Jornalesas - dezembro 2022 - LXIV (64)

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Publicação trimestral l dezembro 2022 l número L X I V (64)

Exma. senhora Diretora Margarida Teixeira, docentes da escola, pessoal auxiliar, estudantes e todas as outras pessoas convidadas

Vivemos um tempo de vida difícil, lá longe há guerra. Não estamos lá, mas ela vem e perturba. Não consigo ignorar a guerra quando estou a saborear a paz, e nós temos aqui um encontro que é de paz, numa escola, e uma escola é sempre um lugar de paz para os encontros, pensamentos e ações de vida, valorizando a discussão quando necessária, no caminho do saber e do humanismo. Sobremaneira a biblioteca escolar é o local por excelência onde está o saber dos homens e mulheres de pensamento, alguns sublimes, e é verdade o que li num livro, que quem não lê não pensa. Claro que pensa, mas está aquém daquele que reflete a partir dos livros, seguramente Putin não reflete a partir dos livros, se o fizesse não invadia a Ucrânia, percebia que nenhuma causa, mesmo justa, justificava a ação que empreendeu. Enquanto pessoa e artista plástico estou grato aos livros e mais modernamente à internet, ainda ontem para vir aqui fui consultar o que existe sobre a insigne artista Aurélia de Sousa.

Desafiado pela professora Carmo Pires a fazer algo para o 1º Centenário da Morte de Aurélia de Sousa, realizei uma pequena pintura retrato, que ofereço à Escola Aurélia de Sousa, aproximei a modernidade, é onde estou inscrito na qualidade de artista plástico, e a artista homenageada merece. Chamo a atenção para um pormenor, a representação visual da escrita. Quando decidi que iria desenvolver uma atividade de artista plástico em 1973, tinha regressado de uma guerra, a circunstância levou-me a pensar na aproximação à escrita, vivíamos em ditadura com uma censura e a censura motivava a metáfora, ainda motiva, mas já não está cá nem o medo da prisão, embora tenha razão o pensador José Gil quando refere no livro Portugal, Hoje o medo de existir. A metáfora aproximou-me da importância do símbolo e lembro Nelson Goodman, que escreveu: “a arte sem símbolos está restrita à arte sem assunto” e a arte de Aurélia de Sousa tem assunto, é simbólica, próxima do retrato e do autorretrato por alguma razão que está para lá da auto-observação física, psicológica certamente, não podemos falar com a artista para ela acrescentar aqui as suas ideias, resta-nos agradecer-lhe a obra que nos deixou e presumir uma verdade.

Obrigado amiga Carmo Pires pelo convite, obrigado por me ouvirem, referi antes a guerra na Ucrânia e recentemente nos Estados Unidos um jovem de 18 anos deslocou-se a uma escola e matou algumas crianças muito pequenas, os pais e elas tinham projetos de futuro, não chegaram lá. Poderemos concluir que o mundo não é verdadeiramente um lugar, pedia aos jovens desta escola que meditassem e conversassem.

Emerenciano

Porto, 26 de Maio de 2022

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2
3
4
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melhor
7 Biblioteca 9 Dietas 10 Cinanima 22 12 Halloween 15 Lemun 17 Lugar
18 Parque
20
21 Vindo
22 Crónica 23 Desporto 24 Futuro E.S.? 25 Parlamento
26
27 Editorial 28
Índice Emerenciano
“Consciência de Si”
Quinta da China
Dia do Diploma
A
aluna
da Ciência
da Cidade
Passadiços do Paiva
de longe...
jovens
APESAS

«Aurélia –consciência de si» Projeto

juntou à equipa do Museu da Cidade ao longo de várias sessões, umas na Escola Secundária Aurélia de Sousa, outras na Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio. O produto final foi uma visita encenada à Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio – local que os alunos visitaram diversas vezes para o desenvolvimento da atividade e onde lhes foi pedido que dessem asas à criatividade e pensassem em como utilizar os desafios propostos ao longo do ano para tornar a visita única e mais pessoal. Esta visita decorreu nos dias 11 e 12 de junho (sábado e

culo XIX à mistura! Foi a oportunidade perfeita para se conhecer um pedaço histórico da cidade, na casa mandada construir por Marta Ortigão Sampaio, sobrinha de Aurélia de Souza.

Acedam ao link abaixo apresentado! bit.ly/3VtkQZ8

Inês Cardoso, Joana Cardoso, Xavier Cardoso 11ºI 2021/2022

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11ºI 2021/2022 Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio

Quinta da China

Um mergulho no contexto paisagístico em que viveu Aurélia de Sousa

No dia da Comemoração do Centenário do falecimento de Aurélia de Sousa, com a gentil receção dos atuais proprietários, professores e alunos de 11º ano visitaram a Quinta da China, redescobrindo grande parte da beleza paisagística que serviu de modelo a alguns quadros célebres da pintora. Na verdade, o requinte da Paisagem envolveu-nos e todos sentimos a arte viva que ali continua a impor-se. Uma experiência a recordar

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Manuela Lopes - Profª Ciências Naturais Dia do Diploma - Turma de Ciências e Tecnologias - 12º B

Dia do Diploma

Liberdade

Ai que prazer Não cumprir um dever, Ter um livro para ler E não o fazer!

Ler é maçada, Estudar é nada. O sol doira Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal, Sem edição original. E a brisa, essa, De tão naturalmente matinal, Como tem tempo não tem pressa... Livros são papéis pintados com tinta. Estudar é uma coisa em que está indistinta A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto é melhor, quanto há bruma, Esperar por D. Sebastião, Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças, Flores, música, o luar, e o sol, que peca Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças Nem consta que tivesse biblioteca... Fernando Pessoa

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ESCOLA SECUNDÁRIA/3 AURÉLIA DE SOUSA Rua Aurélia de Sousa - 4000-099 Porto Telf. 225021773 novojornalesas@gmail.com
Seleção da Drª Zaida Braga Presidente do Conselho Geral Dia do Diploma - 12ºano
João Barão - Diploma de Mérito e de excelência
Beatriz Gonçalves - 12ºano - 2021/2022
Mafalda
Sanches - 12ºano - 2021/2022
éns Turma de Economia - 12º D Turma de Humanidades - 12º G Turma de Ciências e Tecnologias - 12º C Turma de Humanidade- 12º E
Parab

conversa com… Sara Cardoso Martins

É bom sentir que o esforço destes três anos foi recompensado! Isto não é necessariamente ser a melhor aluna da escola, mas ter tido os resultados

Qual a sensação de ser a aluna com a melhor classificação a terminar o 12ºano na Escola Secundária Aurélia de Sousa?

A escola tinha imensos alunos, senti que havia muitos colegas tão bons como eu e muitos mereciam também os mesmos resultados que eu obtive. Foi também graças a essas pessoas que eu fui sempre trabalhando mais. Ser a melhor aluna também se deve aos meus colegas. Pensar que não somos piores nem melhores que os outros motiva-nos, leva-nos a trabalhar mais. Não temos que ser melhor que os outros, mas sim melhor do que nós já eramos.

Como organizaste o teu tempo para conseguires obter o sucesso?

