Sessao iii variantes comunicacionais

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Sessão III - Variantes Comunicacionais OBJETIVOS PEDAGÓGICOS No final deste capítulo, deverá ser capaz de:

 Avaliar o impacto da comunicação não verbal nas apresentações orais;  Identificar os principais cuidados a ter com a colocação e projeção da voz;  Reconhecer as regras para uma correta articulação e entoação das palavras;  Descrever o impacto dos gestos, postura, olhar, na comunicação;  Caracterizar os diferentes estilos comportamentais/comunicacionais;  Distinguir o valor acrescentado da assertividade face aos restantes estilos de comunicação.

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1 - COMPONENTE VOCAL Todos temos consciência de que a componente não verbal influencia o processo de comunicação. Por vezes, basta um pequeno alterar do nosso tom de voz, ou um gesto mais brusco associado à mensagem, e as palavras que

proferimos

passam

a

ter

um

significado completamente diferente.

Uma das componentes não verbais é a componente vocal, que é determinante no sucesso de uma apresentação. É a voz que vai levar a mensagem aos ouvintes, despertar o seu interesse e motivação, estimular a curiosidade, chamar a atenção ou, pelo contrário, empurrá-los para a sonolência. Tirar partido de todas as potencialidades da nossa voz, é uma das regras de ouro para ser bem sucedido. Em primeiro lugar, uma postura correta (ombros e cabeça levantados, olhando em frente), desde logo contribuirá para uma melhor colocação da voz, pelo facto das cordas vocais localizadas na laringe se encontrarem livres de qualquer pressão, permitindo que o som saia sem esforço adicional. É também importante saber que a palavra está intimamente ligada com a respiração: é durante o movimento da expiração que, passando pela laringe, o sopro pulmonar é sonorizado, dando origem à voz. É depois, ao nível da faringe e dos órgãos da boca (palatino, língua e lábios), que a voz é articulada e se torna palavra. Qual a importância de tudo isto na vocalização?

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1.1 - A Respiração A forma como se respira é determinante na componente vocal. Naturalmente, que, o nervosismo por vezes torna-se um incómodo, porque passamos apenas a respirar com a parte superior dos pulmões, daí a importância de fazermos alguns exercícios de respiração abdominal (ver capítulo 1, técnicas de respiração). Quando há respiração descontraída, o ar enche os pulmões na altura da inspiração, e isso constitui uma reserva para as palavras que proferimos. Uma respiração ampla permite armazenar muito ar, o que é um trunfo importante para a projeção da voz. A correta postura contribui também em larga medida para se respirar adequadamente (ver ponto 2.1 da componente não verbal). 1.2 - A Articulação Também frequentemente designada por dicção, a articulação diz respeito à forma de dizer as palavras, isto é, o ato de pronunciar os sons, as sílabas, as palavras, destacando-as. Imagine que está a preparar uma comunicação, ou a preparar-se para a preparar, talvez não esteja minimamente interessado em conhecer pormenores excessivos do campo da fonética (ramo da linguística que se ocupa da articulação), por isso, referiremos apenas alguns dos aspetos mais importantes para conseguir uma boa técnica vocal.

As consoantes são os pontos de apoio em que se baseia uma boa articulação;

Projete a sua voz, imaginando que alguém se encontra no fim da sala, não aumentando o volume da voz, mas abrindo ligeiramente mais os maxilares;

Aproveite as sequências de inspiração vs expiração para dar mais ênfase a determinadas palavras da mensagem;

Não deixe “cair” os finais de frases, dê-lhes ênfase em especial;

Para corrigir tendências prejudiciais, treine-se a ler em voz alta, procurando pronunciar todas as sílabas, abrindo bem os maxilares;

Com este treino, verificará a necessidade de falar pausadamente. www.novaetapa.com 3


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1.3 - A Intensidade A intensidade da voz é a força, a potência com que se fala; pode-se ter tendência para falar alto ou baixo, mas, seja como for, devemos adaptar a intensidade da nossa voz ao volume do espaço em que nos encontramos. No caso de ser necessário, pode utilizar um microfone, de preferência de lapela, pois são os que têm maior definição e avariam com menos frequência. Se puder antecipadamente visitar a sala onde vai fazer a comunicação e treinar este aspeto, ficará a saber melhor a intensidade com que tem de projetar a voz para se fazer ouvir por todos de forma percetível. 1.4 - A Entoação A entoação é o movimento melódico da voz, caracterizado pelas variações de altura da mesma. Numa frase interrogativa, a entoação sobe: “Estão a ouvir-me?” Ao contrário, numa frase afirmativa, a voz tem tendência para baixar no fim: “Vamos terminar por aqui.” Para cativar e entusiasmar a assistência, é fundamental jogar com vários tipos de entoações. Por exemplo, se se quiser chamar a atenção para um aspeto ou ideia principal, deve-se subir de tom, caso se queira criar um clima de cumplicidade ou mistério, baixa-se o tom, como que falando em segredo com cada uma das pessoas que está no público.

