Jornal Pif Paf - nº 05

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JORNAL PIF PAF | ANO 1 | N° 5 | JUNHO/JULHO DE 2008

Jornal da

PIF PAF

Em sintonia com o

novo mundo Inovação, competitividade e conhecimento são as armas da Pif Paf para vencer os desafios da globalização

Empresa

Inclusão

Nova Era

Conheça o processo produtivo

Empresa de portas abertas

Conhecimento é fundamental


Editorial INOVAR: ESSE É O CAMINHO Entender de que forma as altas recordes do preço do milho, soja e petróleo, o crescimento da demanda chinesa e as fusões e aquisições no setor de proteínas influenciam nas atividades da Pif Paf é fundamental para nos mantermos no mercado. É a partir desse conhecimento que conseguimos mapear os principais impactos e oportunidades que o momento econômico traz para a empresa. O conhecimento já é visto, hoje, como um dos valores mais importantes das organizações. E a Pif Paf já está se preparando para essa tendência. Prova disso é nosso planejamento estratégico, que aponta a inovação como o melhor caminho para o crescimento. E para inovar, só mesmo estando atentos à evolução dos hábitos de consumo da sociedade. Em nossa empresa, as áreas de Pesquisa e Desenvolvimento, Planejamento Estratégico e de Marketing fazem essa leitura e cabe à área de Engenharia desenvolver o processo. Os nossos esforços diários são para que sejamos reconhecidos como os melhores do mercado. Há algum tempo, a competitividade não era tão expressiva, porém, tudo muda o tempo todo. E para acompanhar o ritmo e cumprir sua missão de estar presente em todos os tipos de mesa, a Pif Paf sempre lança novos produtos. Entender as conseqüências deste novo mundo é uma grande vantagem não só para a empresa, mas também para os profissionais que querem crescer. Vivemos em uma economia globalizada e, consequentemente, os desafios são maiores. Com isso, muitas mudanças acontecem também no cenário empresarial. Por isso, essa edição do Jornal da Pif Paf é uma ótima forma de começar a se informar. A publicação mostra como a Pif Paf dribla os problemas causados por fatores externos e ainda faz um resumo sobre o processo de produção avícola. Boa leitura! Valéria Maria da Silva Diretoria de Gestão e Desenvolvimento Organizacional

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Edição Economia

3,4 e 5 Processo

6e7 Conhecimento

8e9

Inclusão

10 e 11 Curtas

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Expediente Publicação mensal destinada aos profissionais da Pif Paf Alimentos Sede: Avenida Raja Gabáglia 4091 / Santa Lúcia – Belo Horizonte (MG) e-mail: comunicacao@pifpaf.com.br Coordenação: Francisco Veiga Salgado Execução Editorial: BH Press Comunicação (bhpress@bhpress.com.br) Jornalista Responsável: Ana Amélia Gouvêa (MT 4843-MG) Reportagem e redação: Juliana Xavier (MG11627JP) Projeto Gráfico e editoração: AVI Design Imagem de capa: AVI Design Impressão: Gráfica Pampulha Tiragem: 2.500 exemplares www.pifpaf.com.br


Economia

NOVO MUNDO, NOVA EMPRESA Pif Paf encontra alternativas para driblar a instabilidade do mercado

Uma das maiores empresas de alimentos do Brasil, a Pif Paf possui mais de 230 produtos em seu portfólio e exporta, hoje, para 22 países no mundo. Desde 2002, o faturamento anual da empresa aumentou em mais de 120% e chegou, em 2007, a R$ 600 milhões. A expectativa é que o crescimento seja ainda mais acentuado nos próximos anos, já que a unidade de Goiás, prevista para entrar em operação no início de 2009, terá capacidade para abater 150 mil aves por dia, dobrando a produção atual. Mas o faturamento da Pif Paf não depende apenas do número de aves abatidas ou da quantidade de produtos vendidos. Fatores econômicos externos, que não são controlados pela empresa, também impactam diretamente na produção e na rentabilidade. “É o mercado que define os preços de venda, mas as mudanças acontecem de forma tão rápida que, muitas vezes, não é possível repassar imediatamente todos os custos de produção ao consumidor. Com isso, temos que encontrar soluções para suprir essa diferença”, argumenta o diretor Comercial da Pif Paf, Edvaldo Campos. Para que você entenda melhor de que forma os índices econômicos afetam os resultados da empresa, o Jornal da Pif Paf preparou uma matéria especial que relaciona as atividades da empresa com as economias brasileira e mundial.

