, frases ou palavras que pela sua importância não devem ficar "escondidas" entre outras mensagens;
apagar o quadro, a menos que se necessite de voltar a abordar o assunto.
Como é evidente, esta última situação não se aplica ao quadro de papel. No entanto, e com as devidas adaptações, diremos que é aconselhável mudar de folha, sempre que o tema ou o assunto a abordar seja diferente do anterior.
O Quadro Branco O
quadro
branco
serve
essencialmente para registar informações importantes que vão
sendo
abordadas
ao
longo das sessões.
Fig. 2: Quadro fixo e Quadro giratório
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Para além do quadro fixo, pode ainda ser utilizado o quadro giratório que reúne outras vantagens, tais como: possuir dois espaços para escrever, conter um ângulo de rotação de 360º que permite fixá-lo na posição desejada, e poder ser deslocado de um espaço para outro.
No quadro branco deve escrever-se com marcadores não permanentes. Se por lapso se utilizarem marcadores permanentes (para quadro de papel) deve-se utilizar um pano branco limpo ou um algodão embebido em álcool e limpar em movimentos não circulares. Nunca embeber o apagador em álcool pois o efeito é ainda pior.
Para além da escrita direta o quadro branco tem ainda como funções:
Servir de quadro magnético;
Servir de ecrã de projeção, tendo cuidado com o eixo de projeção (encadeamento);
Permitir o preenchimento de grelhas, legendas ou esquemas projetados.
Vantagens
Desvantagens
• Baixo custo de aquisição;
• Posição tendencial do utilizador (de costas);
• Facilidade de utilização;
• Legibilidade limitada com traço fino;
• Utilização de cores;
• Canetas específicas;
• Elevada durabilidade;
• Informação não reutilizável (apagando a
• Polivalência: escrita, ecrã, quadro
informação, esta desaparece). Contudo, através de um processo eletrónico podem
magnético;
reproduzir-se cópias em papel da informação
• Versatilidade.
escrita no quadro.
Flipchart
Montado num cavalete que pode ser regulado em altura e inclinação, a parte superior do quadro tem uma barra de suporte e fixação do conjunto de folhas.
Fig. 3: Utilização do Flipchart
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A principal função é o registo da informação síntese, para que a qualquer momento se possam relembrar as ideias-chave. Pode ter ainda como funções:
Servir de ecrã de projeção;
Substituir o quadro magnético, recorrendo a fita-cola.
Vantagens
Desvantagens
• Fácil utilização;
• Área de escrita muito limitada;
• Baixo custo de aquisição;
• Carácter permanente da informação (o que
• Preparação prévia (a informação pode já
implica que qualquer emenda provoque rasuras).
estar pronta ou com um rascunho a lápis); • Conservação e utilização posterior; • Utilização de cores; • Diversos materiais de escrita (lápis de cera, lápis de cor, carvão); • Posição do utilizador (de lado).
5.2. RECURSOS VISUAIS PROJETÁVEIS (MEIOS E RECURSOS) O retroprojetor O retroprojetor é um aparelho que permite a projeção a curta distância de documentos transparentes, produzindo uma boa imagem. O seu uso em ações de formação foi bastante popular, sendo, um dos equipamentos base presentes numa sala de formação. Atualmente, devido à preferência por meios audiovisuais, que introduzem uma maior dinâmica na formação, este equipamento já não é utilizado.
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As Telas Os recursos visuais projetáveis necessitam de telas, que permitem que a imagem projetada do aparelho seja refletida na sua superfície. Atualmente as telas são utilizadas para projeção através de videoprojector.
Fig. 5: Tela Relativamente à posição da tela na sala de formação deve ter presente as seguintes regras:
O eixo de projeção da imagem deve coincidir com o centro da tela;
O videoprojetor e a tela não constituem as "peças" mais importantes da sala de formação, devendo por isso ocupar um lugar discreto na sala, de modo a permitir uma fácil movimentação quer do formador quer do grupo;
Igualmente, aquando da sua instalação na sala, deverá assegurar-se de que todos os elementos do grupo ficarão em posição de observar a imagem na tela, sem obstáculos e sem esforços;
A superfície da tela deve estar sempre bem esticada;
No fim da projeção deve enrolar-se a tela de forma a proteger a superfície de potenciais danos e sujidade.
6. Recursos Auditivos
Os recursos auditivos englobam todos os meios que utilizam unicamente o som como veículo para transmissão da informação.
Há milhares de anos que o Homem transmite os seus conhecimentos através de um meio sonoro - a voz humana. Para além disso, os recursos auditivos apresentam a vantagem de estarem muito vulgarizados visto uma grande percentagem da população possuir rádio, gravador de cassetes e sistemas de alta-fidelidade.
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Os documentos auditivos utilizáveis como recursos didáticos vão desde a música, entrevistas, discursos de figuras públicas, “livros falados”, até às gravações resultantes de situações de formação (ex: role-play). Os vários documentos auditivos podem ser trabalhados pelos seguintes meios:
Rádio
Gravador
Smartphone
Leitor de CD
Leitor de MP3
O rádio e o gravador revelaram-se de excelente utilidade em situações de formação na área do Atendimento Telefónico ou de aprendizagem de Línguas Estrangeiras, tendo possibilitado o treino de aspetos como a dicção, a respiração, a construção das frases ou o tom de voz.
Com efeito a gravação das vozes dos formandos e a sua posterior audição,
Fig. 6: Gravador
permite uma an álise crítica – individual ou coletiva – a diversos níveis, nomeadamente, dicção, entoação e/ou correção de palavras.
Atualmente a gravação aúdio e vídeo também é realizada com o apoio dos aplicativos instalados nos smartphones. Um smartphone é um telemóvel que combina recursos de computadores pessoais, com funcionalidades avançadas que podem ser estendidas por meio de aplicações executados pelo seu sistema operacional, Fig 7 Smartphone
Também o leitor de CD e o leitor de MP3 apresentam grandes vantagens como a qualidade do registo sonoro, o acesso instantâneo às faixas, facilidade e comodidade de operação devido à sua pequena dimensão, durabilidade, possibilidade de fazer cópias sem perda de qualidade e compatibilidade informática. Fig. 8: Leitor MP3 Ligando este equipamento a um computador com colunas poderá enriquecer a formação com músicas selecionadas por si tendo em conta a prossecução dos objetivos da mesma.