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1.5 - O Ritmo O ritmo é a velocidade com que nos exprimimos. Certas pessoas falam depressa, outras lentamente. É preciso encontrar o ritmo certo para cada um de nós. Se se falar depressa demais, haverá maior dificuldade em se ser compreendido e poderá até dar a ideia de que estamos com pressa, com vontade de “fugir” dali, ou pouco interessados na audiência. Pelo contrário, se se falar lentamente em demasia, poderá parecer falta de entusiasmo e convicção. Pode até ter o efeito de “adormecer” o público. Em resumo, eis algumas regras básicas relativamente à colocação da voz:

Respiração ampla e profunda

Boa articulação

Intensidade adequada ao espaço

Entoações variadas e significativas

Ritmo controlado

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2 - COMPONENTE NÃO VERBAL Conhece aquela frase que diz, “Não podemos

não

comunicar

não

verbalmente”, isto é, quer queiramos ou não, mesmo quando estamos em silêncio, estamos a comunicar. A nossa postura, a nossa forma de vestir, os nossos gestos e até a distância a que nos

encontramos

dos

outros,

são

formas de comunicar sem palavras. Sabia que foram feitos alguns estudos pela Kodak, por forma a perceber a importância atribuída a cada uma das componentes da comunicação? Os resultados são surpreendentes: quando alguém é colocado numa situação de face a face pela primeira vez com uma pessoa, para a formação da imagem dessa pessoa, a componente física, ou seja, a postura, a forma de vestir, o aspeto físico em geral, são determinantes, cerca de 55%, seguindo-se 38% para a componente vocal e, finalmente, apenas 7% para as palavras proferidas. Tem que se lhe diga, não é verdade? Lembre-se destes números quando estiver a preparar a sua comunicação e dê, por isso, uma particular atenção à sua aparência física, aos gestos e à voz. A forma de transmitir uma mensagem é tão importante como a própria mensagem. 2.1 - A Postura Qual a posição mais conveniente durante o discurso? Sentado ou de pé? Isso depende de cada pessoa e da forma como ela se sentir mais à vontade, mas se permanecer de pé envolve mais a audiência. Há pessoas a quem agrada mover-se perante o público, para cativá-lo ou para conseguir um determinado efeito.

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Deve dar particular atenção à postura, não se pode esquecer que apenas um tronco bem firme, com os ombros levantados e o pescoço erguido, permite uma boa saída do ar e por isso uma boa projeção da voz. Na verdade, não existem regras rígidas relativamente a estes aspetos. Correndo o risco de se repetir um “chavão”, o importante é que se sinta à vontade no seu corpo enquanto dura a sua intervenção. Para além deste aspeto, não podemos esquecer que a postura ideal é aquela que respeita as leis da gravidade, concentrando o peso da cabeça, tronco e braços no plano ósseo sacroilíaco. O alinhamento corporal deve ser estável, mas não estático, dinâmico e não fixo. Se sentir necessidade de se movimentar, faça-o, evitando contudo as seguintes situações:

Balançar o corpo para os lados ou para trás

Fazer gestos repetitivos sem qualquer significado

Meter as mãos nos bolsos

2.2 – O Olhar Além disso, estar de pé permite o contacto visual com o público. Para muitas pessoas, esta é uma das grandes dificuldades de falar em público: o olhar nos olhos dos participantes, e, como forma de o evitar, procuram um ponto no infinito (no fim do anfiteatro ou na porta da saída), outros refugiam-se no papel à sua frente. Quais os resultados deste tipo de estratégia de fuga? Não há público que aguente e o fracasso é quase sempre garantido. Quando nos encontramos num grande auditório, é mais fácil conseguir ultrapassar esta situação, dado que até podemos fixar pontos entre as pessoas, olhar para o cimo das cabeças, evitando assim o contacto ocular fixo. Numa sala de pequena dimensão, quando se fala para um grupo mais restrito, esta pode ser uma dificuldade acrescida.