Acho que não há um segredo. Nós devemos ter é concentração. Os horários de 12º ano são muito mais livres, nós temos mais tempo. No 10º e 11ºano a carga horária é grande. O que temos de fazer é, se estamos nas aulas pensamos nas aulas, se estamos a estudar, estamos focados nesse estudo. O importante não é o tempo que passamos a estudar, mas sim tentarmos fazer com que esse tempo seja produtivo e depois quando estamos com os nossos amigos ou a ver alguma série, devemos concentrar-nos nisso. Também precisamos de descontrair e de nos abstrair do estudo e da escola. Eu, por exemplo, sempre tive outras atividades. Andava na natação e frequentava um grupo de escoteiros, mas quando chegava a casa pensava: “Ok, agora tenho de estudar”. Nesses momentos, focava-me nesse estudo, para não ter de passar o fim de semana todo fechada a estudar. Se nós estivermos atentos e ouvirmos os professores e o que eles nos explicam é meio caminho andado para estudarmos e percebermos tudo, caso contrário, em casa, vamos ter um trabalho acrescido. Eu tentava ao máximo aproveitar as aulas. Os professores dão dicas e se nós ouvirmos bem, há certas coisas que aparecem nos testes e nós rapidamente nos lembramos

Tens algum método de específico de estudo?

Eu nunca usei o mesmo método. Em disciplinas como matemática ou físico-química, para aprender, temos que aplicar, fazendo exercícios. Depois há outras disciplinas mais teóricas, como filosofia e biologia. Nestas, a melhor maneira é ir fazendo alguns resumos e depois ir lendo em voz alta. Eu tentava explicar a mim mesma o que estava a ler até conseguir perceber. O que sempre funcionou para mim foi andar e falar em voz alta de maneiras diferentes, como se estivéssemos a dar aulas a outras pessoas. Mais do que a teoria, precisamos de saber aplicar.

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que tive, obviamente que me deixa orgulhosa.

Sim, foi algo que a minha mãe defendeu sempre e eu aconselho, porque acho que nas escolas públicas nós temos uma diversidade grande de alunos e de ambientes e essa diversidade é um dos fatores que nos ajuda a crescer enquanto alunos e enquanto pessoas, porque percebemos como são outras realidades. Há bons e maus colegas, mas a culpa não é só deles é também das circunstâncias familiares e, por vezes, económicas. Acho que este é um contexto muito importante no nosso crescimento e no nosso desenvolvimento.

Mas julgo haver escolas públicas que são tão boas ou melhores que muitas escolas privadas.

Tinhas explicações? Alguém que te ajudasse?

Não, eu nunca tive explicações durante os três anos.

Somente na altura do exame, vi algumas coisas com uma tia que dá explicações de Físico-Química. Habitualmente, tentava na aula tirar qualquer dúvida específica com a professora e resolvia as minhas questões. Sempre senti que conseguia ir vendo as coisas por mim.

Preferes o estudo mais digital ou mais físico (com caderno…)

Este ano, eu tenho feito um pouco a transição para o digital. Por exemplo: colegas mais velhos mandam-nos muitas coisas em PDF, em WPP e estar sempre a imprimir tudo acabava por gastar imenso papel. Ainda continuo a fazer anotações em papel, mas tenho seguido também através do computador. Sinto que ao escrever em papel, ao ter mesmo as coisas na mão percebo muito melhor e mais facilmente.

E sobrou sempre tempo para as outras atividades e para estar com os amigos?

Às vezes, quando tinha dois ou três testes numa semana, eu não conseguia e tinha de faltar aos “escuteiros“ ou não estava tanto com os meus amigos, mas era só em algumas semanas. Também faço natação e isso é importante. Enquanto estás a nadar estás a fazer desporto, estás-te a mexer e é saudável, por outro lado também não estás a pensar em tudo o que tens para fazer, para estudar e nas aulas que vais ter. Estás a descontrair mesmo.

Então achas que o desporto te ajuda a evoluir mentalmente para estares mais preparada?

Sim, porque em medicina e em todos os cursos, no geral, se nós só nos preocuparmos com a saúde física, mais cedo ou mais tarde, vamos ter um esgotamento porque a nossa mente não aguenta, temos também que ter formas de descontrair.

Qual a tua opinião sobre as redes sociais?

Este verão passei muito pouco tempo nas redes sociais. Eu usava-as principalmente para marcar coisas com os meus amigos. Depois estava com eles. Para quê usar as redes sociais? Estava em casa: aproveitei imenso para estar com a minha família. Atualmente, na Universidade, pertenço a grupos com pessoas da minha turma, pessoas do meu curso e até mesmo o grupo da praxe. Os grupos também servem para recebermos informações e nos mantermos atualizados, por exemplo, as páginas do Instagram do ICBAS, da Associação de Estudante. De outra forma haveria muitas coisas que nos podiam acabar por passar ao lado. Acho que é cada vez mais difícil uma pessoa não ter redes sociais.

Uma curiosidade, a situação das praxes? Já tinha ouvido muitas pessoas dizer que no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) costumava ser tranquilo, que não havia problemas nem exageros. Então, fui experimentar e acabei por gostar. Permitiu-me aproximar de várias pessoas e sinto que ajudou a minha integração.

Entrevista preparada pela aluna Madalena Pinto, 7º C Foto acima com os alunos que realizaram a entrevistaPedro Pinto, Sara Cardoso (entrevistada) , Rafaela Sousa e Scarlett Maurer - 11ºI

Foto abaixo - Sara, segunda aluna contando da direita, com a turma A do 12ºano e as professoras, Clementina Silva de Psicologia e Zaida Braga de Português, no Dia do Diploma em setembro de 2022

º A
Dia do Diploma - Turma de Ciências e Tecnologias -
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CONCURSO

Ilustração, Fotografia, Poesia Visual

As Bibliotecas das Escolas do Agrupamento Aurélia de Sousa, em articulação como o Projeto Cultural de Escola (PCE), pretendem promover um CONCURSO para a criação de um trabalho artístico (ilustração, fotografia ou poesia visual) sobre a obra de José Saramago, no âmbito da comemoração do centenário deste escritor.

Os trabalhos realizados deverão inspirar-se no texto inédito de José Saramago, escrito em maio de 1997 para os alunos desta Escola, com o propósito de os sensibilizar para o valor da leitura.

“A razão por que se abre um livro para ler é a mesma com que olham as estrelas: querer compreender. Mas não há

nenhuma lei que obrigue as pessoas a levantar os olhos para o espaço ou a baixá-los para esse outro universo que é a página escrita (…) Sempre haverá alguém para abrir comovido um livro, para querer saber o que está para além das aparências. Cada livro é uma viagem para o outro lado. “

Entrega de Prémios

Comemorou-se no dia 24 de outubro o Dia da Biblioteca Escolar. Para assinalar este dia, realizou-se a entrega de prémios aos vencedores do concurso literário promovido, no ano letivo anterior, pela Biblioteca Escolar da Escola Secundária Aurélia de Sousa em conjunto com o Departamento de Português.

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Muitos parabéns aos premiados!
Gonçalo Sarabanda, Menção Honrosa de Poesia, Drª Margarida Moreira, Diretora do Agrupamento Aurélia de Sousa, Vera Gandra e Clarice Pelegrini, respetivamente 2º lugar e vencedora na categoria de Conto
Gonçalo Tenreiro Figueiredo 1º,2º e 3º prémios
Profª Helena Sampaio - Coordenadora BE

Dietas alternativas

São dietas que dispensam determinados alimentos ou grupos alimentares

Veganismo

Adieta vegan tem como princípio:

• o respeito pelos animais rejeitando a exploração animal;

• a saúde, pois o consumo excessivo de carne e dos seus derivados aumenta a possibilidade de excesso de peso, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão e cancro;

• o equilíbrio ecológico, sendo que a pecuária é uma atividade com grande impacto para o ambiente, com consumos elevados de água potável, ocupação de vastas áreas de terreno, e consumos excessivos de combustíveis fósseis.

