REVIPACK 202

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202 Jul/Ago/Set 2009

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revista técnica de embalagem 6.50 €

Nº 202 Jul/Ago/Set 2009

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índice reciclagem

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notícias

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feiras

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embalagem farmacêutica

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embalagem alimentar

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pré-impressão

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impressão

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etiquetas e rótulos

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codificação e etiquetagem

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plv

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máquinas

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mercado

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revista técnica de embalagem Direcção e Edição: Carlos da Silva Campos. Publicidade: Ilda Ribeiro, Cristina Devesa, Luisa Santos. Propriedade: ODITÉCNICA-Centro de Promoção e Divulgação Técnico-Industrial Lda.. Endereço Postal: APARTADO 30 2676-901 ODIVELAS PORTUGAL. Redacção: R. de Entrecampos, 48, R/C Esq. 1700-159 LISBOA. Impressão: SocTip - Sociedade Tipográfica SA. Registo de Imprensa: 107 267. Depósito Legal: 13 783/88. ISSN 0870-7553. Publicação Trimestral. Preço de Capa: 6.50 €. Assinatura (6 edições): Edição impressa - 27.50 €; Edição electrónica - 16.30 € © Oditécnica Todos os direitos reservados. Telefone: 217 921 110. Fax: 217 921 113 E-mail: revipack@revipack.com

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Nยบ 202 Jul/Ago/Set 2009

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reciclagem

Reciclagem ultrapassou 1 milhão de toneladas A reciclagem de embalagens usadas atingiu 1 008 754 toneladas em Portugal, durante o ano de 2008. Portugal reciclou 43% das embalagens que consumiu, incluindo as embalagens importadas. As taxas nacionais de reciclagem foram divulgadas pela INTERFILEIRAS, a associação das várias fileiras de materiais. Ano após ano, a reciclagem aumenta mais do que o consumo. As estatísticas da INTERFILEIRAS incluem não só as quantidades recolhidas no circuito doméstico através do sistema "Ponto Verde"

Escolha o Vidro

mas também as quantidades recolhidas nos sectores comercial e industrial. Os próximos dois anos vão ser decisivos para o cumprimento das metas de reciclagem estabelecidas na legislação. Materiais como o papel/cartão e os metais já ultrapassaram as metas estabelecidas para 2011.

Mercado e Taxas de Reciclagem Mercado Reciclagem Variação Taxa de 2008 [ton] [ton] % Reciclagem PAPEL e CARTÃO

717 700

563 267

1%

78%

PLÁSTICOS

387 872

74 057

39%

19%

VIDRO

431 499

223 430

20%

52%

METAIS

110 000

71 200

1%

65%

MADEIRA

711 991

76 800

26%

11%

2 359 062

1 008 754

7%

43%

TOTAL

Lojas Nespresso recolhem cápsulas de café As lojas de venda das cápsulas de café Nespresso vão passar a recolher as cápsulas usadas devolvidas pelos consumidores. A recolha foi experimentada por quatro lojas (que já recolheram 300 mil cápsulas) e vai alargar-se 50 lojas até ao final de 2009 e 200 lojas no próximo ano 2010. As cápsulas usadas não devem ser colocadas no contentor amarelo dos ecopontos. Para assegurar destinos finais adequados do ponto de vista ambiental, as cápsulas usadas deverão passar primeiro por um processo de separação: a borra de café é separada para compostagem e o alumínio é separado para reciclagem. O sistema Nespresso ganhou popularidade devido à forma prática e rápida de obter um café expresso. A ideia de ser o consumidor a abrir a cápsula usada para separar o alumínio (cerca de 1 g em cada cápsula) contrariava a funcionalidade e conveniência do sistema Nespresso. O circuito de reciclagem através da retoma das cápsulas usadas nas lojas foi iniciado na Suíça e seguido em vários países europeus.

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Com a Choose Glass Week (21 a 27 de Setembro), a indústria europeia do vidro de embalagem deu início a uma campanha de promoção do uso e da reciclagem, com eventos e concursos em vários países, e com divulgação baseada na internet (friendsofglass.com) e na "blogosfera" (bloginabotttle.com). O consumo de embalagens de vidro foi de 17,835 milhões de toneladas em 2007, com uma taxa de reciclagem de 62%.

51% de Valorização Dos 24,9 milhões de toneladas de resíduos plásticos gerados na Europa em 2008, 12,8 milhões de toneladas (51%) foram recuperados por reciclagem ou valorização energética. A estimativa das associações europeias do sector (PlasticsEurope, EuPC, EuPR e EPRO) refere-se aos países da União Europeia, à Suiça e à Noruega. De 2007 para 2008, a reciclagem passou de 5 M para 5,3 milhões de toneladas (Mton), enquanto a valorização energética passou de 7,2 para 7,5 Mton. A deposição em aterro diminuiu 0,3 Mton, passando para 12,1 Mton.

Red Bull multada no Reino Unido A Red Bull do Reino Unido foi multada pelo tribunal de Soutwark Crown por não ter pago o “ecovalor” devido pela colocação de bebidas embaladas no mercado. A multa aplicada no dia 29 de Julho refere-se ao período de 1999 a 2006 e foi fixada em 271,8 milhões de GBP (equivalente a 319,689 EUR) - o valor mais alto de sempre aplicado no Reino Unido pelo mesmo motivo. Para além da multa, a empresa foi condenada ao pagamento de custas e compensações pelo não pagamento dos “ecovalores”. O sistema inglês de “responsabilidade do produtor” estabelece a obrigação de pagar “ecovalor” a partir da facturação de 2 mil GBP e de 50 toneladas de embalagens colocadas no mercado. Diversamente do que sucede com a generalidade dos sistemas do tipo “ponto verde”, o sistema inglês caracteriza-se pela pluralidade de entidades gestoras de “ecovalores” e pela liberdade de escolha dos embaladores. Nº 202 Jul/Ago/Set 2009


notícias

Cortiça: Atenção às paletes! utilização de paletes de madeira que não velhos e novos Atenham sido devidamente tratadas pode acarretar consequências muito graves para desafios as empresas. A partir do dia 1 de Janeiro de

As paletes que não estejam marcadas com este símbolo representam um risco grave para os utilizadores e para o país.

O concelho de Coruche fez tudo para manter a cortiça na agenda económica. Organizou a FICOR - Feira Internacional da Cortiça (29 a 31 de Maio), inaugurou o Observatório do Sobreiro e da Cortiça (provavelmente o edifício com maior incorporação de cortiça em todo mundo) e organizou um debate, moderado pela jornalista Fátima Campos Ferreira.

Da FICOR, ficou o registo de um certame simbólico que merecia ter tido o décuplo dos visitantes. O debate surpreendeu pela afluência, representatividade e nível das intervenções e, sobretudo, pela actualidade dos temas. O “Observatório”, construído para ser um pólo de investigação, pode vir a trazer novos contributos para o sector. A indústria procura desenvolver mercados e aplicações técnicas, materiais de isolamento e decoração e também no sector do vestuário e acessórios. No entanto, o segmento principal continua a ser o das rolhas de cortiça e é este o mais ameaçado pelo “ataque” das rolhas sintéticas. A indústria reagiu com sistemas de controlo de qualidade (para pôr fim aos problemas do TCA e do “sabor a rolha”), com o desenvolvimento das chamadas “rolhas técnicas” (para ter preços competitivos) e também com cam-panhas de promoção da cortiça. A campanha “Save Miguel” reposicionou a reputação ambiental do sector da cortiça como recurso renovável. No Reino Unido, a campanha que contou com o treinador José

2010, não podem ser exportadas paletes que não tenham sido comprovadamente submetidas ao tratamento fitossanitário por empresa oficialmente autorizada e como tal marcadas com o correspondente símbolo e número de registo. Todas as paletes e embalagens de madeira de coníferas, não processada, que não tenham sido tratadas e marcadas não podem ser exportadas ou re-exportadas sem o referido tratamento. As autoridades dos Estados Membros estão a proceder a controlos e inspecções, podendo reter as mercadorias colocadas em paletes ou embalagens de madeira não tratada. O símbolo de marcação das paletes, que comprova que foram submetidas a tratamento é o que se mostra junto a este texto. A lista de empresas autorizadas para o tratamento acima referido encontra-se no endereço internet da DGADR - DirecçãoGeral de Agricultura e Desenvolvimento Rural - www.dgadr.pt. Mais informação sobre este assunto, poderá ser obtida através da EMBAR - Associação Nacional de Recuperação e Reciclagem de Resíduos de Embalagens de Madeira (embar@embar. pt ; www.embar.pt).

Mourinho procurou identificar a rolha de cortiça com a qualidade do vinho. Com a qualidade que os fabricantes nacionais garantem, a rolha de cortiça é a melhor solução para fechar as garrafas de vinho. Durante anos, a cortiça foi “esmiuçada” nas revistas de vinhos. No entanto, a cortiça só esporadicamente surgiu nas revistas de “packaging”. O debate de Coruche, polarizado na incontornável questão dos preços de compra ao produtor, deixou claro que a “saúde” do sector depende dos mercados e aplicações finais. Neste contexto, ficou

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Código ISO do país. PT - Portugal

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Nº de registo do operador que assegurou o tratamento na DGADR (lista publicada em www.dgadr.pt)

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Tipo de tratamento: "HT" ou "MB"

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DB - indicação de que se trata de uma embalagem produzida a partir de madeira descascada.

Dada a utilização generalizada de paletes de madeira, a não observância destas medidas poderá acarretar consequências muito graves para o país e especialmente para as empresas exportadoras. Dado que a maior parte das paletes são reutilizadas, a circulação de paletes não tratadas implica sempre o risco de exportação. Se se repetirem os casos de detecção de paletes não tratadas saídas de Portugal, corre-se o risco de as exportações portuguesas passarem a ser "alvo preferencial" das inspecções em estrada. a pista de reflexão deixada pelo Prof. Américo Azevedo: o futuro da rolha passa pela inovação e pela adição de valor (em vez de fazer rolhas mais baratas). Ideias como rolhas com chip RFID foram recebidas com sorrisos. Em todo o caso... Não menos sugestiva foi a revelação feita no mesmo debate pelo Dr. António Rios Amorim: mesmo com “celebridades”, as campanhas de promoção da cortiça não inverteram a tendência do mercado. É um sinal para repensar estas campanhas.

Ponto Verde: dificuldades na etapa final A Sociedade Ponto Verde anunciou novos aumentos dos ecovalores a pagar pelos embaladores, para fazer face aos “valores de contrapartida” a pagar aos Sistemas Municipais e Autaquias (SMAUTs) pela recolha selectiva e triagem dos resíduos de embalagens. Criado em 1998, o “sistema ponto verde” foi sempre superavitário e aplicou as receitas dos ecovalores “Ponto Verde” em campanhas de sensibilização dos consumidores e em projectos de I&D na área da recolha e reciclagem. O público correspondeu a esse Nº 202 Jul/Ago/Set 2009

esforço e tudo indica que Portugal vai cumprir as metas de reciclagem a que está vinculado e que têm como ano de referência 2011. No entanto, as contrapartidas dos SMAUTs têm valores muito elevados que nunca foram corrigidos pelas economias de escala. O que a SPV paga hoje por tonelada é o mesmo que pagava quando as redes de ecopontos e estações de triagem funcionavam com quantidades muito menores. Recentemente, a SPV lançou o alarme e chegou a admitir o risco de falência. Apesar de

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toda a sua complexidade, o sistema tem uma aritmética simples que não dispensa pelo menos uma de três soluções: aumentar os ecovalores, baixar as contrapartidas ou suspender as retomas de materiais para reciclagem. Nos próximos meses, ver-se-á como vão ser recombinados os referidos factores. Disso depende o futuro de um sistema que é responsável por cerca de metade da reciclagem de embalagens em Portugal. 5


notícias Fábrica de Plásticos Torres

Caixinhas que vendem A simpática caixinha cor de marfim é a mais conhecida de todas as embalagens que se utilizam em ourivesaria. A sua história remonta aos anos 60 e mistura-se com a história da Fábrica de Plásticos Torres, de Torres Vedras. Equipada com máquinas de injecção, a empresa nasceu em meados dos anos 60 investindo em máquinas de injecção para produzir as pequenas caixas quadradas. A côr de marfim e a impressão a quente ou gravação a ouro em letra cursiva tornaram-se norma nas ourivesarias portuguesas. A côr de marfim ainda predomina, embora a FP Torres também disponibilize outras cores, como o azul bébé, o laranja, o castanho, etc.. Actualmente, a empresa vende para todo o país e também exporta. “Embora a caixa plástica quadrada seja o nosso produto mais emblemático, a empresa tem hoje uma gama de produtos muito diversificada” - disse à REVIPACK a Sra. Fernanda Isabel Curto, gerente da F.P. Torres. A diversificação deu-se nas cores, nos formatos e também nos materiais. As caixas rectangulares para artigos de desenho e escrita, as caixas e estojos em pele, a integração de forros, as decorações cromadas e metalizadas, são

Fazer a diferença alguns exemplos da grande diversidade de produtos da F.P. Torres. “Com o parque de máquinas de injecção e impressão, a empresa também diversificou para outros produtos em plástico, designadamente peças técnicas, cápsulas, acessórios para clínica dentária, etc.. Por outro lado, a empresa tornou-se especialista em embalagens para o comércio retalhista, o que nos levou a diversificar também os materiais”. Na gama actual, também se incluem caixas e outras embalagens em cartolina, cartão, micro-canelado e canelado. Em paralelo, a empresa também tem capacidade para fornecer frascos de plástico de vários formatos, assim como sacos de plástico para o comércio retalhista (neste último caso, através da empresa associada Sacos de Plásticos Torres).

BA Vidro e La Seda A concretizar-se a entrada da BA Vidro no capital da La Seda de Barcelona, poderá dar-se também o salto do grupo vidreiro português para a condição “multi-material”. Com seis fábricas (3 em Portugal e 3 em Espanha), a BA produz cerca de 4,5 mil milhões de embalagens de vidro e não tem escondido a estratégia de expansão no mercado vidreiro internacional. A La Seda de Barcelona tornou-se, em poucos anos, líder mundial da produção de PET, com uma sequência de aquisições que contribuiu para a consolidação europeia do sector. O futuro da La Seda parece fadado para depender de capitais portugueses. Depois da saída da holding Imatosgil , mas ainda com a participação da Caixa Geral de Depósitos, a La Seda poderá vir a ter a BA Vidro como 6

accionista com posição relevante, como chegou a ser admitido na imprensa económica. Para além da produção de PET, a La Seda está a construir uma fábrica de PTA (matéria-prima de base para o PET) em Sines. O PET é um dos principais materiais para produção de embalagens de bebidas e produtos alimentares. Segundo a visão tradicional, é um rival do vidro, mas há outros modos de ver. Se o tema focal for o mercado (as indústrias de bebidas e produtos alimentares) e não o material, então os dois rivais podem ser cúmplices. Não faltam no mercado mundial empresas com vocação multi-material. A BA poderá vir a fazer parte desse grupo.

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“A embalagem continua a ser primordial quer para valorizar a apresentação dos produtos, quer para aumentar a notoriedade das marcas e dos estabelecimentos. É aqui que a nossa gama de produtos e a nossa capacidade de impressão e personalização pode desempenhar um papel muito importante para os nossos clientes. Quando uma loja utiliza embalagens mais cuidadas, o produto vende melhor e isso também se reflecte na imagem da loja”.

Bolsa de Cargas A ONTIR é a primeira organização de partilha de cargas criada em Portugal. Baseada em Leiria, esta pool de cargas funciona através de uma “plataforma web” onde os utilizadores podem disponibilizar ofertas de carga ou procurar cargas disponíveis. O sistema de “pool” pode ter grandes vantagens económicas, na medida em que reduz distâncias percorridas em “vazio” e espaços vazios em camiões. Outra possibilidade aberta pela ONTIR é a de procurar transportadores através do sistema de concursos. Os primeiros “tenders” a utilizar a plataforma ONTIR para colocar as suas necessidades de transporte são as empresas produtoras de pasta de papel do grupo Altri (Celbi, Caima e Celtejo). Nº 202 Jul/Ago/Set 2009


notícias SISTRADE

Plastirso

filiada na FINAT

Melhores filmes para embalagem automática

A Sistrade, empresa portuguesa especializada no desenvolvimento de software de gestão para empresas nas áreas da pré-impressão, impressão, etiquetas e embalagem, tornou-se membro da Federação Internacional de Fabricantes e Transformadores de Adesivos e Termo-adesivos - FINAT. Com sede na Holanda, a FINAT é uma das mais importantes organizações internacionais do sector da produção de etiquetas. A SISTRADE e a FINAT estão já a colaborar na preparação de um estudo técnico conjunto sobre optimização do controlo do processo de impressão por meio da utilização do sistema de gestão integrada SISTRADE® Print. Este estudo será apresentado ao público no próximo Seminário FINAT, que terá lugar em Março do próximo ano, em Barcelona. As soluções de software da SISTRADE têm utilizadores em três continentes, designadamente Europa, África (norte) e América (Latina). A SISTRADE marcou entretanto presença na LABEL EXPO em Bruxelas, onde apresentou uma versão melhorada do seu software, na Feira de Embalagem de Istambul e organizou uma missão técnica à Eslovénia, com o apoio da AICEP e da Embaixada de Portugal.

Com a recente instalação de uma linha de coextrusão, a Plastirso alargou a sua gama de produtos e está capacitada para fornecer filmes para embalagem automática com menor espessura e melhores propriedades técnicas. A tecnologia de coextrusão multi-camadas permite combinar o polietileno de baixa densidade (PEND) com materiais barreira, alargando as perspectivas de mercado. A nova linha de coextrusão culmina mais um ciclo de investimentos. A empresa foi criada em 1983 para fabricar filmes plásticos (PP) para aplicação na indústria têxtil. Dez anos depois, e na sequência de alterações na estrutura societária, a Plastirso diversificou actividades e apostou na extrusão de PEBD. Com a posterior mudança para novas instalações na Trofa, a empresa passou a dispor do espaço físico necessário para expandir a sua capacidade. Com a passagem do século, a empresa entrou num novo ciclo de investimento, sob a liderança do Sr. Daniel Figueiredo. Na área produtiva, destacou-se o investimento numa linha de produção de filme de PP cast (extrusão plana), a qual veio permitir o desenvolvimento e produção de filmes para embalagem com caracteríticas que dificilmente se poderiam

obter com a extrusão tubular. A empresa investiu também na impressão flexográfica a 6 cores e na informatização da gestão. A diversificação e ampliação de capacidades permitiu à Plastirso desenvolver novas frentes de negócio e compensar a estagnação do segmento têxtil. Como produtora de filmes, mangas e sacos, a Plastirso fornece transformadores e embaladores (clientes finais). Entretanto, as exportações representam cerca de 25% das vendas. Num mercado caracterizado pela concorrência intensa e pelo excesso de factores de incerteza, a Plastirso definiu uma estratégia selectiva, definindo os seus segmentos-chave e investimento nas tecnologias e processos adequados para produzir com qualidade para esses segmentos.

Logoplaste expande na Europa Embalcer é PME Excelência e na Ásia-Pacífico A primeira fábrica da Logoplaste na Ucrânia foi inaugurada no passado mês de Julho. A fábrica está situada em Kiev e produz embalagens para várias marcas de produtos de cuidado pessoal da SC Johnson. Para este investimento, a Logoplaste conta com o financiamento do BERD (Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento.

No passado mês de Agosto, a Logoplaste inaugurou a sua primeira fábrica na região Ásia Pacífico. Situada em Kuantan, Malásia, a fábrica produz embalagens para detergentes domésticos da Procter & Gamble.

ColepCCL consolida enchimento de aerossóis A ColepCCL anunciou a consolidação da sua capacidade de enchimento de aerossóis. Esta decisão envolve a expansão das fábricas de Bad Schmiedeberg (Alemanha), Kleszczów (Polónia) e Vale de Cambra (Portugal), enquanto as fábricas de Scunthorpe (Reino Unido) e Neutraubling (Alemanha) será reduzidas e poderão mesmo encerrar. Nº 202 Jul/Ago/Set 2009

A consolidação visa obter mais eficiência e economias de escala. Com um volume de negócios na ordem dos 515 milhões de euros (2008), a ColepCCL é líder na produção e enchimento de aerossóis e outros produtos de cuidado pessoal e doméstico, e também um dos principais fabricantes de embalagens metálicas e de plástico.