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7. Recursos Audiovisuais
Os recursos audiovisuais, tal como o nome indica, são aqueles que associam a imagem (animada ou não) ao som. Os principais recursos audiovisuais são:
O Filme Pedagógico
A Televisão e o Vídeo (em desuso)
O Leitor de DVD
A Câmara de Vídeo
Os Multimédia
Na utilização dos filmes e vídeos deve haver:
Uma seleção criteriosa do suporte;
Um visionamento prévio, para se familiarizar com o assunto e assegurar que os comentários a fazer se aplicam à imagem;
Uma apresentação do suporte aos formandos, explicando-lhes o que vão ver;
Identificação dos pontos principais, devendo o formador começar por colocar as questões que preparou anteriormente.
7.1. O FILME PEDAGÓGICO Os filmes pedagógicos constituem-se como ótimos recursos para dinamizar as sessões de formação. No entanto, a exploração de um filme requer por parte do formador uma preparação prévia, uma vez que a sua exploração obedece a regras pedagógicas específicas.
Assim, na exploração pedagógica de um filme deverão ser tidos em conta os seguintes fatores:
A. A sua Duração; B. O seu Conteúdo/Estrutura; C. O seu Enquadramento/Função na ação. A. Duração Habitualmente o tempo médio de duração de um filme pedagógico oscila entre 15 e 30 minutos. www.nova-etapa.pt
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No entanto é aconselhável a divisão da sua apresentação em "partes" de conteúdo independente, de forma a permitir uma integração e assimilação progressiva dos conhecimentos, por parte dos formandos. Ao optar por essa segmentação, torna-se possível promover exercícios ou reflexões sobre os conteúdos abordados e, eventualmente, propor a revisão de algumas das imagens mais importantes do filme.
Em filmes de curta duração, torna-se aconselhável o visionamento por inteiro, aparecendo o momento da reflexão e realização de exercícios apenas no seu final. Nestes casos é também possível ao formador explorar pedagogicamente o filme através de um novo visionamento, procurando então chamar a atenção, por exemplo através da função "Pausa", para os aspetos mais importantes do seu conteúdo.
B. Conteúdo/Estrutura O conteúdo de um filme pode diferenciar-se, para além do tema específico que versa, pela forma de abordagem que o mesmo promove.
Assim, um filme pode ser estruturado segundo uma forma predominantemente reflexiva, isto é, colocando ao longo do seu visionamento questões diversas, questões essas que podem, por exemplo, ser aproveitadas pelo formador para fazer paragens e para propor um debate ou uma reflexão aos formandos.
Se por outro lado a estrutura do filme for predominantemente descritiva e sequencial em termos de apresentação de conceitos, torna-se difícil a sua separação em diferentes módulos, devendo então optar-se pelo seu visionamento integral. A título de exemplo, deixamos-lhe em anexo uma proposta de exploração do filme “Assertividade”, e uma sugestão do modo como poderia dinamizá-lo numa sessão de formação.
C. Enquadramento/Função Ao elaborar o seu plano de sessão vai prever a utilização dos diferentes meios audiovisuais e outros instrumentos pedagógicos que lhe permitam atingir os objetivos que previamente definiu.
A par dessa escolha, deve ponderar igualmente os momentos apropriados à intervenção desses mesmos meios.
Assim, a apresentação de um filme pode ser feita nos seguintes momentos:
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MOMENTO DA SESSÃO
INÍCIO
OBJETIVO
Terá como objetivo principal a sensibilização dos formandos para o tema a tratar.
DECURSO
Já a sua utilização no decurso da ação, poderá servir para outros objetivos, nomeadamente: Apresentação dos principais conceitos; Suporte de análise de casos, tendo em vista a discussão e reflexão dos formandos.
FIM
Se se pretender sintetizar e apresentar as conclusões relativas aos temas e conceitos abordados, a apresentação do filme deverá surgir no final da ação.
Como vantagens e desvantagens dos filmes pedagógicos profissionais, indicamos:
Desvantagens
Vantagens • Qualidade da imagem e do som;
• Custo de produção poderá ser elevado;
• Reprodução do movimento;
• Exige conhecimentos específicos;
• Vários cenários utilizados;
• Exige preparação prévia;
• Facilidade de acesso, visualização e
• Não permite atualizações de conteúdo, sem
transmissão (ultimamente através de
o recurso a software especializado.
computadores com acesso à internet)
7.2. A TELEVISÃO, O VÍDEO E O LEITOR DE DVD A utilização da televisão e do vídeo em ações de formação foi muito frequente, através da apresentação de filmes pedagógicos, ou do visionamento de situações de aprendizagem como, por exemplo, autoscopias, estudos de caso e role-play.
No entanto hoje em dia são recursos que se encontram em desuso devido à generalização da tecnologia digital que nos permite utilizar em formação os filmes em formato digital recorrendo a computadores, tablets, smartphones.
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7.3. A CÂMARA DE VÍDEO
A utilização da câmara de vídeo em sessões de formação surge, nomeadamente, associada à filmagem de situações de role-play, simulações e/ou autoscopias. Fig. 9: Câmara de filmar Durante a filmagem deve:
Fig. 10:Tripé www.nova-etapa.pt
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Procurar fixar as expressões e gestos dos formandos que, pela sua correção ou incorreção, possam ser aproveitadas pedagogicamente, na altura do seu visionamento;
As vantagens deste recurso audiovisual são já reconhecidas a nível global, sobretudo ao nível de ações de formação na área comportamental, nomeadamente:
Autoscopias
Técnicas de Vendas
Técnicas de Negociação
Liderança
Atendimento ao público
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7.4. OS MULTIMÉDIA Os recursos multimédia, hoje em dia, são indispensáveis para um trabalho rápido, atual e de qualidade. Apresentam vantagens para a formação como, por exemplo, a motivação que geram, a flexibilidade e o respeito pelo ritmo individual de aprendizagem. São ao mesmo tempo fonte e meio para uma ampla criatividade e inovação.