Vegetarianismo

O vegetarianismo é um estilo de alimentação à base de vegetais, podendo ser adotado por diferentes razões:

• O respeito pela vida dos animais (tal como os veganos).

• Uma dieta vegetariana bem compensada é geralmente eficaz em equilibrar os níveis de colesterol, reduzir o risco de doenças cardiovasculares e pode evitar alguns tipos de cancro.

A base alimentar do vegetarianismo consiste em legumes, frutas e grãos, que são mais baratos do que a carne ou o peixe. Os alimentos vegetarianos processados, como o tofu ou o seitan são, muitas vezes, produzidos pelos próprios consumidores em casa, acabando por se tornar numa dieta economicamente mais sustentável.

Um vegetariano reduz um elo da cadeia alimentar, tornando-a mais eficiente e, consequentemente, reduz o impacto ambiental da sua alimentação. As frutas, os cereais e os vegetais exigem 95% menos de matériasprimas para serem produzidos. Por exemplo, milhares de litros de água são necessários para produzir um quilo de carne.

A grande diferença entre veganos e os vegetarianos é que os veganos seguem uma filosofia de vida mais restrita do que os vegetarianos.

Ambos são contra a exploração animal, mas enquanto que os vegetarianos não comem simplesmente carne, peixe e aves, os veganos evitam de todo qualquer tipo de contacto com produtos de origem animal, por exemplo: mel, leite, ovos, medicamentos, produtos de higiene, entre outros.

Os vegetarianos são um pouco mais flexíveis, daí existirem subcategorias como é o caso da dieta ovolatovegetariana

Dieta Paleo

Adieta Paleo consiste num tipo de alimentação cujos fundamentos se baseiam nos nossos ancestrais caçadores-recoletores. Esta alimentação consiste numa base de alimentos frescos naturais, sem processamento e ricos em fontes de gorduras saudáveis.

Apesar de ser uma dieta restritiva, apresenta benefícios como a ajuda no processo de desenvolvimento dos músculos e perda de peso, pois as proteínas e fibras promovem maior atividade no que respeita o metabolismo, acabando por ser possível a diminuição do risco de doenças crónicas, pois evita que exista um depósito de gorduras nos vasos sanguíneos. Contudo, esta dieta também apresenta desvantagens. Por isso, antes de a seguir, é recomendado o acompanhamento por um nutricionista.

Podemos concluir que existem muitas outras dietas alternativas como a dieta macrobiótica, a dieta detox, etc

É claro que cada um deve aderir àquela em que o seu organismo se enquadrar melhor.

Adaptado do trabalho de grupo de Pedro Combotas, Mariana Martins, Rita Oliveira e Mafalda Alves , 11ºB

Sara Barbosa e Diana Navega, Núcleo de Estágio de Biologia e Geologia

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A, , , . ,

Adaptado do trabalho de grupo de Claúdia Pinto, Bruno Rodrigues, João Azevedo e Inês Ribeiro, 11ºB

Sara Barbosa e Diana Navega, Núcleo de Estágio de Biologia e Geologia

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Viver por nós as duas

percebo. Quero dormir até me esquecer que ela morreu. Quero passar o tempo a olhar para as fotos dela. Quero deixar tudo como da última vez que ela as viu. Quero fazer isso, na esperança que alguma coisa a traga de voltaas lágrimas fervilham-me cara abaixo- é a primeira vez que entro aqui desde que ela morreu, porque, se eu não visse, nunca podia ter a certeza que ela não continuava aqui, a existir. Agora sei que ela já não é nada, nem aqui, nem em lado nenhum.

Sento-me no sofá, pouso a cabeça nas mãos, os cotovelos nos joelhos. Ouço a minha respiração, entrecortada, aos soluços, pesada no silêncio.

Achave roda na fechadura, como todas as outras vezes em que entrei neste apartamento. Mas desta vez não sou recebida por um “Olá, Greta!”. Apenas pelo olhar confuso do rapaz que lhe trazia as compras.

- A senhora

- Morreu- interrompo-o. A minha voz soa abafada, como se estivesse a falar do fundo de uma garrafa. - A minha avó morreu.

Ele fica ali a olhar para mim especado, não fala. Por isso, falo eu.

- A minha avó morreu há duas semanas . O funeral dela foi há duas semanas também. Não houve uma pessoa que não dissesse “É normal”. Por essas palavras ou por outras quaisquer. Que é normal que ela tenha existido e que agora já não exista. Que é normal que ela era e agora já não é. A minha avó era doce e querida e atenciosa e agora é ar, um fragmento da minha imaginação, um buraco que me faz lembrar todas as coisas que ela era. Paro. Continua calado.

- Eu costumava pensar que tinha a avó mais enfadonha do mundo.

- Porquê?- pergunta o rapaz, de um modo pacífico, demasiado pacífico.

- Porquê? - repito a pergunta, ironicamente, e rio-me, um riso seco, sem graça nem alegria - porque ela dormia muito, passava muito tempo a olhar para fotos antigas e não gostava que mexessem nas coisas dela. Agora eu

Como é que era a tua avó?- pergunta o rapaz Acalmo-me o suficiente para responder e levanto a cabeça.

- Ela era baixinha. Tinha caracóis brancos como açúcar em pó. Os olhos eram castanhos (sorrio) e bondosos. Raramente se ria, mas quando o fazia, ria-se com tanta vontade... Tinha a pele enrugada e macia ao mesmo tempo.

- A casa continua igual?

- Sim- olho em volta- continua um apartamento pequeno, velhinho, mas acolhedor. As janelas ainda deixam entrar o sol, a luz, o calor. A mesa continua no mesmo sítio. As prateleiras continuam encostadas à parede. E os bibelôs continuam os mesmos. O sofá continua pequeno, mas comprido o suficiente para alguém se deitar. Desato a rir.

- Uma vez, organizei um funeral para ela aqui. O rapaz está a olhar para mim, com um semblante aflito. Acha que enlouqueci.

- O funeral da tua avó foi aqui?

- Não! Meu Deus, não - continuo a rir-me, pois a sua suposição é ainda mais engraçada do que o que ocorreu de facto. - A minha avó adormeceu uma vez. Eu estava aborrecida, queria brincar. Decidi brincar aos funerais; ela era a morta.

A parte mais engraçada é que ela acordou a meio.

Calo-me, recordando aquele dia.

- Esse foi o dia em que ela decidiu começar a criar memórias.

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Textos inspirados no filme «A avó mais aborrecida do mundo inteiro», de Damaris Zielke

- Está a valer ?- pergunta ele.

- Está- murmuro, sentindo os olhos a lacrimejar.

- Então, ela ainda é.

- O quê?

- Disseste que ela já não era nada. Mas se fizeste boas memórias suficientes para esta horrível valer a pena, então a tua avó ainda é tudo o que era, porque tu ainda levas tudo o que ela era contigo, todos os dias, para todo o lado.

