Revista ABC da Comunicação - Ed. 22

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ANO 6 | Edição 22 | ABR | MAI | JUN | www.abcdacomunicacao.com.br E N X E R G U E P O R O U T R O Â N G U L O . D E I T E A R E V I S T A E I N C L I N E - A N A A LT U R A D E S E U S O L H O S

Qual o valor de uma marca? Branding não é...

Não é logo, não é Marketing, não é Design...não é só

Paixão pelas marcas

Para ser amada, uma marca tem que vender mais do que produtos

Marcas valiosas do Brasil

A soma dos valores das 50 marcas mais valiosas cresceu 70% neste ano

Reposicionamento

ABC da Comunicação com nova identidade visual e nova comunidade 1


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ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017


SUMÁRIO

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Seja bem-vindo à revista ABC da Comunicação MATÉRIAS

MayGrow| 08

Quem Lê | Distribuição | 76

A Geração Sanduíche |16

Biblioteca | Os Odiados | 77

Agência possui forte atuação em eventos regionais Como impactar a geração que mais consome, mas que tem sido esquecida pela mídia?

5º Prêmio ABC da Comunicação | 34

Premiação completa 5 anos e se consolida como o principal evento do mercado regional

DDA | 44

Agência utiliza e repassa métodos tecnológicos para fazer Marketing

ARTIGOS

Ana Paula Puga | 10

Plano A e plano B, você tem o seu?

Paixão pelas marcas não se constrói só com Marketing | 48

Para uma marca ser amada, ela tem que vender mais do que apenas produtos

Juliana Harris | 18

O valor do processo criativo no dia a dia do Designer

Capa: Branding não é... | 60

Não é logo, não é Marketing, não é Design

José Fardo | 28

O Hexágono das Riquezas: o novo vértice

Comunidade ABC da Comunicação | 68

ABC da Comunicação se reposiciona e apresenta a mais nova comunidade do setor

Daniela Zanardo | 40

Qual é próximo passo do comportamento de consumo? SEÇÕES

Fábio Eloi | 46

Brasil, o país do futuro

Voz da Agência – Intermídia | 12

Dani Couto | 58

Tempos de reflexão. Pequenos, uni-vos!

Sociedade, comportamento e insetos Casa cor, uma mostra cheia de modas e tendências

Meu Escritório é na Praia | 20

DSPA coleciona importantes prêmios e possui grande atividade nas redes sociais

Jogada do Marketing | 24

Muita calma nessa hora

Leandro Ramiro, Ger. Executivo de Mkt. e Comunicação da Volkswagen do Brasil

Agência ABC | 51

Idosos na propaganda: coadjuvantes ou protagonistas?

João Riva | 70

Quando te falam sobre marcas no esporte, em que empresas você pensa?

Dirigente de Marketing | 42

Roberto Malacrida | 66

Kleber Carrilho | 78

O que a política tem a ver com o seu negócio?

Organix Comunicação completa oito anos e traz boas histórias na bagagem

Assessoria de Imprensa – AMB Com | 52

Eu não escolhi ser jornalista, eu escolhi o jornalismo!

Mídia & Dados – Diário do Grande ABC | 72 Fornecedor – Organiza Geral| 74 Agenda | Giro | 75

COLUNAS

Papo Reto, por Maycon Tuneli | 14

O que a sua empresa pode aprender com a temporada do Golden State Warriors?

Crônicas da Propaganda, por Humberto Mendes | 22 O Marketing do futuro

Aos Criativos, por Dil Mota | 32

O leão que não ganhamos mesmo matando um ou vários todos os dias ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

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EDITORIAL

Começar de novo…. E por que não? Como todos os amigos leitores sabem, o ABC da Comunicação completou cinco anos em março de 2017 e retratamos isso na nossa edição passada. Qualquer empresário sabe o quanto é difícil manter uma empresa por cinco anos no Brasil, ainda mais na era que estamos vivendo de grandes problemas econômicos, políticos, sociais e de relacionamento entre as pessoas, onde a intolerância parece ser a palavra-chave. Mas nestes tempos de crise aprendi que mais difícil que manter uma empresa, é olhar para dentro de seu próprio negócio, fazer uma análise fria e perceber que precisa mudar, ou melhor, que talvez não precise de uma simples mudança, mas começar de novo, praticamente do zero. Loucura? Talvez sim, mas tive a “sorte” de ser impactado por algumas histórias: o meu mestre na publicidade, Nizan Guanaes, voltando com todo o gás para a DM9, cheio de energia para promover mudanças. Também assisti ao filme “Fome de Poder”, que conta a história da maior rede de fast-food do mundo e saber que seu fundador começou todo este império aos 52 anos, depois de tentar vários negócios. Vi empresários de sucesso do mercado da comunicação da região remodelando sua maneira de ver a agência de comunicação, e por aí vai. Percebi que não era uma loucura começar de novo, loucura é ver que o mundo está mudando e sua empresa não. Loucura é ter problemas e não fazer nada. O ABC da Comunicação começa a partir de agosto de 2017 uma nova fase, com um novo modelo de negócios, acreditando em uma economia colaborativa, sustentável e que possa gerar negócios para todos os seus participantes. Estamos começando do zero sim, mas sem esquecer o legado e a construção que fizemos em cinco anos. No mundo de hoje precisamos ter uma mente empreendedora, isso não significa que temos que ter um negócio próprio, mas a mente de tratar do negócio como se fosse nosso. Em nossa plataforma queremos ter uma maior interação entre os participantes, debates e discussão, desenvolvimento de conteúdo colaborativo e principalmente oportunidade de geração efetiva de negócios. Precisamos unir nossas competências e expertises, precisamos de mais troca, de mais cumplicidade e envolvimento com nossas causas e crenças. E é nisso que estamos baseando nosso “novo” começo. Acreditamos em um mercado e em todas as empresas que fazem parte desta cadeia e sabemos que os elos desta corrente precisam ser fortes para que todos possam crescer e mostrar seu talento e habilidade. Espero que junto a você possamos construir essa nova história e que ela possa trazer muito sucesso para todos nós. Boa leitura a todos.

Luciano Bonetti Publisher bonetti@oabcdacomunicacao.com.br

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EQUIPE

Luciano Bonetti Publisher

Daniely Farina Diretora Executiva

Carla Scarpellini Coordenadora de Jornalismo

Matheus Pellizer Estagiário de Jornalismo

Ano 05 - Edição 22 | JUL| AGO | SET | 2017 Publisher Luciano Bonetti Consultor Jurídico Dr. Júlio Bonetti Filho | OAB 77458 Escritório de Advocacia Serafin Advogados e Associados

Hugo Machado Operações

Letícia Maffi Sari ABCCom Editora

Diretoria de Jornalismo Carla Scarpellini - MTB 0081451-SP carla@oabcdacomunicacao.com.br

Raquel Simões Executiva de Contas

Eventos Bonetti Marketing Promocional

COLABORADORES

Colunistas e Articulistas Ana Paula Puga Dani Couto Daniela Zanardo Dil Mota Fábio Eloi de Oliveira Humberto Mendes João Riva Antônio José Fardo Juliana Harris Kleber Carrlho Maycon Tuneli Roberto Malacrida

Isabella Filippini

Colaboradores Isabella Filippini Revisão Carla Scarpellini Departamento Comercial Luciano Bonetti bonetti@oabcdacomunicacao.com.br Impressão Gráfica Referência Arte, Diagramação e Tratamento de Imagem Gil de Godoy e Celia Emy Redação e Correspondência Av. Antártico, 229 – Vila São João – S.B.Campo São Paulo | CEP: 09726-150 | (11) 4941-1377 Distribuição Correios assinatura@oabcdacomunicacao.com.br Periodicidade: Trimestral Tiragem: Mil exemplares Circulação: Grande ABC e São Paulo

PARCEIROS

NOSSOS PROJETOS

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A Revista O ABC da Comunicação é uma publicação trimestral da L. Bonetti Comunicação dirigida a proprietários, diretores, gerentes e profissionais das empresas do mercado de comunicação do Grande ABC. Sua distribuição é gratuita. Os artigos e reportagens são de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de seu conteúdo editorial com a autorização da editora, mediante citação de fonte. O conteúdo dos anúncios desta edição é de total responsabilidade dos anunciantes.

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Capa: Foto R. Cheles Fotografia Publicitária


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MATÉRIA

Agência MayGrow tem forte presença em eventos pelo ABC da apresenta um crescimento considerável. Trata-se de um projeto em que se associam serviços, comercialização e a conscientização da adoção responsável de cães e gatos, com o oferecendo vacinas antirrábicas gratuitamente.

Isabella Filippini

Há 20 anos no mercado, a MayGrow esteve presente em grandes momentos do Grande ABC, com projetos e eventos que renderam anos de trabalho. Executou o Prêmio Desempenho da revista Livre Mercado por 8 anos, foi a empresa gestora por 10 anos da Rede TV+ ABC, e atou com o serviço de assessoria de imprensa no Grupo Baby Beef e Grupo São Judas Demarch por aproximadamente 10 anos. A agência realizou a inauguração de três shoppings no ABC: Park Shopping São Caetano do Sul, São Bernardo Plaza e o Golden Square Shopping e algumas de suas lojas. Mantém parceria com as prefeituras de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Mauá, Ribeirão Pires, Suzano e Mogi das Cruzes na realização de projetos especiais, entre eles o Movimento Ciclístico, Pedale e o Sabores na Rua. “São projetos criados e executados pela MayGrow, onde as empresas são patrocinadoras e apoiadoras”, explica Maristela Andreoli, fundadora da agência e atual responsável pela área comercial. Entre esses eventos, a equipe da agência dá destaque ao Pets Day, que já está em sua sétima edição, mas que ain8

Maristela conta, ainda, que a empresa veio ao encontro de um nicho de mercado que ainda estava crescendo na sua época de nascimento. “Surgimos como produtores de eventos corporativos que tivessem uma visão mais intimista”. E afirma que trouxe um olhar diferente e singular para oferecer ao cliente e contratante opções únicas para cada momento especial.

A MayGrow mantém parceria com prefeituras na realização de projetos especiais, entre eles o Movimento Ciclístico, Pedale e o Sabores na Rua

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Atualmente com um core bussiness variado, a MayGrow elabora eventos também de divulgação escrita e televisiva, através de trabalhos da assessoria de imprensa, em que se destaca pela seleção de pautas e criação de press releases com foco no segmento do cliente. Possui um mailing para divulgação com mais de 60.000 contatos de diversas áreas focais, além de utilizar as mídias sociais e gerenciamento do Google Adwords também para exposição da empresa ou produto.


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ARTIGO

PLANO A e PLANO B Você tem o seu?

Você trabalha numa Instituição Pública há 18 anos, está tranquilo, até que... Lançam um PDV (Plano de Demissão Voluntária) voltado para colaboradores com 15 anos ou mais de empresa. Você sabe que a situação do mercado de trabalho não está favorável e teme que internamente hajam mudanças mais drásticas sendo, talvez, este PDV a melhor opção. O que você faz?

Você é jovem, recém-formado, acabou de ingressar numa Pós-graduação e é surpreendido por um corte na empresa. Quatro meses se passam e depois de dezenas de currículos enviados e algumas poucas entrevistas realizadas, nada de recolocação. Seis meses depois, você ainda desempregado e tudo o que escuta é que para sua área será difícil voltar neste momento. O que você faz? Você trabalhava numa empresa nacional, num segmento promissor, mas decidiu parar quando seu primeiro filho nasceu, apoiada por seu esposo que trabalhava nesta mesma empresa. Tudo estava tranquilo, a empresa só crescia e seu padrão de vida só melhorava. 2 filhos depois e 8 anos desde a sua saída da empresa e então a notícia que você não esperava receber: a empresa foi adquirida por uma multinacional e como estratégia desta aquisição todos os funcionários de uma das áreas foram dispensados, incluindo seu marido. O que você faz? Histórias como estas têm sido comuns, homens, mulheres, experientes ou em inicio de carreira têm me procurado com a mesma questão: “Preciso saber o que eu faço!”. Alguns outros, percebendo todo esse movimento à sua volta, chegam me perguntando: “O que eu poderia fazer?” Plano A para alguns, Plano B para outros, o PLANEJAMENTO DE CARREIRA parece estar urgindo atenção. Nunca se sabe quem será o próximo... Não pretendo aqui assustá-lo ou aterrorizá-lo, muito menos parecer pessimista - até porque sou uma pessoa bastante otimista, otimista e realista!

Como Coach de Carreira sugiro que você: Comece pelo autoconhecimento! Você é bom em quem? Qual ou quais são seus talentos? Qual ou quais são suas principais habilidades? Qual ou quais competências têm desenvolvidas? Quais precisa desenvolver? Quais são suas crenças limitantes? Quais são seus valores inegociáveis? Baixe a régua! Baixar a régua tem a ver com: Diminuir o nível de exigência sobre si; Diminuir o nível de exigência sobre o mercado de trabalho; Diminuir (temporariamente) seu padrão de vida e os gastos com tudo o que não for necessário; Diminuir a expectativa quanto ao reconhecimento do outro sobre você. Foque no que deu certo! Faça uma viagem ao seu passado e relembre todos os desafios que superou a partir de suas próprias habilidades e por sua determinação. A medida que for relembrando, vá registrando: Qual era a situação problema; O que você fez; Como fez. Seja detalhista e não julgue nenhum fato ou passo como menos importante. Repita o que deu certo! Quando percebemos quão bom e capazes somos para resolver situações difíceis, além de nos encorajarmos, percebemos que já há dentro de nós mesmos o COMO fazer dar certo novamente. Escreva seu Plano de Ação! Reflexão e Ação. É assim que se concretiza o que se imagina concretizar. Faça um quadro onde você tenha: O que fazer | Como fazer | Quando fazer | Status Dica: coloque seus objetivos e desejos por ordem de prioridades. Coloque metas e prazos realistas. Utilize cores diferentes para indicar “a realizar” “em andamento” ou “concluído” no status, isso facilita sua visualização e torna-se um indicador para que você permaneça com o planejado ou refaça se necessário, ou ainda para que reflita sobre o que o está impedindo de realizar.

Seja qual for o momento pelo qual está passando agora, quero deixar uma reflexão final: seja GRATO por cada momento pelo qual passou até aqui, foi a partir destes momentos que surgiram suas FORÇAS! Seja OTIMISTA e procure olhar cada situação como uma oportunidade de aprender uma nova lição. IMAGINE-SE sempre no lugar onde deseja estar e como deseja ser e, então, keep going!

É por isso, por crer que pode dar certo mesmo quando as coisas não estão legais ao seu redor, que proponho que você pare hoje, agora, antes mesmo antes de terminar de ler este texto, e REFLITA: O que tem planejado para sua carreira hoje, caso o inesperado (e indesejado) acontecesse? Se chegou a uma resposta parabéns! Isso mostra que saberá qual caminho seguir se precisar mudar o curso de rota. Mas se não chegou a uma resposta, se não sabe qual caminho seguiria nesta situação, leia até o final e procure aplicar as dicas que deixarei para você com o objetivo de facilitar a descoberta de um caminho pelo qual seguir. Lembre-se “Para quem não sabe onde quer chegar qualquer caminho serve!”. 10

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Ana Paula Puga Psicóloga, Ana Paula Puga vem estudando o comportamento humano como um ser bio-psico-socio-espiritual ao longo de sua carreira de quase 15 anos. Atuando como Coach, ela utiliza ferramentas e intervenções capazes de apresentar eficácia nos trabalhos realizados para o desenvolvimento humano em seus diversos aspectos. É autora do livro “Criando Filhos Liderando Equipes”, lançado em 2015 pela Qualitymark Editora, que reúne 25 artigos de seu primeiro blog onde compartilha suas experiências desde o nascimento de seu primeiro filho.


#VOTANELAS

PROFISSASGAX

# VotaNaNina Social Midia Indicada Categoria Melhor Profissional de Social Media Na Gax desde 2015 dedicada, caprichosa e metódica cuida com todo carinho dos clientes da agência nas redes sociais. Ela cria, monitora e respira redes. Afinal somados são mais de 300 mil fans para cuidar!

# VotaNiMim FabyPegorin Indicada Categoria Melhor Profissional de Atendimento Desde dezembro de 2013 na Gax construiu sua trajetória do zero aqui na agência. Estudou e se empenhou muito. É o braço forte da Gax na prospecção e atendimento.

fb.com/gaxbrasil ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

gax.com.br 11


VOZ DA AGÊNCIA

Tempos de reflexão Pequenos uni-vos! Em doze anos de agência, esta é a crise mais densa que enfrentamos. E não é diferente com nossos colegas de mercado. Desolador... A esperança não morre porque conheço – pasmem – empresa (micro) que contabiliza crescimento. Pois é, isso existe! A loja de aviamentos aqui na minha cidade prospera a passos largos. Quando perguntei ao gestor desse negócio como conseguia isso, ele respondeu: “Em tempos de crise as pessoas me procuram com vontade de empreender, melhorar a renda da família, fabricando e vendendo blusas de lã. Estou vendendo muito novelo de lã”. Conclusão: temos que nos reinventar em tempos de crise para superá-las e no final estarmos mais fortalecidos... essa é a regra!!! Ou não existe regra? Hoje todo mundo está reduzindo custos. Entende-se “todo mundo” como a maioria. Dados divulgados pelo Sebrae apontam que 99,2% de todas as empresas (comércio) estabelecidas no Brasil são de micro e pequeno porte e que apenas a ínfima parcela de 0,8% das empresas são de médio e grande porte. No que diz respeito ao mercado publicitário trata-se de um abismo praticamente intransponível que separa de um lado a maioria esmagadora das empresas do país e do outro a grande mídia (TV, rádio, revistas, jornais e outdoor). Pensemos: e a próspera loja de aviamentos, que por sinal não investe um real na sua comunicação? Outro diz: “microempresas não precisam de marketing” ou ainda “não preciso investir em publicidade, minha clientela é fiel”, Perguntei a eles: “Vocês não querem vender mais?” Resposta: “Sim, mas é claro! Quanto mais melhor”.

sim? São as cartas que recebo da Sabesp, Eletropaulo, Bradesco, Itaú, Caixa Econômica”. Reflexão... Já entendi, não existe agência de publicidade pequena que atenda as microempresas! Como aplicar a tabela SINAPRO nessa parcela do mercado? 99% segundo o SEBRAE. Sim, mas existe o bureau de criação, o atendimento solitário, o “eugência”! O trabalho de divulgação na rede social, o link patrocinado, baratinho, a internet sendo o canal do micro que quer vender seus produtos.... uebaaa... Voltei a 10 anos atrás!!! Dizem um passinho para trás pra pegar impulso... e “vamo que vamo!” Mas estamos em crise... todo mundo está reduzindo custos! E como as agências, os bureau’s de criação, os atendimentos solitários, os “eugências” sobreviveremos? Uni-vos!!! Talvez juntos conseguiremos encontrar um caminho próspero para atuar nesse mercado dantes navegado... reinventamo-nos!!! Afinal, como diz o outro, o futuro a Deus pertence. Crise.... Tempos de reflexão.

Talvez temos de enxergar e entender o porte de atuação de cada empresa antes de oferecer nossos serviços, ou adequar nossos serviços. Sabe o meu amigo da loja de aviamentos que não precisa investir em comunicação? Reinventamos nossa atuação e começamos um projeto de loja virtual! Mostramos que ele pode vender mais, então nos adaptamos, faturamos, vamos sobrevivendo. Aí fui questionado quando cheguei à agência com o projeto: “Como você fechou negócio nesse valor? E a tabela Sinapro? Afinal, somos associados!” Respondi com o que li num post do Facebook: “Sabe o que me motiva a fechar negócios as12

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Fabio Rossi

Fabio Rossi Há mais de 20 anos atuando no mercado publicitário, é fundador da Intermídia 1, responsável pelo atendimento a clientes dos mais variados níveis, levando soluções em comunicação de acordo com o porte da empresa e dos seus objetivos.


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PAPO RETO

O que a sua empresa pode aprender com a temporada do Golden State Warriors? No dia 12 de junho o Golden State Warriors conquistou o título da temporada 2016-2017 da NBA, vencendo a série das finais por 4 x 1 em cima do Cleveland Cavaliers. Pausa - nesse estágio, você me questiona: - E o que isso tem a ver com o mundo do negócios? Acredite, tem mais do que você imagina! Já explico, mas antes me permita uma contextualização: Eu assisto jogos da NBA desde que me conheço por gente, mas foi de 95 em diante que comecei a acompanhar fortemente a liga - com as primeiras transmissões da TV Bandeirantes para todo Brasil - quem gosta de basquete, certamente vai lembrar dessa época. De lá para cá, eu poderia destacar times que fizeram história e formaram a tal “dinastia”:

Golden State Warriors 2014/2017

Los Angeles Lakers 1999/2002 - 2009/2010

Miami Heat 2010/2013 14

Essa posição (5), enquanto o basquete ainda tinha uma cadência mais lenta, era uma eficiente arma tática. Portanto, times que possuíam um cara “grande, alto e largo” (dentro do garrafão), invariavelmente, tinham mais chances de dominar o jogo - tanto no ataque, quanto na defesa. Mas justamente por serem “grandes, altos e largos”, os jogadores dessa posição também são mais lentos e, portanto, não têm conseguido acompanhar o ritmo das mudanças do game e muito menos a velocidade imprimida nos últimos anos. Estes jogadores que, no passado, acumulavam 25 pontos de média por jogo, atualmente não contribuem nem com 10 - salvo raríssimas exceções. Se fizermos uma analogia entre a NBA e o mundo corporativo, você vai notar muita similaridade. A regra do jogo é a mesma um lado compra enquanto o outro vende - mas, obviamente, a forma de se fazer isso é completamente diferente e também vive em constante evolução.