O desenvolvimento tecnológico atual é rápido, implicando mudanças e adaptações permanentes a novas oportunidades na área de Multimédia, oferecendo muitas possibilidades em termos de quantidade de recursos a utilizar, bem como no modo de exposição dos conteúdos. Vejamos, então, exemplos de alguns suportes multimédia que poderão ser utilizados em formação:
7.4.1. Materiais/ambientes de suporte:
CD Rom (Compact Disk Read Only Memory) – São os suportes mais comuns e baratos, mas têm a desvantagem de só poderem ser gravados uma única vez. Um CD-R de 12 cm é capaz de armazenar entre 650 e 800 Mb de informação visual e auditiva (entre 74 a 90 minutos de música num CD áudio).
CD RW (Compact Disk Rewritable) – Possibilitam múltiplas gravações. Inicialmente eram extremamente caros, mas atualmente já estão disponíveis por valores bastante acessíveis.
DVD-ROM (Digital Versatile Disc - Read Only Memory) – Semelhante ao CD, tem igualmente um diâmetro de 12 cm. Varia na capacidade de armazenamento de 4,7 GB por camada e por lado, podendo conter um máximo de 4 camadas (duas por cada lado) num total de 17 GB, o que permite a criação de DVD Vídeo. Quando se utilizam duas camadas, o tamanho do pit (longa espiral formada por depressões onde são armazenados os dados) cresce 10%, razão pela qual a capacidade total máxima de um DVD de dois lados e duas camadas por lado não é de 4 x 4,7 GB.
DVD RW (Digital Versatile Disc - Rewritable) – À semelhança do que acontece com o CD RW, este tipo de DVD também permite realizar múltiplas gravações;
DVD VIDEO (Digital Versatile Disc - Video) – Capacidade para armazenar um filme de longametragem (superior a 2h) em formato digital MPEG-2, conjuntamente com legendas até trinta e dois idiomas e uma banda sonora dobrada até oito idiomas em seis canais de som (dolby digital 5.1.);
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BD-ROM (Blu-ray) vs. HD-DVD (Hi-Definition Discs) – Estes dois formatos constituem a tecnologia da próxima geração compatível com DVD. Rivalizam o papel principal no futuro próximo dos suportes a comercializar, podendo alcançar capacidades de armazenamento na ordem dos 50 GB; CD ROM XA (CD ROM Extended Arquitecture) – Com grande capacidade de arquivo de som, texto, imagens, gráficos, e sua apresentação em simultâneo; CD-I (CD Interactive) – Sistema multimédia interativo com áudio digital, imagens e gráficos animados; DV-I (Digital Video Interactive) – Tecnologia multimédia com extraordinária capacidade de arquivo de informação; SATÉLITE – Telecomunicação por satélite abrange vastas áreas e tem grandes possibilidades de exploração na formação. Computação na Nuvem ou Cloud - O armazenamento de dados é feito em serviços que permitem o acesso de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, não havendo necessidade de instalação de programas ou de armazenar dados. O acesso a programas, serviços e arquivos é remoto, através da Internet. O uso desse modelo (ambiente) é mais viável do que o uso de unidades físicas. Existem várias aplicações para guardar a informação (filmes, fotografias, documentos etc.) na cloud disponíveis para web e smartphones. A título de exemplo indicamos apenas algumas aplicações que têm capacidades diferentes de armazenamento de forma gratuita:
ICLOUD (para IOS, ANDROID, WEB) - permite guardar todos os seus ficheiros em segurança no iCloud e tê-los sempre à disposição no iPhone ou iPad, no Mac, num PC ou em iCloud.com. Além disso, é fácil convidar outras pessoas a ver, descarregar ou colaborar num ficheiro à distância. Não é preciso criar cópias, gerir versões ou juntar anexos de email. A capacidade de armazenamento grátis é de 5GB.
GOOGLE PHOTOS (para IOS, ANDROID, WEB) – para além de guardar as fotografias permite procurar uma fotografia específica e ainda criar Gifs, montagem de filmes e colagens. A capacidade de armazenamento é ilimitada.
DROPBOX (para IOS, ANDROID, WINDOWS PHONE, WEB) – é um serviço para armazenamento e partilha de arquivos. A capacidade de armazenamento grátis é de 15GB.
FLICKR (para IOS, ANDROID, WINDOWS PHONE, WEB) – é um serviço de armazenamento de fotografias com capacidade de 1 terabyte (1000GB) que permite o upload automático e privado.
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GOOGLE DRIVE – permite para além de guardar documentos, convidar outras pessoas para visualizar, editar ou deixar comentários em qualquer um dos ficheiros ou das pastas. A capacidade de armazenamento gratuita é de 15GB.
7.4.2. Equipamentos multimédia:
Computador
Projetor multimédia
Quadro interativo
Vídeo interativo
Simulador
Redes de informática
O computador constitui uma tecnologia capaz de variados tipos de tratamento automático de informações ou processamento de dados. Um computador pode possuir inúmeros atributos, dentre eles armazenamento de dados, processamento de dados, cálculo em grande escala, desenho industrial, tratamento de imagens gráficas, realidade virtual.Com este equipamento poderá construir suportes formativos
à
sua
medida:
apresentações,
animações,
reprodução/edição de música e filmes etc.
Fig 11 Computador
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Formação Pedagógica de Formadores Didáticos
Exploração de Recursos
Na utilização do computador em formação deve:
Planear a sua aplicação em conformidade com os objetivos da sessão;
Familiarizar-se com o equipamento (se não for o seu) antes da apresentação em sala;
Assegurar-se da compatibilidade dos vários equipamentos (computador, impressora, etc.)
