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MERCADO: estudos estImam asceNsão do paas com moVImeNtação de maIs de us$ 900 mI

p g.: 8 pÁ

www.computerworld.com.br | agosto de 2012 | aNo XVIII | No 549 | r$ 14,95

o porta-Voz do mercado de tecNologIa da INformação e comuNIcação

inclui

negócios • tecnologia • liderança

prAiA dos desenvolvedores plataforma como serVIço promete ImpulsIoNar crIação de aplIcatIVos e NutrIr a modalIdade de cloud maIs popular, o saas

SIMPLICIDADE O emaranhado de soluções de TI compromete a agilidade nos negócios. É hora de eliminar a complexidade

ARTIGO

Inovação não é construída só com novas tecnologias. Ela está apoiada no conhecimento e na criatividade

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FIQUe atUaLIZado aCessaNdo o sIte: www.CompUterworLd.Com.br

agosto de 2012

ê ndice

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a Praia dos desenvolvedores

Plataforma como serviço (PaaS) promete avançar em aceitação no mercado, impulsionar a criação de aplicativos e nutrir a modalidade de cloud mais popular, o SaaS

2013

Mercado

8 eM aqueciMento PaaS caminha firme entre as modalidades de cloud computing. Alguns de seus atrativos são a criação de aplicações com flexibilidade e a facilidade de pagamento sob demanda

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cases

19 na Prática Usar plataforma de desenvolvimento na nuvem agiliza o tempo de criação de aplicações, com redução de custos. Empresas e profissionais da área beneficiam-se do modelo

Simplicidade ainda que tardia A complexidade do fácil,

tecnologia 28 dicas

Quais passos seguir para colocar processos na nuvem? Isaca, entidade da área de segurança da informação, indica pontos que devem ser levados em consideração

natural e intuitivo desafia os CIOs. Veja como alguns deles estão enfrentando a difícil tarefa de tornar mais simples suas ferramentas e processos

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estratégia

32 cloud + negócios Objetivos estratégicos da empresa devem estar entrelaçados ao potencial de cloud computing para garantir o sucesso da adoção. Veja cinco formas para ajudar na identificação

negócios • tecnologia • liderança

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editorial | Solange Calvo

O combust’ vel do PRESIDENTE Silvia Bassi VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO Ademar de Abreu

www.COmPUTERw UTER ORlD.COm.bR UTERw REDAÇÃO PUBLISHER Silvia Bassi silviabassi@nowdigital.com.br dIREtoRa a dE REdação Cristina De Luca cristina.deluca@nowdigital.com.br EdItoRa-ExEcUtIva v va Solange Calvo solange.calvo@nowdigital.com.br EdItoRa-aSSIStEntE Edileuza Soares edileuza.soares@nowdigital.com.br REPóRtER Déborah Oliveira deborah.oliveira@nowdigital.com.br aRtE Ricardo Alves de Souza (editor) e Gerson Martins (designer) COmERCIAl ImPRESSoS ExEcUtIvo dE nEGócIoS Wilson Trindade wa@nowdigital.com.br GEStoR onLInE Wagner Kojo W wagner.kojo@nowdigital.com.br ExEcUtIvoS dE nEGócIoS Matheus Serrano matheus.serrano@nowdigital.com.br Marcelo Gonçalves marcelo@nowdigital.com.br EvEntoS ExEcUtIva v dE nEGócIoS va Sara Noronha sara.noronha@nowdigital.com.br AUDIêNCIA SUPERvISoRa Paula Campelo paula.campelo@nowdigital.com.br CENTRAl DE AT A ENDImENTO

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ImPRESSÃO NeoBand DISTRIbUIÇÃO Door To Door

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SaaS

omputação em nuvem há muito não é mais uma questão de aderir ou não, nem mesmo quando e sim em qual modelo. Afinal, é um mercado projetado pelos institutos de pesquisas para movimentar perto de 207 bilhões de dólares no mundo até 2016. A imponente aceitação é reflexo do amadurecimento das empresas, que já trafegam com mais desenvoltura pelas modalidades da nuvem: software como serviço (SaaS), infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (SaaS). A primeira, a mais popular, ganhou terreno muito rapidamente por ser uma forma ágil, prática e de custo atraente para quem deseja adquirir aplicações. Contudo, a alta procura acabou comprometendo a demanda, nem sempre saciada por soluções “prêt-à-porter”, especialmente as de nicho, como as voltadas para padarias, oficinas, vendas de ingresso, farmácias... Mas eis que a modalidade vizinha, a mais tímida entre as três, a PaaS, pode agora ceder a “xícara de açúcar” e nutrir as prateleiras vazias do SaaS. Isso porque estimula, simplifica e agiliza o desenvolvimento de aplicações. É, na opinião de consultores, uma mão na roda para desenvolvedores independentes, os conhecidos ISVs, e empresas desenvolvedoras de software. Vou mais além: pode impulsionar também o empreendedorismo, ao possibilitar oportunidades de negócios a muitas startups, que viviam engavetando projetos em

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Solange Calvo é editora-executiva solange.calvo@nowdigital.com.br

razão dos altos custos para construir ambientes de testes e de criação. Havia, entretanto, uma pedrinha nesse sapato. As ofertas em PaaS no Brasil estavam nebulosas em seus conceitos, confundindo um pouco os usuários, estancando a adoção. Alguns consultores avaliam que o quadro é fruto de o mercado brasileiro, durante anos, ter tratado o termo “plataforma” como sinônimo de “infraestrutura”, por isso a confusão entre a conceituação de PaaS e IaaS. Mas o momento é de revisão e os fornecedores estão desenhando um céu de brigadeiro para a modalidade, de maneira mais clara, como podem observar em A praia dos desenvolvedores, neste especial sobre PaaS. Portanto, este é um ano de construção, de vitalização do modelo, com projeções otimistas. O Gartner divulga que no ano passado ele somou 707,4 milhões de dólares no mundo e deverá conquistar mais adeptos até o final de 2012, somando 927,3 milhões de dólares. Já a IDC estima para o Brasil, em 2014, movimentação de 38,7 milhões de dólares em PaaS. Nada mal para um pedacinho da nuvem. Segundo o Gartner, não se surpreenda se o PaaS superar o SaaS, ficando atrás apenas de IaaS. “O maior mercado de nuvem será de IaaS, responsável por 41%, seguido por PaaS, com 26,6%, e SaaS, 17,4%”, estima o instituto. É esperar para ver um mercado que, na avaliação de um importante player dessa indústria, irá abstrair o “computing” e tornar-se totalmente “cloud”. Confira!

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FEEDBACK O ponto de encontro dos leitores da COMPUTERwORLD

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Spam é crime?

O spam deveria ser colocado como crime sim, pois diretamente está violando meus direitos como cidadão! (...), o spammer utiliza-se de informação privada e íntima, de uso exclusivo do internauta, que é justamente seu endereço de e-mail. Contudo, a atitude do spammer é mais do que abuso de direito. O spamming é um evento/ resultado que fere a privacidade, uma prerrogativa constitucional, regulamentada, em parte, pelo artigo 21, CC/2002, ex VI: Artigo 21, CC/2002 – A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a essa norma. Porém, o spamming, além de violar o transcrito artigo 21, afronta, outrossim, incontáveis outros dispositivos legais. Leitor: Paulo Mello Bortoncello Reportagem: Projeto de lei torna envio de spam crime punido com prisão

Dupla de peso: ERP e BI

Quando falamos de projetos integrando CRM, BI, entre outros, o problema não é a integração tecnológica. Entre as principais barreiras estão a cultural, a definição de cronograma de adoção nas áreas, atendimento às reais necessidades de negócios e a percepção da relação custo/ benefício. Leitor: João Carlos dos Santos Reportagem: ERP e BI formam dupla imbatível para os negócios

Punição da Anatel

Até que enfim o consumidor brasileiro está sendo respeitado. Para valer, só se for sério essa determinação e se tiver cobrança na sequência. Leitor: Roberto Reportagem: Claro e TIM enviam SMS e distribuem chips após punição da Anatel

Crítica do Procon-SP

Isso não pode ser real, comprometer-se a resolver apenas

1% a mais de ocorrências não faz qualquer diferença. Deveriam sim comprometer-se a diminuir o número de reclamações registradas nos órgãos de defesa do consumidor. Como consumidor sinto-me completamente desprotegido, seja pelo Procon ou Anatel (...). Eles deveriam comprometer-se com o bom atendimento do cidadão (...). Leitor: Ed Reportagem: Procon-SP critica plano de monitoramento de teles pela Anatel

Os apagões

“É que o mundo da TI não requer muito mais do que uma formação técnica básica e uma pitada de inglês”. Acho que o texto todo pode ser resumido nesse parágrafo. Enquanto os empregadores tiverem na cabeça essa ideia, de que qualquer um com treinamento básico e um salário de subsistência pode ser profissional de TI, continuará havendo falta de mão obra especializada. Leitor: Luiz Reportagem: Os muitos apagões do Brasil

O qUe vOCê Só enCOnTra nO SiTe Da COmpUTerWOrlD

Operadoras levam puxão de orelha e correm para melhorar serviços

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laro, Oi e TIM estão proibidas a partir desta segunda-feira (23/07), pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de vender novos serviços em várias regiões do Brasil. O motivo é a prestação de serviços precários. Elas saíram em protesto contra a punição da Anatel, enquanto órgãos de defesa do consumidor comemoram a decisão e esperam que a agência tenha pulso forte para cobrar planos de ação efetivos para reduzir o índice de reclamações antes que as redes 4G entrem em operação no País. Pela determinação da Anatel, as três operadoras têm prazo de 30 dias para apresentar um plano de investimentos para melhorar a qualidade de seus serviços. Depois do puxão de orelhas, as três companhias mobilizaram equipes internamente e estão numa força-tarefa para tentar atender às exigências do órgão regulador o quanto antes, já que a paralisação das vendas vai impactar nas receitas. www.computerworld.com.br

Todas mandaram porta-vozes conversar com representantes da agência em Brasília para saber de que forma podem resolver suas pendências. A Claro, proibida de vender chips em três estados (SC, SE e SC), apressou-se e já entregou a proposta para reduzir as reclamações dos clientes. A TIM foi a mais prejudicada com a medida, por ter sido proibida de vender chips em 19 estados do Brasil. A operadora ameaça entrar com um mandado de segurança contra o órgão regulador. Mesmo assim, informou que trabalha para entregar seu plano de ação à Anatel no começo desta semana. O argumento da operadora do grupo italiano é que a suspensão das vendas foi baseada em dados e indicadores diferentes dos que são usualmente estabelecidos pela própria agência para acompanhar o desempenho da rede. Pelos seus relatórios, a empresa atingiu as metas do Índice de Desempenho no Atendimento da Anatel (IDA), que mede volume e prazo de atendimento das reclamações na Anatel.

A Oi também contestou a metodologia adotada pela Anatel. O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) saiu em defesa de suas associadas, informando que o órgão regulador levou em consideração queixas dos consumidores que não revelam as reais condições das redes que suportam os serviços das operadoras. A Anatel baseou-se em três indicadores para suspender as vendas de chips da Claro, Oi e TIM: quantidade de reclamações, volume de chamadas interrompidas e ligações não completadas. A agência mediu esses três índices em todos os estados cobertos pelas empresas e concluiu onde cada uma dessas prestadoras de serviços está mais precária. A Vivo escapou da punição da Anatel, mas ficou em segundo lugar no ranking nacional do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), ligado ao Ministério da Justiça, divulgado um dia depois do anúncio da Anatel.


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mercado

em aquecimento para PaaS ainda é promessa de ampla aceitação, mas caminha firme entre as modalidades de cloud

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lataforma self-service de desenvolvimento: tudo o que o profissional precisa para criar aplicações com flexibilidade e facilidade, sob demanda. É o que permite a modalidade de computação em nuvem plataforma como serviço (PaaS). Basta colocar na bandeja um pouco de hardware, de software, entre outros ingredientes, e, mãos à obra! Ainda que tenha uma série de atrativos que saltem aos olhos especialmente dos desenvolvedores independentes

2013 de software (ISVs), o segmento ainda é pequeno e necessita amadurecer. A opinião é de John R. Rymer, vicepresidente e principal analisa da Forrester Research. “PaaS ainda é pouco usado, duvido que a indústria entenda que tipos de produtos, recursos e modelos são demandados”, avalia. Concordam Anderson Figueiredo e Carlos Calegari, analistas da consultoria IDC. Segundo eles, PaaS vem

Adoção de Cloud Computing no Brasil (2011-2012) 87,9%

aplicações Plataformas Infraestrutura

39,4% 42,4% Fonte: Frost & Sullivan

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apresentando crescimento tímido nos últimos anos e não deve registrar índices expressivos, tampouco ficar à frente de software como serviço (SaaS) e de infraestrutura como serviço (IaaS). Figueiredo atribui o lento crescimento do PaaS à conceituação confusa disseminada pelos fornecedores do serviço. “O grande problema no Brasil é que durante anos tratamos plataforma como sinônimo de infraestrutura, então as pessoas confundem PaaS com IaaS”, diz e acrescenta: “Sendo assim, a adoção é estancada por pura falta de clareza nos modelos comerciais praticados. E não somente em PaaS, mas também em SaaS e IaaS”. Ele revela que os fornecedores estão revendo conceitualmente suas ofertas para deixá-las mais claras. “Quem entende o que é PaaS, é somente quem utiliza o modelo. Um público mais avançado”, sentencia Calegari. O analista destaca que quem procura por PaaS não quer memória RAM ou processamento, precisa de um banco de dados ou um application server. “Seria um pouco mais de SaaS e um pouco menos de IaaS”, resume.