Chicago Bulls 1995/1998

Boston Celtics 2007/2009

Ainda que nenhuma regra tenha sofrido alteração, nas últimas 3 décadas, o basquete, principalmente o da liga americana, evoluiu drasticamente. De maneira genérica e resumida, posso dizer que o jogo ficou muito mais rápido, muito mais dinâmico, muito mais analítico, com muito mais contato e com muito mais jogadores de alto nível atuando simultaneamente na liga. As bolas de três são uma estratégia cada vez mais utilizada, e os jogadores da posição 5 (os famosos Pivôs) estão sendo extintos.

Diante dessas mudanças e da nova dinâmica de fazer negócios, quanto maior você é, mais dificuldade se tem para concretizar mudanças. Acompanhar a cadência do jogo é um desafio mais latente e a necessidade de se reinventar é o único caminho de sobrevivência - inclusive, um estudo de futurologia do Google destaca que, nos próximos 15 anos, vamos presenciar 50% das maiores companhias do mundo morrerem e os outros 50% se remodelarem. Provavelmente, assim como no basquete, ainda teremos “grandes players” atuando no mercado - obviamente se tiverem competência para equilibrar o seu tamanho com a velocidade que o mercado exige - no entanto, certamente, serão em menor quantidade e relevância - assim como os pivôs da NBA. Ao mesmo tempo, frente a um mundo que vive em constante evolução, modelos de negócios menores e mais ágeis, como Stephen Curry e Kyrie Irving, serão cada vez mais utilizados, pela sua performance e poder de decisão.

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Mesmo que continuemos vivenciando inúmeras e incontroláveis mudanças, ainda há fatores que não mudam. E, tanto para o basquete quanto para o mundo dos negócios, o líder ainda é determinante para a vitória. É ele o responsável por identificar os sinais de mudança, balizar o time para se adaptar ao jogo do adversário. Formatar a equipe com desenhos e estratégias eficientes para alcançar os objetivos. Ter a capacidade de identificar potenciais, equilibrando talentos e egos. E isso serve para qualquer jogo, em que o objetivo é VENCER. Você, como líder, consegue prever as mudanças do mercado? Tem condições de analisar os indicadores que vão impactar diretamente a performance do seu jogo? Tem um banco hábil para sustentar as mudanças necessárias? Está habilitado para fazer as trocas no momento certo e desenhar a jogada que vai decidir a partida? Escalou um time para vencer um adversário ou para levantar a taça no final da temporada?

Todos os times em que citei acima tinham algo em comum: Um excelente técnico, um excelente time, alguns talentos e um objetivo em comum. Em meio as comemorações, o coach Keer (técnico do campeão GSW) tentou se esconder para evitar a entrevista oficial de campeão. Ele, que também foi campeão como jogador 5 vezes (sendo 3, no incrível time do Bulls - que venceram por 3 anos seguidos na década de 90), disse o seguinte para a pergunta: “qual foi a chave do sucesso?” “Montamos um time que colocou o altruísmo e comprometimento acima do talento individual. Cada um sabia exatamente o que tinha de fazer, como e quando ajudar”. Como fã, eu espero ansiosamente a próxima temporada, torcendo para que ela traga ainda mais emoção e aprendizado para a nossa vida corporativa. Parabéns GSW!

E como jogador? Você está preparado para mudar o seu estilo de jogo? Está disposto a evoluir sua técnica? Absorver novas habilidades? Treinar com energia, acima média? Caso contrário, esteja preparado para não ser mais escalado! Técnico e jogadores, mais do que nunca, precisam estar integrados rumo a mesma direção. Um lado orquestrando o time e tomando decisões cada vez mais difíceis e dinâmicas, outro se adaptando as mudanças que o jogo exige, marcando, fazendo pontos e trabalhando em conjunto.

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Maycon Tuneli Sócio-fundador e Diretor de Negócios e Marketing Planner da Agência Insane, Maycon Tuneli é publicitário formado pela Universidade Metodista de São Paulo e especialista em marketing e branding, área em que atua e ministra palestras desde 2008. Também é VP de relações acadêmicas da Associação das Agências de Comunicação e Publicidade, onde fundou o projeto Uma Dose de Inspiração, para compartilhar suas experiências e ideias sobre o mundo corporativo.

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MATÉRIA MILLENIALS 20 a 34 anos

A Geração Sanduíche Ana Del Mar Em qualquer lanchonete do mundo a estrutura de um sanduíche costuma ser a mesma: um pão como base para dar sustentação aos ingredientes, uma generosa camada de proteínas e molhos, e por cima outro pão fofinho, o qual torna a estética desse alimento mais bonita. Foi fazendo alusão a esse prato adorado no mundo inteiro que Walter Longo, Presidente do grupo Abril, carinhosamente batizou a Geração X durante um evento realizado em São Paulo para apresentar o estudo “O X da Questão”. O objetivo foi despertar a atenção do público presente: publicitários, anunciantes e profissionais do mercado de comunicação em relação à faixa etária que mais consome, mas que tem sido esquecida pela mídia. Já que vamos falar bastante sobre estes públicos – e aproveitando a carona da pitada gastronômica que abriu este especial – cabem aqui algumas definições para tornar a leitura mais clara.

OS BABY BOOMERS: A BASE DO SANDUÍCHE Todo sanduíche, ao ser montado, começa pelo pão da base, que serve de suporte ao recheio que vem a seguir. Assim são os Baby Boomers, uma geração que surgiu logo após o final da Segunda Guerra Mundial e cresceu tendo como um de seus principais valores a estabilidade. No trabalho, são reconhecidos por buscarem uma base sólida, estável. Quem é da Geração X sabe bem do que estou falando, pois na época de vestibular ouviu inúmeras vezes em casa seus pais dizendo que deveriam prestar medicina, direito ou administração de empresas por serem estas profissões sérias e com possibilidades de construção de carreira em grandes empresas. Conquistar reconhecimento por seus anos de experiência, ganhar o relógio com o 16

GERAÇÃO X 34 a 54 anos

BABY BOOMERS 55 anos ou mais

logo da empresa após 25 anos de dedicação é marca registrada dos Baby Boomers. Eles trabalham longas e intermináveis jornadas diárias e chegam a criticar as gerações seguintes por acreditarem que estas não são tão comprometidas como deveriam. Não é surpresa eles terem sido os inspiradores do termo workaholic. Baby Boomers são focados e completamente engajados com seus projetos e sentem-se motivados quando possuem metas. Assim como são o alicerce do sanduíche, o são da sua família. Pelos cônjuges e filhos seguem firmes em seu sonho de um dia comprar uma boa casa própria a fim de garantir conforto, produzir bens, prover segurança e, claro, estabilidade. E se você pensou por algum momento que são conservadores e pouco inovadores, saiba que os Baby Boomers foram os criadores do movimento de direitos civis, do movimento hippie e também do feminismo, marcas inesquecíveis na história da humanidade. Eles cresceram com muita confiança em seu potencial de mudar o mundo.

A GERAÇÃO X: O RECHEIO DO SANDUÍCHE A turma dos 35 aos 54 anos vive, literalmente, ensanduichada entre as outras ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

duas gerações, e sente essa pressão na pele todos os dias. Segundo o estudo “Marcia Moment”, se alguém dessa geração entrasse em um consultório médico, seria hospitalizado por causa do stress. Isso porque a Geração X precisa lidar com os Baby Boomers e com os Millennials, e está realmente cansada. Empresas estão focadas na aposentadoria dos Baby Boomers e investindo para tentar entender como lidar com os Millennials. Enquanto isso, a Geração X, mesmo sentindo-se desvalorizada, trabalha arduamente não apenas para se manter, mas para pagar as contas de 78% da geração Z (15 a 19 anos) e 36% dos Millennials. Como aprenderam desde pequenos que deveriam trabalhar arduamente para conquistar seu lugar no mundo e ser alguém na vida, perseguiram esta meta e hoje representam a massiva maioria de empreendedores brasileiros: 63% dos donos de negócios no Brasil têm 40 anos ou mais. Aliás, empreendedorismo e startup são palavras que representam esta geração, que é bem mais propensa do que os Millennials a abrir novos rumos profissionais e seguir carreira solo. Mais do que os Baby Boomers, buscam equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. Por trabalharem muito, sentem-se culpados por não terem o tempo que gostariam com os filhos, e compensam a ausência com indulgências que vão de doces a vídeo games e viagens. Vivem em uma montanha russa entre a culpa, a ausência e a obrigação de trabalhar duro para prover uma vida confortável aos descendentes. Em relação à mídia, os “X” são multiplataformas e transitam tão bem quando os mais jovens entre o online e o off-line. Aliás, 7 entre 10 compras online são realizadas por pessoas com mais de 35 anos, e 2/3 desta geração é high user do Facebook (mesma proporção dos Millennials). Quando questionados sobre sua satisfação em relação às campanhas de mídia atuais, apenas 7% desta geração sente-se representada pelas propagandas de TV. Aqui está o grande X da questão: empresas anunciantes e suas agências tem quebrado a cabeça para entender o melhor tema, a melhor linguagem e a combinação ideal de elementos para compor a campanha ideal para os Millennials e tem esquecido da Geração X. Vamos terminar de construir nosso sanduíche e voltamos ao X da questão.


MILLENNIALS: O PÃO DA COBERTURA DO SANDUÍCHE Segundo o estudo da Abril, os Millennials formam uma geração mimada e egocêntrica. São superficiais e cheios de certeza. Não admitem contestação e trabalham mal com contrariedade. Sentem-se no topo mesmo, assim como o pão fofinho que dá o toque estético final ao sanduíche. Mas a culpa de tudo isso vem da Geração X, que alterou suas vidas e comportamentos para se adaptar a eles. Lembram-se que falamos sobre culpa e indulgências? Pois é. A Geração X contribuiu bastante para a elevada autoestima dos Millennials. Ao mimar os Millennials, as empresas em busca de mais empatia e compreensão sobre os comportamentos desta geração infantilizaram as relações profissionais. Quer um exemplo disso? Os escritórios descoladinhos onde pets tem um espaço enorme, verdadeiros playgrounds dentro das corporações, excesso de cores nas paredes e skates circulando pelos corredores. As empresas precisaram se adaptar aos Millennials e não o contrário.

No trabalho não respeitam hierarquias tão rigidamente como as gerações anteriores, e chegaram a ser batizados de “nem nem”, ou seja, aqueles que nem trabalham nem estudam. Em relação ao consumo, mostram-se desapegados e mais preocupados com o “ser” do que com o “ter”. São tão desprendidos que também não retém informações e não geram sinapses intelectuais. Quando querem saber algo, acessam a internet, deixando assim seu HD cerebral sempre leve e quase vazio. As marcas têm um enorme desafio em relação a comunicação pensada para os jovens, pois eles preferem descobrir produtos a serem descobertos. A Geração X chega a gastar 66% mais que os Millennials com vestuário, 47% a mais com lazer e 38% com beleza. Claro que estes dados refletem o poder de consumo de duas gerações distintas, mas também são reflexo de uma geração que dá maior prioridade às experiências de vida do que ao consumismo. Mas, afinal quem está mudando o mundo? As pessoas acima ou abaixo dos 40 anos?

ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

A Geração X, a mais empreendedora entre as demais e a dotada do maior potencial de consumo é a que menos sente-se representada pela atual mídia brasileira. Fica aqui o alerta para os comunicadores de plantão: será que estamos perdendo uma enorme oportunidade? Cerca de 71% dos consumidores com mais de 40 anos não se identificam com as propagandas de TV. Muitos elementos contribuem para isso como a velocidade com a qual uma mensagem é transmitida em um comercial, a faixa etária do personagem principal, a trilha sonora, a paisagem, entre muitas outras. Ao mesmo tempo que há uma grande oportunidade de reaproximar marcas e a Geração X, há que se tomar cuidado com a construção da comunicação dirigida a este público e aqui vão algumas dicas para atingir o coração e o bolso do x. Junto às dicas fica uma reflexão: não é o recheio do sanduíche que dita o sabor que vai torná-lo memorável? E por que, na mídia, estamos esquecendo do público que menos deveria ser esquecido?

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ARTIGO

O valor do processo criativo no dia a dia do Designer Estamos tão envoltos no cotidiano com os nossos trabalhos e projetos que não paramos para refletir sobre a própria essência da criatividade e os processos criativos que são vitais para a nossa área, principalmente sobre o capital intelectual que os possuem e que temos em nossos escritórios de design e agências, como colaboradores e bem maior. O capital intelectual é a junção do capital humano e do capital estrutural, uma união de conhecimentos, informações, inteligências, habilidades e principalmente criatividade. A criatividade é uma característica inerente ao ser humano, sendo assim, uma de suas características, de acordo com Howkins, é que ela é um elemento básico da vida e por isso mesmo tem o seu poder generativo e autossuficiente. Mas como parar no dia a dia para perceber essas inteligências, habilidades, a criação acontecendo? Que tal simplesmente ouvir um processo criativo enquanto ocorre? Simplesmente pedindo para que o grupo fale alto o que estão pensando, para observar melhor os pensamentos e as ideias em movimento no momento em que estão surgindo. Muitos cientistas utilizam essa técnica para observar o processo criativo, chamada de Talking Aloud. Já parou para pensar sobre o valor que tem aquele rough ou anotações sujas de café como documento processual, a própria ideia surgindo sendo materializada, ainda que inacabada que tem o seu valor como objeto de experimentações, de devaneios e elucubrações. Muitos são os designers que se dizem acumuladores, que guardam suas anotações, desenhos, mas isso tem uma relevância para ser armazenado, não é simplesmente o fato de amontoar papéis, são registros e memórias de histórias que acabaram de começar.

Soma-se ainda no processo criativo o fator motivação, que pode ser intrínseca ou extrínseca, Alencar e Fleith, autores que tratam sobre assuntos de criatividade entendem que os fatores motivacionais dizem respeito a um impulso para a realização, que está intrinsecamente ligado a um desejo de descoberta e de dar ordem ao caos, sendo a mola mestra que leva o indivíduo a se dedicar e a se envolver profundamente no trabalho com prazer e dedicação. A criatividade ainda tem o seu valor para a sociedade, em tempos de crise é um dos melhores bens que temos. Assim é que estamos inseridos na economia criativa. Economia e criatividade juntas tem um poder de desenvolver produtos criativos socioculturais importantes para o desenvolvimento da sociedade. A economia criativa proporciona estratégias sustentáveis, por meio dos produtos gerados na criatividade. O processo criativo também não é somente individual, ele se apresenta nos grupos e por isso devemos ter também um ambiente favorável. Fazendo boas análises e avaliando nosso próprio processo criativo é que podemos ver o quanto o nosso trabalho é valioso, o quanto temos de potencial, e o tanto de reconhecimento que estamos recebendo por isso. Está dando o devido valor ao seu processo criativo? Seus funcionários estão motivados? Quantas Eurekas você teve hoje?

Além disso, temos sempre um problema. E isso é muito bom. O princípio de toda criação é sempre um problema, bem ou mal formulado, lidamos com problemas e decisões estratégicas o tempo todo. Problema, para o autor Lubart que trata de psicologia cognitiva e criatividade é definido como toda a tarefa que um indivíduo busca acabar. E que difícil é acabar.... Cabe à nós observarmos com maior criteriosidade quais ferramentas estamos dispondo para a solução desses problemas que culminam sempre no conceito criativo, no momento de maior inspiração. Já parou para pensar na importância do seu momento no chuveiro, ou do instante que está dirigindo o seu carro ou falando com um vizinho que está ali. Quando a ideia vem, ela vem de vez e muitas vezes não conseguimos nem prestar a devida atenção na conversa porque nossa mente já trabalhou. Como está o seu momento de descanso?

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ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

A criatividade é uma característica inerente ao ser humano

Juliana Harris Publicitária. Designer e Professora de Temas ligados à arte, criação e ao design, na Universidade Metodista de São Paulo, SENAI e SENAC. Coordenadora do Curso de Design de Interiores da UMESP e mestrada em Comunicação. Possui cursos de atualização em design gráfico no exterior e em ensino à distância, além da atividade acadêmica, desenvolve projetos de identidade visual, design e comunicação para clientes como Urubupumgá, Volt Veículos, Costela Grill (rede) e Radioterapia ABC. juliana_harris@hotmail.com


ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

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MEU ESCRITÓRIO É NA PRAIA

Agência DSPA coleciona importantes prêmios de publicidade e tem grande atividade nas redes sociais Isabella Filippini “Somos incomodados com a inércia”, é como se apresenta a agência DSPA, com sede em Santos, no litoral paulista. Há 25 anos no mercado, a agência DSPA conta com três sócios: Renê de Moura, responsável pelo Planejamento, Will Alves, que cuida da Criação e Leonardo Assennato, o head of Digital. Há seis anos atuam on e offline, no princípio com duas esquipes distintas e atualmente integradas. Neste formato, a agência mantém clientes fora da sua região de sede, como Rio de Janeiro e Bahia, e possui uma carteira de contatos de diversos segmentos, do varejo ao institucional. Dentre os principais cases da agência, se destaca a campanha de regionalização da Skol para a baixada santista, em 2014, e a expansão da marca de sorvetes Kaskão, durante 12 anos (entre 2003 e 2015). Em relação aos principais clientes, Renê cita o Grupo JK, formado por oito concessionárias de veículos, Embraport, Jornal A Tribuna, TV Record Litoral, Instituto Gabriel Medina, Renault Estoril, Litoral Plaza Shopping, Rádio Saudade, Saint Gobain, CBDA – Rio de Janeiro e Grupo Caelis – Bahia. No que diz respeito à adaptação de novos modelos de se fazer publicidade, Renê afirma que é questão de sobrevivência: “Vi muitas agências grandes sumirem com a chegada da TV regional na década de 90 por falta de entendimento e crença na revolução que isso traria. Essa ‘memória negativa’ fez e ainda faz com que estejamos sempre antenados nas novas tecnologias. Mesmo sendo uma agência ‘senhora’, temos as maiores certificações Google e somos um dos principais Partners

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do Facebook”. Ele ainda conta que, pelo menos uma vez por semana, reúne-se com alguns profissionais em um café, para que discutam sobre as novidades do mercado e analisem se vale ou não a pena estudar mais a fundo determinado assunto em pauta. Em decorrência da economia desacelerada, a DSPA sentiu a necessidade de uma grande mudança de comportamento. Criaram, em março deste ano, o chamado SMD, que significa Sem Mais Delongas. “Trata-se de uma agência que atende por demanda, menos burocrática, mais rápida e com custos menores para que pudéssemos também nos posicionar com o pequeno anunciante”, diz Renê. Ele conta ainda que os resultados têm sido satisfatórios e com um volume de negócios bastante interessante e que logo deverá acelerar o faturamento. Ganhadora de prêmios como Profissionais do Ano da Rede Globo e Abril Elemídia, a agência manteve a animação elevada, de forma que sempre estivesse em evidência. “Até bem pouco tempo, o ‘criativo’ era o único valorizado dentro de uma agência. Por isso, dava-se muito valor para a ideia e bem pouco o resultado”, relembra Renê, dizendo que enquanto esse conceito foi uma realidade no mercado publicitário, priorizavam bastante as peças criadas por eles. Com o passar do tempo, não deixaram de ser criativos; mas dividem as ideias entre as peças criadas e a forma de buscar resultados efetivos ao cliente e menos troféus para agência. “Ano passado viramos Santos de cabeça pra baixo com a ideia criada para a Kyowa”. (http://www.dspa.com.br/cases/quem-casa-quer-kyowa-a-campanha-que-envolveu-a-cidade-toda#.WXCy14jyvIU) Bastante presentes nas redes sociais a DSPA traz em seu modo de trabalhar um jeito jovem e moderno de lidar com o público. Há poucos dias atrás, por conta do Dia do Futebol, fizeram um minicampeonato de Fifa 17 no Playstation, pelo Facebook, que conta hoje com poucos mais de 40 mil curtidas na página. “Já fomos mais agressivos. Mas hoje, entre fazer para nós e para o cliente, danos mais importância para o que traz faturamento. A equipe é bem jovem e ativa no online e, por conta disso, com muito gás”, finaliza o Diretor de Planejamento.

ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017


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ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

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CRÔNICA

O Marketing do futuro Na falta de um conhecimento mais aprofundado do que é o ser humano e seu enorme potencial criativo para criar soluções e resolver problemas, tem muita gente inventando o que falar sobre o futuro da atividade do marketing, como se ela fosse alguma coisa estática, sem o dinamismo que todos conhecemos. Sabemos ser o marketing a principal ferramenta de trabalho para movimentar o progresso das nações e da humanidade como um todo. O homem não perde a mania de diagnosticar o que vai acontecer no futuro, como por exemplo, o das profissões, como se fosse possível ele estar lá, pondo lenha na fogueira para não deixar apagar o fogo que faz gerar o progresso de tudo o que ainda está por acontecer em toda a vida.

não parece uma falta vergonha e de respeito, deixar por conta de Deus, fazer tudo? Jean Paul Sartre dizia que a “vida é um permanente exercício de equilíbrio entre escolha e consequência...”.Penso que é possível dar uma interpretação da genialidade de Sartre, dizendo que o nosso velho e bom Deus, ao nos dotar da faculdade do livre arbítrio com toda a capacidade de pensar e discernir, nos passou a responsabilidade de cuidarmos cada um de desenvolver o melhor para o nosso livre arbítrio e o futuro e destino, estão embutidos nesse trabalho.