Simular no local antes da chegada dos formandos;
Manter um design simples e elegante;
Ter sempre um plano B para o caso de avarias ou vírus: fazer cópias de segurança dos trabalhos e levar outro suporte com a mesma informação;
Colocar o equipamento de forma a não criar barreiras aos participantes e garantir a visão em toda a sala de formação;
Vantagens
Desvantagens
• Excelente qualidade da imagem e do som;
• Exige alguns conhecimentos específicos;
• Produção rápida e relativamente fácil;
• Exige preparação prévia;
• Novas capacidades de animação,
• Vulnerabilidade a avarias e a vírus.
simulação, efeitos de cor e transformação de folhas de cálculo e números em gráficos; • Produção de visuais mais interessantes
Na sua aplicação mais avançada, o computador pode transformar-se numa ferramenta de animação e simulação, produzindo cor e efeitos especiais como, por exemplo, a simulação de voo de um avião 747 num exercício de aprendizagem em computador. www.nova-etapa.pt
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Formação Pedagógica de Formadores Didáticos
Exploração de Recursos
Para apresentações animadas e dinâmicas existem projetores que reproduzem o conteúdo do monitor, permitindo uma visão ampliada (ex. projetor de vídeo ou projetor multimédia). Em caso de utilização de colunas, tenha cuidado em regular o volume do som no início das apresentações.
O projetor de vídeo (ou projetor multimédia) permite a projeção direta dos conteúdos audiovisuais do computador e do vídeo gravador/leitor de DVD para uma tela de projeção. Permite igualmente a projeção direta de outros suportes como fotografias de máquinas fotográficas digitais ou filmes de câmaras de filmar digitais.
Fig. 12: Funcionamento do projetor multimédia
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Exploração de Recursos
Para a sua correta utilização será necessário: Fazer as ligações necessárias entre o projetor de vídeo e o suporte utilizado (computador, vídeo gravador, câmara de filmar, outro);
Controlar o botão de standby (consumo mínimo) e de permuta da ligação com o suporte utilizado;
Posicionar o projetor de vídeo de forma central; colocando lateralmente o recurso/suporte utilizado de forma a assegurar um acesso fácil;
Colocar-se junto do suporte para efetuar a “leitura” da informação, sempre que possível, mas sem perder ou diminuir muito o contacto visual com os formandos;
Usá-lo por períodos de tempo não muito longos, pois apesar de ser um recurso muito apelativo pode conduzir a uma excessiva passividade dos formandos.
Como ligar o projetor multimédia ao computador: 1. Ligar o cabo de transmissão de dados entre o computador e o projetor;
2. Ligar os cabos de alimentação das máquinas e dar início ao funcionamento das mesmas;
3. Retirar a proteção da lente e ajustar a altura do projetor em relação ao ecrã (90º);
4. Ajustar a focagem e o zoom da projeção, se necessário.
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Fig. 13: Projetor multimédia
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Exploração de Recursos
O quadro interativo é outro recurso que pode utilizar em contexto formativo. Este quadro funciona como um ecrã de projeção, que permite
uma
interação
direta
entre
os
conteúdos projetados e os participantes.
Fig.14 Quadro interativo Fonte: smarttech.com/business/meetings /interactive.asp
Tudo isto resulta da conjugação de 3 componentes:
Computador
Projetor multimédia Convencional
Software que controla todo o sistema
Estes componentes são totalmente interativos. É disponibilizada uma caneta específica que permite escrever, fazer esquemas e gráficos, ou destacar informações/conceitos importantes sobre a aplicação que esteja a ser projetada. Este recurso é de fácil utilização, uma vez que é compatível com os sistemas operativos mais utilizados. Por outro lado, tem a vantagem da informação poder ser reutilizada, visto poder ser guardada e editada a qualquer momento. Disponibiliza ainda tecnologia wireless e sistema videoconferência, sendo a transferência da informação realizada em tempo real. Semelhante a outros recursos, este equipamento possui ainda a vantagem de poder ser movível, podendo ser deslocado para diferentes espaços, ou simplesmente ser fixado na parede.
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Como requisitos obrigatórios são necessários:
Computador com ligação USB ou com cabo série;
Um projetor de dados e um cabo RGB.
O vídeo interativo apresenta exemplos e demonstrações, motivando através do som e das imagens.
O simulador proporciona a aprendizagem em segurança e é menos oneroso do que certas tarefas complexas.
As redes de informática proporcionam a difusão de material pedagógico concebido centralmente através dos vários terminais dos formandos.
7.5. APRESENTAÇÕES: EXEMPLOS PowerPoint Powerpoint é uma das ferramentas mais utilizadas em formação. A utilização deste software permitelhe tornar a apresentação dos conteúdos mais atrativa, podendo recorrer a diferentes layouts, cores, imagens, gráficos, ou mesmo organogramas, para ilustrar os temas abordados. No módulo seguinte iremos abordar o modo como poderá conceber apresentações em PowerPoint.
Existem no entanto outras ferramentas de apresentações que serão indicadas no submódulo seguinte. Relativamente à elaboração dos diapositivos é fundamental que os mesmos contenham um conjunto de características:
Legibilidade
Clareza
Simplicidade
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Exploração de Recursos
Para que isto aconteça, deverá realizar sempre um trabalho de planeamento, no qual serão ponderados os seguintes aspetos:
1. Que assuntos vou abordar? 2. Que desenhos, ilustrações ou outros materiais vou utilizar? 3. Que tipos de letra e cores vou selecionar? 4. Que sequência vou dar aos diapositivos que criei?
Regras de elaboração de diapositivos em PowerPoint:
Um título;
Regras para a construção dos diapositivos em Power Point
Um assunto por diapositivo;
Não colocar demasiada informação e texto;
Três ideias-chave no máximo; Se o conteúdo for muito complexo é preferível dividi-lo por vários diapositivos; Não deve escrever mais de 7 linhas por diapositivos. Cada linha não deve conter mais de 7 palavras; Uso de quatro cores, no máximo;
Letras legíveis; O tamanho das letras é importante assim como a distância entre elas; Palavras sempre completas.
Poderá ainda conciliar diferentes cores de forma a obter efeitos de:
SUAVIDADE E HARMONIA, quando se utilizam cores análogas, isto é, as que têm em comum uma cor base, variando a sua proporção.
Exemplo: amarelo, laranja, verde.
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Exploração de Recursos
EFEITOS DE CONTRASTE E DE CHAMADA DE ATENÇÃO, quando se utilizam cores complementares – cores opostas.