PETRÓLEO: O VILÃO

Valor em dólar 150 140 130 120 110 100 90 80 70

Recurso escasso, o principal motivo para o preço elevado do petróleo é a demanda maior que a oferta, ou seja, existe mais interesse de compra do que de venda do produto. Nos últimos dois meses, foram registrados quatro aumentos, totalizando 12%. Segundo o diretor de Logística da Pif Paf, Rui Vieira, dessa porcentagem, metade foi repassada pelas transportadoras, uma vez que o combustível representa 40% do custo do frete. Os impactos para a empresa são grandes, afinal, a Pif Paf utiliza 280 veículos de distribuição e 60 carretas para transferência que percorrem, em média, 1,2 milhão de quilômetros mensalmente. Segundo Rui, a forma utilizada para reduzir esse impacto é a contratação de cooperativas de transporte. “Nesse tipo de contrato temos mais poder de negociação”, explica. A área de Logística ainda tem que lidar com a escassez de caminhões no mercado. “O aumento do consumo fez aumentar a demanda por alimentos. Dessa forma, a escala de caminhões ficou limitada. Uma saída foi a reestruturação da agenda da nossa frota, para conseguirmos atender todos os pedidos”, relata. Acompanhe o aumento dos preços:

140

127,35 113,70 94,53 70,68

78,21

81,66

95,95 88,26

101,78

101,54

91,67

74,04

JUN/2007 JUL/2007 AGO/2007 SET/2007 OUT/2007 NOV/2007 DEZ/2007 JAN/2008 FEV/2008 MAR/2008 ABR/2008 MAI/2008 JUN/2008 Fonte: Banco Central

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Economia

GRÃOS NAS ALTURAS Com o aumento da produção do etanol nos Estados Unidos, uma grande quantidade do milho que abastecia o mercado mundial de alimentos passou a ser direcionado para a produção do combustível. Essa mudança, aliada à demanda crescente de alguns países por alimentos e grãos, fez com que o preço do milho e da soja disparasse no mundo todo. Esses aumentos têm impacto direto na produção da Pif Paf, já que os principais insumos utilizados pela empresa para a produção de ração das aves são o milho e o farelo de soja. Somados, eles representam cerca de 50% dos custos da empresa, segundo o analista de Custos Hércules Antônio Gomes. “O preço elevado do grão influencia no valor da ração, mas nem sempre podemos repassar ao consumidor brasileiro”, explica. Nas fábricas de ração da empresa, a solução encontrada foi “substituir alguns insumos por produtos similares e melhorar a relação entre o resultado técnico e econômico”, revela a gerente da fábrica de rações de Visconde do Rio Branco, Aparecida Barreto. O sorgo, por exemplo, já vem sendo adicionado à ração em conjunto com insumos como o óleo ácido de soja. “As substituições são feitas com todo o cuidado, de maneira a não alterar os parâmetros nutricionais da ração. Para isso, realizamos estudos e pesquisamos no mercado alternativas com alto valor nutricional, de forma a substituir o milho”, reforça Fernanda Carolina Ferreira, nutricionista animal da fábrica. Em Goiás e em Minas Gerais (Zona da Mata, Vertentes, Sul de Minas e Vale do Paranaíba), a Pif Paf também está estimulando pequenos produtores a cultivarem os grãos. “É uma medida que pode garantir melhores preços para a empresa e ainda gera mais desenvolvimento para a região”, pontua o diretor-superintendente, Luiz Carlos Mendes Costa. “É claro que ninguém imaginava o preço do milho no patamar que chegou e, às vezes, somos pegos de surpresa. Mas a Pif Paf está sempre atenta ao que ocorre no mercado e nos preparamos bem para todas as situações”, garante. Prova disso é a forma de atuação da área de Agronegócio da empresa. “Tentamos driblar a alta dos preços observando os mercados nacional e internacional e agindo preventivamente. No momento, a alta dos insumos tem levado o Brasil a produzir mais, e esse é um fator positivo quando falamos em preço da saca. O grande problema é daqui para frente. A próxima safra sofrerá influência do aumento de 120% de adubos e fertilizantes. Dessa forma, o produtor não quer comercializar o milho agora, pois sabe que ele voltará a subir de preço em breve”, explica Luiz Fábio, gerente de Suprimentos e Agronegócio.