Falar em marketing do futuro me parece pretencioso

Atualmente se fala muito no futuro do marketing, como se já estivesse pronto acabado, mas não está não, porque uma profissão dinâmica, como essa, tem que ser construída diuturnamente, de acordo com o desenvolvimento do próprio ser humano.

Ninguém me perguntou nada sobre isso, mas como sou um cara abelhudo vou fingir que fui indagado a respeito e dar uma resposta que tiraria de minha velha escola da vida, ainda que tal resposta venha causar um choque para algumas pessoas, como aquelas que vivem pregando aos quatro ventos que não conversam sobre o futuro porque isso é coisa de Deus, a quem pertence o destino de cada um de nós, e que somente a Ele caberia discutir sobre o assunto.

Isso vale para tudo na vida, nos vários aspectos, seja comportamental, pessoal, espiritual, profissional, etc e tal. Acredito que podemos afirmar sem nenhum medo de errar, que a escolha da nossa profissão, desde ontem, hoje e amanhã, foi trabalhar com marketing por exemplo, porque é uma bela profissão que o próprio ser humano constrói e aprimora, durante toda a sua existência, de acordo com os problemas de toda ordem que se nos apresentam e que precisam ser resolvidos. E enfrentar desafios é um dos trabalhos que melhor fazemos.

Falar em marketing do futuro me parece pretencioso porque ele ainda não existe já que está sendo construído, desenvolvido e aperfeiçoado o tempo todo pelo ser humano, com o seu enorme talento e capacidade de fazer, que Deus nos deu quando nos dotou do livro arbítrio. Acredite se quiser.

Confesso que sou francamente contrário à essa ideia de que Deus é o único responsável pelo futuro de cada ser humano, até porque, aceitar esta definição é uma forma cômoda de estimular o “dolce far niente” daqueles eternos ociosos que não fazem o menor esforço para aprender a andar com suas próprias pernas pelos caminhos que a vida lhes coloca na frente a todo instante. Essas pessoas são aquelas que passam o tempo todo transferindo a responsabilidade de tudo para Deus, numa atitude frouxa, do tipo “Se Deus quiser eu farei isso, farei aquilo...” E aí quando não fazem, é porque “Deus não quis”. Ora, considerando que Deus já faz tanto por nós, 22

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Humberto Mendes Humberto Mendes é Vice-Presidente Executivo da FENAPRO. Trabalhou nas principais agências publicitárias do País, como a DPZ, ArtPlan, Rino, entre outras. Foi Superintendente da ABAP, Gerente de Marketing da Fundação Bienal de SP; escreve para vários jornais do Brasil e acaba de editar seu segundo livro sobre propaganda.


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JOGADA DO MARKETING

Quando te falam sobre marcas no esporte, em que empresas você pensa? O jogada de Marketing destaca algumas das mais importantes marcas no mundo do esporte por Matheus Pellizer

entidades, clubes e atletas ao redor do mundo. Como em qualquer sociedade que seja baseado no modelo econômico capitalista, as coisas dependem de dinheiro. O esporte por muitas vezes, se não

E no esporte os investimentos são altos.

sempre, mexe com as emoções de

Cotas de patrocínio, naming rights, par-

quem o assiste e acompanha. Quando

cerias e até clubes-empresa fazem par-

o esporte em questão é o futebol então,

te da rotatividade monetária que cerca

não dá nem para tentar explicar o que

o esporte.

se passa na cabeça dos torcedores e toda a paixão pelos clubes espalhados mundo afora.

Assim como toda área de atuação no mercado de trabalho, existem aqueles que se destacam mais que os outros.

Às vezes tanta paixão acaba se tornan-

Aqui vamos citar algumas das marcas

do algo irracional, motivando muitas

que estão se sobressaindo no mundo

das cenas lamentáveis de selvageria

do esporte, seja por seus altos inves-

que são tão corriqueiras no Brasil. Claro

timentos ou pelo que seu nome repre-

que não é só paixão, orgulho e ego que

senta no mercado.

motivam as brigas, visto que há muita bandidagem envolvida no mundo do futebol, mas a discussão aqui não se trata disso.

Para não ter uma imensidão de empresas e grandezas do esporte e acabar deixando muitas de fora, vamos considerar nesta reportagem apenas as

Mas não é só de paixão que o futebol e

marcas brasileiras que vem se tornando

o esporte em geral são feitos. Não são

cada vez mais importantes no cenário

apenas as emoções que comandam as

nacional. Atualmente quando pensamos em mar-

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ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017


cas que se destacam no esporte, uma das primeiras empresas que me vem em mente é a Crefisa. Com o patrocínio milionário que a empresa de Leila Pereira tem com o Palmeiras fica impossível não destacar a marca.

Cotas de patrocínio, naming rights, parcerias e até clubes-empresa fazem parte da rotatividade monetária que cerca o esporte

Junto com o desenvolvimento da marca Crefisa o Palmeiras passou a ganhar destaque no cenário nacional e mundial. Sem querer aqui discutir a grandeza do clube de Palestra Itália, a marca do clube voltou a ser frequentemente exposta, então o Verdão não só começou a ganhar dinheiro, mas também voltou a contar com toda a exposição que a grandeza do clube merece, chegando a ser chamado de “Real Madrid das Américas” por alguns jornais latinos, devido ao poder econômico de investimento que o time adquiriu. E financeiramente falando, o Palmeiras conta hoje com 19% de sua receita vindo dos cofres da empresa, segundo os dados divulgados pelo próprio clube sobre suas finanças nos últimos meses. Falando em clubes, o Corinthians passou nos últimos anos por uma exposição fantástica, muito por conta do título mundial conquistado em 2012 pelos comandados de Tite. O time do Parque São Jorge chegou a ser considera-

muito cobiçado pela mídia, e rendeu

banco baixou um pouco seus números,

uma exposição muito grande.

mas continua com um investimento pe-

do pela Forbes no fim do ano passa-

Antes de sairmos um pouco da esfera

do como o mais valioso da América, o

do futebol, temos que destacar todo o

que ressalta a importância da marca no

investimento recente que a Caixa Eco-

mundo do esporte.

nômica Federal vem fazendo, já que

Outro clube que pela sua grandeza sempre teve destaque, mas que nos últimos anos vem retomando seu espaço

atualmente a empresa patrocina quase metade dos times da série A do Campeonato Brasileiro.

sado. Com alguns contratos importantes não renovados, como o Corinthians, a Caixa não perdeu sua força no mercado. Atualmente, um dos bancos mais importantes do país investe cerca de R$ 91 milhões, e patrocina 15 clubes brasileiros. Os mais importantes são os nove da série A: Flamengo, Atlético-

de exposição no cenário nacional é o

Em 2016 o clube teve um investimento

-MG, Cruzeiro, Sport, Bahia, Vitória, Co-

Flamengo, que com a briga pelo título

de R$ 134 milhões, patrocinando 21 ti-

ritiba, Avaí e Atlético-GO.

brasileiro no ano passado voltou a ser

mes ao redor do Brasil. Já em 2017 o

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Outros Esportes Saindo um pouco do meio do futebol temos que destacar algumas empresas que se dedicam ao crescimento de esportes que até um tempo atrás, não recebiam o devido incentivo. Um dos casos a que me refiro agora é o rugby, um dos esportes mais populares e praticados ao redor do mundo, principalmente em países da Oceania, como nas potências Austrália e Nova Zelândia, o esporte nunca foi muito bem popularizado pelo Brasil.

Durante os últimos anos a CBRu (Confederação Brasileira de Rugby) não tem poupado esforços para disseminar a prática do esporte no país.

Durante os últimos anos a CBRu (Confederação Brasileira de Rugby) não tem poupado esforços para disseminar a prática do esporte no país. Com muitas cam-

Red Bull Leipzig (Alemanha), Red Bull

panhas e ações em dia de jogos, a CBRu

Salzburg (Áustria), Red Bull Brasil e

merece destaque por se dedicar tanto a

New York Red Bull (EUA) são os clubes-

popularizar a prática do esporte no país.

-empresa comandados pela marca de

Vale ressaltar que, em 2017, a seleção brasileira está invicta jogando em sua

energéticos, que rende uma divergência de opiniões.

Sydney, na Austrália. Além dos dois Allianz Stadium, o portfólio da empresa se estende para o “Allianz Stadion”, casa do Rapid Wien, na Áustria, o “Allianz Park”, em Londres, onde o Shaftesbury Barnet Harriers e de

casa, o Pacaembu. Em quatro partidas

Por um lado, é bom, a Red Bull passa a

duas equipes de rugby mandam jogos,

os Tupis venceram Chile, Canadá, Pa-

ser reconhecida mundialmente por ter

o “Allianz Riviera”, em Nice, na França,

raguai e Portugal, o que mostra que as

seus clubes, rentabilizar e lucrar tanto

casa do OCG Nice e os mais famosos

energias dos comandantes do rugby

com o esporte. Por outro lado, muitas

“Allianz Parque”, em São Paulo, casa do

nacional estão sendo bem gastas.

discussões sobre a modernização do

Palmeiras e a “Allianz Arena”, em Muni-

futebol e a perda da identidade dos

que, casa do Bayern.

Todo o esforço por parte da CBRu, no entanto, talvez não surtiria tanto efeito

clubes são levantadas.

Sejam clubes, empresas ou, assim

se não fosse por conta de todo o apoio

Muitos torcedores de outros times aca-

como os times da Red Bull, ambos, o

financeiro que uma marca em especial

bam se envolvendo na discussão com

esporte é formado por marcas, que são

tem dado ao esporte.

protestos por conta da transformação do

de suma importância para o mercado.

time em uma empresa. Mas como a dis-

Citei aqui o que acredito que sejam as

cussão não se trata do futebol moderno

principais marcas que rondam o cená-

e sim sobre a importância das marcas, é

rio atual do esporte no Brasil.

Trata-se do patrocinador máster da Confederação Brasileira de Rugby, o Bradesco. O banco tem investido tanto tempo, esforço e dinheiro no desenvolvimento do esporte que acaba sendo difícil não destacar toda a participação da marca.

evidente que o investimento da Red Bull dá resultado, portanto é uma alternativa muito boa para as marcas que têm o poder de financeiro necessário.

Apesar de toda a importância das marcas financeiramente para o desenvolvimento do esporte, eu particularmente compartilho a opinião de que o esporte

Levando em consideração um âmbito

seja feito de mais do que dinheiro. A

Pelo Mundo

mundial, devemos destacar também a

emoção que cerca esse universo nun-

Allianz. A seguradora tem contrato de

ca deve ficar de lado. Exemplos como

No início desta reportagem foi citado a

naming rights firmado com sete está-

o da filha do atacante Roger, do Bota-

existência de clubes-empresa. A marca

dios ao redor do mundo, sendo o mais

fogo, nos mostram que o esporte vai

que mais se destaca nesse segmento

recente deles firmado com o Juventus

muito além do dinheiro que as marcas

sem dúvidas é a Red Bull, que possui

Stadium, que agora se chamará “Allianz

possam ter. Que isso nunca seja deixa-

ao redor do mundo quatro clubes.

Stadium”, mesmo nome da casa do FC

do de lado.

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ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017


Com design moderno e arrojado, o SPEEDY DOOR® agrega agilidade e segurança em deslocamento individual, facilitando percorrer trajetos em curto espaço de tempo. O cenário mundial aponta para os veículos híbridos como a solução mais próxima para reduzir os efeitos da poluição nos grandes centros urbanos.

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ARTIGO intermediárias de marketing, as agências de marketing esportivo encontravam-se no vértice “Investidores” do pentágono, por serem parceiras, na maioria das vezes, dos anunciantes ou dos agentes econômicos.

O Hexágono das Riquezas: o novo vértice Em 1999 escrevi um artigo sobre o mercado esportivo, publicado em A Gazeta Esportiva, e, a partir de 2000, algumas publicações acadêmicas também veicularam derivações sobre o tema, cuja origem foi a minha dissertação de mestrado. Abordava os cinco vértices formadores do “pentágono” que ilustrava o mercado do esporte. Destacava a Mídia, como o vértice que transformava esse “pentágono” em círculo, movendo toda a máquina do esporte.

Porém, nesses anos todos, esses serviços passaram a ser contratados também, em grande número, para serem representantes ou intermediárias de atletas, de clubes, de organizações não governamentais; passaram a ser ainda mais parceiras de veículos de comunicação e não tem mais como manter as organizações de marketing esportivo - ou os núcleos que muitas vezes estão dentro das agências de propaganda ou promocionais - no mesmo vértice dos Investidores. Proclamaram a sua independência!

Essas agências são grandes usinas de ideias e enorme geradoras de trabalho, absorvendo muitos recursos humanos e, consequentemente, aumentando as riquezas desse mercado tão fascinante, quanto desafiador, em que o Brasil apenas engatinha quando comparado às grandes potências. Por isso a importância de se estudar o papel de cada integrante desse mercado e, nas próximas edições do ABC da Comunicação, abordaremos e atualizareNaquele momento, os valores que circumos os outros vértices. Hoje, foi a vez das lavam em investimentos no esporte já Investidores Agências que oferecem os serviços eram muito significativos, por isso, de Marketing Esportivo, que para uma das versões publiSociedade de Entidades transformaram o obsoleto Pencadas em uma revista acadêConsumo Esportivas tágono de Fardo em hexágono: mica, dei o título de “O podium “o Hexágono das Riquezas”. das riquezas”, me referindo ao tal pentágono, que representava a configuração do mercado esporAtletas e Profissionais tivo. Por algum motivo inexplicável, Mídia Técnicos esse título ganhou certa repercus-

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são, mais até do que o seu próprio conteúdo, que nada mais era do que acrescentar a mídia como integrante desse mercado, pois todas a fontes consultadas à época não a incluíam.

Agências de Marketing Esportivo

Lecionando marketing esportivo em curso superior desde 2002, logo os alunos passaram a chamar essa configuração do mercado esportivo, quando a apresentava nas aulas, de “Pentágono de Fardo”, em alusão ao meu sobrenome. Dezoito anos se passaram, desde a primeira publicação, e ainda se referem ao mercado esportivo como pentágono. Mas a partir de hoje, com este artigo, a figura geométrica passará a ganhar mais um vértice e, portanto, será um “hexágono”. O motivo é simples: as agências de marketing esportivo passaram a ter importância quantitativa e qualitativa nesses anos todos, organizando e desenvolvendo eventos, equipes, atletas, conteúdos em mídia; intermediando ações de patrocínio; criando campanhas para produtos esportivos em geral; ativando marcas dentro do universo de esportes etc. Como 28

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José Antonio Fardo Fardo é jornalista, publicitário, mestre em Comunicação e Mercado e professor de Planejamento Estratégico e de Marketing Esportivo nos Cursos de Publicidade e Propaganda e de Comunicação Mercadológica da Universidade Metodista de São Paulo.

jose.fardo@uol.com.br


Ação Coca-Cola RefPet Mídias utilizadas na ação: Mídia Conta de Luz Outdoor Revista Carro de Som Busdoor Praças: Paraná São Paulo Minas Gerais Mato Grosso do Sul

Período: 9 Meses

701 milhões de impactos

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ASSESSORIA DE IMPRENSA

Eu não escolhi ser jornalista, eu escolhi o jornalismo! Na época das Olímpiadas eu me lembro que estava assistindo à competição de salto com vara e me deparei com o seguinte questionamento: -O que leva uma criança a sonhar em ser um atleta que salta com vara? Como essa criança desperta para o esporte? Será que ela olha pra TV e simplesmente nasce um amor instantâneo pelo “dinamismo” de saltar sobre uma barra à metros do chão com o auxílio de uma vara?

Diariamente a imprensa nacional depende de mim (e de outros milhares de assessores de imprensa) e da minha maneira estratégica de pensar para preencher suas lacunas de conteúdo e notícia, e é esta paixão por informar que sobrepõe até o ego que existe em assinar a própria matéria, é que me faz há doze anos levantar da cama todos os dias e fazer JORNALISMO!!!

Postei esse questionamento nas redes sociais e, como não poderia ser diferente, todo mundo riu e se divertiu elaborando teorias mirabolantes para o que leva um atleta a ingressar nesta peculiar modalidade, chegamos à conclusão que não há registros históricos de uma criança que tenha chegado em casa com um sorriso no rosto e anunciado: -Eu quero ser um saltador com vara, família, me apoie! (risos)

O fato é, eu mergulho no universo de cada cliente e encontro temas que sejam relevantes dentro do público alvo pretendido e transformo este tema em uma notícia que seja admissível em diversas editorias, em múltiplos veículos, transformando este tema em uma matéria que desperte o interesse, primeiro do repórter, depois do editor. O cliente precisa ser evidenciado como fonte positiva, já na publicação, é preciso garantir que a exposição do tema seja interessante a ponto de viralizar, não apenas na esfera jornalística tradicional, mas também nas redes sociais. Isso, sem o investimento de um centavo a mais que o FEE por parte do cliente, independente se estamos falando de uma matéria em um jornal de bairro ou no Jornal Nacional.

Na realidade os atletas que praticam esta peculiar modalidade são aqueles que tentaram a rapidez nas pistas de atletismo ou a agilidade e flexibilidade na ginástica artística, e por algum motivo, se viram com a única alternativa de migrar de modalidade para continuar competindo. E se a categoria surge quase como prêmio de consolação, no fim, os saltadores tem um lugar especial no coração das pessoas que os enxergam como heróis, que saltam para os seus sonhos e nos fazem vibrar a cada novo centímetro ultrapassado.

Eu entrei na faculdade de jornalismo apaixonada por uma ideia que na prática não existe

Aí eu me coloquei a refletir na minha profissão, afinal de contas ninguém (ou quase ninguém) ingressa na faculdade de jornalismo com o objetivo de ser assessor de imprensa. As motivações que levam um jovem a escolher ser jornalista são variadas, mas via de regra é o amor pela polêmica, a vontade incontrolável de se posicionar, a vocação que pulsa pela busca da notícia. (Claro que a propensão à boemia e o JUCA também são agentes motivadores, mas este é um artigo sério, não podemos falar sobre isso...risos) Aí na busca pelas oportunidades na carreira, a sensação que se tem (ou que os caras de redação têm) é que quando o jornalismo não oferece caminho para o estrelato de matérias investigativas e o brilho de uma história dentro de grandes conglomerados de imprensa (ainda existe isso?), o que resta é virar assessor e é aí que você se engana!

Se você, meu leitor amigo, quer ser um assessor de imprensa, entenda que de assessor, você só terá o cargo. Para atingir o objetivo será preciso muito foco e habilidade para gerenciar egos e expectativas e, principalmente preservar em você o instinto jornalístico e o amor por informar, independente do preço a ser pago. Agora, se você que me lê é empresário ou profissional de marketing e quer saber como é feita a mágica de equiparar em um editorial marcas desconhecidas com outras centenárias, como ser vitrine no seu segmento e como atrair clientes, investidores e institucionalizar a sua marca, estabelecendo a sua reputação através de matérias jornalísticas, me ligue, me mande um e-mail, só nunca, JAMAIS, me confunda com sua assessora para assuntos aleatórios e nem chame de publicidade o clipping que eu dei o sangue, muitas vezes literalmente, para conseguir!

Eu entrei na faculdade de jornalismo apaixonada por uma ideia que na prática não existe, e na busca por entender a minha vocação e o meu dom jornalístico, eu ingressei em diversos estágios em veículos mil, com cargos variados para saber em que área do jornalismo meu coração pulsaria mais forte, mas a verdade é que não importava onde eu estava, meu coração nunca parava de acelerar quando uma notícia era construída e foi aí que eu percebi que meu amor não estava na ideia de ser jornalista, estava no jornalismo e quem faz jornalismo é assessor de imprensa, meus caros. 30

ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

Ayla Meireles Ayla Meireles é graduada em Jornalismo pela UMESP, ainda com a faculdade em curso, fundou a agência de comunicação AMB Com e, aliando a construção da carreira de jornalista empreendedora à graduação, ficou conhecida no meio das agências de comunicação integrada como um prodígio e em pouco tempo a AMB Com se tornou referência no segmento de moda, beleza, negócios, tecnologia e saúde.


ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

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COLUNA

O leão que não ganhamos mesmo matando um ou vários todos os dias O mês de junho sempre traz a montanha russa das emoções de um Festival de Cannes. Boa parte das melhores cabeças criativas do mundo se deslocam para o incrível litoral sul da França. E é ali, na Côte D’Azur, que nos inspiramos anualmente, vemos a criatividade no estado mais livre e nos emocionamos com os premiados. Óbvio que Cannes é um jogo, que para ganhar precisamos saber como jogar. Um leão não é fruto apenas de um ótimo trabalho, mas também da intenção maior de fazer deste case algo inovador, disruptivo e com uma criatividade inquestionável como excelência. É um evento para ver e ser visto e recomendo profundamente que cada um de vocês leitores, o façam. Ir à Cannes é beber na fonte da inspiração e talvez se conectar com a raiz de tudo isso que defendemos como nosso mercado. É de lá que todos os anos saem muitas discussões. Desde as relativas à um repensamento e resignificação do papel das agências dentro do contexto atual, passando pelos questionamentos das abordagens, dos processos, da própria criatividade e também de todos os temas que anualmente acabam tendo mais espaço, como sustentabilidade, igualdade, engajamento, inclusão, tecnologia e etc. E também ali, surgem anualmente os questionamentos sobre os cases. O quanto eles realmente estavam atendendo um briefing? O quanto são fakes? O quanto são reais? O quanto navegam numa área que não condiz com a realidade? Bom, para defender o festival, ele tem regras muito rígidas para evitar justamente os cases piratas, mas claro que existe um recorte muito específico que determina a criação destes cases, pois lembrem-se que grande parte do mercado de agências é feito por grupos de mercado aberto e onde um prêmio significa um aumento considerável do valor de suas ações na bolsa, um impacto positivo aos seus investidores, um aumento de valor agregado e interesse na própria abordagem da agência em si. Em outras palavras amigos, estamos falando de negócios. E a criatividade ali está claramente a serviço disto, além de poder massagear egos e também reconhecer talentos e mentes brilhantes. Eu trouxe este comentário não apenas para aproveitar o momento e a felicidade de ver muitos cases incríveis em uma dose tão concentrada, mas para abrir os meus comentários não para você criativo ou dono de agência. Eu queria, especialmente,

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falar com você: cliente! Sim, espero que alguns estejam lendo e tenham chegado até aqui neste texto, porque daqui até o final é com vocês que eu gostaria de falar. Inúmeras vezes no Prêmio ABC da Comunicação, do qual tenho a honra e a responsabilidade de ser Presidente do Júri nos últimos 3 anos, eu falei para as agências vencedoras que deveriam dividir o seu troféu com seus clientes. Pois se eles venceram, alguém não só bancou isto financeiramente para o bem do negócio, mas principalmente comprou sua ideia, acreditou que você dominava o assunto e lhe deu liberdade para fazer o seu melhor para aquilo que ele sabe melhor. Um prêmio não é só da agência e de quem briefou, mas de quem aprovou e de quem de fato é o dono do negócio. Mas eu queria enfatizar que a melhor coisa para o case – e eventualmente para um prêmio, é que a agência seja a agência e o cliente seja o cliente. Parece óbvia a frase, mas não é bem assim... No momento de brindar um job terminado ou um prêmio recebido, a gente vai esquecer o caminho difícil percorrido até aqui, as dúvidas, inconsistências, inseguranças e inevitáveis interferências. Estou falando isso porque eu entendo muito o quão sacrificante e difícil é o mercado da empresa, do produto e da marca. Como os nossos clientes estão submetidos à pressão, confrontados com inúmeros KPI’s, comprometidos com metas e objetivos agressivos e tudo isso se não bastasse a sua própria autocrítica em procurar ser melhor, maior ou mais efetivo. E é nesse momento, no meio das inúmeras planilhas, reuniões, apresentações, PPTs e ligações, que aparece a oportunidade de criar uma peça, uma campanha, um jingle, um filme ou simplesmente uma ação para divulgar mais o seu serviço, produto ou marca. Oba, até que enfim uma coisa legal! Chamamos uma agência e justamente quando temos ali a sua expertise, a gente liga o botão “criativo”. O briefing já começa a induzir para um caminho que imaginamos ser melhor, a leitura do que a agência entrega já está contaminada pelo que a gente entende que seja o mais correto, “o texto poderia ser melhor se fosse como eu escrevi no meu bloco de notas”, “o logo seria mais bonito se fosse como aquele que eu mostrei para vocês”, “a agência poderia ser mais efetiva se não ficasse toda hora querendo ser muito criativa” ou o sempre usado “você são muito criativos, mas não conhecem de fato o produto e o mercado como eu. Eu sei o que funciona!”

ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017


A grande questão é entender o quanto a gente respeita a área e expertise de cada um e também esperar, cobrar e contar com esta expertise dentro de uma conta onde o conhecimento do produto, da marca, do mercado e do consumidor sejam multiplicados pelo conhecimento em como fazer tudo isto junto fazer sentido e chegar em resultados a partir do uso profissional de uma ferramenta de comunicação. Enganam-se aqueles que dentro deste mundo de CO’s: colaborativo, cocriativo, corporativo e de coworkings, entendem que a criatividade está em tudo em todos e isso basta. Realmente todas as pessoas tem uma dose de criatividade, mas isto não faz delas uma pessoa criativa. Porque o criativo, no contexto mais real da palavra, é o profissional do assunto, o cara que estuda, que pesquisa, que procura referências e tem isto como sua especialidade. Pois acredite, por mais que as vezes a gente ache que um criativo é um cara esquisito que fica esperando um insight fazer download, a essência da criatividade é a informação, então as pessoas mais criativas são as mais bem informadas. E no quê? Em tudo! Se você é uma sumidade em finanças, economia, marketing ou vendas, você tem grandes chances de ter muitos insights sobre o assunto e sem dúvida eles poderão ser poderosos. Mas se você quer que tudo isso seja transformado em uma linguagem de convencimento, procure as pessoas que sejam também profundas conhecedoras das formas, maneiras, jeitos, imagens, textos e atalhos para conseguir fazer isto. Sinto lhes informar, seu insight pode ser muito bom, mas ele não é necessariamente a resposta do seu briefing. Pode até ser, mas precisamos questioná-lo, trabalhá-lo e aí sim ter a justificativa para seu uso. Toda vez que uma agência recebe uma demanda top down, um insight imperativo ou o “Diretor disse que é para fazer isso”, morre uma foca no Alasca (rs). Talvez você esteja ali decidindo algo que está pagando para alguém fazer. Eu garanto! O cara mais chato de um brainstorming é aquele que não é criativo. Sim, porque ele se apaixonou por sua ideia, ele a acha incrível, ele sente que está usando sua criatividade, isto dá status, isto mostra que ele é mais do que uma cabeça cheia de números, mas como brincamos nas agências: “Sua ideia é ótima, pena que temos um briefing (rs)”. Um criativo é treinado para abrir mão da ideia. Quando ele dá um insight ele sabe que ele pode se transformar em ideia final, pode ser apenas um inspire ou fazer parte de uma discussão, mas ele tem que exercitar o desprendimento. Desapega, desapega... já dizia uma conhecida mensagem publicitária.

da diretora que a gente não quer ir contra? Ok, há um exagero proposital aqui de falar de pessoas tidas como geniais criativamente, mas será que na agência que te atende, não tem gêniozinhos também? Não tem gente esperando a chance de você deixar eles fazerem o seu melhor? De criar algo realmente criativo que faça sentido? E ainda que você tenha direito aos questionamentos, eu gostaria de deixar claro que as obras citadas aí em cima, eram briefings. Foram projetos que foram atendidos de uma maneira magistral. A gestão da ideia e da inovação, e aqui incluo a criatividade, não é algo necessariamente democrático, acredite. É questionável o quanto realmente positivo é colocar tanta gente para discutir uma ideia e se realmente a tia ou o tio do café podem trazer um insight que podem transformá-lo em algo que comunique sua mensagem, é precisa de alguém que seja profissional para isso. E o que tem Cannes com isso? As agências já descobriram novos filões onde os leões apareçam talvez com mais facilidade. São ONGs, entidades assistenciais, clubes de futebol, fundações, campanhas de conscientização, entre outras. Além de uma clara inexistência de processos mais clássicos de marketing e gestão ali, existe um bom uso da questão de adequação e da emoção, há também uma linguagem universal e isto é ótimo para um Festival Internacional. Mas além disso, mesmo quando a gente questionar se havia ou não um briefing ou o quanto livre a agência esteve para fazer o que quisesse, vamos pensar também o lado positivo disso. Será que a força destes cases, e possivelmente sua efetividade, não venha de um formato sem interferências, sem a necessidade pessoal e autoral de alguém em dar seu palpite, em não aproveitar o projeto para que fazer mais um team building ou o desgaste imenso de idas e vindas simplesmente porque faz parte? Nossas mães já falavam que bolo que muitas mãos mexem não crescem. Acho que está na hora da gente passar a receita e esperar o bolo ou um croissant. Se tiver dúvidas chame 3 cozinheiros, mais do que isso é desperdício. Se não vier do jeito certo, vamos pedir outro. Mas tomar a colher da mão, colocar a pitada que a gente quer ou ficar abrindo o forno enquanto ele não está pronto, certamente está gerando um produto pior e ainda por cima sujando você todo de farinha e ovo.

É isso. Eu acho que num mundo que tende ao commodity, é importante que cada um faça a sua parte. A gente está misturando tudo, pondo gente demais num brainstoming, perguntando a opinião para um grupo muito aberto, trazendo muitas visões diferentes para algo que tem que ter uma linha mais fechada. Você imaginaria, por exemplo, o que aconteceria com Michelângelo, Picasso, Niemeyer ou qualquer outro grande artista se antes de cada obra fossem ouvir a opinião de todo mundo? O que seria da Capela Cistina, de Guernica ou do Projeto de Brasília se os autores realmente mudassem todo o projeto à cada pedido do novo gerente, daquele estagiário esperto ou ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

Dil Mota Publicitário, formado em Design, com especialização em Design de Interiores e Artes Gráficas. Trabalha há 20 anos no mercado de Live Marketing (Eventos, promoções, brand experience e merchandising), já foi Diretor de Criação da Samba Pro, Banco de Eventos, Fan Club, Rock Comunicação e Super Produções, tendo passagens ainda pela McCann Erickson, Rocha Azevedo e CF Promo. Tem trabalhos com inúmeros clientes como Unilever, FIFA, AMBEV, Itaú, Natura, Ipiranga, Absolut, VW, Honda, Philips, FIFA, Citroen, Hyundai, Bradesco, Renault, Avon, entre outros. Grande entusiasta de formatos diferenciados de processos criativos, investe no melhor uso da criatividade dentro de empresas, com profissionais e clientes.

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MATÉRIA

Prêmio ABC da Comunicação completa 5 anos e se consolida como o principal evento do mercado de Marketing e Comunicação do Grande ABC

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ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017


O Prêmio ABC da Comunicação já se consolidou como o principal evento do setor de Marketing e Comunicação da região do Grande ABC e é aguardado ansiosamente por profissionais e agências para que seu trabalho seja reconhecido por meio de cases e campanhas, criação e atuação dentro do mercado em nível regional e nacional. A premiação chega em sua 5º edição mais estruturada e amparada no que diz respeito ao julgamento e classificação dos trabalhos, bem como a escolha dos profissionais de destaque, com a participação de jurados de renome do mercado nacional, que participam, inclusive, de outras grandes premiações do setor como o Festival de Cannes.

A cerimônia de premiação acompanha os moldes dos anos anteriores e acontecerá em três blocos: sendo o primeiro de Reconhecimento Profissional, outorgado pela equipe organizadora e comissão do júri; o segundo de Profissionais e Empresas, que acontece a partir de indicações e votação entre os três finalistas de cada categoria; e o terceiro de Cases e Campanhas, que acontece a partir das inscrições feitas pelas agências, que são avaliadas pelo júri e classificadas OURO, PRATA e BRONZE. A avaliação do júri deve seguir os seguintes critérios: estratégia, conceito, execução e resultados.

• ESTRATÉGIA: qual foi a estratégia desenvolvida para alcançar os objetivos de marketing e por quê? A estratégia foi pensada para a marca e o público-alvo? Quais as perspectivas foram descobertas e como elas ajudaram na estratégia? Serão consideradas adequação, relevância e qualidade do pensamento estratégico. • CONCEITO: Dado os objetivos, quão forte e relevante é o conceito? É forte para a marca e o público-alvo? Como o case ou campanha foi planejado? Esta é uma ideia original? Neste quesito serão considerados originalidade, criatividade, ineditismo e impacto geral do conceito.

Vale lembrar que podem participar do Prêmio ABC da Comunicação apenas as agências e empresas comprovadamente sediadas em uma das sete cidades que compreendem a região do Grande ABC: Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Agências que têm sua matriz em São Paulo, mas possuem sede oficial e inscrição de CNPJ desta filial em uma das setes cidades do Grande ABC também poderão participar da premiação. A inscrição de cases e campanhas vai até o dia 4 de agosto. Com relação à votação nos finalistas das categorias de Melhores Profissionais e Empresas, houve mudança nas regras. Até o ano passado todas as agências e empresas cadastradas junto ao sistema do Grupo ABC da Comunicação tinham direito a um voto, a partir de agora só terão direito ao voto os filiados da Comunidade ABC da Comunicação, incluindo profissionais e estudantes, que deverão fazer sua escolha até o dia 26 de agosto. Este ano a festa de premiação acontece no dia 19 de setembro, no Sítio São Jorge em São Bernardo do Campo e pretende reunir centenas de profissionais e dezenas de agências de toda a região. As ações de ativação e Live Marketing, que sempre surpreendem os convidados do evento, devem continuar promovendo uma festa à parte, assim como banda de música ao vivo, DJ e demais atrações.

Os convites que ainda estão

• EXECUÇÃO: Quão bem foram executados todos os elementos e etapas da campanha? Qualidade, conceito criativo e programa de implementação. Que problemas foram enfrentados e superados, com consumidores, equipes e força de vendas? Como a campanha se destacou? Teve forte presença no mercado? Serão consideradas qualidade, complexidade e criatividade durante a execução.

disponíveis podem ser adquiridos

• RESULTADOS: As agências deverão explicar os resultados da campanha usando o máximo de detalhes possível. Quão bem a campanha se saiu diante dos objetivos estabelecidos? Foram dados padrões verossímeis para dar contexto a força dos resultados?

pelo telefone (11) 4941-1377.

ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

pessoalmente na sede do ABC da Comunicação, em São Bernardo do Campo. Para mais informações entre em contato #PrêmioABCdaComunicação2017 #5PrêmioABCdaComunicação

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MATÉRIA BLOCO 1

BLOCO 2

O Reconhecimento Profissional é composto pelas seguintes categorias:

Indicados do ano nas categorias Profissionais e Empresas:

Melhor Dirigente de Marketing

Profissional que mais contribuiu com o mercado Profissional da área de marketing e comunicação que mais contribuiu com o mercado na região do Grande ABC a crescer e de desenvolver pela sua atuação e realizações.

• Renata Fidelis – Strong ESAGS • Eveline Godoy – Padaria Brasileira • Cristiane Chiorato – Lumiar Health Care

Melhor Profissional de Atendimento

Profissional Referência Profissional escolhido pela sua atuação, ética, caráter e reconhecimento dos profissionais que fazem parte do mercado do marketing e da comunicação.

• Fabiana Pegorin – GAX Brasil • Renato Rocha – ABID • Vivian Ferreira – Go! Comunicação

Homenagem pelo conjunto da obra

Melhor Profissional de Planejamento

Esta homenagem tem como objetivo principal reconhecer profissionais que tem um

• Cadu Capella Reis – INSANE

legado com o mercado da comunicação da região. São profissionais que tem uma

• Omar Hamam Junior – Galpão162

larga atuação e realizações.

• Diego Felipe de Oliveira – Canna

Profissional Conexão Brasil-ABC

Melhor Profissional de Live Marketing

Este prêmio vai para profissionais de fora da região do Grande ABC mas que de al-

• Humberto Tadeu – ForYou Marketing

guma forma contribuíram, ajudaram e deram destaque para empresas e profissionais

• Sarita Fontes – Ksual Eventos

da região do Grande ABC.

• Marcele Pereira – 4All Comunicação

Melhor Profissional de Marketing Digital

Homenagem Institucional Este prêmio visa reconhecer empresas e instituições que tem uma história e um legado com a comunicação da Região do Grande ABC.

• Neviton Santana – Dotcase • Diego Voni – Logic Arts • Fagner de Sousa Oliveira – Solare

Melhor Profissional de Social Media

Agências que fizeram história Este prêmio visa reconhecer agências que tem uma forte atuação e por um longo período na região, realizando projetos e campanhas ao longo do tempo.

• Carol Almeida – INSANE • Nina Parreira – GAX Brasil • Larissa Granata – Go! Comunicação

Melhor Profissional de Conteúdo

Agências que contribuíram com o mercado Este prêmio visa reconhecer agências que tiveram iniciativas ou projetos em prol do mercado de marketing e comunicação da região do Grande ABC.

• Regine Luise – INSANE • Ana Luiza – Canna • Marina Oliveira – Cucas Conteúdo

Melhor Profissional de Assessoria de Imprensa

Líderes do Mercado Este prêmio visa premiar profissionais que são líderes defendendo o mercado de comunicação da Região do Grande ABC.

• Andressa Dantas – Arebo • Ayla Meireles – AMB Com • Miriam Lago – Notícia Expressa

Mentes Brilhantes

Melhor Profissional de Comunicação Interna

Este prêmio visa reconhecer os grandes nomes da propaganda e comunicação bra-

• Paola Barbosa – Scania

sileira, premiando aqueles que fizeram história com sua produção e deixaram um

• Fabiana Nunes – BASF

enorme legado para os futuros profissionais do setor.

• André Senador – Volkswagem

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Este ano a festa de premiação acontece no dia 19 de setembro, no Sítio São Jorge em São Bernardo do Campo

Melhor Executivo de Veículo

Melhor Veículo Regional

• Wagner Dominguez – ABC do ABC

• Metro

• Rodrigo Bem – Jornal Destak

• Revista Expressão

• Ricardo Carvalho – Revista Expressão

• Redemídia TV

Melhor Profissional de Jornalismo

Melhor Dirigente da Indústria da Comunicação

Melhor Veículo Nacional

• Aline Melo – Diário Regional

• Renata Paz – MegUp Propaganda

• Globo

• Yara Ferraz – Diário do Grande ABC

• Maycon Tuneli – INSANE

• Folha de São Paulo

• Mariana Fanti – TV+ ABC

• Wiliam Robson Comissário Canna

• Rádio Disney

Melhor Profissional de Criação

Melhor Fornecedor Especializado

Melhor Veículo Digital

• Bruno Moreira – Estúdio Lateral

• Uniellas

• UOL

• Fabio Hourneaux – Go! Comunicação

• Prime Gráfica

• Facebook

• Gustavo Loureiro – Galpão162

• BUENO Arquitetura Cenográfica

• Google

Melhor Profissional de Produção

Melhor Anunciante Regional

Prêmio ABC da Comunicação e TV+ ABC

• Danubia Borba – Duoeme

• Vigorito

• para a Agência que mais investiu em

• Valéria Oliveira – WP Criativa

• Singular

• Vinícius Honório – Canopus

• Giuliana Flores

Melhor Profissional de Mídia

Melhor Anunciante Nacional

• Rodrigo Messias – Atta Publicidade • Giancarlo Giannocaro – Greatt Inteligência em Mídia • Vivian Junqueira – WP Criativa

TV Regional • agência que mais investiu em televisão regional na região do Grande ABC, tendo por base os

• Itaú

investimentos feitos na emissora

• Volkswagen

TV+ ABC.

• Coca-Cola

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MATÉRIA

BLOCO 3 Confira as categorias para Cases e Campanhas

Setor 1 - Stakeholders

Setor 4 - Live Marketing

Melhor Campanha para Público Interno

Melhor Campanha Promocional ou Ativação

Melhor Campanha Business to Business

Melhor Uso de Merchandising no Ponto de Venda

Melhor Campanha de Responsabilidade Social

Melhor Uso de Eventos (Criação e Produção)

Melhor Vídeo Institucional

Melhor Estande

Melhor Agência do Setor Stakeholders

Melhor Campanha de Incentivo Melhor Agência do Setor Live Marketing

Setor 2 - Design

Setor 5 - Publicidade e Propaganda

Melhor Embalagem

Melhor Campanha de Baixo Investimento

Melhor Logotipo e/ou Identidade Visual

Melhor Jingle/Spot

Melhor Ilustração Manual

Melhor Criação para Mídia Impressa

Melhor Ilustração Técnica

Melhor Uso de Outdoor

Melhor Ilustração 3D

Melhor Criação para Mídia OOH

Melhor Projeto Editorial ou Publicação

Melhor Filme Publicitário

Melhor Agência do Setor Design

Melhor Campanha Publicitária Melhor Agência do Setor Publicidade e Propaganda

Setor 3 - Marketing Digital

Setor 6 - Assessoria de Comunicação

Melhor Campanha Digital

Melhor Reportagem de Destaque

Melhor Uso de Redes Sociais

Melhor Construção de Imagem

Melhor Site

Melhor Gerenciamento de Crise

Melhor Aplicativo

Melhor Gestão de Conteúdo Editorial

Melhor Gestão de Presença Digital

Melhor Agência do Setor Assessoria de Comunicação

Melhor Campanha de Inbound Marketing Melhor Agência do Setor Marketing Digital

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Apaixonados por Comunicação de A a Z.