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A DQS (AsA Embalcer foi uma das empresas distinguidas com o "Estatuto de PME Excelência" 2009. Este Estatuto foi criado pelo IAPMEI para distinguir as pequenas e médias empresas nacionais "que se evidenciam pela qualidade dos seus desempenhos económico-financeiros" e que se caracterizam por ser "empresas financeiramente sólidas, que têm sabido manter altos padrões competitivos, com apostas em estratégias de inovação e internacionalização, e que têm contributos activos nas dinâmicas de desenvolvimento e de emprego das várias regiões". A Embalcer, com instalações fabris em Canelas, Vila Nova de Gaia, fabrica cintas de PP e PET e comercializa sistemas de cintagem, embalagem e fim-de-linha. O conjunto das 375 empresas às quais foi reconhecido o estatuto de "PME Excelência" representam um volume de negócios na ordem dos 3 mil milhões de euros e 19 mil postos de trabalho. 7


notícias Amcor adquire Videojet Alcan Packaging adquiriu Wolke O grupo australiano Amcor ofereceu 2,025 milhões de USD por várias divisões da Alcan Packaging, actualmente parte do grupo Rio Tinto. A oferta abrange as divisões Alcan Packaging Global Pharmaceuticals, Alcan Packaging Food Europe, Alcan Packaging Food Asia e Alcan Packaging Global Tobacco. Em conjunto, estas actividades representam um valor de vendas na ordem dos 4,1 mil milhões de USD, 14 mil postos de trabalho, 80 fábricas e 28 países. Entre elas a fábrica de embalagens flexíveis de Seixezelo (ex SPLC). Antes desta aquisição, o grupo Amcor somava um valor de vendas na ordem dos 9,25 mil milhões de USD, com 21 mil postos de trabalho repartidos por 226 locais em 34 países, onde se inclui outra fábrica de embalagens flexíveis, em Palmela (ex-Neocel, ex-Danisco). A concretização deste negócio ainda está dependente da aprovação das autoridades da concorrência. Entretanto, as referidas divisões da Alcan e a Amcor continuarão no mercado de forma independente. O grupo Rio Tinto deverá manter apenas as actividades principais relacionadas com minerais e metálicos.

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A Videojet Technologies Inc. (EUA) adquiriu a Wolke Inks & Printers GmbH (Alemanha), especialista em sistemas de impressão térmica por jacto de tinta, com tinteiros HP. A Wolke continuará a actividade como unidade autónoma, sediada em Hersbruck.

Rovema adquire Bossar A ROVEMA, construtora alemã de máquinas embaladoras verticais (VFFS) adquiriu a BOSSAR, construtora espanhola de máquinas embaladas horizontais (HFFS). A aquisição teve efeitos a partir de Agosto de 2009 e abrange todos os activos da BOSSAR, incluindo a tecnologia e a fábrica de Barcelona. Com 17 anos de actividade, a BOSSAR tem mais de 1500 máquinas instaladas. Em Março de 2009, a ROVEMA adquiriu a Hassia-Redatron e a unidade de embalagem da Piltz, aquisição que lhe permitiu completar a sua gama de máquinas embaladoras para porções e pequenas embalagens.

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TOTAL 2010 2010 pode ser um bom ano para levar a cabo uma feira internacional de embalagem na Europa. Assim o espera a Reed Exhibitions, organizadora da feira TOTAL PROCESSING & PACKAGING 2010 - e assim o espera a maioria dos expositores que já se inscreveram. A feira tem datas marcadas para os dias 25 a 27 de Maio, em Birmingham. Herdeira da PACKEX, a TOTAL aglutina não só os materiais e tecnologias de embalagem, mas também a área do processamento e engenharia alimentar. Conta com as principais empresas do sector do Reino Unido e da Europa.

HOREQ em Madrid O salão HOREQ, dedicado à exposição de equipamentos para o sector da hotelaria, realiza-se em Madrid nos dias 18 a 20 de Novembro. Na sua última edição (2007), a HOREQ contou com 340 expositores directos e com 840 empresas representadas de 24 países. Registou 17 144 visitantes, de 37 países. A HOREQ realiza-se em paralelo com a Convenção Foodservice/EATIN’OUT.

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Almaty Lyon Munique Moscovo Moscovo Milão Shangai Paris Mumbai Shangai Novosibirsk Istambul

Casaquistão França Alemanha Rússia Rússia Itália Shangai França Índia China Russia Turquia

WORLDFOOD Alimentação EUROPACK Embalagem ICE EUROPE Transformação Papel/Filme INGREDIENTS RUSSIA Alimentação TECHNOFOOD Embalagem/Alimentação SIMEI Engarrafamento LABELEXPO ASIA Impressão SITEVI Vinhos/Frutas/Legumes CPHI INDIA Ingredientes Farmacêuticos LABELEXPO Impressão FOODSIB & SIBPACK Alimentação/Embalagem INSTANBUL FOOD-TECH Alimentação

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GLASS INDIA Ind. Vidreira www.servintonline.com IFOWS Alimentação/Bebidas www.ifows.com ICP EXPO Embalagem www.ico-expo.jp/en IRAN PACK & PRINT www.iranpack-print.com GASTROPACK Embalagem www.incheba.sk/exhibitions/2216 BARHOTEL/EXPOCARNE/EXPOVENDING www.exposalao.pt SIGEP Pasteleria www.sigep.it PCD Cosmética e Emb. www.pcd-congress.com UPAKOVKA-UPAK Embalagens www.upakovka-upakitalia.de ISM Doces www.ism-cologne.com EASYFAIRS VERPACKUNG Emb. www.easyfairs.com FRUIT LOGISTICA Frutas ww.fruitlogistica.com PLAST. PACK. & PRINT ASIA Embalagem www.plastpackasia.com KENYA FOOD EXPO Alimentação www.africantradefairs.ae FOOD EXPO Alimentação ww.libyafoodexpo.ly PRODEXPO Alimentação e Bebidas www.prod-expo.ru/en WESTPACK Embalagem www.devicelink.com/expo VERPACKUNG NORD Embalagem www.easyfairs.com PHARMA EXPO Ind. Farmacêutica www.hitex.co.in PRODEXPO Alimentação www.prod-expo.ru/en INFORMEX Produtos Farmacêuticos www.informex.com MIA ALIMENTAZIONE Alimentação www.miafiera.it GULFOOD Alimentação www.gulfood.com INTERSICOP Alimentação www.intersicop-madrid.ifema.es VINISUD Vinhos www.vinisud.org FOOD AND DRINK Alimentação/Bebidas www.foodanddrinkexpo.co.uk ECOPACK Embalagem www.easyfairs.com SMAGUA Água e Meio Ambiente www.feriazaragoza.com FOODEX JAPAN Alimentação www.jma.or.jp/foodex EUROPAIN Alimentação www.europain.com VINEX Vinhos www.bvv.cz/vinex FOOD BAKERYTECH Alimentação www.fotegistanbul.com/indexen.html FOODPACK Embalagem www.fotegistanbul.com/indexen.html BRASIL PACK Embalagem www.brasilpack.com.br FIEPAG Ind. Gráfica www.fiepag.com.br SALIMA Alimentação www.bvv.cz/salima-gb PAKK & EMBALLAJE Embalagem www.easyfairs.com SINO PRINT - SINO LABEL Impressão/Emb. www.adsale.com.hk PAKK&EMBALLAJE NORD Embalagem www.easyfairs.com LABELTECH Impressão www.labeltech.com INPACK Embalagem www.sogefoires.com EMPACK NORD Emb. www.easyfairs.com PROPAK VIETNAM Embalagens www.propakvietnam.com PROWEIN Vinhos www.prowein.com FOOD AND DRINKS Bebidas e Alimentos www.foodanddrinkexpo.co.uk ALIMENTARIA Alimentação www.alimentaria.com LUXE PACK Emb. de Luxo www.luxe-pack.com EMPACK Embalagens www.easyfairs.com EMPACK NL Embalagem www.easyfairs.com INTERFOOD Alimentação www.primexpo.tu COSMOPROF Perfumaria www.cosmoprof.com FOODASIA Alimentos/Bebidas www.foodnhotelasia.com ICSE JAPAN Produtos Farmacêuticos www.icsejapan.com SIAL MONTREAL Alimentação www.sialmontreal.com GLASS SOUTH AMERICA Vidro www.glassexpo.com.br PACKAGING INNOVATIONS Embalagens www.easyfairs.com 3P Emb., Plásticos e Impressão www.plasprintpack.com VERPACKUNG WEST Embalagem www.easyfairs.com LUXE PACK Embalagens de Luxo www.luxepacknewyork.com EMBAX PRINT Embalagem e Impressão www.bvv.cz/embaxprint SIAB Alimentação www.siabweb.com EUROCHEM Máq. Emb. www.totalexhibition.com VINEXPO Vinhos e Bebidas www.vinexpo.com SALON L'ALIMENTATION Alimentação www.sogefoires.com

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TEMA

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embalagem farmacêutica GEPACK

inovação na embalagem farmacêutica Depois da produção em clean room e do desenvolvimento de gamas específicas de embalagens PET para medicamentos, a empresa está concluir a elaboração do seu Drug Master File (DMF) e está a preparar uma solução para colocar braille nas embalagens primárias.

"Somos especialistas em formatos e séries especiais, investimos 6% da facturação em pesquisa e desenvolvimento - a inovação está no DNA desta empresa" - Com esta frase, a Administração define o posicionamento da GEPACK. A importância dos formatos especiais, muitos deles personalizados, na actividade da empresa é muito superior à média e pouco usual em produtores de embalagens de PET. Inevitavelmente, os investimentos em projecto, desenvolvimento, prototipagem e em moldes são, também, muito superiores à média.

Para além da "área standard", a GEPACK obteve em 2005 a certificação da sua "sala limpa", com 400 m2, na classe ISO 6/FDA 1000, superando assim a classe ISO 7/FDA 10 000 para a indústria farmacêutica. Nesta "clean room", estão instaladas quatro linhas de produção totalmente automáticas, com uma capacidade actual na ordem dos 50 milhões de embalagens/ano, destinadas primordialmente à indústria farmacêutica. As condições especiais de assépsia são também relevantes para a produção de vários produtos cosméticos.

A GEPACK iniciou a actividade em 2002, e tem vindo a afirmar-se em cinco segmentos de mercado específicos: - produtos farmacêuticos e suplementos alimentares, - produtos de cosmética e cuidado pessoal, - alimentação, azeites e bebidas, - vinhos e espirituosas.

"Temos que lidar com o facto de a GEPACK ter que competir com fábricas de embalagens que não têm sala limpa nem devem garantir um nível comparável de assépsia e higiene" - disse à REVIPACK o Dr.Nuno Moreira Rato, responsável comercial - "mas o nosso posicionamento é competir pela diferenciação e pela qualidade, procurando evidenciar a vantagem técnica do produto e do serviço GEPACK. A certificação da sala limpa foi um passo importante, mas a empresa não ficou por aí. Com a elaboração do DMF, a empresa quer ser, mais uma vez, pioneira na criação de

Mais de 75% das embalagens produzidas e vendidas pela GEPACK são destinadas a mercados externos (Europa, África e Médio Oriente). A empresa conta com 38 colaboradores, dos quais 8 em I&D e Qualidade, e labora 24 horas por dia e 7 dias por semana.

condições especiais para fornecimento de embalagens para a indústria farmacêutica". DMF é a abreviatura de Drug Master File, um dossiê sobre as condições técnicas de produção que, depois de submetido e validado pela FDA (Food and Drug Administration), agiliza os processos de colocação de medicamentos no mercado norte-americano. O DMF é especialmente relevante para as indústrias farmacêuticas que exportem para o mercado norte-americano e é também um factor de confiança adicional para o sector. "O DMF é mais uma vantagem para as indústrias farmacêuticas que utilizem embalagens produzidas pela GEPACK. Se exportarem para os E.U.A., a documentação sobre embalagem será simplificada - bastará referir o DMF da GEPACK".

PET para medicamentos Embora a sua produção se caracterize pela grande diversidade de modelos e formatos, a GEPACK pode considerar-se uma empresa "mono-material". Todas as embalagens que produz se baseiam no PET (politereftalato de etileno), embora com as variantes de coloração adequadas aos produtos. Nos últimos anos, a GEPACK desenvolveu várias gamas de embalagens específicas para a indústria farmacêutica, completando as embalagens com tampas, cápsulas e doseadores, de modo a fornecer aos clientes do sector farmacêutico soluções completas e totalmente compatíveis. "A embalagem de PET tem vindo a ganhar quota de mercado no sector farmacêutico, sobretudo em aplicações

Clean Room Par além da indispensável certificação do sistema de gestão da qualidade (segundo a norma (ISO 9001:2008), a GEPACK distingue-se pelas condições especiais do seu departamento de produção. Na chamada "área standard", com 1300 m2, tem 18 linhas de produção totalmente automatizadas, 3 das quais de injecção. Nesta área, a capacidade de produção é da ordem dos 100 milhões de frascos/ano. A temperatura é monitorizada e mantida constante e o ar ambiente é renovado 20 vezes por hora, com sistema de filtração de poeiras com eficiência de 85%. 10

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embalagem farmacêutica

onde predominava a embalagem de vidro" - referiu Nuno Moreira Rato - "O PET tem vantagens técnicas expressivas: a embalagem pode ser produzida em "clean room", garante a protecção do produto, tem mais liberdade de design e de coloração, é mais leve e é mais segura para o consumidor final". Atenta às tendências do mercado, a GEPACK acompanha a indústria farmacêutica na procura de soluções para promover e desenvolver segmentos de mercado complementares, como é o caso dos suplementos alimentares, "vitamínicos" ou - para usar o neologismo americano - "nutracêuticos". "A embalagem PET tem as características ideais para estes segmentos de mercado cujos produtos têm um posicionamento similar ao do medicamento e por isso necessitam de uma embalagem consentânea com esse objectivo. A GEPACK está em condições de disponibilizar todas as suas capacidades de desenvolvimento de novas embalagens para corresponder às expectativas dos clientes. Já estão no mercado vários produtos desse segmento com embalagens produzidas pela GEPACK". Para o desenvolvimento de novas embalagens, a GEPACK conta com um departamento de engenharia equipado com CAD/CAM e software para projecto foto-realista da futura embalagem. Aprovado um modelo, a GEPACK fabrica moldes-protótipo para pré-

"Somos especialistas em formatos e séries especiais, investimos 6% da facturação em pesquisa e desenvolvimento - a inovação está no DNA desta empresa." -séries de cerca de uma centena de amostras. Os moldes definitivos podem ser produzidos em cerca de 4 semanas. A GEPACK é expositor habitual nas principais feiras internacionais da embalagem, quer nas grandes feiras "generalistas", quer em feiras sectoriais. Tem a sua própria rede de agentes em vários países europeus e já se tornou conhecida pela capacidade de desenvolvimento de novas embalagens. "Sempre que é necessário desenvolver um formato totalmente novo, a GEPACK é a primeira empresa a ser consultada. Conquistámos essa reputação em poucos anos". Os prazos de entrega são mais curtos para formatos standard. Actualmente, a GEPACK tem cerca de 170 referências standard. A grande flexibilidade das suas linhas de produção, completada com um planeamento adequado dos fornecimentos, permite uma resposta praticamente em "just in time". Mesmo quando as embalagens são fornecidas a partir de stock, a GEPACK garante as condições de higiene. Todas as

embalagens são armazenadas com sobre-embalagem estanque num armazém com ar filtrado e renovado (10 ciclos/hora). Com as gamas standard, a quantidade mínima pode ser de... 1 palete! Para além das referências standard, existem mais duas categorias: as referências exclusivas, que são modelos e formatos personalizados desenvolvidos e produzidos em exclusivo para determinados clientes, e os modelos especiais, desenvolvidos "a la carte", mas sem exclusividade. Não é apenas no formato geométrico que as embalagens variam. A GEPACK também investiga soluções para aumentar as propriedades barreira ou para criar novos efeitos visuais.

Inovações em estudo Sala limpa, DMF, novo catálogo de embalagem farmacêutica - são alguns dos passos do "itinerário" da GEPACK no sector farmacêutico. Outros passos estão em preparação. Um deles é uma solução para colocar informação em braille nas embalagens farmacêuticas. "Já existem várias soluções para imprimir a escrita braille nas embalagens de cartolina. A GEPACK poderá vir a disponibilizar uma solução para colocar a escrita braille nas embalagens primárias, isto é, no próprio frasco em PET". A solução passa pela aplicação de uma manga retráctil com a escrita braille em relevo. "Se esta solução for bem acolhida pela indústria farmacêutica, a GEPACK irá aplicar as mangas com braille nas embalagens PET. Deste modo, prestaremos um serviço adicional aos nossos clientes, adaptando a melhor tecnologia de sleeving aos nossos procedimentos de produção em clean room".

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embalagem farmacêutica Gateway

Novas soluções de segurança Ideal para a protecção de artigos de perfumaria e farmácia, a nova etiqueta de segurança INSERT LABEL da Gateway tem um design em bico para tornar mais fácil a inserção na embalagem. É ideal para colocação no interior de caixas de cartolina, sem necessidade de abrir as caixas. A nova etiqueta funciona em tecnologia acústico-magnética (AM) e não é adesiva (o objectivo é “largar” a etiqueta no interior da embalagem, e não colá-la ao produto). As aplicações preferenciais são as embalagens de perfumes, cremes e outros produtos similares comercializados em farmácias.

Outro modo de garantir a segurança anti-furto é a colocação das embalagens em “cofres de segurança” transparentes mas equipados com alarmes. A Gateway Portugal apresentou recentemente a nova gama de safers desenvolvidos pela MW Security para o produtos do segmento H&B (Health & Beauty), tais como produtos de dermocosmética, perfumaria, higiene, maquilhagem, etc., comercializados em farmácias, parafarmácias, perfumarias e outros estabelecimentos de comércio retalhista.

A utilização destes safers permite dar aos produtos o máximo de exposição e visibilidade, sem correr o risco de furto. A gama H&B é composta por 15 modelos, com diferentes dimensões e formatos. Os “cofres” são caixas de policarbonato (PC), material caracterizado pela elevada resistência.

EASETUBE Peças pequenas como rímel, batons, eyeliners e perfumes de mala estão na lista das mais “desaparecidas” no retalho. O recurso à etiqueta de alarme não é totalmente eficaz, dado que é relativamente fácil removê-la. A solução da MW Security, comercializada pela Gateway é o EASETUBE, um novo tipo de safer especialmente desenhado para este tipo de produtos. O EASETUBE está disponível em versões AM ou RF e inviabiliza qualquer tentativa de remoção do alarme.

O ecomarketing no sector da cosmética e perfumaria O projecto NAYA é um dos exemplos recentes de aposta no “eco-design” para promover uma marca de produto no sector da dermo-cosmética. Os materiais de embalagem escolhidos são 100% reciclados e recicláveis - vidro e PET, e o cartão “bagasse” (produzido a partir de cana de açúcar). A impressão é feita com tintas vegetais e o próprio produto (creme para protecção da pele) é classificado como “bio”. O creme NAYA é um produto da Strand Cosmetics Europe (França), empresa fundada em 1964 e com larga experiência no sector da cosmética (facturou 14,7 milhões de euros em 2008). Para além das certificações ISO 9001:2000 e BPF 22716, a empresa obteve este ano o certificado “Ecocert”, que confirma o carácter “orgânico” do produto. A Ecocert é uma das principais organizações internacionais de certificação nesta matéria. A embalagem de vidro é produzida pela SGD, um dos maiores especialistas mun12

diais no sector do “flaconnage”. O “infinite glass” é apresentado por esta empresa como o primeiro vidro 100% reciclado para o sector da cosmética e perfumaria. A única matéria-prima utilizada para produzir estes frascos é o “casco” de embalagens de vidro “flint” de uso doméstico. Cada 1000 frascos de 200 g produzidos com este “infinite glass” representam uma economia de 140 kg de sílica (areia), uma redução do consumo de energia na ordem dos 15% e uma redução das emissões de CO2 também na ordem dos 15% (cerca de 80 kg). A tampa do frasco é produzida unicamente com PET reciclado (rPET), obtido a partir de garrafas usadas. O produtor é a VPI (subsidiária da Faiveley Plasturgie), fabricante de tampas e cápsulas baseado em França e com uma facturação anual na ordem dos 12 milhões de euros). A embalagem exterior do creme NAYA é produzida pela Wauters, empresa francesa especialista em “cartonagem de luxo” com

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várias certificações ambientais (“Imprim’vert”, FSC, PEFC) para confirmar a redução de 90% das emissões de compostos orgânicos voláteis e práticas adequadas de gestão de resíduos. O cartão escolhido para embalar os frascos do creme NAYA baseia-se em papel “Bagasse” obtido a partir de resíduos de cana de açúcar e sem qualquer teor de fibras obtidas a partir de árvores. A Wauters tem duas fábricas em França e factura anualmente cerca de 30 milhões de euros. A embalagem NAYA é mais uma criação da agência de design Extrême Paris. Especializada no sector da cosmética, esta agência está também na origem da linha de embalagens Gaïa lançada pela SGD. Nº 202 Jul/Ago/Set 2009


embalagem farmacêutica Macsa

A rastreabilidade em produtos farmacêuticos com tecnologia laser As tecnologias de codificação no sector farmacêutico evoluíram, passando dos sistemas baseados em tipos metálicos (que nem sempre garantia boa leitura) aos sistemas de jacto de tinta mais práticos, com boa legibilidade (mas também com os problemas inerentes ao uso de tintas). Hoje em dia, as empresas farmacêuticas exigem não só produtividade e total legibilidade das marcações, mas também protecção e segurança no ambiente de trabalho, integração com os sistemas ERP e rastreabilidade dos produtos. Daí o interesse nos sistemas de codificação sem consumíveis e a importância do software. A tecnologia laser permite a codificação das caixas de medicamentos, marcando dados de lote, prazo de validade, códigos GTIN (Global Trade Item Number) ou EAN-13 para controle de rastreabilidade, englobando a informação num código Data Matrix. A MACSA , um dos especialistas mundiais de sistemas laser desenvolveu um sistema K-1060 SHS Plus com conexão Ethernet que permite o envio da informação a codificar de

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um PC e selecção no próprio equipamento dos campos a marcar - variáveis ou não . Este equipamento tem capacidade de corresponder a uma cadência em continuo de 500 caixas por minuto com 4 linhas de texto e código Data Matrix. O codificador laser MACSA integra o software 21 CFR part 11, que permite aos laboratórios garantir a utilização dos registos

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dos códigos marcados , e dessa forma retirar todos os relatórios que poderão garantir um acompanhamento 100% fidedigno do produto desde a produção até ao seu cliente. O sistema laser K-1060 SHS Plus assegura marcação de qualidade, alta velocidade e rastreabilidade de 100%.