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O etanol é um biocombustível produzido, geralmente, a partir da cana-de-açúcar, mandioca, milho ou beterraba. Ele é utilizado desde o início da indústria automotiva, porém, diante dos combustíveis fósseis, mais baratos e abundantes, no começo do século 20, o etanol tornou-se uma opção pouco comum. Atualmente, o uso do biocombustível voltou a ser discutido no cenário mundial, principalmente nos Estados Unidos. Mais ecológico, uma vez que é renovável e emite menos gases poluentes na atmosfera, o etanol é capaz de suprir o aumento da demanda do país, responsável por 68% das exportações mundiais de milho segundo a economista Amaryllis Romano.

O sorgo é um dos cinco cereais mais importantes no mundo, junto ao trigo, arroz, milho e cevada. Em muitos países, é utilizado na alimentação humana e, em outros, é um importante componente da alimentação animal. Seus grãos são úteis na produção de farinha para panificação, amido industrial, álcool e como forragem ou cobertura de solo.

Acompanhe o aumento dos preços

Fonte: Banco Central

PARA VOCÊ ENTENDER Se o preço do milho sobe, o valor é repassado para a ração, que por sua vez é repassado para os produtores de frango, mas nem sempre pode ser repassado ao supermercado e ao consumidor.


MADE IN BRAZIL

Economia

CUIDADOS ESPECIAIS Para evitar doenças como a Influenza Aviária ou outros tipos de infecção, os países têm estabelecido normas de segurança alimentar cada vez mais rígidas que, muitas vezes, acabam por impedir o ingresso do Brasil em mercados potenciais de exportação. Para o diretor-superintendente da Pif Paf, Luiz Carlos Mendes Costa, as exigências cada vez mais rigorosas de sanidade alimentar são uma tendência irreversível, que parte, principalmente, da União Européia. Ele garante, no entanto, que a Pif Paf está atenta a esses movimentos internacionais. “A empresa que quiser continuar forte no mercado tem que estar preparada para essa tendência. Por isso, mantemos nosso processo muito bem controlado”, garante. Apesar do aumento do rigor internacional, os cuidados com a higiene na produção avícola no Brasil são satisfatórios. A Pif Paf segue as leis e normas do Ministério da Agricultura, que remetem para uma produção de alimentos de qualidade e 100% segura. Arquivo Pif Paf

De acordo com a economista Amaryllis Romano, na China e em outros países da Ásia, “muitas pessoas estão deixando o campo e indo para as cidades, onde esperam ter a possibilidade de aumentar sua renda. Como resultado, tem sido observada redução da produção rural e aumento na procura por alimentos”. Esse cenário, somado ao crescimento da população mundial, favorece o mercado de exportação de alimentos, inclusive da proteína animal (carne), e o Brasil tem a maior capacidade atual de suprir essa demanda. Prova disso é que, nos últimos dois anos, o volume exportado pela Pif Paf dobrou. Os principais destinos das exportações da empresa são a Ásia e alguns países da África, como Angola. Em valor agregado, ou seja, carnes de maior valor, o Japão está entre os principais clientes internacionais da Pif Paf. “Por tudo isso, temos de ser ainda mais rigorosos com o controle sanitário, afinal, não podemos deixar margem para que a barreira sanitária gere uma barreira comercial”, pontua o diretor Comercial da Pif Paf, Edvaldo Campos. Amaryllis Romano é economista formada pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP e possui MBA em Finanças pelo IBMEC e em Administração Rural pela Fundação Getúlio Vargas.

Na Pif Paf, os pintinhos são vacinados logo quando nascem

FUSÕES NÃO ASSUSTAM Segundo Amaryllis Romano, a concentração muito forte em qualquer setor da economia pode ser prejudicial para empresas menores, pois as maiores têm um grande poder de barganha com fornecedores e com a rede de distribuição. “Mas no caso dos insumos para aves e suínos, no entanto, há uma dispersão grande de produtores, de maneira que o problema pode ser menor que em outros setores da economia”, observa. Na Pif Paf, a situação é encarada com naturalidade. “Fusões no mercado de alimentos sempre vão existir. As empresas que estão entrando em outros segmentos fazem isso buscando sinergia entre seus negócios. É o caso de produtores de grãos que adquirem frigoríficos ou, no nosso caso, das empresas que abatem e industrializam suínos e aves. A estratégia de cada uma vai depender muito do seu porte e a nossa é muito bem traçada”, ressalta o diretor-superintendente da Pif Paf, Luiz Carlos.