Exemplo: laranja, azul.
EFEITOS DE SUAVIDADE E MONOTONIA, quando se utiliza uma variação de intensidade de uma mesma cor.
Exemplo: vermelho, vermelho escuro, etc.
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8. Outros Recursos O material de que dispõe para realizar a formação não se restringe unicamente ao equipamento que anteriormente apresentámos. Pode usufruir de uma série de outros recursos para dinamizar as suas sessões, despertar a curiosidade e interesse dos participantes e desenvolver-lhes competências nos diferentes domínios. Vejamos alguns dos recursos a que pode recorrer:
Outros acessórios (instrumento s musicais, peças de vestuário etc)
Papel de cor
Plasticina Bolas
Outros recursos para a formação
Puzzles e legos
Revistas e jornais
Balões Canetas e lápis de cor
Fig. 15: Exemplo de recursos www.nova-etapa.pt
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Pode utilizar estes recursos para desenvolver atividades de grupo e jogos pedagógicos em que os participantes tenham de, por exemplo, “construir legos ou puzzles”, “moldar peças em plasticina”, “elaborar cartazes apelativos em cartolina ou papel de cor”, “selecionar informação em livros e revistas”, “efetuar dobragens em papel”, ou mesmo “transpor obstáculos” utilizando cordas ou outros recursos para o efeito, etc.
A utilização destes recursos em diferentes atividades, pode auxiliá-lo na exploração de alguns conteúdos ou conceitos importantes como: “Liderança”, “Trabalho em Equipa”, “Cooperação”, “Competição”, “Comunicação”, “Assertividade”, etc.
Vejamos três situações diferentes:
1. Imagine que pretende explorar um determinado conceito. Para isso, distribui barras de plasticina aos formandos e solicita que moldem uma peça em plasticina que corresponda à
perceção
que
eles
têm
desse mesmo
conceito.
Posteriormente, cada formando poderá partilhar a sua perceção e debater a sua opinião sobre o tema.
2. Vamos supor que tem como objetivo explorar os conceitos de “Trabalho em Equipa”, “Liderança”, “Divisão de Papéis” etc. Pode dividir o grupo em vários subgrupos e solicitar que se organizem internamente de forma a efetuarem o máximo de barcos de papel, no menor tempo possível. Para o efeito pode recorrer a papel de cor.
No decorrer da atividade certamente poderá observar se algum dos elementos assume a liderança, se os elementos funcionam
ou
internamente
não
em
dividindo
equipa,
se
se
papéis/funções,
organizam e
qual
a
importância da aplicação desses conceitos no desempenho final do grupo.
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Fig. 16: Plasticina
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3. Tem como objetivo explorar o conceito de “Cooperação”. Para isso propõe ao grupo que se divida em subgrupos, tendo como recurso uma corda (colocada a uma altura superior a 1,5m) e pede a cada subgrupo que transponha todos os seus elementos de um lado para o outro da corda. No desenrolar do jogo pedagógico pode analisar se existe efetivamente cooperação entre os membros de cada subgrupo.
Após a exploração da atividade, pode aproveitar para colorir a sala com os objetos produzidos pelos formandos, ou mesmo forrar as paredes da sala com
trabalhos
ou
com
outros
elementos
necessários ao desenrolar da sessão.
Fig. 17: Afixação de cartazes em sala Pode ainda utilizar em algumas atividades, desde que não prejudique a concentração dos participantes, música em sala para criar um ambiente favorável e descontraído.
Fig. 18: CD de música
Para além destes recursos, há ainda cursos que necessitam de recursos técnicos específicos, como é por exemplo dos cursos de Técnico Superior de Segurança e Saúde no Trabalho e de Técnico de Segurança e Saúde no Trabalho (homologados pela Autoridade para as Condições no Trabalho). Nestes cursos, o formador deve demonstrar recursos como:
Equipamentos de proteção individual: luvas, máscaras, visores, óculos de proteção etc.
Mala de primeiros socorros
Extintores móveis de diversos tipos de agente extintor
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Outros equipamentos: Luxímetro, Higrómetro, Anemómetro, Tubos detetores de gases e bombas de aspiração, Sonómetro, Dosímetro de ruído e de radiação, Acelerómetro, Detetores de incêndio, Explosivímetro, Detetores de gases etc.
9. Gestão do Espaço de Formação / Cenários Pedagógicos Disposição da Sala de Formação Tal como a diversificação dos recursos pode influenciar o dinamismo incutido às sessões de formação, também a diferença de cenário pode constituir um elemento diferenciador no processo de aprendizagem. Para além disso, optar por colocar a sala mediante certas e determinadas disposições permite-lhe enquanto formador ter um maior controlo sobre o desempenho dos formandos, e facilitar a interação entre os diferentes elementos do grupo.
O modo como vai dispor a sala, colocar as cadeiras e as mesas, depende essencialmente do espaço que possui, dos objetivos que pretende atingir e das estratégias de formação que definiu.
Assim, deixamos-lhe algumas sugestões sobre o modo como pode dispor a sala de formação:
Disposição em “U”: é sem dúvida o cenário mais utilizado em formação, porque é versátil e adapta-se a qualquer circunstância. Esta disposição pode ser utilizada para a aquisição de conhecimentos e competências, onde o formador pode assumir ora o papel de orador, ora o de animador/moderador de grupos.
Fig. 19: Disposição em U
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Disposição em redor do objeto: é muitas vezes utilizada para atividades de carácter demonstrativo. Pode utilizar-se esta disposição quando se pretende desenvolver habilidades psicomotoras, que exijam a realização de atividades práticas por parte dos formandos. Os elementos do grupo colocam-se em redor do objeto que vai ser alvo de utilização, de modo a que todos possam visualizar corretamente o que
Fig. 20: Disposição em redor do objeto
está a ser demonstrado.
Sempre que utilizar esta disposição deve ter em conta que a mesma não pode ser utilizada com muitos formandos porque vai exigir da sua parte um grande controlo sobre as atividades que estão a ser realizadas, para que a qualquer momento possa corrigir possíveis erros.
