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NOVEMBRO | 2011
3500 35 MERCADO
NEGÓCIOS • TECNOLOGIA • LIDERANÇA
16
AS MAIORES DE TI E TELECOM
As 350 Maiores Empresas de TI e Telecom faturaram 261 bilhões de reais em 2010 e o mercado de Serviços de Telecom representou quase metade da receita. Conheça o raio X das companhias do setor que mais cresceram no País
48 ALIANÇAS
42 DEMANDA AQUECIDA
Tecnologias emergentes como mobilidade, consumerização, cloud computing, Big Data e mídias sociais impactaram o mercado e deverão mudar o cenário global de TI
CAPA
FUSÕES E AQUISIÇÕES
DATA CENTER
8 RETRATO TIC
Índice
Data centers nacionais preparam-se para oferecer serviços na nuvem, que ainda representam pequena fatia, mas deverão expandir com esperada alta da demanda
ESTRATÉGIA
52 AS PRIMEIRAS DO RANKING
Tecnologias emergentes impulsionam associações entre empresas. Fusões e aquisições no segundo trimestre de 2011 quase dobraram
Vivo/Telefônica, Oi e TIM são as empresas de TIC que se destacaram em 2010. Veja os segredos das maiores do País e as expectativas para o próximo ano
GESTÃO Aplicação na nuvem e estratégia na mão
CIOs contam como o conceito impactou na gestão e no alinhamento de TI com os negócios
Página
59
EDITORIAL | SILVIA BASSI
PRESIDENTE Silvia Bassi VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO Ademar de Abreu
WWW.COMPUTERWORLD.COM.BR REDAÇÃO PUBLISHER Silvia Bassi silviabassi@nowdigital.com.br DIRETORA DE REDAÇÃO Cristina De Luca cristina.deluca@nowdigital.com.br EDITORA-EXECUTIVA Solange Calvo solange.calvo@nowdigital.com.br EDITORA-ASSISTENTE Edileuza Soares edileuza.soares@nowdigital.com.br REPÓRTERES Déborah Oliveira deborah.oliveira@nowdigital.com.br, Lucas Callegari lucas.callegari@nowdigital.com.br ARTE Gerson Martins, Ricardo Alves de Souza (designers) e Juliano Chaves (produção gráfica) EXECUTIVOS DE NEGÓCIOS IMPRESSOS Luiz C. Faloppa lfaloppa@nowdigital.com.br George Padilha george.padilha@nowdigital.com.br ON-LINE Wagner Kojo wagner.kojo@nowdigital.com.br Alessandra Dias Martins alessandra.martins@nowdigital.com.br Marcelo Gonçalves marcelo@nowdigital.com.br Rodrigo Rocha rodrigo.rocha @nowdigital.com.br EVENTOS Ellen Rotstein ellen.rotstein@nowdigital.com.br REPRESENTAÇÃO NÃO TI WA Representações wa@nowdigital.com.br MARKETING E AUDIÊNCIA SUPERVISORA DE MARKETING E AUDIÊNCIA Carolina Carvalho carolcarvalho@nowdigital.com.br CENTRAL DE ATENDIMENTO
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DISTRIBUIÇÃO Door To Door
Previsão do tempo: céu claro, muitas nuvens
■ Silvia Bassi, publisher
da COMPUTERWORLD silviabassi@nowdigital.com.br
E
m 2010, quando demos a largada para o projeto 300 Maiores da COMPUTERWORLD, sabíamos que a jornada estava só começando e o primeiro passo era abrir o espectro e aumentar a quantidade das empresas mapeadas. Por isso, subimos de 100 para 300 no ranking. E o mercado nos respondeu com entusiasmo.
Em 2011, 300 empresas pareciam pouco, perto da ebulição do mercado de TIC, e as 38 categorias já não se adequavam à própria classificação que as companhias atribuem a si mesmas diante do cenário disruptivo criado pela conectividade corporativa, mobilidade e a cloud computing. Sem mudar o destino da jornada, mas acelerando o passo, buscamos um novo parceiro para nos apoiar no levantamento dos dados financeiros das empresas, aferir os números e classificar os rankings. E olhar tudo isso com uma nova lente. A Delloite aceitou a proposta e tivemos o prazer de trabalhar com a equipe, liderada por Fernando Ruiz, Senior Manager de Strategy & Marketing Consulting Research, e integrada pelo consultor sênior Eduardo Valente e o consultor Douglas Ricardo de Oliveira. O grupo trabalhou em sintonia com a equipe editorial de COMPUTERWORLD e nas próximas páginas você verá o resultado: um ranking com as 350 maiores empresas atuantes no Brasil, seis rankings por categorias muito mais abrangentes que as anteriores e um cenário no qual as palavras mais frequentes são mobilidade, conectividade e serviço. Importante lembrar, do ponto de vista financeiro, que o ranking das 350 maiores espelha os números de 2010, de acordo com a receita líquida do balanço de cada empresa. Há números oficiais fornecidos por cerca de 50% delas (várias de capital aberto) e outros números estimados a partir das pesquisas feitas pela Delloite e pela COMPUTERWORLD junto a várias fontes de informação do mercado financeiro e corporativo. Como estamos em novembro, os artigos,
entrevistas e previsões levantadas pela equipe editorial apontam não só o cenário que encerra 2011, mas uma previsão de como ele estará em 2012. Nesse desenho, a expressão “céu de Brigadeiro” (que define um céu claro, sem nuvens, bom para voar) não vale mais. O céu continua azul e claro, mas cheio de nuvens. Pela primeira vez, no questionário para classificação do ranking das 350 maiores, além de números, pedimos também para cada empresa seu posicionamento em relação à cloud computing e suas expectativas. A análise do resultado das perguntas você verá na forma de infográfico no interior da revista, mas já adianto alguns resultados: • das 350 respondentes, 60% disseram ter alguma solução de cloud computing e a maior parte delas é de TI; • no grupo das que já têm alguma solução, cloud computing já representa em média 13,8% do faturamento anual (dados de 2010); • das 40% que declararam não ter uma solução de cloud computing 74% declararam que pretendem ingressar nesse mercado nos próximos meses; Por isso, a capa da edição deste ano não exibe em letras grandes o número 350, embora nos orgulhemos de ter incluído 50 companhias a mais na lista, com um corte na receita líquida superior ao de 2010. Optamos pela palavra CLOUD, assim mesmo, em letras maiúsculas, porque ela cristaliza a verdadeira mudança do cenário de TIC. No próximo ano, nosso empenho será em aprofundar ainda mais a visão e as alternativas de análise para que a edição anual seja sempre uma referência para sua tomada de decisão.
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8
TIC em nova dimensão ESPECIAL 350 | MERCADO DE TI E TELECOM
Mobilidade, consumerização, cloud computing, Big Data e mídias sociais redesenharam a TI e continuarão a mexer com o cenário global LUCAS CALLEGARI
E
ste ano deve ficar marcado na história pelo advento de tendências que acabarão por romper com os atuais paradigmas do setor. A TI do futuro começou a ganhar novos contornos com conceitos e tecnologias como mobilidade, consumerização, cloud computing, Big Data e negócios sociais. Segundo especialistas, essas tendências criarão um ambiente em que a gestão da tecnologia nas empresas ficará muito mais complexa mas, ao mesmo tempo, vai gerar grandes oportunidades. A TI dos próximos anos será a chave para o desenvolvimento de novos negócios e para o aumento da competividade. No ano em que se iniciou essa nova fase de transformações, outro desafio da TI foi dar resposta à grave crise dos países desenvolvidos. Em 2011, os números do setor mostram que ele respondeu bem às dificuldades econômicas dos Estados Unidos, da União Europeia e do Japão. Segundo a consultoria IDC, a TI deve atingir faturamento de pouco mais de 1,7 trilhão de dólares, o que significará crescimento de 7,3%, taxa que foi garantida,
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589,3 7,0%
15,7
13,0%
15,7
285,6 3,0%
Estados Unidos
6,0%
México
42,2
13,0%
13,5 7,0%
Mercado de TI e de infraestrutura no mundo em 2011 (US$ milhões) TI Infraestrutura Fonte: IDC
Brasil
9 em grande parte, pelas nações emergentes como China, Brasil e Índia. Para o mercado brasileiro, o instituto prevê expansão de 13%, já para China e Índia, a expectativa é que tenham incremento de 21% e 12%, respectivamente. Cláudio Soutto Mayor, líder da área de Consultoria de TI da Deloitte, diz que o ano de 2011 foi um período de aprendizado em relação aos impactos causados pelo avanço do conceito de cloud computing, mobilidade e necessidade de uso de soluções analíticas. “A combinação desses três fatores acarretou em mudanças globais da TI. Mas aqui no Brasil estamos em momento favorável na
Peres, informa que as dificuldades econômicas de 2011 foram amenas se comparadas à gravidade da crise de 2008 e 2009, que levou à suspensão dos investimentos. “Grandes projetos são os que mais sofrem quando há uma crise mais profunda. E o que se viu em 2010 e 2011 foi a retomada de muitos investimentos que foram interrompidos em 2008 e 2009”, diz o executivo. Em 2011, prossegue, o mercado de serviços de TI manteve constância, por ser mais estável. Segundo ele, a expectativa é de que os países desenvolvidos cresçam mais do que neste ano, com os da Europa apresentando
economia, que deve ajudar no crescimento das empresas e consequente aumento de investimentos em TI”, afirma. Um pouco abaixo da média mundial, e representando algo em torno de um terço do total do faturamento da TI global, o mercado norte-americano deve apresentar aumento de 6,7% neste ano. Já a Europa Ocidental, não crescerá mais do que 3,5%, segundo previsões da IDC. E o Japão, afetado pela crise econômica e pelos efeitos do terremoto e pelo tsunami, que atingiram o país no primeiro trimestre, terá desempenho negativo, com recuo de 2,4%. O gerente-geral da IDC Brasil, Mauro
27,8
20,0%
5,0
100,9 3,0%
9,0%
53,7 1,0%
Rússia
Reino Unido
137,7 71,8 0,5% -2,0%
116,7
Japão
21,0%
34,4 30,1 11,9 12,0%
10,0%
11,0% China
Índia
1711,1 7,5%
791,2 2,7%
MUNDO www.computerworld.com.br
10
ESPECIAL 350 | MERCADO DE TI E TELECOM incremento de 4,9%, os Estados Unidos, 7,1%, e o Japão se recuperando, com expansão de 3,5%. Já os países emergentes sofrerão desaceleração, sentindo os efeitos da crise econômica internacional. No entanto, esses mercados continuarão com taxas mais altas. Na América Latina, a expectativa é de alta de 9,8%, ante 13,2% em 2011, sendo que o Brasil expandirá 11,5%. “O País vai continuar avançando, com previsão de crescer quase quatro vezes o PIB”, afirma Peres, lembrando que o Brasil, junto com Índia e China, continuará a ser um dos mercados mais cobiçados pelas empresas. Segundo o analista de mercado da IDC, Martim Juacida “a mobilidade está no centro das atenções dos consumidores”. A condição da economia no País, somada ao fato de a classe média continuar com acesso a crédito, faz com que o segmento aponte para números maiores a cada trimestre.
Mayor, da Deloitte, acrescenta à explosão da mobilidade, o aumento da demanda por aplicações de inteligência de negócios, que acabaram saltando para os dispositivos móveis, aprimorando e agilizando as tomadas de decisão e aquecendo ainda mais a febre de tablets e smartphones. Independentemente do desempenho do setor de TI no mundo, o que não muda são as atuais tendências para aquilo que a IDC definiu como a “Terceira Onda de Tecnologia”. Segundo Peres, redes sociais, explosão de dados, mobilidade e nuvem, são ingredientes disruptivos, que alteram a forma como a Tecnologia da Informação será desenvolvida no futuro. Por conta disso “o ambiente de TI está ficando mais caótico e mais difícil de ser gerenciado. Trata-se de uma época em que a tecnologia está se fragmentando. Um ambiente em que ela é mais complexa de ser gerenciada,
Crescimento de Smarthones no Brasil 69%
65%
59% 51% 42% 33% 22% 14%
9% 2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013 Fonte: IDC
Gastos com TI nos principais mercados emergentes (Em US$ bilhões)
911
2008 2009 2010
665 521 383
303 205
América Latina
174
150
184
Leste Europeu
206
241
300
Oriente Médio e África
Ásia / Pacífico Fonte: Gartner
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porém com maior potencial de se usá-la para gerar valor ao negócio”. Com a explosão do universo digital, o gestor de TI precisa ter consciência de que terá de trabalhar muito para minimizar o risco que esse nível caótico pode gerar. Para o executivo da IDC, o CIO deve conscientizar-se de que, cada vez mais, perderá o controle sobre a tecnologia acessada pelos usuários nas empresas. “O crescimento de informações em zetabytes é exponencial. Em 2020, vamos ter mais smartphones do que PCs, até dez vezes mais servidores no mercado de TI do que existem hoje, 70 vezes mais informações para serem gerenciadas e o número de pessoas alocadas em TI vai crescer apenas uma vez e meia. E o orçamento somente duas vezes maior”, diz. Segundo dados do instituto de pesquisas Gartner, em 2010, a base instalada de PCs móveis e smartphones superou a de PCs. Cerca de 20 milhões de tablets (como o iPad) foram vendidos em 2010, mas, até 2016, o Gartner estima que 900 milhões de tablets serão comercializados, o que representa um equipamento para cada oito pessoas do planeta. Até 2014, os dispositivos baseados em sistemas operacionais móveis [como o iOS da Apple, o Android do Google, e o Windows 8 da Microsoft] superem todos os sistemas baseados em PCs. “Há três anos, medimos o uso corporativo das redes sociais. Menos de 20% das empresas empregavam em 2009. Este ano [2011], mais da metade das companhias já a adotou para alguma função corporativa”, diz Peres. Para os analistas do Gartner, o crescimento das mídias sociais tem significado o advento da informação instantânea, com a criação de um ambiente para aplicativos sociais e preparado terreno para a era dos negócios digitais. O vicepresidente do Gartner, Peter Sondergaard, afirmou durante o evento Gartner Symposium ITxpo 2011, realizado em novembro, em São Paulo, que o próximo estágio da chamada computação envolverá clientes, cidadãos e funcionários com os sistemas corporativos.
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Cloud computing esquenta as discussões. Bom fornecedor é a saída para o sucesso
@itboardbr Os melhores tweets de tecnologia da informação e comunicação
O conceito ainda é alvo de ceticismos em relação a padronizações, à segurança e à gestão, segundo os tweets. A dica, no entanto, é escolher parceiros estratégicos. Não fique de fora da conversa, siga-nos e participe.
clarinhabez @itboardbr a #nuvem precisa é de padronização! Sem isso vai ser complicado a expansão da cloud. wfranco_ @itboardbr sem dúvida! O grande desafio será escolher os parceiros estratégicos para o sucesso #cloudcomputing suffert “@itboardbr: #cloud Na #nuvem, somente aplicações que não sejam de missão crítica?” Somente o que você não se importa em perder o controle. cavalcante_ceo @itboardbr na @camaracmf a visualização de Documentos Eletrônicos passou a ser feita por meio da Nuvem do Google, exemplo de #consumerização
ibmbrasil RT @ gimussalem: IBM possui 12 Cloud Labs e 3 Cloud Data Centers ao redor do mundo
Estudos revelam que cloud computing está no topo da lista dos CIOs de empresas de variados setores. Seja para avaliar a adoção, discutir as aplicações, o modelo, entre outras questões. Segundo a consultoria Frost & Sullivan, a nuvem engloba padronização, escabilidade e eficiência, para entregar serviços e aplicações de baixo custo, alta disponibilidade e larga escala. Entre no site do ITBoard, siga-nos e forme opinião sobre o tema.
RationalBrasil Como usar a núvem pública: Rational AppSan testa suas aplicações na web
ftocchetto @itboardbr muito se fala sobre adequação de infra de TI para #cloud, mas pouco se fala em adequação de processos de gerenciamento de TI. @fetesore: Para chegar em Cloud Computing é preciso, antes, consolidação, virtualização e padronização e automação do ambiente. @fr_ob: “Cloud Computing não é uma tecnologia, é um modelo de entrega de várias tecnologias já existentes”, José Spagnuolo. eduardofreire já? Já teve o pré? “@itboardbr: #cloud #nuvem Seis previsões do futuro pós-cloud.
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soudW Medição e faturamento em nuvem: métricas de faturamento para recursos de cálculo em nuvem ibm.co/o9pRXu #Cloud #SouDev #SoudW
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ESPECIAL 350 | MERCADO DE TI E TELECOM “Com 1,2 bilhão de pessoas nas redes sociais - cerca de 20% da população mundial – a computação em nuvem está em nova fase. Os líderes de TI devem incorporar imediatamente as capacidades de software social em seus sistemas empresariais”, disse Sondergaard. Na opinião do executivo do Gartner, o tradicional data warehouse empresarial, centralizando todas as informações necessárias para as decisões, não terá lugar nessa nova era. Para Sondergaard, múltiplos sistemas, incluindo gestão de conteúdo, data warehouses, data smarts e sistemas de arquivos especializados, unidos com serviços de dados e metadados, vão se tornar um warehouse “lógico” dos dados empresariais. “A informação é o combustível do século 21, e as análises, o motor de combustão”, descreve Sondergaard. Nesse estágio, entra outra tendência disruptiva, pois essa busca por análises vai gerar um volume sem precedentes de informações com enorme variedade e complexidade. Isto está levando a uma mudança nas táticas de gestão de dados, conhecida como Big Data, criando o que o Gartner denomina Estratégia Baseada em Padrões (Pattern-Based Strategy Architecture, em inglês), que busca sinais e os modela pelo seu impacto – e, depois, os adapta ao processo de negócio da organização.