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Processo

TUDO SOB CONTROLE Com o objetivo de garantir e consolidar o fornecimento de matéria-prima, a Pif Paf foi uma das primeiras empresas brasileiras do setor a adotar a produção integrada na avicultura. Do matrizeiro ao supermercado, a empresa cuida de cada detalhe, mesmo quando trabalha com parceiros. Ter a noção do processo produtivo completo e estar atualizado com a realidade do negócio é fundamental para que os profissionais entendam que o bom resultado depende da dedicação e empenho de todos. Por conta disso, o Jornal da Pif Paf mapeou o esquema de produção de aves. Confira.

Matrizeiros

Fábrica de ração Em três turnos, são produzidas cerca de 900 toneladas de ração por dia na fábrica localizada em Visconde do Rio Branco (MG), que abastece os produtores integrados. Milho e soja são os principais insumos utilizados na produção, mas também são adicionadas à ração vitaminas e outros componentes resultantes do abate do frango, tais como gordura e farinha de vísceras e penas. No caso dos matrizeiros, a ração é produzida na fábrica de Pitangui (MG) e não são utilizados produtos de origem animal. Mais duas fábricas de ração estão sendo construídas em Palmeiras de Goiás, com capacidade de produção de 16.500 toneladas ao mês.

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São as unidades onde as matrizes – galinhas e galos –, são criadas. A Pif Paf compra as matrizes de fornecedores idôneos e segue rigorosas normas de biosegurança. Nessa etapa, o cuidado com a higiene é fundamental para evitar a contaminação das aves e garantir a qualidade dos ovos produzidos. Por isso, a Pif Paf controla o trânsito de pessoas, que devem tomar banho ao entrar e sair dos núcleos, e de caminhões, que passam por desinfecção ao ingressarem nas unidades. São dois matrizeiros: Fazenda Sapesal, em Pitangui (MG), e Fazenda Barreiro, em Igaratinga (MG). De lá saem cerca de um milhão de ovos por semana. O matrizeiro da unidade de Goiás foi inaugurado em 2 de agosto, na cidade de Paraúna, e terá capacidade de produção de 6,6 milhões de ovos ao mês.

Consumidor Ao consumidor, só resta adquirir um produto de qualidade, preparado com ingredientes selecionados e produzidos a partir de um processo seguro e higiênico.


Processo

Incubatório Essa fase é composta de quatro etapas. O processo tem início na sala de ovos, onde ocorre sua separação e classificação. A temperatura no local é controlada para inibir o desenvolvimento do embrião. Após a triagem, os ovos selecionados são enviados para as incubadoras, onde ficam durante 19 dias num sistema de prateleiras móveis, a uma temperatura de aproximadamente 37 Cº. Daí, seguem para os nascedouros, onde permanecem por mais dois dias até nascerem os pintinhos. Todos os pintinhos são sexados (separados macho e fêmea) e vacinados. Para evitar contaminação das aves, os incubatórios da Pif Paf também seguem as mesmas normas de biosegurança adotadas nas granjas.

Produtor integrado Os integrados recebem da Pif Paf os pintinhos com um dia de vida, e, junto com eles, a ração e suporte semanal de um técnico agropecuário. Já o produtor, é responsável pela mão-de-obra e infra-estrutura da fazenda, que deve seguir as boas práticas operacionais de um aviário. As aves ficam no local até atingirem o peso padrão para abate, tempo que dura, em média, de 45 a 47 dias. Hoje, a Pif Paf tem cerca de 550 produtores integrados que cuidam, aproximadamente, de 15 mil aves por vez. Na unidade em Goiás, serão 80 integrados.

Centro de Distribuição e Logística Abate e industrialização

Os produtos são levados ao Centro de Distribuição e de lá seguem para os compradores (supermercados, mercearias, padarias, etc.). Todo o transporte da empresa – de insumos, de ração, ovos, pintinhos e produtos –, é terceirizado. Nem por isso a Pif Paf abre mão de acompanhar de perto o processo. Ao chegarem ao abatedouro com as aves, por exemplo, os caminhões ficam em plataformas de descanso com ventiladores e borrifadores de água.