Disposição em círculo: pode ser utilizada para realização de trabalhos em grupo, discussões, debates, etc. Esta posição permite aos
participantes
abordadas
no
experiências,
discutirem
curso, e
temáticas
partilharem
chegarem
a
ideias,
conclusões
importantes. Fig. 21: Disposição em círculo
Este cenário pode ser também utilizado em dinâmicas de grupo em que seja necessário ter alguns participantes como meros observadores dos restantes subgrupos.
Vejamos agora algumas aplicações práticas das diferentes disposições da sala.
Técnica “Philips 6/6” Está recordado da técnica “Philips 6/6” abordada no Manual de Métodos e Técnicas Pedagógicos? Pois bem, esta técnica implica que o grupo seja fracionado em subgrupos de 6 elementos, e que se reúna várias vezes para chegar a um consenso. www.nova-etapa.pt
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Cada subgrupo elege um porta-voz que, perante os outros participantes e sob orientação do formador, elaborará uma síntese das opiniões expressas. Terminado esse debate, haverá novas reuniões até se chegar a um acordo conjunto.
As variantes desta técnica são numerosas, e terá de existir alguma imaginação e inovação no modo de fracionamento dos subgrupos e disposições da sala. Assim, poderia optar por diferentes cenários, tais como:
Primeiro Cenário:
Fig. 22: Técnica “Philips 6/6” - Cenário 1 Segundo Cenário:
Fig. 23: Técnica “Philips 6/6” - Cenário 2
Terceiro Cenário:
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Fig. 24: Técnica “Philips 6/6” - Cenário 3
Técnica “Cochicho” A técnica do “Cochicho” também ela abordada no Manual de Métodos e Técnicas Pedagógicos, permite utilizar diferentes disposições. O grupo é dividido em pequenos subgrupos de dois elementos cada, em que cada elemento dialoga com o companheiro mais próximo, de forma a chegarem a uma opinião sobre um tema. Como disposições propomos:
Primeiro cenário:
Fig. 25: Técnica “Cochicho” - Cenário 1 Segundo cenário:
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Fig. 26: Técnica “Cochicho” - Cenário 2
Técnica “Trabalho de Grupo” Recorda-se da atividade pedagógica que atrás abordamos sobre como explorar os conceitos de “Trabalho em Equipa”, “Liderança” e “Divisão de Papéis”, em que os participantes reunidos em subgrupos tinham que realizar o maior número possível de barcos de papel?
No momento em que são distribuídos os elementos por subgrupos, pode também fazer a seleção de alguns participantes que terão a missão de observar o desempenho dos colegas, o que vai influenciar a disposição do espaço de trabalho. Os observadores não devem ser integrados no grupo que estão a observar, mas colocados a uma certa distância dos participantes que estão a observar, para que possam anotar o desempenho desses elementos.
Proposta de cenário:
Fig. 27: Proposta de Técnica “Trabalho de Grupo”
Técnica “Discussão” Após a exposição de um tema, pode solicitar aos participantes que discutam esse mesmo tema. Nesse caso pode propor aos participantes que se posicionem em mesa redonda (disposição em círculo). www.nova-etapa.pt
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Se considerar importante para o objetivo que pretende alcançar, pode ainda trabalhar com dois grupos de trabalho: “Grupo de Discussão” e “Grupo de Observadores”. O grupo de discussão ficará reunido em mesa redonda/círculo a debater o tema proposto, podendo ser ou não monitorizado/liderado por um participante. O segundo grupo, o que contempla os observadores, ficará numa posição mais discreta, mantendo alguma distância face ao grupo de discussão, de forma a fazer as anotações do que está a ser discutido. Os observadores apenas tiram notas, não podendo intervir na discussão.
Como disposições propomos:
ou
Fig. 28: Propostas de Técnica “Discussão”
Técnica “Painel” Com o objetivo de aprofundar um determinado tema e partilhar experiências, pode convidar alguns especialistas/peritos no assunto, com o intento de abordarem e debaterem o tema visado em frente de um auditório composto pelos formandos. Os elementos que constituem o Painel (grupo de especialistas e formador) devem estar bem posicionados, para que possam ser vistos pelos restantes participantes. www.nova-etapa.pt
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Proposta de cenário:
Fig. 29: Proposta de Técnica
“Painel” Outra variante da técnica “Painel” consiste em selecionar alguns dos participantes para interrogar esses especialistas, mantendo-se assim uma conversação um pouco mais informal. Caso pretenda, pode ainda optar por constituir um outro grupo, designado por “Sintetizadores”, ou seja, um grupo que vai anotando as ideias mais importantes e fazendo a síntese do que foi abordado ao longo da conversação.
Proposta de cenário:
Fig. 30: Proposta de Técnica “Painel” - Sintetizadores
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10. Condições da Sala de Formação 10. Condições da sala de Formação Anteriormente abordámos o modo como pode usufruir do espaço de formação, dispondo a sala de múltiplas formas, em função dos objetivos que pretende atingir. Lembramos-lhe que o bom formador também é o que consegue trabalhar com as condições que tem. Contudo, é muito importante que antes de iniciar uma sessão de formação estejam garantidas as condições físicas essenciais para um bom aproveitamento pedagógico. Qualquer participante cujo bem-estar físico não seja o melhor, ou não se encontre confortável, terá uma menor predisposição para aprender.
Assim, aquando da preparação da sala de formação, deve ter em conta:
Condições logísticas: Dimensão da sala: é aconselhável que a sala de formação tenha 2m 2 de dimensão/participante, para que formador e formandos possam circular livremente pelo espaço.
Características do mobiliário: as mesas devem ter espaço suficiente para escrever e as cadeiras devem ser confortáveis. É ainda aconselhável que se utilize mobiliário de baixo nível refletor.
Condições ambientais: Temperatura ambiente: temperaturas demasiado elevadas podem provocar dores de cabeça, irritabilidade, fadiga e, por sua vez, a diminuição do desempenho, etc. Por outro lado, temperaturas demasiado baixas podem provocar dificuldades de concentração e atenção. A temperatura confortável para um contexto de formação deve situar-se entre os 20 a 26 graus centígrados.