9 Mas qual é o público potencial do PaaS? Segundo Calegari, o pequeno desenvolvedor, a startup e a pequena empresa, que não podem gastar grandes somas com infraestutura de desenvolvimento e precisam de um ambiente atualizado tecnologicamente. “O grande ISV vai ter de fazer contas para saber se valerá a pena migrar para o modelo. Por isso, o pulo do gato é um modelo comercial claro e atraente, especialmente para os grandes desenvolvedores”, diz. A Forrester acredita que os fornecedores vão intensificar as ofertas a partir de 2013. Concorda com ele Pedro Bicudo, sócio-diretor da consultoria TGT Consult. “A adesão é pequena porque as plataformas são mais abrangentes e complexas e a venda também”, afirma. “SaaS está mais desenvolvido e PaaS não, por isso, acreditamos que a batalha entre os fornecedores vai-se intensificar”, diz Fabrizio Biscotti, diretor de Pesquisas do Gartner em análise do instituto sobre o tema. Reforça esse quadro o fato de que PaaS está mais abrangente e envolve outros recursos middleware como integração, gestão de processos e portal. No estudo das 350 Maiores Empresas de TI e Telecom, realizado pela Deloitte em parceira com a COMPUTERWORLD, em novembro de 2011, 30% das

O modelo facilita a vida dos ISVs que n‹ o t• m de se preocupar com a infraestrutura de desenvolvimento Celso Pedroso, coordenador do MBA em Cloud Computing da Fiasp

companhias apontaram que a oferta de PaaS deverá crescer em seus portfólios nos próximos anos. A representatividade do modelo nos negócios dessas companhias, no ano passado registrou 17%. O Gartner prevê que a receita mundial de PaaS em 2015 movimentará 1,8 bilhão de dólares. Para a IDC, no Brasil, esse mercado somará 38,7 milhões de dólares em 2014. Até 2016, a expectativa é que esse seja um negócio de 207 bilhões de dólares no mundo. No mais recente relatório trimestral do Gartner sobre despesas de TI, o instituto

de pesquisas pela primeira vez incluiu a computação em nuvem como categoria separada, proporcionando uma análise profunda das tendências atuais e futuras de gastos com cloud no mundo. O modelo plataforma como serviços (PaaS), que em 2011 movimentou 707,4 milhões de dólares, de acordo com o Gartner, deverá conquistar ainda mais adeptos até o final deste ano, somando 927,3 milhões de dólares globalmente. Até 2015, PaaS será responsável por importante fatia da nuvem e gerar receita de 1,75 bilhão de

Cloud Computing Pública no Brasil

Projeção em valor

Taxas de crescimento

(em milhões de US$) 600 500 400 300 200 100 0

2009 2010

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90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

2009 2010

2011

2012

2013 Saas

2014 Paas

Iaas Fonte: IDC

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10 mercado dólares, projeta o Gartner. Ele promete desbancar software como serviço (SaaS) e ficar atrás somente de infraestrutura como serviço (IaaS). Em 2013, esse cenário já poderá ser observado, de acordo com o Gartner. O maior mercado de nuvem será de IaaS, com 41%, seguido por PaaS, com 26,6%, e SaaS 17,4%. No Brasil, a adoção de cloud está basicamente concentrada em SaaS, afirma Fernando Belfort, analista sênior de Mercado da Frost & Sullivan, mas plataforma como serviço está atraindo olhares. Para ilustrar a movimentação, ele cita números. “Em 2011, PaaS tinha sido adotado por 18,5% das empresas brasileiras e SaaS 85,7%. Para o período de 2011-2012, PaaS será a escolha de 39,4% e SaaS, 87,9%”, detalha. “O crescimento é notável.” O que mudou de lá para cá? “Aplicativo continua como o mais relevante, infraestrutura também, mas plataforma rapidamente ganhou tradição nas empresas no Brasil, principalmente para testes de aplicativos e desenvolvimento”, explica. Ele lembra, no entanto, que PaaS e SaaS estão intimamente ligados. IaaS é o modelo-base utilizado para oferta de PaaS, que, por sua vez, é usado para vender SaaS. Por isso, o crescimento deles caminha juntos. De acordo com o analista, uma série de elementos tem impulsionado

Para o per’ odo de 2011-2012, PaaS ser‡ a escolha de 39,4% e SaaS, 87,9% o PaaS em solo nacional. Entre eles, desenvolvimento de aplicativos, febre da mobilidade e criação de plataformas móveis, flexibilidade, escalabilidade, fácil acesso a recursos e a maturidade de cloud. “Faz todo o sentido para empresas que querem com rapidez uma nova plataforma e todos os benefícios da nuvem, como custo mais acessível, elasticidade, poder de processamento e banda”, observa. Para Belfort, PaaS possibilita benefícios para empresas de todos os portes, mas é especialmente atraente para pequenos negócios. “Empresas de médio porte e desenvolvedores podem ter acesso a tecnologias que somente as grandes tinham até pouco tempo, por desfrutarem de mais recursos financeiros”, assinala. Celso Poderoso, professor dos cursos de graduação tecnológica da

Evolução do mercado PaaS em todo o mundo

1.755,70 1.463,80

(em milhões de US$)

330,7 2009

512,4

2010

1.179,60 707,4

2011

927,3

2012

2013

2014

2015 Fonte: Gartner

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Fiap e coordenador do MBA em Cloud Computing, acrescenta que o modelo facilita ainda a vida dos ISVs, que podem escolher na nuvem os recursos necessários para criar aplicações e depois devolvê-las para o provedor da cloud. “Eles têm em mãos um ambiente préconfigurado, sendo necessário apenas ativar algumas licenças. Então, a casa já está em ordem”, destaca. Atraente ainda é o fato de libertar o desenvolvedor de escolha, entrega e instalação das tecnologias necessárias, como servidor, banco de dados e outros, processo que tradicionalmente consome meses. Além disso, não é necessário contar com pessoas especializadas para realizar a gestão do ambiente. “A economia em escala também é um ponto positivo”, completa. Com a facilidade de acesso à tecnologia pelas empresas de pequeno e médio portes, amplia-se a competitividade e ainda acelera a criação de plataformas de nicho. Para Belfort e Poderoso, no entanto, o maior desafio do modelo está no conhecimento. “PaaS é para quem entende, ou seja, para o usuário avançado”, observa Belfort. “Como é direcionado para esse tipo de usuário ou então para quem precisa de rápido poder computacional, atinge menos pessoas. Tem uma curva de aprendizado”, completa Poderoso. Eles apostam no amadurecimento do mercado como forma de alavancar o modelo. “As economias mais avançadas estão mais à frente em adoção”, avalia Belfort. A boa notícia, diz Poderoso, é que o aprendizado em solo nacional é muito rápido e que o Brasil é early adopter de novas tecnologias. “Acreditamos que até o final de 2013 PaaS vai ganhar força, especialmente porque a indústria tem sofisticado sua oferta, atraindo adeptos”, aposta. A movimentação, certamente, dizem analistas, vai impactar em toda a cadeia de valor e fazer com que mais fornecedores da modalidade desembarquem em solo nacional e novas companhias sejam criadas com o propósito de ofertar PaaS. n


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A praia dos

desenvolvedores plataforma como serviço promete avançar em aceitação, impulsionar a criação de aplicativos e nutrir a modalidade de cloud mais popular, o SaaS Déborah oliveira e Solange calvo

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s gastos com cloud computing crescem acima da média de TI, segundo aponta o instituto de pesquisas Gartner. A expectativa é que a computação em nuvem salte 19% neste ano, em todo o mundo, tornando-se uma indústria de 109 bilhões de dólares. Ed Anderson, analista de cloud do Gartner, diz que a estimativa é bastante animadora, comparada com os 91 bilhões de dólares registrados no ano passado nesse mercado. E mais: podendo chegar, globalmente, a 207 bilhões de dólares em 2016. A nuvem, de fato, impactou a forma de entregar serviços de TI. Anderson destaca que o desenho de venda tradicional de licença, que realiza a implementação da aplicação on premise (dentro da empresa), está mudando para o modelo de software como serviço (SaaS), adotado na nuvem. Enquanto isso, o investimento com hardware está saindo da prática on premise para o off premise (remoto). A verdade é que cloud computing já não se trata mais de um conceito nebuloso. Circula com facilidade em ambientes corporativos de variados portes, incluindo pequenas e médias empresas, de diferentes segmentos, que já desfrutam dos benefícios da trinca de modalidades que compõe a nuvem: SaaS, infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (PaaS). As duas primeiras são as mais populares e a última ganha músculos a cada ano e promete aquecer as ofertas. Mais sofisticada, a modalidade PaaS requer não somente um modelo comercial mais complexo, mas também evangelização, na avaliação de consultores. De acordo com Luciano Condé, gerente de produtos Azure, da Microsoft, a empresa sempre contribuiu para a disseminação dessa cultura, visto criar suas soluções vislumbrando o conceito de plataforma, justo para que os usuários pudessem se tornar desenvolvedores. E na modalidade PaaS, o dono da festa é o Windows Azure. “Ele é apoiado em nossos data centers em todo o mundo. Na verdade, trata-se de um conjunto de serviços que as empresas e desenvolvedores usam para construir suas soluções de negócios.”

Enrique Perezyera, presidente da Salesforce.com Condé lembra que a Microsoft lançou o Windows Azure na modalidade PaaS em outubro de 2008, indo contra a maré do mercado, que estava sendo levada na época pelos encantos do SaaS e do IaaS. “Descobrimos um nicho importante, porque o PaaS viabiliza o desenvolvimento para todos os portes de empresa”, diz e acrescenta que o Azure proporciona a criação de diferentes tipos de aplicações de nicho. “Ele foi a plataforma de desenvolvimento da solução de vendas de ingressos do último Rock in Rio”, orgulha-se. Os ISVs são grandes protagonistas desse cenário, destaca Condé. “Na primeira onda de adoção do Azure, foram os que mais nos procuraram.” Mas na Microsoft, os desenvolvedores independentes têm outra denominação. São chamados de Cloud Service Vendor (CSV). No Brasil, a empresa mantém um time, composto por 20 profissionais, suportando a adoção do Azure, que auxilia diretamente os CSVs, com apoio, suporte e acompanhamento, orientando como adotar. “Criamos ainda um programa de aceleração de adoção do nosso PaaS, que tem ajudado muito desenvolvedores e startups de desenvolvimento de software. Treinamos e esclarecemos como funciona a tecnologia”, diz, certo de que ao

estimular e facilitar o desenvolvimento também contribui para impulsionar o empreendedorismo. Com o objetivo de tornar mais claro o conceito, a Microsoft atua também por meio dos seus centros de inovação e em universidades. Apresentando e ensinando modelos de negócios e tecnológicos dos produtos Microsoft, incluindo a plataforma como serviço, segundo Condé. “Na minha avaliação, nuvem ainda necessita de evangelização e estamos auxiliando nesse processo. Acredito que PaaS está ganhando boa musculatura. Afinal, as empresas estão preocupadas em construir uma nova geração de aplicações como comércio na nuvem, mobilidade etc. Por esse motivo, reorganizamos nosso modelo comercial”, afirma. Para o pequeno desenvolvedor, a Microsoft oferece um pacote no site, que pode ser montado com facilidade, segundo a empresa, e conta ainda com material para ajudar na adoção. Para configurações mais complexas, poderá ser solicitado apoio do time especializado, que irá até o cliente. Outra empresa com forte atuação no segmento é a Salesforce.com, um dos grandes nomes de PaaS, com DNA genuinamente em cloud. Enrique Perezyera, presidente da Salesforce. com para a América Latina, lembra que a história da companhia está intimamente ligada à nuvem. Marc Benioff, chairman e CEO da organização, quando era executivo da Oracle, não entendia porque os clientes investiam milhões em software, hardware e consultoria para solucionar desafios do passado ao final da implementação. Por essa razão, decidiu apostar em algo mais prático, viável e ágil: a nuvem. De 1999 para cá, conquistou mais de 100 mil usuários da solução Salesforce.com em todo o mundo. Com ela, os clientes potencializam a força de vendas, a partir de data centers em San José, Virgínia e São Francisco, nos Estados Unidos, e outro em Tóquio, no Japão. Entre os usuários, 3 mil estão na América Latina, sendo 1,5 mil no Brasil. Perezyera explica que todos eles utilizam o Force.com, plataforma baseada em nuvem para desenvolver www.computerworld.com.br