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embalagem farmacêutica Optima Group

RFID Moduline - linha multi-produto O Optima Group desenvolveu um novo conceito de linha de enchimento modular compatível para pequenas e grandes séries de produção. Com estrutura monobloco, a linha adapta-se a formatos muito diferentes de embalagem e também a produtos diferentes. Durante a feira FachPack (29 de Setembro a 1 de Outubro), a Moduline foi demonstrada alternando entre enchimento de água e cosmético líquido. As embalagens podem ter secção redonda ou quadrada. Cada embalagem é deslocada numa base de suporte codificada com um chip RFID que, por sua vez, activa automaticamente os módulos necessários para essa embalagem. Por exemplo, se deve ser aplicada uma tampa de rosca ou uma tampa pulverizadora. A mudança de formato não requer intervenção manual (desde que os alimentadores de tampas estejam carregados). A Moduline preparada para a exposição inclui os seguintes módulos: enchimento de pós finos, doseador de tremonha para produtos pulverulentos ou granulados, enchimento volumétrico de líquidos, capsula-

dora de rosca, capsuladora de pressão, inserção de bombas pulverizadoras, inspecção de tampas, inspecção de quebra de embalagem de vidro. As linhas Moduline são fornecidas ao cliente com a configuração específica necessária. A cadência típica pode ir até às 60 embalagens por minuto, mas é possível duplicá-la com poucas modificações. Para completar esta apresentação, o Optima

Linha de frascos com liofilização integrada

A divisão farmacêutica do OPTIMA GROUP construiu uma linha completa para enchimento e fecho de produtos farmacêuticos e bio-farmacêuticos líquidos e liofilizados. A linha inclui todas as operações (desembalagem dos frascos, lavagem, tunel de esterilização,

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enchimento e fecho, liofilização, isolator, fecho e codificador) de acordo com as normas de higiene e segurança farmacêutica, e opera de modo inteiramente automático, transferindo os pequenos frascos de uma estação para outra. Inclui um sistema de doseamento por tempo-pressão, com precisão de enchimento abaixo de 0,5 %. O sistema de controlo e monitorização abrange quer as operações de enchimento e fecho, quer a unidade de liofilização. Só esta ocupa um espaço de 23,4 m2. A linha permite operação com formatos entre 2 e 20 ml (com quantidades de enchimento entre 0,05 e 20 ml), e com tampas (borracha e anel) com diâmetros de 12 e 20 mm. A cadência do sistema de enchimento atinge os 150 frascos por minuto.

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Group exibiu na FachPack uma encartonadora automática a jusante da Moduline.

Tampas esterilizadas A Stelmi (Villepinte, França) está a lançar uma nova gama de tampas pré-esterilizadas para frascos de produtos farmacêuticos. Fabricadas em elastómeros de formulação especial, estas tampas são sujeitas a processos de lavagem UltraClean 6, esterilização por raios gamma e embalagem estanque em sacos duplos de PE. A Stelmi garante a certificação de qualidade, incluindo o pré-registo FDA tipo V DMF e a certificação da esterilização. Com esta solução, os embaladores de produtos farmacêuticos não necessitam de instalar e validar processos de esterilização. As embalagens contendo as tampas pré-esterilizadas são abertas na zona estéril das máquinas enchedoras (isolator).

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embalagem farmacêutica

PEBD para embalagem médica

MediSeal

A Borealis lançou um grau de PEBD (polietileno de baixa densidade) específico para a produção de embalagens médicas pelo processo de sopro e enchimento no molde, designado pela sigla BFS (blow-fillseal). O processo é utilizado para garantir a assepsia no enchimento de produtos esterilizados. O bico de enchimento entra no molde logo após a moldação, e antes da abertura dos moldes. Quando os moldes abrem, o que se extrai é a embalagem cheia e fechada.

A MediSeal introduziu melhorias na zona de dosagem da blisterizadora CP600 para aumentar a protecção contra contaminações. A zona de dosagem está agora isolada hermeticamente das outras estações da máquina para garantir a não contaminação da folha de alumínio. As superfícies da máquina são lisas e arredondadas, para permitir uma limpeza completa e eficaz.

Melhorias técnicas na embalagem farmacêutica

A nova encartonadora P3200 da MediSeal situa-se na mesma gama de performance da sua precedente P3000, mas foi completamente redesenhada, tendo por base o conceito P1600. As melhorias técnicas mais salientes são a rapidez de mudança de formatos e a maior facilidade de limpeza. O sistema de controlo digital redefine as posições dependentes do formato e permite a programação de diversos comprimentos de folhetos, bem como a integração dos sistemas de codificação laser ou ink jet. Esta nova encartonadora P3200 pode operar com caixas com formatos até 200 x 90 x 110 mm e admite a instalação do módulo de dobragem de folhetos GUK 2000.

Outra inovação recente da MediSeal é o conceito LSC® (Late Stage Customization), desenvolvido em parceria com a Atlantic Zeiser. A encartonadora P1600 pode agora ser equipada com um sistema de impressão em linha por jacto de tinta gota-a-gota (DOD, drop on demand) capaz de codificar blisters até à largura de 210 mm. Finalmente, a máquina LA600 SP, que executa embalagens em stick. Para além da construção modular, da flexibilidade e da conformidade com as GMP, a máquina assegura cadências na ordem dos 600 stick packs por minuto em dez pistas. As máquinas MediSeal são comercializadas em Portugal pela Agrosistema SA (Sintra).

O novo material, com a designação Bormed LE6609-PH, tem densidade elevada (sem deixar de ser um PEBD) e elevado ponto de fusão. Suporta a esterilização a vapor a temperaturas acima de 110 °C, bem como a esterilização por óxido de etileno (EtO) e radiação. A esterilização a alta temperatura permite reduzir o tempo de residência em autoclave e, por conseguinte, o ciclo de produção. Por outro lado, o novo grau também permite reduzir a quantidade de material por embalagem sem reduzir a resistência das embalagens à compressão vertical.

Tampas para medicamentos A Gerresheimer Zaragoza anunciou o lançamento de tampas de atarrachar com ruptura evidente e tampas doseadoras compatíveis quer com a gama de embalagens de PE e PET, quer com as embalagens de vidro para medicamentos. As tampas são fabricadas em Saragoça pela subsidiária do grupo alemão e foram recentemente apresentadas na feira CPhi/ ICSE, em Madrid. A tampa PP28 (fabricada numa só peça em PP, com diâmetro de 28 mm) pesa apenas 3,5 g, garante total estanquecidade, ruptura evidente e ainda adaptação à tampa doseadora. Por seu turno, a tampa doseadoNº 202 Jul/Ago/Set 2009

ra PP28 Measuring Cap é fabricada em PP incolor ou branco e fácil de fixar à embalagem e à tampa. A escala pode ser visível interna ou externamente, entre 2,5 e 20 ml. Também pode figurar a marca ou logotipo no fundo da tampa. A tampa PP18 foi projectada para as embalagens de PE e PET com marisas de 18 mm, e pesa apenas 2 g. Tem ruptura evidente e todas as demais características da PP28. As tampas Gerresheimer para uso farmacêutico são fabricadas em sala limpa ISO classe 8. A empresa está em processo de certificação ISO 15378.

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embalagem farmacêutica

Aplicador nasal

Linha de enchimento farmacêutico

A Valois Pharma anunciou um novo aplicador/spray nasal durante a conferência “Nasal Drug Delivery” (Londres, 1 e 2 de Abril). O novo design resulta de pesquisas com painéis de pacientes no Reino Unido e nos EUA. Em vez da pulverização pelo topo, este novo dispositivo tem actuação lateral, mais confortável para o utilizador e também para terceiros, já que também se destina a produtos pediátricos. O esforço necessário para actuar a pulverização é menor do que o habitual, e também existe menor risco de contacto dos dedos com o bico pulverizador. Finalmente, o design também permite a personalização e branding através da côr.

A Bausch Advanced Technology Group apresentou no final de 2008 um novo sistema integrado para enchimento, aplicação de tampas de elastómero e cravação de sobre-tampas metálicas em frascos de produtos farmacêuticos. A cadência do equipamento pode ir até aos 600 frascos por minuto. Todas as operações ocorrem em câmara isolada (conceitos RABS e isolator), com acesso fácil quer para a área do produto (pela frente) quer para a área mecânica (por trás). O módulo de enchimento e tamponamento está disponível com quatro opções de

Plásticos anti-microbianos O INRA (Instituto Nacional de Pesquisa Agrícola, Massy,França) patenteou um novo processo de tratamento capaz de tornar as superfícies de embalagens de plástico “repulsivas” às bactérias. O novo processo é visto com expectativa, dadas as regras cada vez mais apertadas quanto à utilização de biocidas. Os investigadores franceses baseiam-se nos estudos que mostram a influência das características das superfícies das embalagens nos níveis de adesão microbiana. O processo patenteado altera características como a rugosidade/topografia ou hidrofobia/hidrofilia. Numa primeira etapa, o material é submetido a radiação ionizante, seguida de uma etapa de impregnação em que se forma uma ligação covalente entre o lado activo e o monómero a transplantar, alterando a “arquitectura molecular” de modo a obter um determinado nível de hidrofilia (propriedades ácido-básicas e eléctricas) da superfície do material. Descontaminação por “Glidarc” O Instituto INRA, em colaboração com as Universidades de Ruão e Yaoundé, 16

desenvolveram um processo de tratamento plasma (gás ionizado) que opera à pressão atmosférica e que tem o duplo efeito de eliminar a flora patogénea e de modificação do material para evitar a adesão de micro-organismos. O processo “glidarc” consiste numa descarga eléctrica deslizante (ou arco rastejante) que usa o ar húmido como gás plasma. A descarga deslizante obtem-se aplicando uma diferença de potencial muito elevada (5-10 kV) entre dois eléctrodos divergentes dispostos simetricamente em torno de um injector de gás húmido. Os estudos mostraram que o processo é capaz de eliminar bactérias Gram negativas e Gram positivas. O tratamento plasma "glidarc" mostrou-se capaz de gerar uma redução de 6 Log de células de Staphylococcus epidermidis, em 15 minutos (células planctónicas), 30 minutos (células aderentes) e 70 minutos (biofilme). O carácter não agressivo deste tratamento é encarado com expectativa no que diz respeito ao tratamento/descontaminação de materiais, incluindo o aço.

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dosagem: volumétrico, bomba peristáltica, tempo-pressão e caudalímetro. A máquina tem ainda controlo de peso em linha. Todas as partes em contacto com o produto, as tampas e cápsulas são de aço inox AISI 316L e podem ser desmontadas de forma rápida e fácil para esterilização em autoclave. Os parâmetros de operação são ajustados directamente no painel de comando e as mudanças de dimensão de tampas e cápsulas podem ser efectuadas sem uso de qualquer ferramenta.

Pocket PACK para pastilhas A Bayer escolheu as embalagens deslizantes “pocket pack” da Burgopak (Reino Unido) para as pastilhas Rennie® ICE. Patenteada há vários anos, esta embalagem caracteriza-se pela facilidade de abertura e fecho. Ao puxar o primeiro blister, o outro deslocase simetricamente e sai pelo outro lado. A ideia já foi utilizada para CDs, DVDs e outras aplicações. Durante todo o ciclo de utilização, os dois blisters e o folheto permanecem ligados. O processo de embalagem requer uma máquina específica, construída na Suíça pela Bosch Sigpack Systems.

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embalagem alimentar Mani

Olegário Fernandes

Peixe Fresco mais protegido

"Estórias de Embalagem"

O modo como o peixe fresco é vendido no retalho alimentar ainda é... ...como era há décadas. Peixe à vista, sem qualquer embalagem, empilhado um sobre o outro e de preferência humedecido para brilhar e parecer acabado de sair da água. Há três ou quatro décadas atrás, este era o cenário normal. O peixe viajava de madrugada e era comprado nos mercados pela manhã. Mas o que ontem era cenário, hoje é encenação e já não convence o consumidor. No retalho massificado de hoje, a preocupação do consumidor tem outras prioridades. Não basta que o peixe seja mesmo fresco - é indispensável que tenha sofrido o mínimo de manipulações e o mínimo de exposição a contaminações. A proposta da Mani consiste em embalar o peixe fresco no retalho, em caixas transparentes, com tampa, muito mais higiénicas e práticas para o consumidor. Durante o transporte, o peixe está protegido contra danos físicos, ao contrário do que sucede com o transporte em saco de plástico. Ao chegar a casa, o peixe pode ser logo colocado no frigorífico, sem mais manipulação. A utilização destas embalagens permite aos retalhistas melhorar drasticamente a qualidade do peixe fresco e reconquistar a confiança perdida dos consumidores (nos dias de hoje, o consumidor confia mais no peixe congelado). À semelhança do que já sucede com as carnes frescas, também o peixe fresco pode ser pré-embalado no retalho e devidamente etiquetado com a quantidade e a data de embalagem. As embalagens propostas pela Mani são fabricadas em PP, material seguro para contacto alimentar, compatível com as baixas temperaturas e de uso generalizado no mercado alimentar.

"As embalagens são caixas de estórias, muitas, a maior parte ficarão submersas no esquecimento e desaparecerão. Outras, porque contiveram algo que é perene e porque se "vestiram" sempre de forma a serem olhadas e apreciadas, irão permanecer nossas companheiras nesta viagem que empreendemos". Assim começa o livro "Estórias de Embalar", de Manuel Paula, acabado de publicar pela empresa Olegário Fernandes Artes Gráficas S.A.. Dificilmente se poderia ter melhor ideia para marcar um aniversário de 4 décadas na história de uma empresa. Em 1968, o Sr. João Henriques Baeta adquiriu o alvará da Olegário Fernandes, uma empresa gráfica com origem em 1922. Investindo na impressão offset, a empresa veio a especializar-se na concepção e produção de embalagens de cartolina e na impressão de etiquetas e rótulos. É hoje uma das principais "gráficas de embalagem" do país e serve clientes e marcas de referência. Muitas das suas produções passam pelas nossas mãos e fazem parte da nossa percepção dos produtos e marcas que encontramos à venda. O itinerário da empresa certamente dava para escrever um livro. Todavia, a ideia da empresa foi outra: o livro que acaba de editar não é sobre a empresa mas sobre a "profissão embalagem". Ao recolher e colocar em livro largas dezenas de imagens de embalagens produzidas em Portugal no início do século XX - o resultado da pesquisa de Manuel Paula - este livro não mostra apenas o passado. Mostra sobretudo o que há de comum entre as embalagens de hoje e de há 100 anos: a sua função de proteger e apresentar o produto. Este livro é também sobre o futuro: se quisermos produtos de qualidade e sobretudo se quisermos que essa qualidade seja fácil de reconhecer nos pontos de venda, então continuaremos a precisar de boas gráficas de embalagem.

Massas em copo O Tayto Group (Reino Unido) lançou uma linha de macarronete com sabores numa embalagem com formato copo. Sob a marca "Golden Wonder", o produto vem satisfazer a procura de snacks em embalagens práticas. A RPC Containers Blackburn fabrica os copos de 430 ml em PP injectado, que permitem aquecer o produto. O amplo espaço para o rótulo envolvente e o próprio filme de selagem são usados para a promoção da marca. O lançamento ocorreu no mês de Agosto, na cadeia Tesco.

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Algumas das imagens reproduzidas no livro "EMBALAGEM - Estórias de Embalar"

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embalagem alimentar ELO Imagem

Salto qualitativo na embalagem alimentar Alimentação fora de casa e regime alimentar saudável não são incompatíveis. O mercado das "refeições prontas" não se limita ao comércio e à restauração. É também um segmento importante e com enorme potencial para a indústria. A ELO Imagem, que fornece embalagens para ambos os sectores, tem propostas novas: uma delas é a

embalagem CPET .

São bem conhecidas as tendências sociais e os motivos que explicam o aumento das "refeições fora de casa". São cada vez mais as pessoas que tabalham longe de casa. O nível de vida e os horários não permitem refeições diárias "caseiras" ou em "bons rastaurantes". E mesmo quando se volta a casa, é cada vez menos o tempo para confeccionar refeições "caseiras". Mesmo em casa, os consumidores de hoje preferem soluções alimentares mais práticas, porque o tempo é raro e precioso. No entanto, nunca como hoje se dá importância a um regime alimentar saudável, com a composição adequada, a máxima frescura possível e também o sabor "caseiro". Expressões como "comer em pé", "comida de plástico", "fast food", e "junk food" entraram no vocabulário como males da nossa sociedade. No entanto, existem respostas técnicas para fazer face as necessidades sociais. Graças a novos materiais de embalagem é possível confeccionar refeições, embalá-las e servi-las de forma segura e prática. Entre esses materiais está o CPET. Foi desenvolvido há cerca de 20 anos, mas o seu potencial ainda está por explorar. CPET é a sigla para "PET cristalizado", um material que se distingue dos outros plásticos termoformados pelo facto de suportar temperaturas mais elevadas. O APET (PET amorfo) suporta até 70 °C, o PS (poliestireno) suporta até aos 85 °C e o PP (polipropileno) até aos 121 °C, e por isso os consumi-

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dores já se habituaram a utilizá-los nos fornos micro-ondas. Os tabuleiros e embalagens de CPET ultrapassam esses limites: suportam até 220 °C, o que significa que são não só "micro-ondáveis", mas também compatíveis com os fornos convencionais! A janela térmica entre os -40 e os 220 °C permite a passagem do congelador para o forno. O produto é preparado na embalagem. Graças à sua resistência térmica, a embalagem CPET não só é mais conveniente para o consumidor (reaquecimento no forno) como é mais prática para o embalador, porque suporta o enchimento a frio, a congelação, o enchimento a quente e a esterilização! Para além da resistência térmica, o CPET é um material com propriedades barreira acrescidas. A permeabilidade ao oxigénio é de 66 a 78 cm3 (1), contra os 1550 a 4500 cm3 do PP, os 6000 cm3 do PS e os 100 a 160 cm3 do APET. A permeabilidade ao vapor de água é de 14 cm3 (2), contra os 6 a 12 cm3 do PP, os 60 a 150 cm3 do PS e os 10 a 30 cm3 do APET. As propriedades barreira dão mais garantias de conservação aos consumidores e proporcionam vantagens para os circuitos de distribuição, porque os produtos têm mais tempo de vida útil. A embalagem de CPET pode ser fechada hermeticamente com filmes barreira e com

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atmosfera modificada. Por outras palavras, a embalagem CPET permite soluções avançadas de embalagem de refeições prontas, com tempo de vida útil prolongado, sem ter que se recorrer a materiais multi-camadas. As embalagens de CPET são também mais fáceis de reciclar A ELO IMAGEM está a lançar o CPET no mercado português através da parceria comercial com um dos principais fabricantes de embalagens termoformadas. A Faerch Plast (Dinamarca) tem uma vastíssima gama de embalagens termoformadas, em CPET, APET, PP, PLA e PS, o que permite à ELO IMAGEM fornecer em Portugal todo o tipo de modelos, formatos e dimensões. O CPET não pode ser transparente, mas permite variedade de cores. As vantagens técnicas para o embalador e o acréscimo de conveniência para os consumidores são factores suficientes para "refrescar" o segmento de mercado das refeições prontas.

(1) As permeabilidades aos gases são indicadas em cm3 por m2 de folha com espessura de 25 mµ, a 23 °C e 0% H.R. (humidade relativa). (2) A permeabilidade ao vapor de água é indicada em cm3 por m2 de folha com espessura de 25 mµ, a 38 °C e 90% de H.R.