Fico quieta e calada durante o que me parece uma eter-

Memórias

Era uma vez uma avó, bom a minha avó. Ela tem cabelos grisalhos e a pele enrugada, tem olhos castanhos, mas ao sol ficam esverdeados. Às vezes penso se ela já fez alguma coisa interessante, se a vida dela já teve alguma cor, alguma diversão, algo além de ver fotos de pessoas que já não estão cá ou de colecionar objetos estranhos com os quais nem se pode brincar. -Greta, vem comer - disse ela com a sua voz de mel. -Já vou- respondi eu, apressada para voltar a brincar. Durante este almoço, só me foquei no relógio de cuco, que estava com a hora mal marcada. Ele ficava na sala de jantar. As paredes lá eram forradas com papel de parede florido, que estava tapado com fotos e bugigangas. O chão era de uma alcatifa acastanhada, que ela estava sempre a aspirar. Mais tarde, nesse dia, ela ensinou-me um jogo de cartas novo, o crapô. E daí em diante, essa tornou-se a nossa tradição: sempre que eu ia lá dormir, eu e ela jogávamos. Ela deixava-me sempre ganhar, ou, pelo menos, era o que ela me dizia! Os anos passaram e agora eu é que mostro fotos sem parar, faço sestas depois do almoço e até tento cozinhar um terço do que ela cozinhava. Quanto a ela, o céu ganhou uma nova estrela, mais brilhante, com mais alegria e, sobretudo, com mais amor.

nidade. Finalmente, movo-me e limpo as lágrimas. - Tens razão. - Eu sei. Sorriu para mim e saiu. Passado um pouco, saio eu também. Desço as escadas e saio para a rua. Inspiro o ar, que cada dia se torna mais frio. As folhas já começaram a cair. É o primeiro outono que a minha avó não vai viver. Mas é também o primeiro que vou viver por nós as duas.

Uma tarde/te com a avó

Era mais uma quinta feira normal e, como habitual, os meus pais trouxeram-me a casa da minha avó. Ela é muito querida e preocupa-se muito comigo. É apenas uns centímetros mais alta que eu e tem os olhos mais lindos que eu alguma vez já vi. São verdes e, quando olho para eles, lembro-me das maravilhas da natureza. Gosto muito dos seus cabelos louros e encaracolados, iguais aos da minha mãe.

Quando chego a casa da minha avó, dou-lhe sempre um grande abraço e brinco com as minhas figuras de ação.

- Tu vais ver, eu vou chegar primeiro à meta! - disse o boneco brincalhão.

- Não, se eu puder impedir - garanti. Buuuuumm! - ouviu-se um som de explosão. - Greta, o almoço está na mesa! - avisou a avó. - Já vou! Terminamos isto mais tarde, bonecos. – concluí.

Quando chego à mesa, vejo que o almoço é, outra vez, peixe e, como qualquer criança da minha idade, não gosto nada. Apenas me serve de consolo a tarte de maçã que a minha avó prepara sempre que venho a casa dela. É mesmo muito boa e parece que a cada dentada viajo por um mundo de sabores.

Quando acabamos de almoçar, vamos até ao parque e ficamos lá a olhar para as árvores com folhas que agora já não são verdes, mas sim castanhas, devido ao início do outono. Ouço o chilrear dos pássaros que bailam no ar à nossa volta. O céu está de um azul marcante, como se estivesse a tentar demostrar alguma emoção, alegria talvez. As pessoas à nossa volta riem, saltam, brincam e correm. Às vezes, a minha avó conta-me histórias muito bonitas da sua infância, como quando se apaixonou pelo meu avô, ou quando brincava com a sua mãe. Para ela, era indiferente se fazia chuva, ou sol, desde que estivesse com as pessoas de que mais gostava. A vida dela era como um conto de fadas, daqueles que, independentemente de alguma coisa correr mal, terão sempre um final feliz.

Mariana Amaral, 9ºD

País de Produção : Alemanha Técnica: Computador 3D

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A avó mais enfadonha do mundo

Farinha, açúcar, ovos, chocolate em pó, tudo derramado em cima da mesa! A cozinha estava uma autêntica confusão. Coisas no chão. A avó de um lado para o outro. - Greta, já puseste o açúcar no bolo? – pergunta a avó. Eu respondo: - Já vou pôr.

Eu e a minha avó tínhamos ido fazer um bolo de mármore. Ultimamente, a avó estava mais feliz, tranquila e davame mais liberdade. Porém, continuava a não me deixar pintar as fotos de família. Quando a avó foi buscar a farinha, não viu que tinha um ovo partido no chão, pisou-o, escorregou e caiu para trás. Fiquei em pânico, pois não sabia o que fazer. Fui à casa do vizinho, contei-lhe o que se tinha passado e ele chamou uma ambulância. Quando cheguei ao hospital, a avó foi diretamente para a ala de urgências e eu fiquei na sala de espera com vizinho. Uma hora depois (parecia que tinha passado uma eternidade) o médico veio avisar-nos de que ela ia ficar uma semana internada. O meu vizinho ligou aos meus pais e eles vieram buscar-me. Não dormi aquela noite, com medo de perder a minha avó.

No dia seguinte, estava a tomar o pequeno-almoço com os meus pais, disseram-me que a avó estava em coma e que devíamos despedirmo-nos dela, porque a probabilidade de ela sobreviver era pouca. Vesti a minha melhor roupa e seguimos para o hospital. Entramos no seu quarto, e vimo-la deitada com os olhos fechados como estivesse a dormir.

Só consigo pensar como seria a vida sem a avó, sem o seu acordeão, sem o seu sorriso, sem os seus bolos, tartes e queques deliciosos. Estou a pensar nisto, quando sinto o aperto de mão. Penso que é imaginação, mas é realidade.

- Greta! – diz a avó.

- Sim, avó. Estou aqui contigo. – respondo.

- Estou feliz por estares aqui.

Fiquei com uma alegria enorme, porque, por momentos, pensei que ela pudesse partir. Começou a contar-me histórias da sua infância, sobre como brincava com os seus amigos ou como se apaixonou pelo meu avô. Lágrimas escorrem-me pela cara e só consigo pensar em quão enfadonha seria a minha vida sem a avó.

Sofia Lopes, 9ºD

A vingança de Colette

Depois da saída de Colette, o casal pensou que ia ter que esperar muito tempo até que a velhinha partisse para um mundo melhor, por isso rasgaram o contrato. Passado pouco tempo, Colette sofreu um acidente de carro, acabando por falecer, deixando o casal desapontado, pois ia ficar sem a sua casa de sonhos.

No dia seguinte, começaram a pensar numa forma de reverter a situação, decidindo falar com o consultor imobiliário.

Quando chegaram ao escritório, foram atendidos pelo Sr. Alberto, um homenzinho baixo com bigode à Charlot, cabelo escorrido colado na testa e com umas calças zangadas com uns sapatos já muito usados.

O escritório, um espaço pequeno pouco agradável, tinha uma escrivaninha cansada, coberta de papéis. Nas paredes, estavam desenhados vários padrões com cores

variadas sem sentido aparente: triângulos laranjas, losangos verdes e círculos violetas. Duas prateleiras carregadas de livros pareciam queixar-se de dores nos ossos de tanto peso. Como se encontra o meu casal preferido? - cumprimentou o Sr. Alberto com um tom trocista.

O casal, atrapalhado, respondeu: Precisamos da sua ajuda para resolver um problema.

Intrigado, o consultor perguntou: - Problema?