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14 capa aplicativos sociais e móveis, já que ela está integrada à oferta Salesforce.com. “Mais de 250 mil aplicativos foram criados pelas companhias a partir do Force.com”, contabiliza o executivo. O Facebook é um dos maiores clientes. “A rede social roda 700 mil aplicações desenvolvidas com base no Force.com na nuvem da Heroku, criadora de aplicativos em nuvem, baseados na linguagem Ruby e Java, comprada pela Salesforce. com para prover serviços aos clientes”, assinala Perezyera. Além disso, a organização conta com uma loja virtual, parecida com o iTunes, da Apple, batizada de AppExchange, que reúne aplicativos criados por desenvolvedores em Force.com para facilitar a rotina corporativa. Há aplicativos pagos e gratuitos, muitos deles de nicho, que se integram aos sistemas da Salesforce.com. “Em razão das megatendências do mercado de TI [redes sociais, mobilidade e cloud], acreditamos que PaaS vai deslanchar, já que todos os aplicativos do mundo serão desenvolvidos na nuvem. Em um futuro próximo, cloud computing vai perder o ‘computing’ e cloud será o modelo padrão do mercado”, acredita. Para ele, organizações não vão mais comprar servidores, bancos de dados e

José Papo, evangelista da Amazon (AWS)

outras tecnologias. Os data centers, que vão prover serviços em cloud, ficarão encarregados dessa tarefa. Na opinião do executivo, o modelo PaaS traz oportunidades para desenvolvedores e empresas de nuvem. “É possível acelerar a criação de soluções e reduzir os custos”, destaca. Ele diz que com o Force.com, por exemplo, um profissional pode desenvolver cinco vezes mais rapidamente, utilizando metade do investimento, se comparado ao uso da linguagem .NET. Olhando um pouquinho mais à frente, a Tivit apresenta o pulo do gato na modalidade PaaS com o Business Process como serviço, o BPS. “É nossa arma, pois acelera a entrada do produto no mercado e impulsiona a atuação”, revela Fabiano Droguetti, diretor de Soluções e Tecnologia da Tivit. Muito além da esteira tradicional de desenvolvimento, que é o PaaS, Droguetti tira da manga a experiência de longa data no modelo e, portanto, salta para o patamar de oferecimento de plataforma de processos de desenvolvimento. “Oferecemos também, claro, a plataforma de desenvolvimento de desenho do aplicativo. Mas fomos além.” Ainda não é o ano do PaaS, na visão de Droguetti. No entanto, ele diz observar o amadurecimento dos modelos comerciais na modalidade. “A maior aceitação é uma questão de pouco tempo”, estima. O executivo da Tivit lembra que essa modalidade abriga um público-alvo mais especializado, diferente daquele que se interessa por SaaS e IaaS. “As ofertas de SaaS hoje são muito mais vapor do que realidade. É preciso ter um leque mais variado de aplicações e o PaaS irá alimentála”, explica e alerta: “Irá surgir uma nova linha de aplicações, voltada especificamente para ser vendida no modelo SaaS. Para que os aplicativos possam ser comercializados por hora, dias etc. Serão modulares e assim farão com que os usuários desfrutem ao máximo desse modelo”. Correndo por fora, bem ali, na baia ao lado, está a Go2neXt. A empresa

Fabiano Droguetti, diretor de Soluções e Tecnologia da Tivit atua em toda a cadeia de cloud, fazendo parceria com os fornecedores e integrando soluções para usuários. “Afinal, entre o provedor e o usuário do modelo de nuvem há um gap muito grande. Os clientes de cloud precisam de ajuda para adaptar o legado e acelerar a adoção com segurança. É aí que entramos. Mas atuamos mais do lado corporativo”, afirma Paulo Pichini, CEO da Go2neXt. O executivo diz ter a operação ainda muito apoiada em serviços tradicionais de TI, mas cloud já representa 20% da receita da companhia. “Os pacotes que são oferecidos hoje não têm muito valor agregado. É justamente o que fazemos: adicionamos colaboração, gerenciamento, ERP entre outros valores”, descreve. Uma das linhas de negócio da organização é o laboratório de desenvolvimento e testes e preparação da solução para ingressar no mundo da nuvem. “É muito interessante, mas a demanda ainda é tímida”, diz o executivo para quem a modalidade PaaS ainda irá crescer muito em solo nacional. Com atuação diferenciada na cadeia de negócios PaaS, também está a Lumis, com o Lumis Cloud, plataforma que

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15 ingressou na nuvem em abril deste ano. No modelo tradicional, a solução atingia apenas grandes empresas e como plataforma como serviço estendeu-se às médias. O modelo de comercialização é operado exclusivamente por meio da rede de parceiros, composta por ISVs. “Eles é quem levam a solução ao cliente, pois essa modalidade exige customização, orientação e suporte. Desenham a plataforma na nuvem para o usuário, customizam e a colocam no ar para o cliente”, diz Rafael Saavedra, gerente de Marketing e Novos Negócios da Lumis. Parceira da Amazon, desde o ano passado, no modelo de plataforma, a Lumis diz-se preparada para a demanda que estima aumentar em 2013. Edgar Silva, gerente de pré-vendas da Red Hat Brasil, revela que entre 12% e 15% da base de clientes da Red Hat em solo nacional está em busca de uma estratégia

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de PaaS, com destaque para o setor de telecomunicações. “Queremos conquistar 50% dos usuários da Red Hat. Ao mostrar os benefícios, que incluem redução de custos e aceleração do time to market market, podemos até superar a marca”, avalia. A procura pela modalidade deve ganhar força em 2013 e a companhia movimentase para conquistar fatia significativa desse mercado. “Faturamos 1 bilhão de dólares no último ano fiscal e temos o objetivo de chegar a 3 bilhões de dólares em pouco tempo. Grande parte desse crescimento está apoiado em cloud computing”, afirma. Para reforçar o posicionamento e evoluir a oferta, comprou em 2010 a Makara, startup norte-americana de PaaS. “Transformamos a solução em open source. Qualquer pessoa pode acessar o site do OpenShift, baixar a aplicação e desenvolver na nuvem”, assinala. Ele explica que é

preciso pagar uma taxa de subscrição. A solução roda na Amazon, mas o usuário pode escolher outro provedor. Com a estratégia totalmente voltada para cloud computing, a Globalweb contará com um portal de autoatendimento para micro e pequenas empresas desenvolverem e vender soluções de nicho. “PaaS é uma das ofertas e vai dar a possibilidade de adquirir software e infraestrutura para desenvolvimento na nuvem”, explica. A criação pode ser realizada em diversas linguagens de programação, como Java, .NET e Azure, completa. A empresa tem data centers para suportar a operação, 11 deles localizados nos Estados Unidos, fruto da parceria com a Coresite. As grandes estrelas do portal, e aditivos da estratégia, serão os ISVs, de acordo com o executivo. “Estamos selecionando

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16 capa Soluções de PaaS Empresa Amazon Web Services aws.amazon.com/pt

CentralServer www.centralserver.com.br

Ci&T www.cit.com.br

VMware empresa parceira da EMC

Solução de PaaS

Destaques da solução

AWS Elastic Beanstalk

Simples de usar, opção de upload via console gráfica ou por meio de um ambiente de desenvolvimento, sem necessidade de modificar o código da aplicação. Suporta Java, .NET e PHP e é possível configurar após implementação, fácil de voltar para versões antigas ou alterar para novas versões.

Cloud Hosting Gerenciado

Mecanismo para atualização contínua de pacotes de segurança e versões dos aplicativos. Opções de Cloud Server em Cloud Pro 512 MB ou Cloud Pro 32 GB (memória), ambiente operacional Linux e Windows. Apresenta facilidade de expansão, serviços de backup automatizada, entre outros.

Parceiros globais da plataforma Google, Amazon e Salesforce.com

A Ci&T tem experiência em desenvolvimento e manutenção de aplicações corporativas para empresas de todos os tamanhos.

vFabric

Família de produtos de “middleware” integrados, voltada para aplicações que lidam com grandes quantidades de dados. A tecnologia é otimizada para o “Open Source Spring Framework”, utilizado mundialmente por mais de 50% dos desenvolvedores Java. Principais atrativos incluem redução do time to market; traz os benefícios da virtualização para o “middleware” de aplicações; e facilita o provisionamento e o crescimento da infraestrutura das aplicações.

CA Applogic

Grande nível de automação na integração de ambientes complexos de diversos fabricantes. Possibilita o desenvolvimento de código para acessar diretamente os recursos da plataforma pelos ISVs, podendo converter aplicações comum para ambiente multi-tenant. É possível rodar as soluções com o mínimo de customização, permitindo aprovisionamento automático de recursos, bem como a gestão automática da carga de trabalho.

Hospedagem de sites, servidores berenciados (Cloud e Dedicados)

Com a oferta de Servidores Gerenciados, empresas transferem a responsabilidade sobre a administração, como gestão de backup, atualização de sistema operacional, configuração e manutenção de firewall e ferramentas de segurança para a Locaweb.

Windows Azure

Integra infraestrutura e plataforma, rápida escalabilidade, baixo custo, fácil manuseio, ambiente de desenvolvimento interoperável na nuvem, mecanismos de segurança para evitar perda de dados, plataforma de desenvolvimento que proporciona experiência consistente, gerenciamento automatizado de serviços automatizado que permite aos desenvolvedores concentrar na lógica de negócios em vez de restrições operacionais, capacidade de sincronizar e acessar os dados seja online ou offline, integrar e ampliar investimentos on premise para um ambiente de nuvem.

Oracle Java Cloud Service

Desenvolvimento, implementação e gerenciamento de aplicativos na plataforma Java Enterprise Edition (Java EE) baseados no Oracle WebLogic Server. Elimina a complexidade de implementação de aplicativos, oferecendo infraestrutura e promovendo integração.

Oracle Database Cloud Service

Serviço fácil de desenvolver, implementar e inscrever em uma base mensal. Oferece provisionamento instantâneo e implementação de aplicativos com operações gerenciadas. Opção de implementar os dados codificados na nuvem da Oracle ou no ambiente local.

Red Hat CloudForms, Red Hat OpenShift DevOps & ITOps

O OpenShift pode ser executado nas nuvens pública ou privada, fazendo com que a empresa possa ser seu próprio fornecedor de PaaS. A experiência dos desenvolvedores pode ser maximizada, direcionando-os para o desenvolvimento das aplicações.

Force.com

Desenvolvimento cinco vezes mais rápido pela metade do custo de plataformas on premise. Plataforma otimizada para megatendências como cloud, mobilidade e redes sociais. Madura: mais de 250 mil aplicativos e usada por software houses e mais de 120 mil clientes no mundo.

Plataforma de Portais Web, Plataforma de Processos de Negócios (BPaaS), Plataforma de Application Lifecycle Managament, Plataforma de Business Analytics e Plataforma Transacional

Enquadram-se no conceito de private cloud. Têm alto nível de especialização e possibilidade de customização, de acordo com os requerimentos de negócio de cada cliente, além dos atributos típicos de soluções baseadas na nuvem, como elasticidade, cobrança como serviço e conforme o uso. São robustas e de fácil implementação.

Hospedagem das soluções SAP e non SAP, preparação do ambiente e operação e gerenciamento de máquinas

Rapidez no atendimento, ganhos técnicos e financeiros, flexibilidade de aumentar ou diminuir o poder de processamento, segurança de ambiente espelhado e garantia de disponibilidade da operação.

v/Care CRM e v/Care EDI

Alta disponibilidade, suporte 24x7x365, backup, localização dos dados no Brasil para compliance e relatórios de negócios. Configuração feita pelo administrador via portal, permitindo customizações e acompanhamento em tempo real das transações. Permite acesso direto, via redes privativas (VPN) ou por conexões seguras web, tornando flexível o acesso.

www.vmware.com

Globalweb www.globalweb.com.br

Locaweb www.locaweb.com.br

Microsoft www.microsoft.com/pt-br/ default.aspx

Oracle www.oracle.com.br

Red Hat http://br.redhat.com

Salesforce www.salesforce.com/br

Tivit www.tivit.com.br/

T-Systems do Brasil www.t-systems.com.br

UOLDiveo www.uoldiveo.com.br

Fontes: Amazon Web Services, CentralServer, Ci&T, VMware, Globalweb, Locaweb, Microsoft, Oracle, Red Hat, Salesforce,Tivit, T-Systems do Brasil e UOLDiveo

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17 desenvolvedores para diferentes verticais para que eles possam criar, integrar e comercializar a solução em nosso portal. Temos mais de 500 cadastrados e mais de cem que já estão aptos a iniciar os negócios”, detalha Cleber Gomes, diretor de operações da Globalweb. “Tratase de um verdadeiro self-service e os clientes poderão ser atendidos de forma personalizada”, destaca o executivo. Segundo ele, a aposta nesse portal é alta. “Contratamos cerca de 40 pessoas para atuar exclusivamente no site. No longo prazo, esperamos que PaaS represente entre 40% e 60% da nossa receita”, avalia. Para ele, o grande atrativo do modelo é a possibilidade de focar nos negócios, passando para quem entende a gestão da tecnologia. “PaaS entrega confiabilidade e segurança, possibilitando rápido crescimento com investimento reduzido”, comenta. Atualmente, diz, a companhia tem cerca de 400 clientes de PaaS, mas com o portal, e o aquecimento do setor, a ideia é chegar a milhares. A maioria das aplicações desenvolvidas, contabiliza, foi para a vertical turismo.