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embalagem alimentar

Soluções de embalagem completas A ELO IMAGEM é um fornecedor multi-material, com capacidade para soluções completas. A ligação com a ELO-ARTES GRÁFICAS permite-lhe fornecer todo o tipo de embalagens de papel, cartolina e cartão micro-canelado. A parceria com as várias representadas europeias permite-lhe dispor de gamas completas de embalagens em folha de alumínio (Palco/Alcan), em folha de plástico termoformada (FAERCH, SENA, AMPRICA, FOOD-PACK, TCF) em plástico injectado (Embalajes CUI), bem como folhas e filmes plásticos e folhas e bolsas de papel (Garcia de Pou, PLASPAPEL). Deste conjunto de representadas faz também parte a norte-americana PACTIV, que fabrica termo-formados, injectados e também embalagens flexíveis com fecho de correr. Os catálogos e mostruários da ELO IMAGEM dão conta de uma grande variedade, com várias "sopreposições" entre as gamas das várias representadas. Há, no entanto, uma lógica própria nessa enorme variedade: a possibilidade de dar aos clientes várias opções e de procurar soluções de embalagem diferenciadoras, susceptíveis de proteger e vender melhor os produtos. A multiplicidade de materiais e formatos permite à ELO IMAGEM actuar em vários segmentos de mercado: hotelaria e restauração, padaria e

Plásticos, Papel e Cartolina, Cartão Micro-canelado, Alumínio. A ELO IMAGEM é uma empresa multi-material, com soluções de embalagem para todos os sectores do ramo alimentar. Também comercializa máquinas de embalagem.

confeitaria, catering, distribuição alimentar e indústria. A complementaridade de materiais permite configurar soluções completas. Por exemplo, as embalagens de alumínio com as tampas de cartolina produzidas pela ELO Artes Gráficas, as embalagens de plástico termoformado e os filmes de fecho para essas embalagens. Para cada um dos segmentos de mercado, a ELO IMAGEM tem soluções e opções específicas. A empresa também fornece máquinas de embalagem. É representante para Portugal da ILPRA, construtor italiano de máquinas

Charme e estilo Presentes nas múltiplas situações de "restauração colectiva",e "catering", os plásticos transportam consigo a imagem de materiais de "baixa gama", descartáveis e sem estilo. As fotografias que se seguem alteram radicalmente essa ideia. A ELO IMAGEM está a introduzir em Portugal dois novos conceitos . Comecemos pelo conceito CaterWare®. São conjuntos de pratos quadrados, acabamento brilhante e côr branca ou preta. As peças podem ser de uso único ou múltiplo, porque suportam lavagem. Transformam a mais simples refeição num acontecimento e transformam qualquer evento numa gala. Mas todas as peças são fabricadas em plástico!

Funcionalidade A CaterPlate® é outro conceito para catering em que se associam o "brilho gourmet" com a funcionalidade. Numa só peça, temos um prato, dois compartimentos para molhos, um suporte para o copo e ainda o conjunto garfo, faca e colher. É o fim das dores de cabeça para os caterers na hora de servir.

A loiça CaterWare® tem cutelaria a condizer. Em qualquer evento, refeição indoor ou outdoor, pode recorrer-se ao inesperado "faqueiro" com o brilho metálico a condizer. Também neste caso todas as peças são fabricadas em plástico. É caro? Depende. Se a ideia é mesmo "despachar" os convidados com uma solução standard, então qualquer descartável serve. Mas se a ideia é impressionar os convidades com estilo e imagem, então a loiça e os faqueiros CaterWare® merecem o que custam e custam menos do que valem.

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embaladoras horizontais. A gama de máquinas abrange desde os modelos semi-automáticos para termoselagem de tabuleiros (ideais para o sector retalhista) até aos modelos automáticos de fecho por termoselagem, ou máquinas TFS (termoformagem, enchimento e selagem). A carteira de representações na área das máquinas inclui ainda construtores e marcas como EMBALVAC (embalagem sob vácuo), TECHNITRANS (termoseladoras e vácuo), UNIMEC (termoformadoras), DIZMA (flow pack) e G.S.ITALIA (processamento e enchimento).

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As peças são encaixáveis. Os talheres são destacáveis com uma simples dobra e têm uma ranhura que permite voltar a encaixá-los. A extrema funcionalidade transforma a refeição numa festa. 19


embalagem alimentar Tetra Pak

Tetra Brik Edge A Tetra Pak lançou um novo formato de embalagem no mercado global. Chama-se Tetra Brik Edge e distingue-se, desde logo pelo topo inclinado, que compensa a altura da tampa de rosca. Este aspecto reduz a compressão/deformação no empilhamento. Todavia, não é este o detalhe mais importante. A embalagem Tetra Brik Edge tem uma tampa de maior dimensão (34 mm de diâmetro) e que requer menos força para abrir. O detalhe é de enorme importância, atendendo ao facto de uma boa parte dos utilizadores destas embalagens serem crianças e idosos. Mesmo os consumidores com artrites ou outras dificuldades que diminuem a capacidade e força para abrir a tampa podem lidar facilmente com esta tampa.

O diâmetro mais largo também facilita o uso da embalagem com produtos lácteos mais espessos, como, por exemplo, os iogurtes bebíveis ou os leites com sabores. Para completar este lançamento, a Tetra Pak apresentou uma embalagem secundária fácil de transportar e de colocar em prateleira. A embalagem Tetra Brik Edge já superou o teste do mercado. Foi lançada pela Milch-Union Hocheifel eG, líder de mercado no segmento leite UHT na Alemanha, em Outubro do ano passado. O equipamento necessário para embalar em Tetra Brik Edge é a linha Tetra Pak C3/Flex XH, com cadência até 7000 embalagens por hora.

Filme compostável

Reciclado seguro

O filme compostável NatureFlex™ NK, da Innovia Films (Wigton, Reino Unido), foi escolhido pela New Factor (Rimini, Itália) para as embalagens de frutos secos da mar-ca Mister Nut Bio. Lançado em 2008, este filme é biodegradável, compostável e tem propriedades barreira aproximadas do BOPP. A matéria-prima de base é a celulose de pasta de madeira, material compostável segundo os critérios das normas europeia (EN13432) e americana (ASTM D6400). A componente "biológica" renovável representa cerca de 95% do peso deste material. O NatureFlex™ NK está disponível com espessuras de 20, 23, 30 e 45 micras de espessura, e pode ser usado em embalagens de diversos formatos – VFFS, flow wrap, twistwrap e overwrap.

As lojas Tesco (Reino Unido) vendem sumos de marca própria em garrafas PET de 1,5 l fabricadas com teor de 50% de rPET (PET reciclado) obtido a partir de resíduos de embalagens de origem doméstica. Os sumos são produzidos para a cadeia de lojas Tesco pela Orchard House Foods e as garrafas são fabricadas pela RPC Llantrisant. O formato foi especialmente estudado para se adaptar a cartões SRP (shelf-ready packaging), mas é obtido a partir das pré-formas standard.

Tabuleiros padless A Sharp Interpack (EUA) melhorou as características de “absorção” dos tabuleiros plásticos para carne e peixe fresco. A tecnologia sharplok é uma variante da termoformagem que produz tabuleiros com alvéolos que “aprisionam” os líquidos que escorrem dos produtos, mantendo-os ocultos e seguros, mesmo que se incline o tabuleiro. Segundo a empresa norte-americana, os novos tabuleiros Sharplok+ duplicam a capacidade de retenção das versões anteriores. Os novos tabuleiros podem ser fabricados em PP ou PET.

Salada Prática A procura de soluções de embalagem para os estilos de vida actuais levou a Greiner Packaging (Alemanha) a criar uma nova embalagem prática que inclui salada, colher, garfo e tempero. O produto foi lançado no mercado pela Hilcona (Liechtenstein) com a designação “Market Salad”, em sete variedades, e está a ser distribuído na Suiça pela Coop. A embalagem é formada por um copo K3 em PP transparente e por uma tampa em forma de taça onde se aloja o tempero e os talheres.

1 divide-se em 2 Embalagens maiores são mais económicas. Embalagens fechadas conservam durante mais tempo. Embalagens geminadas têm ambas as vantagens. É este o princípio da solução que a Superfos fornece à marca Pastejköket para as embalagens de paté de fígado. O consumidor abre apenas uma das duas embalagens de 75 g e guarda a outra intacta. Em vez de comprar embalagens de 200 g, compra 2x75 g, sem o inconveniente de todo o produto estar sujeito às múltiplas saídas do frigorífico. A nova embalagem tem dupla tampa re-fechável SuperSeal: uma tampa semi-rígida de PP e um filme também de PP. 20

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embalagem alimentar Penta Ibérica

Embalagens para indústria, comércio e catering alimentar Com quatro anos de actividade, a Penta Ibérica está a afirmar-se no mercado da embalagem alimentar com uma gama muito diversificada. As embalagens em folha de alumínio predominam (cerca de 40% das vendas), mas a empresa também fornece embalagens de plástico, cartolina e cartão. "Tem-se registado uma evolução muito significativa da embalagem de alumínio, sobretudo em termos de design" - disse à REVIPACK o Sr. Pedro Estrela, director comercial da Penta Ibérica. "Actualmente, a nossa gama de alumínio tem uma infinidade de formatos, capacidades e desenhos que permitem aos nossos clientes diferenciar as suas apresentações, com todas as vantagens técnicas reconhecidas às embalagens de alumínio. Os nossos clientes podem escolher a côr da embalagem (prateada, dourada ou a cores), o formato (rectangular, circular, ovalizado, etc.) o design liso ou canelado, e também encontram na nossa gama tabuleiros de alumínio com dois ou mais compartimentos, assim como taças, pratos, travessas, etc.." Para completar as soluções de embalagem baseadas na folha de alumínio, a Penta Ibérica fornece também vários tipos de tampas, designadamente tampas de cartolina revestida ou metalizada (que podem ser personalizadas com a impressão do cliente), tampas de plástico termo-formado e ainda as tampas flexíveis em complexo baseado em alumínio. "A Penta Ibérica é praticamente um fornecedor "one stop" de embalagens de catering alimentar" - referiu o Sr. Pedro Estrela - "no nosso catálogo, disponível on line, o cliente encontra a embalagem, a tampa e também os complementos técnicos como as máquinas de fechar e as caixas térmicas para transporte de refeições. A nossa vocação é servir estes clientes numa lógica de eficiência e parceria. A partir do momento em que o cliente

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selecciona o conjunto de referências que fazem parte da sua solução de embalagem, pode contar também com o nosso serviço de forma a garantir um aprovisionamento atempado e eficiente. Em função do planeamento e das necessidades dos clientes, a Penta Ibérica planeia os seus stocks e a sua relação com os fabricantes".

Diversidade em plástico Reflectindo as tendências do mercado, a Penta Ibérica disponibiliza uma gama não menos vasta de embalagens em plástico. "Também aqui apostamos na grande variedade de formatos e soluções, de modo a dar aos clientes a máxima liberdade de escolha, nos diversos segmentos de aplicação. Temos referências para os segmentos "take away", saladas, gourmet, sandwich, pastelaria, confeitaria, frutas, sobre-mesas, etc.". A gama de produtos inclui vários materiais (PP, PS, OPS, PET, CPET), fabricados por termoformagem ou injecção, com e sem tampa, múltiplos formatos e opções de côr, etc.. "A selecção dos materiais depende do produto e da aplicação. Se estivermos a embalar saladas, por exemplo, é natural escolher embalagens de PET ou OPS, dado o seu brilho e a sua aptidão para temperaturas mais baixas. Se estivermos a falar de alimentos para aquecer no forno micro-ondas, então o PP surge como opção, já que suporta temperaturas até 120 °C". Para o fecho das embalagens, a gama inclui todas as opções, desde as embalagens com tampa integrada, solta ou termoselada a partir de filme em bobina ou ainda as tampas rígidas para embalagens totalmente herméticas. A Penta Ibérica também fornece materiais flexíveis em bobina para protecção de alimentos, tais como folha de alumínio, filmes plásticos, sacos , filmes micro-perfurados e também filmes BOPP, CPP, HDP para embalagem automática.

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Cartolinas e micro-canelados Na área das embalagens de papel e cartão, a gama comercializada pela Penta Ibérica inclui caixas para pastelaria e confeitaria com formatos diversos (rectangulares, hexagonais) caixas em micro-canelado para pizza e ainda sacos e bolsas em papel. "Existe a possibilidade de personalizar as embalagens, fornecendo-as impressas com a imagem do cliente".

Estratégia orientada para o serviço Sediada em Torres Vedras, a Penta Ibérica tem clientes em todas as regiões do país. "Temos uma equipa conhecedora do mercado e das exigências da embalagem alimentar. A estratégia da empresa está orientada para prestar um serviço de excelência aos clientes, com três características essenciais: a qualidade dos produtos, a ampla margem de escolha de tipos e formatos de embalagem e o fornecimento atempado. Por isso não somos apenas um fornecedor de embalagens, somos um parceiro qualificado e com capacidade para simplificar e tornar mais eficiente a gestão de compras e stocks de embalagens dos nossos clientes". 21


pré-impressão TECNOGRAVURA

Competência portuguesa dá cartas na rotogravura europeia Fundada em 1960 para produzir cilindros de impressão para a Sociedade Portuguesa La Cellophane, a TECNOGRAVURA manteve a especialização nesta área e tem uma história marcada pelo investimento em novas tecnologias e pela internacionalização. Em Portugal, a empresa dispõe de duas unidades industriais que se completam para assegurar todas as etapas da produção de cilindros. As bases de aço são produzidas pela Tecnodiâmetro, uma empresa autónoma integrada no grupo. A fábrica principal, em Vila Nova de Gaia, assegura todas as restantes etapas. O layout linear faz desta fábrica uma autêntica lição de rotogravura. No piso superior do edifício, está a ampla sala de pré-impressão, onde são processados e convertidos os ficheiros gráficos dos clientes e dos packaging designers. Nesta área, a TECNOGRAVURA deu todos os passos de actualização tecnológica e conta com uma equipa de profissionais conhecedores do hardware e software específicos desta actividade. No piso inferior, estão alinhadas os equipamentos de cobreamento, gravação, rectificação e acabamento dos cilindros destinados a equipar as máquinas de impressão dos clientes. A empresa labora a três turnos e conta com equipamentos de última geração para gravação, incluindo sistemas robotizados e simulação laser, bem como tecnologia de alta precisão para acabamento de cilindros.

Liderada por Fernando Maggiolly Serra Ribeiro, a TECNOGRAVURA rapidamente conquistou o mercado e começou a procurar novas oportunidades fora do País. "Nesta actividade, o tempo e a distância são factores críticos, pelo que há toda a vantagem em estar o mais próximo possível dos clientes. Por isso, a nossa expansão tinha que se basear em novas unidades de produção" disse à REVIPACK o Sr. Fernando Serra Ribeiro. A primeira aquisição não se deu na Europa, mas no norte de África. A Hélio Afrique, com fábrica em Casablanca (Marrocos) passou a fazer parte do grupo TECNOGRAVURA. Seguiram-se as fábricas da Hungria e França. "Todas elas estão equipadas com capacidade para pré-impressão, cobreamento, gravação e rectificação de cilindros" - explicou à REVIPACK a Dra. Isabel Serra Ribeiro, administradora da TECNOGRAVURA "Deste modo, estamos mais próximos dos clientes dos vários países europeus, e prestamos um serviço completo. Cada fábrica trabalha predominantemente para os clientes dos países mais próximos e existe uma colaboração e sinergia entre as várias fábricas". Todas as unidades fabris são detidas a 100% pela TECNOGRAVURA e beneficiam do know how adquirido por esta ao longo dos anos.

Know how próprio Os departamentos de pré-impressão das várias fábricas do grupo são também solicitados para prestar serviços também na área do offset e flexografia. No entanto, a rotogravura e as embalagens flexíveis continuam a ser o core business do grupo TECNOGRAVURA, conforme nos explicou a Dra. Isabel Serra Ribeiro: "Mantemos a visão estratégica de especialização, focada na rotogravura. O mais importante nesta área é a qualificação dos recursos humanos. A preocupação de incentivar a formação dos colaboradores e o facto de contarmos com equipas estáveis e muito profissionais é uma vantagem para os clientes. À medida que fomos adquirindo novas fábricas, tivémos a preocupação de as reorganizar segundo a mesma filosofia de trabalho. É claro que a tecnologia e a capacidade de produção são fundamentais nesta área, mas podemos afirmar que o sucesso do grupo no mercado europeu se deve sobretudo ao profissionalismo das nossas equipas". A produção do grupo TECNOGRAVURA, actualmente com 110 colaboradores, atingiu os 35 000 cilindros/ano.

TECNOGRAVURAPortugal

HELIO AFRIQUE Marrocos

TECNOGRAVURA FRANCE

TECNOGRAVURA HUNGARY

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pré-impressão

"A rotogravura é uma das áreas em que Portugal tem dado provas de excelência e qualidade. O sector ainda tem potencial para crescer, quer internamente, quer em exportação." Flexibilidade, Qualidade, Pontualidade O mercado português representa cerca de 25% do volume de negócios da TECNOGRAVURA. Segundo Fernando Serôdio, administrador da TECNOGRAVURA, "Portugal conta com várias fábricas de embalagens flexíveis e a opinião generalizada sobre a competência dessas fábricas é muito positiva. A rotogravura é uma das áreas em que Portugal tem dado provas de excelência e qualidade. O sector ainda tem potencial para crescer, quer internamente, quer em exportação. A nossa prioridade é colaborar ao máximo com os nossos clientes nesse esforço de crescimento". Com a intensidade da concorrência no espaço europeu, a indústria de embalagens flexíveis confronta-se com a necessidade de responder em tempos cada vez mais curtos.

"Os clientes finais decidem lançar produtos novos e promoções com uma antecedência cada vez menor e exigem resposta rápida dos fabricantes de embalagens flexíveis. Estes, por sua vez, contam connosco para fornecer os cilindros em tempo record. Temos que ter capacidade para mudar, adaptar e refazer os planos de produção. Na indústria de embalagens flexíveis, ter uma máquina parada é uma tragédia, mas não basta sermos pontuais na entrega dos cilindros. Temos que ser flexíveis e colaborar com os nossos clientes para responder às alterações de planos. Tudo isto, claro está, sem comprometer os níveis de qualidade".

Reconhecido por clientes nacionais e multinacionais, o grupo TECNOGRAVURA continua atento às tendências do mercado e da tecnologia. "A nossa preocupação é continuar a encontrar as opções técnicas mais adequadas e as melhores soluções para os nossos clientes" referiu a propósito a Dra. Isabel Serra Ribeiro - "Por isso dedicamos tempo e recursos à investigação. Com 50 anos de actividade, a experiência da empresa é tão vasta quanto a história da rotogravura moderna. Continuaremos atentos à evolução tecnológica para manter as nossas fábricas e toda a nossa organização na primeira linha ao serviço dos nossos clientes".

Linha automática de gravação de cilindros

Departamento de pré-impressão.

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pré-impressão Moldiflex

Profissionalismo e qualidade no fabrico de clichés para flexografia Com 15 anos de presença no mercado, a Moldiflex tem vindo a consolidar a sua especialização como fabricante de clichés em fotopolímero para impressão flexográfica. As indústrias fabricantes e transformadoras de cartão canelado constituem o seu mercado principal, seguidas por outras indústrias que utilizam a impressão flexográfica, como é o caso dos fabricantes de sacos e embalagens flexíveis. Consolidada a posição como parceiro técnico destas indústrias, a Moldiflex prepara novidades. "A origem da Moldiflex está ligada à evolução tecnológica da flexografia" explicou à REVIPACK o Sr. Fernando Jorge Pimenta, sócio-gerente e fundador da empresa - "A flexografia teve uma evolução muito grande quer no que toca ao processamento dos fotopolímeros, quer no que toca às tecnologias da informação. Para tirar o máximo partido da impressão flexo, os fabricantes de cartão canelado teriam que realizar investimentos avultados em equipamentos de pré-impressão e em formação de recursos humanos. Em alternativa, podiam concentrar os seus investimentos na transformação e impressão, se pudessem contar com uma empresa parceira bem equipada e com capacidade para prestar um bom serviço. Nós vimos aqui uma oportunidade e criámos a Moldiflex. Ano após, ano, conquistámos a confiança dos fabricantes de cartão canelado". A Moldiflex foi pioneira em diversos aspectos da sua especialidade. Por exemplo, foi a primeira empresa a investir na tecnologia de resinas de fotopolímero líquidas. Equipada com máquinas de produção de clichés, e dispondo das duas tecnologias (resinas sólidas e resinas líquidas), a empresa pode usar a tecnologia mais adequada ao tipo de trabalho de que o cliente necessita, desde a impressão mais simples até às quadricromias mais exigentes, quer para cartões canelados, quer para plásticos. Fernando Jorge Pimenta, sócio-gerente da Moldiflex.

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O processo de fabrico inicia-se a partir dos ficheiros gráficos fornecidos pelos clientes (fabricantes de embalagens) ou pelos clientes dos clientes (embaladores). Entre o ficheiro gráfico com a imagem pretendida e o cliché pronto a instalar na máquina de impressão do cliente, há todo um conjunto de etapas indispensáveis. Desde logo, os ficheiros têm que ser convertidos e adaptados para flexografia. Esta é uma tarefa recorrente nas empresas de produção do clichés, o que significa que existe ainda um défice considerável na formação e preparação dos profissionais das agências e departamentos criativos. "Temos que trabalhar com a realidade que existe e por isso prestamos apoio técnico e apoio gráfico aos nossos clientes, mesmo quando isso implica refazer trabalho" - referiu o Sr. Fernando Jorge. A Moldiflex tem um departamento próprio de desenho, equipada com profissionais experientes não só em desenho gráfico, mas também em flexografia. "A base da nossa especialização é o profissionalismo dos nossos colaboradores, em todas as etapas e em todas as tarefas, desde o desenho até à pré-montagem dos clichés. Sem esse profissionalismo, não era possível termos conquistado a confiança dos nossos clientes nem a empresa conseguia ser capaz de responder nos prazos cada vez mais curtos que nos são solicitados".

A pré-montagem de clichés, por exemplo, é uma tarefa altamente exigente, em que é necessário respeitar as especificações do cliente (especificações próprias da máquina de impressão onde o cliché vai ser utilizado). A Moldiflex domina essa informação e utiliza todos os meios necessários à garantia de qualidade dos clichés: provas de impressão, calibradores, verificadores de legibilidade de códigos de barras, etc.. O sistema de gestão da qualidade da empresa está certificado em conformidade com a norma ISO 9001 desde 2004.