Revolução no desenho do mercado
N
ada será como antes, dizem analistas sobre o impacto causado pelo conceito cloud computing. Ele, de fato, revolucionou a forma de entregar e de adquirir tecnologia da informação e comunicação, afirma Bruno Arrial dos Anjos, analista sênior de mercado da Frost & Sullivan do Brasil. O analista diz que a aceitação de cloud pode ser constatada em variadas pesquisas. Em uma delas, realizada pela consultoria em 2010 no Brasil, com mais de cem empresas de grande porte, 54% já usavam algum tipo de solução na nuvem. Desse universo, 86% adotavam o modelo software como serviço (SaaS). Outro dado interessante é que 66% das empresas que participaram disseram que continuarão investindo em nuvem ou vão testar soluções baseadas no conceito. Realizado em setembro deste ano, outro levantamento da consultoria, desta vez com médias companhias, aponta como principais barreiras para a adoção de computação em nuvem, as questões
Expectativa de adoção de cloud e seus modelos
(Brasil – 2011/2012)
Forte aumento do uso de Nuvens Híbridas é esperado, atingindo mais de 18% de aceitação no final de 2012 Empresas que não irão investir em Cloud Computing
Nuvem Híbrida
34%
18,2% Nuvem Privada
66%
60,6% 21,2% Nuvem Pública
Empresas que pretendem investir em arquiteturas na Nuvem Fonte: Frost & Sullivan
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que envolvem segurança, qualidade da internet no Brasil e integração com o legado, nesta ordem. Mas ainda com ceticismos, o conceito deverá promover uma disparada nos investimentos em 2012. Estudo da KPMG Internacional com empresas do mundo todo prevê aquecimento nos investimentos para 2012. Algumas delas planejam alocar mais de um quinto do orçamento em computação em nuvem no próximo ano, de acordo com o relatório “Clarity in the cloud: the impact, opportunity and risk of cloud”, sumário do estudo global da empresa sobre computação em nuvem. “Evidentemente, essas constatações anunciam que a hora da computação em nuvem é agora’“, afirma Frank Meylan, sócio de Management Consulting da KPMG no Brasil. Ele diz que a computação em nuvem está transcendendo a TI e influenciando de modo amplo as relações comerciais, uma vez que um terço dos entrevistados afirmou que ela mudaria fundamentalmente seus negócios. “O que é significativo, considerando que muitas organizações ainda estão desenvolvendo suas estratégias de nuvem.” “A adoção da computação em nuvem está mudando rapidamente do patamar de uma vantagem competitiva para uma constatação de necessidade operacional, possibilitando inovação que pode criar novos modelos de negócios e oportunidades”, afirma Steve Hill, vicepresidente de Investimentos Estratégicos da KPMG nos Estados Unidos. Para Mauro Peres, gerente-geral da IDC no Brasil, embora o conceito ainda gere uma série de questionamentos, ele veio para ficar, e acena com aumento
ESPECIAL 350 | MERCADO DE TI E TELECOM
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Tamanho do mercado global de cloud pública
(2010 a 2020)
180 160 Mercado total de cloud pública (US$ bilhões)
significativo do uso. Ainda em estágios iniciais, no futuro, a computação em nuvem, as redes sociais e a mobilidade combinarão o próximo ponto de conexão, no qual os data centers darão espaço para data cloud (nuvem de dados) e os dispositivos móveis vão se tornar janelas para nuvens pessoais. A computação pessoal irá se tornar uma computação massiva e colaborativa e as tecnologias de informação serão ofuscadas pelas “informações ecológicas” (information ecologies). “O impacto dessas forças fará com que as arquiteturas dos últimos 20 anos fiquem obsoletas. Juntas, elas pressionam e nos levam a criar negócios pós-modernos, orientados pela simplicidade e pela desconstrução da força criativa”, diz vicepresidente do Gartner, Peter Sondergaard. Com essas mudanças, o especialista do Gartner acredita que a TI terá um papel mais relevante para os negócios do que nas décadas anteriores. “Para que os líderes de tecnologia da informação nesse ambiente possam conduzir suas linhas de frente e reinventar o setor. Eles ainda precisam abraçar os negócios pós-modernos, em que as empresas são dirigidas pelo relacionamento com os clientes, alimentadas pela explosão da informação, da colaboração e da mobilidade”, diz o executivo. Para Sondergaard, a economia global está sendo moldada pela área de TI. “O setor é um impulsionador básico do crescimento dos negócios. Como exemplo, observamos que, somente este ano, 350 companhias vão investir mais de 1 bilhão de dólares em tecnologia e elas estão fazendo isso porque essa é a área que tem impacto no desempenho dos negócios.” “O gestor de ‘infraestrutura do futuro’ tem de ter um perfil mais parecido com um gestor de projetos, um facilitador e não com o de puramente técnico”, afirma Alexandre Vargas, analista de Software da IDC. Segundo ele, será preciso avaliar com seriedade e mais cuidado tecnologias que tragam eficiência e economia imediata para o negócio nesse novo desenho da TI. ■
140 120 100 80
SaaS
60 40 20 0 2008 2009
PaaS IaaS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Tamanho do mercado global de cloud privada
(2010 a 2020)
70 Serviços dinâmicos de BPO
60 Mercado total de cloud privada (US$ bilhões)
14
50 40
Serviços dinâmicos de aplicações
30 20 10 0 2008 2009
Integração baseada em cloud Serviços de infraestrutura dinâmica 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GLOSSÁRIO: Serviços dinâmicos de BPO pertencem à gestão de parte de processos padronizados, incluindo recursos humanos entregues em uma relação de cobrança pay-per-use ou um modelo de consumo self service. Serviços dinâmicos de aplicações dizem respeito à entrega de serviços gerenciados de padronização de aplicações de negócios por meio de um prestador de serviço externo, que usa um modelo dinâmico de cobrança e entrega. Integração baseada em cloud é o fornecimento de um middleware padronizado disponibilizado na nuvem, que pode ser usado em vários cenários de integração como entre aplicações legadas e a nuvem. Serviços de infraestrutura dinâmica é o provisionamento de um pacote de serviços gerenciados em torno de componentes de infraestrutura como poder computacional, storage, funcionalidades do banco de dados e outros recursos básico. Esses serviços são hospedados em um local conhecido e compartilhado com uma grande comunidade de usuários. Fonte: Forrester Research
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ESPECIAL 350 | METODOLOGIA
Empresas faturam R$ 261 bilhões em 2010 Mercado de Serviços de Telecom representou quase metade da receita do ranking das 350, atingindo 124 bilhões de reais LUCAS CALLEGARI
A
s 350 empresas do ranking somaram receita líquida com produtos e serviços de tecnologia da informação e telecomunicação (TIC) de 260,73 bilhões de reais em 2010, crescimento de 12% sobre o ano anterior, quando a receita ficou em 233,28 bilhões de reais. Os dados são da Deloitte, responsável pela aferição dos números e
classificações do ranking, em parceria com a COMPUTERWORLD. O mercado de Serviços de Telecom representou quase metade da receita do ranking das 350, com 123,99 bilhões de reais em 2010, equivalente a 47,3% do total. Serviços de TI tiveram peso de 16%, com faturamento de 41,97 bilhões de reais. Hardware de Telecom alcançou vendas de 33,74 bilhões de reais, ou 13%. Já Hardware de TI faturou 33,54 bilhões de reais (13%). Serviços de Internet obteve receita de 13,51 bilhões de reais (5%) e Software alcançou 7,48 bilhões de reais (3%). O resultado é consequência da movimentação de empresas atuantes no mercado de TI, que em razão da ampla aceitação do conceito de cloud computing, especialmente na modalidade software como serviço, migraram para o oferecimento de aplicações e serviços na nuvem. Essa mudança de estratégia acarretou a corrida pelos serviços de hospedagem em data centers, aquecendo
Regiões de atuação da amostra* 50% 38%
21% 12% 7% Sudeste
Sul
Centro-oeste Nordeste
*Entre as 134 empresas que responderam ao questionário
3% Norte
Todas Fonte: CW 300 / Deloitte
o segmento no mercado nacional. Além de concentrar a maior parte do faturamento do ranking, as empresas de Serviços de Telecom estão entre as que lideram o ranking. No universo das dez maiores, sete são operadoras de serviços de telecomunicações. O primeiro lugar ficou com a Vivo/Telefônica, com faturamento de 33,44 bilhões de reais. Em segundo, está a Oi, com 29,48 bilhões de reais de receita.
Metodologia Para elaborar o ranking das 350 Maiores Empresas de TI e Telecom da COMPUTERWORLD, a Deloitte coletou dados de várias fontes incluindo o questionário elaborado pela própria consultoria e dados públicos de companhias abertas. A consultoria também estimou os resultados de outros fornecedores do setor, a partir de balanços financeiros globais e fontes do mercado. Para projetar as receitas das que não divulgaram seus números, a Deloitte utilizou como principais referências: • Faturamento global, América Latina e Brasil (quando disponíveis); • Dados de receita do exercício anterior acrescidos do percentual de crescimento do respectivo setor no ano de 2010; • Informações publicadas na mídia; Quando os dados foram apurados a partir de balanços globais, a Deloitte trabalhou com a conversão de valores do dólar médio de 2010 para o real a 1,80 da Oanda (www.oanda.com) e do Banco Central (www.bcb.gov.br).
RANKING Ao todo, 134 questionários foram respondidos integralmente pelas empresas e 196 companhias – 56% das 350 – tiveram seus dados estimados total ou parcialmente, ao passo que 154 empresas – 44% – apresentam os valores reais em um total de 403 corporações analisadas. A classificação geral das 350 maiores obedeceu ao critério único de maior receita líquida de vendas no Brasil, com produtos e soluções de TI e Telecomunicações. No ranking dos seis segmentos de atuação, a Deloitte classificou as empresas também em função do valor líquido faturado em cada mercado, assinalando as dez maiores (quando aplicável). A Deloitte também elegeu as dez organizações que mais cresceram em receita, em seus respectivos setores [em 2009 e 2010]. Os seis segmentos foram definidos conforme o principal serviço ou produto comercializado.
Amostra Entre as 134 empresas que responderam questionário, cerca de 60% delas estão sediadas no estado de São Paulo, sendo que o interior do estado possui 19%. Com participação bem menor, no estado de Minas Gerais, estão 10% das sedes das companhias. Em seguida, vêm Rio de Janeiro, com 9%; Paraná, que concentra 6%; e Santa Catarina, com 5%. Na pergunta sobre a principal região de atuação, as companhias podiam assinalar mais de uma resposta. Metade delas declarou que atua na região sudeste, as demais na sul (21%), centro-oeste (12%), nordeste (7%) e norte (3%). Entre as companhias que responderam ao questionario, 45% pertencem ao segmento de Serviços de TI, 23% são empresas que comercializam Software, 14% são de Serviços de Telecom, 10% em Hardware de TI e 5% atuam com Serviços de internet.
Expectativa Para a maioria das empresas pesquisadas, a cloud computing será a solução em TI que apresentará maior crescimento nos próximos anos, seguido por Serviços de Outsourcing, Virtualização e Segurança e gerenciamento de riscos. As projeções das companhias variaram entre as que já têm alguma solução em nuvem e as que ainda não possuem ou oferecem cloud. Vale dizer que entre as 134 respondentes, 80 [ou 60% do total] declararam possuir alguma solução em cloud computing. Nesse grupo, 65% acreditam que a nuvem será a solução que apresentará a maior expansão nos próximos anos. Já para 16%, a aposta são os serviços de outsourcing, 10% acreditam na virtualização e 8% em segurança e gerenciamento de riscos. Já para as companhias que não possuem serviços de nuvem, os 40% restantes da amostra, a aposta em nuvem é menor, mas relevante, representando 49% do total; seguido por Outsourcing de TI (19%); Virtualização (8%); Segurança e gerenciamento de risco (8%); Mobilidade (6%); TI-Verde (6%) e Outsourcing de Telecom (1%).
POSIÇÃO CW 350 - 2011 / EMPRESA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
SEGMENTO / ÁREA
REC. LÍQUIDA REC. LÍQUIDA
2010
2009
(R$ milhões) (R$ milhões)
VAR %
Vivo(5) (7)
Telecom/Serviços
33.862
32.445
4%
Oi(3)(6)
Telecom/Serviços
29.479
29.997
-2%
TIM(5)
Telecom/Serviços
14.457
13.747
5%
Embratel(5)
Telecom/Serviços
11.231
10.602
6%
Claro(5)
Telecom/Serviços
10.564
10.332
2%
Nokia(4)
TI/Telecom/Hard. Telco
5.595
4.447
26% 17%
NET Serviços(5) LG(5) Nextel(4)
Telecom/Serviços
5.406
4.613
TI/Telecom/Hardware
5.330
4.824
11%
Telecom/Serviços
4.794
3.123
54%
IBM Brasil(4)
TI/Serviços
4.430
3.692
20%
Samsung(4)
TI/Telecom/Hardware
4.326
3.439
26%
HP Brasil(4)
TI/Hardware
4.116
3.912
5%
Internet/Serviços
4.074
3.633
12%
B2W(2) Motorola(4) Cisco(4)
Telecom/Hardware
3.914
3.111
26%
TI/Telecom/Hard Telco
3.304
2.627
26%
Getnet(5)
TI/Hardware
2.917
2.139
36%
Huawei(1)
Telecom/Hardware
2.421
2.048
18%
GVT(5)
Telecom/Serviços
2.413
2.064
17%
Contax(5)(13)
TI/Serviços
2.398
2.161
11%
Positivo Informática(5)
TI/Hardware
2.328
2.180
7%
Microsoft(4)
TI/Software
2.283
1.779
28%
Nova Pontocom(4)(8)
Internet/Serviços
2.207
1.418
56%
Google(4)
Internet/Serviços
2.143
1.558
38%
TI/Serviços
2.108
2.001
5%
TI/Telecom/Serviços TI
2.107
1.807
17% 19%
Grupo Everis(4) Atento(5) Accenture(4)
TI/Serviços
1.800
1.513
TI/Telecom/Hard. Telco
1.723
1.703
1%
TI/Hardware
1.700
1.452
17%
Sky(4)
Telecom/Serviços
1.639
1.432
14%
Prysmian(4)
Telecom/Hardware
1.633
1.298
26%
Philips(4)
TI/Hardware
1.631
1.393
17%
Itautec(5)
TI/Hardware
1.571
1.324
19%
Telecom/Serviços
1.557
1.360
14%
Distribuidor/Hard. Telco
1.515
1.204
26%
Telecom/Serviços
1.511
1.369
10%
Serpro(5)
TI/Serviços
1.368
1.442
-5%
Oracle(4)(12)
TI/Software
1.265
891
42%
Red Hat Brasil(1)
TI/Software
1.196
1.043
15%
Totvs(3)(9)
TI/Serviços
1.129
989
14% 24%
Ericsson Telecomunicações(1) Intel(4)
Alcatel-Lucent(4) Tech Data
(4)
Algar Telecom (CTBC)(5)
Ingram Micro(4)
Distribuidor/Hardware TI
1.118
900
TI/Serviços
1.108
964
15%
Panasonic(4)
TI/Telecom/Hardware TI
1.099
885
24%
Ideiasnet(5)
Tivit(1)
Internet/Serviços
1.076
840
28%
Emerson Network Power(4)
TI/Hardware
1.055
849
24%
CPM Braxis Capgemini(5)(10)
TI/Serviços
1.005
890
13%
Distribuidor/Hardware TI
1.002
874
15%
Dell(4)
TI/Hardware
1.044
841
24%
Officer Distribuidora(1) Stemac(4)
TI/Hardware
951
766
24%
SAP(4)
TI/Software
908
682
33%
EMC Brasil(4)
TI/Serviços
866
767
13%
17
18
ESPECIAL 350 | RANKING POSIÇÃO CW 350 - 2011 / EMPRESA
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
SEGMENTO / ÁREA
Epson Brasil(4)
REC. LÍQUIDA REC. LÍQUIDA
2010
2009
(R$ milhões) (R$ milhões)
VAR %
POSIÇÃO CW 350 - 2011 / EMPRESA
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150
TI/Hardware
854
687
24%
TI/Telecom/Serv. Internet
817
731
12%
TI/Serviços
787
761
3%
TI/Hardware
772
621
24%
Digibras (CCE Info)(5)
TI/Hardware
767
408
88%
Xerox do Brasil
(4)
TI/Hardware
764
615
24%
Siemens Enterprise Communic.(4)
Telecom/Hardware
737
644
14%
UOL
(3)(11)
Grupo TBA(1) Envision Tecnologia
(4)
Lenovo(4)
TI/Hardware
719
579
24%
Acer(4)
TI/Hardware
672
372
81%
Telecom/Hardware
681
595
14%
Metrofile(4)
TI/Serviços
653
579
13%
CTIS(5)
TI/Serviços
651
574
13%
CA Technologies(4)
TI/Serviços
649
575
13%
Orbitall
Nexans(4)
(4)
Terra(5) A.Telecom(4)
TI/Serviços
598
530
13%
Internet/Serviços
644
564
14%
Telecom/Serviços
635
1.081
-41%
(4)
TI/Hardware
630
508
24%
Dataprev(5)
TI/Serviços
619
572
8%
Dedic GPTI
(5)
TI/Serviços
606
402
51%
Stefanini IT Solutions(5)
TI/Serviços
593
519
14%
Diebold
TI/Hardware
592
489
21%
AMD(4)
TI/Hardware
585
471
24%
STI-Semp Toshiba(4)
TI/Hardware
583
637
-8%
Telecom/Hardware
579
506
14%
TI/Hardware
577
465
24%
Internet/Serviços
576
484
19%
Lexmark
(5)
NEC do Brasil(4) Sony
(4)
Comprafacil.com(4) Diebold Procomp da Amazônia(5)
TI/Hardware
574
511
12%
Sonda Prockwork(1)
TI/Serviços
565
478
18%
Distribuidor/Hardware TI
552
445
24%
SND Eletrônica(4) American Banknote(4)
TI/Serviços
502
445
13%
ZTE(4)
Telecom/Hardware
543
475
14%
Magazine Luiza.com(4)
Internet/Serviços
540
454
19%
TI/Serviços
520
568
-8%
TI/Telecom/Serviços Telco
513
360
43%
Telecom/Serviços
502
528
-5%
Texas Instruments(4)
TI/Hardware
491
395
24%
TecBan(1)
TI/Hardware
490
400
23%
Prodesp
TI/Serviços
485
422
15%
Distribuidor/Software
476
298
60%
TI/Serviços
475
421
13%
TI/Serviços
471
388
21%
TI/Telecom/Hardware TI
453
206
119%
TI/Serviços
434
424
2%
TI/Telecom/Hardware Telco
443
387
14%
Distribuidor/Hardware TI
426
343
24%
Internet/Serviços
417
311
34%
TI/Telecom/Serviços Telco
413
394
5%
Unisys(4) PromonLogicalis
(1)
Intelbras(1)
(4)
Ação Informática Brasil(1) DTS Consulting(4) Fidelity Processadora(5) Daruma Telecom. e Inform.