Diversificação de recursos Segundo José Papo, evangelista da Amazon (AWS), a empresa começou a oferecer o Elastic Beanstalk, em janeiro do ano passado, com PaaS Java e desde então expandiram para oferecer mais recursos e linguagens. “Agora, suportamos Java, PHP e NET e ainda integração com os IDEs mais utilizadas no mercado: Eclipse e Visual Studio”, diz Papo, acrescentando que o Beanstalk é bastante apreciado pelos clientes, porque o usuário não precisa alterar seu código na plataforma. Clientes em todos os portes e segmentos usam a modalidade PaaS da Amazon, segundo Papo. “De startups a grandes empresas. Temos centenas de milhares de clientes em mais de 190 países que utilizam nossos serviços, incluindo plataforma como serviço.” O executivo destaca que o modelo beneficia muito os ISVs que usam o Elastic Beanstalk ou o Amazon EC2, porque

Marcos Rodrigo Silva, diretor de Produtos da UOLdIveo podem criar suas soluções de SaaS e oferecer seu software com a marca AWS no mercado. “A flexibilidade da nossa nuvem realmente gera oportunidades para eles.” Além disso, segundo Papo, a empresa acredita que por meio dessa modalidade está incentivando pequenas empresas e startups a entrar no mercado com baixos custos de TI e grande flexibilidade, elasticidade e escalabilidade, sem a necessidade de investir grandes somas. “Isso realmente traz um grande boom para a economia digital e para o crescimento das companhias.” Na Ci&T, empresa de projetos de software corporativo, o tema ganhou atenção em 2011. Foi criada uma área voltada para a prática. No ano passado, cerca de 40 pessoas estavam dedicadas ao mundo PaaS. De lá para cá, a organização amadureceu a estratégia e ampliou o número de parcerias para oferecer o modelo. Microsoft, Google, Amazon e Salesforce.com são as aliadas na jornada. Daniel Viveiros, gerente-executivo da Ci&T, explica que a companhia já está contribuindo para projetos em solo nacional em médias e grandes organizações. “Também estamos expandindo nosso modelo para o Japão e os Estados Unidos. Temos oportunidades no

Brasil, mas podemos conquistar países mais maduros no assunto”, diz. Ele afirma que o diferencial da Ci&T é conseguir equilibrar e integrar o mundo de aplicações corporativas com PaaS, ajudando clientes na adoção incremental, segura, e maximizando os benefícios da nuvem. Duas aquisições de empresa e a formação de uma joint venture fizeram com que a EMC se juntasse ao time de organizações que apostam na nuvem como modelo de negócios. VMware e SpringSource possibilitaram o ingresso em PaaS e a VCE [união da Cisco, EMC e VMware], ampliou o leque. “Com a SpringSource, foi possível incorporar o vFabric, família de produtos de middleware integrados, voltada para aplicações que lidam com grandes quantidades de dados”, conta Nelson Esquivel, da equipe de pré-vendas e serviços consultivos da EMC. Ele aponta que a EMC espera ampliação não só em PaaS, como em SaaS e IaaS, com destaque para virtualização e, principalmente, desenvolvimento de testes, já que cada vez mais companhias estão migrando aplicações críticas para o ambiente virtual com o objetivo de facilitar o gerenciamento e ampliar o go to market market. A Oracle também www.computerworld.com.br

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18 capa apostou em aquisição para fortalecer a estratégia. Consumiu sete anos para esquentar os motores e entrar na arena de cloud. Uma das principais movimentações da empresa no setor foi a compra da Sun Microsystems, que conta com o Solaris, sistema operacional voltado para a nuvem, explica Weligton Pinto, diretor de Vendas Consultivas em Hardware da Oracle. PaaS está em evidência na oferta de nuvem da empresa com sede em Redwood City, nos Estados Unidos. “Ela oferece a possibilidade de criar ‘pequenos gigantes’, companhias menores que podem atender a segmentos específicos”, avalia. Como exemplo de tecnologias de PaaS, ele cita o Oracle Java Cloud Service, plataforma empresarial para desenvolvimento, implementação e gerenciamento de aplicativos cruciais na plataforma Java. A Oracle afirma que a procura tem aumentado, especialmente no segmento de telecomunicações, que está na vanguarda do desenvolvimento de soluções, segundo Weligton. Para a UOLdiveo, cloud é um meio e não um fim. É o que garante Marcos Rodrigo Silva, diretor de Produtos da companhia. “Quando montamos ambientes para nossos clientes, uma boa arquitetura é usar plataforma como

Edgar Silva, gerente de Pré-vendas da Red Hat Brasil

serviço”, diz. Ele aposta no oferecimento de valor agregado na categoria. Se o cliente já tem plataforma, é possível embarcar CRM, diz, ou qualquer outra solução, sem se preocupar com a contratação de licenças. A grande arma do UOLdiveo na modalidade PaaS, segundo Silva, é a construção de contingência para nuvem. “Vamos oferecer a possibilidade de desenvolvimento de sites de continuidade de negócios. Esse será nosso posicionamento diferenciado. Hoje, ter contingência é algo caro, com essa alternativa muitas empresas poderão garantir a preservação dos seus negócios”, acredita. “Nossa estratégia tem foco e não produto específico”, alfineta o executivo que faz questão de ressaltar que há muito não assistia a um esforço coordenado na modalidade, de fabricantes, provedores e integradores. “Estamos quebrando barreiras. Embora a demanda ainda não seja grande, com certeza a aceitação está em alta”, garante. O alvo da T-systems com o PaaS são as empresas de grande porte. “Nosso modelo comercial é somente para atendimento à pessoa jurídica e organizações maiores. Mas a aceitação ainda é tímida”, diz Luis Hirayama, diretor de Desenvolvimento de Negócios da T-Systems. Hirayama explica que a empresa possui a plataforma Dynamics Services, desenvolvida internamente. “A nossa inteligência está em como alocar o hardware e como fazer a cobrança. Para tornar o modelo mais abrangente, realizamos parcerias globais com Microsoft, Oracle, SAP, entre outras empresas”, destaca. No momento, a Dualtec estuda parcerias com empresas do segmento para construir a estratégia de PaaS. “Vamos lançar nossa oferta em 2013”, projeta Lauro de Lauro, fundador e CEO da Dualtec. A estratégia, diz, poderá ser aplicada em qualquer data center. De acordo com ele, a mobilidade tem sido um dos grandes motores de PaaS. “O modelo não é adequado para uma grande,

Cleber Gomes, diretor de Operações da Globalweb média ou pequena empresa, é voltado para o desenvolvedor e, hoje, o profissional dedicado a aplicações móveis está sendo cada vez mais demandado”, relata. Outra que aposta em alianças para conquistar o nicho é a CentralServer, que uniu-se à Intelig para oferecer infraestrutura para PaaS que responde, hoje, de 25% a 30% da receita da provedora de serviços de data center, cloud e hospedagem de sites. “É um mercado atraente, que vai permitir que as pequenas empresas evoluam e os desenvolvedores também”, comenta Rui Suzuki, diretor Comercial do CentralServer. A companhia tem a meta de crescer 50% nesse segmento. Suzuki destaca que o diferencial da organização no setor é o conhecimento em cloud adquirido ao longo dos anos. “Criamos uma série de procedimentos que herdamos da nossa antiga fase de desenvolvimento de software e também contamos com as melhores práticas para gestão de servidores”, garante. Todos esse fornecedores sinalizaram que não é o ano do PaaS, mas, certamente, da construção de seus modelos comerciais, da consolidação da sua aceitação e do desenho de um mercado mais desenvolvedor, criativo e empreendedor. Mas a estimativa é de crescimento do modelo nos próximos anos. n

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Cases

Na prática

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uitos são os benefícios proporcionados aos desenvolvedores quando optam pela contratação de plataforma como serviço (PaaS). Consultores ressaltam que é uma boa maneira de o profissional dedicar-se,

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de fato, ao trabalho de construção de aplicativos, deixando o restante com o fornecedor, como gerenciamento, licenças de uso, atualização e manutenção da infraestrutura, entre outras agruras, com a vantagem da redução de custos da operação.

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Usar plataforma de desenvolvimento na nuvem, agiliza o tempo de criação de aplicações, com flexibilidade e redução de custos

Eles afirmam que ainda é terreno árido no País, porque o conceito e os modelos comerciais ainda não estão claros, o que estanca o avanço da adoção. “Há muito desconhecimento”, dizem. Mas quem já entendeu e adotou, já desfruta de bons resultados.

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20 Cases Mas não basta ter apenas uma boa ideia para começar um pequeno negócio no ramo de desenvolvimento de software no Brasil. É preciso capital e ter acesso às tecnologias certas, o que é um privilégio de poucos empreendedores. Mas a nuvem está encurtando esse caminho e ajudando startups a alçar voo, lançando operações baseadas em plataforma como serviços (PaaS). Foi em cima desse modelo que o baiano Camilo Telles construiu o seu negócio, a startup Zeteks, dona de um sistema para venda de ingressos online, que processa desde megaeventos internacionais a pequenos rodeios no interior de São Paulo. “Quem já abriu uma empresa sabe o quanto é difícil colocá-la em operação”, conta Telles, que fundou a startup em 2009, com a visão de que no futuro a compra de ticket será online. Ele acredita que a nova geração não perderá tempo em bilheterias, preferindo fazer pedidos de entradas pelo celular. Por apostar nessa tendência, o empresário decidiu migrar sua aplicação, que estava num servidor nos Estados Unidos para rodar na plataforma como serviço Azure da Microsoft. Segundo ele, a empresa deu um salto e começou a virada. O grande teste para esse momento foi a conquista do contrato para vendas dos ingressos para o Rock in Rio 2011. Seu software bateu a comercialização de 700 mil tickets. Este ano, a companhia esteve à frente de outro megaevento, que foi a turnê do ex-Beatle Paul McCartney este ano ao Brasil, que vendeu 400 mil entradas. “Somos uma empresa de serviços, baseada em software, e não queríamos gerenciar mais servidor nem ter infraestrutura”, conta Telles. Ele avalia uma das maiores vantagens do uso de PaaS é poder alocar processamento de acordo com a demanda do seu negócio, que é elástico. “Nunca sabemos quanto vamos vender. Tem dias que não vendemos nada. E em outros, vendemos um milhão de ingressos”, conta o fundador da Zeteks. Com essa característica, Telles afirma

que teria dificuldades para montar servidores dentro de casa. “A maior contribuição da plataforma como serviço é que os custos são variáveis e não fixos”, conta o executivo, que estima vender em 2012 ingressos para cerca de 200 eventos, que vão de megaeventos a campeonatos de futebol do São Paulo Futebol Clube. A Zeteks é operada por uma equipe de dez pessoas, somando analistas e desenvolvedores e chamou tanto a atenção do mercado que recentemente foi adquirida pela Santarema Eventos. Mas Telles continua à frente do negócio, que ele acredita ter muito espaço para crescer.

De vendas de ingressos para o Rock in Rio à turnê de Paul McCartney,

PaaS possibilita lancar startups no mercado

segurança para usuários de celular, que cria uma rede de proteção para transmitir alertas para polícia, familiares e amigos do assinante em caso de sequestro ou situações de emergências. O Agentto roda em smartphones com sistema operacional Android, iOS (Apple) e Windows Phone e se integra a bases de dados de instituições públicas, como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e órgãos de defesa do consumidor. O usuário baixa a aplicação e monta a rede de pessoas que ele gostaria que fosse avisada em situação de perigo. Paulo Roberto de Oliveira, diretor de Tecnologia da Invit, conta que a companhia optou por desenvolver a aplicação na nuvem pelo seu modelo de negócio. Como o software está disponível para usuários de celulares gratuitamente, não gera receita. “A aplicação foi pensada para atender a milhões de usuários no Brasil e em qualquer lugar do mundo. Precisávamos de alto poder de processamento a baixo custo”, diz, explicando que sem PaaS a solução seria inviabilizada. O Agentto está chegando ao mercado na sua versão final e já conta com 3 mil assinantes em Uberlândia, onde fica a sede da Invit. A expectativa de Oliveira é conquistar 12 milhões de usuários até o final de 2012. Para ser distribuído em larga escala, o software foi desenvolvido em quatro línguas: português, inglês, francês e espanhol. Pelo sucesso conquistado em tão pouco tempo, Oliveira informa que há planos de torná-lo um negócio a parte da Invit, controlado por uma empresa nova que levará o mesmo nome do aplicativo.