Responder aos desafios Nos últimos anos, assistiu-se a evoluções significativas na indústria do cartão canelado. Desde logo, a concentração do sector a nível ibérico. Por outro lado, a degradação dos preços e a consequente agudização da concorrência. Este contexto teve o seu natural reflexo na actividade da Moldiflex: "O facto de algumas das empresas e fábricas portuguesas terem passado a fazer parte de grupos ibéricos fez com que a Moldiflex passasse a ter que competir directamente com empresas espanholas. Isto podia ter sido uma ameaça, mas nós encarámos o desafio como uma oportunidade. Neste momento podemos afirmar que a consolidação ibérica do sector fez com que a Moldiflex se preparasse para competir também à

Máquinas de produção de clichés para flexografia em fotopolímero. A Moldiflex está equipada com duas máquinas de resinas sólidas e uma máquina de resinas líquidas.

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pré-impressão

Interior das instalações da Modiflex.

escala ibérica. Neste momento, já produzimos clichés para fábricas espanholas e para embalagens destinadas ao mercado espanhol". Mais séria é a questão da erosão dos preços da embalagem de cartão canelado. Segundo o Sr. Fernando Jorge, "os preços de venda das embalagens de cartão canelado estão degradados, fruto do acréscimo de concorrência e das conjunturas económicas menos favoráveis. Essa degradação também se reflecte na nossa actividade. Também nós, como fornecedores da indústria do cartão, temos que ser competitivos. Ora só existe uma forma de conseguir esse objectivo: trabalhar de forma mais eficiente. Por outras palavras, investir e melhorar".

O papel das tecnologias de informação A procura de acréscimos de eficiência para reduzir custos levou a empresa a novos investimentos e apostas. "Temos um departamento de desenho altamente capacitado, tecnologias de fotopolímeros de última geração e uma secção de pré-montagem que, no conjunto, garantem um produto e serviço de alta qualidade. Quando se atinge este nível, encontrar mais eficiência não é fácil. Mas aqui na Moldiflex não nos demos por satisfeitos e fomos à procura de eficiências adicionais, quer em tempo, quer em custos".

Secção de Desenho. Os ficheiros gráficos são adaptados e convertidos para flexografia.

Os primeiros passos para encontrar as tais "eficiências adicionais" incidiram nos fluxos de informação entre a Moldiflex e os clientes. A empresa investiu na simplificação e na informatização dos procedimentos. Procurou , adquiriu e instalou o melhor software do mercado para informatizar a gestão dos seus processos produtivos. "A "urgência" é a palavra mais usada no ofício da pré-impressão. Se quisermos prestar um bom serviço, temos que ser competitivos em tempo, o que significa que devemos reduzir o nosso tempo de resposta praticamente ao mínimo inerente aos processos de fabrico. Mesmo a comunicação entre pessoas tem que ser o mais eficiente possível". Um dos projectos em curso na Moldiflex é o desenvolvimento de um sistema de software específico para a gestão de todos os processos produtivos. "Chegámos à conclusão que o melhor seria apostar num sistema desenvolvido internamente e à nossa medida. O novo sistema deverá entrar em funcionamento muito em breve".

Serviços on line em preparação Entretanto, as novidades não ficam por aqui. Com o mesmo objectivo de procurar uma resposta mais eficiente, a Moldiflex está a preparar uma solução capaz de agilizar a comunicação e melhorar o desempenho da empresa.

Na etapa de pré-montagem de clichés, são conferidos todos os detalhes, calibrações, verificação de códigos de barras, etc.. Os clichés são preparados de acordo com as especificações da máquina de impressão do cliente.

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Os clientes vão passar a poder obter orçamentos on line, bem como a criar automaticamente ordens de fabrico, aprovar trabalhos, etc.. "Podemos dizer que esta solução assenta em dois pilares: o primeiro é o pilar das tecnologias da informação, que nos permite comunicar com grande rapidez; o segundo é o pilar da confiança entre a Moldiflex e os seus clientes. Com o sistema que estamos a preparar, os clientes registados vão entrar no sistema Moldiflex, colocar os seus trabalhos, acompanhar a sua evolução, aprovar as provas de impressão, tudo de forma muito simples, muito ágil. No final, vão ter o seu cliché a tempo e horas. É mais uma etapa de melhoria do serviço, com redução de tempos e de papéis". A página da Moldiflex na internet foi recentemente renovada preparando o caminho para a nova solução de comunicação com os clientes. Ainda não foi marcada a data de arranque do novo sistema, mas fica desde já anunciado.

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impressão

ColorMunki Há muito que os profissionais do design gráfico e da pré-impressão se habituaram a lidar com bibliotecas de cores normalizadas. A evolução do software e da digitalização criou ferramentas poderosas e fáceis de usar que permitem criar e replicar cores, calibrar impressoras e écrans, rever e aprovar cores por correio electrónico, etc..Na sequência da aquisição da Pantone, em meados do ano passado, a X-Rite criou a família de soluções ColorMunki, que integra instrumentos de captura e medição da côr, bibliotecas de cores integráveis com programas gráficos da Adobe (Photoshop, InDesign, QuarkXPress), software para gestão de cores, etc.. A pouco e pouco, a tecnologia da gestão de cores vence o cepticismo dos impressores. Na última Drupa, a X-Rite apresentou uma solução capaz de corrigir os desvios de cor provocados pelos branqueadores do papel. O novo módulo de correcção OBC (optical brightener correction) pode ser utilizado com os espectómetros i1iSis da XRite e com os programas ProfileMaler ou MonacoPROFILER . Também na área da comunicação das especificações de cores se regista uma evolução significativa. A nova geração do formato CxF (color exchange format) permite integrar em ficheiros normalizados, baseados na linguagem XML, dados espectrais e perfis de cores ICC, CIE Lab, XYZ, RVB, CMJN, Pantone, Toyo, HKS, etc.. Uma das primeiras aplicações deste novo formato é o programa InkFormulation, destinado a optimizar as receitas para formulação de tintas.

Sem fronteiras Os sistemas de controlo da densidade de cor em contínuo rompem as fronteiras tradicionais entre a pré-impressão e a impressão. O vipPAQ da X-Rite é um sistema densitométri-

Corte e impressão digital

co alternativo aos sistemas de controlo baseados em câmaras. Os desvios em termos de suporte, viscosidade, velocidade, pressão, temperatura e contaminantes das tintas são visualizados automaticamente durante a tiragem, tornando possível efectuar as correcções adequadas e reduzindo tempos e perdas na impressão. A versão 2.0, especialmente indicada para flexografia e rotogravura a alta velocidade (na ordem dos 10 m/s), já está no mercado. Cada sistema pode operar com 4 densitómetros de 9 canais. Entre as novas funcionalidades desta nova versão, destaca-se a característica multi-trigger (divisão dos elementos de controlo em caso de espaço de impressão insuficiente), visualização dos valores de controlo de meios-tons, medição em contínuo, alarmes, etc. Também o sistema IntelliTrax, veio estabelecer um novo paradigma na área do controlo da cor em contínuo na impressão de papel e cartão. Baseia-se numa digitalização ultra-rápida (15 segundos para digitalizar a barra de cores de uma folha) e é capaz de lidar com cores especiais, cores Pantone (incluindo o sistema PANTONE GOE), cores diferentes de quadricromia e cores de papel. A visualização é também imediata, permitindo aos operadores efectuar os ajustes adequados. A versão 1.5 foi apresentada na DRUPA 2008 e é compatível com o controlo de processo Proof-to-Print G7, a norma ISO 12647 e também com o formato CxF.

Decoração por jacto de tinta A Trans Tech (grupo ITW, EUA) lançou recentemente um novo equipamento para impressão a alta velocidade por jacto de tinta, a cores e numa só passagem. Destinado a

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aplicações de decoração de painéis, o sistema InDecs SPM baseia-se num conjunto de cabeças de impressão piezo-eléctricas instaladas sobre um sistema XY. A velocidade vai até às 10 polegadas por segundo. O sistema inclui interface com o operador e secagem UV. Com tintas UV ColorBond, é possível decorar folhas ou chapas metálicas ou plásticas. A gama de tintas inclui as cores de processo CMYK, o branco e incolor. A resolução pode ir até aos 1200 dpi no sentido longitudinal e 24000 no sentido transversal. A área máxima de impressão é de 954,1 x 1054,1 mm.

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A mesa plana CF3 1610 para impressão digital foi a principal novidade apresentada pela Mimaki na feira Fespa Digital (Genebra, 1 a 3 de Abril de 2008). A nova mesa, bem como o respectivo plotter de corte, está disponível nos formatos 1,6 x 3,1 e 1,6 x 1 m e admite suportes com espessura até 5 cm.

Mudança rápida em offset A sigla VSOP (Variable Sleeve Offset Printing), introduzida pela Drent Goebel traduz a adaptação do método das mangas permutáveis à impressão offset. O método tornou-se conhecido na técnica flexográfica como forma de reduzir drasticamente o tempo de mudança de trabalho, mesmo com impressões de comprimento diferente. As impressoras VSOP estão disponíveis com as larguras de 520, 850 e 1250 mm. As aplicações incluem a impressão de etiquetas e rótulos, mangas retrácteis, filmes e cartões, rivalizando quer com a flexografia, quer com a rotogravura. Porém, estas máquinas também podem ser fornecidas em configuração híbrida, combinando o offset com corpos de impressão flexo, roto, digital, estampagem a quente, etc.. A possibilidade de variar a dimensão das impressões vem responder a uma das necessidades mais prementes da indústria de impressão de embalagens e rótulos.

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impressão FastJet™

Impressão digital de cartão canelado O sistema de impressão digital desenvolvido em colaboração pela SunChemical e pela Inca Digital criou novas oportunidades para a indústria do cartão canelado. O sistema baseia-se na tecnologia de jacto de tinta (ink jet) e constitui uma alternativa aos processos actuais para pequenas e médias séries. As principais características do processo FastJet são as seguintes: Material a imprimir: cartão canelado com espessura de 1,5 a 9 mm Largura máxima de impressão: 1040 mm Dimensão máx.do cartão: 1200 x 1700 mm Cores: CMYK + Verniz Tintas: Mitras/SunJet Velocidade (linear): 30 a 100 m/minuto Velocidade (área): 6 000 m2/hora Resolução: 300 dpi A impressora FastJet, com os seus 61 440 bicos de impressão por jacto de tinta multiplica por 30 a velocidade dos sistemas digitais e vem dar resposta a uma das necessidades criadas pelas tendências do mercado. Séries mais pequenas e prazos de execução mais curtos são realidades que os fabricantes de caixas conhecem bem. A embalagem de cartão canelado segmentou-se: o mercado tradicional da caixa de transporte com impressão básica tem vindo a ceder terreno ao mercado da caixa impressa a cores cuja função já não é só transportar, mas também

promover o produto no circuito de distribuição e no ponto de venda. O FastJet é uma resposta a essa tendência de mercado. Numa só passagem, obtém-se a impressão em quadricromia CMYK + verniz. A qualidade gráfica é superior à da impressão flexográfica. A eliminação do tempo de “setup” faz com que a solução digital seja incomparavelmente mais rápida e competitiva para séries de alguns milhares de cartões. O sistema FastJet recupera para a indústria do cartão canelado segmentos e nichos de mercado perdidos, problemáticos ou considerados inviáveis pelos processos convencionais. O sistema FastJet já tem vários anos de maturação e baseia-se na parceria tecnológica entre a SunChemical e a Inca Digital. Foi novidade na Drupa 2004 e foi experimentado em ambiente industrial. O cruzamento de todos os contributos deu origem a um sistema completo e completamente automático que inclui não só a impressão propriamente dita e a secagem UV, mas também todas as tarefas de alimentação das pranchas de cartão canelado, transporte, empilhamento e paletização. O processo permite obter registos mais sofisticados que com a impressão analógica tradicional. Antes da impressão, o cartão é limpo e revestido. Imediatamente após a impressão, a secção de “cura” submete o cartão a um “banho” de azoto e à radiação

Impressora FastJet, da Inca Digital desenhada pela CaderaDesign (Alemanha).

Tintas Mitras/SunJet, da SunChemical.

UV, completando a secagem e eliminando virtualmente todos os odores. A SunChemical formulou as tintas para o sistema FastJet e, tal como sucede com as tintas UV Flexo, as tintas para a impressão digital são plenamente conformes para contacto alimentar.

Revolução A tecnologia digital transporta para o mundo industrial uma regra antes considerada impensável: o custo de cada impressão é praticamente independente da quantidade produzida. As etapas de pré-impressão são drasticamente reduzidas. Adeus clichés , montagens e acertos – a impressora FastJet faz tudo automaticamente a partir dos dados digitais. A combinação de rapidez e qualidade gráfica abre possibilidades interessantes para a produção de caixas, tabuleiros, displays para ponto de venda, painéis publicitários, etc..

[A] [B] [C] Tecnologia ink jet (jacto de tinta). A impressora FastJet usa cabeças de impressão Spectra [A]combinadas em módulos [B]. Cada módulo tem 24 cabeças. Para cada côr, existe uma fila de 4 módulos [C], que asseguram a impressão até à largura de 1040 mm. No total, a impressora FastJet tem cinco estações (CMYK + verniz), num total de 20 módulos e 480 cabeças Spectra.

Uma das primeiras experiências industriais com o FastJet. A britânica Jardin Corrugated Cases experimentou a impressora FastJet alpha, com uma velocidade de 1 metro quadrado por segundo.

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impressão

Módulo de estampagem na máquina de corte A KAMA (Alemanha) desenvolveu um módulo para estampagem a quente, destinado a ser integrado nas máquinas de corte ProCut 53 para formato A3. Apresentada na feira DRUPA 2008, esta máquina despertou o interesse pela sua adaptação à impressão offset folha-a-folha e à impressão digital. A inclusão de um módulo de hot stamping aumenta as prestações desta máquina. O novo módulo suporta cadências até 5000 folhas/hora e inclui quer a estampagem plana, quer a estampagem com relevo. A KAMA baseou-se no módulo de estampagem da máquina de corte ProCut 74, apresentada há seis anos. O novo módulo para o formato A3 tem quatro zonas de aquecimento controlado e um ou dois

alimentadores de foil, podendo executar estampagens até 510x360mm (corte até 510x380). O tempo de aquecimento reduz-se a 5 - 10 minutos. O novo módulo apenas aumenta a altura da ProCut 53 em mais 25 cm.

Impressão 1 passo, duplex a 600 dpi

Ink Jet industrial A máquina Truepress Jet650UV da Dainippon Screen (Kyoto, Japão) assegura impressões de alta resolução (1200-22400

dpi) por jacto de tinta. A área máxima de impressão é de 664x594 mm, com múltiplas cores numa só passagem. Para além da impressão em papel e cartão, a máquina também pode trabalhar com folhas de vários tipos de plástico (ABS, acrílicos, PVC, PET, PC), com tinta UV. Após a impressão, estes materiais podem ser termomoldados . As principais aplicações são os painéis e displays, artigos de decoração, embalagens e também peças auto ou industriais.

Espectofotómetros: Precisão ou pesadelo? As diferenças de precisão entre os vários espectofotómetros disponíveis no mercado são suficientemente grandes para causar problemas aos profissionais da impressão. A conclusão é apontada pelo VIGC (Centro Flamengo de Inovação para as Comunicações Gráficas, Turnhout, Bélgica) depois de um estudo comparativo concluído no ano passado. Mais de 20 espectofotómetros foram testados, usando como referência a NetProfiler test chart da GretagMacBeth. Na indústria, o valor delta limite para um espectofotómetro é de 2. O estudo da O VIGC obteve um desvio padrão de 1,55 para todas as cores, abaixo do valor 2 considerado como limite pela indústria. Porém, para algumas cores, o estudo revelou variações de 3,77. Ao realizar este estudo, o VIGC testou não só espectofotómetros de marcas e modelos diferentes, mas também de marcas e modelos idênticos mas com diferente tempo de uso. Os resultados foram expressivos: espectofotómetros da mesma marca e modelo apresentaram 30

resultados opostos. Em geral, os mais novos revelaram maior precisão (delta E de 0,45, contra 2,74 dos mais antigos). Outra constatação intrigante é o facto de uma das marcas apresentar desvios elevados nas cores vermelho e laranja. Entre os vários factores que afectam a precisão, destaca-se o grau de limpeza das lentes, a fonte de iluminação e a regularidade das calibrações. Segundo o VIGC, é preferível calcular as diferenças de côr com base no Delta E 2000 e não no “delta E 1976” mais usual que se refere a E*ab, conforme a normalização ISO. A diferença entre 100% e 95% de amarelo de processo é perceptível, mas o cálculo pela fórmula E*ab dá um valor de 5. Se for usada a fórmula Delta 2000, obtém-se um delta E de 1, que representa a mais pequena diferença de côr perceptível. A precisão é necessária para distinguir pequenas diferenças – não as grandes. (Para mais informação: www.vigc.be, www.GraphicBrain.com e info@VIGC.be).

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A Xeikon (Lier, Bélgica) forneceu uma unidade móvel de impressão digital às forças militares da NATO da Grécia, para impressão rápida de mapas. Estes sistemas permitem a impressão a cores e dos dois lados do papel numa só passagem (One-Pass-Duplex) e com resolução de 600 dpi. Pode trabalhar com papel de 40 a 250 g/m2, com largura máxima de 508 mm, e comprimento ilimitado. Neste caso especial, a unidade Xeikon foi instalada num contentor para permitir o transporte por terra, mar e ar.

Etiquetas digitais Séries mais pequenas e prazos de entrega mais curtos são um desafio para os produtores de etiquetas. Uma das soluções é o recurso à impressão digital, que permite também a impressão de informação variável. A Mimaki Engineering (Japão), especialista em impressoras de jacto de tinta de grande formato, apresentou na feira Labelexpo Europe (Bruxelas, 23 a 26 de Setembro) a impressora UJV-160, com secagem UV LED (sem emissão de raios UV ou ozono, e com menor consumo de energia), que pode ser combinada com equipamento de corte da série CG-FX. Outra solução em destaque é o equipamento integrado para impressão e corte da série CJV30.

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etiquetas e rótulos Marcaembal

Competir pela qualidade e rapidez de fornecimento Presente no mercado desde 1987, a Marcaembal especializou a sua actividade na produção de etiquetas auto-adesivas e no fornecimento de soluções de impressão e aplicação de etiquetas. A estratégia iniciada em 2002 teve por objectivo transformar a empresa, até aí com vocação predominantemente comercial, numa empresa produtora de etiquetas e rótulos auto-adesivos, com produtos de marca própria. Essa estratégia implicou o registo de uma marca própria - MARCALABEL - a transferência para novas instalações fabris na zona industrial de Serzedo e o investimento em equipamentos de produção de alta cadência. "Temos hoje um core business bem definido" - disse à REVIPACK o Sr. Ramiro Luta, sócio-gerente da empresa. "A Marcaembal é uma empresa fabricante de rótulos e etiquetas auto-adesivas, com capacidade própria para transformar e imprimir os mais variados tipos de formatos". Na fábrica de Serzedo, a Marcaembal dispõe de linhas de impressão flexográfica e tipográfica a sete cores, completadas com equipamentos de estampagem e corte. "Estes equipamentos, e um planeamento cuidadoso, permitem-nos ter uma capacidade de resposta adequada às necessidades do mercado, garantindo ao mesmo tempo os níveis de qualidade especificados pelos clientes. Foi por isso que investimos em mais do que uma tecnologia de impressão. A opção pela flexografia ou pela tipografia depende das características de cada encomenda. A tipografia a

Sr. Ramiro Luta, sócio-gerente da Marcaembal.

sete cores permite-nos executar os trabalhos mais exigentes do ponto de vista da imagem e da resolução gráfica".

Testes em linha Para o principal responsável da Marcaembal, o potencial da etiqueta auto-adesiva está a revelar-se mas ainda está muito longe de esgotado. "O rótulo e a etiqueta auto-adesiva começou por ser visto como uma obrigação, mas também é a mais importante ferramenta de marketing que vai com o produto. Se o produto é apresentado com um rótulo bem impresso, as vendas sobem e, por conseguinte, cortar no rótulo é cortar nas vendas. Pela nossa parte, procuramos dar um contributo construtivo para o desenvolvimento do mercado dos rótulos e etiquetas auto-adesivas, transmitindo ao cliente as ideias-chave sobre qualidade, desde a qualidade dos papéis até muitos outros detalhes deste tipo de produto".

No armazém de matérias-primas da Marcaembal são visíveis alguns desses "detalhes", desde os papéis auto-adesivos de fornecedores seleccionados até aos tubos de cartão utilizados na bobinagem das etiquetas e rótulos. "No nosso mercado, ainda proliferam actuações de guerra de preços, de especificações trocadas para impedir o cliente de recorrer a outros fornecedores, e outros "esquemas" que só

Corte.

Estampagem.

Impressão flexográfica.

Impressão tipográfica.