(1)
Indra Brasil(4)(16) 3Com
(4)
Pauta(4) Saraiva.com(3) Global Crossing(5)
Telecom/Serviços
408
438
-7%
Canon do Brasil(4)
Star One(4)
TI/Hardware
402
324
24%
Isban Brasil (5)
TI/Software
398
346
15%
www.computerworld.com.br
SEGMENTO / ÁREA
Wirex Cable(4)
REC. LÍQUIDA REC. LÍQUIDA
2010
2009
(R$ milhões) (R$ milhões)
VAR %
Telecom/Hardware
391
342
14%
TI/Serviços
384
326
18%
TI/Serviços
383
394
-3%
Distribuidor/Software
374
293
28%
Telecom/Serviços
345
348
-1%
TI/Hardware
345
323
7%
T-Systems(2)
TI/Telecom/Serv. Internet
336
338
-1%
Scopus(5) CSU CardSystem e Contact(5) Sharpener(4) Avaya(4) Cobra Soluções(5) Furukawa(4)
Telecom/Hardware
328
287
14%
Getronics(4)
TI/Serviços
328
291
13%
Bematech(1)
TI/Hardware
326
330
-1%
B2Br(5)
TI/Serviços
311
309
1%
Algar Tecnologia(1)
TI/Serviços
300
273
10%
TI/Serviços
296
263
13%
TI/Serviços
295
261
13%
TI/Telecom/Hardware TI
293
236
24%
Simpress(4) Thomson Multimídia-Am
(4)
Dlink(4) Telemont(4)
TI/Serviços
291
258
13%
NetApp(4)
TI/Serviços
279
247
13%
Apple(4)
TI/Hardware
279
224
24%
Autotrac(5)
Telecom/Serviços
265
300
-12%
Fujitsu(4)
TI/Hardware
263
212
24%
Aec(5)
TI/Serviços
257
193
33%
TCS Brasil(4)
TI/Serviços
257
228
13%
Atos(1)
TI/Serviços
255
278
-8% 24%
Alcateia(4)
Distribuidor/Hardware TI
248
200
Kingston Technologies(4)
TI/Hardware
245
198
24%
Proview(4)
TI/Hardware
234
188
24%
Hitachi Data Systems(4)
TI/Hardware
232
187
24%
Chemtech(4)
TI/Serviços
231
205
13%
BRQ IT Services(5)
TI/Serviços
228
167
36%
ATP(5)
TI/Serviços
227
227
0%
Aec Contact Center(5)
TI/Serviços
226
175
29%
NCR(4)
TI/Hardware
221
178
24%
Perto(5)
TI/Hardware
221
228
-3%
Distribuidor/Hardware TI
240
194
24%
TI/Serviços
219
194
13%
Telecom/Hardware
217
190
14%
CDC Brasil
(4)
Columbia Storage(4) RFS Brasil KMP(4) Myatech(4)
Distribuidor/Hardware TI
217
175
24%
Tyco Eletronics(4)
TI/Hardware
216
174
24%
Nortel Networks(4)
Telecom/Hardware
216
189
14%
TI/Hardware
212
171
24%
Telecom/Serviços
211
203
4%
TI/Serviços
210
198
6% 14%
SMS Tecnologia Eletrônica(4) AES Atimus(5) Grupo Provider(1) Telcon(4)
Telecom/Hardware
207
181
Sercomtel Telecom.(1)
Telecom/Serviços
205
200
2%
Star BKS(4)
TI/Serviços
202
179
13%
Montreal Informática (1)
TI/Serviços
201
180
12%
TMKT(4)
TI/Serviços
201
178
13%
TI/Telecom/Serviços Telco
199
200
-1%
Teradata(4)
BT(4)
TI/Serviços
198
175
13%
Elgin(4)
TI/Hardware
198
159
24%
19 REC. LÍQUIDA REC. LÍQUIDA
2010
2009
POSIÇÃO CW 350 - 2011 / EMPRESA
SEGMENTO / ÁREA
151 Network1 (4) 152 Teeleap (4) 153 Datamec(4) 154 TCI BPO(1) 155 Citrix(4) 156 Planus(4) 157 Medidata(5) 158 Ctbc Multimídia(4) 159 CPqD(1) 160 Local X(4) 161 Vidax(4) 162 Mazer Distribuidora(4) 163 Softtek(4) 164 Hypercom / NetSet(4) 165 All Nations(4) 166 AES(4) 167 Prodam(5) 168 Ícaro Technologies(1) 169 Walmart.com(4) 170 Prodemge(5) 171 SAS(4) 172 Symantec(4) 173 Procergs(5) 174 Transit Telecom(4) 175 Saturnia(4) 176 GPTI(5) 177 Logica(4) 178 Lan Designers (1) 179 Avnet (5) 180 TrendNet(4) 181 Locaweb(2) 182 Alu-Serviços(5) 183 Spring Wireless(4) 184 Damovo(1) 185 Certisign(1) 186 Zatix Tecnologia(4) 187 Elucid(5) 188 Resource IT Solutions(4) 189 Fnac.com(4) 190 Sybase(4) 191 Cast Informática(5) 192 Telsinc(4) 193 DW do Brasil(4) 194 iByte(4) 195 Linx(1) 196 Convergys(4) 197 Padtec(4) 198 Tallard(4) 199 Iron Mountain(4) 200 Westcon(4)
Distribuidor/Hardware TI
194
156
24%
Telecom/Serviços
191
193
-1%
(R$ milhões) (R$ milhões)
VAR %
TI/Serviços
172
153
13%
TI/Serviços
187
137
36%
TI/Serviços
183
149
23%
TI/Serviços
181
147
23%
TI/Serviços
177
197
-10%
Telecom/Serviços
171
173
-1%
TI/Telecom/Software
176
170
3%
Distribuidor/Hardware TI
175
147
19%
TI/Serviços
175
142
23%
Distribuidor/Hardware TI
174
146
19%
TI/Serviços
171
151
13%
TI/Serviços
170
139
23%
Distribuidor/Hardware TI
169
142
19%
Telecom/Serviços
169
170
-1%
TI/Serviços
167
140
19%
TI/Serviços
167
151
11%
Internet/Serviços
163
132
23%
TI/Serviços
162
158
3%
TI/Serviços
162
132
23%
TI/Software
160
121
32%
TI/Serviços
159
149
7%
Telecom/Serviços
158
159
-1%
TI/Hardware
156
131
19%
TI/Serviços
152
128
19%
TI/Serviços
152
124
23%
TI/Telecom/Serviços TI
150
126
19%
Distribuidor/Hardware TI
149
103
45%
TI/Hardware
155
130
19%
TI/Serviços
147
120
23%
Telecom/Serviços
141
136
3%
Telecom/Hardware
140
123
14%
Telecom/Serviços
140
110
27%
TI/Serviços
140
50
177%
Telecom/Serviços
160
134
19%
TI/Serviços
137
103
33%
TI/Serviços
137
112
23%
Internet/Serviços
136
111
23%
TI/Software
133
101
32%
TI/Serviços
132
108
22%
TI/Serviços
132
108
23%
Distribuidor/Hardware TI
130
109
19%
TI/Hardware
130
109
19%
TI/Serviços
129
73
77%
TI/Telecom/Hardware Telco
129
113
14%
Telecom/Hardware
121
106
14%
TI/Serviços
126
103
23%
TI/Serviços
125
102
23%
TI/Hardware
122
102
19%
POSIÇÃO CW 350 - 2011 / EMPRESA
201 Tellus TMS(4) 202 Uranet(4) 203 Carrefour.com(4) 204 Copel Telecomunicações(2) 205 Call Contact Center(4) 206 Opção Distribuidora(4) 207 Hispamar(4) 208 Cimcorp(5) 209 Nera Networks(4) 210 Produban(5) 211 SPCom(4) 212 Aldo(4) 213 Wittel(4) 214 Bull Latin America(4) 215 Orizon(5) 216 Celepar(5) 217 Probank(4) 218 Naspers Limited(4)(14) 219 Mercado Livre(4) 220 Complex(4) 221 Neoris(4) 222 Recall(4) 223 Koerich Telecom(5) 224 Informatica Corporation(4) 225 Trópico Sistemas(1) 226 Aes Com Rio(4) 227 Juniper Networks(4) 228 Linear Equip. Eletrônicos(4) 229 APC Brasil(4) 230 Tellabs(4) 231 Procempa(5) 232 Panduit (4) 233 Ci&T(1) 234 Monytel(4) 235 Grupo Mtel(1) 236 BSI do Brasil(4) 237 Tecon Salvador(1) 238 Kennex(4) 239 Alog Data Centers do Brasil(1) 240 NeoGrid(4) 241 Asyst Internacional Serv. Inf (1) 242 Engebras(4) 243 Dígitro Tecnologia(1) 244 IT2B Tecnologia e Serviços(1) 245 Compushop(4) 246 Iplanrio(5) 247 Rsi Informática(1) 248 Districomp(4) 249 Matrix Telecom & IDC(4) 250 Pbti Soluções(1)
REC. LÍQUIDA REC. LÍQUIDA
2010
2009
TI/Serviços
120
98
23%
TI/Serviços
119
97
23% 23%
SEGMENTO / ÁREA
(R$ milhões) (R$ milhões)
VAR %
Internet/Serviços
119
96
Telecom/Serviços
118
106
11%
TI/Serviços
118
96
23%
Distribuidor/Hardware TI
116
97
19%
Telecom/Serviços
116
97
19%
TI/Serviços
114
113
1%
TI/Telecom/Hardware Telco
113
100
14%
TI/Serviços
113
105
7%
TI/Serviços
112
92
23%
Distribuidor/Hardware TI
112
94
19%
TI/Serviços
112
91
23%
TI/Serviços
111
90
23% 119%
TI/Serviços
111
51
TI/Serviços
111
114
-3%
TI/Serviços
110
90
23%
Internet/Serviços
110
89
23%
Internet/Serviços
110
89
23%
TI/Serviços
109
89
23%
TI/Serviços
108
88
23%
TI/Serviços
108
88
23%
TI/Telecom/Serviços TI
107
281
-62% 23%
TI/Serviços
107
87
Telecom/Hardware
107
98
9%
Telecom/Serviços
106
89
19% 23%
TI/Telecom/Serviços TI
102
83
TI/Telecom/Serviços Telco
101
85
19%
TI/Hardware
101
85
19% 14%
TI/Telecom/Hardware Telco
101
89
TI/Serviços
101
94
8%
TI/Hardware
97
81
19%
TI/Serviços
96
62
55%
Telecom/Hardware
95
84
14%
TI/Telecom/Serviços TI
95
82
15%
TI/Serviços
94
76
23% 22%
TI/Serviços
93
76
TI/Hardware
93
78
19%
TI/Telecom/Serviços Telco
93
72
29%
TI/Software
93
70
32%
TI/Serviços
92
79
17%
Telecom/Serviços
91
76
19%
TI/Serviços
90
80
12%
TI/Telecom/Serviços TI
89
65
36%
Distribuidor/Hardware TI
87
73
19%
TI/Serviços
86
77
11%
TI/Serviços
85
72
18%
Distribuidor/Hardware TI
84
70
19%
Telecom/Serviços
83
69
19%
TI/Serviços
81
67
22%
20 ESPECIAL 350 | RANKING POSIÇÃO CW 350 - 2011 / EMPRESA
251 DN Automação(4) 252 Zebra Technologies(4) 253 National(4) 254 Spassu Tecnologia e Serviços(5) 255 Genti(4) 256 Logictel(5) 257 Senior Sistemas(1) 258 Lanlink(4) 259 Agora Soluções em Telecom.(1) 260 DBA Engenharia de Sistemas(1) 261 Attachmate(4)(15) 262 Quantum(4) 263 Arcelormittal Sistemas(5) 264 GXS(4) 265 Net Service(1) 266 Megaware(4) 267 Acision(4) 268 OKI Printing Solutions(4) 269 Seagate(4) 270 Prodabel(5) 271 CMA(5) 272 Gertec(1) 273 Cabletech Cabos(4) 274 Amdocs(4) 275 Qbex(4) 276 Prodam Amazonas(5) 277 CIASC(5) 278 Infotec(1) 279 Western Digital(4) 280 Alterdata Software(4) 281 TS Shara(4) 282 EDS (HP)(4) 283 Infoserver(5) 284 Voxline(4) 285 Walar(1) 286 Modulo Security Solutions(1) 287 Vermont(4) 288 HughesNet(4) 289 Altus Sistemas de Inform.(5) 290 Nice(4) 291 Atendebem(4) 292 Kyocera(4) 293 McAfee do Brasil(4) 294 Phonoway Sistemas(4) 295 Grupo ASSA(4) 296 CP Eletrônica(4) 297 Actionline(4) 298 CSC Brasil(1) 299 Meta Informática(5) 300 Tecnoset IT Solutions (1)
REC. LÍQUIDA REC. LÍQUIDA
2010
2009
VAR %
TI/Hardware
81
68
19%
TI/Hardware
80
67
19%
TI/Hardware
80
67
19%
SEGMENTO / ÁREA
(R$ milhões) (R$ milhões)
TI/Serviços
80
65
23%
TI/Serviços
79
65
23%
TI/Telecom/Serviços TI
79
111
-29%
TI/Software
79
69
14%
TI/Telecom/Serviços TI
78
64
23%
Distrib./Serviços Telco
77
74
5%
TI/Serviços
77
103
-25%
TI/Serviços
77
63
23%
TI/Hardware
77
64
19%
TI/Serviços
76
67
14%
TI/Serviços
76
62
23%
TI/Telecom/Serviços TI
76
62
22%
TI/Hardware
75
63
19%
TI/Telecom/Hardware Telco
74
65
14%
TI/Hardware
70
59
19%
TI/Hardware
69
58
19%
TI/Serviços
69
56
24%
TI/Telecom/Serviços Telco
69
66
4%
TI/Hardware
69
40
72%
Telecom/Serviços
69
57
19%
TI/Serviços
68
56
23%
TI/Hardware
68
57
19%
TI/Serviços
66
60
10%
TI/Serviços
66
45
46%
TI/Serviços
65
50
29%
TI/Hardware
65
54
19%
TI/Software
64
48
32%
TI/Hardware
63
53
19%
TI/Serviços
62
51
23%
TI/Serviços
60
50
20%
TI/Serviços
60
49
23%
TI/Serviços
60
43
41%
TI/Software
60
53
12%
TI/Serviços
58
47
23%
Telecom/Serviços
58
48
19%
TI/Hardware
57
69
-18%
TI/Telecom/Hardware Telco
57
50
14%
TI/Serviços
57
46
23%
Telecom/Hardware
57
50
14%
TI/Software
56
42
32%
TI/Telecom/Serviços TI
56
45
23%
TI/Serviços
55
45
23%
TI/Hardware
55
46
19%
TI/Serviços
55
45
23%
TI/Serviços
54
58
-8%
Distribuidor/Hardware TI
53
52
3%
TI/Serviços
53
40
32%
POSIÇÃO CW 350 - 2011 / EMPRESA
301 Seal Tecnologia(1) 302 Cia Proces. de Dados da BA(5) 303 Sabre Travel Network(4) 304 TSL(5) 305 EBS Sistemas(4) 306 RIM(4) 307 Voitel Telecom(4) 308 ConnectCom(1) 309 Nesic(5) 310 Livraria Cultura.com(4) 311 True Access Consulting(5) 312 Impacta Tecnologia(1) 313 Netsolutions(4) 314 Synapsis do Brasil(1) 315 Delta Cable(4) 316 Cogra(4) 317 Mega Sistemas Corporativos(2) 318 Compuware do Brasil(5) 319 Altitude Software(4) 320 Prime Technologies(4) 321 Level UP!(5) 322 Via Telecom(5) 323 Webb Negócios(5) 324 Softway(2) 325 Senior Solution(2) 326 TrendMicro(4) 327 Parks Comunicação Digital(4) 328 Lg Sistemas(2) 329 Governança Brasil(5) 330 Informática Municípios Assoc.(5) 331 Folhamatic Tecn. em Sistemas(1) 332 Multirede Informática(1) 333 Task Sistemas(5) 334 Leucotron Telecom(4) 335 Advanta Conect. Inteligente(4) 336 Trellis(4) 337 Avansys Tecnologia(2) 338 Caad & Creator(4) 339 CMNet(5) 340 Dominio Sistemas(2) 341 Panda Security(4) 342 Plusoft(4) 343 DRM Consultoria(5) 344 Orion Digital / Grupo Orion(1) 345 Triad Soft(1) 346 Pelissari(4) 347 Provider It Business Solutions(4) 348 Check Express(5) 349 Servix Informática(4) 350 Premier(1)
SEGMENTO / ÁREA
REC. LÍQUIDA REC. LÍQUIDA
2010
2009
VAR %
37%
(R$ milhões) (R$ milhões)
TI/Serviços
53
39
TI/Serviços
53
44
19%
TI/Software
51
39
32%
TI/Software
48
39
23%
TI/Serviços
47
38
23%
Telecom/Hardware
46
41
14%
Telecom/Serviços
46
39
19% 20%
TI/Serviços
45
38
Telecom/Serviços
45
41
9%
Internet/Serviços
44
36
23%
TI/Serviços
44
35
25%
TI/Serviços
44
42
4%
TI/Serviços
44
35
23%
TI/Telecom/Serviços TI
42
49
-14%
TI/Hardware
42
35
19%
TI/Serviços
41
34
23%
TI/Software
41
39
5%
TI/Software
41
50
-19% 32%
TI/Software
40
30
TI/Hardware
40
34
19%
TI/Software
40
29
36%
Telecom/Serviços
39
36
6%
TI/Serviços
38
33
17%
TI/Software
38
36
5%
TI/Software
37
30
26%
TI/Software
37
28
32%
Telecom/Hardware
37
32
14% 12%
TI/Hardware
37
33
TI/Serviços
37
34
8%
TI/Serviços
36
32
14%
TI/Software
36
27
33%
TI/Serviços
36
29
24%
TI/Hardware
36
24
51%
Telecom/Hardware
36
31
14% 23%
TI/Serviços
35
29
TI/Telecom/Hard. Telco
35
31
14%
TI/Software
35
28
23% 23%
TI/Serviços
34
28
TI/Software
34
33
4%
TI/Software
34
28
24%
TI/Software
34
26
32%
TI/Software
34
26
32%
TI/Serviços
33
24
42%
TI/Software
33
26
28%
TI/Telecom/Serv. Telco
33
29
13%
TI/Serviços
33
27
23%
TI/Serviços
32
26
23%
TI/Serviços
32
36
-13%
TI/Serviços
31
25
23%
TI/Serviços
30
22
35%
Receitas totais fornecidas pela empresa; (2) Receitas totais retiradas de balanço; (3) Receitas totais obtidas na Bolsa de Valores de São Paulo; (4) Receitas totais estimadas pela Deloitte; (5) Receitas totais divulgadas na mídia; (6) Inclui receitas da Brasil Telecom; (7) Inclui receitas da Telefônica; (8) E-commerce: Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, eHub; (9) Inclui receitas de: Datasul, Tools Arquitetura Financeira, YMF, Hery Software, M2I, M2S, Midbyte, Gens; (10) Inclui receitas de: Capgemini, Dimensis; (11) Inclui receitas de: Diveo, DHC; (12) Inclui a receita da Sun Microsystems; (13) Inclui receitas da Ability; (14) Buscapé; (15) Inclui receitas da Novell; (16) Inclui receitas da Politec. (1)
22
ESPECIAL 350 | RANKING
SERVIÇOS DE TI
O
mercado de serviços de TI é a principal atividade para 146 empresas. É a área com maior número de companhias do ranking, representando 42% do total. Em 2010, somaram receita de 41,97 bilhões de reais, crescimento de 13% sobre o ano anterior, quando atingiu 37,01 bilhões de reais. O segmento teve peso de 16% sobre as vendas totais do ranking. A norte-americana IBM lidera, com participação de 11%. As dez maiores concentram 44% desse mercado. Os 56% restantes estão pulverizados entre as outras 136 participantes.
Maiores do subsegmento Posição por faturamento líquido
1 IBM Brasil 2 Contax 3 Grupo Everis 4 Atento 5 Accenture 6 Serpro 7 Totvs 8 Tivit 9 CPM Braxis Capgemini 10 EMC Brasil
2010 Receita líquida (R$ milhões)
4.429,92 2.398,00 2.107,85 2.107,20 1.800,00 1.367,90 1.129,00 1.108,00 1.005,10 865,53 Demais empresas da pesquisa 23.652,63 Tamanho do mercado estimado* 41.971,13
*Total calculado em relação às 350 empresas do ranking
Maior Receita líquida total da empresa 2010: R$ 4,43 bilhões
2009 Receita líquida Var % (R$ milhões)
3.691,60 2.161,00 2.000,88 1.807,40 1.513,28 1.442,10 988,68 963,93 890,17 767,27 20.785,97 37.012,27
Participação de mercado no subsegmento em 2010
20% 11% 5% 17% 19% -5% 14% 15% 13% 13% 14% 13%
11%
Contax
6%
Grupo Everis
5%
Atento
5%
Accenture
4%
Serpro
3%
Totvs
3%
Tivit
3%
CPM Braxis Capgemini
2%
EMC Brasil
2%
Demais empresas da pesquisa
56%
Fonte: CW300/Deloitte
IBM BRASIL
Destaque
CERTISIGN
Variação (2010/09)
Receita líquida total da empresa
Variação (2010/09)
20%
2010: R$ 139,74 milhões
177%
2009: R$ 3,69 bilhões
2009: R$ 50,48 milhões
E
O
m relatório realizado em 2010, a consultoria IDC apontou a IBM como líder em serviços de TI em três categorias: projeto orientado, outsourcing, suporte/treinamento. Para receber o título, a companhia realizou investimentos na área, aponta a IBM. Entre 2009 e abril de 2010, por exemplo, gastou 22 milhões de dólares em um data center e na ampliação da capacidade de infraestrutura de contingência do centro de Hortolândia para atender ao aumento da demanda por serviços de outsourcing de infraestrutura de TI.
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IBM Brasil
Brasil vive um momento de consolidação do uso de documentos eletrônicos e crescimento da demanda na área contábil por soluções de segurança digitais. Nesse contexto, a certificação digital é importante ator. Esses foram os fatores que levaram a Certisign a decolar no setor de serviços de TI, especialmente no varejo, que representa 70% do faturamento da companhia, aponta Júlio Cosentino, vice-presidente de relações institucionais da Certisign. Em 2012, a organização espera que o número cresça. “Nossa estratégia é a busca constante por excelência dos serviços. Qualidade é o nosso diferencial”, aponta.
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24 ESPECIAL 350 | RANKING
HARDWARE DE TI
A
HP Brasil conquistou a liderança entre as empresas do segmento de hardware de TI, com participação de 12%. Em seguida, ficaram Getnet, com 9% e Positivo Informática, com 7%. Intel, Philips e Itautec contabilizaram 5% cada uma. Entre as 350 companhias do ranking, 63 (18% do total) atuam com hardware de TI. O faturamento de 33,54 bilhões de reais dessas companhias representou 13% do total. O segmento obteve crescimento de 18% sobre 2009, sendo que as dez primeiras registraram expansão média de 13%.
Maiores do subsegmento Posição por faturamento líquido
1 HP Brasil 2 Getnet 3 Positivo Informática 4 Intel 5 Philips 6 Itautec 7 Panasonic 8 Emerson Network Power 9 Dell 10 Stemac
2010 Receita líquida (R$ milhões)
4.116,44 2.917,30 2.327,60 1.699,60 1.631,11 1.571,40 1.098,66 1.054,56 1.044,17 951,22 Demais empresas da pesquisa 15.124,40 Tamanho do mercado estimado* 33.536,45
*Total calculado em relação às 350 empresas do ranking
Maior Receita líquida total da empresa 2010: R$ 4,12 bilhões
2009 Receita líquida Var % (R$ milhões)
3.912,00 2.138,78 2.180,00 1.451,77 1.393,27 1.323,81 884,89 849,38 841,01 766,14 12.102,30 27.843,36
Participação de mercado no subsegmento em 2010
5% 36% 7% 17% 17% 19% 24% 24% 24% 24% 25% 20%
12%
Getnet
9%
Positivo Informática
7%
Intel
5%
Philips
5%
Itautec
5%
Panasonic
3%
Emerson Network Power
3%
Dell
3%
Stemac
3%
Demais empresas da pesquisa
45%
Fonte: CW300/Deloitte
HP BRASIL
Destaque
Variação (2010/09)
Receita líquida total da empresa
Variação (2010/09)
5%
2010: R$ 452,58 milhões
119%
2009: R$ 3,91 bilhões
2009: R$ 206,45 milhões
A
A
demanda por soluções de rede e de armazenamento impulsionou o mercado de servidores. Nesses setores, a HP Brasil tem se destacado nos últimos meses e deverá seguir esse ritmo em 2012. Colabora para compor esse cenário as recentes aquisições, afirma Alexandre Kazuki, diretor de Marketing da área de Enterprise Server Storage Network (ESSN) da HP Brasil. “Storage registra incremento duas ou três vezes mais do que servidor e por isso ganhamos espaço”, assinala. www.computerworld.com.br
HP Brasil
DARUMA
ntiga conhecida do mercado de telecom, a Daruma expandiu atuação na área de TI. Para Marcelo Menezes, diretor-geral da organização, vários fatores contribuíram para esse quadro. “Entre eles, a ampliação do portfólio nas linhas de impressoras, terminais e modems, além do aumento de vendas de PCs para governo, bancos estatais e área educacional”, lista. Além disso, a companhia foi responsável por fornecer coletores de dados ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realizou o Censo 2010 com os produtos da Daruma.