Já conhece as vantagens de fazer parte da comunidade ABC da Comunicação? Acesse nosso portal e confira! abcdacomunicacao.com.br

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/abcdacomunica

/abcdacomunica


ARTIGO

Qual é próximo passo do comportamento de consumo? Você já parou para pensar na estratégia que está construindo

envolve a empresa é a própria marca, atualmente. Antes, um

para ter a atenção de um consumidor 100% conectado?

negócio ficava às escuras, hoje, cada detalhe do bussiness é

Pare para pensar em como é o seu dia-a-dia, como se constrói. Seu tempo é extremamente escasso. Qualquer ferramenta que possa ser prática e te conduza a poupar tempo entra no seu radar. Essa grande mudança comportamental no estilo de vida trouxe uma extrema mudança no foco dentro da análise do consumo. A importância não está mais somente no produto e sim no indivíduo: como ele é tratado e o que é feito por ele.

a imagem da empresa. Isso inclui os funcionários, a postura dos diretores, a comunicação via rede social: tudo. O que a empresa faz, como se apresenta e como ela interage com os consumidores define quem ela é no mercado. E a importância

Compartilhar é parte da nova postura do consumidor que quer contar histórias para o mundo.

em saber se colocar é fundamental. Compartilhar é parte da nova postura do consumidor que quer contar histórias para o mundo. A sua empresa precisa saber dialogar com esse indivíduo e entender o que ele experimentar para fazer parte do que ele vai contar: valorize a eficiência do

Neste caso, o tempo que seu serviço/mar-

seu serviço dentro da correria diária e

ca ou produto poupa do consumidor vira

busque a ligação para agarrar a atenção

o essencial buscado.

desse consumidor. Em uma era na qual o tempo é ovacionado, a experiência é fun-

A constante reavaliação por parte das em-

damental e o indivíduo é o foco, construa,

presas e serviços no que diz respeito ao

reestruture seu produto/serviço/empresa

posicionamento no mercado é o essen-

de dentro para fora para o mundo inteiro

cial na construção estratégica não só da

ver. É essa postura que chama a atenção

fidelização no consumo por experiência

do consumidor conectado, mais ativista

e sim, na construção da redefinição das expectativas dele com a marca. Agora o importante é saber como se colocar e ter a transparência sincera com o mercado quanto a isso: melhorar, a cada passo, a relação com quem consome seu produto, serviço e se relaciona com sua marca.

e mais exigente; é a constante avaliação dessa postura que mantém a relevância e é a construção do compartilhamento dessa informação com o mercado que naturaliza a informação dada.

Há um considerável crescimento na busca por esse tempo. A demanda diária faz com que precisemos de resoluções que nos tragam resultados, ou seja: ferramentas que facilitem nossa vida. Surge, então, um coro de marcas orientadas por objetivos transparentes que se conectam com as necessidades do consumidor abrindo o caminho para a autorrealização.

Daniela Zanardo Começou sua carreira trabalhando como designer e consultora de produto, após diversas experiências na área da moda com trabalhos para grandes marcas como resolveu abrir seu próprio negócio e sua escolha foi investir na vestimenta do no mercado gastronômico que vem crescendo cada ano mais, a então Z.Chefs. Em 2014 abriu a empresa de conteúdo de comportamento e tendência, a Trend|247.

Um grande exemplo dessa incrível transparência para os negócios trazida pela era da interatividade é como tudo o que 40

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daniela@trend247.com.br


A ABC C om é uma editora especializ ada em publicações voltadas aos segmentos de comunicação, negócios, empreendedorismo, inovação, gestão e biograf i as.

#Marketing Lovers Co m o já s o m o s a p a i x o n a d o s p o r marketing e liv r o s , c h eg a m o s p a r a a g r e g a r inteligência e c o n te ú d o . E v o c ê , t a m b é m é u m #marketinglover?

Estágiário de Mim Mesmo, de Cadu Capella Nossa primeira obra publicada

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DIRIGENTE DE MARKETING

Leandro Ramiro Gerente Executivo de Marketing e Comunicação da Volkswagen do Brasil Em 2017 a Volkswagen completa 64 anos de Brasil. Uma his-

campanhas publicitárias trazem a nova orientação estratégica

tória de sucesso que teve seu início em um pequeno galpão

da marca no País: “Volkswagen. Inspirada na Sua Vida”. A mar-

alugado na rua do Manifesto, no bairro do Ipiranga, em São

ca possui um histórico vitorioso de tecnologia, inovação, valor,

Paulo, com apenas 12 funcionários. A empresa foi logo reco-

qualidade e baixo custo de manutenção, mas os consumido-

nhecida pelo mercado por fazer carros duráveis e confiáveis,

res hoje buscam também serviços diferenciados e que tragam

com preço competitivo, facilidade de manutenção e alto valor

conveniência e benefícios exclusivos, como conectividade e

de revenda. Ao mesmo tempo, a Volkswagen posicionou-se,

alta eficiência. Por essa razão, estamos trazendo para nossos

desde o princípio, lançando novas tecnologias e estabelecen-

produtos tecnologias e inovações globais que o cliente dese-

do novos padrões de consumo. Em 2011, a Volkswagen iniciou

ja. Esse é o futuro para a Volkswagen. Estar próxima de seus

uma nova etapa no Brasil, com uma maior conexão tecnológi-

clientes antecipando tecnologias e inovações.

ca entre os produtos e processos desenvolvidos no País e o que existe de mais moderno e inovador no Grupo.

E também temos trabalhado muito no ambiente digital. Por exemplo, lançamos em 2016 o Volkswagen Virtual Experien-

Para entender é a atuação do Marketing de uma empresa tão

ce, uma ação inovadora que leva o cliente a realizar um test-

emblemática para o País e região, conversamos com o Geren-

-drive e uma visita virtual ao showroom de uma concessionária

te Executivo de Marketing e Comunicação da Volkswagen do

Volkswagen, com visão de 360 graus, por meio do celular, do

Brasil, Leandro Ramiro.

tablet ou de acessório VR (Realidade Virtual). A ferramenta permite que o consumidor veja deta-

Qual é o atual posicionamento que a

lhadamente os modelos da marca,

Volkswagen busca junto ao mercado e o

por dentro e por fora, e tenha acesso

que mudou em relação a isto nos últimos

a informações qualificadas sobre eles,

anos? A maneira de consumir e o perfil

ajudando o cliente a fundamentar me-

do consumidor mudou muito nos últi-

lhor seu processo de decisão de com-

mos anos. Qual impacto essas mudan-

pra. Confira detalhadamente acessan-

ças teve na empresa e em suas ações de

do:

marketing?

http://meuvw.vc/VirtualExperience

Com o aumento da base de consumidores

e https://www.youtube.com/watch?v=

e a evolução natural dos clientes, que estão

OhmvTVYpZMk&feature=youtu.be.

cada vez mais questionadores e conscientes, temos buscado oferecer produtos e serviços

Atualmente a Volkswagen trabalha

diferenciados, por meio de uma comunica-

com mais de uma agência? Existe

ção também moderna e inovadora. Por isso,

uma house dentro da companhia?

mudamos a abordagem da nossa marca com o objetivo de estarmos mais próximos de nossos clientes e potenciais consumido-

Como é este relacionamento? Leandro Ramiro

res. Desde o início do ano passado, nossas

Gerente Executivo de Marketing e Comunicação da Volkswagen do Brasil

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ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

A Volkswagen do Brasil conta com uma parceria muito próxima com a Al-


mapBBDO, que é a agência da marca há mais de 50 anos, e por isso a integração dos trabalhos é muito forte. Tudo começa dentro da área de Marketing da Volkswagen, que elabora os briefings com muita profundidade nas informações e direcionamentos, para que o processo de planejamento e criação da agência tenha o suporte e consistência necessários. Para manter o alto nível criativo desafiamos todos os envolvidos do Marketing da Volkswagen e da Almap a perseguir constantemente uma forma de comunicação inovadora, que consiga transmitir eficientemente os atributos e diferenciais da marca e dos seus produtos. É um trabalho feito a quatro mãos, baseado no forte nível de confiança e conhecimento existentes entre

Quais são as principais mídias utilizadas pela Volkswagen e como é feita esta escolha?

A Volkswagen anuncia em diversas plataformas de comunicação, incluindo internet, mídias sociais, TV aberta e fechada, out of home, rádio, revistas, jornais, etc. Os volumes e a estratégia de inserção nesses canais, contudo, são dadosestratégicos, portanto não podemos revelar. Em uma empresa desse porte, a Comunicação Interna precisa receber uma atenção especial. Como esta área funciona na VW?

A Comunicação Interna é tocada por outro setor na estrutura

Volkswagen e Almap. Complementando o trabalho da Almap, a Proximity atende a Volkswagen em CRM (Costumer Relationship Management) e a The Group em materiais de ponto de venda.

da Volkswagen do Brasil, o departamento de Assuntos Corporativos e Relações com a Imprensa. De fato, temos uma atenção especial com o nosso público interno, para o qual dedicamos uma série de canais: um aplicativo de notícias e

Quais são os processos de cuidado e aprovação em re-

serviços, o App VW&Eu, o quadro eletrônico Fique Conecta-

um anúncio, campanha ou ação ser veiculado conforme o

linha de produção, o Jornal Volkswagen, publicação impressa

lação às campanhas? Quanto tempo, em média, leva até

do, que traz informações em tempo real aos empregados da

planejamento de vocês?

quinzenal, o Portal Volkswagen, que é a intranet, e o Fique

Cada trabalho tem suas características, necessidades e ob-

da empresa. Utilizamos, em estreita parceria com a área de

jetivos. Desta forma é muito difícil estabelecer um padrão que

Assuntos Corporativos e Relações com a Imprensa, esses ca-

atenda a todos. O que não muda é o nível de profissionalismo,

nais para comunicar nossos funcionários sempre em primeira

dedicação e comprometimento em todos eles.

mão a respeito das novidades da empresa.

Ligado, uma newsletter enviada a todos os usuários de e-mail

ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

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MATÉRIA

Agência DDA utiliza e repassa métodos tecnológicos para fazer marketing Isabella Filippini “O marketing digital é nosso carro-chefe”, diz Paulo Henrique de Lucena, fundador da Agência DDA. No mercado há quase 10 anos e com sede em Santo André, propõe focar seus resultados através de ferramentas de marketing digital. E se apresentam como especialistas na divulgação e lançamentos de produtos de maneira tecnológica. Imagina que você seja capaz e interagir com objetos e cenários que existem somente na sua cabeça. Assim dizendo, já pensou como seria se o mundo real interagisse com o virtual? Isto já é possível, com chamada Realidade Aumentada (RA). Este é um dos serviços que a Agência DDA proporciona, desenvolvido em parceria com uma empresa de tecnologia. A agência fica responsável pela captação do cliente e venda, já a empresa parceira cuida 100% da produção do projeto. Apesar de recente, o serviço de Realidade Aumentada e Virtual (RA e RV) recebe muitas solicitações de orçamentos de grandes empresas. “O custo para produção é muito alto, a partir de R$ 30.000,00. Tem projeto que chega a R$ 100.000,00, por isso é difícil realmente fechar projetos como esse, mas estamos caminhando nesse sentido”, diz Paulo. Com a demanda pelo tipo de ser44

viço crescendo, foi necessário otimizar o site e blog da empresa. Agora, é possível achar o nome da Agência DDA em destaque na pesquisa por “agência de realidade virtual ou aumentada”, no Google. “Desde que abri a agência, sempre focamos no Google, que atualmente é o nosso principal vendedor”, comenta. Entre os trabalhos realizados com a tecnologia de Realidade Aumentada, o fundador destaca o projeto para a NeoNutri, empresa de suplementos, que pode ser vista em <www.agenciadda.com.br/projetos/realidade-aumentada-neonutri>. A agência também está colocando em prática a ideia de criar uma plataforma online de treinamento para empresas e profissionais que se interessam em adquirir conhecimento sobre os benefícios que a internet oferece, bem como o poder que ela tem de captar clientes e impulsionar vendas através de ferramentas e técnicas básicas. “Pode escrever, o futuro da internet está caminhando para ensino a distância” afirma ele. A ideia surgiu devido às mudanças que ocorreram no mercado, pela dificuldade de locomoção das pessoas para fazer um curso presencial e de cursos online estarem cada vez mais em alta e com ótima qualidade. Com lançamento previsto para setembro, a plataforma visa à criação de noABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

vos entendidos do mundo do marketing digital. “Muitas empresas tratam seus concorrentes como inimigos, eu penso de outra forma. Posso ter um concorrente que tenha mais habilidades que minha agência, e com isso, posso criar oportunidade de parceria para trabalharmos em conjunto. Dessa forma, o mercado ganhará com a qualidade do serviço e eu e meu parceiro também, não haverá brigas por espaço no mercado”, explica Paulo sobre o objetivo do curso. Além disso, haverá também o lançamento de cursos online para clientes da agência que tem conhecimentos em assuntos específicos. “Fazemos toda parte de marketing digital para o cliente vender online e ele apenas se preocupa com o conteúdo, que são as aulas (vídeos) e nós cuidamos de toda parte de divulgação e venda online”. Segundo o fundador e atual diretor de projetos da agência, desde a fundação da agência a internet é ferramenta principal na captação de novos clientes. “O marketing é a base para alavancar o faturamento de um negócio, sempre se estiver ligado a um ótimo produto ou serviço”. Tendo como foco o marketing digital para obter resultados, o diferencial da agência é o pós-venda estar vinculado diretamente com a busca por resultados. Para isso, ele explica que após a entrega de um trabalho, continuam a acompanhar o cliente para compreender as dificuldades e/ou dúvidas que surgiram durante todo o processo. Desta forma, o serviço estará sempre melhorando.


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ARTIGO

Brasil, o país do futuro A parte mais legal de pensar no Brasil como o país do futuro é imaginar que dá um bom tempo para planejar, né? Desde sempre, a gente nem sabe muito bem quando esse futuro vai chegar mas aproveita para dar aquela empurrada com a barriga. E se tem alguma coisa que “nóis manja” é de deixar para depois de amanhã o que a gente poderia ter feito ontem. Faz um tempão que insisto em falar sobre planejamento de comunicação para muitas empresas. E é bem legal! Faço um estudo do cenário em que a empresa está inserida, observo o planejamento estratégico estabelecido com muito carinho, sobretudo a parte que trata de missão, visão e valores da empresa. Concentro os esforços para alinhar o que vamos falar com o que queremos ser – ou já somos – e fazer isso caber no orçamento e: tchan tchan tchan tchaaaaan! Caros leitores, tenho uma baita sugestão de como os caras devem conduzir a sua comunicação por seis meses, um ano, dois anos... Mas é aí que a coisa fica legal. Em primeiro lugar entre aprovações, alterações, discussões e embromações passam-se meses.

Não sei se é por isso que nós não conseguimos pensar em longo prazo. Ou se todos, absolutamente todos, estão no mesmo barco afundando e a única coisa que a gente sabe é tirar a água que está entrando - sem que ninguém tenha coragem de fazer um plano para o barco parar de fazer água. Assim, de adiamento em adiamento, de soluções emergenciais em soluções emergenciais, vamos entortando o plano, propondo gambiarras, fazendo emendas e arremedos, ferrando a coisa toda. Só porque não temos coragem de decidir e assumir os riscos. Porque nascemos para nos esquivar, postergar, torcer para que a coisa se ajeite. Somos o país do futuro, com o povo do futuro e, evidentemente, tudo vai dar certo no fim. Se não deu é porque não é o fim. Certo?

E se tem alguma coisa que “nóis manja” é de deixar para depois de amanhã o que a gente poderia ter feito ontem.

No fim desses meses, o que está aprovado é um arremedo do que foi proposto. Devidamente mutilado para que se economizem alguns trocados, que o conceito se enquadre no entendimento de alguém que não entende nada de comunicação e que o planejamento de 12 meses seja aplicado em uns três meses “pra gente ver se dá resultado.” E isso é a cara do Brasil.

Já estou planejando tudo. Faltam alguns detalhes que vou deixar para ver amanhã se eu não estiver muito enrolado. Acho que, no máximo, na semana que vem eu termino meu plano de aposentadoria.

Melhor. Na semana que vem vou marcar uma reunião com os meus clientes para conversar com um por um. Aí, vamos discutir essa história de aposentadoria, já que não quero largar os caras na mão. Sem pressa, né?

Ninguém quer se comprometer por muito tempo com uma ideia. Com uma estratégia. No fundo, porque ninguém quer mesmo é se comprometer com nada. Nem com a agência, nem com o negócio. Em tempos de Tinder, casamento está completamente fora de moda. Mas, acreditem, isso tem um impacto desastroso. Vejam Brasília com seu seriado House of Temer. É cada mudança de lado que a gente fica até tonto. É a sobrevivência a qualquer custo transmitida ao vivo em TV aberta e fechada, pelo rádio e pela internet. É o mau exemplo gritando na nossa orelha. E a nossa política é mesmo um seriado de TV que potencializa, escancara, as nossas relações cotidianas. O Brasil é aquilo e muito mais (é pior).

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O fato é que cansa. Sério. Não quero mais fazer planejamento. Aliás, acho que não quero mais palpitar na vida de ninguém. Estou tomando coragem para anunciar, aqui, a minha aposentadoria.

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Fabio Eloi de Oliveira Escritor, Mestre em Comunicação Social e Professor dos cursos de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo.

fabio@oabcdacomunicacao.com.br


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MATÉRIA

Paixão pelas marcas não se constrói só com Marketing Para uma marca ser amada, muitas vezes ela tem que vender mais do que apenas produtos Matheus Pellizer Conseguir com que a sua marca seja bem vista e aceita no mercado já é uma tarefa difícil, mas além de qualidade, atingir o público a ponto de se tornar amada é uma tarefa ainda mais complicada. Uma pesquisa recente, realizada pela Officina Sophia, uma empresa de consultoria pertencente à holding HSR, apontou que a Nestlé é a Marca Mais Amada de 2017. O top 5 ainda é composto pelas marcas Swarovski, Louis Vuitton, Victor Hugo e Sadia. Mas qual a importância de se tornar uma das Marcas Mais Amadas? Como atrair a paixão do público pela sua marca? O que fez a Nestlé ser premiada em 2017 com esse título?

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Por quê as pessoas se apaixonam por determinada empresa? Muitas vezes quando você pensa em um produto, o que te vem em mente é o nome de uma marca. Incontáveis são as vezes em que chamamos as esponjas de aço de Bom Bril, as fotocopiadoras de Xerox, as fitas adesivas de Durex ou até mesmo o leite condensado de Leite Moça. O motivo por muitas vezes está por trás do trabalho, empenho em divulgar, o alto número de vendas e a qualidade do produto. Tantas pessoas compram e gostam de um produto de determinada marca que acabam reproduzindo e fazendo propaganda para a empresa. Falando em alto número de vendas e

vende apenas um refrigerante, mas sim

tra a homofobia, comercializando latas

qualidade, a Coca Cola sempre desper-

emoções. As campanhas da Coca sem-

com os dizeres “essa Coca é Fanta. E

ta motivo de curiosidade. Mesmo com

pre nos vendem felicidade.

daí?” para combater o preconceito e se

tantos estudos sobre os malefícios do consumo deste produto, mesmo com tantos médicos aconselhando seus pacientes a não beberem este (e outros) refrigerantes, a marca mantém seus elevados índices de venda e consumo,

Sim, a Coca vende, além de um refrigerante, felicidade. Papais-noéis e ursos polares sorridentes, músicas alegres e slogans sempre positivistas como por exemplo o recente “Viva a felicidade!”.

mantendo sua marca sempre amada

Outro fator que ajuda a Coca a ser

por quem bebe.

amada é o fato de ela sempre tentar

Difícil achar alguém que não beba Coca Cola porque não gosta. Por muitas vezes o motivo é dieta, doença ou medo dos riscos, porém, mesmo tendo um gosto totalmente artificial, a bebida é amada por quem a consome.

aproximar do público LGBT.

se aproximar do público trazendo questões que visam a boa convivência da sociedade.

Neste

ano, durante o mês do Orgulho LGBT,

Mas por quê tanto amor pela Coca?

em junho, a Coca fez

Muito se dá porque a Coca Cola não

uma campanha con-

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MATÉRIA

status geralmente acabam sendo mais caras. Rolex, Louis Vuitton, Ferrari e tantas outras que, apesar do preço, são tão requisitadas e amadas por conta do status que trazem.

Outra empresa que vende mais do que produtos é a Nike. A empresa teve sua identificação visual consolidada em 1971, quando a estudante de design gráfico Carolyn Davidson criou o Swoosh, o símbolo da marca. O nome por sua vez já mostra as ambições da marca. Nike é a pronúncia correta de Nice, a deusa grega da vitória. Com uma identidade que inspira vitória, a Nike vende mais do que apenas roupas e produtos esportivos. As campanhas, propagandas e publicidade da marca inspiram um estilo de vida. Além das pessoas que usam as camisas dos times que a Nike patrocina, existem aqueles que apenas usam os produtos por conta do símbolo. Status, gosto e preferência podem explicar porque nem sempre a qualidade vence quando se trata de roupas. Não questionando a qualidade dos produtos que estampam o Swoosh, mas talvez muitos produtos tenham a mesma qualidade e não ganham tanto destaque no mercado porque não trazem o status que a Nike promove. Status também é um motivo que agrega valor. Marcas que trazem algum tipo de 50

Algumas vezes a paixão pelas marcas pode se assemelhar à paixão pelos clubes. Claro que não com o mesmo fanatismo, já que dificilmente veremos por aí brigas daqueles que preferem Nike ou Adidas, Coca ou Pepsi, Ferrari ou Lamborghini, McDonald’s ou Burger King. Mas veremos sim, preferências. Pessoas que preferem ter um iPhone a um smartphone comum sem um motivo aparente indica amor pela Apple, já que a qualidade dos produtos nem sempre é tão diferente quanto essa pessoa possa afirmar. Apple. Essa é outra empresa que merece destaque quando o assunto é paixão. Uma das marcas mais amadas no mundo da tecnologia não poderia ficar de fora. Discussões sobre a qualidade dos produtos da Apple são constantes em fóruns de debates tecnológicos. E realmente existem pessoas que declaram amor pela Apple, alegando que a qualidade de seus aparelhos é incrivelmente maior do que a dos produtos da Android, que seus amigos possam ter. Uma empresa que possa identificar bastante a paixão pelas marcas como um time de futebol é a Red Bull, que possui literalmente quatro equipes de ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

Algumas vezes a paixão pelas marcas pode se assemelhar à paixão pelos clubes. futebol ao redor do mundo. Possivelmente os torcedores do Red Bull tinham um time antes da fundação destes clubes, mas um fator ou outro, envolvendo o amor pela bebida energética, pode ter influenciado os torcedores que hoje acompanham seus times. Seja pelo status que uma marca traz, pelas campanhas e os produtos, sensações e emoções que elas vendem ou simplesmente por preferência, é importante que as empresas consigam atrai cada vez mais apaixonados pelos seus produtos. E para isso não basta ter qualidade, não basta ter boas campanhas e não basta conversar diretamente com o público. É preciso cada vez mais fazer tudo isso e mais um pouco, de uma vez só, para que as pessoas realmente se apaixonem pelo seu produto.