O marido, muito corado, respondeu:

- Acidentalmente, rasgamos o contrato de compra da casa da Dona Colette.

O Sr. Alberto, ao ouvir a resposta, começou mentalmente a esfregar as mãos. Pensou para si que tinha ali uma oportunidade para ganhar mais dinheiro.

- Então, se é assim, eu devolvo-vos o dinheiro e já não precisam de se preocupar com a casa! - propôs ao casal.

A senhora, desconsolada, pergun-

tou:

- Será que não podemos fazer um novo contrato?

O consultor, com um sorriso malicioso, respondeu:

- Sem problema! O preço é que subiu. Ah! Ah! Ah!

País de Produção : França Técnica: Computador 3D

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Texto inspirado no filme «Esperança de Vida», de Léanne Pfeiffer, Samuel Desert, Maxime Liquard, Enola Durand, Olivier Radola, Maëlys Poulet, Clément Estrade, Quentin Wallaert.

Desde pelo menos o ano 1745, o dia e a noite de Halloween são adorados ou temidos por toda a população. E porque será? Eu digo -vos porquê! Porque, nesse dia, os mortos voltam à vida; as bruxas amaldiçoam os habitantes; os monstros andam por todo o lado e os espíritos malignos ou assombram alguém ou possuem o seu corpo! Apesar de ser uma tradição mais inglesa e americana, há um bocadinho de Halloween em toda a parte! Como por exemplo na escola Aurélia de Sousa! O Halloween é uma tradição inglesa apreciada por muita gente. As turmas do 7º ano, por sugestão da disciplina de Inglês, desenvolveram um projeto na disciplina de Expressão Plástica que consistiu na criação de monstros inventados pelos alunos. Assim, durante mais ou menos 3 semanas, os alunos de Artes Visuais dedicaram neamento e à construção das suas monstruosas aberrações, obrigando a sua criatividade, conhecimento sobre o tema e principalmente o medo e o terror, fluir pela sala. Para o desempenho do projeto, foram necessárias duas etapas: o planeamento (esboço/desenho) e a construção! Para o planeamento, os alunos tiveram de ter mais ou menos na cabeça os materiais que iriam querer utilizar, novos ou reciclados. Depois, seria somente transportar a imaginação para o papel e, desenhando uns olhos aqui, umas pernas ali, um bocado de sangue aqui o planeamento/ esboço/desenho estaria realizado. Na segunda etapa, os alunos seri

la os materiais que tinham planeado usar. Alguns trouxeram lã (maioritariamente para usar como cabelo), outros alumínio, plástico, tecido, botões, tinta… e, com a ajuda da professora e dos próprios colegas, os monstros começaram a ficar mesmo assustadores. Claro que não ficaram (todos) exatamente iguais ao esboço, pois quando as coisas não correm como esperamos temos de arranjar forma de “dar a volta por cima”, o que também mostrou maturidade e dedicação da parte dos alunos.

Foi assim que uma iniciativa que parecia até não valer a pena, fez com que os alunos e professoras da Escola Secundária Aurélia de Sousa conseguissem criar um ambiente de espanto, um bocadinho de nada de medo e o mais importante, conseguiram transportar o espírito de Halloween para dentro da escola. O objetivo era dar a devida importância às diversas celebrações espalhadas pelo mundo, dando-as a conhecer à comunidade escolar de forma dinâmica e divertida.

Curiosidade: Há muita gente que não sabe, mas para quem quiser saber, a palavra “Halloween” é uma abreviatura da expressão” All Hallows' Eve” que é a junção das “hallow”, que significa "santo", e ”eve,” que significa "véspera", pois ocorre no dia anterior à celebração do Dia de Todos os Santos.

15 l Jornalesas
Margarida Carvalho - 7ºD Margarida Carvalho - 7ºD Raquel Alexandra - 7ºD

School

1º Prémio - The Halloween Comic Book, Matilde Costa, 8°C 2º Prémio - The Mansion of the Seven Heads, Leonor Rocha, 8°D 3º Prémio - The Spooky House - Isabel Carvalho, 8ºB

This school year, all the students of the 8th Grade (classes A, B, C and D) decided to celebrate Halloween by writing creepy stories and creating spooky objects connected to the Halloween’s imaginary. In order to involve all the school community in this festivity they organised an exhibition of their work in the school atrium.

To this activity the students of Arts (7th and 8th graders) contributed to the exhibition with their “monsters” built during classes.

In the end there was a contest and prizes were given to the three best written creepy stories and

Teens’ world

Ateenager is someone who is between thirteen and nineteen years old, often defined as emotionally unstable. At this stage there’s a huge physical and emotional change that leaves parents worried.

The society has the idea that all teens are the same: rebels, with pimples on the face, constantly looking to argue, and always doing something bad like getting bad marks at school or hanging out with a dangerous group.

The pimples on the face are a sad reality; however in my opinion, all teens are different from one another, and there isn’t any typical behaviour for us to follow.

Adolescence is a difficult time where we change our looks and build our personality and likes or dislikes. So we just want to try new things and be more independent and mature.

After all, school and family can be very hard for us teens to handle. But this stage is when we’re young and free, with lower responsibilities and when we create more memories. So I think that being a teen is actually great, and we must enjoy it while it lasts.

Creepy Stories and Spooky Surprises in Aurélia de Sousa
16 l Jornalesas l dezembro L X I
V

redução do consumo de carne ou os direitos das mulheres na educação, tentando fazer aprovar as ideias do país que nos fora atribuído, Egipto no meu caso, criando alianças e contra-argumentado as críticas. No segundo dia, a minha proposta acerca da redução do consumo de carne esteve mais de três horas em debate, recebendo inúmeras críticas de países que se colocaram contra a redução,

pelas experiências que se vivem e que são inesquecíveis! Recebi já convites das pessoas com quem estive, para participar em mais e mal posso esperar!

Gonçalo Sarabanda, 12ºD Lemun - Leiden - Países Baixos

Foto de grupo - Margarida Pereira, Matilde Pinto, Mafalda Monteiro, Mariana Pinto, Maria Costa, Gonçalo Sarabanda (12ºD), Marta Rodrigues, Ana Camelo e Pedro Fernandes - 11º D Profª Catarina Cachapuz e Profª Ana Amaro

17 l Jornalesas

SEMANA DA

CIÊNCIA

E TECNOLOGIA:

COMEMORAÇÕES NO LUGAR DA CIÊNCIA

Asemana da Ciência e Tecnologia, que decorreu entre 23 e 30 de novembro, incluiu as comemorações do Dia Nacional da Cultura Científica, em 24 de novembro, data escolhida em honra de Rómulo de Carvalho (o poeta António Gedeão, a quem se deve o fantástico poema “Pedra Filosofal”) que foi professor de Física e Química e responsável pela promoção do ensino de Ciência e de Cultura Científica, em Portugal. Na ESAS, o Lugar da Ciência empenha-se em motivar a comunidade escolar para a importância da curiosidade e da comunicação científicas que tanto enriquecem o processo investigativo e a divulgação da cultura decorrente do estudo científico, tendo promovido as seguintes atividades: No dia 23 de novembro, as comemorações iniciaram-se com a Oficina de simulação de fósseis por molda, para todas as turmas do 7ºano (duas turmas durante a manhã e duas turmas durante a tarde), tendo sido dinamizada pelo 10ºA em aula desdobrada de Biologia e Geologia com orientação da Dra. Marina Gonçalves, com o objetivo de simular a origem de fósseis pelo referido processo. O sucesso da atividade ficou patente nos produtos finais da oficina , moldes elaborados pelos alunos e expostos no átrio da escola.

morfologia externa da folha de uma espécie vegetal aleatória, colhida no jardim da escola, e o respetivo aspeto microscópico da epiderme foliar .