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26 ESPECIAL 350 | RANKING
ÃO Ç A IC N U M O C E L E T E D S SERVIÇO
C
om vendas de 122,81 bilhões de reais em 2010, serviços de telecomunicações é o maior mercado, representando 47% da receita total do ranking. Mas esse segmento também apresentou o menor crescimento, com expansão de apenas 6%, nível de crescimento baixo em razão de as empresas ainda estarem migrando para o segmento de serviços de telecom. Depois da integração com a Telefônica, a Vivo alcançou a liderança, com participação de 27%. A Oi, líder no ranking do ano passado, ficou com 24%. A TIM obteve 12%, seguida das empresas controladas pelo mexicano Carlos Slims: Claro, Embratel e Net Serviços.
Maiores do subsegmento Posição por faturamento líquido
1 Vivo 2 Oi 3 TIM 4 Embratel 5 Claro 6 NET Serviços 7 Nextel 8 GVT 9 Sky 10 Alcatel-Lucent
2010 Receita líquida (R$ milhões)
33.862,00 29.479,00 14.457,45 11.231,00 10.564,00 5.405,70 4.794,18 2.413,20 1.639,14 1.557,22 Demais empresas da pesquisa 7.402,32 Tamanho do mercado estimado* 122.805,21
*Total calculado em relação às 350 empresas do ranking
Maior Receita líquida total da empresa 2010: R$ 39,74 bilhões
2009 Receita líquida Var % (R$ milhões)
32.444,96 29.997,00 13.747,03 10.602,00 10.332,00 4.613,00 3.123,00 2.064,23 1.432,06 1.360,49 7.408,56 117.124,34
Participação de mercado no subsegmento em 2010
4% -2% 5% 6% 2% 17% 54% 17% 14% 14% 0% 5%
28%
Oi
24%
TIM
12%
Embratel
9%
Claro
9%
NET Serviços
4%
Nextel
4%
GVT
2%
ky
1%
Alcatel-Lucent
1%
Demais empresas da pesquisa
6%
Fonte: CW300/Deloitte
Destaque
VIVO Variação (2010/09) 4%
Receita líquida total da empresa 2010: R$ 4,79 bilhões
2009: R$ 40,76 bilhões
2009: R$ 3,12 bilhões
A
A
partir do próximo ano, a Vivo passa a ser conhecida no Brasil pelos serviços móveis e fixo, quando serão unificadas as marcas da Telefônica no País. Como resultado da compra de 100% de seu controle pelo grupo espanhol, a Vivo deverá receber injeção de investimentos para ampliar principalmente a rede de banda larga móvel. A promessa do grupo é tornar a cobertura de 3G disponível para mais de 85% da população brasileira até dezembro de 2011. Parte dos recursos para esse projeto virá de financiamento de 3 bilhões de reais, que a operadora receberá do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).
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Vivo
NEXTEL Variação (2010/09) 54%
Nextel obteve crescimento apoiado no sucesso obtido com o espectro 3G em mercados importantes como México e Brasil. A estratégia teve como meta conquistar bom posicionamento no ranking e buscar mais lucratividade, com objetivo de atingir outros segmentos de clientes e oferecer serviços inovadores de banda larga sem fio para a base de usuários de alto valor. A empresa divulgou, em 2010, investimentos de cerca de 4,5 bilhões de reais nos cinco anos seguintes para ampliar a operação de 3G no Brasil.
28 ESPECIAL 350 | RANKING
HARDWARE DE TELECOM
O
mercado de hardware de telecom reuniu 32 empresas do ranking, equivalente a 9% do total, e somou faturamento de 33,74 bilhões de reais em 2010, o que corresponde a 33% da receita total das 350 do ranking. A finlandesa Nokia obteve participação de 17% e conquistou o primeiro lugar. A segunda posição ficou com a sul-coreana LG, com 16%. Em seguida, ficaram Samsung (13%), Motorola(12%) e Cisco (10%). As dez primeiras colocadas tiveram peso de 88% sobre o total da receita.
Maiores do subsegmento Posição por faturamento líquido
2010 Receita líquida (R$ milhões)
1 Nokia 5.595,32 2 LG 5.330,30 3 Samsung 4.325,99 4 Motorola 3.913,68 5 Cisco 3.304,40 6 Huawei 2.421,00 7 Ericsson Telecomunicações 1.722,81 8 Prysmian 1.633,03 9 Siemens Enterprise Communications 736,63 10 Nexans 681,29 Demais empresas da pesquisa 4.072,14 Tamanho do mercado estimado* 33.736,60 *Total calculado em relação às 350 empresas do ranking
2009 Receita líquida Var % (R$ milhões)
4.447,47 4.823,80 3.438,54 3.110,81 2.626,52 2.048,39 1.703,45 1.298,03 643,79 595,42 3.569,02 28.305,24
26% 11% 26% 26% 26% 18% 1% 26% 14% 14% 14% 19%
2010: R$ 5,60 bilhões
Nokia 17% LG 16% Samsung 13% Motorola 12% Cisco 10% Huawei
7%
Ericsson Telecomunicações
5%
Prysmian
5%
Siemens Enterprise Communications
2%
Nexans
2%
Demais empresas da pesquisa 12%
Fonte: CW300/Deloitte
Maior e Destaque Receita líquida total da empresa
Participação de mercado no subsegmento em 2010
NOKIA Variação (2010/09) 26%
2009: R$ 4,45 bilhões
E
ntre os fatores que contribuíram para que a Nokia conquistasse a maior receita no segmento de hardware de Telecom e ainda a maior variação de crescimento, está a forte estratégia global da companhia, desenhada em três pilares. “Smatphones, conectar o próximo bilhão de pessoas e novas tecnologias”, revela Mikie Kawakanai, gerente de Portfólio, Planejamento e Projetos da Nokia Brasil. A executiva acredita que um portfólio consistente faz toda a diferença diante da concorrência. “Em 2012, continuaremos oferecendo novidades com qualidade e preço competitivo.” Conhecer mais de perto os consumidores também está na lista de prioridades da empresa, segundo Mikie. Ela diz que o investimento em inovação é uma ação constante e altamente estratégica. Nesse segmento de forte concorrência, o oferecimento de aparelhos diferenciados pode contribuir para atrair novos usuários. “Fortalece a marca, amplia a carteira de clientes e garante a sustentabilidade do crescimento.” www.computerworld.com.br
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30 ESPECIAL 350 | RANKING
SOFTWARE
O
segmento de software é o principal negócio para 29 das 350 companhias do ranking, ou 8% do total. Essas empresas somaram faturamento de 7,48 bilhões de reais em 2010, o que representou crescimento de 26% em relação a 2009. A receita desse mercado somou 3% do total faturado por todas as empresas do ranking. Conforme os números apurados pela Deloitte, a Microsoft lidera com participação de 30%. A Oracle venceu uma disputa acirrada pela segunda colocação, alcançando 17%, apenas um ponto percentual acima da Red Hat.
Maiores do subsegmento Posição por faturamento líquido
2010 Receita líquida (R$ milhões)
1 Microsoft 2 Oracle 3 Red Hat Brasil 4 SAP 5 Isban Brasil 6 CPqD 7 Symantec 8 Sybase 9 NeoGrid 10 Senior Sistemas
2.282,66 1.264,86 1.196,00 908,10 397,50 175,57 160,42 133,35 92,61 78,84 794,22 7.484,14
Demais empresas da pesquisa Tamanho do mercado estimado* *Total calculado em relação às 350 empresas do ranking
Maior Receita líquida total da empresa 2010: R$ 2,28 bilhões
2009 Receita líquida Var % (R$ milhões)
1.778,96 891,00 1.043,00 682,39 345,70 170,30 121,22 100,76 69,97 69,24 657,69 5.930,23
Participação de mercado no subsegmento em 2010
28% 42% 15% 33% 15% 3% 32% 32% 32% 14% 21% 26%
30%
Oracle
17%
Red Hat Brasil
16%
SAP
12%
Isban Brasil
5%
CPqD
2%
Symantec
2%
Sybase
2%
NeoGrid
1%
Senior Sistemas S.A.
1%
Demais empresas da pesquisa
11%
Fonte: CW300/Deloitte
MICROSOFT
Destaque
Variação (2010/09)
Receita líquida total da empresa
28%
2010: R$ 1,26 bilhão
2009: R$ 1,78 bilhão
2009: R$ 891,00 milhões
I
A
novação constante e consistência na entrega de produtos são as características destacadas por Eduardo Campos, gerentegeral de Office da Microsoft, que fazem a empresa obter bons resultados no mercado. O Windows 7 é apontado por Priscyla Alves, gerente-geral de Windows, como o maior sucesso da companhia. “Há 12 meses, a base instalada do sistema era de 22%, hoje, mais do que dobrou, registrando 47%.” Com 450 milhões de licenças vendidas no mundo, o maior desafio é manter-se no topo, diz a executiva.
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Microsoft
ORACLE Variação (2010/09) 42%
Oracle tem investido cada vez mais em soluções completas, abertas e integradas, aponta Cyro Diehl, presidente da companhia no Brasil. Segundo ele, reforçou essa estratégia a compra da Sun Microsystems, quando a empresa passou a disponibilizar ao mercado plataformas que unem hardware e software. “A soma desses dois mundos permite que as organizações inovem, reduzam complexidade e foquem nos negócios”, diz. Ele aponta que dezenas de aquisições foram realizadas para fortalecer o posicionamento da Oracle em software, como ATG (e-commerce) e RightNow (CRM focado em contact center para a cloud).
32
ESPECIAL 350 | RANKING
SERVIÇOS DE INTERNET
R
eunindo companhias que atuam em áreas como publicidade na internet, provedores de acesso e comércio eletrônico, esse segmento obteve faturamento de 13,51 bilhões de reais em 2010, aumento significativo de 23%, e participação de 5% sobre a receita total das 350 empresas do ranking. Criada a partir da fusão entre a Casas Bahia e o Pão de Açúcar, a Nova Pontocom alcançou participação de 16%. Embora tenha apresentado crescimento importante, ainda mantém-se em segundo lugar. A liderança ainda é da B2W, detentora das marcas Submarino e Americanas.com.
Maiores do subsegmento Posição por faturamento líquido
1 B2W 2 Nova Pontocom 3 Google 4 Ideiasnet 5 UOL 6 Terra 7 Comprafacil.com 8 Magazine Luiza.com 9 Saraiva.com 10 T-Systems
2010 Receita líquida (R$ milhões)
4.073,60 2.207,21 2.142,82 1.076,00 816,74 643,50 575,77 540,46 417,00 336,00 Demais empresas da pesquisa 681,74 Tamanho do mercado estimado* 13.510,83
*Total calculado em relação às 350 empresas do ranking
Maior Receita líquida total da empresa 2010: R$ 4,07 bilhões
2009 Receita líquida Var % (R$ milhões)
3.632,60 1.417,69 1.557,93 840,05 730,85 564,00 484,10 454,42 311,00 338,20 552,85 10.883,69
Participação de mercado no subsegmento em 2010
12% 56% 38% 28% 12% 14% 19% 19% 34% -1% 23% 24%
30%
Nova Pontocom
16%
16%
Ideiasnet
8%
UOL
6%
Terra
5%
Comprafacil.com
4%
Magazine Luiza.com
4%
Saraiva.com
3%
T-Systems
2%
Demais empresas da pesquisa
5%
Fonte: CW300/Deloitte
Destaque
B2W Variação (2010/09) 7%
Receita líquida total da empresa 2010: R$ 2,21 bilhões
2009: R$ 3,79 bilhões
2009: R$ 1,42 bilhão
D
F
ona do Submarino, da Americanas.com e do Shoptime, a B2W mantém o posto de maior empresa no setor de serviços de internet. Segundo relatório anual da companhia, esse resultado foi impulsionado pelo contínuo crescimento da base de clientes ativos, e pelo desenvolvimento “expressivo das unidades de negócios”. Para este ano, a empresa tem como meta otimizar as operações, objetivo que foi obstruído, segundo analistas, em razão de gargalos na logística e no planejamento. Com esses desafios, a B2W vem sofrendo os efeitos da concorrência acirrada, dizem especialistas. www.computerworld.com.br
B2W
NOVA PONTOCOM (GPA) Variação (2010/09) 56%
ruto da associação entre Grupo Pão de Açúcar e Casas Bahia, a Nova Pontocom foi criada em 2009 e já no primeiro ano de operação faturou 2,7 bilhões de reais, com lucro de 80 milhões de reais. Voltada para o comércio eletrônico [reúne os sites Ponto Frio, Extra e Casas Bahia], obteve destaque no segmento por sua rápida ascensão e responde por 56% do mercado de serviços de internet. No início de 2011, quando a marca foi oficialmente lançada, o presidente-executivo da Nova Pontocom, German Quiroga, afirmou que levará a empresa à liderança nos setores de eletrônicos, informática, telefonia e eletrodomésticos.
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34 especial 350 | cloud computing | Saas
Crescimento
on demand
Software como serviço é a modalidade em cloud computing mais procurada. Entre 2010 e 2014, a movimentação gerada deve saltar de US$ 20 mi para US$ 192 mi Solange Calvo
C
írculo virtuoso. Esta é a principal consequência proporcionada pelo modelo de software como serviço (SaaS) na economia nacional, de acordo com consultores do mercado de TI. Segundo eles, ao ter oportunidade de adquirir tecnologia mais barata, as empresas compram mais, ganham competitividade e podem crescer, impactando no desenvolvimento do País. “Pode parecer uma análise extremamente otimista, mas é absolutamente lógica”, diz Anderson Figueiredo, gerente de Pesquisa e Consultoria da IDC. Ele diz que o SaaS, que permite a aquisição de soluções e serviços por meio da nuvem, de maneira simplificada e pagamento sob demanda, transforma custos fixos em variáveis, abrindo portas para companhias, em especial pequenas e médias, que não vislumbravam desfrutar de tecnologias caras como ERP e CRM. Na cadeia de negócios, de acordo com Bruno Arrial dos Anjos, analista sênior de Mercado da Frost & Sullivan, os fornecedores ampliam suas vendas
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e, além disso, abrem oportunidades para a comunidade de desenvolvedores (ISVs), que podem realizar parcerias para oferecer suas soluções na cloud. Souvenir Zalla, CEO do Edge Group no Brasil, estima que “vamos sentir verdadeiramente essa evolução da cadeia econômica e de valor na metade da década”. Para ele, irão surgir outros impactos não somente na indústria de software, que poderá sofrer redesenho, como também o tradicional modelo de licenças, que deverá ser repensado. O consultor da Frost cita um estudo
da consultoria, realizado em 2010 com mais de cem empresas de grande porte, em que 66% delas afirmam que irão continuar investindo ou ingressar no conceito de cloud computing, sendo 86% em software como serviço. “A camada de aplicativos continuará sendo a mais usada em 2011, com 88% de aceitação”, diz, acrescentando que os aplicativos mais usados na nuvem são e-mail, CRM e ERP, nesta ordem. SaaS permeia e atrai todos os portes de empresas. “As grandes vão reduzir seus orçamentos de TI, ao cortar custos com infraestrutura e amenizar o impacto da aquisição de licenças em alguns casos. E as micro, pequenas e médias, o contrário. Elas vão passar a investir em TI ou ampliar seus orçamentos, pois correrão menos riscos com custos variáveis”, destaca Arrial. No estudo das 350 Maiores empresas de TI e Telecom, realizado pela Deloitte em parceria com a COMPUTERWORLD, a categoria SaaS aparece como principal produto de cloud computing comercializado, com 40%, à frente de infraestrutura como serviço (IaaS), com 25%, e de plataforma como serviço (PaaS), 17%. No Brasil, estimativas da IDC apontam para movimentação de SaaS, saltando de 20 milhões de dólares para 192 milhões de dólares entre 2010 e 2014. Já na América Latina, serão mais de 400 milhões de dólares em 2012, segundo o instituto de pesquisas Gartner. Com isso, a modalidade tem sacudido o
SaaS permite adoção mais barata de tecnologias. A empresa que compra ganha competitividade e chances de crescer Anderson Figueiredo, gerente de Pesquisa e Consultoria da IDC
35
Em cloud, camada de aplicativos continuará a ser a mais usada em 2011, com 88% de aceitação Bruno Arrial dos Anjos, analista sênior de Mercado da Frost & Sullivan
mercado, estimulando o fortalecimento da estratégia de muitas empresas. Uma delas é a Microsoft, que trabalha com SaaS há mais de uma década, com serviços de e-mail. Ela aqueceu sua oferta no modelo nos últimos dois anos, de acordo com Eduardo Campos, gerentegeral de Office da Microsoft Brasil. “Foi quando lançamos o mote Estamos todos na nuvem. Assim, assumimos nosso compromisso de ofertas de serviços em cloud. De lá pra cá, ampliamos de 40% o nosso desenvolvimento de aplicações no conceito para 90%. Nossos desenvolvedores não só criam como
adaptam os produtos existentes”, diz Campos. Recentemente, prossegue o executivo, a Microsoft entrou na segunda onda desses serviços com o lançamento no Brasil do Office 365 em cloud, que integra serviços de produtividade para empresas de todos os portes. “É a forma mais fácil de migrar a infraestrutura de produtividade para a nuvem.” A Totvs também entrou nessa arena. Anunciou em novembro a loja virtual Totvs Store, que irá comercializar, via web, componentes de software, soluções e serviços, na modalidade SaaS. De acordo com Weber Canova,
Projeções em valor no Brasil $500
CAGR 10-14: + 66,2%
$400
IaaS
$300 $200
PaaS
$100
SaaS
$0
2009
2010
2011
2012
2013
2014 Fonte: IDC
vice-presidente de Tecnologia e Inovação da Totvs, “a intenção é oferecer à comunidade de desenvolvedores a oportunidade de empreender ao criarem produtos baseados na tecnologia Totvs e os disponibilizar ao mercado por meio da Totvs Store”. Inicialmente, em 2011, a loja virtual vai oferecer gratuitamente componentes de software para desenvolvedores. No próximo ano, os próprios desenvolvedores já poderão publicar seus componentes, juntamente com os da Totvs, para comercializá-los na nuvem. Em 2013, incluirá soluções de gestão voltadas para micro e pequenas empresas. Quem está pronta para entrar nessa disputa entre o final deste ano e início de 2012 é a Globalweb Corp, joint-venture entre o Grupo TBA e a companhia de software Benner, com um portal no modelo SaaS, para comercializar soluções, desde a mais simples as mais robustas, para atender especialmente às pequenas e médias empresas. Para o primeiro ano fiscal, a meta é atingir 240 milhões de reais, com projeção de alcançar 500 milhões de reais até 2014. “Entendemos que a cloud deve ter um escopo definido, alinhado ao orçamento de cada cliente. Portanto, ela irá se posicionar com divisões e tamanhos diferentes”, diz Cristina Boner, presidente do grupo TBA e do Conselho Administrativo da Globalweb Corp. Globalweb Corp e Totvs estão cadastrando ISVs para oferecer oportunidade de parceria para desenvolvimento de aplicações em suas respectivas plataformas. A intenção das empresas é ampliar o leque de opções de aplicativos setoriais em suas nuvens e dessa forma atender a um público eclético. Ambas acreditam que com o crescimento dos negócios apoiados em SaaS, todos ganham, fornecedores, empresas usuárias de variados portes, sem distinção, e a economia nacional. “Não acredito que exista alguém que esteja perdendo com a cloud. Pode estar deixando de ganhar. É questão de afinar a estratégia”, finaliza Figueiredo da IDC. ■ www.computerworld.com.br
36 especial 350 | cloud computing | Iaas
Self service de
infraestrutura Com recursos limitados, companhias menores encontram no modelo a saída para crescer