Espaço Agência ABC

branding & comunicação

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Focada em resultados e com expertise em Branding, Organix Comunicação completa oito anos e traz boas histórias na bagagem Carla Scarpellini Mais de 14 anos de mercado e após um ano gerenciando um processo de mudança de marca e reposicionamento de uma empresa em Londres, dois empresários, Felipe Carvalho e Mariana Vidal, com vasta experiência em Comunicação e Marketing foram contratados por uma das empresas líderes do mercado brasileiro em sua categoria, a Duchas Corona. E foi assim, já com um cliente de peso, que em 2009 surgiu a Organix Comunicação, com sede em Santo André. Felipe Carvalho, sócio e Diretor de Planejamento, possui MBA em Planejamento Estratégico e Marketing e Interativo, é bacharel em Administração de Empresas e atua há mais de 14 anos com Marketing e Comunicação. Começou a trabalhar ainda com 17 anos, atuando na criação e gestão estratégica. Em 2008, atuou como gerente de marketing de um College em Londres, sendo responsável por todo processo de mudança e reposicionamento de marca, que após o projeto realizado, teve quatro novas unidades abertas seguindo os conceitos definidos. Mariana Vidal, sócia e Diretora de conteúdo, é jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e bacharel em Letras pela, trabalha com comunicação corporativa desde 2001. Tem em seu currículo passagens por empresas como Volkswagen e Anamaco - Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção. Trabalhou em agências de comunicação,

com contas como Academias Runner, HStern, Laboratório Galderma, entre outras. E também atuou em projetos de comunicação no Reino Unido. Com os dois, a agência nasceu com a proposta de desenvolver uma metodologia de comunicação estratégica focada na marca de cada cliente e que isso pudesse gerar resultados efetivos e de forma simplificada. Com o passar dos anos e com as evoluções tecnológicas, dos clientes e do próprio mercado, a equipe foi ampliando o escopo de atendimento, transformando-a em uma agência de comunicação integrada. Em 2016, expandiu sua área de atuação e decidiram abrir uma nova filial, na cidade de Sorocaba – SP. “Conversando com o André, que mora lá e já era nosso parceiro de trabalho há alguns anos, entendemos que a região comportava uma unidade da Organix. É um mercado em pleno crescimento e nossas soluções têm muita aderência com as necessidades locais”, conta Felipe. Foi assim que André Monteiro chegou, atualmente é sócio e Diretor de criação, é publicitário, professor, especialista em marketing e mestre em comunicação. Docente na Universidade Paulista UNIP e Anhanguera Educacional, possui experiência no mercado publicitário em criação e foi responsável pela implementação de campanhas comunicacionais e midiáticas para Nextel, Uniso, Stam, Afeal, Premodisa, Mannes Colchões, Cipavinil. Tornou-se especialista no estudo de semiótica e posicionamento de marcas e

foi premiado, em 2012, no Profissionais do Ano da Rede Globo com planejamento para Universidade de Sorocaba. Além dos três Diretores, a equipe é formada, hoje, por mais 12 pessoas, entre colaboradores diretos e indiretos. Que atendem atualmente 15 clientes, entre eles Anafima – Associação Nacional da Indústria da Música, Afeal – Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio, Sincomaco – Sindicato- Sindicato dos Atacadistas de Materiais de Construção e Elétrico, Unicamp E-Racing, Performance Science Nutrition, entre outros. Especializados em Branding, o Diretor de Planejamento afirma que eles são preparados e entendem claramente o que uma marca foi, o que ela é e o que ela quer, ou precisa, ser. “Fazemos um mapeamento real dos cenários internos da empresa (cultura organizacional, valores, objetivos, comportamentos, equipe), os movimentos e nuances do mercado, compreendemos as principais tendências e oportunidades para, enfim, poder apresentar soluções que gerem resultados efetivos aos nossos clientes. Sabendo sobre a essência da marca, oferecemos um serviço completo de comunicação integrada, que passa pela criação de identidade visual, campanhas publicitárias on e offline, marketing de conteúdo, assessoria de imprensa, trade marketing, vídeos, etc”. Felipe assegura, ainda, que a diferença da agência se dá pela transparência que existe na relação entre a Organix e os nossos clientes, além do um comprometimento com os resultados, que é sempre uma prioridade. “Muitas vezes o cliente nos procura para um determinado serviço de que ele não precisa e, desde o primeiro contato, fazemos questão de avaliar se ele realmente aquilo é o necessário, o budget disponível e os resultados esperados. Por vezes, acabamos fechando algo bem diferente da ideia inicial, pois o cliente entende, desde o início, o papel da agência e o papel dele em todo esse processo. Estabelecemos uma relação de muita confiança


e credibilidade”, conta orgulhoso. Além do Branding, a agência também possui uma grande expertise no atendimento de associações de classe, que surgiu com o atendimento da Anamaco – Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, onde a sócia Mariana Vidal trabalhava internamente. “Quando montamos a agência, ela foi uma das primeiras clientes. Depois atendemos a Afeal – Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio, Abrava - Associação Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado e Aquecedores, Anafima – Associação Nacional da Indústria da Música, Sincomaco – Sindicato- Sindicato dos Atacadistas de Materiais de Construção e Elétrico, ITEC – Instituto Tecnológico da Construção Civil”. Felipe explica que o grande desafio no desenvolvimento de trabalhos para associações de classe é conseguir os diversos stakeholders. “Temos que ajudar o corpo diretivo a mapear os cenários e tendências nacionais e internacionais, ouvirem as demandas da indústria, entender a inter-relação entre setores correlatos da própria cadeia produtiva e de outras áreas para traçar as estratégias e plano de ação. Todos têm que entender o valor que é gerado pelas associações. É nesse momento, que oferecemos também as soluções de comunicação que geram entendimento sobre as ações, projetos e engajamento entre os participantes. Esse diálogo tem que ser planejado considerando as individualidades, já que as necessidades são específicas de cada público, dentro de um escopo de fortalecimento de marca que transmita o propósito, missão, visão, valores e objetivos da instituição. O atendimento às associações de classe também é um trabalho bastante delicado quando consideramos que existem diversos interesses e que, eventualmente, podem ser distintos. Essa experiência que temos nos ajuda a compreender melhor os cenários e fazer com que as ações representem os interesses coletivos”.


O Mercado

Os cases marcantes

Os diretores explicam que no entendimento deles a comunicação deve estar sempre diretamente ligada às estratégias corporativas da empresa e que o papel da agência é fazer com que isso seja entendido e aplicado da melhor maneira. “A Comunicação tem o papel de fazer com que as marcas se conectem com seus públicos de forma eficiente e assertiva. Se a agência não conhecer a fundo as características das marcas e seus públicos, ela terá muita dificuldade em gerar resultados. Uma campanha bonita não é necessariamente uma campanha de sucesso. E ainda vem um agravante ainda maior, os ciclos de vida dos produtos e mercados são cada vez mais curtos. Uma ação de sucesso hoje não garante o sucesso no ano que vem. Temos que inovar constantemente e estimular os nossos clientes a inovarem, temos que focar no entendimento dos problemas que precisam ser resolvidos e buscar sempre novas soluções. O monitoramento deve ser constante”, afirma. Quanto ao posicionamento da agência no mercado, os sócios Felipe e Mariana comemoram o crescimento progressivo das atividades nos oito anos de atividade. Mas enfatizam que apesar de serem reconhecidos em muitos mercados, não há espaço para acomodação e que estão vivendo a melhor fase, do negócio até então. “Não temos a pretensão de ser a maior agência em número de clientes. Queremos ser a maior e melhor agência para cada cliente. Preocupamo-nos em ter um crescimento sustentável. Vemos histórias de grandes agências que, nos períodos crescimento acumulam custos fixos altíssimos e não conseguem sobreviver na adversidade. Procuramos passar competências múltiplas aos nossos colaboradores para que eles possam fazer bem mais de uma coisa, além de ter uma visão sistêmica de cada conta. Entendemos que aquele velho modelo de divisão de funções morreu. Queremos dar resultado para o cliente, esse é nosso foco principal”.

“Um dos mais especiais foi trazer para o Brasil a multinacional espanhola de educação Universal Didactics. Em 2012, conhecemos a empresa em uma feira educacional na Suíça e em 2013 fomos contratados para fazer um mapeamento do mercado, criação das estratégias de penetração, aproximação dos principais players do mercado, montagem de estande na principal feira do setor, criação de materiais de comunicação. O resultado foi surpreendente, superando as expectativas dos investidores”, lembra Felipe. A Stam, uma das maiores empresas do seguimento de fechaduras e cadeados também é recordada com carinho pela equipe. “Em 2014, além do trabalho de assessoria de imprensa, ficamos responsável pela criação trimestral de uma revista corporativa, desenvolvemos um trabalho de mentoria estratégica com um dos gestores e também tivemos a oportunidade de criar campanhas publicitárias, com destaque à publicação veiculada em dezembro de 2014 e janeiro de 2015 na edição especial de fim de ano da Revista Forbes Internacional”. No ABC, um dos cases preferidos aconteceu no ano passado. “Cuidamos de todas as estratégias de comunicação durante a fusão de cinco grandes escritórios de contabilidade aqui da região, que deram início ao Grupo Hemera Contábil, uma referência no segmento. Foi um trabalho muito focado, super on demand e que rende muitos frutos até hoje”. E apesar de nem ter acabado, 2017 também promete deixar sua marca na história da agência com um case inspirador. “Este ano, cuidamos de uma campanha em especial que tocou todos na agência: a Semana Nacional do Ensino da Música, da ANAFIMA – Associação Nacional de Fabricantes da Indústria da Música. O objetivo era engajar músicos e professores de música para oferecerem aulas gratuitas em todo o Brasil na

semana de 19 a 25 de junho. O sucesso do evento foi astronômico. Utilizamos diversas ferramentas, como redes sociais, inbound marketing, vídeo publicitário, assessoria de imprensa, eventos em shoppings e espaços públicos, além de desenvolvemos uma campanha muito forte, o que fez com que o evento superasse todas as expectativas e ultrapassasse a marca de mil aulas durante o período”, conta Felipe. O que vem por aí... Desde 2015 a agência oferece o serviço de mentoria estratégica. “Percebemos com nossa experiência que, para a comunicação ser assertiva, diversos aspectos da empresa precisam necessariamente estar alinhados, entre eles, as posturas da liderança”, explica Felié. É um trabalho diferenciado neste aspecto, pois gera resultados diretos no negócio, tanto para empresas que já existem, como para novas empresas. “É o caso da Perfusão Brasil. Duas empreendedoras deixaram de trabalhar no regime de CLT em um dos principais hospitais do país e queriam empreender na área de perfusão, pouco conhecida no mercado. Entendemos o perfil das profissionais, os potenciais de mercado e ajudamos na escolha do nome, criação da identidade visual, site, materiais de comunicação, redes sociais e estratégias de penetração de mercado. Em menos de seis meses, elas já ministraram dois grandes cursos junto com os principais médicos da área, participaram de cirurgias nos principais hospitais como o Sírio Libanês e já são reconhecidas como uma das mais renomadas do mercado”, detalha. Ele revela que este serviço deve ganhar ainda mais atenção da equipe, principalmente pelo atual momento do mercado. Para o próximo ano, os planos são de investimento, principalmente no treinamento da equipe, além de ampliar a atuação no interior do Estado, fortalecendo, assim, a filial de Sorocaba, afim de consolidar a atuação da agência e o seu foco: nos resultados.


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MATÉRIA

Quais são as marcas mais fortes e valiosas do Brasil?

Carla Scarpellini 2017 foi um ano que se iniciou, ainda que com certa insegurança, em clima de esperança e confiança em busca da retomada da estabilidade econômica. Prova disso é que o ranking BrandZ Brasil 2017, divulgado em maio, trouxe dados no mínimo animadores. Segundo o estudo, realizado pela Kantar, a soma dos valores das 50 marcas brasileiras mais valiosas cresceu 70% em relação ao ano de 2016. Mas o que faz com que uma marca se torne valiosa nas vistas do mercado? E o que faz com que esse valor cresça ou diminua? Segundo Eduardo Tomiya, Managing Director Latam da Kantar, os investidores valorizam empresas que tenham bases sólidas nas perspectivas do negócio e do mercado. Para ele, a valorização dessas marcas apontadas na pesquisa, mostra que marcas valiosas saem mais rápido de uma situação de crise. “É um prêmio para as empresas que sabem acreditar no propósito e no valor das suas marcas, que com credibilidade e inovação fogem de mercados commoditizados e agregam um 56

substancial valor aos acionistas”, enfatiza Tomiya. A Skol, que em março deste ano surpreendeu o mercado com seu reposicionamento no que diz respeito à publicidade, assume pelo quinto ano consecutivo o primeiro lugar no ranking e é conside-

rada a marca mais valiosa do País, avaliada em $8,1 bilhões de dólares. O Bradesco subiu duas posições em relação ao ano passado e com um crescimento de 131% apresenta uma avaliação de $4,4 bilhões de dólares. O Top 3 fica completo com a Brahma, que cresceu

TOP 10 DAS MARCAS MAIS VALIOSAS DO BRASIL EM 2017 (em milhões de dólares) #

Brand

2016

2017

Variação

1

Skol

6,743

8,146

21%

2

Bradesco

1,920

4,438

131%

3

Brahma

3,269

4,385

34%

4

Itaú

1,875

4,359

133%

5

Globo (*)

4,123

9

Antarctica

1,383

2,854

106%

7

Sadia

2,010

1,884

-6%

8

Bohemia

1,153

1,570

36%

9

Natura

0,826

1,255

52%

10

Ypê (*)

1,132

ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017


34% e está avaliada atualmente em 4,3 bilhões de dólares. Até este ano, o ranking não incluía em sua análise marcas de capital fechado, mas em 2017 a pesquisa trouxe também essas marcas. “Já havíamos inovado anteriormente em relação aos outros rankings, considerando inputs no valor de marca na mais robusta pesquisa de mercado de mais de 3 milhões de consumidores, chamada BrandZ. Agora, inovamos novamente pois consideramos as marcas que são valiosas, independente de serem ou não públicas, mantendo o rigor financeiro da metodologia”, explicou Eduardo Tomiya. Com isso, 15 novas marcas entraram para o ranking Top 60, sendo que duas delas estão elencadas no Top 10. São elas a Globo, que ocupa o 5º lugar e está avaliada em $4,1 bilhões de dólares, e a Ypê, que ocupa o 10º lugar com um valor de 1,1 bilhão de dólares.

Google Facebook OMO Trident Coca-Cola Colgate Oral-B Nescafé Apple Samsung Guaraná Antarctica Heineken Skol Nestlé Gillette Mc Donald’s Vanish Dorflex Johnnie Walker Nike

O OLHAR DO CONSUMIDOR Se por um lado os dados mostram que as marcas mais valiosas são as que têm bases mais sólidas aos olhos do mercado e dos investidores, por outro existe também a visão do consumidor. E é exatamente esta visão que uma pesquisa paralela à BrandZ Brasil trouxe, analisando o fator Brand Strength, ou seja, a força na mente de quem consome, um fator elencado entre 0 e 100, obtido com base na análise BrandZ e que reflete: a Contribuição de Marca (influência da marca no processo de decisão de compra), o fator Premium (a predisposição dos consumidores a pagar mais pelas marcas) e o fator Poder (a predisposição do consumidor a comprar mais).

A análise mostra que, pelo segundo ano consecutivo, o Google é a marca mais forte para os consumidores atingindo a nota máxima no fator Brand Strength, seguida pelo Faceboook, com nota 98,4. A OMO, que no último levantamento ocupava o quarto lugar, desta vez subiu ao pódio com a nota de 93,9, seguida pela Trident com 85,3, que ocupava o 3º lugar no ano anterior. Marcas como Coca-Cola (77.0), Colgate (62.7), Oral-B (58.0) e Nescafé (56.7) permanecem na mesma posição no ranking e novas marcas entraram no disputado Top 20, como a Heineken (44.5), a Dorflex (38.2) e a Nike (35.6).

62,7 58 56,7 56,3 55,9 54,8 44,5 43 40,4 39,6 39,4 38,4 38,2 38,1 35,6 ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

77

100 98,4 93,9 85,3

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ARTIGO

Sociedade, comportamento e insetos

Casa cor, uma mostra cheia de modas e tendências. Anualmente acontece a mostra Casa Cor, reconhecida como a maior e mais completa mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas. Como não poderia deixar de ser, fui visitar a exposição de São Paulo e lá observei alguns padrões que se repetiram em vários ambientes: Tons verdes, azuis, rosados, sejam claros, escuros; Madeiras claras, lembrando muito o design escandinavo; Fotos com corpos nus; Materiais vindos diretamente da natureza, em sua forma rústica, como galhos e toras; Muito artesanato e peças produzidas de forma artesanal; Vidros texturizados; Sofás com formas orgânicas e/ou desestruturados; Por último, uma decoração com objetos antigos, sejam retrô ou vintage e, estranhamente, muitos objetos com forma ou estampas de insetos. Estes foram os que mais me deixaram intrigada. Mas será que, realmente, podemos chamar estas observações de tendências, como intitulam tantos artigos de decoração, design e arquitetura? Percebo que poucas pessoas sabem bem o que isso significa, então vamos lá, colocar os pingos nos “is”. Tendência é um reflexo do Zeitgeist (espírito do tempo), mas não é algo óbvio. Se você olhar atentamente para o mundo fashion, automobilístico, de decoração, entre outros nichos, vai perceber algumas similaridades conceituais, observadas em pesquisas realizadas por empresas de Trend Forcasting, como a WGSN. Estas pesquisas são realizadas por coolhunters, profissionais cujo trabalho é parecido ao de um antropólogo que realiza trabalhos de campo: consiste em aproximar e observar seus objetos de estudos, de forma cuidadosa e assertiva. Geralmente, são profissionais com muito conhecimento em história, política, sociedade e observação da indústria.

economia colaborativa (tendência comportamental). Os reflexos dessa tendência são o aumento da busca por ambientes de coworking e Fab Labs. Modas, por sua vez, representam a prevalência de um determinado padrão estético em alguma indústria: vestuário, objetos do dia a dia, arquitetura, automóveis, etc. Costumam vigorar por um período específico, uma vez que precisam ser renovadas para estimular a demanda. Um bom exemplo são modelos de roupa surgidos há décadas, mas que sempre aparecem “reinventados” nas passarelas e vitrines. Modismo, finalmente, refere-se ao sucesso comercial de algum produto ou serviço, em qualquer área, por um período de tempo muito curto – geralmente, uma estação. Um exemplo recente deste conceito é o game Pokémon Go. Todos têm a sua importância, seja a curto ou longo prazo, movimentando pequena ou grande parte da economia. OK, tudo esclarecido. Então, vamos voltar ao que me intrigou: aquele monte de insetos decorando os ambientes da mostra Casa Cor. Pesquisando um pouco mais, foi interessante perceber que as primeiras “infestações” apareceram bem tímidas, por volta de 2011, e, pelo que entendi, vêm ganhando certa força ano a ano. Ao refletir sobre o fato de que as pessoas estão simpatizando em ter um besouro (ou libélulas, escaravelhos, formigas...) pendurado no meio da sala, a pergunta que me ocorre é: o que essa aceitação está sinalizando? Talvez, o resgate dos insetos nos faça sentir mais próximos à natureza? Ou será a simbologia dedicada a eles, como sorte, trabalho, disciplina ou transformação? Ou, ainda, seria apenas um reflexo inconsciente de toda a sujeira referente ao cenário em que vivemos atualmente? A única coisa que sei é que depois de toda esta reflexão, acabei ficando com a “pulga atrás da orelha”.

Até aqui, tudo bem? Acredito que já deu a entender que uma tendência não nasce na novela das 8. Trata-se de comportamentos ainda em evolução, originados por transformações no macroambiente – ou seja, na cultura, política, economia ou tecnologia, entre outros. Tendências são, portanto, pensamentos, atitudes e ideias, não produtos ou serviços. Com relação a isto, é possível citar como exemplo a observação de um movimento grande pela 58

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Danni Couto No mercado há mais de 20 anos, Danni Couto é Designer e Professora da Faculdade de Comunicação da UMESP. Responsável pelo desenvolvimento de projetos gráficos, editoriais, Comunicação Visual, Arquitetura Promocional, Design de Varejo e projetos de interiores comerciais e residenciais. Nas agências por onde passou criou para clientes como AMBEV, Danone, Arcor, Lacta, Johnson&Johnson e Hyundai. Atualmente produz o programa online “Mãe do Designer”, com foco em interiores e decoração. dannicoutodesigner@yahoo.com.br


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CAPA

Branding não é...