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etiquetas e rótulos prejudicam o cliente. A Marcaembal trabalha com transparência. As nossas especificações são exactas e aceitamos que as nossas etiquetas e rótulos sejam testadas em linha. Sabemos que esta atitude nos leva a perder algumas encomendas, mas é apenas uma questão de tempo. A Marcaembal está no grupo dos fabricantes que fornecem qualidade e os clientes sabem isso mais tarde ou mais cedo". Entretanto, a empresa é também fabricante de etiquetas auto-adesivas sem impressão. Produz os formatos especificados pelos clientes, quer para aplicações industriais, quer para aplicações de logística e escritório. Assim, e lado a lado com as etiquetas brancas destinadas a serem utilizadas nas impressoras de transferência térmica do cliente, a Marcaembal também produz etiquetas auto-adesivas em formato A4, para uso em impressoras de jacto de tinta, laser e fotocopiadoras.

Soluções completas para transferência térmica A impressão por transferência térmica generalizou-se em aplicações industriais e logísticas. Nesta área, a Marcaembal tem uma capacidade de fornecimento completa.

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Fitas de impressão

Fornece etiquetas sem impressão, prontas a colocar nos equipamentos de impressão, ou impressão e aplicação do cliente, seja qual for a marca do equipamento. Também fornece fitas de impressão de fabrico próprio MARCALABEL - para as impressoras de transferência térmica dos clientes. Como adquire a película de transferência em bobinas de grande formato e dispõe de equipamentos de corte e rebobinagem, a Marcaembal fabrica e fornece todos os formatos, para todos os tipos de equipamento. Para completar a gama de oferta, a Marcaembal também comercializa impressoras de etiquetas de transferência térmica, bem como equipamentos automáticos e semi-automáticos para aplicação de etiquetas. "É uma área técnico-comercial em que a empresa tem grande experiência e que se man-

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Impressoras de etiquetas

tém para poder prestar um serviço completo aos clientes que dele necessitam. Em todo o caso, a nossa vocação principal é fornecer todos os consumíveis, designadamente etiquetas e fitas de impressão, qualquer que seja o equipamento do cliente".

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etiquetas e rótulos Fábrica de Etiquetas Machado

Rótulo é decisivo no marketing dos vinhos Instalada em Vila Nova de Gaia desde 1997, a Fábrica de Etiquetas Machado apostou nos vinhos como mercado principal para a sua actividade. Nessa altura, os rótulos auto-adesivos ainda eram uma novidade num sector em que predominava a rotulagem tradicional com aplicação de cola a frio. De então para cá, o sector dos vinhos passou por mudanças várias. A necessidade de criar marcas e de obter o reconhecimento e preferência dos consumidores levou os produtores-engarrafadores a cuidar mais da embalagem e do rótulo. "O sector dos vinhos acompanhou as tendências da rotulagem e podemos dizer que a FM Etiquetas contribuiu para isso" - disse à REVIPACK o Sr. Filipe Machado, gerente da empresa. "O rótulo auto-adesivo entrou no mercado dos vinhos como forma de valorizar as imagens de marca e melhorar a apresentação dos produtos. O auto-adesivo não foi uma moda que chegou aos vinhos, foi um investimento na qualidade da apresentação. Por isso apostámos logo de início numa oferta caracterizada pela

qualidade, a começar pelos papéis e pela qualidade de impressão". Em 2007, a FM Etiquetas decidiu ampliar a capacidade de impressão e investiu em equipamentos de offset rotativo. A opção tecnológica foi ditada pela necessidade de garantir melhor qualidade de impressão com tempos de produção mais curtos. "Estávamos a encarar um acréscimo de concorrência, muito focada na guerra de preços. Tínhamos diante de nós um dilema de estratégia: ou apostávamos numa capacidade de produção que permitisse preços muito baixos, ou íamos pelo caminho da qualidade de impressão. Alguns dos nossos concorrentes, designadamente em Espanha, seguiram o primeiro caminho. Praticam preços agressivos, mas com um nível de qualidade entre a média-baixa e a baixa. Nós considerámos que essa estratégia não era a mais adequada ao sector dos vinhos e por isso procurámos sair da guerra de preços e apostar na qualidade. Foi por isso que tivémos que investir no offset rotativo e também na capaci-

dade para assegurar a solução completa, chave-na-mão, incluindo toda a parte da pré-impressão". Para além da impressão offset, a FM Etiquetas dispõe de equipamentos para estampagem, relevos, numeração, etc.. Para além dos "fine papers" da gama enológica, trabalha com uma grande diversidade de suportes de impressão, incluindo papéis revestidos, papéis térmicos e cartolinas.

A qualidade compensa Para o sector dos vinhos, a FM Etiquetas seleccionou uma "gama enológica" dos papéis que considera mais adequados para a decoração de garrafas de vinho. "A qualidade compensa" - refere o Sr. Filipe Machado - "Quando o que está em causa é a imagem de uma casa, de uma marca de vinho, transigir na qualidade do papel ou na qualidade de impressão é um contra-senso. Os vinhos portugueses necessitam de reforçar a sua imagem e tudo o que possa dar-lhes um posicionamento superior é positivo". "As estratégias de baixo preço resultam com produtos massificados e sem grande diferenciação entre si. Isso é o contrário do que se passa no sector dos vinhos. Os produtores-engarrafadores portugueses têm, e bem, uma estratégia oposta, orientada para a diferenciação e para a qualidade. Nós estamos em sintonia com essa estratégia, não para vender rótulos mais caros, mas para fazer com que os rótulos puxem pelo vinho. Cada cêntimo investido na qualidade 34

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etiquetas e rótulos compensa na imagem de marca e, em última análise, nas vendas. Um bom vinho com um mau rótulo é um contrasenso. O rótulo não pode ser deixado para o fim - na maior parte dos casos é o rótulo que faz a decisão do consumidor". A diversidade e criatividade dos rótulos dos vinhos portugueses deu um salto qualitativo nos últimos anos. O rótulo ganhou importância no posicionamento dos vinhos nos pontos de venda. No entanto, o sector também se confronta com a compressão das margens. "Os produtores-engarrafadores têm grandes dificuldades para comprimir os seus custos de forma a colocarem os seus vinhos nos circuitos de distribuição. A realidade é que se estão a vender vinhos portugueses a preços que estão abaixo do seu valor real. O marketing dos vinhos portugueses não pode acabar nos engarrafadores - tem que ser uma parceria entre todos, desde os fornecedores de rótulos até aos distribuidores. Não é possível valorizar os vinhos portugueses se continuarem a ser postos à venda a preços que os desvalorizam. A estratégia do preço baixo para maior volume, característica das grandes superfícies, é inadequada para os vinhos portugueses. Há aqui um grande potencial de negócio, que pode ser positivo para todos".

"Um bom vinho com um mau rótulo é um contra-senso. O rótulo não pode ser deixado para o fim - na maior parte dos casos é o rótulo que faz a decisão do consumidor."

Exemplo de rótulo para Vinho do Porto.

Diversificação. Rótulos para azeite e outros produtos alimentares.

Diversificação Sem prescindir da especialização no mercado dos vinhos, a FM Etiquetas não rejeita a diversificação. "O sector dos vinhos foi, é e continuará a ser o nosso

mercado principal e predominante. A diversificação surge como complemento e como oportunidade para esgotar a capacidade de produção. Alguns dos nossos clientes do sector dos vinhos também necessitam de rótulos para outros produtos". Actualmente, a FM Etiquetas fornece rótulos auto-adesivos para azeite, carnes e outros produtos alimentares. "Entrámos no mercado da rotulagem alimentar mas apenas em segmentos especiais, com rótulos com impressão de qualidade".

SISTRADE

Software para gestão técnica de etiquetas A SISTRADE (Porto) apresentou na LAVELEXPO EUROPE 2009 (Bruxelas, 23 a 28 de Setembro), uma nova versão do software SISTRADE® Print para a gestão técnica da produção de etiquetas. O software proporciona à indústria de etiquetas uma ferramenta de automação do processo de criação, orçamentação e gestão industrial. A nova release do SISTRADE® Print, sistema de gestão integrada, melhora as especificações, manipulação e gestão da concepção e produção de etiquetas (autocolantes, tecidos, etc.), desde a matéria-prima ao produto Nº 202 Jul/Ago/Set 2009

acabado. Foram introduzidas novas funcionalidades, tais como: processo gráfico e fichas técnicas em articulação com a orçamentação específica (parametrizada) por tipo de produto (etiqueta) e o controlo da produção em tempo real. Estas funcionalidades enriquecem a informação do sistema, potenciando o controlo e inspecção do produto, que são o garante da qualidade do serviço prestado e do produto manufacturado.

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codificação e etiquetagem

Desafios e Soluções de Codificação no Sector Farmacêutico Praticamente todos os produtos, sejam eles alimentos, bebidas, electrónicos, peças para automóveis ou aviões, necessitam de informação variável na respectiva embalagem. No caso dos produtos farmacêuticos, é necessário marcar o código de lote, o código de produto, a data de validade e ainda alguns códigos específicos para combater a contrafacção. Também existem requisitos nacionais em matéria de identificação/etiquetagem que é necessário observar. Os sistemas de impressão "digital" em linha (usualmente referida como codificação ou marcação) permitem ao fabricante configurar rapidamente códigos de lote, relógios em tempo real, números de série, números únicos e, mais importante ainda, códigos legíveis por máquinas, tais como os códigos 2D ECC200 Data Matrix. Muitos fabricantes, motivados pelos sistemas de qualidade e controlo logístico, ou por factores externos como a necessidade de cumprimento de requisitos legais, procuraram métodos eficientes para identificar artigos, embalagens, cartonagens e caixas. A indústria farmacêutica está actualmente focada em conceitos como OEE (overall equipment effectiveness), EPE (every product every), LM (lean manufacturing), OLE (overall line efficiency) - dos quais resulta que toda e qualquer tecnologia deve ter um desempenho consistente a um nível elevado, com taxas de rejeição muito baixas, normalmente na ordem dos 0,02%. Outro desafio colocado à indústria é a racionalização dos locais de produção e do pessoal, que implica uma redução efectiva do tempo admitido como aceitável para o SAT (site acceptance testing). Por isso, encontramos cada vez mais clientes que necessitam de soluções chave-namão, instaladas e prontas a funcionar em 2 ou 3 dias. Já não é aceitável a "afinação" das soluções depois de instaladas na fábrica do cliente. Todos estes desafios fazem com que a impressão de códigos complexos, como os 2D DataMatrix ou a seriação, seja ela exigência da empresa ou da regulamentação, sejam extremamente difícil. É de notar que já existem instalações bem sucedidas de sistemas que respondem a todos os desafios, mas é necessário que cada projecto tenha a abordagem adequada.

Tendências sectoriais Há uma tendência nítida para os códigos de leitura automática (machine readable codes), com destaque para o ECC 2D Data Matrix. A regulamentação também aponta no sentido dos códigos de leitura automática. Outra área-chave de interesse é a seriação, com tendência para evoluir das soluções "covert" (ocultas) para soluções "overt" (visíveis) mais seguras. O que se espera da codificação é que ela aumente a segurança do consumidor e não cause problemas. É graças ao desenvolvimento da impressão e leitura dos códigos 2D Data Matrix que a indústria farmacêutica finalmente realiza o seu objectivo de garantir a segurança do consumidor através da autenticação, da prevenção

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da contrafacção e da fraude. Nos EUA, apesar da pressão da EFPIA, não se prevê a proibição da reembalagem, mas prevê-se a adopção de sistemas de informação directa ao consumidor (DTC, direct to consumer information). Na Europa, as coisas passam-se de modo diverso.

Porquê o ECC 200 Data Matrix? O código Data Matrix foi inventado em 1995 pela CiMartrix (mais tarde RVSI Acuity, hoje Siemens). O código caiu no domínio público e é abrangido por várias normas ISO, entre as quais se destaca a ISO/IEC15415. É um código bi-dimensional porque a descodificação requer a leitura em duas direcções. Tem também a vantagem de ser omni-direccional, isto é, pode ser lido com qualquer orientação. Caracteriza-se pela possibilidade de codificar grande quantidade de informação numa área muito pequena da embalagem. O formato mais comum é o ECC200 e integra o sistema de verificação e correcção de erros Reed Solomon, que torna possível a leitura de códigos de barras danificados até 60%. O código Data Matrix tem que ser quadrado e correctamente dimensionado, o que coloca restrições aos equipamentos, com requisitos diferentes dos que se colocam para a leitura humana. É um código de alta capacidade e não exige grande contraste, mas a impressão é mais exigente que qualquer texto legível por ser humano. Este código passou a fazer parte da família de normas GS1 (EAN/UCC) desde 2004. As estruturas de dados GS-1 são as de utilização mais comum e são reconhecidas pela ISO.

Leitura e verificação Existem duas abordagens para a descodificação 2D Data Matrix: a leitura e a verificação. A leitura pode ser efectuada por câmara, telemóvel ou webcam com capacidade CCD. A gama de câmaras e sistemas de visão alargou-se consideravelmente nos últimos anos, existindo hoje um vasto número de sistemas básicos, capazes e de baixo custo. O número é bem mais limitado quando se trata de sistemas de visão com capacidades

adicionais, designadamente para linhas a alta velocidade, áreas maiores, substractos difíceis ou com capacidade para processamento de dados. A verificação consiste na medição dos códigos 2D Data Matrix e existem várias normas específicas com parâmetros definidos para o número de leituras, a iluminação e os resultados esperados. As principais normas são ISO/IEC15415, ISO/ IEC 16022 e AS9132.

Terminologia Importa ter presentes as definições rigorosas que correspondem à terminologia actualmente usada no sector farmacêutico. Eis as principais definições: Autenticação/seriação (authentication / mass serialisation) - Consiste na impressão de uma série única e não previsível de caracteres na linha de produção. A leitura é feita no ponto de venda/distribuição. Uma ligação segura confirma a correlação entre os dois números e verifica a sua autenticidade. É importante notar que esta é uma solução apenas "end to end". Segurança/níveis (security / layering)- Um segundo número, eventualmente oculto, ou medidas adicionais são aplicadas na embalagem na fase da produção. Não se destinam a leitura no ponto de venda/distribuição, mas a permitir uma confirmação adicional de autenticidade, sempre que necessário. A hierarquia de segurança tem três níveis: 1 - aberto (overt), 2 - encoberto (covert) e 3 - forense (forensic). Agregação (Parent/Child)- São impressos conjuntos únicos de caracteres em cada etapa de embalagem, e esses caracteres são posteriormente relacionados ou agregados no processo de produção. É uma solução meramente interna, mas também pode ser usada para autenticação. E-Pedrigree (provenance) - É um número único de identificação da embalagem mais pequena ou primária que é registada como recebida por cada pessoa ao longo da cadeia de distribuição até ao ponto de venda/distribuição, de modo a ser possível evidenciar todo o caminho até ao fabricante original. É uma solução "end to end" e pode ser

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codificação e etiquetagem Codificação farmacêutica (incluindo código 2D) efectuada com impressora Domino Série G

combinada com as soluções de agregação e autenticação. Na Califórnia, foi adiada a implementação até 2015. Track and Trace -Um número único de identificação pemitirá seguir o medicamento ao longo da cadeia de distribuição, em tempo real. Para tal, é necessário que todos os intervenientes estejam equipados e cooperem. Consoante o sector, a partilha da informação pode ser em tempo real ou em documentos/ficheiros históricos. O sistema é combinável com soluções de agregação, autenticação e/ou E-Pedrigree.

Regulamentações Entre os requisitos regulamentares actuais, são de ter em conta os seguintes: Turquia - ITS (2009-2010) - Requerem seriação simples, OCR, OCV Vision, Coding / Handling, e Data Management. França - CIP13 (2009-2011) - A AFSSAPS optou pela migração do código CIP de 7 para 13 dígitos e do Code 39 para o Data Matrix. Passa a ser utilizada a estrutura GS1-128 (depois de consultada a indústria, a distribuição farmacêutica e o CIP Club Inter Pharmaceutique). A conformidade requer OCV Vision e Coding/ Handling. O "formato mínimo" inclui o número CIP13 (mais o dígito 0), a data de validade e o código de lote. E.U.A. - Pedigree (2015) - Requer OCR Vision, Coding / Handling e Data Management. EFPIA (a partir de 2015) - Requer seriação, Data Management, OCR / OCV Vision e Coding / Handling. Vários países estão ainda a elaborar os seus requisitos, mas é previsível que não se afastem muito das soluções propostas. Em síntese, a conformidade requer, em qualquer caso, sistemas de Visão, Codificação e Handling e é também provável que exija Data Management (seriação, agregação, track & trace). A longo prazo, é possível que a conformidade também exija a integração da identificação por rádio-frequência (RFID).

Domino Série G (tecnologia TIJ)

Outro aspecto-chave a considerar é a experiência do fornecedor em matéria de aplicações de códigos 2D Data Matrix em linha, a alta velocidade e conforme os requisitos de baixa rejeição actualmente colocados pela indústria farmacêutica. As principais tecnologias de codificação capazes de responder aos referidos requisitos são o jacto de tinta e o laser. A tecnologia TIJ (Thermal Ink Jet) é ideal para impressão de alta qualidade e a alta velocidade sobre suportes porosos, marcando códigos 1D e 2D, textos e gráficos. Consiste na aplicação de pequeníssimas gotas de tinta (com ou sem solventes) por impressoras multi-cabeça controladas por um só controlador. O investimento inicial é similar ao da tecnologia CIJ de que falaremos mais adiante. Os sistemas TIJ actualmente disponíveis no mercado podem assegurar velocidades até aos 300 m/min com resolução de 600 dpi e alturas de impressão de 12,7 mm a 50,4 mm. Para superfícies não porosas, é necessário usar sistemas com solventes, como os sistemas da Série G da Domino. Tal como os sistemas CIJ, os sistemas TIJ implicam custos com consumíveis e intervenção do operador para monitorização e limpeza. A qualidade de impressão exige que as superfícies de cartão a imprimir passem correctamente diante da cabeça da impressora, a uma distância muito curta (tipicamente 1 mm). A codificação laser tem vindo a generalizar-se, sobretudo devido ao facto de o investimento inicial ter baixado consideravelmente. Todos os lasers

Domino Série D plus pharma (scribing laser)

Historicamente, o sistema mais usado na impressão em linha é o jacto de tinta em contínuo, ou CIJ (Continuous Ink Jet), em que um só jacto de tinta com cerca de 40 mícrons de diâmetro é fragmentado por vibração a alta frequência, dando origem a pequeníssimas gotas que são deflectidas por carga eléctrica de forma a obter a "escrita" pretendida sobre a superfície da embalagem. Os sistemas CIJ são relativamente fáceis de instalar, implicam um investimento inicial moderado, garantem boa qualidade de impressão, em côr preta e podem ser usadas com a maior parte dos materiais de embalagem. Apesar das melhorias introduzidas nestes sistemas, designadamente os sistemas de auto-limpeza das cabeças de impressão, o uso incorrecto e o incumprimento dos procedimentos de limpeza podem causar problemas nas linhas. Em todo o caso, os requisitos actuais limitam a adequação dos sistemas CIJ para marcação de códigos Data Matrix. Existem ainda outros sistemas possíveis, como a transferência térmica, a impressão e aplicação de etiquetas, o jacto de tinta DoD (gota-a-gota, drop on demand) ou piezo, mas todos eles são adequados para aplicações mais limitadas.

Síntese

Não existe uma solução que responda a todos os requisitos regulamentares ou do cliente. A melhor abordagem consiste em analisar os mercados a servir por cada uma das linhas e estabelecer os correspondentes requisitos para garantir a conformidade dos produtos. Só nesta base é que as empresas podem então decidir qual a abordagem que mais lhes interessa a nível global, geográfico ou local. É por isso essencial que os fabricantes e embaladores dialoguem com os fornecedores e especialistas para estabelecer a abordagem mais adequada e mais custo-eficiente, a longo prazo. Craig Stobie

Tecnologias Os códigos propostos são maiores e os códigos Data Matrix necessitam de processamento mecânico e controlo de processo acima do normal. É sempre necessária uma abordagem holística de cada projecto, em que a escolha dos dispositivos de codificação e de visão é um facto crítico (normas/algoritmos/conectividade). Existe actualmente uma vasta gama de sistemas de codificação capazes de imprimir códigos 2D Data Matrix. A escolha irá depender do formato de código, do material de embalagem e da velocidade. Nº 202 Jul/Ago/Set 2009

usados na indústria farmacêutica são lasers "scribing" ou "vectoriais", em que o feixe laser "escreve" na embalagem removendo a camada de tinta e revelando a camada branca que está por baixo. O laser tem algumas vantagens sobre as tecnologias TIJ e CIJ. Imprime com mais qualidade, não tem fluidos consumíveis, é mais limpo e é quase "hands free". Como desvantagens, há a referir o investimento inicial e a necessidade de uma embalagem que proporcione o contraste (o que pode envolver a alteração da embalagem, processo nem sempre fácil no sector farmacêutico).

Global Pharmaceutical Business Manager da Domino Printing Sciences Plc.