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Devemos resistir também à tentação de olhar apenas para uma ou duas pessoas conhecidas, ou para aquela senhora que está sempre a dizer que sim com a cabeça, dado que podemos irritar a restante assistência. O contacto visual com o público tem uma importância crucial no estabelecimento da relação com a audiência, por isso, é fundamental manter o olhar dirigido para ela, distribuído por todo o público. Já agora, aproveite estes momentos para “ler” os rostos dos espectadores e faça também uma avaliação do feedback, através de movimentos coletivos típicos acenos de cabeça, cruzar de pernas, tomar notas, coçar a cabeça, mexer nos papéis, podem ser sinais de motivação ou de desinteresse. Procure perceber o que eles estão a sentir e, se for caso disso, faça apelo à sua capacidade de motivação e animação. Não pode é permitir que o seu público se desinteresse do que lhes está a comunicar. O sucesso da sua apresentação mede-se em função do interesse revelado pelo público. 2.3 – Os Gestos No que se refere aos gestos e movimentos com as mãos, existem vários autores que são apologistas de que os gestos podem funcionar como um fator distrativo e, por isso mesmo, as mãos devem ser mantidas junto ao corpo ou em cima do púlpito. Será humanamente possível eliminar os nossos gestos naturais? Na nossa perspetiva, os gestos das mãos podem facilitar a compreensão da mensagem, as mãos devem ter vida. Não as impeça de viver. Naturalmente, poderá apoiá-las, caso exista um púlpito, ou, porque não, manejar uma esferográfica ou um apontador. O importante é que se trate de um gesto natural e não rígido ou excessivo.

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2.4 – A Expressão Facial A expressão gestual pode, e deve, acompanhar a expressão oral, sublinhando e reforçando as nossas afirmações. A expressão facial deve ajustar-se ao assunto de que se está falar. Por exemplo, se se pretende fazer rir o público, a expressão deve conter o sentido irónico do que estamos a referir.

Em resumo, no que se refere à comunicação não verbal: • Mantenha contacto visual com a audiência, para estabelecer interação, mostrando permanentemente o interesse que tem em captar a atenção; • Procure manter-se de pé, porque favorece o contacto visual, dá uma imagem de segurança e convicção e permite uma melhor vocalização; • Utilize as mãos, fazendo gestos e movimentos que estejam de acordo com a mensagem e facilitem a sua compreensão; • Mantenha uma expressão facial simpática, adequada aos sentimentos que pretende transmitir; Não esqueça que a forma de transmitir a mensagem é tão importante como a mensagem em si própria.

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3 – ESTILOS COMPORTAMENTAIS/ /COMUNICACIONAIS - ESTRATÉGIAS PARA UMA COMUNICAÇÃO EFICAZ

A

maior

ou

menor

eficácia

no

nosso

relacionamento, quer seja, no âmbito profissional ou pessoal, depende, em grande parte, da nossa habilidade na comunicação. Uma

comunicação

eficaz

é

um

processo

exigente, pois requer esforço de ambos os interlocutores

para

que

sejam

vencidas

determinadas barreiras. Se considerarmos que na comunicação: 100% é o que se quer dizer; 80% é o que se diz; 60% é o que se ouve; 40% é o que se compreende; 30% é o que se retém; 20% é o que se repercute. Nem sempre conseguimos transmitir uma mensagem de forma eficaz, pois são muitos os fatores que podem intervir na eficácia da comunicação. Lidar com toda esta diversidade de aspetos ao comunicar com os nossos interlocutores, é o desafio a vencer. Quando as pessoas comunicam nem todas se comportam da mesma forma. Umas são mais agressivas, outras mais passivas, algumas são mais manipuladoras e outras mais assertivas.