Iluminação: evite que os formandos se sentem muito próximos de fontes de luz, de forma a que a intensidade da mesma não provoque encadeamentos e possíveis casos de desconforto. O encadeamento pode ocorrer quando a iluminação artificial não está devidamente protegida, as janelas não estão protegidas da luz solar, ou quando existe mobiliário e equipamento brilhante.
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Condições Técnicas Cabos e fios: Os cabos, fios do equipamento que vão ser utilizados no decurso da formação, bem como outro tipo de equipamentos, devem estar devidamente arrumados e mantidos de forma discreta na sala, de modo a que ninguém tropece e se mantenham as condições de segurança essenciais.
Para terminar:
Estamos certos de que neste momento se encontra ciente da importância dos auxiliares pedagógicos e da construção de um “cenário” para o desenvolvimento da formação.
A RETER
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11. Conclusão Final
Os recursos didáticos constituem um importante auxiliar pedagógico para o formador. A sua utilização em ações de formação concorre para uma aprendizagem mais facilitada, organizada e sistematizada por parte dos formandos, ganhando-se assim, no seu todo, uma maior eficácia na Formação.
Como formador deve estar ciente da importância de uma abordagem profissional no planeamento, preparação e utilização dos recursos para melhorar as suas sessões. Isso passa essencialmente pelo conhecimento das vantagens e desvantagens dos vários auxiliares pedagógicos e pela capacidade de fazer deles um uso inteligente e imaginativo.
Os recursos didáticos devem surgir naturalmente como um dos auxiliares que terá à sua disposição para o desenvolvimento da sessão de formação, mas no sentido restrito de "auxiliar" e não de "muleta" ou "tábua de salvação". Os recursos didáticos servem para facilitar a aprendizagem e não para
substituir
a
figura
do
formador
ou
a
falta/pouca
qualidade
do
conteúdo,
ofuscando/deslumbrando os formandos.
Finalmente, tenha em conta que, como em tudo na vida, deve utilizar os recursos didáticos com moderação para evitar efeitos negativos.
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Bibliografia
Delgado, P.P. (1998), “Formación de Formadores”, Ediciones Pirámide Lebel, P. “Audio-Visual et Pedagogie – films, diapositive et magnetoscope”, Enterprise - Moderne D’edition Minicucci, S. Paulo
A.
(1987),
“Técnicas
do
Trabalho
de
Grupo”,
Editora
Atlas,
Nérici, I. G. (1992), “Metodologia do Ensino – Uma Introdução”, Editora Atlas, S. Paulo Parra, N. & Parra, I. C. “Técnicas Audiovisuais de Educação”, Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais Ribeiro, C. P.; Dias J. P. & Relvas, L. “Os meios Audiovisuais na Formação”, Colecção Aprender I.E.F.P. Links de interesse:
https://www.canva.com/pt_pt/ https://www.flickr.com/ https://www.dropbox.com/ https://www.google.com/drive/ https://padlet.com/ https://www.icloud.com/ https://support.office.com/pt-pt/article/introdu%C3%A7%C3%A3o-ao-sway-2076c468-63f44a89-ae5f-424796714a8a
Adaptado a partir de um trabalho elaborado por Adelaide Franco e José Afonso Oliveira
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Anexos Filme nº 1 “Recursos didáticos na formação – 1p”
Filme nº 2 “Recursos didáticos na formação – 2p”
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Guia de Exploração do Filme Pedagógico
“A Assertividade”
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1. NOTA PRÉVIA Este guia acompanha o Filme “A Assertividade”, sem o qual não faz sentido a sua utilização. São ambos propriedade da Nova Etapa, sendo interdita a sua utilização, reprodução ou comercialização por pessoas ou entidades não autorizadas para o efeito.
2. APRESENTAÇÃO Com o objetivo de solucionar a carência de recursos didáticos de apoio à Formação em Português, a Nova Etapa concebeu, produziu e coordenou um conjunto de filmes e respetivos guias de exploração pedagógica. Estes destinam-se a Quadros Médios e Superiores, Licenciados, Formadores, Professores e Profissionais Qualificados, bem como a pessoas que, por inerência das suas funções, necessitem desenvolver atividades relacionadas com as temáticas de cada recurso.
Não foi intenção da Nova Etapa construir materiais de substituição da figura do formador, mas facultarlhe verdadeiros instrumentos pedagógicos que exploram as potencialidades da linguagem audiovisual, sem esquecer a dimensão estética e lúdica. Podem ser utilizados de modos diferentes, de acordo com as necessidades específicas de cada grupo de formandos.
Da articulação dos conteúdos teóricos com situações do quotidiano, resultaram imagens verosímeis, fáceis de assimilar, passíveis de uma exploração mais ou menos aprofundada e facilmente adaptáveis a diversos contextos.
Contamos com a competência e criatividade dos formadores, para a exploração integral do filme sobre A Assertividade, que passamos a apresentar de seguida.
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3. SINOPSE O filme decorre num escritório de arquitetura e retrata um ambiente de trabalho hostil onde a satisfação e a produtividade são reduzidas.
A ação tem início com uma discussão de trabalho acerca de um novo projeto. Os três intervenientes discutem a possibilidade de Mário vir a ser o coordenador desse novo projeto. Cada um deles adquire uma postura comunicacional diferente mas que em nada promove a comunicação eficaz. Esta situação gera conflitos que culminam numa discussão que só é interrompida quando chega o arquiteto responsável. Este, indignado, decide realizar uma reunião com todos para que se possa resolver a situação. Nesse sentido, procura uma consultora da Nova Etapa para solucionar a questão.
Na reunião, a consultora vai identificar o tipo de comunicação que é utilizada por cada um dos intervenientes e explicar porque motivo a adoção desses tipos de comunicação não é a melhor. Neste sentido, vai apresentar a forma de comunicação mais eficaz: A Assertividade.
Assim, a formadora sugere um conjunto de atitudes e comportamentos assertivos que poderão minimizar e/ou solucionar os conflitos existentes:
Ser transparente. Negociar na base de objectivos claramente definidos e comunicados;
Ser determinado. Não ter medo de correr riscos. Lutar pela realização pessoal.