Segurança no celular

Codiminer nasce para apoiar startups

A empresa mineira Invit percorreu caminho parecido ao da Zeteks. A companhia baseou-se na plataforma como serviços na nuvem da Microsoft para desenvolver o software Agentto, lançado em versão beta em novembro do ano passado com aporte da Financiadora de Estudos Especias (Finep).Trata-se de uma solução de

Criada no final do ano passado para prestar serviços de web, a Codiminer desenvolve aplicações em cima de PaaS para ajudar startups de internet a se lançarem rapidamente no mercado. Segundo Daniel Pisano, cofundador da companhia, 14 projetos estão no forno. Entre seus clientes, estão empreendedores de e-commerce, redes

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21 sociais, focadas em futebol e outros tipos de negócios online. A Codiminer faz projetos sob demanda, atuando desde a concepção dos negócios até o desenvolvimento. Segundo Pisano, em dez meses de operação, a empresa já entregou alguns projetos. Entre os que já foram lançados estão a Palpiteiros (palpiteiros.com.br), rede social, focada em futebol. Para criar aplicações web para seus clientes, a Codiminer apoia-se na linguagem Ruby on Rails. “Essa tecnologia está sendo bem aceita em comunidades do mundo e gerou um nicho de trabalho”, diz Pisano. Ele conta que percebeu que a plataforma oferecia uma oportunidade de negócios e resolveu formar a empresa com outros dois sócios. “O mercado estava demandando por uma empresa especialista para atender rapidamente a startups com modelo de desenvolvimento de uso mínimo de infraestrutura, esforço e máximo de valor para o produto”, relata Pisano. A Codiminer nasceu com capital dos sócios. Para desenvolvimento das aplicações, a Codiminer usa infraestrutura de empresas como Dualtec, Locaweb,

A plataforma facilita a vida do desenvolvedor e do administrador do sistema para que haja o

mínimo esforço de configuração dos serviços voltados para infraestrutura

Daniel Pisano, Cofundador da Codiminer

Amazon e Heroku. “A Heroku, por exemplo, desenhou uma oferta de PaaS em cima da tecnologia que utilizamos. Essas empresas fornecem a infraestrutura para fazer desenvolvimento de aplicações e hospedar essas aplicações quando elas vão para o ar”, informa. Pisano avalia que o grande benefício do PaaS é a possibilidade de trabalhar em ambientes mais automatizados. Assim, sobra mais tempo para focar no desenvolvimento das aplicações. “A plataforma facilita a vida do desenvolvedor e do administrador do sistema para que haja o mínimo esforço de configuração dos serviços voltados para

infraestrutura. Esse é o core da empresa”, avalia o executivo da Codiminer.

Estrutura da operação A Codiminer conta com um time de 55 desenvolvedores com conhecimento de PaaS, o que garante entregas rápidas para que startups consigam se lançar com mais velocidade no mercado. Para ganhar mais fôlego, a empresa alinhava no momento uma parceira com a Dualtec, que está estruturando uma infraestrutura como base para PaaS. O maior desafio da recém-chegada a esse mercado é o de competir com empresas já consolidadas e em curva acentuada de conhecimento. Com

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24 Cases serviços diferenciados e velocidade, a empresa espera criar uma clientela cativa e fechar 2012 com faturamento de 8 milhões de reais.

Setor financeiro no PaaS “A Tivit criou uma plataforma de desenvolvimento de processos entre empresas diferentes, como se fosse um hub”, explica Fabiano Droguetti, diretor de Soluções e Tecnologia da Tivit. Segundo ele, a última oferta conjunta, originada dessa plataforma, foi com a Câmara de Cessões de Crédito da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). “É uma plataforma de serviço que a CIP está evoluindo para outros serviços que fazem parte do sistema financeiro”, relata Droguetti. Em janeiro deste ano, mais um sistema foi desenvolvido, o C3. Projetado para registrar parcelas de operações de crédito, objetos de

negociações de cessões interbancárias, o C3 não permite duplicidade dos processos, por meio de um controle ágil e centralizado. O sistema, cujo funcionamento foi autorizado como Câmara sistemicamente importante pelo Banco Central, é fruto de iniciativa do mercado como medida macroprudencial para as operações de cessão de crédito. Para implementar o modelo, a CIP firmou acordo com a Tivit, no início de 2011, que contemplou duas áreas de negócios: a de Sistemas Aplicativos e a de Terceirização de Infraestrutura de TI. A demanda da CIP tinha como objetivo ampliar a segurança das operações de cessões de crédito interbancárias, reduzindo riscos e evitando que o mesmo crédito fosse negociado simultaneamente com duas ou mais instituições financeiras. “A C3 é uma infraestrutura de mercado que aprimora o controle das cessões de crédito. Só em março do ano passado, as cessões corresponderam a 4,16 bilhões de reais, demonstrando sua importância sistêmica”, afirma Joaquim Kavakama, superintendente da CIP. Além do desenvolvimento de todo o sistema, a Tivit é responsável pela sustentação do aplicativo, que possui 100% do processamento das transações em tempo real, operados nos data centers da empresa, em São Paulo e no Rio de Janeiro, que possuem 99,999% de disponibilidade, segundo a companhia. O projeto cosumiu cerca de dois meses para o lançamento da primeira fase, que foi a conciliação do estoque dos contratos já cedidos, com a alocação de uma equipe de 60 pessoas e conta com 15 terabytes de storage. A participação na C3 é aberta para todas as instituições financeiras e a fundos de investimentos

A CIP desenvolveu sistema para registro de operações de crédito, com base no PaaS da Tivit, que irá

evoluir para outros serviços financeiros Fabiano Droguetti, diretor de soluções e tecnologia da Tivit que operam no mercado de cessões de créditos, originados dentro do Sistema Financeiro Nacional.

Plataforma entra na moda A Salesforce.com ajudou a tradicional marca da indústria da moda, a Burberry, a desenvolver uma solução capaz de unir a empresa à legião de fãs e parceiros. De acordo com a CEO da britânica Burberry, Angela Ahrendts, “é preciso estar totalmente conectado com todos os envolvidos com a sua marca”. Esse é o primeiro passo para estabelecer uma relação de longo prazo com os consumidores, cada vez mais exigentes e presentes na internet e redes sociais. A tecnologia que protagonizou a realização foi a Force.com, plataforma como serviço (PaaS) da Salesforce.com, que contribui para o desenvolvimento de soluções e coloca em funcionamento aplicações sociais e móveis em tempo real. Usada por milhares de empresas em todo o mundo, já contribuiu para o lançamento de aplicativos de organizações de diferentes tipos e setores de atuação.

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25 Tudo começou a partir de um encontro entre o CEO da Salesforce. com, Marc Benioff, em um hotel em Nova York, nos Estados Unidos, com Angela e o CTO da BurBerry, John Douglas. O esboço do que é hoje o social business da empresa teve início em um guardanapo. Nascia ali, segundo eles, o primeiro passo em direção à integração total entre empresa, funcionários, clientes e marca. A Burberry usa meios de comunicação web e mídias sociais para ampliar a divulgação e a presença da marca e interagir com clientes e fãs de maneiras totalmente novas. A preocupação de Angela e do diretor Christopher Bailey é modernizar a empresa, que tem mais de 150 anos de atuação, para que permaneça ativa nas próximas décadas. Admirada especialmente pelas mulheres, a empresa está desbravando novos caminhos em mídias sociais. A marca tem mais 10 milhões de fãs no Facebook, em que conta com uma página ativa e usa a tecnologia da

a mesma experiência que teria ao ir pessoalmente à loja”, diz Angela. “Todos estão alinhados ao mesmo sentido da marca e da cultura da empresa. E podem vir ao Mundo Burberry e entender o caminho e a missão que estamos trilhando.” Ela lembra que qualquer CEO em busca de diferencial e lucratividade tem de voltar às atenções para o mundo social e conectar-se com todos aqueles que têm relação com a marca. “Se ele não fizer isso, o modelo de negócios daqui cinco anos poderá se perder”, aconselha.

Na trilha dos maratonistas Outra empresa que estabeleceu forte ligação com os consumidores por meio da web é a norte-americana Asics, fabricante de vestuário e calçados para o segmento de esportes. Ela quis ir além da exibição de cartazes e logotipos em maratonas-chave para impactar positivamente as experiências dos corredores. A empresa também queria se envolver com os amigos e familiares

PaaS da Salesforce.com, a Heroku contribuiu para o desenvolvimento da campanha de apoio à ING New York City Marathon 2010 Salesforce.com para manter-se nesse nicho e estar à frente da concorrência no contato com os consumidores. “Queríamos ser uma empresa totalmente digital, de ponta a ponta, e por isso procuramos a Salesforce. com para nos ajudar a construir essa estratégia”, diz a executiva. “Nossa visão é que o cliente tem acesso total à Burberry, em qualquer dispositivo, hora e lugar, recebendo

que não puderam estar lá pessoalmente para apoiar e torcer pelos maratonistas no dia da corrida. Bill Logee, gerente de Marketing da Acsis, explica como surgiu a ideia de estruturar uma iniciativa nas redes. “Queríamos fazer algo um pouco mais altruísta, e realmente melhorar a experiência dos participantes e os consumidores, em vez de apenas falar com eles.” Para atingir esses objetivos, a empresa

escolheu a plataforma como serviço (PaaS) da Salesforce.com, a Heroku, contribuindo para o desenvolvimento da campanha Support your Marathoner [Apoie o seu Maratonista]. Comprada em 2010 pela Salesforce, a Heroku é a criadora de uma plataforma para aplicativos em nuvem baseada na linguagem Ruby e Java e suporta múltiplas estruturas, bases de dados e linguagens. Mais de 170 mil aplicativos em todo o mundo foram desenvolvidos na esteira da solução. O Facebook, por exemplo, é um dos grandes usuários da plataforma. A promoção Acsis permite que amigos e parentes enviem palavras de encorajamento, utilizando vídeos, imagens ou texto para os maratonistas que estão apoiando. Cada corredor recebe uma etiqueta RFID para colocar até mesmo no tênis para que, ao passar pelos sensores em determinados marcadores de milhas na corrida, suas mensagens personalizadas sejam exibidas em telas gigantes de LED. Os corredores podem se inscrever por Facebook ou Twitter, grandes redes que possibilitam contatos entre amigos, empresas e consumidores em todo o mundo, para criar uma página de perfil e solicitar mensagens de apoio. Lá, amigos e familiares podem entrar em suas contas no Facebook e Twitter para registrar e postar mensagens. Os maratonistas também têm a opção de pré-gravar mensagens que são enviadas para atualizar os seguidores sobre seus progressos. Em sua primeira edição, em 2010, a ING New York City Marathon, com o Support your Marathoner, recebeu 19 mil mensagens pessoais e 2 mil vídeos. Além de continuar em Nova York, o programa já foi expandido para a Costa Oeste e LA Honda Maratona. “Essa foi a primeira maratona de eventos socialmente desenvolvida”, diz Logee. “As plataformas sociais estão nos tornando mais interativos e envolventes do que qualquer ação que já realizamos antes. Nós não poderíamos criar esse tipo de impacto sem ser por meio das redes sociais.” n www.computerworld.com.br

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INVESTIDORES

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Produção:


28 tecnologia

os princípios-chave da nuvem isaca, entidade da área de segurança da informação, indica pontos que devem ser levados em consideração ao adotar cloud

A

computerworld (Venezuela)

Information Systems Audit and Control Association (Isaca), entidade internacional da área de segurança, afirma que embora a computação em nuvem possibilite valor para as organizações, a maioria ignora os impactos da transferência de tomadas de decisão de gestores de TI para os executivos de negócios. Na visão de Ramss Gallego, membro do comitê de práticas da Isaca, cloud computing representa uma oportunidade única para as empresas, particularmente para as pequenas e médias. Por outro lado, para a associação, esquecer a fiscalização e o controle das decisões sobre cloud pode gerar “riscos www.computerworld.com.br

significativos” para as companhias, eliminando os benefícios da mudança para a nuvem e, ao mesmo tempo, criando “graves problemas”. “Somente por meio do controle e do gerenciamento da nuvem, é possível obter todo o potencial do modelo”, analisa a Isaca. Para ajudar as empresas a gerenciar possíveis “pontos de pressão”, que começam a aparecer quando as estratégias de computação em nuvem divergem dos serviços de TI prestados internamente ou do regime de outsourcing, a entidade publicou o relatório “Guiding Principles for Cloud Computing Adoption and Use”, que contém os seguintes princípios fundamentais:


29

1

Habilitação: é necessário planejar a

computação em nuvem como uma estratégia que vai muito além de um simples acordo de terceirização ou de uma plataforma técnica. É adequado ainda considerar os negócios e as necessidades operacionais e periodicamente revisar a estratégia empresarial e a contribuição da TI para garantir que as iniciativas de cloud ampliaram e vão cotinuar a ampliar o valor da utilização de recursos.