M
anter a infraestrutura tecnológica dentro de casa é uma decisão que está sendo repensada pelas companhias, especialmente as de pequeno e médio portes, afirma Anderson Figueiredo, gerente de Pesquisas da consultoria IDC. Ao que tudo indica, o poder da computação não está mais preso a uma caixa, saltou para as nuvens. “O investimento em soluções para o data center é alto e pagar pelo uso é grande atrativo. Essa é uma importante alavanca de cloud no modelo público de infraestrutura como serviço (IaaS)”, diz. Segundo Figueiredo, as grandes,
geralmente, já contam com suas estruturas, realizaram alto investimento na aquisição de equipamentos e, por isso, tendem a escolher o modelo privado. Dados da IDC mostram que em 2010, o mercado nacional de IaaS na modalidade pública movimentou 35,8 milhões de dólares, com representação de 50,3% do setor de cloud computing. A consultoria projeta que em 2011 ele seja responsável por 56,1% e gere receita de 55,89 milhões de dólares. Em 2012, o crescimento será ainda maior, aponta a IDC, já que deverá somar 90,86 milhões de dólares. A expansão média, ano a ano, será de 64%, de acordo com Figueiredo incremento superior ao de
Até ano passado, HP atuava como consultoria em migração para a cloud. Agora, entrou na era da nuvem com oferta para grandes empresas Alexandre Kazuki, diretor de Marketing da área de Enterprise Server Storage Network (ESSN) da HP Brasil
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Déborah oliveira software como serviço, que já fisgou mais usuários até o momento. O instituto de pesquisas Gartner aponta que até 2014, esse segmento deve totalizar receita de 10,5 bilhões de dólares em todo o mundo. “Da mesma forma que as classes sociais cresceram, as empresas também. Elas mudaram de patamar na cadeia econômica e passaram a ter novas necessidades e IaaS ganhou espaço nesse contexto com forte apelo de redução de custos, possibilidade de expansão e flexibilidade”, aponta Figueiredo. Atentas a esse cenário, o estudo 350 Maiores Empresas de TI e Telecom revelou que 60% das empresas que responderam já têm oferta de nuvem. Dessas, 25% disseram que IaaS é o segundo produto de cloud comercializado, perdendo para SaaS. Além disso, 41% acreditam que infraestrutura como serviço será a modalidade de mais crescimento nos próximos anos. A exemplo de companhias como Amazon, uma das líderes do mercado lá fora, elas vislumbram oportunidades na nuvem e querem conquistar filão desse mercado. Na opinião de Pedro Bicudo, sóciodiretor da consultoria TGT Consult, IaaS deverá atingir maturidade nos próximos dois anos, mas precisa passar por uma fase de mudança cultural para decolar. “Ainda há fornecedores que apontam cloud
37 como forma de terceirização. Mas não é. É preciso uma ruptura desse pensamento”, diz. Ele explica que a diferença está na customização. “Nuvem é massificada, a solução é igual para todas, outsourcing não. É por isso que cloud custa metade do valor de terceirização”, esclarece. Outro ponto de atenção no setor, diz, é em relação à oferta. “A indústria tem de vender cloud, assim como é feito com as impressoras: na prateleira. Um grande desafio hoje”, acrescenta. Embora segurança ainda seja apontada por companhias e analistas como alerta vermelho para adoção de cloud, para Figueiredo a terceira barreira não está relacionada ao tema e sim ao modelo de negócios. “Empresas ainda têm dúvidas de como o serviço pode ser cobrado”, opina. A HP tem uma proposta de infraestrutura convergente, desde o início do ano, os olhares da companhia estão voltados ao tripé infraestrutura como serviço, plataforma como serviço e loja de aplicativos, afirma Alexandre Kazuki, diretor de Marketing da área de Enterprise Server Storage Network (ESSN) da HP Brasil. “Até o ano passado, atuávamos como consultoria para clientes que desejavam migrar para a nuvem. A oferta que temos hoje é focada em grandes empresas e temos acordos de níveis de serviço que monitoram paradas, tempo de resposta
IaaS em números no Brasil 64,3% Tamanho (US$ M)
23,8
35,8
55,8
90,8
153,3
260,6
70,0% 68,8% crescimento 50,3% 2009
56,1% 2010
62,6% 2011
etc”, explica. Kazuki diz que no Brasil são dois data centers direcionados para atender aos clientes de IaaS, um em Alphaville (SP) e outro em Anchieta (SP). No entanto, na visão dele, o uso de cloud pública ainda é baixo, mas a tendência para os próximos anos deverá ser a combinação de cloud privadas e públicas. “Apostamos no incremento das nuvens híbridas”, diz. Henrique Sei, diretor de Vendas de Soluções da Dell Brasil, diz que o foco da Dell vai além do hardware. “Engloba produtos de mobilidade, software, serviço e estamos cada vez mais seguindo o caminho do as a service”, explica. Em abril deste ano a empresa anunciou que vai direcionar 1 bilhão de dólares para construção de data centers em todo o mundo destinados à oferta de cloud computing. “A ideia é manter a oferta de hosting e colocation por meio de parceiros e migrar os novos ambientes para IaaS”, diz. A Dell adotou como estratégia efetuar aquisições para reforçar o portfólio de data center. Um exemplo é a Force10, comprada recentemente. O modelo é velho conhecido da Locaweb, assegura Gilberto Mautner,
Empresa está direcionando 1 bilhão de dólares na construção de data centers em todo o mundo para reforçar oferta de cloud computing Henrique Sei, diretor de Vendas de Soluções da Dell Brasil
2012
2013
2014 Fonte: IDC
presidente da companhia. “Trabalhamos desde 1998 com assinatura de serviços e não temos dificuldade. Começamos a atuar no mercado na gestão de sites e conforme a base de clientes cresceu passamos a prover IaaS.” Hoje, a companhia tem cerca de 6 mil clientes de IaaS, incluindo usuários de servidores dedicados e as companhias de e-commerce são as que mais apostam no modelo, segundo Mautner. Ele assinala que infraestrutura como serviço representa um terço da receita da companhia, que em 2010 foi de 147,9 milhões de reais [23,7% a mais do que em 2009]. “Em nuvem, crescemos cerca de 50% ao ano.” Com a adoção crescente de IaaS, além dos fornecedores de hardware de TI os de hardware de Telecom também vão sentir o efeito dominó. Rodrigo Dienstmann, diretor de Operadoras da Cisco do Brasil, conta que três grandes demandas deverão ampliar a presença da companhia no setor: aumento de devices conectados, explosão de acesso a vídeos e cloud computing. No último ano, aponta, a Cisco cresceu quase 30% em receita e esses elementos contribuíram para a ampliação dos negócios. A Cisco, prossegue, que sempre teve presença em data centers com a linha de switches e roteadores, fez investimento direcionados [como a entrada no segmento de servidores] para que pudesse oferecer uma arquitetura completa para os data centers, seja de teles ou corporativos. Ele diz que a entrada de teles no mercado de TV por assinatura, possibilitando que os clientes acessem a programação na cloud e ainda a maior cobertura da banda larga no País, gera oportunidades para toda a cadeia envolvida. ■ www.computerworld.com.br
38 ESPECIAL 350 | CLOUD COMPUTING | PaaS
Pronta entrega de
aplicativos
Rápido desenvolvimento é destaque do modelo plataforma como serviço, que deverá movimentar US$ 7,4 mi neste ano, segundo Gartner
F
lexibilidade, escalabilidade, fácil acesso a recursos e time to do market acelerado são as bandeiras da plataforma como serviço (PaaS). O PaaS permite escolha rápida de recursos para desenvolver aplicações. Basta colocar na bandeja capacidade de processamento e de banda, servidores, entre outros, e ao final do trabalho devolvê-las para a nuvem. Ainda que tenha uma série de atrativos que saltem aos olhos especialmente dos fornecedores independentes de software (ISVs), o segmento ainda é pequeno e necessita amadurecer. A opinião é de
John R. Rymer, vice-presidente e principal analisa da Forrester Research. “PaaS é tão pouco usado, que duvido que a indústria entenda que tipos de produtos, recursos e modelos são demandados”, avalia. A Forrester acredita que os fornecedores vão intensificar as ofertas a partir de 2012. Concorda com ele Pedro Bicudo, sóciodiretor da consultoria TGT Consult. “A adesão é pequena porque as plataformas são mais abrangentes e complexas e a venda também”, afirma. Bicudo tem percebido esforços da Microsoft e da Google para simplificar o modelo. Eduardo Campos, gerentegeral de Office da Microsoft, diz que a modalidade é forte aposta da companhia nos próximos meses e está no topo da lista de prioridades estratégicas em 2012.
PaaS em números no mundo US$ em bilhões 9.80
12.15 12.10 11.26 11.94
11.91
2016
2020
7.39 4.38 0.05
0.12
0.31
0.82
2008
2009
2010
2011
2.08 2012
2013
2014
2015
2017
2018
2019
Fonte: Forrester Research
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Campos acredita que a nuvem impulsionou a demanda por aplicações diferenciadas para disponibilizar na cloud. Por essa razão, a Microsoft vai apostar na modalidade PaaS, e irá proporcionar oportunidades para os desenvolvedores. Cyro Diehl, presidente da Oracle do Brasil, diz que a Oracle entrou definitivamente na era da nuvem e PaaS não pode ficar de fora. “Abrimos uma porta com cloud para o mercado de PMEs, que é muito forte no País e precisa de soluções sofisticadas”, aponta. Na Ci&T, empresa de projetos de software corporativo, o tema ganhou atenção neste ano. “Criamos uma área voltada para a prática e imaginávamos cinco pessoas do time focadas. Hoje, temos 45, sendo 40 delas direcionadas para o mundo PaaS”, contabiliza Daniel Viveiros, gerente-executivo da Ci&T. Embora nuvem represente apenas 2% do faturamento da empresa [que em 2010 somou 130 milhões de reais], Viveiros diz que a expectativa é grande já que cloud é um caminho inevitável. Com as ofertas ganhando corpo, o mercado sentirá impacto. “SaaS está mais desenvolvido e PaaS não, por isso, acreditamos que a batalha entre os fornecedores vai se intensificar”, diz Fabrizio Biscotti, diretor de Pesquisas do Gartner em recente análise do instituto sobre o tema. Reforça esse quadro o fato de que PaaS está mais abrangente e envolve outros recursos middleware como integração, gestão de processos e portal. No estudo das 350 Maiores Empresas de TI e Telecom da COMPUTERWORLD, 30% apontam que a oferta de PaaS deverá crescer em seus portfólios nos próximos anos. Hoje, a representatividade do modelo nos negócios dessas companhias é de 17%. O Gartner prevê que a receita mundial de PaaS em 2011 será 707,4 milhões de dólares – em 2010, o valor foi de 512, 4 milhões de dólares. Em 2015, movimentará 1,8 bilhão de dólares. Para a IDC, no Brasil, esse mercado somará 38,7 milhões de dólares em 2014. Este ano deverá fechar em 10,92 milhões.(D.O.) ■
40%
A maior parcela dos respondentes é composta por empresas do setor de TI.
60%
Possui
Não possui
Não temos, mas pretendemos ter
74%
26%
Comércio Atacadista e Varejista Serviços Financeiros Serviços Educacionais
47% 46%
51%
Não temos
delas declararam que pretendem ingressar neste mercado nos próximos meses
Qual setor deve contratar mais serviços de cloud computing?
Das empresas que declararam possuir produtos/soluções de cloud computing, a participação no faturamento de 2010 das companhias foi de 13,8% em média.
13,8%
nuvem
Empresas com soluções de 40% das empresas pesquisadas não em cloud computing Apesar possuir produtos para cloud computing, 74%
A previsão é cada vez mais nublada; descubra por quê!
Por dentro da
64%
57%
4%
CRESCER SUBSTANCIALMENTE
69%
Mídias e Editoras Serviços de Turismo Entidades/Serviços Públicos Construção Civil Indústria Química e Petroquímica Indústria Eletroeletrônica Serviços de Transporte Indústria Farmacêutica Indústria Automobilística Indústria Alimentícia Indústria Têxtil Agropecuária Serviços e Saúde
61%
34%
33% CRESCER MODERADAMENTE
31%
38%
As empresas com soluções de cloud computing (CC) esperam maior crescimento do mercado de TI e Telecom, do que as que não possuem a solução em seu portfólio.
2%
Perspectivas de crescimento
8%
10%
21% 20%
27% 26% 25% 25% 25% 24%
31%
34%
11% MANTER-SE
0%
FONTE: CW300/DELOITTE
1%
Mercado de TI (sem soluções CC) Mercado de TI (com soluções CC) Mercado de Telecom (sem soluções CC) Mercado de Telecom (com soluções CC)
O setor de serviços deverá apresentar a maior demanda aos produtos de cloud computing, segundo os respondentes. As micro e pequenas empresas desses setores foram citadas como mercado alvo por 7% da amostra.
42 especial 350 | cloud computing | cenário
Data center pronto para a demanda Serviços na nuvem ainda representam fatia pequena, mas estimativa de crescimento aquece modernização de estruturas Edileuza Soares
O
s data centers brasileiros estão numa corrida para adequar seus ambientes à espera da demanda aquecida prevista em razão do crescimento das ofertas de serviços por meio do conceito de cloud computing. O setor continua investindo fortemente em expansão da infraestrutura e tem sido alvo de fusões e aquisições, iniciando nova fase de consolidação. Toda a movimentação é para aumentar a confiança dos contratos de terceirização da TI e mostrar que esses prestadores de serviços podem ser parceiros dos CIOs, assumindo a parte operacional do departamento deles para que tenham mais tempo de se dedicar à gestão e aos negócios de suas companhias. Para estar em linha com a expectativa atual, praticamente todos os data www.computerworld.com.br
Data center, da Alog: 20% da base de clientes contrata colocation, a porta de entrada para cloud centers comerciais brasileiros estão aprimorando sua operação com a ambição de se tornarem dynamic data centers. São ambientes projetados para serem sustentáveis e eficientes energeticamente, oferecerem segurança máxima, estarem preparados para processar aplicações em nuvem e em conformidade com as melhores práticas internacionais. Ou seja, precisam dar garantias de que são capazes de cumprir rigorosamente os acordos de Service Level Agreement (SLAs). Hoje, não basta que o data center atenda a esses requisitos para conquistar a confiança dos CIOs. Analistas afirmam que dizer que o data center é um “Tier 3” e garante 99,98% de disponibilidade não é o suficiente. É preciso comprovar a capacitação por meio de certificações de entidades reconhecidas.
Com as novas exigências, alguns estão recorrendo a instituições como Institute Uptime e TÜV Rheinland para obter selos que comprovem que seguem as regras do mercado, o que deverá fazer a diferença na hora da venda dos serviços de cloud. Para Alexandre Siffert, CEO da Ativas, data center que opera em Belo Horizonte (MG), ter ambiente dinâmico e em conformidade com as melhores práticas atrai negócios. Ele dá o exemplo da companhia que tem menos de dez meses de operação e que já conquistou cerca de 50 clientes de grande porte como a fabricante Itambé e a Unimed. São clientes que estão terceirizando aplicações de missão crítica, como sistema de gestão empresarial (ERP) da Oracle, Totvs e SAP, que são hospedados e gerenciados
44 ESPECIAL 350 | CLOUD COMPUTING | CENÁRIO pela Ativas. Siffert explica que a estratégia da companhia não é entregar apenas infraestrutura, mas fazer a gestão dos serviços e apoiar os executivos de TI, com relatórios que impactam em seus negócios.
Estratégia é não oferecer apenas infraestrutura, mas fazer gestão de serviços e apoiar os CIOs
No ritmo da nuvem Na Alog, empresa brasileira adquirida no começo do ano pela norte-americana Equinix e o Rivewood Capital, a oferta de colocation faz parte das estratégias para impulsionar negócios. Victor Arnaud, diretor de Marketing e Processos de TI da companhia, informa que ainda há demanda pelo serviço e pode ajudar na migração para nuvem. “Colocation é a porta de entrada para cloud computing”, acredita Arnaud que informa que 20% da sua base de clientes já contrata redes privadas nessa modalidade. Para tranquilizá-los sobre a localização física
Alexandre Siffert, CEO da Ativas
dos servidores, a empresa criou uma camada de software que identifica onde está cada máquina utilizada, seja em um dos três data centers do prestador de serviço no Brasil ou nos 99 centros de dados da Equinix,
Em qualquer lugar Entusiasmada com as perspectivas de crescimentos dos negócios de outsourcing de TI no Brasil, a Gemelo acaba de lançar no mercado o primeiro data center container, foi totalmente produzido no País, segundo a empresa. A fabricante investiu 2 milhões de reais no projeto, resultado de pesquisas em diversos países. Multinacionais como IBM, HP, Verari, Huwaei e Ice Cube já contam com produtos similares. Mas Sidney Fabiani, presidente da Gemelo, informa que todos são importados e que seu modelo tem a vantagem de ser entregue rapidamente, em até 60 dias, sem custos de importação. O data center contêiner custará entre 25 mil e 50 mil reais, dependendo da configuração. A tecnologia tem 12 metros de comprimento por 3,3 metros de largura e 2,90 metros de altura. Segundo Fabiani, a solução apresenta uma redução do consumo de energia de mais de 40% e atende a todos os requisitos de segurança. O principal público-alvo que a empresa espera atingir com o produto são empresas que estão com ambientes no limite e precisam expandir a infraestrutura rapidamente, sem a necessidade de obras. Companhias que realizam eventos, como shows e competições esportivas e construtoras também estão na mira da empresa, pois podem montar e desmontar rapidamente seus centros de dados. A Gemelo estima vender entre seis e 12 unidades do novo data center até 2012. Fabiani acredita que quando os serviços de cloud computing ganharem maturidade no Brasil, haverá procura maior por infraestrutura de data center e vê grandes oportunidades para esse tipo de ambiente móvel. Juntamente com o lançamento do centro de processamento móvel, a Gemelo também anunciou entrada no mercado de data center como provedora de infraestrutura de TI. Seu data center físico está localizado em Cotia (SP), onde promete também ofertas de serviços em nuvem.