(A) Ilustração do aspeto macroscópico da folha (B) fotografia

(C) ilustração microscópica de epiderme foliar

Legenda:

1-Estoma 2-Parede celular

A B C 18 l Jornalesas l dezembro L X I V

No dia 25, sexta-feira, foi inaugurada a exposição “Energias alternativas” no Laboratório polivalente, com a apresentação de diferentes modelos e estruturas exemplificativas do uso de energia do Hidrogénio, energia eólica e energia solar (fig.3), pelas Dras. Arminda Ferreira, Maria da Luz Carvalheira, Paula Pinheiro e Clara Mesquita, tendo sido enfatizada a importância das energias não poluentes capazes de substituir as ambientalmente comprometedoras energias fósseis. Tendo estado um dia de sol, estas atividades foram complementadas com a observação do funcionamento de um carrinho solar e de um forno solar, no exterior, sob a ação direta da luz solar. A exposição foi visitada por várias turmas, nomeadamente o 7ºB, 7ºC, 8º A, 8ºB e 11ºB, cujos alunos se revelaram muito empenhados em compreender os processos evidenciados.

Ainda no dia 25, a turma do 8ºA participou numa sessão do projeto Healthy Waters, em parceria com a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação e a FEUP, tendo refletido sobre a origem dos poluentes emergentes (substâncias potencialmente tóxicas que são libertadas em águas residuais, não sendo ainda monitorizadas nas ETAR) e sobre modos de reduzir o respetivo impacte ambiental.

No dia 28, o auditório da ESAS recebeu a Dra. Ana Leite Oliveira que, no âmbito da promoção da cultura científica pela Universidade Católica, dinamizou a palestra intitulada “A Natureza é extraordinária: vamos imitá-la?” para as turmas A, B e C de 12ºano . A palestra abordou interessantes aspetos da Bioengenharia e da Genética Médica, no âmbito das investigações científicas que têm sido feitas para criar inovações favoráveis à superação de dife-

Nos dias 28 e 29 de novembro, a comunidade escolar pôde apreciar e mesmo comprar exemplares de fósseis e minerais que são testemunho da geodiversidade da Terra e da sua geodinâmica única, numa exposição-venda instalada na escola a convite do Lugar da Ciência. Sendo a feira de minerais, fósseis e pedras semi-preciosas uma prática habitual anual, este evento tem sempre características surpreendentes e é recebido por todos com um entusiasmo renovado. Afinal, os recursos naturais são de uma tal beleza e complexidade que ultrapassam, invariavelmente, as maiores expectativas.

Todas as atividades realizadas contaram com o entusiasmo e empenho dos professores e dos alunos participantes, tendo sido integralmente cumpridos os objetivos propostos no contexto educativo do Lugar da Ciência.

Equipa “Lugar da Ciência”

Dia do Diploma - Turma de Humanidades - 12ºF “A Natureza é extraordinária: vamos imitá-la”
19 I Jornalesas
Feira de Minerais e Fósseis, na ESAS Modelos
de aproveitamento de energia solar com conversão em energia elétrica (casa) energia motora (carro) e energia calorífica (forno solar)

Visita de estudo ao Parque da Cidade

mento da biodiversidade de Parques Urbanos, nas diferentes estações do ano. Pretende-se que os alunos se envolvam na observação e interpretação do mundo natural, aprendendo a valorizar a biodiversidade e os recursos que a Natureza tão facilmente nos oferece.

O 8ºA da Escola Secundária Aurélia de Sousa participa neste projeto no âmbito das atividades organizadas pelo Clube Ciência Viva na Escola/Lugar da Ciência, no presente ano letivo de 2022/23, fazendo quatro visitas ao Parque da Cidade respetivamente em novembro, em janeiro, em março e em maio, com registo das alterações observadas na paisagem. Como resultado do trabalho de campo realizado durante as referidas visitas, em

do Parque, com identificação das espécies arbóreas presentes e respetiva localização.

Na primeira visita, já realizada, foi feita a exploração do mapa geral do Parque seguida de uma caminhada com reconhecimento geral da paisagem num troço definido.

Foi ainda relembrado o modo de utilização de guias de campo, na sequência da observação atenta de musgos, líquenes e de uma grande variedade de espécies de cogumelos. A visita decorreu em bom ambiente de sociabilização, tendo os alunos revelado elevado interesse e participação nas atividades propostas.

20 l Jornalesas l dezembro L X I V
Manuela Lopes - Profª de Ciência da Natureza
PROJETO “OBSERVA”
8ºA no Parque da Cidade, em novembro de 2022

gico e geomorfológico. Nos passadiços do Paiva, os geossítios encontram-se ao longo de um itinerário que tem como cenário-base o rio Paiva, ajudando-nos a perceber a importância deste curso fluvial na construção da paisagem através de processos erosivos, do transporte e da deposição de sedimentos.

De entre os amantes da biologia, da geologia e da geografia, há sempre uma palavra a dizer perante tão deslumbrante património. Desde as espécies botânicas, passando pelos afloramentos rochosos, até ao ecoturismo, tudo se completa numa simbiose perfeita.

As paisagens idílicas encantaram os mais distraídos e as sensações vividas irão garantidamente perdurar na memória coletiva. Todos levam a vontade de partilhar a experiência com os amigos e a família. E levam tam-

Um agradecimento a quem se entrega de corpo e alma, ano após ano, na concretização destas iniciativas. Referimo-nos ao Grupo de professores de Educação Física, em particular aos responsáveis pela organização desta atividade: Alexandre Libânio, Catarina Cachapuz e Isabel Silveira. Mas também, a todos os que aceitaram o desafio de participar, e foram muitos: 115 alunos oriundos de todas as turmas do 11º ano; 4 professores, Victor Ferreira, José Esteves, João Pedro Ribeiro e duas estudantes estagiárias de Biologia, Daniela Navega e Sara Barbosa. Para saber mais sobre a Falha da Espiunca bit.ly/3F0eysV

Profª Catarina e equipa Jornalesas

21 I Jornalesas

Vindo de longe…

apartamento em Portugal, porque eu vou viajar para a Ucrânia.”

Começamos a organizar a nossa viagem e encontramos alguns voluntários que nos ajudaram a vir para Portugal. Fizemos a viagem com outros ucranianos. Eramos seis, três mães com os seus filhos e os voluntários.

Foi muito difícil sair da Ucrânia?

Deixei amigos com quem mantinha uma boa relação. Depois, quando cheguei a Portugal e comecei a lidar com vários problemas, como por exemplo a Segurança Social, não fiquei a pensar na Ucrânia e continuo a não pensar muito. A minha preocupação é o meu caminho daqui para a frente e não o que deixei para trás. Isso ficou na Ucrânia.

Como foi a integração no País? Na Escola? Na turma? Os portugueses são muito simpáticos e recetivos para com os ucranianos. Para mim Portugal é o melhor país da Europa para viver. Tem pessoas fixes, um ótimo clima e tem mar por perto.

E filmes?