2

Custo/benefício: é preciso avaliar os benefícios da adoção do modelo a partir de uma compreensão total do custo em comparação com outras plataformas tecnológicas. As empresas devem, por exemplo, documentar, de forma clara, as vantagens esperadas de rápido provisionamento de recursos, escalabilidade e capacidade de continuidade e ainda o custo do ciclo de vida dos serviços de TI prestados internamente ou por meio de um provedor.

3

Risco: convém adotar uma perspectiva de gerenciamento de risco para a empresa monitorar a adoção e o uso da computação em nuvem. Para entender esse princípio, a Isaca recomenda que as organizações considerem as implicações de privacidade no ambiente virtualizado e avaliem ainda exigências e restrições legais de privacidade, considerando as necessidades do cliente.

4

Capacidade: é necessário integrar todas as capacidades que os prestadores de serviços oferecem aos recursos internos para fornecer uma solução de entrega e suporte técnico abrangente. Para isso, a Isaca aponta que é adequado, por exemplo, determinar como as políticas, práticas e processos atualmente suportam o uso de tecnologia. Além disso, avaliar que a transição para a nuvem exigirá políticas, práticas e mudanças de processos, e também o impacto que elas terão sobre as capacidades.

5

Responsabilidade: definir claramente

as responsabilidades internas e dos provedores do serviço. Para isso, entenda como são atribuídas as responsabilidades e executadas na estrutura organizacional e de que forma políticas e práticas são tratadas no universo de soluções de cloud computing.

6

Confiança: é vital fazer da confiança

parte essencial das soluções em nuvem, gerando segurança em todos os processos de negócios que dependem de cloud. Assegure que os prestadores de serviços de software compreendam a importância da confiança.

Cuidados na estratégia O instituto de pesquisas Gartner indica que companhias precisam considerar desafios e oportunidades do modelo. Embora o potencial da computação em nuvem seja impressionante, dizem especialistas, o impacto e o nível de aprovação ao longo do tempo são incertos e requerem revisões frequentes da estratégia empresarial. Nesse sentido, o Gartner identificou para a Computerworld [Espanha] cinco tendências de cloud computing que estão ganhando força e que podem se fortalecer nos próximos três anos. Para passar por essas fases com tranquilidade, as companhias devem desenhar um planejamento afinado com o novo universo. Por exemplo, a nuvem traz uma série de benefícios, como redução de custos, maior flexibilidade e complexidade baixa, além de direcionar recursos para áreas de maior valor agregado, reduzindo os riscos. No entanto, esses benefícios potenciais devem ser cuidadosamente examinados e comparados com os desafios e as ameaças, incluindo segurança, falta de transparência, preocupações com o desempenho e a disponibilidade, restrições sobre as necessidades de licenciamento e integração. Esses problemas criam um ambiente complexo e, portanto, devem ser levados em consideração ao avaliar a nuvem.

Segundo o Gartner, a cloud híbrida é um imperativo hoje. O modelo referese à coordenação e à combinação de computação em nuvem terceirizada (pública ou privada) e a infraestrutura interna da empresa. Ao longo do tempo, a nuvem híbrida pode resultar em um modelo unificado, em que há uma cloud formada por várias plataformas que podem ser usadas, conforme necessário, com base na mudança de requisitos de negócios. O instituto recomenda que as organizações tenham em mente que quando os aplicativos são executados em nuvens públicas devem ser estabelecidos diretrizes e padrões para determinar como esses elementos se combinam com os sistemas internos para formar um ambiente coerente que ofereça um bom desempenho.

Ajuda de quem entende A escolha de cloud implica na adoção de um suporte. Um integrador de serviços em nuvem é um provedor de serviços que desempenha um papel intermediário na migração para a computação em nuvem e pode ajudar no momento pós-implementação. O interesse no conceito aumentou no ano passado e o Gartner espera que essa tendência cresça nos próximos três anos, à medida que as empresas buscam mais serviços de nuvem sem envolver o departamento de TI. As empresas também não devem se esquecer de migrar, na primeira oportunidade que tiverem, as cargas de trabalho de infraestrutura existente para a nuvem. Essa abordagem pode trazer benefícios quando a organização tem exigências de recursos variáveis. No entanto, para explorar plenamente o potencial de um modelo de nuvem, as aplicações devem ser concebidas com características, limitações e oportunidades de um modelo de nuvem em mente. O instituto de pesquisas recomenda que as empresas olhem para além da migração de cargas e que aproveitem todo o potencial de aplicativos do modelo. n www.computerworld.com.br

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32 tecnologia

Alinhar

cloud e

negócio é vital

Os objetivos estratégicos da empresa devem estar entrelaçados ao potencial de cloud computing para garantir o sucesso do modelo Seamus Bellamy, PC World (USA)

P

esquisas indicam que o tráfego global na internet gerado pelo uso de serviços de cloud computing aumentará 12 vezes até 2015. Prova de que a procura está crescendo. Para aqueles que estão em busca de expansão dos negócios e não sabem se a nuvem está em linha com os objetivos estratégicos da empresa, veja a seguir cinco dicas para ajudar na identificação.

1

Menor custo de propriedade: migrar dados críticos e aplicações para a nuvem pode ser significativamente mais rentável do que manter o hardware nas instalações da empresa. Como seus dados são armazenados na infraestrutura do provedor de serviços, não há necessidade de investir na compra de equipamentos, manutenção ou atualização do servidor. Além disso,

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REVISTA

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Anuncie nas principais edições do ano A revista Computerworld cria valor para sua audiência e atende a todos os tipos de influenciadores de TI, os executivos do segmento de grandes empresas, responsáveis por identificar as necessidades da área de tecnologia, avaliar as soluções potenciais e tomar a decisão da compra.

Acompanhe os temas em destaque no calendário editorial de 2012 da revista Computerworld Edição

Tema em destaque

Setembro (550) IT Leaders

Reserva de espaço

Entrega do material

10/set

17/set

Eventos

IT LEADERS

Outubro

(551) Telecom/Iaas

05/out

08/out

Novembro (552) Segurança

06/nov

09/nov

Dez-Jan

07/dez

20/dez

(553) Estratégias e Tendências de TI – A Nova Arquitetura

Para anunciar:

Entre em contato conosco: (11) 3049-2000 (11) 3049-2095 comercial@nowdigital.com.br Computerworld impressa Tiragem 15.000 exemplares Número de Leitores 60.000 Periodicidade Mensal Circulação Nacional - auditada pelo IVC Capa da edição de Agosto/2012

Uma publicação:

2012


34 tecnologia como os dados e o software estão sob responsabilidade de um provedor, a companhia contratante pode diminuir o número de funcionários de TI [ou contratados], necessário para manter o hardware on premise funcionando. Poderá, portanto, direcionar profissionais para atividades mais estratégicas que agreguem valor aos negócios.

2

Continuidade dos negócios: ao migrar os dados da companhia para uma empresa especializada no fornecimento de soluções de computação em nuvem, a organização não está apenas investindo em uma solução de armazenamento off-site, mas também comprando um pouco de tranquilidade. Isso porque provedores de soluções em nuvem contam com funcionários treinados prontos para responder a emergências 24 horas por dia, garantindo que companhia e funcionários tenham acesso a arquivos e a aplicações de negócio. Por padrão, a computação em nuvem oferece uma solução de backup instantânea fora do local em que está rodando. Em casos de desastres no escritório, a continuidade dos negócios será assegurada, graças ao fato de que as informações são replicadas para outro local.

3

TI sob demanda: ter uma solução de computação em nuvem, que pode crescer rapidamente para atender às demandas de funcionários e clientes, é uma obrigação. Conforme os negócios crescem, a solução baseada na nuvem pode ser rapidamente escalada para atender às crescentes necessidades. Essa movimentação pode ser especialmente importante para empresas que dependem de vendas na web como representatividade significativa da receita. A falta de capacidade do servidor pode rapidamente resultar em vendas perdidas.

4

Mobilidade: com os dados da empresa na nuvem, a companhia e os funcionários podem ter acesso a importantes informações em qualquer lugar e a qualquer hora, basta ter acesso à internet. Esse cenário reflete

no aumento da produtividade. Os funcionários podem trabalhar a partir de suas mesas ou carros. É possível acessar, trabalhar e atualizar dados de missão crítica, como uma apresentação do PowerPoint, a partir do escritório, antes de o pessoal de vendas usá-la do outro lado do país.

5

Concorrência acirrada: ao contratar o modelo de computação em nuvem, a empresa não mais terá de investir em infraestrutura e em especial em atualizações e manutenções. Poderá contar com tecnologias emergentes, pois os provedores de nuvem, para reter seus clientes, cuidarão disso. n

Mais cuidados A Computerworld norte-americana listou alguns cuidados essenciais a serem tomados antes de adotar cloud computing.

Informe-se: antes de partir rumo à nuvem, colha o máximo possível de informações. Conheça os princípios e as definições do que vem a ser computação em nuvem. “Por vezes, o estudo pode levar até seis meses”, sugere Johan Gossens, chefe de TI da representação do Tratado do Atlântico Norte, nos EUA, localizado no estado da Virgínia. Conheça os aplicativos: de seu escritório em Nova York, o CTO da seguradora de saúde EmblemHealth, Pedro Villalba, avisa sobre a necessidade que as organizações têm de conhecer profundamente o inventário de aplicativos. “Antes de migrarmos para computação em nuvem, identificamos todos os processos essenciais ao negócio e determinamos quais deles precisam de ambientes separados para funcionar adequadamente. Alguns deles, assim descobrimos, não eram compatíveis e não foram integrados à nuvem.” Saiba o que é e onde encontrar: para o CTO da Deloitte, Mark White, a nuvem tem uma definição: “Não é mágica e não é uma bala de prata para resolver todos os problemas da empresa”. “Trata-se de uma implementação que visa dar ao CIO a oportunidade de descobrir onde deve ser aplicada”, define. A boa notícia é que as nuvens públicas oferecem uma boa saída para quem quer e precisa de tais ensaios. Com base nessas plataformas, podem ser descobertas informações sobre desempenho e outras características sobre o serviço. Minimize expectativas: ao implementar nuvem privada, uma sugestão é tentar configurá-la

de modo simples, semelhante à da Amazon. “Experimente dar aos usuários o poder de posicionar um aplicativo na nuvem em apenas 15 minutos, mas saiba que os resultados podem ser variados”, diz o vice-presidente e analista-chefe da Forrester, James Staten. É crucial que a TI informe detalhadamente as especificações para cada tipo de aplicação. Uma vez com essa documentação em mãos, as empresas podem dar início ao posicionamento de aplicativos na nuvem pelos próprios colaboradores. Basta que cada solicitação seja examinada para verificar se as características de cada solução sejam garantidas, quando funcionando a partir de uma nuvem.

Use produtos básicos: compre uma solução pronta de nuvem. A estratégia encontra fundamento por causa de toda a conversa que gira em torno da nuvem e a urgência com que é tratada. “As soluções prontas vêm em dois formatos diferentes”, explica Staten. Pode ser adquirido primeiro um software para a nuvem e em seguida, providenciadas as bases do hardware sobre as quais a solução funcionará. “Normalmente, recomendamos que as TIs comecem com estruturas pequenas, dessa maneira podem aprender de forma gradativa e razoavelmente barata”, sugere o analista-chefe da Forrester.