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espalhados pelo mundo. A expectativa do executivo é que a adesão à nuvem chegue em 50% nos próximos dois anos. A oferta de colocation também está presente no leque de serviços da Hostlocation, que conta com dois data centers em São Paulo. Mas o diretor da empresa, Marcelo Safatle, reconhece que a manutenção exige muito esforço por causa dos custos que são elevados. Atualmente, o provedor está apostando mais em cloud computing, que segundo o executivo é o carro-chefe em vendas para pequenas e médias empresas. Em 2011, a Hostlocation investiu 3 milhões de reais em adequação do ambiente para nuvem, com ofertas de infraestrutura e software na modalidade de serviços pela rede pública. O provedor se prepara para lançar em 2012 pacotes de cloud 2.0 em ambientes privados e uma parceria com a norte-americana OneAp. “Vamos entregar não apenas servidores em nuvem, mas uma série de recursos para os clientes que quiserem montar seu próprio ambiente”, anuncia Safatle. De acordo com ele, a Hostlocation vai dar autonomia aos clientes para usarem 100% da infraestrutura do provedor, que cuidará do gerenciamento. Essas novas preocupações fizeram com que os data centers brasileiros aprimorassem
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46 ESPECIAL 350 | CLOUD COMPUTING | CENÁRIO
Vamos entregar não apenas servidores em nuvem, mas uma série de recursos para os clientes que quiserem montar seu próprio ambiente Marcelo Safatle, diretor da Hostlocation a gestão e ganhassem maturidade. Como resultado, os serviços são mais procurados. A modalidade em nuvem ainda tem baixa representatividade nos negócios em razão da falta de massa crítica de cloud no País, mas as expectativas mobilizaram o mercado para aguardar a demanda estimada de aquecimento. Enquanto isso, contratos de outras ofertas cresceram e o mercado deverá fechar o ano de 2011 com receita acima de dois dígitos, segundo estimativas dos institutos de pesquisas. O diretor de Marketing do UOL Diveo, José Peyon, avalia que um dos fatores que estão puxando os negócios de data center é a forte necessidade de melhorar governança corporativa. Ele observa que por ser a bola da vez, o Brasil está registrando muitas fusões e aquisições em todos os segmentos da economia. Ao se unirem, essas companhias precisam atender a regulamentos do mercado e
também investir em novas tecnologias, preferindo o outsourcing. “A demanda por serviços de data center continua alta. Vamos crescer 30% em 2011”, informa Vagner Moraes, diretor de data center da Level 3 Communications, grupo norte-americano que estreou este ano no Brasil, com a compra da Global Crossing. Já prevendo aumento de contratos, a companhia está ampliando o centro de Cotia (SP). “Queremos ser o departamento de TI dos clientes”, diz o executivo. Pelos cálculos do presidente da T-Systems, Dominik Maurer, a companhia fechará o ano com elevação no Brasil de aproximadamente 12%, estimulada principalmente pelas ofertas de Business Process Outsourcing. Para o próximo ano, a empresa espera avanço maior no País com a entrada no setor de governo. Projeções da Frost & Sullivan apontam que o segmento de data center no Brasil
Serviços de data center mais procurados no Brasil
2011
Colocation
2016
10% 41%
23%
Sites para disaster recovery
Host dedicado
26% Armazenamento de dados
Colocation
25%
5%
Sites para disaster recovery
40%
Host dedicado
30%
Armazenamento de dados Fonte: Frost & Sullivan
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deverá crescer 13% em 2011 em comparação à receita de 1,2 bilhão de dólares registrados em 2010. Segundo a consultoria, esse aumento é bem acima do previsto para mercados mais maduros. Os principais fatores para o desempenho são a procura maior das companhias pelo outosourcing de TI e o fortalecimento dos prestadores de serviços, que receberam injeção de investimentos tanto local quanto de provedores globais por meio de aquisições. O analista sênior de mercado da Frost & Sullivan, Fernando Belfort, comenta que o Brasil tem atualmente a maior infraestrutura de data center da América Latina e que responde por 40% a 50% dos de serviços terceirizados de TI. Ele avalia que o segmento permanecerá em alta até 2016, com taxas de expansão acima de 10%. Esses fatores devem atrair novos players internacionais, como a Amazon, que segundo fontes do mercado, fechou alianças no País e deverá iniciar operação em dezembro deste ano. Há rumores de que a empresa norte-americana teria firmado parcerias para utilizar a infraestrutura do UOL Diveo e da Tivit e que poderá assinar outros acordos, um deles com a Oracle. As empresas não confirmam os contratos, mas o varejista de e-commerce já tem um diretor no Brasil, que é o executivo José Nilo Cruz, contratado em maio deste ano e que atuou nas áreas de vendas da Google, Sun e Promon Tecnologia. Belfort diz que host dedicado está em alta no País e irá representar mais de 40% da receita do setor em 2011. Em segundo lugar, estão os serviços de armazenamento, com participação de 26% e que tende subir para cerca de 30% até 2016, puxado pelo fenômeno do chamado Big Data. O terceiro maior serviço desses provedores é disaster recovery, (sites de contingências), com fatia de 23% da receita total. A previsão do analista é de crescimento desse tipo de solução nos próximos quatro anos em razão da necessidade das companhias por um segundo ambiente de dados para estar em conformidade com as regulamentações. Já o colocation, segundo a Frost & Sullivan, está em queda e representará 10% dos negócios em 2011, mas até 2016 cairá para de 5%. ■
48 especial 350 | cloud computing | fusões e aquisições
Novas tecnologias aceleram
fusões e aquisições Cloud, mobilidade, smart grid e redes sociais estão entre os principais motivos para as associações, informam consultorias
A
s tecnologias emergentes que estão ganhando força no mercado impulsionaram os processos de fusões e aquisições e 2011 promete ser o grande ano de associações entre companhias de TI e Telecom, mesmo com a crise dos Estados Unidos e Europa. Para completar ofertas e ter inovação mais rapidamente, muitas estão comprando empresas que tenham plataformas estratégicas. Assim, encurtam o caminho e não partem do zero para desenvolver as novas soluções que os clientes estão demandando. Estudos de consultorias que acompanham e ajudam a fechar esses negócios revelam que o setor se destaca no exterior, com o Brasil liderando o ranking de transações entre os demais segmentos da economia. Relatório global da Ernst & Young Terco aponta que o valor de transações de fusões e aquisições entre empresa de TI quase dobrou no segundo trimestre de 2011 em relação ao registrado nos três primeiros meses do ano. Entre abril e junho, os acordos nessa área chegaram a 52,2 bilhões de dólares, com aumento de 92% sobre os 27,1 bilhões de dólares movimentados entre janeiro e março. Em comparação com os 30,8 bilhões de dólares apurados no último trimestre de 2010, a taxa de crescimento é de 69%. O estudo mostra também que a média dos valores por transação entre abril e junho de 2011 ficou em 194 milhões www.computerworld.com.br
de dólares, a maior desde o primeiro trimestre de 2000, época do boom das pontocom. Projeções da Ernst & Young Terco sinalizam que as empresas de TI continuam com apetite para compras por terem dinheiro em caixa e considerarem o processo de fusões e aquisições oportunidade para crescimento de seus negócios, mesmo em tempos de crise. A pesquisa global com as 25 maiores companhias do setor revelou que os investimentos em caixa estimados para essas operações até o final do segundo trimestre de 2011 estavam em 590 bilhões de dólares, 18% acima dos 499 bilhões de dólares reportados no mesmo período em 2010. Esse poder de compra é visto com preocupação pelos analistas da Ernst & Young Terco em razão da divergência entre vendedores e compradores sobre a
Estamos em um momento de muito agito para consolidação das novas vertentes tecnológicas Ricardo Reis, da Ernst & Young no Brasil
valorização dos negócios, o endividamento dos Estados Unidos e a desaceleração da economia mundial. “Em 2011, as empresas de TI voltaram às compras. Elas haviam recuado após a crise de 2008 para ajustamento de balanços. Acumularam muito caixa e estão capitalizadas e olhando mercados emergentes como oportunidade para crescimento dos negócios no longo prazo, mesmo que a crise priorize as diretrizes dos investimentos”, avalia o líder de Fusões e Aquisições da Ernst & Young Terco no Brasil, Ricardo Reis. Segundo ele, o combustível que está movimentando as fusões e aquisições entre empresas de TI no mundo são as novas tecnologias como mobilidade, smart grid, vídeo on-line, cloud computing e o avanço das mídias sociais. “Elas perceberam que
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50 especial 350 | cloud computing | fusões e aquisições essas tecnologias são importantes para a estratégia de crescimento delas”. Reis observa que o setor gasta muito com pesquisa e desenvolvimento (P&D) e como as novas tecnologias estão evoluindo com muita velocidade, elas precisam agir rapidamente para se posicionar no mercado. O consultor menciona como exemplo a expansão da computação na nuvem, que deu uma sacudida no mercado, criando novas alianças para que fornecedores atuem em toda a cadeia de entrega das soluções. “Estamos num momento de muito agito para consolidação das novas vertentes tecnológicas”, afirma Reis. Pela sua situação mais favorável que outros mercados, o Brasil está na mira dos investidores internacionais. Estudos da KMPG confirmam que o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é o primeiro do ranking das operações de fusões e aquisições. Entre as 62 transações realizadas no período de janeiro a setembro, do estudo que analisou 45 segmentos da economia, 44 foram entre companhias da área. “Confirmando as previsões, ano de 2011 está sendo fantástico para fusões e aquisições no Brasil pelo fato de o País ter se tornado rota de investidores estrangeiros”, diz Luiz Motta, sócio dessa área na KPMG. Mesmo com uma queda de 40% das operações de TIC no segundo trimestre em comparação com o mesmo período de 2010, ele avalia que esse negócio está movimentado e sinaliza que o setor fechará dezembro, mantendo o posto de liderança nessa área.
Ecos de 2010 Estudos da KPMG revelam que em 2010 foram realizadas 72 fusões e aquisições no Brasil, entre elas as transações envolvendo a compra da Vivo pelo grupo espanhol Telefônica e a entrada da Portugal Telecom no controle da Oi. Esse número, segundo Motta, é o dobro das operações registradas em setores como o de alimentos. Ele constata dois movimentos no País. O de atração de companhias internacionais por brasileiras, para entrar mais rapidamente no mercado local, e www.computerworld.com.br
O ano de 2011 está sendo fantástico para fusões e aquisições no Brasil pelo fato de o País ter-se tornado rota de investidores estrangeiros Luiz Motta, sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG Brasil
outro entre empresas nacionais. “TI cria muitas empresas porque a barreira de entrada é menor do que a de outros segmentos e o estoque de empreendimentos é grande”, afirma Motta. Ele dá como exemplo os vários polos de tecnologia espalhados pelo Brasil, que concentram incubadoras distribuídas por verticais e que criam negócios com muita velocidade. Eles crescem e são adquiridos por grandes companhias e por fundos de investimentos que portam capital de risco. O consultor da KPMG cita casos como o da Totvs, que constantemente anuncia novas compras. O outsourcing também tem contribuído para aumentos dos processos de fusões e aquisições. Motta faz referência a transações envolvendo bancos que terceirizaram equipes inteiras que dão origem a pequenas softwarehouses e prestadoras de serviços
que depois são adquiridas. Entre as 72 transações reportadas pela KPMG no ano passado no País, 28 foram entre empresas brasileiras. Já 17 envolveram multinacionais com atuação no mercado doméstico (como a compra da McAfee pela Intel), enquanto 12 foram de companhias brasileiras que adquiriam estrangeiras estabelecidas aqui. Outras três foram de brasileiras que foram às compras no exterior, como fez a prestadora de serviços de TI Stefanini, que sozinha fechou dois negócios no ano passado nos Estados Unidos. Os outros dois negócios restantes do total de fusões e aquisições registradas em 2010 no Brasil foram de grupos nacionais que incorporaram empresas internacionais como o acordo celebrado pelos bancos do Brasil e Bradesco para a compra dos 10% de participação da Visa na Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (CBSS), emissora dos cartões Visa Vale no País. O consultor da Ernst & Young Terco no Brasil, Ricardo Reis, avalia que o processo de fusões e aquisições no mercado local é bastante diferente das transações globais. Segundo ele, as operações que estão ocorrendo lá fora são mais entre empresas que compram patentes para ter acesso rápido a uma nova tecnologia. No Brasil, de acordo com ele, 35% das associações envolvendo companhias estrangeiras são para ganhar presença no mercado e reduzir custos operacionais. Como exemplo, Motta menciona a compra recente da Mastersaf, empresa brasileira de software para área fiscal, que foi adquirida pelo grupo Thompson Reuters. “Um dos fatores para o interesse de organizações estrangeiras pelas brasileiras é para atender a clientes locais”, explica o executivo da KPMG, informando que esse tipo de transação está crescendo no País, principalmente devido ao risco do investimento, considerado menor que aberturas de operações do zero. Essas empresas fecham contratos lá fora para atender a clientes locais e precisam estar aqui, como é o caso da Capgemini que comprou no ano passado a CPM Braxis. (E.S.) n
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52 ESPECIAL 350 | CLOUD COMPUTING | ESTRATÉGIA DAS MAIORES
Teles no topo Vivo/Telefônica, Oi e TIM são as empresas de TIC que mais cresceram no Brasil em 2010
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53
O
aumento desenfreado do consumo dos serviços de comunicação no Brasil, tanto por parte do mercado corporativo quanto pelos usuários finais, que querem estar plugados todo o tempo ao mundo e em qualquer lugar, empurra as teles a investirem mais em infraestrutura. A demanda emergente precisa ser atendida. Como resultado, o setor de telecomunicações é o que apresenta melhor desempenho no ranking. Entre as 350 Maiores Empresas de TI e Telecom, com base no desempenho delas em 2010, as cinco primeiras colocadas são operadoras de telefonia fixa e móvel. A Vivo/Telefônica, controlada pelo grupo espanhol, que conseguiu realizar o sonho de ter uma operação móvel aqui e se tornar uma companhia nacional, foi a que mais se destacou e conquistou o primeiro lugar, patamar que no ano anterior foi ocupado pela Oi. Em 2010, Telefônica e Oi trocaram de posição. A prestadora de serviços brasileira caiu para o segundo lugar, impactada pelo processo de integração com a Brasil Telecom. O terceiro ficou com a TIM, que também aumentou a cobertura com a compra da Intelig. Porém, o que mais contribuiu para seu avanço foi a revisão de estratégia para o mercado brasileiro, com foco em novos serviços. As mudanças fizeram com que a companhia italiana entrasse novamente no prumo e voltasse a crescer no País, mesmo com rede fixa limitada em comparação com as concorrentes. A presença das operadoras de telecomunicações no topo do ranking divulgado nesta edição reflete o momento do setor no Brasil, que nos últimos 13 anos, desde a privatização, investiu 240 bilhões de reais para expandir os serviços. A competição acirrada entre as empresas e a pressão para que atendam às metas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as regras do governo federal tornou esse mercado bastante movimentado em 2010 com fusões e aquisições.
Expansão da Vivo/Telefônica Para Antonio Carlos Valente, presidente da Vivo/Telefônica, a conquista do primeiro lugar pelo grupo espanhol é resultado dos grandes investimentos que a companhia vem fazendo no Brasil. A previsão é encerrar 2011 com um aporte de 6 bilhões de reais, sendo que 3,5 bilhões de reais destinados à Vivo e 2,5 bilhões de reais à Telesp. Os recursos foram alocados para modernização da rede e aprimoramento da qualidade dos serviços ao cliente. Cerca de 800 milhões de reais dos recursos totais da Vivo serão reservados ao pagamento de 23 lotes de sobras de 3G adquiridos no leilão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), realizado este ano. O presidente da Vivo/Telefônica na Espanha, César Alierta, reforça que o Brasil ganhou prioridade na matriz e injetará capital aqui entre o período de 2011 e 2014, somando 24,3 bilhões de reais. Entre 1998 a 2010, o montante aplicado pelo grupo no mercado brasileiro totalizou 152,6 bilhões de reais. Com essa injeção financeira, Valente afirma que a Vivo/Telefônica é um dos maiores investidores privados no Brasil. Esses recursos, segundo ele, tornaram a rede 3G da Vivo a maior do País, com cobertura de mais de 1,5 mil municípios. Até 2012, o número de cidades atendidas chegará a 2.832, com cobertura de 85% da população brasileira, garante o executivo. Entusiasmado com a compra da Vivo, Valente avalia que o ano de 2011 foi um
dos melhores para a Vivo/Telefônica no Brasil e histórico. A operadora rompeu as fronteiras de São Paulo e levou serviços fixos para outras praças. A nova empresa, resultado da fusão, está integrada e começou a comercializar várias soluções convergentes para os mercados individual, residencial e corporativo. A fusão trouxe desafios, segundo ele. O maior foi a integração das duas equipes e da base de clientes, que soma 80 milhões de assinantes, o que daria para povoar duas vezes o estado de São Paulo. A meta de Valente é tornar a Vivo/Telefônica maior e mais promissora empresa de telecomunicações e internet do Brasil. Um dos fatores que deverão contribuir para que a companhia alcance esse objetivo é a criação do Centro de Inovação da Vivo/ Telefônica, o primeiro da organização fora da Espanha, para desenvolver produtos e serviços diferenciados para o consumidor brasileiro. Valente afirma que esse centro está ajudando a Vivo/Telefônica a se destacar no mercado e pode ajudar a empresa a se manter em primeiro lugar no ranking das 350 Maiores Empresas de TI e Telecom. “Podemos citar também a rede de fibra
Os clientes podem esperar novas surpresas com bundles de voz , banda larga fixa e móvel, além de TV Antonio Carlos Valente, presidente da Vivo/Telefônica www.computerworld.com.br
54 ESPECIAL 350 | CLOUD COMPUTING | ESTRATÉGIA DAS MAIORES Investimentos no Setor de Telecomunicações (R$ bilhões)
12,3
12,2
1998 1999
15,9
24,2
10,3
10,1
14,5
15,2
13,1
13,8
18,9
16,8
17,4
9,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Jan-Jun 2011 Fonte: Telebrasil e Teleco
óptica, a primeira para o mercado residencial a chegar efetivamente até à casa do cliente, que já contabiliza mais de 30 mil usuários.
Desafios da Oi A entrada do investidor Portugal Telecom na Oi reforçou a estratégia da operadora. Sendo assim, conseguiu apresentar boa performance em 2010, ficando no segundo lugar no ranking do levantamento. Um dos fatores que contribuíram para o seu bom desempenho foi a estratégia de ofertar serviços convergentes, entregando aos clientes os de voz, dados e TV. A companhia concluiu em 2010 a integração com a Brasil Telecom, tendo se tornado a maior operadora brasileira de telecomunicações com presença nacional. Houve esforço concentrado no aumento da cobertura e da velocidade das ofertas de serviços de banda larga. No segmento móvel, foi ampliada a capacidade de tráfego de dados 3G, principalmente em São Paulo e na região sul. Em 2011, a companhia adquiriu por 27 milhões de reais 100% do capital da Vex, provedora de serviços Wi-Fi. A estratégia da empresa é oferecer conexão internet para seus clientes em qualquer lugar como em aeroportos, hotéis, restaurantes e business centers. Entretanto, a Oi desacelerou neste ano, apresentando queda dos lucros e também reduziu expectativas de investimentos, previstas inicialmente em 5 bilhões de reais. Segundo suas estimativas, o www.computerworld.com.br
desembolso ficará em 4,5 bilhões de reais. A companhia culpa a redução do ritmo à queda da receita na telefonia fixa. O diretor de Negócios para o Setor Corporativo da Oi, Maurício Vergani, constata que a grande demanda do mercado corporativo é por soluções E2E (end to end), providas por empresas totalmente convergentes, que unem fixa e móvel, voz e dados, telecom e TI, infraestrutura e gestão. “O ano de 2011 foi um ano de consolidação no setor, inclusive
Frutos da competição A consolidação do mercado iniciada em 2010 estendeu-se em 2011. As empresas foram às compras para atuar em todas as frentes com serviços fixos e móveis, perseguindo o caminho do triple play. Como resultado, esse mercado hoje é controlado por praticamente cinco grupos: Vivo/Telefônica; Oi, TIM, Claro e GVT. Esta última é a única que não está na briga pelos serviços móveis. Sua estratégia é se destacar com a venda de banda larga e TV a cabo, com entretenimento. O setor investiu em 2010 no Brasil 17,4 bilhões de reais em expansão de rede e novos serviços. O valor é 3,6% maior que os 18,9 bilhões de reais desembolsados em 2009. Ainda assim, analistas consideram o montante insuficiente para atender à demanda, que até o terceiro trimestre de 2011, reunia 281 milhões de usuários, somando clientes de telefonia móvel, fixa e TV por assinatura, segundo dados da Telebrasil e consultoria Teleco. Para atender a essa clientela, as teles investiram no primeiro semestre de 2011 cerca de 9 bilhões de reais, sendo que boa parte desses recursos foi aplicada em banda larga, principalmente a móvel com ampliação das redes 3G. Na renovação dos contratos de concessão para o período de 2011 a 2014, as teles assinaram termo de compromisso com o governo federal para oferecer planos mais acessíveis à população de baixa renda. O acordo faz parte do novo Plano Geral de Metas de Universalização da Telefonia Fixa (PGMU 3). Vivo/Telefônica, Oi, Sercomtel e CTBC comprometeram-se em ampliar suas redes de banda larga, atendendo inicialmente aos 344 municípios. Pelo cronograma, o serviço terá de suprir as mais de 5 mil cidades brasileiras até 2014, o que deve significar ampliação da cobertura dos 27% de domicílios com acesso hoje, para 70% dos domicílios. A velocidade também deve aumentar para até 5 Mbps. Até o terceiro trimestre, o Brasil contava com 50,7 milhões de usuários de banda larga, sendo que desse total 34,6 milhões eram assinantes de 3G e as 16,2 milhões de conexões fixas, segundo levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil). Entre janeiro e setembro, 16,2 milhões de novos assinantes se somaram à base de clientes desse serviço, o que representa crescimento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 10,8 milhões de novas conexões foram ativadas. Na comparação anual, o aumento foi de 64% frente a setembro de 2010, com 19,8 milhões de novas conexões. Nos últimos dois anos, o número de acessos em banda larga mais que dobrou, com 33 milhões de ativações. Projeções do Sinditelebrasil indicam que o número de assinantes desse serviço vai triplicar nos próximos dez anos. As teles prometem investir 144 bilhões de reais até 2020 e para isso, afirmam, o desembolso desse montante exige um cenário mais favorável, como desoneração da cadeia produtiva e liberação de espectro nas faixas de 700 MHz e de 2,5 GHz.
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56 especial 350 | cloud computing | estratégia das maiores para a Oi, que teve de se preparar, revisar estratégia de atuação e fortalecer suas potencialidades. Esperamos fechar o ano com crescimento acima da economia e nossa expectativa para 2012 é de grandes conquistas”, afirma.