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codificação e etiquetagem Domino

Alta resolução e velocidade As impressoras de jacto de tinta Domino da Série G representam uma combinação sem precedentes de qualidade de impressão, quantidade da informação codificada e velocidade de impressão. Exemplo de aplicação desta tecnologia é o caso da Cooperativa de Monaghan (Irlanda), que embala cerca de 50 milhões de embalagens individuais de manteiga da marca Kerrygold, reconhecidas pela sua típica folha metalizada dourada. A Cooperativa Monaghan investiu numa nova linha de embalagem de manteiga (OYSTAR Benhil Multipack 8000) com 125 ciclos por minuto. Como esta máquina tem duas pistas paralelas, a cadência total é de 250 embalagens por minuto. Era portanto necessário um sistema de codificação com velocidade compatível, não só em termos de projecção das gotas de tinta, mas também com secagem rápida sobre superfície não porosa. Com tecnologia CIJ (ink jet contínuo), era possível obter essa velocidade, mas não a secagem rápida. Com a nova impressora de tecnologia TIJ (ink jet térmico), a Domino disponibilizou a solução capaz de responder aos requisitos

Códigos 2D aplicados a alta velocidade sobre material não poroso, com secagem rápida e total legibilidade.

de velocidade e rapidez de secagem. As impressoras da Série G asseguram velocidades até 300 m por minuto e funcionam com tintas de secagem rápida, também fornecidas pela Domino. Mesmo com substractos não porosos, as marcações e códigos permanecem indeléveis e legíveis. A capacidade de a mesma impressora ter duas cabeças de

Codificação laser na indústria farmacêutica Desde que os materiais que fazem parte da embalagem proporcionem contraste, a tecnologia de codificação laser é uma opção a considerar, especialmente nos casos em que há vantagem em eliminar os procedimentos relacionados com a reposição de tintas. Os lasers Domino da Série D já deram provas em diversas aplicações na indústria farmacêutica, graças à sua fiabilidade e facilidade de instalação e utilização. A instalação pode ser feita com écran táctil WYSIWIG, onde os códigos a marcar são visíveis. A “escrita” laser garante não só as marcações mais simples como códigos de lote e prazos de validade, mas também caracteres especiais, logotipos, códigos 2D DataMatrix, etc.. A integração em rede

também é possível, e os clientes contam com a experiência da MARQUE TDI, subsidiária da Domino em Portugal. Respondendo às necessidades da indústria farmacêutica, a Domino disponibiliza a versão Série D plus pharma. Para além da velocidade de codificação até 400 m por minuto, estes lasers são extremamente flexíveis: podem “escrever” com inúmeras fontes com altura entre 0,5 e 180 mm, qualquer número de linhas ou com qualquer orientação. A marcação pode ser efectuada sobre embalagens de cartão, plástico ou vidro. Além disso, a verão “pharma” também integra funcionalidades de password de utilizador e de geração de relatórios em conformidade com as normas 21-CFR parte 11 e GAMP.

Blister codificado por laser

A "escrita" laser proporciona liberdade de fontes, linhas e tamanhos

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Codificação farmacêutica, incluindo GTIN, prazo de validade, código de lote e código 2D DataMatrix, com tecnologia de ink jet térmico.

impressão ajusta-se bem a uma máquina embaladora com duas pistas paralelas. Por outro lado, as impressoras da Série G garantem impressões com resolução de 600 dpi. Esta capacidade veio dar resposta às necessidades de codificação da Cooperativa de Monaghan. Nesta aplicação, a impressora Série G de duas cabeças assegura a aplicação do prazo de validade, do código DataMatrix de cinco dígitos, a data de produção e o código de lote. Esta quantidade de informação é necessária para que o embalador possa garantir a rastreabilidade dos seus produtos e reagir rapidamente caso haja alguma reclamação. A capacidade da impressora Domino Série G para imprimir códigos 2D e outros formatos de leitura automática significa que o utilizador pode adicionar e codificar mais informação e passar a níveis mais exigentes de “track & trace”.

Multiplicidade de aplicações A combinação ímpar de velocidade (impressão e secagem), resolução/legibilidade e quantidade/formato de informação faz com que as impressoras de jacto de tinta da Série G tenham um elevado potencial de aplicação nos mais diversos sectores de actividade, especialmente quando é necessário responder a requisitos de rastreabilidade. É, por exemplo, o caso da codificação de embalagens farmacêuticas, em que existe regulamentação sobre formatos e quantidade de informação e em que é necessário garantir velocidade sem comprometer a legibilidade dos códigos. Os equipamentos e tintas Domino são comercializados directamente em Portugal pela MARQUE TDI, subsidiária da Domino Printing Sciences plc. Nº 202 Jul/Ago/Set 2009


codificação e etiquetagem Identipor

Ink Jet portátil A pistola de marcação HANDJET® EBS 250 é um produto único no mercado que permite a marcação de grandes caracteres por jacto de tinta (tecnologia DOD, gota-a-gota), em qualquer local, dentro ou fora das linhas de produção, com toda a liberdade de movimentos. É o substituto moderno, rápido e limpo para os sistemas de marcação tradicionais, baseados em escrita manual, "stencil", carimbos, etc.. A pistola pesa apenas 980 g e é totalmente autónoma. Transporta consigo tinteiro, cabeça de impressão com válvulas eléctromagnéticas, tudo numa pistola ergonómica estanque e fácil de transportar. Para total portabilidade, a pistola é alimentada por baterias recarregáveis e não necessita de qualquer ligação por cabo. As mensagens são definidas em PC e transmitidas para a pistola via rádio! Para usar este sistema wireless, basta adaptar um módulo RF ao

PC, via porta USB ou RS232. A portabilidade permite marcar embalagens, paletes, grupagens, materiais de construção (madeiras, cerâmicas, cimentos, bidões, tubos, contentores, caixotes, etc.) ,mesmo com superfícies curvas ou irregulares. Podem ser marcados caracteres alfabéticos, assim como símbolos normalizados. É possível a actualização automática de data e hora, assim como o ajuste automático de datas de stock ou tempo de serviço, bem como programar marcações incrementais. A pistola marcadora HANDJET® EBS 250 é uma evolução da tecnologia de marcação de grande caractere desenvolvida pela EBS Ink-Jet Systeme GmbH (Alemanha) e

aplicada nas impressoras PicAS EBS-200, destinadas a aplicações fixas.

Laser eMark Os sistemas de codificação de produtos por laser CO2 podem operar quer em modo dinâmico (produto em movimento), quer em modo estático (produto parado). A Identipor comercializa sistemas eMark para baixas cadências e eSolarMark para médias e altas cadências. Esta tecnologia não requer consumíveis, não tem problemas de limpeza e tem ainda a vantagem da baixa manutenção. A codificação laser é compatível com os principais materiais de embalagem: PET, papel, vidro, metal, etc.. Com uma interface fácil de usar, pode ser programada a

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em códigos de barras, desde os códigos lineares segundo a norma GS1 (EAN, UCC, ...) aos códigos 2D (DataMatrix). A codificação laser também permite a marcação de informação variável: data/hora, validade, lote, contadores, etc.

mensagem a marcar sobre as embalagens. Esta pode ser simplesmente alfanumérica ou

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Para além dos vários modelos de codificadoras CO2, a série eSolarMark está disponível com três controladores (teclado simples, teclado alfa-numérico e écran táctil), com software integrado para desenho, ajuste e transferência das mensagens a imprimir.

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codificação e etiquetagem

Mangas Fita de TT termocrómicas para marcação oculta A Hoop Kofola (Rep. Checa) está a lançar a marca de refrigerantes Jupik Team no mercado da Europa Leste com uma garrafa PET desenhada pela PND Futura e decorada com manga retráctil com impressão termocrómica, fornecida pela Sleever.

A QuickLabel Systems (grupo Astro-Med, EUA) lançou uma fita de transferência térmica para aplicações de segurança. A fita RDZ permite marcar textos, códigos de barras ou figuras que apenas são visíveis sob a luz UV. É mais uma solução de segurança e garantia de autenticidade. A marcação é visível por leitores UV ou por olhos humanos se for usada lâmpada UV. A fita RDZ pode ser usada numa impressora de transferência térmica normal. A marcação oculta pode ser feita sobre qualquer outra figuração visível da etiqueta. A fita RDW é compatível com os papéis auto-adesivos, alguns papéis revestidos e ainda com os filmes de PP e PET. Orientada para o mercado juvenil (7 a 15 anos) a marca recorre a uma promoção que envolve um jogo de computador com vários níveis. Depois de comprar uma garrafa, o jovem pode remover a manga e aplicá-la sobre o écran do computador. O calor do écran faz surgir na manga um código oculto que permite passar para o nível seguinte do

PE

Rotuladora Roll-Adhesleeve A PE Labellers encontrou um modo de converter uma rotuladora de cola a quente numa rotuladora de auto-adesivos. Os problemas relacionados com as colas termofusíveis (limpeza, depósito, fumos, obstáculo à reciclagem do plástico,...) e os problemas relacionados com o corte (mudança e ajuste das lâminas) ficam para trás. A PE apresenta a sua nova rotuladora com a designação ROLL-ADHESLEEVE para sintetizar o princípio de funcionamento: a partir de bobina, material auto-adesivo e

rótulo envolvente. A máquina tem menores custos operacionais e vantagens ambientais. Para começar, a máquina trabalha com filmes menos espessos e com propriedades retrácteis, o que permite uma decoração das embalagens similar à das mangas (mas com custos menores, assegura a PE). O novo método de corte não se baseia nas clássicas lâminas fixas e rotativas. Com filmes menos espessos, as lâminas duram mais e a substituição faz-se em 10 minutos. O corte, a aplicação dos pontos de cola e aplicação dos rótulos ocorre no mesmo tambor. O intervalo entre os dois segmentos que aplicam a cola permite o movimento da lâmina.

jogo, disponível num sítio específico na internet. A promoção foi planeada para uma série de 10 milhões de garrafas de 33 ml, vendidas na República checa, Polónia e Eslováquia. O formato curvilíneo da garrafa representou um desafio para a Sleever que fornece as mangas e a própria máquina aplicadora. As mangas são impressas em filme SI-PET-TG/ 050, com capacidade de retracção acima de 75% e impressão a 8 cores (incluindo a base branca e a impressão termocrómica) e ainda o picotado necessário para a promoção.

B&H

Menos resíduo de cola na rotuladora A B&H Labelling Systems (EUA) anunciou um novo tambor de vácuo para as rotuladoras de bobina/cola a frio. O novo dispositivo Invation tem como principal característica a redução da acumulação de resíduos de cola, evitando paragens da produção. Está disponível como opção para vários modelos de rotuladoras da B&H, quer em máquinas novas quer para “retrofitar” máquinas já instaladas.

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codificação e etiquetagem Identipor

Novas impressoras TTO lançadas no mercado nacional A Identipor assumiu a representação comercial e o suporte técnico das impressoras de transferência térmica da marca JAGUAR, fabricadas pela ITW Betaprint. Destinadas a assegurar a impressão directa sobre materiais flexíveis (papel, filmes), estas impressoras destacam-se pelas dimensões compactas e pela facilidade de adaptação às

máquinas de embalagem. Podem funcionar em modo contínuo ou intermitente e incluem dispositivo economizador de fita de transferência térmica. O utilizador pode optar entre a interface mais simples e o écran táctil. A gama de impressoras inclui modelos diferenciados: sistemas compactos mono-cabeça, sistemas mono-ca-

beça de altas prestações (marcações múltiplas, para máquinas termo-formadoras) e ainda sistemas multi-cabeça (até 14 cabeças por sistema).

Datalogic

Leitor 2D ultra-compacto Matrix 200 é o nome do novo leitor de códigos lineares (barras) e 2D da Datalogic. Com dimensões muito pequenas, lê todo o tipo de códigos utilizados no mercado a alta velocidade, graças ao seu sensor de imagem

WVGA de alta resolução. É capaz de descodificar mesmo códigos mal impressos ou danificados. Tem porta USB, construção metálica com protecção IP65 e suporta temperaturas até 50 °C.

EIDOS

Transferência térmica directa sobre objectos Até há bem pouco tempo, a marcação directa sobre objectos apenas podia ser realizada por jacto de tinta, laser (em alguns casos) ou tampografia. A Eidos (Itália) desenvolveu um novo sistema de transferência térmica digital capaz de executar essa tarefa. O sistema Coditherm, protegido por patente, consiste em duas etapas: na primeira, a imagem positiva é criada electronicamente na fita de transferência térmica; na segunda etapa, essa imagem é transferida para o objecto.

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Consoante a geometria do objecto, a transferência é assistida por placas ou rolos. O sistema é versátil, podendo ser aplicado quer na marcação de objectos de grandes dimensões (caixas de cartão ou grades de plástico, por exemplo), quer na marcação de embalagens planas ou cilíndricas, quer ainda na marcação de objectos de dimensões muito pequenas, tais como peças técnicas, componentes, dispositivos médicos, etc.. A imagem a imprimir pode conter textos, códigos de barras, logotipos, desenhos, etc.. O sistema também permite a impressão de dados variáveis, desde numerações, horas, códigos incrementais ou personalização de embalagens. A resolução típica é de 300 dpi, mas existem versões de alta definição com 600 dpi. O controlo, programação e mudança de mensagens pode ser efectuado em rede ou localmente, usando uma consola com écran táctil a cores. O equipamento é composto pela unidade de controlo, pela impressora e pelo dispositivo de aplicação. A EIDOS disponibiliza modelos diferenciados do sistema Coditherm, consoante as necessidades de cada aplicação. A comercialização e suporte técnico em Portugal são assegurados pela Marcaembal.

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plv EUROPLV

PLV mais importante que nunca O empresário Fernando Ribeiro adquiriu o controlo total do capital da EUROPLV, uma empresa especializada na concepção e produção de expositores para Publicidade no Local de Venda (PLV). A empresa transferiu-se para novas instalações - em Gaia e Laborim - e parte para novos projectos com uma estratégia autónoma baseada numa convicção: "A PLV vai ser a ponta de lança para a retoma das vendas no sector retalhista". Fernando Ribeiro é filho e neto de empresários gráficos e pioneiros da PLV. A história da impressão de displays em Portugal está ligada à M.Ribeiro & Filho - POLIGRÁFICA, fundada pelo avô de Fernando Ribeiro. Armando Ribeiro, que liderou depois a gráfica da Rua do Monte da Estação (Campanhã, Porto) fez da PLV uma disciplina à parte no sector. Acompanhando os ciclos económicos e comerciais, a empresa integrou-se num grupo nacional com actividades diversificadas e voltou, mais tarde, à estratégia de especialização, associando-se a um grupo espanhol. No auge da recessão económica, Fernando Ribeiro decidiu regressar a um projecto autónomo e focado na PLV. Passados mais de 25 anos, a convicção deste empresário no potencial da PLV é o mesmo que o repórter encontrou no passado.

Razões iguais, razões diferentes "As empresas que produzem produtos de grande consumo, desde alimentos a telemóveis, desde cosméticos a DVDs ou livros, precisam da PLV para se distinguir no circuito retalhista e promover a recuperação das vendas" disse à REVIPACK o Sr. Fernando Ribeiro.

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Para este empresário, há novas razões para um regresso à PLV. "Há 20 ou 30 anos atrás, a PLV era importante para promover os produtos porque o retalho estava a evoluir para o conceito "self-service". Os produtos eram deixados "sozinhos", sem um vendedor por perto para os mostrar. Nessa época, a POLIGRÁFICA apareceu no mercado com ideias inovadoras, quer do ponto de vista gráfico, quer do ponto de vista da funcionalidade". De então para cá, o comércio retalhista mudou completamente. Assistiu-se à implantação das chamadas "grandes superfícies", incluindo supermercados, hipermercados, lojas discount, lojas especializadas, etc... O conceito self-service generalizou-se e quase 'matou' a PLV. Os consumidores habituaram-se às "grandes superfícies". A exposição de grandes quantidades de produtos, com variedade de marcas, lado a lado em lineares normalizados, reduziu drasticamente a utilização da PLV. Fernando Ribeiro confirma: "Chegou-se a pensar que bastava colocar o produto e fazer umas promoções de preço de vez em quando. Foram anos difíceis para os profissionais da PLV. Ao criar displays que faziam falar o produto, ajudámos a habituar

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o público ao self-service. Depois, o self-service virou-se contra nós". Nesta evolução, a EUROPLV surge com a vontade de "voltar a mudar a forma como se vende no retalho". Fernando Ribeiro explica: "Agora o mais importante não é atrair o consumidor à loja ou à secção é fazer com que o produto e a marca se distinga dos outros através de uma apresentação original e diferenciada no ponto de venda. Colocado nos lineares normalizados, o produto é igual aos outros. A PLV é que o vai diferenciar. As "grandes superfícies" começam a ver a PLV com outros olhos. Ela acelera a rotação dos produtos. Por outro lado, a PLV não se destina apenas às grandes superfícies, mas a todos os tipos de comércio retalhista, todos os tipos e dimensões de loja. Podemos dizer que a PLV vai ser mais importante que nunca. A PLV vai ser a ponta de lança para a retoma das vendas no sector retalhista". O potencial da PLV como "acelerador" da rotação dos produtos está patente em numerosos exemplos. Entre eles estão os displays especiais criados pela EUROPLV para a apresentação de conservas. Os displays em forma de barco "refrescam" a imagem de um produto tradicional.

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plv Conceitos originais pequenas séries A produção de displays para PLV caracteriza-se pelo predomínio das pequenas séries e pela originalidade dos conceitos. As soluções combinam a criatividade gráfica das agências e criativos dos clientes com o design funcional dos displays e a capacidade de os produzir a preços comportáveis e competitivos. A EUROPLV aposta quer nos materiais "tradicionais", como o cartão canelado e micro-canelado, quer nos materiais "novos" como as telas, os vinílicos e os metais, os displays electrificados e mecanizados, etc.. Neste capítulo, Fernando Ribeiro tem uma grande vantagem: as parcerias e redes internacionais com designers e produtores de PLV (de que o GIC - Graphic Instore Communication é um exemplo) permitem exportar e importar ideias. Nas instalações de Vila Nova de Gaia, a EUROPLV centraliza a capacidadade de projecto e design, a sala de exposições e os serviços administrativos e comerciais. A impressão - offset, serigrafia, digital - é desdobrada com várias gráficas especializadas e as etapas de contra-colagem, corte e vinco, montagem e embalagem estão centralizadas nas instalações de Laborim. Para além do projecto e produção, a EUROPLV também presta serviços de handling, combinando os seus displays com os produtos dos clientes e colocando-os nos pontos de venda.

Design e funcionalidade "No passado, os displays eram vistos como incompatíveis com os locais de venda. Hoje essa maneira de ver pertence ao passado. As grandes superfícies já perceberam que a PLV aumenta a rotação dos produtos e os produtores de PLV, como nós, também percebemos que os displays têm que se ajustar às exigências da logística. Por

Displays especiais produzidos pela EUROPLV.

Exemplo recente desta evolução no sentido da funcionalidade são dos vários displays espalmáveis, em que a operação de montagem requer "duas mãos e dois segundos", ou as "totems" Display Flash que se transportam dobradas numa caixa estreita e se abrem automaticamente assim que a caixa é aberta. A aparente simplicidade destas soluções resulta de uma combinação de cartões especiais, vincos e recortes engenhosos e sistemas de elásticos escondidos. A tarefa de colocação no ponto de venda está drasticamente facilitada. "A imaginação não tem limites. Na nossa actividade, a única rotina é a fuga à rotina. Há que procurar sempre soluções inovadoras para que os nossos clientes vendam mais. A PLV é como a rede ATM: assim como cada caixa multibanco é um novo balcão, um bom display é como uma nova loja, com a vantagem de ser uma loja de marca!".

"Assim como cada caixa multibanco é um novo balcão, um bom display é como uma nova loja, com a vantagem de ser uma loja de marca!"

Displays em folha plástica termoformada.

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isso temos vindo a desenvolver displays que são fáceis de transportar, fáceis de armar e que "encaixam" bem no ambiente do retalho" - referiu o Sr. Fernando Ribeiro.

Embalagens especiais.