Serem eles próprios. Não dissimular opiniões, sentimentos e objectivos dos interlocutores.
Procurar negociar em situações de conflito.
Manter relações transparentes baseadas na confiança mútua.
Não permitir que o explorem, agridam ou humilhem.
Este filme mostra como uma comunicação assertiva pode ser a solução dos conflitos, uma vez que permite minimizá-los e até mesmo evitá-los. Em suma, fornece os conhecimentos para uma convivência interpessoal mais equilibrada e saudável, tanto a nível profissional, como pessoal.
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4. OBJECTIVOS Pretende-se que o presente filme possibilite uma base de reflexão que lhes permita: ■
Identificar conflitos no local de trabalho;
■
Identificar os diferentes estilos comunicacionais;
■
Definir comunicação assertiva como o estilo comportamental adequado para uma comunicação eficaz.
5. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS E PROPOSTAS DE ACTIVIDADES
5.1. Antes do visionamento Propomos ao formador que lance ao grupo as seguintes questões:
“Já alguém ouviu falar em Assertividade?” (muito pertinente com grupos de formandos não pertencentes à área das ciências sociais e humanas).
”O que quer dizer Assertividade?”
Ao longo das respostas, o formador pode (se considerar importante) anotar as mesmas no flipchart, sem fazer comentários, propositadamente, para facultar a possibilidade de descoberta do conceito através do visionamento do filme.
Tempo previsto: 15 minutos
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5.2. Durante o visionamento do Filme Assertividade Sugerimos a interrupção do visionamento por quatro vezes:
1ª interrupção - Após o relato dos acontecimentos ocorridos ultimamente na empresa (8m20s).
Neste momento, o formador poderá pedir aos formandos que façam a caracterização (em subgrupo, com posterior apresentação ao grupo) dos comportamentos e estilos comunicacionais, observáveis nas várias personagens e identificação dos desejáveis, respeitando a grelha de observação em anexo Anexo I.
Novamente, propomos ao formador que anote todas as ideias no flipchart.
Tempo previsto: 10 minutos (trabalho em subgrupos); 10 minutos (apresentação ao grupo).
2ª interrupção – Após a apresentação das primeiras conclusões da Consultora da Nova Etapa (14m22s).
O formador pode propor que se faça uma comparação entre as caracterizações apresentadas pelos formandos através da grelha de observação e as conclusões expostas pela Consultora da Nova Etapa, relativamente a cada uma das personagens envolvidas.
Tempo previsto: 10 minutos.
3ª interrupção - Após o relato do diálogo entre o Pedro e o Arquiteto, a propósito da coordenação do novo projeto (15m04s).
Aqui o formador poderá questionar o grupo sobre comportamentos observados reveladores de mudança de estilos comunicacionais no relacionamento entre as duas personagens, colocando questões como por exemplo: 1 - “Qual a diferença mais notória no comportamento de Pedro?” 2 - “Como definem o estilo comunicacional implícito na postura de Pedro? Porquê?” 3 - “Que conclusão se pode tirar após a resposta do Arquitecto?”
Tempo previsto: 10 minutos.
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5.3 Após o visionamento O formador poderá questionar o grupo sobre comportamentos observados reveladores de mudança de estilos comunicacionais no relacionamento entre as duas personagens, utilizando questões como: 1 - “Como se inicia o diálogo?” 2 - “Qual a reação de Júlia à pergunta colocada pelo Arquiteto?” 3 - “Como definem o estilo comunicacional implícito na resposta de Júlia? Porquê?” 4 - “Que conclusão se pode tirar após a reação final do Arquiteto?”
A título da conclusão, o formador poderá sintetizar as ideias principais sobre os diferentes estilos comunicacionais, frisando a Assertividade como o estilo comunicacional indicado para um relacionamento interpessoal equilibrado.
No final, sugerimos ao formador que proponha a realização de um exercício individual de autodiagnóstico, de forma a cada formando poder identificar o seu estilo comunicacional predominante.
Tempo previsto: 10 minutos (questões); 30 minutos (exercício de auto-diagnóstico); 5 minutos (síntese conclusiva).
6.
CONCLUSÃO
Este filme pretende retratar as relações existentes numa equipa de trabalho, onde, como em todas, existem pessoas com diferentes formas de se comportar e comunicar e por conseguinte, diferentes formas de se relacionar. A tónica que é dada no estilo comunicacional assertivo, em detrimento dos restantes, vem reforçar a necessidade de sensibilizar os formandos para a sua grande implicação no estabelecimento de um relacionamento saudável e equilibrado, não só no contexto organizacional, como no dia a dia das pessoas.
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7. BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA
Alberti e Emmons, Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão, Editora Interlivros, Belo Horizonte, 1978. Azevedo, Comunicar com Assertividade, IEFP, Lisboa, 1996. Birkenbihl,Vera, A Arte da Comunicação, Lisboa, Pergaminho, 2000. Fachada, Odete, Psicologia das Relações Interpessoais, Editora Rumo, Lisboa, 1991. Lloyd, Sam, Desenvolvimento em Assertividade, Ed. Monitor, Lisboa, 1993. Myers. M., Bases de la Comunication Interpersonnelle, Quebeque, Mc-Graw-Hill, 1984. Michelli, Dena, Successful Assertiveness, Barron's Educational, New York, 1997. Murphy, K., Effective Listening: hearing what peolpe say and making it working for you, Bantam Books, New York, 1987. Pinto, A., A Dinâmica do Relacionamento Interpessoal, IEFP, Lisboa, 1992. Roebuck, Chris, Comunicação Eficaz, Livros e Livros, Lisboa, 2001. Wells, T., Communicating Non-Defensively, McGraw-Hill Books Co., New York, 1990. NOVA ETAPA, Relação Pedagógica, 2003.
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Formação Pedagógica de Formadores Didáticos
Exploração de Recursos
8. ANEXOS I - Grelha de Observação
GRELHA DE OBSERVAÇÃO
Personagens
Comportamentos
Estilos Comunicacionais
OBSERVADOS
Pedro
Júlia
Manuel
Arquitecto
Mário
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Comportamentos
Estilos Comunicacionais
DESEJÁVEIS