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A maneira como as pessoas se relacionam através da comunicação, constitui o seu estilo comunicacional o qual é definido por um perfil (uma atitude), mais ou menos constante, de comunicar. Dos quatro estilos comunicacionais habitualmente identificados – Agressivo, Passivo, Manipulador e Assertivo, alguns facilitam a comunicação e outros tornam-na menos eficaz. Cada estilo é eficaz em função da situação (contexto) onde é aplicado, mas, quando utilizado indiscriminadamente, pode originar problemas graves ao nível da comunicação. Considerando que as pessoas dão mais importância à forma do que ao conteúdo da comunicação, podemos ser melhores comunicadores se utilizarmos um estilo comunicacional ajustado à situação. Porém, é o estilo assertivo o que apresenta maiores vantagens e que mais contribui para a sua eficácia. 3.1 - Caracterização dos Estilos Comunicacionais: Estilo Agressivo: Submissão e humilhação dos outros; Demasiado crítico e controlador. - Sinais associados: Fala alto e interrompe; Não ouve com atenção o que os outros exprimem; É sarcástico; Tem explosões emocionais; É hostil e não coopera; Utiliza demasiado a palavra “EU”; Não olha diretamente para o interlocutor; Manifesta um sorriso irónico e expressões faciais de desprezo ou de desaprovação.

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É um estilo pouco eficaz no relacionamento interpessoal, pela imposição. Ver filme: www.nova-etapa.pt/assertividade_agressivo

O Estilo Passivo Assume uma atitude de submissão perante os outros; Comportamento de fuga e de autodesvalorização; Dificuldade de se afirmar e fazer valer as suas opiniões. - Sinais característicos: Fala pouco; Rói as unhas; Exprime um riso nervoso e uma voz trémula, Mexe frequentemente os pés; Está frequentemente ansioso.

É um estilo pouco eficaz no relacionamento interpessoal, pela negação de si próprio. Ver filme: www.nova-etapa.pt/assertividade_passivo

O Estilo Manipulador É um “ator” nas suas relações interpessoais; Revela pouca transparência de linguagem; Recorre a insinuações; “Utiliza” terceiros para atingir os seus fins; Utiliza a “Chantagem Emocional” para alcançar o seu objetivo.

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- Sinais característicos: Emprega frequentemente o “nós” em vez do “eu” (“falemos francamente”, “confiemos um no outro”); Oferece os seus talentos na presença de públicos difíceis; Apresenta-se sempre cheio de boas intenções; Apresenta-se quase sempre como um útil intermediário.

É um estilo pouco eficaz no relacionamento interpessoal, pela falta de implicação nas relações interpessoais. Ver filme: www.nova-etapa.pt/assertividade_manipulador

O Estilo Assertivo Entende-se por assertividade a capacidade de se afirmar por palavras e por atos o que se pensa, o que se quer e o que se sente, com calma e sem agressividade. Existem diferentes estilos comunicacionais de acordo com a personalidade de cada um. Alguns indivíduos assumem atitudes

comportamentais

de

agressividade,

outros

de

passividade e muitos de nós já tivemos de nos relacionar com pessoas manipuladoras. Ora, nenhum destes estilos comportamentais contribui para uma comunicação eficaz na medida em que não permitem um equilíbrio entre o emissor e o recetor. Então, em que consiste teoricamente a assertividade? Apesar de existirem muitas definições de assertividade, eis uma das mais clássicas:

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A assertividade é a capacidade de autoafirmar os próprios direitos, sem se deixar manipular e sem manipular os demais. (in Castanyer, p. 25) Ver filme: www.nova-etapa.pt/assertividade_resumo

3.2 - Quais as características do indivíduo assertivo? Assumir uma comunicação assertiva implica: 1. Ser simples e direto; 2. Ser determinado. Não ter medo de correr riscos e de lutar pela realização pessoal; 3. Procurar negociar em situações de conflito; 4. Ser transparente e negociar com base em objetivos claramente definidos e comunicados; 5. Manter relações transparentes e baseadas na confiança mútua; 6. Ser “eu próprio”, não dissimular opiniões, sentimentos ou objetivos pessoais; 7. Respeitar

e

promover

as

opiniões,

sentimentos

e

objetivos

dos

interlocutores; 8. Não permitir que o explorem, humilhem ou agridam. 3.3 - Diferentes estilos assertivos APOIO / INTERESSE: este estilo comunica calor, cuidado e interesse pelos outros. O conteúdo da mensagem é apresentado de um modo direto, honesto e respeitoso. Mantém uma consciência dos sentimentos dos outros. Aqueles que utilizam naturalmente este estilo assertivo são indivíduos sensíveis. www.novaetapa.com 14