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OPINIÃO

Pág.

na nuvem, negócios e ti precisam andar juntos

ARTIGO

03 Pág.

nem só de novas tecnologias vive a inovação

14

negócios • tecnologia • liderança AGO 2012 | nO 43 cio.com.br

simplicidAde Ade

ainda que tardia A complexidAde do fácil, nAt A urAl e intuitivo desAfiA os cios. At vejA como Alguns guns deles estão enfrent enfrentAndo A difícil ttArefA ef efA de tornAr mAis simples suAs ferrAmentA ent s e processos entA



Ja m e s S tat en*

opinião

Como os CIOs podem obter mais da nuvem Buscar a colaboração com as áreas de negócios é o primeiro passo para implementações de cloud bem-sucedidas

P

esquisas da Forrester mostram que muitos líderes de TI estão adotando serviços em nuvem, especialmente SaaS, mas tendem a ver os serviços em nuvem como inferiores às suas próprias implementações internas. Infelizmente, essa visão é desinformada. Empresas que têm a experiência mais direta com os serviços em nuvem relatam que elas podem entregar mais segurança, desempenho, escalabilidade e eficiência de custos do que a TI tradicional. Mas só quando a companhia reconhece que tem uma responsabilidade direta na configuração do serviço corretamente consegue atingir esses objetivos. A questão é: negócios e TI precisam um do outro para obter o máximo de serviços em nuvem, e só por meio da colaboração é possível alcançar o sucesso. A preocupação real sobre computação em nuvem não é com os serviços e sim com a falta de comunicação sobre o assunto entre o negócio e a TI. Serviços de nuvem pública não ameaçam o papel das empresas de TI. Assim, para obter o maior sucesso do modelo, os CIOs devem:

Obter experiência com a nuvem de hoje: não deixe que os membros da equipe apontem deficiências da nuvem se eles não têm experiência direta. Atribuir um time para experimentar plataformas de nuvens públicas e aprender em primeira mão sobre as capacidades que podem atender em sua configuração básica e que devem ser cumpridas pelo departamento de TI para atingir necessidades corporativas. “Muitas de nossas suposições sobre nuvem nos tem deixado em apuros logo no início”, disse um desenvolvedor de aplicativos de uma empresa de entretenimento. Não se esconda atrás dos escudos de conformidade ou de segurança: uma desculpa comum de clientes da Forrester sobre o motivo de eles não adotarem computação em nuvem é porque essas empresas estão em setores altamente regulamentados e não podem satisfazer os requisitos de conformidade com os serviços em nuvem. Mas há também muitas aplicações na sua companhia que não lidam com dados regulamentados ou processos para iniciar experimentos com

esses aplicativos na nuvem. Isso permitirá que você aprenda que é preciso para depois colocar aplicativos compatíveis para essas plataformas. Além disso, ele dará a sua equipe de segurança e de risco a oportunidade de expulsar os potenciais problemas de segurança.

3

Não rejeitar a nuvem por razões econômicas, a agilidade pode importar mais: o negócio não é, necessariamente, iludir, porque você se acha incapaz de entregar o que precisa a um preço que seria viável na nuvem. Muitas vezes é porque a nuvem realmente pode entregar algo que você não pode. Em alguns casos, é possível ter o melhor custo de um serviço na nuvem internamente, mas uma mudança para um serviço de cloud computing pode trazer outras melhorias significativas. Construa sua nuvem: as nuvens são altamente automatizadas, com soluções compartilhadas que dão acesso autônomo e controle. Não é isso que você deseja entregar também? Mas você não pode chegar lá sem a compreensão dos fundamentos necessários para fazer isso direito. Aprenda com aqueles que construíram nuvens privadas, e considere começar com uma solução construída, tal qual uma nuvem que pode ser implementada dentro de casa. Se não for possível, coloque a sua confiança em um fornecedor de serviços que oferece soluções hospedadas em nuvens privadas. Não seja enganado por cloudwashing e cuidado para não fazê-lo: se os serviços não oferecem autosserviços, alto grau de automação, economias de escala e economia da nuvem, então eles não entregam benefícios verdadeiros. Para ser um serviço de nuvem, deve ser um serviço normalizado, entregue da mesma maneira para cada cliente. Se um vendedor pergunta: “Que tipo de nuvem podemos construir especificamente para você?” - Corra! CIO James Staten é vice-presidente e analista principal da Forrester Research www.cio.com.br

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gestão

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CIOs em

busCa a de

simplicidade O atual emaranhado de tecnologias prejudica a agilidade nos negócios e seus resultados. Alguns dizem que é hora de declarar guerra à complexidade

em TI

Kim S. NaSh, CiO/EUa

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N

enhuma empresa se propõe a criar processos complexos suportados - algumas vezes, em vão - por camadas de tecnologia muito complicadas. Mas, muitas vezes, é o que elas enfrentam. Aplicações que exigem dias de treinamento, mas ainda geram rios de chamadas para o help desk. Bancos de dados e ferramentas muito velhos para os fornecedores prestarem suporte, contudo vitais para os CIOs se desligarem. Data centers engasgados com servidores e dispositivos sem fio, conectados a outros como eles. Você sabe por que isso acontece? Tecnologias obsoletas acumulam-se quando departamentos mudam para a próxima novidade. Fusões e aquisições trazem pessoal de TI à sua porta, acrescentando camadas às suas camadas. A Shadow IT anda em paralelo com a TI sancionada. Os CIOs falham em definir ou fazer cumprir as normas. E o tempo todo, projetos de consolidação e integração que custam dinheiro perdem a luta por financiamento para projetos voltados ao cliente que prometem fazer dinheiro. Você também sabe que isso não é bom. Essa bagagem toma tempo e dinheiro para manter, diz Frank Wander, fundador do IT Excellence Institute e ex-CIO da Guardian Life Insurance. “Os custos para manter a complexidade em execução tira espaço para investimentos em dólares”, diz Wander. “Isso afeta a agilidade.” Um ciclo preocupante. “Simplicidade, por outro lado, promete velocidade, clareza e flexibilidade, para não mencionar os custos mais baixos em TI e outras áreas da empresa”, diz Kevin Humphries, vicepresidente sênior de TI da FedEx. Humphries abriu um data center, que será a principal instalação de tecnologia da empresa de 39 bilhões de dólares. A simplificação sustenta todo o projeto, incluindo a virtualização de servidores, diminui o número de aplicações e repensa os sistemas de refrigeração, segundo o executivo. Foi construído para ser um terço do tamanho do que ele irá substituir. “O maior tema que estamos trabalhando em TI agora é a redução da complexidade”. No McDonald’s, o software passa pelo teste de simplicidade do CIO David Weick. “Se

ele puder, sem nenhum treinamento, sentar e fazer o que é solicitado, então é um bom software”, diz. A simplicidade é tão importante para a General Electric que a CIO Charlene Begley tornou-a um dos quatro imperativos estratégicos de TI. Ela sabe como a complexidade pode ser traiçoeira, mesmo na organização mais disciplinada. Em seus 24 anos no conglomerado, Charlene foi CEO de quatro de suas seis divisões atuais, incluindo a unidade de Soluções Residenciais e Empresariais de 8,6 bilhões de dólares, que ela comanda hoje. O ex-presidente e CEO da GE Jack Welch ficou famoso por estimular seus líderes a limparem seus sótãos ocasionalmente. É a hora novamente. Charlene quer reduzir o número de data centers da GE pela metade e o de sistemas ERP em 85% até 2016. “A simplificação agora é prioridade. É financiada. Não é de baixo escopo”, diz ela. Mas é difícil de ser alcançada na GE, FedEx, McDonald’s ou em qualquer outro lugar.

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A simplicidade é tão importante para a General Electric que a CIO Charlene Begley tornou-a um dos quatro imperativos estratégicos de TI. Ela sabe como a complexidade pode ser traiçoeira Juntos, os CIOs e os líderes empresariais precisam descobrir o que precisa ir e mudar e como financiar e organizar a equipe do projeto. Em seguida, eles devem desenvolver planos para impedir que a complexidade volte serpenteando. É uma batalha contínua, mas que pode valer milhões a serem ganhos.

Acabando com a complexidade A complexidade é lenta, cara e nada segura. Se os sistemas são difíceis de usar, os funcionários ficam atordoados, desperdiçando tempo de trabalho à procura de funções ou à espera de ajuda. Multiplique esse tempo perdido por milhares de funcionários, e a companhia inteira desacelera. Quando uma nova oportunidade de negócio ou uma chance

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gestão

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Kevin Humphries, vice-presidente senior de TI da FedEx: velocidade, clareza e flexibilidade são frutos da simplicidade

de bater um concorrente aparece, você não conseguirá ser rápido o suficiente ou não terá os recursos para investir. O novo COO da J.C. Penney, Michael Kramer, relatou a Wall Street recentemente que descobriu que a empresa executa 492 aplicações, 88% das quais são personalizadas. Ele acha que deveriam executar cerca de cem aplicações, no total. “É uma bagunça”, disse ele. O vendedor aflito, que perdeu 152 milhões de dólares no ano passado em vendas de 17 bilhões de dólares, pretende simplificar a TI como parte de um enorme projeto de transformação. “Quando você quer fazer uma mudança nos negócios, isso significa desfazer várias camadas e colocar de volta para funcionar”, disse Kramer. “Isso custa dinheiro.” De acordo com o The Hackett Group, empresas comuns executam mais que o dobro comparado a data centers de empresas de nível mundial, as quais Hackett define como aquelas com grupos de TI entre os 25% melhores em eficiência e eficácia.

Empresas comuns também executam uma média de 39 aplicações para cada mil usuários finais, contra apenas 20 em organizações de alto desempenho. Como resultado, os grupos de TI com melhor execução prestam serviços 15% mais baratos do que as companhias comuns. “Menor complexidade traz benefícios materiais para o negócio, não apenas um efeito positivo sobre os gastos com TI”, diz Rich Pople, líder em prática global de TI no The Hackett Group. Por exemplo, a vigilância contra a complexidade pagou por alguns funcionários de alto desempenho quando a recessão atingiu 2009, segundo Pople. Durante aquele tempo sombrio, as empresas comuns cortaram custos em TI a uma média de 6%, principalmente, pausando novos projetos e reduzindo o suporte ao usuário. Empresas de elite, no entanto, reduziram gastos com TI ainda mais (9%), principalmente aposentando sistemas legados e simplificando seus ambientes

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tecnológicos. Ao mesmo tempo, eles mantiveram o desenvolvimento de aplicações, introduzindo novos recursos para funcionários e clientes e vendo concorrentes de baixo desempenho medindo seus passos com as capacidades do ano passado, diz ele. “Essas empresas estavam em melhor posição para crescer.” Apesar da crise, as companhias comuns têm muito legado, e não podem nem pensar em cortar o pessoal ou os sistemas que os mantêm funcionando. Pople chama isso de “gastos necessários”, porque, assim como os programas federais de Seguridade Social e de Saúde, é difícil fazer mudanças drásticas. Deixar esses gastos necessários de TI crescerem, diz ele, afeta as finanças e os contratos, tornando essas funções mais custosas de serem executadas do que o necessário. Como muitas organizações, a FedEx costuma construir vários sistemas especializados para funções simples, como atendimento ao cliente, com suas aplicações, hardware e bancos de dados. A FedEx estava utilizando software e hardware de décadas atrás, incluindo uma arquitetura de rede construída em 1974 e descendente dos softwares transacionais de companhias aéreas de 1979. “Tínhamos um ou dois de tudo”, diz Humphries. A empresa também precisava manter a equipe de TI que sabia lidar com as relíquias. Ele se recusa a dizer se a companhia vai reduzir o pessoal conforme forem desativadas as tecnologias antigas. Mas ele percebe que as nuvens particulares de servidores virtuais e software permitem aos membros da equipe de TI dar apoio a diversas áreas de negócio. A GE compreende os efeitos nocivos de ter muitas aplicações ou outras formas de complexidade, que aumentam os custos e retardam o negócio, diz Charlene. Ela adquiriu, pelo menos, cinco empresas desde 2010, as quais vieram com sistemas de TI que tiveram de ser desativados ou migrados.

A divisão de energia responde sozinha por cinco aquisições recentes, incluindo uma companhia que veio com 39 sistemas ERP. A GE assinou mais dois acordos recentemente, sendo esperado que sejam fechados ainda este ano. Antes de Charlene tornar-se CIO em 2010, a GE não tinha prazos formais para integrar uma aquisição normal, diz ela. “Dissemos, ‘Nada OK.’” Na avaliação de Charlene, a TI não terá avanços na simplificação se as integrações definharem. Agora, a GE está trabalhando para estabelecer uma regra que tem de ser cumprida no prazo de 18 meses. “Isso é bastante nessa empresa.” Charlene também nomeou mil pessoas para refinarem os processos de negócio como parte de um projeto chamado GE Advantage. “Trata-se de acabar com a complexidade. Ao fazer isso, ficamos mais rápidos. Temos velocidade, menor custo e flexibilidade para ir mais rápido”, diz. “Estamos falando sobre competitividade.”