É nessa fase que é originado o produto final da Pif Paf. Vindas dos aviários, as aves passam, primeiramente, pelo processo de insensibilização por choque, para que não sofram durante o abate. Após essa etapa, são abatidas, depenadas, limpas e levadas à sala de corte, onde são retiradas as partes comercializáveis. As partes não comercializáveis são reutilizadas na produção de ração e adubo. A temperatura média dentro da fábrica é de 12ºC, garantindo a segurança alimentar.

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Arquvo Pif Paf

Conhecimento Ter uma equipe que busca a atualização constante é essencial na área de Pesquisa e Desenvolvimento

NA ERA DO CONHECIMENTO Assim como na vida, manter-se atualizado é fundamental para o bom andamento dos processos da Pif Paf

O conhecimento é em si mesmo um poder, como já dizia, no século 17, Francis Bacon, político, filósofo e ensaísta inglês. Quatro séculos depois, a expressão nunca pareceu tão atual. Em tempos em que as mudanças, em todos os campos, acontecem em velocidade assustadora, entender, acompanhar e absorver novos conhecimentos é o que garante vantagem competitiva tanto para as pessoas, quanto para empresas. Na chamada Era do Conhecimento, o aprendizado permanente é essencial. Nas áreas da Pif Paf, o cuidado de acompanhar a evolução dos fatos e dos ambientes garante o crescimento da empresa. O mesmo ocorre quando da concepção de um novo produto a ser lançado no mercado. “Temos de estar sempre atentos às novidades para desenvolver produtos diferenciados, que tenham qualidade e custo acessível. E conciliar esses fatores é um desafio que envolve várias áreas”, pontua o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento, Marcílio Dias Júnior. Para isso, a empresa conta com o Comitê de Gestão de Produtos, que reúne profissionais das áreas de Planejamento Comercial (Marketing e Vendas), Pesquisa e Desenvolvimento, Garantia da Qualidade, Custos, Planejamento Estratégico e Industrial. “As idéias de um novo produto podem vir dos nossos estudos sobre o mercado, das pesquisas realizadas pelo Marketing ou até mesmo da sugestão do consumidor via SAC”, conta a analista de Planejamento Estratégico Ana Luisa Costa. A Pif Paf ainda conta com o trabalho de dois especialistas: um para produtos in natura e outro para industrializados. “Eles estudam o mercado, identificam as tendências. Já o comitê avalia o que se encaixa na Visão,

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Missão e no Negócio da Pif Paf”, explica. Marcílio ressalta a importância de atualização constante no processo. “Aprofundar os conhecimentos é fundamental na nossa área. Um pesquisador tem que ser um cientista; pesquisar na internet, livros, artigos nas universidades”. As informações chegam por diversos meios e fazem a diferença, completa Marcílio: “Contamos com apoio da equipe de Marketing, que nos dá acesso a pesquisas de mercado importantes, e dos nossos fornecedores, que nos mantêm em dia com os novos condimentos, tecnologias e embalagens disponíveis no mercado. É a partir disso que conseguimos inovar com sucesso”, garante. Ana Luisa concorda. “As pesquisas só são úteis quando conseguimos encaixá-las num contexto. Por isso estamos o tempo todo atentos para saber que produtos estão sendo lançados e o que está acontecendo em todo o mercado de alimentos”, considera. Mesmo quando um produto não é novidade no mercado, a Pif Paf pesquisa para inovar em algum outro quesito. No caso dos dois últimos lançamentos, steak e pafitos de frango empanado, um toque diferenciado na condimentação deu o tom. “Não trabalhamos com o trivial. Embora seja um produto industrializado, demos um toque caseiro para que lembre uma refeição feita em casa”, conta. Os produtos a serem lançados pela Pif Paf são discutidos no ano anterior ao lançamento. Até o fim de 2008, a expectativa é lançar 24 produtos, além da reformulação de alguns produtos da linha de industrializados e in natura.