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máquinas Embalcer

Mais produtividade na indústria do cartão canelado Nunca as exigências de produtividade foram tão fortes na indústria. Nas indústrias fabricantes de caixas de cartão canelado, essas exigências são acrescidas pelo facto de lidarem com um mercado fortemente concorrencial. É por isso que os fabricantes de caixas procuram não só soluções que permitam melhorar a eficiência e produtividade, mas também modos de se distinguirem dos concorrentes. Com uma vastíssima experiência como fornecedor de máquinas para as indústrias do cartão canelado, a OMS (Itália) desenvolveu uma nova gama de máquinas de cintagem automática em linha que procura dar resposta às duas exigências acima referidas.

máquina ISM permite uma formação perfeitamente alinhada das pilhas, eliminando os referidos problemas . Estão disponíveis duas versões consoante a largura necessária: a máquina ISM300 para larguras máximas de 1300 mm e a ISM600 para larguras máximas até 1600 mm. A máquina ISM trabalha com cinta de PP de 5 mm de largura. A opção por uma cinta mais estreita representa um potencial elevado de redução de custos. A cinta de 5 mm e o tensionamento adequado são suficientes para cintar caixas de cartão canelado. Além disso,

Da produtividade no fabrico... A máquina ISM foi projectada pela OMS tendo em conta as necessidades especiais das indústrias fabricantes de caixas de cartão canelado. É uma máquina totalmente automática para assegurar a cintagem em linha. A própria mudança de bobina pode ser também automática, o que significa que esta máquina torna possível a operação em contínuo, sem paragens. Por outro lado, a máquina pode ser equipada com duas cabeças de cintagem, de modo a executar duas operações em paralelo, para maior rapidez e estabilidade da pilha de caixas. A etapa de cintagem pode assim ser executada em muito menos tempo. A etapa de cintagem não condiciona os objectivos de produtividade da linha de produção de caixas. Outro aspecto a destacar é o conjunto de dispositivos motorizados automáticos de centragem das caixas. Eles garantem um alimento perfeito, contribuindo para a eficiência nas operações logísticas subsequentes (paletização, movimentação, transporte). Numa altura em que não se podem desperdiçar oportunidades de redução de custos, a tolerância para com pilhas desalinhadas ou malformadas deve ser zero. A realidade é que uma má cintagem dá origem a pilhas desalinhadas, empilhamentos defeituosos, operações de carga mais demoradas, etc.. Pior do que isso, uma pilha mal formada ou desalinhada é causa frequente de danos e deformações das caixas, dando origem a reclamações dos clientes. Com a centragem automática e com a aplicação de duas cintas em simultâneo, a 44

as cintas de PP fabricadas em Portugal pela Embalcer são totalmente compatíveis com esta máquina e as suas cabeças de cintagem. A Embalcer é, aliás, o único fabricante de cinta de 5 mm na Península Ibérica. A redução de custos com consumíveis e o acréscimo de produtividade na produção são as principais vantagens que a máquina ISM pode proporcionar aos fabricantes de caixas de cartão canelado.

directo para os utilizadores das caixas de cartão. A cabeça de cintagem não se limita a garantir um tensionamento e uma soldadura eficaz da cinta. É também deixada uma ponta solta para tornar mais fácil a remoção da cinta pelo utilizador final. Deste modo, o fabricante de caixas pode proporcionar uma vantagem adicional para os seus clientes, quer do ponto de vista ergonómico (a cinta é mais fácil de retirar), quer do ponto de vista económico (a operação é mais rápida, contribuindo para a eficiência e produtividade). Em vez de se cortar a cinta, basta puxar a ponta solta para desfazer a selagem.

...à produtividade no cliente A máquina ISM apresenta ainda uma outra particularidade que se traduz num benefício

Cintas de PP e PET A unidade fabril da Embalcer, situada na zona industrial de Gaia, foi uma das primeiras na Europa a produzir cinta de PP com a largura de 5 mm, com o objectivo de proporcionar uma alternativa económica em numerosas aplicações industriais e logísticas. A "migração" para a cinta de 5 mm requer, todavia, um estudo prévio da aplicação e também é necessário dispor de equipamento de cintagem compatível com a cinta mais estreita. A Embalcer comercializa máquinas e cabeças de cintagem compatíveis com a cinta PP de 5 mm. A Embalcer é também fabricante de cinta de PET, lisa e gofrada, com diversas larguras, ideal para aplicações que exigem mais resistência. Em algumas delas, a cinta de PET substitui a cinta de aço. Na indústria do cartão canelado, a cinta de PP de 5 mm é tipicamente usada para cintagem das caixas. A jusante, na cintagem de paletes, é recomendado o uso de cinta de PET para garantir a adequada resistência ao alongamento e a consequente estabilidade das cargas.

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máquinas Embalcer

Nova gama de máquinas para cintagem portátil A Embalcer, fabricante e fornecedora de soluções completas de cintagem e fins-de-linha, alargou a gama de equipamentos com novas máquinas de cintagem portátil, fabricadas por uma empresa do grupo OMS. As máquinas representam um complemento importante para a gama de soluções da Embalcer. As máquinas portáteis destinam-se a todas as aplicações em que a cintagem não ocorre necessariamente num ponto fixo da fábrica ou do armazém. Servem também para cintagem de materiais ou objectos com formatos variáveis. As aplicações multiplicam-se desde as indústrias de materiais de construção, até aos serviços de logística e distribuição, passando pelas metalomecânicas, indústrias da madeira, etc. A Itatools especializou-se neste tipo de equipamentos e o programa de fabrico inclui máquinas para aplicação de cintas de PP ou

Cintagem com cinta de PP e PET. Máquinas pneumáticas.

PET. Consoante as necessidades, o utilizador pode optar por máquinas pneumáticas ou por máquinas eléctricas, isto é, alimentadas por baterias recarregáveis. Tal como em todas as outras áreas da sua actividade, a Embalcer fornece soluções completas: máquina, assistência, fornecimento de consumíveis (cintas).

Cintagem com cinta de PP e PET. Máquina eléctrica (bateria recarregável).

A nova máquina foi especialmente construída para ambientes com humidade e lavagens

frequentes. Mesmo a impressora de códigos de barras tem protecção adeqauada para permitir a lavagem da máquina.

APS

Embaladora para Alimentos A Automated Packaging Systems (Streetsboro, Ohio, EUA) lançou no dia 5 de Outubro uma nova máquina para embalar produtos alimentares em modo semi-automático (insersão manual) mas a alta velocidade. A máquina FAS SPrint Revolution™ alinha e abre os sacos diante do operador e assegura o fecho (termoselagem) de forma automática. O sistema pode operar em modo contínuo, intermitente ou por lotes. A cadência pode ser ajustada, com um ou dois operadores, e pode atingir os 150 sacos por minuto.

Zip-Pak

Aplicador de zippers Apresentado pela primeira vez há cerca de um ano, o sistema TopZip assegura a aplicação automática de fechos de correr (zippers) em embalagens flexíveis. O sistema é adaptado na máquina embaladora do utilizador, pelo que constitui uma alternativa económica aos equipamentos aplicadores independentes. O TopZip pode aplicar vários tipos de fechos tipo press-to-close, incluindo o Double-Zip™, Nº 202 Jul/Ago/Set 2009

e adapta-se a vários tipos de embalagem flexível (almofada, block-bottom, quad-seal e stand-up pouch). Consoante as várias opções técnicas, o aplicador pode assegurar cadências entre 30 e 200 embalagens por minuto. Os zippers adicionam a funcionalidade de fecho reutilizável às embalagens flexíveis, tornando-as mais práticas e úteis para o consumidor.

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máquinas SEW-EURODRIVE

Servomotores CMP cargas pesadas com elevado dinamismo O estado da arte da tecnologia de automação exige motores com elevada capacidade de aceleração e capacidade de movimentação de cargas pesadas. Com o binário de pico até 178,8 Nm, os novos servomotores CMP da SEW-EURODRIVE cumprem na íntegra essas exigências. A montagem directa em redutores, os freios “customizados” e a selecção flexível de sistemas de realimentação tornam estes accionamentos na solução ideal para uma ampla gama de aplicações. A construção compacta dos servomotores CMP71, CMP80 e CMP100 deve-se ao emprego das mais recentes tecnologias de produção e ao design inovador. Os 10 pólos, os enrolamentos optimizados e o elevado factor de enchimento de cobre conferem ao servomotor CMP binários dinâmicos de pico até 49% superiores aos do seu antecessor (a série CM). Tudo isto sem comprometer as suas dimensões. O estator totalmente fundido e a película especial condutora de calor entre o rolamento A e o estator garantem a dissipação apropriada do calor gerado. Como resultado, apesar das suas dimensões reduzidas, os servomotores CMP adquirem um elevado nível de utilização térmica. Simultaneamente, o cogging é praticamente imperceptível. Mesmo em operação contínua, o servomotor CMP é vantajoso comparativamente com os motores assíncronos convencionais. Baseia-se na mesma tecnologia de motor usada no accionamento mecatrónico MOVIGEAR®, obtendo uma melhoria da eficiência até 30%. Dois tipos de rotor Durante o desenvolvimento dos motores CMP, deu-se primordial atenção à relação entre a inércia e a capacidade de aceleração: M = J x á (M = binário, J = momento de inércia, á = aceleração angular). O motor CMP adquire a sua elevada aceleração angular graças ao seu rotor de baixa inércia. O motor CMP100L, o motor maior da série, pode atingir 3000 rpm em apenas 7 milissegundos. Em contraste, o motor CMPZ apresenta-se como o accionamento adequado para cargas com momentos de inércia variáveis ou elevados. Em simultâneo, o seu momento de inércia superior permite relações de transmissão inferiores no redutor. Sistema modular cria variedade Os servomotores CMP podem ser montados directamente e combinados com todos os redutores do sistema modular da SEW. Não há qualquer necessidade de adaptador entre o redutor e o servomotor. O pinhão é 46

conectado directamente no redutor com folga nula e acoplamento positivo. O servomotor CMP oferece como opção o freio de sustentação de baixa inércia BP, enquanto o motor CMPZ oferece o potente freio de trabalho do tipo BY. Ambos freios são accionados mecanicamente através de molas. O freio BY também pode ser desbloqueado manualmente através de uma alavanca, possibilitando que o eixo seja movimentado de forma rápida e simples, dispensando qualquer acção no servo-controlador para o efeito. O resolver é o sistema de realimentação standard. Opcionalmente, é possível utilizar encoders Hiperface, existindo duas alternativas: AKOH – optimizado do ponto de vista dos custos e resolução standard; AK1H – indicado para aplicações de elevada precisão. São fornecidos com chapas de características electrónica, o que significa que o comissionamento pode ser efectuado de

forma simples, rápida e isenta de erros tanto com o Variador Tecnológico MOVIDRIVE® como o sistema modular de servo-accionamentos multi-eixo MOVIAXIS®. Vasta gama de aplicações O servomotor CMP é um verdadeiro mestre de adaptação graças à sua ampla gama de opcionais e ao seu escalonamento fino de binários. Como resultado, o espectro de potenciais aplicações e igualmente amplo. Por exemplo, os motores CMP de baixa inércia para montagem directa são capazes de accionar eixos leves no sector da embalagem. Em contraste, os motores CMPZ combinados com grandes redutores cónicos, freios robustos e desbloqueador manual são a solução eficiente para a movimentação de cargas pesadas, por exemplo, na indústria da construção. Ambos os motores podem ser usados a nível mundial graças à sua certificação CSA e UL

Novo Centro de Assistência Técnica em Lisboa A SEW-EURODRIVE PORTUGAL investiu na abertura de um novo Centro de Assistência Técnica em Lisboa. Situado no Núcleo Empresarial de S. Julião do Tojal, este centro melhora a capacidade de prestação de serviços especializados a clientes e tem também como objectivo estabelecer novas parcerias e oportunidades de negócio. O novo centro está preparado para prestar assistência técnica a accionamentos electro-mecânicos e electrónicos, nomeadamente montagem, manutenção correctiva e preventiva, reparação e substituição de componentes em equipamentos electromecânicos da SEW. Para além disto, fica ainda assegurada a assistência técnica aos utilizadores de equipamentos SEW, no que se

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refere à sua correcta instalação e utilização. Serviços complementares externos de manutenção são assegurados a partir deste Centro de Assistência Técnica, com acompanhamento próximo do levantamento do problema e respectiva reparação.

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máquinas Nova mangueira para alimentos em pó

STRAPEX

Cintagem inox A gama de máquinas de cintagem SMG da Strapex, inclui modelos construídos em aço inoxidável, indicados especialmente para instalação em indústrias alimentares. As máquinas SMG 65i e 75i, fabricadas na Suiça, integram-se facilmente em linhas de embalagem em contínuo e asseguram cadências até às 65 cintagens por minuto. A construção em inox corresponde às exigências de higiene e suporta os procedimentos de lavagem dos equipamentos. As máquinas caracterizam-se pela baixa

manutenção e facilidade de acesso. Trabalham com cinta de PP, com várias espessuras e permitem ajustar o tensionamento das cintas.

Cintagem portátil ainda mais fácil Com o lançamento das cintadoras portáteis STB 70 e 80, a Strapex proporciona aos utilizadores um novo máximo de facilidade nesta operação. Ajustado o tensionamento, a operação de cintagem é efectuada com o simples premir de um botão. Destaca-se

também a versatilidade destas máquinas, que comportam quatro modos de operação: automático, semi-automático, manual e "soft". Ambos os modelos podem trabalhar com cintas de PP ou PET, com larguras entre 9 e 19 mm, e espessuras entre 0,5 e 1 mm. O modelo STB 70 é de aplicação universal, enquanto o STB 80 se destina a aplicações "pesadas". Para uma completa portabilidade, estas máquinas são alimentadas por baterias Li recarregáveis Bosch. No entanto, também podem trabalhar com ligação por cabo eléctrico, o que significa que a bateria só é usada quando necessário.

A Trelleborg (Suécia) anunciou o lançamento de um novo material para mangueiras com elevada dissipação electrostática (norma ISO 8031), mas menor desgaste e conformidade com a norma FDA 21 CFR 177.2600. O lançamento foi precedido de testes com açúcar, em que as mangueiras baseadas neste composto branco e não condutor evidenciaram um tempo de vida útil dez vezes superior ao das mangueiras normais. Os efeitos da electricidade estática são uma das principais causas do desgaste das mangueiras de borracha usadas para transferência de alimentos em pó. A carga eléctrica gerada pela deslocação das partículas do produto pode atingir níveis muito elevados (em função das características do produto e da velocidade de transferência). Como a mangueira actua como isolador, a dissipação afecta a estrutura molecular do material da mangueira e, consequentemente as suas características de resistência à abrasão e elasticidade. O novo composto está disponível em dois tipos de mangueiras, diferenciadas pelo tipo de camada de protecção exterior (de côr preta): SUPERVRAC para mangueiras de descarga de camiões-cisterna, e TRELLVAC para sistemas de vácuo fixos ou móveis.

Redução de custos Com produção própria de cintas de PP e PET, a Strapex oferece aos seus clientes a oportunidade para reduzir custos globais de cintagem, através da mudança para cintas com menor largura e/ou com menos espessura. Estudando as exigências de cada aplicação, é possível determinar a utilização de uma cinta mais económica. Para tornar possível esta racionalização de custos, a Strapex selecciona as matérias-primas para o fabrico das cintas.

Dispensador de dessecantes

Do ponto de vista mecânico, a mudança de cinta não implica necessariamente uma máquina nova. A gama de máquinas de cintar da Strapex inclui máquinas compatíveis (de origem, ou com adaptação opcional) com os dois tipos de cinta (PP/PET), com várias larguras e espessuras de cinta. Nº 202 Jul/Ago/Set 2009

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A Multisorb Technologies apresentou uma nova máquina para alimentação automática de dessecantes. A máquina APA-9000 é compatível com os vários formatos desta empresa (SorbiCap®, Multiform CSF™ e StabilOx®) e é capaz de dispensar até 325 canisters por minuto. Pode ser adaptada a linhas de enchimento de frascos, máquinas VFFS, etc.. Dispõe de duas cubas vibratórias com capacidade para 4000 canisters cada e está equipada com servo-motores e autómato Allen-Bradley/Rockwell. Caso seja necessário ao processo, a máquina pode incluir sistema de ar seco ou varrimento de gás inerte. 47


máquinas SEW-EURODRIVE PORTUGAL

reforça oferta de serviços especializados A SEW-EURODRIVE PORTUGAL reforçou a capacidade de prestação de serviços especializados de reparação de redutores industriais. A oficina especializada da Mealhada tem já uma longa experiência na reparação de unidades de grande porte, designadamente das indústrias cimenteira, mineira, pasta e papel, cerâmica e outras. Daí o facto de esta oficina especializada ter sido designada como o Centro de Competência do Grupo SEW, a nível da Península Ibérica, para a reparação de redutores industriais.

Estão em curso projectos de serviços de manutenção que passam não só pela reparação/inspecção dos redutores no âmbito de acções de manutenção preventivas/reactivas, mas também o fornecimento de contratos de manutenção aos accionamentos instalados. Assim, a SEW-EURODRIVE PORTUGAL completa todos os serviços relacionados com redutores industriais, oferecendo não só a sua capacidade de intervenção/reparação, mas também todos os serviços de inspecção, arranque e comissionamento e gestão/contratos de manutenção, que incluem a Análise de Vibrações, Termografia, Alinhamento Laser de veios e correias/polias. Análise Termográfica A SEW-EURODRIVE PORTUGAL adquiriu competências técnicas e “know how” para realização de análise termográfica. Trata-se de uma ferramenta fundamental na análise do estado de accionamentos electromecânicos (motoredutores ou redutores industriais) e de quadros eléctricos. A aquisição de imagens termográficas permite identificar a existência de falhas e, através de um seguimento

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periódico, identificar a evolução do estado dos equipamentos críticos. Com mais esta ferramenta ao seu dispor, a SEW-EURODRIVE PORTUGAL complementa a sua gama de serviços, oferecendo assim aos seus clientes e parceiros, análises a equipamentos críticos, identificação prematura de falhas e/ou contratos de manutenção periódica/monitorização da condição. Alinhamento Laser Com o equipamento de Alinhamento Laser (modelo que já utiliza tecnologia Wireless e que permite, entre outros, o alinhamento de accionamentos que incluam, acoplamentos hidráulicos) a SEW-EURODRIVE PORTUGAL reforçou a sua capacidade de apoio e supervisão à montagem de accionamentos mecânicos (moto-redutores e redutores industriais). Desta forma a SEW-EURODRIVE PORTUGAL deu mais um importante passo para garantir a qualidade e profissionalismo no fornecimento de sistemas “chavena-mão”. Isto é, substituição de moto-redutores e/ou redutores industriais existentes (em final de vida ou com problemas) incluindo, se necessário, o fornecimento de motor eléctrico, acoplamentos, variação electrónica de velocidade (para suavizar o arranque ou para garantir velocidades de funcionamento reduzidas quando em acções de manutenção), quadro eléctrico, montagem completa, comissionamento e teste, tudo da responsabilidade da SEW. Sistemas de accionamento com polias/correias As razões mais comuns para a ocorrência de paragens não planeadas em sistemas de accionamento que incluam correias/ polias são: (1) a existência de desalinhamentos ou (2) tensão incorrecta. A existência de demasiada tensão nas correias e/ou de desalinhamento provoca: - aumento do desgaste nas polias e correias; - aumento do atrito do sistema; - aumento do consumo de energia; - aumento do nível de vibrações e ruído. Estes factos levam a um aumento da probabilidade de falhas nas correias/polias e

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consequentemente da ocorrência de paragens não planeadas. Paralelamente, podem ainda ocorrer danos colaterais devido ao aumento das cargas axiais e radiais nos veios onde as polias estão aplicadas (veio do motor e do redutor). Como consequência, uma diminuição do tempo de vida dos rolamentos e um aumento da probabilidade de existência de fractura por fadiga, dos veios. Existem vários tipos de desalinhamentos em correias: desalinhamento vertical dos veios/polias, desalinhamento horizontal dos veios/polias e falta de paralelismo. Qualquer uma destas situações deve ser evitada através de um correcto alinhamento do sistema correias/ polias. Actualmente, a forma mais rápida, precisa e eficaz de executar o alinhamento nestes sistemas é através de equipamentos que utilizem a tecnologia laser. Desta forma consegue-se, num curto espaço de tempo, identificar com grande precisão e em 3D o tipo de desalinhamento existente. A SEW-EURODRIVE PORTUGAL adquiriu um sistema de alinhamento a laser que permite efectuar alinhamentos com distâncias de operação até 6m em polias/ correias de diferentes larguras e formatos. Para complementar os serviços efectuados a sistemas com polias/correias, foi necessário ainda munir os técnicos especializados da SEW de um outro equipamento que permite medir a velocidade e a tensão das correias. Este equipamento detecta a frequência natural de vibração do sistema e através do valor da massa e comprimento da correia (informação existente na base de dados do software que acompanha os técnicos SEW) consegue calcular a tensão do sistema em análise. Nº 202 Jul/Ago/Set 2009


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máquinas

Palletless Desde há vários anos que a Möllers propõe a sua tecnologia de unitização de cargas sem palete, destinada às indústrias de produtos químicos e outros produtos em pó ou grão ensacados. Na linha proposta pelo construtor alemão, a primeira máquina encarrega-se de empilhar os sacos, executando uma última camada com menor largura. Em seguida, o conjunto é transferido para uma segunda máquina onde é aplicada uma manga de filme (do topo para a base do conjunto). Na terceira máquina, o conjunto é retractilizado. Antes de o filme arrefecer, um dispositivo vincador força o perfil da camada mais estreita. Finalizada esta primeira etapa, o conjunto passa a uma estação em que é apertado/calibrado entre duas placas, ao

mesmo tempo que se efectua uma rotação de 180 graus na vertical, deixando a camada mais estreita em baixo. Segue-se uma segunda aplicação de manga e nova retractilização e perfilagem. O conjunto sai da linha totalmente envolvido em filme plástico retractilizado e com a camada de base com “entradas” para os garfos do empilhador.

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cupão de subscrição EMPRESA: ACTIVIDADE: NOME: CARGO: ENDEREÇO: COD.POSTAL: E-MAIL: TELEFONE:

O sistema de “paletização sem palete” (palettless) elimina os custos com as paletes. Como desvantagem, tem o custo da energia necessária para a retractilização. Para evitar este custo, a Möllers desenvolveu uma versão da mesma tecnologia em que a manga de filme retráctil é substituída por manga estirável (stretch hood).

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mercado embalagem de plástico

máquinas e materiais de embalagem

etiquetagem e codificação

embalagem de metálica

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impressão de embalagens

etiquetas

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caixas e paletes de madeira

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