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Plano de ataque

“Leia a missão de cem empresas e pelo menos 75 irão mencionar simplicidade”, diz Ron Ashkenas, sócio sênior da Schaffer Consultoria. “Falamos sobre isso durante milhares de anos. Leonardo da Vinci e os gregos antigos também”, afirma. “Mas fazer isso é outra história.” Primeiramente, os CIOs devem recrutar adeptos com livros de bolso, destaca Ashkenas, que escreveu a obra Simplesmente Eficaz: Como Driblar a Complexidade na sua Organização e Concluir Tarefas em Tempo Hábil. Você pode apelar para seu senso de condenação, ou como Charlene coloca, para “o que importa”. Para o CEO, é perder novos negócios porque a empresa está carregada de tecnologias pesadas, confusas, que custam muito caro para manter. Para o quadro de diretores, é gerenciar uma crise www.cio.com.br

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depois que uma grande falha de segurança é marcada por vulnerabilidades em sistemas que não são totalmente compreendidos. Quando Charlene descreveu seus planos de simplicidade para o conselho da GE, ela explicou que uma infraestrutura mais simples é mais segura e fácil de proteger. “Quando temos incidentes, normalmente, a causa é algum tipo de complexidade”, diz ela. “Segurança cibernética é algo com que nossa diretoria se preocupa muito. A reputação da nossa empresa está em jogo.” O risco, geralmente, acompanha uma TI mais velha ou excessivamente complexa, na avaliação de Humphries, e atenuá-la foi uma peça-chave na estratégia de negócio para o novo data center da FedEx. “Nosso perfil em infraestrutura estava crescendo com muito risco”, revela. Projetos de simplicidade para a equipe requerem alguns cuidados. Os gerentes frequentemente passam instruções pouco claras e levam muito tempo para tomar decisões, segundo Ashkenas. “A simplificação é um conceito que pode ser difícil de articular. Significa mais do que reduzir”, alerta. Por exemplo, reorganizar os processos de negócio exige a compreensão de grandes ideias, como os clientes interagem com a empresa ou o que as agências federais exigem que seja cumprido. A tecnologia existente deve ser mapeada para mostrar onde reside a informação relacionada a essas ideias. Então podem ser iniciados debates sobre o que deve ser mudado. Na o pinião de Ashkenas, para fazer com que a simplicidade funcione, as empresas precisam de pensadores que sejam um pouco táticos, mas também visionários e inspirados pelo desafio. “As pessoas ficam desanimadas ao fazer um esforço que pareça apenas um exercício de redução.” Como Charlene na GE, ele também está construindo. Por exemplo, a GE abriu um centro de segurança de TI na Virgínia, EUA, no ano passado. Até agora, 85 funcionários trabalham lá. No verão, a empresa planeja abrir outra unidade em Nova Orleans, onde até 300 pessoas

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vão trabalhar com arquitetura corporativa, gerenciamento de dados, redes e outras funções para a GE Capital. Um novo centro de TI está em construção em San Ramon, Califórnia. A GE espera contratar 1,1 mil profissionais de TI , conforme levar de volta para casa trabalhos de terceirização que foram enviados para a Índia. “Simplificação não significa apenas cortar”, diz Charlene. “Excelência é prioridade.” A GE escolheu os melhores funcionários em funções de TI e de negócios para colaborar pessoalmente e por vídeo em salas de conferência sobre como consolidar processos e aplicações. Eles emprestaram métodos ágeis de desenvolvimento, como o estabelecimento de metas semanais e apelo aos tomadores de decisão para resolver problemas no mesmo dia em que eles forem descobertos. “Uma coisa que me deixa louca - eu não sou uma pessoa de TI - é que tudo parece ser um projeto de três anos”, diz Charlene. “Estamos tentando ficar longe [disso].” Definir metas claras para cada pessoa da equipe manteve a busca por simplicidade na GE no caminho certo. Os CIOs em unidades de negócio têm de enviar relatórios trimestrais a ela e a seus gerentes de negócios, informando se eles cumpriram os objetivos de, digamos, eliminar um determinado número de sistemas ERP. Charlene deve cumprir as metas anuais estabelecidas com o presidente e CEO Jeff Immelt e com o conselho. “Temos quadros com nomes, datas e pessoas relacionadas.” Ela espera o retorno por esse trabalho em dois ou três anos, com planos de investir algum dos retornos em serviços de nuvem e tecnologia móvel.

Preparado-se

Simplicidade não acontece naturalmente, assim os CIOs devem fazer planos detalhados. Movimentos táticos incluem reduzir gradualmente o número de fornecedores de TI que você conte como essencial, o que agiliza mais aspectos da operação do que a tecnologia e opções de suporte. Isso pode levar a menos negociações de contrato, melhor preço e relacionamentos mais fortes. Na GE, cada unidade de negócio já escolheu as principais tecnologias e fornecedores e

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Charlene Begley, CIO da Gerneral Electric: nomeação de mil pessoas para refinar precessos de negócios para acabar com a complexidade

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não pretendem mudar. Como os softwareschave são atualizados, o grupo de TI da GE evita muita personalização, o que aumenta a complexidade e o custo. “Não importa o que você esteja executando, será mais competitivo se for mais rápido. Estou trazendo essa mentalidade para a TI”, afirma Charlene. O McDonald’s usa tempos de atualizações mais importantes do sistema operacional para reduzir o número de aplicações e ferramentas. Quando mudaram recentemente de Windows XP para Windows 7, eliminaram vários aplicativos de produtividade pessoais que os funcionários tinham trazido. “Teria nos custado dinheiro fazê-los funcionar no novo sistema operacional”, aponta Weick. A TI passa por um teste semelhante ao fazer alterações na infraestrutura. O grau de simplicidade é um critério importante para o McDonald’s quando a TI avalia um novo produto. Como um carro novo, um novo sistema de TI começa a enfraquecer no momento em que você o liga. Servidores, laptops e smartphones são máquinas, acima de tudo, e o software fica lento assim que são carregados os dados e interagem com outros softwares. O envelhecimento da tecnologia requer cuidado extra. Pelo fato de cada pedaço da TI ter uma taxa de depreciação, segundo Wander, os CIOs devem criar um plano de vida para cada um. Isso ajuda a manter baixo o número de camadas de tecnologia a serem integradas. Ele também ajuda as empresas a não ficarem presas a tecnologias obsoletas. O PowerBuilder já foi uma ótima ferramenta de desenvolvimento. Em seguida, o Sybase, fornecedor de banco de dados em declínio, comprou o PowerBuilder e a ferramenta perdeu seu dinamismo. “Se você não lidar com essa complexidade, acaba com sistemas difíceis de manter, porque não pode encontrar

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pessoas. Então é um risco operacional.” No McDonald’s, a equipe de Weick categoriza tecnologias como de exploração e de inovação, comercial e de implementação, ou de melhoria ou de manutenção. A TI trabalha com líderes empresariais para definir os níveis de investimento e planejar como cada sistema se moverá ao longo do ciclo. A poda contínua é um desafio para os CIOs, segundo ele. “É mais fácil acrescentar algo novo do que aposentar algo velho. Ele acumula-se como placa em uma artéria coronária.”

Mantendo viva a simplicidade

Uma razão pela qual a simplificação não dá certo, diz Humphries da FedEx, é que as pessoas não percebem que simplificar é realmente muito complicado. É previsto que seu novo data center seja mais simples de manter para o grupo de TI e dê às unidades de negócios a capacidade de mudar de rumo rapidamente, para chegar à frente de eventos de mercado. Construir uma instalação desse tipo envolve muitas decisões em tecnologia e design. “Você ficaria chocado ao ver as pilhas e pilhas de detalhes mínimos para tornar algo muito complexo em algo simples.” Manter a simplicidade como um estado de espírito, como Wander prevê, exige que a empresa não subestime o esforço contínuo envolvido. Afinal, fazer negócios traz uma complexidade nova para a TI todos os dias. Fusões e aquisições não vão parar. Nem tampouco irão enganar a TI em departamentos que burlam as regras. Ao mesmo tempo, orçamentos corporativos são finitos. O raciocínio nobre e concreto por trás de um projeto proposto para consolidar servidores ou inventário de ativos de TI não pode ganhar contra uma proposta para expandir as operações em um mercado crescente. Mesmo quando os projetos de simplificação forem rejeitados, a TI deve funcionar de qualquer maneira. Se você é um bom CIO, então está fazendo isso o tempo todo. CIO

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Va lt er P i er acci an i*

Nem só de novas tecnologias vive a inovação Atual conceito abre um importante caminho para uma metodologia mais ligada às pessoas e à ultima interpretação das suas reais necessidades e desejos

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*Valter Pieracciani é consultor especialista em gestão da inovação e sóciofundador da Pieracciani

a contramão da economia mundial, o mercado de TIC cresce a passos largos. No Brasil, a estimativa é que o setor registre este ano expansão de 12%, o que representa crescimento entre três e quatro vezes maior do que o Produto Interno Bruto (PIB), segundo pesquisa do IBGE. O que esses dados nos mostram é que cada vez mais as companhias nacionais estão despertando para a importância desse segmento e entrando aos poucos na economia do conhecimento com a inovação como motor para a competitividade. Então, qual é o problema? Em primeiro lugar, o desafio de reconceituar o que é engenharia e pesquisador nessa economia do conhecimento. Não é mais um profissional de jaleco branco, trabalhando em uma bancada, mas sim jovens hackers, matemáticos, explorando equações sofisticadas e softwares capazes de prever comportamentos e simular realidades. O que eles fazem é resolver problemas e avançar com competitividade. Dá-se erroneamente nome a isto de TI, software, gestão...menos inovação. Em segundo, é fazer com que a inovação seja vista de forma mais abrangente e realista, deixando de lado o preconceito de que não somos inovadores. Há ainda uma

boa e importante notícia: nem sempre dependemos de novas tecnologias para criar soluções inovadoras. Em TIC, muitas inovações surgem por meio da mudança de significado, ou pelo Design-Driven Innovation, metodologia que mostra que é possível fazer inovação radical sem depender totalmente de novas tecnologias. O conceito da inovação de significado ou Design-Driven Innovation, elaborado pelo professor Roberto Verganti, da Politécnica de Milão, uma das mais respeitadas personalidades nessa área, abre um novo e importante caminho para a inovação radical. A metodologia está mais ligada às pessoas e à íntima interpretação que é dada por cada uma delas às suas necessidades, desejos e aos produtos e serviços que elas adquirem. O significado que cada produto possui para um indivíduo é que está no centro das inovações. Um excelente exemplo de DesignDriven Innovation é o videogame Wii, da Nintendo. Quando foi lançado em novembro de 2006, a companhia apresentou ao mercado uma nova forma de jogar videogame. Em vez de o jogador entrar “na tela”, o jogo torna-se uma atividade física completa, simulando os mesmos movimentos de uma partida

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de tênis ou de golfe. Com o produto, a Nintendo transformou o significado do mercado de videogames de uma imersão passiva em um mundo virtual acessível somente para poucos, em entretenimento, que inclui atividade física no mundo real e para todos por meio da socialização. A inovação do Wii nasceu da combinação de duas tecnologias já existentes, possibilitando uma nova solução. A equipe de engenheiros da Nintendo incorporou à sua tecnologia de jogos um acelerômetro MEMS, já usado pela indústria automotiva para acionar air bags e pela própria Nintendo no Game Boy para virar a tela. Essa estratégia é especialmente interessante nos estágios iniciais do desenvolvimento no mundo da tecnologia. Quando um componente como o MEMS é desenvolvido, seu potencial de aplicações é imenso. Mas, para que essas aplicações se tornem realidade, é necessário que as empresas estudem os mercados nos quais irão aplicá-las e os novos significados possíveis que serão introduzidos. É como se uma tecnologia revolucionária também trouxesse uma série de novos significados que está esperando para ser descoberta. Assim, podemos dizer que aí está uma grande oportunidade para os profissionais inovadores do campo do TIC. O País tem como herança cultural a habilidade de recombinar tecnologias desenvolvidas em outras nações, adaptando-as a nossa realidade. Dessa forma, são combustível para essas inovações o capital cultural de

cada uma das pessoas, o seu estado de espírito, o ambiente em que estão imersas, a sabedoria popular e o bem ou o mal que os produtos causam. Vivemos por muitos anos a combinação explosiva de todos esses ingredientes dando corpo a um novo Brasil, uma nova realidade social que revolucionará a cultura e os mercados. Boa parcela de consumidores, após viver décadas de consumo reprimido, inflação e escassez, aprende a consumir e a atribuir significado a um leque muito mais amplo de produtos e soluções. Esse cenário torna-se um campo fértil para o DesignDriven Innovation, uma poderosa estratégia de geração de valor para setores inteiros em nosso país. Por fim, enquanto o Brasil titubeia em tomar as medidas que poderiam fazer o necessário investimento em P&D e tecnologia quadruplicar em relação ao que é hoje, abre-se uma janela para produzirmos inovação radical de significado. Uma alternativa de valorização de novos significados para explorá-los e, assim, fazer negócios rentáveis e sustentáveis. Empresas renomadas como Oi, Contax, Andrade Gutierrez, BRF, Embraer, Odebrecht, entre outras genuinamente brasileiras e inovadoras, descobriram a inovação radical de significado como estratégia competitiva, e os resultados que podem ser atingidos no curto prazo. Mudar, recombinar e criar importantes significados para os produtos e serviços são alternativa vencedora e ao seu alcance. CIO

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Mudar, recombinar, e criar importantes significados para os produtos e serviços são alternativa vencedora e ao seu alcance

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