Virada da TIM Quando o italiano Luca Luciani desembarcou no Brasil para comandar a TIM em janeiro de 2009, prometeu reorganizar a subsidiária para que ela voltasse a crescer. A empresa havia perdido a vice-liderança do mercado de telefonia celular no País para a rival Claro e amargava muitas reclamações dos
consumidores. A estratégia do executivo, que vinha da matriz, foi a renovação dos planos e ofertas diferenciadas que ainda não existiam. O plano deu certo. A operadora recuperou-se e ganhou posição de destaque no ranking das 350 Maiores, ficando no terceiro lugar. “Conseguimos crescer e consolidar no Brasil a estratégia que desenhamos desde 2009. O consumidor está devolvendo a confiança que tem em nosso serviço”, diz o diretor de Marketing da TIM Brasil, Roger Solé. Ele avalia que o principal responsável pela virada da operadora é o plano Infinity, que ultrapassou a marca de 50 milhões de assinantes. A oferta pré
Perspectivas para 2012 “2011 foi um ano de forte crescimento no setor de telecomunicações no Brasil. O celular atingiu recorde de 35 milhões de adições”, avalia o consultor Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, que monitora esse mercado no País. Ele observa que Vivo e TIM foram as que mais avançaram, enquanto Claro andou mais lentamente. Na sua opinião, a operadora do grupo mexicano América Móvel perdeu a vice-liderança para a italiana por vários fatores. Um deles, pela mudança de presidente e agora está tentando acertar a estratégia para voltar a ganhar market share. A Oi passou o ano envolvida com a integração com a Brasil Telecom e em 2011 acabou perdendo mercado e também receita, conforme demonstraram resultados no terceiro trimestre, com recuo de 20,8% do lucro líquido. Já a GVT expandiu a base de banda larga e saiu na frente com o lançamento de TV por assinatura, com modelo híbrido de entrega, usando rede IP e satélite. O cenário para 2012, segundo Tude, é bastante favorável. Até lá, os processos de integração pelas recentes fusões estarão concluídos e haverá esforço maior das operadoras em estender serviços. Começa a briga para entrega de pacotes integrados com voz, dados e TV paga, no modelo triple play. Claro, Net e Embratel anunciaram que já estão com suas redes interconectadas e lançaram pacotes unificados com serviços das três empresas do grupo, com envio de uma única fatura. Outro movimento das teles em 2012 serão investimentos para estreia no mercado de TV paga, com a regulamentação do PLC 116. Haverá esforço também para ampliação das redes 3G e esperase que o Brasil chegue a um consenso sobre 4G, infraestrutura necessária para atender ao tráfego de dados gerado pela Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. O leilão para venda das faixas para o Long Term Evolution (LTE), tecnologia que é a evolução do 3G, está marcado para abril. A Anatel vai licitar o espectro de 2,5 GHz, mas as teles querem trocar essa frequência pelas de 700 MHz ou fechar acordo para usar as duas. A faixa de 700 MHz é usada atualmente pelas empresas de radiodifusão e poderá ser alocada para prestação de serviços de banda larga móvel, quando a TV analógica migrar para a tecnologia de alta definição. Porém, estará livre somente em 2016, gerando o chamado dividendo digital para as operadoras de telecomunicações. O governo ainda não deu nenhum sinal de que haverá acordo, apenas garante que a Copa do Mundo será em 4G. www.computerworld.com.br
Conseguimos crescer e recuperar a confiança dos clientes com o Infinity Roger Solé, diretor de marketing da TIM desse pacote tem mais de 48 milhões de usuários, o que representa 95% do total da base de pré-pago da empresa. “O Infinity ajudou nossa base a crescer 26% ao ano. É um produto que quebrou paradigmas e a proposta foi muito bem recebida”, avalia Solé. A TIM também saiu na frente quando decidiu lançar uma família Infiniy Web pré-paga. A empresa mudou ainda a forma de envio de SMS. O executivo lembra que à época da mudança, a tarifa praticada pelo mercado por mensagem era de 35 centavos de reais e a operadora criou um pacote com a cobrança diária a 50 centavos de reais, permitindo uso ilimitado do serviço. Com as mudanças, a TIM ganhou fôlego e encostou na Claro no segundo trimestre de 2011, ficando tecnicamente empatada. No terceiro trimestre, a empresa abriu vantagem e passou a prestadora do grupo mexicano,
57 Consumidores de Telecom no Brasil Acesso (em milhões – até 3o trimestre de 2011) 227,0 42,7
Celulares
Tefelonia fixa
11,9 TV paga Banda larga
50,7 34,5 16,2
Usuários de 3G Conexão fixa Fonte: Teleco/Telebrasdil
retomando o posto de vice do ranking de telefonia móvel no Brasil, em número de usuários. “Em um ano, nosso tráfego dobrou e a receita de voz cresceu 20%. Quem poderia
imaginar que isso pudesse acontecer, contra todas as previsões de queda dos serviços de voz?”, questiona Solé. Já o faturamento de dados aumentou 50% nos últimos 12 meses.
Para ganhar um braço de rede fixa, a TIM, que já tinha comprado a Intelig, adquiriu em julho deste ano, por 1,6 bilhão de reais, a AES Atimus. O negócio vai permitir que a operadora explore em 2012 o mercado de banda larga fixa residencial no Rio de Janeiro e em São Paulo. A estratégia é entrar nesses mercados com conexões de ultravelocidade, com acesso de 30 e 40 mega. A rede móvel será ampliada para aumento da cobertura 3G. Em 2011, a operadora aplicou 2,9 bilhões de reais no Brasil em infraestrutura. Seu plano de investimento para o período entre 2011 e 2013 é desembolsar de 8,5 bilhões de reais para expansão da rede. A empresa promete uma estratégia bastante agressiva para conectar o consumidor à internet sem fio em 2012 por qualquer dispositivo, seja em casa ou onde quer que ele esteja. (E.S.) ■
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58 especial 350 | opinião
Cloud: desafios para
os próximos anos O O conceito está tão forte em popularidade, que mesmo as empresas que não o usam declararam pretender comercializá-lo nos próximos anos
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cloud computing já se confirma como a grande aposta em solução para as empresas de TI e Telecom. O termo pode ser definido como um modelo no qual a computação (processamento, armazenamento e software) está em algum lugar da internet e é acessada remotamente. A implementação dessa solução tem motivações como demanda por espaço nos data centers, mobilidade dos profissionais e necessidade de ter a informação compartilhada em vários dispositivos (computador, tablet e smartphone), novas aplicações do tipo web 2.0, redução de custo (benefício importante que vem ganhando força, principalmente, em momentos de crise), entre outras. Por isso, já é visível um movimento de investimento por parte das corporações brasileiras em cloud computing, mas que ainda deve levar anos até se consolidar. Na pesquisa realizada pela Deloitte para a revista ComputerWorld, envolvendo 134 empresas brasileiras dos setores de TI (61%), TI e Telecom (21%), Telecom (8%), Internet (7%) e outros segmentos (3%), 60% delas afirmaram já possuir alguma solução em cloud computing. Esse cenário mostra que o recurso já caminha bem e as empresas que já oferecem o serviço apostam em maior crescimento do mercado de TI e Telecom, se comparadas com aquelas que não o têm. A solução é a grande aposta tecnológica das empresas no momento, tanto para quem já oferece quanto para quem ainda estuda o projeto e será o item que deverá apresentar o maior crescimento nos próximos. O conceito está tão forte em
n Ricardo Balkins é sócio-líder da
área de Consultoria da Deloitte
popularidade, que mesmo as empresas que não possuem produtos para cloud computing, declararam, em sua maioria, que pretendem comercializá-los nos próximos anos. Outra curiosidade percebida por meio da pesquisa é que o setor de serviços que deverá apresentar a maior demanda por produtos de cloud computing são os de comércio atacadista e varejo, com 51%. Seguido de serviços financeiros com 47%, educacionais com 46%, mídias editoriais com 34%, turismo com 31%, serviços públicos com 27% e construção civil com 26%. Já os que menos devem investir são: saúde (4%), agropecuária (8%) e indústria têxtil (10%). As empresas respondentes identificaram ainda que se manter competitivo no mercado (24%), atrair e reter talentos (16%), garantir a qualidade e confiabilidade dos serviços (13%) e acompanhar a evolução tecnologia (9%) são os principais desafios das companhias de TI e Telecom para os próximos anos. Embora as soluções cloud computing sejam a grande aposta do mercado de TI em todo mundo, atualmente o principal entrave para o desenvolvimento desse mercado no Brasil é o desconhecimento das soluções e de todos os aspectos envolvidos. Quando questionados sobre as principais desvantagens para a adoção de cloud computing, 57% dos respondentes disseram que é o desconhecimento sobre as soluções. Para 16% dos participantes, o alto custo de Telecom (links de acesso) é uma desvantagem, seguida pela falta de segurança da informação (35%) e baixo retorno (custo x benefícios), com apenas 4%.n
GESTÃO
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OPINIÃO
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É hora de entender o uso dado à mídia social
Quanto mais simples, maior o sucesso da TI
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Estar na nuvem é
IMPERATIVO CIOs brasileiros revelam estratégias adotadas para implementação de cloud computing como diferencial competitivo
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APLICAÇÃO
NA NUVEM E ESTRATÉGIA NA MÃO 2
CIOs revelam como o conceito de cloud computing modificou seus modelos de gestão e impactou o alinhamento de TI e negócios SOLANGE CALVO
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gestão
A
dotar cloud computing não é mais uma questão de sim ou não. Trata-se agora de quando e como. Ainda que o ceticismo ronde as decisões, estudos revelam que executivos de TI já compraram a ideia de usar o conceito. Pesam na balança se aplicações de missão crítica devem ir para a nuvem, o modelo a ser adotado [se público ou privado], a segurança da informação, a gestão fora de casa, a precária infraestrutura de telecomunicações do País, e outros fatores em discussão, próprios de desenhos tecnológicos em amadurecimento. Na visão de CIOs de empresas atuantes em variados setores da economia, entrevistados para esta reportagem, ingressar no mundo da computação em nuvem com confiança depende da estratégia traçada por cada uma das companhias, do seu tipo de negócio e do planejamento. Todos eles têm em mente que com a aplicação na nuvem e a estratégia na mão, é possível colher bons frutos. E apesar de todo esse burburinho, vale ressaltar que cloud não é uma “onda”, como muitos definem, diz Anderson Figueiredo, gerente de Pesquisa e Consultoria da IDC Brasil. “Para quem ainda pensa assim, meu conselho é que compre uma prancha e comece a surfar”, brinca o executivo. Ele ressalta que no início deste ano, a consultoria IDC finalizou um estudo no Brasil com 181 CIOs de médias e grandes empresas, em que 98% deles disseram que a nuvem veio para ficar, mesmo com divergências sobre o uso. E desse montante, 18% já tinham alguma aplicação em cloud. “Nunca tivemos uma adesão tão forte a um conceito”, afirma. Outro levantamento, também realizado neste ano pela consultoria IDC para a revista COMPUTERWORLD, com 380 executivos de TI, revelou que 144 [38%] deles já estavam na nuvem, sendo que 49% no modelo privado. Dos que ainda não haviam adotado cloud, 14% afirmaram que pretendiam implementar em até um ano, 16% em até três anos e 21% estudam o assunto. Na Andrade Gutierrez, esse tema não é novidade. Cibele Fonseca, gerente de TI da construtora, diz que o ingresso em nuvem privada por lá aconteceu há cinco anos. Segundo ela, todas as obras acessam ambientes críticos da companhia [entre eles produção e ERP] por meio de cloud. “E estamos estudando a
migração de operações de homologação e teste para o modelo público, para eliminarmos os gastos com infraestrutura para esses ambientes”, diz. A gerente entende que o modelo privado é o melhor caminho para chegar ao público. “Ganhamos experiência interna, fazendo testes, para colocar na nuvem pública alguns ambientes que não sejam críticos.” O conceito também já é velho conhecido na empresa de transportes Águia Branca. É usado desde 2006. Como é um grupo composto por quatro unidades de negócios distintos [logística, comércio, transporte de passageiros rodoviários e transporte de passageiros aéreos], dependendo da área de atuação de cada companhia, o modelo pode ser público ou privado. “A TI fornece serviços e soluções para cada uma das unidades do grupo. Administramos cerca de 60 projetos ao longo do ano. Para facilitar a entrega, criamos uma cloud privada para atender aos clientes internos. Todos os sistemas e serviços são acessados por meio dela, de qualquer lugar”, diz Aldo Zuquini Júnior, gerente de TI da Águia Branca. A nuvem pública é usada pelo grupo, na empresa de transporte aéreo Trip. Lá, todas as aplicações de missão crítica estão em cloud, rodando em data center baseado em Dallas, nos Estados Unidos. “Venda de bilhetes, controle de disponibilidade de assentos, operações comerciais, preços, valores, tarifas, tudo isso está na nuvem”, garante o executivo. Mas, segundo ele, as duas nuvens [privada e pública] não se comunicam. A integração entre elas, porém, não está fora dos planos, formando um modelo híbrido. “Pode acontecer, para facilitar uma série de processos. Mas vamos estudar.” Missão crítica na nuvem pública também não é impedimento para a TAM. Todo o negócio está nesse modelo. Para Marcos Roberto Teixeira, diretor de TI da companhia aérea, cloud mudou radicalmente a forma de entregar e de adquirir serviços e soluções de TI na empresa. “Em um mercado como o nosso, tempo é altamente crítico e a cloud nos dá a agilidade de que necessitamos”, destaca, acrescentando que há dois anos,
3 Cibele Fonseca, gerente de TI da Andrade Gutierrez: obras acessam ambientes críticos da companhia por meio de cloud
gestão
toda a plataforma de reserva de passagens, vendas, atendimento e check-in migrou para o modelo de software como serviço (SaaS). Teixeira faz questão de ressaltar a tranquilidade que o modelo proporciona em ocasiões nevrálgicas como em campanhas de promoção de passagens, que poderia ser o caos se tivessem de lidar com expansão de infraestrutura interna para atender à alta demanda. “E depois ficar com ela ociosa em momentos fora do pico”, diz. O executivo da TAM não tem dúvidas de que a nuvem está no centro da estratégia, que possibilita administrar o transporte de mais de 34 milhões de passageiros por ano, que se distribuem pelos mais de 900 voos realizados diariamente pela companhia. Bruno Arrial dos Anjos, analista sênior de mercado da IDC Brasil, divulga que em estudo realizado pela consultoria com 110 empresas de grande porte, em 2010, entre as que já usavam algum tipo de solução na nuvem, 86% aderiram à modalidade de software como serviço (SaaS). Entre os aplicativos campeões de audiência estão e-mail, CRM e ERP. Este último é usado no modelo SaaS há sete anos pela companhia de energia Guascor. Os seus
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Cloud Computing (2011) Das 144 empresas que estão na nuvem, 49% adotaram o modelo privado. As que ainda não usam cloud têm a seguinte estratégia: Deveremos implementar em até um ano
14% Deveremos implementar em até três anos
16% Deveremos implementar em três anos ou mais
6% Estamos estudando o assunto, mas sem planos de investimento
21% Não está no radar da nossa empresa
3%
Não estamos familiarizados com cloud computing
3% Fonte: IDC
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cinco maiores fornecedores oferecem ao menos um serviço de cloud no modelo SaaS, segundo Eduardo Vargas, gerente de TI da empresa. “Cloud amadureceu muito neste último ano. E somos exemplo de usuários de uma aplicação de missão crítica na nuvem. E recentemente migramos para a cloud a base de e-mails e servidores de colaboração”, afirma. Além de todas as atividades na nuvem, o fato de não ter de investir em infraestrutura, e não mais se preocupar com atualizações e gestão, liberou o executivo para atividades mais nobres. “Desliguei-me da evolução tecnológica da infraestrutura. Hoje, nossas reuniões não descem mais a detalhes da tecnologia. Elas passaram a ser mais estratégicas, focadas no business”, relata. Fernando Birman, diretor de Sistemas da Informação para América Latina da Rhodia, e Cibele, da Andrade Gutierrez, também destacam a vantagem proporcionada pela nuvem de dedicarem-se mais ao business do que a questões básicas de tecnologia. Eles acreditam que o conceito também impulsiona projetos de TI, visto que ao não ter de investir em infraestrutura e atualizações, podem direcionar esforços para novas iniciativas da companhia, que favoreçam resultados de negócios.
O fantasma da insegurança
O ERP roda na cloud, em data center no sul da Califórnia, nos Estados Unidos, diz José Pereira Brito, CIO do Mackenzie, para quem a nuvem já figura na estratégia da instituição de ensino há 12 anos, na modalidade SaaS. “Em 2003, colocamos todos os colégios na web, os alunos entraram na era virtual, logo depois colocamos toda a universidade em cloud privada, mas temos algumas aplicações acadêmicas na pública”, diz. “Hoje, vivenciamos o conceito de Todos 100% na web. Os alunos têm acesso às bibliotecas digitais, de qualquer lugar, e uma série de outras facilidades”, acrescenta. Mas nem tudo está definido em relação ao conceito. Para Brito, ainda é necessário o amadurecimento. O Mackenzie também precisa avaliar a expansão do uso no modelo público. Ele acredita que essa modalidade irá crescer muito, à medida que forem resolvidas questões relacionadas à legislação, segurança e infraestrutura nacional de telecomunicações. “Existem aplicações como ensino a distância
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Marcos Roberto Teixeira, diretor de TI da TAM: há dois anos, toda a plataforma de reservas de passagens, vendas, atendimento e check-in migrou para o modelo SaaS
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que irão impulsionar o uso em nosso segmento e vamos expandi-las, alocando parte aqui e parte lá fora”, pontua. “Se eu fosse fornecedor de cloud, ao fazer uma oferta, já traria boas respostas para questões mais críticas, como as referentes à legislação, contingência, entre outras”, sugere Brito. “Além disso, o problema da infraestrutura precária de telecomunicações, que não oferece garantias de disponibilidade, contribui para agravar a insegurança”, afirma. Cibele aponta outras preocupações recorrentes. Em sua avaliação, não basta um bom contrato com o fornecedor para ter total confiança. “Como os serviços serão geridos? Com quem será compartilhado o ambiente? Onde ficarão as informações? José Pereira Brito, CIO do Mackenzie: nuvem Como será a metodologia de segurança figura na estratégia da do ambiente contratado?” Tudo isso instituição há 12 anos precisa ser considerado. Há realmente grande preocupação com a segurança, especialmente em empresas em que a privacidade é crítica para o negócio, O executivo de TI da Águia Branca acredita diz Birman. “Nesse caso, o melhor é decidir o que tudo é uma questão de avaliação, em que que deve ou não ficar na nuvem.” O executivo entram em jogo a área de atuação da empresa afirma que o importante é saber que a e, em especial, o momento. “Se a companhia migração para a cloud deve estar apoiada em está em fase de alavancagem muito forte, um objetivo de negócio e a partir daí buscar talvez seja mais acertado optar pelo modelo de soluções. Segundo ele, a decisão de uso de contratação de host dedicado, para que tenha cloud não pode ser colocada à frente das rapidamente infraestrutura para atender ao análises e avaliações de riscos. crescimento.” Ele diz ser natural temer deixar o controle para terceiros, mas questiona: “Quem garante que o data center interno é plenamente seguro? A preocupação com a segurança é a mesma dentro ou fora da nuvem.” Na Ultragaz, aplicações de missão crítica não irão para a nuvem. É o que afirma o gerente de TI da Ultragaz, Jeferson Chitero. “Na minha visão, tudo o que é commodity pode rodar em um lugar que não sabemos, o que interessa é o resultado final. Mas não as aplicações do core business da empresa”, afirma. Claudio Soutto Mayor, líder da área de consultoria de TI da Deloitte, diz que grande parte do medo em relação do conceito vem da falta conhecimento. Mas que o ano de 2011 foi de aprendizado, com explosão de palestras e variados eventos sobre o tema. “Por avaliação, acredito que 2012, com os executivos de TI entendendo mais sobre cloud, poderão adotar o conceito com mais segurança. Afinal, todos os riscos podem ser mitigados”, finaliza. CIO
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Social e Corporativo: 8
o que as empresas precisam fazer agora Kristin Burnham
No mundo das redes sociais, entender quem usa e como é a chave para ampliar a adoção e o sucesso
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a medida em que o Facebook e outras redes sociais ganham popularidade, as empresas começam a estudar formas de usar essa tendência favoravelmente dentro do ambiente corporativo. O resultado: uma enxurrada de companhia de software social para uso corporativo brigando por um lugar no portfólio de TI e dezendas de executivos de TI e de negócios, tentando mapear o cenário e desenhar planos de longo prazo. Um novo estudo da Forrester Research mostra, no entanto, que essa tendência ainda está muito incipiente. A chave para ampliar a adoção e o sucesso das novas ferramentas sociais, segundo o levantamento, está em entender quem as usa agora, como estão usando e que políticas as empresas precisam criar e colocar em prática para dar suporte ao uso. A seguir, você verá um cenário desenhado pelas principais descobertas da pesquisa da Forrester, chamado de “The Enterprise 2.0 User Profile: 2011”, junto com algumas recomendações de como a empresa pode tirar melhor proveito dessas ferramentas. O estudo foi realizado a partir das respostas de quase 5 mil profissionais de TI nos Estados Unidos.