E, talvez, seja melhor começar falando sobre o que o Branding não é... apenas, para entender o que ele é de fato. No mercado brasileiro, não é raro nos depararmos com agências, consultorias ou mesmo profissionais que se dizem especialistas em Branding. Mas, infelizmente, com um olhar mais de perto e cuidadoso é possível perceber que o termo é usado de maneira, no mínimo, limitada. “Como tudo no Brasil, temos uma péssima

Carla Scarpellini

Segundo a Kantar Millward Brown, instituto de pesquisa especializado em marcas, comunicação e mídia, responsável pela pesquisa Brand Z Brasil, que elenca anualmente as marcas mais valiosas no País, o valor de uma marca está diretamente ligado ao seu propósito. Em outras palavras, para que uma marca seja valorizada e reconhecida, seu propósito precisa ser consistente em sua base, algo que vai além de sua identidade e do que é comunicado. Mais do que parecer ela precisa ser. Aos poéticos, digamos que para que uma marca seja valorizada, ela precisa ter – além do corpo e um rosto bonito – alma. E quando precisamos falar sobre a alma de uma marca, precisamos falar sobre Branding. 60

mania de pegar uma disciplina e usar de uma forma tão errada que acaba confundindo o mercado ou até mesmo tirando as qualidades da disciplina. Para nós, que somos da escola do Wally [Wally Olins, considerado um dos papas do Branding e um dos maiores gurus de estratégia do mundo], pensamos em Branding de uma forma muito mais estratégica e profunda do que o mercado pratica no País. Tem a ver com a sua razão de existir, com sua cultura, com seus valores e comportamento, com seu posicionamento frente aos concorrentes, com a sua forma de se comunicar e de se expressar. Wally já falava de propósito nas marcas há 20 anos, coisa que estamos começando a falar aqui no Brasil. Na nossa metodologia, buscamos o que chamamos de Brand Idea, que é a alma da empresa. Só a partir daí,

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que é um processo de ‘escavação’, é que pensaremos em Propósito, Valores, Expressão de Marca, Cultura e Comportamentos. Branding não é logo, Branding não é Marketing, Branding não é Design”, defende Paulo Al Assal, Managing Director Brazil da Saffron Brand Consultants, uma das companhias mais respeitadas do mundo quando o assunto é Branding e responsável pelo case “Visite Londres”, que unificou a Comunicação da capital inglesa para o turismo, e chegou no Brasil em 2016. Jaime Troiano, Presidente da TroianoBranding, pontua que sempre há o risco de banalização quando novas e relevantes tendências são abraçadas de forma precipitada por pessoas em empresas pouco treinadas no tema. “Contra esse risco, o que fazemos é estabelecer princípios sólidos e comprovados de metodologia em Branding. É dessa forma que preservamos nossos clientes de aderir a modismos sem consistência e a estratégias criadas apenas para gerar receitas, sem visualizar o longo prazo”. Em tese, o objetivo central do Branding parece ser

ção, não faz sentido se ele for praticado somente por

simples: consolidar uma marca no mercado, usando,

uma área. A relação entre marca e consumidor é o que

para isso, diversas práticas de fortalecimento tendo

permeia o Branding”. Ele afirma, ainda, que é obrigação

como base a percepção de quem consome. Mas é

da marca transmitir a mensagem de forma clara e fazer

um processo complexo – e que precisa ser contínuo

com que o consumidor tenha a percepção pretendida.

– que envolve diversas áreas e não se limita, já que

Desta maneira, se uma marca existe, deveria existir

deve acompanhar as necessidades individuais de cada

também um trabalho de branding para ela. “É funda-

negócio. “Não se trata apenas de uma atividade ou um

mental compreender que o Branding tem como premis-

projeto: é uma nova postura empresarial, uma filosofia

sa comunicar qual a proposta da marca, sua essência e

de trabalho que utiliza conceitos de marketing, design,

seus valores, de uma forma que gere identificação com

administração, arquitetura, antropologia, psicologia e

público alvo. Por isso que uma marca que não tenha

propaganda para comunicar um universo de valores

seus valores bem definidos não irá passar a mensagem

que representem o negócio. O principal objetivo de um

pretendida e, portanto, não irá se comunicar de forma

trabalho nessa área é atrair consumidores para marca,

clara com seu consumidor”.

comunicando os diferenciais e criando valor através de experiências”, explica André Luis Corrêa, CBO da INSANE Estratégia e Comunicação.

Troiano ressalta, ainda, que o que precisa ficar claro é que o Branding é um instrumento que faz parte da gestão da empresa, principalmente porque marcas são,

Gustavo Loureiro, Diretor de Criação da Galpão162,

sem dúvidas, ativos que têm valor econômico. “Cada

acredita que empresas que têm o branding em sua

vez mais, as marcas representam uma parcela maior do

essência sempre olharam para ele de uma forma di-

valor das empresas”. E para ele existem alguns pontos

fundida entre diferentes áreas. “Se pensarmos que o

essenciais para se atuar de forma profissional na área:

Branding vai muito além da marca e da sua comunicaABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

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1. Ter uma grande paixão por entender o que clientes e consumidores pensam e sentem. Aliás, mais importante do que captar o que pensam é compreender profundamente o que sentem. Afinal, consumidores dizem o que pensam mas fazem o que sentem. 2. É preciso demonstrar sempre o efeito “Porco-Linguiça”. O que é isso? É demonstrar que Branding não é um pensamento poético, estéril e cosmético, mas sim uma forma de gerar valor. Provando sempre que “colocamos porco do lado de cá para sair linguiça do lado de lá”. Em última instância: Branding está no terreno da Accountabiliy. 3. Acompanhar sempre o que se faz de melhor em outros lugares do mundo, nos USA em particular, onde o Branding se desenvolveu mais do que em qualquer outro lugar. 4. Contratar profissionais de formações muito diversas e não apenas gente de marketing e comunicação. Bem-vindo os biólogos, sociólogos, psicólogos, engenheiros... 5. Contratar pessoas que gostam de gente!

O Branding em um mundo conectado e uma Era fragmentada Com licença para o clichê, o mundo mudou. O comporta-

dar na investigação desse comportamento de mercado,

mento das pessoas mudou. O consumo mudou. E, prin-

analisa as tendências futuras para criar uma relação com

cipalmente, relação dos consumidores com as marcas

esses os novos consumidores.

mudou. Em um mundo mais conectado, vivemos uma Era de instantes. E como as empresas – e suas marcas – precisam se comportar nesta “Era” para que continue existindo? Segundo pesquisa realizada com os membros da Young Entreepreneur Council (YEC), uma organização composta pelos empreendedores jovens mais promissores do mundo, muitas empresas e modelos de negócios considerados os gigantes da atualidade se quer existirão em um futuro próximo, como empresas de táxi, cartões

Gustavo Loureiro pontua que a comunicação está fragmentada para solucionar problemáticas e aproveitar oportunidades pontuais, com uma velocidade muito maior. “O Branding se bem feito, nessa nova era fragmentada, deve preservar e valorizar a essência e premissas, que e o que vai garantir que a proposta de marca se mantenha firme, permitindo traçar planos mais consistentes que atendam cada vez mais e melhor seus consumidores”, reforça.

de crédito, tv a cabo, etc. André Corrêa defende que o

Al Assal explica que aí está “a importância de ter uma

branding, em um mundo mais conectado, além de aju-

Brand Idea forte e verdadeira, pois não importa a plata-

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ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017


forma, mas sim as bases sólidas que constroem o cará-

a digitalização das coisas, que gera muitas vezes a dis-

ter e a alma das empresas. Sim, os desafios são muito

rupção. Esse é o grande desafio das marcas diante do

maiores hoje. O poder mudou de lado, novos concorren-

Digital. Por causa dele, empresas que hoje não conhe-

tes vindos de mundos diversos, com culturas muito mais

cemos estarão entre as 500 maiores do mundo e as que

ágeis do que muitas empresas gigantes, o fim da posse

hoje estão entre as maiores, sequer existirão em 2020”,

(com a economia colaborativa, quem precisa de carro ou

defende Al Assal.

de uma furadeira quando se pode conseguir por share?), as novas formas de comunicação, mas principalmente

A importância do Branding em uma Era fragmentada, é ajudar as empresas a...

1

2

encontrarem sua alma, sua Brand Idea, sua razão de existir

nessa nova relação muito mais desafiadora entre elas e a sociedade

4

5

3

entregarem o que as pessoas buscam: uma relação mais humana, simplicidade, coerência, relevância, cumplicidade e propósito

continuarem relevantes, enquanto tudo muda, inclusive elas

O verdadeiro papel do Branding

não ser "disruptidas" pelas novas tecnologias, novas startups, e novas tendências que surgem a cada dia

Marca – que cria valor a longo prazo e define a cultu-

Ana Couto, CEO da Ana Couto Branding e que atua neste mercado há mais de 20 anos, defende que o Branding define o papel da Marca no negócio, construindo valor no dia a dia e no longo prazo.

ra corporativa –, Estratégia de Negócio – que define a oferta de produtos e serviços para entregar a proposta de valor da marca – e a Estratégia de Comunicação – responsável por comunicar o diferencial competitivo de forma clara e consistente em todos os pontos de conta-

Ela explica que o papel do Branding é promover a

to com o público alvo.

definição e o alinhamento perfeito entre Estratégia de ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

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O Papel do Branding ESTRATÉGIA DE MARCA Cria valor de longo prazo para o negócio e define a cultura corporativa Públicos de relacionamento: Empregados, Parceiros, Clientes, Comunidades, Governo

ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO

ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS Define a oferta de produtos e serviços para entregar a Proposta de Valor da Marca

Comunica o diferencial competitivo de forma clara e consistente em todos os pontos de contato

Time Executivo

Clientes e Consumidores

Ela explica ainda que com as estratégias bem definidas, chega-se aos objetivos finais do Branding, que para ela são:

Reforçar a reputação corporativa; Aumentar o valor da marca; Criar uma proposta de valor para diferenciar a marca no mercado;

Otimizar os investimentos; Construir uma cultura Brand-Driven Bussiness, que é dar uma razão de existir para todos esses objetivos.

Branding é... O Managing Director Brazil da Saffron Brand Consultants finaliza este entendimento esclarecendo que o branding precisa, finalmente, ser entendido pelas empresas e suas marcas como o que irá “estabelecer quem você é, que história vai contar para o mundo e de que forma vai se expressar”. 64

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椀洀愀最攀洀 洀攀爀愀洀攀渀琀攀 椀氀甀猀琀爀愀琀椀瘀愀

䄀 一 一 䔀 匀   一 伀 吀 夀 刀 䄀 夀 䐀   䄀 ㄀㐀ꨀ  刀䄀䌀䤀一䜀 嘀䔀娀䄀䴀䔀一吀伀 猀 䔀 琀氀攀琀愀  䐀䔀 刀 䄀 㠀 愀 一   攀 伀   吀 㐀   䄀  ㈀Ⰰ 洀 䴀䄀刀 漀 挀 攀猀  瀀 椀 甀 䔀焀

倀刀伀嘀䄀 㠀⼀㄀  ⴀ 䄀甀琀搀爀漀洀漀 搀攀 䤀渀琀攀爀氀愀最漀猀  䴀愀椀猀 椀渀昀漀爀洀愀攀猀㨀 眀眀眀⸀愀礀爀琀漀渀猀攀渀渀愀爀愀挀椀渀最搀愀礀⸀挀漀洀⸀戀爀 刀攀愀氀椀稀愀漀 攀 漀爀最愀渀椀稀愀漀㨀 ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

䄀瀀漀椀漀㨀 65


ARTIGO

Idosos na propaganda: coadjuvantes ou protagonistas? A presença do público da terceira idade na mídia tem gerado muita controvérsia e, ao mesmo tempo, tem propiciado boas e profundas discussões no âmbito da propaganda e suas estratégias mercadológicas no Brasil. Tratados até o início da década de 90 como co-protagonistas em campanhas publicitárias, absorviam papéis de velhinhos prestimosos e preocupados com seus filhos e netos, num contexto onde suas vontades sempre ficavam para um segundo plano. Parece que o estereótipo do velhinho, carinhoso e bondoso, que tudo faz pela felicidade dos seus, carecia de uma confirmação mais incisiva da publicidade que via nesta situação uma ótima oportunidade de negócio. Os velhos devem se preocupar com seus filhos e netos, gastando seu tempo e dinheiro com eles e para eles. Este parecia ser o grande mote da propaganda brasileira inspirado num paradigma da nossa sociedade. Uma pessoa com mais de 60 anos que ousasse procurar alternativas para seu próprio divertimento ou lazer era apontada, preconceituosamente, como “velha assanhada” ou “velho saidinho”, no linguajar popular. Mas, existir além das fronteiras da casa dos filhos, passou a ser questão de honra para boa parte desta população com a mais de 60 anos. É neste momento que as agências de propaganda decidem criar novas abordagens para se comunicar com este público, quer seja direcionando melhor a linguagem publicitária para atender as necessidades que o marketing impõe ao procurar alcançar de forma mais direta este novo e promissor segmento de mercado, quer seja fazendo-o parte do jogo publicitário, como protagonista de campanhas de propaganda. Num primeiro momento a propaganda apresenta os idosos personificando uma irreverência que, ousando quebrar os paradigmas da imagem anterior, traz uma comicidade que se encaixa como uma luva nos propósitos dos profissionais de marketing.

sentados numa poltrona assistindo televisão, ou na praça, jogando dominó com seus pares. Este segmento da sociedade, por causa de vários fatores culturais, econômicos, éticos, morais e, principalmente, de sobrevivência, renasce das cinzas como uma fênix, ora consumidor, ora vendedor, numa ciranda marcada pela constante quebra dos antigos paradigmas. Desta forma, passam de eternos coadjuvantes para ocupar o papel de protagonistas nos enredos que dão brilho aos anúncios atuais. A propaganda em todo seu pragmatismo, vale-se fartamente das mais variadas formas de produção de sentido para atingir seus objetivos, onde tudo e todos são válidos para adequação das mensagens. Muito mais do que está explícito no contexto dos discursos, a estratégia do publicitário se funda no que está implícito. Mas, muito mais do que o que está sendo dito, neste caso, importa mesmo o que não está sendo dito, não está sendo verbalizado. A casa da vovó sempre foi um refúgio para os netinhos adolescentes quando incompatibilidades familiares afloravam em suas casas. Mas as vovós de hoje, mesmo não abrindo mão desta acolhida aos netinhos, já não mais os acolhe pactuando com suas peraltices. São avós roqueiros que acompanham seus netos nas baladas, nos copos e não se intimidam com sons confusos. Afinal, são os novos idosos que não se vestem de forma brega, mas, pelo contrário, estão muitas vezes mais atualizados que os netos. Novos tempos na propaganda e na cultura da idade cronológica que, agora, não passa de um mero detalhe da vida.

Um velhinho engraçado, em situações engraçadas é tudo o que se espera de qualquer comercial que os apresente como protagonistas. Nasce aí um novo contrato de comunicação, no qual os receptores das mensagens publicitárias (no nosso caso, pessoas com mais de 60 anos) esperam do emissor um discurso direto que venha a corroborar o que eles próprios pensam de si. Mas o que eles pensam de si, já não é mais o mesmo que pensavam há alguns anos. Grande parte da sociedade já se deu conta de que seus “velhinhos” não são mais vulneráveis, ineptos ou aqueles simples objetos de decoração que ficavam 66

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Roberto Malacrida Publicitário e consultor de marketing, é mestre em Comunicação Social com pós-graduação em Administração de Marketing. Foi executivo da Volkswagen e da Ipsos/Alfacom e atualmente é professor dos cursos de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo. Atua ainda como Consultor na área e pesquisa mercadológica da Agência Integrada de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo.


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MATÉRIA

Com nova identidade visual e conceito, ABC da Comunicação se reposiciona e apresenta a mais nova comunidade do setor de Marketing e Comunicação

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ABC ABC DA DACOMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO| 2017 | 2017


Ao completar cinco anos cobrindo o mercado de Marketing e Comunicação, o Grupo ABC da Comunicação se reposiciona e deixa de ser apenas um veículo segmentado para se tornar também uma Comunidade do setor, que surge para propor o aumento na geração de negócios entre os diversos players dessa cadeia, movimentando assim a economia de maneira mais colaborativa e sustentável, sem deixar de lado o oferecimento de conteúdo altamente qualificado para profissionais, estudantes, agências e empresas. Com o início da Comunidade, surge também o novo portal ABC da Comunicação, mais atrativo, dinâmico,

UM NOVO CONCEITO Com esse novo posicionamento, surgiu também a necessidade de um novo conceito e identidade, que refletisse de maneira clara o direcionamento do ABC da Comunicação. Para isto a agência Go! Comunicação, que recebeu o título de Agência do Ano no 4º Prêmio ABC da Comunicação, foi convidada e aceitou a missão. Entendeu-se, então, que era preciso explorar a comunicação em todas as suas formas e que tudo em nossa volta está ligado ao ato de comunicar. O ‘ABC’ ganhou um novo sentido, voltado ao aprendizado, onde todas as formas de expressão são válidas e devem ganhar ainda mais força com uma nova identi-

dade imagética, que se diferencia totalmente da utilizada até então. “O objetivo é chamar a atenção e validar todos os tipos de comunicação: pessoas, animais, placas, letreiros, objetos etc. Partindo disto, sugerimos uma linguagem visual que represente e agrade agências, publicitários e designers, pois afinal de contas, o ABC da Comunicação foi feito para eles”, explica a equipe responsável pelo projeto. O novo logo criado para representar toda essa transformação traz nome ABC da Comunicação seguido de três pontuações bastante expressivas em termos de comunicação e que reforçam os propósitos e a base na qual o Grupo foi idealizado: Questionar (?), formar opinião (!)

ABC ABC DA DACOMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO| 2017 | 2017

responsivo e com diversas novas funcionalidades aos seus filiados, como Central de Orçamentos, Central de Vagas, Central de Concorrência, disponibilização de mídias kits e blogs das agências, além de trazer novos eventos de conteúdo e relacionamento, que acontecerão regularmente. E para que cada profissional, estudante, agência, veículo, fornecedor, anunciante ou empresa aproveite ao máximo as funcionalidades oferecidas, planos diversos foram criados e distribuídos em três categorias: mantenedores, associados e participantes. Que oferecem diferentes vantagens e valores a serem pagos pela filiação.

e concluir um projeto ou ação (.). Outros caracteres que combinem com as diversas categorias e subcategorias abordadas, irão formar novos ícones que serão utilizados tanto para representação dos assuntos quanto para suporte de elemento visual dentro do novo portal, material de divulgação e eventos. A nova cartela de cores também acompanha a expansão trazida por essa nova fase e oferece infinitas possibilidades de combinação e aplicabilidade.

Saiba mais sobre a nova Comunidade ABC da Comunicação acessando: www.abcdacomunicacao.com.br

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ARTIGO

Muita calma nessa hora Temos assistido nos últimos meses o crescimento veloz das ferramentas digitais tanto na entrega de números e resultados para aqueles que nelas investem, como também em valor colocado pelas marcas. Um crescimento como este, expressivo como é, faz todo o universo de serviços paralelos ao digital ganhar força: escolas de marketing digital, consultores independentes e externos para pequenas empresas, palestrantes do universo online, desenvolvedores de sites e sistemas, entre tantos outros. Entendo como um caminho sem volta, mas que pede alguns cuidados aos seus grandes entusiastas – inclusive eu. Comento com meus colegas que o momento que vivemos quanto ao digital tem alguma similaridade com aquele da nossa vida que vivemos nossa primeira grande festa, onde comemos demais, bebemos demais, e tudo é maravilhoso. A festa, naquele momento, seria o melhor lugar do mundo. Mas depois, com o passar do tempo, notamos que aquela é somente mais uma festa boa, como tantas outras já vividas ou que serão vividas. Estamos, ao meu ver, neste momento: de interiorização, de entendimento mais profundo do o que é este universo – até mesmo eu, que em 1997 já programa sites naquelas linguagens mais antigas (algumas ainda vivas) que andar para frente. Alias, caiu agora a ficha do quanto estou realmente velho... O que ocorre, é que este universo que cada dia ganha mais força carece sim de calma. Precisamos entender que se trata de um grupo de ferramentas maravilhosas, mas que ainda sofrerá ajustes com o tempo, a colocando na força, local e proporção certa. Hoje, vejo que parte dela encontra-se exagerada. Caso das mídias sociais, que oferecem plataforma, te sugere promover seus produtos nela, e depois de acordar contigo receber seu dinheiro, apresentam elas mesmas os resultados que te entregam. Sempre achei interessante isso aí de um Facebook da vida de vender algo e ao mesmo tempo te passar um relatório demonstrando seu resultado. Eu acho estranho, e muitos CEOs de empresas, também. Por conta disso, alguns tiraram seus pés acelerados deste universo. Mais: Twitter informa que trabalhará com auditoria externa para suas

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entregas. Algo justo, correto, e que chamo de amadurecimento do mercado. Ao mesmo tempo, ainda nesta discussão de métricas, analisando resultados de empresas próximas que investir fortemente em mídias sociais, analiso o quanto cada dúzia de curtidas representa em venda de produtos. Aqueles produtos, mesmo, que ficam no balcão. Ou o quanto potencializam a imagem das marcas para as pessoas certas, os potenciais clientes. Sei que há segmentação de público em cada uma delas, mas sabemos que não é assim tão perfeita ainda, não é? Calma. Acho que essa é a palavra. Vejo as mídias sociais se ajustando, se aperfeiçoando quanto a entrega de resultados. Elas o fazem com calma, de forma que acredito que deveríamos também as acompanhar assim: com calma. Não, não sou contra mídias sociais, ao contrário! Devo muitos convites de projetos e palestras a elas, e muitos dos meus clientes estão atuando nelas via minha própria empresa. Acredito na sua força e relevância, mas não sou ingênuo para acreditar que estas ferramentas podem entregar tudo, começo, meio e fim. Acredito que a jornada do consumidor e do shopper é bastante mais complexa, inclusive com etapas que aconteçam fora deste universo, ou que demandem ajustes por parte dele. Porém, não gosto e não quero entrar na euforia do universo digital e seus influenciadores, que serve muito mais para vender suas próprias soluções, que as soluções dos seus clientes. Afinal, não é de hoje que se sabe que uma só andorinha não faz verão.