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DIRETO / GUIA: é um estilo impessoal que comunica uma abordagem não absurda e autoritária, e uma preocupação pelos resultados. É um estilo firme, mas respeitoso, que usa diretivas em vez de pedidos. Não tem nada a ver com ser “mandão” ou “ ditador”. O estilo direto/guia comunica crenças e opiniões. Os que usam este estilo são frequentemente indivíduos fazedores e/ou pensadores. ANALÍTICO: este estilo também é impessoal e analista. Comunica factos, informações, pensamentos e probabilidades. Este estilo usa pedidos para obter resultados em vez de diretivas. O estilo direto/guia é “diz-lhes”, enquanto o estilo analítico é um estilo “pede-lhe”. É calmo e sem emoção. É utilizado mais naturalmente pelo grupo dos indivíduos pensadores. EXPRESSIVO: este estilo é animado, energético, espontâneo e emocional. Os sentimentos, os gostos e as aversões, os desejos e as necessidades são comunicados, neste estilo, de forma aberta e expressiva. Aqueles que usam este estilo

são,

normalmente,

intuitivos,

criativos,

espontâneos

e

vivos.

São,

normalmente, indivíduos fazedores ou sentimentais. 3.4 - Comunicar de forma Assertiva Para comunicarmos pensamentos, sentimentos e opiniões de forma assertiva precisamos de escolher palavras que sejam diretas, honestas, apropriadas e respeitosas. Algumas palavras simplesmente não condizem com estes critérios e não podem, consequentemente, ser usadas de forma assertiva. As palavras são só um dos aspetos de ser assertivo, mas tem de usar palavras assertivas se pretender ser assertivo com os outros. Fale na primeira pessoa; Utilize frases curtas e claras; Separe factos e opiniões; Utilize a crítica construtiva; Procure identificar os sentimentos dos outros.

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A FAZER

A EVITAR

Dizer “não” de forma educada e com

Dizer “não posso” ou “não sou capaz de“;

firmeza; Despersonalizar Exprimir

os

sentimentos

e

emoções ou a sua responsabilidade neles,

honestamente: “Estou zangado”; “Fiquei

usando enunciados começados por “tu”,

desapontado”; “Gosto de estar contigo”;

“vocês”, etc.;

Ser realista, respeitoso e honesto: dizer

Exagerar,

claramente “Esta é a terceira vez que te

como por exemplo, “Você é sempre a

atrasas

por

mesma coisa, chega sempre atrasado!”;

perguntar. De facto, eu prefiro que não

“Jantar fora? É conforme vocês quiserem,

se fume no meu carro”;

para mim está tudo bem ...”.

mês”;

e

seus

emoções

neste

sentimentos

os

“Obrigado

minimizar

ou

ser

sarcástico,

Expressar as preferências e prioridades: “Eu prefiro jantar em casa. Estou com vontade de descansar”.

Em suma, o estilo assertivo caracteriza-se por:

Elevada Transparência da Linguagem

Elevada Autoestima

Afirmação e Aceitação do Interlocutor

Capacidade de Autoafirmação

Elevado Respeito Pelo Outro

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A RECORDAR: O comportamento assertivo resulta da fusão de três fatores: a transparência da linguagem usada, a capacidade de autoafirmação e o poder de negociação na resolução de problemas.

3.5 - Consequências da Assertividade: Ao utilizar uma expressão congruente, direta, transparente, na qual os objetivos visados surgem com clareza e os sentimentos manifestados são autênticos,

tem

semelhante,

probabilidades

favorecendo,

de

assim,

suscitar uma

nos

outros

uma

atitude

boa

comunicação; O

indivíduo

que

se

comporta

assertivamente,

mantém o seu equilíbrio psicológico e favorece o bom clima em todas as suas relações interpessoais.

As palavras são importantes… mas a forma como se exprimem e empregam faz toda a diferença;

Os estilos comunicacionais têm sempre uma dimensão situacional, e não são mais do que formas de abordagem interpessoal;

Todas as situações têm determinados estilos disponíveis para utilizar consoante os casos, embora haja um que prevalece sempre.

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A RETER: As pessoas assertivas são capazes de defender os seus direitos, os seus interesses e de exprimir os seus sentimentos, os seus pensamentos e as suas necessidades de forma aberta, direta e honesta. A pessoa assertiva tem respeito por si e pelos outros. Está aberta ao compromisso e à negociação. Aceita que os outros pensem de forma diferente de si e respeita as diferenças.

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