Tenho uma série de animação favorita “Os Simpsons”. A minha personagem predileta é o Homer.

Qual é o teu clube de futebol na Ucrânia?

É o Shakhtar que agora é muito popular por causa de um dos jogadores, o Mudryk.

E em Portugal?

É o Futebol Clube do Porto Sentes-te confortável a falar sobre a Ucrânia?

Sim, não tenho qualquer problema em falar do meu país e da sua situação atual.

Que sonhos tens para o futuro?

O meu maior desejo é que a guerra acabe para poder voltar à Ucrânia, mas só por duas semanas, não para viver lá. Quero apenas visitar a família e os amigos. Pessoalmente, quero ser financeiramente independente.

Gostava de uma profissão que me permitisse movimentar, ajudar as pessoas, nada de ficar parado num escritório.

Mensagem para os colegas portugueses?

Devemos ser educados, amáveis e sorrir sempre.

Devemos ser felizes e desfrutar de tudo, todos os dias.

Devemos ter tempo para apreciar o oceano.

Prato preferido na Ucrânia?

Pierogi /Pyrohy é um tipo de pastel cozido com recheios variados.

Trabalho coletivo Preparação da entrevista: Madalena, 7ºC, Estrela, Pedro, Scarlett e Rafaela, 11ºI.

Realização da entrevista e respetiva tradução, na aula de Língua inglesa, pelos alunos do 11ºG, sob orientação da profª Ana Neves.

22 l Jornalesas l dezembro L X I V
https://bityli.com/iQ613

Sem luz, o que é que nos vai guiar no escuro?

O dia começa mal.

Tanto tempo perdido: o meu gato esconde-se na despensa, trinta minutos; a minha torrada queima, cinco minutos; os dentes da bebé da vizinha estão a crescer, a noite toda. Saio de casa mais tarde do que habitualmente, corro desenfreadamente e chego à paragem. O céu encontra-se tão cinzento como a expressão do motorista que me aguarda. Penso em dizer “bom-dia”, mas não tenho energia para sorrir por nós os dois. Sento-me, questiono o gosto musical do locutor da rádio e meto os fones.

A meio da viagem, sinto o olhar de alguém e levanto a cabeça. Deparo-me com um psicopata a sorrir para mim. Olho à volta e noto que não é só um. Sinto-me ligeiramente aterrorizado até me aperceber que os sorrisos são genuínos. Verdadeiros. Parece que toda a gente ganhou o Euromilhões. Não estão a sorrir só para mim. Estão a sorrir uns para os outros, para os condutores dos carros ao lado e estes estão a sorrir de volta. Sem reparar, começo também a sorrir; os sorrisos genuínos são assim, brotam de nós. De repente, a energia que não tinha para sorrir por duas pessoas multiplica-se e sorrio pelo autocarro todo. Hoje em dia, as pessoas já não sorriem: falta de coragem ou de vontade, quem sabe. Tendem a culpar a tecnologia ou a rotina, em vez de assumir que é culpa de todos o facto de andarmos tão desligados. Ao ponto de eu ter achado que um estranho a sorrir para mim era um psicopata. Bem, está na altura de nos ligarmos a uma tomada ou a o que quer que o valha, mas liguemse. Antes que seja tarde demais e a lâmpada tenha fundido.

Sem luz, o que é que nos vai guiar no escuro?

23 l Jornalesas Rua Alegria 961 - 4000-048 Porto 225 505 795 estreladolima@gmail.com
Crónica CASA CHINESA R. de Sá da Bandeira 343, 4000-435 Porto Telefone - 222006578
12ºano
Ilustração
de Diana Lobo .

Dia Europeu do Desporto na Escola

ODia Europeu do Desporto na Escola comemorou-se a 30 de setembro e está integrado na Semana Europeia do Desporto, tendo como lema “Be Active!”

O Agrupamento procurou respeitar o lema, desenvolvendo iniciativas desportivas e atividades diversas. Nas aulas de Educação Física da EBAG e ESAS, os alunos vivenciaram experiências relacionadas com andebol, cordas paralelas, frisbee e ténis de mesa. Nos recreios,

Já no dia seguinte, sábado, 1 de outubro, o Agrupamento esteve muito bem representado, na Quinta do Covelo, no Porto City Race. O Porto City Race é um evento de Orientação pedestre urbano, organizado pelo Grupo Desportivo dos Quatro Caminhos em parceria com a Câmara Municipal do Porto. Participamos com duas equipas, uma constituída por alunos e outra por professores e encarregados de educação. Foi uma excelente forma de finalizar

Grupo Equipa de Escalada

de participar como convidados nesta prova que contocom mais de 100 atletas, entre os quais os melhores a nível nacional.

Foi um enorme desafio e um momento de grande aprendizagem para os nossos alunos.

OGrupo Equipa de Escalada participou, no dia 29 de outubro, na Prova da Taça de Portugal de Bloco - São Block, organizada pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal no ginásio São Rock. Porto City Race. Rita Pacheco - Profª de Educação Física, responsável pelo Desporto Escolar Andebol
24 l Jornalesas l dezembro L X I V
Recreios ativos ESAS

Onde reside o futuro do acesso ao Ensino Superior?

Nos últimos dois anos letivos, dada a situação pandémica, deparamo-nos com Exames Nacionais de caráter facultativo, pelo que a aprovação de alunos do Secundário não estaria dependente da realização dos mesmos, e sim das suas notas internas. Em contrapartida, apenas teriam que realizá-los aqueles alunos que fossem necessitar dos mesmos para ingressar no Ensino Superior, no curso que pretendiam. Certo está que, com todos estes regimes excecionais, resta-nos questionar: onde residirá o futuro daquilo que será a entrada das próximas gerações de alunos no Ensino Superior?

Numa entrevista ao jornal Expresso, João Costa, atual Ministro da Educação, disse estar a ser “ continuidade da existência de Exames Nacionais facultativos, ou seja, apenas para efeitos de acesso ao Ensino Superior. Como argumentos, esclarece que tanto não se verificaram significativas inflações nas notas dos Exames nos últimos dois anos (letivos), como também não seria de esperar um aumento do risco da existência de notas internas inflacionadas, uma vez que não deixaria de existir uma análise, e procedente comparação, da média interna de cada escola com a média nacional de cada disciplina, podendo ser acionados, sempre que necessário, aos mecanismos de inspeção já existentes. No que diz respeito às Provas Finais do 9.º ano de escolaridade, é de esperar que estes voltem à normalidade (não só com caráter diagnóstico) já a partir do próximo ano letivo.

metido (apesar de não apresentar, à priori, quaisquer medidas concretas) em repensar este mesmo modelo, sendo a principal intenção separar “a certificação do ensino secundário e o acesso ao ensino superior”. As alterações a este modelo eram já bastante requisitadas por organismos como o Conselho Nacional de Educação e a Confederação Nacional das Associações de Pais.

Henrique Alves Bastos Lage 12.º ano 2021/2022

Disseram a respeito da ESAS...

(…)

Para ir ao encontro das principais apetências dos chamados “nativos digitais”, instou-os a produzirem um videojogo, com a ajuda do professor de Aplicações informáticas, que contivesse elementos do romance “Memorial do convento”, objeto de estudo no 12ºano de escolaridade.