Conhecimento

TUDO COMEÇA NA ESCOLA... Fotos: Arquivo Pif Paf

Profissionais aprofundam seus conhecimentos na escola da empresa Ao completar treze anos, a Escola Maria Adelaide Mendes Costa pode ser considerada a concretização de um ideal. O investimento da Pif Paf atende tanto ao interesse da empresa, já que a formação da mão-de-obra nos ensinos fundamental e médio garante profissionais qualificados e produtivos, como o das pessoas, que têm a oportunidade de educar-se, aprimorar-se e melhorar seu nível de conhecimento. É o caso do operador de empilhadeira Carlos Roberto Cardoso. Profissional da Pif Paf há dez anos, ele se matriculou no ensino médio “É bom se atualizar porque a vida nos cobra isso o tempo todo. A cada dia aprendo mais e isso tem melhorado minha rotina no trabalho e em casa”, constata. O operador, que se forma no fim do ano, já faz planos. “É difícil conciliar trabalho e estudo, mas pretendo seguir em frente”. Exemplo de que o esforço vale a pena, Liese da Costa aproveitou a oportunidade e concluiu o ensino médio em 2006. A conquista lhe permitiu competir pela vaga de operador de call center e, hoje, ele integra a equipe após ter exercido as funções de auxiliar de produção e de refeitório. “A Pif Paf investiu na minha formação e meu objetivo é retribuir à altura com o meu trabalho, conquistando desafios ainda maiores”, diz. Um deles já está em andamento. Liese está cursando a faculdade de jornalismo, certo de que a educação é o melhor caminho para sua evolução profissional e pessoal.

Fundada em 1995, a escola foi inaugurada com o objetivo de resgatar a cidadania diante da realidade local e garantir profissionais qualificados para a produção da empresa. No início, contava com uma professora e uma turma de 1ª a 4 ª série. Reestruturada em 1998, passou a contar com uma professora por disciplina e turmas de ensino fundamental e médio em dois turnos. Professores, uniformes, lanche, mochila e parte do material são financiados pela Pif Paf. Além das aulas, a escola, que tem certificado emitido pelo MEC, organiza atividades extra-classe.

Liese mudou de cargo após concluir os estudos

PROFISSIONAL DO FUTURO Além da Escola Maria Adelaide Mendes Costa, a Pif Paf ainda investe na capacitação de seus profissionais para que possam crescer, nos âmbitos pessoal e profissional. O plano de treinamentos inclui capacitações técnicas e de desenvolvimento, diretamente alinhadas com o Planejamento Estratégico da empresa. Só este ano, mais de 15 mil horas de treinamentos foram ministradas em todo o grupo. Consultor interno de Recursos Humanos Victor Vieira ressalta, porém, que o esforço na busca por conhecimento tem que ser de interesse, principalmente, do profissional. “A modernidade exige que as pessoas se dediquem a um aprendizado permanente para acompanhar o ritmo e não se desqualificar para o mercado”, enfatiza. Segundo Victor, a empresa se interessa por profissionais que tenham habilidades compatíveis com o negócio, mas que também tenham o perfil de buscar o conhecimento acima de tudo. “Queremos pessoas que venham somar, ajudar a levar a empresa para frente e não se acomodem quando acharem que já aprenderam o suficiente. O comodismo leva à desatualização e quem não se adapta aos novos tempos fica para trás”, ressalta.

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Inclusão

UMA QUESTÃO DE RESPEITO

Fotos: Arquivo Pif Paf

Pif Paf aposta na inclusão social como forma de promover a cidadania

Bruno e Lucas trabalham no incubatório de Pará de Minas

Respeitar as diferenças é um princípio do qual a Pif Paf não abre mão. Tanto que, na carta de Valores da empresa, Respeito e Igualdade andam juntos, ao lado de conceitos como austeridade e altruísmo. Não é à toa que a empresa mantém em seu quadro pessoas com deficiências e cuida para que essas necessidades especiais não sejam empecilhos na hora de o profissional exercer suas atividades. Coordenador de Recursos Humanos, Luiz Queiroga ressalta que o objetivo da empresa é incluir essas pessoas, dando condições para que se tornem grandes profissionais e possam competir em igualdade no mercado de trabalho. “Na Pif Paf, elas têm não só uma oportunidade de trabalho, mas também de superar limitações e serem valorizadas e reconhecidas profissionalmente. Promover essa diversidade internamente é incentivar a cidadania, estimular o respeito e impulsionar a integração”. De acordo com Victor Vieira, consultor interno de Recursos