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João Riva Planejamento Estratégico, é sócio da DuoVozz Inteligência. Antes atuou na Direção de Marketing do Grupo Runner, e no Trade do Grupo Schincariol. Com vivencia em agências de comunicação atendendo grandes clientes, tem passagem pelo Banco de Eventos, Dabster, Grupo Fischer América, entre outros. Formado em Publicidade e Propaganda pela Cásper Líbero, pós-graduado em Comunicação com o Mercado pela ESPM e mestrando de Comunicação Contemporânea pela Casper Líbero, é co-autor dos livros “Marketing Promocional – Um Olhar Descomplicado” e “Trade Marketing – Ponto de Vista Expandidos”. Professor de pós-graduação / MBA na FIA (Fundação Instituto de Administração) e BI Internacional, e graduação na Cásper Líbero.


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MÍDIA E DADOS

Diário do Grande ABC

ANO 60 Nº 16899

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CLARO

SEXTA-FEIRA, 2 DE JUNHO DE 2017

W W W . D G A B C . C O M . B R • R$ 2,00

2,00

INT

Venda de veículos se recupera e tem aumento de 24,6% Celso Luiz

TEMPERATURA EM BAIXA Denis Maciel

Após queda em abril, volume negociado no Brasil em maio atingiu 195.568 unidades, a6 segundo Fenabrave ca 3 ti

Polí

RESULTADO ANIMA. Número de unidades comercializadas chega a 824.455

Perto de completar 60 anos de história, o Diário do Grande

mil nos dias úteis e 36 mil aos domingos, trazendo uma cobertura completa do cotidiano das setes cidades que compõe o Grande ABC. O portal também possui foco nos acontecimentos regionais, mas sem deixar de lado os cenários nacional e internacional. Além do site, que conta com galerias de imagens e vídeos, o leitor ainda tem a possibilidade de manter-se informado por meio do twitter e facebook, com atualizações constantes durante todo o dia.

A chegada de frente fria, ontem, fez cair a temperatura na região. A expectativa é a de que hoje seja registrado o dia mais gelado do ano, quando a mínima prevista é de 10˚ C e a máxima, de 21˚ C. Com a proximidade do inverno, a Prefeitura de São Bernardo lançou operação para evitar a morte de moradores de rua. Setecidades 1

LISTA DA JBS

RECUPERAÇÃO

ORÇAMENTO

SÃO BERNARDO

Dez políticos do Grande ABC devem responder a inquérito

PIB do Brasil cresce 1% e chega a R$ 1,6 trilhão no primeiro trimestre

S.Caetano amplia corte de gastos e prevê despesas de R$ 759 mi no ano

Prefeito continua em busca de saída legal para reduzir o próprio salário

Após dois anos de quedas, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil aumentou 1% nos três primeiros meses do ano, quando comparado ao último trimestre de 2016. Segundo os dados do IBGE, a soma de todos os bens e serviços produzidos no País alcançou R$ 1,6 trilhão, impulsionado sobretudo pelo desempenho da agropecuária. Economia 6

A queda nas receitas obrigou o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), a aumentar de 21% para 26% o índice de corte no Orçamento previsto para este ano. Com isso, as despesas do Paço foram reduzidas para R$ 759,6 milhões de gastos até 31 de dezembro. A previsão inicial era de aproximadamente R$ 976 milhões. Política 4

Sem conseguir autorização da Câmara, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), decidiu pedir à Procuradoria-Geral do Município estudo que lhe pemita reduzir o próprio salário. O objetivo é cortar o acréscimo de 20% aprovado no governo do petista Luiz Marinho, que elevou o vencimento para R$ 30.625,77. Política 3

A PGR (Procuradoria-Geral da República) deve encaminhar pedido de abertura de inquéritos para apurar as doações da JBS para campanha de políticos do Grande ABC. A decisão sobre a linha de investigação está nas mãos do procurador-

geral Rodrigo Janot. Da lista da empresa, com 1.829 nomes de candidatos que receberam auxílio em todo o País, pelo menos dez são da região e receberam, juntos, R$ 766,3 mil. Os envolvidos negam qualquer irregularidade. Política 3 André Henriques

ABC se destaca como o principal jornal diário da região e o maior jornal regional de todo País. Com tiragem média de 30

A venda de veículos voltou a dar sinais de recuperação em maio, quando foram comercializadas no Brasil 195.568 unidades, um aumento de 24,63% na comparação com abril, mês em que foram vendidas 156.917 e que brecou o processo de retomada verificado em março (189.143 emplacamentos). Os dados, divulgados ontem pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), voltam a animar o setor porque apontam também crescimento de 1,57% no acumulado do ano. De janeiro a maio último as vendas alcançaram 824.455 unidades, contra 811.696 negociadas no mesmo período de 2016. Economia 6

André Henriques

SEGURANÇA

do DGABC on-line, além do consumidor já inserido no mundo Com o auxílio do Projeto Radar, PM recupera 3 carros

digital. Com uma equipe preparada, em Santo André o DGABC TV engloba Três carros que haviam sido furtados ou roubados foram recuperados ontem pela PM de Santo André, graças ao Projeto Radar. O sistema funciona por meio da câmera do equipamento, que faz a leitura das placas e envia as informações à PM. Em uma das abordagens, o motorista perdeu o controle e bateu em um carro parado. Setecidades 4

as demais editorias do jornal impresso, produzindo conteúdo exclusivo que visa criar sinergia full time com o impresso, diNA FUGA. Na tentativa de escapar dos policiais, motorista provoca acidente

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gital e televisivo. Lá são exibidos os programas: o semanário AS aba 4 UN o ac a PT nã Polític CA: a LÍTI de Dilm m a A PO ansa CEN rrocad desc s 10 de S iros de com ORE ange Setecida D tr A Es : sta RT paio/E da ÓRIA e Sam LIBE Dida ento 2 MEM o Grand r MEMÓRIA: Batistini. Velha colônia rtam Ri mpo ra&Laze em co o chega aos 130 anos Setecidades 2 Cultu Nov Nesta edição 30 páginas rd L 1: do Reco ANA ÁParalisação ocorre devido a atraso AUde blico es. C reção da CANAL 1: Trabalho sem meio-termo 55 dias no pagamento de maio, EDITORIAL pú EM M or di aior ed na TV Globo Cultura&Lazer 2 além de benefícios como vales transReage, Brasil ve m .297 torc zenas te bi porte e alimentação. Setecidades 3 SEM Funcionários 61 e de 3 estão com os braços cruzados desde terça-feira umPAGAMENTO. Mor ste ano: rompeu Esportes ne se S asil púade E MÊ orte ti- Br gol, gr sso. o fo le ansp NEST do tr m 46 co lici- N íram no ária ca co na 10 ession á opera exigido ica 7 nc des ida lít 4 Co au que o Po Setec de M omia/ 4 ama. ona/Econ blico menos do e e recl ICE 4 Polític cisão fr ÍND es vos a Povo so ou de s da plan 5 Esport Lazer o. ra& form tire 1 Cultu ra in alhado ão obje 8 taçã o tado ab 2 uç Turism is Mon 9.800 tr do. Red onomia Imóve Ec is ades s as ar óve nid ao gin rn pá portu Autom tem São Be % deles. o 32 gos&O ediçã Empre Nesta ta de gir 20,4 in va at COL

DGABC Mix, com dicas de entretenimento, avaliação de livros Terceirizados que ÍNDICE

COLUNAS

Política/Economia Setecidades Esportes Cultura&Lazer Imóveis Automóveis Empregos&Oportunidades

4 4 4 4 2 8 2

FUNDAÇÃO STO.ANDRÉ

CENA POLÍTICA: A Friboi cruzou o caminho de Cidão Política 4 Conteúdo dão

cuidam da limpeza no

Galo bate m

colégio fazem greve Paulo está a u l e novidades do cinema; o DGABC Entrevista, apresentado São 1 a 0 e mifina se nos, or

me us a de

p

te da mpa

ônib alvo rios e pela jornalista Juliana Bontorim, Com ntur éque suá promove bate-papo soos u uza DV re P s ab até ir cede Mer diminu nários para 0 funcio 2.00

S as d crític

bre diversos assuntos atuais; o Memória Diário, apresentado

Atualmente jornal é composto por editorias diárias: Economia,

por Ademir Medici, que retrata o Grande ABC por meio de

Política, Setecidades, Cultura & Lazer, Esportes e Classifica-

personalidades que ajudaram a construir a região; o Diário Es-

dos com Empregos & Oportunidades; e semanais: Automó-

portivo, apresentado pelos especialistas do jornal impresso,

veis, Turismo, Diarinho, D+ e AutoZoom. Sazonalmente são

que trazem o universo do esporte para as telas da webTV; e o

elaborados os suplementos Campus & Carreira, Vestibular,

Minuto Diário, as notícias factuais e a previsão do tempo con-

Após, além do aniversário das cidades e outros especiais de

tadas em apenas um minuto, que tem como principal objetivo

datas comemorativas.

a agilidade e compromisso com a informação.

Mensalmente, sempre no primeiro domingo do mês, a Revista

Conteúdo Patrocinado

Dia-a-Dia, também produzida pelo grupo, ganha as ruas com matérias voltadas para temáticas de moda, beleza, saúde, comportamento, turismo e gastronomia. No mês de setembro a publicação traz também informações completas sobre escolas e instituições de ensino no Anuário ABC de Escolas, que dá suporte aos pais na hora de escolher a melhor opção para seus filhos.

L ORIA EDITs-Dilma O pó

Aos anunciantes, o Diário do Grande ABC oferece a possibilidade de trabalhar com o conteúdo patrocinado. Trata-se de um produto comercial feito sob medida para as empresas em diferentes plataformas e formatos. O principal objetivo deste material é trazer relevância ao cliente, público e/ou leitor e, com isso, aproximá-lo da marca com a qualidade editorial. Toda a produção é discutida e aprovada pelo patrocinador

Além do jornal impresso, revista mensal e portal diário, o grupo

e os textos são identificados com a marca e/ou anúncio do

possui também o DGABCTV, uma plataforma multimídia com

mesmo. O Diário do Grande ABC possui ainda premiados car-

a apresentação de reportagens em vídeos, produção de pro-

tunistas que podem criar histórias em quadrinhos, charges,

gramas e cobertura dos principais fatos e eventos da região

tiras, personagens e outros com exclusividade para cada pro-

da região. O público-alvo são os leitores do jornal e internautas

duto e/ou cliente.

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ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

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FORNECEDOR

Organiza Geral

A Organiza Geral é composta de profissionais empreendedores e experientes, que trabalham em conjunto com competentes parceiros, compartilhando inovações e superando os desafios de fazer dos eventos uma forma única de valorizar produtos e a imagem corporativa das empresas. O sucesso pode estar em um evento bem planejado, organizado e com um operacional bem-feito, essa é a marca que a Organiza Geral quer deixar de forma positiva para sua identidade:

• Do briefing ao fechamento. • Da ideia à execução. • Do budget à viabilização do evento. Especializada em eventos corporativos, a equipe conta com uma estrutura diversificada para realizar eventos de qualquer porte com qualidade, agilidade e custos acessíveis. A Organiza Geral se responsabiliza pela Produção, Planejamento, Organização e Coordenação dos Eventos, além de escolher e realizar contato com os fornecedores e prestadores de serviço. • Orientando quanto ao protocolo e cerimonial, de acordo com o perfil de cada evento. • Gerenciamento e desenvolvimento de equipe. • Planejamento de campanhas publicitárias e estratégias de divulgação. • Briefing e coordenação. • Controle de budget. • Planejamento e acompanhamento de venda de ingressos para eventos buscando produtividade e rentabilidade. • Relacionamento com patrocinadores durante todo o pré-evento, execução e pós evento. • Supervisão a sinalização do evento. • Organização do histórico do evento. • Analise e controle da lista de participantes, de convidados e de palestrantes. Os fornecedores parceiros são empresas renomadas no mercado na área de equipamentos de som, projeção e iluminação; cenografia; ambientação; buffets; atrações artísticas e musicais; performances; instalações especiais. Contando com equipe própria de ajudantes gerais, segurança, limpeza, recepcionistas monolíngue, bilíngue e trilíngue.

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AGENDA AGO Brazil Promotion 2017

AGO

AGO

Quando: 01/08/2017 a 03/08/2017 Onde: Transamerica Expo Center São Paulo/SP Informações: brazilpromotion.com.br

Design Weekend 2017

CONARH 2017

Quando: 09/08/2017 a 13/08/2017 Onde: São Paulo/SP Informações: designweekend.com.br

Quando: 15/08/2017 a 17/08/2017 Onde: São Paulo/SP Informações: conarh.com.br

AGO

AGO

SET

Innovapack South America 2017

LATAM Retail Show 2017

Forum Mobile+ 2017

Quando: 22/08/2017 a 24/08/2017 Onde: São Paulo/SP Informações: fi-events.com.br/innovapack

Quando: 29/08/2017 a 31/08/2017 Onde: São Paulo/SP Informações: latamretailshow.com.br

Quando: 04/09/2017 a 05/09/2017 Onde: São Paulo/SP Informações: forummobile.com.br

SET

SET

SET

Social Media Week São Paulo 2017

IoT Latin America 2017

5º Prêmio ABC da Comunicação

Quando: 12/09/2017 a 16/09/2017 Onde: São Paulo/SP Informações: socialmediaweek.org/saopaulo

Quando: 12/09/2017 a 13/09/2017 Onde: São Paulo/SP Informações: iotlatinamerica.com.br

Quando: 19/09/2017 Onde: Sítio São Jorge São Bernardo do Campo/SP Informações: premioabc.com.br

GIRO ABC

TV Globo • Jornal ABCD • KB TV Globo lança projeto de cobertura especial do ABC

Jornal ABCD Maior suas atividades

KB! renova marca e posicionamento

O mercado da Comunicação da Re-

A KB!COM anunciou seu novo posicio-

Em maio a TV Globo apresentou o novo

gião do Grande ABC foi pego de sur-

namento, acompanhado de rebranding

projeto da casa: o Globo Cidade, que

presa pelo anúncio do encerramento

e da assinatura “Completa quando você

terá cobertura especial e in loco da

de todas as atividades do jornal ABCD

precisa de resultados”. Um dos objeti-

região do Grande ABC e Guarulhos,

Maior. Desde o ano passado, o veículo,

vos é reforçar a marca, os 15 anos de

onde, juntas, vivem cerca de 4 milhões

fundado em 2006, funcionava apenas

atuação, o foco em comunicação cor-

de habitantes. As equipes, que inclusive

em versão online. Alguns funcionários

porativa e a abertura de uma unidade

se mudaram para as respectivas regi-

chegaram a aportar problemas finan-

especializada em atendimento de con-

ões por conta do projeto, têm como ob-

ceiros e também falta de planejamento

tas Latin America. As mudanças sinali-

jetivo principal entender o dia a dia dos

como a principal causa do fechamento.

zam um novo caminho que a KB!COM

moradores, seus principais problemas e

Profissionais da imprensa e da comuni-

pretende percorrer nos próximos anos,

reclamações, para a partir delas cobrar

cação em geral da região lamentaram

com foco na comunicação corporativa

de perto as soluções cabíveis ao poder

a notícia, afirmando que, independente

e atendimento de clientes na América

público. Além disso, o Globo Cidade

do posicionamento editorial e político,

Latina.

também deverá mostrar os atrativos de

o encerramento das atividades de um

cada região, como parques, eventos,

veículo é uma perda imensurável para a

projetos, etc.

pluralidade de informações e opiniões. ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017

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QUEM LÊ

O mercado publicitário do ABC carecia de um veículo especializado e que mostrasse o potencial da região nesse segmento. A revista ABC da Comunicação chegou e cumpre muito bem esse papel, apresentando tendências, agências e diversos temas relacionados a esse universo. É um veículo fundamental para o Grande ABC.

Felipe Mascarenhas Gerente de Produto Grupo Arcor

DISTRIBUIÇÃO

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* Caso você queira assinar a revista impressa entre em contato conosco: 11 4941 1377

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ABC DA COMUNICAÇÃO | 2017


BIBLIOTECA

O design da sua vida Baseado nas aulas dos designers Bill Burnett e Dave Evans, O design da sua vida é a versão em livro de um dos cursos eletivos mais disputados na Universidade de Stanford, na Califórnia, procurado por alunos novatos, profissionais já estabelecidos em suas carreiras e diletantes em busca de novas possibilidades. Aqui, Burnett e Evans refinaram os exercícios praticados em sala de aula para torná-los mais eficientes e realizáveis, em um método simples que irá ensiná-lo a usar ferramentas básicas do design para projetar uma vida criativa e produtiva. Usando histórias reais e técnicas comprovadas, você aprenderá a construir seu caminho para uma vida gratificante, aperfeiçoada por um design de sua própria criação. Porque uma vida bem projetada significa uma vida bem vivida.

ODIADOS

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ARTIGO

O que a política tem a ver com o seu negócio? Em conversas que tenho com empresários, sempre ouço muitas reclamações sobre o ambiente político: “Essa instabilidade acaba com o meu negócio!”, “Com tanto político corrupto, fica difícil ter um ambiente de negócios propício!”, “Como essas leis me complicam!”. Tudo isso você já deve também ter ouvido. Porém, às vezes, eu faço uma pergunta para provocar: “E o que você tem feito para mudar a situação?” Em geral, as repostas são evasivas: “Ah, essas coisas não mudam”. E aí é que está o grande problema.

pressionar por estabilidade ou reforma, cada objetivo tem seu caminho. Você pode dizer que não tem tempo para isso, que sua atividade toma grande parte do seu tempo. Mas, se você não atuar politicamente, quanto tempo a sua empresa vai sobreviver? Então, prepare-se para interagir com lideranças, partidos, burocratas. Esse é um passo fundamental para mudar o ambiente de negócios e sobreviver.

Mas, se você não atuar politicamente, quanto tempo a sua empresa vai sobreviver? Então, prepare-se para interagir com lideranças, partidos, burocratas.

No Brasil, culturalmente, desenvolvemos um distanciamento do ambiente político, tanto entre a população quanto em grande parte dos empresários. E isso resultou no cenário que vivemos hoje: uma grande crise de representatividade, que dá origem a todas as outras, inclusive a econômica. Deputados, senadores e vereadores que legislam para atender quem bancou suas campanhas, executivos (prefeitos, governadores e presidente) que vivem reféns das poucas empresas que têm acesso a eles. Para a maioria da população e dos empresários, nada! Nem um espaço para exigir as suas demandas.

E isso tem jeito? É claro que tem! Mas, para isso, é necessário ter organização e conhecer o ambiente político. Não somente como aquele item que a gente tem que preencher quando faz um planejamento de marketing. A interação com o ambiente político exige dedicação, trabalho árduo e discurso organizado.

“Ah, mas aqui é difícil mudar!” Claro que é. Se você acha interessante como se faz negócios e a proteção que os empresários têm em outros países, saiba que eles atuaram politicamente e até fizeram revoluções para ter o direito de desenvolver uma atividade econômica. É isso mesmo! Revoluções! Ou você acha que a Revolução Francesa foi um levante popular? Eram os empresários querendo fazer negócios sem um rei para atrapalhar.

Então, comece a pensar que, como empresário, de qualquer tamanho, você tem uma função política e a obrigação de desenvolver interações com o poder. O primeiro caminho pode ser se informar: ler, fazer cursos, assistir palestras sobre o tema. Quer saber mais? Vamos conversar: kleber@oabcdacomunicacao.com.br

Primeiramente, é fundamental saber como a política se organiza, tanto no âmbito nacional quanto na sua cidade. Quem tem poder, quais são os grupos de influência, como você pode se juntar a eles (ou lutar contra). E, para isso, é necessário ter estratégia, saber onde se quer chegar. Se é para acabar com os achaques de fiscais, reduzir impostos ou exigências,

Kleber Carrilho Kleber Carrilho tem pós-doutorado pela Universidade de Paris (Sorbonne), é doutor e mestre em Comunicação Social, pósgraduado em Comunicação e Marketing e bacharel em Ciências Sociais pela FFLCH/USP. Atua como professor de Publicidade e Propaganda na Universidade Metodista de São Paulo e de pós-graduação em Gestão de Comunicação e Marketing e em Marketing Político da ECA/USP, pesquisador do CEACOM/ECA/ USP e consultor da Teleos Estratégia e Desenvolvimento. kleber@oabcdacomunicacao.com.br

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Sua agência cresceu. E agora? Chegou a hora de sua agência dar mais um passo importante em busca do crescimento. No dia a dia corrido e competitivo do mercado publicitário as agências tem que criar novas campanhas a cada minuto, e como fica a gestão da empresa? Conheça a R&NV, um grupo de consultoria com expertise no mercado da comunicação e saiba o que ela pode fazer para que sua agência cresça com pilares sustentáveis, maior rentabilidade e boa gestão.

Atuação nas áreas: • Contábil • Empresarial • Financeira • Fiscal

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