(…)

Apesar dos resultados encorajadores, a docente está cética quanto ao futuro. “Não sei se a literatura vai ser capaz de competir com outras formas de entretenimento, muito mais imediatas e sedutoras aos olhos dos jovens”, vinca, apontando como exemplo o número crescente de alunos que chegaram ao secundário” orgulhando-se de nunca terem lido um livro na vida”.

A profª Maria do Carmo Oliveira foi notícia ª da ESAS, Maria do mo Oliveira, foi notícia
Aprender a ler Saramago com videojogos”
25 I Jornalesas
Dia do Diploma - Turma de Artes 12º H

Aurélia no Parlamento dos Jovens 2021/22

O programa Parlamento dos Jovens da Assembleia da República é uma colaboração entre várias entidades que visa promover a educação para a cidadania e a troca de ideias sobre a atualidade. Está aberto a escolas que participem do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e Secundário.

No ano letivo 2021/2022 o tema foi "O Impacto da Desinformação na Democracia". Os representantes da nossa escola, David Barros e João Barão, participaram na fase nacional, após terem sido eleitos na fase distrital do círculo eleitoral do Porto, que decorreu no Auditório Municipal de Gaia, no passado mês de março.

A professora Catarina Cachapuz, que coordenou o programa na Escola Secundária Aurélia de Sousa, acompanhou a equipe. Além disso, o aluno Henrique Lage fez a cobertura do evento para os media.

Nesta sessão nacional, que teve lugar nos passados dias 30 e 31 de maio, após reuniões de comissões formadas anteriormente, foram discutidas e aprovadas em sessão plenária 10 medidas de recomenda-

ção face ao tema deste ano. Será ainda este documento que seguirá para debate na AR. Foi, como mencionado, em plenário, que se concluiu serem estas as medidas mais adequadas e eficazes no combate à desinformação. Seguem-se alguns exemplos das medidas que constam neste documento:

“2. Pesquisa e desenvolvimento em Universidades e Centros de Estudo de algoritmos e formas de inteligência artificial capazes de identificar notícias falsas, financiados por uma coligação de órgãos públicos e privados.

[…]

7. Combater a desinformação na comunidade sénior através da promoção de programas televisivos, radiofónicos e anúncios televisivos rápidos, que não só alertem o público para os perigos da desinformação/fake news, como também o pro-

videncie com ferramentas, dicas e estratégias (comparação de múltiplas fontes; verificação do autor e data de publicação; entre outros...)

Foi assim…
E este ano, preparem-se, o desafio continua… a reflexão vai ser sobre a saúde mental nos jovens. A escola já está inscrita neste projeto. E tu? Não queres participar? 26 l Jornalesas l dezembro L X I V
27 l Jornalesas

Editorial

«Minha pátria é a língua portuguesa.»

(Bernardo Soares1 , Livro do Desassossego)

Ei-los que chegam. Cada vez em maior número. À procura de uma vida melhor. Para fugir de. Ou apenas porque sim. «Respondendo ao coração».

Ei-los que chegam. A Portugal. Ao Porto. Ao Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa. Provindos de latitudes tão diversas. Um «mosaico cultural e civilizacional». Africanos, asiáticos, sul-americanos. Sem privilegiar ou esquecer.

Ainda não finalizou o 1.º período e o Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa já contabiliza mais de trinta jovens, que foram chegando durante o trimestre para serem integrados nos diferentes ciclos de ensinoaprendizagem.

A imagem é a de «um carrossel em movimento em que se tem de entrar.» Para não mais parar. Há que dar resposta, «abrir portas» à imersão linguística e civilizacional desses alunos, maiores e mais pequenos. O tamanho não conta. A vontade, sim. Unidos pela mesma meta, a da «felicidade» de aprender português. A «chave» para abrir o caminho de uma segunda oportunidade.

A esmagadora maioria dos recém-chegados não sabe quase nada do nosso idioma. Mas traz o «sorriso na bagagem.» São iniciados numa nova língua e num novo espaço. Aprendem e dão-se a conhecer.

E é assim que a disciplina de Português Língua Não Materna (PLNM) faz parte do quotidiano de jovens e professores do Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa.

1 semi-heterónimo de Fernando Pessoa

José Fernando Ribeiro, Prof. de Português dezembro. 2022 http:// www.issuu.com (pesquisa: jornalesas)

FICHA TÉCNICA

Coordenadores:

Ana Margarida Sottomayor (profª), Carmo Rola (profª) e Julieta Viegas (profª)

Revisão de textos: Ana Margarida Sottomayor Revisão Geral/Equipa Jornalesas: Madalena Pinto, 7ºC, Margarida Martins, 7ºD, Miguel Camisa, 9ºD

Capa: Obra de Emerenciano (Artista Plástico)

Obra oferecida à escola no âmbito da Evocação do 1º centenário da morte da pintora Aurélia de Sousa Paginação e Maquetagem: Julieta Viegas (profª) Equipa redatorial/outros colaboradores:

Ana Amaro, profª de Português; Ana Margarida Sottomayor, profª de Português; Ana Neves, profª de Inglês; Ângela Lopes, profº de Inglês; António Carvalhal, Coordenador do Clube de Fotografia; Augusta Airosa, profª de Inglês; Catarina Cachapuz, profª Coordenadora do Clube Europeu; Carmo Pires, profª da H. Cultura e das Artes; Carmo Rola, profª de Desenho; Diana Lobo, 12ºI, Inês Cardoso, Joana Cardoso, Xavier Cardoso, 11ºI/2122; Gonçalo Sarabanda, 12ºD; Helena Sampaio, profª Coordenadora BE; Henrique Lage, 12ºano/21-22; João Pedro Ribeiro, prof. de Biologia e Geologia; José Fernando Ribeiro, prof. de Português; Julieta Viegas, profª de Geografia; Madalena Pinto, 7ºC; Manuela Lopes, profª de Ciências Naturais; Margarida Carvalho, 7ºD; Marina Gonçalves, profª coordenadora Lugar da Ciência; Natália Monteiro, profª de Português; Paula Cunha, profª de Coordenadora do PCE; Pedro Combotas, Mariana Martins, Rita Oliveira, Mafalda Alves, Cláudia Pinto, Bruno Rodrigues, João Azevedo; Inês Ribeiro, 11ºB; Pedro Pinto, Rafaela Sousa e Scarlett Maurer - 11ºI, Sara Cardoso (entrevistada); Rita Pacheco, profª Coordenadora do Desporto Escolar; Sara Barbosa, Diana Navega, Núcleo de Estagio de Biologia e Geologia; Ana Isabel Henrique, Alexandra Ferreira, Mariana Amaral, Miguel Camisa, Sara Morais, Sofia Lopes, 9ºD; turma do 11ºG; Teresa Silveira, Associação de Pais; Zaida Braga, Presidente do Conselho Geral e equipa Jornalesas.

Financiamento:

Brun’s | Pão Quente; Estrela do Lima | Café Restaurante; Estrela Branca | Pão quente, pastelaria; Glam | Cabeleireiro e Estética; Susana Abreu | Cabeleireiro Estética e Cosmética | Sapiens, Centro de Estudos; Casa Chinesa | Mercearia Fina; Café Delta; Olmar | Artigos de Escritório; Escola de Condução Costa Cabral e Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa.

ESCOLA SECUNDÁRIA/3 AURÉLIA DE SOUSA

Rua Aurélia de Sousa - 4000-099 Porto Telf. 225021773 novojornalesas@gmail.com

2,00 €

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