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Humanos, a empresa não visa apenas cumprir a lei de cotas. “Sabemos que uma limitação física não significa, necessariamente, limitações práticas. Por isso, ao contratar profissionais com deficiência, fazemos estudos e análises para detectar a área que melhor se adequa ao tipo de deficiência apresentada”, diz. O consultor interno também já ministrou palestras e encontros nas unidades para disseminar a importância do trabalho de inclusão. “É preciso que todos recebam esses colegas bem e sem receios. São pessoas que se superam a cada dia e essa experiência é enriquecedora para todos”, pontua. Na Fazenda Cachoeira do Martinho, unidade de Pará de Minas (MG), dois profissionais se destacam em meio aos demais. Lucas Siqueira dos Santos, de 17 anos, e Bruno Salatiel de Oliveira, de 18 anos, são auxiliares de produção exemplares. “Estão sempre muito motivados e se integraram muito bem à equipe. Enquanto tem trabalho eles não param um minuto”,


Inclusão

EXEMPLO DE GARRA revela a assistente de Recursos Humanos Cláudia Aparecida Santos. Na empresa há menos de um ano, eles colaboram com a rotina do lugar de forma positiva. “Somos nós que aprendemos diariamente com eles trabalhando aqui. São muito dedicados e extremamente carinhosos”, considera. Em Visconde do Rio Branco (MG), pessoas com deficiências auditiva, visual ou mental fazem parte do quadro de profissionais e desempenham funções que vão desde a produção até a área administrativa. “Os profissionais com deficiência são encaminhados pela Apae e passam pelo processo seletivo padrão da Pif Paf, com psicólogos e médicos do trabalho. Eles têm metas, horário fixo, direitos e deveres iguais aos demais”, explica a especialista em administração de pessoal, Angelina Dutra. Para Cirene Maria Bicalho Tormen, mãe do auxiliar de serviços gerais Elton Tormen, seu filho mudou desde que foi contratado para trabalhar na fábrica, há três anos. “Por causa do trabalho, ele passou a se sentir mais útil e isso refletiu muito bem na saúde e no comportamento dele. Hoje ele convive melhor com as pessoas e é totalmente independente”.

Inclusão social De acordo com o gerente administrativo da fábrica de Visconde do Rio Branco, Heroytus Baptista, o compromisso de identificar oportunidades e agir com responsabilidade social está presente na rotina da empresa. Tanto que, para 2008, já estão planejados dois projetos nesse sentido. Um deles irá capacitar pessoas da comunidade em um curso técnico de alimentos com duração de dois anos e meio. O segundo projeto, desenvolvido em parceria com o Senai, prevê a formação de menores aprendizes com deficiência. “Nesse caso, nosso objetivo é formá-los desde cedo. Não só incluindo-os no nosso quadro, mas dando condições para que sejam inseridos no mercado de trabalho”, assegura.

Arquivo pessoal

Carlos começou a praticar o vôlei paraolímpico e, em pouco tempo, foi convocado para a seleção brasileira Apesar de ter algumas limitações por conta da paraparesia, Carlos Augusto Barbosa, representante de Vendas da Coopernac, que presta serviços para a Pif Paf, é jogador de vôlei paraolímpico, uma modalidade de voleibol adaptada para pessoas com deficiência motora. No esporte, a quadra é menor do que a convencional, assim como a altura da rede. Além disso, os jogadores competem sentados no solo. “Descobri o vôlei paraolímpico recentemente, nos jogos Parapanamericanos do Rio. Fiquei encantado e, um mês depois, fui convidado a jogar no Paraná pela seleção brasileira”, conta. Carlos treinou pela seleção e chegou a concorrer a uma vaga para os Jogos Paraolímpicos de Pequim, na China, que serão disputados em agosto. Ele não foi selecionado, mas não ficou chateado. Ao contrário, torce pelos atletas que vão competir e valoriza o esforço deles. Segundo Carlos, muitos deles já vinham tentando há mais de cinco anos uma oportunidade como essa. De acordo com ele, o vôlei paraolímpico apresenta algumas “complicações” se comparado com a modalidade tradicional. “O mais difícil é o deslocamento. A pessoa faz um saque e você tem que se deslocar com os braços e as pernas. Agora já faço isso com a mais facilidade, mas esse é o processo mais complicado”, explica. De acordo com Carlos, além de ser paixão, o esporte representa também um benefício para sua vida e sua saúde. “Sempre fui envolvido com esporte, jogava antes de ter paraparesia. Penso nos benefícios que isso me traz em termos de qualidade de vida. É também um exemplo pra quem pensa que quem tem deficiência não pode fazer nada”, afirma. Ele garante que a condição que o diferencia das outras pessoas não o atrapalha em nada. Fez muitos cursos para entender sua situação e hoje em dia dá palestras em escolas e universidades. Foi depois da paraparesia que ele alcançou sua maior conquista: ser pai de dois filhos, que, de acordo com ele, são “maravilhosos”. Paralisia incompleta nos nervos ou músculos dos membros inferiores ou superiores que pode ser causada por doenças na medula espinhal, no sistema nervoso periférico e outras condições. Quem tem a doença não perde completamente o movimento e a sensibilidade dos membros.