Quem usa e por que usa
Dos 4.985 profissionais de tecnologia da informação ouvidos, 28% usam algum software www.cio.com.br
social mensalmente, diz o autor do estudo e analista da Forrester, T.J. Keitt. O número parece impressionante à primeira vista, mas se olharmos em profundidade, quebrando em tipos de usuários, é possível identificar que a mudança ainda está no início, mas em processo acelerado. Há três tipos de pessoas usando software social com frequência na empresa atualmente: os early adopters; os mais atarefados e ocupados; e os funcionários mais jovens. Isso não é nenhuma surpresa, diz Keitt, porque esses grupos são os candidatos óbvios a adotar a mídia social. Os chamados early adopter são geralmente usuários de tecnologia assíduos, sempre abertos a ser os primeiros a testar novas soluções. Os mais ocupados na empresa sempre procuram encontrar formas de acelerar processos. E os mais jovens são os que naturalmente ajudam a levar ferramentas sociais para dentro da corporação. Segundo o levantamento, 39% das pessoas que usam mídias sociais dizem que o fazem porque são fáceis de manusear e relevantes. “A principal razão para os trabalhadores em tecnologia da informação utilizarem ferramentas sociais é porque as barreiras para chegar até elas são poucas e a mídia social resolve os problemas de trabalho”, diz Keitt. A segunda razão mais importante é que “são jeitos eficientes de realizar
tarefas”, disseram 38% dos respondentes. “A questão da facilidade de uso, que poderia ser explicação fácil para a adoção, é suplantada pelo argumento de que, para esses profissionais superocupados, as ferramentas são implementadas porque, de fato, têm impacto positivo e perceptível no trabalho”, diz Keitt. A pesquisa identifica que mesmo os early adopters ainda não fazem uso amplo do recurso. Mais da metade dos ouvidos (55%) disse utilizar no máximo uma ferramenta de social media, o que é interessante, argumenta Keitt, porque muitas empresas desse mercado oferecem plataformas sociais que consistem de uma série de aplicativos sociais. Isso quer dizer que redes sociais públicas – especificamente o LinkedIn e o Facebook— são ainda as ferramentas corporativas padrão que os funcionários recorrem durante o trabalho. “Isso sugere que muitos profissionais descobrem o valor do social para os negócios não por trás de um firewall corporativo, mas por conta de poderem interagir com colegas e clientes na esfera social pública”, escreve Keitt.
Como um CIO deve desenhar sua estratégia social
Profissionais que lidam com conteúdo e colaboração enfrentam alguns desafios na hora de criar um mapa de adoção de software social: parcela pequena da força de trabalho adotou essas ferramentas e mesmo dentro desse grupo há limite para o uso da tecnologia. Diante disso, a Forrester sugere cinco ações iniciais nas quais vale a pena concentrar os esforços nessa primeira fase.
1- Avaliar políticas corporativas
A pesquisa é clara nesse sentido: mesmo que muitas empresas ainda imponham restrições aos empregados para acesso a redes sociais públicas, como o Facebook e o Twitter, isso não necessariamente tem impedido o acesso por meio de equipamentos pessoais e smartphones. Se você não pode impedi-los, junte-se a eles, diz o ditado. Nessa linha, a Forrester recomenda gerar políticas internas que estimulem o uso responsável das tecnologias sociais no trabalho. Isso deve incluir mudar regras que descrevem o que é um comportavmento
aceitável ou não e criar incentivos para que as pessoas ajam de acordo.
2 - Encorajar e engajar os early adopters
Para a Forrester, será muito difícil replicar os efeitos da rede de milhões de usuários engajados em ferramentas sociais públicas. Mas você pode convocar os usuários mais antigos e experientes de redes sociais para ajudar a criar páginas de perfil social corporativo, assim como eles foram capazes de criar suas páginas pessoais no LinkedIn ou no Facebook, para facilitar a criação de uma cultura de uso dessas ferramentas.
3 - Junte-se aos seus funcionários socialmente ativos
Comece identificando os profissionais mais ativos em redes sociais internas e externas. Faça entrevistas com eles para entender como e por que usam as redes sociais. Segundo a Forrester, o conhecimento coletivo identificado nessas conversas vai prover elementos para criar a fundação do plano de negócios para o uso eficiente de redes sociais na empresa.
4 - Convoque os gestores
Para tornar o software social valioso para a maioria dos empregados, a Forrester sugere que a gestão se envolva diretamente, investindo tempo e recursos para criar e alavancar a estratégia. Isso pode representar a convocação do diretor de Marketing ou do CEO para ajudar a escolher a plataforma, agir como elemento de ligação na divulgação das expectativas e também ser usuário ativo da tecnologia para dar o exemplo.
5 - Com os fornecedores, mais, algumas vezes, é menos
Segundo a Forrester, pode ser muito bom prover um portfólio vasto de ferramentas sociais para dar mais flexibilidade aos funcionários, contudo é mais importante escolher aquela que mais atende aos interesses coletivos e focar nela. Quando for avaliar fornecedores, certifique-se de que a pergunta será sobre como o que eles oferecem atende aos seus interesses, em vez de ficar fascinado pela quantidade das ofertas. CIO
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Para tornar o software social valioso para a maioria dos empregados, a Forrester sugere que a gestão se envolva diretamente, investindo tempo e recursos para criar e alavancar a estratégia www.cio.com.br
vida de CIO
NA SUIÇA, 10
UM COMANDO BRASILEIRO
Vera Marques, diretora regional de TI da Roche em solo nacional, deixa o País para assumir a função Shared Commercial Operations and Global Products, com responsabilidades globais na indústria farmacêutica SOLANGE CALVO www.cio.com.br
E
m março de 2008, Vera Marques chegava à multinacional Roche Brasil como diretora regional de TI. Foram muitos os desafios, em especial estar pronta para atender às demandas de negócios de uma das principais empresas de saúde do mundo, atuante em segmentos de forte concorrência como o farmacêutico e diagnósticos. Segundo ela, sempre estiveram no topo da sua estratégia de atuação a atenção e o apoio à equipe e aos clientes internos, das variadas áreas de negócios da companhia. Essas características, na avaliação da executiva, contribuíram fortemente para a indicação ao cargo Shared Commercial Operations and Global Products, que assumiu em setembro deste ano. Posição que abraça responsabilidades globais, envolvendo interação e trabalho com as mais variadas culturas de unidades da corporação, espalhadas por todo o mundo. “É um enorme desafio e pretendo respeitar cada característica regional de cada país”, diz. O fato de ser uma mulher no comando de um cargo global não surpreende Vera, para quem esse movimento já não é novidade na esfera profissional feminina e sim apenas o reconhecimento de que o mix generosidade, competência e coragem funciona muito bem. Veja a seguir nesta entrevista exclusiva à CIO um pouco mais sobre a trajetória da executiva, agora baseada na Suiça, na cidade de Basel, que colocou na bagagem a experiência adquirida no Brasil para compartilhá-la com o mundo. CIO – Quais foram os principais desafios ao longo do comando da TI no Brasil? E como foram superados? Vera Marques – Durante esse período, TI passou por duas reestruturações, inclusive intensificando a regionalização de atividades e soluções. Além dos desafios internos de TI, outros grandes que se somam a eles é atender às demandas do negócio e acompanhar as mudanças do mercado, que refletem na estratégia da função. Outras preocupações foram alinhar TI aos negócios, que significa foco constante no cliente, e entender as necessidades do mercado por meio de recursos e estruturas locais, regionais e globais. Um exercício
constante de atualização, flexibilidade, resiliência e capacidade de orquestração e mobilização de recursos e estruturas. CIO – Acredita que quando a TI tem o apoio do board tudo fica mais fácil? É assim na Roche? Vera – Absolutamente. TI existe para o negócio e sem ele não faz sentido caminhar. Colocamos nosso conhecimento e serviços à disposição das áreas de negócios para que atinjam os seus objetivos. Na Roche, temos apoio do board, mas é sempre preciso cultivar esse apoio respeitando o “tempo” e ouvindo as reais necessidades. CIO – Como é o modelo de gestão da TI da Roche mundialmente e no Brasil? Vera – A Roche tem uma TI muito globalizada. Estamos presentes nos países com equipes pequenas. Temos em torno de dez sites estratégicos de TI no mundo, onde se concentram os serviços. A integração é feita por meio de processos e serviços globais, em que o site head e os heads regionais que são considerados o “face to customer” têm papel bastante importante como integradores desses serviços para os clientes. CIO – Quantos profissionais integram a equipe da Roche Brasil? Como a unidade brasileira de TI interage com a TI da corporação? Vera – A Roche Brasil não tem uma equipe muito grande, pois, na verdade, TI na Roche é verdadeiramente regional e global. Se você tomar apenas os recursos 100% dedicados ao Brasil, não passarão de 40 pessoas entre funcionários e terceiros. A equipe regional, que também serve ao Brasil, conta com cerca de 150 pessoas, além dos terceiros, e equipes globais que nos atendem a partir de localidades remotas.
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TI existe para o negócio e sem ele não faz sentido caminhar
CIO – Como é assumir um cargo global Shared Commercial Operations and Global Products? Vera – Nesse cargo, serei responsável pelas plataformas usadas pela área Comercial e de Marketing da Roche no mundo. É um grande desafio, especialmente pela questão cultural. Por mais que se trabalhe em times globais, www.cio.com.br
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é difícil assumir uma liderança de um time global, composto de diferentes culturas. É preciso tratar esse tema com humildade e respeito às pessoas e suas culturas. Outro fator de dificuldade é passar a prover serviços para unidades ao redor do mundo. É preciso buscar entender a empresa e seu negócio num âmbito muito maior que o nosso. Isso não é nada fácil. CIO – Quais foram os requisitos que considera terem sido vitais para a sua indicação ao novo cargo? Vera – O foco no cliente, minha energia e vontade de realizar e entregar as soluções, além da minha dedicação e interesse em trabalhar com pessoas. Minha equipe e meus clientes internos são tudo para mim.
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CIO – Quais serão as suas novas responsabilidades? Em que se diferem da posição anterior? Vera – Passarei de Head Regional, em que minha primeira responsabilidade era ser “face to customer” para América Latina, entendendo
O que eu busco nos profissionais é sentido de equipe, compromisso com o cliente e vontade de realizar. O resto se constrói
e garantindo a entrega das prioridades e serviços para a região, para uma função em que tenho de desenvolver as plataformas que serão usadas pelas regiões ao redor do mundo, bem como seguir sendo “face to customer” para um grupo global de marketing, que também tem grande influência nas regiões. CIO – Quais desafios terá de enfrentar no novo cargo? Vera – Ganhar a confiança de um novo time e dos clientes globais, entender e www.cio.com.br
garantir a qualidade das nossas plataformas e serviços para todas as regiões. Vou ter de batalhar bastante para manter, e quem sabe melhorar, o bom trabalho que o meu antecessor realizou. CIO – Como pretende atuar? Qual o modelo? Será um mix de um desenho pessoal com o da companhia? Vera – Ainda é cedo para dizer. Mas, com certeza, vou me integrar aos processos da companhia, respeitar a minha equipe e o trabalho anteriormente desenvolvido, conhecer e atender aos meus clientes, e, claro, colocar o meu estilo. De outra forma, não teria sentido a minha presença nessa equipe. CIO – A inovação está incluída nesse modelo? Vera – Sem dúvida. Eu gosto de atividades novas e nessa área vou ter oportunidade de inovar bastante. Espero ter competência para buscar as inovações necessárias para a Roche e implementá-las de forma efetiva e adequada. CIO – Como será a sua equipe e quais características irá buscar nos profissionais? Vera – Respeito muito a equipe que está lá e que vem trabalhando nessa área, mas obviamente todo líder acaba influenciando e colocando a sua marca. O que eu busco nos profissionais é sentido de equipe, compromisso com o cliente e vontade de realizar. O resto se constrói. CIO – Muitas mulheres estão assumindo cargos dessa importância na área de TI. Acredita que, de fato, esse preconceito foi superado? Vera – Acho que o preconceito está muito mais na nossa cabeça do que nas empresas. Claro que isso não é verdade geral, mas já temos muitos casos de sucesso de mulheres nas empresas e TI tem sido uma área produtiva nesse sentido. Acho que já somos realidade. É só trabalhar com humildade e determinação e sem ambição desmedida, porque isso definitivamente não faz parte da nossa natureza. A mulher é generosa e temos de nos valer disso com coragem. Se nos aceitarmos como somos e não nos autolimitarmos, o resultado vem. CIO
opinião
A da m H a rt u n g*
A revolta dos usuários chega aos C-levels É
bom você não olhar agora, mas tem um grupo de funcionários da sua empresa que está desligando os notebooks e BlackBerrys que a companhia entregou a eles. Preferem usar seus equipamentos pessoais – mais finos, mais móveis e mais intuitivos – em vez de se prender às velhas tecnologias aprovadas pelas normas de TI da organização, consideradas ultrapassadas e difíceis de usar. Essa tendência me chamou a atenção de verdade quando Dan Matthews, CTO da empresa IFS, desenvolvedor de ERP da Suécia, me apresentou uma pesquisa recente feita pela IFS com 281 gestores da indústria.
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TI atravessa um tempo de mudança radical do mercado. Sua velha fonte de poder sobre os usuários – ser a única provedora de tecnologia – está rapidamente esvaziando www.cio.com.br
Para resumir, o estudo mostra que os gestores estão muito longe de querer e de realmente usar grandes (e caros) sistemas corporativos (como ERP e CRM) se a interface da aplicação for difícil. E eles esperam ter acesso a informações corporativas no momento em que precisam usando seus equipamentos iOS ou Android ganhando acesso remoto aos sistemas da empresa. Mostrando certa ironia, a IFS nomeou a apresentação da pesquisa como “ERP quer dizer ‘Excel Runs Production’?” referindo-se a uma tendência dos gestores – especialmente os mais jovens – de contornar os grandes
sistemas da cooperação usando um atalho formado por planilhas e aplicativos baseados na nuvem para executar suas atividades. A impressionante quantidade de 75% dos gestores de todas as idades confessou usar ferramenta open source ou planilha – ou até mesmo simplesmente não usar o sistema – se a interface é difícil ou complexa. O estudo da IFS mostra que existe dislexia entre a forma como o software atua na vida pessoal dos funcionários e é usado nas empresas. “Aqueles que usam Facebook, Amazon, Orbitz ou outra funcionalidade on-line que é inteiramente intuitiva podem ter muita dificuldade em entender por que é muito mais complicado usar recurso de software corporativo para disparar uma ordem de serviço ou acessar dados importantes para avaliar performance”, diz o estudo. Mais surpreendente, a pesquisa mostra que os gestores estão ainda menos propensos a aceitar um emprego em nova empresa se ela não usa apps baseadas em cloud computing e se eles não podem conectar seus equipamentos pessoais aos sistemas corporativos do novo emprego. Aprofundando, mais de 30% dos gestores (o número aumenta entre os mais jovens) dizem que tendem a mudar de emprego se o software da empresa em que trabalham é muito difícil de usar. Além disso, os gestores atuais esperam trabalhar em horários não convencionais – até mesmo nas férias. Isso quer dizer que esperam poder acessar dados da empresa usando iPhones, iPads, ou smartphones e
tablets com Android. Eles não vão carregar um notebook e estão ficando cada vez mais frustrados pelas limitações (incluindo apps insuficientes) dos BlackBerrys. Nos velhos tempos, TI poderia “chicotear” esses transgressores e colocá-los na linha. Bastaria ligar para o CIO, que ligaria para o CEO, e o gerente “cowboy” seria colocado nos trilhos, obrigado a fazer as coisas do jeito que a TI ditasse e desenhasse. O problema é que hoje o insurgente é muitas vezes o próprio COO, CFO ou CEO. Não tem nenhuma chance de o CIO reclamar de não adesão às políticas de TI quando executivos, seus companheiros de diretoria, são os primeiros a quebrar as regras e a exigir acesso mais simples. TI atravessa um tempo de mudança radical do mercado. Sua velha fonte de poder sobre os usuários – ser a única provedora de tecnologia – está rapidamente esvaziando. Ainda assim, da TI se espera que seja capaz de extrair valor para os negócios a partir de sistemas corporativos de alto custo. A menos que a TI se mova rapidamente para implementar camadas de serviços que façam tais sistemas acessíveis da forma como os usuários querem, os CIOs podem esperar um declínio no uso dos sistemas antigos e mais cortes nos seus orçamentos. Os vencedores de hoje estão ampliando a performance dos negócios ao fazer aplicações corporativas acessíveis: móveis e fáceis de usar. Departamentos de TI lentos em fazer isso acontecer vão ver suas empresas se debaterem com dificuldade para competir com concorrentes mais ágeis. CIO
* Adam Hartung é consultor especializado em inovação e autor do livro “Create Marketplace Disruption”. Atualmente, é diretor da Spark Partners. Atuou como executivo senior em empresas como Computer Sciences Corp., DuPont e PepsiCo. AdamHartung.com.
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M a rt h a H el l er*
executive coach Compreensão do negócio é
determinante 16
H
oje, mais empresas estão promovendo ao cargo de CIO executivos que não trabalhavam diretamente na área de TI. Eles têm desempenhado importante papel na aproximação da área de TI com as de negócios. Vejamos: Brian Bonner ingressou na Texas Instruments em 1981 e ocupou cargos de liderança em vendas, desenvolvimento de engenharia, marketing e produto. Tornou-se CIO da companhia em 2000. “Com a minha carreira eclética, estava qualificado para o cargo, embora não soubesse disso na época”, diz ele. “É o melhor trabalho que já tive.” Antes e depois: Quando era vicepresidente de Marketing, Bonner não esperava ser informado de que um projeto web necessitava de autorização da área de TI. “Fiquei chocado, já que tinha me comprometido com o nosso presidente de fazer o projeto”, diz ele. Agora, como CIO, percebeu que há razões legítimas para adotar rigorosos processos de aprovação. “Tudo é interdependente; a adição de um recurso significa que você pode tocar em muitos outros sistemas, e você é responsável perante o conselho de administração pela segurança do todo.” O que mudou: Para alterar a percepção da TI como uma área burocrática, Bonner mudou o processo de autorização por um de preparação por parte da área de TI e acrescentou um passo de planejamento do projeto pela área de negócios, envolvendo TI desde o início. “Nós nos tornamos verdadeiros parceiros, com a área de TI pronta para atender às demandas das de negócios, em vez de darmos a nossa permissão.”
Marcia MacLeod ingressou na Williams em 2000, como vice-presidente de Remuneração e Benefícios. Por causa de sua formação jurídica e cinco anos na Electronic Data Systems, foi convidada para conduzir um negócio de terceirização de 350 milhões de dólares. “Passei três anos às voltas com a gestão do contrato e me envolvi muito com a área de TI”, afirma Marcia, que aceitou o papel do CIO da Williams em 2008. Antes e depois: “Antes de me tornar CIO, não tinha ideia das complexidades de TI”, afirma MacLeod. “Por que não falam a minha língua? Por que tudo demora tanto? Sempre fui muito impaciente e não era um parceiro de negócios grande.” Agora Marcia vê um equívoco geral em toda a empresa sobre o papel da TI. “É como os três homens cegos e o elefante”, diz ela. “Todo mundo tem seu próprio conceito de TI, que tenta ser tudo para todo mundo.” O que mudou: Como CIO, Marcia rapidamente percebeu a importância da comunicação na definição da missão da área de TI. “Precisávamos resumir nossas prioridades e comunicar uma estratégia focada em TI.” Para auxiliar nesse esforço, ela incluiu na sua equipe a função de comunicação, liderada por alguém com experiência em negócios e TI, para “comunicar em termos simples o que estamos fazendo o com essas ações nas áreas de negócio.” CIO
Em todo o mundo, executivos das áreas de negócios começam a exercer o cargo de CIO e reduzir o gap entre a TI e os clientes internos
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* Martha Heller é presidente da Heller Search Associates, empresa de recrutamento de executivos e cofundadora do CIO Executive Council
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