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Curtas

PASTEL ASSADO

ENCONTRO ESTRATÉGICO Arquivo Pif Paf

Encontro reuniu profissionais de TI da Pif Paf O IV workshop de TI, realizado nos dias 19 e 20 de maio, reuniu 22 profissionais da equipe corporativa de TI da Pif Paf para discutir a atuação da área dentro do planejamento estratégico do Grupo. O time avaliou os resultados obtidos no primeiro quadrimestre e conversou sobre a implantação da nota fiscal eletrônica e iniciativas ecologicamente corretas, além de comemorar seu posicionamento entre as cem empresas de TI mais inovadoras no ranking da revista Information Week. De acordo com Douglas Erley de Carvalho, analista de sistemas, esse tipo de encontro é importante para alinhar as idéias dos profissionais da área e conhecer o trabalho de cada um. “É fundamental saber os avanços da equipe e, também, entender o papel da TI na estratégia global da Pif Paf. No evento, conhecemos as expectativas da empresa, o que ela espera de nós nesta jornada e, agora, vamos nos esforçar para fazer o melhor”, afirma. O grupo ainda discutiu como será o ambiente de TI da Pif Paf nos próximos anos, que deve proporcionar melhor produtividade e excelência na prestação de serviços. Dentre as novidades, foram destacadas as soluções SOA (Service Oriented Architecture) e ITIL (Information Technology Infrastructure Library).

NOVAS TENDÊNCIAS Pelo 6º ano consecutivo, a Pif Paf realizou o Seminário Técnico para as equipes de Produção, Pesquisa e Desenvolvimento. Em pauta, o programa de qualidade e as novas tendências de mercado e consumo. “Aproveitamos o conhecimento de alguns de nossos profissionais e fornecedores para informar aos demais sobre as novidades. O objetivo é que aqueles que participaram agora multipliquem o conhecimento nas áreas em que atuam”, diz o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento, Marcílio Dias Júnior. Dessa vez, o seminário aconteceu em Leopoldina (MG) e contou com a participação de cerca de cem pessoas. “O conteúdo foi relevante e nos ajudará na tomada de decisões do dia-a-dia”, destaca Rafael Souza, analista de Planejamento e Controle da Produção.

12 junho/julho | 2008

Os pastéis de Marilandia Auxiliadora Lopes Pereira, cozinheira da fazenda Cachoeira do Martinho, em Pará de Minas, de tão saborosos, são famosos na unidade. Sempre que possível, ela prepara o quitute para os colegas e familiares. Ingredientes: • 1 kg de farinha de trigo sem fermento • 400 gramas de banha • 300 ml de água • 4 gemas • 1 colher de sopa de sal • 1,5 kg de peito de frango desfiado Pif Paf • 100 gramas de cebola • 100 gramas de pimentão • 1 lata de milho verde • 1,5 kg de batata • Cebolinha a gosto Modo de preparo: Misture a farinha e a banha e amasse com as pontas dos dedos até ficar homogêneo. Acrescente as gemas, a água e o sal e mexa mais um pouco. Reserve a massa. Para o recheio, refogue com um pouco de óleo o tempero e o frango. Acrescente a batata cozida e bem amassada, cebola, pimentão, milho verde e cebolinha. Abra a massa, recheie e feche os pastéis. Pincele com gema e coloque para assar.

VISITA ILUSTRE O ministro das Cidades, Márcio Fortes, visitou, em 5 de julho, a fábrica da Pif Paf em Leopoldina (MG). Junto com sua comitiva, ele conheceu os laboratórios, as obras e um pouco mais a respeito dos projetos da empresa. O ministro ainda experimentou as pizzas produzidas na unidade e levou algumas para casa, além de strogonoff. Gerente da unidade, Enéas Vieira conta que Márcio Fontes elogiou o trabalho realizado pela empresa. “Foi a primeira vez que recebemos uma autoridade tão graduada”.


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